Práticas de manejo para
conservação e uso
sustentado de
crocodilianos brasileiros
Marcos E. Coutinho
RAN / ICMBio
EMBRAPA
[email protected]
PRÁTICAS DE MANEJO DE
CROCODILIANOS BRASILEIROS
Definida em instrumentos legais
Instruções Normativas
IBAMA e ICMBio
Estaduais (p.ex. Am)
CROCODILIANOS BRASILEIROS
Riqueza de sps anfíbios e répteis
ex: Região Amazônica (Vogt & Bernhard, 2003)
Anfíbios Lagartos Serpentes Quelônios
309
135
196
18
MUNDO
23 espécies
BRASIL
6 espécies
Crocodilianos
04
Paleosuchus trigonatus
Melanosuchus niger
Caiman crocodilus crocodilus
Paleosuchus palpebrosus
Caiman latirostris
Caiman yacare
Práticas de Manejo de Fauna Silvestre
Objetivos do manejo
(expressos em tamanho populacional)
• Aumentar a população (sps ameaçadas)
• Diminuir a população (sps pragas)
• Utilizar a população (cotas sustentáveis)
• Monitorar a população
PRÁTICAS DE MANEJO E ESTRATÉGIAS PARA
CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE
• Europa, meados século 19 - Separação de
áreas selecionadas
• Criação de Unidades de Conservação
• Leis ambientais
• Início século 20 (Século 17)
• Conservação através do “uso inteligente”
• Uso sustentado
• Século 21
• Serviços ambientais
PRÁTICAS DE MANEJO
Políticas & Diretrizes
• promover a conservação através do
uso sustentado dos crocodilianos
Brasileiros
• Programas de manejo
com características de projeto de
Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação
(PD&I)
Programa Biologia da Conservação e
Manejo de Crocodilianos Brasileiros
• Enfoque ecossistêmico - unidades de manejo de
larga escala espaço-temporal, que beneficie as
comunidades locais
Técnicas de manejo
• Coleta sistemática de dados
Capacitação
Consolidação
• Metodologia padronizada
grupos locais
Bases biológicas
MANEJO
Metas
conservacionistas
Enfoque ecossistêmico
AMAZÔNIA
CERRADO
MATA ATLÂNTICA
PANTANAL
Modalidades de manejo
(uso direto)
Confinamento
Manejo extensivo
• Farming (confinamento)
• Ranching (coleta de ovos na natureza/confinament
• Headstarting (coleta ovos/recria/natureza)
• Harvesting (manejo extensivo, coleta na natureza
BIOLOGIA DO JACARÉ NO PANTANAL
• Interações entre condições ambientais,
dieta e condição corporal
• Biologia reprodutiva (machos & fêmeas)
• Análise de crescimento
• Respostas denso-dependentes
• Modelos de dinâmica populacional
Instrumentos legais de conservação e manejo
Estimativas de Densidade
Cáceres - MT, 1991
Estimativas de densidade
Ano
N total
jacarés
observados
Densidade
(jac/ha)
Nível d’água
Régua Cáceres
(mm)
Temperatura
(0C)
2002
1.135
0.28
158 – 166
22 - 33
2003
450
0.11
226 - 250
22 - 30
2005
600
0.40
102
-
Efeito do ambiente na dieta
e na condição corporal
• Composição dietética
– Insetos (Odonata, Hemiptera e Coleoptera)
– Mollusca (Pomacea and Bivalvia)
– Crustacea (carangueijos)
– Peixes (outros vertebrados,
eventualmente)
• Principal variação ontogenética:
– incorporação de peixes aos 2-3 anos de
idade
Composição da dieta
Relações entre
condição corporal e reprodução
• Biologia reprodutiva
– Fêmeas
– Machos
ULTRASONOGRAPHY
folículos pre-ovulatório
Previsões
• Prever o número de ninhos baseado no
nível d’ água e temperatura do ar
– 6 meses antes da estação de postura
• Prever a proporção de fêmeas
reprodutivas baseado na massa corporal
• Regular taxas de extração em nível
regional, baseado no nível d’ água
Ontogenia testicular
• Machos jovens de 2 anos de idade (35
cm SVL) apresentam produção de
esperma
• Maturidade sexual atingida somente
em machos >90 cm SVL
9 -10 anos de idade
46 cm SVL, 1.5 kg BM
63 cm SVL, 4 kg BM
82 cm SVL, 12 kg BM
107 cm SVL, 25 kg BM
PRÁTICAS DE MANEJO
INSTRUMENTOS LEGAIS
Instruções Normativas
• IBAMA
- IN 63/2005 (Headstarting -Sistema aberto
de produção no Pantanal)
- IN 169/2008- Anexo I (Manejo comercial
de jacarés – Sistemas Farming e Ranching )
• ICMBio
- IN 28/2012 – Sistema Harvesting em UC’s
de uso sustentado na Amazônia
ROTEIRO METODÓOGICO
1.ÁREA / UNIDADE DE MANEJO
2.ESPÉCIES MANEJADAS
3.IDENTIFICAÇÃO DA ENTIDADE
PROPONENTE
4.LOCAL DE ABATE (Inspecionado)
ROTEIRO METODÓOGICO
5. ÁREA DE MANEJO
5.1. Mapa e imagem de satélite (mínimo 1:100.000) da
ÉPOCA DE SECA, localizando e quantificando os corpos
hídricos
5.2. Localização das réguas de medição de nível d’água,
freqüência de amostragem e tabela (em excel) com valores
máximo e mínimo e seus respectivos mês/ano de
ocorrência
5.3.
Localização
dos
medidores
e
freqüência
de
amostragem de temperatura do ar e de precipitação
(temperatura - tabela com valores máximo e mínimo por
mês / precipitação – tabela com o cumulado mensal)
ROTEIRO METODÓOGICO
6. DESCRIÇÃO TÉCNICA DO MANEJO
6.1.
Descrição da população:
método de levantamento, épocas e
áreas de amostragem (especificando as condições de temperatura do ar e da água
e o nível d’água no período de amostragem), número total de indivíduos
observados, estrutura de tamanho e razão sexual, conforme apresentado nas
tabelas a seguir. As cópias dos originais dos protocolos de campo devem ser
anexadas.
6.2. Avaliação
do potencial reprodutivo
6.3. Descrição
da cota de produção:
6.3.1. Solicitação da cota “Estação de produção 2013”
63.2. Esforço de captura e características biométricas dos animais capturados
PRÁTICAS DE MANEJO
RESEX DO LAGO DO CUNIÃ – RONDÔNIA
2012
Indicadores de sustentabilidade biológica
2004 - 2012
INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE
•
•
•
•
•
•
Razão sexual
Esforço de captura
Biometria dos animais capturados
Esforço reprodutivo
Aspectos econômicos
Aspectos sociais /culturais
COMUNIDADE RAN Croq
Programa Crocodilianos Brasileiros
“educação pelo meio ambiente”
inclusão social e agregação de valor aos
ambientes naturais e suas espécies
MUITO OBRIGADO
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