À GLÓRIA DO G∴
∴ A∴
∴ D∴
∴U∴
AUG :. RESP :. LOJ :. “FRANCISCO XAVIER FERREIRA
DE PESQUISAS MAÇÔNICAS” - JURISDICIONADA AO GORGS
Fundada em 19 de novembro de 1995
INFORMATIVO CHICO DA BOTICA
Registro na ABIM nº. 18-B
Ano 5, Edição nº. 038
Nesta edição:
Data: 30 de novembro de 2009
EDITORIAL: "14º ano da Loja Chico da Botica”
Caros Irmãos:
Editorial: "14º ano da
Loja Chico da Botica”
FILOSOFAMOS?
Ir ∴ Anatoli Oliynik Pág. 2 ; 3 e 4
2
LANDMARQUES, O QUE
EU PENSO A RESPEITO... Ir ∴ Hercule Spoladore - Pág. 5 e 6
3
Heitor Dimoncel Pitthan:
um breve histórico de
sua vida - Pág. 10
4
Especiais:
• Chico Social
• Reflexões
• Rapidinhas do Chico
• Pesquisando Datas
Fotos na pág. 9
Entregamos o último Boletim da Chico da Botica, do ano de 2009, que traz as comemorações do 14º aniversário de fundação de nossa Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas.
Foi em 19 de novembro de 1995, que o sonho perseguido por muito tempo por nosso idealizador, fundador e primeiro Venerável Mestre Heitor Dumoncel Pitthan se tornou uma realidade.
Por muitos anos batalhou quase que solitário para nos deixar esta importante obra, cuja responsabilidade de mantê-la está impregnada em cada um de seus membros. Com certeza, cada um
dá um pouco de si para que esta Loja se perenize, se desenvolva e cumpra seus objetivos na
busca da disseminação da cultura maçônica.
Em nosso encontro comemorativo, realizado no dia 20 de novembro de 2009, tivemos a honra de contar com a presença de Irmãos Membros Efetivos e Correspondentes que, em conjunto
com Irmãos da Loja Cônego Antonio das Mercês e convidados, foram brindados com a excelente
palestra de nosso Membro Correspondente, Irmão Élio Figueiredo, da Loja Templários da Luz e
Perfeição nº. 3716 - GOSP / GOB, sobre o Tema “Inserção da Maçonaria na Vida Político Partidária do País”, o que fez despertar o interesse dos presentes e produzindo belos debates e posicionamentos acalorados. O tema que, pela sua importância atual e pela maneira simples, clara e
objetiva colocada pelo palestrante, despertou uma chama que por certo se desenvolverá dentro
da Maçonaria Unida do Rio Grande do Sul e do Brasil.
Para abrilhantar esta edição comemorativa trazemos aos Irmãos dois temas que merecem
ser analisados e discutidos e de lavra e pensamento de dois grandes pensadores e pesquisadores maçônicos e que tratam de Filosofia e Landmarques.
Neste encerrar de 2009 a Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas, a Chico
da Botica pedimos ao Grande Arquiteto do Universo que nos traga sentimentos nobres, de amor
e amizade e que tenhamos lembranças boas, por tudo que nos aconteceu. Que o Menino que
nasce a cada Natal, nos ilumine todos os dias. Que renasça a alegria, para quem à perdeu. Que
se a caso não aconteceu, tudo aquilo que queríamos... Que não percamos a alegria, o entusiasmo e a coragem, a vida é uma viagem, mas é nós que escolhemos o caminho. esperemos mais
um pouquinho, e tudo vai acontecer. Um novo ano vai nascer, depositemos nele a esperança.
Quem espera sempre alcança,diz o velho ditado. Então desejamos junto aos seus, um Natal de
muita paz, harmonia e fraternidade e um Novo Ano de muitas conquistas, alegrias e realizações.
Mas para que tudo aconteça, antes, agradeçamos ao Pai Soberano, pois assim a cada ano, será
feliz o nosso viver, e em cada amanhecer, será como um novo ano.
Um muito Feliz Natal e um excelente 2010 para toda a família Maçônica.
Finalizamos este ano 2009 na esperança de, mais uma vez, proporcionar uma agradável
leitura a todos e que o Boletim da Chico continue sendo útil para a divulgação da cultura Maçônica.
Um TFA a todos
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas - GORGS
“O Informativo Chico da
Botica se despede
retornando em março!”
Boas Festas! Bom ano novo!
"As pessoas culpam sempre as circunstâncias.
Só triunfa no mundo quem se levanta e procura
as circunstâncias, e as cria, se não as encontra"
(Shaw)
Página 2
oja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
Informativo
CHICO DA BOTICA
FILOSOFAMOS?
Ir ∴ Anatoli Oliynik*
CONHECIMENTO - Dialética - do Dic.
substantivo feminino
1
Rubrica: filosofia.
em sentido bastante genérico, oposição, conflito originado pela contradição
entre princípios teóricos ou fenômenos
empíricos
1.1
Rubrica: filosofia.
no platonismo, processo de diálogo,
debate entre interlocutores comprometidos profundamente com a busca da
verdade, através do qual a alma se eleva, gradativamente, das aparências
sensíveis às realidades inteligíveis ou
idéias
1.2
Rubrica: filosofia.
no aristotelismo, raciocínio lógico que,
embora coerente em seu encadeamento interno, está fundamentado em idéias apenas prováveis, e por esta razão
traz sempre em seu âmago a possibilidade de sofrer uma refutação...
A palavra filosofar é um verbo intransitivo cuja operação visa dilucidar as interpretações da realidade, assim como filosofia que se caracteriza pela intenção de ampliar
a compreensão da realidade. Destaco três aspectos fundamentais contidos na conceituação das palavras “filosofar” e “filosofia”: Interpretação, compreensão e realidade.
Fiz esta breve exposição para formular mais apropriadamente algumas questões que
serão objeto deste artigo. A primeira delas é?
A maçonaria é uma instituição filosófica?
A Constituição do Grande Oriente do Brasil, em seu artigo primeiro, estabelece:
Art. 1º - A Maçonaria é uma instituição essencialmente iniciática,
filosófica, filantrópica, progressista e evolucionária, cujos fins
supremos são: Liberdade, Igualdade e Fraternidade” (Boletim Especial Constituição – 25/5/2007, p. 3)
(Grifo meu)
Do mesmo modo, a Constituição da Grande Loja do Paraná, mais enfática, porém, igualmente estabelece:
“A Maçonaria é, antes de tudo, uma instituição filosófica; sua
finalidade é a propagação de sua filosofia. Todas suas atividades,
sociais ou políticas, não são mais que aplicações dessa filosofia ao
(segue)
campo político-social.” (Constituição 1985, p. 5)
(Grifo meu)
NOTÍCIAS RAPIDINHAS DA CHICO
Pelo menos no seu aspecto constitucional, a maçonaria diz-se filosófica. Mas no
aspecto prático, o é efetivamente? Para melhor ordenar a segunda questão reformularei
1. PUBLICAÇÕES NO INFORMATIVO a pergunta:
CHICO DA BOTICA
Os maçons praticam filosofia?
IIr∴ Efetivos, Correspondentes e ColaEsclarecendo que, praticar filosofia implica em dilucidar as interpretações da
boradores contatar:
realidade
com a intenção de melhor compreendê-la.
- Marco A. Perottoni - E mail: [email protected]
- Artêmio G. Hoffmann - E mail: [email protected]
Obs.: os textos publicados são de inteira responsabilidade dos autores.
Para responder a esta pergunta escolhi a palavra VIRTUDE que, a primeira vista, parece ser simples e de fácil entendimento. Resgatei esta palavra dos rituais do Rito
Escocês Antigo e Aceito de duas obediências/potências maçônicas, a saber:
O ritual do Grande Oriente do Brasil, na parte da cerimônia de iniciação, descreve o seguinte diálogo:
Aniversariantes de Novembro
- Ir∴
∴ Efetivos ε Correspondentes:
04- Ir∴ ANISIO SEVERO PORTILHO
06- Ir∴ MARCOS HANS
11- Ir∴ NELSON ANDRÉ HOFER DE CARVALHO
15 - Ir∴ DANILO KRAUSE
20- Ir∴ JOÃO FERNANDO MOREIRA
21- Ir∴ ZORAIDO DA SILVA VIEIRA CERONI
25- Ir∴ EDISON CARLOS ORTIGA
27 - Ir∴ ARMÊNIO DOS SANTOS FARIAS
27- Ir∴ ANTONIO CANABARRO TRÓIS FILHO
29- Ir∴ CARLOS DIENSTBACH
30- Ir∴ RENATO GABRIEL
Aos aniversariantes!
Nossas Felicitações!!!
ORAD.`. O que entendeis por Virtude?
CAND.`. (responde à vontade)
VEN.´. É uma disposição da alma que nos induz a praticar o
bem.
Fonte: Ritual do Grande Oriente do Brasil (1998), pp. 81-82
Do mesmo modo o ritual da Grande Loja do Paraná, para o mesmo rito suprareferindo, descreve o diálogo nos seguintes termos:
V.`.M.`. Que entendeis por Virtude?
Prof.´.
....
V.`.M.`. É uma disposição da alma que nos induz à prática do
Bem.
Fonte: Ritual da Grande Loja do Paraná (1992), p. 39
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Informativo CHICO DA BOTICA
oja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
- Ano 5 Edição 038- 30 Nov. 2009
Continuação: FILOSOFAMOS?
A resposta dada pelo Venerável Mestre, simplesmente
liquida o assunto de modo lacônico e simplório. Se olharmos do
ponto de vista prático e o momento em que isso se dá, compreendemos que não seria apropriado discursar um tratado sobre virtude no meio de uma cerimônia de iniciação. Por outro lado, se procurarmos uma explicação complementar de virtude, não a encontraremos nem no ritual, nem em outro documento pertinente.
Os negligentes pensarão que a questão está resolvida na
resposta simples dada no ritual. Por ser simples, satisfaz e induz
ao acomodamento, à estagnação e à ignorância, porque respostas
simplórias levam a pessoa a pensar que já sabe, quando na verdade está muito longe de saber. Por outro lado, o maçom mais estudioso, aquele que efetivamente quer compreender melhor o sentido de virtude dentro da realidade do mundo sensível, deve buscar
esse entendimento em outras fontes paralelas.
Quais seriam essas fontes? Eu recomendo o estudo da obra
“Menão (Ou: Sobre a Virtude. Gênero probatório” de Platão. Por
quê? Primeiro, porque todo o princípio filosófico se dá com Sócrates; segundo, porque Platão foi o melhor aluno de Sócrates e o
diálogo com Menão embora realizado pela boca de Sócrates representa o período de transição do pensamento socrático para o
platônico; terceiro, porque ambos são os mestres que representam
a gênese da filosofia; quarto, porque Menão é a única obra filosófica que se ocupa com a interpretação e compreensão de virtude
no contexto da realidade do mundo sensível e não do mundo das
idéias; e, finalmente, porque todo aquele que quer se iniciar ou
pelo menos ter os primeiros fundamentos filosóficos, deve começar pelos primeiros mestres, por aqueles que têm autoridade maior
no assunto, os precursores, senão não vai entender nada sobre o
assunto.
A seguir, colhi alguns excertos da obra para dar ao leitor a
dimensão de complexidade de interpretação do verdadeiro sentido
de uma palavra que nos parece simples e que todos se julgam sabedores do que significa e da magnificência da obra.
A obra começa assim:
I – “Menão – Saberás dizer-me, Sócrates, se a
virtude por ser ensinada? Ou, no caso de não o
ser, se é adquirida pela prática? E não sendo
alcançada nem pelo ensino nem pela prática, se
se acha naturalmente no homem, e de que modo?” (p. 237)
E Sócrates responde:
“Sócrates – ... De minha parte, tão longe estou
de saber se ela pode ou não ser ensinada, que
nem mesmo conseguirei dizer o que seja a virtude em sua essência”. (p.237)
Como Menão se escandaliza, Sócrates insiste:
“que nunca, ao que me lembre, se me deparou
quem o soubesse” (p. 237)
E pede a Menão que a defina.
III – “Menão – Não é difícil Sócrates, dizer o
que me pedes. Inicialmente, se o quiseres, a
virtude do homem é muito fácil de definir, pois
a virtude do homem consiste em ser ele capaz
de ..., ..., .... Para cada ação, para cada idade e
para cada ocupação, todos nós temos uma virtude particular.” (pp. 238-239)
Ao que Sócrates responde:
“Sócrates – Parece mesmo que estou com sorte, Menão! Achando-me à procura de uma única virtude, verifico que um enxame de virtudes
pousou em ti.” (p. 239)
Percebe-se claramente o sarcasmo de Sócrates e nem é preciso
dizer que a definição de Menão foi um desastre. Então, Sócrates
faz o que melhor sabe fazer, ou seja, aplica o método dialético
que consiste em:
1º) Destruir as ilusões do outro (contestações sistemáticas);
2º) Formular o problema (determinar a aporia);
3º) Procurar a nova resposta (é possível até que você não
a tenha).
Este é o método que Sócrates aplica em seus ensinamentos, mas ele permanece sempre no primeiro estágio. Quem dá
continuidade aos outros dois estágios, é Platão.
É preciso ter em mente, e nunca se esquecer disso, que
o principal objetivo de Sócrates é o de recuperar a identidade
entre o logos e a coisa, ou seja, recuperar a identidade entre a
palavra e a realidade. Este objetivo é muito mais importante e
necessário hoje do que foi naquela época, porque já não existe
mais cultura superior no Brasil e a novilíngua se encarregou de
nivelar tudo por baixo.
Prosseguindo o diálogo com Menão, Sócrates insiste
que, se dependesse dele, antes de investigar se virtude pode ou
não ser ensinada, é necessário “primeiro investigar o que ele é
em si mesma”. Mas como Sócrates vê-se pressionado por Menão a debater a ensinabilidade da virtude sem saber o que ela é,
pede licença para o forasteiro para trabalhar com uma hipótese,
“um recurso que nos vai ser útil para a solução do problema”.
“Se a virtude for dos bens que se relacionam com a alma, poderá ou não ser ensinada? Para começar, perguntarmos se,
sendo ela de natureza diferente do conhecimento, ainda assim
será suscetível de ser ensinada, ou não? Ou, como nos expressamos há pouco, se pode ser rememorada?”
A idéia de Sócrates não é definir Virtude, mas trazer a
tona o que se pensa da virtude, coisa que os rituais maçônicos
não fazem, nem na cerimônia de iniciação, nem em qualquer
outro momento. Simplesmente liquidam o assunto com uma
resposta simplória de estarrecer. E o que é pior: nos meus trinta
e um anos de maçonaria jamais encontrei um maçom que tivesse lido Menão de Platão, a primeira e a melhor obra filosófica
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Informativo CHICO DA BOTICA
oja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
- Ano 5 Edição 038- 30 Nov. 2009
Continuação: FILOSOFAMOS?
que aborda a questão da virtude. Não quero dizer com isso que
nenhum maçom leu Menão, mas que são raríssimos os que o
fizeram. Eu não encontrei nenhum, infelizmente.
Sócrates escolhe um menino escravo para demonstrar que
aquilo que se presumia superficialmente sabido, não o que é na
realidade. Eis o trecho deste diálogo:
Menino - Por Zeus, Sócrates, não sei o que diga.
XVIII – Sócrates
- Não percebes, Menão,
como ele já está adiantado no caminho da reminiscência? No começo ele não sabia absolutamente qual fosse o lado de um quadrado de oito
pés, o que, aliás, ainda ignora. Antes, porém,
julgava saber, e respondia com segurança, sem
imaginar que havia alguma dificuldade. Agora
ele percebeu a dificuldade, e embora não saiba,
também não presume que sabe” (pp. 254-258)
(Os grifos são meus)
Vejam que maravilha de pensamento filosófico! Este trecho do diálogo demonstra didática e filosoficamente a aplicação
da primeira parte do método dialético: “Destruir as ilusões do
outro”. Que ilusões são essas? A de pensar que sabe, quando na
verdade não sabe. Este trecho do diálogo demonstra que respostas simplórias levam a pessoa a pensar que já sabe, quando na
verdade está muito longe desse saber.
Outra lição que podemos auferir desta magnífica obra
filosófica: não devemos discutir palavras isoladamente. Por exemplo: Solidariedade, muito utilizada no nosso meio e que para
muitos têm sentido de coisa boa. Bem sabemos que solidariedade, assim isoladamente, não pode significar coisa boa tão somente, pois os ladrões também são solidários entre si e solidariedade
entre os ladrões jamais pode ser considerada como uma coisa
boa. Portanto, palavras isoladas só servem para figurar nos dicionários.
Acho que está na hora de encerrar, mas não esgotar a nossa conversa. Vocês pensaram que ao final eu iria chegar à definição de virtude, não é verdade? Se pensaram, então se enganaram,
porque não vou fazê-lo, pois se assim procedesse vocês não iriam
comprar e estudar esta fantástica obra, indispensável como livro
de cabeceira de cada maçom.
Portanto, todos aqueles que desejarem saber o real significado de VIRTUDE, recomendo o estudo da obra. Após estudá-la
e compreendê-la, poder-se-á afirmar com autoridade e segurança:
FILOSOFAMOS.
A maçonaria ser-lhe-á grata.
* Ir.—. Anatoli Oliynik
Curitiba - Paraná
• Membro Correspondente da Chico da Botica
COLUNA DO CHICO DA BOTICA
Sugestão formulada pelo Ir.·. Marco Antonio Perottoni - MI - A.·.R.·.M.·.E.·.C.·.L.·.S.·. Cônego Antônio
das Mercês e Membro Efetivo da Loja Francisco Xavier
Ferreira de Pesquisas Maçônicas, Or.·. POA - GORGS:
13 - Título:
A História da Franco-Maçonaria (1248-1728)
Autor: Jean Ferré
SINOPSE:
O autor, através de documentos, procura mostrar como
ocorreu a transição da maçonaria operativa para a maçonaria especulativa. Mostra que os segredos, palavras,
toques e marchas da maçonaria foram paulatinamente
sendo divulgados através de publicações pela imprensa.
O Relato é feito em forma de temas baseados em importantes documentos e eventos da época, onde se destacam, dentre outros: O Estatuto de Bologna (1248), o Manuscrito de Halliwel, o Regius (1390), o Estatuto de Estrasburgo (1563), o Manuscrito da Grande Loja (1583), o
Estatuto de Schaw (1598), O Manuscrito de Edimburgo
(1696), o Manuscrito de Dumfries (1710), a Constituição
de Anderson (1723) e os Discursos de Ramsay (1736 e
1737).
De leitura agradável é um documento a ser lido por todos
os maçons que desejarem conhecer um pouco da origem
e da história da maçonaria.
Madras Editora Ltda – São Paulo – SP
Um pouco mais sobre a obra e o autor:
Jean Ferré traz à tona A História da Franco-Maçonaria,
um assunto pouco conhecido pela população em geral e
que é contado nesta obra por meio de textos simples e
concisos com os quais o leitor conhecerá os aspectos
mais importantes da Ordem maçônica, inclusive o processo evolutivo da maçonaria.
O autor mostra neste seu trabalho, que diante de inúmeras perseguições sofridas pelo poder reinante, os maçons
reuniam-se em Lojas estritamente profissionais. Em 1599,
as Lojas maçônicas deixaram de ser puramente operativas e passaram a admitir homens que não tinham nada a
ver com o ofício.
Cada corpo de ofício tinha a obrigação de publicar seus
Estatutos para poder ser reconhecido pelo que chamam
hoje de poderes públicos. Esses Estatutos permitem aprender sua organização e seu pensamento, para não
dizer, sua filosofia. . . (segue) (fonte:redecolmeia Says)
Uma boa leitura!
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LANDMARQUES, O QUE EU PENSO A RESPEITO...
Ir ∴ Hercule Spoladore *
A Maçonaria tem no seu acervo de palavras, no seu
vocabulário de uso cotidiano uma complexa terminologia,
repleta de figuras, idéias, princípios, explicações, lendas,
alegorias, conceitos, sínteses filosóficas, ensinamentos,
frases lapidares, etc. que se consubstanciam em termos
tais como Iniciação, ritos, graus, emblemas símbolos, Lojas, Potências, Obediências, Irmãos, Arte Real, isto só
para citar alguns poucos, das centenas de vocábulos que
por assim dizer, constituem uma verdadeira linguagem
superposta à nossa linguagem comum se tornando especial concretizando-se assim a língua maçônica, que é semelhante à língua normalmente falada no país, mas que
quando falada por maçons tem outro significado e só estes a entendem.
Esta é uma infinidade de conceitos, leis princípios
aparentemente muito complexos que se imbricam como
um verdadeiro quebra-cabeça, e somente são acessíveis
aos Iniciados, cujas interpretações são de natureza diversa e bastante heterogênea, pois cada adepto tem a sua
própria maneira de assimilar os ensinamentos de acordo
com as suas concepções mais íntimas, quer sejam agnósticos, deistas ou teistas. Mas de qualquer forma esta linguagem e suas significações são o meio de comunicação
e os vetores de suas mensagens, pelas quais os maçons
se comunicam.
Para tornar mais democrática e livre esta busca, a
Maçonaria lança mão das metáforas, das deduções, da
meditação introspectiva, das analogias, e especialmente
das dúvidas. Para dar ênfase especial à dúvida, a Maçonaria ensina seus adeptos a usar a Dialética que é a arte
de se discutir qualquer assunto até a última gota de afirmação e contradição que ele possa oferecer. É uma maneira de se buscar, pesquisando.
Para um Maçom estudioso as contradições as incongruências, as polêmicas e os assuntos ainda não esclarecidos ou resolvidos, passíveis de discussões, são o
reino de seu aprendizado, que é em última análise a procura incessante de seu autoconhecimento, aliás, fato este
que a grande maioria de Irmãos desconhece.
Convém ressaltar que se a Maçonaria fosse matemática, isto é com explicações chavões muito certas, muito corretas, possivelmente ela não sobreviveria, porque
ela tiraria a beleza da dúvida e atrelaria o Irmão a aceitar
princípios que não poderiam ser contestados. O maçom é
um contestador nato, no bom sentido.
Para complicar este interessante e lindo trajeto que
o maçom percorrerá durante sua vida, ele deparará com
uma série de termos, sobre os quais já se escreveram e
ainda se escrevem verdadeiros tratados, muitas das vezes sem se chegar às conclusões satisfatórias tais como
regularidade,
potências,
ecletismo,
landmarques
(landmarks ou lindeiros), leis, rituais etc.
Nesta caminhada as vezes ele parecerá estar na
“terra do faz de conta”, mas poderá usar com toda liberda
de todos os recursos imagináveis quando poderá ocorrer
que ele até duvide de um axioma, que como todos sabemos trata-se de uma verdade indemonstrável, a qual não
terá que ser questionada ou provada, e em outras ocasiões, ele procurar outros caminhos, ele poderá até sofismar
para poder ter uma pista a mais para perquirir suas verdades e acabar por provar para si que um sofisma sempre
será um sofisma e baseia numa premissa falsa. Logo, não
poderá um sofisma ter valor. Mas é um caminho que o
maçom as vezes adota erradamente.
Tais são as opções deliciosas que um Maçom inteligente tem para se encontrar. Neste trajeto místico e intelectual ele não terá que provar nada a quem quer que seja. Ele só terá que provar algo a si mesmo. Eis um dos
maiores ensinamentos da Ordem.
Mas então com toda esta mixórdia como é que a
Ordem sobrevive? Ora, ela sobrevive e vai muito bem.
Talvez por saber adequar todos os elementos contraditórios mencionados, e por não se reger pelos princípios cartesianos que regem outras instituições afins que se dizem
seculares. A Maçonaria tem a sua maneira própria de ser
e isso é que a torna linda e intrigante. Não há uma metodologia ser seguida para seu estudo. É a lei do coração,
da emoção que fala mais alto. Mas, não podemos abandonar a razão. Isso é muito importante, para evitar os achismos e invenções.
Dentro deste raciocínio, os tais de landmarques
mencionados constituem um dos terrenos mais contraditórios e, atualmente se questiona e muito até que ponto eles
tenham algum valor real para a Maçonaria moderna. Se
formos analisá-los, já de início, teremos dificuldades para
escolher qual a classificação que abordaremos para estudo, pois existem mais de sessenta. Qual a verdadeira?
Qual merecerá ser levada a sério? A de Albert Gallatin
Mackey? Porque? A classificação dele está repleta de
incongruências.
Temos até uma classificação de um maçom brasileiro com 14 artigos, ou seja, a de Joaquim Gervásio de Figueiredo. Existem ainda entre as inúmeras classificações
as de Albert Pike, Bob Moris, Jean Pierre Berthelon.
Segundo Castellani os landmarques de um modo
geral deveriam ser reduzidos a quatro artigos, que seriam
as regras principais usadas pela Maçonaria Operativa.
Costuma-se citar que os landmarques ou lindeiros
são oriundos dos manuscritos antigos também chamados
de Old Charges. São apenas apresentados como provindos daqueles documentos, pois não havia landmarques na
Maçonaria Operativa. Logo, eles não existiam. Foram inventados, não resta a menor dúvida.
Comparando-se o que se lê nestes documentos antigos, ou seja, nos Old Charges ou Antigas Obrigações ou
Manuscritos e o que se pratica na Maçonaria que atualmente professamos há apenas alguma semelhança vaga
com relação aos nossos caminhos atuais.
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Informativo CHICO DA BOTICA
oja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
- Ano 5 Edição 038- 30 Nov. 2009
Continuação: LANDMARQUES, O QUE EU PENSO A RESPEITO...
O conteúdo de um dos mais importantes, talvez o
maior em importância, o Poema Régio, não vemos como
encaixar dentro daquilo que está escrito, na maioria dos
artigos da classificação de Mackey e de outros autores,
ou mesmo com o que praticamos na Maçonaria atual.
Tomamos os landmarques de Albert G. Mackey
como referência, feito por um americano para americanos.
Ressalte-se que maioria das 50 Grandes Lojas Americanas nem se manifestaram a respeito deles.
Entretanto, muitos brasileiros os tem como verdades imutáveis, como se fossem uma verdadeira bíblia.
Ressalte-se mais uma vez que existem mais de sessenta
classificações de landmarques espalhadas pelo mundo
afora.
Modernamente a Maçonaria inglesa adota oito princípios, que são suas regras particulares, adequados à ela
como potência que não são landmarques, mas, que são
princípios próprios da Grande Loja Unida da Inglaterra.
Ela não adota os chamados landmarques.
Seria muito mais inteligente e sincero admitirmos
que os ingleses no início da fase especulativa da Ordem,
quando criaram a união de Lojas que antes eram livres, e
inventaram o termo “Obediência” tiveram que elaborar
uma espécie de estatuto para, evidentemente colocar ordem sobre os maçons e lojas sob o comando da Grande
Loja de Londres. E estes estatutos ou constituições ou
enumeração de deveres e direitos foram baseados nos
estatutos das corporações de ofício, e das guildas que já
existiam, e principalmente nos estatutos destas corporações, verdadeiras precursoras dos atuais sindicatos e cooperativas, pois os landmarques têm muito mais a ver
com estes estatutos do que com os Old Charges. É só ler
esta documentação e compara-la, que teremos a evidência desta afirmação. São obrigações e direitos.
E assim nasceu o termo “landmark,” inventado por
George Payne em 1720, aparecendo pela primeira vez
quando ele compilou o Regulamento Geral da Maçonaria
Inglesa. No Brasil chamam-se landmarques. Anderson em
sua Constituição de 1738, menciona o termo pelo menos
duas vezes.
Interessante que o conceito de landmarque que
temos é que seria uma lei, um marco, uma linha intransponível, que todo maçom não deveria transpô-la, mas que
no dia a dia, o que vemos é justamente a transposição
deste limite, especialmente pelos dirigentes das potências.
Em seu nome mudam-se rituais, ocorrem cisões na
Ordem, expulsam-se Irmãos, outros são chamados de
irregulares, perjuros e outros tantos epítetos. Os landmarques ajudam muito hoje em dia, esta autofagia maçônica,
pois são muito invocados pelas autoridades maçônicas a
todo instante quando querem punir algum Irmão ou uma
Loja que não siga a linha política do seu Grão-Mestre.
Enfim, na realidade landmarque é uma palavra má-
gica. Serve para tudo e não serve para nada. Depende de
quem a manipule.
Todavia, como se fosse uma verdadeira bíblia faz
parte do contexto maçônico como tantos outros segmentos da Ordem que atualmente não teriam mais razão de
ser. Poderemos aboli-los pura e simplesmente? Talvez
não. Se tirarmos os landmarques, da Ordem teremos que
repensar e retirar outras lendas outros segmentos esdrúxulos que até então temos sido obrigados a aceita-los.
Valeria a pena? Possivelmente não. Estaríamos destruindo em parte uma das nossas fantasias mais bonitas. É
uma das peças de toda a terminologia maçônica atual. É
bonito pronunciar esta palavra.
Nós, entretanto, arriscaríamos a colocá-los como
folclore maçônico. Argumentemos. O que é folclore? Entre as várias definições uma delas é o estudo e conhecimento das tradições de um povo, expressas nas suas lendas, crenças canções e costumes.
Achamos que ficaria bem, pois estaríamos ainda
que, sem razão, pois eles não existiam, mas estão romanticamente ligados à Maçonaria Operativa a qual sempre os
entendidos a invocam como tradição ligada às chamadas
lendas antigas o que agrada a todos, pois dá aquela sensação de antigüidade. E já é uma situação que data desde
os primeiros anos da Maçonaria Obedencial, ou seja,
quando criaram a chamada potência tendo, portanto uma
duração de mais ou menos três séculos.
Não será fácil simplesmente aboli-los. Vamos, pois,
considera-los, como se fossem uma tradição, pois já faz
tanto tempo que foram inventados. Coloca-los como folclore, fica ameno e romântico, não os destrói.
Se lermos estas classificações de landmarques que
existem no mundo maçônico e os acharmos folclóricos
não teremos compromisso com a veracidade daqueles
enunciados, os quais são na sua maioria contraditórios,
pois cada autor afirma o que quer, e ainda todos aqueles
textos entremeados de muitos deveres direitos e ameaças
de punições se porventura, infringirmos aquilo que se considera como os seus famosos limites intransponíveis.
Se os acharmos folclóricos, vamos ter a sensação
ou a ilusão de estarmos tendo acesso a relatos muito antigos e que nossa Ordem é milenar, e esta fantasia faz muito bem a maioria dos maçons. Então, porque destruí-la?
Entretanto, não esqueçamos que a Maçonaria como
qualquer organização, como qualquer firma, tem que ter
regras e princípios para seu perfeito funcionamento, e no
caso, boa parte destas regras são baseadas em regras
antigas da organização que foram sendo modificadas com
o passar do tempo, adequadas à modernidade.
* Hercule Spoladore – Loja de Pesquisas Maçônicas
‘Brasil” e Membro Correspondente da Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas.
Trabalho defendido em São José do Rio Preto no XVI Encontro da Loja Fraternidade Brazileira de Pesquisas e Estudos de Juiz
de Fora
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Informativo CHICO DA BOTICA
oja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
- Ano 5 Edição 038- 30 Nov. 2009
PESQUISANDO DATAS DE NOVEMBRO
O Informativo Chico da Botica, nesta coluna apresentou durante o ano algumas datas importantes da história envolvendo a Maçonaria, fechando nesta edição com as relacionadas ao mês de novembro. Pesquisa parcial, tendo por base
trabalho compilado do Ir.·.Ethiel Omar Cartes González, Loja
Guatimozim 66 - GLMESP sob o título CRONOLOGIA MAÇÔNICA, encontrado no geocities.com.: - além de outras fontes:
Ano 287 ou 302 ou 303 - Nov. 08 - uma data tradicional
(origem) - Os Santos Quatro Coroados (Quator Coronati) eram
os Santos Patronos dos arquitetos lombardos e toscanos, depois dos maçons construtores da Idade Média e mais tarde da
maçonaria Operativa de Alemanha, França e Inglaterra. - A
historia é de dois grupos de mártires e existem muitas versões. Conforme a Enciclopédia da Francmaçonaria de Lenning
(1901) "o primeiro grupo estava composto de 4 pedreiros de
nomes Claudius, Castorius, Simphoranius e Nicostratus, que
eram secretamente cristãos. O Imperador Diocleciano solicitou
para eles uma estátua do Deus pagão da saúde Escolapius,
ao que eles se negaram pela sua condição de cristãos, solidarizando com eles um outro pedreiro, que não seria cristão.
(Outra versão indica que este 5o seria um soldado romano de
nome Simplicius). O Imperador condenou aos 5 a morrer dentro de esquifes de chumbo que foram jogados no rio. Os esquifes com os corpos foram recuperados por um cristão que os
guardou na sua casa (Difícil de acreditar considerando o peso
dos esquifes). - Onze meses depois, Diocleciano ordenou incenso e sacrifícios a imagem de Esculapio, mas 4 suboficiais
eram cristãos e resistiram a ordem sendo mortos a chicotadas;
seus nomes eram Severus, Severinus, Carpophorus e Victorinus. Os 4 foram sepultados pelos cristãos junto aos primeiros
5 mártires (Novembro 303)". - A tradição estabelece o 8 de
Novembro como festa de homenagem aos mártires, mas são
lembrados unicamente os 4 pedreiros; não existe uma boa
explicação do termo "coroado" e outra versão fala que eles
aceitaram construir estátuas ao Sol Invicto mas recusaram a
de Esculapio o que faz supor que eles seriam do culto de Mitra
e não cristãos.
Ano 1736 - Nov. 30 - É realizada a Convenção de Edinburgo
convocada na cidade, elegendo como G.·. M.·. ao irmão William Clair, sendo assim constituída a G.·.L.·.da Escócia. (Fonte:
Robert Freke Gould em The History of the Freemasonry)
Ano 1752 - Nov. 04 - Iniciado em George Washington, Libertador e primeiro Presidente dos EEUU, tendo pago 2 libras e 3
xelins. Albert Mackey afirma que Washington foi iniciado durante a guerra com a França na Loja Militar Nº. 227 do Regimento 46.
Ano 1754 - Nov. 24 - Nicolas Bonneville, francês, funda o Rito
maçônico Capítulo de Clermont, dentro do Colégio dos Jesuítas. Esta nova potência maçônica baseava-se nos 3 graus da
maçonaria azul ou grau escocês ou de Santo André, e operava com 3 graus superiores sendo o 5 (Cavalheiro da Águia ou
Mestre Seleto), 6 (Ilustre Cavalheiro ou Templário) e 7
(Sublime Ilustre Cavalheiro). (Fonte : Leon Zeldis em Estudos
Maçônicos).
Ano 1775 - Nov. 09 - É iniciado com 17 anos de idade, James
Monroe, que seria o 5o presidente dos EEUU. (Fonte: Kurt
Max Hauser).
Ano 1778 - Nov. 28 - Pompas fúnebres maçônicas na Loja
Les Neuf Sœrs (Paris), presididas por Benjamin Franklin,
pelo falecimento de Voltaire.
Ano 1789 - Nov. 16 - Relatórios do G.·.O.·. e da G.·.L.·. da
França, relacionam sob suas jurisdições, 900 Lojas. Com a
Revolução Francesa, estas Lojas foram paulatinamente
sendo fechadas, ao ponto que em 1794, haver somente 3
que tinham coragem de continuar trabalhando sob o reinado do Terror. (Fonte: Robert Freke Gould em The History of
the Freemasonry)
Ano 1804 - Nov. 01 - O Conde de Grasse-Tilly funda em
Paris a G.·.L\ Gera.·.Escocesa do REAA.
Ano 1805 - Nov. 11 - Simon Bolívar, prócer venezuelano
da independência americana, é elevado ao grau de Comp.·.
pela Loja de São André de Escócia, França. (Fonte: Revista
Elite de Caracas que publicou em 1956 cópia fotostática da
Ata da Reunião obtida pelo escritor venezuelano Ramón
Díaz Sánchez). - Lechangeur, funcionário dos exércitos
napoleônicos na Itália, inventa em Milão o Rito de Misraim,
cópia do Rito Egípcio de Cagliostro. O Rito é atribuído ao
Barão Misraim que, aparentemente, nunca existiu. Lechangeur vendeu as patentes do novo Rito. O Rito compreende
90 graus, divididos em 4 séries: simbólica, filosófica, mística
e cabalística.
Ano 1828 - Nov. 08 - Simon Bolívar decreta em Bogotá o
fechamento de todas as associações secretas, incluindo a
maçonaria, após ter sofrido atentado contra sua vida em 25
de Setembro. Existe uma confissão feita por Bolívar ao escritor maçônico Louis Peru de la Croix, oficial francês de
seu exército, reconhecendo que, "por simples curiosidade,
ingressou na maçonaria tendo recebido o grau de Mestre
em Paris, mas afastou-se posteriormente, ao verificar que
era uma associação ridícula formada por mentirosos e bobos úteis, enganados". - Nov 19 - O Conde de Espanha
ordena o fuzilamento e posterior enforcamento do cadáver
do Coronel Santos José Ortega, maçom.
Ano 1832 - Nov. 12 - No Rio de Janeiro, é fundada a Loja
Independência Nº. 1, fundadora do Supremo Conselho
Montezuma, no Largo da Ajuda; abateu colunas em 1838.
(Fonte: Kurt Prober) - O Supr.·.Cons.·. do Brasil torna-se
regular por patente concedida pelo Supr.·.
Cons.·.Confederado dos Países Baixos sendo instalado
como Soberano Comendador Francisco Gê Acayaba, Visconde de Jequitinhonha (Montezuma). É independente do
G.·. O.·..
Ano 1836 - Nov. 10 - Nasce Robert Freke Gould, historiador maçônico inglês; morre em 1915. Foi um dos fundadores da Quator Coronati, a 1ª Loja de Pesquisas Maçônicas
no mundo: - Nov 22 - Fundada em Niterói, a Loja Sabedoria
e Beneficência, a primeira Loja no Rito Adonhiramita, que
abateria colunas em 1850. (Fonte: Kurt Prober em "A Bigorna")
Ano 1846 - Nov. 09 - O Papa Pio IX lança a Encíclica Qui
Pluribus contra a maçonaria, sendo esta a primeira de 8
encíclicas e alocuções deste Papa contra a Ordem.
Ano 1881 - Nov. 03 - Ex-Obreiros do G O Unido reerguem
o G.·.O.·.do Passeio, tendo Gaspar da Silveira Martins como Grão Mestre. Em 1887, essa Potência espúria
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oja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
- Ano 5 Edição 038- 30 Nov. 2009
Continuação: PESQUISANDO DATAS DE NOVEMBRO
desaparece (Fonte: Kurt Prober em O Aprendiz)
Ano 1884 - Nov. 28 - Fundada por 9 irmãos a Loja de investigação maçônica Quator Coronati Nº 2076, dependente da G.·.
L.·. Unida da Inglaterra, para realizar investigações sobre a
história, símbolos e lendas da maçonaria. Conta com um quadro de 40 membros titulares, somente Mestres, e milhares de
correspondentes espalhados pelo mundo inteiro.
Ano 1885 - Nov. 28 - O G.·. O.·. da França solicita da G.·. L.·.
Unida da Inglaterra revogar a declaração de irregularidade que
afeta o G.·.O.·., mas a G.·. L.·. responde que o abandono do
Landmark da crença em Deus suprime a pedra fundamental do
edifício maçônico.
Ano 1889 - Nov. 19 - O atual modelo
da bandeira do Brasil é criado por decreto do Presidente irmão Deodoro da
Fonseca e assinado por mais sete ilustres brasileiros, entre eles, 6 maçons.
Ano 1899 - Nov. 19 - Na França, quando da inauguração da
estátua a Danton, cerca de 4000 maçons paramentados, do
G.·. O.·., desfilam avivando à República e gritando em contra
dos Jesuítas. (Fonte : Alec Mellor)
Ano 1913 - Nov. 20 - A nova Obediência da França criada em
Setembro com o título G.·. L.·. Nacional Independente e Regular para a França e Colônias francesas, constituídas por membros que não concordam com a supressão da fórmula do
G.·.A.·.D.·.U.·., é reconhecida pela G.·. L.·. Unida da Inglaterra,
e entre 1914 e 1915 pelas G.·.L.·. de Mississipi, Virginia e Missouri. Até 1939 tinha sido reconhecida por outras 9 GG.·. LL.·.
de USA, por 37 até 1959, por Alaska em 1981 e por Hawai em
1989. A G.·.L.·. Nacional Independente e Regular, cuja sede
fica no Boulevard Bineau, em Neuilly, conta, aproximadamente,
com 2.000 membros em sua grande maioria ingleses e norteamericanos.
- Nov. - É iniciado Oliver Hardy, ator cômico norte-americano
da famosa dupla do cinema "O Gordo e o Magro", na Loja Salomão Nº. 20, Jacksonville, Florida. Foi um assíduo freqüentador de Lojas.
Ano 1925 - Nov. 22 - Tendo em vista as violentas perseguições do fascismo à maçonaria, na Itália, o G.·. M.·.Torrigiani dá
ordem de autodissolução das Lojas de Províncias e Ilhas adjacentes. (Fonte: Pe Benimelli em Maçonaria e Satanismo). Posteriormente o G.·.M.·. Torrigiani é condenado a 5 anos de deportação. Os maçons Neciolini, Filatti e Consoli são assassinados em Florença. O General Capello é condenado a 30 anos
de prisão. É repressão fascista na Itália contra a maçonaria.
Ano 1937 - Nov. 28 - Por 515.000 contra 236.000 votos, o povo suíço rejeita o pedido de proibição da maçonaria apresentado por nazistas e fascistas.
Ano 1938 - Nov. 24 - Os jornais informam de um decreto do
governo da Polônia fechando as Lojas maçônicas e confiscando suas propriedades.
Ano 1940 - Nov. 28 - Alfred Rosenberg, em discurso em Paris,
logo após a queda da França, acusa as maçonaria mundial
pela derrota da Alemanha na 1a Guerra mundial, já que elas
estariam aliadas a comunidade financeira judaica. (Fonte: A
Ordem Maçônica de 1975) - Nov 29 - As forças alemãs de ocupação proíbem em Noruega a maçonaria.
Ano 1962 - Nov. 24 - Fundada a G.·. L.·. do Estado de Mato Grosso (Brasil). Quando do desmembramento do Estado
passou a se chamar G.·. L.·. do Estado de Mato Grosso do
Sul.
Ano 1972 - Nov. 28 - Na Grécia, o Santo Sínodo da Igreja
Ortodoxa que já condenara a maçonaria em pastoral de
1933, reafirma essa condenação. (Fonte: Alec Mellor).
Ano 1983 - Nov. 26 - A Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé emite uma declaração, assinada pelo seu Prefeito Cardeal Ratzinger, negando a comunhão aos maçons.
No ano seguinte o Vaticano decreta um novo Código de
Leis Canônicas, a Sacrae Disciplinae Legis, que reduz de
2.412 para 1.278 artigos. O novo Código começou a ser
elaborado em 1963, precisou de 2.000 horas de reuniões
de 93 Cardeais, 62 assessores e 186 Bispos e juristas. A
pena de excomunhão para maçons fica a critério do Bispo
local.
Ano 1993 - Nov. 25 - XII Reunião dos GG.·. SSob.·.
CCom.·. das Américas, em Santiago do Chile, inaugurado
pelo Presidente da República, que não é maçom.
Ano 1999- Nov. - A G.·. L.·. de São Paulo instala o Sup.·.
Gr.·. Capítulo dos Maçons da Ordem do Santo Real Arco de
Jerusalém; três Capítulos são fundados sendo estes os
primeiros na América Latina. O Real Arco é mencionado na
1ª Constituição de Anderson; ele é criado conforme o interes de Lojas do Rito de Emulação mas membros do REAA
podem pertencer. Ele não se constitui num corpo filosófico
e não se organiza no sistema de graus. - É assinada a Carta de São Paulo recomendando a aplicação dos preceitos
maçônicos na sociedade moderna. - Nov 12 à 15 - IV Conferência Mundial de GG.·.LL.·., realizado em São Paulo,
com participação de GG.·. MM.·. de 25 GG.·. LL.·. além do
G.·. M.·. Geral do G.·. O.·. do Brasil. Nove grupos de trabalho debateram 10 teses : - A busca do crescimento da maçonaria, com qualidade. (G.·. L.·. da Argentina); - O impacto da Internet na Maçonaria, seu futuro e responsabilidades.
(G.·.L.·. de Connecticut); - Se a liberdade falhar. (G.·. L.·. da
Grécia); - Os princípios e padrões de reconhecimento entre
as GG.·.LL.·.(G.·. L.·. da Índia); - A Maçonaria livre. Sua
qualidade e seu papel na sociedade do próximo milênio.
(G.·. L.·. do Haiti); - A educação como meio de extensão dos
valores maçônicos. ( G.·. L.·. do Chile); - Projeto de um programa maçônico de intercâmbio cultural. (G.·. L.·.de Brasília); - Direitos humanos numa sociedade multicultural. (G.·.
O.·.da Itália) ; - Quais as GG.·. LL.·. qualificadas para participar em futuras Conferências Mundiais de GG.·.LL.·.(G.·.
L.·. da Colômbia); - Projeto de um programa de intercâmbio
cultural da FUNLEC. (G.·. L.·. de Mato Grosso do Sul Brasil)
"A mão do sucesso profissional tem cinco dedos:
caráter, vocação, talento, esforço e disciplina"
(Daher Elias Cutait)
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- Ano 5 Edição 038- 30 Nov. 2009
14 anos
FOTOS DO EVENTO COMEMORATIVO DO 14º ANO DA CHICO DA BOTICA
Ir.·. Élio sendo recepcionado pelo VM Edmundo
Parabéns!
Ir.·. Élio em sua palestra
Na S.·. PP.·. PP.·. - IIr.·. Dal Corso,
Ricardo, Pavlak, Krause, Edmundo,
Élio, Perottoni e Dante
Os participantes do evento no Templo da Cônego
14 anos
Parabéns!
No salão de ágapes IIr.·. Dante, Perottoni,
Élio, Pavlak e Sergio Borges
14 anos
Parabéns!
No primeiro plano Ir.·. Perottoni e Ir.·.
Élio, nosso palestrante com os VM IIr.·.
Prieto, da Cônego e Edmundo da Chico
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Informativo CHICO DA BOTICA
Organização
AUG :. RESP :. LOJ :.
“FRANCISCO XAVIER FERREIRA
DE PESQUISAS MAÇÔNICAS” JURISDICIONADA AO GORGS
Templo : Leonello Paulo Paludo
- Ano 5 Edição 038- 30 Nov. 2009 -
>>> Informativo Virtual . . .
14 anos da Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
Prestamos uma homenagem ao seu idealizador Ir.—. Pitthan
Centro Templário - 3º andar
Rua Aureliano de Figueiredo Pinto, 945
Dia da Oficina: 3º Sábado de cada mês Hora: 10:00 h
(in memoriun)
Heitor Dimoncel Pitthan: um breve histórico de sua vida
EVENTO COMEMORATIVO
Heitor Dumoncel Pitthan, foi funcionário da Caixa Econômica Federal, onde se aComemorou-se no dia 20 de
posentou. Era grande tradicionalista, escoteiro e rádio-amador. Casou-se com Lu- os novembro os 14 anos da
cilla Pitthan e deste matrimônio gerou três filhos: Jaime Heitor, Branca Aracy e Loja Francisco Xavier Ferreira
Gláucia Valquíria. Faleceu dia 24 de abril de 2006.
de Pesquisas Maçônicas, FunNasceu em Cruz Alta, em 17 de maio de 1921, filho de Jayme Dumoncel Pitthan e dada no dia 19 de novembro
de Aracy Pitthan. Casado com a Sra. Lucilla Pitthan, de cujo matrimônio resultou de 1995 e que teve como Mestrês filhos. Foi servidor da Caixa Econômica Federal. Veio de tradicional família de tre inspirador o saudoso Ir.·.
maçons: o pai, os dois avós, um bisavô e um primo que foi o 3º Grão Mestre da Heitor Dimoncel Pitthan.
Mui Respeitável Grande Loja do Rio Grande do Sul. Sua mãe é Lowton e a esposa
O evento comemorativo
é filha de Maçom.
Iniciou na maçonaria em 23.11.1966, na Loja "Electra 21", jurisdicionada às Grandes Lojas do Rio Grande do Sul. Elevado a Companheiro Maçom em 03.05.1967 e
exaltado a MM em 20.09.1967. Enquanto membro desta Loja atingiu o Grau 18. Filiou-se ao GORGS em 1978 sob o registro nº 2523. Grau 33 e Delegado Litúrgico do
Supremo Conselho do Rio Grande do Sul. Exerceu todos os cargos de uma Loja
Simbólica, inclusive Mestre Instalado tendo sido Venerável Mestre das Lojas Loja
Província de São Pedro do Oriente Porto Alegre e da Loja General Osório em Tramandaí.
Idealizador, fundador e primeiro Venerável Mestre da Loja "Francisco Xavier Ferreira" de Pesquisas Maçônicas. Presidiu diversas Comissões como: Comissão
Central e Comissão de Liturgia e Filosofia. Foi Diretor do Instituto Histórico da Maçonaria Riograndense e 1º Delegado da 16ª Zona Maçônica do GORGS. Participou
também na fundação das Lojas Phoenix nº 70 (Grandes Lojas), Rei Salomão, Afonso Emílio Massot, Amor e Luz (GORGS).
No Supremo Conselho fundou a Loja de Perfeição "Flor de Acácia" em Porto Alegre e em Tramandaí, a Loja de Perfeição Farol Mágico e o Capítulo Rosa Cruz Farol
Mágico. Nos Graus Filosóficos também ocupou diversos cargos, inclusive Presidente de Corporações. Participou de inúmeras reuniões e seminários.
Foi distinguido com o Cartão de Prata na Loja Electra 21 - Cartão de Prata na Loja
Província de São Pedro - Cartão de Prata e Membro Honorário na Loja General Osório - Medalha Bento Gonçalves e Título de Emérito pela Loja Francisco Xavier
Ferreira acompanhada das medalhas Antunes Ribas, Ramo de Acácia, Bronze, Prata e Ouro - Título de Emérito na Loja Rei Salomão - Seu nome na Biblioteca Heitor
Dumoncel Pitthan na Loja Rei Salomão - Cartão de Prata da Loja Francisco Xavier
Ferreira.
Foi Presidente do Centro Cultural e Beneficente General Osório. Participou de
teve a parceria com a Loja Cônego Antonio das Mercês, em
seu Templo, sendo Presidida
por seu Ven.·. Mestre, Ir.·. Miguel Ângelo Prietto dos Santos e o Ir.·. Edmundo Valle Jr,
Ven.·. Mestre da Chico, contando com a presença de seus
Obreiros, alem dos membros
correspondentes e demais
convidados que se fizeram
presentes.
A Ordem do Dia contou
com a vibrante palestra do Eminente Irmão Élio Figueiredo,
Membro da Academia Maçônica Internacional de Letras, filiado ao GOSP e Membro Correspondente da Loja de Pesquisas “Chico da Botica” com
o Tema: “Inserção da Maçonaria na Vida Político Partidária
do País”, o que provocou acalorados debates, pela sua importância e pela maneira objetiva e simples colocada pelo
palestrante.
várias comissões Instaladoras como Presidente e também membro. Era memE para finalizar todos foram
bro correspondente da Loja de Pesquisas "Brasil" - Oriente de Londrina e da brindados com uma ágape
Loja "Fraternidade Brasileira" de Estudos e Pesquisas - Oriente de Juiz de Fo- servida pelo Mestre Aldo, onra. Alcançava, hoje, a soma de 72 afiliados, sendo 15 Mestres Instalados.
de, com a palavra concedida,
Recebeu os seguintes certificados: Participação do VII e VIII Encontro Nacio- sucederam-se discursos de
nal de Membros Correspondentes da Loja de Pesquisas Maçônica do Brasil - valor inestimável para os preComemoração do Bi-centenário do Areópago Itambé e Jubileu de Prata da Re- sentes e que ficarão guardavista "A Trolha" Simpósio de Orientação e Estudos Maçônicos - 1º Encontro dos na memória dos 14 anos
Administrativo das Delegacias de Zona Maçônicas - 5º e 6º Seminário de Dele- da Chico da Botica.
gacias Litúrgicas e Corporações Filosóficas - Participação da 3ª Assembléia
Até o próximo ano
Geral da Associação Brasileira de Imprensa Maçônica (ABIM).
com o auxílio do GADU
Fonte: www.litoralmania.com.br
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Número 38 - Publicado em 30/11/2009