GERAL 8 n Segunda-feira, 8 de abril de 2002 n JORNAL DO POVO t CIDADE Caso está indo para a Promotoria CARLOS DICKOW Uma equipe de três PMs do Policiamento Ambiental de Santa Maria esteve ontem no engenho Irmãos Trevisan, na Avenida Brasil, atendendo a uma reclamação histórica dos moradores do Bairro Santa Helena. Os vizinhos do engenho estão denunciando a poluição ambiental provocada pelo processo de descascamento do arroz, que estaria até causando problemas de saúde. Os policiais não anteciparam detalhes sobre o resultado da fiscalização, mas revelaram que o relatório será enviado ao Ministério Público para análises complementares. A equipe santa-mariense foi acionada pela Patrulha Ambiental (Patram) de Cachoeira do Sul devido ao grande número de denúncias feitas por moradores das redondezas do moinho. Os policiais foram recebidos pelo proprietário do engenho Irmãos Trevisan, Antônio Trevisan. INDIGNAÇÃO -Os moradores do Bairro Santa Helena estão indignados com a poeira vinda do Moinho Trevisan. Eles afirmam que este ano a poeira tem um volume bem maior do que nos anos anteriores e que está difícil conviver diariamente com o problema. O comerciante Luís Carlos Aquistapace, que mora há 19 anos na Rua Roberto Danzmann, a cerca de 40 metros do moinho, está com um problema nasal e alergia nas mãos, segundo ele causados pelo pó que emana do engenho. Tenho atestado médico comprovando que os problemas que tenho são em decorrência de ter que respirar o ar poluído com o pó de arroz, disse ele. Aquistapace falou ainda que a esposa não pode estender as roupas na rua, pois a poeira se encarrega de sujá-las. Ele é proprietário de uma distribuidora de tintas e disse que o computador da loja fica o tempo todo tapado com uma capa, para que a sujeira não prejudique o seu funcionamento. Já está demais. A gente não dorme direito, a casa fica fechada o dia inteiro e temos coceira por todo o corpo, reclamou. Outra moradora da Roberto Danzmann, a aposentada Alaíde Moreira dos Santos, disse que está há 20 anos comendo farelo. Não adianta lavar a casa, a poeira é incessante, completou, ao mostrar a poeira alojada no contador de energia. O OUTRO LADO O que diz Trevisan A VIZINHA DO MOINHO ALAÍDE E O PÓ DA CASCA DE ARROZ NA CASA: não adianta lavar ATENÇÃO Alguns moradores das proximidades do moinho disseram ontem que a poeira tem muita intensidade nos finais de semana. Eles atribuem o fato ao desligamento dos filtros de pó nestes dias. A explicação para o nãofuncionamento dos filtros em finais de semana seria a economia nos gastos com energia elétrica. AQUISTAPACE: problema de saúde e poeira no carro t JÓIAS Linha Direta/5588 Policial reclama de provedores O policial civil Paulo Pereira ligou para a Linha Direta do JP para reclamar do atendimento prestado pelos representantes dos provedores UOL e Terra em Cachoeira, que gerou até registro de ocorrência policial pelo usuário. Ele relatou que, em agosto de 2001, fez uma assinatura da UOL, sendo informado que teria um mês de acesso gratuito, mas acabou tendo descontado de sua conta o valor dos 30 dias promocionais. Pereira afirmou que cancelou a assinatura, mas continuou tendo a mensalidade descontada. Ao entrar em contato com a UOL/Cachoeira, foi informado que em cerca de 15 dias poderia FOTOS GIULIANO FERNANDES Poeira indigna moradores do S. Helena ter o valor debitado da sua conta devolvido. Ele havia reivindicado a devolução imediata do dinheiro descontado indevidamente. Com o provedor Terra aconteceu a mesma situação. O policial explicou que, decepcionado com a UOL, assinou contrato com o Terra, que propagandeava dois meses de acesso grátis. Como o bimestre foi descontado de sua conta, ele também cancelou a assinatura, mas teve a mensalidade descontada ainda mais um mês. O que mais indignou o usuário é que o representante local do Terra informou que a devolução dos valores cobrados de forma indevida não será feita. O outro lado A funcionária da UOL/Cachoeira, Luize Stroschoen, disse que já entrou em contato com a central da UOL em São Paulo e foi informada que o reembolso do policial já foi encaminhado. O prazo para reembolso nestes casos é de 15 dias úteis e, segundo a central, foi depositado no dia 20 de março. Ele deve estar sendo reembolsado nos próximos dias, disse. Luize esclareceu ainda que a cobrança e o controle dos usuários são feitos exclusivamente em São Paulo pela UOL, sem interferência dos provedores franqueados. Cachoeirense classifica designs O artista plástico cachoeirense Antônio Albino Maciel, que atualmente reside em Porto Alegre, tem três criações participando do concurso Jóias do Brasil. Seus trabalhos foram selecionados e concorrem na categoria de materiais e técnicas alternativas. São três colares feitos com sobras de recortes de papelão e pedaços de cerâmica. Mais de 100 peças de artistas nacionais serão avaliadas na promoção, que é formada também pelas categorias brilho do diamante e do ouro e cor das pedras brasileiras. Maciel afirma que ficou surpreso com a sua seleção no concurso, já que não sabia sequer se suas criações seriam consideradas jóias, pois ele não usou metais ou pedras na confecção. Eu uso o papelão em diversos trabalhos e um dia resolvi guardar as sobras de recortes do material para criar alguma coisa. Já tinha um colar pronto e, um dia antes do término do prazo de inscrições do concurso, criei outros dois porque precisava mandar três obras, relatou. Antônio Albino Maciel já foi premiado como designer: ele é o criador da coroa da soberana da Festa da Uva. ON-LINE - O concurso é promovido pelo site www.joiasdobrasil.com. Na home page podem ser vistas todas as criações concorrentes. As de Antônio Albino Maciel são as criações de números 100, 101 e 102. Os internautas podem, na página, votar nas três categorias da promoção. Os votos na internet vão ajudar um grupo de jurados a escolher as melhores criações. O concurso está em busca de uma linguagem nacional de design, procurando detalhes que dêem uma identidade própria para a jóia no Brasil. AS JÓIAS DE ANTÔNIO ALBINO MACIEL Um dos diretores do engenho Irmãos Trevisan, Antônio Trevisan, disse ontem que apresentou toda a documentação exigida pelos representantes do policiamento ambiental. Trevisan relatou que a empresa instalou no moinho todos os equipamentos para prevenção da poluição solicitados pela vigilância ambiental. O que pode ter acontecido é uma falha de algum equipamento ou até mesmo de um funcionário. As instalações passam por fiscalizações semestrais e nunca fomos notificados, disse. Trevisan falou que já está sendo feito o remanejo dos equipamentos para a sede da empresa no parque industrial, para que em um futuro próximo o problema possa ser superado. Ele não descartou a possibilidade de um mau funcionamento de algum equipamento, já que na época de safra eles chegam a ficar em funcionamento 24 horas por dia. Mega-sena não sai de novo e deve pagar 15 milhões A Mega-sena não teve nenhum ganhador esta semana. Com isso, o prêmio do concurso 351, sorteado sábado em Santa Rosa (RS), ficou acumulado em R$ 13.241.262,56. A estimativa da CEF é que o próximo sorteio tenha prêmio de R$ 15 milhões. A quina teve 98 ganhadores, que receberão R$ 14.478,34 cada. Os números sorteados foram 15, 16, 24, 41, 59 e 60. Mortes ✟ Será sepultado hoje, no Cemitério Municipal, o aposentado MARINO CHAGAS, 72. Ele deixa os filhos Alcindo, Antônio e Leni. (Madre Teresa) ✟ Foi sepultada sábado, no Cemitério Municipal, a dona de casa JOAQUINA SANTOS DOS SANTOS, 74. Ela deixa o marido Orocindo Santos e os filhos Sônia Maria, Tânia Mara, Luiz Carlos e Paulo César. (Madre Teresa) ✟ Foi sepultada sábado, no Cemitério Municipal, a professora aposentada ANA SPERB SILVEIRA, 92. (Madre Teresa)