Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Química Prof. Dr. Ary da Silva Maia QUÍMICA NUCLEAR QUÍMICA NUCLEAR: A Descoberta do Núcleo Atômico: Modelo de Rutherford (1911) Modelo de Thomson: previa deflexão pequena das partículas a Prof. Dr. Ary Maia Ago 2009 2 QUÍMICA NUCLEAR: A Descoberta do Núcleo Atômico: Modelo de Rutherford (1911) Rutherford propôs um modelo no qual toda a carga positiva dos átomos, que comportaria praticamente toda a sua massa, estaria concentrada numa pequena região do seu centro, chamada de núcleo. Prof. Dr. Ary Maia Ago 2009 3 QUÍMICA NUCLEAR: As Forças do Universo: O universo que conhecemos existe porque as partículas fundamentais interagem. Essas interações incluem forças atrativas e repulsivas, decaimento e aniquilação. Existem quatro interações fundamentais entre as partículas, e todas as forças no mundo podem ser atribuídas a essas quatro interações ! Prof. Dr. Ary Maia Ago 2009 4 QUÍMICA NUCLEAR: As Forças do Universo: Prof. Dr. Ary Maia Ago 2009 5 QUÍMICA NUCLEAR: Algumas propriedades dos núcleos: Número Atômico (Z) – número de prótons do núcleo. Número de Nêutrons (N) – número de nêutrons do núcleo. Número de Massa (A) – soma do número de prótons e nêutrons: Símbolo: A Z X 14 6 A=Z+N C Prof. Dr. Ary Maia Ago 2009 6 QUÍMICA NUCLEAR: • Todo núcleo com A > 4 é também chamado de núcleo complexo. • Os núcleos complexos com Z 92 são encontrados na natureza. • Os núcleos complexos com Z > 92 (elementos transurânicos) só existem se produzidos artificialmente em laboratório. • O último elemento transurânico, de existência confirmada, é o de Z = 111 (Rg – Roentgenium), embora atualmente já se tenha conhecimento de experiências que estendem o número de transurânicos até Z = 118. • É bastante útil, no estudo dos núcleos, classificá-los em: Par–par (Z par e N par), par–ímpar, ímpar–par e ímpar–ímpar. • Da mesma forma é útil falar da região de núcleos leves (A < 20), núcleos médios (20 < A < 70) e núcleos pesados ( A > 70). Prof. Dr. Ary Maia Ago 2009 7 QUÍMICA NUCLEAR: Efeito par - ímpar Nenhum elemento com Z ímpar possui mais do que dois isótopos estáveis. Elementos com Z par possuem até 10. Categorias de Núcleos: Z – par , N – par – 144 Z – impar, N – ímpar – 4 Z - par , N ímpar – 55 Z - ímpar , N par – 50 Explicação: formação de pares de prótons e de nêutrons conduz à estabilidade. Prof. Dr. Ary Maia Ago 2009 8 QUÍMICA NUCLEAR: Nuclídeo: espécie de átomo caracterizado pela constituição do seu núcleo, em particular por seu número de prótons e de nêutrons. - estáveis - instáveis – radioativos (radionuclídeos) Isótopos: mesmo Z (número atômico). Isóbaros: mesmo A (número de massa). Isótonos: mesmo N (número de nêutrons). Isómeros: mesmo Z e A (diferem no estado energético do núcleo). Isodiáferos: mesmo excesso de nêutrons sobre prótons (N – Z = constante). Ex. 14Si30, 15P32, 16S34, 17Cl36, 18Ar38. Prof. Dr. Ary Maia Ago 2009 9 QUÍMICA NUCLEAR: Tabela de Nuclídeos: Prof. Dr. Ary Maia Ago 2009 10 QUÍMICA NUCLEAR: Tabela de Nuclídeos: Prof. Dr. Ary Maia Ago 2009 11 QUÍMICA NUCLEAR: Prof. Dr. Ary Maia Ago 2009 12 QUÍMICA NUCLEAR: Tabela de Nuclídeos e as Emissões Radioativas: Prof. Dr. Ary Maia Ago 2009 13 QUÍMICA NUCLEAR: Reações Nucleares: Fissão nuclear é a fragmentação de um núcleo em partes menores Há liberação de grande quantidade de energia. A fissão é o processo que ocorre de maneira incontrolável nas bombas atômicas. Nas usinas nucleares, a fissão é realizada de forma controlada com aproveitamento de energia. Prof. Dr. Ary Maia Ago 2009 14 QUÍMICA NUCLEAR: Reações Nucleares: Fusão nuclear é o processo que ocorre quando núcleos menores se unem formando outros maiores. Há liberação de enorme quantidade de energia, mas necessita de temperatura elevadíssima para se iniciar. Este é o processo que ocorre nas estrelas. Prof. Dr. Ary Maia Ago 2009 15 QUÍMICA NUCLEAR: Reações Nucleares: Decaimento radioativo (radioatividade) é o processo natural de eliminação de partículas para se alcançar um núcleo mais estável. radioativos estáveis Prof. Dr. Ary Maia Ago 2009 16 QUÍMICA NUCLEAR: Reações Nucleares: Decaimento radioativo (radioatividade) é o processo natural de eliminação de partículas para se alcançar um núcleo mais estável. Os núcleos radioativos desintegram-se espontaneamente pelos decaimentos alfa e beta. Prof. Dr. Ary Maia Ago 2009 17 QUÍMICA NUCLEAR: Reações Nucleares: O decaimento alfa : No decaimento alfa o núcleo X, emite uma partícula alfa (núcleo de 4He, dois prótons e dois nêutrons) transformando-se no núcleo Y : A Z X A 4 Z 2 Y He 4 2 Q = 4,25 MeV. Prof. Dr. Ary Maia Ago 2009 18 QUÍMICA NUCLEAR: Reações Nucleares: O decaimento beta : O decaimento beta ocorre em núcleos que têm excesso, ou falta, de nêutrons para adquirir estabilidade. No decaimento beta menos um dos nêutrons no interior do núcleo emite um elétron e um antineutrino, transformando-se em um próton: No decaimento beta mais um dos prótons no interior do núcleo emite um pósitron (anti-elétron) e um neutrino, transformando-se em um nêutron: n p e p n e Prof. Dr. Ary Maia Ago 2009 19 QUÍMICA NUCLEAR: Reações Nucleares: Famílias ou Séries Radioativas: Prof. Dr. Ary Maia Ago 2009 20 QUÍMICA NUCLEAR: Reações Nucleares: Cinética do Decaimento Radioativo: A taxa na qual ocorre um processo de decaimento em uma amostra radioativa é proporcional ao número de nuclídeos radioativos presentes na amostra: dN N dt Onde é chamada de constante de decaimento radioativo. Prof. Dr. Ary Maia Ago 2009 21 QUÍMICA NUCLEAR: Reações Nucleares: Cinética do Decaimento Radioativo: Integrando de t = 0 (quando temos N0 núcleos radioativos não desintegrados) a t (quando nos restam N núcleos): N N0 Logo, t dN dt 0 N N N0 e t N t ln N0 ou ainda, R R0 e Prof. Dr. Ary Maia Ago 2009 t 22 QUÍMICA NUCLEAR: Reações Nucleares: Cinética do Decaimento Radioativo: Freqüentemente chama-se de atividade a taxa de decaimento total de uma amostra. A unidade para a atividade (no SI) é o becquerel: 1 becquerel = 1 Bq = 1 decaimento por segundo Eventualmente definido por: utiliza-se também o curie, 1 curie = 1 Ci = 3,7 x 1010 Bq Prof. Dr. Ary Maia Ago 2009 23 QUÍMICA NUCLEAR: Reações Nucleares: Meia Vida: Tempo necessário para que N e R caiam a metade do valor inicial: 1 T1 2 R(T1 / 2 ) R0 R0 e 2 Tomando o ln temos: T1 2 ln 2 ou T1 2 0,693 Prof. Dr. Ary Maia Ago 2009 24 QUÍMICA NUCLEAR: Reações Nucleares: Vida Média: Definida como a soma das idades de todos os átomos, dividida pelo número total de átomos: t 0 N0 tdN 0 N0 dN t 1 N0 / e t Prof. Dr. Ary Maia Ago 2009 25 QUÍMICA NUCLEAR: Datação radioativa: O decaimento do 14C é utilizado para datar amostras orgânicas uma vez que a razão entre o 14C e o 12C na nossa atmosfera é de 1,3 x 10-12. (O 14C é produzido pelo choque de raios cósmicos com o nitrogênio do ar na alta atmosfera.) Todos os organismos vivos apresentam esta mesma razão em sua constituição, graças à respiração ou fotossíntese, porém, quando morrem esta troca com o ambiente cessa; o 14C do organismo sofre o decaimento beta, com uma meia-vida de 5730 anos. Assim, pode-se determinar a idade do material orgânico medindo a razão entre os isótopos de carbono. Prof. Dr. Ary Maia Ago 2009 26 Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Química Prof. Dr. Ary da Silva Maia QUÍMICA NUCLEAR [email protected] http://www.quimica.ufpb.br/arymaia