B
O
L
E
T
I
M
NÚMERO
DO
DIA
OFERECIMENTO
R$ 36,9 mil
SEGUNDA-FEIRA, 26 DE OUTUBRO DE 2015
é o preço do pacote principal de
hospitalidade para a final de vôlei
feminino nas Olimpíadas do Rio
EDIÇÃO • 368
Rio-2016 já faz com que atleta
fature meio milhão em patrocínio
POR ERICH BETING
A proximidade das Olimpíadas
do Rio de Janeiro gerou corrida
das marcas em busca de atletas
para comporem seus “times olímpicos” para ações. E, se o cenário
nacional é de retração econômica, o mesmo não se pode dizer
para os expoentes e candidatos a
protagonistas no ano que vem.
Os atletas já chegam a ganhar
cachês de mais de R$ 500 mil para
ceder seu rosto a marcas interessadas em usá-los no Rio-2016.
No próximo mês, a Coca-Cola
apresenta seu time olímpico. A
marca se junta a Nissan, Visa e
Petrobras, outras que já revelaram
parte da estratégia para o Rio.
Com o aquecimento do mercado, as agências que cuidam dos
negócios dos atletas têm ganho
espaço, principalmente na negociação com as empresas.
“Meu trabalho é deixar o
atleta preocupado apenas com
a sua performance. Neste ano,
já houve um aumento de 30%
na procura por eles por conta
das Olimpíadas”, diz Alessandra
Menga (foto), sócia
da AMMA, agência que cuida de
marketing e agenciamento de atletas
como Jaqueline, Fê
Garay, Lipe, Lucão
e Bruninho, do vôlei, Thiago Splitter
e Raulzinho, do
basquete, e Paulo
André, do futebol.
Alessandra cuida
de todo o processo
de gestão dos contratos com os seus
atletas, além de ir
ao mercado para
prospectar clientes.
O trabalho é um pouco diferente do que fez, por exemplo, a
ex-atleta de vôlei Adriana Samuel,
contratada pela Petrobras para
gerenciar o time de 25 atletas que
a empresa fechou para este ano.
Quem também aproveitou essa
onda foi Hortência, que gerencia
o time de atletas e é garota-propaganda da Nissan para 2016.
1
As empresas têm investido forte
na formação de times olímpicos.
O atleta é o ativo que a marca
mais usa pré e pós-Jogos, de
acordo com a performance dele.
“Nosso foco são atletas com
alto poder de engajamento com
o público para gerar maior retorno às marcas. É esse atleta que
será destaque agora nas Olimpíadas”, finaliza Alessandra Menga.
Legado pré-Jogos é o saldo
bancário sem igual dos atletas
POR ERICH BETING
diretor da Máquina do Esporte
No processo de apuração da reportagem sobre o salto olímpico dos
cachês de atletas pré-Rio, deparamo-nos com alguns resultados que
nos levaram à manchete chamativa
do Boletim de hoje. A pergunta que
foi feita na redação foi simples:
Quando um atleta de outro esporte além do futebol ganharia um cachê de meio milhão de reais para estrelar uma campanha publicitária?
Rapidamente chegamos à conclusão de que este talvez seja o maior
legado pré-Jogos Olímpicos. Nunca
os atletas ganharam tanto dinheiro
como neste período pré-evento.
E isso é muito importante para o
crescimento da indústria. As marcas
percebem que é possível trabalhar a
imagem de atletas além do futebol.
Por outro lado, com mais dinheiro
em jogo, as marcas forçam dos atletas uma atitude mais profissional.
No último ciclo olímpico pré-Rio,
raros foram os atletas com cachês
que ultrapassavam os R$ 200 mil.
Agora, com os Jogos por aqui, houve um considerável aumento no que
é pago para eles, sejam protagonistas ou atletas de médio escalão.
Nos EUA, centro do esporte como
negócio, o atleta percebe, pela força
da grana, a importância de ser um
profissional pronto para atender ao
mercado nas mais variadas formas.
Atenção ao fã, preocupação com
a imagem e direcionamento para
ser mais do que um esportista, um
formador de opinião, são a base do
trabalho de gestão de imagem por lá.
Aqui, ainda estamos numa era pré-profissional. O atleta se acostumou
a sobreviver do esporte, não a viver
dele. Com cachês polpudos, talvez o
Rio represente o salto que faltava.
Na web, trio recria programa que ESPN
tirou do ar e tenta fazer dele um produto
POR REDAÇÃO
Marcelo Duarte, Celso Unzelte e Paulo Vinícius
Coelho levaram o Loucos por Futebol, programa
que esteve na grade da ESPN Brasil de 2002 a
2014, para a internet. Agora sob o nome Tresloucados, o trio fala do lado cultural e histórico do
futebol em um canal próprio no Youtube.
Em apenas três dias após a estreia, há três
meses, o conteúdo postado na plataforma de
vídeos do Google teve mais de mil inscritos.
“A ESPN Brasil tirou o programa do ar uma
semana antes da Copa do Mundo do Brasil. O
PVC foi para a Fox e eu também deixei a emissora. Como somos amigos, alimentamos em nossas
conversas - em noites embaladas por pizza - a
vontade de voltar a fazer o programa. O YouTube era mesmo o lugar perfeito”, disse Marcelo
Duarte, que atua na rádio Bandeirantes e é dono
da Panda Books, à Máquina do Esporte.
2
Com um vídeo de até seis minutos diário de
segunda a sexta-feira, os três jornalistas buscam,
agora, estabelecer o projeto comercialmente. O
trabalho está sob
a responsabilidade da Rede Pulp,
parceira da produtora Espalhe,
em São Paulo,
onde se gravam
os programas.
“Os canais
esportivos das TVs por assinatura se voltaram
muito para aquele blá-blá-blá sobre os jogos, sobre a rodada. Um programa de história e cultura
esportiva como o nosso perdeu espaço”.
A partir desta semana, os vídeos vão procurar
contar as curiosidades sobre jogos históricos.
Méliuz celebra mais de 20 mil
cadastros com Futebol Melhor
POR REDAÇÃO
Utilizado como plataforma de
comunicação com o torcedor, o
Movimento por um Futebol Melhor tem auxiliado as empresas a
conquistarem novos clientes.
Entre as marcas ligadas ao
programa de sócios-torcedores, a
Méliuz é quem tem mais ativado
a base de mais de um milhão de
sócios dos mais de 60 clubes que
fazem parte do Movimento
Na última ação feita pela marca,
a meta foi chegar especificamente ao cliente que ainda não utilizou o serviço de compras online.
Em parceria com a loja Sonoma,
a Méliuz dá desconto de 100%
em compras de vinhos para os
sócios-torcedores que utilizarem
o serviço pela primeira vez. A
promoção, claro, é válida para
apenas um produto para um CPF.
E a garrafa tem limite de preço: R$ 35.
Nos meses em
que manteve parceria com o Movimento por um Futebol
Melhor, a Méliuz
fez promoções com
descontos maiores
nas lojas associadas. Com 11 times
do Movimento, ações chegaram
a ser feitas de maneira individual.
Nesse primeiro momento de
parceria, a empresa conseguiu
20 mil cadastros oriundos dos
sócios-torcedores dos times. No
total, mais de R$ 150 mil foram
devolvidos aos clientes graças a
compras realizadas pela empresa.
Além do ganho prático, a Méliuz conseguiu posicionar a marca
no meio online por meio dessas
ações. Foram mais de cem veiculações nos canais de comunicação dos times, entre site oficial,
Facebook, Twitter e Instagram.
Em pouco tempo, a companhia tem conseguido fazer um
proveito efetivo da parceria com
o Movimento, que por meio das
ações com parceiros comerciais já
distribuiu R$ 70 milhões em descontos para os sócios dos times.
Maracanã vende 1 lata de cerveja por torcedor em jogo
O estádio do Maracanã contou na semana
passada com a volta da permissão para a venda
de bebida alcoólica. E o primeiro jogo, disputado
na quarta-feira entre Palmeiras e Fluminense, o
Maracanã celebrou a marca de vender quase uma
lata de cerveja por torcedor presente no estádio.
A venda de bebida alcóolica aconteceu em todos os setores (norte, sul leste inferior, oeste inferior, Maracanã Mais e camarotes). Foram consumidas 32.587 latinhas, com um total de 11.405 litros
ingeridos e uma média de 0,93 lata por pessoa.
“Os torcedores esperaram alguns anos por esse
momento e foi possível perceber um clima de
saudosismo no estádio na primeira partida após a
volta da bebida. Saborear uma cerveja e assistir a
um jogo de futebol é algo tradicional no Rio”, diz
Marcelo Frazão, diretor de marketing do estádio.
Com a liberação da venda de cervejas, a administração do Maracanã fez parceria com a cerveja
Amstel, responsável por abastecer o estádio nos
jogos do fim de semana pelo Brasileirão. A arena
recebeu Fluminense x Atlético-PR, no sábado, e
Vasco x Grêmio, no domingo. No intervalo dos
jogos, o Maracanã foi iluminado em vermelho e
dourado, cores da marca de cerveja. Os telões
também exibiram mensagens educativas.
4
Por popularização, rúgbi cria
ação para Livro dos Recordes
POR ADALBERTO LEISTER FILHO
A Confederação Brasileira de
Rugby realizou uma ação de marketing para ajudar a popularizar
o esporte no país e, de quebra,
promover mundialmente o nome
do Brasil no cenário do rúgbi.
Com o patrocínio do Bradesco,
a CBRu fez uma ação para colocar
o Brasil no Guiness, o Livro dos
Recordes. No último sábado (dia
24), no intervalo das semifinais do
Campeonato Brasileiro de Super
8, a confederação tentou reunir
mais de 1.160 fãs da modalidade
no estádio Ícaro de Castro Melo
(Ibirapuera) para fazer o maior
lance de scrum do mundo.
O scrum é uma das jogadas
mais conhecidas da modalidade,
que acontece nas partidas após
um lance irregular ou penalização. Os forwards (avançados) das
duas equipes fazem uma formação com oito atletas cada, posicionados uns contra os outros.
Em seguida, a
bola é colocada no meio do
“túnel” visando
ao duelo por
sua posse. Para
disputar a bola,
só se pode usar
os pés e a força
para deslocar
os adversários.
Durante um
mês, a CBRu
fez campanha
para atrair fãs
do esporte para a ação, que foi
realizada, mas que levou cerca de
mil pessoas, não permitindo ao
país pleitear o recorde no Guiness. Mesmo assim, confederação e Bradesco, que patrocinou a
ação, ficaram satisfeitos.
“Queremos atrair mais pessoas
para o rúgbi, mostrar que esse
esporte traz valores como poucos. A ação do
maior scrum
do mundo, por
ser curiosa,
tem potencial para que
milhares de
pessoas passem a conhecer e, quem
sabe, a praticar
o rúgbi”, disse
Mariano Vittori, diretor de
5
marketing da CBRu.
“Além do alto rendimento, nosso patrocínio às confederações
busca dar visibilidade às modalidades. Essa ação se encaixa
bem nesse perfil, ao divulgar uma
modalidade em franca expansão
no Brasil”, disse Jorge Nasser, diretor de marketing do Bradesco.
O maior scrum do mundo ainda
é da Austrália, que em 8 de agosto de 2015, reuniu 1.160 pessoas
no ANZ Stadium para a jogada.
Download

Rio-2016 já faz com que atleta fature meio milhão em patrocínio