120 BROTÉRIA - CIENCIAS NATURAIS Península. E' notável como esta especie se circunscreve a certas localidades, apesar de serem táo comuns as plantas de que as lagartas se alimentam. Em Portugal é comum em Maio no Gerez, Pedras Salgadas, Magáo; nao me consta de outra localidade portuguesa. Deve, porém, viver no Algarve, pois em Maio é comum na raia em Ayamonte. Ovos. — Fusiformes com cristas longitudinais que se prolongara sobre o vértice como as pétalas duma margarida; amarelados. Sao postos na página inferior das fólhas, apertados uns contra os outros em grupos de 50 e mais. LAGARTA. — 3 7 - 4 3 ra m. Cabeca e patas pretas. Corpo cinzento, negro ou castanho escuro no dorso, com duas largas faixas longitudinais de amarelo alaranjado ou vermelho brúñete. Dos lados urna estria amarela avermelhada. Todo o corpo com pelos esbranquigados, mais curtos e castanhos no dorso. Come de todas as especies do género Prunus; Crataegus oxyacantha e Mespilus cotoneaster. Nos anos de invasáo ataca também as árvores fruteiras e até as roseiras. Causa entáo grandes prejuízos. Vivem em colonias dentro de bolsas sedosas muito sólidas que váo aumentando ao passo que elas crescem, donde sáem só de noite aos grupos para comer a epiderme das fólhas. Assim passam uns 10 meses crescendo pouco. Depois de hibernaren), aos primeiros dias mais quentes, devoram a planta que as abrigou, e dentro de duas semanas adquirem o máximo de crescimento. Crisalidam ora em grupos ñas teias ou bolsas, ora solitarias. Depois duns 10 dias sáem as borboletas. Var. meridionalis V e r i t y , pág. 3 2 4 e pl. LXVI, fig. 3 . — Considerando como típica a forma do norte da Europa, descrita por L i n n e u , assim chama V e r i t y a forma meridional que se distingue no £ por nao ter as pintas triangulares pretas que no limbo externo do tipo terminam as nervuras, e