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Geral
O Estado do Maranhão - São Luís, 25 de novembro de 2014 - terça-feira
Cresce número de mortes por
câncer do colo do útero no Brasil
Proporcionalmente ao número de mulheres, os óbitos caem 6,34% em 10 anos, aponta o Atlas de Mortalidade por Câncer do
Brasil; meninas que tomaram doses recomendadas contra o vírus HPV podem ser a primeira geração livre desse tipo de tumor
B
RASÍLIA - O número de
mortes por câncer do
colo do útero no país
aumentou 28,6% em 10 anos,
passando de 4.091 óbitos, em
2002, para 5.264, em 2012. Isso
é o que mostra o Atlas de Mortalidade por Câncer no Brasil,
publicação do Ministério da
Saúde e do Instituto Nacional
do Câncer (Inca) que será divulgado nesta semana.
O objetivo do documento é
auxiliar aos usuários, em especial os profissionais de saúde
pública, no planejamento e
avaliação das ações necessárias
à prevenção e ao controle do
câncer. Com a vacinação contra HPV, o Brasil pode ter sua
primeira geração de mulheres
livres deste tipo de câncer.
"Dentre todos os tumores, o
do colo do útero está entre os que
mais matam mulheres no Brasil.
Mas essa realidade pode mudar
se todas as meninas de 11 a 13
anos forem vacinadas contra o
HPV. Só a primeira dose não garante a imunização, é importante que os pais ou responsáveis levem suas filhas de 11 a 13 para tomar a segunda dose da vacina",
reforça o ministro da Saúde, Arthur Chioro. Ele alerta ainda a importância de as mulheres fazerem
o exame Papanicolau, que ajuda
a identificar e prevenir precocemente o câncer.
Mais mata mulheres - O levantamento mostra o câncer do colo do útero como o terceiro tipo
de câncer que mais mata mulheres no Brasil, atrás apenas do de
mama e de brônquios e pulmões.
Embora o número de óbitos te-
“
Agência Brasil
Mais
O HPV é um vírus transmitido
pelo contato direto com pele ou
mucosas infectadas por meio de
relação sexual. Também pode
ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Estimativas da Organização Mundial da Saúde indicam que 290
milhões de mulheres no mundo
são portadoras da doença,
sendo 32% infectadas pelos
tipos 16 e 18. Em relação ao
câncer do colo do útero, estudos
apontam que por ano 270 mil
mulheres, no mundo, morrem
devido à doença.
Dentre todos os
tumores, o do
colo do útero
está entre os
que mais
matam
mulheres no
Brasil. Mas
essa realidade
pode mudar
se todas as
meninas de
11 a 13 anos
forem
vacinadas
contra o HPV”
Arthur Chioro
Ministro da Saúde
O ministro Arthur Chioro destaca a inclusão da vacina contra o HPV
nha aumentado, o Atlas mostra
uma queda de 6,34% na taxa de
mortalidade, que é a proporção
do número de mortes para cada
grupo de 100 mil mulheres. Em
2002, foram registradas 5,04 mortes para cada 100 mil mulheres,
contra 4,72 mortes para cada 100
mil mulheres, em 2012. Os dados
são do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM).
Atento ao crescimento de
mortes de mulheres pelo câncer
do colo do útero, ao longo dos últimos anos, o Ministério da Saúde tem investido em ações de
prevenção e tratamento em todo
o país. Como o mais recente
avanço nessa área, o ministro da
Saúde, Arthur Chioro, destaca a
inclusão da vacina contra o HPV
(papilomavírus humano) - prin-
cipal causa de ocorrência do câncer do colo de útero - para meninas de 11 a 13 anos, no Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS). A
medida, em longo prazo, ajudará a mudar essa realidade de óbitos pela doença no país.
Vacina - Até o dia 21 deste mês,
2,4 milhões de meninas toma-
ram a segunda dose da vacina,
o que representa 49% do público-alvo formado por 4,9 milhões de meninas. Só a primeira dose não garante da imunização. Por isso, a segunda dose
é essencial para garantir a proteção contra a doença.
Cinco anos após a primeira
dose, as meninas precisam retornar aos postos de vacinação
para receber a dose de reforço,
garantindo a proteção por mais
tempo. Para receber a dose,
basta apresentar o cartão de vacinação ou documento de
identificação. Em 2015, a vacina passa a ser oferecida para as
adolescentes de 9 a 11 anos e
em 2016 às meninas de 9 anos.
Desde março de 2014, quando o SUS passou a ofertar a vacina gratuitamente, 4,8 milhões
de meninas de 11 a 13 anos receberam a primeira dose, o que
representa 97,7% do público-al-
SES realiza Semana de Auditoria SUS
Nestor Bezerra
Encontro trata da importância da gestão
de recursos para a melhoria dos serviços
em saúde destinados à população
A secretaria de Estado da Saúde
(SES) realiza até sexta-feira (28) a
"I Semana de Auditorias - SUS",
que trata da importância da
transparência e responsabilidade
da auditoria em gestão dos recursos para melhoria dos serviços
em saúde destinados à população. O evento, que está sendo
realizado no Hotel Veleiros, na
Ponta d'Areia, em São Luís, é destinado aos colaboradores da secretaria e de municípios maranhenses que aderiram à implantação de sistemas de auditoria
em saúde este ano, de acordo
com diretriz do Ministério da
Saúde (MS).
"Nós estamos debatendo a
legislação inerente ao sistema e
repassando o conhecimento técnico de modo que a auditoria seja um caminho fiscalizador para
a responsabilidade da aplicação
de recursos, e cumprimento de
demandas advindas de diversas
instancias", informou Socorro
Azevedo Veras, chefe Departamento de Auditoria do Sistema
de Saúde da SES. Participam do
evento como convidados representantes do Conselho Estadual
de Saúde (CES/MA) e do Conselho de Secretários Municipais de
Saúde (Cosems).
A semana de auditorias
ocorre após uma série de visitas
feitas por técnicos da SES em
municípios para conhecer a realidade do sistema de saúde.
Semana de Auditoria do SUS, promovida pela SES, foi aberta ontem
"Muitos municípios, incentivados pelo resultado da gestão estadual que já vem desenvolvendo este trabalho há bastante
Educa Mais Brasil oferece
24.700 bolsas para cursos
Além de São Luís,
outros 24 municípios
serão contemplados
pelo programa no MA
O Educa Mais Brasil, considerado o maior programa de inclusão
educacional do país, oferecerá, a
partir do ano que vem 24.700 bolsas de estudos (com descontos de
até 70%) para o Maranhão, nas
áreas técnicas, de graduação, pósgraduação, ensino básico e de
idiomas. De acordo com a direção do programa, além de São
Luís outros 24 municípios serão
contemplados.
O Educa Mais Brasil é o programa de bolsas de estudo do Instituto Educar. Ainda segundo a
gestão do programa, as vagas serão destinadas às pessoas cuja
condição social esteja abaixo da
média nacional ou considerada
insuficiente para o custeio do valor total dos cursos. Para efetuar a
inscrição, o candidato deve acessar o site: www.educamaisbrasil.com.br ou entrar em contato
com a central de atendimento: capitais e regiões metropolitanas
4007-2020 e demais localidades
0800 724 7202.
Cursos - A responsável pelo Setor de Marketing do Educa Mais
Brasil, Kátia Souza, informou que
para a habilitação em um dos
cursos o interessado deverá
preencher a ficha de inscrição no
site da empresa com dados pessoais socioeconômicos e estar fora do setor educacional há pelo
menos seis meses.
"Neste caso, não é necessária qualquer avaliação. Caso o
candidato atenda às expectativas, em termos de condições financeiras ou fora da escola nos
últimos seis meses, deverá estar habilitado a fazer e a garantir uma bolsa", disse.
Segundo a diretora de Expan-
são e Relacionamento do Educa
Mais Brasil, Andréia Torres, o objetivo da instituição - com a oferta das bolsas - é estimular a capacitação técnica e promover a melhoria do ensino, especialmente
em localidades cuja população tenha dificuldade de acesso à educação pública de qualidade. "Nosso objetivo é investir na formação
de indivíduos que vão construir
uma carreira e, certamente, farão
a diferença na consolidação de
um país mais justo e desenvolvido", explicou.
O Educa Mais Brasil contemplará com bolsas de estudo nos
cursos de graduação nove municípios maranhenses: Bacabal, Balsas, Grajaú, Imperatriz, Pedreiras,
Presidente Dutra, Santa Inês, São
Luís e Timon. Por meio dos cursos de pós-graduação, 10 cidades
serão beneficiadas: Açailândia,
Bacabal, Balsas, Brejo, Buriticupu, Grajaú, Imperatriz, Presidente Dutra, São Luís e Timon.
tempo, aderiram ao Sistema Nacional de Auditoria ( SNA) como
componente municipal. Em
razão disso, os municípios de-
vem sistematizar o trabalho de
auditoria, mudando a forma como vem sendo feito e estruturando o setor físico para
obtenção de melhores resultados", explicou Socorro Veras.
Outro ponto evidenciado pela
auditora é a integração durante
a semana dos participantes com
representantes de órgãos e instituições que fazem o controle social do sistema SUS, como o
Conselho de Saúde e ouvidoria
da SES, reguladores importantes
para aplicação de recursos, além
de assegurarem o direito e a oferta dos serviços em saúde.
"A oferta de serviços para a
população é referência para desenvolvermos nossas atividades
de auditoria, uma vez que dela
surge boa parte de denúncias e
reclamações que norteiam a
atuação fiscalizadora", explicou
Socorro Azevedo Veras.
vo. Seis meses depois, em setembro, essas meninas começaram a procurar as unidades básicas de saúde para a segunda
etapa da vacinação.
A vacina contra o HPV está
disponível nas 35 mil salas de vacinação do SUS. Recomendada
pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), ela gera proteção contra quatro subtipos da
doença (6, 11, 16 e 18), com 98%
de eficácia. Os subtipos 16 e 18
são responsáveis por cerca de
70% dos casos de câncer de colo
do útero e os subtipos 6 e 11 por
90% das verrugas anogenitais.
Segurança - Atualmente, a vacina contra HPV é utilizada como
estratégia de saúde pública contra o câncer do colo do útero em
mais de cem países, por meio de
programas nacionais de imunização. Estimativas indicam que,
até 2013, foram aplicadas cerca
de 175 milhões de doses em todo
o mundo. A sua segurança é reforçada pelo Conselho Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da Organização Mundial de
Saúde (OMS).
Tomar a vacina na adolescência é o primeiro passo de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do
HPV e do câncer do colo do útero. No entanto, a imunização não
substitui a realização do exame
preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. O
Ministério da Saúde orienta que
mulheres na faixa etária dos 25
aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, a cada
três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos.
Rápida
Falso médico
O Conselho Regional de
Medicina do Maranhão
(CRM/MA) denunciou às
promotorias e delegacias de
polícia das cidades de
Pindaré-Mirim, Bom Jardin e
Santa Inês a presença de um
falso médico, que usava o
nome e o CRM do Dr.
Humberto Carlos Vale
Feitosa, nessas cidades.
De acordo com o Conselho,
depois da denúncia o falso
médico não mais foi visto nas
cidades onde atua
ilegalmente. O presidente do
CRM/MA, Abdon Murad, disse
ontem que a entidade
mantém vigilância
permanente para impedir que
falsos médicos atuem no
interior. “É importante que a
população dosmunicípios
denuncie para evitar essa
irregularidade”, disse.
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