Rede Salesiana
de Formação Profissional
Pesquisa do mundo do trabalho na área de Maputo
Projecto
“O mundo do trabalho: novos desafios para os jovens
desempregados do Bairro Chamanculo C de Maputo”
PESQUISA DO MUNDO DO TRABALHO EM MAPUTO
Elaborado no âmbito do projecto O mundo do trabalho: novos desafios
para os jovens desempregados do Bairro Chamanculo C de Maputo.
Projecto cofinanciado pela União Europeia
Parceiros:
• Khandlelo – Associação para o Desenvolvimento Juvenil
• Asscodecha – Associação Comunitária para o Desenvolvimento de Chamanculo
• Salesianos – Sociedade Salesiana Dom Bosco (Missão São José da Lhanguene)
• Cesal – Organização Não Governamental Espanhola
• CMM – Conselho Municipal de Maputo
• INEFP - Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (Min. do Trabalho)
• Fundação AVSI – Organização Não Governamental Italiana (Proponente)
Responsável:
Alessandro Galimberti (Fundação Avsi)
Coordenadora da pesquisa:
Nértia Urnília Boca (Fundação Avsi)
Comité de orientação metodológica:
Nértia Urnília Boca e Alessandro Galimberti (AVSI); Ema Silvia da
Gloria (INEFP); Isabel Mutemba (Vereação de Educação, Cultura e
Desporto, Conselho Municipal de Maputo); Rogério Membawaze
(Vereação de Actividades Económicas, Conselho Municipal de Maputo;
Simão Cardoso Leitão (Cesal); Domingos Chissano (Khandlelo).
Equipe social para a realização da pesquisa:
Casimira Pereira, Nértia Boca, Carla Mildret Leone, Ester Fatima
Agostinho e Flávia Nhassengo (Fundação Avsi); Michel Garcia, Dácia
Manjate (Khandlelo); Halima Cumbana e Jorge Chicavane
(Asscodecha); Armindo Macuácua (Salesianos); Hélio Simango (Cesal).
Maputo, Outubro 2013
ATENÇÃO
A metodologia, o conteúdo e as conclusões da presente pesquisa
não empenham de alguma maneira a União Europeia. O trabalho
foi realizado em liberdade e autonomia pelos parceiros do Projecto
sem nenhuma consulta prévia ou posterior à União Europeia.
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
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APRESENTAÇÃO
O presente relatório é resultado directo de uma pesquisa realizada por uma equipa
multissectorial no decurso do ano 2013. Apesar de não ter dignidade científica, ele fornece
informações importantes sobre o mercado do trabalho na cidade de Maputo, particularmente
no Bairro de Chamanculo C, com objectivo de, por um lado, suportar os jovens moradores
dos bairros informais na procura de um emprego e, por outro, às instituições empenhadas
de várias formas em actividades de Formação e Inserção Profissional para melhorar os seus
serviços e adequá-los à realidade e às necessidades do mercado.
O relatório resulta da conjugação de entrevistas, análises de dados secundários existentes e
da consulta aos actores do mundo do trabalho: jovens desempregados, estabelecimentos de
formação profissional, órgãos do estado e empresas. Consultámos em particular estas
últimas porque elas são os promotores principais do desenvolvimento do Pais. São as
empresas que precisam de mão-de-obra adequada para criar a riqueza, para servir os
clientes, para melhorar e aumentar os produtos e serviços a vender.
Cada uma das organizações parceiras deste projecto tem a sua grande experiência e
conhecimento no mercado do trabalho por ter dedicado anos na formação profissional e no
encaminhamento ao emprego dos jovens. Sendo assim, através da pesquisa, queríamos
verificar os nossos pressupostos, os nossos juízos de maneira mais objectiva.
Por fim, chegámos a apurar as seguintes evidências no que concerne sobretudo aos jovens
dos bairros informais que tentam entrar no mundo do trabalho:
1. É urgente e imprescindível educar os jovens nos aspectos não estreitamente ligados
às capacidades técnicas tais como: sentido de responsabilidade, motivação, respeito,
higiene pessoal, pontualidade… Os empregadores lamentam profundamente a falta
destes factores indicando-os como primeiros obstáculos à continuidade do contrato.
“Podemos formar internamente os jovens do ponto de vista profissional, mas não
podemos mudar a atitude pessoal deles”. Nós designamos a intervenção sobre todos
estes factores como “Formação humana”. Essa não se limita à transmitir as regras de
boa educação cívica mas pretende desenvolver nos jovens a motivação pessoal para
o trabalho e valorizar os talentos escondidos através do enfoque no valor infinito de
cada jovem.
Esta ferramenta já estava prevista pelo projecto mas pensámos que iríamos encontrar
mais dificuldades com as empresas em aceitar a mais-valia desta formação. Ao
contrário descobrimos que responde aos problemas que as empresas mais lamentam
e, claramente, desejam ver solucionados.
2. Apesar dos grandes esforços empreendidos pelo INEFP e por todas as entidades que
trabalham há anos no sector, encontra-se claramente um grande deficit de qualidade
na formação profissional:
•
Os cursos existentes não garantem que o formando saiba fazer o que está escrito
no diploma. Isto acontece porque as vezes as aulas são demasiado teóricas ou
são administradas por formadores pouco qualificados, ou simplesmente porque os
formandos não têm a possibilidade de aplicar o que aprenderam durante muito
tempo depois da formação.
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
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•
A tecnologia, objecto da formação, às vezes é obsoleta ou o formador pouco
actualizado
•
A área de formação não é interessante para o mercado do trabalho actual e futuro
•
Falta uma oferta de formação em muitas das áreas mais requeridas pelas
empresas
Por estas razões as empresas, por um lado, não confiam muito no diploma de
formação profissional do candidato e, por outro, investem (gastam) mais tempo e
dinheiro na formação interna durante o período de inserção repetindo até o que o
jovem já devia saber fazer.
3. Encontram-se dificuldades na avaliação da qualidade e eficácia dos cursos
profissionais oferecidos pelas instituições privadas credenciadas pelo INEFP: não há
controlo sobre os reais conteúdos enfrentados nos cursos nem sobre o equipamento
ou as capacidades dos formadores: o controlo parece ser efectuado só do ponto de
vista curricular através da análise de papéis. Alem disso, não há seguimento
estruturado, uniforme e objectivo dos formandos depois da saída da formação, ou
seja, não se sabe se a formação foi eficaz para eles entrarem no mundo do trabalho.
4. As empresas não confiam muito na selecção do pessoal através das metodologias
mais institucionais (anúncios de vaga, centros de emprego, etc.) recorrendo
largamente aos contactos pessoais (referências). Tudo isto torna o mercado do
trabalho pouco eficiente, escassamente inteligível e insuficientemente transparente.
5. Os jovens têm que ser mais responsáveis na escolha da própria formação. Talvez
pareça que privilegiam a “colecção” de diplomas do que ao saber realmente fazer algo.
Ademais, apresentam um CV cheio de cursos e proclamam capacidades que as
empresas denunciam não ser reais. Melhor seria demonstrar o saber fazer um
trabalho mesmo sem ter participado num curso. Às vezes os jovens gastam
inutilmente dinheiro para cursos de formação profissional não requeridos pelo mercado
ou de baixa qualidade saindo com um diploma mas sem novos e úteis conhecimentos.
6. As parcerias com as empresas públicas e privadas constituem a condição principal
para o sucesso de qualquer iniciativa que vise favorecer não só a inserção no mundo
do trabalho dos jovens, mas também uma formação profissional concreta, útil e
decisiva para o desenvolvimento do Pais.
7. Há claramente uma falta de motivação e orientação de certos jovens dos bairros
informais para o trabalho. A leitura dos dados e dos resultados de grupos focais
evidencia que muitos não procuraram de maneira nenhuma buscá-lo. Algumas
respostas foram alarmantes: “Procuramos uma chance”, “Só falta a chance”.
Respostas que parecem significar “Estamos à espera de uma oportunidade”.
Inqueridos sobre que fazer para procurá-la e sobre que tipo de chance eles requerem,
não sabem responder.
8. Durante a conversa com as empresas e as escolas emergiu também uma carência de
base na educação dos jovens moçambicanos, mesmo de aqueles com uma formação
básica completa: muitos operadores salientam a falta de capacidade de analisar e
resolver problemas vários, dificuldades na aplicação do método indutivo e dedutivo.
Por isso propõe se um modelo educativo não fundado sobre a repetição e
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
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conhecimentos aprendidos de cor, mas sim sobre a análise critica de cada assunto
despertando os talentos e fomentando os pareceres pessoais, as soluções pessoais.
Um modelo apto a dotar os jovens da capacidade de agir, independente do problema
específico, sem esperar que alguém sugira soluções.
9. É imprescindível e urgentíssima a necessidade de aumentar a qualidade do ensino
formal a partir do Primário em termos de:
•
Melhor preparação e maior quantidade de professores
•
Didáctica menos fundada nas noções, nas repetições, na turma (“Instrução”)
e mais sobre o indivíduo, facilitando o desenvolvimento de uma abordagem
critica, analítica, dedutiva e indutiva que permitam a cada aluno despertar os
próprios talentos, o seu “eu” e de desenvolver ao máximo as suas
potencialidades (“Educação”).
•
Infra-estruturas, equipamentos, beleza educativa do ambiente, limpeza
interna e externa
•
Concepção de fundo do significado e do escopo da formação / educação:
muitas vezes a formação é concebida como uma transferência de sabedoria,
de noções e informações pelo ensinante/educador ao aluno. Ao contrário,
“educar” provém de duas palavras latinas - educare e educere -, tendo o
primeiro o significado de orientar, nutrir, decidir num sentido externo, levando
o indivíduo de um ponto onde ele se encontra para outro que se deseja
alcançar; e o segundo, educere, se refere a promover o surgimento de dentro
para fora das potencialidades que o individuo possui. Ou seja: “tirar fora do
aluno”. Exactamente o contrário do “por dentro” característico de muitas
acções que seria melhor definir instrução, já que não se trata propriamente de
educação. A verdadeira educação deve ser uma educação para a crítica (no
sentido de “indagação”), ou seja tem que oferecer ao educando as
ferramentas para dar-se conta pessoalmente da razão das coisas, do que é
verdadeiro ou não. Uma autêntica educação tem que ensinar um método
verdadeiro para julgar o que os ensinantes e os livros dizem.
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
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1. INTRODUÇÃO
O presente diagnóstico/relatório enquadra se no âmbito das actividades preliminares do
Projecto “O mundo do trabalho: novos desafios para os jovens desempregados do Bairro
Chamanculo C de Maputo” que visa melhorar as condições de empregabilidade dos jovens
desempregados de Chamanculo C, facilitando a entrada no mercado de trabalho através
duma formação integral e adequada, promovendo as sinergias entre todas as acções e a
capacitação dos parceiros envolvidos. O Projecto foi desenhado pela Fundação AVSI em
colaboração com os seus parceiros e co-financiado pela União Europeia.
Este projecto é também o resultado do Programa de Requalificação Integrada do Bairro
Chamanculo C, sob alçada do Conselho Municipal do Maputo, cujo objectivo passa pela
elaboração de um plano integrado de desenvolvimento local. Após vários estudos, nos quais
resultaram inúmeras conclusões ligadas aos problemas dos assentamentos informais, um
dos problemas eminentes foi identificado no desemprego juvenil aliado à falta de formação
profissional. Por isso, foi elaborado o Projecto de Formação Profissional e Inserção no
mercado de Trabalho para os Jovens Desempregados de Chamanculo C, com enfoque para
faixa etária dos 15 aos 24 anos.
A intervenção foi desenhada em parceria com algumas entidades estatais e não estatais,
cujo enfoque central é a educação e a Formação profissional. O objectivo era juntar as
diversas experiências para encontrar uma forma única de auxiliar os jovens de Chamanculo
C a entrar no mundo do trabalho e permanecer no mesmo, sendo:
•
•
•
•
•
•
•
Khandlelo – Associação para o Desenvolvimento Juvenil
Asscodecha – Associação Comunitária para o Desenvolvimento de Chamanculo
Salesianos – Sociedade Salesiana Dom Bosco (São José da Lhanguene)
Cesal – Organização Não Governamental Espanhola
CMM (Entidade Estatal) – Conselho Municipal de Maputo
INEFP (Entidade Estatal) - Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional
Fundação AVSI – Organização Não Governamental Italiana (Proponente)
O projecto comporta diversas acções desde pesquisas, cursos de formação humana, cursos
de formação profissional, até ao auxílio na preparação e implementação de planos de
negócios para potenciais empreendedores. Prevê-se entrevistar e orientar 3000 jovens (de
15 a 24 anos), dos quais 600 serão seleccionados e suportados de várias formas:
• Bolsas para capacitação profissional (cursos de até 3 meses)
• Bolsas de formação Profissional (cursos de 6 a 12 meses)
• Suporte aos estágios nas empresas
• Suporte ao auto emprego
Prevê ainda campanhas de responsabilidade social para as empresas, cursos de
alfabetização e suporte aos outros jovens no ensino das técnicas de procura de emprego
(como escrever um CV, como apresentar se, etc.).
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
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1.1. Objectivos do diagnóstico
Geral
• Identificar as abordagens, as ferramentas e as metodologias mais eficazes para
facilitar o encaminhamento dos jovens desempregados e sem formação dos bairros
informais de Maputo, na sua inserção ao mercado de trabalho
Específicos
• Identificar os sectores económicos que mais crescem no mercado de trabalho em
Maputo;
• Identificar os perfis profissionais e humanos mais requeridos pelas empresas;
• Identificar os melhores cursos de formação profissional e instituições de formação
1.2. Resultados esperados
Resultado 1: Identificados os Sectores económicos que mais cresceram e os Perfis
profissionais mais requeridos
Fontes:
• Dados económicos secundários (ex.: abertura novos negócios, registo de empresas,
etc.)
• Pesquisa às empresas
• Áreas mais procuradas pelos jovens nos centros de formação
• Áreas de formação mais solicitadas pelas empresas nos centros de formação
• Estudos sobre o desenvolvimento económico e industrial da área de Maputo
• Entrevistas de remarque às grandes empresas
Resultado 2: Identificadas as carências pessoais e os Perfis pessoais mais requeridos
Fontes:
• Pesquisa às empresas
• Pesquisa aos centros de formação
• Pesquisa socioeconómica do Bairro de Chamanculo C
Resultado 3: Identificados os centros de formação de maior qualidade
Fontes:
• Pesquisa aos centros de formação
• Avaliações e relatórios de outros projectos
• Avaliação interna de cada centro
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
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1.3. A metodologia
A pesquisa do mercado de trabalho pretende ilustrar a demanda em termos de áreas do
mercado de trabalho na cidade do Maputo, bem como as competências técnicas
/comportamentais demandadas e em falta nos jovens residentes nos bairros informais, a fim
de encontrar um meio que possa servir de alavanca para a sua inserção e permanência nos
postos de trabalho.
Neste contexto, o presente diagnóstico é produto do estudo realizado a diferentes fontes:
entrevistas a 105 empresas e 26 centros de formação profissional1, análises de alguns
dados secundários disponíveis e outros referentes à actuação de agentes que lidam com a
formação e inserção profissional dos quais o INEFP (Instituto nacional de emprego e
Formação Profissional), o CMM (Conselho Municipal de Maputo); conversas com diversas
entidades privadas ligadas a esta causa tais como os Salesianos, a Asscodecha e as Ongs
ESSOR e UPA.
Tal como foi referido na apresentação, esta pesquisa não pretende ser um modelo científico,
contudo espera-se que os dados colhidos possam esclarecer algumas características da
realidade do mercado de trabalho em Maputo.
A selecção das empresas entrevistadas foi feita de forma aleatória. A priori esperava-se
entrevistar 100 empresas de diferentes sectores e tamanho, formais e informais.
Uma ficha /questionário foi elaborada pelo grupo de trabalho composto por representantes
de todos os parceiros do projecto contendo 22 perguntas abertas e posteriormente aplicada
(simulação) durante dois dias consecutivos. Após análise a partir das respostas dos
entrevistados, da linguagem usada e de alguns aspectos achados repetitivos foi (re)
elaborada a ficha final (Anexo II) usada para entrevistar as 105 empresas.
TAB.1: Empresas entrevistadas por área de actuação
Área
Prestação de serviços (gráficas, catering, eventos)
Hotelaria (hotéis e restaurantes)
Oficinas (lavagem e reparação de automóveis)
Serralharia
Salões de cabeleireiro
Fabrico e venda de Mobiliário
Informática (venda e reparação computadores e acessórios)
Construção civil (estaleiros, construtoras etc.)
Industria alimentar / supermercados
Alfaiataria
Total
Frequência
18
15
14
11
11
10
10
8
6
2
105
(%)
17%
14%
13%
10%
10%
10%
10%
8%
6%
2%
100%
Importa salientar que, mais de 80% das empresas são de pequena dimensão com destaque
para oficinas, salões de cabeleireiro e estaleiros, contudo 92 empresas o que corresponde a
1
Vejam em Anexo 1 a lista das empresas e das instituições entrevistadas
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
8
88% são formais ou seja, são registadas e estão autorizadas a funcionar e as restantes 13
são informais.
No que concerne a pesquisa sobre os centros de formação profissional, foram entrevistados
e mapeados todos os centros tutelados pelo INEFP num total de 26 centros de formação.
Do mesmo modo feito às empresas, antes foi feita uma simulação para verificar a
aplicabilidade da ficha previamente elaborada, a qual foram entrevistados 4 centros. Depois
de analisadas as informações, a ficha sofreu pequenas modificações e posteriormente foi
aplicada aos centros.
As instituições entrevistadas leccionam cursos profissionalizantes com duração mínima de 1
a 12 meses, desde pequenas capacitações como Culinária, Hotelaria, Cabeleireiro, Corte e
Costura, Electricidade, Contabilidade, Gestão de Recursos Humanos até Gestão de
Projectos, Desenho gráfico, etc.
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
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2. CONTEXTUALIZAÇÃO DA
TRABALHO EM MAPUTO
PESQUISA
DO
MUNDO
DO
Nos últimos anos, as taxas de desemprego2 em Moçambique vêm apresentando um
crescimento acentuado para os trabalhadores de ambos os sexos. Segundo dados do
Censo de 2007, realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam que 18,7%
dos Moçambicanos (taxa referente aos anos 2004/5) não têm emprego. Enquanto 6,8% da
população activa tem empregos no sector privado, 72,5% trabalha por conta própria.
O site “www.dn.pt”, na sua revista de economia datado de 24/11/2012, estima que a taxa de
desemprego juvenil em Moçambique está acima de 21% nas zonas urbanas, sendo que
grande parte da população procura alternativas na economia informal, uma vez que o
mercado formal tem uma série de limitações para jovens, inclusive recém-formados, mesmo
em áreas técnico-profissionais. Estatísticas governamentais apontam que só um em cada
três jovens tem emprego formal no país. Por outro lado, os dados do Instituto Nacional de
Emprego e Formação Profissional (INEFP), ligado ao Ministério de Trabalho, apontam para
menos de 10 mil jovens anualmente com acesso a emprego.
A AVSI, no âmbito do Projecto Trilateral de Requalificação de Chamanculo C, entre os
meses de Maio e Agosto de 2012, registou todas as 5.431 famílias do bairro para um total
de 26.179 habitantes e realizou uma pesquisa sobre os aspectos socioeconómicos na qual
foram entrevistadas 546 famílias correspondentes a 10% do total dos moradores (uma
amostra certificada pelo Departamento de Matemática e Estatística da UEM): 22% dos
indivíduos registados foram jovens entre 15 a 24 anos. Isto significa que no bairro há cerca
de 5.800 jovens nesta faixa etária. 61% declara-se estudante e 39% é um “potencial
trabalhador”. Além da pesquisa, foram feitos também alguns encontros com grupos focais
cujo objectivo era aprofundar alguns aspectos da pesquisa que permaneciam em penumbra.
Os dados do Chamanculo C mostram, portanto, que na faixa etária 15-24 anos, 26% é
desempregado, 42% desenvolve uma actividade informal (autónomo ou empregado); só
16% trabalham formalmente (contrato a prazo certo ou indeterminado, empreendedores
2
Refere-se aqui à definição de “desemprego” utilizada pelo INE. Claramente, ao alterar esta definição os dados
e até algumas informações podem mudar significativamente. Para o fim da nossa pesquisa a definição de
desemprego não é fundamental no enquanto visamos descobrir como facilitar o acesso dos jovens ao
emprego.
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
10
registados); 16% declaram-se “Donas de casa”. Neste campo, foram considerados apenas
aqueles que não se encontravam na condição de estudantes.
Graf.1: Ocupação actual dos jovens (15-24 anos) de Chamanculo C
2%
Empregados sem registro e
autônomos sem registro
6%
Desempregados (não
procurando emprego)
14%
42%
Donas de casa/domésticas
Contratados (a prazo
certo/tempo indeterminado)
16%
Desempregados (procurando
emprego)
20%
Empreendedores registados
FONTE: Pesquisa socioeconómica do Chamanculo C (AVSI Outubro 2012)
Contudo, esta análise não parece completa porque permanecem questões significativas a
serem analisadas com mais atenção
Primeiro, na pesquisa, resulta que 23% das donas de casa participaram em concursos e/ou
em entrevistas para procurar emprego durante o ultimo ano. Além disso, os grupos focais
sucessivos à pesquisa esclareceram que, pelo menos 50% das mulheres que se definiram
como “domésticas” embora não procurem activamente um emprego queriam trabalhar fora
de casa recebendo um salário. Isto levaria a taxa de desemprego desta faixa etária entre
30% e 40%.
Ademais, os dados da tabela não consideram os que ainda estão a estudar, mas - conforme
resulta das primeiras entrevistas no Balcão do Centro de Orientação - muitos estudantes
trabalhariam ou estão a procura de emprego para financiar os estudos ou complementar a
renda familiar. 10% dos estudantes no ultimo ano participou em concursos ou entrevistas;
outro 10% tem mais de 20 anos mas está ainda a frequentar o ensino básico… Será que
eles podem ser considerados estudantes ou desempregados?
Como se não bastasse, para efectuar um cálculo preciso do desemprego seria também
fundamental analisar quanto tempo diário ocupa o trabalho dos 42% que trabalham
informalmente, quanto eles ganham efectivamente e se tanto a renda quanto o tipo de
trabalho podem considerar-se condignos. Na pesquisa resulta que 10% dos trabalhadores
informais declara uma renda inferior a 30 USD por mês, 14% ganha entre 30 e 60 USD
mensais! Em média os jovens que trabalham informalmente ganham 2.500 Meticais por
mês, ou seja, cerca 80 USD. Os jovens que trabalham formalmente ganham 3.500/4.000
Meticais por mês.
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
11
Tudo isso demonstra a dificuldade de estabelecer uma taxa “indiscutível” de desemprego,
mas, conforme já esclarecido: não era este o objectivo principal desta pesquisa. Em
conclusão, o projecto assumiu como dado que cerca de 50% dos jovens entre 15 e 24 anos
estão a procura de emprego ou de um emprego melhor/condigno.
As indicações e a leitura dos outros dados de Chamanculo C preocupam. Dos jovens
desempregados, 20% estão nesta condição há mais de 2 anos, 32% a menos de 6 meses,
os 29% entre 7 meses a 2 anos e os restantes não sabem há quanto tempo estão sem
trabalhar. Fazendo alusão às reuniões de grupos realizados no bairro com jovens, nota-se
uma certa relação nos dados, na medida em que durante as conversas afirmaram que
estavam sem ocupação há bastante tempo, e muitas vezes apareciam trabalhos
temporários que serviam apenas para colmatar situações pontuais.
Questionados sobre as razões do desemprego, 54% alega a falta de oportunidades, ou seja,
não haveria empresas dispostas a dar uma chance aos jovens de mostrarem o que sabem
fazer, 28% acreditam que os motivos prendem-se com a falta de formação profissional para
preencher os requisitos pedidos. Uma parcela não muito grande, 14%, evoca o fim do
contrato de trabalho como factor e os restantes indicam a deficiência física como factor
limitante, tal como mostra o gráfico abaixo.
Graf.2: Motivo do desemprego dos jovens (15-24 anos) de Chamanculo C
4%
Falta de
oportunidades
14%
Falta de formação
profissional
28%
54%
Fim do contrato
Deficiência fisica
FONTE: Pesquisa socioeconómica do Chamanculo C (AVSI Outubro 2012)
Analisando o gráfico e focalizando os resultados aos do panorama da pobreza (estudo feito
pela AVSI em 2011) entrevistando informalmente cerca de 120 jovens, importa dizer que o
grande número de desempregados que não sabem os motivos da sua condição, pode ser
aliado ao facto de muitos jovens no estudo da pobreza terem dito que não sabiam que tipos
de trabalho procuravam, e por que razões optariam por tal trabalho.
Esta falta de orientação volta a remeter a condição de eventualidade (viver do presente) a
que muitos jovens se sujeitam no Bairro. As estatísticas do motivo de desemprego, a falta
de conhecimento pessoal do motivo de desemprego, levou grande parte dos entrevistados a
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
12
considerar trabalhar em qualquer área (27%) quando questionados sobre que trabalho
procuravam. Enquanto outros elegeram como áreas principais a comercial (3%), área
Bancária (4%), área da Educação (9%) e área de prestação de serviços (12%). Há porém,
um grande número 45%, que não soube responder que área procurava emprego.
Este aspecto pode ser interpretado de três maneiras:
1. Que pela falta de conhecimento, orientação e/ou formação o entrevistado queira
apenas gerar renda sem importar a ocupação;
2. Que devido a procura frustrada por um trabalho na sua área de formação, a ausência
da satisfação, leve o sujeito a fazer qualquer trabalho;
3. Que os jovens não estão lutando muito para procurar uma ocupação.
De facto, um outro aspecto realçado durante a pesquisa em Chamanculo C, é a quantidade
de vezes a que estes jovens foram sujeitos a uma entrevista de emprego, aliada a forma
como procuram emprego. Na sua maioria analisando os dados sob estes dois aspectos,
nota-se que existe uma relação directa entre estas variáveis, já que 58% dos jovens
desempregados não fez nenhuma entrevista no último ano e o método usado para procurar
emprego é através de amigos e familiares (42%).
Cruzando estas informações pode se dizer que, no caso, os moradores procuram emprego
de modo informal através de relações próximas e não oficiais, sendo que estas ligações
muitas vezes só podem gerar ocupações informais na medida que normalmente os
empregadores são donos de pequenos comércios, oficinas e que muitas vezes não estão
legalizados. São poucos os indivíduos que procuram trabalho através dos meios formais
como internet e jornais (3%) e ainda os que distribuem CV (30%). Este facto vem suportar
os dados encontrados na pesquisa às empresas, cuja discussão é apresentada mais abaixo.
Finalmente durante as reuniões dos grupos focais, muitos moradores indicaram como áreas
de maior ocupação principalmente dentro do bairro, as de construção civil (muitos jovens
mesmo sem formação, ajudam os mestres de obras no seu dia-a-dia), os pequenos
electricistas, comerciantes ambulantes, mecânicos, muitos deles fazendo biscatos, trabalho
eventual e não de profissão. Muitos trabalhos são realizados no bairro e principalmente nas
imediações, mostrando uma clara predominância do mercado do trabalho informal, uma
tendência não só do Chamanculo C, mas também dos outros bairros informais da capital.
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
13
3. OS DADOS SECUNDÁRIOS
São apresentados abaixo os dados colectados dos arquivos que as instituições que lidam
com o mercado de trabalho possuem. Estes dados visam fornecer uma visão sobre os
sectores económicos que mais cresceram e os Perfis profissionais mais requeridos.
3.1. Novas empresas registadas
A análise do sector económico que mais cresceu em Maputo é baseada na análise dos
dados fornecidos pelo Conselho Municipal de Maputo e pela Direcção do Comércio da
Cidade de Maputo, referentes ao licenciamento de estabelecimentos, sejam comerciais ou
industriais.
Tab.2: Novas licenças emitidas (“L”) e novos postos de emprego (“E”) criados pelas empresas
de pequena dimensão no Município de Maputo - Anos 2010, 2011, 2012
Área
Gráfica
Construção Civil (Estaleiros, Ferragens)
Prestação de Serviços
Serralharia (fabrico porta, Janelas, vidros)
Consultoria (jurídicos/administrativos)
Oficinas auto (lavagem/venda de carros)
Alfaiataria
Informática
Comércio
Carpintaria
Catering, confecção caseira-salgados
Refrigeração
Electricidade
Música/Vídeo
Limpeza e manutenção
Cabeleireiro
Sem nome e área
Fotografia
Artesanato e Bijuterias
Segurança
Reparação de máquinas
Canalização
Estofarias
Indústria
Avicultura
Aluguer de equipamento sonoro
Fábrica de máquinas de jogos de casino
Manutenção de piscinas
Papelaria
Padaria
Reciclagem
2010
L
E
56 257
11
52
2
11
12
76
7
33
4
21
9
36
8
26
5
21
9
254
4
15
5
30
7
37
8
17
4
29
8
32
0
3
8
1
4
4
20
1
2
4
8
1
1
1
1
9
2
20
6
2011
2012
L
38
25
22
19
18
14
10
16
4
10
9
12
4
11
6
7
0
3
5
E
154
140
92
112
55
58
39
44
16
62
41
41
13
60
11
30
0
6
15
2
3
3
10
3
9
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
1
1
6
5
L
35
34
30
15
19
21
14
7
21
6
12
8
12
4
12
6
14
4
2
4
4
1
E
175
203
116
72
38
76
46
16
100
28
37
50
33
11
102
19
32
15
8
16
11
4
1
4
1
2
TOTAL ‘10-‘12
L
E
129
586
70
395
54
219
46
260
44
126
39
155
33
121
31
86
30
137
25
344
25
93
25
121
23
83
23
88
22
142
21
81
14
32
10
29
8
27
8
36
7
16
4
14
4
8
3
9
2
13
1
2
1
20
1
6
1
2
1
6
1
5
14
Restaurante
Sapataria
Total
1
2
0
177 1028
1
244
3
0
1025
287
1214
1
1
708
5
3267
Fonte: dados extraídos dos relatórios do CMM – Licenças emitidas (2010-2012)
Entende-se Empresas de pequena dimensão, segundo o CMM todas aquelas actividades
económicas que pelo seu tamanho não são enquadráveis nas médias e grandes empresas,
ou seja, são todas aquelas que são licenciadas no âmbito do Decreto nº 5/12, de 7 de Março
sobre procedimentos de simplificação de licenciamentos de actividades económica, sob
tutela das autarquias e governos locais.
Analisando a tabela, nota-se que os sectores que mais licenças emitiram nos últimos três
anos, resultando maior número de empresas criadas desde 2010 a 2012 são:
1. Gráfica (serigrafias, publicidade e imagem);
2. Construção civil (Estaleiros de fabrico e venda de blocos, as ferragens de venda de
material de construção e outros serviços ligados a construção civil);
3. Empresas de prestação de serviços (diversos);
4. Serralharia (fabrico de portões, grades, vidros, pintura e outros.);
5. Empresas de prestação de serviços Jurídico/Administrativos;
6. Oficinas (mecânica de automóveis, lavagem e venda de viaturas).
Na mesma proporção estes são os sectores que mais postos de emprego criaram
exceptuando a carpinteira que é a terceira área que mais empregos criou embora tenha
gerado poucos novos licenciamentos.
3.2. Evolução do número de empresas do ramo comercial no mercado por
tipologia de serviços
Os dados abaixo são referentes às empresas do ramo comercial activas na Cidade do
Maputo, fornecidos pelo BAU da Direcção da Indústria e Comércio. Vide em baixo o tipo de
comércio que cresceu:
TAB 3: Evolução dos estabelecimentos por ramo comercial na Cidade de Maputo (2001-2012)
Tipo de Estabelecimento
Sal.Cab.Instit.Beleza
Modistas
Mat. Electrodoméstico
Tabacarias
Boutique\Autos
Escritórios prest. serviços
Perfumarias
Bottle Stores
Grossistas
Artigos de uso Pessoal
Boutique
2001
40
8
38
56
49
1175
8
8
1822
476
71
2005
325
66
62
303
126
3012
10
10
3121
722
202
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
2010
489
66
258
303
188
4375
21
23
4560
875
186
2012
860
66
312
341
230
5260
27
27
5380
1398
205
2150%
825%
821%
609%
469%
448%
338%
338%
295%
294%
289%
15
Mercearias
Supermercados
Floristas
Utilidades Domesticas
Ferragens
Centros Comerciais
Venda de disco e cassetes
Livrarias ou papelarias
Casa de tintas
Charcutarias
Talhos
198
22
12
287
159
5
11
57
6
20
64
413
33
26
60
146
7
7
63
10
13
78
256
49
27
191
235
8
17
87
10
21
63
456
50
27
540
295
9
19
98
10
23
68
230%
227%
225%
188%
186%
180%
173%
172%
167%
115%
106%
Fonte: BAU- Balcão de atendimento Único da DIC- Maputo
Em suma, de acordo com os dados acima, as áreas comerciais cujos volumes de empresas
mais cresceram são:
1. Salões de cabeleireiro/ institutos de beleza
2. Modistas
3. Comércio de electrodomésticos
4. Tabacarias
5. Boutiques auto
6. Escritórios de prestação de serviços
O comércio é variado desde produtos alimentares e, em geral, produtos de necessidade
primária, até bens e serviços secundários dos quais vestuário e calçado, moda, higiene
pessoal e estética. Percebe-se que o mercado em Maputo está sempre mais virado a
satisfazer uma crescente demanda de novos serviços profissionais para as empresas e de
todo tipo de produtos (grossistas!).
O crescimento do sector de prestação de serviços entra em paralelo aos dados fornecidos
pelo CMM sobre emissão de novas licenças, se assumir que estes envolvem áreas como a
gráfica, catering, organização de eventos e não só administração ou outros serviços de
consultorias “tradicionais” que, contudo, estão a crescer.
3.3. Os cursos mais requeridos pelos jovens no INEFP
Neste âmbito, procura entender-se que cursos profissionais mais interessam os jovens nos
centros de formação, seu grau de empregabilidade e até que ponto as escolhas dos jovens
seguem o padrão do mercado de trabalho. Neste contexto vai se apresentar os dados
fornecidos pelo INEFP (sector da Electrotecnia e Sector Terciário). Vide em baixo:
TAB.4: Cursos mais frequentados pelos jovens no Centro do INEFP – Electrotecnia (2012)
Curso
Electricidade industrial
Electricidade instaladora
Mecânica industrial
Informática Básica
Formados
66
54
40
57
Em formação
48
32
34
0
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
TOT
114
86
74
57
Duração (Meses)
6-7m
3-4m
6-7m
2m
16
Serralharia e Soldadura
Mecânico auto
HST
PLC
Hidráulica
Total
10
24
10
9
7
277
34
16
0
0
0
164
44
40
10
9
7
441
3m
6m
2m
1m
1-2m
Fonte: dados reelaborados dos dados do INEFP- Electrotecnia de 2012
Segundo a tabela os cursos mais frequentados/procurados pelos jovens no INEFP Delegação da Cidade, no Centro de Formação da Electrotecnia são: Electricidade (industrial
e instaladora), Mecânica Industrial, informática Básica e Serralharia/Soldadura e a Mecânica
auto.
O sector terciário do INEFP dedica se a oferecer cursos de curta duração, virados
essencialmente a capacitação de até 3 meses. Abaixo a tabela dos cursos procurados pelos
jovens em 2012.
TAB.5: Cursos mais frequentados pelos jovens no Centro do INEFP – Sector terciário (2012)
Cursos
Gestão de P. Negócios
Contabilidade Financeira
Praticas Administrativas
Culinária
Corte e Costura
Cabeleireiro
Administração de recursos Humanos
Agro-pecuária
Avicultura
Técnicas de atendimento
Gestão Financeira
Relações públicas
TV Marketing
Secretariado
Artesanato
Total
Formados
107
94
85
43
39
34
32
30
28
18
15
14
14
9
9
571
FONTE: INEFP- Cidade de Maputo, sector terciário
Os cursos mais procurados pelos jovens no Sector terciário são: Gestão de Pequenos
Negócios, Contabilidade Financeira, Práticas Administrativas, Culinária e Cabeleireiro.
Referir que o Centro da Electrotecnia trabalha em coordenação com grandes empresas, que
normalmente mandam os seus colaboradores (em grupo) para formações regulares de
actualização.
A análise dos dados parece revelar uma relação entre os cursos mais procurados pelos
jovens e os sectores que mais empregam, mas o sucesso da inserção depende –
obviamente – da qualidade da formação e não só da área.
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
17
Da mesma maneira pode-se concluir que o estágio em si não suporta automaticamente a
entrada no mundo do trabalho. Por exemplo, em 2012 os centros de formação Profissional
dos Salesianos encaminharam para o estágio mais de 500 jovens, mas só 33% foram
empregados pelas empresas proponentes.
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
18
4. AS RESPOSTAS ÀS ENTREVISTAS
A pesquisa de mercado, ministrada aos centros e às empresas preconizava o conhecimento
dos perfis (profissional e pessoal), e ainda as áreas que as empresas mais procuram para
formação ou actualização dos seus colaboradores.
4.1. A importância das características pessoais de um empregado
4.1.1. O perfil pessoal mais requerido pelas empresas num jovem candidato
Num universo de inúmeras características pessoais enfatizadas foi pedido às empresas as
três características pessoais determinantes para a contratação de um jovem candidato. No
compito geral, nota-se que 26% das entrevistadas apontam como factor determinante na
contratação, a Honestidade (lealdade, não furtar objectos alheios).
Graf.3: Características pessoais decisivas na contratação
Honestidade
3%
6%
4%
Assiduidade
26%
10%
Responsabilidade
Respeito
Simpatia
15%
20%
16%
Higiene
Humildade
Paciência
Fonte: Entrevistas às empresas (Proj. Mundo do Trabalho – EU) Maio 2013
Em segundo plano encontramos a Assiduidade/pontualidade (20%); a Responsabilidade e
Profissionalismo (16%); o respeito (15%); a simpatia (10%); a Higiene pessoal (6%); a
humildade e por fim a paciência com 4% e 3% respectivamente.
Se considerarmos a hierarquização das respostas, ou seja, a característica ressaltada como
primeira na indicação das três características decisivas para a contratação dos
colaboradores pelos empregadores, encontramos a Honestidade como sendo a mais
evidenciada (32 vezes), correspondente a 30% do universo total. Depois desta encontramos
como segunda característica mais evidenciada a Pontualidade (29 vezes), equivalendo 28%.
E em terceiro a característica também mais evidenciada foi a responsabilidade citada 17
vezes o que resultou em 16%.
4.1.2. As carências pessoais nos jovens trabalhadores
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
19
Através de uma outra pergunta, foram evocadas as maiores carências pessoais encontradas
nos jovens no dia-a-dia de trabalho como ilustra a tabela abaixo.
TAB.6: Carências pessoais nos jovens que foram mais enfatizadas pelos empregadores
Carência
Responsabilidade
Humildade
Respeito
Honestidade
Motivação/amor pelo trabalho
Pontualidade
Iniciativa
Qualidade do trabalho
Simpatia
Total
Frequência
25
18
17
16
11
10
4
2
2
105
(%)
24%
17%
16%
15%
10%
10%
4%
2%
2%
100
Fonte: Entrevistas às empresas (Proj. Mundo do Trabalho – EU) Maio 2013
A seguir, nos parece interessante registar algumas das frases e exemplos que os
empreiteiros ou os funcionários de Recursos Humanos nos forneceram para “justificar” e
ilustrar melhor a experiencia deles.
Responsabilidade (24%)
• “Não conservam o material confiado a eles”
• “Só trabalham quando estou presente”
• “Não assumem os erros”
• “Nunca realizam uma tarefa que não é sua, mesmo que esta seja urgente”
• “A frente de um incumbência complementar sempre respondem «esta não é a minha
tarefa» ”
Humildade (disponibilidade para aprender) – 17%
• “Há falta de humildade: antes de ser chefe tem que fazer-se experiência”
• “Os meus colaboradores não admitem que não sabem”
• “Nunca fazem perguntas”
• “É preferível ensinar alguém disposto a aprender do que aquele formado que pensa
que sabe tudo”
Respeito (16%)
• “Não obedecem aos chefes, aos colegas mais velhos e faltam de respeitos até aos
clientes”
• “Não sabem falar com os clientes, gritam e mancham o nome da empresa”
Honestidade (15%)
• “Furtam objectos da empresa e até dos próprios colegas”
• “Desviam dinheiro, material e outras coisas de valor”
• “Vêm pedir emprego, ensinamos e no fim roubam as ferramentas e abrem as suas
empresas”
• “Roubam-nos os clientes”
Motivação e amor pelo trabalho (10%)
• “Os jovens estão mais preocupados com o dinheiro que com o trabalho”
• “Não se dedicam ao que fazem, falta amor ao trabalho”
• “Não há zelo, profissionalismo e seriedade”
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
20
Pontualidade e Assiduidade (10%)
• “Chegam quase sempre atrasados”
• “Usam sempre as mesmas desculpas: tráfico, doença na família, carro avariado, falta
de transporte”
• “Faltam muitos dias de trabalho”
Espírito de iniciativa (4%)
• “Nunca fazem algo sem que alguém mande, não têm iniciativa”
• “Param à frente de um obstáculo qualquer, sem procurar uma solução”
• “Têm sempre uma desculpa para justificar não terem feito o que deviam fazer”
Qualidade do trabalho (2%)
• “Nunca fazem nada perfeito, sempre despacham”
• “Sabem dizer como se faz, mas não sabem realmente fazer”
• “Há problemas nos acabamentos dos produtos, não estão preocupados com a
beleza”
• “Escrevem nos CV’s ou nos diplomas que sabem fazer algo, mas não é verdade”
Simpatia (2%)
• “Durante o trabalho parecem estar tristes”
• “Têm um rosto de condenados aos trabalhos forçados”
4.1.3. Carências pessoais mais enfatizadas pelos centros de formação
No que toca aos centros de formação profissional, em termos de fraquezas pessoais, foram
levantados os seguintes aspectos que podem ser divididos em 2 grandes grupos.
Fraquezas pessoais segundo ordem de citação:
1. Falta de Motivação e amor pelo estudo/trabalho
2. Falta de iniciativa
3. Falta de Responsabilidade
Em fraquezas/dificuldades ligadas à formação:
1. Fraca qualidade da formação/educação de base;
2. Baixo nível de instrução para fazer os cursos profissionais
Alguns aspectos sobre as fraquezas pessoais dos jovens assim como as profissionais são
ressaltadas também pelas empresas, contudo, muitas empresas não têm ligação com
centros de formação para actualização profissional dos colaboradores, facto corroborado
também pela forma como muitas seleccionam os trabalhadores.
A fraca qualidade de formação em termos de conteúdos evidenciada pelos centros de
formação, prende se pelo facto de se queixarem de haver muitos centros, ainda que
credenciados pelo INEFP, sem metodologia e sem estrutura para dotar os formandos de
conhecimento técnico que os coloque de igual para igual num mercado de trabalho bastante
competitivo, facto referido por alguns responsáveis de grandes centros de renome em
Maputo, Tecnichol, Profimage, Profamília, Metalomecânica e outros cujo produto dos seus
trabalhos é colocado todos os dias ao dispor do Mercado.
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
21
“Enquanto não houver um controle e uma supervisão permanente do INEFP nos centros que
surgem e desaparecem, teremos jovens com certificados e sem conhecimento nenhum…é
preciso privilegiar uma formação que acompanhe a dinâmica do mercado” – desabafo do
representante dum centro de formação.
4.2. Causas da falta de habilidades técnicas dos jovens
Outros aspectos discutidos na pesquisa e reforçados pelos empregadores são as razões
que estão por trás da falta de habilidades técnicas dos jovens, não só os saídos dos centros
de formação mas também dos que pela experiência estão no mercado de trabalho. Como
mostra o gráfico abaixo as causas mais ressaltadas pelas empresas para explicar a falta de
habilidades técnicas sublinham mais uma vez o “factor humano” e não necessariamente os
factores de ordem técnico.
Graf.4: Motivos da falta de habilidade profissional
4%
Falta de interesse pelo
trabalho
2%
7%
29%
Qualidade dos cursos nos
centros de formação
Falta de centros de formação
na area
14%
Elevados custos dos cursos
profissionais
Falta de formação técnica
22%
22%
Reduzido número de
instituições
Não sabe
Fonte: Entrevistas às empresas (Proj. Mundo do Trabalho – EU) Maio 2013
Segundo muitos empresários “um jovem motivado, mesmo sem conhecimento técnico, é
capaz de aprender e realizar trabalhos com melhor qualidade do que um outro com
formação profissional mas que não tem motivação pelo trabalho”. Estes factores ligados aos
desejos intrínsecos dos jovens remetem a uma reflexão profunda sobre que mecanismos
adoptar para despertar a vontade, a motivação e a aspiração dos jovens pelo trabalho.
4.3. As metodologias de selecção
A esta altura o grupo de trabalho que elaborou a presente pesquisa achou essencial
questionar-se como é realizada a selecção dos jovens trabalhadores pelas empresas. O
facto é que muitas delas estão insatisfeitas com a qualidade dos jovens mas, será que
esses jovens estão tecnicamente formados? Como é que as empresas avaliam isto durante
a selecção?
Da tabela abaixo, pode se notar que a selecção dos colaboradores é feita apenas a partir de
relações informais, indicações entre amigos, familiares, etc. (65%). Por outro lado, há
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
22
empresas que se servem de duas ou mais formas sendo a referência / recomendação /
indicação um dos factores mais determinantes para avaliar as aptidões humanas e técnicas
do candidato. As empresas que no total procuram candidatos através de referências são
77%. Impressiona que somente uma empresa em 105 afirmou recorrer às Agências de
emprego... e como segunda fonte!
Tab 7: método de selecção dos colaboradores
Carência
Frequência
Referência/Indicação
68
11
Candidatura espontânea
10
Anúncio de vagas, Referência/Indicação
8
Anúncio de vagas
2
Agência de emprego, Referência/Indicação
3
Instituições de formação
1
Anúncio de vagas, Selecção interna
1
Anúncio de vagas, Inst. de formação
1
Anúncio de vagas, Agências de emprego
Total
105
(%)
65%
10%
10%
8%
2%
3%
1%
1%
1%
100
Fonte: Entrevistas às empresas (Proj. Mundo do Trabalho – EU) Maio 2013
Estes resultados podem estar aliados ao facto das empresas entrevistadas serem na
maioria de pequena e média dimensão, cujos orçamentos para providenciar a selecção de
colaboradores (a partir de agências de emprego, anúncio em jornais/internet etc.) não são
sempre suficientes. Por outro lado, seguramente as empresas desconfiam dos títulos, dos
diplomas, até dos cv’s dos candidatos, por causa de experiências negativas precedentes:
“Não sabem fazer o que está escrito no diploma”.
Tudo isso torna o mercado do trabalho ineficiente, dificilmente inteligível e pouco
transparente porque não há “controlo” ou informação ou possíveis análises sobre o “factor
referências/recomendação/indicação”. Praticamente nenhuma empresa se serve das
Agências de emprego! Além do mais, o facto de que um empregador não pode confiar de
maneira nenhuma duma formação efectuada ou dum diploma é muito problemático e gera
custos adicionais para as empresas: mais tempo para a selecção e avaliação dos
candidatos, escolhas erradas e obrigação em repetir todo o processo. Alguns donos de
empresa contaram-nos que houve candidatos que, apesar de terem escrito no cv que
sabiam utilizar um certo software, nem sabiam iniciá-lo; de candidatos que proclamam saber
falar fluentemente Inglês e nem sabem dizer: “Good morning”; de aspirantes motoristas que
não sabem conduzir; de pedreiros que não sabem fazer a massa de cimento; de electricistas
que confundem negativo com positivo…
Tudo isso fala de várias declarações inadmissíveis incluídas nos CV’s, de uma baixa
qualidade da formação, mas também de uma falta de exercício: “Um jovem de um bairro,
depois ter acabado uma formação sobre um software, diz não poder exercitar-se durante
meses, por falta de recursos. Por isso esquece-se do que aprendeu”. O problema existe,
mas já não é das empresas que apenas pretendem empregar pessoal qualificado para a
vaga que têm. São as instituições, os projectos como o nosso, que têm que solucionar esta
questão do espaço sem exercício entre a formação e a entrada no mundo do trabalho!
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
23
Contudo, mesmo depois da selecção, não há maneira nenhuma de assegurar uma formação
interna complementar. Alguns empregadores afirmaram não ter tempo para formar os
jovens, porque não há espaço para tal: a partir do acompanhamento inicial percebem em
quem vale a pena e em quem não vale a pena apostar. Ao contrário, algumas grandes
empresas entrevistadas e alguns hotéis garantem uma formação integral ao jovem recémintegrado, bem como a actualização dos que já lá estão. O que não parece variar são os
objectivos traçados por cada empresa para os seus colaboradores.
4.4. Outras informações colectadas
4.4.1. Capacitação dos trabalhadores pelas empresas
Apenas 25 empregadores sobre 105 admitiram ter contratado instituições de formação para
capacitação e actualização dos seus colaboradores: as áreas de formação requeridas e as
instituições de formação são apresentadas na tabela abaixo.
Tab 8: Áreas de capacitação dos trabalhadores e escolas de formação
Área de capacitação
Frequência
Restaurante Bar
7
Marketing/Promotores de venda
4
Reparação de Computadores
2
Administração/RH´s
2
Motorista – Mecânico
2
Design de Mobílias
1
Pintura auto
1
Soldadura/Serralharia
1
Aplicação de teste Psicológico
1
Electricidade
1
Engenharia civil
1
Engenharia de frio
1
Laboratório
1
(%)
28%
16%
8%
8%
8%
4%
4%
4%
4%
4%
4%
4%
4%
Escola de formação
Hotel Escola Andalucia/Profamilia
CFI
Technicol
VTC-Paico
INEFP
Psies Hecker (Africa do Sul)
CFP- Metalomecânica
CFP- Metalomecânica
NEDN
INEFP
UEM
Lesel lopt (Africa do Sul)
Pro-serv
Fonte: Entrevistas às empresas (Proj. Mundo do Trabalho – EU) Maio 2013
4.4.2. Qual área de formação é mais interessante para as empresas?
Nesta questão quase todos os empregadores responderam em função da sua área de
actuação, ou seja, a área de formação mais interessante para a empresa tem logicamente a
ver com a actividade desenvolvida pela empresa no âmbito do seu funcionamento. Por
exemplo, para as empresas do ramo hoteleiro as áreas mais interessantes são a recepção,
barman, e andares. Da informática, técnicos informáticos (redes), da gráfica, técnicos
gráficos ou designers, etc. Contudo, apesar deste facto, alguns citaram a área de marketing
e publicidade de interesse para a promoção dos serviços por eles prestados.
Parece evidente que as respostas a esta pergunta, por serem directamente ligadas à
amostra das empresas por cada sector, não são significativas no fim da pesquisa e da
identificação dos sectores de formação mais requeridos pelo mercado. Neste sentido,
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
24
indicações mais realistas são encontradas analisando (i) os sectores que mais cresceram no
último ano, (ii) as políticas de desenvolvimento industrial e terciário em Maputo, (iii) as sobre
a tendência dos cursos de formação escolhidos pelos jovens e pedidos pelas empresas.
Nesta altura, todas estas fontes de informações caracterizam-se por uma dificuldade de
colecta e, sobretudo, por uma carência de homogeneidade tornando-as bastante complexo
compará-las.
4.4.3. Que tipo de ajuda as empresas precisariam no âmbito da selecção e
formação do pessoal
A questão inserida na ficha de inquerido era a seguinte: “Que tipo de serviço estaria
disposto a pagar mas não encontra no âmbito da formação e selecção do pessoal?”
A área de apoio mais focalizada pelos empregadores é a formação profissional, uma vez
que se queixam da fraca qualidade técnica dos colaboradores aliada a fraca formação nas
instituições. Em segundo plano encontra-se a formação cívica e comportamental, que vem
concordar com a importância evocada por todos os entrevistados, na necessidade de formar
humanamente os seus colaboradores.
Analisando as respostas, parece evidente que no mercado da Formação e Inserção
Profissional ainda existe amplo espaço para oferecer estas tipologias de serviços desde que
sejam de alta qualidade.
Tab.9: Áreas de apoio pedidas pelas empresas no processo de selecção e formação do
pessoal
Área de apoio
Formação profissional (várias áreas)
Formação em educação cívica e comportamental
Formação em técnicas de selecção de pessoal
Aquisição de equipamentos
Introdução de novos cursos (ladrilhador/moldureiro)
Não precisa
Total
Frequência
33
26
21
4
4
17
105
(%)
31%
25%
20%
4%
4%
16%
100
Fonte: Entrevistas às empresas (Proj. Mundo do Trabalho – EU) Maio 2013
Referir no entanto que existem empresas que já se dedicam à formação interna dos seus
colaboradores, daí que não mostrassem interesse em referir qual o serviço que necessitaria
para a sua empresa, neste contexto.
4.4.4. Que aspectos positivos em termos pessoais os jovens apresentam?
A discussão sobre a necessidade da formação cívica é fundamentalmente secundada nesta
questão. Dos empregadores inquiridos, apenas 1/3 respondeu com exactidão à questão e,
apesar da ambiguidade das respostas, nota-se que há maior facilidade para os
empregadores em falar das carências do que em falar das qualidades dos seus
colaboradores. Abaixo a tabela das qualidades enumeradas:
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
25
Tab.9: Qualidades pessoais dos jovens citadas pelos empregadores
Qualidades pessoais
Frequência
(%)
13
5
5
4
3
3
2
35
37%
14%
14%
11%
9%
9%
6%
100
Motivação
Humildade
Pontualidade
Responsabilidade
Paciência
Respeito
Honestidade
Total
Fonte: Entrevistas às empresas (Proj. Mundo do Trabalho – EU) Maio 2013
4.4.5. Que serviços gostariam de aproveitar ou em que forma queria colaborar
com as iniciativas do projecto?
Esta questão consta como última do questionário fornecido às empresas, para ser analisado
pelos empregadores, a partir da diversidade de oportunidades que o projecto prevê, tanto
em serviços como em iniciativas, nos quais estariam interessados.
Esta crescente necessidade de formação humana dos colaboradores que todos
empregadores citaram, facto que pode ser visto como uma limitante ou factor de
insatisfação dos mesmos, deixa claro que eles preferem ter consigo um ser humano
comportado (ética e moralmente), mesmo sem formação técnica, do que um colaborador
muito bom tecnicamente mas muito mau humanamente, no sentido de não merecer
confiança, não ter sentido de responsabilidade, espírito de iniciativa e motivação.
Importa salientar que os resultados abaixo, tem como denominador comum, a educação
cívica/comportamental ou simplesmente formação humana.
Tab.10: Serviços/iniciativas a aproveitar do projecto pelas empresas
Serviços/iniciativas
Apresentação da empresa durante encontros de orientação
Apresentação da empresa/formação profissional
Formação humana
Formação profissional
Total
Frequência
(%)
51
24
18
12
105
49%
23%
17%
11%
100%
Fonte: Entrevistas às empresas (Proj. Mundo do Trabalho – EU) Maio 2013
Nesta questão havia ainda a possibilidade das empresas aproveitarem as iniciativas do
projecto para promover a Responsabilidade Social. Contudo nenhuma empresa mostrou
esta disponibilidade, apesar de algumas (20) terem afirmado praticar acções pontuais que
consideram de responsabilidade social. Esta questão continua na penumbra para muitos
empregadores porque não há linhas, segundo eles, que guiem a RSE nem, sobretudo,
benefícios claros para a empresa.
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
26
4.5. Qualidade dos Centros de Formação
Em primeiro lugar, nota-se que a qualidade de formação nos centros é posta em causa, já
que 22% das empresas entrevistadas apontam para a fraca qualidade dos centros de
formação, enfatizando aspectos como, conteúdos dos cursos de formação e ainda o período
dado para horas práticas. Outra parte 14% aponta o elevado custo dos cursos de formação
nas instituições de formação.
“Como avaliar a qualidade da formação nos centros de formação?” Esta foi a questão
fundamental levantada durante as sessões do grupo de trabalho encarregado de conceber
uma pesquisa tanto para as empresas quanto para as Instituições de Formação Profissional.
Assim, foi concebido um questionário. No entanto o grupo estava ciente da impossibilidade
de medir objectivamente a qualidade dos centros de formação. Mesmo assim, foram
visitadas e entrevistadas 23 das 26 instituições credenciadas pelo INEFP.
Olhando para os custos dos cursos de formação estes variam de Centro para Centro.
Contudo, em termos gerais, os cursos (curta duração) mais acessíveis são os de culinária e
corte /costura cujos valores se situam entre 3.500 a 15.500 e 3.500 a 10.000,00 Mt
respectivamente. O curso mais elevado ainda na óptica dos cursos de curta duração é o de
Bate chapa, cujo valor mínimo é de 9.000,00 Mt, custo que pode estar aliado ao reduzido
número de centros de formação.
Segundo a experiência do UPA3, na voz do Coordenador dos Projectos, Sr. Manuel Viriato,
o ponto central para avaliar a qualidade dos centros de formação são os programas de
formação, se estes são centrados no formando ou no professor. Neste sentido, um aspecto
fundamental a ser avaliado é o número das horas práticas preconizadas. Outro factor a ter
em conta é o das instalações: as instituições têm material/equipamentos actualizado/s para
o funcionamento? Além de tudo isso, há que ter em conta o histórico do centro, a sua
relação com as empresas, a procura pelos jovens e a procura pelas próprias empresas, em
termos de actualização dos colaboradores.
Porém, são praticamente ausentes alguns critérios relevantes para avaliar uma formação
profissional eficaz tais como: quantos formandos concluíram o curso e conseguiram o
diploma (atingindo as capacidades mínimas requeridas!) e quantos não? O formando
encontrou ou não um trabalho em consequência da formação recebida? Qual é o seu
salário? Há quanto tempo trabalha?
As razões do jovem ficar sem trabalho, após a formação profissional são, entre outras, as
seguintes:
1. Baixa qualidade da formação (carências de conteúdos, preparação e aptidão dos
formadores, falta de equipamentos/matérias ou obsolescência, falta ou ineficácia do
estágio)
2. Falta de motivação pessoal do formado (falta de Formação humana, orientação
errada)
3. Área de formação pouco requerida pelo mercado (falta de atenção ao mercado do
trabalho e de comunicação com as tendências das empresas)
3
Unidos Para Ajudar, ONG moçambicana que lida há anos com a Formação e Inserção Profissional e que
também implementou, juntamente com a ONG Francesa Essor, projectos financiados pela União Europeia.
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
27
4. Carências pessoais do jovem devido a uma fraca formação de base (baixa qualidade
do ensino primário em particular)
Infelizmente, não há seguimento estruturado, uniforme e, ousamos dizer, credível sobre os
êxitos da formação por parte das instituições e do INEFP. Só seis Centros declararam uma
percentagem de sucesso: “x% dos jovens formandos encontraram um trabalho”, mas não
forneceram informações detalhadas sobre a metodologia e os resultados da avaliação. A
maioria dos centros só acompanha os jovens até ao estágio.
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
28
ANÁLISE DOS RESULTADOS
Res.1: Identificação dos Sectores económicos que mais cresceram e dos Perfis
profissionais mais requeridos
Analisados os dados fornecidos pelas seguintes fontes:
•
CMM – Conselho Municipal de Maputo /Vereação das actividades económicas
•
DIC/BAU – Direcção da Indústria e Comércio da Cidade: Balcão de Atendimento
Único
•
SALESIANOS – Centro de Formação Profissional da Matola e São José da
Lhanguene
•
INEFP – Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional
•
Centros de Formação Profissional autorizados pelo INEFP
Pode se dizer que os sectores económicos que mais cresceram na Cidade do Maputo
nos últimos anos são:
1. Gráfica publicitária
2. Construção Civil
3. Serralharia
4. Prestação de Serviços, que podem envolver advocacias/consultorias técnicas, salões
de cabeleireiro, modistas etc.
5. Comercio, lojas
Os perfis profissionais mais requeridos pelas empresas aos centros de formação
profissional são:
1. Electricidade/Electrónica (industrial)
2. Mecânica (industrial e auto incluindo a electrónica e informática)
3. Culinária/restauração
4. Refrigeração
Os cursos mais requeridos pelos jovens são:
1. Electricidade
2. Mecânica
3. Informática
4. Culinária
5. Cabeleireiro
R2. Identificação das carências pessoais e do Perfil pessoal mais requerido
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
29
Analisados os dados fornecidos pelas entrevistas tanto às empresas assim como aos
Centros de Formação, pode dizer-se…
Durante uma selecção, as características pessoais mais procuradas pelos empregadores
são:
1. Honestidade
2. Assiduidade/Pontualidade
3. Sentido de responsabilidade
Durante o trabalho de cada dia as empresas lamentam (até fortemente!) as seguintes
faltas nas características pessoais dos jovens empregados:
1. Falta de sentido de responsabilidade
2. Falta de humildade
3. Falta de respeito
As carências pessoais mais enfatizadas pelos empregadores são:
1. Responsabilidade
2. Honestidade
3. Motivação e amor pelo trabalho
4. Respeito
5. Humildade (disponibilidade para aprender)
Res 3: Identificação dos centros de formação de maior qualidade
As conclusões a seguir são baseadas nas entrevistas às empresas, nas entrevistas e visitas
aos centros de formação e nos relatórios dos parceiros ou doutros actores do sector da
Formação e Inserção Profissional como as ONG’s Essor, UPA e Asscodecha. Além disso,
para responder às reclamações constantes dos empregadores sobre a fraca qualidade de
formação nos centros, e na falta de outras informações mais relevantes e objectivas, a
identificação dos centros de formação de qualidade foi fundamentada nos seguintes
critérios:
1. Programa do curso – Centrado no aluno ou no professor?
2. Histórico do centro – Como é a relação com o INEFP, com as empresas e quais
empresas, bem como avaliar o grau de satisfação das empresas pelos serviços;
3. O estado das instalações – em que estado se encontra o equipamento, tipo de
instalações e outros aspectos inerentes à formação prática do formando.
Claramente, estes critérios – além do terceiro - não são objectivos, mensuráveis e,
sobretudo comparáveis. Não há por exemplos informações do tipo: “% de jovens que
trabalham em consequência da formação recebida no centro X”, “% de alunos que
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
30
participam em todas as aulas e conseguem obter o diploma final”. Além disso, não há
padrões qualitativos de formação constantemente controlados e verificados: testes para os
formadores, testes externos para os formados, avaliações periódicas e constantes pelo
INEFP…
Neste contexto foram identificados os seguintes centros como potenciais parceiros para o
presente projecto:
•
Centro de Formação Profissional da Profamila
•
Centro de Formação Profissional da Profimage
•
Centro de Formação Profissional da UGC
•
Centro de Formação Profissional do INEFP Electrotecnia
•
Centro de Formação Profissional Metalomecânica
•
Academia de Talentos
•
Academia de Comunicação
Durante a pesquisa as empresas, os empregadores além do aspecto da fraca qualidade de
formação nos centros, focaram sua insatisfação em relação aos programas de ensino e,
segundo eles, os currículos de ensino não acompanham a dinâmica do mercado. Neste
âmbito, foram mencionadas muitas deficiências na formação dos jovens sobretudo nas
áreas de Construção Civil, Serralharia, Gráfica, Restauração e ainda nas oficinas auto.
Para a melhoria da qualidade dos formandos, os empregadores sugeriram a junção de 2 a 3
cursos, num único, tornando o curso completo e constituído por módulos enriquecedores
que irão dotar os formandos de ferramentas para responder às exigências do Mercado. O
que tem acontecido, segundo os mesmos, deve-se à tendência comercial dos centros e não
necessariamente do compromisso com a qualidade de formação, daí que alguns cursos que
podiam ser dados num só, são dados por separado para ganhar mais estudantes e mais
receitas; além disso, nas aulas práticas preconizadas nos programas, estes não são
estritamente cumpridos, devido à negligência e à falta de equipamentos suficientes para os
formandos.
Analisadas estas informações são sugeridos alguns cursos que nesta vertente não são
novos, mas que de algum modo irão alavancar o mercado da formação profissional:
•
Curso de Serralharia Mig + Mag + Tig - Área da Serralharia
•
Curso de Maquetização – área da Gráfica publicitaria
•
Curso de Carpintaria + cofragem – Área da Construção Civil
•
Curso de Barman + Inglês – Área de Restauração e Hotelaria
•
Curso de Electricidade/mecânica Auto + Informática – área das Oficinas
•
Curso de atendimento aos clientes (acolhimento, venda e promoção, gestão da
caixa)
Não se pretende contudo dizer que estes dados sejam definitivos, mas um indicador das
tendências que o mercado está a tomar.
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
31
Contudo, durante a pesquisa foram constatados outros factos:
•
A procura por muitos particulares dos serviços de ladrilhadores (montagem de
tijoleiras), montadores de tectos falsos e de sistemas de alarmes nas residências,
tem vindo a crescer. Questionadas as empresas de construção, afirmam somente
que preferem subcontratar algumas equipes com as quais permanentemente
trabalham, do que ter alguém ou uma equipe que saiba fazer apenas esse trabalho.
Neste último caso, só é possível se houver uma introdução desta componente nos
cursos de Construção Civil, o que dificilmente pode vir a acontecer porque não
existem peritos formados nesta área, pois os que sabem o ofício aprenderam-no na
África do Sul.
•
Outros serviços constantemente requisitados (por particulares) são os de técnicos de
frio (refrigeração), e os Electricistas para instalação de sistemas nos edifícios e
moradias.
Todavia, estes aspectos não têm uma base científica para serem corroborados; são apenas
o produto das conversas e encontros com a comunidade e alguns actores do mercado.
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
32
5. CONCLUSÕES E SUGESTÕES
Analisados todos os demais dados, urge identificar estratégias de intervenção para (i)
maximizar e dinamizar o crescimento humano e profissional dos jovens, em particular
daqueles dos bairros informais; (ii) acompanhar e sustentar o desenvolvimento económico
Moçambicano através de uma Formação e Inserção Profissional rápida, de qualidade, séria,
completa, adequada aos tempos e às urgentes necessidades do mercado de maneira a não
perder as significativas oportunidades já existentes e aquelas fornecidas pelo progresso
tecnológico presente e futuro; (iii) ampliar a base da população que aproveita do
crescimento económico de Moçambique sem excluir os que não tem/tiveram possibilidade
de cumprir os estudos formais…
Desta forma sugere-se que:
1. Devido às inúmeras queixas da falta de motivação e interesse pelo trabalho,
antes ou durante a formação profissional, os jovens devam passar por uma
formação de descoberta e desenvolvimento do eu, no qual vão aprender a
destacar as suas habilidades, as suas carências, a cultivar o trabalho e o seu
valor; mais do que uma terapia, que esta formação seja uma ponte que ajudará o
jovem a encontrar o seu verdadeiro destino;
2. Que o processo de formação e inserção no mercado de trabalho seja
constantemente acompanhado por uma equipe que, além de alavancar o jovem,
possa conduzi-lo a um juízo consciente do seu contexto real, das suas
oportunidades, das suas limitações, e a encontrar um caminho rentável para o
seu crescimento;
3. Introdução de cursos nos centros que ofereçam as condições para fornecer aos
formandos a possibilidade de obter uma formação única, completa e de
qualidade, que, pelos conteúdos, acompanhe a evolução do mercado.
4. Imperioso o estabelecimento de parcerias entre as Instituições de formação, o
Estado, as organizações da sociedade civil com as empresas públicas e
privadas, ou seja com as verdadeiras promotoras do desenvolvimento e
verdadeiras criadoras de emprego.
5. Diminuição das distâncias entre as OSC, as empresas e as Autoridades Locais
no esforço comum de encontrar e aplicar medidas mais eficazes e adequadas
para a criação de emprego. A presente proposta visa participar em estratégias de
redução da pobreza e desenvolvimento sustentável na cidade de Maputo
melhorando as capacidades humanas e profissional bem como as condições de
ocupação, favorecendo o emprego digno e adequadamente remunerado (meta 1
dos Objectivos do Milénio) dos jovens actualmente sem emprego formal ou
informal e sem formação dos bairros informais.
6. Criação duma rede ou plataforma das entidades que lidam com a Formação e
Inserção Profissional para a troca de metodologia/sinergias e desenho dum
sistema único (Banco de Dados) informatizado de modo a melhorar os serviços
prestados dos quais os jovens dos bairros informais serão os maiores
beneficiários.
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
33
7. Identificação e promoção de um indicador oficial de qualidade da formação
profissional. A Rede ou Plataforma acima referida poderia elaborar critérios de
avaliação e acompanhamento dos formandos após a formação para certificar os
valores (Rating) atingidos por cada curso e/ou Centro de formação. Do seu lado,
o centro poderá utilizar esta certificação como ferramenta de marketing para
vender de forma mais atractiva os seus serviços às empresas e aos potenciais
formandos. Exemplos: “O nosso centro está certificado com o nível X pela Rede
Y”, ou “80% dos nossos formandos encontraram um trabalho depois 3 meses da
formação”…
Apesar de não fazer parte do objectivo desta pesquisa e do projecto, os parceiros e a equipa
de gestão pensam ser obrigatório ressaltar que permanece imprescindível e urgentíssima a
necessidade de aumentar a qualidade do ensino formal a partir do Primário em termos de:
•
Melhor preparação e maior quantidade de professores
•
Didáctica menos fundada nas noções, nas repetições, na turma (“Instrução”)
e mais sobre o individuo, facilitando o desenvolvimento de uma abordagem
critica, analítica, dedutiva e indutiva que permita a cada aluno de despertar os
próprios talentos, o seu eu e de desenvolver ao máximo as suas
potencialidades (“Educação”).
•
Infra-estruturas, equipamentos, beleza educativa do ambiente, limpeza
interna e externa
•
Mudança de paradigma passando da concepção da formação como instrução
(“por dentro”) à educação (tirar fora de cada aluno).
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
34
FONTES CONSULTADAS
•
Taxa de desemprego, extraído do censo dos agregados familiares de 2004/5, realizado pelo
INE – Instituto Nacional de Estatística (Censo- 2007)
•
Banco de dados das licenças emitidas pelo CMM- Vereação das Actividades Económicas
(2010/2012)
•
Lista das empresas do sector comercial – evolução do sector comercial na cidade de
Maputo de 2001/2011 – DIC- Balcão de Atendimento Único
•
Banco de dados dos formandos estagiários e empregues pelas empresas, formado pelos
centros de formação dos Salesianos, ano 2012
•
Registos dos cursos mais frequentados pelos jovens em 2012, nos centros de Formação
do INEFP (Electrotecnia e Sector terciário)
•
Manual das boas práticas do Projecto UPA: apoio a inserção profissional dos jovens sem
emprego de Maputo e Beira em moçambique.- ESSOR em colaboração com INEFP
(05/2012)
•
Visita ao site, www.dn.pt, na sua revista de economia datado de 24/11/2012
•
Diagnóstico sócio participativo da comunidade do Bairro Chamanculo C, elaborado pela
AVSI no âmbito da Consultoria ao CMM, no Projecto trilateral de requalificação Urbana dos
Bairros de Chamanculo C.
OUTRAS FONTES
•
Entrevistas guiadas aos centros de formação
•
Entrevistas guiadas às empresas
•
Encontros com a comunidade do Bairro Chamanculo C
•
Encontros com parceiros que actuam na área de formação profissional
AGRADECIMENTOS
Secretário, Chefes de Quarteirão e Moradores do Bairro Chamanculo C
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
35
ANEXO I
LISTA DAS EMPRESAS ENTREVISTADAS NA CIDADE DE MAPUTO E MATOLA
ORD
CATEGORIA
NOME DA EMPRESA
FORMAL/
INFORMAL
1
ALFAIATARIA
BISCATEIRO
INFORMAL
2
ALFAIATARIA
MODISTA LULUCHA
INFORMAL
3
BATE CHAPA E PINTURA
OFICINA ZUMDAPE
FORMAL
4
CAR WASH
ESTACAO DE SERVIÇO VIA RAPIDA
FORMAL
5
CAR WASH
NDITO CAR WASH
INFORMAL
6
FABRICO/VENDA DE MATERIAL DE CONSTRUCAO
BISCATEIRO
INFORMAL
7
FABRICO/VENDA DE MATERIAL DE CONSTRUCAO
ESTALEIRO STEFANE
INFORMAL
8
FABRICO/VENDA DE MATERIAL DE CONSTRUCAO
CMC AFRICA AUSTRAL LTDA
INFORMAL
9
FABRICO/VENDA DE MATERIAL DE CONSTRUCAO
ESTALEIRO ROQUE
FORMAL
10
FABRICO/VENDA DE MATERIAL DE CONSTRUCAO
ESTALEIRO CUMAIO
FORMAL
11
FABRICO/VENDA DE MATERIAL DE CONSTRUCAO
ACRIBIT FABRICA DE BLOCOS
FORMAL
12
FABRICO/VENDA DE MATERIAL DE CONSTRUCAO
SS- CONSTRUCAO
FORMAL
13
FABRICO/VENDA DE MATERIAL DE CONSTRUCAO
RAOPIO E CONSTRUCAO CIVIL RSC
FORMAL
14
FABRICO/VENDA DE MOBILIARIO
ESTOFARIA
INFORMAL
15
FABRICO/VENDA DE MOBILIARIO
CARPINTARIA MACARRINGUE
FORMAL
16
FABRICO/VENDA DE MOBILIARIO
MOLDURAS MINUTO LTDA
FORMAL
17
FABRICO/VENDA DE MOBILIARIO
CARISMAL LTDA
FORMAL
18
FABRICO/VENDA DE MOBILIARIO
YOLA MOBILIAS
FORMAL
19
FABRICO/VENDA DE MOBILIARIO
IMOCONSTROI
FORMAL
20
FABRICO/VENDA DE MOBILIARIO
CARPINTARIA ANTONIO
FORMAL
21
FABRICO/VENDA DE MOBILIARIO
L DUARTE DOS SANTOS
FORMAL
22
FABRICO/VENDA DE MOBILIARIO
PROTEIA FURNISHERS
FORMAL
23
FABRICO/VENDA DE MOBILIARIO
OK MOBILIARIO
FORMAL
24
FABRICO/VENDA DE PAES
PADARIA ALTO MAE
FORMAL
25
FABRICO/VENDA DE PAES
PADARIA PAO QUENTE
FORMAL
26
FABRICO/VENDA DE PAES
PADARIA MELU
FORMAL
27
FABRICO/VENDA DE PAES
PADARIA SIVAMO
FORMAL
28
FABRICO/VENDA DE PAES
PADARIA MAFUMO
FORMAL
29
HOTELARIA
HOTEL TERMINUS
FORMAL
30
HOTELARIA
HOTEL POLANA SERENA
FORMAL
31
HOTELARIA
PESTANA ROVUMA
FORMAL
32
HOTELARIA
HOTEL AFRICA
FORMAL
33
HOTELARIA
HOTEL SOUTHERN SUN
FORMAL
34
INDÚSTRIA DE PRODUTOS ALIMENTARES
INFRUGEL
FORMAL
FORMAL/
INFORMAL
ORD
CATEGORIA
NOME DA EMPRESA
35
INFORMATICA
CHAP COMPUTERS
FORMAL
36
INFORMATICA
PHSC INFORMATICA
FORMAL
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
36
37
INFORMATICA
CLICK TECHNOLOGY
FORMAL
38
INFORMATICA
PATCOM MULTIMEDIA
FORMAL
39
INFORMATICA
BISCATEIRO
INFORMAL
40
INFORMATICA
GEODATA, CONSULTORIA E PESQUISAS
FORMAL
41
INFORMATICA
GEOTEC
FORMAL
42
MONTAGEM E REPARAÇAO DE APARELHOS DE FRIO
SOCLIMA
FORMAL
43
MONTAGEM E REPARAÇAO DE APARELHOS DE FRIO
NAFRIO
FORMAL
44
OFICINAS DE BATE CHAPA E PINTURA
AUTO CHALALA
FORMAL
45
OFICINAS DE BATE CHAPA E PINTURA
AUTO NHER
FORMAL
46
OFICINAS DE BATE CHAPA E PINTURA
AUTO DJUAS
FORMAL
47
OFICINAS DE BATE CHAPA E PINTURA
MELO LTDA
FORMAL
48
OFICINAS DE BATE CHAPA E PINTURA
AUTO FEMA
FORMAL
49
OFICINAS DE LAVAGEM E VENDA DE VIATURAS
AUTO GUIAMBA
FORMAL
50
OFICINAS DE REPARACAO DE VIATURAS
BISCATEIRO
FORMAL
51
PARQUE DE VENDA DE CARROS USADOS
BHINDER MOTORS, LDA
FORMAL
52
PARQUE DE VENDA DE CARROS USADOS
AMIN AUTO WASH, LDA
FORMAL
53
PRESTACAO DE SERVICOS
PERFECT CLEAN
FORMAL
54
PRESTACAO DE SERVICOS
AMAJOR
FORMAL
55
PRESTACAO DE SERVICOS
HI FAI METALEX LDA
FORMAL
56
PRESTACAO DE SERVICOS
AGRO ALFA SARL
FORMAL
57
PRESTACAO DE SERVICOS
LALGY LDA
FORMAL
58
PRESTACAO DE SERVICOS
DEVESSE TINTAS LDA
FORMAL
59
PRESTACAO DE SERVICOS
CLEAN STAR MOZAMBIQUE
FORMAL
60
PRESTACAO DE SERVICOS
SINCROMAC
FORMAL
61
PRESTACAO DE SERVICOS
FINAGE MAR MOCAMBIQUE
FORMAL
62
PRESTACAO DE SERVICOS
CHAVEIRO DA CIDADE
FORMAL
63
PRESTACAO DE SERVICOS
HIDROMECANICA LTDA
FORMAL
64
PRESTACAO DE SERVICOS
AMADO MOBILIAS
FORMAL
65
PRESTACAO DE SERVICOS
IR WILIAM E FILHOS
FORMAL
66
PRESTACAO DE SERVICOS
BISCATEIRO
INFORMAL
67
PRESTACAO DE SERVICOS
BISCATEIRO
INFORMAL
68
PRESTACAO DE SERVICOS
BISCATEIRO
INFORMAL
69
PRESTACAO DE SERVICOS
ABA (CATERING E EVENTOS)
FORMAL
70
PRESTACAO DE SERVICOS
1908 CATERING
FORMAL
71
PRODUÇAO/VENDA DE BEBIDAS ALCOOLICAS
COMERCIAL PORTUGUESA
FORMAL
72
PRODUÇAO/VENDA DE DERIVADOS DE LEITE
PARMALAT MOÇAMBIQUE SARL
FORMAL
73
VENDA DE BEBIDAS ALCOOLICAS
FAMOUS GROUSE
FORMAL
FORMAL/
INFORMAL
ORD
CATEGORIA
NOME DA EMPRESA
74
PRODUÇAO/VENDA DE BEBIDAS ALCOOLICAS
LUSOVINHOS
FORMAL
75
RESTAURANTES
MIMOS LDA
FORMAL
76
RESTAURANTES
RESTAURANTE MICAEL
FORMAL
77
RESTAURANTES
RESTAURANTE MEIA TIGELA
FORMAL
78
RESTAURANTES
RESTAURANTE IDEAL
FORMAL
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
37
79
RESTAURANTES
CANTINHO DA HELENA
FORMAL
80
SALAO DE CABELEREIRO
SALAO YOLANDA
FORMAL
81
SALAO DE CABELEREIRO
SALAO UNISEX
FORMAL
82
SALAO DE CABELEREIRO
SALAO AMELIA
FORMAL
83
SALAO DE CABELEREIRO
SALAO CALO MIMI
FORMAL
84
SALAO DE CABELEREIRO
SALAO ARIANA
FORMAL
85
SALAO DE CABELEREIRO
SALAO MAXIMO
FORMAL
86
SALAO DE CABELEREIRO
SALAO ZITHA
FORMAL
87
SALAO DE CABELEREIRO
SALAO LURDES
FORMAL
88
SALAO DE CABELEREIRO
SALAO E BOUTIQUE LENA
FORMAL
89
SALAO DE CABELEREIRO
SALAO CLEOPATRA
FORMAL
90
SALAO DE CABELEREIRO
SALÃO ROSA HOSNA
FORMAL
91
SAPATARIAS
SAPATARIA
INFORMAL
92
SAPATARIAS
SAPATARIA SOLAKI
FORMAL
93
SAPATARIAS
SAPATEIRO TAJU
FORMAL
94
SAPATARIAS
SAPATARIA LHAMINE
FORMAL
95
SEGURANCA
RANGERS SEGURANCA LDA
FORMAL
96
SERIGRAFIAS
DETAILS
FORMAL
97
SERIGRAFIAS
MANIARTES
FORMAL
98
SERIGRAFIAS
IMAGEM REAL
FORMAL
99
SERRALHARIA
RECTIFICADODORA LM
FORMAL
100
SERRALHARIA
SERRALHARIA ALBERTO
FORMAL
101
SERRALHARIA
SERRALHARIA GUAMBE
FORMAL
102
SERRALHARIA
SERRALHARIA MUNJOVO
FORMAL
103
SERRALHARIA
BISCATEIRO
INFORMAL
104
SERRALHARIA
SOGIAL LDA
FORMAL
105
SUPERMERCADO
PICK N PAY
FORMAL
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
38
LISTA DE EMPRESAS ENTREVISTADAS NO ÂMBITO DO APROFUNDAMENTO DOS
CURSOS INOVATIVOS
Ord
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
Nome das instituições
CETA
CMC- AFRICA AUSTRAL
SS - CONSTRUÇÕES
DETAILS
MOZMEDIA
PRINTER
TPM
MOTORCARE
RONIL AUTO
UGC - (CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL)
MOPH (CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL)
TRI - M
RECTIFICADORA LM
SERRALHARIA MUNJOVO
JOYO
HOTEL ROVUMA
HOTEL AFRIN
RESTAURANTE
ACADEMIA DE TALENTOS
FOLHA VERDE
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
Categoria
Construção civil
Construção civil
Construção civil
Gráfica
Gráfica
Gráfica
Oficinas auto
Oficinas auto
Oficinas auto
Formação Auto
Formação em Obras Públicas
Serralharia
Serralharia
Serralharia
Venda de Material de Construção Civil
Restauração e hotelaria
Restauração e hotelaria
Restauração
Formação em hotelaria e turismo
Catering e Eventos
39
LISTA DOS CENTROS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL ENTREVISTADOS EM
MAPUTO
Ord
Instituição
Categoria
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
ACODEBO 7
IVETE BOLOS CATERING
C3 CORTE E COSTURA
CENTRO DE FORMACAO METALOMECANICA
ESCOLA DE CULINARIA ASSMA
ENSINE
UGC-CFP
ESCOLA DE FORMACAO ANDALUCIA
CULINARIA ROSE
TECHNICOL
PROFIMAGE - PROFISSIONAL IMAGE
CMA- COMUNIDADE MOCAMBICANA DE AJUDA
PROFAMILA MOCAMBIQUE
MACHADO HOLDINGS LTDA
ACADEMIA DE TALENTOS
ACADEMIA DE COMUNICAÇAO
PHSC - INFORMATICA
ASSCODECHA
SISOFT
AGAPE
IPET
MEGAFORMAR
INEFP -SECTOR TERCIÁRIO
INEFP – ELECTROTECNIA
INEFP- MACHAVA
CFP – MISSÃO SÃO JOSÉ da Lhanguene
Cabeleireiro
Culinária
Corte e costura
Electricidade e Serralharia
Culinária
Administração e culinária
Oficinas auto e Administração
Hotelaria / Culinária
Culinária e Restauração
Administração e Informática
Hotelaria e Culinária
Vários
Hotelaria, Culinária e Restauração
Vários
Vários
Comunicação e Administração
Informática
Vários
Informática
Vários
Vários
Administração e redes
Vários
Vários
Oficinas auto, construção civil e Serralharia
Serralharia, Electricidade e corte-costura
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
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ANEXO II
FICHA DE PESQUISA DO MERCADO DE TRABALHO
Entrevistador:___________________________________________________
Data:________________
A - INSTITUIÇÃO
1. Nome da instituição:
________________________________________________________________
2. Serviços Prestados (detalhar):
________________________________________________________
3. Endereço da sede:
__________________________________________________________________
4. Tel. __________________________ Email:
_____________________________________________
5. Nome e função do Responsável:
_______________________________________________________
6. Nº total de empregados: ____________________
B – DADOS DO ENTREVISTADO
7. Nome completo:
____________________________________________________________________
8. Função:
__________________________________________________________________________
9. Contactos:
________________________________________________________________________
C – SELECÇÃO DO PESSOAL
10. Como é feita a selecção da mão-de-obra?
Anúncio de vaga (jornal, internet)
Agências de emprego (Nome:
_________________________)
Referências/Indicação
Escolas de formação (Nome:
__________________________________)
Outro (Especifique):
_______________________________________________________________
11. Quais as três características/qualidades pessoais que procura ou que considera decisivos nos
jovens candidatos ao emprego (de baixa e media qualificação)
I
______________________________________________________________________________
__
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II
______________________________________________________________________________
__
III
______________________________________________________________________________
_
12. Qual é a maior carência nos trabalhadores mais jovens?
______________________________________________________________________________
___
13. Qual a característica que mais procura e não encontra nos trabalhadores mais jovens?
______________________________________________________________________________
___
14. Que habilidade técnica profissional procura e não encontra nos jovens?
______________________________________________________________________________
___
15. Acha que haverá alguma razão de fundo para que haja essa falta de habilidade técnica
profissional?
______________________________________________________________________________
__
16. Que habilidade técnica profissional procura mais (detalhar)?
______________________________________________________________________________
___
17. No futuro, vai precisar de algumas habilidades profissional particular (ex.: novas tecnologias,
qualificações profissionais especificas)?
______________________________________________________________________________
___
D – FORMAÇÃO INTERNA
18. Nos últimos anos contratou algum Centro de Formação Profissional para a capacitação dos
colaboradores?
Sim
Não
Em que áreas?
____________________________________________________________________
Em que instituição?
_________________________________________________________________
19. Qual é a formação técnico-profissional mais interessante para a sua empresa?
__________________
E – O PROJECTO
20. Considera importante a formação humana e cívica dos jovens trabalhadores?
Sim
Não
21. Que tipo de serviço estaria disposto a pagar mas não encontra no âmbito da formação e selecção
do pessoal?
______________________________________________________________________________
___
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22. Está interessado a aproveitar de alguns serviços ou colaborar com algumas iniciativas do presente
projecto?
Apresentação da empresa durante os encontros de orientação com os jovens
Acolhimento de estagiário (ver benefícios para as empresas)
Acção de responsabilidade social (Ex:
________________________________________________)
Cursos de formação humana para os colaboradores
Cursos de formação profissional para os colaboradores (Área:
_____________________________)
Outra proposta:
___________________________________________________________________
F – OBSERVAÇÕES
______________________________________________________________________________
___
______________________________________________________________________________
___
______________________________________________________________________________
___
Pesquisa do Mundo do Trabalho na área de Maputo – 2013
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FICHA DE ENTREVISTA ÀS INSTITUIÇÕES DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL
A - INFORMACÕES DA INSTITUIÇÃO
NOME:
EMAIL:
ENDEREÇO:
CONTACTOS:
RESPONSÁVEL
CONTACTOS
B - ENTREVISTA
1. Nome do entrevistado:
_______________________________________________________________
2. Função:
___________________________________________________________________________
3. Contacto: ______________________________
Email:______________________________________
C - DADOS DA INSTITUIÇÃO
4. .A instituição é:
Privada
_____________________
Pública
Religiosa
Outro
5. A quanto tempo existe: ______________ E quando começou a Funcionar: ________
6. Nº funcionários: _______ Nº formadores contratados: _________ Total trabalhadores:
___________
7. Nº total de alunos _____________ Nº total alunos entre 15 e 24 anos: __________
8. As instalações são : Próprias
____________________
9. Está autorizada:
Não
INEFP
Cedidas
Alugadas:
Outro
Outros (especificar)_______________________________
10.Parcerias:
__________________________________________________________________________
11.Programas/Projectos:
_________________________________________________________________
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12.Áreas de formação mais pedida pelas
empresas?___________________________________________
__________________________________________________________________________________
___
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13.Pode citar as Empresas que usualmente pedem formações?
__________________________________
__________________________________________________________________________________
___
14.O que falta nos jovens (dos bairros informais) para eles encontrar um trabalho?
I
________________________________________________________________________________
__
II
________________________________________________________________________________
_
III
________________________________________________________________________________
_
15.Tem estatísticas ou seguimentos sobre a procura de emprego dos jovens formados na sua
instituição?
Que tipo de seguimento?
________________________________________________________________
Qual é a estatística?
_____________________________________________________________________
16.Qual é a estratégia ou a ferramenta mais eficaz para suportar os jovens na procura de trabalho?
__________________________________________________________________________________
___
__________________________________________________________________________________
___
17.Os cursos de formação profissional da sua instituição são acompanhados por módulos de
formação humana, cívica e comportamental?
Sim
Não
18.Se sim, quais os itens enfatizados:
a. ________________________________________ Horas: ____________
b. ________________________________________ Horas: ____________
c. ________________________________________ Horas: ____________
d. ________________________________________ Horas: ____________
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Nome do Entrevistador: __________________________________ Assinatura:
____________________
Data _____/_______/_________
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CURSOS MINISTRADOS
Especialidades
Módulos
Regime
Duração/
Horas
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Nível
ingresso
Custo
Nº inscr.
2012/13
48
Rede Salesiana
de Formação Profissional
Para informações:
Fundação AVSI
Rua de Xipamanine, 271 - Maputo
Tel/Fax 21.40.50.16
Cell. 84.638.81.49
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Diagnostico Mundo do Trabaho - 04_02_14 Corretta