Ficha de caracterização do meio envolvente da escola 1. Identificação da Equipa Escola: Colégio Cidade Roda Equipa: Os pequenos geólogos Localização Redinha/ Pombal/ Leiria/ Portugal 2. Caracterização do Meio Envolvente 2.1. Enquadramento Geológico Redinha é uma freguesia portuguesa do concelho de Pombal, que se situa no extremo nordeste do concelho, estendendo-se pela vertente Norte e Oeste da Serra do Sicó. A Redinha, tal como a Serra do Sicó está inserida numa zona calcária à qual se dá o nome de Maciço de Sicó. Este é um dos principais maciços calcários carsificados da Orla Mesocenozóica Ocidental. (Consultar Anexo 1 – Carta geológica de Portugal) O Maciço do Sicó trata-se de um carso diversificado e complexo, ditado quer por uma maior complexidade estrutural e morfológica, quer por uma história geomorfológica localmente diferenciada. Corresponde a um paleocarso com uma história complexa e polifaseada que atualmente está em fase de exumação. Neste Maciço há vestígios de diferentes tipos de coberturas superficiais (cretácicas, terciárias e quaternárias). (Consultar Anexo 2 – Unidades geotectónicas de Portugal) A Serra do Sicó corresponde a um conjunto de unidades jurássicas, essencialmente do Jurássico Médio e Superior, dispostas de forma monoclinal. Nas estruturas encontramse ainda dobramentos e fraturas. Na zona da Redinha, pode encontrar-se uma falha com direção N-S. Pág. 1 de 8 2.2. Tipo de Paisagem Na nossa zona encontramos um relevo típico das regiões calcárias, o modelado cársico (Figura 1). Este tipo de paisagem resulta da alteração essencialmente química dos calcários, provocada pelas águas das chuvas, e é caracterizado por estruturas que se distribuem quer superficialmente, quer em profundidade. No Maciço de Sicó podemos encontrar as seguintes formas: grutas, exsurgências, dolinas, lapiás exumados com cobertura vegetal, vertentes íngremes e pedregosas associadas a canhões ou a falhas recentes (Figura 2) e depressões fechadas com pequenas lagoas. Figura 1 – Esquema relativo às estruturas do modelado cársico. Fonte: http://sites.google.com/site/geologiaebiologia/s%C3%A9timo-ano/dinamica-externa-da-terra#TOC-P-ginas-de-apoio Figura 2 – Fotografia de uma vertente associada a um canhão fluvio-cársico. Fonte: http://www1.ci.uc.pt/geomorf/images/poio.jpg Pág. 2 de 8 2.2.1. Dolinas Nos terrenos de zonas cársicas devido à dissolução superficial geram-se depressões, com contornos sinuosos. O bordo das dolinas apresenta geralmente um declive acentuado. O fundo das mesmas pode estar recoberto por uma camada argilosa, a terra rossa. Estas estruturas podem ser consideradas as formas fundamentais do modelado cársico. Figura 3 – Fotografia de uma dolina. Fonte: http://www1.ci.uc.pt/geomorf/images/dolcirco.jpg 2.2.2. Lapiás Correspondem a sulcos superficiais nas rochas calcárias, que podem estar recobertas por uma camada de solo, a terra rossa, ou aflorarem a céu aberto. Figura 4 – Fotografia de um lapiá. Fonte: http://www1.ci.uc.pt/geomorf/images/lapimesa.jpg Pág. 3 de 8 2.2.3. Exsurgências Uma exsurgência é o local onde se inicia um curso de água. São áreas ou pontos de descarga dos aquíferos, geralmente localizados junto de aquíferos suspensos ou locais hidrogeologicamente controlados. Foto 5 – Fotografia de uma exsurgência. Esta exsurgência abastece o concelho de Pombal. Fonte: http://www1.ci.uc.pt/geomorf/images/anco26jan01.jpg 2.3. Tipo de Solos O solo da nossa região é predominantemente argiloso-calcário. Um solo calcário tem poucos nutrientes e grandes quantidades de partículas rochosas na sua composição, o que o torna inadequado para a agricultura. Contudo, o facto de conter grãos pequenos e compactos de argila, torna-o um pouco mais impermeável e permite-lhe a acumulação de alguns nutrientes, o que permite algumas atividades agrícolas. 2.4. Fauna e Flora Na nossa região existe uma vasta biodiversidade. No que respeita à fauna, podemos encontrar: Águia-cobreira, Águia-de-asaredonda, Bufo-real, Cobra-rateira, Geneta, Gralha, Javali, Lagartixa, Osga, Perdiz, Rã, Salamandra e Sapo. Pág. 4 de 8 Quanto à flora podemos encontrar: Acácia, Alecrim, Azinheira, Carrasco, Carvalho, Choupo, Hipericão, Loureiro, Medronheiro, Pinheiro manso e bravo, Rosmaninho, Salgueiro, Sobreiro e Urze. Pág. 5 de 8 Bibliografia/ Webgrafia • http://www.terrasdesico.pt/descobrir-flora.php • http://terrassico.lac.pt/index.php?action=rub_aff&rub_id=153&page_id=284 • http://repositorio.lneg.pt/bitstream/10400.9/972/1/Martins_28627CD_C49.pdf • http://mesozoico.wordpress.com/category/geomorfologia/ • http://sites.google.com/site/geologiaebiologia/s%C3%A9timo-ano/dinamicaexterna-da-terra#TOC-P-ginas-de-apoio • http://snirh.pt/snirh/download/aquiferos_PortugalCont/Ficha_O11.pdf • http://pt.wikipedia.org/wiki/Redinha • https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/12120/1/sico.pdf • http://www.nec-espeleo.org/documentos/Artigo_Trogle.pdf • http://www.escolakids.com/o-solo.htm • http://sites.google.com/site/geologiaebiologia/carta-geol%C3%B3gia-de-portugal • http://pt.wikipedia.org/wiki/Nascente_%28hidrografia%29 • Antunes, Cristina; Bispo, Manuela; Guindeira, Paula. Descobrir A Terra 7. Areal Editores, 2006. Fonte das Fotografias e Imagens: • http://www1.ci.uc.pt/geomorf/fotos.htm#carso • http://sites.google.com/site/geologiaebiologia/s%C3%A9timo-ano/dinamicaexterna-da-terra#TOC-P-ginas-de-apoio Pág. 6 de 8 ANEXOS Anexo 1 – Carta Geológica de Portugal Pág. 7 de 8 Anexo 2 - Unidades geotectónicas de Portugal Pág. 8 de 8