UMA VISÃO DAS ATIVIDADES DE EXPLORAÇÃO E PERFURAÇÃO DE POÇOS DE PETRÓLEO Prof. José Romualdo Dantas Vidal Pesquisador Visitante ANP/EQ/UFRN PRH-ANP 14/99 PRINCIPAIS ETAPAS DA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO EXPLORAÇÃO PERFURAÇÃO DESENVOLVIMENTO PRODUÇÃO TRANSPORTE REFINO DO PETRÓLEO E PROCESSAMENTO DO GÁS PETROQUÍMICA EXPLORAÇÃO DO PETRÓLEO DEFINIÇÃO: Conjunto de operações ou atividades destinadas a avaliar áreas objetivando a descoberta e a identificação de jazidas. EXPLORAÇÃO DO PETRÓLEO BACIAS SEDIMENTARES BRASILEIRAS Área total das bacias sedimentares brasileiras: 6,1 milhões km2 EXPLORAÇÃO DO PETRÓLEO ELEMENTOS BÁSICOS DA GEOLOGIA DO PETRÓLEO Tipos de Rochas : Rochas Ígneas Rochas Metamórficas Rochas Sedimentares ELEMENTOS BÁSICOS DA GEOLOGIA DO PETRÓLEO As rochas sedimentares. Processo de formação. 1 - Processo de transporte e de deposição ELEMENTOS BÁSICOS DA GEOLOGIA DO PETRÓLEO 2 – Compactação dos sedimentos e influência da movimentação costeira As rochas sedimentares emergem do fundo do mar O mar avança sobre o continente e as camadas de rochas sedimentares submergem ELEMENTOS BÁSICOS DA GEOLOGIA DO PETRÓLEO Elementos de sub-superfície que têm influência na ocorrência do petróleo; os movimentos tectônicos; as discordâncias e intrusões. AS FALHAS: Falha normal ELEMENTOS BÁSICOS DA GEOLOGIA DO PETRÓLEO Falha Inversa ELEMENTOS BÁSICOS DA GEOLOGIA DO PETRÓLEO Falha de deslocamento horizontal ELEMENTOS BÁSICOS DA GEOLOGIA DO PETRÓLEO AS DOBRAS Dobra do tipo anticlinal ELEMENTOS BÁSICOS DA GEOLOGIA DO PETRÓLEO Dobra do tipo sinclinal ELEMENTOS BÁSICOS DA GEOLOGIA DO PETRÓLEO Dobra de arrasto ELEMENTOS BÁSICOS DA GEOLOGIA DO PETRÓLEO AS DISCORDÂNCIAS Discordância Angular ELEMENTOS BÁSICOS DA GEOLOGIA DO PETRÓLEO Discordância Erosiva ELEMENTOS BÁSICOS DA GEOLOGIA DO PETRÓLEO INCONFORMIDADE ELEMENTOS BÁSICOS DA GEOLOGIA DO PETRÓLEO DISCORDÂNCIA PARALELA ELEMENTOS BÁSICOS DA GEOLOGIA DO PETRÓLEO INTRUSÕES Domos salinos Intrusões vulcânicas ELEMENTOS BÁSICOS DA GEOLOGIA DO PETRÓLEO ARMADÍLHAS Armadilha são estruturas geológicas e/ou alterações na estratigrafia das rochas sedimentares,capazes de interromper o fluxo de petróleo no interior da rocha reservatório. ELEMENTOS BÁSICOS DA GEOLOGIA DO PETRÓLEO CLASSIFICAÇÃO DAS ARMADÍLHAS Armadílhas Estruturais Armadílhas Estratigráficas Armadílhs Combinadas ELEMENTOS BÁSICOS DA GEOLOGIA DO PETRÓLEO ARMADÍLHA ESTRUTURAL ELEMENTOS BÁSICOS DA GEOLOGIA DO PETRÓLEO ARMADÍLHA ESTRATIGRÁFICAS ELEMENTOS BÁSICOS DA GEOLOGIA DO PETRÓLEO ARMADÍLHA COMBINADAS A ORIGEM DO PETRÓLEO A TEORIA DA ORIGEM ORGÂNICA DO PETRÓLEO. A teoria orgânica do petróleo é a mais aceita dentre outras explicações para a sua formação; segundo essa teoria, supõe-se que os rios que carrearam os sedimentos que resultaram na formação das rochas sedimentares, também transportaram grandes massas de plantas e animais microscópicos que após se juntarem com grandes volumes de plânctons, pequenas plantas e outros seres microscópicos existentes nos mares, assentaram no leito marinho, sendo posteriormente cobertos pela lama e partículas sólidas decantadas. Nessas condições e com o passar de milhões de anos, sob a ação da pressão das camadas que continuaram a se depositar, da temperatura e ação bacteriana, a matéria orgânica aprisionada transformou-se em compostos de hidrocarbonetos A ORIGEM DO PETRÓLEO PROCESSOS DE DEPOSIÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA FATORES ESSENCIAIS PARA A OCORRENCIA DE UMA ACUMULAÇÃO DE PETROLEO NUMA BACIA SEDIMENTAR • Rocha matriz; • Geração de hidrocarbonetos; • Migração primária; • Armadilhas; • Rocha reservatório; • Rocha capeadora; • Migração secundária na rocha MÉTODOS DE PESQUISA Métodos de Pesquisa: Indicações Diretas Métodos Geofísicos Métodos Sísmicos Reflexão Métodos Geológicos Métodos Gravimétricos E Magnéticos Refração Métodos Geoquímicos MÉTODO SISMICO DE REFLEXÃO Neste método, observa-se o comportamento das ondas sísmicas, após penetrarem na crosta, serem refletidas em contatos de duas camadas de diferentes propriedades físicas, digo, elásticas, e retornarem à superfície, sendo, então detectadas por sensores (geofones ou hidrofones). É o principal método usado na prospecção do petróleo e gás por fornecerem detalhes da estrutura da crosta, bem como de propriedades físicas das camadas que compõem. MÉTODO SISMICO DE REFLEXÃO Cálculo da profundidade em que se encontram as camadas, lembrando que a onda sísmica descreve um triângulo isóscele na sua trajetória MÉTODO SISMICO DE REFLEXÃO Esquema típico de uma operação sísmica de reflexão. A principal variável do processo e o tempo de trânsito da onda sonora a partir do momento do disparo até a captação. MÉTODO SISMICO DE REFLEXÃO Sísmica de reflexão no mar; as ondas sonoras são produzidas por canhões de ar comprimido. MÉTODO SISMICO DE REFLEXÃO Vibroseis. Processo sísmico de reflexão utilizando um dispositivo mecânico montado sobre caminhões para produzir as ondas sonoras. MÉTODO SISMICO DE REFLEXÃO Seção sísmica da Bacia do Acre MAPEAMENTO DAS ESTRUTURAS DE SUB-SUPERFÍCIE É o objetivo maior dos estudos realizados na bacia sedimentar objetivando Fazer uma “fotografia” das camadas localizadas nas sub-superfícies da Área em estudo MAPEAMENTO DAS ESTRUTURAS DE SUB-SUPERFÍCIE Seção geológica da Bacia Potiguar de Ubarana. MAPEAMENTO DAS ESTRUTURAS DE SUB-SUPERFÍCIE Seção geológica dos campos de Carapeba e Pargo, Bacia de Campos MAPEAMENTO DAS ESTRUTURAS DE SUB-SUPERFÍCIE PERFURAÇÃO DE POÇOS Perfuração do Poço Pioneiro É o primeiro poço perfurado numa área em estudo. Somente o poço pioneiro confirmará a existência de óleo ou gás nessa área. Extremamente cara, a perfuração de um poço pioneiro se faz com muita prudência e cautela, considerando que não se dispõe de informações sobre as características das formações atravessadas nem dos fluidos existentes no seu interior. PERFURAÇÃO DE POÇOS DEFINIÇÃO: CONJUNTO DE ATIVIDADES E OPERAÇÕES DESTINADAS A PROJETAR, PROGRAMAR E REALIZAR A ABERTURA DE POÇOS. PERFURAÇÃO DE POÇOS PRINCIPAIS ELEMENTOS DA PERFURAÇÃO DE POÇOS 1 - AS SONDAS: - SONDAS A CABO - SONDAS ROTATIVAS - Sistema de Movimentação de Carga TEXTO 1 - Sistema de Rotação TEXTO 2 - Sistema de Circulação TEXTO 3 - Sistema de Segurança TEXTO 4 PERFURAÇÃO DE POÇOS CLASSIFICAÇÃO DAS SONDAS DE PERFURAÇÃO TIPO DE SONDA LIMITE DE PROFUNDIDADE PERFURADA (m) SONDAS LEVES 1500 a 2000 SONDAS MÉDIAS até 3500 SONDAS PESADAS até 6000 SONDAS SUPER PESADAS 8000 a 10.000 PERFURAÇÃO DE POÇOS SONDAS DE PERFURAÇÃO TERRESTRE FIGURA 1 UNIDADES DE PERFURAÇÃO MARITIMAS PLATAFORMAS AUTOS-ELEVATÓRIAS PLATAFORMAS SEMI SUBMERSÍVEIS NAVIOS DE PERFURAÇÃO PLATAFORMA FIXA PLATAFORMA FIXA APOIADA POR TENDER BARCAÇA DE PERFURAÇÃO FIGURA 2 FIGURA 3 FIGURA 4 FIGURA 5 FIGURA 6 FIGURA 7 2 – BROCAS DE PERFURAÇÃO: TRICONES C/ DENTES DE AÇO FIGURA 1 TEXTO 1 DIAMANTADAS FIGURA 2 BROCAS DE COMPACOS DE DIAMANTE SINTÉTICO (PDC) FIGURA 3 PERFURAÇÃO DE POÇOS 3 – COLUNA DE PERFURAÇÃO: FIGURA A coluna de perfuração é responsável pela transmissão da rotação e do peso necessários para que a broca realize o trabalho de destruição das rochas. FUNÇÕES DA COLUNA DE PERFURAÇÃO 1 – Transmitir a energia necessária para o funcionamento da broca (peso e rotação) 2 – Guiar e controlar a broca na sua trajetória no sub-solo 3 – Permitir a circulação do fluido de perfuração com o mínimo de perda de carga. COMPONENTES DA COLUNA DE PERFURAÇÃO 1 2 3 4 – – – – Comandos TEXTO 1 Tubos de perfuração pesados (heavy weight drill pipe) Tubos de perfuração Equipamentos auxiliares: - Estabilizadores TEXTO 3 - Amortecedores de choque - Substitutos TEXTO 2 PERFURAÇÃO DE POÇOS PRINCIPAIS ELEMENTOS DA PERFURAÇÃO DE POÇOS 1 - TUBOS DE REVESTIMENTOS TEXTO 1 2 – CIMENTAÇÃO DE POÇOS TEXTO 2 3 - FLUIDOS DE PERFURAÇÃO TEXTO 3 PERFURAÇÃO DE POÇOS TÉCNICAS DE PERFURAÇÃO DE POÇOS 1 – PERFURAÇÃO DE POÇOS VERTICAIS 2 – PERFURAÇÃO DE POÇOS DIRECIONAIS TEXTO 1 TEXTO 2 PERFURAÇÃO E SEGURANÇA DE POÇOS OBRIGADO PELA ATENÇÃO Prof. José Romualdo Dantas Vidal Pesquisador Visitante ANP/EQ/UFRN PRH-ANP 14/99 SONDAS DE PERFURAÇÃO TERRESTRES RETORNA PLATAFORMAS AUTO-ELEVATÓRIAS RETORNA PLATAFORMAS SEMI SUBMERSÍVEIS RETORNA NAVIOS DE PERFURAÇÃO RETORNA PLATAFORMA FIXA RETORNA PLATAFORMA FIXA APOIADA POR TENDER RETORNA BARCAÇA DE PERFURAÇÃO RETORNA SONDAS ROTATIVAS - DESCRIÇÃO DO Sistema de Movimentação de Carga TORRE OU MASTRO São estruturas de forma piramidal, construída com elementos de aço especial. As torres são estruturas mais robustas, próprias para as sondas que operam no mar, onde as condições de operação são muito particulares. A ação das ondas e dos ventos impõem às torres esforços dinâmicos adicionais importantes, principalmente se nos navios de perfuração e nas plataformas semi-submersiveis. As torres são montadas peça a peça. Existem no mercado dois tipos de torres: - Standard que equipam as plataformas fixas e auto-elevatórias - Dinâmicas para os navios e plataformas semi-submersíveis O Mastro é uma estrutura treliçada ou tubular, divida em módulos para fins de transporte. Articulado na sua base, o mastro pode ser montado ou desmontado horizontalmente, e colocado verticalmente em posição de operação, utilizando o guincho de perfuração e um cabo especial. O Mastro é apropriado para as sondas de perfuração terrestre, caracterizada pela sua grande mobilidade. SONDAS ROTATIVAS - DESCRIÇÃO DO Sistema de Movimentação de Carga SUBESTRUTURAS: São construções em aço especial instaladas sobre bases ou fundações, propiciando a disponibilidade de espaço necessário para montagem da cabeça do poço e dos equipamento de segurança. A base ou fundação da sonda pode ser de madeira, concreto armado ou em aço, apoiada sobre o solo. ESTALEIRO: É constituído de uma estrutura metálica formado de vigas que se apóiam sobre pilares. Os estaleiros servem para estocagem dos elementos tubulares, todos estocados ao lado de uma passarela que precisam ser içados para a sonda ou descarregados, facilitando o seu manuseio. SONDAS ROTATIVAS - DESCRIÇÃO DO Sistema de Movimentação de Carga GUINCHO: A função primordial do guincho numa sonda é a movimentação de cargas resultantes das colunas de perfuração e de revestimentos, bem como, assegurar a frenagem destas cargas sempre que preciso. Pela sua importância o guincho é considerado o coração da sonda, pois é baseado na sua capacidade que se caracteriza uma sonda. Seus principais componentes são os seguintes: Tambor principal; Tambor auxiliar; Freios:Mecânico e Hidráulico, caixa de transmissão, molinetes e embreagens. BLOCO DE COROAMENTO: É um conjunto de polias(4 a 7) localizado no topo da torre ou mastro, por onde passa o cabo de perfuração. Suporta todas as cargas aplicadas na torre. CATARINO E GANCHO: A Catarina (literalmente bloco viajante) é um conjunto de polias (3 a 6) por onde passa o cabo de perfuração. O gancho é um equipamento complementar da Catarina contendo um sistema de amortização das cargas suspensas e que facilitam o enroscamento dos tubos. SONDAS ROTATIVAS - DESCRIÇÃO DO Sistema de Movimentação de Carga Cabo de perfuração: Trata-se de um cabo de aço cujas tranças, formadas por fios de aço especial, são enroladas em torno de um outro cabo de aço, denominado de ALMA. ELEVADOR: É um dispositivo mecânico utilizado para movimentação dos tubos de perfuração, comandos e revestimento. Trata-se de um anel de aço bi-partido com dobradiças e um sistema de fecho. RETORNA SONDAS ROTATIVAS - DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE ROTAÇÃO O sistema de rotação é responsável pelo giro imprimido à coluna de perfuração. Principais componentes do sistema de rotação: Mesa rotativa; Haste quadrada ou hexagonais e cabeça de injeção. Nas sondas, o equipamento convencional pela rotação é a mesa rotativa. Um outro equipamento capaz de transmitir rotação a coluna é a CABEÇA DE CIRCULAÇÂO MOTORISADA (power swivel) que opera acoplado à cabeça de injeção. A perfuração rotativa conta com os motores de fundo (mud motors), através dos guais a torção é aplicada diretamente sobre a broca e o restante da coluna fica imobilizada durante a perfuração. O emprego deste equipamento é limitado; Usa-se principalmente na perfuração direcional. RETORNA SONDAS ROTATIVAS - DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE CIRCULAÇÃO O sistema de circulação numa sonda é responsável pela injeção da lama no poço e seu tratamento na superfície. Principais componentes do sistema de circulação: Tanques de lama; Bombas de lama (2); Linhas de descargas e de sucção e os equipamentos de tratamento do fluido (peneira de lama, desareadores, Dissiltadores e turbinas.) RETORNA SONDAS ROTATIVAS - DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE SEGURANÇA CONTROLE DO POÇO: A expressão controle do poço refere-se ao controle que deve ser exercido sobre as pressões das formações perfuradas. Existem 3 níveis bem distintos de controle dos poços: 1 – Controle primário, exercido pela densidade da lama cuja pressão hidrostática deve ser mantida superior a pressão das formações; 2 – Controle secundário: Caso o controle primário sobre a formações seja perdido, a formação começa a produzir e o controle sobre o poço só é mantido com o fechamento da valvas de segurança (preventores) na superfície, vedando o espaço anular. A restauração do controle primário só é conseguido através da circulação de um fluido de perfuração de alta densidade. 3 – Controle terciário: Caso o controle do poço a nível secundário não possa ser mantido o controle da formação só pode ser conseguindo através de medidas especiais. SONDAS ROTATIVAS - DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE SEGURANÇA CABEÇA DE POÇO: É a denominação dada ao conjunto de equipamentos localizados na superfície que Completam a arquitetura do poço. A sua composição varia de acordo com as fases Da perfuração do poço, considerando que cada revestimento descido deve estar Fixado na superfície através de equipamentos que garantam a sua sustentação e Estanqueidade, permitindo a instalação dos equipamentos de segurança. Principais componentes da cabeça do poço: Cabeça do revestimento; carretel de revestimento e cabeça de produção. Construção da cabeça do poço FIGURA CONJUNTO DE PREVENTORES (BOP STACK): Os preventores fazem a vedação em torno da coluna de perfuração ou o fechamento de todo o poço, caso o mesmo esteja vazio. Existem dois tipos de preventores que realizam esta função: Preventor Anular (bag type preventer) e Preventor de Gaveta, que fecha o espaço anular do poço sendo acionado por dois pistões hidráulicos. As gavetas podem ser do tipo cegas ou de acordo como o diâmetro dos tubos. O arranjo físico dos preventores bem como as quantidades variam conforme o poço havendo no mínimo 3 unidades. SONDAS ROTATIVAS - DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE SEGURANÇA PREVENTOR ANULAR: É constituido de um elemento de borracha bastante volumoso, que fecha em torno dos tubos de perfuração e acionado por um pistão. Este preventor tem a vantagem de poder-se regular a pressão de fechamento da borracha em torno dos tubos. É o mais usado dos preventores. SONDAS ROTATIVAS - DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE SEGURANÇA PREVENTORES DE GAVETA: São constituídos de gavetas metálicas. Podem ser de dois tipos: Gaveta cega De fechamento em torno dos tubos SONDAS ROTATIVAS - DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE SEGURANÇA CONJUNTO DE PREVENTORES SONDAS ROTATIVAS - DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE SEGURANÇA Unidades de acionamento dos preventores: Os preventores são acionados hidraulicamente através de unidades instaladas Estrategicamente na sonda. RETORNO BROCAS TRICONES C/ DENTES DE AÇO CLASSIFICAÇÃO Quanto ao Rolamento: FIGURA 1 Rolamento selado Rolamento de mancal (journal) Quanto ao tipo de formação FIGURA 2 Brocas para formações moles ou médias Brocas para formação duras ou abrasivas Quanto ao tipo de dentes FIGURA 3 Brocas de dente de aço Brocas de incertos de carboneto de tungstênios Quanto ao fluxo de lama no seu interior Brocas convencionais FIGURA 4 Brocas a jato FIGURA 5 RETORNA BROCAS TRICONES C/ DENTES DE AÇO O CONE COM DENTES ARRANJO DOS CONES RETORNA BROCAS TRICONES C/ DENTES DE AÇO BROCA DE ROLAMENTO RETORNA BROCAS TRICONES C/ DENTES DE AÇO Dentes de carboneto de tungstênio Dentes de aço RETORNA BROCAS TRICONES C/ DENTES DE AÇO Broca para formação dura Broca para formação mole RETORNA BROCAS TRICONES C/ DENTES DE AÇO BROCAS A JATO Jatos (nozzle) RETORNA BROCAS TRICONES C/ DENTES DE AÇO BROCA CONVENCIONAL RETORNA BROCAS DIAMANTADAS RETORNA BROCAS COMPACTAS POLICRISTALINAS RETORNA COLUNA DE PERFURAÇÃO COMANDOS Os comandos (drill collars) são tubos de aço cromo-molibidênio, forjados, com elevada massa linear devido a espessura de suas paredes. Existem comandos não magnéticos utilizados na perfuração não direcional. Função dos comandos: - Fornecer peso para a broca; - Dar rigidez a coluna de perfuração; Perfil externo dos comandos: - Comandos lisos; - Comandos espiralados. FIGURA 1 COLUNA DE PERFURAÇÃO Perfil externo dos comandos Comando espiralado Comando liso RETORNA COLUNA DE PERFURAÇÃO TUBOS DE PERFURAÇÃO PESADOS São tubos de perfuração reforçados usados entre os comandos e os tubos de perfuração TUBOS DE PERFURAÇÃO FIGURA 1 São tubos de aço especial sem solda, cujas extremidades são reforçadas internamente ou externamente ou ainda externa e internamente onde são instalados os conectores (tool-joints), responsáveis pelo enroscamento dos tubos. CARCTERÍSTICAS DOS TUBOS DE PERFURAÇÃO Grau Limite elástico Carga de ruptura Minima (psi) Máxima (psi) Minima (psi) E 75.000 105.000 100.000 X – 95 95.000 125.000 105.000 G – 105 105.000 135.000 115.000 S -135 135.000 165.000 145.000 COLUNA DE PERFURAÇÃO EQUIPAMENTOS AUXILIARES ESTABILISADORES FIGURA 1 Os estabilizadores são incorporados à coluna de perfuração, entre os comandos ou sobre a broca, com a finalidade de dar estabilidade à coluna de perfuração. AMORTECEDOR DE CHOQUE É um equipamento hidráulico destinado a amortecer as vibrações geradas pela rotação da broca, evitando danos à mesma. Ele é enroscado diretamente sobre a broca. RETORNA COLUNA DE PERFURAÇÃO ESTABILIZADORES RETORNA REVESTIMENTOS São tubos de aço de diferentes dimensões e propriedades, descidos nos poços de petróleo e cimentados. Eles tem múltiplas funções conforme o tipo de revestimento e são partes essenciais dos poços, tanto na perfuração quanto na produção. TIPOS DE REVESTIMENTOS - Tubo condutor - Revestimento de superfície - Revestimento intermediário - Revestimento de produção - Liners REVESTIMENTOS TUBO CONDUTOR Essencial no inicio da perfuração o tubo condutor, serve para controlar a ação erosiva da lama nas formações pouco consolidadas da superfície. Pode ter apenas alguns metros de comprimento. REVESTIMENTO DE SUPERFÍCIE FIGURA Serve para proteger os aqüíferos superficiais e propiciar a estabilização das formações pouco consolidadas além de servir de suporte para os equipamentos de segurança. REVESTIMENTO INTERMEDIÁRIO Também conhecido como revestimento técnico ou de proteção é utilizado para cobrir zonas de perda de circulação, folhelhos desmoronáveis, zonas de sal ou portadoras de gás ou água. REVESTIMENTO DE PRODUÇÃO Serve como receptáculo para a coluna produtora: os tubings. O revestimento de produção permite a produção seletiva quando houver mais de uma zona produtora no poço. REVESTIMENTOS LINERS O liners é uma seção de revestimentos que fica ancorada no interior do poço, na última coluna de revestimentos; Não sobe até a superfície. Existem dois tipos de Liners: FIGURA - Liners de perfuração - Liners de produção Liners de perfuração: São descidos no poço para cobrir uma zona de perda de circulação ou portadora de pressões anormais que comprometeriam a segurança do poço caso permanecessem descobertas. Liners de produção: são utilizados no lugar de uma coluna de revestimento de produção completa para cobrir uma zona produtora. REVESTIMENTOS DIEMENSIONAMENTO DOS REVESTIMENTOS Os revestimentos devem resistir a três tipos de esforços no poço: - Tração; - Colapso ou pressão externa; - Pressão interna. ESPECIFICAÇÃO DO REVESTIMENTO Os revestimentos são especificados conforme a tabela a seguir: REVESTIMENTOS ACESSÓRIOS DE REVESTIMENTOS Os revestimentos são descidos no poço guarnecidos de acessórios especiais com o objetivo de viabilizar uma boa cimentação dos mesmos. Sapata guia ou flutuante: Usado na extremidade da coluna Centralizador é usado para centralizar o revestimento no poço, instalado no trecho a ser cimentado. Colar flutuante usado dois tubos acima da sapata guia. Diferentes tipos de arranhadores usados para remoção do reboco no trecho cimentado. RETORNA REVESTIMENTOS SEQÜÊNCIA DE PERFURAÇÃO E DESCIDA DE REVESTIMENTO EM UM POÇO Poço de 30” Revestimento de superfície de 26” e cimentação RETORNA Perfuração com 23” Revestimento Intermediário de 18,625” e cimentação Perfuração com 17,5” Revestimento Intermediário de 13,375” e cimentação CIMENTAÇÃO DE POÇOS A operação de cimentação consiste na mistura de cimento com água e aditivos químicos e na sua injeção no poço, através da coluna de revestimentos com a finalidade de assegurar a aderência dos tubos nas paredes do poço e garantir a obturação das zonas produtoras. Protege o revestimento das formações desmoronáveis e contra a corrosão. POR QUE CIMENTAR UM POÇO ? •Isolar e suportar o revestimento. •Selar zonas com perda de circulação. •Proteger o revestimento da corrosão causada pela água e/ou gás da formação. •Evitar "blow-outs" devido ao isolamento do anular entre formação e revestimento. •Proteger a sapata do revestimento contra impacto quando da perfuração da próxima fase. •Evitar movimentação de fluidos entre zonas diferentes. CIMENTAÇÃO DE POÇOS CLASSIFICAÇÃO DA CIMENTAÇÃO: -Primária é aquela realizada logo após a descida da coluna de revestimentos. -Secundária também denominada cimentação sobre pressão (squeeze). É o processo através do qual o cimento é forçado através de orifícios aberto no revestimento preenchendo falhas ou completando o isolamento de zonas produtoras. CIMENTAÇÃO PRIMÁRIA CIMENTAÇÃO DE POÇOS TIPOS DE CIMENTO Os cimentos portland usados em poços de petróleo recebem a seguinte classificação API, em função da sua composição química da temperatura e pressão do poço. Classe A: Cimento comum para uso em poços até 6.000 pés com temperaturas inferiores a 170 °F Classe B: Usado até 6000 pés e temperaturas abaixo de 160 °F. Possui baixa resistência aos sulfatos. Classe C: Para poço até 6000 pés quando uma alta resistência antecipada é requerida. Resiste aos sulfatos. Classe D: Para uso entre 6000 e 10.000 pés e temperaturas até 230 °F. Sua resistência a pressões e sulfatos é elevada. Classe E: Previsto para uso entre 6000 e 14.000 pés em temperaturas de até 230 °F. Próprio para altas pressões e temperaturas. Com resistência regular e alta aos sultfatos. Classe F: Adequado para poços de 10.000 a 16.000 pés com temperaturas e pressões extremamente elevadas. São disponíveis com resistências regular e alta aos sulfatos. Classe G e H: Cimentos básicos para poços de até 8.000 pés em estado natural e, se aditivados com aceleradores ou retardadores de pega podem cobrir uma larga faixa de profundidades e pressões; Disponíveis com resistência moderada alta resistência aos sulfatos CIMENTAÇÃO DE POÇOS ADITIVOS DE CIMENTAÇÃO - Redutores de densidade: bentônita é o mais comum redutor de densidade em porcentagem de até 12 % do peso do cimento; -Aceleradores do tempo de pega do cimento: o cloreto de sódio e cálcio são aceleradores de pega; -Retardadores do tempo de pega: são empregados para aumentar o tempo de bombeeabilidade do cimento em poços com temperaturas elevadas. O cloreto de sódio e o ligno sulfonato de cálcio são retardadores. -Redutores de perda d´água: São importantes sobretudo nas cimentações secundárias; -Aditivos para aumento de densidade da pasta de cimento: sulfato de bário e hematita; -Redutores de fricção ou afinadores da pasta de cimento: dispersantes orgânicos; -Aditivos controladores da perda de circulação: material fibroso, mica,etc. CIMENTAÇÃO DE POÇOS ACESSÓRIOS DE CIMENTAÇÃO - Cabeça de cimentação - Tampão de topo - Tampão de fundo RETORNA COLUNA DE PERFURAÇÃO CONECTOR (TOOL JOINT) RETORNA FLUIDOS DE PERFURAÇÃO Historicamente, quando foi introduzido junto com a perfuração rotativa, a finalidade do fluido de perfuração era simplesmente a remoção do cascalho produzido pela broca no fundo do poço. Nestas circunstâncias, qualquer tipo de fluido capas de realizar esta função podia ser considerado um fluido de perfuração: água, ar,gás natural, sólidos em suspensão na água, emulsões. Com o progresso tecnológico e as exigências dos órgãos ambientais, o fluido de perfuração tornou-se uma mistura complexa de sólidos, líquidos e produtos químicos. FLUIDOS DE PERFURAÇÃO FUNÇÕES DO FLUÍDO DE PERFURAÇÃO - Remover os cascalhos gerados pela broca do fundo do poço e FIGURA transportado para a superfície; - Controlar as pressões das formações; - Estabilizar as paredes do poço; - Manter os cascalhos em suspensão sempre que houver parada da circulação da lama; - Resfriar e lubrificar a broca; - Lubrificar a coluna de perfuração, reduzindo seu atrito com o poço; - Proporcionar a formação de reboco fino e impermeável para proteger as formações produtoras; - Permitir a coleta de informações sobre as formações através dos cascalhos, traços de óleo e gás que são detectados na superfície; - Facilitar a realização de testes de formação, perfilagens, etc. FLUIDOS DE PERFURAÇÃO PROPRIEDADES DOS FLUÍDOS DE PERFURAÇÃO DENSIDADE, por definição é a relação entre o massa do corpo e o seu volume em condições definidas de pressão e temperatura. O aumento da densidade da lama se faz mediante o acréscimo de sulfato de bário (baritina), hematita e calcita. A redução da densidade se faz pela diluição com água ou óleo diesel para os fluidos a base de água. A densidade é uma propriedade muito importante e deve ser mantida controlada de modo que a sua pressão hidrostática seja suficiente para controlar os fluidos das formações. Na indústria de petróleo as principais unidades de medida da densidade são as seguintes: lb/gal, lb/cuft, kg/dm3, e gravidade específica Densímetro de lama: A verificação da densidade da lama é feita com a balança de lama. FIGURA FLUIDOS DE PERFURAÇÃO PROPRIEDADES DOS FLUÍDOS DE PERFURAÇÃO VISCOSIDADE: É a medida da resistência da lama para fluir. Em outras palavras mede a consistência da lama. A viciosidade deve ser suficientemente elevada para manter a baritina em suspensão e assegurar o transporte dos cascalhos para fora do poço. Medidas da viscosidade: - Viscosidade Marsh: Seu princípio fundamenta-se na medição do tempo de escoamento de um volume definido de lama através de um funil calibrado. A viscosidade Marsh exprime-se em segundos. Por exemplo a viscosidade Marsh da água doce a 70 °F é de 26 s; FIGURA 1 - Viscosidade plástica e aparente: São determinadas através de aparelhos denominados viscosímetros. Ambas são medidas em centipoise. FIGURA 2 FLUIDOS DE PERFURAÇÃO PROPRIEDADES DOS FLUÍDOS DE PERFURAÇÃO FILTRADO: O fluido de perfuração submetido a pressão hidrostática, deposita defronte das formações permeáveis uma película de baixa permeabilidade denominada Reboco (mud cake) enquanto uma parte líquida chamada Filtrado é drenada para dentro da formação. Uma lama de boa qualidade deve apresentar um filtrado baixo e um reboco fino e de ótima plasticidade. O filtrado API é a quantidade de líquido em cm3 que é recolhido quando a lama é submetida a uma pressão de 100 psi. FIGURA 1 O REBOCO é medido em mm ou frações da polegada e tem a sua consistência igualmente avaliada em mole, duro, firme, elástico, etc. FLUIDOS DE PERFURAÇÃO PROPRIEDADES DOS FLUÍDOS DE PERFURAÇÃO TEOR DE SÓLIDOS: O controle do teor de sólido é muito importante e deve ser objeto de todo cuidado uma vez que ele influi sobre diversas propriedades da lama: densidade, viscosidade e força gel, produzindo desgaste nos equipamentos pela sua abrasividade e reduz a taxa de penetração da broca. FORÇA GEL: A força gel é um parâmetro que indica o grau de tixotropia da lama. Um fluido tixotrópico é aquele que quando em repouso desenvolve uma estrutura gelificada e que quando posto em movimento recupera a fluidez. pH : É medido usando papeis indicadores ou potenciômetros, sendo mantido na faixa de 7 a 10. Ele determina apenas uma alcalidade relativa a concentração de íons H+ através de métodos comparativos. FLUIDOS DE PERFURAÇÃO PROPRIEDADES DOS FLUÍDOS DE PERFURAÇÃO Alcalidades: As alcalinidades dos fluidos de perfuração são determinadas por métodos diretos de titulação volumétrica de neutralização e leva em consideração as espécies carbonatos (CO3--) e bicarbonatos (HCO3-) dissolvidos na lama, alem dos íons hidroxilas (OH-) dissolvidos e não dissolvidos. São determinadas as seguintes alcalinidades: -Alcalinidade parcial do filtrado; -Alcalinidade da lama; -Alcalinidade total do filtrado. “Alcalinidade é a habilidade de uma solução ou mistura de reagir com um ácido” FLUIDOS DE PERFURAÇÃO COMPOSIÇÃO DOS FLUÍDOS DE PERFURAÇÃO Os fluidos de perfuração se compõem de três fases distintas: -Fase contínua ou fase líquida; -Fase dispersa constituída de sólidos coloidais e/ou líquidos emulsificados que fornecem a viscosidade, tixotropia e reboco (bentônica, atapulgita, etc.); -Fase inerte constituída por sólidos inertes dispersos tais como os doadores de peso (baritina, hematita, calcita) e os sólidos provenientes das rochas perfuradas. FLUIDOS DE PERFURAÇÃO CLASSIFICAÇÃO DOS FLUÍDOS DE PERFURAÇÃO Os fluidos de perfuração são classificados de acordo com a natureza dos fluidos de base: -Lamas de base água; -Lamas de base óleo; -Lamas de base ar. -LAMA DE BASE ÁGUA Nestes fluidos a fase contínua é água doce, dura ou salgada. -Água doce é toda água com menos de 1000 ppm de NaCl equivalente. Para fins industriais não necessita de tratamento prévio. -Água dura caracteriza-se pela presença de sais de Ca e Mg na sua composição, podendo alterar as carcteristicas dos aditivos químicos utilizados na lama -Água salgada: deve possuir salinidade superior a 1000 ppm de NaCl equivalente. Pode ser natural, como a água do mar, ou salgada artiifcialmente com NaCl, KCl ou CaCl2. FLUIDOS DE PERFURAÇÃO LAMAS DE BASE ÁGUA FLUIDOS DE PERFURAÇÃO LAMAS DE BASE ÓLEO Estes fluidos são classificados em duas categorias: AA) Emulsões água/óleo propriamente dita, nas quais o teor de água é inferior a 10 %. 1 – Composição: Óleo diesel (95-98%), água (2 – 5%), Asfalto aerado, argila organofílica, negro de fumo, (agentes de controle do filtrado e da viscosidade), agentes emulsificantes, estabilizantes e doadores de peso (CaCO3, BaSO4, Galena). 2 – Vantágens: Otima performance nos poços de alta temperatura e alta pressão; Não danifica as formações produtoras; Não reage com os folhelhos argilosos e plásticos Inibe as formações de Halita, carnalita, silvita, etc. Ideal para perfuração de poços direcionais; Inibe a corrosão Prolonga a vida das brocas FLUIDOS DE PERFURAÇÃO 3 – Desvantágens: Alto custo inicial Poluição (uso de alguns óleos vegetais e sintéticos, têm reduzido o potencial poluidor; Risco de incêndio Danos aos componentes de borracha dos equipamentos; Dificuldade de reconhecimento dos cascalhos nas zonas produtoras Menor número de perfis que podem ser corridos no poço BB) Emulsões inversas Nestas lamas o teor de água varia de 10 à 45%. 1 – Características: São as mesmas das lamas de base óleo, com algumas vantagens adicionais: - Menor custo - Menor risco de incêndio - Tratamento na superfície mais fácil Estas vantagens tornam o uso destes fluídos mais diversificado, sendo inclusive usado como fluido de completação. FLUIDOS DE PERFURAÇÃO LAMAS DE BASE AR AR COMPRIMIDO OU GÁS (N2) é o melhore fluido de perfuração sob o ponto de vista da taxa de penetração da broca. Nele, é o ar ou o gás que é injetado no poço no lugar da lama. É ideal para perfuração através de zona de perda de circulação, zonas produtoras de baixa pressão ou muito sensíveis a danos, formações muito duras, estáveis ou fissuradas. Seu uso entretanto fica interditado as formações que produzem água. AR COMPRIMIDO COM NÉVOA: Consiste em uma mistura de água dispersa no ar. É utilizado quando são encontradas formações que produzem água em quantidade suficiente para prejudicar a perfuração com ar ESPUMA: A espuma é um fluido resultante da mistura de ar, água e um agente espumante (tensoativo). Com este tipo de fluido, a água produzida pelo poço é retirada sob a forma de espuma. FLUIDOS DE PERFURAÇÃO LAMAS DE BASE AR VANTAGENS: - Vazão de ar reduzida - Melhor limpeza do poço - Estabilidade do fluido em presença moderada de água - Alta eficiência na remoção dos cascalhos do poço devido à elevada viscosidade do fluido. -DESVANTAGENS: Impossibilidade de tratamento da espuma na superfície. FLUIDOS DE PERFURAÇÃO LAMA AERADA Neste tipo de fluido, injeta-se ar, nitrogênio ou gás natural no fluxo do fluido de perfuração reduzindo a sua densidade. Esta lama é recomendada para a perfuração de formações que apresentem um elevado índice de perda de lama. VANTAGENS: A lama aerada é adequada para perfuração de formações sujeitas a perdas de circulação severas, vez que reduz a densidade do fluido de perfuração. RETORNA PERFURAÇÃO DE POÇOS VERTICAIS A rigor não existem poços verticais. Em conseqüência da não uniformidade da composição das formações, da disposição das camadas em relação umas às outras o poço desvia-se seja em relação ao eixo vertical, seja em relação à sua direção. Embora inevitáveis estes desvios podem ser combatidos com emprego de colunas de perfurações rígidas ou ainda pela combinação dos Parâmetros peso versus rotação. RETORNA PERFURAÇÃO DE POÇOS DIRECIONAIS A técnica da perfuração direcional, visa o desvio intencional do poço para atingir um determinado alvo prefixado. Consiste em escolher, projetar e executar a trajetória de um poço inclinado ou horizontal, bem como indicar os parâmetros compatíveis com a trajetória escolhida. APLICAÇÃO DA PERFURAÇÃO DIRECIONAL 1 - Atingir locais inacessíveis para a perfuração convencional; FIGURA 1 Por exemplo: Uma zona habitada, uma salina, a base de uma montanha, etc. 2 – Perfurar diversos poços a partir de uma mesma alocação, FIGURA 2 no mar ou em terra 3 - Desviar lateralmente um poço obstruído (side track) ou FIGURA 3 por motivo de ordem técnica. 4 – Perfurar poços de alívio para interceptar um poço em erupção; FIGURA 4 5 – Perfurar poços horizontais, multilaterais e de grande afastamento lateral para fins de desenvolvimento de uma jazida. FIGURA 5 PERFURAÇÃO DE POÇOS DIRECIONAIS DEFINIÇÃO DOS PARAMETROS E ELABORAÇÃO DA TRAJETÓRIA DE UM POÇO DIRECIONAL Uma vez fixadas as coordenadas do ponto de partida (coordenadas da locação) e do ponto de chegada (coordenadas do alvo), escolhe-se o modelo da trajetória entre três modelos básicos: PERFURAÇÃO DE POÇOS DIRECIONAIS PROJETO POÇO DIRECIONAL Uma vez fixado o modelo da trajetória o projeto do poço direcional é apresentado sob a forma de projeções do poço nos planos vertical e horizontal. -Seção horizontal: Dados necessários. - Coordenadas do poço - Coordenadas do alvo - Direção do poço - Distância entre as alocações - Raio do cilindro de perfuração -Seção Vertical: Dados necessários: - Profundidade do ponto de desvio (KOP) -`Profundidade vertical do alvo - Afastamento lateral do alvo - Razão do aumento do ângulo: Dog leg = 3°/100 pes PERFURAÇÃO DE POÇOS DIRECIONAIS TECNICAS DE DESVIO 1 – Whipstock; 2 – Jateamento com broca; 3 – Motor de fundo com substituto empenado (bent sub) posicionado no topo; 4 – Motor de fundo dirigível (steereable motor) muito mais preciso e flexível que o motor de fundo; Pode perfurar com a rotação da coluna. Nele, a inclinação é dada pelo próprio corpo do motor. PERFURAÇÃO DE POÇOS DIRECIONAIS PERFURAÇÃO DE POÇOS HORIZONTAIS A perfuração horizontal é a inovação de crescimento mais rápido na indústria de petróleo nos anos 90; Estimasse que 10 % dos poços perfurados nos EUA, nesta década, pertencem a esta categoria. VANTAGENS: -Aumenta a produção potencial do poço; -Requer a perfuração de menos poços para drenar os reservatórios; -Pode aumentar a recuperação primária do reservatório até 50 a 75 %; -Minimiza a produção de água salgada; -Dá excelentes resultados em reservatórios fraturados FIGURA 1 PERFURAÇÃO DE POÇOS DIRECIONAIS PERFURAÇÃO DE POÇOS MULTILATERAIS A perfuração de poços multilaterais obedece uma técnica que visa a perfuração de poços sob a forma de ramificações, a partir de um poço principal, considerado o eixo do sistema. Objetivo dos poços multilaterais: -Re-utilização de poços já perfurados e em vias de serem abandonados; -Aumentar a exposição do reservatório; -Aumentar a produção e índice de recuperação final de um único poço diminuindo assim o numero de poços; -Interceptar diversas zonas produtoras; -Perfurar poços em reservatórios de pequena espessura, dispostos ao longo de um poço cuja explotação isolada seria anti-econômica. FIGURA 1 PERFURAÇÃO DE POÇOS DIRECIONAIS PERFURAÇÃO DE POÇOS DE LONGO AFASTAMENTO LATERAL São poços em que o afastamento lateral do poço, é no mínimo duas vezes a profundidade vertical do poço. RETORNA PERFURAÇÃO DE POÇOS DIRECIONAIS Atingir locais inacessíveis para a perfuração convencional RETORNA PERFURAÇÃO DE POÇOS DIRECIONAIS Perfurar diversos poços a partir de uma mesma alocação RETORNA PERFURAÇÃO DE POÇOS DIRECIONAIS Desviar lateralmente um poço obstruído RETORNA PERFURAÇÃO DE POÇOS DIRECIONAIS Perfurar poços de alívio para interceptar um poço em erupção. RETORNA PERFURAÇÃO DE POÇOS DIRECIONAIS Perfurar poços horizontais, multilaterais e de grande afastamento lateral RETORNA PERFURAÇÃO DE POÇOS DIRECIONAIS PERFURAÇÃO DE POÇOS HORIZONTAIS RETORNA GEOMETRIA DE POÇOS HORIZONTAIS NÍVEIS DE JUNÇÃO DE POÇOS MULTILÁTERIS PERFURAÇÃO DE POÇOS DIRECIONAIS RETORNA TRASPORTE DOS CASCALHOS RETORNA BALANÇA DE LAMA RETORNA VISCOSÍMETRO MARSH MODO DE OPERAÇÃO Enche-se o funil com lama e mede-se o tempo de escoamento (s) de ¼ de galão (946 cm3). Por exemplo a viscosidade Marsh da água pura 20°C É de 26 segundos Marsh. RETORNA VISCOSÍMETRO FANN VISCOSIDADE PLÁSTICA (VP) em CP VP = leitura 600 rpm – leitura 300 rpm Limite de escoamento () = leitura 300 rpm – VP (lbf/100 ft2) RETORNA FILTRO PRENSA RETORNA CABEÇA DE POÇO Situação do revestimento de superfície após a cimentação Situação do revestimento de superfície após a instalação da cabeça de revestimento Cabeças do revestimento CABEÇA DE POÇO Carretel da cabeça do revestimento Cabeça do poço após instalação do carretel. CABEÇA DE POÇO Carretel da cabeça do tubing Cabeça do poço na fase final (antes da instalação da árvore de natal) RETORNA REVESTIMENTOS LINERS LINER RETORNA COLUNA DE PERFURAÇÃO RETORNA