CONCURSO PÚBLICO – DOCENTE
ÁREA: LIBRAS
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PROVA OBJETIVA
1. A língua de sinais brasileira (libras) é reconhecida como meio legal de comunicação da comunidade surda
brasileira através da Lei 10.436/2002. Pode-se afirmar que essa conquista foi possível devido
a. à organização e luta da comunidade surda no Brasil, em conjunto com intérpretes, professores e familiares
de pessoas surdas.
b. ao reconhecimento internacional da libras como segunda língua da pessoa com surdez.
c. ao bom rendimento escolar dos surdos em decorrência do uso da libras na sala regular e, por isso, a
necessidade de legalizá-la.
d. ao interesse do governo Lula que teve como principal característica dar apoio aos movimentos sociais
voltados para a defesa da inclusão de pessoas com deficiência.
e. à grande pressão feita por movimentos religiosos a fim de utilizar a libras como meio de catequizar os
surdos.
2. O Decreto 5.626/2005, em seu Art. 2º, define as características que a pessoa deve apresentar para ser
considerada surda. De acordo com esse decreto, a pessoa surda é aquela que
a. apresenta perda auditiva de 70 a 90 dB, apresentando total perda de audição em ambos os ouvidos.
b. é usuária da língua de sinais brasileira em ambas as comunidades: surda e ouvinte.
c. devido à surdez, interage com o mundo por meio de experiências visuais e manifesta sua cultura através
da libras.
d. é usuária exclusivamente da língua de sinais brasileira, rejeitando inclusive o uso da língua portuguesa.
e. frequenta a comunidade surda e participa efetivamente das associações e de seus eventos políticos e
sociais.
3. O Decreto 5.626/2005, em seu Art. 13, postula que o ensino da língua portuguesa como segunda língua deve
ser incluído na grade curricular dos cursos de formação de professores que irão atuar desde o ensino infantil ao
superior, assim como nos cursos de licenciatura em Letras com habilitação em Língua Portuguesa. Dessa
forma, assinale a alternativa que condiz com o método que é utilizado na educação dos surdos para o ensino
da língua de sinais como primeira língua (L1) e a língua portuguesa como segunda (L2).
a. oralista.
b. gestualista.
c. bimodal.
d. comunicação total.
e. bilíngüe.
4. A inclusão escolar da pessoa surda só será de fato legítima se houver respeito a sua língua, identidade e
cultura. Com base nessa afirmação, assinale abaixo qual a vertente teórica que reconhece a língua, a
identidade e a cultura surda como elementos fundamentais na formação desse sujeito.
a. Perspectiva clínico-fonoaudiológica.
b. Perspectiva médico-clínica.
c. Perspectiva sócio-antropológica.
d. Perspectiva psico-sócio-clínica.
e. Perspectiva psico-clínica.
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5. Sobre a língua de sinais brasileira, assinale a questão que não diz respeito às reais características desta
língua.
a. A libras é de fato uma língua como qualquer outra língua apresentando assim uma gramática própria.
b. A libras apresenta variações regionais.
c. A libras é uma língua dinâmica que apresenta mudanças ao longo da história, assim como as línguas orais.
d. Enquanto a língua portuguesa é oral-auditiva, a libras é visuo-gestual.
e. A libras não é ágrafa. Ela possui uma escrita oficialmente reconhecida no país que é a Escrita em Língua
de Sinais.
6. No Brasil, desde a década de 1980, há registros da presença de intérpretes de língua de sinais brasileira.
Inicialmente, esse serviço era prestado por frequentadores de templos religiosos ou por parentes de pessoas
surdas. Hoje, essa profissão é reconhecida legalmente. Assinale a alternativa que corresponde ao papel do
profissional intérprete/tradutor.
a. Realizar a interpretação da língua falada para a língua sinalizada e vice-versa, melhorando sua
interpretação, e até floreado-a, sempre que a fala da língua fonte estiver, por algum motivo, prejudicada.
b. Realizar a interpretação da língua falada para a língua sinalizada e vice-versa, observando preceitos
éticos, como: a confiabilidade, a imparcialidade, a discrição, a distância profissional e, principalmente, a
fidelidade do discurso.
c. Realizar a interpretação da língua falada para a língua sinalizada e vice-versa, observando preceitos
éticos, como: a confiabilidade, a discrição, mas nunca a imparcialidade, uma vez que tal profissional deve
está sempre a favor da pessoa surda, em uma tentativa de remediar todos os danos e prejuízos causados
pela comunidade ouvinte.
d. Realizar unicamente a interpretação da língua falada para a língua sinalizada, fazendo-se desnecessária
uma interpretação da sinalizada para a falada, pois que os ouvintes conseguem entender bem os surdos
quando estes se utilizam de mímicas.
e. Realizar a interpretação da língua falada para a língua sinalizada e vice-versa, observando preceitos
éticos, como: a confiabilidade, a imparcialidade, a discrição, a distância profissional e, principalmente, a
fidelidade do discurso, bem como nunca se eximir de prestar qualquer tipo de serviço às pessoas surdas,
porque essas são as principais responsáveis pelo domínio da língua de sinais que o intérprete/tradutor
tem.
7. Leia as proposições:
I. Os sinais na libras é formado por cinco parâmetros, são eles: Configuração de Mão, Ponto de
Articulação, Movimento, Orientação e Expressão Facial e/ou Corporal;
II. Todos os sinais na libras devem ser compostos obrigatoriamente por todos os cincos parâmetros.
III. Nem todos os sinais na libras são formados obrigatoriamente por todos os cincos parâmetros.
IV. São 63 as configurações de mão que podem ser utilizadas na libras.
V. O alfabeto manual pode ser também chamado de alfabeto datilológico.
Quais as alternativas estão corretas?
a. I, II e V.
b. II, IV e V.
c. I, III e IV.
d. III, IV e V.
e. I, III e V.
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8. Quanto ao uso do termo “Surdo” ou “Surdo-Mudo”, assinale a alternativa correta.
a. O termo “Surdo-Mudo” é incorreto porque ele só deve ser utilizado para designar as pessoas que não têm
nenhum resíduo auditivo.
b. O uso da denominação “Surdo” é correto porque além do sistema auditivo não ser ligado ao aparelho
fonador, a pessoa surda se expressa através da língua de sinais afastando de si o estigma da mudez.
c. O uso do termo “Surdo-Mudo” só deve ser aplicado no caso de pessoas que não escutam e nem falam.
d. O termo “Surdo-Mudo” só deve ser aplicado às pessoas que apresentam perda auditiva a partir de 70 dB,
enquanto que o termo “Surdo” só deve ser utilizado para designar as pessoas com deficiência auditiva a
partir 50 dB.
e. É correto o uso de ambos os termos: “Surdo” e “Surdo-Mudo”. Quem determina qual termo deve ser
utilizado é a comunidade surda local.
9. Foi a partir do século XVI que as pessoas surdas passaram a ser vistas como educáveis. Na história da
educação dos surdos, o primeiro educador de surdos teve, como alunos, filhos de pais abastados que queriam
que seus filhos aprendessem a ler e escrever para que tivessem direito a receber herança. O nome do
considerado primeiro educador era
a. Pedro Ponce de Leon.
b. Charles Michel De L’Epée.
c. Heinicke.
d. Juan Pablo Bonet.
e. Girolamo Cardano.
10. Autores como Carlos Skliar e Ronice Müller Quadros nos apontam que o fraco rendimento escolar da pessoa
surda incluída nas escolas regulares do Brasil é reflexo da prática da supervalorização da língua e da cultura
ouvinte em detrimento da língua e da cultura surda. Prova disso são as avaliações e os métodos que tomam
como base a língua dos ouvintes. Essa relação de poder que determina ser a língua dos ouvintes superior a
dos surdos teóricos a denominaram de
a. oralismo.
b. ouvintismo.
c. surdinismo.
d. grafocentrismo.
e. etnocentrismo.
11. As associações de surdos são, para a comunidade surda, um importante artefato cultural. É no espaço da
associação que os surdos encontram os seus pares e com eles partilham conhecimentos e fortalecem a cultura
surda. No âmbito nacional, a associação que tem lutado pelos direitos da pessoa surda é a
a. FENEIDA.
b. FENEIS.
c. INES.
d. ASAL.
e. UFSC.
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12. A fundação do Instituo Nacional de Educação de Surdos ocorreu em 26 de setembro de 1857 durante o império
de D. Pedro II. O instituto recebeu, na época, o nome de Imperial Instituto de Surdos Mudos e a pessoa que o
fundou foi
a. Ernest Bonnet.
b. Hellen Keller.
c. Hernest Huet.
d. Anne Sullivan.
e. Alexander Graham Bell.
13. O II Congresso Internacional sobre a Instrução de Surdos, ocorrido em Milão no ano de 1880, foi um fato
marcante na história da educação de surdos por ter determinado o uso do método oralista e a proibição da
língua de sinais no processo educacional da pessoa surda. Dos nomes listados abaixo, assinale o do
considerado criador do método oralista.
a. Samuel Heinicke
b. Thomas Hopkins Gallaudet
c. William Stokoe
d. Edward Miner Gallaudet
e. Oliver Sacks
14. Analisando os sinais abaixo, podemos concluir que
Libras
LSC (língua de sinais chinesa)
Libras
ASL (língua americana de sinais)
a. as línguas de sinais são exclusivamente icônicas.
b. nas línguas de sinais, não há sinais icônicos, mas sim ligeiros traços da realidade.
c. embora exista um grau elevado de sinais icônicos (BEBER, ÁRVORE, CASA...), é importante destacar que
essa característica não é exclusiva das línguas de sinais e que a iconicidade é convencional, cada
sociedade capta facetas diferentes do mesmo referente.
d. as línguas de sinais são exclusivamente arbitrárias.
e. as línguas de sinais são universais. O que muda são apenas alguns movimentos ou orientações das mãos.
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15. A comunidade surda brasileira, no mês de maio de 2011, realizou uma grande manifestação, na cidade de
Brasília, para fazer reivindicações ao ministro da educação sobre a educação de surdos. A principal
reivindicação era
a. o direito por uma educação bilíngue em escolas bilíngües e pelo não fechamento do INES.
b. o direito de estudar em uma escola inclusiva junto a pessoas ouvintes e pelo não fechamento da FENEIS.
c. o direito ao livre acesso em viagens interestaduais.
d. o direito por uma melhor qualidade na inclusão no mercado de trabalho.
e. o reconhecimento legal da profissão do Intérprete de libras.
16. Baseando-nos na trajetória histórica da educação de surdos no mundo, podemos dizer que a divergência entre
Samuel Heinicke e Charles Michel de L’Epée se dá pelo fato de
a. L’Epée propor que a educação para surdos, baseada prioritariamente no uso de sinais livre de qualquer
influência da gramática da língua oral, enquanto que Heinicke propunha um método combinado, sinais e
oralidade, mas que se inclinava mais para o uso da oralidade.
b. L’Epée, criador dos sinais Metódicos, uma combinação da língua de sinais – que ele considerava
incompleta – com a gramática da língua oral francesa e com o alfabeto digital, defender o uso desses
sinais metódicos para o ensino de pessoas surdas, enquanto que Heinicke utilizava-se somente da
linguagem oral.
c. Heinicke e L’Epée, apesar de serem adeptos dos sinais metódicos, o alemão se inclinara mais para o uso
da escrita no processo de ensino de pessoas surdas, enquanto esse último se dedicara mais ao uso da
datilologia.
d. Heinicke e L’Epée, apesar de serem adeptos dos sinais metódicos, o alemão se inclinara mais para o uso
da escrita no processo de ensino de pessoas surdas, enquanto esse último se dedicara exclusivamente ao
uso de sinais, tal qual é ainda trabalhando nos dias atuais.
e. L’Epée defender o uso exclusivamente de sinais para o ensino de pessoas surdas, enquanto que Heinicke
utilizava-se de sinais metódicos, uma combinação da língua de sinais – que ele considerava incompleta –
com a gramática da língua oral e com o alfabeto digital.
17. Podemos afirmar que as publicações do linguista americano William Stokoe, a partir da década de 60 (1960),
marcaram profundamente a perspectiva sobre o sujeito surdo, uma vez que
a. ratificavam veementemente o que propunha a abordagem oralista no processo de educação de surdos,
baseando-se, nesse momento, na cientificidade.
b. comprovavam que a língua de sinais, apesar de não atender a todos os critérios linguísticos de uma língua
genuína, no léxico, na sintaxe e na capacidade de gerar uma quantidade infinita de sentenças, poderia ser
usada para a comunicação plena das pessoas surdas entre si e entre estas e as demais pessoas da
sociedade.
c. comprovavam que a língua de sinais possuía uma complexa estrutura interior, mesmo sendo falha em
alguns aspectos morfológicos e sintáticos.
d. demonstravam que a língua americana de sinais (ASL) era uma língua com todas as características das
línguas orais e isso se estendia às demais línguas de sinais, pois que elas atendem a todos os critérios
linguísticos de uma língua genuína.
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e. afirmavam que os surdos eram seres passivos de serem ensinados e poderiam se desenvolver
plenamente por meio da filosofia de ensino denominada Comunicação Total, a qual propõe o uso de
gestos naturais, da língua de sinais, do alfabeto digital, da expressão facial, da fala e dos aparelhos de
amplificação sonora.
18. Diante da frase em libras [CASA ANA, (EU) ALUGAR], que poderíamos traduzir por “Eu alugo a (uma) casa de
Ana”, discorremos de forma coerente que
a. em libras, os verbos muitas vezes selecionam argumentos diversos do português, sendo este um dos
motivos de ser absurdo o uso concomitante das duas línguas. Verbos como [MATAR] e [MORRER]
selecionam argumentos de modo semelhante ao do português, no entanto o verbo [ALUGAR] só o faz na
perspectiva que corresponde em português a “alugar de” e nunca a “alugar para”.
b. em libras, apesar dos verbos muitas vezes selecionarem argumentos diversos do português, isso não
justifica a quebra na estrutura da ordem básica, uma vez que estudos linguísticos na área ainda apontam a
ordem SVO (sujeito, verbo e objeto) como sendo a ordem básica também da língua de sinais.
c. a frase demonstra claramente que apesar de ser um meio de comunicação utilizado pelas pessoas surdas
entre si e entre os demais, este se ver em falta quando comparado com uma língua genuína como o
português. Artigos e preposições, por exemplo, não existem em libras, causando certas limitações e
inúmeras ambiguidades nas produções.
d. tendo em vista que a frase [CASA ANA, (EU) ALUGAR] desentoa da ordem SVO, ordem essa até então
entendida como ordem básica, na maioria das literaturas da área, sua reorganização correta seria [EU
ALUGAR CASA ANA].
e. baseando-nos na frase acima, podemos categoricamente afirmar que, em libras, o verbo [ALUGAR] pode
fazer correspondência em português com “alugar de” ou “alugar para”, e a única forma de fazer a distinção
seria a presença do sinal [PARA] na sentença.
19. “1) ... defende o aprendizado apenas da língua oral; 2) ... defende o aprendizado da língua oral e da língua de
sinais, reconhecendo o surdo na sua diferença e especificidade” (BERNADINO, 2000, p. 29). Quais as filosofias
educacionais para surdos correspondentes às descrições do fragmento de texto anterior?
a.
b.
c.
d.
e.
Respectivamente, Oralismo e Bilinguísmo.
Respectivamente, Oralismo e Bimodalismo.
Respectivamente, Oralismo e Comunicação Total.
Respectivamente, Bimodalismo e Bilinguísmo.
Respectivamente, Oralismo e os sinais metódicos de L’Epée.
20. “Recuso-me a ser considerada excepcional, deficiente. Não sou. Sou surda. Para mim, a língua de sinais
corresponde à minha voz, meus olhos são meus ouvidos. Sinceramente nada me falta. É a sociedade que me
torna excepcional..."
O vôo da gaivota
Emmanuelle Laborrit (1996)
Pautados numa política de inclusão e de respeito às especificidades das pessoas surdas, entendemos como uma
proposição mais coerente a que afirmar que
a. a inclusão social depende basicamente de ações inclusivas na escola, uma vez que essa é o principio de
toda formação do cidadão.
b. por mais que a sociedade demonstre-se aberta à inclusão, negar a deficiência baseados em um discurso
de diferença seria retardar ainda mais o processo de desenvolvimento dos alunos especiais.
c. para que haja inclusão real, basta enxergar a dificuldade do outro e ter consciência da própria
desigualdade a que está submetido. Tal atitude por si só já resolve a problemática da diferença sem a
necessidade de se atentar paras as especificidades técnicas.
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d. a problemática da inclusão concentra-se mais na concepção que a instituição ou o educador tem do aluno
a ser incluso do que sobre as próprias especificidades dele, obviamente sem as negligenciar.
e. diante de um aluno especial, a instituição que se propõe à inclusão e o educador que age de forma direta
com esse aluno não podem deixar que o discurso utópico da inclusão os alienem da desigualdade
existente, pois só reconhecendo essa disparidade fatídica é que o aluno especial poderá desenvolver as
habilidades que lhe cabe.
21. As discussões até então formuladas sobre o processo de aquisição de linguagem em crianças surdas advogam
que ele é o mesmo que em crianças ouvintes, mudando unicamente a modalidade. Naquelas, espaço-visual,
nestas, oral-auditiva. As discussões afirmam também que
a. o input ao qual uma criança surda, por exemplo, é exposta em casa, supondo que esta criança tenha pais
que façam uso da língua de sinais, é insuficiente para o desenvolvimento da linguagem se ela não tiver
acesso a esse mesmo input de forma sistemática.
b. independe do estágio no qual a criança fique exposta a uma determinada língua materna. Ela possui
criatividade suficiente para desenvolver linguagem e ter um perfeito desempenho linguístico.
c. é de suma importância a exposição à língua materna em tenra idade, pois as palavras em contexto às
quais as crianças ficam expostas, no início da vida, tornam-se, com o tempo, instrumentos do seu
pensamento verbal.
d. como o processo de aquisição de linguagem é o mesmo tanto para crianças surdas como para crianças
ouvintes, independentemente dos pais das crianças surdas saberem língua de sinais ou não, estas
desenvolvem linguagem plenamente, chegando ao processo escolar em nível de desenvolvimento
equivalente às ouvintes.
e. apesar do processo de aquisição de linguagem ser o mesmo tanto para crianças surdas como para
crianças ouvintes, os surdos desenvolvem linguagem mais rapidamente, uma vez que a fala nas crianças
ouvintes é mais tardia que os gestos nas surdas. Porém, ao chegar à escola, a criança ouvinte tem mais
amparo, resultando em prejuízo para o surdo.
22. A frase: “Toda tradução é uma traição” é muito recorrente no meio acadêmico. De posse desta, e em
consonância com ela, poderíamos concluir LEVIANAMENTE que
a. o intérprete/tradutor, por melhor que seja, jamais alcançará o espírito do que ou quem interpreta/traduz.
b. as línguas são passíveis de serem interpretadas/traduzidas, porém há limitações linguísticas a serem
observadas.
c. o intérprete/tradutor recria o que interpreta.
d. as interpretações de consecutivas são mais eficazes que as simultâneas.
e. é necessário sempre levar em consideração o contexto no qual o “texto” se encontra para que não se
perca o sentido mais fidedigno possível dele.
23. As figuras abaixo nos reportam a uma afirmativa muito importante acerca da naturalidade das línguas de sinais
em oposição à artificialidade de algumas “linguagens” ou até mesmo línguas. Qual seria a resposta mais
precisa?
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Figura 1
Figura 3
Figura 2
Figura 4
Fig. 1. TRABALHAR (ASL) / Fig. 2. TRABALHAR (LIBRAS) /
Fig. 3. PAI (ASL) / Fig. 4. PAI (LIBRAS)
a. A libras é uma língua visual-espacial articulada através das mãos, das expressões faciais e do corpo. Ela é
uma língua natural usada não só pela comunidade surda brasileira, mas por todas as comunidades surdas
espalhadas pelo mundo.
b. As línguas de sinais, assim como todas as línguas naturais, possuem os chamados “pares mínimos”, ou
seja, palavras ou frases que se diferenciam umas das outras unicamente por um elemento mínimo da
respectiva língua, e é exatamente isso que ocorre na relação entre as figuras acima.
c. As línguas de sinais não são universais. Cada país possui sua própria língua de sinais e as mesmas
razões que explicam a diversidade das línguas faladas oralmente se aplicam à diversidade das sinalizadas.
d. Apesar de as línguas de sinais serem universais, há algumas variações que são facilmente explicadas por
questões culturais e geográficas.
e. A configuração de mão da “Figura 1” é uma variação linguística resultante do contato entre as duas línguas
em questão. O sinal [WORK] em ASL varia do sinal [ESPERAR] em libras, assim como ocorre com a
“Figura 3”, [FATHER], que varia de [AVE], em libras.
24. Segundo Brito (1995), e ratificado por Quadros (2004), Stokoe propôs um esquema linguístico estruturado para
analisar a formação e a decomposição de sinais na ASL em três principais aspectos que não carregam
significado isoladamente, a saber:
a. Configuração de Mão (CM), Locação da Mão (L) e Expressões Não-Manuais (NM).
b. Configuração de Mão (CM), Orientação da Palma da Mão (Or) e Movimento da Mão (M).
c. Configuração de Mão (CM), Locação da Mão (L), Movimento da Mão (M), Expressões Não-Manuais (NM) e
Orientação da Palma da Mão (Or).
d. Locação da Mão (L), Movimento da Mão (M) e Orientação da Palma da Mão (Or).
e. Configuração de Mão (CM), Locação da Mão (L) e Movimento da Mão (M).
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25. Analise as alternativas.
I.
II.
III.
IV.
A libras é uma língua natural com toda a complexidade que os sistemas linguísticos que servem à
comunicação e de suporte de pensamento às pessoas dotadas da faculdade de linguagem possuem.
Apesar das inúmeras possibilidades de traços e de combinações de traços dos diferentes parâmetros,
cada língua de sinais organiza-se a partir de um número limitado de Configurações, Pontos de Articulação
e Movimentos possíveis.
A incorporação de informação morfossintática se da pela duplicação da informação lexical somada à
informação de ordem sintática (objeto direto, locativo, sujeito). Por exemplo: [COMER] > [COMER –
MAÇÃ] (Figura 1)
Mesmo diante de um processo bilíngüe, no qual muitas crianças surdas estão inseridas aqui no Brasil, a
exploração de aspectos como o estabelecimento do olhar, a exploração das configurações de mãos, dos
movimentos dos sinais e o uso de expressões não manuais gramaticalizadas, por exemplo, atuam de
forma negativa na alfabetização dessas crianças. Ao invés de falarem o português, elas ficam presas aos
sinais.
Fig. 1.
Diante das proposições acima, marque a alternativa INCORRETA
a.
b.
c.
d.
e.
Todas estão corretas.
I, II e III, estão corretas.
Somente IV está incorreta.
A II está correta.
Todas estão corretas, exceto a IV.
26. Marque as opções que completam correta e respectivamente os espaços no fragmento abaixo.
Os defensores da língua de sinais para os surdos afirmam que é só de posse desta língua que essa comunidade
linguística constituirá uma identidade surda, já que ela não é ouvinte. Nesse contexto, são elencadas algumas
“identidades”, dentre elas destacamos: a __________, que se trata de uma identidade fortemente marcada pela
política surda. São mais presentes em surdos que pertencem à comunidade surda e apresentam características
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culturais; há também a _____________. Os surdos que nasceram ouvintes, mas que com o tempo o por alguma
doença, acidente, etc., ficaram surdos; e, pra finalizar, destacamos também a _____________. Nessa enquadramse os surdos que não têm contato com a comunidade surda, mas que viveram em inclusão ou que tiveram contato
com o mundo da surdez de forma preconceituosa e não contaram com os benefícios da cultura surda.
a.
b.
c.
d.
e.
Identidade Surda, Identidade Surda Híbrida e Identidade Surda Flutuante.
Identidade Surda Híbrida, Identidade Surda e Identidade Surda Flutuante.
Identidade Surda, Identidade Surda de Transição e Identidade Surda Flutuante.
Identidade Surda, Identidade Surda Híbrida e Identidade Surda de Transição.
Identidade Surda Híbrida, Identidade Surda de Transição e Identidade Surda Flutuante.
27. Há um processo produtivo na língua de sinais brasileira que é a incorporação por negação, no qual, segundo
Brito (1995), o item a ser negado sofre alteração em um dos parâmetros, acarretando, assim, o aparecimento
de item diferente daquele que é sua base. A exemplo disso temos:
a.
b.
c.
d.
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e.
28. Os verbos em libras, bem como em ASL, estão basicamente divididos em três classes. Quais são elas e seus
respectivos exemplos?
a. Verbos simples, verbos com concordância e verbos espaciais. Exemplo: [APRENDER], [DIZER], [IR]
b. Verbos simples, verbos com concordância e verbos espaciais. Exemplo: [APRENDER], [AMAR],
[CHEGAR]
c. Verbos simples, verbos simples com negativa e verbos espaciais. Exemplo: [PROVOCAR], [DAR], [IR]
d. Verbos simples, verbos com concordância e verbos espaciais. Exemplo: [CONHECER], [SABER],
[CHEGAR]
e. Verbos simples, verbos com concordância e verbos corporais. Exemplo: [SABER], [RESPONDER], [AMAR]
29. Analise a frase e marque a opção correta em relação às mais recentes discussões acerca de nomenclaturas
mais adequadas na área da surdez.
a. Prisão de jovem surdo-mudo vira polêmica no Paraná. Familiares do jovem excepcional dizem que tudo
não passou de um mal-entendido e que o deficiente auditivo, que prioritariamente só se comunica pela
linguagem de mímica, não merecia passar cerca de doze (12) dias na cadeia.
b. Prisão de jovem deficiente auditivo (D.A) vira polêmica no Paraná. Familiares do jovem excepcional, dizem
que tudo não passou de um mal-entendido e que o D.A., que prioritariamente só se comunica pela
linguagem de mímica, não merecia passar cerca de doze (12) dias na cadeia.
c. Prisão de jovem surdo-mudo vira polêmica no Paraná. Familiares do jovem especial dizem que tudo não
passou de um mal-entendido e que o deficiente auditivo, que prioritariamente só se comunica pela língua
de sinais, não merecia passar cerca de doze (12) dias na cadeia.
d. Prisão de jovem surdo vira polêmica no Paraná. Familiares do jovem dizem que tudo não passou de um
mal-entendido e que o surdo, que prioritariamente só se comunica pela língua de sinais brasileira, não
merecia passar cerca de doze (12) dias na cadeia.
e. Prisão de jovem surdo-mudo vira polêmica no Paraná. Familiares do jovem deficiente auditivo dizem que
tudo não passou de um mal-entendido e que o deficiente auditivo, que prioritariamente só se comunica
pela linguagem dos sinais, não merecia passar cerca de doze (12) dias na cadeia.
30. A datilologia ou soletramento digital serve para:
I. Fazer referência a nomes próprios de pessoas ou lugares.
II. Fazer referência a elementos que não possuem um sinal ainda.
III. Fazer referência a elementos linguísticos que a libras não compreende, como preposições, artigos etc.
IV. Fazer referência a siglas.
Assinale a alternativa correta
a. I, II, e III, estão corretas.
b. Apenas a I está correta.
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c. Apenas a I e II estão corretas
d. Todas as alternativas estão corretas.
e. I, II, IV, estão corretas.
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31. A lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008, além de instituir a Rede Federal de Educação Profissional,
Científica e Tecnológica, cria também os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Sobre os
Institutos Federais, analise as afirmativas abaixo.
I.
Os Institutos Federais são instituições de educação superior, básica e profissional, multicurriculares e
unicampi, especializadas na oferta de educação profissional e tecnológica nas diferentes modalidades de
ensino.
II.
Uma das finalidades dos Institutos Federais é ministrar cursos de formação inicial e continuada de
trabalhadores, objetivando a capacitação, o aperfeiçoamento, a especialização e a atualização de
profissionais, em todos os níveis de escolaridade, nas áreas da educação profissional e tecnológica.
III.
Cabe aos Institutos Federais ministrar a educação profissional técnica de nível médio, prioritariamente na
forma de cursos integrados, para os concluintes do ensino fundamental e para o público da educação de
jovens e adultos.
IV.
Os Institutos Federais deverão ofertar cursos de licenciatura, bem como programas especiais de
formação pedagógica, com vistas à melhoria da educação básica, sobretudo nas áreas de ciências e
matemática, e para a educação profissional.
V.
No desenvolvimento da sua ação acadêmica, o Instituto Federal deverá garantir o mínimo de 50%
(cinquenta por cento) de suas vagas para atender ao nível técnico e o mínimo de 50% (cinquenta por
cento) de suas vagas para atender aos cursos de licenciatura, bem como programas especiais de
formação pedagógica.
A alternativa em que todas afirmativas estão CORRETAS é
a. I, II e V.
b. II, III e IV.
c. I, II e III.
d. II, III e V.
e. III, IV e V.
32. A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), lei n.º 9.394/1996, disciplina a educação
escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias. Em relação a
essa legislação, analise os itens a seguir.
(...) Os docentes incumbir-se-ão de ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar
integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional.
(...) O sistema federal de ensino compreende: as instituições de ensino mantidas pela União, as instituições de
educação superior criadas e mantidas pela iniciativa privada e os órgãos federais de educação.
(...) A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras
comuns: a carga horária mínima anual será de setecentas e vinte horas, distribuídas por um mínimo de cento e
oitenta dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver.
(...) O currículo da educação superior deve ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada
sistema de ensino e instituição escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e
locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.
(...) A educação de jovens e adultos (EJA) é uma modalidade educacional que visa a atender àqueles que não
tiveram acesso ou continuidade de estudos. A essa modalidade é assegurado o acesso, no nível fundamental,
para os maiores de 15 anos e, no nível médio, para os maiores de 18 anos.
Indique a alternativa correta.
a. V,V,V,F,F.
b. F,V,V,V,F.
c. V,V,F,F,V.
d. F,V,V,F,V.
e. V,F,F,V,F.
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33. Diversas tendências pedagógicas orientaram e orientam a formação de professores e, por extensão, o trabalho
docente. Identifique as tendências pedagógicas e suas características, relacionando a segunda coluna de
acordo com a primeira.
TENDÊNCIA
CARACTERÍSTICA
1. Liberal Tradicional
(...) A relação professor e aluno é objetiva em que o professor transmite
informações e o aluno vai fixá-las.
2. Liberal
Renovadora (...) Parte de uma relação direta da experiência do aluno confrontada com o
Progressiva
saber sistematizado.
3. Liberal Tecnicista
(...) Os conteúdos são estabelecidos a partir das experiências vividas pelos
alunos frente às situações problemas.
4. Progressista
Crítico- (...) A aprendizagem é receptiva e mecânica, sem se considerar as
Social dos Conteúdos
características próprias de cada idade.
Assinale a sequência de associação CORRETA, de cima para baixo.
a. 3, 1, 4 e 2
b. 1, 4, 2 e 3
c. 4, 3, 1 e 2
d. 3, 2, 4 e 1
e. 2, 4, 1 e 3
34. Sobre a relação entre trabalho e educação, NÃO é correto afirmar que
a. a relação trabalho e educação é condição do homem. Tal afirmação pauta-se na ideia do trabalho
enquanto intrínseco na constituição do homem como ser coletivo que organiza a produção dos bens
necessários para sua sobrevivência, e a educação, portanto, é elemento fundamental para a reprodução
da força de trabalho enquanto capacidade técnica de exercer o trabalho.
b. a educação é um importante elemento de reprodução das condições de produção, qualificação para o
trabalho e reprodução das relações de produção, processo persuasivo de legitimação das relações de
produção dominantes numa determinada formação social.
c. o trabalho é o processo de produção da base material da sociedade pela transformação da natureza.
Sendo assim, a capacidade de dominação sobre a natureza não diferencia homens de animais.
d. a necessidade do capital de uma nova qualificação dos trabalhadores não se refere apenas aos
empregados para que esses possam operar os novos instrumentos de trabalho, mas a exigência de
qualificar os trabalhadores desempregados para que estes cumpram o papel de exército de reserva da
força de trabalho.
e. nas sociedades divididas em classes sociais o Estado é mediador na relação trabalho e educação,
organizando, ou não, a formação dos trabalhadores com o objetivo de reproduzir as condições de
produção, mas sempre organiza a educação como reprodutora das relações de produção buscando
justificar, como legitimas, as relações de dominação e exploração das classes dominantes.
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35. As TICs na educação não se restringem apenas a promover o acesso à tecnologia e automatizar práticas
tradicionais. Podem integrar os processos educacionais e, assim, valorar as atividades realizadas tanto por
alunos quanto por professores. As alternativas abaixo são referentes ao que se faz necessário para que a
integração tecnológica ocorra, com EXCEÇÃO de:
a. Implantar mudanças em políticas, concepções, valores, crenças, processos e procedimentos que são
centenários e que certamente exigirão um grande esforço por parte dos educadores e da sociedade como
um todo.
b. Alterar a estrutura dos espaços e do tempo da escola, como as salas multiatividades e a flexibilização das
tradicionais aulas de 50 minutos.
c. Reestruturar o tempo do professor para que ele possa organizar-se a fim de estudar, planejar e dialogar
com os alunos para além do tempo e do espaço da sala de aula, o que implica políticas públicas de
valorização desse profissional.
d. Repensar o currículo, entender o que significa aprender e como a escola pode ser geradora (e não só
consumidora) de conhecimento, espaço de diálogo, solidariedade, articulação entre o conhecimento local e
o global e de intolerância com a diferença.
e. Investir na formação dos professores para que possam atuar como agentes de aprendizagem.
36. As discussões acerca de uma educação inclusiva, em nossa sociedade, remontam aos anos 40, do século
passado, com a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) e vem se intensificando nas últimas
décadas. São fruto de um processo de luta rumo à consolidação de uma sociedade inclusiva na qual toma
assento a ressignificação dos valores e o respeito à pessoa humana em todas as suas dimensões.
Analise as seguintes proposições.
I.
Corroborando com a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), a Convenção sobre os Direitos
das Pessoas com Deficiência, referendada no Brasil pelo Decreto 6.949/2009, está alicerçada nos
princípios de não discriminação, respeito à diferença, à dignidade e ao direito de preservar sua identidade,
bem como a plena participação e inclusão na sociedade.
II.
No sentido de atender ao princípio da educação inclusiva, tem se percebido nas últimas décadas na
sociedade brasileira, um movimento no sentido de reconfiguração das ações escolares, sejam elas
curriculares, metodológicas, de formação de professores, entre outras, buscando atender ao que
preconiza a CF de 1988, quando da compreensão da educação como direito de todos, bem como da LDB
9.394/96, quando afirma que os sistemas de ensino assegurarão o necessário à organização do
atendimento a esta modalidade preferencialmente na rede regular de ensino.
III.
A Declaração de Salamanca (1994), resultante da Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais
Especiais, se constitui hoje principal referência no desenvolvimento de políticas educacionais em âmbito
nacional e internacional e está pautada pelo princípio da não-segregação das pessoas com deficiência.
IV.
Pode-se afirmar que, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), embora priorizando o
atendimento integrado às classes comuns, perpetua o processo de segregação quando prevê a
manutenção das classes, escolas ou serviços especializados.
V.
A concretização de uma sociedade e de uma escola inclusiva, perpassa pela afirmação do direito e
respeito a pessoa humana, materializando-se não somente em políticas e práticas educacionais, mas em
ações humanas que numa relação de interdependência vão alicerçando no meio social tal concepção.
É CORRETO afirmar que
a. todas as alternativas são verdadeiras.
b. apenas a alternativa I é verdadeira.
c. as alternativas I , II, III e V são verdadeiras.
d. as alternativas III e IV são falsas.
e. as alternativas III, IV e V são falsas.
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37. Considerando-se a organização e a gestão do trabalho escolar como processo resultante das lutas sociais em
busca da consolidação de um modelo de escola pautado nos princípios democráticos, é possível afirmar que
I.
o movimento de redefinição das práticas administrativas, no interior das escolas, é um processo inerente
ao próprio movimento de redefinição da sociedade que, partindo de um modelo de escola tradicional, se
redefine em busca de práticas que superem as relações de trabalho horizontalizadas e rigidamente
prescritas.
II.
a concepção de gestão vai além da ideia de administração escolar já que prima pela valorização da ação
do gestor como o fio condutor dos processos administrativos e pedagógicos na escola. É esse gestor,
como líder, tem a condição de definir os rumos da organização escolar.
III.
o princípio da gestão democrática tem tomado fôlego na educação brasileira a partir da Constituição
Federal de 1988 e da LDB 9.394/96, quando institucionalizam tal princípio como próprio das instituições
públicas. No entanto, tais discussões acerca da escola pública e democrática remontam aos anos de
1930 com o Movimento dos Pioneiros da Educação Nova.
IV.
o modelo de gestão educacional, tendo em vista a construção da escola necessária à
contemporaneidade, deve ter como inspiração a perspectiva de que os objetivos institucionais são
determinados a partir de um processo estabelecido pelos líderes, orientados por uma hierarquia
necessária e pautados na racionalidade na tomada de decisões, bem como na definição das
responsabilidades de cada um no grupo.
V.
o Projeto Político Pedagógico surge como expressão maior dos interesses dos sujeitos que fazem parte
da escola. São eles que, em uma ação conjunta, partilhada e democrática buscam a leitura da escola
como um todo, definem suas necessidades e deixam a cargo do diretor o processo de decisão final, visto
ser ele o represente maior desse colegiado.
Nesse sentido, podemos afirmar que não estão CORRETAS as afirmativas
a. II, III e V.
b. I, II e III.
c. II e IV.
d. III, IV e V.
e. II, IV e V.
38. A Didática, enquanto reflexão sobre o processo de ensino-aprendizagem, consiste em um processo
multidimensional pautado nas dimensões técnica, humana e política. Em cada momento da história de nossa
educação, a didática tomou formatos diferenciados a depender da tendência pedagógica em voga em cada
cenário. A partir das várias concepções acerca da atuação do professor e das contribuições da didática à
formação do professor, identifique a questão verdadeira com a letra V e a questão falsa com a letra F e, em
seguida, marque a sequência CORRETA.
(...) A supervalorização de uma didática instrumental em detrimento de uma didática fundamental foi a
responsável pela perpetuação do modelo de educação tradicional na história da educação brasileira.
(...) Na perspectiva da didática fundamental a formação dos educadores, sempre foi concebida como
desvinculada da situação político-social e cultural do país, visualizando o professor como um “especialista de
conteúdo”, um “facilitador da aprendizagem”, um “organizador das condições de ensino-aprendizagem” ou um
“técnico da educação”.
(...) A didática, no seio das tendências de cunho progressista, tem o papel de buscar uma formação de
professores voltada para a construção de um sujeito reflexivo e crítico, capaz de contestar o modelo social e
contribuir para formação de alunos conscientes e transformadores de sua própria realidade.
(...) As tendências liberais foram as responsáveis pela formação de professores com ênfase na técnica,
pautada na racionalidade e na eficiência do processo de ensino-aprendizagem, desvinculada de qualquer
contestação do modelo social.
(...) A dimensão humana presente no fazer docente, na contemporaneidade, constitui-se basilar no processo de
formação do professor. No entanto, tem sido contestada no modelo social vigente, visto que acaba
inviabilizando as ações em sala de aula por conta da horizontalização das relações entre professor e aluno.
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Com base nas afirmações acima, podemos afirmar que a sequência correta é
a. V,V,V,V,F.
b. V,F,V,V,V.
c. F,F,V,V,F.
d. V,F,V,V,F.
e. V,F,F,V,F.
39. Segundo a LDB 9.394/96, em se tratando da Educação Profissional, pode-se afirmar que:
I.
Na Seção IV-A, acrescida à LDB pela Lei nº. 11.741 de 2008, está posto que a educação profissional
técnica de nível médio deverá observar os objetivos e definições das diretrizes nacionais, as normas dos
respectivos sistemas bem como as exigências de cada instituição de ensino.
II.
Em se tratando da educação de jovens e adultos, segundo a LDB 9.394/96, em seu Artigo 37,§ 3º,
deverá articular-se, preferencialmente, com a educação profissional.
III.
Segundo a LDB 9.394/96, o artigo 36-A preconiza que o Ensino Médio, atendida a formação geral do
educando, poderá repara-lo para o exercício de profissões técnicas. Já no Artigo 39, a LDB 9.394/96
trata que a educação profissional e tecnológica, no cumprimento dos objetivos da educação nacional,
integra-se aos diferentes níveis e modalidades de educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da
tecnologia.
IV.
A educação profissional vem se reconfigurando, ano após ano, no cenário nacional, e hoje se apresenta
como um modelo de educação que busca a integração curricular ancorada nas questões de formação
geral e nas questões específicas da formação. Essas duas grandes áreas vivem na perspectiva do
currículo integrado, um momento ímpar nos Institutos Federais, isto porque já não paira, sobre os
docentes, uma resistência seja velada ou explicitada entre essas duas áreas.
V.
A LDB 9.394/96 aponta no artigo 36-C, que a educação profissional técnica de nível médio será
desenvolvida de forma integrada e concomitante, sendo que a educação profissional e tecnológica (Art.
39,§ 2º, incisos I, II e III) abrangerá os cursos de formação inicial e continuada ou qualificação
profissional, de educação profissional, técnica de nível médio e de educação profissional tecnológica de
graduação e pós-graduação.
Assim sendo, podemos afirmar que
a. todas as afirmativas estão verdadeiras.
b. todas as afirmativas estão falsas.
c. a única alternativa falsa é a V.
d. as alternativas I,II,III e V são verdadeiras.
e. as alternativas III e IV são falsas.
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40. Em se tratando das questões concernentes à prática docente, podemos afirmar que
I. o planejamento, na ação educativa, constitui-se um momento de reflexão sobre a prática docente, sendo
elemento norteador do fazer do professor e materializa-se nos planos de ensino.
II. na perspectiva contemporânea, rediscute-se o papel da avaliação no espaço escolar, ultrapassando a
dimensão meramente quantitativa rumo à dimensão qualitativa, levando em consideração o processo e não
apenas o produto. Nesse sentido, tem caráter terminal e não necessita ser retomada, pois, por si só, garante o
sucesso do processo ensino-aprendizagem.
III. o currículo, com base nas teorias pós-críticas, tem a finalidade de instrumentalizar os estudantes a partir de
práticas pautadas na técnica e na racionalidade, desvinculando-se das questões alheias à escola. Sua ação
consiste em dar ao sujeito as competências necessárias a sua inserção no mundo do trabalho.
IV. a avaliação, como processo contínuo, constitui-se instrumento que retroalimenta o processo de planejamento,
possibilitando ao professor as condições necessárias para observação tanto do andamento de suas ações
quanto das aprendizagens efetivadas.
V. o modelo e concepção de planejamento, a partir da perspectiva tradicional, acarretou grandes problemas ao
processo de ensino-aprendizagem dada a ausência de uma crítica mais rigorosa sobre esse modelo que,
transposto do mundo industrial, foi inserido nas escolas, tornando-as espaços fechados e produtoras de
planos técnicos e rigidamente determinados.
Assim sendo, é possível afirmar que estão CORRETAS as questões
a. II, III e IV.
b. I, II e III.
c. III, IV e V.
d. I, IV e V.
e. I, III e V.
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1. Explique a importância do aprendizado da Língua de Sinais na construção da identidade da pessoa surda e seu
desenvolvimento cognitivo:
2. Analise a frase sinalizada em libras a seguir e trace comentários relevantes:
Libras = [EU NÃO SABER QUEM É ELE. EU NUNCA VER MAIS GORDO!]
Português = (Eu não sei quem é ele. Eu nunca vi mais gordo!)
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RASCUNHO PARA A PROVA SUBJETIVA
NÃO TEM VALIDADE
TRANSCREVA SEU RASCUNHO PARA AS FOLHAS DE RESPOSTAS
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RASCUNHO PARA A PROVA SUBJETIVA
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