AU TO RA L UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES TO PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PE LA LE I DE DI R EI AVM FACULDADE INTEGRADA Por: Anecita Cássia Araujo Soares Costa DO CU M EN TO PR OT EG ID O MÉTODO BOBATH NO DESENVOLVIMENTO MOTOR Orientadora: Prof.ª Maria Esther de Araújo Co-orientadora: Prof.ª Giselle Böger Brand. Santa Izabel do Pará- PA 2014 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES 2 PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA MÉTODO BOBATH NO DESENVOLVIMENTO MOTOR Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Psicomotricidade. Por: Anecita Cássia Araujo Soares Costa. AGRADECIMENTOS 3 .... Em primeiro lugar agradeço a Deus pela capacidade concedida, ao meu marido Daniel pelo amor e compreensão e aos meus pais, meu exemplo de vida. Agradeço também as minhas queridas professoras Giselle e Maria Esther, pelas orientações e por tudo que aprendi. Muito obrigada a todos os amigos que de alguma forma colaboraram com o termino deste trabalho. DEDICATÓRIA 4 .....dedica-se aos meus pais, Felipe e Concita e meu esposo, Daniel Costa. Amo vocês!. RESUMO Este estudo teve como objetivo mostrar a importância do Método Bobath no Desenvolvimento Motor, visando seus conceitos e benefícios oferecidos. O tema foi escolhido por tratar-se de uma patologia bastante 5 presente nos dias atuais. Muitos pais e até mesmos profissionais de saúde muitas vezes tem apresentado alguma dificuldade para lidar com a criança com atraso motor. O Método Bobath tem como base a compreensão do desenvolvimento normal utilizando todos os canais perceptivos para facilitar os movimentos e as posturas que aumentem a qualidade das funções, ou seja, o desenvolvimento de posturas e movimentos normais. Neste trabalho tivemos como proposta mais uma técnica que tem apresentado inúmeros resultados positivos. METODOLOGIA Este trabalho será realizado a partir de uma revisão bibliográfica, utilizando como método de pesquisa publicações em língua espanhola, inglesa e portuguesa, relacionadas aos temas: desenvolvimento motor da criança dos 0 aos 03 anos, fatores de risco para o mau desenvolvimento, método bobath e 6 princípios básicos no tratamento do atraso motor. Utilizaremos para a pesquisa bancos de dados científicos eletrônicos (Medline, Bireme, Google Acadêmico, entre outros), além de livros voltados ao tema (Tecklin, JS., Ratliffe KT. e Haywood KM, Getchell N). SUMÁRIO INTRODUÇÃO..................................................................................................08 CAPÍTULO I - Atraso Motor..............................................................................10 1.1-Gestação.................................................................................................10 1.1.1- Período da Gestação...................................................................10 7 1.2- Desenvolvimentos motor da criança dos 0 aos 3 anos..........................................................................................12 1.3- Atraso Motor.........................................................................................17 1.3.1- Principais causas........................................................................18 1.3.2- Características do atraso motor..................................................19 CAPÍTULO II - Método Bobath..........................................................................21 2.1- Historia....................................................................................................21 2.2- Definição.................................................................................................22 2.3- Organização do comportamento e controle motor no método bobath....23 2.4- Objetivos.................................................................................................24 2.5- Materiais utilizados..................................................................................24 CAPÍTULO III – Princípios utilizados pelo Método Bobath no atraso motor.....26 3.1- Principais princípios utilizados pelo método bobath...............................26 3.2- A importância da técnica.........................................................................26 3.3- Indicações do método............................................................................27 3.4- Estimulação precoce................................................................................27 3.5- Técnicas .................................................................................................28 3.5.1- Pontos-chaves de controle...........................................................28 3.5.2- Estimulação proprioceptiva e tátil................................................29 3.5.3- Desenvolvimento neuromotor normal..........................................30 CONCLUSÃO....................................................................................................3 2BIBLIOGRAFIA ................................................................................................33 ÍNDICE..............................................................................................................35 INTRODUÇÃO Segundo a Associação Brasileira de Fisioterapia em Neurologia para o Desenvolvimento e Divulgação dos Conceitos Neurofuncionais, o atraso motor é uma patologia que vem crescendo muito nos últimos anos e, portanto tem 8 sido objeto de estudo em diversos seguimentos tais como educação, saúde, entre outros. Tem-se desenvolvido técnicas na área da saúde com a finalidade de tratar o mais precoce a criança para que a mesma tenha um desenvolvimento funcional normal. Dentre estas muitas técnicas existe o método Bobath, criado para promover melhora no atraso e estimular o desenvolvimento neuropsicomotor. Portanto faz-se a seguinte pergunta: Quais os principais benefícios oferecidos pelo método Bobath para o desenvolvimento motor? Este trabalho foi elaborado com o objetivo de mostrar a importância deste método visando seus conceitos e benefícios oferecidos. O tema foi escolhido por tratar-se de uma patologia bastante presente nos dias atuais. Muitos pais e até mesmos profissionais de saúde tem apresentado alguma dificuldade para lidar com a criança com atraso motor. Este trabalho vem para facilitar uma melhor compreensão do que é o atraso e como esse método temse se mostrado eficaz no tratamento desta desordem O Método Bobath tem como base a compreensão do desenvolvimento normal utilizando todos os canais perceptivos para facilitar os movimentos e as posturas que aumentem a qualidade das funções, ou seja, o desenvolvimento de posturas e movimentos normais. Com este trabalho abordaremos desde a gestação até o desenvolvimento motor da criança de 0 a 03 anos. Verificar o que acontece em cada fase tanto no aspecto motor, neurológico e psicológico. Cada fase apresenta peculiaridades interessantes por isso torna-se importante inclui-las neste trabalho. Assim sendo, este estudo foi dividido em três capítulos. No Primeiro Capitulo pretendeu-se analisar como a criança se desenvolve. Sabemos que para que uma criança tenha um desenvolvimento normal o mesmo envolve a gestação, habilidades adquiridas com o amadurecimento motor, neurológico e psicológico. Abordaremos também as principais causas e características do atraso motor. Já no Capitulo Dois, iremos mostrar o que é o Método Bobath, sua historia, definição, objetivos e quais os materiais utilizados nesta técnica. E por 9 fim, no Terceiro Capitulo conheceremos os princípios utilizados pelo Método Bobath no tratamento do atraso motor. Propomos chegar a seguinte conclusão, de que através desta técnica é possível diminuir a espasticidade muscular e introduzir os movimentos automáticos e voluntários, a fim de preparar o paciente para os movimentos funcionais, onde o tônus anormal pode ser inibido e os movimentos mais normais, facilitados. Desta forma acriança obtém um desenvolvimento dentro do esperado. CAPÍTULO I ATRASO MOTOR Toda mulher que deseja ser mãe precisa conhecer como funciona seu corpo. É importante saber a anatomia e fisiologia de cada órgão que compõe o 10 assoalho pélvico, pois durante a gravidez inúmeras mudanças irão ocorrer, mudanças normais como anormais. 1.1 - Gestação A gestação segundo a Enciclopédia Wikipédia (2013) se refere ao estado resultante da fecundação de um óvulo pelo espermatozoide, envolvendo o subsequente desenvolvimento do feto gerado no útero, que dura cerca de nove meses, até seu nascimento. 1.1.1 – Período da Gestação De acordo com a Enciclopédia Wikipédia (2013) a idade embriológica da gestação é contada a partir da fecundação do óvulo. No entanto, é praticamente impossível a identificação do momento em que ocorreu a fecundação ou a data correta do coito ou da ovulação. Por isso, convencionouse contar a idade da gravidez a partir de um marco mais fácil de identificar: o primeiro dia do último período menstrual da mulher. Trata-se da idade obstétrica da gravidez. Quando o clínico ou o ultrassonografista se refere a qualquer idade gestacional, está usando como marco esta data. É evidente que no período entre o início do ciclo menstrual e a fecundação (supostamente ocorrida 14 dias depois do início do ciclo menstrual) ou a nidação (considerando-se o início fisiológico da gravidez na mulher) não há ainda a gravidez. Trata-se de marcador impreciso, mas é o único disponível. Sendo assim, a idade gestacional (IG) é definida como o tempo transcorrido entre o primeiro dia da última menstruação (DUM) e a data atual, medido em semanas e dias. A duração da gravidez tendo-se como base a DUM é, em média, de 280 dias ou 40 semanas, 10 meses lunares (de 4 semanas). Devemos nos lembrar de que a duração da gestação varia segundo as características da mãe e do concepto. Também pode haver imprecisão na caracterização do último período menstrual. Segue abaixo algumas imagens referentes a esse período: 11 Estágios no desenvolvimento pré-natal com as semanas e os meses numerados por idade gestacional (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Gravidez_humana, em 11/08/2013). Segundo a Enciclopédia Wikipédia (2013) a gravidez pode ser: Gravidez a termo entre 37 semanas completas e 42 semanas incompletas. Gravidez pós-termo - 42 semanas completas e mais. Gravidez pré-termo ou prematura Menos de 37 semanas e mais de 20-21 semanas completas. Período de abortamento - Concepto com menos de 500g (gravidez de menos de 20-22 semanas). 1º mês mês 7º mês 2º mês 8º mês 3º mês 4º mês 5º mês 6º 9º mês (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Gravidez_humana, em 11/08/2013) 1.2– Desenvolvimento motor da criança dos 0 aos 3 anos O desenvolvimento da criança envolve três etapas: psicológico, neurológico e motor. Apesar de o desenvolvimento ter fases e etapas bem definidas, cada bebê irá definir o seu. Segundo Haywood KM, Getchell N (2004) o bebê ao nascer ainda não senta, não anda, devido ao seu sistema nervoso que ainda está imaturo em vários aspectos, entre eles o tônus muscular está diminuído no pescoço e tronco e aumentado em braços e pernas. E para que o mesmo adquira habilidades, este sistema nervoso 12 precisará amadurecer o que ocorre no primeiro ano de vida, e vai até três anos de idade. De acordo com Burns (1999) o amadurecimento do sistema nervoso se fará em duas direções: da cabeça para o pescoço e da região proximal para a mais distante, ou seja, a criança controla o pescoço antes de controlar o tronco, e controla os ombros antes das mãos. Burns continua dizendo que: “Todo esse processo é gradativo, e cada fase alcançada habilita a criança a avançar para a etapa seguinte. Esse processo é lento e diário. O amadurecimento do sistema nervoso depende da boa saúde global do bebê que é obtido através do aleitamento materno, controle de infecções e doenças com a ajuda das vacinas, o cuidado da própria mãe e o estímulo saudável do meio ambiente.” (BUMS,1999,p 25) No primeiro ano de vida, o desenvolvimento da criança se baseia na área motora grossa, passando a entender o mundo a partir dessa experiência. Com esse processo ocorre o desenvolvimento da percepção. As noções de longe e perto, raso, fundo, frio, quente, etc., passam a ser percebidas através do corpo da criança. Tudo ela sente no seu corpo (feedback). Com maior controle sobre os movimentos a criança aprimora seu conhecimento sobre o mundo. Segundo Haywood e Getchell (2004) nos seis primeiros meses o controle antigravitário se dará na horizontal (nas posturas mais baixas), e depois desta idade o controle se dará na vertical (nas posturas mais altas). No final do primeiro ano conseguirá controlar todos os movimentos antigravitário. Haverá uma maior integração dos movimentos já adquiridos Abaixo segue a classificação de cada fase entre 0 e 3anos segundo Haywood e Getchell (2004) : • RECÉM-NASCIDO: Considerado até 28 dias de vida. Fase de adaptação ao meio; hipertonia flexora (fisiológica); reação automática; sem controle de cabeça – criança “molinha”; pélvis em retroversão; reflexo de preensão palmar E reação cervical de retificação. 13 . • PRIMEIRO MÊS: Sem controle de cabeça/cifose; Reflexo de Moro – primeira fase (abdução de braço + extensão de tronco); diminuindo a flexão = aumento da extensão; em supino acompanha objetos até certo ponto; pélvis retrovertida; reação automática; reflexo de preensão palmar; marcha automática (pode ou não estar presente) e não faz simetria. • SEGUNDO MÊS: Puxado para sentar, a cabeça cai para trás – oscila; pelve diminuindo a retroversão; pouca flexão; terminando a marcha automática (ataxia – abasia); pernas fletidas; em supino acompanha mais objetos (reação óptica de retificação); diminuindo o reflexo de preensão palmar; RTCA esporádico (discreta assimetria); reação de colocação dos pés- presença do Galant; reação cervical de retificação. • TERCEIRO MÊS: Primeiro marco do desenvolvimento do bebê: Mais simétrico; reação labiríntica de retificação (puppy); orientação na linha média; extensão do tronco em puppy alcança torácica alta (controla melhor a cabeça); aumenta a anteroversão do quadril; desaparecendo o RTCA; acompanha objetos; diminuição da preensão palmar (retém por pouco tempo); desaparece Galant; termina reação de colocação dos pés e terminando reação cervical de retificação. • QUARTO MÊS: simétrico; bom controle de cabeça; extensão do tronco em prono chega à região lombar; apoio nos cotovelos (+ alinhados); entrando a reação corporal de retificação; inicia o rolar – começa a entrar a dissociação de cinturas devido aos movimentos de flexão/extensão realizados pela cabeça quando a criança esta em prono dando assim maior mobilidade ao tronco; retificação lateral da cabeça (visto no rolar); pelve em supino faz ântero e retroversão, mas com pouco controle; boa visualização; termina os reflexos da face; a maioria dos reflexos estão abolidos; termina a primeira fase do Moro/ inicia a 14 segunda (+ discreta com adução dos braços e flexão de tronco); não tem preensão voluntária; inicia Landau (brinca de mata – borrão). • QUINTO MÊS: ótimo controle de cabeça (extensão de tronco chegando à região lombar)- puxado para sentar participa do movimento – permanece com apoio; simétrico; inicia preensão voluntária; leva objetos à boca; presente reação corporal de retificação (rola de prono para supino); sustenta a posição de pé por momentos com ajuda; inicia reação de equilíbrio em prono; inicia o arrastar (introdução à reação anfíbia); em supino inicia levar pés à boca (alonga músculos extensores); aumenta a reação de Landau. • SEXTO MÊS: Segundo marco no desenvolvimento do bebê: vence gravidade em supino; sentado apoia-se na mão à frente; em supino brinca com os pés (aprimorando ainda mais a musculatura extensora); em prono a extensão do tronco já chega aos quadris exercendo peso sobre eles; pelve anterovertida; senta quando colocada com apoio à frente (sem muita transferência – caindo); puxada para sentar estende os joelhos; alcança objetos; inicia reação de equilíbrio em supino; rola melhor, com dissociação; arrasta com facilidade; reação anfíbia madurareação de extensão protetora para frente; termina a segunda fase do Moro; suporta mais peso sobre o quadril favorecendo o controle sobre a cabeça, tronco e MMSS. Uma vez que começa a receber peso, o quadril se torna mais estável ganhando mais extensão, e nas posições em supino, prono e sentado à criança tem liberdade e segurança de movimento do quadril para cima; inicia a rotação propriamente dita – aumenta a dissociação; reação de Landau + aprimorada devido a extensão do quadril; em pé com ajuda coloca peso nas duas pernas (inicia propriocepção dos MMII) suporta + peso. • SÉTIMO MÊS: Inicia maior independência da criança em posturas baixas – começa a explorar o ambiente: arrasta (transferência de peso 15 em prono; inicia gatas (balanceios) ou meio urso; sentado sozinho pega objetos e os transfere de uma mão a outra; reação corporal de retificação bem atuante – movimentos rotacionais do tronco; inicia o sentar a partir de 4 apoios; se puxam para de pé- sentam sem apoio (braços não cruzam a linha média); inicia extensão protetora para os lados. • OITAVO MÊS: Terceiro marco do desenvolvimento da criança: engatinha usando mais a flexão lateral; mantém postura sentada com bom equilíbrio; em supino já se levanta para sentar; inicia a extensão protetora para os lados; aumenta dissociação (inicia rotação oposta durante as reações de equilíbrio); diminuindo o reflexo de preensão plantar; boa mastigação (mastigar simétrico – movimento da mandíbula para cima e para baixo); se puxa para ficar de pé usando semiajoelhado; fica de pé com ajuda de uma única mão – inicia rotação do tronco sobre extremidade inferior; inicia a sequência joelho para semiajoelhado e desta para de pé; escala móveis; de pé com apoio transfere peso sobre MMII (3 planos – p/frente, p/trás e p/os lados); inicia marcha lateral. • NONO E DÉCIMO MÊS: Não fica mais deitado. Fase com muita quebra de padrões. Dissociação aprimorada. Começa independência em posturas altas: engatinha bem com contra rotação (explora + o ambiente); escala com mais facilidade, mas não consegue descer; urso; equilíbrio de gatas; iniciando equilíbrio de joelhos; elaboram conceitos perceptivos; extensão protetora para trás; ótimo controle entre flexão/extensão (quebra de padrão); descobre a terceira dimensão; marcha lateral + refinada – tenta soltar uma das mãos; ótima transferência de peso. • ONZE MESES: inicia marcha com aumento da base sem equilíbrio a curta distância de um móvel a outro – cai sentado; anda segurada pelos 16 braços; de pé pega objetos no chão e volta se apoiando nos móveis; urso. • 1 ANO: Quarto marco do desenvolvimento da criança: anda seguro por uma das mãos, mas pode tentar andar sozinho; assume cócoras (oscila) – se abaixa para catar objetos; bom equilíbrio em todas as posturas; iniciando equilíbrio de pé; reação de retificação bem integradas na maioria dos movimentos; mastiga com + dissociação (diagonal) próximo a forma adulta. • 1 ANO E 3 MÊSES: anda sozinho (braços para cima e base alargada compensando equilíbrio na postura, mas cai muito ainda); cócoras + aprimorado; levanta do chão partindo de urso; sobe e desce escada com 4 apoios (engatinhando); fica sobre uma perna com ajuda. • 1 ANO E 6 MÊSES: sobe e desce escada com apoio sem alternar MMII (com ajuda de alguém); mais independente – cai ainda; desce do sofá com + facilidade; muito agachamento; bom equilíbrio de pé; inicia ficar sobre uma perna sozinha, ainda desequilibra; começa a empilhar. Cubos (3) • 2 ANOS: sobe e desce escada sozinha; começa a correr; inicia o pular com 2 pés; equilíbrio anda para trás; boa base de suporte; dinâmico; termina reações aprimorando associadas; ego-motor (representação mental do corpo – sabe o que fazer com ele). • 3 ANOS: Último marco do desenvolvimento motor. Criança totalmente integrada em diversos níveis. Motoramente pronta: integração total entre as reações de retificação e as de equilíbrio (integração de todos os níveis cerebrais; inicia equilíbrio sobre 1 pé só; boa desenvoltura motora; se expressa melhor; controla esfíncteres; pula com os 2 pés; faz construções de 8 à 9 cubos 17 • Complementando: • De 3 a 4 anos: grande atividade motora: corre, pula com os dois pés, salta; anda de triciclo; quer experimentar tudo; é curiosa e inquiridora; fica sobre uma perna. • De 5 a 7 anos: pula alternado- pula com um pé só; consciente do seu corpo (propriocepção das facilidades e das dificuldades em relação ao espaço). 1.3 – Atraso Motor Segundo Ferreira, Dias e Santos (2006) a definição para atraso motor seria: “O Atraso Global do Desenvolvimento Psicomotor pode ser definido como um atraso significativo em vários domínios do desenvolvimento, nomeadamente ao nível da motricidade fina/grosseira, da linguagem, da cognição, das competências pessoais e sociais, das atividades da vida diária, etc.” (FERREIRA, DIAS E SANTOS, 2006, p.1) 1.3.1- Principais causas Segundo Haywood KM (2004) o desenvolvimento motor é considerado como um processo sequencial, contínuo e relacionado à idade cronológica, pelo qual o ser humano adquire uma enorme quantidade de habilidades motoras, as quais progridem de movimentos simples e desorganizados para a execução de habilidades motoras altamente organizadas e complexas. O processo de desenvolvimento ocorre de maneira dinâmica e é suscetível a ser moldado a partir de inúmeros estímulos externos. 18 Para Tecklin (2002) a interação entre aspectos relativos ao indivíduo, como suas características físicas e estruturais, ao ambiente em que está inserido e à tarefa a ser aprendida são determinantes na aquisição e refinamento das diferentes habilidades motoras. Sabe-se que o surgimento de movimentos e seu posterior controle ocorrem em uma direção cefálo-caudal e próximo-distal, porém este processo não se apresenta de forma linear, incluindo períodos de equilíbrio e desequilíbrio. Apesar disso, costuma cumprir uma sequência ordenada e até previsível de acordo com a idade. Diversos fatores podem colocar em risco o curso normal do desenvolvimento de uma criança. Tecklin (2002) define como fatores de risco : “uma série de condições biológicas ou ambientais que aumentam a probabilidade de déficits no desenvolvimento neuropsicomotor da criança” (p.57). Dentre as principais causas de atraso motor segundo o autor encontram-se: baixo peso ao nascerem, distúrbios cardiovasculares, respiratórios e neurológicos, infecções neonatais, desnutrição, baixo condições socioeconômicas, nível educacional precário dos pais e prematuridade. Quanto maior o número de fatores de risco atuantes, maior será a possibilidade do comprometimento do desenvolvimento. 1.3.2- Características do atraso motor Como foi visto anteriormente, existe o desenvolvimento motor, neurológico e psicológico. Segundo Ratliffe (2000) quando o desenvolvimento motor atípico não se vincula, obrigatoriamente, à presença de alterações neurológicas ou estruturais, podem surgir e comprometimento no desenvolvimento neuropsicomotor. apresentar algum Ratliffe(2000) diz o seguinte: “Estudos descrevem prejuízos mais comumente ligados à memória, à coordenação visiomotora e à linguagem. Neste sentido, crianças com desenvolvimento motor atípico, ou que se apresentam com risco de atrasos, merecem atenção e ações específicas, já que os problemas de coordenação e controle do movimento 19 poderão se prolongar até a fase adulta. Além disso, atrasos motores frequentemente associam-se a prejuízos secundários de ordem psicológica e social, como baixa autoestima, isolamento, hiperatividade, entre outros, que dificultam a socialização de crianças e o seu desempenho escolar.” RATLIFFE, 2000, p. 36) Complementando o que foi citado acima Ferreira, Dias e Santos (2006) citam alguns sinais de alerta, que indicam alguma possível alteração motora: a) Motricidade grosseira: não rebola, não puxa, não fica de pé, não anda em linha reta; b) Motricidade fina: não segura, não junta às mãos, não faz construções, tem dificuldades de preensão; c) Linguagem: não diz palavras, não constrói frases, não compreende, não fala de um modo inelegível; d) Cognição: não procura, não se interessa por jogos, não categoriza semelhanças, não sabe o nome próprio ou apelido, não sabe contar, não sabe as cores ou qualquer letra; e) Psicossocial: não ri, não estranha, não se consola nem aceita mimos, agride sem provocação, não brinca com outras crianças. Qualquer sinal diferente é importante sempre orientar os pais a procurar o médico para possível diagnostico clinico adequado. 20 CAPÍTULO 2 MÉTODO BOBATH Dentre os inúmeros tratamentos utilizados no tratamento do atraso motor, escolhemos para estudo o Método Bobath. 2.1– História Segundo a enciclopédia WIKIPEDIA, Busse Berta nasceu em Berlim em 1907, inicialmente estudou na escola de ginástica e dança "Anna Hermann", após a sua formação como Fisioterapeuta, permanece na escola como 21 instrutora até 1933. Karel Bobath nascido no mesmo distrito de Berlim Berta, ambos se conheceram durante o período da adolescência e depois se separaram. Karel Bobath graduou-se como Médico Pediatra da Universidade de Berlim em 1932. Em 1939, foi para Londres. Posteriormente, devido a Segunda Guerra Mundial Berta também vai para Londres, onde ela se encontra com Karel Bobath e se casam em 1941. Em 1943 Berta foi chamada para atender um pintor famoso com uma hemiplegia grave direita. O braço estava rigidamente em flexão, à mão inchada e com Síndrome ombro-mão. Inicialmente ela fez vibração no deltóide e percebeu que nada acontecia e começou a mover o braço e observar as reações do paciente. Ela estendeu o braço até ela sentir resistência. Repedindo a tentativa de estender o braço ela percebeu que o braço cedia cada vez mais e finalmente ela conseguiu estender o braço todo. Mrs. Bobath concluiu então que podia influenciar e/ou modificar o tônus muscular através do manuseio-movimento. Ela observou também que a redução da espasticidade no cotovelo resultava em menos espasticidade no punho e dedos, e conclui então que trabalhando aproximadamente na cintura escapular poderia influenciar e reduzir a espasticidade de todo o braço. Junto com a espasticidade o paciente apresentava a dificuldade de perceber o braço. O esquema corporal estava alterado devido um desvio da propriocepção. Verificou-se a alteração de tônus muscular cursa muitas vezes também com alteração da sensação. Juntos, Bert a partir da clínica e Karel da neurociência disponíveis na época desenvolveram o conceito Bobath no tratamento de crianças e adultos com transtorno neuromotor. Tanto do seu local de residência, bem como viajar ao redor do mundo, ensinado e treinado vários profissionais. Tão grande foi o impacto do conceito que motivou muitas formas de reconhecimento em todo o mundo. E juntos eles desenvolveram o seu trabalho. Ambos receberam muitas honras por seu trabalho pioneiro e inovador. Faleceram em 1991. 2.2- Definição 22 Segundo a enciclopédia WIKIPEDIA esta é uma terapia especializada aplicada para tratar perturbações do movimento e postura, resultante de uma lesão neurológica central. Tendo como base à compreensão do desenvolvimento normal, utilizando todos os canais perceptivos para facilitar os movimentos e as posturas seletivas que aumentam a qualidade das funções. No Conceito Bobath, o paciente aprende a sensação do movimento, e não o movimento em si. reorganizar, significa que Tem como base a capacidade do cérebro para as áreas não afetadas irão desenvolver circunstâncias pode compensar as funções que foram anteriormente desempenhadas pelas regiões cerebrais danificadas. O pré-requisito para isso é, no entanto, um estímulo aplicado ao paciente pelo fisioterapeuta ou terapeuta profissional. O conceito tem alcançado grande sucesso na recuperação. O valor principal do Conceito Bobath é uma forma de equilibrar o corpo, em termos de funcionalidade e mobilidade. Outro conceito fundamental é mudar os padrões anormais resultantes da lesão e facilitar a circulação para obter a função, sempre seguindo o marcos alcançados no desenvolvimento neurológico neurofisiológico humano. (WIKIPEDIA, 2013) 2.3- Organização do comportamento humano e controle motor no Método Bobath. O comportamento humano envolve uma interação entre o indivíduo, o ambiente e a tarefa (atividade ou função). Quando as habilidades motoras são aprendidas, a pessoa se concentra na tarefa e não os componentes de movimento específicos da tarefa (Woollacott e Shumway-Cook, 1990). Um modelo de controle do motor que é relevante para o conceito Bobath é a teoria dos sistemas (Hochstenbach, Anderson, Van Limbeek, Mulder. 2001). Este consiste em três princípios básicos. • O sistema não hierárquico, de auto-organização com base na entrada sensorial múltipla. • A interação dos processos motores com processos cognitivos e de percepção. 23 • A interação entre o contexto ambiental e de estado do corpo, o que configura a saída ou a execução da ação. Mayston, Harrison, Stephens (1999) estende esses princípios em cinco aspectos a serem levados em conta no controle de movimento. • Aspectos motores - postura e as tarefas relacionadas com a atividade. • Aspectos sensoriais - atenção seletiva pelo sistema nervoso central de estímulos relevantes. • Cognição - motivação, julgamento, planejamento e solução de problemas. • Perceptual - espacial e visual de figura-fundo. • Biomecânica - controle neural complementar e aspectos biomecânicos. Massion (1994) apresenta um modelo de controle do motor que engloba tanto movimento e controle postural. Este modelo enfatiza a importância da adaptabilidade e flexibilidade dos sistemas posturais. A organização dos sistemas posturais requer a interação entre as forças externas (gravidade), a mecânica e cinética do corpo, insumos multissensoriais, e as respostas de adaptação aos movimentos voluntários. 2.4- Objetivos O objetivo dessa técnica é diminuir a espasticidade muscular e introduzir os movimentos automáticos e voluntários, a fim de preparar o paciente para os movimentos funcionais, onde o tônus anormal pode ser inibido e os movimentos mais normais, facilitados. O Método Bobath trabalha com a facilitação do movimento, ou seja, solicitam-se ajustamentos automáticos na postura, a fim de produzir reações automáticas de proteção, endireitamento e equilíbrio. A facilitação, então, baseia-se nas reações de endireitamento (são reações estático-cinéticas que estão presentes desde o nascimento e se desenvolvem, obedecendo a uma ordem cronológica) e nas reações de equilíbrio, a partir dos movimentos que produzem adaptações posturais possíveis para mantê-lo. Dentro da compreensão do movimento normal, 24 incluindo a percepção, usa-se a facilitação de movimentos e posturas seletivas, objetivando-se um aprimoramento da qualidade de vida do paciente. 2.5- Materiais utilizados A Bola de Bobath ou bola Suíça, é um dos equipamentos mais utilizados neste conceito. Outros equipamentos são: o rolo, o andador, o espelho, brinquedos, prancha de equilíbrio, tatame, escada/rampa. Muitos recursos podem ser utilizados no tratamento da criança com atraso, além dos citados acima. Orientações à família, acompanhantes, verificar como é o dia-a-dia da mesma, entre outros, podem contribuir de alguma forma também. Abaixo segue uma imagem contendo alguns materiais utilizados: (FONTE: http://www.slideshare.net/FisiocursosManaus/nocoesdometodobobath-reflexos-primitivos em 20/10/2013) A indicação do(s) equipamento(s) depende(m) do comprometimento neuromotor e da inabilidade dos movimentos de cada paciente. O profissional que não dispõe destes recursos deve usar a criatividade para atender a criança, oferecendo a qualidade esperada. 25 CAPITULO 3 Princípios utilizados pelo Método Bobath no atraso motor O SNC (Sistema Nervoso Central) é um órgão de reação e não de ação, ou seja, ele responde a partir de estímulos internos e externos ao corpo que lhe são oferecidos. As células do SNC- excitar ou inibir- facilitando atividades uteis e impedindo movimentos indesejados. O Método Bobath apresenta princípios e técnicas importantes no desenvolvimento normal. 3.1- Principais princípios utilizados pelo método Bobath. Abaixo segue os princípios, segundo International Bobath Instructors Training Association (IBITA): - Padrão muscular mais próximo do normal; -Abordagem de posturas de inibição reflexa; - Suprimi padrões anormais antes que possam ser introduzidos; - Paciente recebe o máximo de informações proprioceptivas e esteroceptivas, seja no nível automático, seja em um nível voluntário; 26 - Tratamento individualizado; - Paciente deve ser visto sob um aspecto global. 3.2- A importância da técnica Esta técnica enfatiza a inibição/integração de padrões posturais primitivos, promove o desenvolvimento de reações posturais normais, e tem uma meta importante: a normalização do tônus anormal. É dirigida para a melhora da função motora. Com os estímulos de transferência de peso, tais como exercícios em bola suíça, rolos, andadores, entre outros, o paciente aprende a obter um maior controle proprioceptivo e noção espacial. Segundo Bobath Centre, o tratamento deve ser o mais precoce possível. Se a criança ainda for muito pequena, tendo movimentos mais primários que anormais, podemos auxiliá-la a estabelecer os esquemas mais fundamentais de um modo quase normal seguido tão de perto quanto possível às etapas do desenvolvimento motor da criança normal. 3.3 – Indicações do método Segue abaixo algumas indicações para o uso do método bobath segundo a International Bobath Instructors Training Association (IBITA): - Variar posturas; - Aumentar o controle sobre esta postura; - Simetria do corpo; - Alongamento; - Propriocepção; - Aumentar ou diminuir tônus muscular; - Estimular reação de proteção e equilíbrio; - Estimular extensão de cabeça, tronco e quadril nas crianças hipotônicas; - Suporte de peso para as mãos; - Trabalhar as rotações do tronco; - Trabalhar a dissociação de cintura pélvica e escapular, facilitando a marcha. 27 3.4- Estimulação precoce É aplicado no tratamento precoce de bebês abaixo de um ano, antes que se estabeleçam desordens de postura e movimentos, que em muitos casos podem ser evitadas. De acordo com a Associação Brasileira de Fisioterapia em Neurologia para o Desenvolvimento e Divulgação dos Conceitos Neurofuncionais o tratamento inclui movimentos ativos e passivos. É uma técnica de reabilitação neuromuscular, que usa reflexos e estímulos sensitivos para inibir ou provocar uma resposta motora, preparando para os movimentos funcionais. Aqui os pontos chaves de Bobath correspondem às partes do corpo onde o tônus anormal pode ser inibido e os movimento normais facilitados, solicitando ajustamentos automáticos da postura e produzindo uma atividade através de reações automáticas de proteção, endireitamento e equilíbrio. 3.5- Técnicas As técnicas segundo a International Bobath Instructors Training Association (IBITA): - Pontos - Chaves; -Padrões de Inibição- Reflexa; - Estimulação Proprioceptiva e tátil; - Padrões de Movimento ativo; -Desenvolvimento Neuromotor Normal. Dentre as muitas técnicas citadas iremos destacar algumas. 3.5.1 – Pontos-chaves de controle São as partes do corpo através dos quais podemos controlar e modificar os padrões postura e de movimento em outras partes do corpo. Eles podem inibir facilitar e estimular. Estes pontos chave podem ser: 28 a- Cabeça; b- Proximais: ombros e quadris; c- Mediais: cotovelos e joelhos; d- Distais: punhos e cotovelos. Pontos chave nos braços e na cintura escapular proporcionam: - ROTAÇÃO INTERNA: leva à flexão global; - ROTAÇÃO EXTERNA: leva à extensão global; - ABDUÇÃO HORIZONTAL com rotação externa e supinação mais extensão de cotovelos: Inibe flexão global e leva a postural igual a descrita em MMII; - ELEVAÇÃO dos braços com rotação interna: inibe a flexão e pressão para baixo dos braços e cintura escapular e auxilia na extensão de tronco, quadris e MMII. Na EXTENSÃO dos braços na diagonal para trás ocorre à mesma função; - ABDUÇÃO DO POLEGAR com braço em supinação: facilita a abertura dos dedos (o punho deve estar em extensão). Pontos chaves em pernas e pelve: - FLEXÃO DAS PERNAS: facilita a abdução, rotação externa e dorsiflexão; -ROTAÇÃO EXTERNA com extensão: facilita a abdução e dorsiflexão; 3.5.2- Estimulação Proprioceptiva e tátil São técnicas usadas para modular o tônus, facilitar o controle postural e a direção do movimento em pacientes com hipotonia ou com deficiência na inervação recíproca. Tem a função de interagir ação de músculos agonistas e antagonistas. Principais técnicas de estimulação: 1) Suporte de peso, pressão (compressão), resistência: Em crianças espásticas (aumento do tônus muscular envolvendo hipertonia e hiperreflexia, no momento da contração muscular) as posturas estáticas devem ser evitadas. Devem-se estimular os movimentos de ajustamento através de transferência de peso constante em grandes amplitudes, para os lados, para frente, para trás, e diagonalmente, enquanto damos pressão e resistência. Isso pode ser feito em várias posições e atividades (supino, prono, sentada, em pé e 29 andando). Em criança atáxica (flutuações entre hipotônico e normal) ou atetóide: as mesmas técnicas de forma mais estática em pequenas amplitudes. 2) Placing (Colocação) e Holding (Manutenção): Placing é um termo usado para descrever a habilidade do paciente em interromper um movimento em qualquer etapa, automaticamente ou voluntariamente. No tratamento o corpo e membros do paciente são colocados em várias posições e ele é requisitado a manter (holding) e controla-los sem ajuda, em grande variedade de padrões funcionais e em várias etapas e em diversas amplitudes de um movimento. 3) Tapping: Tapping é usado frequentemente em combinação com placing. É usado para aumentar o tônus postural do tronco e dos membros através de estimulação proprioceptiva e tátil em atáxicos e atetóides. Não deve ser usado na presença de espasticidade ou hipertonia. Nos espásticos pode ser usado para estimular as reações de equilíbrio. É dividido em quatro diferentes formas: Tapping de Inibição: Ativa grupos musculares fracos que não conseguem contrair-se como resultado da atividade excessiva dos músculos antagonistas hipertônicos); Tapping de Pressão: Serve para aumentar o tônus postural para a manutenção da postura contra gravidade; É feito para obter co-contração para manutenção da postura; Ativa a contração simultânea de agonistas e antagonistas; É usado em atetóides e atáxicos que tem mobilidade excessiva, falta de fixação e não sustentação do tônus postural. Tapping Alternado: Serve para obter graduação apropriada da inervação recíproca e para estimular as reações de equilíbrio. Tapping por Deslizamento: Serve para ativar padrões sinérgicos da função muscular pela estimulação de grupos musculares específicos responsáveis por aquela ação, com um movimento de alisar firme na direção do movimento desejado. 3.5.3-Desenvolvimento Neuromotor normal Esta é a sequencia do Desenvolvimento Neuropsicomotor: -Controle da cabeça; -Rolar para os dois lados; -Rolar para prono; -Braços sobre antebraços (puppy); 30 -Braços em extensão; - Controle de tronco; -Gato; -Sentar-se sobre os calcanhares; -Ajoelhado; -Sem i- ajoelhado -Em pé. Como vimos acima, as técnicas utilizadas pelo método Bobath tem grande importância no tratamento de varias desordens. Neste capitulo revisamos as principais técnicas que estão diretamente ligadas no tratamento do atraso motor. Cabe ao profissional devidamente preparado utilizar esses princípios na prevenção e tratamento. 31 CONCLUSÃO Este trabalho teve como foco de estudo a utilização do Método Bobath na reabilitação da criança com atraso motor. Para que se obtenha um tratamento mais adequado faz-se necessário um conhecimento geral do assunto em questão. Portanto no capitulo 1 vimos como ocorre uma gestação e o desenvolvimento da criança, o que ocorre em cada fase e as principais causas do atraso motor. Foi escolhida a idade de 0 a 3 anos por ser o momento em que a criança apresenta os primeiros reflexos e movimentos primitivos. Quanto mais precoce se inicia o tratamento, melhores serão as chances para bons resultados. O atraso motor é uma patologia que vem crescendo bastante na qual tem-se observado que muitos pais e até mesmo profissionais da saúde tem apresentado alguma dificuldade em lidar com essa situação. Por isso com este estudo tivemos a oportunidade de entender e aprender no capitulo 2 o que é o Método Bobath, sua historia, definição, objetivos e quais os materiais utilizados nesta técnica e no capitulo 3 conhecemos os princípios utilizados pelo Método Bobath no tratamento do atraso motor. A Fisioterapia, enquanto área de conhecimento tem a responsabilidade de contribuir com as pesquisas envolvendo o desenvolvimento infantil, especialmente as relacionadas à evolução da motricidade, tanto em lactentes saudáveis quanto nos expostos a fatores de risco. Portanto, conclui-se que o Método Bobath com todas suas peculiaridades, contribui de forma eficaz para o tratamento do atraso motor. 32 BIBLIOGRAFIA 1- HAYWOOD KM, Getchell N. Desenvolvimento motor ao longo da vida. 3ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2004; 2- TECKLIN, JS. Fisioterapia pediátrica. 3ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2002; 3- RATLIFFE KT. Fisioterapia na clínica pediátrica: guia para a equipe de fisioterapeutas. São Paulo: Santos Livraria e Editora, 2000; 4- BURNS YR, MacDonald J. Fisioterapia e crescimento na infância. São Paulo: Santos Livraria e Editora, 1999; 5- HOCHSTENBACH JB, Anderson PG, VAN LIMBEEK J, Mulder TT. (2001). Is there a relation between neuropsychologic variables and quality of life after stroke? Archives of Physical Medicine and Rehabilitation 82(10):13606; 6-MAYSTON MJ, HARRISON LM, STEPHENS JA (1999). A neurophysiological study of mirror movements in adults and children. Annals of Neurology, 45, 583 - 594. 7- SHUMWAY-COOK A, WOOLLACOTT M. Motor Control: Theory and Practical Applications, 2nd ed. Baltimore, MD: Lippincott, Williams and Wilkens, 1990; 33 WEBGRAFIA 1- http://www.bobath.org.uk/index.php: Bobath Centre. Acesso em: 15/12/2013 2- http://www.bobath-ndt.com/links.php: European Bobath Tutors' Association. Acesso em: 15/12/2013 3- http://www.ibita.org/: International Bobath Instructors Training Association (IBITA). Acesso em: 15/12/2013 4- http://www.abradimene.org.br/: - Associação Brasileira de Fisioterapia em Neurologia para o Desenvolvimento e Divulgação dos Conceitos Neurofuncionais. Acesso em: 15/12/2013 5- http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/bobath.htm;. Acesso em: 15/12/2013 6--http://www.slideshare.net/FisiocursosManaus/nocoes-dometodobobathreflexos-primitivos. Acesso em: 15/12/2013 7- http://www.abradimene.org.br/artigos-materias/conceito-bobath. Acesso em: 15/12/2013. 8-http://www.slideshare.net/FisiocursosManaus/nocoes-dometodobobathreflexos-primitivos . Acesso em: 20/10/2013 9- http://pt.wikipedia.org/wiki/Gravidez_humana. Acesso em: 11/08/2013 34 ÍNDICE FOLHA DE ROSTO ..........................................................................................02 AGRADECIMENTO ..........................................................................................03 DEDICATÓRIA..................................................................................................04 RESUMO...........................................................................................................0 5 METODOLOGIA................................................................................................0 6 SUMÁRIO..........................................................................................................0 7 INTRODUÇÃO..................................................................................................08 CAPÍTULO I - Atraso Motor..............................................................................10 1.1-Gestação.................................................................................................10 1.1.1- Período da Gestação...................................................................10 1.2- Desenvolvimentos motor da criança dos 0 aos 3 anos..........................................................................................12 1.3- Atraso Motor.........................................................................................17 1.3.1- Principais causas........................................................................18 1.3.2- Características do atraso motor..................................................19 CAPÍTULO II - Método Bobath..........................................................................21 2.1- Historia....................................................................................................21 2.2- Definição.................................................................................................22 2.3- Organização do comportamento e controle motor no método bobath....23 2.4- Objetivos.................................................................................................24 2.5- Materiais utilizados..................................................................................24 35 CAPÍTULO III – Princípios utilizados pelo Método Bobath no atraso motor.....26 3.1- Principais princípios utilizados pelo método bobath...............................26 3.2- A importância da técnica.........................................................................26 3.3- Indicações do método............................................................................27 3.4- Estimulação precoce................................................................................27 3.5- Técnicas .................................................................................................28 3.5.1- Pontos-chaves de controle...........................................................28 3.5.2- Estimulação proprioceptiva e tátil................................................29 3.5.3- Desenvolvimento neuromotor normal..........................................30 CONCLUSÃO....................................................................................................3 2BIBLIOGRAFIA ................................................................................................33 WEBGRAFIA.....................................................................................................3 4 ÍNDICE..............................................................................................................35