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UNINGÁ – UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR INGÁ
FACULDADE INGÁ
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PRÓTESE DENTÁRIA
THIAGO LUIZ BASSO
TÉCNICAS DE MOLDAGEM COM
MATERIAIS ELASTOMÉRICOS
PASSO FUNDO
2007
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THIAGO LUIZ BASSO
TÉCNICAS DE MOLDAGEM COM
MATERIAIS ELASTOMÉRICOS
Monografia apresentada à unidade de
Pós-graduação da Faculdade Ingá –
UNINGÁ – Passo Fundo-R S c o m o
requisito parcial para obtenção do título
de Especialista em Prótese Dentária.
Orientador: Prof. Ms. Cristiano Magagnin
PASSO FUNDO
2007
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THIAGO LUIZ BASSO
TÉCNICAS DE MOLDAGEM COM
MATERIAIS ELASTOMÉRICOS
Monografia apresentada à comissão julgadora
da Unidade de Pós-graduação da Faculdade
Ingá – UNINGÁ - Passo Fundo-RS como
requisito parcial para obtenção do título de
Especialista em Prótese Dentária.
Aprovada em ___/___/______.
BANCA EXAMINADORA:
___________________________________________
Prof. Ms. Cristiano Magagnin
___________________________________________
Prof. Ms. Janesca Casalli
___________________________________________
Prof. Dr. Cezar Augusto Garbin
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RESUMO
Podemos observar nos dias de hoje uma grande quantidade de
materiais e técnicas de moldagem, dificultando a escolha da melhor técnica
para obtenção de uma prótese adequada. O presente trabalho teve como
objetivo verificar através de uma revisão de literatura as vantagens das
técnicas de moldagem em prótese fixa, expondo os diferentes tipos de
materiais elastoméricos atuais e relatando as possibilidades de afastamento
gengival nos preparos para prótese fixa. Dentro da elaboração de uma prótese
fixa faz-se necessário uma adequada moldagem, onde possamos transferir
para um modelo em gesso, as características observadas no paciente, para
que o técnico em prótese dental consiga realizar em laboratório a futura
prótese. De acordo com o presente estudo, parece correto concluir que a
qualidade do trabalho depende essencialmente de como as manobras são
conduzidas, e que os materiais produzem moldagens confiáveis desde que
trabalhados respeitando suas propriedades e limitações.
Palavras chave: Técnicas de Moldagem Odontológica. Elastômeros. Materiais
para Moldagem Odontológica.
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ABSTRACT
We can observe nowadays a large amount of Impression Materials and
Impression Techniques making difficult the selection of adequate techniques for
the adjusted attainment of prothesis. The present work had the aim of to
investigate through a revised literature, all techniques of in prothesis showing,
the differents types of elastomeric materials, relating the gingival retraction cord
methods in fixed prothesis and investigating the advantage of the techniques
cast used in restorative odontology. The manufacture of a fixed prothesis
request a adequate impression where the characteristic of patient tooth is
transfer the plaster mold, cooperating with the technician to make in laboratory
the future prothesis. In accord with the present study, is correct to conclude that
the quality of an impression depends essentially of how the maneuvers are
conduct, and that the materials produce impressions clinically trust full, once
respected limitations of the materials.
Key-words: Dental Impression Techniques. Elastomers. Dental Impression
Materials.
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ÍNDICE DE FIGURAS
Quadro 1 – Classificação dos materiais de moldagem em odontologia.............8
Quadro 2 – Exemplos e propriedades dos materiais elastoméricos.................13
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................7
2. REVISÃO DE LITERATURA...........................................................................8
2.1. MATERIAIS DE MOLDAGEM.......................................................................8
2.1.1. Polissulfeto ou Mercaptana....................................................................9
2.1.2. Silicona de Condensação.....................................................................10
2.1.3. Silicona de Adição.................................................................................11
2.1.4. Poliéter....................................................................................................12
2.2. AFASTAMENTO GENGIVAL......................................................................14
2.3. TÉCNICAS DE MOLDAGEM......................................................................17
2.3.1. Dupla Moldagem ou Reembasamento.................................................18
2.3.2. Dupla Mistura ou Inserção Única.........................................................19
2.3.3. Casquetes...............................................................................................20
2.5. REFERÊNCIAL TEÓRICO SOBRE TÉCNICAS DE MOLDAGEM.............22
3. CONCLUSÃO................................................................................................44
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................45
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1. INTRODUÇÃO
A grande freqüência com que o cirurgião dentista se depara, na rotina de
clínica odontológica, com pacientes que apresentam grande destruição
dentária interferindo na saúde bucal geral, faz com que o profissional necessite
restaurar tais elementos, recuperando as funções, formas e a estética,
restabelecendo o equilíbrio do sistema estomatognático.
A confecção de restaurações indiretas depende essencialmente da
sucessão criteriosa de todos os passos clínicos e laboratoriais necessários à
sua elaboração, a partir do correto diagnóstico até a cimentação definitiva.
Dentre esses passos, a moldagem dos dentes suporte e das estruturas
adjacentes surge como a etapa fundamental de todo processo, pois representa
a passagem da situação clínica para a bancada de laboratório na forma de
modelos articulados. A moldagem pode ser definida como um conjunto de
operações clínicas com o objetivo de reproduzir em negativo os preparos
dentais e regiões adjacentes, usando materiais e técnicas adequadas
(MEZZOMO, LOPES e SUZUKI, 2006).
Devido à necessidade da realização de restaurações indiretas na
odontologia atual, observamos que geralmente os remanescentes dentais
necessitados destas restaurações, apresentam-se em condições onde o
término cervical encontra-se subgengivalmente. Diante disto para obtenção de
moldagem destas estruturas, se faz necessário a utilização de meios que
proporcionem o afastamento deste tecido, para repassar com fidelidade ao
modelo de trabalho, a situação real do elemento em questão, desta forma o
controle dos tecidos gengivais é imprescindível, quer seja por algum método de
afastamento gengival e posterior moldagem ou pelo próprio ato da técnica de
moldagem (SHILLINGBURG, et al., 1998).
Este estudo relaciona as técnicas e os materiais de moldagem mais
utilizados, bem como os meios de manipulação dos tecidos gengivais, para que
se possa chegar a um modelo fiel, e através dele possibilite confeccionar uma
peça protética ajustada em equilíbrio com as estruturas bucais.
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2. REVISÃO DA LITERATURA
2.1.MATERIAIS DE MOLDAGEM
Os materiais de moldagem comumente utilizados hoje são os
elastômeros, que podem ser divididos em polissulfetos ou mercaptanas,
poliéter, silicona de condensação ou polisiloxano e silicona de adição ou
polivinilsiloxano. Esses materiais se correlacionam, com as técnicas de
moldagem, que, por sua vez, estão na dependência da necessidade de
afastamento gengival, sobretudo em preparos com término cervical
subgengival, pois existe a necessidade de afastar esta margem do término do
preparo dental (ROCHA, e cols., 2000).
Phillips (1993) classificou os materiais de moldagem em odontologia de
acordo com o quadro abaixo:
Rígidos ou anelásticos
Elásticos
Presa por reação química
Gesso comum
Alginato hidrocolóide
(irreversivelmente)
Oxido de zinco e eugenol
Elastômeros não aquosos:
- Polímeros de polissulfetos;
- Poliéteres;
- Siliconas:
* Polimerização por
condensação
* Polimerização por adição
Presa por mudança de
Godivas
temperatura
Ceras
Hidrocolóides reversíveis
(reversivelmente)
Quadro 1 – Classificação dos materiais de moldagem em odontologia. Fonte Phillips,
1993.
Os elastômeros são materiais de moldagem que apresentam maior
precisão, recuperação de deformação ampla e estabilidade dimensional tardia
adequada em comparação aos outros tipos de materiais de moldagem. Tem-se
um material fluido à temperatura ambiente, mas que pode ser transformado
num sólido ao se juntar às moléculas de cadeia longa. Tal processo de arranjo
das cadeias para formar uma trama dimensional é conhecido como ligação
9
cruzada e forma a base da transição líquido/sólido de todos os elastômeros
(VAN NOORT, 2004)
2.1.1.Polissulfeto ou Mercaptana
O primeiro material de moldagem borrachóide foi o polissulfeto. Ele era
flexível, mas não tinha grandes alterações dimensionais
durante
o
armazenamento como o ágar e o alginato. Além disso, a moldagem com
borrachóide era mais forte e mais resistente ao rasgamento (CRAIG, POWERS
& WATATA, 2002).
O polissulfeto é um elastômero também conhecido como mercaptana.
Esse material foi desenvolvido como matriz para combustíveis em estado
sólido e para oxidantes usados em espaçonaves. O material de moldagem é
embalado em dois tubos: uma base e um catalisador. A base contém um
polímero polissulfeto líquido misturado a um excipiente inerte, e o catalisador,
que geralmente é dióxido de chumbo misturado a uma pequena quantidade de
enxofre e óleo, age como iniciador da oxidação nos grupos tióis terminais do
polímero (SHILLINGBURG et al., 1998).
Harnist e Velmovitski (1994) descreveram o polissulfeto como um
material apresentado em duas pastas: uma que contém o polímero, um
material de preenchimento ou carga e um agente plastificador; e outra, o
catalisador, sendo um dos componentes, o dióxido de chumbo. A primeira fase,
na qual a pasta vai se tornando mais rígida sem o aparecimento de
propriedades elásticas, corresponde ao tempo de manipulação ou trabalho. No
segundo estágio, inicia-se o desenvolvimento de propriedades elásticas e uma
mudança gradual até a obtenção de uma borracha sólida. O ponto de transição
entre o 1º e o 2º estágio é denominado de presa inicial, enquanto o término do
2º estágio corresponde à polimerização final. Na polimerização observa-se uma
contração na ordem de 0,2%, que continua gradualmente. Aconselha-se,
portanto, vazar os modelos o quanto antes. A precisão das moldagens
depende de uma espessura uniforme em torno de 2 a 3 mm, razão pela qual
torna-se necessário a utilização de moldeira individual de resina acrílica ou
termoplastificável com adesivo.
Para Mezzomo e Frasca (1994), a presa inicial envolve uma reação de
polimerização com aumento de viscosidade, com o material ganhando
10
propriedades tixotrópicas (o material não escoa facilmente sem uma certa
pressão). As modificações de suas propriedades elásticas ocorrem num
segundo estágio, já no tempo de presa, num processo semelhante à
vulcanização do látex para a obtenção da borracha. Por isso, é também
chamado de vulcanização, em que o material toma uma consistência
borrachóide. Apresenta-se em três consistências: pesada, regular e leve. As
consistências pesada e leve são indicadas para moldagem de dupla mistura.
Na regular, o mesmo material é inserido para a moldeira e para a seringa.
Todos os sistemas de moldagem com polissulfetos requerem moldeiras
individuais. O adesivo deve ser aplicado em toda a superfície interna da
moldeira. O polissulfeto preserva melhor suas características quando
armazenado a uma temperatura de 17 a 24º C, consumido dentro de um ano.
Por apresentar estabilidade dimensional melhor que a do hidrocolóide
pode ser vazado em até uma hora após ser retirado da cavidade oral,
entretanto os materiais de natureza hidrofóbica, deve-se ter muito cuidado para
que não haja umidade no preparo durante a moldagem, acarretando
deformações que resultarão na perda da precisão (SHILLINGBURG et al.,
1998).
2.1.2.Silicona de Condensação ou Siloxano
Garone Neto e Burger (1998) descreveram que as siliconas de
condensação inicialmente eram encontradas numa massa base e um
catalisador líquido, atualmente em forma de pasta. Produz uma reação de
polimerização e a formação de subprodutos, tais como álcoois etílico e
metálico. Deve-se aguardar 15 minutos para vazar o molde e não mais de uma
vez, visto que a evaporação dos subprodutos produz uma contração de
polimerização. Possui uma estabilidade dimensional, portanto, menor que o
polissulfeto, porém com sabor e odor mais agradáveis. Hidrofóbico e com duas
viscosidades para a base: muito alta (massa) e baixa (pasta) e uma única
viscosidade para o catalisador (baixa). A baixa resistência ao rasgamento,
maior deformação que outros elastômeros e distorções exageradas quando
armazenado para posterior preenchimento, faz com que seja substituída pelas
siliconas de adição.
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As siliconas de reação por condensação têm esse nome devido a
natureza de sua reação de polimerização. A reação de condensação ocorre
pela eliminação de álcool etílico ou metílico. Acredita-se que a evaporação
desse
álcool
seja
responsável
pela
contração
do
material
e,
consequentemente, por sua pequena estabilidade dimensional. Os moldes
feitos desta silicona devem ser vazados assim que retirados da cavidade oral
(SHILLINGBURG et al., 1998).
Existem moldagens de silicona de condensação que utilizam uma
silicona densa reembasada com uma camada de silicona fluida fina. A
finalidade desta técnica é reduzir as alterações dimensionais que ocorrem
quando não vazados imediatamente. A consistência densa, tem como
excipiente
75%
de
consequentemente,
sílica,
as
mais
alterações
que
o
dobro
dimensionais
presente
são
bem
na
fluida,
menores
(SHILLINGBURG et al., 1998).
As pastas de silicona são encontradas nas consistências leve, regular,
pesada e densa (muito pesada). A consistência é controlada pela seleção do
peso molecular do dimetilsiloxano e da concentração do agente de reforço.
Pesos moleculares mais altos são usados com materiais de corpo mais
pesado. A concentração do agente de reforço aumenta de 35%, para a
consistência de corpo leve, e 75% para a consistência pesada ou densa
(CRAIG, POWERS e WATATA, 2002).
2.1.3.Silicona de Adição ou Polivinilsiloxano
Este material é fornecido num sistema de duas pastas, ou de dois potes,
com uma contendo o silicone de baixo peso molecular, possuindo grupos
terminais de vinil reforçadas com partículas de reforço, e o ácido catalisador
cloroplatínico. A outra contendo silicone de baixo peso molecular com,
hidrogênios, silano e partículas de reforço. As duas são misturadas em
quantidades iguais e a reação de adição ocorre entre os grupos vinil e
hidrogênio sem formação de subprodutos (CRAIG, POWERS e WATATA,
2002).
A silicona de adição ou polivinilsiloxano apresenta esta denominação
devido a seu tipo de reação química. Com a mistura das duas pastas em
quantidades iguais, tem-se o inicio da reação por adição dos grupos de silano-
12
hidrogênio, através de pontes duplas de vinil, sem formação de subprodutos. O
resultado é um material excepcionalmente estável. O vazamento deve demorar
de 15 a 30 minutos, podendo ser vazado em até uma semana, e por mais de
uma vez, que continuam precisos (SHILLINGBURG et al., 1998).
Segundo Mezzomo e Frasca (1994), a reação de cura não continua após
a reação de presa, daí sua grande estabildade dimensional. No caso da
utilização deste material para moldagem, deve-se
observar
que
os
coadjuvantes da moldagem como o fio retrator, necessitam ser embebidos em
outro produto que não contenha enxofre ou ser removido e a área gengival
abundantemente lavada antes da moldagem. Também as luvas de látex inibem
a reação de polimerização, e não devem ser usadas quando manipulado o
material pesado. Durante o vazamento do gesso na moldeira, a liberação de
hidrogênio pode produzir bolhas na superfície do troquel se o preenchimento
for imediato. Recomenda-se aguardar uma hora antes do preenchiemento.
Para Mandikos (1998), os polivinilsiloxanos são materiais limpos,
insípidos e inodoros. Produzem moldagens precisas, excelentes recuperação
elástica, resistência à ruptura e uma excepcional estabilidade dimensional.
Resistem à sorpção de líquidos e podem ser facilmente desinfetados.
A maioria dos fabricantes disponibiliza um material de impressão em
cartuchos pré-embalados, com uma ponta de mistura descartável. O cartucho é
inserido em um dispositivo de calafetagem parecido com uma pistola, onde a
base e o catalisador são extrudados pela ponta do misturador, ocorrendo à
medida que progridem para o final do tubo. O material homogêneo incorporado
pode ser inserido diretamente no dente preparado e na moldeira de impressão
(ROSENSTIEL, LAND e FUJIMOTO, 2005).
2.1.4.Poliéter
Os poliéteres surgiram, a partir de 1960, na Alemanha. Para Harnist e
Velmovitsky (1994), eles apresentam melhor estabilidade dimensional e menor
contração de polimerização do que os polissulfetos e silicones de
condensação. A rigidez contra-indica o seu uso em áreas que os preparos ou
os dentes são longos e finos, podendo ocorrer fratura do modelo quando de
sua separação do molde. Apresentam excelente molhabilidade (hidrofílicos) e
seus moldes permanecem estáveis por até sete dias. Ocorre uma reação de
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polimerização iônica com expansão das cadeias dos polímeros, transformando
a pasta numa borracha. Requer moldeira individual e um adesivo específico.
Variações na quantidade de catalisador não influenciam significativamente
sobre o tempo total de polimerização. Este tempo pode ser alterado diminuindo
a temperatura, ocasionando um aumento no tempo de trabalho.
O poliéter tem precisão idêntica ou ligeiramente superior aos outros
elastômeros, tem excelente estabilidade dimensional mesmo se o vazamento
for muito retardado. Tem afinidade por água, às moldagens não devem ser
guardadas em umidificador ou em ambiente úmido (SHILLINGBURG et al.,
1998).
Os sistemas de poliéter conciliam com propriedades mecânicas
superiores às dos polissulfetos e alterações inferiores às das siliconas por
condensação. Eles também são hidrófilos e possuem boas propriedades de
molhamento. Possuem características limitantes como curto tempo de trabalho
e alta rigidez (CRAIG, POWERS e WATATA, 2002).
Tempo Facilidade Tempo
MATERIAL
MARCAS
de
de
para
Reprodutibilidade
trabalho remoção vazamento
Polissulfeto
Poliéter
n
Permalastic
n
Coe-flex
n
Unilastic
n
Impregnum
n
Optosil-
Silicona de
Condensação
Xantopren
n
Polisiloxano
Silicona de
Adição
Polivinilsiloxano
ZetaplusOranwalsh
Longo
Fácil
Até 1 hora Regular
C u r t o a Moderada 7 d i a s –
Médio
Médio a
Longo
n
Silon
n
Extrude
n
Aquasil
Médio a
n
Elite HD
Longo
n
Express
a difícil
seco
Muito Boa
Moderada Imediato
Regular
Moderada 7 dias
Excelente
Quadro 2 – Exemplos e propriedades dos materiais elastomériocos. Fonte Mezzomo,
Lopes e Suzuki, 2006.
14
2.2.AFASTAMENTO GENGIVAL
A extensão subgengival do preparo deve preservar a saúde periodontal,
caso contrário, a presença de inflamação gengival com sangramento e exudato
inflamatório impedem a obtenção de moldes precisos. O material de moldagem
não tem capacidade de promover o afastamento lateral do tecido gengival,
tornando-se necessário o emprego de técnicas de retração gengival, para
expor a região cervical do dente preparado (VALLE, 2001)
Juntamente com o posicionamento subgengival da margem protética, o
procedimento de afastamento tecidual, que é uma conseqüência direta, é um
tópico de constante discussão. Muitos periodontistas afirmam que é essencial
evitar o traumatismo da gengiva marginal durante as fases operatórias,
especialmente em pacientes que sofreram cirurgia periodontal. Para evitar
qualquer ocorrência deste tipo de traumatismo, existe somente uma
possibilidade que é de realizar uma boa reprodução dos preparos, com atenção
particular sendo dada às informações que nos permitirão, do ponto de vista,
técnico, atingir um bom selamento marginal e um correto contorno anatômico
(MARTIGNONI, et al., 2001).
Goodacre (1990), num amplo estudo sobre estética gengival, afirma que
a meta para manter saudável o periodonto em volta dos dentes é a
preservação da saúde gengival, e a minimização do trauma durante e após a
confecção da prótese fixa. Deve-se, sempre que possível, manter as margens
supra-gengivais. Para o autor, quando margens sub-gengivais são necessárias,
vários fatores devem ser levados em conta: 1) obtenção de uma ótima saúde
gengival pré-protétia; 2) minimização do trauma gengival por instrumentos
rotatórios durante o preparo; 3) uso cuidadoso do fio de retração gengival; 4)
remoção de resíduos de material de moldagem após o ato operatório; 5) bom
assentamento, correto contorno e polimento da restauração provisória e
definitiva; 6) reenfatização e adequação da higiene oral na entrega do trabalho
protético.
Harnist e Velmovitsky (1994) afirmavam que quando se trata de alargar
o sulco gengivodentário, as abordagens clínicas incluem o uso de anéis de
15
cobre, “Ring Collars” e casquetes de resina que exercem sobre o sulco uma
ação mecânica. A técnica mais universal é a que se utiliza de fios ditos
“retratores”, que agem de forma mecânica combinada, quando impregnados,
de uma solução química. A terceira solução é que se utiliza de princípios
cirúrgicos. O afastamento permite o acesso de uma quantidade suficiente e
regular do material ao limite cervical do preparo. Este afastamento lateral é
acompanhado, geralmente, de um deslocamento vertical que permite registrar
o limite dos términos dos preparos dentários.
Em condições de periodonto saudável, a gengiva marginal pode ser
facilmente deslocada alguns décimos de milímetros por meio de uma sonda
periodontal. Esta deformação induzida mantém o tecido marginal deslocado por
um determinado período de tempo em relação ao grau e a duração da
compressão. Este é o mecanismo pelo qual o fio retrator funciona, se for
impregnado ou não com solução adstringente. Para ser eficaz, o fio deve ser
levemente empurrado para dentro do sulco gengival. O fio trabalha de um
modo mecânico, e o adstringente, com o qual alguns são impregnados, tem a
função de bloquear a secreção sulcular e o sangramento desta região
(MARTIGNONI, et al., 2001).
A técnica com utilização do fio retrator, é utilizada com sucesso, desde
que respeite os princípios, existem experimentos que demonstraram que existe
uma relação direta entre o grau de injúria tecidual com o tempo de
permanência do fio no interior do sulco gengival, embebido com substâncias
químicas. Desta forma, em geral, não é recomendada a permanência do fio por
mais de 15 minutos. Não se recomenda o uso da epinefrina em pacientes
cardíacos e diabéticos, sob pena da possibilidade de aumentar a pressão
arterial e freqüência cardíaca (ROCHA, e cols, 2000)
Camargo, Chee e Donovan (1993) avaliaram se alguns dos
medicamentos usados em retração gengival podem inibir a polimerização dos
materiais de moldagem polivinilsiloxanos, quando eles estão em contato direto
com o material de assentamento. Esta inibição é limitada e superficial e
manifesta pelo aparecimento de uma superfície ondulada no conjunto do
material de moldagem. Esta ondulação é duplicada no modelo de gesso,
tornando-o enrugado e pobremente definido. Para os autores, muitos
medicamentos, tais como o sulfato de alumínio e o sulfato férrico, são
16
acusados de produzirem inibições. Neste estudo, foram testados nove
conjuntos para retração gengival com dois silicones de adição pelo sistema
automistura (Reprosil e Extrude). O material de moldagem era assentado sobre
fios de retração, que, após impregnados por 10 min, eram secos. Fios sem
medicação eram utilizados como controle. Em outros experimentos, algodão
era embebido nos medicamentos e, após 10 min secos, sendo assentado o
material. Nestes experimentos, foram utlizados como controle, pedaços
similares de luvas de látex. Através de um microscópio verificava-se algum tipo
de inibição na polimerização. Com base no estudo, os autores concluíram que
nenhum dos medicamentos testados teve qualquer efeito inibitório sobre a
polimerização do material, e que esta inibição, relatada em outros estudos, é
provavelmente mais causada pela contaminação inadvertida pelas luvas de
látex, que pelos medicamentos da retração gengival.
A moldagem com casquetes individuais, sem fio retrator, consiste no
método de afastamento gengival não traumático ao periodonto de proteção. O
afastamento acontece, reembasando o elemento em questão, na região
cervical com resina acrílica afastando mecanicamente e imediatamente o
tecido gengival. É um método mecânico de afastamento gengiva l n ã o
traumático ao periodonto de proteção. Baseia-se na utilização de um casquete
de resina acrílica, pré-confeccionado diretamente sobre o modelo de gesso
obtido em moldagem preliminar, com alívio interno e reembasado na região
cervical, promovendo afastamento gengival por ação mecânica imediata sem
ação de meios físicos ou químicos (VALLE, 2001).
O afastamento gengival deve produzir um espaço suficiente no sulco,
entre a parede do dente e a parede interna da gengiva marginal, de forma que
o material de moldagem possa penetrar nessa região, copiando a linha do
término do preparo. Laufer, Baharav e Cardash (1994) avaliaram a precisão
dos moldes obtidos em preparos com várias larguras sulculares. Observaram
que sulcos muito estreitos de 0,08 a 0,13mm produziram distorções em 50 a
90% das moldagens. A menor largura sulcular que permitiu moldagens
consistentes foi de 0,22mm.
É muito importante que não existam exudatos inflamatórios durante a
moldagem, pois elastômeros não deslocam sangue e muito menos saliva. Caso
a gengiva esteja muito inflamada, deve-se reavaliar para identificar a causa,
17
uma vez que provisório mal adaptado, associado à negligência de escovação,
dentre outras causas, podem ser os causadores da ilflamação, desta maneira
deve-se adequar novamente a região garantindo um periodonto saudável que é
imprescindível para uma boa moldagem(ROCHA, e cols., 2000)
2.3.Técnicas de moldagem
As necessidades em prótese vão desde impressões para modelos de
estudo, de preparos supragengivais e intra-sulculares, para próteses sobre
implantes, próteses parciais removíveis e para próteses totais. Diante dos
diferentes tipos de necessidades clínicas, a técnica e o material são
selecionados, estabelecendo uma relação entre o objetivo da impressão com
as características ou propriedades do material (MEZZOMO, LOPES e SUZUKI,
2006)
A moldagem para a prótese fixa deve preencher os seguintes requisitos:
deve ser uma cópia fiel do dente preparado, incluindo todo o preparo e uma
quantidade suficiente de superfície não preparada para possibilitar a
localização e a configuração correta da linha de terminação, por parte do
dentista e do técnico; outros dentes e o tecido adjacente ao dente preparado
devem ser reproduzidos com precisão para permitir a boa articulação do
modelo e o correto contorno da restauração; deve ser isenta de bolhas,
especialmente na área da linha de terminação e das faces oclusais de outros
dentes do arco (SHILLINGBURG et al., 1998).
As moldeiras individuais costumam ser utilizadas em técnicas de
moldagem elastomérica porque esses materiais são mais precisos em
camadas uniformes e finas, com 2 a 3 mm. Muitos autores advertem contra o
uso de moldeiras de estoque porque as irregularidades de volume do material
podem provocar distorções (SHILLINGBURG et al., 1998).
Vantagens das técnicas com uso de moldeiras individuais: necessita de
quantidade menor de material de moldagem; não há necessidade de
esterilização; uma faixa uniforme de material minimiza as distorções resultantes
da contração de cura; a pré-cura do material da moldeira não é necessária.
Desvantagens: a construção de uma moldeira individual consome tempo; a
moldeira precisa de uma “idade” de 24 horas para minimizar distorções
18
posteriores; o monômero pode ser um sensibilizador para várias pessoas
(NORLING e SCHELB, 1991).
Mezzomo e Frasca (1994) afirmam que em nenhuma circunstância o
elastômero pode desenvolver suas propriedades elásticas antes da moldeira
ser posicionada sobre o preparo. As tensões introduzidas, no material
parcialmente endurecido, são liberadas quando da remoção onde o resultado é
um molde distorcido, que produzirá troquéis excessivamente pequenos. Pela
mesma razão não é aconselhável reembasar elastômeros. Em geral os
elastômeros devem permanecer na boca de 6 a 8 min.
2.3.1.Reembasamento ou dupla moldagem
Dentre as moldagens com elastômeros, temos a técnica do
reembasamento, utilizando as siliconas, onde consiste em realizar uma
moldagem com material pesado para, em seguida, realizar a segunda
moldagem com o material com consistência mais fluida. Para realizar esta
técnica é utilizada a primeira impressão com o material pesado, medidos em
proporções iguais, manipulação sem o contato do material com látex, evitando
alteração das propriedades do material. Carregar a moldeira de estoque do tipo
Vernes, levar à cavidade oral e tem-se desta maneira uma impressão com
material pesado que servirá de guia para o reembasamento, que após aliviado
servirá de moldeira individual para o material fluido. Este, então, é
proporcionado igualmente em bloco de espatulação e misturados até
consistência homogênea, carregar a seringa para inserção do material fluido na
área aliviada formando uma fina camada. Preencher também o sulco gengival
e regiões adjacentes com o mesmo material da seringa e em seguida leva-se a
moldeira em posição sem pressioná-la. Nesta técnica o afastamento gengival é
obtido com a utilização do fio retrator (VALLE, 2001)
La Forgia (1964) descreve técnicas para moldagem de preparos
subgengivais. A técnica descrita se refere ao reembasamento da moldagem
preliminar, na qual é confeccionado sobre o modelo de estudo uma moldeira de
resina com espaçador. Uma moldagem preliminar é feita com um borrachóide
pesado. Esta é recortada, perfurada na porção incisal ou oclusal e, após,
moldado com um material de consistência regular. O autor afirma que estas
19
perfurações servem como escape do excesso do material, evitando a distorção
do molde após a sua remoção pela memória elástica deste.
Os materiais de moldagem utilizados nesta técnica são basicamente as
siliconas de condensação e adição. Em relação a possíveis alterações
dimensionais, as siliconas de reação por adição são melhores, não liberando
subprodutos na sua reação de presa, o que já não acontecem com as siliconas
de condensação. Deste modo, vazar os modelos imediatamente após reação
de presa, da silicona de condensação, com intuito de contornar e eliminar estas
prováveis alterações (ROCHA, e cols., 2000).
2.3.2.Dupla Mistura ou Inserção Única
Phillips 1993, descreve esta técnica como de múltipla espatulação. É o
método para utilizar os materiais à base de borracha para moldagens do tipo
para seringa e para moldeira. Devemos ter cuidado para que os materiais não
tenham desenvolvido propriedades elásticas quando a moldeira for assentada
na boca, podendo após a remoção aquela deformação ser librada, por
conseqüência, obter um troquel menor.
2.3.2.1.Monofásica
Na técnica monofásica de única moldagem, Libaroni e Eduardo (1990)
afirmam que o mesmo material de consistência regular é espatulado, uma parte
é colocada na moldeira e outra parte é levada ao dente preparado com auxilio
de uma seringa, seguido da colocação da moldeira carregada na cavidade oral.
Martignoni e Schönenberger (1998) afirmam que quando o material de
moldagem tem a mesma consistência, em seu todo, evita-se a produção de
uma força lateral que tenderia a fechar a margem gengival. Usa-se uma
moldeira individual acrílica com bordas curtas e sem exercer muita pressão. A
moldeira fabricada em resina autopolimerizável deve ser confeccionada pelo
menos dois dias antes de utilizá-la, a fim de controlar a contração de
polimerização da resina acrílica.
2.3.2.2.Simultânea
Na técnica de dupla mistura, também conhecida como técnica de um só
tempo ou técnica laminada, tem esta denominação pelo fato de os materiais
20
pesado e leve serem manipulados e usados simultaneamente; o leve é
colocado na seringa e injetado no sulco gengival, e a moldeira preenchida com
o pesado é levada à boca, forçando o material mais fluido a penetrar dentro do
sulco gengival, que é afastado previamente com fio retrator (LIBARONI e
EDUARDO, 1990; VALLE, 2001).
Hung et al (1992) observaram que as vantagens da técnica de um
passo, incluem, a redução de tempo e material de moldagem. A desvantagem
é que poderá haver saliências ocasionais na junção do material denso e leve.
Este estudo comparou a precisão das técnicas de moldagem com silicona
densa e leve em moldagem de um e dois tempos. Foram utilizadas cinco
marcas comerciais e de cada material testado realizaram cinco moldagens de
cada técnica. As moldagens foram efetuadas em modelo de aço inoxidável com
duas preparações para coroa total. A precisão da moldagem foi avaliada em
cinco dimensões. Os autores concluíram que a precisão dos materiais de
moldagem era alterada mais pelo material do que pela técnica. A precisão para
a técnica de um passo não foi diferente para a de dois, exceto na dimensão
mésio-distal, onde a técnica de um passo foi mais precisa.
2.3.3.Casquetes
As moldagens com casquetes individuais são as consideradas de menor
trauma ao periodonto de proteção. Os casquetes são confeccionados de resina
acrílica previamente e reembasados diretamente na cavidade oral, sem a
necessidade de anestesia prévia. O reembasamento deverá ser realizado com
uma resina de melhor estabilidade dimensional, como Duralay ou similar, de
cor vermelha, para facilitar a visualização dos detalhes do término cervical e do
sulco gengival (VALLE, 2001).
Na confecção do casquete, descrita por Mezzomo e Frasca (1994), após
os preparos concluídos, uma moldagem de alginato é realizada e se obtém um
modelo de gesso. Esta serve para a avaliação crítica da qualidade dos
preparos e para confecção das moldeiras para a impressão definitiva. As
preparações do modelo são aliviadas com uma película uniforme de 02 mm de
espessura de cera, que garantirá um espaço uniforme para o elastômero. As
moldeiras (casquetes) são confeccionadas em acrílico autopolimerizável,
buscando cobrir com leve sobre contorno toda a linha cervical. Os casquetes
21
são posicionados sobre o modelo, isolados e revestidos com gesso comum. A
moldeira maior é feita com polipropileno 02 mm no plastificador a vácuo,
formando a moldeira total que ultrapasse 3 a 5 mm do limite cervical. Um cabo
de acrílico facilita seu manuseio. Os casquetes são removidos, limpos e feitas
pequenas ranhuras na margem cervical com um disco ultra-fino, para aumentar
a retenção mecânica do acrílico no reembasamento posterior.
Os dentes preparados são isolados com vaselina sólida, a resina é
depositada em toda volta do término cervical, após perda superficial do brilho o
casquete é posicionado vagarosamente no elemento dental. A pressão
exercida pelo casquete contra a resina mais fluida depositada no preparo
promove um afastamento mecânico lateral imediato, razão pela qual é comum
ter-se algum grau de isquemia do tecido gengival durante este procedimento. A
moldagem é realizada com o casquete aliviado, onde pode utilizar qualquer
material elastomérico de consistência regular, que é posicionado e aguardado
a presa do material por volta de 6 minutos. A remoção pode ser realizada com
moldeira de estoque carregada de alginato ou silicona, caso não saia junto com
a moldagem de toda arcada, remover o casquete e posicionar cuidadosamente
sem pressionar o material (VALLE, 2001)
A moldagem das estruturas bucais, que expõem claramente a linha de
término do preparo, é essencial para a precisão das restaurações de próteses
fixas. Consiste numa série de procedimentos interdependentes somados a
materiais variados e representa um dos momentos mais críticos da clínica na
tentativa de obter réplicas dos preparos realizados.
Spyrides et al. em 1998, apresentaram uma técnica simples, segura e
alternativa de moldagem com casquetes de acrílico obtidos através da coroa
provisória. O resultado final é uma moldagem para um ou vários preparos
coronários, com acrílico-elastômero-alginato de todo o arco que incorpora uma
moldagem de precisão, de cada dente preparado com afastamento gengival
descomplicado e atraumático. A duplicação do provisório é feita injetando
alginato na coroa e, em seguida, colocá-lo dentro de uma porção de alginato
com as bordas viradas para baixo até que a borda incisal ou oclusal esteja
rente à superfície. Após a geleificação a coroa provisória é removida e o
espaço é preenchido com uma resina autopolimerizável, um pouco acima da
superfície do alginato. Polimerizada a resina, temos uma réplica do provisório,
22
que será aliviado internamente a fim de permitir uma espessura do elastômero.
Em seguida, reembasado para copiar além do término do preparo. Removemse os excessos e está pronto o casquete para moldagem, seguindo a técnica.
Na técnica do casquete o material de moldagem pode ser a Mercaptana
ou Poliéter, sendo que, neste último, deve-se ter cuidado ao remover o modelo
do molde, pois o poliéter é o mais rígido dos elastômeros (ROCHA, e cols.,
2000)
2.5.REFERENCIAL TEÓRICO SOBRE TÉCNICAS DE MOLDAGEM
Segundo Kempler et al. (1983), os materiais de moldagem, à base de
silicona, têm sido empregada extensivamente, nas duas ultimas décadas, pelos
dentistas. Com a introdução no mercado das siliconas de polimerização por
adição, estas se tornaram de grande aceitação para o clínico. Fatores
relacionados com a manipulação, tais como: facilidade de mistura, tempo de
trabalho e de polimerização e o modelo resultante são de importância
primordial. Nesta pesquisa, três siliconas de condensação e uma de adição
foram comparadas por cinco professores clínicos, as propriedades de
manipulação e manuseamento e compatibilidade dos materiais de moldagem
com os gessos para troquel, que também foram testados. Executaram
moldagens de um troquel de metal, com os materiais sendo dosados e
manipulados de acordo com as orientações dos fabricantes. Empregaram
moldeiras de estoque metálicas, perfuradas, juntamente com o adesivo
indicado pelos fabricantes. Todas as moldagens foram realizadas pela técnica
de dupla moldagem, sendo vazadas, imediatamente, três minutos e duas
horas, após a separação do molde do troquel. As leituras dos modelos foram
feitas em micrometros, em um microscópio. Concluíram que o sistema “pastapasta” é o preferido, ressaltando que a coloração diferente, dos materiais,
permite uma melhor visualização, depois do reembasamento. Relataram que,
para as siliconas de condensação, os moldes deveriam ser vazados nos
primeiros minutos e que as siliconas de adição podem ser armazenadas, para
posterior vazamento, pois apresentam maior estabilidade dimensional.
Chai et al. (1991-a) e Chai et al (1991-b) em estudo investigaram a
resistência à tensão de união de cinco sistemas de adesivo para materiais de
23
moldagem. Os materiais empregados foram o polissulfeto, poliéter, silicona de
condensação e silicona de adição regular e pesada. Empregou-se neste estudo
moldeiras de resina acrílicas autopolimerizável e de poliestireno. Os resultados
mostraram diferença não significativa entre os quatro primeiros materiais
testados com relação à adesão da moldeira de resina; o poliéter e o
polivinilsiloxano
de
média
viscosidade
apresentaram
uma
adesão
significativamente alta à moldeira de poliestireno. O polissulfeto e a silicona de
condensação aderiram bem melhor à moldeira de resina acrílica, enquanto o
polivinilsiloxano de consistência pesada não apresentou união a estes
adesivos, sendo a adesão deste material à moldeira inteiramente mecânica.
Pratten e Novetsky (1991) compararam a habilidade de vários materiais
de moldagem para escoar sobre o tecido mole sem criar bolhas de ar e
produzir moldes com finos detalhes. Para eles, a capacidade do material de
moldagem de reproduzir detalhes é influenciada por fatores como viscosidade,
umectabilidade, propriedades de manuseio e vácuos. Foram utilizados um
polissulfeto (Permlastic), um poliéter (Impregum F), uma silicona de adição de
baixa e média viscosidade (President), um silicone de adição hidrofílico de
média viscosidade (Express H) e óxido de zinco eugenol (Zoe). Trinta
moldagens foram feitas de um corpo de prova, através de uma estrutura
metálica inserida em resina servindo como moldeira. Os resultados
demonstraram que o polisulfeto e o Zoe produziram menos e menores bolhas
de ar na moldagem que os silicones de adição hidrófobos de baixa ou média
viscosidade, porém, produziram modelos com menos detalhes do tecido mole
s e c omparados ao poliéter e a silicona hidrofílica. Embora a propriedade
hidrofílica dos materiais de moldagem seja um fator contribuinte, outras
variáveis, tais como a viscosidade, podem desempenhar um papel importante
na definição de bolhas de ar.
Para Chee e Donavan 1992, os materiais de moldagem do tipo
polivinilsiloxanos têm se mostrado com excelentes propriedades, contudo,
possuem variáveis manipulativas e sensitivas. Vários métodos são descritos na
literatura, para o emprego desses materiais de alta viscosidade (massa) para
formar uma moldeira, permitindo uma uniformidade do material de baixa
viscosidade (fluido). As desvantagens destas técnicas, segundo os autores são
que; 1) não se tem o controle da espessura do material; 2) parte dos detalhes
24
dos dentes preparados são registrados pelo material de densa viscosidade;
sendo que, a maioria dos materiais densos, não reproduzem detalhes; 3)
possuem pouco tempo de trabalho. Outro problema, sugerido é o da interação
do polivinilsiloxano com os materiais usados para a confecção de luvas de
látex, o que inibem a polimerização deste.
Os materiais, à base de polivinilsiloxanos, foram introduzidos no
mercado odontológico, especialmente formulados para a confecção de
moldagens, em um único passo, pela técnica de moldagem da simples mistura.
Além de ser uma técnica de fácil execução, pode-se lançar mão do uso de
moldeiras de estoque. Tjan et al. 1992, estudaram o efeito do espaço
existentes para o material de moldagem na moldeira e em repetidos
vazamentos, por variados intervalos de tempo, na estabilidade e precisão
dimensional dos polivinilsiloxanos, por dois métodos; a) medição das
mudanças lineares, nas dimensões dos modelos de gesso (método
quantitativo) e b) medição visual, baseado na precisão do assentamento da
coroa-padrão, no modelo de gesso (método qualitativo). Os autores
empregaram quatro marcas de polivinilsiloxanos (Baysilex, Detaseal, Hidrosil
XT e Imprint), para a confecção de moldagens de um troquel-padrão metálico,
o qual simulava uma Prótese Parcial Fixa de três elementos. Foram
empregados como continentes, três tamanhos diferentes de moldeiras, que
possuíam 2, 4 e 6 mm respectivamente de espaço, entre as paredes internas
da moldeira e as externas do troquel-padrão. As moldagens foram feitas com
materiais dosados e espatulados, de acordo com as orientações dos
fabricantes. Uma fina camada de adesivo, do respectivo material a ser
moldado, foi pincelada nas moldeiras. Durante a moldagem, a temperatura
ambiente era de 22º ± 2º C e umidade relativa do ar de 50 ± 5%. Uma hora
após as moldagens terem sido realizadas, elas foram vazadas com gesso Die
Kem, e revazadas com 24 horas e sete dias. Os autores concluíram que, no
geral, a avaliação de ambos os métodos (quantitativo e qualitativo), indicaram
que os espaços internos das moldeiras, tanto quanto os revazamentos, não
afetaram a estabilidade e a precisão dimensional dos materiais de moldagem
empregados. Porém, as medidas da interpretação dimensional, sugeriram um
possível problema potencial na fundição de uma peça de Prótese Parcial Fixa,
devido à redução significante na distância entre os retentores.
25
Hogans e Agar (1992), em sua pesquisa, observou que a força de união
entre o adesivo e a silicona de adição (Express), foi significante maior que a do
Permlastic, e que o sistema adesivo deste material tem sua força de união
diminuída significantemente quando se cria um alívio, com cera, na moldeira de
resina acrílica.
A busca pela execução de peças fundidas que se adaptem
perfeitamente aos dentes preparados vem sendo alvo de muitas pesquisas,
permitindo que os novos materiais de moldagem desenvolvidos apresentem
características cada vez mais precisas. Pinto et al. em 1993, avaliaram a
melhora na adaptação da infra-estrutura pela confecção de um alívio no molde
da primeira moldagem, em moldagens com silicona de adição, utilizando a
técnica da dupla moldagem. Moldes com silicona de adição Provil, na
consistência leve e pesada, foram obtidos a partir de um troquel metálico
padrão. A manipulação e dosagem dos materiais seguiram as orientações do
fabricante. Realizaram um total de 30 moldagens, divididos em três grupos de
10, sendo que o 1º grupo foi colocado um casquete metálico, para proporcionar
um alívio uniforme de 01 mm de espessura durante a primeira moldagem, com
o material pesado, no segundo grupo, o alívio após a primeira moldagem foi
realizado com uma broca, e o terceiro grupo nenhum alívio foi executado. Após
a segunda moldagem, com o material leve, os moldes foram vazados com
gesso Vel-Mix. Sobre os modelos executaram o enceramento e as coroas
foram fundidas. Depois da adaptação nos troqueis de gesso as infra-estruturas
foram levadas ao troquel-padrão para a realização das leituras em um
microscópio comparador. Os autores concluíram que o desajuste cervical das
infra-estruturas foi menor quando se usou o alívio do que as que não sofreram
alívio e que não houve diferença estatísticamente significante entre as duas
técnicas de alívio.
Takahashi e Finger (1994) avaliaram os efeitos do estágio de
assentamento na precisão de moldagens de dupla mistura com silicona de
adição. Nessa técnica o material leve é levado primeiramente aos preparos e
então a moldeira é preenchida com um material de maior consistência. Para os
autores, quando estão envolvidas várias preparações, o material de moldagem
seringado pode tornar-se elástico antes da inserção do material da moldeira,
podendo resultar em distorções da moldagem. Utilizaram, neste estudo, o
26
Provil M para os preparos e o Provil H para a moldeira. Diferentes tempos de
assentamento da moldeira, variando de 0 a 9 min., foram testados de acordo
com os experimentos mostrados. Os resultados demonstraram que a precisão
das moldagens não foi estatisticamente diferente, a menos que a reação no
assentamento tenha progredido para que as viscosidades de ambos os
materiais fossem altos. Os autores afirmaram que estes resultados indicaram
que uma moldagem precisa independente da polimerização cinética isolada do
material de moldagem seringado.
Dimashikieh e Morgano (1995) descrevem uma técnica de moldagem na
qual se utilizam de coroas de policarbonato pré-formadas como casquete
individual. Após o recorte da margem gengival e observado que estas se
ajustam frouxamente, é aplicado o adesivo e efetuada a moldagem de cada
pilar individualmente com um material elastomérico regular. Após é feita a
moldagem do arco completo que vai incorporar a moldagem de cada dente
preparado. Eles afirmam ser essa uma moldagem descomplicada, atraumática
e que necessita de menor tempo. O tempo necessário para contornar as
coroas pré-fabricadas é menor que o necessário para a inserção do fio e
espera para o afastamento gengival ou a fabricação do casquete de resina
acrílica.
Wang, Nguyen e Boyle (1995) compararam a força adesiva do adesivo
de três materiais de moldagem em moldeiras termoplásticas e de resina acrílica
com as superfícies preparadas ou não. Foi utilizado o Impregum, Reprosil e
Permlastic, em moldeiras ásperas, lisas e contaminadas. Amostras de
superfícies lisas contra o vidro serviram como controle. Um total de 126
amostras fora subdivididas em dezoito grupos, e testadas em uma máquina de
teste para cisalhamento da força adesiva. Os resultados indicaram: 1) a
moldeira termoplástica demonstrou maior força adesiva que a de resina
acrílica; 2) a maior resistência ocorreu quando a superfície da moldeira foi
desgastada com óxido de alumínio antes da aplicação do adesivo; 3) a
contaminação da superfície da moldeira com saliva artificial diminui a força de
adesão, indiferente a tipo de material de moldagem ou da moldeira; 4) o
Impregum e o Reprosil obtiveram melhores resultados, independente do tipo de
moldeira.
27
Idris et al. (1995) compararam a precisão de moldagens com silicones
de adição de consistência pesada/fluída nas técnicas de 1 e 2 tempos e o
efeito de reentrâncias de duas configurações diferentes na precisão destas
técnicas. Neste estudo foram feitas 15 moldagens para cada técnica de uma
base de aço inoxidável com três preparos cônicos. Os resultados indicaram
que as distâncias aumentaram levemente entre os suportes para ambas as
técnicas, aumentando para os preparos sem reentrâncias e diminuindo para os
com esta característica, porém sem significado clínico. Para os autores,
embora diferenças estatísticas possam ser encontradas entre as técnicas,
estas não foram de magnitude suficiente para assegurar que uma técnica é
melhor que outra, pois produziram troquéis com precisão suficiente para não
causar dificuldades clínicas importantes.
Laufer et al. (1996) examinaram o efeito de várias larguras sulculares
simuladas e compararam a precisão dimensional de diferentes materiais de
moldagem. Foram utilizados três silicones (Elite, Examix e Express), um
poliéter (Permandyne) e um polissulfeto (Permlastic). Foi moldado um suporte
de metal com sulcos gengivais de 0,05, 0,10, 0,16, 0,2, 0,3 e 0,4 mm. Com um
microscópio de movimento foram medidos os suportes e larguras das
moldagens e foi registrado o número de defeitos de cada uma. Não foram
observadas diferenças significantes quando as moldagens foram feitas em
sulcos de 0,2 e 0,4 mm para quaisquer dos materiais. Nenhum material de
moldagem obteve bons resultados com uma largura sulcular de 0,05 mm. Os
defeitos variam de 70 a 100%. Para os autores, a moldagem da margem de um
dente preparado e o sulco gengival adjacente, deve ser de espessura suficiente
para resistir à distorção e ao dilaceramento quando o molde é removido da
boca.
Já Livaditis (1998a) considera que o sucesso de moldagens
subgengivais depende do manejo eficaz do meio ambiente do sulco em dois
aspectos chaves: a força que age para sustentar o tecido gengival e os
contaminantes, que podem estar presentes ou produzidos dentro do sulco.
Quando se faz moldagem subgengival, quatro forças devem ser controladas: 1)
forças de retração: criadas por métodos mecânicos, químicos ou químicomecânico para liberar ou deslocar a gengiva para longe do dente preparado
que são usulamente aplicadas antes de fazer a moldagem, exceto para a
28
moldagem com anel de cobre ou casquete de resina; 2) forças de
deslocamento: geradas pelos procedimentos de moldagem aplicados ao tecido
gengival que estão longe do dente preparado; 3) forças de prostração:
tipicamente o material de moldagem da moldeira individual entra em contato
com a gengiva e retrai o tecido contra o dente preparado. O sistema de anel de
cobre ou casquete de resina evita esta retração; a técnica de moldeira/seringa
apenas reduz; a resina de dois tempos (reembasamento) não promove inibição
para as forças de prostração. 4) força de reincidência: são inerentes ao tecido
gengival, causando por isso o retorno deste à sua posição original sobre o
dente.
Livaditis (1998b) considera que o tecido gengival sadio, restauração
provisória ajustada, perfeita remoção do cimento temporário, cuidado efetivo
diário e colocação suave do fio de retração reduz o problema de sangramento
do sulco gengival. As técnicas de única e dupla moldagem confiam em uma
hemóstase efetiva para produzir uma perfeita moldagem. O anel de cobre,
casquete e o sistema matriz, descrito neste estudo, deslocam o sangue no
momento crítico e devem prevenir a reentrada da interface entre o material e o
preparo. As numerosas forças que atuam para direcionar o tecido à sua
posição original ou contra a linha final são: 1) a elasticidade ou a memória da
crista gengival em torno do dente preparado; 2) as forças de reação da gengiva
anexa adjacente que foi comprimida durante a retração; 3) a tradicional
consistência pesada do material de moldagem da moldeira; 4) as forças de
colapso geradas por uma moldeira individual adaptada muito justa. Deste
modo, somente o anel ou casquete de resina fornece o deslocamento do tecido
até o completo assentamento do material. O sistema matriz incorpora estas
características.
Corso et al. (1998) avaliaram os efeitos das mudanças de temperatura
na estabilidade dimensional do silicone de adição e poliéter. Foram realizadas
144 moldagens de um modelo mestre de aço inoxidável, metade com
moldeiras individuais perfuradas e outra metade sem perfurações. Foram feitas
medições das linhas verticais e horizontais dos moldes aos 10 min, 1 hora, 24
horas e 26 horas, com temperatura de armazenamento variando de 4º C até
40º C. concluíram que: 1) moldagens com moldeira perfurada não afetou
significativamente a mudança dimensional, embora considerem q u e a s
29
retenções mecânicas fornecidas pelas perfurações podem auxiliar na
resistência à contração do material sobre o centro das moldeiras,
principalmente no polivinilsiloxano; 2) o armazenamento de ambos os materiais
de moldagem a 4º C por 24 horas, e deixando que as moldagens atingissem a
temperatura ambiente, resultou em moldagens ligeiramente expandidas, que
compensaram parcialmente a contração ocorrida na polimerização, ocorrendo
resultados similares somente para o poliéter quando estocado a 40º C. Embora
a contração térmica, juntamente com a contração de polimerização e a perda
de volatilidade pelos produtos seja considerada dos principais fatores que
afetam as mudanças dimensionais em moldagens, esse estudo conclui que a
temperatura não comprometeu de forma relevante a precisão do modelo
mestre.
Chai, Takahashi e Lautenschlager (1998) investigaram o modulo de
elasticidade, resistência ao escoamento e a ruptura de energia de 6 silicones
de adição 2 polissulfetos e 1 poliéter, do qual concluíram: 1) devido a grande
rigidez do polivinilsiloxano massa para impressão estudado, seu uso deveria
ser cauteloso em situações com grandes áreas retentivas ou troquéis finos.
Este material tem elevada resistência ao escoamento, moderada tolerância à
tensão e moderadamente baixa resistência à ruptura; 2) muitos materiais
seringáveis e da moldeira de polivinilsiloxano apresentaram relativa baixa
rigidez, moderada resistência ao escoamento e alta tolerância para a ruptura,
mas relativa baixa resistência para a tensão; os polissulfetos tinham baixa
rigidez, baixa resistência ao escoamento e baixa tolerância à tensão, mas alta
resistência à ruptura; 3) o poliéter mostrou rigidez moderada, entretanto, o
contato direto entre o material com o tecido retentivo e o troquel de gesso pode
ainda limitar seu uso. Mostrou moderada resistência ao escoamento, pequena
tolerância para a tensão e boa resistência a ruptura. Para estes autores a
distorção de um material de moldagem, além de sua amplitude de elasticidade,
pode causar deformação permanente e torná-lo inexato. Um material para
moldagem que é excessivamente rígido impede sua remoção de uma área
retentiva e também aumenta a possibilidade de fratura do troquel de gesso.
Pouca rigidez poderia facilitar o processo de desmodelagem.
Afirmam
ainda, que a moldagem feita com dois diferentes materiais, a rigidez é
dependente do módulo de elasticidade de cada um e a sua proximidade com a
30
área retentiva. Quando utilizou um único material, as propriedades estavam
relacionadas somente a este. A resistência ao escoamento determina a
habilidade do material de moldagem reter a tensão sem deformação
permanente. Como uma tendência geral, o material que é mais rígido também
possui maior resistência ao escoamento. Uma possível exceção é o poliéter
com uma resistência ao escoamento comparável aos materiais de grande
viscosidade.
Livaditis (1998b) afirma que as moldeiras individuais aumentam a
precisão na moldagem e fornecem uma camada de material de moldagem mais
uniforme, prevenindo escoamento indesejável ou depressão do material de
moldagem, pela aproximação íntima da moldeira com os tecidos moles e duros,
reduzindo o custo de moldagem, e acomodando a forma atípica de arcos não
possíveis por moldeiras de estoque. A moldeira individual não deve ser
planejada em volta do arco dental, mas sim em volta do dente preparado. O
contato direto da moldeira com o tecido gengival na porção crítica da
moldagem pode resultar numa moldagem imprecisa. A moldeira individual
adaptada justa e a moldeira individual prolongada retém o material de
moldagem da moldeira, e produz significantes forças de colapso no tecido
gengival, ao passo que a moldeira de estoque bem espaçada minimiza as
forças de colapso na gengiva.
Nishigawa et al. (1998) avaliaram a eficácia dos adesivos para moldeira
na adesão entre o material elastomérico e a moldeira. Foram testados dois
silicones por adição, dois por condensação e dois polissulfetos, numa moldeira
plástica, com ou sem aplicação do adesivo. Os resultados revelaram que os
adesivos para moldeira dos silicones por adição e condensação foram efetivos,
independente do tempo de secagem, se comparados a não utilização do
adesivo. Para os polissulfetos, entretanto, os adesivos causaram efeito
contrário quando não obedecido o tempo de secagem.
Amorim (1998) afirmou que os estudos científicos mostram que as luvas
de látex, que são as mais comumente usadas pelos profissionais, causam um
aumento no tempo de polimerização ou até uma total inibição de polimerização
do silicone de adição. Isso ocorre devido à presença de ditiocarbamatos e
outros componentes químicos, que são usados no processo de vulcanização
do látex e que alteram o tempo de presa pó polivinilsiloxano. Isso ocorre com
31
massa densa (pesada), cuja mistura é essencialmente manual. Porém, nos
procedimentos clínicos, os componentes químicos depositados na gengiva e
dentes também podem causar alteração, ou até mesmo o pó de amido de
milho colocado nas luvas por alguns fabricantes. A lavagem rigorosa das luvas
diminui o efeito inibitório, mas não elimina. As luvas de vinil poderiam ser uma
solução, porém estas não promovem uma barreira tão eficaz quanto às de
látex. Poder-se-ia, então, utilizar esta luva sobre a luva de borracha.
Lepe et al. em 1998, estudaram o efeito da técnica de mistura nas
propriedades de umedecimento dos materiais testados, que eram o Impregum
(F e Penta) Pemadyne (Seringa), Garant e Penta, Dimension (Penta e Garant
L) e Aquasil. Os corpos de prova possuíam a forma de um cilindro, e as
condições incluíam nenhuma desinfecção ou desinfecção por imersão em uma
solução de ácido glutaraldeido (Banicide) a 2% por um período de 1, 5 e 18
horas. Os corpos de prova eram ainda pesados antes e após a imersão a fim
de detectar a perda ou ganho de massa. A perda de massa no meio ambiente
também foi avaliada. Os resultados foram avaliados por análise de variância.
Os autores concluíram que os poliéters possuem um maior umedecimento do
que as siliconas de adição. A embebição foi afetada após os materiais terem
passados pelo processo de desinfecção após uma e 18 horas.
Jokstad (1999) descreveu um experimento clínico com fios de retração
gengival realizado por professores e estudantes de odontologia da
Universidade de Oslo, na Noruega, com o propósito de avaliar se os clínicos
eram capazes de identificar diferenças na utilização clínica entre três tipos de
fios de retração gengival, com diferentes consistências e medicamentos de
impregnação. Foram utilizados fios cortados ou torcidos e impregnados (8%
d1- epinefrina HCl, 0,5 mg/polegada ou 25% de sulfato de alumínio, 0,5
mg/polegada. Os resultados demonstraram que os fios cortados obtiveram
melhor comportamento que os torcidos, e os clínicos não detectaram qualquer
vantagem no uso de epinefrina em relação ao sulfato de alumínio, de forma
que o autor alerta para a necessidade do profissional avaliar cuidadosamente
os benefícios e desvantagens dos fios de retração gengival contendo
epinefrina, em vista do risco potencial e a aparente falta de uma performance
clínica significativamente melhorada.
32
Marchese (1999) comparando as técnicas da dupla moldagem e a do
casquete, se entre elas existe uma mais adequada, ou se ambas apresentam
adequações suficientes e semelhantes. Foram empregados cinco elastômeros
e os modelos foram obtidos empregando-s e u m dispositivo de moldagem
idealizado por Araújo e Jörgensen (1985)e vazados com gesso especial tipo IV.
Os resultados mostraram que a técnica do casquete apresentou melhores
resultados para os materiais Impregum F e Imprint, vindos a seguir o Express e
o P resident (ambos com alívio de 02 mm) e o Express (alívio de 1mm); o
Permlastic e o Express, na técnica do casquete, apresentaram piores
resultados que os anteriores, mas semelhantes entre si, sendo o President
(casquete) semelhante a este último; o President (alívio de 1mm), foi o que
apresentou pior resultado.
Nascimento, Borges e Vemura (1999) numa revisão literária de 20 anos,
relataram os riscos de infecção cruzada de moldagens e modelos de gesso.
Consideram simples e de fundamental importância a sua desinfecção para
integridade da saúde do profissional e equipe, principalmente, o técnico de
laboratório. Embora existam diferentes materiais e técnicas de desinfecção,
descritos na literatura, como simplificação os autores sugerem a imersão em
glutaraldeído 2% por 10 min para os silicones de condensação e adição,
polissulfetos e godivas. Para os poliéteres e alginatos, spray de hipoclorito de
sódio a 1% em recipiente fechado por 10 min. Antes, porém, indicam a
lavagem com água gessada e água corrente. Os autores concluem, afirmando
que esses métodos simples, rápidos e baratos, são eficazes, além de não
provocarem alterações clinicamente significativas, e o seu uso ou não uma
mera questão de responsabilidade.
O’Mahony et al. (2000) determinaram o efeito de três medicamentos
utilizados no fio retrator para avaliar a estabilidade dimensional e reprodução
de detalhes em moldagens com silicone de adição. As moldagens foram
efetuadas sobre troquéis de metal padronizados tratados com um dos três
medicamentos (cloreto de alumínio, sulfato férrico e sub-sulfato férrico/sulfato
férrico). Os resultados mostraram que estes medicamentos não tiveram efeito
significante na precisão dimensional, porém, produziram efeitos adversos na
produção de detalhes, tornando os moldes clinicamente inaceitáveis. Os
33
autores sugerem cuidados na remoção de todos os vestígios desses
medicamentos antes do registro de moldagem com siliconas de adição.
Breeding e Dixon (2000) investigaram a precisão de modelos produzidos
de moldagem de arco-duplo. Foram utilizadas moldeiras plásticas e metálicas
associadas a um poliéter ou silicone de adição. Foram feitas 10 moldagens
para cada combinação, totalizando 40 moldagens de um primeiro molar em um
modelo metálico demonstrativo. Após os moldes preenchidos em gesso e o
troquel produzido, estes foram medidos e comparados ao padrão. Os autores
concluíram que as moldeiras plásticas produziram troquéis maiores (95 a 166
µm) e as metálicas troquéis menores (24 a 36 µm). Não foram mostradas
diferenças entre os materiais.
Em 2000, Teraoka e Takahashi, tentaram esclarecer as mudanças
dimensionais em modelos de gesso obtidos de moldagens com siliconas
usando dois tipos de moldeiras. Foram realizadas impressões do modelo
mestre (desdentado total), usando uma silicona (Surflex F) e três gessos (Himount, Gypstone e Gypstone GH), e as alterações dimensionais foram dos
modelos de gesso medidas em três diferentes direções (x, y e z). Dois tipos de
moldeira foram usados, uma com a superfície aberta e a outra fechada.
Segundo os autores, houve diferença estatisticamente significante na alteração
dimensional nos sentidos vertical (z) e horizontal (x e y) de alguns modelos de
gesso, obtidos dos moldes das moldeiras abertas. Entretanto, não há
diferenças significantes nas alterações dimensionais em qualquer direção dos
modelos oriundos das moldagens em moldeiras fechadas. Concluíram ainda,
que as diferentes moldeiras influenciaram a expansão de presa do gesso; que
os gessos não expandem uniformemente em moldeiras fechadas e que as
alterações
dimensionais
nos
modelos
de
gesso
aumentam
tridimensionalmente, quando usado um gesso de alta expansão.
Keskin et al. (2000) avaliaram o efeito das diferentes técnicas de mistura
na estabilidade dimensional e reprodução de detalhes de 11 tipos de silicones
de adição em diferentes viscosidades. Os silicones foram misturados através
de espatulação ou no sistema de auto-mistura e avaliadas após 10 min, 1 hora
e 24 horas. Os resultados demonstraram não ter havido diferenças
estatisticamente significantes nas técnicas de mistura de seringa ou espátula
na estabilidade dimensional e reprodução de detalhes dos silicones. Da mesma
34
forma não houve diferença em relação aos diferentes períodos de tempo,
demonstrando estabilidade dimensional dos materiais.
Gürbüz, Uludag e keskin (2000), examinaram o efeito das técnicas de
mistura e da deformação permanente dos materiais de moldagem. Quatro
siliconas de adição de consistência leve foram preparadas por sistema de automistura ou manual (espatulados). Os autores demonstraram que os sistemas
de mistura com seringa ou espátula não influenciaram na deformação
permanente dos materiais investigados, assim como não ter havido diferenças
significantes entre os materiais.
Wöstmann et al (2000) avaliaram a estabilidade dimensional de um novo
silicone de condensação auto-misturável (Xantopren confort, Herauzer-Kunzler)
em relação a outros silicones de condensação (Optosil confort/Xantopren,
Silaplast/Silasoft) e um silicone de adição (Provil nas consistências pesada,
leve e regular). Moldagens de um e de dois passos foram realizadas e os
moldes preenchidos após 1, 24 e 72 horas. Um microscópio de transmissão foi
utilizado para medir a precisão. Os resultados demonstraram que as diferenças
na precisão em diferentes tempos de estocagem do molde foram clinicamente
insignificantes. De acordo com este estudo, os autores afirmam que o
melhoramento da silicona de condensação e o sistema de auto-mistura podem
ser o primeiro passo, para o renascimento desse material.
Wilson et al. (2000) investigaram o desperdício de material na técnica de
moldagem de dupla mistura utilizando um silicone denso e um regular ou leve
no sistema de auto mistura e no sistema de mistura espatulada. Vinte e cinco
moldagens de cada sistema foram realizadas por operadores em escolha
aleatória, totalizando 100 moldagens. Os resultados demonstraram que ocorreu
menor desperdício no sistema de auto-mistura, apesar disto este é um sistema
mais caro pelo valor dos cartuchos e pontas para mistura.
Akaki (2000) em estudo comparativo avaliou a viabilidade da técnica da
correção de moldagens, com moldeiras individuais, utilizando poliéter, silicona
de reação por adição e polissulfeto, todos de consistência regular. Como
modelo, foi utilizado um troquel de aço inoxidável, com preparo do tipo coroa
total e uma coroa metálica, que funcionou como elemento comparador.
Moldeiras individuais, com alívio uniforme de 02 mm, foram confeccionadas em
resina acrílica e nestas foram aplicado o adesivo específico de cada material.
35
Para o Grupo I, os moldes foram obtidos pela técnica convencional. Trinta
moldes foram confeccionados para cada material no Grupo I. Para o Grupo II,
previamente à primeira moldagem, foi colocado sempre na mesma área, um fio
de cobre de tamanho padronizado, simulando um defeito. Após a execução da
moldagem, o defeito foi retirado e uma nova porção de material moldador,
manipulado e realizado correção. Trinta moldes foram confeccionados para
cada material no grupo II. Os elastômeros foram proporcionados por
comprimento. Os moldes foram vazados com gesso tipo IV. A manipulação
manual dos elastômeros e do gesso foi de acordo com as recomendações dos
fabricantes. Um total de sessenta corpos de prova confeccionados. Foram
feitas as medidas de desajuste cervical através de um microscópio comparador
(Mitutoyo TM ®). Após a análise significativa entre os grupos, sendo os moldes
obtidos pela técnica de reembasamento os mais precisos. A silicona de reação
por adição não apresentou diferenças significativas entre os grupos. Concluiuse que a técnica de correção de moldagem é viável para os três materiais de
moldagem testados.
Silva (2000) avaliando a fidelidade de troquéis de gesso tipo IV, obtidos
por cinco técnicas de moldagens, introduzindo uma silicona de polimerização
por adição como material moldador. Para a realização destas moldagens, foi
utilizado um dispositivo que tinha uma moldeira perfurada onde o troquel
metálico padrão era inserido, permitindo uma espessura de 04 mm de material
moldador ao redor do troquel. As cinco técnicas de moldagem foram:
moldagem sem alívio, moldagem com alívio realizado pela movimentação
vertical da parte superior do dispositivo, que seria uma nova proposta,
moldagem com um espaçador de poliéter, moldagem com dois espaçadores de
poliéter e técnica de moldagem simultânea ou simples moldagem. Após duas
horas do procedimento de moldagem, realizava-se o vazamento para a
obtenção dos troquéis de gesso. Para análise do desajuste foi utilizado um
microscópio de profundidade que media uma discrepância entre a coroa
metálica padrão e a superfície oclusal dos troquéis de gesso, realizando uma
leitura em quatro pontos eqüidistantes demarcados na coroa de referência.
Após o emprego do teste estatístico Kruskal-Wallis e Student-Newman-Keuls,
obtiveram-se os seguintes resultados: a técnica sem alívio apresentou maiores
36
distorções que as demais técnicas; apresentando diferenças estatisticamente
significantes.
Mantovani (2001) em trabalho avaliando a fidelidade morfo-dimensional
de
troqueis
de
dois diferentes gessos tipo IV (Durone
e Vel-Mix),
confeccionados a partir de moldes obtidos com uma única silicona de
condensação (Oranwash), nos quais a moldeira de resina acrílica (casquete)
permita que, no seu interior, a espessura do citado elastômero fosse de 0,2
mm. Uma coroa-padrão metálica, a qual se adaptava adequadamente ao
respectivo troquel-padrão, era encaixada aos troquéis de gesso obtidos, com a
finalidade de verificar o seu grau de adaptação, aspecto este analisado com o
auxilio de um microscópio de profundidade. A situação ideal seria que as
bordas superiores da aferida coroa-padrão se apresentassem na mesma altura
da face oclusal do troquel de gesso, do mesmo modo que ocorria com o
troquel-padrão. A análise estatística aplicada aos valores obtidos permitiu
concluir que o Vel-Mix foi o gesso que possibilitou a construção de troquéis
morfo-dimensionalmente mais fiéis, nas condições aqui estabelecidas. Isto não
significa que os troquéis então obtidos com o Durone sejam inadequados.
Hondrum (2001) avaliou as mudanças nas propriedades dos materiais
de moldagem elastoméricos após sua validade e na exposição às várias
condições ambientais. Incluíram o poliéter, polissulfeto, silicona de adição em
várias consistências. Os testes observavam as viscosidades das pastas,
recuperação elástica, tempo de trabalho e assentamento, alteração
dimensional, distorção na compressão, influência na deformação a força de
ruptura (dilaceramento) em 72 meses. Conforme os autores a maioria dos lotes
dos materiais testados permanecem eficazes, mesmo apesar de passarem das
datas de validade designadas. Houve uma menor alteração para os silicones
de adição e mais drástica para os polissulfetos. A estabilidade, segundo o
autor, parece ser tão dependente da variação dos lotes como das variações
das condições de estocagem. Os maiores indicativos do processo de
envelhecimento do material foram: influência à deformação, viscosidade e
tempo de trabalho/assentamento, e não a recuperação elástica como era a
convicção tradicional. Apesar da relativa eficácia, o autor sugere que a data de
validade dos materiais deva ser indicada pela American Dental Association
Specifications.
37
Em 2001, Gomes de Sá, Freitas e Marchese estudaram a fidelidade
dimensional de troqueis de gesso tipo IV (Vel-Mix), confeccionados a partir de
moldes obtidos com uma silicona de condensação (Oranwash), nos quais o
casquete permitia uma espessura do material de moldagem de 0,2, 0,5 e 1,0
mm. Usando o mesmo dispositivo idealizado por Araújo & Jorgensen (1985)
avaliaram se dois novos vazamentos de gesso, em um molde onde já foi
confeccionado um primeiro troquel, conduziria à obtenção de troqueis morfodimensionalmente semelhantes ao primeiro. As medições foram feitas com
auxílio de um microscópio de profundidade. Os autores concluíram que os
troqueis estavam maiores que a estrutura original moldada, porém não houve
diferença significante entre eles.
Em 2002, Almeida et al. avaliaram a influência das características
morfológicas da parede axial dos preparos e o meio de armazenagem dos
moldes, na alteração dimensional de algumas marcas comerciais de siliconas
de condensação (Optosil / Xantopren, Oranwash / Zetaplus, Coltex / Coltoflax,
Speedex, 3M) avaliando os modelos de gesso. A técnica de moldagem
empregada foi a de dupla moldagem, deixando um espaço uniforme de 02 mm
para a pasta, e o gesso usado para a confecção dos modelos foi o Vel-Mix.
Foram obtidos 10 espécimes para cada condição, sendo que metade desse
número foi mantida em meio ambiente por um período de 30 minutos e o
restante ficou imerso em água destilada pelo mesmo período de tempo,
também em temperatura ambiente. As medições ocorreram 24 horas após o
vazamento do gesso, utilizando projeção diascópica em um projetor de perfil.
Os autores concluíram que: a marca comercial de silicona e o meio de
armazenagem
dos
modelos
originaram
diferenças
estatísticamente
significantes para a altura e largura dos pilares dos modelos; a característica
axial com angulação de 6º e sulco em forma de “v”, originou modelos mais
largos com diferenças estatisticamente significantes em relação ao pilar
cilíndrico; e não foi encontrada diferença significante, quando se analisaram as
medidas entre os pilares dos modelos, para qualquer condição experimental
testada.
Franco et al. (2002) avaliaram o comportamento de moldes obtidos
através da técnica de moldagem por reembasamento sem e com alívio de
lâmina plástica, e impressão única simultânea, utilizando siliconas por adição,
38
Express – 3M, e por condensação, 3M. Foi utilizado como padrão, um troquel
metálico simulando um preparo para coroa metálica. A partir deste foram
obtidos, após a realização das diferentes técnicas de moldagem, troquéis de
gesso (Durone-Dentsply). Nestes, foram feitos enceramentos de coroas com
abertura oclusal e, em seguida, fundidos em liga de Cu-Al. No grupo controle
as fundições foram obtidas diretamente do troquel padrão. O desajuste foi
medido em função das discrepâncias das fundições no troquel padrão, por
meio de um microscópio de profundidade. A técnica de impressão única ou
simultânea com silicona de reação por condensação promoveu resultados
similares às técnicas com siliconas por adição. O processo de fundição exerceu
uma influência significativa na adaptação das técnicas, sendo que a silicona
por adição sofreu menor influência face ao tipo de técnica de moldagem.
Moraes, Mota e Akaki (2002) com o objetivo de comparar a alteração
dimensional dos moldes de poliéter quando se utiliza técnica de manipulação
manual e automática, um troquel tipo coroa total e um coroa comparadora
foram confeccionados em aço inoxidável. Também foi avaliada a influência
destes dois tipos de manipulação em função do tempo de vazamento. Os
moldes foram obtidos empregando-se casquetes individuais para moldagem e
então vazados com gesso e as leituras foram feitas com um microscópio
comparador Mitutoyo ®. Não houve diferenças estatisticamente significativas
de comportamento entre os troqueis de gesso obtidos, em função das
diferentes manipulações tanto no que se refere à própria manipulação como no
que se refere aos tempos empregados.
Jóias et al (2003) em estudo da alteração dimensional em técnicas de
impressão de única e dupla fase com silicone de adição. Foi fundido um
modelo padrão de hemiarco simulando um caso de prótese fixa com dois
suportes (45 e 47). Com uma moldeira usinada (alumínio), foram executadas
20 moldagens, divididas em dois grupos: grupo um, 10 moldagens obtidas pela
técnica de impressão única, e grupo dois, 10 moldagens obtidas pela técnica
de impressão de dupla fase, sendo que, o grupo controle, representados por 10
medidas do modelo padrão. Quando comparados o grupo dois com a medida
do modelo padrão metálico, observamos que este valor não pertence ao
intervalo de confiança (95%) estimado a partir da amostra. Já o grupo um, o
39
valor pertence a este intervalo, sugerindo que, a técnica de única impressão
forneça um modelo com menor alteração dimensional.
Em 2003, Luthardt; Kühmstedt e Walter estudaram a estabilidade
dimensional medindo tridimensionalmente troqueis de gesso, através de um
novo programa de computador, obtidos de impressões com um elastômero
(Impregum Penta); as medidas foram feitas 1, 3, 7, 28 e 56 dias após a
obtenção dos troqueis de gesso. Foram realizadas 10 impressões de um
modelo metálico padrão usando moldeiras de estoque sem perfurações,
preparadas com resina acrílica. O gesso tipo IV (Esthetic-Rock) foi usado para
a obtenção dos troqueis e as medições foram realizadas através de um
programa de computador que digitaliza a imagem e compara as medidas
(tridimensional) e das medidas de três coordenadas. As medidas foram dadas
em micrometros. Os atores concluíram que: não houve diferença significante
entre os dois métodos de medição; durante os 56 dias de avaliação não houve
significante na estabilidade dimensional dos troqueis; e que o processo para
avaliação tridimensional se mostrou adequado.
Em 2003, Gomes de Sá avaliou a fidelidade dimensional de troqueis de
gesso tipo IV (Vel-Mix), obtidos a partir de moldes de um único elastômero
(Impregum F), utilizando-se duas técnicas de moldagem, com casquete e dupla
moldagem, com ou sem contato cervical. O dispositivo de moldagem usado foi
semelhante ao usado por Araújo & Jörgensen (1985). O autor concluiu que: 1)
o pior desempenho ocorreu com a moldeira perfurada, com desajuste médio de
397,70 micrometros; 2) o casquete com toque e aquecimento apresentou
desempenho semelhante ao casquete sem toque e sem aquecimento e; 3) o
melhor desempenho ocorreu com o casquete sem toque e com aquecimento,
com ajuste médio de 0,03 micrometros.
Starling (2003) avaliando a alteração dimensional de siliconas de reação
por condensação e adição, em função dos modelos de gesso obtidos em
diferentes tempos de armazenagem dos seus moldes. Três marcas comerciais
de siliconas foram avaliadas, duas de reação por condensação (SpeedexriColtène, Optosilri Comfort/Xantoprenri VL Plus-Kulzer, Coltexri-Coltène) e de
uma silicona de reação por adição (Presidentri-Coltène). Réplicas de pilar
CeraOne WP DCA 686-O WP, Nobel Biocare (lote 23218), foram utilizadas
para confecção dos modelos mestre unitários e parcial. A técnica empregada
40
foi a da dupla moldagem para todas as siliconas testadas, empregando-se a
consistência densa e a fluída, em moldeiras individuais de resina acrílica
perfuradas. Os modelos em gesso tipo IV Vel-Mix foram obtidos em diferentes
tempos: imediato, 1 hora, 2 horas, 1 dia, 3 dias e 7 dias. Cada modelo em
gesso foi medido, em posições padronizadas, por três examinadores, através
de um Micrômetro Digital Mitutoyo. Os dados foram submetidos à análise
estatística (Teste de Kruskal Wallis, p < 0,05, n=5). Os valores percentuais
médios da diferença de tamanho entre as réplicas dos modelos mestre e dos
modelos de gesso mostraram que houve, de maneira geral, uma contração dos
materiais de moldagem em direção ao centro do molde, pois os seus modelos
mostraram-se menores com o aumento no tempo de armazenamento dos
moldes. Concluiu-se que os moldes dos materiais de reação por adição
poderiam ser armazenados por até 7 dias, enquanto os moldes do material de
reação por condensação não deveriam ser armazenados, devendo ser o
modelo de trabalho obtido o mais rápido possível, para garantir sua precisão.
Nisioka et al (2004) comparando alterações dimensionais entre um
silicone convencional e um de auto-mistura polimerizados por reação de
condensação, empregando um modelo padrão com quatro pilares angulados,
tendo um deles um sulco em forma de ovo na região cervical. A técnica de
moldagem utilizada foi a do material em consistência densa e fluída em dois
estágios, com casquetes metálicos para alívio. Foram obtidos doze modelos
em gesso pedra tipo IV (Durone-Dentsply) para cada condição experimental
estudada. Os modelos foram mensurados em um projetor de perfil (Jones &
Lanson-mod. Epic-30E), com aplicação de 10 x e suas medidas comparadas às
do modelo padrão. Os resultados obtidos foram submetidos aos testes
estatísticos de Kruskal-Wallis e de Dunn, ao nível de significância de 5%.
Verificou-se que houve diferença estatisticamente significante para a largura
entre os pilares com angulação de 16º (p3) e com sulco em forma de ovo (p4)
dos corpos-de-prova obtidos com o silicone de auto-mistura e os pilares
cilíndricos (p1) e com angulação de 6º (p2) dos corpos-de-prova obtidos com o
silicone convencional. Sendo que os pilares p3 e p4 do grupo auto mistura
apresentaram-se mais largos do que p1 e p2 do grupo convencional. Porém
não houve diferença estatisticamente significante para a altura dos corpos-deprova.
41
Malaspina (2005) avaliou a fidelidade de troqueis de gesso obtidos de
um poliéter Impregum Soft, com a utilização da técnica do casquete,
verificando a diferença de altura existente entre coroa-padrão e os troqueis de
gesso Vel-Mix. Obtidos utilizando-se o molde uma única vez, ou mais de uma,
em diferentes idades, compondo-se assim cinco grupos: vazamento único,
imediato; vazamento único, após uma hora; vazamento único, após duas
horas; segundo vazamento, após uma hora; terceiro vazamento, após duas
horas. O resultado ideal seria que não houvesse diferença de altura, na porção
oclusal, entre coroa-padrão e cada troquel de gesso no qual aquela fosse
adaptada. A análise estatística dos valores de desajuste detectados permitiu
concluir que, em todos os grupos, os troqueis apresentaram-se sempre
maiores do que a estrutura original; o melhor resultado foi apresentado pelos
troqueis dos grupos de vazamento único, imediato e vazamento único após
uma hora; os demais grupos foram semelhantes entre si, porém piores que os
grupos anteriores, e ainda o vazamento único, após duas horas foi o de pior
resultado.
Porto (2005), através de estudo sobre fidelidade de troqueis, no qual
avaliou a fidelidade morfo-dimensional de troquéis confeccionados com dois
gessos tipo IV (Vel-Mix e Durone), através do uso de um dispositivo constituído
de uma coroa metálica usinada que se adapta com alta precisão a um troquelpadrão original, o qual simulava um dente preparado para receber uma coroa
total. Os troquéis foram obtidos a partir de moldes de dois elastômeros (a
silicona de adição Express e a silicona de condensação Zetaplus/orawash),
usando-se as técnicas de dupla moldagem e de casquete, onde a
polimerização ocorreu com material imerso em água a 37º C. Em ambas as
técnicas, a espessura da pasta fluída foi de 0,2mm. A verificação do grau de
adaptação foi realizada com auxilio do microscópio de profundidade. De acordo
com a análise estatística foi concluído neste trabaho que, os diferentes gessos
não exerceram influência significante na alteração dimensional; para o material
Zetaplus/Oranwash a técnica do casquete ofereceu menores distorções; para o
Express a técnica da dupla moldagem teve um melhor comportamento que a
do casquete; não houve diferença estatisticamente significante entre os dois
materiais de moldagem em combinação com as respectivas técnicas de
moldagem citadas anteriormente.
42
Landulpho et al. (2005), em análise de dois tipos
de materiais de
moldagem elastoméricos, na técnica do casquete individual, avaliou
comparativamente as possíveis alterações dimensionais de dois materiais de
moldagem elastoméricos de consistência fluída (uma silicona por adição e uma
silicona por condensação). A pesquisa baseou-se na confecção de um modelo
padrão tipo coroa total. Sobre este dente preparado, com um alívio de 0,2 mm,
foram obtidos os casquetes individuais. Todas as moldagens foram realizadas
com uma carga estática de 0,4 kgf aplicada nos casquetes individuais, sobre o
dente no modelo padrão. As leituras foram obtidas por meio de um paquímetro
digital nas demarcações dos modelos em gesso, com a intenção de avaliar as
possíveis alterações dimensionais dos materiais estudados. Os dados
coletados foram agrupados em quadros e submetidos a testes estatísticos. Os
resultados foram analisados e conclui-se deste estudo laboratorial que não
houve diferenças estatísticas significantes entre os materiais de moldagem
estudados em função da técnica empregada.
Alves, Soares e Zani (2005), ao verificar o comportamento de moldes de
polissulfeto (Permlastic) e poliéter (Impregum Soft) obtidos por meio da técnica
do casquete de resina acrílica, avaliou a estabilidade dimensional dos moldes
confeccionados de uma matriz metálica contendo dois preparos protéticos, com
diâmetros e alturas diferentes. Os moldes de cada material foram vazados com
gessos pedra IV (Vel-Mix) e gesso pedra V (Extradur), perfazendo um total de
quatro
combinações
experimentais:
(polissulfeto/gesso
pedra
IV,
polissulfeto/gesso-pedra V, poliéter/gesso-pedra IV, poliéter/gesso-pedra IV e
poliéter/gesso-pedra V). Os troquéis de gesso foram mensurados com um
paquímetro digital, 24 horas após sua obtenção. Os resultados obtidos foram
submetidos à ANOVA a 5%. Pode-se concluir que os moldes de poliéter
vazados com gesso pedra tipo V apresentaram melhor estabilidade
dimensional em relação às outras condições experimentais.
Goiato et al. (2006) em avaliação da rugosidade superficial com técnicas
de moldagem de silicones de condensação sobre influência da desinfecção
química, através de duas técnicas de moldagem com dois silicones de
condensação (Zetaplus-Zhermack e Clonage-DFL) densos e fluídos sobre a
influência da desinfecção química com solução à base de clorexidina 2 %
(aspersão por 5 min). Foram confeccionados 56 corpos de prova que foram
43
divididos em oito grupos, sendo que metade foi submetido a desinfecção com a
solução antes das leituras do teste de dureza. Os corpos de prova foram
submetidos ao ensaio de rugosidade superficial com auxílio de um rugosímetro
digital (modelo RP100). Para cada corpo de prova, foram realizadas três
leituras em diferentes sentidos e, transformadas em valores médios e
analisados através de modelo de análise da variância e as médias comparadas
pelo teste de Turkey (p>0,05). Não houve diferença estatisticamente
significativa
quando
analisado
os
tipos
de
materiais
utilizados
independentemente da técnica de desinfecção química e houve diferença
estatisticamente significativa quando analisado a técnica e desinfecção química
independentemente das outras variáveis.
Lopes, De Cesaro e Suzuki (2006) avaliando a estabilidade dimensional
de dois nomes comerciais de siliconas de condensação conforme o tempo de
vazamento. Um modelo padrão metálico foi elaborado com dois cilindros de
diferentes diâmetros e mesma altura. A partir desse foram obtidos 36 moldes
através da técnica de moldagem de dois tempos, com um alívio uniforme de
um mm em moldeiras padronizadas. Os moldes foram divididos em seis
grupos: Zetaplus (Zermach) e Speedex (Vigodente) vazados nos tempos de 30
minutos, 36 horas e 72 horas respectivamente após a moldagem. Os moldes
foram vazados com gesso tipo IV (Polidental) espatulado mecanicamente a
vácuo. As medições foram feitas em três áreas distintas de cada cilindro:
diâmetros mesio-distal, vestíbulo-lingual e altura cérvico-oclusal e a distância
entre os mesmos também foi registrada. Um aparelho de medição
tridimensional por coordenadas com precisão de 0,02 mm (Zeiss) foi
empregado nas mensurações. Os resultados mostraram diferença estatística
na altura do cilindro de menor diâmetro e na distância entre os mesmos
(ANOVA, p<0,05). Não houve diferença estatística nas demais áreas
mensuradas para todas as siliconas empregadas. Conclui-se a partir dos
resultados que as duas siliconas testadas apresentaram estabilidade
dimensional para os tempos pesquisados.
44
3. CONCLUSÃO
De acordo com a presente revisão de literatura, pode-se concluir que:
-os diferentes materiais de moldagem apresentam características
físico/químicas próprias, passíveis de serem alteradas por influências
ambientais e de manuseio;
-em Odontologia, o fato de que qualquer troquel deve ser uma réplica o
mais fiel possível da estrutura original, parece ser uma necessidade
indiscutível;
-apesar de a análise comparativa mostrar diferenças entre os materiais,
com toda a segurança, pode-se afirmar que todos produzem impressões
clinicamente confiáveis desde que trabalhados respeitando-se suas virtudes e
limitações, ou seja, trabalhando dentro do protocolo estabelecido que a
qualidade da moldagem é determinada.
45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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convencional e correção, utilizando elastômeros. Belo Horizonte, 2000.
90p. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Minas Gerais.
ALMEIDA, E. E. S. et al. Estudo da alteração dimensional em silicones para
moldagem polimerizados por reação de condensação. Rev Fac Odontol
Bauru, v. 10, n. 4, p. 275-281, out./dez. 2002.
ALVES, M. C.; SOARES, C. R.; ZANI, I. M. Estabilidade dimencional dos
moldes de poliéter e polissulfeto obtidos com a técnica do casquete de acrílico,
vazados em gesso pedra especial tipo IV e V. Ver. Odonto Ciênc, v. 20, n. 48,
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AMORIM, V. C. P. Qual a causa de a silicona de adição não se polimerizar
quando manipulada com luvas? Revista APCD, v. 52, n. 3, p. 218, mai./jun.
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