“Teorias Cognitivas da
Aprendizagem”
Aprendizagem por
Associação
Solange Altoé de Moura
Agosto/2002
Aprendizagem por
Associação
Formação dos conceitos
artificiais
Formação dos conceitos
naturais
Teorias Computacionais
Formação dos conceitos artificiais

Funções
essenciais
conceitos:
Proporcionar
no universo
dos
servem
-
Identificar os objetos
existem no mundo;
-
Diminuir a necessidade de uma
aprendizagem constante;
Predição
A predição gera a formação de
novos conceitos e modifica
nosso modelo conceitual.
Natureza dos conceitos:
Referência
organização
Obs:
Os
conceitos
também para:


São os fatos e objetos do
mundo que designa;

“O
procedimento
de
identificação”
de
um
conceito estaria vinculado
aos atributos do conceito.
que
Sentido

É dado pela relação com
outros conceitos;

O núcleo do conceito viria
determinado pela rede de
conceitos
na
qual
estivesse inserido.
Formação dos conceitos artificiais

Segundo Rosch ( 1977,1978), os conceitos estão na
realidade e o sujeito limita-se a “extrai-los “ ou a
“apagá-los”. Os conceitos são entidades reais e
necessitam apenas de mecanismos para detectar as covariações
existentes
no
meio.
Esta
é
uma
aprendizagem dos conceitos por abstração ou indução e
faz parte das Teorias da Aprendizagem por
Associação.

Segundo Bruner, Goodnow e Austin (1956), os
conceitos são “invenções” úteis que não estão na
realidade e serão construídos por processos mais
complexos, por reestruturação de conceitos prévios na
mente do sujeito. (Teoria da Aprendizagem por
Reestruturação )
Formação dos conceitos artificiais
Teorias Condutistas Clássicas

A pesquisa da formação dos conceitos fundamentou-se em situações
de laboratório, onde os sujeitos aprendiam ou identificavam
conceitos artificiais.

Os conceitos tinham 2 ou 3 dimensões relevantes, representados por
aspectos perceptivos imediatos (forma, cor, tamanho). Havia uma
relação entre estes aspectos, de acordo com regras do tipo:


Conjunção → Triângulo verde

Disjunção → Triângulo ou verde

Relação condicional → Se Triângulo então verde
Hull (1920) → Os conceitos seriam adquiridos por discriminação
entre os diversos elementos que compõem o estímulo.

Conceito de “cachorro” era adquirido, abstraindo todos os
aspectos comuns aos cachorros, que o diferenciavam dos
outros animais (gato, vaca).
Formação dos conceitos artificiais
Teorias Condutistas Clássicas

Hull-Spencer (1943): A aprendizagem dos conceitos fundamentarse-ia na aquisição gradativa de potenciais excitatórios e inibitórios. A
resposta depende da soma dos potenciais citados acima.

Potencial excitatório →
associado a um reforço)
“latido” com “cachorro “ (estimulo

Potencial nulo → “cor marrom” com “ cachorro”

Potencial inibitório → “voar” com “cachorro”

Skinner (1953) → As respostas eram produzidas na presença de
certas chaves ou estímulos ambientais.

Skinner também baseava-se na existência de elementos
estimuladores comuns, discriminados a partir do conjunto de
estímulos, que são associados positivamente e gradativamente a
uma resposta reforçada.
( Núcleo das teorias condutistas da aquisição dos conceitos,
baseadas em associações entre estímulos e respostas. )
Formação dos conceitos artificiais
Teorias Condutistas Mediacionais

Nem sempre se consegue um elemento estimulador
comum. Por exemplo: o que um chapéu tem em comum com
uma gravata ? Ou rir, cantar, dançar ?

Estímulos diferentes acabam provocando, por excesso de
condicionamento, uma resposta equivalente.
Ex. A mãe diz à criança o nome de um objeto ( “carrocinha”)
na presença do próprio objeto. Parte das respostas
sensoriais explicitadas inicialmente pelo objeto, ficam
associadas ao nome do objeto (por condicionamento clássico).
Depois a criança diz o nome do objeto na presença deste e a
mãe reforça discriminativamente sua resposta verbal. Logo, o
nome do objeto lembrará tais respostas mediadoras que
constituem o significado e vice-versa.
Formação dos conceitos artificiais
Teorias Condutistas Mediacionais

A aprendizagem dos conceitos ainda é um
processo de discriminação e generalização,
onde vários estímulos ficam associados a uma
mesma resposta.

A diferença entre a Teoria Condutista Clássica e
a Mediacional está no uso das mediações
verbais, ou seja, os conceitos não são
constituídos apenas por elementos de estímulo,
mas têm um reforço verbal.
Experimento para pôr a prova as teorias
condutistas clássicas e mediacionais
Condutista Mediacional
→ A Intradimensional é
mais fácil; são alterados os
valores dentro de uma
mesma dimensão (cor)
que a fase inicial; a cor é a
dimensão mais relevante.
Condutista Classica → A
Extradimensional é mais
fácil; a cor é irrelevante e
a dimensão agora é a
forma física ( estimulos
fisicos )

Opiniões contraditórias levaram a concepção de que:
“Nas tarefas de aquisição de conceitos a
discriminação está baseada em um processo de
fixação da atenção, no qual o sujeito se centra na
“análise” de certas dimensões estimuladoras e
ignora outras. Em outras palavras, quando o
sujeito tem que decidir se um estímulo é um
exemplo positivo ou negativo,
parte de um
processamento seletivo do estímulo pelo qual
determinadas dimensões são mais importantes do
que outras.”
Formação dos conceitos artificiais
Teorias da comprovação de hipóteses

As primeiras versões surgem dentro do condutismo na forma de
“processos seletivos”. Lashey (1929 ) e Krechevsky (1932).

Lashey observou que em tarefas simples de condicionamentos, os
ratos antes de aprenderem a associação correta ou reforçada,
mostram diferentes “soluções tentativas” (hipóteses – denominado
por Krechevsky ), como colocar-se em lugares ou posições
determinadas.

As hipóteses constituiriam um foco seletivo que centraria a
atenção do animal em um determinado estímulo ou dimensão.


Num labirinto, o rato se comportava de modo sistemático, ou seja,
primeiro em relação a um estímulo (cor) e depois a outro ( posição).
A aprendizagem do conceito ocorria após a comprovação de
hipótese de maneira sucessiva ou simultânea.
Formação dos conceitos artificiais
Teorias da comprovação de hipóteses


Todas as versões da teoria coincidem em que :

O sujeito dispõe de um banco de hipóteses potenciais no
começo do processo de resolução do problema. Em cada
ensaio , escolhe-se uma ou mais hipóteses dentre as
disponíveis e responde a partir desta base.

Se a hipótese escolhida leva a classificação correta do
estímulo, ela é mantida; mas , se rejeitada, é substituída
por outras do conjunto.
A diferença entre as versões está na estratégia
utilizada na seleção ou eliminação das hipóteses.
Formação dos conceitos artificiais
Teorias da comprovação de hipóteses

Tarefa das cartas:

Conceitos conjuntivos (cartas com 2 figuras brancas e 2
linhas de contorno), conceitos disjuntivos (todas as cartas
que têm 1 cruz ou 1 figura listrada), conceitos relacionais
(todas as cartas que têm uma cruz têm 3 margens).

Todos estes conceitos têm uma estrutura lógica, determinando
um aspecto comum e portanto, estas pesquisas adotam a
concepção clássica.

Brunner, Goodnow e Austin (1956) analisaram as
estratégias, verificando que os sujeitos tinham a
tendência de otimizar sua capacidade de memória e
atenção na comprovação de hipóteses.
Formação dos conceitos artificiais
Teorias da comprovação de hipóteses
- Tarefa com maior realismo.
- Usavam estímulos temáticos.
- Mais tempo para se fazer a
análise, uma vez que em cada
estímulo, não havia uma lista
de aspectos, mas uma
“estória”, caracterizando o
“significado” dos estímulos.
Limitações dos estudos sobre formação de
conceitos artificiais

A idéia de que o ser humano se guia por critérios de
racionalidade lógica encontra-se desacreditada.

O raciocínio dos sujeitos é influenciado por outras variáveis,
ou seja, a lógica é insuficiente.

Os trabalhos não estão analisando a aquisição ou
formação dos conceitos, isto é, de significados novos, mas
são tarefas de identificação dos conceitos ( classificação
de objetos em categorias conhecidas ) – Bruner, Goodnow e
Austin

As teorias associacionistas tentam limitar o sentido ou
significado de um conceito a uma simples abstração de
atributos compartilhados.
Formação dos conceitos naturais
Família das teorias probabilísticas dos conceitos

Os conceitos não têm
uma
estrutura
determinística
assimilável a uma lógica
de classes, mas sim
baseado em protótipos.

Wittgenstein (1953) – Estrutura dos conceitos
Os exemplares de um conceito têm vários atributos
comuns (Concepção clássica)
X
A união dos
exemplares de um mesmo conceito era realizada por
meio de uma “semelhança familiar”.
Formação dos conceitos naturais
Família das teorias probabilísticas dos conceitos

(Revolução
Roschiana)
Modelos
de
formação
conceitos que assumem
concepção probabilística

Concepção probabilística:
de
a
-Conhecimento tem caráter de
probabilidade e não de certeza.
-Os
conceitos
carecem
de
suficientes atributos comuns;
seus exemplares não são todos
igualmente representativos da
categoria, é possível atribuir
uma mesma característica a
mais de uma categoria.
Formação dos conceitos naturais
Teoria do protótipo de Rosch

O mundo era estruturado segundo 3 princípios:

Estrutura correlacional


Os atributos não ocorrem separadamente uns dos outros.
Existência de níveis de abstração
hierárquica igualmente estruturada.

ou
inclusão
Nível básico de abstração com economia cognitiva ótima na
categorização.
 Havia um nível intermediário;
 Era composto por objetos do mundo perceptivo;
 Havia um maior nível
exemplares do conceito.

de
semelhança
familiar
entre
os
Categorias estruturadas mediante representação na
forma de protótipos.

Preserva a estrutura correlacional
Formação dos conceitos naturais
Teoria do protótipo de Rosch

Baseado nos 3 princípios, os conceitos tinham uma dupla estrutura:

Estrutura Vertical ( níveis de abstração)




Supra-ordinado (conceitos muito
pouco – móvel - mamífero )
abstratos,
discriminam
muito
Básico (abstração intermediária – cadeira - gato)
Subordinado ( conceitos mais específicos, tem muitos atributos em
comum com outras categorias subordinadas – cadeira dobradiça –
gato-siamês)
Estrutura horizontal


Num mesmo nível hierárquico, havia um centro (protótipos –
exemplos
típicos)
e
uma
periferia
(exemplos
menos
representativos), isto é, as categorias não são homogêneas (
concepção clássica – atributos comuns).
Os protótipos têm maior semelhança familiar com os outros
exemplos do conceito; eram o exemplar real ou ideal com os
atributos mais frequentes. (Formação dos protótipos )
Formação dos conceitos naturais
Teoria do protótipo de Rosch

Experimento para escolher o melhor
protótipo de cada categoria. Foram
atribuídos graus de 1(excelente) a
7(péssimo).

A aprendizagem de conceitos
se inicia pela aquisição de
protótipos de nível básico
(contém um ótimo nível de
generalidade e discriminação).

Os objetos de nível básico
seriam os primeiros a serem
aprendidos
por
meio
da
percepção
visual
e
da
interação
sensório-motor
com o objeto.
Formação dos conceitos naturais
A Representação dos conceitos:
Protótipos ou exemplares ?

Importância de representação do protótipo na memória, antes da
indagação a respeito da Teoria de Aprendizagem.

Concepção clássica - Adquirir um conceito é aprender a lista de
atributos comuns a todos os exemplos.

Concepção probabilística:

Teoria do Protótipo


Os conceitos tinham sua representatividade unitária
constituída por uma abstração dos aspectos mais prováveis
dos membros de uma categoria ( valor médio dos diferentes
atributos relevantes).
Teoria do Exemplar

As categorias eram representadas por algum exemplo ,
que reúne as características comuns ( em nossa mente, os
conceitos estão representados pelos próprios exemplos
unidos por relações de semelhança ).
 Beatles - “música pop”
Formação dos conceitos naturais
Aquisição de protótipos ou exemplares

A generalização ocorre a partir dos exemplares ou de um protótipo?

Quais os mecanismos de aprendizagem ?

Teoria do Exemplar



Um estímulo seria atribuído à categoria cujos exemplares armazenados
na memória de trabalho tivessem maior semelhança com o novo
estímulo.

Em que parâmetros se baseia esta semelhança global?

Se limita a um vago processo de identificação dos conceitos, em vez
da elaboração de uma teoria da aprendizagem.
Teoria do Protótipo

Os conceitos são representados na memória mediante um exemplo cujos
valores dos atributos constituem uma medida de tendência central .

Cada teoria da aquisição de protótipos apresenta a sua forma de calcular
e relacionar os valores médios ( atributos ou dimensões são variáveis)
Os modelos baseados na estrutura correlacional , que se reflete na
formação dos conceitos.
Formação dos conceitos naturais


Semelhanças entre os modelos de exemplar e protótipo

Um conceito é definido a partir dos atributos que o compõem.

Concebem a formação de conceitos como processo de abstração
a partir da análise dos atributos presentes nos estímulos.

A abstração se processa por meio de leis de associação
(frequencia ) e a semelhança.
Limitações das teorias probabilísticas

Alguns conceitos têm estrutura probabilística
adaptam melhor à concepção clássica.



;
outros
se
Conceitos científicos : por definição, têm uma estrutura
lógica. ( conceito de número par )
Conceitos não científicos :se ajustam à teoria clássica.
Alguns conceitos, estruturados de maneira probabilística
(procedimento de identificação ), podem ter também estrutura
clássica ( organização do núcleo ).
Formação dos conceitos naturais

Limitações das teorias probabilísticas

Surgem modelos “duais” da formação de conceitos, e depois
aparecem as dicotomias:

Núcleo
X
procedimento de identificação

Categorias lógicas
X
categorias protótipicas

Os estudos apontam para a aquisição dos conceitos baseados na
estrutura correlacional da realidade.

A semelhança não pode explicar, por si mesma, como se forma o
sistema conceitual (Ela é produto deste sistema ).

Para tentar resolver os problemas da ausência de princípios
organizadores da realidade, surgiram as teorias fundadas na
metáfora dos computadores.
Teorias Computacionais

Teorias da aprendizagem baseados em pressupostos computacionais.

Os 1os modelos (Solucionador Geral de Problemas de Newell e Simon –
1972 ) - sistemas de processamento dotados de grande capacidade
sintática, sem necessidade de conhecimentos específicos. (Idéia
contestada)

Capacidade sintática + conhecimentos específicos = sistemas de
processamento (artificiais e humanos) capaz de enfrentar um
problema complexo.

Necessidade teórica e técnica:


Teórica: Postular mecanismos que expliquem a aquisição
conhecimentos pelos sistemas humanos de processamento.
dos

Técnica: Dotar os computadores da capacidade de adquirir por si mesmos
conhecimentos complexos, inclusive os conceitos.
Aspecto comum a todas as teorias computacionais de aprendizagem:
Semântica + regras sintáticas (A aquisição dos conceitos deverá
explicar-se , também, sintaticamente).
Enfoque sintático: A teoria ACT ( Adaptative
Control of Thought) de Anderson

Teoria da aprendizagem computacional de origem psicológica, que
se ocupa da aquisição dos conceitos.

Teoria do processamento de informação , onde os mecanismos de
aprendizagem estão relacionados com outros processos cognitivos
( memória, linguagem, solução de problemas, imagens, dedução e
indução ), especialmente com a forma em que se representa a
informação no sistema.

ACT é um sistema de processamento composto de 3 memórias
relacionadas:

Memória declarativa


Conhecimento descritivo em relação ao mundo.
Ativa o conhecimento procedimental responsável pelas ações desencadeadas
pelo mundo.

Organizada na forma de rede hierárquica (composta de “nós”)

É estável e inativo

Memória de produções (informação para execução das habilidades do sistema)

Memória de trabalho
Enfoque sintático: A teoria ACT de
Anderson

M. Declarativa e de Produções são memórias de L P
Enfoque sintático: A teoria ACT de
Anderson

Sistema de produção: o conhecimento se armazena sob a forma de
“produções” ou pares de “condição-ação”;as produções adotam a
forma de um condicional “Se...então....”.

Quando um conhecimento declarativo ativo na MT se “emparelha”
com a condição de uma produção, será executada imediatamente
a ação correspondente.

Produções concatenadas

Produções não são armazenadas de maneira isolada.

O conhecimento que contém certas produções só será eficaz se houver
concatenação entre as mesmas, ou seja, a ação de uma produção
satisfaz a condição do seguinte. Um exemplo de produções
concatenadas: Torre de Hanoi
Enfoque sintático: A teoria ACT de
Anderson

Informação contida na MT não satisfaz totalmente a condição de
nenhuma produção  serão ativadas as produções cujas condições
estejam parcialmente satisfeitas.

Ex. Encontramos um tigre deitado na calçada. Não sabemos se
dorme ou está morto, porém o fato de ter um tigre , será uma
condição suficiente para sair correndo.

A força de uma produção depende de sua ativação. Produções mais
frequentemente
ativadas,
se
tornam
mais
fortes
e
consequentemente são ativadas mais rapidamente. (Um dos
mecanismos de aprendizagem do ACT – aumento ou decréscimo da
força de uma produção ).

Como são formados as produções?

O sistema é psicologicamente realista se dispuser de
mecanismo de aquisição de tais conhecimentos (produções).
um
Enfoque sintático: A teoria ACT de Anderson
Mecanismos de aprendizagem
As
habilidades
(motoras,
para a
solução de
problemas,
tomada de
decisões,
processos de
categorização
e formação
de conceitos)
passam por 3
fases:
Aplicação do ACT para a formação dos
conceitos

Processo de categorização realizado pelo ACT:

Cada instância apresentada, o ACT designa uma produção que
categoriza esta instância. Por meio de comparações entre os pares
dessas produções, se produzem as generalizações. Se houver
correção destas, ocorrerá o processo de discriminação. É assim que
se dá a definição operativa de um conceito.

Processos
responsáveis
pela
Generalização e discriminação.
formação
dos
conceitos:

Compilação e o fortalecimento apenas melhoram a eficácia de uma
produção, mas não fazem alterações nas produções.

Por esta razão, a teoria ACT é estritamente INDUTIVA (Raciocínio,
em que, de fatos particulares, se tira uma conclusão genérica)

Logo, os conceitos são conhecimentos compilados e se adquirem
por generalização e discriminação a partir das 1as. produções.
Aplicação do ACT para a formação dos
conceitos

Exemplo: Habilidade motora: dirigir um carro

Instruções passadas verbalmente para o aluno (Aprendizagem se
encontra no estágio declarativa )

Como consequência da prática contínua, o conhecimento declarativo vai
se procedimentalizando, as ações se tornam automáticas e se fundem
em uma mesma sequencia. ( Estágio da Compilação )



As ações se executam com tal rapidez que “ mudança de marchas” é para o
condutor que tem prática, uma única ação, que não lhe impede de executar
outras ações ao mesmo tempo (falar , olhar para o outro lado ,etc)
Com a licença de motorista, a pessoa continua ajustando a execução
da mudança de marchas, cada vez mais com mais precisão. Ao mudar
de carro, o motorista terá que fazer ajustes nas produções para o novo
carro.
A teoria do ACT foi comparada com as teorias da abstração de
protótipos e do exemplar: ambas se baseiam no processo de
generalização a partir da comparação de aspectos (protótipos e
exemplar) ou condições das produções (ACT).
ACT e o escândalo da indução

ACT nasce da vontade de construir uma teoria geral da aprendizagem.

Semelhança conceitual
“condição-ação”.

Os métodos indutivos de generalização e discriminação não diferem
muito das teorias condutistas de formação de conceitos por
discriminação.

Uma revisão dos mecanismos de aprendizagem no ACT, surge uma
incapacidade de explicar a aparição de conhecimentos novos.

Mecanismos de aprendizagem classificados em 2 grupos (Anderson)

entre
associações
mas
não
E-R
e
alteram
as
as
produções

Aumenta a eficácia do sistema,
(Compilação e Fortalecimento)
produções.

Modificam as produções (Generalização e Discriminação) - Indução
A indução era realizada segundo critérios lógicos (sintáticos) e os
processos indutivos explicavam a aprendizagem em pequena escala,
modificando muito pouco os conhecimentos iniciais.  Introdução de
componentes semânticos para melhorar a teoria.
Enfoque semântico: A Teoria dos Esquemas

O conceito de esquema e Inteligência Artificial

Um programa capaz de realizar tarefas deve ter potência sintática
e componente semântico.

Para projetar um programa de compreensão de textos, deve-se atribuir
conhecimento
sintático
e
uma
determinada
quantidade
de
conhecimentos específicos (esquemas) da temática do texto
apresentado.

Esquema: Estrutura de dados para representar conceitos genéricos
armazenados na memória; (David Rumelhart,1984)

Teoria dos esquemas é considerada uma teoria da representação
e utilização dos conceitos (conhecimentos) armazenados na
memória.

Um esquema contém , como parte de sua especificação, a rede de
inter-relações que existem entre os elementos constitutivos
(atributos) de um conceito;
Enfoque semântico: A Teoria dos Esquemas

Uma teoria
significado.
do
esquema
implica
uma
teoria
protótipica
do

Comparação de um esquema com o texto de uma obra de teatro.
(representações concretas diferentes, mas em cada uma delas se
recorre ao texto original )

Natureza flexível dos esquemas: sendo pacotes de conhecimento,
contendo o próprio conhecimento e informações sobre a sua
utilização, permite que os esquemas sejam utilizados de forma
declarativa ou procedimental.

Um esquema possui 4 características:

Apresentam variáveis;

Podem encaixar-se uns nos outros;

Representam conceitos genéricos que variam em seus níveis de
abstração;

Representam conhecimentos a serem utilizados com flexibilidade, mais
que definições;
Tipos de aprendizagem segundo a teoria dos
esquemas


Crescimento

Acumulação de informação nos esquemas já existentes (base de dados ).

O mecanismo em que se baseia é a cópia parcial que preenche os valores
das variáveis e define constantes.

O crescimento não modifica a estrutura interna dos esquemas, nem gera
por si mesmo novos; para aprender novos conceitos, é necessário o ajuste
e a reestruturação.
Ajuste

Os esquemas não bastam para compreender ou interpretar uma situação
 necessário gerar novos esquemas ou modificar os já existentes. Mudase variáveis e constantes , mas não a estrutura interna.

O ajuste pode ser feito de 3 maneiras:

Modificação dos valores por exclusão de um esquema com problema de
aplicação.

Generalização

Especialização: substitui variável por constante (discriminação)
Tipos de aprendizagem segundo a teoria dos
esquemas

Reestruturação

Formação de novos esquemas a partir dos já existentes.

Os novos esquemas podem surgir mediante:

Analogia (O losango é para um quadrado, o que
paralelogramo é para um retângulo – Rumelhart (1984) )
um
 Generalização
 Especialização
 Substituição de variáveis e constantes na estrutura do
esquema


Indução (menos frequente, devido a carência de mecanismos
no sistema de esquemas )
Diferença entre as 2 teorias: Aprendizagem pelo processo de
Reestruturação
Como se formam os esquemas
automaticamente novos ?

Problemas:

Que condições são necessárias para gerar um novo esquema por analogia?

Como se seleciona um esquema análogo da memória?

Que fatores do meio e do esquema determinam este “emparelhamento”

Relações pouco claras entre os tipos de aprendizagem.

Ainda é fraca a explicação da reestruturação

Teoria insuficiente para
automaticamente novos.
explicar
a
aparição
de
esquemas

De onde procedem os esquemas? Um sistema somente pode
estabelecer novos esquemas quando já dispõe de outros
suficientemente complexos. Mas , e os primeiros esquemas?

A utilização de mecanismos indutivos na generalização de novos
conceitos só é possível, mediante fortes restrições ao processo
indutivo.
Teoria Pragmática da indução


Ciência Cognitiva – aspecto interdisciplinar

Contribuições de psicólogos, filósofos,
especialistas em informática,etc.

Teorias Computacionais da aprendizagem:
lógicos,
linguísticos,

Teorias dirigidas a Inteligência Artificial

Teorias com orientação psicológica (ACT e dos Esquemas)
Representação do conhecimento mediante modelos mentais

Modelo mental – Os sistemas cognitivos constituem modelos das
situações com as quais interagem, que lhes permitem interpretálos e fazer predições a partir delas.

Esquemas (representações estáveis e estáticas) ≠ Modelos
mentais (constituem por ocasião de cada interação concreta;
dinâmicas)

Os modelos mentais estão constituídos por regras relacionadas e
ativadas simultaneamente. Estas regras consistem em produções
ou pares de condição-ação.
Teoria Pragmática da indução
As regras são os tijolos com que se controem os conhecimentos do
sistema e existem dois tipos:
1.
Empíricas (representam o conhecimento sobre o mundo)
1.1.Sincrônicas (representam
memória semântica)
a
informação
descritiva
da
1.1.1.
Regras categóricas: Informam a respeito de relações
hierárquicas entre categorias e são as bases dos juízos de identificação
de conceitos
1.1.2. Regras associativas: relacionam conceitos não vinculados
hierarquicamente , mas por sua co-ocorrência.
1.2.Diacrônicas (informam sobre mudanças que podem
esperar-se no meio, se forem satisfeitas suas condições )
1.2.1. Regras preditivas: proporcionam uma espectativa
1.2.2 Regras efetivas: Causam uma ação por parte do sistema
2.
Inferenciais (Produzem melhores regras empíricas; constituem os
mecanismos da aprendizagem e de regras operacionais.)
Teoria Pragmática da indução
Teoria Pragmática da indução

Carência no sistema, de representações estáveis na formação de
esquemas  Construção de modelos mentais baseados na ativação
simultânea de regras relacionadas (Formação de pacotes de regras
que constituem categorias)

As regras com maior probabilidade de serem executadas:

Que tenham as “condições” satisfeitas pelas mensagens presentes;

As que são mais fortes e específicas

Têm maior apoio (depende da ativação de outras regras afins e da
propagação do sistema).

Ex: O conceito de “touro” ativa o conceito de “vaca”,mas não o de “leite”.
(“touro” e “vaca” têm mais regras ou aspectos em comum)

Os conceitos seriam modelos mentais formados por regras ativadas
simultaneamente em função das demandas contextuais e das metas
do sistema. A aprendizagem de conceitos: Aquisição de novas
regras (originadas em processos indutivos guiados pragmaticamente)
e relações entre elas.
Aprendizagem por indução pragmática


O sistema deve realizar 3 tarefas indutivas básica:

Avaliar e aperfeiçoar as regras disponíveis

Gerar novas regras

Formar associações e conjuntos de regras com a finalidade de criar
estruturas de conhecimento maia amplos.
Estas tarefas devem ser executadas mediante 2 mecanismos
indutivos: (Combinação entre os 2 processos, dará lugar à formação
de associações e relações entre regras, que formará os conceitos)

Refinamento de regras existentes


Reavaliação constante da força das regras em função de seus
êxitos e fracassos
Geração de novas regras

Sistema não dispõe de regras eficazes para um contexto 
novas regras serão geradas, dando lugar a novos conceitos
mediante ativação de seus mecanismos indutivos.
Aprendizagem por indução pragmática

Um conceito baseia-se em relações sincrônicas entre regras
que compartilham um elemento comum entre suas
condições e este se transformará no rótulo do conceito.

Ex.

Se
p 
então x
Se r , t

então
p
Se r , t

então
p

então x
(processo indutivo baseado na associação e generalização
de regras )

Se x é o restaurante chinês Chongyan, então é lúgubre
Se x é o restaurante chinês Chingyon, então é lúgubre
Se x é um restaurante chinês , então é lúgubre
(Generalização pode ser abusiva)

Sistema de representação de conhecimentos  Teoria da
Indução Pragmática resulta potente e flexível.

Modelo para aquisição de representações  sem muito êxito

Semelhanças com outras teorias: (E-R; Esquemas )

Para ser efetivo  sistema deve dispor de grande quantidade
de conhecimentos “por programação” (geneticamente ou
inserida por teclado)

Fodor (1980): O paradoxo de todo sistema computacional é
que, mediante regras sintáticas, atua como se tivesse
conhecimento. Porém já vimos que somente as mentes podem
conhecer; e uma mente é algo mais que um sistema
computacional. Um sistema de computação pode simular que
tem conhecimento, mas não pode simular que o adquire, já
que para adquirir conhecimento por processos construtivos
internos é necessário ter realmente conhecimento e não
mediante inserção de regras.

Como são adquiridos os conceitos ?
Limites da aprendizagem por associação

As teorias associacionistas adotam postura definida em relação à
natureza do conhecimento e da maneira como é adquirido.

As teorias compartilham 3 preceitos:

Os conceitos se forma
semelhanças entre objetos;
mediante
o
reconhecimento

O progresso na formação de conceitos vai do particular para o
geral;

Os conceitos concretos são primários, já que constituem a base
para a aquisição de conceitos mais abstratos.

Diferenças: Mecanismos ou processos de aprendizagem

Problemas:

de

Ausência de uma organização no sujeito psicológico que se traduz
numa impossibilidade de explicar a coerência conceitual;

Incapacidade de explicar a origem dos significados.
O associacionismo carece de um Teoria Geral da Aprendizagem
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Aprendizagem por associacao