Ano XXII • Nº 258 SETEMBRO 2010 OEIRAS: 21 442 51 00 OEIRAS 2: 21 442 79 44 (M. Antas) Aberto Sábado todo o dia Paço d’Arcos: 21 442 27 17 www.ofetal.pt Director: Paulo Pimenta Preço 1.25 e Acordos com: ADVANCECARE - MEDIS MULTICARE - ADM - SAMS Quadros (IVA incluido) Queluz Joaquim Ribeiro, Presidente da FAP-Sintra António Barbosa Oliveira “Os Queluzenses vêem a freguesia transformar e a melhorar” Páginas 4 e 5 “Economizar na Educação é enterrar o futuro” PIPP-Policiamento Páginas Centrais Amadora comemorou 31.º Aniversário de proximidade Página 20 Paço de Artes realiza Bienal Páginas 6 e 7 Prisioneiro por 4 degraus Página 17 Páginas 12 e 13 1 de Outubro Dia Nacional da Água Páginas 18 e 19 Actual 27 Setembro 2010 Escola Internacional abre em Oeiras Promover um ensino de qualidade e os valores basilares num mundo em constante mudança é o desafio proposto pela Oeiras International School (OIS), entidade escolar que recentemente abriu as suas portas a mais de cinco dezenas de alunos entre os 11 e os 18 anos. Trata-se de uma escola que adoptou o International Baccalaureate (IB), ou seja, o mais elevado programa de qualidade internacional de ensino a ser reconhecido pelo Ministério da Educação, sendo a OIS a única Escola de IB no concelho de Oeiras. A OIS tem João Paulo Girbal como Presidente da Direcção e Chari Empis como Directora Pedagógica da instituição e foi em exclusivo ao jornal O Em Oeiras um novo método de ensino Correio da Linha que Chari Empis começou por explicar o porquê de a direcção ter optado por Oeiras para fundar este projecto: “Oeiras é um concelho que não tem escolas privadas após a quarta classe. Tem uma oferta educativa muito boa até à quarta classe em termos privados mas depois não há nada, com excepção de um instituto espanhol. Por outro lado, Oeiras é um concelho com um bom nível económico, que aconselha a apostar neste tipo de escolas, e está muito perto de Lisboa, que tam- bém não tem escolas internacionais. Por esses motivos, tudo indica que, de futuro, esta seja uma zona apropriada para este tipo de programas”, sustenta. Prosseguindo na sua explicação, Chari Empis adianta que “já há em Portugal diversas escolas de IB, no entanto, apenas uma faz o programa a partir dos 11 anos de idade. Como tal, entendemos que faria sentido abrir esta escola cujo programa é muito mais avançado do que o que é feito no sistema educativo português. Isso faz também com que estas escolas sejam relativamente caras pois recrutamos dos melhores professores que há no mundo mas é importante que os portugueses compreendam que vale a pena investir na educação dos filhos”, destaca. Na OIS ministram-se aulas do Year 7 (corresponde ao 6º ano do sistema português) ao Year 12 (corresponde ao 11º ano), sendo que o sistema inglês tem 13 anos de escolaridade no secundário. É baseada no standard IB (International Baccalaureate), um sistema de ensino utilizado por mais de 5 mil escolas internacionais espalhadas pelo mundo fora: “Os pais andam sempre à procura deste tipo de escolas, que garanta aos filhos um ensino uniforme independentemente do país onde estejam. Todos os métodos de ensino que estão inseridos no IB correspondem a mais de 30 anos de investigação sobre o que há de melhor na Educação. Estes programas nasceram em Genéve, Suíça, no tempo do pedagogo Piaget, e surgiram de forma a criar um sistema de mobilidade para os filhos das pessoas que iam trabalhar para as Nações Unidas e para outras organizações internacionais, privilegiando um ensino de qualidade baseado no rigor intelectual”, su- Os docentes da escola dão as boas vindas aos alunos blinha a Directora Pedagógica. Apostando num ambiente multicultural, a OIS tem no inglês a sua língua básica, contando para isso com professores de elevada formação e capacidade de comunicação. Actualmente, a OIS é composta por seis salas de aula, biblioteca, três laboratórios e duas salas de artes, ginásio, zonas de convívio, refeitório, cozinha, sala de professores e escritórios para a direcção do colégio. Estas são, no entanto, instalações provisórias uma vez que a OIS está, neste momento, a proceder à revitalização do edifício da Quinta de Nossa Senhora da Conceição (Barcarena) e da sua zona envolvente, estando, pois, a funcionar de forma temporária na Fundição de Oeiras: “As chaves da Quinta foram-nos entregues no final de Julho e estamos agora a começar a acelerar os trabalhos para que a Quinta fique disponível o quanto antes”, refere. A transferência para as futuras instalações poderá posteriormente levar a um aumento do número de alunos da OIS: “Tínhamos pensado começar no Palácio da Quinta com cerca de 90 alunos e depois ir fazendo obras de ampliação mas tivemos de readaptar o projecto face ao espaço disponível. Ao começar o projecto em instalações provisórias tivemos que rever as ideias iniciais mas acredito que, após nos mudarmos para a Quinta, iremos rapidamente chegar aos 140 alunos e, numa fase posterior, aos 210”, perspectiva. De salientar, por outro lado, que durante a semana a OIS está também aberta à população de Oeiras a partir das 16 horas para a promoção de diversas artes, nomeadamente música, teatro, dança e artes plásticas, entre outras. Os interessados poderão consultar mais informações sobre a OIS em www.oeirasinternationalschool.com. Uma entrada para o sucesso Actual 27 Setembro 2010 Ponto Final Paulo Pimenta* O CL não mete foice em seara alheia No inicio do ano de 2010, a redacção do nosso jornal delineou para as edições entre Junho e Setembro a realização de quatro grandes entrevistas com os quatro Presidentes de Câmara dos concelhos abrangidos pelo O Correio da Linha. Por ocasião das festas do concelho, iniciámos o périplo por Oeiras, com o Dr. Isaltino Morais em Junho. Seguiu-se o concelho de Cascais e a entrevista ao Dr. António Capucho por ocasião das Festas do Mar e, depois, a entrevista ao Dr. Joaquim Raposo, Presidente da Câmara da Amadora, também por ocasião das Festas do Concelho. Faltava a entrevista a Sintra e ao Dr. Fernando Seara por ocasião das Festas do Cabo Espichel, pedido esse que foi efectuado a 20 de Agosto e ao qual se seguiram depois diversos contactos telefónicos e e-mails com vários elementos do staff do gabinete de comunicação da autarquia de Sintra. Entretanto, recebemos no passado dia 14 de Setembro um e-mail que passamos a transcrever: “Bom dia, infelizmente não vai ser possível contar com uma entrevista do Presidente Fernando Seara. Até à apresentação do Orçamento de Estado, o Sr. Presidente não tem comentários a prestar.” A esta resposta, nós insistimos dizendo: “Certamente o nosso pedido não foi explícito. Em resposta ao e-mail recebido, informo que o que o jornal O Correio da Linha pretende efectuar com o Sr. Presidente é uma entrevista alargada, como aconteceu com os outros presidentes de Câmara (Oeiras – Junho, Cascais – Julho e Amadora – Agosto) que muito prontamente concederam a solicitada entrevista. O jornal pretende uma entrevista generalista, falando de diversos temas sobre o Concelho de Sintra, áreas verdes, escolas, redes viárias, cultura, desporto, etc. … nós não pretendemos um comentário sobre o Orçamento de Estado, pretendemos uma entrevista para encerrar um ciclo de entrevistas programadas pela redacção do jornal. Venho reiterar novamente a solicitação de entrevista com o Sr. Presidente, pedida desde o dia 20 de Agosto.” Já há algum tempo que temos sentido algumas dificuldades com a CM Sintra, tanto ao nível de press releases noticiosos como de publicidade. Alguma das Juntas de Freguesia daquele concelho foram “perfeitamente correctas” quando, na época Natalícia, lhes pedimos um anúncio e nos informaram que não colocariam publicidade em jornais que têm sede fora do Concelho, apenas nos jornais do Concelho de Sintra. Se os munícipes dos concelhos de Oeiras, Amadora e Cascais não têm direito a saber o que se passa socialmente, culturalmente ou desportivamente no concelho de Sintra, depreendo que ou os eventos são divulgados, através das notícias, gratuitamente, ou são só para os habitantes do concelho de Sintra, já que esta informação não chega aos outros municípios, pois o jornal O Correio da Linha é o único que abrange o concelho de Sintra e os outros três concelhos. Mas a Câmara tem outro “método” para quando lhe é solicitada publicidade pois diz sempre que o despacho está nas mãos do Sr. Presidente e é interessante verificar que no Natal do ano de 2009 foi solicitada uma inserção publicitária no dia 22 de Novembro e, depois de repetidos telefonemas, no dia 17 de Dezembro, no fecho de edição, fomos informados que estava para despacho em cima da secretária do Sr. Presidente. Curiosamente, nesse mesmo dia, os outros jornais do concelho de Sintra saíram para as bancas com as Boas Festas da autarquia. Não seria mais elegante informar logo que o jornal que se distribuiu também pelos leitores de Sintra não merecem receber as Boas Festas da C.M. de Sintra e, logo ao dia 7 de Janeiro, novamente todos os jornais de Sintra saem com uma página de publicidade onde o Sr. Presidente deseja um excelente Dia de Reis. Todas as publicações do Concelho de Sintra são semanais ou quinzenais e em todos os números que se publicam existe sempre uma página de publicidade, até os pequenos editais são inseridos numa foto da C.M. de Sintra, em que 3/4 de página é foto e 1/4 é o Edital. O Correio da Linha tem perdido em termos de publicidade com o Sr. Presidente Fernando Seara mas, nem por isso, deixa de honrar seus compromissos, divulgando as colectividades, as associações e as empresas do concelho, destacando o muito que o Concelho de Sintra tem de belo e valioso. Quanto à entrevista, caros leitores, lamento informar mas todos os Presidentes de Câmara a quem antes foi solicitada, sempre se disponibilizaram, dando um pouco do seu tempo havendo até quem abdicasse de um dia de férias, como foi o caso do Presidente da C.M. da Amadora, para nos conceder a entrevista solicitada. Mas como o nosso Presidente Fernando Seabra não tem disponibilidade até à apresentação do Orçamento de Estado, não poderemos divulgar pelos nossos leitores o que o Executivo de Sintra tem feito e o que falta fazer para melhorar o Concelho. Assim sendo, deduzo que o Sr. Presidente Seara nada tenha para divulgar, pois o jornal existe há 21 anos pautando a sua existência pelo rigor e isenção informativa. Não pretendo colocar a foice em seara alheia mas lamento que o Sr. Presidente Seara tenha outros afazeres mais importantes do que dizer aos seus munícipes o que se passa no seu concelho. Mas se não quer… Sexo com gargalhadas no TIO O Teatro Independente de Oeiras (TIO) está a levar a cena até ao dia 27 de Novembro (todas as quintas, sextas e sábados às 21h30) a peça «Sexo? Sim, obrigada!», de Dario Fo e Franca Rame, com encenação de Carlos d´Almeida Ribeiro. Patrícia Adão Marques e Rita Frazão são as duas actrizes que dão corpo e voz a esta comédia sem preconceitos, que aborda temas tão distintos como Adão e Eva, menstruação, virgindade ou orgasmos. Num ambiente misterioso e minimalista, trava-se uma conversa descontraída sobre a sexualidade, os medos, as inseguranças, as dúvidas ou as especulações de duas mulheres. Um espectáculo útil e interessante para qualquer idade, cultura ou religião, onde duas actrizes se desdobram em várias personagens, com a ajuda de pouco mais que o seu corpo, a sua voz e… um andaime… para trazer à ribalta assuntos polémicos, mas que fazem parte da vida de qualquer ser humano. O sexo é natural e indispensável ao ser humano. O amor também. Poderão existir um sem o outro? Em exclusivo ao jornal O Correio da Linha, o encenador e director do TIO, Carlos d´Almeida Ribeiro, salientou que a receptividade desta divertida peça “tem sido muito boa, com belíssimas referências à encenação e ao trabalho das duas actrizes. As pessoas que vêm ver este espectáculo já vêm com os sentidos aguçados pelo facto de estarem habituadas a assistir a espectáculos hilariantes e de grandes momentos de comédia. Embora esta peça não se enquadre totalmente nesses parâmetros, a verdade é que o publico gosta e diverte-se, sendo que o tema também ajuda à festa”, justifica. Em jeito de brincadeira, o encenador sugere que “ninguém deve perder o sexo ou a oportunidade de ter sexo por tão baixo custo. E mais: o sexo está esgotado. Há que arranjar formas alternativas de falar das coisas. E esta é uma bem agradável e descontraída maneira de lidar com assuntos tabus e muitas vezes complicados. E desenganem-se os mais atrevidos: o tema Restaurante ainda é mesmo tabu para muitos. Além do mais ajudará muitos professores e pais a fazer-lhes o trabalhinho de casa. Venham ver e ficam com a lição dada”, refere, bem-disposto. Faltam ainda dois meses até cair definitivamente o pano sobre a peça protagonizada por Patrícia Adão Marques e Rita Frazão mas estão já em marcha novas ideias e novos projectos para substituir esta produção. Para já, começaram os ensaios de uma peça infantil musicada para estrear em Dezembro e em Março estreia a super comedia “Noises Of” (pouco Barulho) – a grande produção de 2011. Entretanto, arrancou também no passado dia 17 de Setembro a segunda edição do Workshop para crianças dos 6 aos 12 anos, que decorre aos sábados no Espaço TIO, das 10h00 às 13h00, e que conta com uma apresentação final. De salientar ainda que o TIO começou também a dar aulas de teatro na Oeiras Internacional School, projecto que culminará com a apresentação de um espectáculo no final do ano lectivo. Finalmente, no dia 4 de Outubro terá inicio um workshop de seis meses alargado a todos quantos queiram cimentar conhecimentos na área do teatro. É destinado a pessoas com idades superiores a 16 anos, podendo os interessados obter mais informações através do e-mail: tioworkshops@ gmail.com. Guimarães´s Um restaurante Brasileiro no centro de Oeiras • Venha saborear a verdadeira Feijoada à Brasileira aos Sábados acompanhado por uma saborosa e fresquinha Caipirinha mas também a saborosa Moqueca de Peixe com Gambas, Picanha Brasileira Fatiada, Caril de Gambas e Bacalhau à Moda do Porto e o saboroso e especial Doce da Casa – Serradura e outras diversas especialidades • Excelente carta de vinhos • Parque de Estacionamento Gratuito • Acessos e WC para deficientes • Condições especiais para jantares de grupo • Encerra ao Domingo * Director Yoga em Monte Abraão A Junta de Freguesia de Monte Abraão está a promover aulas gratuitas de Yoga no Centro Shotokai de Queluz (Av. D. António Correia de Sá, 13) todas as terças e quintas-feiras entre as 17h00 e as 18h00. Para aceder a estas aulas os interessados terão, no entanto, de preencher uma ficha de inscrição e pagar 10 euros pelo cartão de acesso, 13 euros pelo seguro desportivo anual e 8,40 euros de quota de sócio anual. Os interessados poderão efectuar a sua inscrição contactando os serviços da Junta de Freguesia de Monte Abraão através do endereço de e-mail: [email protected] ou do número de telefone 214374645. “O prazer de comer bem...” Atendimento de qualidade, ambiente acolhedor e óptima gastronomia. Restaurante Guimarães´s Avenida Copacabana, n.º 3 • 2780-027 Oeiras Tel. 21 605 77 93 | [email protected] Entrevista 27 Setembro 2010 • Texto: Pedro Quaresma • Fotos: J.R. e Luís Lopes António Barbosa de Oliveira “Os Queluzenses vêem a Freguesia transformar-se e a melhorar” Numa altura em que o seu último mandato enquanto presidente da Junta de Freguesia de Queluz vai sensivelmente a meio, António Barbosa de Oliveira continua a pugnar por mais e melhores investimentos por parte da Câmara Municipal de Sintra na «sua» freguesia. O reestruturação do mercado e a construção de um novo centro de saúde continua a ser ambições do autarca que, face aos constrangimentos financeiros sentidos pela Junta, tem apostado mais numa política de proximidade em que o objectivo primordial é dar cada vez mais conforto aos moradores e comerciantes da freguesia de Queluz. Um cuidado especial para o lazer O Correio da Linha (C.L.) - O ano de 2010 tem sido benéfico para a freguesia de Queluz? António Barbosa de Oliveira (A.B.O.) Benéfico não diria porque também estamos a viver a crise financeira que, aliada a alguns problemas que temos vindo a sentir ao nível das transferências de dinheiros da Câmara para a Junta, não temos tido grande disponibilidade para fazer obras de vulto como tivemos no passado. No entanto, o nosso pessoal continua na rua a fazer locais para os contentores novos e a preencher os antigos, pintura de muros, manutenção de espaços verdes, colocação de pilaretes, tapar buracos, etc. São estas pequenas obras que temos vindo a levar a cabo, não têm a dimensão daquelas a que as pessoas estavam habituadas mas, ainda assim, os queluzenses vêem a freguesia a transformar-se e a melhorar. Em todo o caso, Queluz foi alvo de uma grande obra em 2009, que acabou em Abril de 2010, que foi a requalificação da Avenida Miguel Bombarda, onde a autarquia investiu cerca de 2 milhões de euros. C.L. - Em que medida essa intervenção veio ajudar a população? A.B.O. - É uma obra excelente, que os queluzenses receberam mal no início mas que agora já dizem que valeu a pena porque a avenida está muito bonita, há até quem a compare com a Avenida da Liberdade. Espero que este seja o início da requalificação de muitas ruas de Queluz pois ainda há várias a precisar de intervenção. No projecto que temos para a recuperação da freguesia apontamos a existência de diversas ruas, entre as quais a Elias Garcia que é, para nós, a pior rua de Queluz. Há também outras que terão de ser alvo de várias intervenções, nomeadamente a implantação da rede pluvial e doméstica. Temos ainda a conclusão da Avenida da República, artéria que foi parcialmente requalificada há cerca de quatro anos mas que falta ainda terminar desde a zona do Jardim até ao Palácio de Queluz. Trata-se de uma obra bastante necessária porque urge resolver o problema do saneamento básico na freguesia porque como não há separação entre pluvial e doméstico. Como tal, há alturas em que as pessoas estão aqui no jardim e são afectadas pelo cheiro dos efluentes domésticos que correm todos no mesmo canal. C.L. - Perspectiva que nos próximos meses vá continuar com essa política de proximidade? A.B.O. - A Junta de Freguesia irá sempre assegurar estas obras mais pequenas mas que acabam por ser tão grandes quanto as outras na medida em que permitem um maior conforto às pessoas que moram naquele local. Quanto às obras de grande dimensão teremos que esperar que a Câmara se lembre de nós pois é ela que tem o dinheiro. C.L. - Que obras ainda estão, por enquanto, apenas no papel? A.B.O. - Uma das obras é a recuperação do mercado, que é um projecto que já tem 7/8 anos e que nunca mais vê a luz do dia. Espero que no próximo ano haja finalmente novidades de forma a começar a obra. Outra obra essencial é o Centro de Saúde, que também é reclamado há muito, e espero que também no próximo ano possa haver novidades a propósito desse assunto. C.L. - No início falou de dificuldades na transferência das verbas da autarquia para a Junta. Pode especificar? A.B.O. - Temos estabelecidos alguns protocolos de descentralização administrativa em que prestamos um serviço à Câmara que, por sua vez, nos paga para prestar esse serviço. Poupamos muito dinheiro à câmara e temos consciência que a nossa freguesia está muito melhor tratada do que se não houvesse estes protocolos. A autarquia ainda não nos deu a verba que nos deveria ter transferido em 2009 para manutenção dos cinco parques infantis da freguesia mas nem por isso deixamos de os ter devidamente tratados. Remodelámos todos os nossos parques infantis em 2009 e 2010, só o do Parque Felício Loureiro custou-nos 40 mil euros quando a verba que a autarquia transfere é de 30 mil euros anuais para manter os cinco parques infantis, verba essa que, relativamente a 2009, ainda não nos chegou. C.L. - Verbas que seguramente farão muita falta à Junta de Queluz... A.B.O. - A Junta de Belas entregou a gestão dos parques infantis à câmara por não ter dinheiro para fazer a sua recuperação. Hoje estão todos desactivados mas, em Queluz, não deixámos que isso acontecesse pois temos feito um esforço para manter os equipamentos à disposição da população. Com o nosso pessoal ou com empresas especializadas, fomos sempre fazendo a manutenção necessária para manter os parques infantis abertos e sem problemas. C.L. - Esse atraso na transferência de verbas é residual ou também se verifica noutras áreas? A.B.O. - Chamar-lhe-ia residual se em Janeiro ou Fevereiro recebesse a anuidade mas uma vez que essas verbas deveriam ser pagas em duas tranches por ano e ainda não tenho a primeira nem a segunda só posso concluir que terá sido por gestão de recursos financeiros. Como tal, não me parece que seja uma questão pontual mas mais de filosofia da Câmara. Se todos os presidentes de Junta do concelho entregassem à Câmara os parques infantis por falta de liquidação das verbas acordadas o concelho de Sintra ficaria quase sem parques infantis capazes de estarem abertos e a larga maioria estaria fechado. Felizmente, a fiscalização da autarquia passou pela freguesia no passado mês de Julho e dos cinco parques apenas dois apresentavam pequenas anomalias que foram solucionadas nessa mesma semana. C.L. - Dizia que as Juntas poupam muito dinheiro à Câmara através das obras realizadas ao abrigo da delegação de competências. Gostaria de ter mais competências afectas a si? A.B.O. - Acho, sinceramente, que as Juntas poderiam fazer muito mais, sendo isso melhor para a Câmara e para as Juntas de Freguesia. Se nos fosse atribuída a competência de receber a publicidade, por exemplo, os proprietários de estabelecimentos comerciais que tivessem os toldos ou os painéis electrónicos de forma ilegal acabariam por resolver essas situações muito mais rapidamente. Quem não o fizesse seria alvo da respectiva coima e isso traria receitas, tanto para a Câmara como para a Junta. Gostaríamos de ter também os mercados centralizados, tal como as escolas a quem gostaríamos de fazer pequenas obras de manutenção, tudo isso seriam fontes de receita que nos fariam estar mais próximos da população. Por esse motivo, entendo que a actual lei deveria ser revista e corrigida em alguns pontos de modo a que as Juntas de Freguesia ficassem com mais competências, que em nada prejudicaria as Câmaras Municipais pois só lhes facilitava a vida... e a nós também. Recebo diariamente cinco/seis reclamações de ruas que estão mal varridas em Queluz e em relação a essa situação não posso fazer nada porque não tenha essa competência. C.L. - O aumento de competências não implicaria um reforço do pessoal da Junta? A.B.O. - É evidente que se tivesse a fiscalização dos mercados ou a questão das publicidades dos estabelecimentos comerciais teria que ter um fiscal para realizar esse trabalho mas poderia perfeitamente transitar uma pessoa da Câmara para a Junta para fazer esse trabalho ou então colocávamos uma pessoa nova. C.L. - A que se deve a centralização de poderes na autarquia? A.B.O. - É uma questão de a Lei atribuir às Câmaras todas as competências e as Juntas se limitarem a passar atestados. Houve uma altura em que a Lei nem sequer permitia a possibilidade de se descentralizarem poderes, mais tarde a Lei veio permitir a realização de acordos entre Câmaras e Juntas em algumas actividades mas aí já depende das autarquias a extensão dos acordos. Em Sintra, o Dr. Fernando Seara limi- tou-se a manter a descentralização que a Dra. Edite Estrela deixou, ao contrário do que acontece no município da Amadora onde os presidentes têm a cargo do pessoal da Junta vários trabalhos no terreno, nomeadamente a varrição, a gestão dos cemitérios ou a fiscalização de publicidade, por exemplo. C.L. - A população consegue distinguir o que é competência da Junta do que é competência da autarquia? A.B.O. - Para a população o presidente da Junta é que tem culpa de tudo! [risos] Mesmo se há barulho à noite num café a culpa é minha porque o café não fechou a tempo e horas e a polícia não foi lá. Mesmo que eu diga que esses assuntos não são da nossa competência mas que, ainda assim, vamos avisar as autoridades competentes para agir, há quem nos acuse que só nas eleições é que prometemos tudo e que depois não cumprimos nada. Eu não prometo nada a ninguém se não puder cumprir. C.L. - Uma obra de vulto que está a surgir em Queluz é a Escola Secundária Padre Alberto Neto (ESPAN) que surge agora totalmente remodelada... A.B.O. - A remodelação da ESPAN é uma obra do Governo que custa cerca de 20 milhões de euros. Trata-se de uma escola completamente nova relativamente ao que lá existia, nada ficou igual. Não tínhamos um pavilhão gimnodesportivo em condições e iremos tê-lo agora, aberto à população, vamos também ter um anfiteatro para cerca de 300 pessoas, igualmente aberto à população, e tudo isto num equipamento escolar com salas de aulas totalmente equipadas e com uma biblioteca muito melhor apetrechada, é uma escola que nos deixa muito orgulhosos porque é, seguramente, uma das melhores do país. Já a escola primária é da competência da Câmara, que ali irá investir A parte cultural é importante... Entrevista 27 Setembro 2010 cerca de 1,5 milhões de euros para fazer 17 salas de aula, remodelar o refeitório e as instalações naquele que também será um excelente benefício para a comunidade escolar da freguesia. Nessa área devo dizer que Queluz está bastante bem servida, até porque as outras duas escolas que existem no nosso território também foram remodeladas há relativamente pouco tempo. C.L. - Queluz é uma freguesia conhecida também pelas suas actividades desportivas... A.B.O. - Exacto, ainda recentemente promovemos o Grande Prémio de Queluz em atletismo, sendo que apoiamos também algumas associações desportivas, assim como culturais. Pela primeira vez, fizemos este ano as comemorações de Queluz a cidade em parceria com as outras duas Juntas de Freguesia (Massamá e Monte Abraão), foi uma iniciativa fantástica que durou toda a tarde de forma ininterrupta e à qual as pessoas aderiram em massa. C.L. - Falou da vertente cultural, é frequente ocorrerem em Queluz concertos, exposições e outras actividades de âmbito cultural? A.B.O. - Sem dúvida, para ter uma ideia, entre 25 de Abril e 31 de Julho não tive um único fim-de-semana livre pois tive que andar sempre nos eventos promovidos, quer pelas associações da “As pessoas gostam de viver aqui” freguesia, quer realizados pela Junta, que também foram muitos, alguns dos quais em parceria com a Câmara. A título de exemplo, ainda recentemente promovemos a Feira do Livro bem como a SintrArtes ou a Feira Setecentista, tem havido exposições assim como bailes para os seniores, também temos reuni- ...assim como a prática desportiva do com a DECO no sentido de mostrar às pessoas como se podem ver livres de vendas agressivas, acção que voltará a ocorrer em Outubro, iremos também realizar uma peça de teatro ao ar livre e iremos promover uma gincana infantil no dia 26 de Setembro no Jardim Conde Almeida Araújo. Não posso deixar de referir ainda duas sessões de esclarecimento para poupança de energia e de água que organizámos, assim como as intervenções da PSP junto da população mais idosa para os ajudar a prevenir dos ladrões. Aproveito ainda para dar uma novidade que é a possibilidade de em breve realizar em Queluz um Festival de Moda promovido em parceria com dois estilistas nacionalmente conhecidos. C.L. - Em termos ambientais, os canídeos e os pombos continuam a ser dois focos de problemas para esta Junta de Freguesia... A.B.O. - Quando teve lugar a acção «Limpar Portugal», a Junta de Freguesia de Queluz ajudou a população a carregar perto de 40 toneladas de entulho para vazadouro. Felizmente, a esse nível a freguesia não está muito mal mas tudo o que diz respeito a dejectos caninos e a alimentação de pombos é um problema que não tenho conseguido resolver. Todos os nossos boletins têm na capa ou na contra-capa informação relativa a essa situação e aquilo que tenho recebido são cartas anónimas de pessoas que dizem que não sou amigo dos animais. Há quem confunda as coisas, não é uma questão de não ser amigo dos animais, algumas pessoas não são é amigas dos seus semelhantes porque tanto uma situação como a outra é transmissora de doenças. C.L. – Em termos sociais, que programas estão previstos nesta área? A.B.O. - Na área social trabalhamos em rede com várias entidades da freguesia, nomeadamente a Associação de Reformados, o Centro de Saúde, a Cruz Vermelha e a Igreja. Não fazemos com que as pessoas deixem de ter problemas QueluzTur Agência de Viagens e Turismo SANTIAGO DE COMPOSTELA E FESTIVAL DE MARISCO NA GALIZA 2, 3 e 4 de Outubro de 2010 FEIRA DO “MONTADO” em PORTEL 27 e 29 de Novembro de 2010 ALMOÇO MEDIEVAL NO CASTELO DE OURÉM 8 de Dezembro de 2010 Av. 25 de Abril, Lote 160 C - MASSAMÁ - 2745-809 QUELUZ Telef. 21 430 08 59/60 - Fax: 21 437 12 66 · Telem. 91 8669602 · 96 3605724 e-mail: [email protected]• web site: www.queluztur.pt • alvará 808/96 DGT v i a j e c o n n o s c o mas ajudamos a minimizá-los. Na época do Natal, gastamos algum dinheiro para fazermos a entrega de cem cabazes a pessoas mais necessitadas. Essa iniciativa aconteceu no ano passado em plena crise e voltará a acontecer este ano. Além disso, estas associações têm um programa alimentar em que vão dando ajuda alimentar às pessoas necessitadas. Paralelamente, fazemos na junta atendimento social, reencaminhando as pessoas para a Segurança Social, para o Hospital para a PSP ou qualquer outra entidade, para que as pessoas consigam resolver os seus problemas. C.L. - Em termos globais, como cataloga a freguesia de Queluz actualmente? A.B.O. - Por muitos defeitos que esta freguesia tenha, Queluz tem uma marca que não nos deixa abandonar esta terra, as pessoas gostam de aqui viver. E dentro dessa perspectiva, a minha actuação vai no sentido de ir minorando ou resolvendo os problemas das pessoas. O meu projecto está a demorar mais anos do que eu previa porque os investimentos da autarquia nesta freguesia não têm sido os que eu esperava mas vamos continuar a lutar sobre isso, resolvendo os problemas dos cidadãos de Cozinha Portuguesa Brasileira • Africana Diariamente Muamba com Funge (típico de Angola) e Cachupa Queluz. Sendo este o meu último mandato, gostaria que grande parte destas obras de requalificação urbana ficassem ou em obra ou concluídas. C.L. - Está preparado para ser unicamente um cidadão de Queluz? A.B.O. - Já no mandato passado ponderei não me candidatar mas depois o meu partido entendeu que eu deveria fazer um último mandato e recandidatei-me, uma vez mais. Digo-lhe, com franqueza, que não tenho qualquer problema em deixar de ser presidente de junta porque sempre trabalhei muito, estou sempre activo e acredito que, se não abraçar mais nenhum projecto de serviço público no futuro, irei seguramente ser voluntário numa associação pois acredito que tenho o know-how necessário para ser útil e ajudar quem efectivamente precisa. C.L. - E, seguramente, desfrutar da freguesia que ajudou a crescer... A.B.O. - Espero que sim. O pior que poderia acontecer era que Queluz parasse e não concluísse aquele que era o nosso programa. De qualquer forma, se vir a freguesia com vida e a concretizar tudo aquilo que para ela estava projectado serei o primeiro a parabenizar quem cá estiver nessa altura. Agora a nossa especialidade Frango da Guia com os nossos especiais 7 molhos para acompanhamento Sábados e Domingos servimos o melhor cozido à Portuguesa do Mundo ENTRADAS • Cogumelos Frescos Recheados no Forno; Mexilhão e Polvo em Vinagrete; Carne de Coentrada; Ovos de Codorniz; Ovas; Recheio de Sapateira; Pão de Queijo e... PRATOS ESPECIAIS • Picanha da Argentina ao alho; Espeto de Rodizio; Matança; Tábua Terra Mar; Caril de Amendoim com Gambas; Camarão com Molho de Manga; Camarão da Preta; Bacalhau na Telha SOBREMESAS • São todas caseiras como a Negra Maluca Branca; Crepes Recheados; Fondue de Chocolate • Venha saborear as nossas famosas Sangrias (Branco, Tinto e de Espumante) e as Caipirinhas além de uma excelente garrafeira • Montra de Peixe Fresco Av. Azedo Gneco, Lote 61, Loja B | (Junto à Igreja de Massamá) w w w. r e s t a u r a n t e e s t r e l a d o b i c o . c o m Segurança 27 Setembro 2010 • Texto: Pedro Quaresma • Fotos: J.R. e PIPP Queluz PSP de Queluz aposta num policiamento de proximidade Alguns dos elementos que integram o PIPP A esquadra da PSP de Queluz implementou há cerca de ano e meio um inovador Programa Integrado de Policiamento de Proximidade (PIPP) que mais não é que um modelo de policiamento de apoio aos residentes de Queluz e Monte Abraão, nomeadamente comerciantes e idosos daquelas duas freguesias que agora têm um acompanhamento policial mais próximo. O jornal O Correio da Linha falou com o Comandante da Esquadra de Queluz Subcomissário Nuno Almeida, e com o seu Adjunto, Fortunato Condeça, que nos deram a conhecer os números que fazem deste um programa de sucesso em Queluz. Foi a 16 de Fevereiro de 2009 que arrancou na Esquadra de Queluz o PIPP, um novo projecto de policiamento da PSP que começou apenas com cinco elementos (um chefe e quatro agentes) mas que entretanto foi sendo estendido a mais unidades. O ano de 2010 marcou o funcionamento em pleno do PIPP e a consolidação deste modelo. Actualmente, o PIPP tem um coordenador (o próprio Subcomissário Nuno Almeida), dois supervisores (Chefe Gaspar e Chefe Miguel) e 12 elementos divididos em equipas de dois elementos, que são as chamadas EPAV´s (Equipas de Proximidade e Apoio à Vitima). Este programa inclui ainda as EPES´s (Equipas do Programa Escola Segura), onde o Comandante vai procurar inovar: “Neste mês de Setembro arrancou novamente o programa Escola Segura e decidi constituir duas equipas com dois elementos, ao contrário do que se tem visto até à data em que havia apenas um elemento por equipa”, adianta. O PIPP é um programa diário, em que os elementos policiais intervenientes fazem um patrulhamento de proximidade pelo território de Queluz e Monte Abraão, dividido por oito sectores: “É um modelo planeado dia-a-dia, apoiado em análise contínua da realidade social e criminal, que representa uma abordagem multidisciplinar que não se esgota no agente e que envolve a participação da PSP nas redes sociais e na prossecução de diversos projectos, Chefe Condeça, no debate com a população sendo por isso um modelo abrangente cuja finalidade é contactar com os comerciantes, com vítimas de violência doméstica, de crimes violentos como roubo por esticão, mas também apoiar os idosos ajudando-os e acompanhando-os, por exemplo, quando vão levantar a sua reforma”, explica-nos o Subcomissário Nuno Almeida. Desta forma, pretende dar um apoio diferente aos comerciantes, à população mais idosa e às vítimas de violência doméstica. “Normalmente a pessoa está ha- bituada a solicitar a comparência da polícia depois de ter sido vítima de crime. O agente toma nota do que se passou para depois dar conhecimento ao tribunal. Nós queremos agora ir um pouco mais além, prestando algum apoio à vítima no período pós-vitimização”, destaca Fortunato Condeça. O Adjunto tem sido, aliás, desde o início, um dos principais impulsionadores do PIPP em Queluz, sendo também ele o responsável pela implementação do programa nesta esquadra, numa altura em que Nuno Almeida não era ainda Comandante: “Este programa teve a sua génese em Inglaterra através do chamado «polícia do bairro», que era uma pessoa estimada e conhecida pelos residentes e trouxemos essa experiência para Portugal e para Queluz para que as pessoas conhecessem o elemento que faz serviço na sua zona. Não conhecessem o polícia apenas enquanto elemento que veste uma farda azul mas também o polícia que tem um nome, que está ali todos os dias e que podem contar com ele sempre que necessitarem”, esclarece Fortunato Condeça. Dividido por sectores, o PIPP de Queluz é constituído por três equipas permanentes para o turno da manhã e outras três equipas para o turno da tarde/noite. “O objectivo é assegurar que haja sempre uma equipa em Monte Abraão, outra equipa em Queluz e uma terceira equipa no Pendão mas giratória, ou seja, que tanto é capaz de andar pelo Pendão como pela parte velha de Queluz ou por outro sector de Monte Abraão”, revela o Subcomissário. O sucesso do programa tem justificado o seu crescimento, nomeadamente no que diz respeito ao número de elementos afectos a ele, sendo hoje em dia uma grande aposta do actual Comandante desde que este assumiu o cargo, a 20 de Abril de 2009: “A Divisão havia desafiado todas as esquadras para implementarem o PIPP e decidi apostar em força neste novo programa, com um efectivo significativo, deixando o mínimo indispensável para as ocorrências”, justifica o Comandante. Actualmente há muitos programas que são absorvidos pelo PIPP mas é importante, ainda assim, assegurar uma gestão equilibrada dos meios humanos para que outros serviços não apresentem défices que depois originem problemas difíceis de solucionar: “Conseguimos garantir os serviços mínimos e temos sempre um carro patrulha disponível para a chamada «actuação de repressão». Temos depois os habituais serviços de esquadra, secretaria e notificações mas focamos a nossa atenção no PIPP pois o nosso objectivo primordial é satisfazer a comunidade e mostrar os polícias à população, privilegiando o contacto entre o agente e o cidadão. É importante que a polícia esteja visível, que as pessoas vejam as viaturas a circular, que vejam o polícia na rua para que assim sintam que estamos próximos. Quando alguém com más intenções vê um elemento fardado fazer a sua ronda fica intimidado e, pelo menos, percebe que naquele momento já não pode fazer nada”, opina Nuno Almeida. Os seniores são o público-alvo preferencial deste programa, pelo que não Sub-Comissário Nuno Almeida, comandante da esquadra de Queluz é de estranhar as diversas acções de sensibilização que a PSP de Queluz já promoveu nas duas freguesias, nomeadamente na Associação de Reformados de Monte Abraão mas também no Centro de Convívio de Monte Abraão, Associação de Reformados e Pensionistas de Queluz, Centro Social da Sagrada Família, Universidade Sénior de Queluz e Assembleia de Deus de Queluz. Explica-nos o Comandante que “os seniores estão mais vulneráveis aos actos criminosos, nomeadamente agora que Queluz tem assistido a uma O PIPP está atento e apoia o cidadão... Restaurante Churrasqueira S TA L L O N E Ambiente Acolhedor Ar Condicionado Especialidades: Peixes e Carnes grelhados no carvão Somos uma empresa com 17 anos de existência virada R. Padre Alberto Neto para a comercialização de viaturas semi-novas e usadas. 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Também os cidadãos podem e devem ter uma atitude preventiva e dialogante com a PSP, alertando os agentes para qualquer anomalia que lhes chame a atenção: “Nós, polícia, queremos ajudar as pessoas mas é importante que elas também nos ajudem a nós. Ninguém melhor que o residente conhece a sua zona e se conseguir transmitir ao agente certas situações que vão acontecendo e que não são normais nós também vamos tratando esse tipo de situações e prevenindo possíveis problemas que possam ocorrer naquela zona”, confirma o Adjunto Fortunato Condeça. O «braço-direito» do Subcomissário defende também que os munícipes saga de roubos a fios e pulseiras de ouro. Continua a haver um certo facilitismo por parte de alguns cidadãos que insistem em mostrar o seu fio de ouro mas tentamos sensibilizar estas pessoas para terem mais cuidado”, salienta. Para o sucesso deste programa muito tem contribuído “o bom trabalho de parceria que tem sido realizado com as Juntas de Freguesia de Monte Abraão e Queluz” que, entre outros apoios ao projecto, “disponibilizaram dois telefones directos, um cedido pela Junta de Freguesia de Monte Abraão e outro pela Junta de Freguesia de Queluz, para as equipas que patrulham as áreas daquelas duas freguesias chegarem mais rapidamente ao local”, agradece o Comandante da Esquadra de Queluz. Segundo Nuno Almeida, a implementação do PIPP está na base da grande redução no número de ocorrências apresentadas nesta esquadra: “Se compararmos a criminalidade Uma plateia presente nos debates que ouve os conselhos de Queluz e Monte Abraão devem ter uma maior acção de responsabilidade sobre si próprios, evitando desleixos que podem originar furtos ou roubos: “É importante que as pessoas sejam mais interventivas e, acima de tudo, que sejam mais solidárias com o próximo. Recordome de uma queixa em que uma senhora chorava desalmadamente à minha frente porque tinha sido assaltada junto à estação de Queluz-Monte Abraão, numa zona de passagem, com paragem de autocarros e muitas pessoas que vão apanhar o comboio. A senhora foi assaltada por dois indivíduos que passaram numa mota, puxaram-lhe a mala e a senhora caiu e ficou sem a mala. Quando veio fazer a queixa, ela chorava mas não era de tristeza pelo que perdera mas sim de raiva por ninguém ter ido ter com ela perguntarlhe se estava bem ou se precisava de ir ao hospital”, exemplifica. Uma das críticas que actualmente mais se ouve quando se fala de Segurança em Portugal é o excesso de proteccionismo que é dado aos meliantes e as dificuldades processuais para deter alguém, mesmo que seja apanhado a cometer um delito em flagrante. Tais dificuldades poderão desmoralizar a classe policial mas tanto o Subcomissário Nuno Almeida como o Adjunto Fortunato Condeça desdramatizam a situação: “Há pessoas que nos perguntam se não esmorecemos quando levamos um indivíduo a tribunal e ele sai de lá mais depressa do que nós mas essa não me parece ser a questão ... e apresenta visibilidade na rua fulcral. É importante que a população confie na sua polícia porque temos aqui excelentes profissionais, que se orgulham do trabalho que fazem e que gostam de ajudar as pessoas. É óbvio que vamos tendo algumas mágoas mas que nunca nos podem fazer esmorecer mas sim dar alento para as conseguir ultrapassar”, destaca o Adjunto, prontamente secundado pelo Comandante: “O mais importante é chegarmos a casa com a sensação de dever cumprido. É isso que move estes elementos, por vezes há situações em que detemos uma pessoa que depois acaba por ser libertada pelo tribunal mas pelo menos nós temos a sensação de que fizemos o que nos competia e devo dizer que estou muito orgulhoso do efectivo que tenho nesta esquadra porque são homens e mulheres que ainda trabalham por amor à camisola”, conclui Nuno Almeida. Património • Texto: Cláudia Silveira • Fotos: J.R. 27 Setembro 2010 Cozinha Velha e Pousada simbolos da realeza Destino de eleição da Família Real portuguesa na segunda metade do século XVIII, Queluz celebrizou-se pela edificação de um dos mais imponentes palácios reais existentes em Portugal, o Palácio Nacional de Queluz, monumento que ainda nos nossos dias desempenha o estatuto de principal referente histórico da localidade. Nas suas imediações, dois equipamentos hoteleiros de reconhecida qualidade, ambos geridos pelas Pousadas de Portugal, encontram-se integrados e em perfeita harmonia com o conjunto monumental aí existente e contribuem significativamente para a sua preservação e valorização. Referimo-nos ao restaurante Cozinha Velha e à Pousada D. Maria I, cujo propósito é contribuir para o bem-estar dos visitantes que aqui se deslocam de forma a completar e enriquecer a descoberta deste espaço. A emergência de Queluz como residência da Família Real A ligação de Queluz à Família Real portuguesa remonta a meados do século XVII, quando D. João IV, por decreto datado de 11 de Agosto de 1654, instituiu a Sereníssima Casa do Infantado. Destinada a garantir o sustento e a autonomia aos filhos segundos dos monarcas portugueses, a nova casa senhorial veio a integrar um vasto património do qual fazia parte um casal em Queluz composto por um pavilhão de caça com terras, pomares e vinhas situados num vale fértil nas margens do rio Jamor, propriedade que havia sido confiscada, na sequência da Restauração de 1640 que veio pôr fim ao domínio filipino em Portugal, ao 1º Conde de Lumiares e 2º Marquês de Castelo Rodrigo, Manuel de Moura Corte Real, partidário da dinastia filipina. Em 1742, a Casa do Infantado, na qual estava já integrada a propriedade onde se viria a erguer o Palácio de Queluz, ficou na posse do quinto filho de D. João V e de D. Maria Ana de Áustria, o Infante D. Pedro Clemente Francisco José António, que viria a ser Rei de Portugal, subindo ao trono como D. Pedro III, em virtude do seu casamento, em 1760, com D. Maria I, filha de D. José I e, consequentemente, sua sobrinha. Possuidor de uma sensibilidade artística invulgar, a D. Pedro III se deve a edificação do actual Palácio, iniciada em 1747 e que se prolongaria por cerca de cinquenta anos. Durante esse extenso período temporal, foram constantes as transformações verificadas no edifício, que se foi adaptando sucessivamente às novas necessidades. Dessa forma, a partir de 1794, devido a um incêndio ocorrido no Palácio da Ajuda, o Palácio de Queluz passou a Pedro Marques, responsável da unidade, Rogério Carvalho, chefe de sala da Cozinha Velha e Ricardo Santos, director regional das Pousadas de Portugal ser a residência permanente da Família Real portuguesa, o que viria a exigir novas intervenções arquitectónicas. Tendo o príncipe D. João assumido o governo do Reino devido à demência de sua mãe, a Rainha D. Maria I, a ele se ficaria a dever a construção de diversos edifícios fronteiros ao Palácio de Queluz, dotados com fachada para o largo, entre os quais se destacam o edifício da Torre dos Sinos e do Relógio, actual Pousada D. Maria I, e o Palacete da Arcada, onde hoje se encontra instalado o Regimento de Artilharia Antiaérea nº 1 (RAAA1). De facto, o projecto de intervenção então aprovado previa a edificação, no lado oposto ao actual palácio, de um edifício que lhe era simétrico e que fecharia a praça. Contudo, volvidos poucos anos, em 1807, ocorreu a invasão do País pelos exércitos napoleónicos, o que conduziu à partida da Família Real portuguesa para o Brasil, provocando a interrupção dos trabalhos em curso em Queluz. Assim, do projecto concebido para este espaço, apenas foi concretizada a construção do Palacete da Arcada e do edifício da Torre dos Sinos e do Relógio. A Torre dos Sinos transformou-se em pousada A Manuel Caetano de Sousa são atribuídos os projectos dos edifícios que se situam defronte do Palácio Nacional de Queluz, entre os quais o da Torre dos Sinos e do Relógio, que desde 1995 alberga a Pousada D. Maria I, gerida pelas Pousadas de Portugal. Além do projecto para a construção da Torre da Real Capela da Ajuda elaborado em 1792, cujo traçado se aproxima da obra executada em Queluz, o referido arquitecto havia colaborado, desde 1771, na construção da biblioteca do Palácio de Mafra. Tendo sido arquitecto da Casa do Infantado e arquitecto das Obras Públicas, viria a ficar também ligado a outras importantes obras edificadas sobretudo na região de Lisboa, nomeadamente a Igreja Paroquial da Encarnação, a Capela da Ordem Terceira do Carmo, a Capela do Palácio da Bemposta, a Igreja de São Domingos, o Palácio dos Duques de Palmela localizado na Praça do Brasil e uma escadaria monumental destinada ao Jardim Botânico. A Torre dos Sinos e do Relógio, edifício fronteiro ao Palácio de Queluz, destinava-se a servir como mantearia e ucharia do Paço, albergando igualmente as acomodações dos empregados que nele serviam. O edifício dispunha de uma capela, de um salão de teatro e de um picadeiro, aí se guardando os trajes de montar. A Torre foi dotada de um relógio executado por José Rodrigues Leitão e de um conjunto de 12 sinos, os quais começaram a funcionar em Julho de 1819, assinalando o nascimento no Brasil da Infanta D. Maria da Glória, futura Rainha D. Maria II. Apesar de em 1830 grande parte deste edifício ter sido destruída por um fogo, aí se viria posteriormente a instalar uma Enfermaria Veterinária. Já no século XX, o edifício da Torre dos Sinos e do Relógio viria a acolher, a partir de 1937, a Junta Central da Legião Por tuguesa e a Banda do Governo Militar de Lisboa. Na década de 1990, o edifício foi recuperado seguindo um projecto da autoria do arquitecto Carlos Manuel Ramos tendo em vista a sua adaptação a Pousada. No âmbito dessa intervenção, houve a preocupação de manter a traça e a volumetria originais do imóvel, embora conciliando a sua recuperação com as exigências pragmáticas de uma unidade hoteleira. Dessa forma, grande parte das paredes interiores foi demolida, exceptuando Património 27 Setembro 2010 A mesa de pedra é uma peça única as que integram o corpo da Torre e as do teatro, dotado com galeria superior. Recorrendo a materiais tradicionais e evocando a época original da sua construção, os interiores do imóvel foram valorizados com a introdução de motivos decorativos e de peças de mobiliário evocativos do final do século XVIII. Também o antigo teatrinho foi recuperado, dispondo de uma entrada independente da Pousada, podendo agora ser usufruído pela população de Queluz. Conforme referiu ao “Correio da Linha” o Director Regional das Pousada de Portugal, Ricardo Santos, trata-se de um equipamento propício à criação de sinergias com outras instituições locais, dado que tem caracte- O teatrinho é um espaço de cultura rísticas únicas e um grande potencial, adequando-se à apresentação de pequenas peças de teatro, à realização de recitais ou ao lançamento de livros, e a sua dinamização seria vantajosa tanto para a Pousada como para a população local, para a qual a sua existência é em muitos casos desconhecida. O Restaurante Cozinha Velha Entre as quarenta Pousadas de Portugal actualmente em funcionamento existe uma grande diversidade, uma vez que se encontram em diferentes zonas ge- ográficas, com atractivos distintos, instaladas em edifícios também eles diferentes entre si e dispondo de tipos de serviço próprios. No caso de Queluz, a Pousada D. Maria I, por enquanto a única localizada na região de Lisboa, tem o seu serviço complementado pelo restaurante Cozinha Velha, considerado emblemático na região de Lisboa, no qual se conservam diversas estruturas das antigas cozinhas do Palácio de Queluz, designadamente a sua imponente chaminé, fogões e demais apetrechos, bem como uma grande mesa constituída por uma única pedra de cantaria. A dinâmica aqui implementada é um dos segredos do sucesso da Cozinha Velha. Nesse âmbito, a partir de Ou tubro será disponibilizada uma nova carta que estará em vigor até Abril, cuja elaboração tem por base a rotatividade dos ciclos de Verão e de Inverno. Os pratos que integram o ciclo de Inverno são por norma mais elaborados e condimentados do que aqueles que constam do ciclo de Verão e que se encontrarão disponíveis de Maio a Setembro. Neste espaço ocorrem também e de forma regular acções pontuais, como a acção gastronómica dedicada à cozinha de Macau que se encontra programada para o próximo mês de Outubro, a qual será lançada na Cozinha Velha e terá posteriormente continuidade noutras unidades das Pousadas de Portugal. Paralelamente, a à seme lhança do que sucede noutros equipamentos hoteleiros do grupo, aí se dinamizam com regulari dade acções vínicas, no âmbito das quais se disponibilizam diversos menus elaborados consoante os vinhos apresentados. Num futuro próximo projecta-se ainda recuperar na Cozinha Velha as chamadas “confecções de sala”, o que consiste em confeccionar determinados pratos e sobremesas em frente ao cliente. Segundo testemunha Ricardo Santos, as pessoas têm normalmente a falsa ideia de que os restaurantes das Pousadas de Portugal se destinam a uma elite, o que na opinião do responsável não corresponde à verdade, uma vez que se verifica que hoje em dia os preços aí praticados são equivalentes aos de outros restaurantes afamados existentes na região de Lisboa. Acrescenta ainda que, pelas suas características, os restaurantes das Pousadas de Portugal são os espaços mais indicados para quem pretenda fazer a degustação de uma cozinha regional mantendo a tipicidade da sua apresentação, mas dispondo igualmente da chamada cozinha de autor, existindo a preocupação de recorrer aos produtos locais em cada região em que está inserida, assim contribuindo para o desenvolvimento da região em que se inserem. Na óptica do desenvolvimento local, Ricardo Santos Um espaço exterior de lazer destaca a importância assumida pelas Pousadas de Portugal na cidos relativamente aos envolvidos na criação de postos de trabalho e na pro- manutenção de outros edifícios que moção turística das regiões em que se tenham sido construídos de raiz para inserem, procurando sempre interagir empreendimentos turísticos. No encom as autarquias e instituições locais. tanto, a recuperação de edifícios como Em Queluz como noutras unidades do o da Torre dos Sinos e do Relógio ou grupo, existe a preocupação de manter o da Cozinha Velha tem efeitos positivivos os edifícios em que se encon- vos na satisfação dos clientes, uma vez tram instalados estes equipamentos que proporciona um contacto mais hoteleiros, contribuindo para a sua próximo com elementos importantes recuperação e preservação, ainda que do património, da história e da cultura esse propósito resulte em custos acres- portuguesas. Papelaria Estudantina • Livros Material escolar • Tabacaria • Livraria Rua dos Combatentes da Grande Guerra, 52A - 2745-094 QUELUZ - Tel/Fax. 214 353 511 CENTRO CLÍNICO - DENTÁRIO QUELUZ DE BAIXO 21 404 7210 - 96 975 7772 OCULISTA JOZEL As crianças precisam de cuidados especiais de visão Especialidades: Tentugal à Bica d´Azeite Bacalhau à Bica d´Azeite Delícia de Nata Nova Gerência Largo do Palácio, n.º 11 Queluz Tel. 21 435 40 27 site: www.bicadazeite.pt | email: [email protected] | twitter: @bicadazeite Encerra ao Domingo à noite e Segunda-Feira Armações e lentes das melhores e pretigiadas marcas Lentes progressivas a partir de 80e 10 Desporto 27 Setembro 2010 • Texto: Pedro Quaresma • Fotos: P.Q. e C.B.Q. Clube de Basket de Queluz De cesto em cesto até à vitória final Há cerca de dois anos uma cisão no seio do Clube Atlético de Queluz (CAQ) motivou o aparecimento do Queluz Escola de Basket (QEB), um novo projecto desportivo liderado por Hugo Martins, antigo jogador de basquetebol. A poucos dias de começar a nova época, o jornal O Correio da Linha foi ao encontro do fundador deste projecto, agora denominado de Clube Basket de Queluz (CBQ). que entretanto foi devidamente formalizado e legalizado. O entusiasmo inicial acabaria por rapidamente esfriar após uma reunião com a Câmara Municipal de Sintra que informou os responsáveis de que estava a assistir a uma saída massiva de pessoas que tinham abandonado o CAQ em choque com a gestão da altura, o que fazia com que a autarquia tivesse que falar com dezenas de interlocutores. Tentou-se então criar uma estrutura em que se fundissem algumas dessas vozes, por forma a reduzir o número de interlocutores. Na altura, já havia na cidade uma entidade criada desde 2006, o Clube Basket de Queluz, constituído essencialmente por um conjunto de atletas seniores que haviam saído do CAQ e que entretanto haviam ido jogar para divisões secundárias. Assim, CBQ, CAQ e QEB juntaram-se com o intuito de formar uma única entidade desportiva e imediatamente se chegou a uma conclusão: “Perce- Foi na companhia de Paulo Martins, Presidente do Conselho Fiscal do CBQ, que Hugo Martins nos recebeu no pavilhão da Escola Secundária Ruy Belo, em Monte Abraão, um dos locais desportivos onde decorrem os treinos das várias equipas do CBQ. No início deste mês de Setembro arrancou mais uma temporada para o CBQ, a terceira desde a sua fundação. Com efeito, o Clube Basket de Queluz surgiu no final da época 2008/2009, após uma reunião entre o anterior corpo técnico do CAQ e pais de jovens atletas que na altura representavam aquela instituição desportiva. “Pôs-se a hipótese de continuar dentro ou fora do CAQ e, dada a realidade que estava por detrás do clube, e perante as possibilidades que nos foram colocadas em cima da mesa, entendemos que teríamos a capacidade de, por nós, criar um clube de basket vocacionado unicamente para a formação”, começa por contar Paulo Martins. Da teoria à prática foi um pulo. Depois de driblados vários obstáculos, pais e jovens atletas lançaram-se à procura do desconhecido e o resultado final foi a criação do Queluz Escola de Basket, CBQ participou no 1º Torneio CIBA Artigos de criança dos 0 aos 14 anos Loja conceituada com artigos de referência nacional Brinquedos Schleich • Bw Kids • Tucha • Akrkids • Lilica Ripilica • Agatha Ruiz de la Prada • Nike • Levi’s Kids • Artigos da Disney Rua Gomes Freire, nº 29C • 2745-118 Queluz • Tel./Fax: 21 436 24 56 bemos que essa fusão tripartida não era viável porque tanto nós como o CBQ não partilhávamos da mesma perspectiva de ver o basket do CAQ. No entanto, entendemos que uma fusão entre o CBQ e o QEB poderia ser interessante para as duas partes”, adianta o Presidente do Conselho Fiscal. A fusão entre os dois clubes propunhase a resolver mais do que um problema de uma só vez! Por um lado, os jovens basquetebolistas do QEB passavam a fazer parte de uma estrutura já mais organizada e consolidada, passando a dispor de mais e melhores condições de treino, enquanto o CBQ passava a contar com escalões de formação que asseguravam o futuro rejuvenescimento do escalão sénior. Analisados os prós e os contras por ambas as partes, a fusão avançou mesmo. Dois anos volvidos, o projecto aparece hoje mais consolidado e cada vez com mais aderentes. “Quando criámos a Escola de Basket tínhamos 40 miúdos inscritos no mini-basket e nos iniciados mas a meio do ano já eram mais de 80, o que nos obrigou a procurar mais que um sítio para treinar. Entretanto surgiu a equipa de cadetes e duas equipas de veteranos que foram criadas porque muitos dos pais destes jovens foram, também eles, praticantes de basket. Assim, em vez de andarem dispersos a jogar pelo Inatel, criámos uma equipa onde pudessem ter laços com o clube do filho, que passa a ser também o seu. O projecto teve uma adesão de tal ordem que teve de se dividir em duas equipas porque vieram ter connosco cerca de 25 pessoas”, explica Hugo Martins, Presidente do CBQ. Actualmente, os vários escalões recorrem aos pavilhões desportivos das escolas Ruy Belo e Padre Alberto Neto (ESPAN) para realizar os seus treinos. Na ESPAN treinam os escalões de mini 8, mini 10 e mini 12, enquanto os restantes vão evoluindo na escola Ruy Belo. No entanto, como os espaços físicos são limitativos, a equipa técnica sentiu necessidade de criar núcleos em outras escolas e colégios, como é o caso das aulas semanais que dão no ATL Colibri ou na Escola António Torrado, em Agualva-Cacém. Apesar de andar há dois anos com a «casa às costas», não está nos horizontes mais próximos do clube ter uma sede própria em virtude dos fracos recursos financeiros. Segundo o Presidente do Conselho Fiscal, neste momento “é inviável pensar em ter o Hugo Martins e Paulo Martins investimento necessário para erguer um pavilhão. Agora, como é lógico, se o poder local decidir apostar em nós como dinamizador de massas ao nível do basket e nos ceder um espaço desportivo para depois potenciarmos, nós teríamos capacidade e apetência para o fazer. Mas, tal como nós, há dezenas de pessoas exactamente com o mesmo tipo de ideias junto do poder local. Por muito bom que o nosso projecto seja, não tenho capacidade para julgar os projectos dos outros, se são melhores ou piores que o nosso”, explicita Paulo Martins, prontamente secundado por Hugo: “A identidade de um clube é, muitas vezes, o seu espaço físico e uma das nossas carências é, efectivamente, não termos um espaço próprio onde possamos unir as pessoas em torno do clube para fortalecer a identidade desta instituição”, lamenta. Considerando o basquetebol “uma marca de Queluz”, o responsável máximo pelo CBQ acredita que a cedência de um pavilhão “seguramente que nos faria crescer imenso” mas, enquanto esse dia não chega, traça objectivos ambiciosos para o futuro: “Ainda não somos uma entidade de utilidade pública mas para lá caminhamos pois, ao fim de três anos de existência e de haver uma Equipa de sub 8 CASA MÃE Soluçõe s para toda a bicharada – Cãe s – Gatos – Peixe s – Tartarugas – Roedore s – Ave s Raçõe s, Banhos e Tosquias De Segunda a Sábado das 10h às 13h e das 15h às 20h Rua José Afonso, nº 7 Loja A – Queluz Tel.: 214 36 62 76 • Tlm.: 961 854 067 [email protected] Belas: R. Vitor Cordon, 2 (junto ao Mercado) Tel: 21 436 14 69 · Almofadas Casa Mãe · Maçã Cozida · Pastéis de Nata · Outras saborosas especialidades · Grande variedade de salgados · Venha saborear as nossas Pizzas Queluz: R. D. Pedro IV, nº 12 (junto aos B. V. de Queluz) Tel.: 21 435 71 29 Bolos de Aniversário • Miniaturas • Pão Fresco todos os dias Desporto 27 Setembro 2010 Temos as melhores marcas Nacionais e Internacionais para todo o tipo de desporto e também para o lazer veteranos do CBQ Martins não hesita em lançar um convite tanto a miúdos como a graúdos para virem praticar desporto num ambiente saudável e familiar: “Antes de se inscrever, qualquer pessoa pode conhecer melhor o clube em www.escolabasketdequeluzblogspot.com ou vir experimentar e fazer um treino para ver o ambiente que temos neste clube. Não estamos aqui para facturar dinheiro mas sim para satisfazer a vontade dos miúdos que querem praticar basket”. DOÇAMARGO2 Almoços • Jantares Take-Away Diversos pratos do dia Vitela à Lafões (4.ª Feira) Cozido à Portuguesa (Sáb. e Dom.) • Peixe Grelhado Rua José Cipriano da Silveira Machado, 9 E • Tel. 21 436 54 73 99.000 • Protocolo de parceria com os alunos da ESPAN • Exportamos artigos de desporto Av. José Elias Garcia, 88 2745-142 Queluz - Telefone: 21 436 63 42 E-mail: [email protected] selecções regionais”, destaca Paulo Martins. Um dos elementos que mais caracterizam uma equipa de basquetebol é o seu equipamento. Como tal, pais e equipa técnica reuniramse e optaram por escolher um equipamento inovador e revolucionário, que não fica indiferente a ninguém: “Tínhamos três equipamentos em equação mas como a estru- Equipas de tura deste clube é suportada pelos pais o equipamento escolhido foi o mais caro. É um equipamento de dupla face que nos permite jogar com dois equipamentos diferentes no mesmo dia, por exemplo. É um equipamento que em termos de qualidade dura quatro/cinco anos, as pessoas que assistem aos nossos jogos elogiam-nos e dão-nos os parabéns pelo impacto que a originalidade dos nossos equipamentos causa”, ressalva o Presidente da Direcção. Em mês de regresso aos treinos, Hugo Encerra ao Domingo no mini basket que vêm de Nafarros, da Venda do Pinheiro ou de Palmela porque no concelho de Sintra existe uma carência ao nível do basquetebol de formação que nós estamos a tentar ajudar a suprir”, explicita. Num país onde a palavra crise está na ordem do dia e os apoios escasseiam, o CBQ tem conseguido, ainda assim, estabelecer algumas parcerias com empreEntrega de Prémios no Torneio da AD Sintra sas da zona, contando contabilidade credível, já teremos requi- igualmente com o apoio logístico das sitos para alcançar tal objectivo”. escolas onde decorrem os treinos e das O escalão etário é o método mais utili- três Juntas de Freguesia da cidade de zado para diferenciar os jogadores dos Queluz, assim como apoio monetário vários escalões mas essa medida nem e logístico da Câmara Municipal de sempre é seguida, sobretudo nos es- Sintra e, claro, as mensalidades de calões mais jovens. Explica-nos Hugo (quase) todos os atletas do clube. Martins que há casos em que os atletas As excepções aos pagamentos mensais são transferidos de escalão porque o são alguns jovens que fazem parte do clube não quer que as crianças se sintam projecto de acção social levado a cabo frustradas por não conseguirem fazer o pelo clube: “Uma das zonas onde temos que os colegas da mesma idade fazem: vindo a desenvolver este projecto é aqui “Temos miúdos no escalão de mini 10 que a Escola Ruy Belo, em Monte Abraão, já praticam basket há cinco anos e é natural área onde existem alguns problemas de que quem chegue agora à modalidade tenha delinquência pelo que combinámos com menos oportunidades de desfrutar do jogo a direcção da escola realizar treinos graporque não está no mesmo patamar e, com tuitos à quarta-feira para todos os alunos isso, não se desenvolve de forma uniforme, o da escola. Os pais de todos os nossos atleque não nos interessa”, justifica. tas pagam uma mensalidade ou anuidade Na base desta decisão está uma opção cujo valor depende das possibilidades e em que os resultados desportivos ficam do modo como cada um pode pagar. De para segundo plano: “Privilegiamos todos estes miúdos que aqui vinham à uma filosofia de trabalho onde a vitó- quarta-feira, na época seguinte ficaram ria faz parte da competição mas onde dois a jogar de forma gratuita, são jovens não é o mais importante, pelo menos com problemas sociais graves mas que nos escalões inferiores. O mais impor- vieram encontrar no basket um espírito tante é que as crianças participem e de equipa que lhes dão um maior apoio se divirtam e, se ganharem, melhor”, para enfrentar os seus problemas diários”, adianta o Presidente da Direcção. “Há justifica Hugo Martins. clubes cuja perspectiva é a competição Com apenas dois anos de existência, o e a necessidade financeira que têm de CBQ orgulha-se de já ter encontrado pagar despesas enquanto nós temos alguns bons valores para o basquetecomo linha de orientação a formação bol luso, sendo responsável por levar dos miúdos e a criação de um ambiente diversos atletas às selecções regionais saudável de crescimento, propício ao nos vários escalões de formação: “O amadurecimento das crianças, seja na clube só tem dois anos de existência mas vertente desportiva, seja na vertente neste momento já somos fornecedores frehumana”, complementa o Presidente quentes das selecções regionais pois já do Conselho Fiscal. conseguimos ter um conjunto de atletas Depois de um início fantástico, em que vão representar as selecções regionais. que durante dois anos o clube cresceu Nos escalões mais baixos não há selecções de forma exponencial e consecutiva, a nível nacional mas agora estamos a este projecto pretende agora conso- abrir os escalões de cadetes e juniores, lidar-se, continuando a captar mais em que já há selecções nacionais, e vamos um ou outro jovem que demonstre ver o que acontece. Não podemos escainteresse em jogar basquetebol. Uma motear o facto de uma parte da formação coisa parece ser clara para os nossos de muitos destes jovens atletas ter sido dois entrevistados: o potencial deste feita no CAQ mas também há algumas projecto é enorme e, a prová-lo, está a crianças que começaram a praticar basket abrangência do mesmo: “Temos miúdos connosco e que também já estão a ir às Visite-nos e veja a nova colecção Outono/Inverno aos melhores preços. 11 12 Entrevista • Texto: Pedro Quaresma • Fotos: J.R. e L.F. 27 Setembro 2010 Luís Fernandes, tetraplégico O último salto foi à 11 anos Luís Fernandes levava uma vida absolutamente normal quando, aos 17 anos, um mergulho mal calculado o levou a fracturar a coluna e a ficar preso a uma cadeira de rodas, perdendo qualquer sensibilidade do pescoço para baixo. Onze anos volvidos, este jovem aluno da ESPAN, em Queluz, apresenta notórias melhorias, tendo conseguido concluir o seu curso profissional e tem vindo, dia após dia, a travar uma luta intensa para voltar a ter plenos poderes sobre o seu corpo e para conseguir ser uma pessoa o mais autónomo possível. O Correio da Linha (C.L.) - Quem é o Luís Fernandes? Luís Fernandes (L.F.) - Sou um homem, neste momento com 28 anos, há 11 anos tive um acidente que me deixou tetraplégico e desde então tive de passar a encarar a vida com outros olhos e de outro prisma. Até aos 17 anos era um adolescente como tantos outros, até que certo dia fui à praia com alguns amigos e ao final da tarde quis ir dar um último mergulho antes de ir embora... e foi mesmo o último mergulho! C.L. - O que correu mal nesse mergulho? L.F. - Quis dar um mergulho fazendo um «salto de carpa» na praia de Carcavelos mas quando ia no ar apercebime que já não havia água no sítio em que ia mergulhar. Bati com a cabeça na areia e parti a cervical. C.L. - Em que medida esta lesão mudou a sua vida? L.F. - Mudou radicalmente! Tive de reaprender tudo do zero, tal como um bebé que acaba de nascer. Reaprendi a comer, a fazer pequenos gestos para os quais é agora preciso mais paciência e dedicação. A verdade é que quando tive o acidente não imaginava sequer tudo aquilo por que viria a passar porque uma lesão com esta gravidade acarreta dificuldades com que nunca sequer sonhámos. Ficar tetraplégico não implica apenas ficar cingido a uma carreira de rodas, há barreiras físicas e emocionais que temos de superar todos os dias, a higiene é algo que fica complicado de fazer numa cadeira de rodas, tal como a escola que teve de sofrer adaptações. O simples acto de ir à rua tornou-se sempre uma aventura. Aliás, é por esse motivo que eu quase não saio de casa e porque a rampa de acesso a deficientes não é obrigatória em Portugal. C.L. - Ao longo destes onze anos foi tento melhorias físicas... L.F. - Sim já tive melhorias notórias mas também já sofri alguns retrocessos mas tenho de continuar a lutar e a querer ficar cada vez melhor. Recentemente estive numa clínica em Guimarães a fazer fisioterapia durante sete horas, durante 22 dias, e as coisas melhoraram mas depois deveria ter continuado a fazer fisioterapia aqui em Queluz mas a Segurança Social só paga 15 minutos de tratamento por Encerra à Segunda-Feira Rua Gomes Freire, 29 A 2745-115 Queluz Tel.: 21 038 76 89 Um bom petisco com uma excelente imperial é sempre agradável: • Bifanas • Pataniscas • Salada de Polvo • Salada de Búzio • Morcela Assada • Choco Frito, etc Especialidades: Pato corado no forno (Domingo) • Arroz de Polvo • Bacalhau à Casa • Cozido à Portuguesa (Sábado) • Cabrito assado no forno (Domingo) entre outros pratos diários. dia. Ora, quinze minutos não dá para nada, é chegar ao gabinete, deitar-me e acaba a sessão, mas infelizmente o dinheiro não chega para tudo. Ainda assim, criámos um site para as pessoas fazerem os donativos possíveis, vendemos umas rifas e também já fui à televisão e foi dessa forma que angariei o dinheiro para estes dias de fisioterapia, vamos ver se agora consigo angariar mais algumas verbas porque o dinheiro que vou conseguindo arranjar só dura para alguns meses. C.L. - Como é o seu dia-a-dia actualmente? L.F. - Acabei o curso no ano passado na Escola Padre Alberto Neto, em Queluz, entretanto fiz um estágio de dois meses ao qual se seguiu o trabalho de projecto. Estive a estagiar numa firma aqui perto de casa, a Lufacor, e foi muito bom ter passado da teórica à prática. Senti-me bem por estar no activo, a trabalhar. Depois do estágio comecei a procurar alguma saída profissional para conseguir ganhar o meu dinheiro mas o mercado está complicado. C.L. - Como funcionavam as coisas na escola? L.F. - Sempre tive o apoio de toda a gente, todos queriam que fosse à escola mas tinha o problema dos degraus aqui do prédio pelo que assistia às aulas no meu quarto por videoconferência. O Ministério tem uma área própria, o Cantic, e sempre me disponibilizou esse serviço ainda que ele tenha funcionado com 1001 dificuldades porque os programas são muito atrasados, só funcionam no Win98, mas fui sempre acompanhado as aulas e foi aqui que fiz os exames e até sentia mais dificuldades porque os outros alunos tinham um professor por exame enquanto eu tinha três. [risos] C.L. - Era mais difícil copiar... L.F. - [risos] Sim, se com um já é difícil, imagine como será com três a olhar para mim... [risos] C.L. - Acabou o secundário com que média? L.F. - Não sei ao certo porque ainda não tenho o diploma mas julgo que terá sido com 14/15 valores. A minha mãe incentivou-me a acabar o curso e como sei que o mercado de emprego está difícil para toda a gente estou, neste momento, mais voltado para a minha recuperação e para a minha independência. Depois, sim, quero procurar um trabalho para mim. C.L. - Faz fisioterapia diariamente? L.F. - Sim, todos os dias faço uma hora de fisioterapia com um fisioterapeuta privado e depois eu próprio faço a minha fisioterapia em casa durante cerca de uma hora e meia, em que faço flexões e abdominais, por exemplo, para ganhar mais força ao nível do tronco. C.L. - Quando não está a fazer fisioterapia e a investir na sua recuperação, de que forma passa o seu tempo? L.F. - Sou um rapaz normal, que adora ouvir música, tal como continuo a gostar de praia ou piscina. Curiosamente, e apesar de o meu acidente ter sido na água, não tenho qualquer trauma com a água, além disso adoro ir à bola, sou doido pelo Benfica e anualmente sou capaz de ir a cerca de dez jogos ao Estádio da Luz com um amigo meu. C.L. - Como tem lidado com a realidade ao longo da última década? L.F. - Chorar ou acomodar-me a isto que me aconteceu não vai melhorar a minha qualidade de vida por isso tenho que lutar e procurar soluções Um sorriso que se mantêm para avançar. Não posso ir abaixo, se paro é que não vou a lado nenhum e quero continuar a minha recuperação. Para sair de casa e ir para a fisioterapia uso uma rampa provisória em madeira, que tem de ser montada e Frutos do Mar 87 Produtos congelados de alta qualidade Peixe – Marisco – Salgados e Legumes Fornecedor de Cantinas Restaurantes e Peixarias Loja 1 (Queluz) Rua José Afonso, n.º 32 A Casal das Quintelas • Tel.: 21 436 09 85 Loja 2 (Amadora) Av. D. Nuno Álvares Pereira, 8 A Tel.: 21 492 67 67 NOVA LOJA EM VILA CHÃ Pequeno Mar Av. Canto e Castro, n.º 3 B - AMADORA Entrevista 27 Setembro 2010 desmontada sempre que saio ou entro em casa, graças a um amigo que conseguiu arranjar um serralheiro que a fizesse, mas não é fácil... C.L. - Já pediu à Câmara Municipal ou à Junta de Freguesia para lhe construírem uma rampa no prédio? “Não desisto de ver o meu filho voltar a andar” Adelaide Fernandes, mãe de Luís, é quem tem acompanhado mais de perto o jovem, sendo um elemento fundamental na sua recuperação e na luta que este tem vindo a travar na busca de uma maior autonomia pessoal. Ao nosso jornal, contou como há onze anos teve de deixar a engomadoria onde trabalhava para passar a cuidar a full time do seu filho, desde então preso a uma cadeira de rodas: “Tenho dias em que me deito e Os 4 degraus que o separam da “liberdade” me levanto sem dormir porque há alturas muito complicadas, não só por causa das dificuldades dele, que é bastante pesado, mas também porque tenho crises de síndrome vertiginoso e há fases em que passo o dia todo a vomitar e mal consigo sair da cama”, conta-nos. Ao longo destes onze anos, as melhorias do filho Luís têm sido notórias mas, ainda assim, insuficientes para que o jovem abandone de vez a cadeira de rodas: “Há pessoas que nos interpelam na rua mas que não entendem que este é um processo diário e muito longo, que nem sempre tem resultados imediatos. Ainda recentemente viemos de Guimarães e houve quem nos dissesse: gastaram tanto dinheiro e ele ainda está na cadeira? É claro que ele está na cadeira. Queriam o quê? Milagres?”, diz angustiada. Há onze anos o filho só mexia a cabeça e, desde então, tem vindo a alcançar pequenas conquistas fruto de muito trabalho fisioterapêutico. Gestos banais para muitas pessoas são agora encarados como grandes vitórias por esta mãe: “Durante imenso tempo ele não era capaz de pegar num copo e agora já consegue comer com talhares e sem talas e já vai fazendo algumas coisas sozinho. Aos olhos de algumas pessoas pode não parecer nada mas quem convive mais com ele apercebe-se que as melhoras acontecem”, sustenta. Esperançada, Adelaide Fernandes acredita que o filho irá continuar a lutar contra as dificuldades e revela-nos a sua maior ambição: “Não sei até que ponto o meu filho vai melhorar mas o corpo dele reage aos tratamentos e espero que continue a fazer fisioterapia de forma intensiva para melhorar. Podem-me chamar maluca ou o que quiserem mas ainda não desisti de ver o meu filho voltar a andar”, perspectiva. O jornal O Correio Da Linha falou também com o Professor Fernando Ascenço, Vice-Director da ESPAN, entidade onde Luís Fernandes concluiu o curso profissional graças ao esforço da escola, dos professores e do Ministério da Educação: “O Luís foi um aluno que sempre teve uma situação bastante difícil para prosseguir os estudos mas fizemos um esforço para lhe tornar a escola mais acessível. Tem sido um processo conjunto e bastante longo mas que, felizmente, resultou numa boa experiência que foi a conclusão de um curso profissional e de um estágio por parte deste aluno”, conclui. L.F. - Sim já falei com ambas e também com a Segurança Social mas esta situação envolve outras coisas. Infelizmente, a lei em Portugal não obriga a que se façam rampas em prédios com mais de 30 anos, o que é o caso, pelo que se os moradores disserem que não se faz a rampa, nada os pode obrigar. Dessa forma, sempre que quero sair de casa, tenho de usar estruturas provisórias, não pode estar nada fixo. Infelizmente, é a lei que temos em Portugal... C.L. - A cadeira eléctrica, os tratamentos, os artigos de higiene, tudo isso implica gastos avultados. Como consegue fazer face a essas despesas? L.F. - Esta cadeira foi feita por medida no estrangeiro pois tenho 1,97 metros, logo uma cadeira normal não me serve. Para ter uma ideia, a minha cadeira custou 10 mil euros, ou seja, o preço de um carro, porque teve de levar um acrescento, um motor para me por em pé e tudo isso encareceu-a. Para ajudar nas despesas vou tendo a ajuda de familiares, amigos e de pessoas que não conheço e que depositam donativos na minha conta. Além disso, promoveu-se recentemente uma quermesse cuja receita reverteu para a minha recuperação e já fui à televisão expor o meu caso. C.L. - O Estado não ajuda nas suas despesas? L.F. - Recebo uma pensão vitalícia de 13 200 euros por parte do Estado, que acredita que com 200 euros posso sobreviver quando gasto mais do que isso todos os meses em medicamentos e produtos de higiene. E se conseguir arranjar trabalho não posso ganhar mais de 500 euros senão o Estado corta-me a pensão vitalícia. Só mesmo em Portugal... C.L. - Caso queiram, de que forma podem os nossos leitores ajudá-lo? L.F. - Neste momento tenho um site activo (www.vamosajudarofilipe.com) onde está descrita a minha história e o que pretendo fazer para continuar a minha recuperação. Pretendo, em breve, realizar um concerto no Auditório Olga Cadaval, os D´ZRT já disseram que se associavam, há outros famosos que também já se ofereceram para ajudar mas estamos à espera que nos digam quando é que o espaço pode ser cedido. Quem quiser poderá também fazer os seus donativos através do NIB: 0018 0003 2284 8899 020 48. C.L. - Que expectativas tem relativamente à sua recuperação e ao seu futuro? L.F. - Neste momento o que mais quero é tornar-me o mais independente possível, o mesmo é dizer sair da cama sozinho, conseguir vestir-me, e andar com a cadeira para todo o lado, mais do que isso logo se vê. Acima de tudo não posso parar de fazer a fisioterapia se quiser continuar a melhorar, como diz o povo parar é morrer! grupo óptivisão Há 53 anos a melhorar a visão aos Queluzenses A óptica mais antiga de Queluz executa todo o receituário médico Rua Tenente Garcia de Lemos, 3 • Telef. 21 435 11 32 - QUELUZ Sapataria Andorinha Frango, Entrecosto e Espetadas Grelhados no carvão: Todos os dias das 10 ás 14 e das 16 ás 21 horas Encerra aos Domingos O saboroso frango assado no carvão é na Belinha Av. Elias Garcia, n.º 140 - Queluz • 2745 Queluz Tel.: 214 353 755 estação de serviço Pneus de Todas as Marcas • Alinhamento de Direcção Av. José Elias Garcia, 181 A/B - 2745 QUELUZ Tel. 21 435 06 90 • Fax 21 435 67 59 • Tlm. 93 945 75 72/3 • [email protected] Sempre os melhores preços com a melhor qualidade Em Queluz há quase 50 anos para o melhor servir e a bem calçar os Queluzenses. Venha ver as novas colecções Outono/Inverno. O melhor calçado fabricado em Portugal. Av. 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Os mega agrupamentos, o acordo ortográfico, o encerramento de escolas ou o estatuto da carreira dos docentes são apenas alguns dos temas fortes aos quais o entrevistado não se coibiu de responder, tendo também dado a conhecer os projectos e expectativas da FAP Sintra para o ano que agora principia. O Correio da Linha (C.L.) - Como está a encarar a FAP Sintra a abertura deste novo ano lectivo? Joaquim Ribeiro (J.R.) - A abertura de qualquer ano lectivo é sempre uma enorme expectativa mas desta vez as nossas perspectivas são um pouco cinzentas porque temos diplomas a sair em cima da hora e aos quais temos de dar cumprimento. Isso traduz-se num grande esforço por parte da autarquia, da FAP Sintra e da comunidade educativa do concelho. C.L. - A que diplomas se refere? J.R. - Refiro-me ao encerramento de algumas escolas, aos mega-agrupamentos e outros assuntos que, a meu ver, não vão ao essencial. Era importante que a nível nacional e concelhio se aproveitassem as cartas educativas de modo a fazer-se um levantamento que não servisse apenas para estatística e que permitisse, por exemplo, falar em megaagrupamentos e fechos de escolas. “A FAP Sintra não se calará na defesa do ensino” C.L. – Qual a posição da FAP Sintra relativamente aos mega-agrupamentos? J.R. - Não concordo com os mega-agrupamentos, a menos que as crianças vão para sítios melhores e em que os transportes não sejam prejudiciais. Mais de meia hora de distância já consideramos prejudicial, no concelho de Sintra esses transportes poderão ir até aos 40 minutos mas há concelhos do país onde as viagens poderão demorar mais de uma hora para cada lado. Há concelhos com apenas uma escola, em que os alunos são enviados para centros escolares que, em alguns casos, ainda têm obras em atraso e isso vai fazer com que as crianças se levantem muito cedo e cheguem tardíssimo a casa. Com isto, ela deixa de ter tempo para brincar e isso não pode acontecer. C.L. - Sintra também foi afectado pelo encerramento de várias escolas... J.R. - Sim, o concelho também foi afectado mas o resultado não foi tão gravoso como noutras localidades. Toda a comunicação social disse que fecharam nove escolas no concelho de Sintra, o que não é verdade, fecharam sete e duas delas (Albarraque 1 e Albarraque 4) têm ao fundo da rua uma outra escola criada de raiz e que vai absorver essas crianças. Assim, fecharam as escolas de Alvarinhos, Fontanelas, Anços, Venda Seca, Baratã e Albarraque 1 e Albarraque 4, sendo que a comunidade escolar já pedia o encerramento de todas elas devido à falta de condições. Mas, como digo, está-se a legislar na Educação sem se atender às cartas educativas de cada concelho. C.L. - Que solução defende? J.R. - Entendo que cada comunidade escolar deveria propor ao Ministério da Educação, consoante as suas necessidades e capacidades, as transferências a efectuar e não assistir ao encerramento desta e daquela escola sem ter voto na matéria. Este é um assunto controverso a nível nacional, a senhora Ministra diz-nos que estão assegurados os transportes e de facto é verdade porque o Estado subsidia as autarquias para que estas forneçam transporte às crianças cujas escolas fecharam mas há um aspecto importante em que ninguém repara. Se você quiser que o seu filho entre no próximo ano na escola que fechou já não tem direito a transporte, a menos que more a mais de quatro quilómetros, ou seja, é uma transferência que se vai limitando e que pode dar origens a discrepâncias até entre vizinhos, uns terem direito a transporte e outros não. Por isso digo que cada caso é um caso e deveria ser analisado detalhadamente e não em cima do joelho como o Ministério está a fazer. C.L. – Sintra não aceitou os megaagrupamentos... J.R. – ...Sim, felizmente a autarquia ouviu a comunidade e opôs-se à criação de mega-agrupamentos, pelo menos até serem estudadas durante um ano todas as possibilidades a respeito deste assunto. Já a posição da FAP Sintra é muito clara: se a medida beneficiar as crianças e as respectivas famílias nós concordamos com a criação de megaagrupamentos mas não podemos concordar com a ideia de se criarem «armazéns de crianças». Ter mais de 1.500 crianças num estabelecimento de ensino é prejudicial. Actualmente existem algumas grandes escolas no concelho com cerca de 2 mil crianças divididas em três turnos, situação que pode originar alguns problemas. Os mega agrupamentos originariam transferência de professores e o aumento do rácio do pessoal auxiliar no imediato porque, caso contrário, poderiam aumentar os casos de bulling nas escolas. A falta de disciplina começa no recreio e se não houver vigilância em permanência as crianças mais frágeis ficam expostas a provocações que outros miúdos mais irreverentes possam fazer. Por outro lado, os intervalos são curtos e não há animadores culturais nem equipas multidisciplinares para perceber o porquê de algumas situações acontecerem. C.L. - Mas estão satisfeitos com as condições globais oferecidas pelas escolas do concelho? J.R. - Nunca se deve pedir mais daquilo que é possível, a Câmara Municipal de Sintra (CMS) e a Educa estão a fazer os possíveis para que isso aconteça e o pior é não termos tido tempo para prever todas as necessidades que irão acontecer. C.L. - A FAP Sintra é vice-presidente da CNIPE (Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação), a que se deveu essa adesão? J.R. - Optámos por nos associar à CNIPE porque estávamos desmotivados para continuar sob a égide da Confap que, na nossa opinião, mais não era que a muleta do Ministério da Educação. A FAP Sintra tem uma equipa coesa, que se vem afirmando no contexto da comunidade educativa como uma força a ouvir pela sua tomada de posições autónoma, em nada subserviente à Câmara de Sintra, mas reconhecendo que a autarquia nos últimos anos tem feito um trabalho meritório na área da Educação. Somos o maior concelho do país a nível populacional, temos uma quantidade de sócios a nível concelhio que ultrapassa muitas federações regionais. Em pouco mais de cem escolas que temos no concelho existem perto de 90 associações de pais, 85 das quais são nossas associadas. C.L. - A FAP Sintra foi criada em 1989, quais são os objectivos desta Federação? J.R. - Em primeiro lugar propomonos ouvir e servir as Associações de Pais do concelho para transmitir as suas posições a entidades superiores. Consultamos as associações sobre determinados pontos e tentamos transmitir uma opinião a uma só voz, apesar das divergências de necessidades e preocupações. Entendemos, no entanto, que essas divergências são salutares porque há diálogo e, quando assim é, há-de chegar-se a alguma conclusão. C.L. - Os encarregados de educação de Sintra são, no geral, preocupados com a vida escolar dos seus educandos? J.R. - O movimento das associações de pais é muito sui generis porque pode haver muitas pessoas interessadas em acompanhar o percurso escolar dos seus filhos mas há cada vez mais gente que não tem essa possibilidade porque está em vigor uma legislação laboral injusta que pura e simplesmente não o permite. Em todo o caso, no concelho de Sintra existe um grande apoio tanto das CPCJ´s que estão no terreno como da área da Acção Social da CMS. Quando se anunciou que havia fome em algumas escolas do concelho para nós foi um choque uma vez que parte dessa fome é encoberta. Daí salientarmos que era importante haver mais equipas multidisciplinares que se pudessem aperceber antecipadamente de situações que depois degeneram para bulling, abandono escolar e conflitos que a escola não está habilitada a resolver porque não tem formação e gestão dos mesmos. C.L. - Existem casos de bulling no concelho de Sintra? J.R. - Existem, sim. Felizmente nem tem havido tantos como noutros períodos mas pensamos que podem voltar a aumentar face ao encerramento de mais escolas e ao aumento do número de alunos por estabelecimento escolar. O aumento do número de pessoal auxiliar é essencial para que os casos de bulling não voltem a aumentar mas, mais preocupante ainda, é que os agrupamentos de escolas ocultem os números verda- A FAP tem uma linha telefónica confidencial deiros para não verem alteradas as suas avaliações externas. As associações de pais têm realmente de estar muito atentas a este tipo de situações para se debruçarem sobre elas e dialogarem com a direcção da escola e chegarem a um entendimento sobre aquilo que se deve fazer para melhorar a qualidade de cada espaço escolar. Uma coisa garanto: a FAP Sintra não se calará, mesmo que tenha de enfrentar seja quem for, na defesa de uma escola pública de qualidade, gratuita e universal. C.L. - Foi nesse sentido que a FAP Sin tra lançou a Linha Tolerância Zero? J.R. - Exactamente, o projecto surgiu há cerca de quatro meses e foi muito bem aceite pela comunidade. Trata-se de um projecto que funciona 24 horas por dia e em que aceitamos as queixas que nos são feitas, nesta altura já são mais de 220, onde tentamos averiguar a veracidade dessas queixas e depois informamos as autoridades mas mantendo sempre a confidencialidade que é garantida nessa linha. C.L. - Além da Linha Tolerância Zero, que outros projectos sugeriu ou lançou a FAP Sintra? J.R. - Não se pode dizer que tenhamos projectos de grande envergadura porque já estamos assoberbados de trabalho com tudo aquilo que vai sucedendo. Além disso, não podemos lançar outros projectos ao nível da formação porque não temos os capitais necessários para os por em prática. A verba que recebemos da autarquia é curta mas temos noção que é a melhor possível e, além disso, apenas recebemos as quotizações dos associados e da gerência que temos das AR´s. C.L. - Já falámos da questão dos mega- Joaquim Ribeiro, é presidente da Assembleia Geral da APESPAN Ensino 27 Setembro 2010 A receber a medalha de ouro da CM Sintra agrupamentos, pergunto-lhe agora se concorda com o alargamento da escolaridade obrigatória para o 12º ano. J.R. – Concordo, apesar de as escolas não estarem preparadas para isso. Num aspecto global, concordo com a maioria das medidas de fundo que têm vindo a ser aplicadas mas penso que se está a partir de premissas erradas. Primeiro que tudo, tínhamos que estudar os currículos de todas as faixas etárias e daí partiríamos para uma premissa de escolaridade obrigatória. Há escolas que não estão preparadas para essa medida, há centros escolares que não vão estar prontos quando essa medida avançar, daí que tenha sérias dúvidas de que não venhamos também a ter alguns problemas em virtude desse aspecto. O direito à cidadania é uma das bandeiras que defendemos e temos vindo a perde-lo com uma educação que, comparativamente com a de outros países, nos faz perder competitividade no mercado de trabalho de amanhã. C.L. - O que poderia ser feito para aumentar essa competitividade? J.R. - Qualidade e paz social! Em todas as reuniões que a FAP Sintra teve com a senhora Ministra ou com o senhor Secretário de Estado sempre pediu que houvesse paz social, isto é, conversações ao invés de guerras laborais e sindicais. Os professores têm de se preocupar em desempenhar bem a sua profissão e não com a sua carreira profissional. C.L. - Outra ideia manifestada pela actual Ministra da Educação foi acabar com as reprovações. Considera que esta medida seria benéfica para os alunos? J.R. - Não, não é! Quando se diz que noutros países como a Finlândia ou a Suécia isso está em vigor, importa lembrar que falamos de países onde as turmas têm, no máximo, 10/12 alunos. Portugal tem turmas de 25/30 alunos onde inclusivamente poderá haver crianças com necessidades educativas especiais. A FAP Sintra entende que os exames são a primeira prova de fogo que ao longo da vida os nossos filhos e educandos vão enfrentar e entendo que não devemos tirarlhes essa responsabilidade. O Estado precisa dar indicações à comunidade escolar relativamente às necessidades do país e isso nunca foi feito. Nunca nos disseram que havia 20 ou 30 mil advogados a mais mas agora já nos dizem que há 10 mil médicos a menos. Há aqui qualquer coisa que devia ter sido feita, compreendo que todos nós tenhamos que economizar mas há duas áreas em que não se pode economizar: a Saúde e a Educação. Se o fizermos não estamos a economizar nada mas sim a enterrar o futuro. Investir na Educação é investir no futuro para o país responder às necessidades que lhe são colocadas pela União Europeia. C.L. - Concorda com o novo Acordo Ortográfico? J.R. - De todo, sobretudo pela explicação que nos deram de que somos mi- noritários face a outros países onde se fala português. Nós não somos minoritários, os outros é que aportuguesam a sua língua e lamento muito que a educação dos nossos ancestrais vá por água abaixo por causa do poder político-económico, tenho a certeza que Luís de Camões e Fernando Pessoa dariam voltas na tumba depois de conhecerem este novo acordo ortográfico. C.L. - Há quem refira que o ensino é hoje demasiado passivo e facilitista em algumas disciplinas. Considera que actualmente é mais difícil diferenciar os bons dos maus alunos? J.R. - Como dizia no início, é necessário fazer um estudo profundo sobre o currículo de cada ciclo, baseando-se nas necessidades do país e na aprendizagem que as crianças devem ter e, para isso, tem de haver dinheiro para dar formação a professores, que não há! Continuamos com a disciplina de Educação Sexual a ser dada por professores sem formação, por exemplo. Consideramos que os nossos alunos sabem cada vez menos e não estou a falar do ensino que existia na minha altura. Não pretendo que o meu filho saiba qual é um qualquer ramal da estação de caminhos-de-ferro como nós tínhamos de aprender na quarta classe de antigamente mas era importante que se soubesse quais são as capitais de distrito deste país, por exemplo. Hoje em dia cumpre-se um programa desajustado, com disciplinas sem interesse e em falta com outras que deveriam existir. C.L. - Já por mais de uma vez fez menção à CMS, considera que o município aposta o suficiente na área da Educação? J.R. - Nunca é suficiente porque somos muito ambiciosos mas sabemos que a autarquia não pode fazer milagres e estamos a par dos cortes que os mu- VENDA E DISTRIBUIÇÃO DE MATERIAL DIDÁCTICO E ARTES GRÁFICAS Parque Industrial e Tecnológico de Évora - Rua Circular Sul, 29 - 7005-325 Évora Tel. 266 759 490 Fax 266 700 016 - e-mail: [email protected] 15 “No recreio as crianças mais frágeis ficam expostas...” nicípios tiveram a nível do orçamento de estado. Quanto ao enriquecimento curricular é gravoso porque os 272,50€ que o Ministério vai transferir para as Câmaras por aluno, e face à nova legislação, não vai chegar e as câmaras vão ser oneradas nesse sentido. Falei várias vezes da CMS porque trabalhamos para a mesma causa e, apesar de a maior parte das nossas verbas vir de um subsídio da autarquia, não estamos subordinados ao poder local, somos autónomos. C.L. - A FAP Sintra recebeu em 2009 a Medalha de Ouro de Mérito Municipal. Como recebeu essa distinção atribuída pela CMS? J.R. - Foi uma surpresa para nós e, sem falsas modéstias, considero que a merecemos, o que não quer dizer que já estejamos satisfeitos com o nosso trabalho. Ainda há muito trabalho para fazer e queremos faze-lo, não para receber medalhas mas para continuarmos a ser reconhecidos como parceiros válidos na Educação do concelho de Sintra. 16 Actual 27 Setembro 2010 • Texto: Ana Assunção • Fotos: A.A. e Sérgio Saavedra Festas de Paço de Arcos foram um êxito A alegria de mais um sucesso De 27 Agosto a 5 de Setembro, o Jardim de Paço de Arcos voltou a encher-se de cor e animação. As Festas em Honra do Senhor Jesus dos Navegantes trouxeram à vila mais de 80 mil visitantes que puderam desfrutar de um cartaz “diferente do habitual”, como descreveu Alexandra Cruz, Presidente da Comissão de Festas. Os espectáculos foram escolhidos a dedo e o alargamento das festividades à Rua Costa Pinto trouxe à memória as celebrações de outrora. “Quisemos um cartaz com uma forte aposta cultural. Mudámos de feirantes e alargámos os concertos à zona da praia e do coreto”, assume Alexandra Cruz. A Comissão de Festas foi ambiciosa e a Avenida Marginal foi encerrada durante dois dos pontos altos do evento, o concerto de João Pedro Pais e o fogode-artifício que marcou o encerramento das festividades. Assistiram àquele espectáculo musical cerca de 8 mil pessoas, entre as quais algumas pessoas com deficiência auditiva que acompanharam o concerto com linguagem gestual feita pela tradutora Alexandra Ramos. Ao longo da semana, o cartaz dividiu-se entre sonoridades etnográficas e temáticas com a presença de ranchos folclóricos e grupos musicais africanos, brasileiros e celta. Destaque também para as noites de fado e para as tradicionais tasquinhas que também estiveram presentes um pouco por todo o recinto da Feira. Também o novo espaço Lounge foi pequeno para acolher tantos curiosos, sendo também de assinalar nestas festividades a inauguração de Vitrina com Miniaturas de Embarcações, organizada pelo Clube Desportivo Paço de Arcos (CDPA), no Centro Náutico, e a abertura da Exposição de Pintura «7º Salão da Vila», promovido pela Paço de Artes - Associação de Artistas Plásticos de Paço de Arcos. Para além da música, o exercício físico voltou a marcar presença com uma aula de Bodyvive, pelo Ginásio Vivavit, que deu início às múltiplas actividades que ocorreram no primeiro fim-de-semana das Festas de Paço de Arcos. Realizaramse ainda várias aulas de relaxamento, tais como Pilates e Chi Kung. Nestas festas, as crianças também não foram esquecidas. Para além dos tradicionais e movimentados carrosséis, decorreu a «Câmara dos Ofícios - Ani mação infantil» e um Workshop de Pintura para os mais novos, com animadores disfarçados de personagens infantis que desfilaram pe los corredores da Feira e distribuí ram gargalhadas entre miúdos e graúdos. Também a actuação do humorista Nilton, que pelo segundo ano consecutivo voltou às Festas de Paço de A procissão percorreu diversas ruas da Freguesia Arcos, encheu de sorrisos todos quantos estiveram no recinto da feira, que foi pequeno para acolher tantos espectadores. edição da Regata Patrão Lopes, organizada pelo CDPA. No total, participaram cerca de 30 Barcos (7 na Classe Optimist, 4 em Catamarans e 19 noutras classes) que realizaram, durante o último fim-de-semana das festas, seis regatas. Pela primeira vez, decorreu também o Torneio de Pesca na Praia dos Pescadores de Paço de Arcos. Por outro lado, a tradição manteve-se também com as típicas farturas do senhor Fugas e o cheiro a algodão doce. No entanto, a organização apostou ainda nos sabores do mundo, renovando os stands das comunidades brasileira e africana. Não faltaram as caipirinhas, a água de coco e muitos petiscos. “É sempre bom voltar aqui. Encontramos vizinhos, amigos e muita gente que vem de fora só para passear pela feira”, comentou Laura Perdigão que espreitava a tenda de artesanato. O artesanato local e internacional teve de novo uma presença muito forte, graças também ao alargamento da Feira à Rua Costa Pinto. No entanto, as atenções este ano estiveram concentradas, entre outros espaços, no stand das tatuagens Dtattoo. No total, fizeram-se 57 tatuagens, tendo os dois tatuadores trabalhado pela primeira vez numa feira ao ar livre. “A experiência é, sem dúvida, para repetir”, dizem. Com uma agenda cheia, os representantes da DTattoo não tiveram mãos a medir para tantos pedidos. “Lembro-me de um senhor que tatuou o símbolo do Benfica, isto é que é amor”, brincou Daniel, um dos tatuadores. “Balanço positivo” Em exclusivo ao jornal O Correio da Linha, a Presidente da Comissão de Festas começou por destacar o apoio da Junta de Freguesia de Paço de Arcos Procissão do Senhor Jesus dos Navegantes As festas de Paço de Arcos são, seguramente, “umas das mas concorridas festas do Concelho de Oeiras”, afirma Alexandra Cruz. Também as celebrações religiosas atraíram pessoas de todos os lugares. A tradicional Procissão em Honra ao Senhor Jesus dos Navegantes contou com a participação de largas dezenas de pessoas e percorreu as ruas da vila, desde a Igreja Paroquial à Capela do Santo Padroeiro, com as janelas ornamentadas pelos residentes. A forte ligação da vila ao mar trouxe ainda mais uma Alguns elementos na montagem do certame Ficha Técnica jornal mensal de actualidade Tel.: 21 443 00 95/6 • Fax: 21 442 25 31 Telem.: 913263567 Administração, Redacção e Publicidade: Rua Prof. Mota Pinto, Loja 4 • Bairro do Pombal, 2780-275 Oeiras www.ocorreiodalinha.pt • [email protected] Director: Paulo Pimenta Editor Chefe: Pedro Quaresma Redacção: Claúdia Silveira, Jorge Cordeiro, Margarida Cecílio Marketing e Publicidade: Sofia Antunes Fotografias: J. Rodrigues e Diogo Pimenta Paginação e Impressão: MX3 - Artes Gráficas – Rua Alto do Forte - Sintra Comercial Park Fracção Q - Armazém 16 - 2635-446 Rio de Mouro - Tel.: 21 917 10 88 Administração: Alice Domingues /Paulo Pimenta com mais de 10% Propriedade: Vaga Litoral Publicações e Edições, Lda. – Matr. Nº 12018 – Cons. Reg. Com. Oeiras - Capital social: 5 000 € - N. C. 504285092 - Depósito Legal N.º 27706/89 - Registo na I.C.S. N.º 114185. Tiragem do mês: 15 mil exemplares Preço de Assinatura anual – 12 edições: 13 euros Actual 27 Setembro 2010 17 Paço de Artes realiza Bienal A boa disposição dos feirantes e de toda a equipa – David Silva que faz parte do Executivo da Junta, Nuno Ciríaco e dos 14 voluntários que a ajudaram na organização. “O trabalho de equipa é essencial para que tudo corra bem. Estiveram presentes em todos os momentos e souberam resolver todas as situações”, explicou. Este ano a preparação das festividades começou em Fevereiro. No total, estiveram presentes 64 feirantes e seis instituições de acção social. Também a aposta numa rede de patrocinadores mais abrangente foi essencial para por em prática as ambições desta Comissão de Festas. “Para o ano gostaríamos de montar um palco na água”, desafiou Alexandra Cruz. Para celebrar este sucesso, as festas encerraram com o habitual espectáculo de fogo-de-artifício, pela pirotecnia Oleirense, que coloriu a Praia Velha de Paço de Arcos e reuniu milhares de pessoas junto à Muralha Pombalina. A Paço de Artes – Associação de Artísticas Plásticos de Paço de Arcos vai organizar pela primeira vez uma exposição Bienal de pintura, desenho, escultura e fotografia. Trata-se de um sonho antigo da direcção da associação que em Janeiro do corrente ano começou a dar os primeiros passos na organização deste evento. Para Barral Correia, presidente da Paço de Artes, este é “um voo mais alto”. De 30 de Outubro a 14 de Novembro, vão estar em exposição trabalhos de 40 artistas convidados. A grandeza deste evento estender-se-á a quatro espaços distintos: Salão Nobre da Paço de Artes, Salão Nobre do Clube Desportivo de Paço de Arcos, Salão Nobre dos Bombeiros Voluntários de Paço de Arcos e Oeiras Parque. Deixando para trás comparações com a Bienal organizada em Vila Nova de Cerveira, o presidente da Paço de Artes ambiciona um lugar de destaque para Exposição organizada pelo Paço de Artes este certame: “A Bienal irá certamente ser uma maisvalia para a vila, não só em termos culturais como turísticos”. Os artistas convidados para esta Bienal pertencem não só à Paço de Artes, mas também a outras associações como a Artiset de Setúbal, a Aquartis da Amadora e a Associação GART de Vila Franca. No mes como Luís Vieira-Batista, Victor Lages, Magnus Monserrat, Serrão Faria, Ana Maria Malta, entre outros, honram a A Bienal vai unir artistas organização e dignificam a iniciativa. A maior parte dos traba- ao projecto e hoje está, praticamente, lhos expostos são de pintura mas as tudo a postos. esculturas, a fotografia e o desenho Na sede da Associação estabelecemtambém irão merecer destaque no cer- se contactos, recebem—se as obras de tame. O empurrão que faltava à con- arte, preparam-se os convites e acercretização deste tam-se os últimos detalhes, num traevento foi dado balho estreito com o vice-presidente, por Nuno Cam- Vítor Martinez. A preparação deste pilho, presidente evento exigiu uma logística alargada, da Junta de Fre- desde “os seguros para as obras de arte, guesia de Paço de à segurança reforçada nos locais de expoArcos “que achou sição”, explica Barral Correia. Todas as a ideia interessan- peças estão devidamente catalogadas te e nos deu todo e o público terá acesso ao Curriculum o apoio”, conta de todos os artistas plásticos duranBarral Correia. te a exposição. Também na internet o Outras entidades evento tem estado a ser acompanhacomo a Câma - do através de um blog disponível em ra Municipal de http://pacodeartes.blogspot.com. Oeiras e os SMAS A inauguração oficial irá ter lugar no de Oeiras e Ama- Salão Nobre dos Bombeiros, no dia 30 dora juntaram-se de Outubro. 18 Dia Nacional da Água 27 Setembro 2010 Poupar e preservar para um futuro sustentável O primeiro dia de Outubro marca o início de um novo ano hidrológico em Portugal, sendo assinalado como o Dia Nacional da Água, data que foi instituída em 1983 com o objectivo de relembrar à sociedade a importância vital deste recurso e sensibilizar os portugueses para a necessidade de o preservar através de comportamentos e hábitos quotidianos responsáveis. Sendo este um tema global, cujas preocupações e consequências atingem os quatro cantos do globo terrestre, a água tem direito não só a um Dia Nacional como a um Dia Mundial, que anualmente se assinala a 22 de Março. Foi nesse âmbito que a Organização das Nações Unidas (ONU) assinalou a data aludindo ao tema «Água Limpa para Um Mundo Saudável», proposta que tinha como meta aumentar a cons- ciência pública, tanto da população como dos governos, para a importância da conservação dos recursos de água potável. Na mensagem oficial que dirigiu ao Mundo naquele dia, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon deu ênfase às dificuldades extremas vividas em alguns países em vias de desenvolvimento, onde os problemas relacionados com os recursos hídricos são mais visíveis: “A água é o elo que une todos os seres vivos do planeta e está ligada directamente aos objectivos das Nações Unidos: melhorar a saúde materna e das crianças, a esperança de vida, a emancipação das mulheres, o desenvolvimento sustentável, bem como a adaptação e a atenuação das mudanças climáticas”, referiu na altura. No entanto, lembra o responsável, os recursos hídricos estão cada vez mais vulneráveis e ameaçados à acção nociva do Homem. Diariamente e em vários pontos do Mundo “milhões de toneladas de esgotos sem tratamento e resíduos industriais são agrícolas despejados em sistemas de água”, lamenta. O Secretário-Geral da ONU relembra também que a água potável está gradualmente a tornar-se um bem cada vez mais escasso, situação que tende a agudizar-se nas próximas décadas com as alterações climáticas que o Mundo tem vindo a assistir demasiado impávido e sereno. “Os pobres continuam a ser os primeiros a sofrer com a poluição, a escassez de água e a falta de saneamento adequado”, afirma Ban Ki-moon, enquanto recorda dados estatísticos impressionantes: “Mais pessoas morrem devido à utilização de água não segura do que devido às várias formas de violência, incluindo a guerra”. A preocupação com a escassez dos recursos hídricos potáveis do planeta é tal que a ONU integra o tema, até 2015, nos seus objectivos de Desenvolvimento do Milénio, um plano que pretende assegurar a sustentabilidade ambiental através da integração dos princípios de desenvolvimento sustentável nas políticas e nos programas de cada país, de forma a inverter a tendência de perda de recursos ambientais e de biodiversidade. Entre as várias metas a alcançar está o objectivo de reduzir para metade, até 2015, a proporção da população sem acesso a água potável e saneamento básico e reduzir para dois terços a mortalidade infantil e a incidência de doenças como a malária. Embora o acesso à água potável seja considerado um direito universal, infelizmente o acesso a este recurso vital não é generalizado, calculando-se cerca de 6000 pessoas morram todos os dias por falta de água potável. Trata-se, pois, de um problema que o antigo Secretário-Geral da ONU, Kofi Annan, definiu como “uma crise social, económica, ambiental e política que deveria figurar entre as grandes prioridades da comunidade mundial”. Dia após dia, diversas entidades nacionais e mundiais alertam constantemente para a necessidade de o Mundo proteger os seus escassíssimos recursos hídricos potáveis ou não fosse a água doce um recurso básico e essencial à vida sob todas as suas formas. Convém não esquecer que 97,5% da água disponível no planeta é salgada (encontra-se nos mares e oceanos) e que uma parte significativa dos restantes 2,5% está em forma de gelo ou em regiões subterrâneas de difícil acesso. Isto faz com que a água disponível para o consumo humano represente menos de 1% dos recursos hídricos do planeta, estando localizada em rios, lagos e na atmosfera. Incrivelmente, apenas 0,007% do total Dia Nacional da Água 27 Setembro 2010 de água doce está disponível para consumo humano, um número ínfimo que explica o porquê de milhões de pessoas oriundas de países em vias de desenvolvimento não terem acesso nem a água potável nem a saneamento básico. A crescente escassez de água e o rápido aumento populacional são dois factores que levam muitos especialistas a recear que os recursos de água doce possam originar conflitos internacionais no decorrer deste século. A título de exemplo, Portugal partilha quase metade das suas reservas de água (48%) com a «vizinha» Espa nha. Estima-se que, até 2025, dois terços da população mundial vivam em países com uma escassez moderada ou grave de água, uma vez que a quantidade de água disponível por habitante é agora menos de metade do que há 50 anos ao passo que o consumo de água potável triplicou nas últimas décadas. Alterações nos padrões de precipitação e desertificação são alguns dos fenómenos que já têm grande expressão em certas partes do mundo, condicionando a vida de muitos milhões de pessoas. De acordo com dados veiculados pelo Centro de Informação das Nações Unidas, apenas 35% da população asiática é servida por sistemas de abastecimento de água, valor que contrasta com os 100% na América do Norte, os 98% na Ásia ou até mesmo os 70% em África. No que respeita a recursos hídricos, Portugal apresenta uma situação confortável quando comparado com outros países europeus e/ou mundiais. Todavia em termos geográficos é clara a distorção entre os níveis do Norte e do Sul, porventura devido a um clima diferente e marcado por diferentes níveis de pluviosidade. A nível nacional, a agricultura é quem, de longe, mais consome recursos hídricos no nosso país. Ao todo, este sector representa 87% do total de utilização contra apenas 8% no abastecimento urbano às populações. Os restantes 5% são consumidos pelo sector da indústria. Ao nível das perdas, é também a agricultura que regista, claramente, os valores mais altos, com 88% do total de perdas, contra 8% do consumo doméstico e 4% na indústria. Como já foi dito, o agudizar de uma crise tendo como base a escassez de água pode resultar numa crise mundial cujas consequências podem afectar a população a vários níveis. A nível da saúde, a falta de água pode resultar na propagação de doenças de carácter infeccioso e de pandemias que podem originar a morte de muitos milhares de pessoas por ano. Economicamente, uma crise no sector hídrico pode conduzir a um bloqueio no desenvolvimento e à deterioração da economia mundial, podendo culminar, em situações extremas, no racionamento e na inflação do preço da água. A nível alimentar, esta crise pode resultar na queda da produção mundial de alimentos e mesmo a nível populacional pode originar a emigração massiva para países ricos em água. A falta de água pode também alterar alguns ecossistemas, levando à extinção de algumas espécies animais e vegetais, e ter implicação ao nível militar, levando a um surto de conflitos bélicos pelas reservas de água existentes. Urge, pois, poupar este recurso natural, promovendo a sua redução, racionalização e reutilização. Mas afinal, o que poderá o comum mortal fazer para evitar consequências tão nefastas? Simplesmente terá de colaborar em prática pequenos gestos que podem contribuir para a diminuição do consumo de água potável que, em Portugal, é de cerca de 120 litros diários por habitante. Pode, por exemplo, ajustar o autoclismo para o volume de descarga mínimo ou colocar no interior deste uma garrafa de plástico de 1,5 litros cheia de água. Poderá também adoptar a regra de não exceder os duches de cinco minutos e tapar o ralo sempre que procede a qualquer tipo de lavagem, evitando assim deixar a água a correr. Pequenos gestos podem originar grandes poupanças ao final de um ano. Se, por exemplo, utilizar um copo cheio de água para lavar os dentes em vez de o fazer com a torneira aberta poderá obter uma poupança na ordem dos 14 mil litros por ano. Reparações e Remodelações de Canalizações em Redes Domiciliárias Orçamentos Grátis Contacte-nos pelo tel. +351 214 767 370 Mais do que um serviço. Uma inovação 19 20 Actual 27 Setembro 2010 Amadora comemorou aniversário O Presidente discursando O município da Amadora assinalou no passado dia 11 de Setembro o 31º aniversário da elevação da Amadora a Concelho com a tradicional cerimónia do hastear da bandeira em frente aos Paços do Município, ao qual se seguiu a Sessão Solene nos Recreios da Amadora. Aí, os representantes de todos os partidos com assento na Assembleia Municipal tiveram oportunidade de dis- Uma actuação brilhante da CERCIAMA cursar perante centenas de munícipes mas, antes disso, assistiram à actuação da Marcha da CERCIAMA que encantou os presentes com uma alusão à história do concelho da Amadora. Pela primeira vez, o movimento Cidadãos Independentes Pela Amadora (CIPA) foi uma das forças que discursaram na Sessão Solene, tendo a sua representante destacado os problemas sentidos pelos amadorenses, nomeadamente os de carácter ambiental (existência de barracas e degradação do parque habitacional), carácter laboral (filas intermináveis à porta do Centro de Emprego), segurança (número crescente de assaltos) ensino (deficiente construção e humidade em excesso na Escola de Teatro e Cinema da Amadora), rodoviário (problemas decorrentes da construção da CRIL), falta de espaços verdes e de estacionamento. Um dos discursos mais corrosivos relativamente à gestão autárquica da Câmara da Amadora coube ao CDSPP, representado na Sessão Solene por João Castanheira, para quem as preocupações dos munícipes actualmente “centram-se na insegurança crescente, no desemprego galopante, na pobreza persistente e ainda, para nossa imensa vergonha, nas indignas condições de habitação em que continuação a sobreviver quase 10% dos cidadãos deste município”. O representante do PP considerou que falta ambição, visão de futuro e energia ao executivo liderado por Joaquim Raposo e criticou, inclusivamente, “os jardins, os canteiros, as rotundas, as pistas de ski e a restante tralha que tenta tapar os olhos aos mais desatentos”. Por sua vez, o Bloco de Esquerda destacou os pobres que acredita serem cada vez mais: “Fazemos parte de um dos concelhos com maior índice de pobreza, do que resulta um maior número de famílias carenciadas, empobrecidas e fragilizadas. (...) Não há futuro digno na nossa cidade sem políticas que promovam a solidariedade social”, referiu. Pelo PCP discursou Hugo Freire, que criticou a perda de poder de compra da população, o encerramento de bem e de palavra pelo que acredito que o adiantamento será reembolsado em Março do próximo ano. A nossa perspectiva não é as manifestações contra o Governo mas sim encontrar soluções para ultrapassar as dificuldades”, justifica. “Sobre o pré-escolar, no que diz respeito à rede pública e à rede privada, em 2006/07 tinha uma taxa de cobertura de 35 por cento, enquanto em 2009/2010 a taxa de cobertura é de mais de 40 por cento para os 3, 4 e 5 anos. Também aqui estamos muito acima Um Presidente satisfeito antes da sessão solene de empresas, o aumento do desemprego e a precariedade das relações de trabalho como “consequências da política de direita dos últimos governos”. O responsável destacou ainda “a falta de segurança” como “um dos muitos problemas vividos pelas populações que residem na Amadora”, tendo reclamado “mais meios e equipamentos para a acção das forças de segurança pública”. A estas críticas, o Presidente da Câmara Municipal de Amadora (CMA), Joaquim Raposo, respondeu de forma veemente, criticando especialmente o termo «tralha» com que o deputado popular apelidou algum do trabalho desenvolvido pelo executivo amadorense. Joaquim Raposo incidiu o seu discurso sobretudo sobre o tema da educação, nomeadamente acerca da problemática das poucas creches existentes: “É necessário que se invista e devo dizer que temos um conjunto de salas que vão funcionar neste ano lectivo, apesar de não terem a garantia do pagamento dos acordos com a Segurança Social mas que a Câmara irá assumir porque, pior do que fazer isso, seria dizer não. Se o Governo não faz acordos, nós encerramos as creches? Não, não é essa a nossa posição. Não estamos aqui para concordar ou não com o Governo mas sim para encontrar as melhores soluções para os amadorenses, independentemente do Governo”, justifica. Ainda a propósito deste mesmo assunto, o edil admitiu que “iremos substituir-nos ao Governo caso seja necessário garantir às instituições do concelho que assumiram esse compromisso as condições de funcionamento necessárias para tal. Tenho as pessoas do Governo como pessoas relativamente às expectativas do governo relativamente àquilo que deve ser a média nacional. Entendo que também aqui é necessário continuar a investir naquilo que chamou de tralha”. Investir na Educação é ponto de ordem para o Executivo liderado por Joaquim Raposo: “É um sector em que não temos o conceito de gasto mas sim de investimento e, de facto, investimos mais de seis milhões em três unidades escolares. A Educação é a nossa opção política e, sobre isso, não estamos enganados”, garante. O Presidente da CMA mencionou também a área da Acção Social, onde destacou a subida superior a 30 por cento entre 2007 e 2010 relativa a apoios a instituições que trabalham diariamente nesta área, sublinhado ainda o protocolo estabelecido com uma instituição do concelho que irá permitir o acesso médico de clínica geral a mais munícipes, nomeadamente idosos e pessoas de baixos recursos económicos. “Não é nossa obrigação, do ponto de vista da lei, encontrar estas soluções mas é nossa obrigação encontrar soluções para as dificuldades da população da Amadora”, finaliza. Representantes dos SMAS de Oeiras e Amadora Rua 5 de Outubro, n.º 7 A/B 2700-197 AMADORA • Tel. 21 498 99 00 IPSS Urgências www.ovigilante.pt • [email protected] ao Domicílio 24 horas aos Sábados, Domingos e Feriados dias da semana das 21.00 horas às 06.00 horas Actual 27 Setembro 2010 O canto do Poema SINTRA Linda serra enfeitiçada Com palácios deslumbrada Com castelos fortificada! Coberta de verdes árvores. Serra enfeitiçada…! Que transformaste aquelas lágrimas Em pedras grandes e pequenas Que tal como o amor são eternas… Serra enfeitiçada… Por um turbilhão de pedras Umas grandes, outras… pequenas! Quem sabe… donde vieram!?! Algumas lágrimas porém, Juntaram-se cristalinas Numa pequena lagoa A quem chamam “Lagoa Azul”! Talvez que… do seu castelo, Alguém chorasse o seu amado Muitas lágrimas derramando E que… rolaram pela serra…! Azul é o céu Verde é a Serra Que salpicada por pedras e flores És sim… uma Serra enfeitiçada… Rolendis Albuquerque Oeiras escolhe bolo-rei “É um bom garfo?” Esta foi a pergunta que levou centenas de curiosos ao Jardim Municipal de Paço de Arcos no passa do dia 19 de Setembro, data que ficou também assinalada por mais uma acção «Marginal sem Carros», em Oeiras, tendo a iniciativa «O Melhor Bolo-Rei de Oei ras» sido promovida pela Câmara Municipal de Oeiras (CMO), à margem do programa da Semana Europeia da Mobilidade 2010 no con Uma iniciativa que contou com a participação do público celho. O objectivo do concurso foi encontrar população. “Todas as casas aqui presentes o fornecedor para os bolos-rei que são de qualidade. O resultado atribuído à complementam habitualmente o cabaz Sacolinha foi seguramente fruto do nosso de Natal distribuído aos funcionários trabalho, que desenvolvemos há 24 anos na da CMO e incentivar o comércio local. linha de Cascais. Primamos pela qualidade Estiveram presentes seis pastelarias utilizando sempre produtos tradicionais e panificações sedeadas no concelho comprados no mercado nacional”, explicou - Apopol, Seli Café, Signo Aquarius, José António, Director do Grupo Saco Neuza, Queques da Linha e Sacolinha de linha. A pastelaria tem agora o desafio Oeiras - que distribuíram gratuitamente de garantir a produção de 4.000 bolos300 bolos-rei pelos degustadores que rei, a distribuir na segunda quinzena de Dezembro, pelos cabazes de natal por ali passaram. Para a CMO esta é uma iniciativa a da CMO. O prémio foi entregue pelo repetir: “No próximo ano queremos ter Presidente da CMO, Isaltino Morais, mais pastelarias, apesar de este ano a adesão depois de fazer a degustação dos bolosjá ter sido muito boa”, comentou Elisabete rei. “Fiquei surpreendido com a adesão das Brigadeiro, membro da organização da pessoas. Havia fila para comer e votar. CMO. Este evento serviu não só para gerar um Entre as 10h00 e as 12h00 votaram no convívio e descontracção entre os cidadãos, melhor bolo-rei de Oeiras mais de 2.500 mas também sentimentos de pertença à vila pessoas, tendo as iguarias da Sacolinha de Paço de arcos e ao concelho de Oeiras”, de Oeiras sido eleitas as favoritas da comentou o autarca. Mudanças e Distribuição 21 22 Actual 27 Setembro 2010 SMAS de Sintra expõe no CascaiShopping OS SMAS de Sintra vão comemorar o Dia Nacional da Água marcando presença entre 1 e 10 de Outubro no Centro Comercial CascaiShopping com uma exposição cujo intuito é demonstrar a preocupação constante na divulgação das diversas acções e actividades daqueles Serviços Municipalizados. Ao longo dos dez dias, os visitantes poderão obter diversos esclarecimentos junto de um funcionário dos SMAS de Sintra que marcará presença no local, sendo ainda de realçar os ateliers de sensibilização ambiental que os serviços irão promover aos fins-de-semana para a população infanto-juvenil. ALA homenageou Pedro Falcão A Academia de Letras e Artes (ALA), em parceria com a Câmara Municipal de Cascais e a Junta de Freguesia de Cascais, homenageou no passado dia 19 de Setembro o escritor cascalense Pedro Falcão, autor da trilogia «Cascais Menino» ou «Os Valadores» e «Não Há Capitão», entre outras obras. A homenagem ocorreu uma década depois da morte de Pedro Falcão e contou com um passeio guiado pedestre entre a Casa do Sol e o Centro Cultural de Cascais, onde decorreu uma conferência que contou com intervenções do Prof. Doutor António Sousa Lara, Comendador Joaquim Baraona, Dra. Eliza Frugnoli, Prof. Doutor Paulo de Morais-Alexandre e Dr. Pedro Morais Soares. JOALHARIA VALBOM COMPRA Ouro - Prata Relógios (marcas) Penhores Avaliações gratuitas Cobrimos Ofertas R. Frederico Arouca (R. Direita), 385 B • Cascais Tel.: 214 836 035 / 917 705 079 e-mail: [email protected] Câmara Municipal da Amadora vai relançar o Concurso Gastronómico do município, desafiando os restaurantes a confeccionarem o «Coelho à Pedro dos Coelhos», uma receita dos finais do século XIX. A iniciativa decorre nos dias 1, 2, 3, 8, 9 e 10 de Outubro, podendo concorrer todos os estabelecimentos de restauração do concelho. As normas do concurso prevêem um prémio monetário de mil euros para o vencedor do concurso, 500 euros para o melhor Prato Cidade da Amadora e 250 euros para a sobremesa. AHBVQ (Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Queluz) assinala no próximo mês de Outubro o seu 89º aniversário. Do plano de actividades consta a representação da peça infantil «Vozes da Montanha» no dia 2, o desfile do corpo de bombeiros nas freguesias de Massamá e Queluz no dia 5, a Sessão Solene e o concerto com os Heróis da Música no dia 10 e as actuações de Kafé Kafka e do Teatro das Canções a 17 e 24 de Outubro, respectivamente. Loja Cascais, um novo espaço para o atendimento municipal, abre ao público no dia 27 de Setembro em pleno centro da Vila, junto à Repartição de Finanças. Neste espaço, a autarquia irá centralizar todos os serviços num só local, estando a Loja Cascais aberta ao público de segunda a sexta-feira, das 08h30 às 19h30, e ao sábado entre as 09h30 e as 15h00 para assim melhor responder às necessidades dos munícipes. Coral Encontro de Queluz, dirigido pelo Maestro Sérgio Fontão, está actualmente a realizar admissões para novos coralistas, podendo os interessados obter todas as informações necessárias no site da instituição em www.coralencontro.com. «Kit do Mar Cascais» irá incluir, para além do 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico, os alunos do 10.º, 11.º e 12.º anos. A novidade foi apresentada no Centro de Interpretação Ambiental da Pedra do Sal, pela Cascais Atlântico, e conta com a parceria da Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar (EMAM), Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC) e a Comissão Nacional da UNESCO. O «Kit do Mar» é um programa educativo destinado a sensibilizar alunos das escolas do Concelho de Cascais para as temáticas relacionadas com o Mar. Junta de Freguesia de Algés assinalou, em parceria com a Câmara Municipal de Oeiras e com a PSP – Escola Segura, o Dia Europeu Sem Carros com uma iniciativa que contou com a participação dos alunos da Escola Sofia de Carvalho devidamente fardados. Os miúdos puderam participar numa Operação Stop na Rua Damião de Góis, junto ao Palácio Anjos, onde sensibilizaram a população da freguesia para a prevenção rodoviária, distribuindo folhetos informativos. Delegação de Oeiras da Associação Coração Amarelo vai realizar no dia 31 de Outubro um «Concerto de Outono» pela Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras, no Auditório do CASO, junto ao Liceu de Oeiras, pelas 18h00. Câmara Municipal da Amadora apresentou recentemente os 48 patrulheiros que vão estar envolvidos em actividades de vigilância e patrulha de parques e jardins, bem como no acompanhamento de crianças à escola. Pombal XXI – Associação de Moradores Bairros do Pombal e Bento de Jesus Caraça assinalou no passado dia 18 de Setembro, nas instalações do CCD Oeiras, o seu quinto aniversário com uma Sessão Solene que ficou marcada pelo balanço feito dos primeiros cinco anos de actividade, assim como pela apresentação da Pombal XXI – The Project, um Plano de Desenvolvimento Local que visa dinamizar as comunidades locais e outros bairros municipais do concelho de Oeiras. AHVVC (Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cascais) lançou recentemente a primeira pedra do seu Complexo de Piscinas, obra que está orçada em dois milhões de euros e que será suportada integralmente pela autarquia através do pelouro do Desporto, tendo o concurso público sido ganho pela empresa Comprojecto. es v Bre Av. Bons Amigos vai ser requalificada A Avenida dos Bons Amigos, que constitui um dos principais eixos da Freguesia de Agualva, com uma forte componente comercial e um elevado movimento pedonal, tem vindo a ser alvo de obras de requalificação desde o início do mês de Agosto. Esta avenida assume também especial importância por permitir o acesso ao futuro interface rodo-ferroviário da Estação de Agualva-Cacém, sendo passagem obrigatória de praticamente todas as carreiras de transportes colectivos de passageiros que circulam na cidade. A obra de reperfilamento e requalificação da Avenida dos Bons Amigos irá, numa primeira fase, incidir na área compreendida entre o túnel até à Praceta da Fraternidade Universal, consistindo na redefinição e delimitação dos lugares de estacionamento, na revisão da rede pluvial existente e execução de novo pavimento betuminoso e na criação de duas vias de trânsito. Actual 27 Setembro 2010 ESPAN entrega diplomas Diplomas para as duas melhores alunas A Escola Secundária Padre Alberto Neto (ESPAN) comemorou recentemente o Dia do Diploma, uma criação do Ministério da Educação cujo intuito é levar as escolas a entregarem neste dia os diplomas aos alunos que completaram os seus cursos. No total, foram entregues cerca de 200 diplomas aos alunos do ensino secundário, tendo ainda sido entregues dois Diplomas de Mérito (e um cheque no valor de 500 euros) atribuídos pelo Ministério de Educação ao Melhor Aluno dos Cursos Científico-Huma- nísticos e ao Melhor Aluno dos Cursos Profissionais. Por sua vez, a ESPAN ofereceu um Diploma ao Melhor Aluno de cada Ano Lectivo e ao Melhor Aluno por cada Curso dos CientíficoHumanísticos e dos Cursos Profissionais (e um cheque no valor de 50 euros a cada aluno). A cerimónia contou com a presença do Vice-Presidente e Vereador da Educação da Câmara Municipal de Sintra, Marco Almeida, assim como um representante da DRELVT (Direcção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo) e uma representante da Junta de Freguesia de Queluz, entre outras entidades convidadas. Curiosamente, a inauguração do novíssimo Auditório ocorreu na véspera desta cerimónia, aquando da Reunião Geral de Professores da ESPAN, mas a entrega dos diplomas foi o primeiro evento aberto ao público a decorrer neste espaço da renovada ESPAN. De salientar, por outro lado, que as aulas na ESPAN arrancaram com todas as obras praticamente concluídas, faltando apenas finalizar os últimos acabamentos na zona do Ginásio, intervenção que deverá estar pronta já no início de Outubro: “A escola está operacional, está fantástica e convida à realização de um melhor trabalho por parte de todos”, sublinhou ao nosso jornal, Fernando Ascenço, Vice-Director da ESPAN. Serviços • Impressão e Recorte Vinil com ou sem aplicação • Decoração de montras e viaturas • Criação e manutenção de sites on-line • Criação de logotipos Execução Cartazes • Poster´s • Carimbos • Serigrafia • Folhetos • Cartões • Reclamos Luminosos • Etiquetas • Sinalética • Sistemas de Exposição • Estampagem em Vestuário • Plastificações até A0 | Digitalizações Rua Helidoro Salgado, 6 A | 2700-447 Amadora Tel/Fax. 214 924 745 | Email: [email protected] | [email protected] 23 Carnaxide vai estar em festa A freguesia de Carnaxide comemora no mês de Outubro as Festas da Freguesia que, de acordo com o presidente da Junta, Jorge de Vilhena, “pretendem envolver a comunidade, as suas gentes e revitalizar tradições com inovação”. As festividades contam com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras e do comércio local e irão decorrer entre os dias 2 e 10 de Outubro, tendo também a colaboração de diversos agentes culturais, desportivos e sociais da freguesia. Entre as várias actividades, merece destaque a missa solene de Acção de Graças a S. Romão, padroeiro da freguesia, que será realizada na Paróquia de Carnaxide. Próximas Actividades Culturais a realizar na sede da Academia Dia 30 de Setembro – 19h30 Conferência: “Norberto Lopes o jornalista do século XX, por Paulo Machado de Jesus”, com exposição de inúmeros documentos, fotografias, objectos e reportagens sobre as viagens, entrevistas e personalidades mundiais que entrevistou. Dia 5 de Novembro – 19h00 Atribuição da Ordem de Mérito e Homenagem a: Luciano Gonçalves Mourão, Presidente da Junta de Freguesia do Estoril pelos relevantes serviços prestados durante os seus mandatos, em especial pelo apoio directo prestado aos sectores da educação, cultura e solidariedade social; Américo Simões Santo, empresário, pelo apoio prestado no campo da solidariedade social e cultura, nomeadamente a instituições como a ALA, Cercica, Casa da Encosta, Associação de Deficientes do Pai-do-Vento, Santa Casa da Misericórdia de Cascais, corporações de bombeiros de Cascais, Ansião e Chão de Couce e paróquias de Cascais, Ansião e Chão de Couce. De 12 a 26 de Novembro VI Exposição Colectiva de Pintura da ALA – Academia de Letras e Artes com a participação de António Lara, Dário Vidal, Filipa Alberti, Filipa Pinto Basto, Luís Athouguia, Luís Guimarães, Luís Telhado, Marcello de Moraes, Nela Vicente, Rolendis Albuquerque, Teresa Capucho e Conde de Guedes. Horário de Funcionamento: 2ª a 6ª feira, das 10h00 às 13h00 e das 15h00 às 18h00. Sábados das 15h00 às 18h00. Av. Castelhana, n.º13 · 2765-405 Monte Estoril Telf./Fax: 214 685 604 • E-mail: [email protected] Rua de São José - Alvide 2775-316 Alcabideche Tel./Fax 21 486 87 51 Berçário • Creche • Jardim de Infância Apoio Escolar 1.º e 2.º Ciclo • Expressão Motora Expressão Musical • Expressão Dramática Expressão Plástica • Natação • Karaté • Dança • Informática • Actividades de Verão Inglês Aprender é divertido .a feira Encerra à 3 A qualidade gastronómica com atendimento de eleição num ambiente de requinte 24 5 de Outubro 27 Setembro 2010 República comemora 100 anos Manuel d´Arriaga, primeiro Presidente da República Portuguesa A Implantação da República Portuguesa resultou de um golpe de estado organizado pelo Partido Republicano Português que, no dia 5 de Outubro de 1910, destituiu a monarquia constitucional e implantou um regime republicano em Portugal. A subjugação do país aos interesses coloniais britânicos, os gastos da família real, o poder da igreja, a instabilidade política e social, o sistema de alternância de dois partidos no poder (os progressistas e os regeneradores), a ditadura de João Franco e a aparente incapacidade de acompanhar a evolução dos tempos e se adaptar à modernidade contribuíram para um inexorável processo de erosão da monarquia portuguesa do qual os defensores da república, particularmente o Partido Republicano, souberam tirar o melhor proveito. Por contraponto, a república apresentava-se como a única capaz de devolver ao país o prestígio perdido e colocar Portugal na senda do progresso. Após a relutância do exército em combater os cerca de dois mil soldados e marinheiros revoltosos entre 3 e 4 de Outubro de 1910, a República foi proclamada às 9 horas da manhã do dia seguinte da varanda dos Paços do Concelho de Lisboa. Após a revolução, um governo provisório chefiado por Teófilo Braga dirigiu os destinos do país até à aprovação da Constituição de 1911 que deu início à Primeira República. Entre outras mudanças, com a implantação da República, foram substituídos os símbolos nacionais: o hino nacional e a bandeira. De realçar, por outro lado, que o movimento revolucionário de 5 de Outubro de 1910 deu-se na sequência da acção doutrinária e política que, desde que foi criado em 1876, o Partido Republicano Português (PRP) foi desenvolvendo, com o objectivo de derrubar o regime monárquico. Ao fazer depender o renascimento nacional do fim da monarquia, o Partido Republicano conseguiu demarcar-se do Partido Socialista Português, que defendia a colaboração com o regime em troca de regalias para a classe operária, e atraiu em torno de si a simpatia dos descontentes. Deste modo, os desentendimentos dentro do partido acabaram por residir mais em questões de estratégia política do que ideológica. O rumo ideológico do republicanismo português já fora traçado muito antes, pelas obras de José Félix Henriques Nogueira, pouco se alterando ao longo dos anos, excepto em termos de adaptação posterior à realidade do país. Para isso contribuíram as obras de Teófilo Braga que tentou concre- mente aproveitadas, apresentando-se os republicanos como os verdadeiros representantes dos mais puros sentimentos nacionais e das aspirações populares. Para além de Rodrigues de Freitas, também Manuel de Arriaga, José Elias Garcia, Zófimo Consiglieri Pedroso, José Maria Latino Coelho, Bernardino Pereira Pinheiro, Eduardo de Abreu, Francisco Teixeira de Queirós, José Jacinto Nunes e Francisco Gomes da Silva foram eleitos deputados, representando o PRP em diversas sessões legislativas entre 1884 e 1894. Desta data e até 1900 não houve representação parlamentar republicana. Nesta fase, em que esteve afastado do parlamento, o partido empenhou-se na sua organização interna. Após um período de grande repressão ao PRP, o movimento republicano pôde entrar novamente na corrida às legislativas em 1900, elegendo quatro deputados: Afonso Costa, Alexandre Braga, António José de Almeida e João de Meneses. O 5 de Outubro hoje Governo provisório da República Portuguesa em 1910 tizar as ideias descentralizadoras e federalistas, abandonando o carácter socialista em prol dos aspectos democráticos. Esta mudança visou, também, cativar a pequena e média burguesia, que se tornou uma das principais bases de militância republicana. Nas eleições de 13 de Outubro de 1878 o PRP conseguiu eleger o seu primeiro deputado, José Joaquim Rodrigues de Freitas, pelo Porto. Outra forte componente da ideologia republicana foi o acentuado anticlericalismo, devido à teorização de Teófilo Braga, que identificou a religião como um empecilho ao progresso e responsável pelo atraso científico de Portugal, em oposição aos republicanos, vanguarda identificada com a ciência, o progresso e o bem-estar. As questões ideológicas não eram fundamentais na estratégia dos republicanos: para a maioria dos seus simpatizantes, que nem sequer conhecia os textos dos principais manifestos, bastava ser contra a monarquia, contra a Igreja e contra a corrupção política dos partidos tradicionais. Esta falta de preocupação ideológica não quer dizer que o partido não se preocupasse com a divulgação dos seus princípios. A acção de divulgação mais eficaz foi a propaganda feita através dos seus comícios e manifestações populares e de jornais como A Voz Pública, no Porto, e O Mundo (a partir de 1900) e A Luta (a partir de 1906), em Lisboa. A propaganda republicana foi sabendo tirar partido de alguns factos históricos de repercussão popular. As comemorações do terceiro centenário da morte de Luís de Camões, em 1880, e o Ultimatum britânico, em 1890, por exemplo, foram ampla- Um centenário depois, a implantação da República será comemorada um pouco por todo o país com actividades diversas, nomeadamente exposições, lançamentos de livros e CD´s alusivos à efeméride, conferências e palestras, entre outras actividades. A Câmara Municipal de Cascais, por exemplo, vai assinalar a data ao longo de todo o mês de Outubro com as seguintes actividades: inauguração da exposição «A República em Cascais: 1910-1925», na Biblioteca Municipal de Cascais (5 de Outubro); representação da peça de teatro «Exilado a Sul», no Museu Condes de Castro Guimarães (de 5 a 31 de Outubro); lançamento de CD de Carlos Guilherme e João Balula Cid no Centro Cultural de Cascais (7 de Outubro); conferência e apresentação do livro «Os postais na Primeira República», no Espaço Memória dos Exílios (8 de Outubro); conferência sobre o Centenário da República no Espaço Memória dos Exílios (29 de Outubro); lançamento do livro «Cem Anos a Ensinar: Colégio da Bafureira», no Colégio da Bafureira (2 de Novembro). Rei D. Manuel II de Portugal 27 Setembro 2010 José Relvas proclama a República Ainda no concelho de Cascais, a Junta de Freguesia da Parede vai assinalar o Centenário da República no dia 5 de Outubro com um espectáculo de rua alusivo ao tema, pelas 10h30, e um concerto da pianista Olga Prats no Auditório da Escola Fernando Lopes Graça, às 18h30. Por sua vez, a Câmara Municipal de Oeiras começou por promover no Centro Cultural Palácio do Egipto, no dia 16 de Setembro, uma iniciativa denominada «Conversas: Os 100 Anos da República» com Raquel Henriques da Silva, à qual se seguiu no dia seguinte uma visita guiada à 5 de Outubro Fábrica da Pólvora sob a orientação cípio da Amadora, estão já de Filomena Ribeiro, subordinada ao a decorrer duas exposições tema «Os últimos anos da Monarquia no território amadorense. A e a implantação da República / As primeira denomina-se «O 5 grandes transformações face a uma de Outubro na toponímia da revolução industrial tardia». Amadora» e está patente até Para o mês de Outubro, a autarquia de 18 de Maio de 2011 no Núcleo Oeiras está a preparar o IX Encontro Museológico do Casal da de História Local do Concelho de Falagueira podendo ser visiOeiras cujo tema será «República e tada de segunda a sábado das Republicanos em Oeiras». O even- 09h00 às 13h00 e das 14h00 às to irá decorrer no Auditório da 17h00. Por outro lado, está Biblioteca Municipal de Oeiras e será patente até dia 7 de Outubro coordenado e moderado pelo histo- no Centro Nacional de Banda riador Joaquim Boiça, estando pre- Desenhada e Imagem a exvistas palestras de Luís Farinha, Ana posição «1ª República na Paula Torres e João Cravo no dia 14 Génese da Banda Desenhada de Outubro e de Jorge Miranda, Maria e no Olhar do Século XXI», Gabriela Salgado, Filomena Serrão, que pode ser apreciada de Ana Gaspar, Célia Florêncio, Jaime terça a sexta-feira entre as Casimiro Cortesão e Joaquim Boiça 09h30 e as 12h30 e depois das 14h00 no dia 15 de Outubro. Neste mesmo às 17h30. dia será ainda lançado o Caderno de À data do fecho desta edição, não tíPatrimónio «Notas sobre o Concelho nhamos ainda recebido qualquer inforde Oeiras no 5 de Outubro de 2010», mação por parte da Câmara Municipal igualmente no Auditório da Biblioteca de Sintra relativamente às comemoraMunicipal de Oeiras. ções do centenário da República, nem Para o dia 16 de Outubro, a Câmara constava do site da autarquia qualquer Municipal de Oeiras agendou ain- referência à efeméride. da uma visita guiada a «Oeiras e a 1ª República», coordenada por Joaquim Boiça, Jorge Miranda, Célia Florêncio, Filomena Serrão e Gabriela Salgado, estando ainda prevista para essa data a actuação do Grupo Coral Viva Voz, da Associação dos Antigos Alunos e Amigos do Liceu Nacional de Oeiras / Es cola Secundária Sebastião e Silva. Relativamente ao muni- Revolução Republicana foi preparada por militares e civis 25 Também o Museu da Presidência da República está a preparar um vasto programa de actividades alusivas à celebração do centenário da implantação da República, que serão comemoradas entre os dias 1 e 5 de Outubro. Ao longo dos cinco dias de actividades, o Palácio de Belém estará aberto ao público, com entrada livre, estando previstas visitas às exposições temporárias, ao Palácio de Belém e aos jardins, bem como Actividades Educativas e Pedagógicas, nomeadamente visitas orientadas, oficinas pedagógicas e um peddy-paper. Entre 1 e 5 de Outubro terá lugar, diariamente, um concerto pelas 21h30 no Palácio de Belém, cabendo a Sara Tavares a honra de abrir esse ciclo de actuações. Seguem-se António Zambujo no dia 2, Lara Li a 3 de Outubro, Amália Hoje no dia 4 e finalmente a fadista Mariza no dia 5 de Outubro. 26 Previsões para Outubro Carneiro Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 11 Carta do Mês: O 6 de Copas, que significa Nostalgia. Amor: Sentir-se-á muito nostálgico durante este mês. Seja mais optimista! Pratique o pensamento positivo e as acções construtivas agora! Saúde: lembre-se que o desânimo se reflecte negativamente na saúde. Tenha pensamentos positivos e verá que se sentirá melhor. Dinheiro: Evite precipitar-se, dê um passo de cada vez. Número da Sorte: 42 Touro Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 12 Carta do Mês: 4 de Espadas, que significa Inquietação, agitação. Amor: Pense bem antes de se envolver numa nova relação. Desenvolva a sua clareza mental, emocional e espiritual. Saúde: Mês estável e cheio de energia positiva. Dinheiro: É um bom momento para negócios, propício à venda de imóveis. Número da Sorte: 54 Gémeos Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 13 Carta do Mês: 9 de Ouros, que significa Prudência. Amor: Deixe o seu orgulho de lado e opte por conversar calmamente com a sua cara-metade. Abra o seu coração e seja fiel ao que ele lhe transmite. Saúde: Possíveis problemas respiratórios. Dinheiro: Avance com a abertura de um negócio próprio, mas informe-se bem antes de o fazer. Número da Sorte: 73 Caranguejo Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 14 Carta do Mês: O Diabo, que significa Energias Negativas. Amor: Evite pensamentos negativos. Adopte uma postura mais descontraída perante a vida. Descubra a força imensa que traz dentro de si! Saúde: Tendência para apanhar uma pequena constipação. Dinheiro: Acontecimentos inesperados farão com que seja promovido mais cedo do que julga. Número da Sorte: 15 Leão Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 15 Carta do Mês: Rainha de Ouros, que significa Ambição, Poder. Amor: Poderá viver uma aventura de grande importância para si. Mostre toda a sua força, determinação e criatividade, e ponha em prática os seus projectos com paixão. Saúde: Dê mais atenção às dores de cabeça. Dinheiro: Não seja tão materialista, pois só tem a perder com isso. Número da Sorte: 77 Virgem Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 16 Carta do Mês: Ás de Paus, que significa Energia, Iniciativa. Amor: Tenha uma atitude de confiança para com a pessoa amada. Abra o seu coração, e isso trará um novo sentido ao seu relacionamento. Saúde: Possíveis dores de ouvidos. Dinheiro: Cuidado com as finanças. Vigie melhor as suas despesas. Número da Sorte: 23 P e n s a m e n t o s Quando fazes o bem, nasce dentro de ti um maravilhoso sentimento (Rabi Harold Kushner) Temos de nos unir, não para estarmos juntos, mas para fazer qualquer coisa juntos (Donoso Cortés) Arte & Sol Solário & Jet Bronze Bronzeado todo o ano sem U.V. para Homem e Senhora 27 Setembro 2010 Balança Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 17 Carta do Mês: 3 de Ouros, que significa Poder. Amor: Aposte no diálogo e na compreensão. Que a luz da sua alma ilumine todos os que você ama! Saúde: Estão previstos alguns problemas digestivos. Dinheiro: Excelente oportunidade para equilibrar as suas contas. Número da Sorte: 67 Escorpião Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 18 Carta do Mês: 4 de Copas, que significa Desgosto. Amor: O companheirismo é a base de qualquer relação. Fale sobre o que é necessário e seja carinhoso. Saúde: Combata a tendência para se isolar e reflectir demasiado. Dinheiro: Algo inesperado poderá acontecer e colocar em causa a sua competência. Mostre o que vale com determinação e coragem! Número da Sorte: 40 Sagitário Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 19 Carta do Mês: 6 de Ouros, que significa Generosidade. Amor: Procure ser mais compreensivo com quem o rodeia. Procure dizer coisas boas, a palavra tem muita força! Saúde: Ao longo deste mês poderá ser incomodado por alguns problemas de coluna. Dinheiro: Acredite nas suas capacidades profissionais. Número da Sorte: 70 Capricórnio Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 20 Carta do Mês: 6 de Espadas, que significa Viagem Inesperada. Amor: Uma data muito importante aproxima-se, não se esqueça dela. Exercitar a arte de ser feliz é muito divertido! Saúde: Proteja-se, não ingira nada que seja nocivo para o seu organismo. Dinheiro: Uma viagem de trabalho irá obrigálo a ausentar-se durante mais tempo do que o previsto. Número da Sorte: 56 Aquário Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 21 Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 21 Carta do Mês: A Justiça, que significa Justiça. Amor: Deixe o orgulho de lado e peça desculpa sempre que errar. Se quer ser verdadeiramente vitorioso, vença-se a si próprio! Saúde: Proteja-se do frio, ou pode ser surpreendido por uma constipação. Dinheiro: Cuidado com os gastos supérfluos. Número da Sorte: 8 Peixes Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 22 Carta do Mês: 10 de Copas, que significa Felicidade. Amor: Surgirá um novo interesse romântico na sua vida. Procure intensamente sentimentos sólidos e duradouros, espalhando em seu redor alegria e bem-estar! Saúde: Regular. Sem nada de grave a assinalar. Dinheiro: Prosperidade para a vida financeira. Número da Sorte: 46 A n e d o t a s A esposa levanta-se no meio da noite e percebe que o marido está a chorar na sala. Ela pergunta-lhe o que se passa e diz: - Lembras-te quando namorávamos, tu tinhas 16 anos e engravidaste? - Lembro-me - disse ela. - Pois é. O teu pai disse-me que se não casasse contigo apanharia 20 anos de prisão... - Sim, e depois? Porque estás a chorar? - Se estivesse preso, estaria livre amanhã... 50 anos de Comunhão Artigos de Beleza Diversos produtos para o todo o tipo de cabelos Artesanato personalizado Ofereça uma prenda diferente numa ocasião especial Centro Comercial Solátia - Av. de Portugal, Lote 9 - Loja 18 - 1.º Piso 2790-130 Carnaxide | Telm: 960 425 697 | 913 598 438 Barral Correia / Margarida Correia 3 Setembro de 1960 a 3 de Setembro de 2010 Empresas 27 Setembro 2010 27 Hospital de Oeiras trata dos nossos amigos A funcionar há cerca de 16 meses na Rua Alfredo de Sousa, 4B, em Oeiras (nas traseiras do edifício dos SMAS de Oeiras e Amadora), o Hospital Veterinário de Oeiras (HVO) veio suprir uma carência que existia no concelho relativamente à saúde e bem-estar dos animais. Actualmente, o HVO (www.hvo.com.pt) é a única entidade em todo o concelho de Oeiras capaz de receber o seu animal a qualquer hora do dia, em qualquer dia do ano. O Dr. Carlo Vaudano é o responsável pela criação deste projecto, iniciado em 1993, ainda com o nome de Animalândia: “Tinha uma clínica veterinária nesta mesma rua, a Animalândia, mas com o tempo o movimento foi aumentando e aquele espaço tornou-se demasiado pequeno para as nossas necessidades. Houve a possibilidade de passar para este espaço, que é bastante mais amplo e aproveitámos a oportunidade”, explica. A mudança de nome deveuse, sobretudo, a uma mudança de conceito. “Passámos a estar abertos 24 horas por dia e a ter internamento pois temos veterinários em permanência. Actualmente recebemos muitos animais feridos cujas patologias não podem ser resolvidas em clínicas pois implicam intervenções cirúrgicas”, adianta. Além de transfusões de sangue, o HVO realiza todo o tipo de intervenções cirúrgicas, nomeadamente oftalmologia, ortopedia ou tecidos moles. Mas é também pioneiro noutras cirurgias Um hospital sempre aberto para tratar dos nossos amigos menos conhecidas: “Somos pioneiros em laroscopia, uma cirurgia onde se fazem dois buraquinhos na barriga do animal. Utilizamos esta opção sempre que uma ecografia não é conclusiva para vermos entretanto o projecto foi reestruturado e o estado do fígado, dos rins, do intestino ou neste momento existe apenas o armazém do baço do animal”, revela o veterinário. que está em S. Domingos de Rana e umas Instalado num local com 220 metros instalações em Oeiras onde estão cerca de quadrados, o HVO conta com dois in400 aquários com os vivos que revende- ternamentos distintos: “Temos um inmos para todo o país”, conta. fecto-contagioso e um normal. O primeiro Qualidade e credibilidade são dois tem capacidade para receber dez animais e o factores que fazem desta empresa lí- internamento hospitalar normal tem capader destacada do mercado específico cidade para doze cães e dez gatos”, indica. de distribuição de peixes a outras lojas O HVO tem um horário de expediende animais. Ao todo, estima a empresa te, de segunda a sábado das 09h00 às que “95% das cerca de 1.800 lojas de ani- 21h00 e domingo entre as 15h00 e as mais que existem em Portugal são nossas 19h00 mas funciona também nos resparceiras”, revela orgulhoso: “Existem tantes horários mediante o pagamento muitas empresas a fazer revenda mas há de uma taxa de urgência. Todavia, ninguém precisa de avisar com antecedência, basta aparecer com o animal seja a situação urgente ou não. Um mundo alegre e colorido Fundada em 1979, a Milaquários é uma empresa familiar que se dedica à aquariofilia, posicionando-se neste mercado específico como sendo uma empresa capaz de fornecer na totalidade uma loja de animais, desde os vivos (maioritariamente peixes mas também répteis, roedores e plantas) até à alimentação e passando pelos brinquedos, produtos de higiene e outros adereços indispensáveis a animais de estimação. Quando surgiu, há pouco mais de três décadas, esta empresa começou por ser uma simples loja de animais que, na altura, apenas comercializava produtos para peixes. “Havia muito pouco mercado, pouca oferta no ramo, e a Milaquários sentiu necessidade de não ser apenas uma loja para começar a importar alguns produtos e foi dessa maneira que fomos evoluindo”, começa por nos contar Roberto Esteves, Director Comercial e de Marketing da empresa. Cor e movimento dão alegria aos aquários Ao longo do seu percurso, a Milaquários foi modelando vários factores que nos diferenciam, como o seu perfil face às necessidades do a antiguidade e a preocupação com a quamercado, tendo chegado em tempos lidade de tudo aquilo que vendemos, sendo a ter abertas várias lojas de venda ao competitivos no preço”. público, situação que actualmente já Actualmente, e para fazer face a um não se verifica: “Hoje estamos apenas no mercado de quase 1.800 lojas espamercado da revenda, já tivemos lojas mas lhadas pelo território nacional, a Milaquários conta com a colaboração de 16 profissionais, um número que “já foi maior” mas que, ainda assim, “é suficiente” para manter a Milaquários na liderança incontestada deste sector: “Hoje em dia as empresas tendem a ter estruturas mais leves e trabalhamos muito com parcerias externas. Somos uma empresa que não transforma nem produz, o que sabemos fazer é vender”, ressalva o Director Comercial e de Marketing da empresa, que conclui salientando que o que diferencia a Milaquários de muitas outras empresas, deste ramo e não só, “são essencialmente dois factores: ao longo destes 40 anos de existência sempre tivemos uma grande preocupação com os animais, esta é uma empresa familiar e cujos proprietários sempre manifestaram grande preocupação pelo bem-estar dos animais; por outro lado tentamos criar um espírito saudável dentro da empresa com um ambiente muito familiar”, finaliza. Roberto Esteves Um “paciente” em tratamento Actualmente, trabalham neste espaço cinco veterinários, uma enfermeira, uma auxiliar, uma tosquiadora e uma recepcionista que curam, auxiliam e mimam os cerca de 20 animais que diariamente passam por este hospital, alguns dos quais têm de ficar internados durante um ou mais dias em virtude das suas patologias. Apaixonado pelos animais desde os oito anos, tenta não se apegar em demasia a todos quantos passam pelo HVO pois não os consegue salvar a todos. Na sua larga maioria, os animais que entram neste hospital são cães e gatos mas surgem também situações onde os profissionais desta casa são obrigados a lidar com outras espécies como cobras, pássaros, coelhos ou hamsters, entre outros.