A INFLUÊNCIA DA PRÁTICA SISTEMÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA SOBRE O DESEMPENHO MOTOR DE CRIANÇAS PRÉ-ESCOLARES A ideia bastante defendida pelo senso comum e no meio acadêmico de que as crianças são naturalmente ativas precisa ser repensada, à luz dos resultados de investigações que apontam, por exemplo, o decréscimo drástico do nível de atividade física durante a infância, a crescente taxa mundial de obesidade infantil, com fortes indícios de que ela começa a se instalar cada vez mais cedo na vida das crianças, os baixos índices de competência motora entre crianças e jovens, além do baixo engajamento dos alunos de vários níveis de ensino (Infantil, Fundamental e Médio) nas aulas de Educação Física. Os constrangimentos sociais e culturais a que as crianças têm sido submetidas têm-lhes retirado muito do que consideramos sua essência: o prazer em movimentar-se. Frente a esse quadro, parece-nos que programas de movimento têm de ser implementados para crianças desde a mais tenra idade, de modo a lhes serem proporcionadas experiências consequentemente, prazerosas desenvolverem no mundo competências da atividade importantes para física o e, seu desenvolvimento. A literatura atual tem divulgado alguns resultados interessantes referentes a estudos que se utilizam de diferentes abordagens interventivas na área da Educação Física para pré-escolares e o papel que os programas de movimento desempenham no desenvolvimento motor infantil. Motivados por essa realidade, desenvolvemos a presente investigação, cujo objetivo foi avaliar e comparar o desempenho de habilidades locomotoras e de controle de objetos de crianças em idade pré-escolar. Participaram da investigação 46 crianças com idade entre 5 e 6 anos, matriculadas em turmas de Jardim de Infância de cinco escolas de Porto Alegre/RS. Como instrumento, foi utilizado o Test of Gross Motor Development – Second edition (TGMD-2), de Ulrich (2000). O registro do teste de cada criança foi feito através de câmeras digitais e atualmente encontramo-nos em fase de análise dessas imagens para posterior análise estatística dos dados. 341