PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO UNIÃO
MEMORIAL DESCRITIVO
PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO UNIÃO
MEMORIAL DESCRITIVO
Obra: Prestação de serviços no Aterro Sanitário para execução de talude; impermeabilização
de base e talude; drenagem de águas pluviais; drenagem de líquido percolado; drenagem de
gases.
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
 Toda a obra deverá estar de acordo com as NR de segurança do trabalho que estão
disponíveis no portal do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego);
 Durante toda a obra será indispensável o uso de EPI conforme “NR6”;
 Todo o material a ser utilizado na obra, antes de aplicado, deve ser apresentado à
comissão fiscalizadora;
 Os processos de estocagem devem seguir corretamente instruções de cada fabricante,
para que o material não perca qualidade;
 Qualquer dúvida quanto ao projeto, orçamento e execução deve ser tirada junto à
Secretaria de Planejamento e Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico
Sustentável e Meio Ambiente, qualquer mudança só poderá ser feita se autorizada
pelas mesmas;
 A empresa deverá apresentar ART de execução dos serviços.
2. LOCALIZAÇÃO
O Aterro Sanitário está situado na Localidade de Legru, em Porto União-SC,
aproximadamente a 9 km da área central do município de Porto União (SC), sendo acessado
pela Estrada Geral no sentido da Localidade de Nova Galícia.
3. PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS
Será construída nova camada de resíduos no aterro sanitário sobre as camadas
existentes, também denominada como “remonte”, o qual receberá somente resíduos oriundos
da coleta pública municipal, caracterizados como domésticos.
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3.1 EXECUÇÃO E IMPERMEABILIZAÇÃO DE TALUDES
Conforme apresentado no projeto, na alocação do denominado “remonte”,
caracterizado pela instalação de nova camada de disposição de resíduos sólidos domiciliares
sobre as valas existentes, serão executados taludes para a delimitação desta nova camada.
A extensão dos taludes totaliza 280 metros, e suas dimensões são de 7,32 metros na
base e 2 metros no topo, altura de 4,00 metros. Estes estarão sobre uma base de 40cm de solo
compactado abrangendo toda a célula.
Na parte interna dos taludes será feita a proteção com geomembrana de PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) com espessura de 0,8 mm (soldada com aparelho específico),
com sobras para ancoragem acima do talude e para fixação no interior da vala. A
geomembrana deverá ser disposta sobre uma superfície lisa, resistente e livre de pedras, raízes
e umidade excessiva. Deverá ser instalada de forma que fique totalmente esticada, para que a
soldagem nas emendas seja realizada completamente, não podendo apresentar furos, cortes ou
defeitos nas emendas de forma a evitar possíveis vazamentos e infiltrações.
3.2 DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
A instalação do sistema de drenagem de águas pluviais será feita no contorno do
talude, por meio da abertura de canaletas onde serão colocados os meio-tubos de concreto de
300 mm, com os caimentos indicados em projeto, evitando acúmulos de água e direcionando
a água precipitada para a tubulação de drenagem já existente na área, onde estará interligada.
3.3 DRENAGEM DE LÍQUIDO PERCOLADO
Serão executados 315 metros de drenagem de percolados no formato de meia espinha
de peixe com tubos de PEAD corrugados perfurados, de 110 mm de diâmetro, conforme corte
no projeto e com os caimentos indicados. Estas canalizações coletam e conduzem o chorume
por ação da força da gravidade até a respectiva forma de tratamento. Devido ao escoamento
no interior do aterro ocorrer de forma natural, é essencial que quando da instalação deste
sistema as tubulações sejam instaladas em declividade não inferior a 1%.
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O posicionamento em forma de espinha de peixe terá o dreno primário localizado na
lateral, sendo este ligado a uma caixa de passagem interligada à rede de drenagem existente
que leva até as lagoas de tratamento de percolados existente no local.
Sobre a base compactada, serão executadas canaletas para instalação dos tubos
drenantes no formato indicado e preenchimento com pedra brita n°01 até o nível da camada
de solo compactado, para auxiliar a drenagem e evitar entupimento da tubulação.
3.4 DRENAGEM DE GASES
O estabelecimento das tubulações ocorre segundo uma distribuição uniforme em toda
a área do aterro. Para a operação desta célula do aterro, o sistema de drenagem vertical para os
gases formados na decomposição dos resíduos será composto por:
a) Drenagem de gases para atender a nova camada de resíduos: drenos de gases
interligados no sistema de drenagem de chorume, nos pontos de ligação entre os
drenos primário e secundários de chorume, e atravessando verticalmente o aterro até
sua superfície, configurando chaminés de exaustão.
b) Drenagem de gases para atender camada inferior: Serão instalados nos locais e
quantidades indicados no projeto, após perfurações na massa de resíduos, atravessando
verticalmente o aterro até sua superfície, configurando chaminés de exaustão. Para a
construção desses drenos deverão ser feitas escavações na base do terreno existente
com profundidade variável sendo que esses drenos deverão ser prolongados até a
superfície da nova célula.
Para os dois casos serão utilizados drenos de concreto perfurados, seção 0,25m x 0,25
m, instalados nos locais e quantidades indicados no projeto. No entorno da tubulação deverá
ser utilizada pedra rachão fixada à tubulação com tela de arame, evitando o entupimento dos
furos da tubulação. Também será inserida pedra rachão no interior da tubulação.
Para os drenos que atenderão a nova camada, a tubulação vertical será fixada em uma
base de concreto, perfurada no diâmetro da tubulação para encaixe perfeito.
Para os drenos que atenderão a camada inferior, após a perfuração, o fundo deverá ser
preenchido com brita para seguir com a colocação dos tubos.
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3.5 ACESSO À FRENTE DE TRABALHO
Os caminhões e equipamentos necessários à operação e manutenção do aterro, assim
como na fase de construção do “remonte”, utilizarão a estrada interna existente, sendo que
será necessário fazer seu prolongamento sobre a vala para atingir a nova camada de resíduos.
Nos acessos construídos sobre as trincheiras de resíduos, com largura média de 5m, deverão
possuir como subleito a camada de 30cm de argila compactada que recobre o aterro, sobre a
qual deverá ter uma camada de cascalho ou rachão.
Os acessos deverão permitir a operação do aterro, tanto em períodos de seca como de
chuvas intensas, evitando danos aos veículos e equipamentos.
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ADRIANA WEBER
VINÍCIUS ANDRÉ MAKIAK
Eng. Ambiental CREA-SC 119934-8
Eng. Civil CREA-SC 119380-1
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