série P500
Revestimento argamassado estético de alta resistência
1 - Descrição
Série P500 – argamassa de alto desempenho composta por uma diversificação de agregados minerais,
previamente selecionados e dosados especialmente para obtenção de curvas granulométricas específicas
para cada versão, associados com cimento Portland estrutural, aditivos especiais, fibras sintéticas, super
plastificantes e polímeros; destinada à execução de revestimentos lapidáveis em pisos cimentícios, pronta a
atender solicitações estéticas e a resistir às agressões predominantes por abrasão causada pelo arraste e
rolar de cargas médias, tráfego de veículos de rodas rígidas, tráfego intenso de pedestres e impactos de
pequena e média intensidade.
Suas características técnicas de resistência mecânica atendem aos requisitos da norma Brasileira EB2100 /
NBR-11801, para pisos de alta resistência dos grupos “A” e “B”.
2 - Versões:
O resultado final estético deve ser dimensionado pelas características das cores naturais e predominantes
dos agregados em combinação com a cor natural do cimento Portland comum ou branco estrutural ou ainda
opções coloridas pela utilização de pigmentos da linha Polipiso disponíveis nas cores branca, azul, amarelo,
verde, vermelho e preto, ou combinações personalizadas.
Características estéticas da série P500 fornecida com cimento Portland comum:
P500 A – Predominância de agregados minerais levemente rosados com destaques pontuais de agregados
na cor branco leitoso.
P500 B – Predominância de agregados minerais na cor preta proporcionando ao acabamento final uma
tonalidade mais escura.
P500 C – Destaque para agregados rosados com pequenos pontos em preto e acabamento final de leve
clareza.
P500 D – Agregados minerais de formação cristalina, obtendo-se um acabamento claro e uniforme.
P500 E – Fundo aparente formado por agregados cristalinos com destaques pontuais de agregados na cor
branco leitoso.
P500 F – Fundo aparente formado por agregados cristalinos com destaques pontuais de agregados
escuros.
3 - Informativo técnico
SOLICITAÇÃO
Desgaste em mm
Percurso de 1000 m
Resistência à
compressão simples
Resistência à tração
por compressão
diametral
EB 2100
Classe A
EB 2100
Classe B
> 0,8 < 1,6
mm
P 500
A
0,7
mm
P 500
B
1,0
mm
P 500
C
1,4
mm
P 500
D
0,7m
m
> 40,0 MPa
> 40,0 MPa
50
72,20
62,60
64,40
54,80
> 4,0 MPa
> 4,0 MPa
4,5
5,95
4,45
5,89
5,37
< 0,8 mm
P 500
E
0,7 mm
4 - Indicações
Áreas com apelo estético de intensa movimentação de pedestres e solicitações mecânicas de pequenas e
médias freqüências, considerando-se a higiene com fácil procedimento de limpeza, proporcionando
agradável aspecto visual com ganho produtivo:
 Escolas, universidades, hospitais, laboratórios;
 Rodoviárias, refeitórios, show. rooms, shopping centers;
 Indústria farmacêutica, alimentícia, têxtil, eletrônica, etc.
5 - Acondicionamento
Embalagens impermeáveis plásticas de 25 kg.
6 - Armazenamento e validade.
Armazenar as embalagens dos produtos da série do P500 em local coberto, sem umidade e ventilado,
sobre paletes e em temperatura inferior a 30°C
PISOS CIMENTÍCIOS
Devidamente armazenado nas embalagens originais invioladas, o tempo de vida útil normal do produto é de
6 meses da data de fabricação.
7 - Referências de consumo
Espessura
(mm) P500
8
10
Espessura
(mm) P500
8
10
Revestimento
P500
Água
2
l/m
2,28
2,86
P500
Cime
2
m
17,2
22
Espessura
(mm)
regularização
30
30
Pigmento
kg/m²
0,25
0,315
Regularização
Areia
l/m²
Cimento
l/m²
Água
(l) /cim.
45
45
15
15
9
9
8 - Metodologia de aplicação
8.1 - Laje de concreto
A laje de concreto deve ser calculada e dimensionada para suportar as cargas estáticas e dinâmicas
previstas, levando-se em consideração a vida útil projetada e as características do subleito. Tanto o estudo
do solo como o projeto estrutural da laje do piso deve ser dimensionado por empresas e profissionais
especializados.
O concreto de traço adequado e baixo fator água / cimento, deve ser executado segundo as boas práticas
de concretagem, apresentando-se denso, sólido, isento de fissuras e partes soltas.
A superfície deve ser nivelada, plana, com acabamento rústico (perfilado com rastelo no concreto ainda
fresco) e livre de nata de cimento. O concreto deve possuir idade mínima de 7 dias.
As juntas de concretagem deverão ser retilíneas e bem definidas. A cura natural por saturação de água,
iniciada logo que a laje suporte o peso de um homem e mantida por no mínimo 7 dias, é recomendável para
assegurar boa hidratação do cimento e o controle das tensões internas.
É contra indicado o emprego de agente de cura química que, por formar uma película sobre a superfície da
laje, torna-se incompatível ao processo de aderência do contra piso.
8.2 - Preparo da superfície
A superfície da laje a ser revestida, não deve conter manchas de óleo, graxa, tinta, agente de cura, resíduos
de argamassa ou qualquer outra substância que possa prejudicar a aderência da argamassa de
regularização.
Partes contaminadas devem ser limpas por fresamento mecânico, apicoamento ou jato de água quente a
alta pressão até a completa remoção dos agentes de contaminação. A nata de cimento que eventualmente
se acumular na superfície, deve ser removida por apicoamento manual ou fresamento mecânico.
Superfícies lisas ou com acabamento vítreo são apicoadas ou fresadas mecanicamente, até apresentarem
textura rústica.
Lama e poeira são lavadas com jato de água sob pressão e varridas, tomando-se o cuidado de evitar que
se concentrem em poças nas partes mais baixas.
A laje deve ser molhada até sua saturação, e mantido até 24 horas antes do início da execução.
8.3 - Ponte de aderência (chapisco)
A laje saturada com água por pelo menos 24 horas de antecedência, deve apresentar-se úmida. Eventuais
poças d'água são removidas antes da aplicação do chapisco.
Sobre a superfície saturada seca, aplicar com o auxílio de vassoura de cerdas duras, um chapisco de
aderência composto de cimento e areia no traço 1:1 em volume, amolentado com adesivo Polifix ACR,
numa consistência bem fluída. O chapisco deve cobrir toda a área com uma espessura entre 2 a 3 mm.
8.4 - Argamassa de regularização ou contra piso
O contra piso tem a finalidade de regularizar as imperfeições do nível da laje, estabelecer caimentos em
direção aos pontos de escoamento de água, bem como de amortecer e compensar as diferenças de
PISOS CIMENTÍCIOS
tensões internas existentes entre a laje de concreto (menor teor de cimento) e o revestimento de alta
resistência (maior teor de cimento).
É composto de cimento e areia médio-grossa no traço 1:3 (em volume), hidratado com fator água/cimento
0,36 a 0,40 (18 a 20 l de água por saco de cimento), formando uma argamassa “seca” de baixa plasticidade,
porém sem a presença de grumos.
Cuidados devem ser tomados para que a argamassa do contra piso não seja demasiadamente seca, a
ponto de não ser compactada com soquetes, nem excessivamente úmida a ponto de produzir exsudação.
A espessura do contra piso deve ser no mínimo o dobro da espessura do revestimento P500 e nunca
inferior a 2 cm. No caso de espessuras com 4 cm e acima, será necessária a adição de pedrisco, alterando
o traço para cimento/areia/pedrisco a ser 1:1; 5:1,5 em volume. A argamassa do contra piso deve ser
lançada sobre o chapisco ainda fresco, nivelada e compactada por meio de soquetes.
Para garantia da aderência da argamassa de alta resistência a ser aplicada, o contra piso deve apresentar
com textura rugosa e isenta de nata de cimento.
A resistência estrutural do contra piso deverá ser compatível com a resistência da laje de concreto.
8.4.1 - Reforços localizados
Caso detalhes de projeto, tais como: ralos, canaletas, fundações de máquinas, pilares, determinem a
necessidade de formação de painéis retangulares, triangulares, em L ou de forma irregular, é recomendável
que esses painéis sejam reforçados com uma tela Deployé inserida no contra piso.
Eletrodutos ou canos de água a serem embutidos no piso devem ser recobertos com no mínimo 1,5 cm de
contra piso.
Para evitar o surgimento de fissuras é recomendável que todo o painel seja reforçado com tela Deployé.
8.5 - Juntas
A - Pré-Fixadas
Sobre a argamassa de regularização, lançada e nivelada, ainda no estado fresco inicia-se a abertura de
sulcos por meio de colher de pedreiro e simultaneamente a fixação dos perfis plásticos delimitando-se os
quadros conforme dimensionamento adotado.
Para um alinhamento regular utiliza-se fio de nylon como guia ao processo e o nivelamento deve ser
realizado por equipamento a laser.
A abertura dos sulcos deve ser realizada com auxílio de régua de alumínio sendo que após a instalação dos
perfis plásticos, comprimir as laterais formando um chanfro ao longo das juntas de modo que seja
aumentada a espessura da argamassa de alta resistência nas adjacências dos perfis proporcionando um
reforço de ancoragem.
B - Serradas
Após a implantação do revestimento P500, ainda com a superfície rústica sem lapidação e antes que
complete 24 horas, os painéis são delimitados e serrados com equipamento tipo Clipper, abrangendo toda a
espessura do revestimento e mais 1,5 cm de camada de regularização.
Nos cortes limpos são cravados os perfis plásticos e fixados com solução a base de cimento e adesivo
Polifix ACR. Para melhor posicionamento das juntas, manter o equilíbrio das dimensões entre os cortes e os
perfis plásticos.
C - Dimensionamento para consumo de juntas
Modulação dos panos (m)
1,00 x 1,00
1,50 x 1,50
2,00 x 2,00
3,00 x 3,00
5,00 x 5,00
Consumo ml /m²
2,00
1,34
1,00
0,67
0,40
8.6 - Argamassa de alta resistência série P500
Preparo
A argamassa P500 é fornecida pronta, bastando apenas acrescentar água na dosagem prescrita, seguindose com a mistura apropriada. O fator água/produto é 0,13 representando 3,25 litros de água para cada saco
de 25 kg.
A argamassa deve ser intensamente misturada em betoneira de queda livre ou, preferencialmente, em
misturadores forçados de eixo horizontal, mais apropriado para homogeneização de argamassas de baixo
fator água/cimento.
Seqüência da mistura:
1 ................... água
2 ....................argamassa série P500
3.....................misturar por 4 minutos.
PISOS CIMENTÍCIOS
8.7 - Lançamento, adensamento e acabamento.
A argamassa P500 é lançada sobre o contra piso no prazo máximo de 24 horas após sua execução e
espalhada por igual ao longo dos quadros formados pelas juntas, a 2 mm acima do nível superior dos perfis
plásticos.
Procede-se em seguida ao adensamento do revestimento série P500, passagens sucessivas de régua
vibratória de ação tangencial. Áreas onde não existir a possibilidade de sua utilização, obtém-se o
nivelamento da argamassa com régua manual.
Para garantir o nivelamento ideal do piso, e evitar o abaulamento da parte central dos panos, são
recomendáveis que se usassem barrotes novos e absolutamente retos, sem partes desgastadas,
amassadas ou empenadas. É importante que esse nivelamento seja executado com perfeição, de modo a
não se deixar na superfície maior ou menor concentração de pasta de cimento, que possa vir a prejudicar o
aspecto final do piso, após o polimento. Para garantir uma superfície plana e bem nivelada, o que facilitará o
polimento posterior, promover uma só passagem do disco alisador.
O acabamento final é feito, então, manualmente, com desempenadeira metálica em passadas suaves e
simétricas. Visando assegurar a aderência entre as camadas de regularização e revestimento de alta
resistência, é recomendada a interposição de chapisco de aderência composto de cimento e areia no traço
1:1 em volume, amolentado com adesivo Polifix ACR, numa consistência bem fluída.
8.8 - Cura
O desempenho mecânico da argamassa de alta resistência série P500, depende basicamente da cura
hidráulica efetuada durante as baixas idades.
A cura adequada visa impedir a perda de água pela superfície exposta e o ressecamento da mesma,
evitando-se assim o empenamento e conseqüente deslocamento dos painéis, diminuindo a possibilidade de
surgimento de fissuras por retração.
Após o inicio de pega da argamassa de alta resistência, mantêm-se o piso totalmente molhado durante todo
o tempo, utilizando-se da sobreposição de tecido ou filme plástico. O processo deve ter uma duração
mínima de 7 dias.
8.9 - Acabamento lapidável
Destina-se a dar ao piso uma superfície lisa, de fácil higienização, bem como, através da exposição dos
agregados e proporcionar ao piso um aspecto visual agradável.
A lapidação do revestimento inicia-se 24 horas após o término do acabamento. Remove-se o tecido ou lona
plástica da área a ser trabalhada, utilizado na cura nas primeiras horas. Realizar passagens sucessivas da
politriz equipada com pedras de esmeril grana 36 para a remoção da nata de cimento da superfície e corte
da parte superior dos agregados. Esse processo é feito com muita adição de água, necessária à lapidação,
bem como para dar continuidade à cura do piso.
Uma segunda passagem da politriz com pedra esmeril grana 60, completa a lapidação dos grãos, iguala a
superfície, remove os riscos e pequenas imperfeições reveladas pela raspagem inicial.
Após este procedimento e com o piso limpo ainda úmido, mas não encharcado, faz-se uma estucagem,
aplicando-se uma pasta composta de estuque da linha Polipiso e solução Polifix/água 1:1, com o auxílio de
desempenadeira de aço.
O polimento final, com esmeril 120, deve ser feito 48 horas depois de executado o estucamento.
As áreas em fase de polimento são mantidas constantemente molhadas, para que o processo de cura não
seja interrompido. A lapidação do piso também pode ser realizada com esmeril diamantado, sendo
necessário seguir as orientações técnicas do fabricante.
9 - Tratamento de superfície
Selamento para incremento das resistências mecânicas e químicas, proporcionando ganho de desempenho
na higienização, prolongando-se a vida útil do piso industrial.
PISOS CIMENTÍCIOS
Poliseal ACR - selador acrílico
Consumo nominal para 2 demãos ........................................... 0,20 l/m²
Poliseal PU - selador poliuretano alifático
Consumo nominal para 2 demãos ............................................0,20 l/m²
Poliseal POX - selador epoxídico
Consumo nominal para 2 demãos .......................................... .0,20 l/m²
Masterbril - cera industrial
Consumo nominal para 2 demãos ............................................0,025 l/m²
Masterbril PU - cera industrial
Consumo nominal para 2 demãos ............................................0,035 l/m²
Enducret Plus - endurecedor químico
Consumo nominal para 2 demãos ........................................... 0,20 l/m²
10 - Importante
Avaliação do Solo - o piso é uma estrutura apoiada sobre o solo e por sua importância este deve ser
analisado por empresa de Engenharia de Solos.
Projeto do Piso - realizado por empresa especializada no setor, sendo que a partir das condições do solo,
cargas dinâmico-estáticas e solicitações químico-térmicas, o projeto definirá a estrutura da laje e
revestimento, ideais à implantação.
Produtos - destinados à execução do revestimento estético de alta resistência, devem atender aos
requisitos da norma EB2100, abrangendo curva granulométrica, qualidade de resistência e pureza das
matérias primas, embalagens invioláveis e impermeáveis.
Embalagens - essencial que sejam armazenadas adequadamente na obra, para não ocorrer
contaminações de líquidos e sólidos, nem perdas, o que promoverá alterações no traço dimensionado.
Execução - atribuída a empresas estruturadas por equipamentos e profissionais especializados.
Reunião Técnica - somente dar início a execução dos pisos estéticos de alta resistência, após reuniões
específicas entre as empresas e profissionais envolvidos, visando o planejamento adequado aos processos
executivos para obtenção da performance determinada ao piso e quando necessário, reuniões de ajustes
no percurso da obra.
11 - Equipamentos básicos
 Betoneiras 320 l;
 Régua vibratória de ação tangencial preferencialmente;
 Acabadoras simples 36”;
 Pás e enxadas;
 Régua manual (alumínio/madeira);
 Desempenadeira manual (metálica/madeira);
 Politizes;
 Serra de corte (caso de juntas serradas).
 Régua vibrostrike.
12 - Execução credenciada
Para obtenção do desempenho ideal dos pisos industriais de alta resistência com maior prazo de vida útil
possível, sem anomalias indesejáveis, é de extrema importância que a empresa executora seja
tecnicamente qualificada para os serviços, sendo necessário o credenciamento devido por parte do
fabricante do produto a ser utilizado, gerando desta forma “garantias solidárias”, aos empreendimentos
realizados. Existe atualmente, uma atenção constante com a capacidade técnica de execução das
empresas especializadas, portanto, são desenvolvidos cursos, palestras, treinamentos teóricos e práticos
em locais adequados, o que nunca devem ocorrer em obras. “Obras não devem ser consideradas áreas de
aprendizado”.
PISOS CIMENTÍCIOS
13 - Precauções
 Essencialmente necessário a utilização de EPI’s adequados, para aplicação do produto;
 Partes do corpo acidentalmente atingidas requerem lavagem imediata;
 Em caso de ingestão, procurar imediatamente atendimento médico.
PISOS CIMENTÍCIOS
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