1 Técnica de Crochetagem: uma revisão da literatura Maria Dinorah Henrique dos Santos1 [email protected] Dayana Priscila Maia Mejia2 Pós-graduação em ortopedia e traumatologia com ênfase em terapia manual Faculdade Cambury - GO RESUMO A crochetagem é uma técnica terapêutica relativamente nova no Brasil, cuja eficácia é reconhecida por todos os fisioterapeutas, no entanto, as publicações escritas sobre seus efeitos, suas indicações e resultados obtidos nos tratamentos, estão mais comumente, relacionadas aos estudos acadêmicos, em monografias de conclusão de curso, com poucas publicações em periódicos especializados. OBJETIVO: Apresentar a origem, evolução, eficácia, campo de aplicação e as novas abordagens da técnica de Crochetagem. MÉTODO: Trata-se de pesquisa bibliográfica exploratória baseada em livros, artigos científicos impressos e virtuais e monografias, com levantamento bibliográfico em bases de dados LILACS, IBECS, MEDLINE, Biblioteca Cochrane, SciELO, Wiley, Springer, utilizando os descritores: “crochetagem, diafibrólise percutânea, técnica, reabilitação, ganchos”, bem como, em sites especializados e de instituições de ensino de nível superior utilizando palavras-chave, de forma isolada e em associação. CONCLUSÃO: A busca retornou diversos resultados, dos quais selecionamos 30 publicações, com informações relevantes que demonstram que o método possui um campo de intervenção vasto, sendo extremamente eficiente na reabilitação de paciente com restrições de mobilidade dos planos de deslizamento tecidual. Palavras chave: Crochetagem; diafibrólise percutânea; técnica; reabilitação; campo de aplicação 1. INTRODUÇÃO A crochetagem é uma técnica terapêutica relativamente nova no Brasil, cuja eficácia é reconhecida por todos os fisioterapeutas, no entanto, as publicações escritas sobre seus efeitos, suas indicações e resultados obtidos nos tratamentos, estão mais comumente, relacionadas aos estudos acadêmicos, em monografias de conclusão de curso, com poucas publicações em periódicos especializados. Criada nos anos 70, essa técnica foi proposta por um fisioterapeuta sueco chamado Kurt Ekman, o qual trabalhou em Londres como colaborador do Dr. Cyriax, o precursor da “massagem transversa profunda”. Ekman em suas observações, notou dificuldade em aplicar as técnicas manuais da massagem transversa profunda, criando e aperfeiçoando instrumentos para melhor eficácia. No Brasil, a crochetagem passou a ser difundida, a partir do ano 2000, pelo professor Henrique Baumgarth, presidente da Associação Brasileira de Crochetagem, através de apresentações em congressos, comprovações publicadas em revistas científicas, orientações monográficas e com a prática clínica alicerçada na pesquisa científica, baseada em evidências de resultados 1 Pós-graduanda em Ortopedia e Traumatologia com Ênfase em Terapia Manual. Orientadora, Fisioterapeuta Especialista em Metodologia do Ensino Superior, Doutora em Bioética e Direito em Saúde. 2 2 indiscutíveis. Outro nome de referência é do reconhecido osteopata e fisioterapeuta francês Jean-Yves Vandewalle, desenvolvedor de crochets e de técnicas complementares para potencializar os efeitos da crochetagem e aumentar seu campo de ação, autor do primeiro livro sobre esta técnica. Segundo Baumgarth (2002), a crochetagem é um método de tratamento das algias mecânicas do aparelho locomotor, pela destruição das aderências e dos corpúsculos irritativos interaponeuróticos ou mio-aponeuróticos através de ganchos colocados e mobilizados sobre a pele. Crochetagem Mioaponeurótica é uma técnica baseada em instrumento de tratamento (gancho) usado em pacientes que sofrem de dores de origem inflamatória ou traumática afetando o sistema locomotor (GUIMBERTEAU, 2005). Para Vandewalle (2011) a crochetagem é uma técnica que se propõe a liberar as perdas de mobilidade entre os diferentes planos anatômicos do aparelho locomotor. Ela se apoia, atualmente, sobre descobertas científicas recentes que permitiram materializar o tecido que permite estes deslizamentos. Técnicas complementares foram igualmente criadas a fim de abordar os planos profundos inacessíveis aos ganchos (crochets) e de manter a mobilidade reencontrada através da liberação dos “colamentos” teciduais. O presente artigo de revisão apresenta a origem, evolução, eficácia, indicação e aplicação da técnica de Crochetagem, através de uma pesquisa bibliográfica exploratória baseada em livros, artigos científicos impressos e virtuais e monografias, demonstrando o campo de intervenção do método, sua eficiência na reabilitação de paciente com restrições de mobilidade dos planos de deslizamento tecidual. 2. REVISÃO DA LITERATURA 2.1. A crochetagem A crochetagem é uma técnica terapêutica relativamente nova no Brasil, cuja eficácia é reconhecida por todos os fisioterapeutas, no entanto, suas aplicabilidades, bem como, seus resultados, ainda são pouco conhecidos (AMORIM, 2005). Segundo Baumgarth (2002), a crochetagem é um método de tratamento das algias mecânicas do aparelho locomotor, pela destruição das aderências e dos corpúsculos irritativos interaponeuróticos ou mio-aponeuróticos através de ganchos colocados e mobilizados sobre a pele. Crochetagem Mioaponeurótica é uma técnica baseada em instrumento de tratamento (gancho) usado em pacientes que sofrem de dores de origem inflamatória ou traumática afetando o sistema locomotor (GUIMBERTEAU, 2005). A crochetagem é uma técnica que se propõe a liberar as perdas de mobilidade entre os diferentes planos anatômicos do aparelho locomotor. As perdas de mobilidade intertecidual são responsáveis por numerosas patologias (tendinopatias, lesões musculares, artropatias) e mantêm esquemas lesionais, principalmente, através da disfunção de cadeias musculares. Ela se apoia, atualmente, sobre descobertas científicas recentes que permitiram materializar o tecido que permite estes deslizamentos. Técnicas complementares foram igualmente criadas e surgem como objetivo de otimizar os efeitos da crochetagem e abordar os planos profundos inacessíveis aos ganchos (crochets), ao mesmo tempo expandir seu campo de atuação (VANDEWALLE, 2011). Deste modo, a crochetagem se torna cada vez mais importante na fisioterapia, uma vez que essas descobertas permitem a crochetagem, de forma mais precisa, liberar os planos de deslizamento intermusculares, ligamentares ou nervosos, inacessíveis à mão devido à espessura dos dedos (VANDEWALLE, 2011). Baumgarth (2003) considera três fases sucessivas da Crochetagem: palpação digital, palpação instrumental e fibrólise. Existe ainda a técnica perióstea e a drenagem. 3 A palpação digital é o pinçamento, realizado com a mão esquerda (mão não dominante), que permite um delineamento da área a ser tratada. A palpação instrumental é realizada com o gancho, que melhor se adapte a estrutura a ser tratada; serve para a localização precisa das fibras conjuntivas aderentes e os corpúsculos fibrosos. É realizada colocando-se a espátula do gancho junto ao dedo indicador da mão esquerda. A fibrólise consiste na tração complementar, realizada com a mão que segura o gancho, ao final da fase de tração instrumental. Temos aqui a fase do tempo terapêutico. A técnica perióstea é a raspagem superficial da estrutura anatômica tratada, com uma associação entre a utilização do gancho e uma fricção sobre o tecido periósteo. A drenagem se caracteriza pelo deslizamento superficial da superfície convexa do gancho maior sobre as estruturas miofasciais, a fim de promover descogestionamento venoso e facilitar o aporte de sangue arterial (BAUMGARTH, 2003). O método repousa sobre diferentes princípios: um exame manual preciso que implica em um conhecimento perfeito da anatomia palpatória, para detectar as perdas de mobilidade entre os diferentes planos fasciais; uma abordagem centrípeta em relação à lesão inicial para permitir localizar e liberar as aderências à distância, responsáveis pela patologia; uma metodologia simples, mas precisa, do manuseio do gancho (crochet) pela mão instrumental e, da mão palpatória que cria uma onda tecidual ao longo do tecido de separação (cloison) a tratar (VANDEWALLE, 2011). 2.2. Origem Essa técnica foi criada e proposta por um fisioterapeuta sueco chamado Kurt Ekman, ao fim da década dos anos 40, quando este trabalhou em Londres como colaborador do Dr. Cyriax, o precursor da massagem transversa profunda - MTP3 Ekman em suas observações, notou dificuldade em aplicar as técnicas manuais da massagem transversa profunda, criando e aperfeiçoando instrumentos para melhor eficácia. Ele se deu conta que o tamanho dos seus dedos não permitia atingir de modo preciso certos elementos anatômicos. Então, teve a ideia de utilizar instrumentos de diversos materiais (madeira, corno, casco de tartaruga) para mobilizar os mesmos. Sua prática baseava-se essencialmente sobre uma ação mecânica, guiada pela fisiologia da época: segundo Kurt Ekman, ocorria a liberação de aderências decorrentes dos corpúsculos de cálcio e ácido úrico e, provocadas por micro-traumatismos. Pouco a pouco, a fim de diminuir o fenômeno álgico da crochetagem e melhorar sua eficácia, ele elaborou ganchos em aço inox, de diferentes curvaturas e terminados em uma espátula, que são usados ainda hoje. Mesmo que a fisiologia, a abordagem, o campo de aplicação e o material tenham evoluído consideravelmente, os princípios da técnica permanecem os mesmos do início (VANDEWALLE, 2011). A sua reputação se desenvolveu depois do tratamento com sucesso de algias occipitais do nervo de Arnold, de epicondilites rebeldes e de tendinites de Aquiles rebeldes. Durante os anos 70, ele ensinou seu método para vários colegas, como P. Duby e J. Burnotte. Estes perpetuaram o 3 Henrique Baumgarth e Isis Maia Baumgarth - Associação Brasileira de Crochetagem (Matéria publicada no Jornal Bem Forte Ano VII Nº44). 4 ensino de Ekman lhe dando uma abordagem menos sintomática da patologia. De fato, no início Ekman tinha uma abordagem direta e agressiva, ou seja, dolorosa. Esta abordagem prejudicou durante muito tempo à técnica. P. Duby e J. Burnotte se inspiraram do conceito de cadeias musculares e da filosofia da osteopatia para desenvolver uma abordagem da lesão mais suave, através da diafibrólise percutânea4. No Brasil, a crochetagem passou a ser difundida, a partir do ano 2000 pelo professor Henrique Baumgarth, presidente da Associação Brasileira de Crochetagem, através de apresentações em congressos, comprovações publicadas em revistas científicas, orientações monográficas e com a prática clínica alicerçada na pesquisa científica, baseada em evidências de resultados indiscutíveis5. Destaca-se ainda, os cursos ministrados por Jean-Yves Vandewalle, osteopata e fisioterapeuta, com 16 anos de experiência na técnica, formador mais reconhecido na França e autor do primeiro livro sobre esta técnica6, desenvolvedor de crochets com formas e curvaturas mais confortáveis para os pacientes e adaptadas para todas as zonas anatômicas, além de desenvolvimento de técnicas complementares para potencializar os efeitos da crochetagem e aumentar seu campo de ação. 2.3. Novas descobertas A técnica de crochetagem consiste, inicialmente, em liberar os tecidos de separação interteciduais. As descobertas recentes sobre as fáscias levam a técnica mais para uma mobilização dos planos de deslizamento em seu conjunto, do que para uma “defibrose” entre dois elementos anatômicos. Os novos conhecimentos sobre o tecido entre os planos anatômicos colocaram em evidência a legitimidade da técnica. Permitiram, igualmente, fazê-la evoluir associando técnicas complementares que permitem: Liberar os planos de deslizamento profundos inacessíveis ao gancho; Inibir os espasmos reflexos que perturbam a mobilidade entre os músculos; Favorecer e manter a mobilidade encontrada através da crochetagem e, assim, otimizar os efeitos da técnica7. Guimberteau (2005), cirurgião plástico, efetuou descobertas fundamentais sobre a mobilidade entre os tecidos. Ele produziu vídeos com registros de dissecação in vivo, com uma câmera de alta resolução, que permitiram objetivar uma verdadeira continuidade histológica. A estas estruturas ele nomeou “sistema colagenoso multimicrovacuolar de absorção dinâmica” (MCDAS, em inglês). Estes novos dados científicos concedem ainda mais legitimidade à técnica, inicialmente empírica, da crochetagem destes planos de deslizamento. Compreendemos melhor a necessidade de tratar o MCDAS, nomeado fáscias por muitos terapeutas. 2.4. Os instrumentos da crochetagem e sua evolução O ganchos (crochets) são formados por 3 partes distintas: o cabo, que permite a preensão pela mão instrumental; a curvatura do gancho (crochet), adaptada à zona a ser tratada. Essa deve ser obrigatoriamente “preenchida” pelo tecido do paciente para repartir a zona de apoio e assim evitar as sensações álgicas; a espátula, que interpomos sobre a pele entre os planos de deslizamento a liberar e da qual depende a precisão do gesto terapêutico (Vandewalle, 2011). 4 Histórico da crochetagem. Disponível em: http://www.crochetagem.com/site/historico.php. Henrique Baumgarth e Isis Maia Baumgarth - Associação Brasileira de Crochetagem (Matéria publicada no Jornal Bem Forte Ano VII Nº44) 6 Crochetagem e Técnicas Teciduais Associadas. Tradução de Alessandra Rezende. 7 Evolução da técnica de crochetagem e novas técnicas associadas (Texto original em francês e traduzido para o português por Jean-Yves Vandewalle). Disponível em: http://www.tecnicadecrochetagem.com.br/dcms/uploads /arquivo_07122011094752.pdf. 5 5 Inicialmente, Kurt Ekman, o fundador da técnica, elaborou diferentes objetos visando melhorar a mobilidade interestrutural. Suas pesquisas o conduziram a criar ganchos em aço inoxidável de diferentes curvaturas. Estes terminam-se através de uma espátula permitindo interpor-se entre os diferentes elementos a serem tratados. A técnica depende muito mais da avaliação e do gestual do terapeuta que dos ganchos (crochets) utilizados. Aqueles criados por Kurt Ekman são ainda hoje utilizados, e sempre eficazes. Entretanto, a evolução da técnica e dos materiais permitiu a elaboração de novas ferramentas (VANDEWALLE, 2011). A utilização de novos tipos de materiais como a poliamida tende a se generalizar, este material apresenta a vantagem de ter uma memória de forma que dá informações suplementares sobre a liberação tecidual por intermédio do dedo indicador do terapeuta, colocado sobre a curvatura do gancho, e de ser menos agressivo para o paciente. Na realidade, era difícil, até mesmo impossível com os ganchos existentes, preencher a curvatura do gancho com o tecido do paciente sobre superfícies planas como os músculos trapézio ou os espinais, o que tornava a crochetagem ineficaz e dolorosa. Uma nova configuração do gancho foi desenvolvida na década de 2000 na Associação Brasileira de Crochetagem, com o objetivo de facilitar a abordagem terapêutica quanto a ergonomia através de novos ângulos de curvas e novas extremidades espatulares que passaram a apresentar uma junção das superfícies, uma superfície externa convexa e uma interna plana com borda ligeiramente "bisotee" desbastada. Este permite reduzir o risco álgico, sem risco irritativo cutâneo, justificado pelo arrasto subdermal, potencializando a interposição do instrumento nas estruturas aderidas (BAUMGARTH, 2012). De acordo com Vandewalle (2011), a última geração de ganchos (crochets) é composta por 5 elementos em poliamida, material este que apresenta várias vantagens: Possui uma memória de forma, dando informações suplementares à operação sobre a liberação tecidual, por intermédio do dedo indicador posicionado sobre a curvatura do gancho (crochet); permite ser mais preciso no nível da liberação; fácil de limpar, portanto higiênico; não apresenta o aspecto frio do inox; é mais tranquilizador para os indivíduos que sentem apreensão diante da técnica. Torna a mesma mais agradável tanto para o paciente quanto para o terapeuta; o respeito ao tecido que constitui os planos de deslizamento e a busca da ausência de dor têm uma influência principalmente, sobre a modificação da curvatura dos ganchos (crochets) e da espátula; a superfície de apoio da curvatura aumentou o que dilui a pressão exercida sobre a pele durante a tração; o raio da curvatura e o ângulo de ataque entre a espátula e a pele são mais abertos, o que torna a técnica nitidamente mais confortável para o paciente; um gancho (crochet) com uma curvatura mais aberta foi criado, apresentando a vantagem de preencher a curvatura mesmo em superfícies muito planas (como as costas), que eram difíceis de serem acessadas com os ganchos (crochets) clássicos. Mais ainda, o ângulo muito aberto da espátula, além de manter um excelente contato, permite intervir sobre as peles delicadas (como na criança ou na pessoa idosa) (VANDEWALLE, 2011). Cada gancho (crochet) apresenta uma forma particular, a fim de se adaptar às particularidades da zona anatômica a ser tratada: Gancho n° 1: destinado à crochetagem dos ligamentos e dos elementos superficiais (retináculo, nervo de Arnold, etc.); gancho n° 2: elaborado para os músculos que têm um pequeno volume (extensores do punho, abóbada plantar, coluna cervical, perna, etc.); gancho n° 3: gancho intermediário que pode servir para os membros superiores 6 ou inferiores, em função das dimensões do paciente; gancho n° 4: para os músculos volumosos da coxa e do ombro; gancho n° 5: adaptado à superfícies planas como os músculos espinais, às massas musculares importantes em certos esportistas. Ele é muito polivalente e permite também “crochetar” as pessoas que têm uma pele frágil ou uma hiperestesia (VANDEWALLE, 2011). 2.5. Técnicas associadas A crochetagem e suas técnicas associadas formam um método visando restaurar a mobilidade intertecidual. Esta não pretende substituir as técnicas utilizadas pelo fisioterapeuta. Ao contrário, ela propõe completar seu arsenal terapêutico através de uma abordagem da patologia que é, ao mesmo tempo, racional, original, e baseada sobre o diagnóstico palpatório (VANDEWALLE, 2011). Vandewalle (2011) descreve duas técnicas associadas a crochetagem. Essas, comportam numerosas interações nas dores em região escapular, nas artroses de ombro, nas dorsalgias, nas hipercifoses, etc. Sobretudo, é muito confortável para o paciente e libera o trofismo no músculo perturbado pelo espasmo reflexo. A Liberação Intertecidual Passiva que consiste em efetuar um ponto fixo manual sobre o músculo em encurtamento, depois colocar o mesmo passivamente em alongamento. Isto leva a um deslizamento entre o músculo implicado e os músculos adjacentes, mas também, com os elementos teciduais do plano subjacente. A mesma deve ser realizada após a crochetagem. [...] A Técnica de Inibição Fusal é uma técnica funcional que permite liberar o arco reflexo automantido, por um desregramento do fuso neuromuscular, que mantém o músculo em tensão. Se aplica aos músculos que não são acessíveis tecnicamente à crochetagem visto sua situação anatômica (poplíteo, pectíneo, subescapular). Do mesmo modo, ela beneficia os elementos musculares apresentando tensões reflexas que perturbam o deslizamento entre os planos teciduais. A técnica de inibição fusal se utiliza antes de praticar a crochetagem (VANDEWALLE, 2011). Assim como a evolução do material, permitem completar e melhorar os efeitos da crochetagem, as técnicas associadas propõem uma verdadeira terapia dos planos de deslizamento e vão agir em sinergia com o conjunto de técnicas do fisioterapeuta, para otimizar seus resultados terapêuticos. 2.6. Campo de aplicação, indicações e contraindicações da crochetagem A técnica de crochetagem comporta múltiplas indicações terapêuticas. Ela propõe uma ação eficaz: sobre o plano mecânico, para liberar as fibroses que limitam a mobilidade dos deslizamentos interteciduais; sobre o plano reflexo, para a liberação das tensões musculares automantidas por um desregramento da atividade reflexa intrínseca; ela favorece a propriocepção, a expressão ótima das qualidades musculares e a prevenção das lesões; sobre o plano neurovegetativo, ao reequilibrar a hiperatividade simpática local; ela participa em um melhor trofismo e influencia a cicatrização e os processos anti-inflamatórios nos diferentes tecidos em lesão (VANDEWALLE, 2008). A técnica de crochetagem é indicada para aderências consecutivas a um trauma levando a um derrame tecidual, nas aderências consecutivas a uma fibrose cicatricial, nas algias inflamatórias ou não inflamatórias do aparelho locomotor (miosite, epicondilites, tendinites, periartrites, pubalgia, lombalgias tissulares, torcicolo), nas nevralgias consecutivas a uma irritação 7 mecânica dos nervos periféricos, outras síndromes da traumato-ortopedia e ajustes ortodônticos (BURNOTTE & DUBY, 1988). Para Baumgarth (2002), a Crochetagem atua nas cicatrizes e hematomas que desenvolvem aderências, nos corpúsculos fibrosos (depósito úrico e de cálcio) localizados próximos às articulações e nas aderências fibrosas que dificultam o movimento de deslizamento e ainda estimula a circulação sanguínea venosa e linfática. Técnica de crochetagem promove o deslizamento entre as diferentes estruturas anatômicas através do seu efeito de fibrólise. Ele permite que, além de alcançar áreas inacessível para os dedos do praticante, entrar nas estruturas patológicas com grande economia de energia. Esta técnica é indicada em muitas condições de etiologia mecânica (incluindo nevralgia periférica) e vascular. Os efeitos da técnica de produzem alterações nos níveis mecânico, circulatório, reflexo e metabólico (AIGUADÉ, CAMPS & CARNACEA, 2008). A Crochetagem Mioaponeurótica é um método de tratamento instrumental (gancho), não invasivo, usada em pacientes que sofrem de dores de origem inflamatória ou traumática que afetam o sistema locomotor (LÉVÉNEZA, TIMMERMANSB & DUCHATEAUC, 2009). A técnica de crochetagem comporta múltiplas indicações terapêuticas. Ela propõe uma ação eficaz: sobre o plano mecânico, para liberar as fibroses que limitam a mobilidade dos deslizamentos interteciduais; sobre o plano reflexo, para a liberação das tensões musculares automantidas por um desregramento da atividade reflexa intrínseca; ela favorece a propriocepção, a expressão ótima das qualidades musculares e a prevenção das lesões; sobre o plano neurovegetativo, ao reequilibrar a hiperatividade simpática local; ela participa em um melhor trofismo e influencia a cicatrização e os processos anti-inflamatórios nos diferentes tecidos em lesão (VANDEWALLE, 2008). A crochetagem será indicada cada vez que encontramos restrições de mobilidade dos planos de deslizamento tecidual (restrições estas podendo ser provocadas por microtraumatismos repetidos, um desequilíbrio postural, uma contusão, etc.) o que induz a um campo de intervenção muito vasto, tendo como objetivo propor uma ferramenta suplementar ao fisioterapeuta e não substituir as outras, permitindo potencializar o efeito de técnicas propostas: na massagem, onde o terapeuta vai utilizar os ganchos (crochets) pontualmente para liberar um músculo difícil de acessar com os dedos; na harmonização das cadeias musculares, onde o terapeuta vai liberar o ponto de fixação criado pelo “colamento” tecidual, antes de colocar o paciente em postura; em terapia manual, onde a crochetagem vai reequilibrar o entorno fascial da articulação (VANDEWALLE, 2011). Para esse mesmo autor, as contraindicações da técnica são poucas e similares às da massagem, de forma que se deve evitar “crochetar”: nas patologias reumatológicas em fase inflamatória; sobre o envoltório do tendão em caso de tenossinovites; em caso de problemas cutâneos, queimaduras, etc.; sobre uma lesão tecidual traumática recente (distensão, contusão, entorse). As contraindicações incluem as relacionadas a agressividade do terapeuta, por não estar acostumado com o método; os maus estados cutâneos, pele hipotrófica, pele com úlceras, as dermatoses (eczema, psoríase); os maus estados circulatórios, fragilidade capilar sanguínea, reações hiperhistamínicas, varizes venosas, adenomas; pacientes que estão fazendo uso de anticoagulantes; abordagens demasiadamente diretas em processos inflamatórios (e.g. tendosinovite); psicológicas (estresse, emoções) idade (crianças ou idosos) ou solicitação do paciente (BAUMGARTH, 2003). A técnica não deve ser empregada em casos de pele com cortes, feridas, psoríase, eczema, capilares frágeis, flebite, se o paciente faz uso de anticoagulante, ou no caso de gravidez, ou ainda, se houver lesões ósseas ou tecidos moles (NATALI, 2014). 2.7. Efeitos da crochetagem 8 A técnica de crochetagem vai permitir tratar, ao mesmo tempo, as tensões musculares e o tecido global e ininterrupto materializado. Sua ação será evidentemente mecânica, ao restituir a mobilidade e a qualidade dos planos de deslizamento, principalmente, intermusculares, liberando as aderências e os “colamentos” encontrados na maior parte das patologias em traumatologia e reumatologia. Participa, igualmente, na liberação do sistema vasculonervoso contido no MCDAS e assim, favorecer as trocas teciduais, levando a uma melhora no nível do edema, da inflamação e da cicatrização teciduais. Visa também, liberar as tensões musculares constantes sobre os tecidos, que levam a um aumento da atividade simpática local, prejudicando à recuperação. A liberação destas tensões pela crochetagem vai permitir equilibrar o sistema simpático local e, consequentemente, melhorar a homeostasia da zona implicada na lesão (GUIMBERTEAU, 2005). A crochetagem contribui para liberar certas neuropatias de compressão periférica como na síndrome do desfiladeiro torácico, túnel do carpo, ciatalgias, cruralgias, nervo radial, axilar, etc. Ao liberar as tensões sobre os músculos que têm uma ação proprioceptiva (fibulares, sartório) vamos também reforçar a proteção das articulações quando ocorrer traumatismos articulares, aumentando a vigilância muscular (VANDEWALLE, 2011). Baumgarth (2012) descreve três efeitos da crochetagem, em diferentes estruturas: 1) Efeito mecânico: nas aderências fibrosas que limitam o movimento entre os planos de deslizamento tissulares; nos corpúsculos fibrosos (depósito úricos ou cálcios) localizados geralmente nos lugares de estases circulatório e próximo ás articulações; nas cicatrizes e hematomas, que geram progressivamente aderências entre os planos de deslizamento; nas proeminências ou descolamentos periósteos. 2) Efeito circulatório: a observação clínica dos efeitos da diafibrólise percutânea parece demonstrar um aumento da circulação sanguínea e provavelmente da circulação linfática. Ainda, o rubor cutâneo que segue uma sessão de crochetagem parece sugerir uma reação histámica. 3) Efeito reflexo: a rapidez dos efeitos da Crochetagem, principalmente durante a aplicação ao nível dos trigger points (gatilho, de inibição, do tipo Knapp, Jones, Travell) sugerem a presença de um efeito reflexo (BAUMGARTH, 2012). 3. METODOLOGIA Trata-se de pesquisa bibliográfica exploratória baseada em livros, artigos científicos impressos e virtuais e monografias, através de uma revisão da literatura, sendo realizado um levantamento bibliográfico em bases de dados LILACS, IBECS, MEDLINE, Biblioteca Cochrane, SciELO, Wiley, Springer, utilizando os descritores: “crochetagem, diafibrólise percutânea, técnica, reabilitação, ganchos” (GISMONDI, 2005; BIREME, 2009). Outras buscas foram realizadas em sites especializados e de instituições de ensino de nível superior utilizando palavras-chave, de forma isolada e em associação (GISMONDI, 2003). Foram selecionados artigos, livros, revistas, sites, e outras fontes que continham informações sobre a temática, no período de 2000 à 2014. Feito o levantamento bibliográfico, realizou-se a seleção dos resultados de acordo com os critérios estabelecidos, em seguida uma leitura exploratória do material, extraindo os textos mais relevantes e conceituais da temática, onde determinou-se o material bibliográfico realmente de interesse para esta pesquisa. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 9 A busca bibliográfica realizada nas bases de dados LILACS, IBECS, MEDLINE, Biblioteca Cochrane, SciELO, Wiley, Springer, retornaram poucos resultados, o que revela a baixa submissão dos trabalhos desenvolvidos com a técnica de crochetagem, aos periódicos especializados, ou falta de indexadores que pudessem facilitar a busca. Foram localizados nesta fase da pesquisa, 04 artigos em 4 periódicos distintos (Tabela 1). Por outro lado, as buscas feitas em sites especializados e de instituições de ensino de nível superior, retornaram diversos resultados, notadamente de trabalhos acadêmicos, monografias, teses e dissertações, bem como artigos diversos, publicados em revistas não indexadas nas bases de dados das bibliotecas virtuais. Sendo localizados, apenas 01 livro; 09 artigos em sites especializados; 03 artigos em revistas especializadas não indexadas em base de dados; 11 monografias, teses e dissertações; e, 02 outras publicações (Tabela 1). Tabela1 – Resultados obtidos no levantamento bibliográfico. Bases de Sites Revistas não Dados Especializados indexadas Livros 1 Artigos 4 9 3 Teses e dissertações 11 Total 4 21 3 Fonte: Dados da pesquisa. Outros 2 2 Total 1 18 11 30 Com relação a sites especializados, foram encontrados 5 sítios com informações relevantes, que corroboraram com a revisão da literatura. Entre estes, destacamos, em língua portuguesa: O site http://www.crochetagem.com/site/home_intro.php, da Associação Brasileira de Crochetagem, um ambiente científico desenvolvido a partir da iniciativa e do esforço do Prof. Dr. Henrique Baumgarth, Fisioterapeuta brasileiro, especialista em Osteopatia, em Psicomotricidade e Mestre em Educação, sediado na cidade do Rio de Janeiro; Técnica de Crochetagem, http://www.tecnicadecrochetagem.com.br/artigos, mantido pelo osteopata e fisioterapeuta Jean-Yves Vandewalle e pela fisioterapeuta Alessandra Rezende, onde disponibiliza acesso a informação acerca da técnica, artigos científicos e curso de curta duração em crochetagem; O Fisioweb, http://www.fisioweb.com.br/portal/home.html, que disponibilizar vários artigos, dissertações e atualização em fisioterapia, em formato digital. Os internacionais, em francês, http://www.ekman-therapie.fr/, http://www.crochetage-therapie.com/, com informações relevantes e atualizações da temática. Os resultados obtidos apontam uma ampla gama de indicação da técnica de crochetagem, o que revela um vasto campo de sua aplicação. As patologias associadas e tratamentos que relatam a utilização da crochetagem em seus tratamentos, nos artigos pesquisados, incluem: Algias muscolo-esqueléticas, incluindo o tríceps sural; Algias do músculo gastrocnêmio e tecido cicatricial em um paciente com histórico de fratura intra-articular do osso calcâneo; nas lesões do manguito rotador; das aderências cicatriciais; na liberação aponeurótica em região da massa comum em paciente com lombalgia; na Liberação Mioaponeurótica da Fáscia Toracolombar; os efeitos do alongamento estático na flexibilidade dos músculos isquiotibiais; nos músculos isquiotibiais e tríceps surais na diplegia espástica; na amplitude do movimento de flexão lombar; na amplitude de movimento no tratamento de aderências e cicatrizes após fratura de fêmur com fixação de haste intramedular; ação no Tríceps Sural no Ganho de Arco de Movimento para Dorsiflexão; em algias generalizadas e limitações da amplitude de movimento; na avaliação de ganho de força e performance de atleta. As principais contribuições dos artigos selecionados referem-se a melhora altamente significativa da flexibilidade, ganho de ADM, mudança positiva e gradativa da potência muscular dos indivíduos avaliados nos estudos. 5. CONCLUSÃO 10 A revisão integrativa da literatura disponível, revela que a técnica de crochetagem é uma ferramenta importante que vem sendo aceita entre os fisioterapeutas por ser de baixo custo, fácil aplicação, sendo não invasiva e sem grandes riscos à população, sendo útil no tratamento das algias mecânicas do aparelho locomotor e limitações de movimentos, com resultados consideráveis e imediatos. Quanto a pesquisa em si, esta revelou alguns resultados que vão de encontro ao que é dissimulado e propagado, como técnica de eficácia comprovada. No entanto, os resultados obtidos revelam poucas publicações em periódicos renomados e livros. Em primeiro lugar destaca-se a baixíssima ocorrência de trabalhos latino-americanos e brasileiros indexados nas bases bibliográficas consultadas acerca da temática estudada, apesar de existirem diversos trabalhos realizados, seja com observações clínicas, seja como monografias, dissertações e teses acadêmicas. Segundo a quase inexistência de literatura especializada sobre a técnica de crochetagem, aqui referindo-se a livros nacionais ou traduzidos, sendo verificado apenas um, porém sua disponibilidade é limitada a poucos profissionais, com acesso ao autor. De um modo geral, as fontes de informações disponíveis oferecem ampla gama de informações para que se afirme a aplicabilidade da técnica de crochetagem, carecendo de mais comprovações científicas, através de estudos futuros, de casos com acompanhamento mais prolongado e com mais indivíduos. Por fim, considera-se que as pesquisas empreendidas até o momento salientam a importância e eficácia da técnica, sendo reconhecida por todos os fisioterapeutas, no entanto, as publicações escritas sobre seus efeitos, suas indicações e resultados obtidos nos tratamentos, estão mais comumente, relacionadas aos estudos acadêmicos, em monografias de conclusão de curso, com poucas publicações em periódicos especializados, bem como, há somente um livro publicado. REFERÊNCIAS AIGUADÉ, R.; CAMPS, P. P.; CARNACEA, F. R. Techniques de crochetage instrumental myofasciale. Kinesither Rev 2008;(75):17-21. ALONSO, A. C. et al. Efeito da técnica crochetagem nas lesões do manguito rotador. Ter. Man, 7(33): 356-362. AMORIM, P. C. A técnica da diafibrólise percutânea no tratamento das aderências e cicatrizes. Vassouras, 2005. Disponível em: <www.crochetagem.com>. Acessado em: 26 set 2013. BAUMGARTH, H. M. C. Crochetagem. Meta Science, v. 2, p. 23-24, 2002. BAUMGARTH, H. 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