Ecomuseu de S. Pedro de Rates Olá, seja bem-vindo! E aceite o nosso convite para visitar testemunhos do passado agrícola de S. Pedro de Rates, uma das localidades de Entre Douro e Minho onde mais rápida e profundamente a paisagem rural se alterou. Conduzi-lo-emos pelo vale – onde a terra é fértil, onde a água brota, e onde, por isso, se estabeleceram as casas de uns quantos (poucos) grandes lavradores – e pela encosta, em cujo território, pobre e baldio, se radicaram aqueles cuja riqueza maior era a prole numerosa, que “servia” nas casas de lavoura como trabalhadores rurais ou como pedreiros de xisto. Se no vale estavam plantados alguns moinhos de água, era sobretudo no Monte que os moinhos de vento trituravam o grão. Se no vale brotava a água (na Granja, na Fonte Antiga, na Fonte de S. Pedro, no Gorgolito, no Vale Maior…), era aí que as mulheres e as crianças do Monte vinham, ao fim da tarde, buscála, em cântaros. E era nos lavadouros que todos, os do vale e os do Monte, se encontravam. A fertilidade do vale e a avareza do Monte, a abundância de poucos e a penúria de muitos, as casas grandes de alguns e os casebres da maioria – enfim, o vale e a encosta entendidos como formas opostas de uma comum e desigual pertença à mesma Terra, num contraste e complementaridade que são fundamentais para um retrato autêntico (humanizado) de S. Pedro de Rates. Por isso, e logo após a indispensável visita à Igreja Românica (séc.XI-XII), convidamo-lo a caminhar: entre na Praça – olhe-a bem: o conjunto e, particularmente, a Capela (barroca), a antiga Câmara e o Pelourinho – e avance pela Rua Direita até à Fonte de S. Pedro; subindo, e após passar a Casa Mattos (turismo rural), estará a caminho do Largo de Santo António, espaço de devoção e de festa de uma comunidade cuja economia estava ligada à criação de animais; aqui chegado, entre na Casa de Lavrador, onde a eira, o espigueiro e outros espaços recriarão o ciclo dos cereais e do linho; desça o caminho da Fonte Antiga e do seu lavadouro – que serviram a população do Centro Histórico; avance agora pelo caminho tradicional da Via-sacra (cujas estações estão assinaladas por Cruzeiros) até ao Moinho de Vento, onde os grãos do milho, do trigo e do centeio vão voltar a fazer farinha; mais abaixo encontrará um Parque de Merendas – ocasião para uma pausa, antes da incursão na Fonte do Pedro, um belíssimo espaço natural que acolhe uma das lendas fundadoras da cultura ratense – a da Moura Encantada, só presente em sítios carregados de história; o passo seguinte é a Fonte da Granja, a mais abundante (matava a sede, regava os campos, lavava a roupa) – e, quando o regato próximo ajudava, até trabalhava o pequeno moinho da família que, morando ao lado, passou a assinar-se “da Fonte”; continuando no vale, o destino é agora a Azenha do Pego, um edifício onde se moía grão e se serrava madeira – tudo por tracção hidráulica. E, depois, caminhando nas margens ou sobre a antiga via-férrea, o viandante tem de frente a lonjura do vale fértil – e a razão primeira por que, à sombra tutelar do Mosteiro, o casario sempre respeitou o solo: porque este, dando pão, era sagrado. Foi em torno destes itinerários do pão e da água que construímos, no cenário de um distante passado, o ECOMUSEU DE S. PEDRO DE RATES, assente num conceito amplo de património – que não é só a Igreja Românica e o Centro Histórico, ou o caminho de peregrinação a Santiago de Compostela, ou as culturas do linho, do pão e do vinho, ou a cor e a arte do xisto e da arquitectura rural, ou os moinhos de água e de vento, mas também os instrumentos tradicionais de trabalho, a festa ao Senhor dos Passos, os trajes, as danças e os cantares, a paisagem rural - enfim, tudo isso que, integradamente, deve ser preservado e valorizado, porque tudo define e afirma a identidade cultural de S. Pedro de Rates. O percurso que convidamos a fazer tem oito quilómetros de extensão. E se, entre algumas estações, o automóvel pode auxiliar a visita, é a pé – garantimos isso! – que ela saberá melhor: ao prazer espiritual da descoberta juntará o prazer físico da caminhada. Aconselhamos calçado desportivo – ou outro, adequado a um piso nem sempre regular – e roupa própria da época. Uma garrafa de água será conveniente, se bem que encontre locais onde matar a sede e reconfortar o estômago. Boa caminhada! Dr. Armindo Ferreira Comissão de Honra D. Jorge Ortiga – Arcebispo Primaz de Braga Dr. José Macedo Vieira – Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim Dr. Luís Diamantino Batista – Vereador do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim Dr. Afonso Oliveira – Vereador do Pelouro do Turismo da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim Pe. Manuel Sá Ribeiro – Arcipreste de Vila do Conde/Póvoa de Varzim Pároco de S. Pedro de Rates Dr. Armindo Ferreira – Presidente da Junta de Freguesia de Rates Direcção Artística José Abel Carriço Organização Conselho Pastoral Paroquial de S. Pedro de Rates Junta de Freguesia de Rates Agradecimentos Câmara Municipal da Póvoa de Varzim Comissão Bracarense de Música Sacra Associação Pró-Música da Póvoa de Varzim Paróquia de Terroso – Póvoa de Varzim Paróquia da Matriz de Vila do Conde Paróquia de S. Pedro de Rates – Póvoa de Varzim Paróquia de S. Simão da Junqueira – Vila do Conde Apoios Câmara Municipal da Póvoa de Varzim Turismo de Portugal Associação Pró – Música da Póvoa de Varzim A Voz da Póvoa O Comércio da Póvoa de Varzim Póvoa Semanário Rádio Mar Rádio Onda Viva Diário do Minho Meloteca 3 Saudação S aúdo o 6º Ciclo de Música Sacra da Igreja Românica de S. Pedro de Rates, que desde a primeira hora o município da Póvoa de Varzim tem apoiado. A Igreja de Rates é, por excelência, local para estas iniciativas de apresentação e fruição da grande música – veja-se como ela enche em cada jornada do Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim; mas é também, e antes de mais, o cenário onde melhor soam certas melodias de inspiração assumidamente sacra, que aquelas paredes certamente ouviram muitas vezes, ao longo dos séculos em que foram testemunhas privilegiadas de um génio criativo que então quase só tinha expressão nas igrejas e nos mosteiros. Regressar ao passado, e fazê-lo no cenário adequado, é, nos dias que passam, uma necessidade crescente, tantos são os ensinamentos que aí podemos colher, particularmente em tempos de dificuldade. Esta iniciativa parece-me igualmente importante enquanto expressão de uma política de descentralização da actividade cultural. Não é só a população local que usufrui de um bem que por norma só está disponível nos centros urbanos; é também a população destes que se desloca ao meio rural, onde tem a rara oportunidade de associar a música à beleza do conjunto arquitectónico que a acolhe. (Que Rates é, não duvidem, um dos espaços onde história e arquitectura melhor coabitam, fora dos grandes destinos turísticos). Quero, por tudo, felicitar quem localmente suporta, nos planos institucional e logístico, esta meritória iniciativa. E quero, do mesmo modo, salientar a qualidade artístico-cultural da programação, cuja abrangência temática é certamente razão forte para o crescente sucesso da iniciativa. Póvoa de Varzim, Abril de 2011 O Presidente da Câmara Municipal José Macedo Vieira 4 Testemunho E aqui está a 6ª edição do Ciclo de Música Sacra (da Igreja Românica) de S. Pedro de Rates – uma iniciativa em que, há 6 anos, poucos acreditavam, mas que, firmemente, foi fazendo o seu caminho até se firmar (e afirmar) como um projecto cultural bem sucedido. Do tímido esboço, da quase provocação, da aparente aventura inicial até à certeza sensata e apetecida de hoje vai o tamanho do sonho que o Prof. José Abel Carriço ousou apresentar às entidades que localmente o abraçaram – a Junta de Freguesia e o Conselho Económico Paroquial – e a ele se associaram (o município da Póvoa de Varzim e algumas entidades privadas). A presente situação de crise económico-financeira (de que a cultura é, em geral, a primeira vítima) não se atreveu a calar estas sonoridades – que, por intemporais, já venceram inúmeras outras situações de aflição, e sabem, por isso, e melhor que ninguém, adaptar-se às circunstâncias e ultrapassá-las. (Aliás, sabem até ajudar a ultrapassar estas contingências – e estará aqui certamente um dos mais fortes contributos da cultura, e particularmente da música, para vencer as dificuldades da actual conjuntura. Não é o contributo da música, e da arte e da cultura em geral, para a fuga à realidade – é exactamente o contrário: a companhia da arte e da cultura em geral, e particularmente da música, no combate às agruras que a vida, sempre e particularmente em tempo de crise, nos coloca). A expectativa é, pois, muito alta: ver crescer, cada domingo, o número daqueles que, ao fim da tarde, buscarão a ajuda destas sonoridades para enfrentarem com renovado entusiasmo os desafios de uma semana de trabalho. S. Pedro de Rates, Abril de 2011 O Presidente da Junta, Armindo Ferreira 5 Nota de Abertura C om esta Nota de Abertura, vimos apresentar um novo encontro com a arte musical, num espaço onde a religiosidade se respira a partir da vetusta história da Igreja Românica de Rates. Após um percurso de sucesso, pautado pela qualidade, este ano, acontece o VI Ciclo de Música Sacra da Igreja Românica da Vila de São Pedro de Rates, mantendo os objectivos que justificam a sua realização, com os quais se procura partir da formação e audição, para uma prática mais dignificante no domínio da música sacra e litúrgica. Por isso, vamos procurar dar continuidade à apresentação de admiráveis páginas que, em nome de Deus, se foram criando, obras musicais de rara beleza que testemunham a herança dos mais consagrados compositores. A vivência da música sacra é uma «experiência espiritual» que nos transmite a «alegria de Deus», como afirmou o Papa Bento XVI, em Roma, no seu comentário a um dos concertos da Capela Sistina. Como as vivências se moldam às pessoas, admitindo-se a diversidade de situações, este Ciclo de Música Sacra tem-se tornado um momento dessa expressão jubilar, congregando intérpretes em partilha com os que se procuram enriquecer, espiritualmente, com a música, enquanto arte e meio de louvor. Em edições anteriores, com base nos textos mais glorificantes, têm soado as notas mais sagradas e as frases musicais mais sublimes, que os Mestres da Música Sacra escreveram para os vários momentos litúrgicos. Na programação da 6ª edição que preenche o mês de Maio/2011, estão incluídas: as Conferências sobre A Música Sacra entre a reforma tridentina e a estética do barroco (dia 01) e sobre Os Ministérios da Música na Liturgia Cristã de Hoje. Perspectiva teológica, litúrgica, pastoral e musical (dia 21); os Concertos, cuja temática versa O Magnum Mysterium (dia 8), O Canto Gregoriano no Louvor Cristão (dia 15), Polifonia Ibérica entre os séculos XIV e XVIII (dia 22) e A Música no cerimonial Religioso (dia 29); o Encontro de Coros Paroquiais (dia 6) e o 5.o Curso de Direcção Coral e Técnica Vocal (dias 20, 21 e 22). A música sempre foi e será uma das melhores maneiras de exteriorizar e de expressar sentimentos que existem no nosso interior: alegria, saudade, amor, louvor, fé, etc... Assim, porque faz parte da nossa vida, a música também nos transforma com as suas mensagens, sons e melodias. A vida “afinada” transborda, serenidade, um perfeito equilíbrio interior. Por isso, com esta programação, propomos que todos procurem encontrar algo diferente, mais do que um simples concerto, para que nos elevemos numa alegria renovada. Torna-se importante que nos sintamos convidados a ouvir e que, com essa audição, possamos obter um contributo para o aprofundamento da nossa relação com Deus. Finalmente, deixo expresso o meu voto de gratidão a todos os que, de forma mais activa ou passiva, tornam estes momentos possíveis, como uma rica oportunidade de crescimento humano. S. Pedro de Rates, Abril de 2011. O Pároco de S. Pedro de Rates, Pe. Manuel de Sá Ribeiro 6 Programação geral Conferência: «A Música Sacra entre a reforma tridentina e a estética do barroco». Prof. Doutor José Maria Pedrosa (Univ. de Coimbra) 01 de Maio (Domingo) 18.30 horas Igreja Românica de Rates A Música nas celebrações litúrgicas do Arciprestado de Vila do Conde/Póvoa de Varzim. Encontro de coros paroquiais: Grupo Chorus X da Paróquia de S. João Baptista (Matriz) – Vila do Conde Grupo Coral do Coração de Jesus da Paróquia de Terroso – Póvoa de Varzim Grupo Chorus XI da Paróquia de Aguçadoura – Póvoa de Varzim Grupo Coral Paroquial de S. Pedro de Rates – Póvoa de Varzim 06 de Maio (Sexta-feira) 21.30 horas Igreja Românica de Rates O Magnum mysterium Grupo Vocal e Instrumental La FARSA Luis Toscano | Direcção musical 08 de Maio (Domingo) 18.30 horas Igreja Românica de Rates O Canto Gregoriano no Louvor Cristão Coro Gregoriano de Penafiel Ana Marjorie Pérez | Direcção musical 15 de Maio (Domingo) 18.30 horas Igreja Românica de Rates 7 V Curso de Direcção Coral e Técnica Vocal Dr. António Mário Costa (Univ. Católica – Porto) 20, 21 e 22 de Maio Ver anexo (páginas 40 a 42) Conferência: «Os Ministérios da Música na Liturgia Cristã de Hoje. Perspectiva teológica, litúrgica, pastoral e musical». Prof. Doutor José Paulo Antunes (Univ. Católica – Porto) 21 de Maio (Sábado) 21.30 horas Igreja Românica de Rates Polifonia Ibérica entre os séculos XIV e XVIII Grupo Vocal “Solo Voces” (Lugo – Espanha) Fernando G. Jácome | Direcção musical 22 de Maio (Domingo) 18.30 horas Igreja Românica de Rates A Música no Cerimonial Religioso Coral “ENSAIO” e Grupo Instr. da Escola de Música da Póvoa de Varzim José Abel Carriço | Direcção musical 29 de Maio (Domingo) 18.30 horas Igreja Românica de Rates 8 Conferência: «A Música Sacra entre a reforma tridentina e a estética do barroco». «As reformas inconclusivas do Concílio de Trento (15451563) sobre a Música Litúrgica conduziram a uma prática por um lado confusa e por outro esplendorosa da grande música sacra no Ocidente. Se a reforma do canto gregoriano não surtiu o efeito desejado, levando mesmo a uma liberdade mal utilizada e prejudicial para a pureza do mesmo, já a adopção de novas técnicas e de novas formas na composição levaram ao florescimento de uma música de espectáculo a condizer com o gosto dominante das classes privilegiadas da sociedade. Tudo isto aconteceu com a complacência da Igreja, pese embora as incessantes regras de contenção por parte dos Papas.» 01 de Maio (Domingo) 18.30 horas Igreja Românica de Rates Prof. Doutor José Maria Pedrosa (Universidade de Coimbra) José Maria Pedrosa é natural de Guimarães, concluiu os cursos de Filosofia e Teologia, estudou Pedagogia, Didáctica Musical e Direcção Coral, diplomou-se em Piano no Conservatório de Música do Porto, fez a licenciatura em Ciências Musicais na Universidade Nova de Lisboa e obteve o grau de doutoramento em Ciências Musicais Históricas na Universidade de Coimbra. A partir de Janeiro de 1987 acumulou a docência na Universidade Nova de Lisboa e no Conservatório Nacional com o cargo de assessor de João de Freitas Branco na direcção artística e de produção do Teatro Nacional de S. Carlos. Da sua actividade pedagógica, sobressai a direcção de coros e a produção e dinamização musical, aos mais diversos níveis. Como comunicador, é chamado frequentemente a falar, em Portugal e no estrangeiro, sobre música histórica portuguesa. Participante 9 assíduo em congressos das mais diversas áreas, escreveu numerosos artigos publicados em actas e revistas da especialidade. É autor de O Teatro Nacional de S. Carlos – Guia de Visita, 1991, de Fundo Musical da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, 1995, Carlos Seixas, de Coimbra (coord), 2004, O Canto da Paixão nos Séculos XVI e XVII: A Singularidade Portuguesa, 2006, e Cerimonial da Capela Real: Um Manual Litúrgico de D. Maria de Portugal (1538-1577) Princesa de Parma, 2007. Integrou o quadro de nomeação definitiva da Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa, é professor auxiliar convidado com agregação na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde foi director do Mestrado em Ciências Musicais e onde é responsável pela área de Música do 1.o e 2.o ciclos do Ensino Superior em Estudos Artísticos. Com investigação musicológica nos principais arquivos musicais portugueses, é investigador do Centro de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Nos seus projectos a breve prazo, figuram a publicação de várias obras de obras de musicologia histórica portuguesa dos séculos XV e XVI bem a tradução de textos medievais relacionados com a música. 10 A Música nas celebrações litúrgicas do Arciprestado de Vila do Conde/Póvoa de Varzim. Encontro de Coros Paroquiais: 06 de Maio (Sexta-feira) 21.30 horas Igreja Românica de Rates I António Cartageno (1946) Bendito sejas, Senhor A nossa Páscoa Filipe Reis Teixeira Kyrie Ave Maria James Chapponis Festival Alelluia Grupo Chorus X da Paróquia da Matriz de Vila do Conde Filipe Reis (Dir.) II Nicolas Kedroff (1871-1954) Pater Noster (Tradicional de Serpa) harm. de Eurico Carrapatoso (1962) Lírio roxo Edward Elgar (1857-1934) Ave Maria, Op 2, N.o 2 (Tradicional Irlandês) Aleluia Grupo Coral do Coração de Jesus da Paróquia de Terroso Tiago Carriço (Dir.) 11 III Joaquim Santos (1936-2008) Somos testemunhas do mundo novo Vós que me seguistes Tomai, Senhor, e recebei Por Vós suspira a minha alma Levanto os meus olhos Grupo Chorus XI da Paróquia de Aguçadoura Eduardo Carvalho (Dir.) IV Francesco Rosselli (c. 1520) Adoramus Te Manuel Faria (1916-1983) Crux fidelis José Abel Carriço (1957) Via Sacra – Encontro António Cartageno (1946) Jesus está vivo (Popularizado) – Harm. de A. Oliveira (1946) Aleluia. Já Cristo ressuscitou Grupo Coral Paroquial de S. Pedro de Rates José Abel Carriço (Dir.) 12 Chorus X – Igreja Matriz de Vila do Conde foi fundado no dia 8 de Dezembro de 2004 com a colaboração de Filipe Reis Teixeira, que exerce a função de Director Artístico até à presente data. O grupo tem como principal função a animação da Eucaristia Dominical das 10h00. Na sua formação vocal e técnica, o Grupo Coral X, frequentou o IV Curso de Técnica Vocal do Ciclo de Música Sacra da Igreja Românica de Rates. O Grupo, colaborou na animação musical das Festas de São Donato nos anos de 2006 e de 2007, abrilhantou algumas Eucarísticas Festivas de Associações Vilacondenses e, ao longo destes anos, tem animado diversas Eucaristias Matrimoniais. Em 2007, participou no concerto The Church in concert, na Igreja da Ordem Terceira de S. Francisco de Azurara. No dia 10 de Agosto de 2010, teve a participação especial, com o Grupo Coral de Santa Clara, no concerto do Quinteto Prestíssimo, intitulado Concerto de Santa Clara, realizado nos Claustros da Igreja do Mosteiro da mesma, em Vila do Conde. No dia 2 de Janeiro de 2011 animou, em conjunto com o Quinteto Prestíssimo, a Eucaristia transmitida pela RTP1 e, nesse mesmo dia, participou no Concerto de Natal em Várzea – Barcelos. No dia 8 de Maio irá participar, no Santuário do Sameiro, em Braga, no encontro de coros, integrado nas comemorações do 24.o aniver13 sário de existência do Grupo Coral de Nossa Senhora do Sameiro e no Ciclo de Concertos Musicais que a Confraria de Nª Sª do Sameiro está a levar a cabo, ao longo deste ano, para a angariação dum novo órgão para a Basílica; o órgão que acompanhou as celebrações presididas pelo Papa Bento XVI, aquando da sua visita a Portugal, em Lisboa e no Porto. Filipe Reis Teixeira nasceu em Vila do Conde. Iniciou os seus estudos musicais na Escola de Música do Rancho do Monte na classe de Guitarra Clássica do professor Aires Pinheiro. Mais tarde ingressou na Academia de Música S.Pio X de Vila do Conde na classe de Piano da professora Enóe Ferrão. É finalista da licenciatura em Educação Musical na Escola Superior de Educação Jean Piaget e frequenta o curso livre de canto na Escola de Música da P. de Varzim com a professora Ana Rute Rei. Orienta o grupo coral infanto-juvenil do GDC de Azurara onde, primeiramente, assumiu a direcção artística musical do projecto “Alicearte”, e o Chorus X – Igreja Matriz e do Grupo Coral de Santa Clara – Vila do Conde. Desde 2009, é elemento do Quinteto Prestísimo, sendo um dos fundadores. Em 2010, frequentou o 4.o Curso de Direcção Coral e Técnica Vocal promovido pelo Ciclo de Música Sacra da Igreja Romântica de Rates sob a orientação do Prof. António Mário Costa. No presente ano lectivo, lecciona a disciplina de Educação Musical no Agrupamento Afonso Betote – Vila do Conde e, é professor na Escola de Musica de Lavra – Matosinhos. O Grupo Coral do Coração de Jesus de Terroso nasceu em 2003, fruto da necessidade de animar as Eucaristias nas primeiras sextas-feiras de cada mês, no âmbito de uma das actividades da catequese, a “Devoção ao Coração de Jesus”. Constituído por adolescentes que frequentam desde o 7.o ao 10.o ano de catequese, seus pais, e catequistas. Já participou no III Encontro de Coros “Concerto de Reis” realizado na Igreja Paroquial de Terroso, em Janeiro de 2007 e no “2.o Ciclo de Música Sacra” na Igreja Românica de S. Pedro de Rates, na semana Missionária de Betânia em Outubro de 2010 e 2011 e no concerto de Natal em Terroso. 14 A direcção técnica deste grupo coral é da responsabilidade de Tiago Carriço, que conta com Marisa Molho, no violino, Luís Pontes no piano, João Paulo, na viola dedilhada e André Carriço no violoncelo. Chorus XI é um coro que tem como actividade principal a animação de uma missa dominical na paróquia de Aguçadoura, sendo o seu reportório essencialmente Sacro. 15 A sua origem remonta ao início dos anos 90 tendo atingido a formação actual em 1999 sob a direcção de Eduardo Carvalho. Na sua formação vocal e técnica o Chorus XI frequentou um Workshop de Canto na Casa da Música do Porto e o II Curso de Técnica Vocal do Ciclo de Música Sacra da Igreja Românica de Rates. Actuou nos encontros de coros do 1.o e 3.o Ciclos de Música Sacra da Igreja Românica de Rates e em vários encontros de coros na Diocese. Organiza o Concerto de Natal Puer Natus Est na sua paróquia. Eduardo Carvalho iniciou os seus estudos musicais na Acad. de Música S. Pio X, em Vila do Conde. Leccionou em várias escolas do 2.o Ciclo do Ensino Básico em Vila do Conde e Póvoa de Varzim. Desde o início dos seus estudos musicais que está ligado à Música Coral na sua paróquia. Estudou Direcção Coral com os professores António Mário Costa, Emanuel Pacheco, Fernando Marinho e Paulo Bernardino e Técnica Vocal e Reportório com as professoras Cristina Gonçalves e Filipa Lã. Frequentou o II Curso de Direcção Coral do Ciclo de Música Sacra da Igreja Românica de Rates e o Curso Nacional de Música Litúrgica em Fátima. É professor de Educação Musical do 1.o Ciclo do Ensino Básico. O Grupo Coral Paroquial de S. Pedro de Rates aponta a sua data de fundação para os finais do século XIX, ao tempo em 16 que era Pároco o P.e Celestino Praça. Por volta do ano 1920, sofreu um desenvolvimento considerável mercê do grande impulso dado pelo Pároco e seu Director, P.e Arnaldo Moreira, já conceituado músico, autor e compositor, desenvolvendo durante várias décadas o apostolado musical, sendo chamado a solenizar muitos actos litúrgicos, quer em Rates, quer em muitas terras vizinhas. Na altura o Grupo era composto por vozes femininas, excepto nas cerimónias dos Passos, em que recebia a ajuda de várias vozes masculinas. No início dos anos sessenta, o então Pároco, P.e Eduardo Campos, na sequência das solenidades dos Passos e Semana Santa, manteve o Grupo permanentemente misto, tal como é hoje. O Grupo Coral Paroquial de S. Pedro de Rates tem participado em vários Encontros de Coros, nomeadamente na homenagem ao P.e Arnaldo Moreira, em Rates; nas comemorações dos 500 anos da Igreja Matriz de Vila do Conde; no Encontro de Coros organizado pelo 1.o Grupo de Companhias da Administração Militar, em Beiriz; nos Encontros de Coros Paroquiais realizados com o Ciclo de Música Sacra da Igreja Românica de Rates, e outros. Em Rates, soleniza vários actos religiosos, como as Missas Dominicais, Casamentos e Celebração dos Passos e Semana Santa. Ao longo de vários anos foi dirigido pelo Pároco, P.e Manuel de Sá Ribeiro, e, desde Novembro de 2008, a sua direcção ficou a cargo de José Abel Carriço. 17 O Magnum mysterium 08 de Maio (Domingo) 18.30 horas Igreja Românica de Rates Tomás Luis de Victoria (1548-1611) O magnum mysterium (Motete) Da Missa O magnum mysterium Kyrie Gloria Francisco Guerrero (1528-1599) Niño Dios Tomás Luis de Victoria (1548-1611) Et Jesum (solo de vihuela) Tomás Luis de Victoria (1548-1611) Da Missa O magnum mysterium Credo Pedro de Cristo (c. 1550-1618) Ai mi Dios Tomás Luis de Victoria (1548-1611) Ni temeas Maria (solo de vihuela) Pedro de Cristo (c. 1550-1618) Hodie nobis de caelo Tomás Luis de Victoria (1548-1611) Da Missa O magnum mysterium Sanctus Francisco Guerrero (1528-1599) Los Reyes siguen la estrella Pedro de Cristo (c. 1550-1618) O magnum mysterium Tomás Luis de Victoria (1548-1611) Da Missa O magnum mysterium Agnus Dei Grupo Vocal e Instrumental “La FARSA” Eva B. Simões (Cantus), João A. Carvalho (Tenor), Tiago Matias (Bassus e Vihuela), Luís TOSCANO (Altus) | Direcção musical 18 La Farsa é um Grupo fundado por Luís Toscano e Tiago Matias em Outubro de 2006, no contexto da disciplina de Música de Câmara do Mestrado em Música da Universidade de Aveiro. Tem como propósito central a abordagem prática do vastíssimo repertório para voz solista e instrumento de corda pulsada (com particular incidência nos períodos Renascentista e Barroco), fundamentando as suas apresentações públicas nas mais recentes e rigorosas tendências de praxis interpretativa, através de um contínuo trabalho de investigação de natureza musicológica. La Farsa teve já o privilégio de trabalhar com Vasco Negreiros, António Salgado, Cristina Miatello e Juan Carlos Rivera. Fez a sua estreia em Junho de 2007, no IV Encontro de Música Antiga de Tentúgal. Desde então, tem participado em diversos Festivais Internacionais de Música por todo o país, marcando igualmente presença assídua em transmissões radiofónicas pela RDP – Antena2. Na actividade regular do grupo La Farsa, é também assinalável o trabalho de natureza didáctica que tem desenvolvido junto de Conservatórios e Escolas de Música nacionais. 19 Luís Filipe Alvarez Toscano é natural de Coimbra, iniciou a sua actividade musical no Coro dos Pequenos Cantores de Coimbra e prosseguiu estudos de Canto no Conservatório de Música da mesma cidade. Integrou o Orfeon Académico de Coimbra e o Ensemble de Plectro Carlos Seixas. Fundou, com Tiago Matias, o grupo La Farsa, cuja actividade se centra no estudo e interpretação de repertório para voz e instrumentos de corda pulsada. É elemento do Grupo de Fado Aeminium, da Capela Gregoriana Psalterium, do Vocal Ensemble, da Cappella Musical Cupertino de Miranda, do Mercurius Company, da Capella Duriensis e do Coro Casa da Música. Trabalhou com os Maestros Paul Hillier, Laurence Cummings, James Wood, Simon Carrington, Jonathan Ayerst, Andrew Parrott, Antonio Florio, Owen Rees, Graham O’Reilly, José Firmino, Alberto Seiça, Borges Coelho e Vasco Negreiros, e com os Professores Isabel Melo e Silva, António Salgado, Laura Sarti, Cristina Miatello, Jill Feldman (canto), Juan Carlos Rivera, Ketil Haugsand, Wieland Kuijken e Ana Mafalda Castro (música de câmara). Foi bolseiro da FCT para um projecto de investigação, edição e interpretação de música portuguesa dos séculos XVI a XVIII, desenvolvido no CITAR da Universidade Católica Portuguesa – Porto e coordenado pelo Prof. Doutor José Abreu. Colabora regularmente com a Casa da Música e o Centro Cultural de Belém na redacção de notas de programa. É Licenciado em Economia pela Universidade de Coimbra e Mestre em Música pela Universidade de Aveiro, tendo centrado a dissertação na performance de música ibérica do século XVI. João André Carvalho iniciou os estudos musicais na Escola Diocesana de Música Sacra de Coimbra, concluindo o curso em 2002. Na mesma escola, concluiu um Curso de Direcção Coral, sob orientação de Artur Pinho. Entrou para o curso de Canto do Conservatório de Música de Coimbra, para a classe da Profª. Joaquina Ly, vindo a concluir os estudos de Formação Musical e de Canto (Tenor) em 2007. Frequentou também o curso de Órgão na mesma instituição, tendo como professores José Carlos Oliveira e Rosa Amorim Resende. É licenciado em Música – área vocacional de Direcção, Teoria e Formação Musical pela Universidade de Aveiro e frequenta actualmente o Mestrado em Música para o Ensino Vocacional na mesma instituição. Foi professor de Formação Musical e Coro na Escola de 20 Artes da Bairrada e de Ensino da Música nas Actividades de Enriquecimento Escolar do 1.o ciclo em escolas de Coimbra e Aveiro. Actualmente, é professor de Formação Musical na Escola de Música São Teotónio, em Coimbra. Frequentou Cursos de Aperfeiçoamento de Canto e Técnica Vocal com os professores António Salgado, Ana Ester Neves, Claire Vangelisti e Vianey da Cruz. É membro da Capela Gregoriana Psalterium e do Vocal Ensemble, e tem colaborado com os grupos Ensemble Vocal ADARTE, Coro Orquestra Clássica do Centro, chefe de naipe dos tenores, e ainda Ensemble Joanna Musica, grupo com o qual gravou e editou um CD com uma missa recém descoberta do compositor barroco David Perez. Colabora ainda frequentemente com o grupo La Farsa. Dirigiu o Coro Litúrgico de Santa Clara (Coimbra) entre 2005 e 2007, desempenha o cargo de organista. Trabalhou com os maestros António Lourenço, António Saiote, J. Ferreira Lobo, Vasco Negreiros, Alberto M. Seiça, Paulo Bernardino, Isilda Margarida e Mário Trilha. Eva Braga Simões é natural de Braga, Eva Braga Simões iniciou os seus estudos musicais aos 6 anos no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga, onde estudou piano e flauta e onde veio a concluir o curso complementar de Canto. Licenciou-se em Canto pela Universidade de Aveiro, no âmbito da qual foi distiguida com uma bolsa de mérito. Em 1997 participou na estreia absoluta de Carmen Fatimal do compositor Joaquim dos Santos, em Fátima e em 1999 participou como solista na peça de teatro A Soberba, no Museu D. Diogo de Sousa e no Museu dos Biscainhos de Braga, sob a direcção do actor/encenador António Fonseca. Estreou-se no domínio da ópera em 2003 na ópera Dido e Aeneas de Henry Purcell sob a direcção do maestro Cesário Costa. Participou na ópera Vénus e Adónis de John Blow e na cantata encenada L’Enfant Prodigue de Claude Debussy. Interpretou o papel de Bessie, em Mahagonny Songspiel de Bertolt Brecht e Kurt Weill no Auditório Ilídio Pinho na Universidade Católica Portuguesa, e no Museu do Carro Eléctrico no Porto, sob a direcção do maestro António Saiote. Participou ainda como solista na estreia nacional de Yukio Mishima, uma produção de Kazimir Kolesnik e Adam Darius realizada no Auditório de Serralves no Porto, e no Teatro Diogo Bernardes em Ponte de Lima. Apresentou-se em recitais com o cravista Júlio Galvão Dias e com os organistas Tiago Ferreira e Giampaolo di Rosa, 21 nomeadamente no I Festival Internacional de Órgão Ibérico, recital transmitido no programa Grande Auditório da RDP – Antena 2. Apresenta-se regularmente em concertos de oratória, tendo interpretado como solista, entre outras, Salve Regina e Stabat Mater de G.B.Pergolesi sob a direcção do maestro Cesário Costa, Magnificat e Oratória de Natal de J.S.Bach, Glória de Vivaldi, Requiem, Missa da Coroação, Missa Brevis em Fá M KV92 e Missa Brevis em Ré m KV65 de W.A.Mozart, Requiem de Maurice Duruflé, Dixit Dominus e Gloria em Si b M de Händel, The Ecstasies Above de Tarik O’Regan sob a direcção de Simon Carrington, Magnificat, Passio e Nunc Dimittis de Arvo Pärt, A Ceremony of Carols de Benjamin Britten e NachtWach de Wolfgang Rihm sob a direcção de Paul Hillier. Recentemente tem-se dedicado à interpretação de música antiga. Já trabalhou com Graham O’Reilly, Peter Philips, J. Luís Borges Coelho, Vasco Negreiros, Rainer Zipperling, Ketil Haugsand, Andrew Parrott, Antonio Florio e Laurence Cummings, e participou no Encontro de Música Antiga de Tentúgal, Fest. Intern. de Música de Coimbra, Festivais de Outono (Aveiro), Cistermúsica (Alcobaça), Fest. de Música da Primavera (Viseu), Fest. de Música Antiga de Ubeda e Baeza (Espanha), VII Rasegna Musical (Suiça), entre outros. Trabalhou técnica vocal com os professores António Salgado, Peter Harrison, Palmira Troufa, Sara Braga Simões, José Oliveira Lopes, Ana Ester Neves, Laura Sarti, Patrícia MacMahon e Jill Feldman. É membro do Vocal Ensemble, da Cappella Musical Cupertino de Miranda, do Ensemble Lusitania, da Capella Duriensis, de Mercurius Company (UK) e colabora regularmente com o grupo La Farsa, cuja actividade se centra no estudo e interpretação de repertório para voz e instrumentos de corda pulsada (com particular incidência nos períodos Renascentista e Barroco), fundado por Luís Toscano e Tiago Matias. É solista do Coro Casa da Música do Porto sob a direcção do maestro Paul Hillier. Tiago Matias é natural de Aveiro, finalizou em 2002 o Curso Complementar de Guitarra Clássica no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Aveiro, nas classes de João Moita e Carlos Abreu, obtendo a classificação de 20 valores no exame final de Guitarra. Concluiu em 2005 a licenciatura em Guitarra na Escola Superior de Música de Lisboa, nas classes de António Jorge Gonçalves (Guitarra) e de Stephen Bull (Música Antiga) e Olga Pratts (Música de Câmara). 22 Como bolseiro do programa Erasmus, estudou no Real Conservatório Superior de Música de Madrid durante o ano lectivo 2003/2004, na classe do Professor Manuel Estevez. Estudou sob orientação de Dejan Ivanovic durante o ano lectivo de 2000/2001. Frequentou diversos cursos de guitarra com Paulo Vaz de Carvalho, Jozef Zsapka, Fábio Zanon, Alex Garrobé, Ricardo Gallén, Jose Luis Rodrigo, entre outros, de instrumentos antigos de corda pulsada com Hopkinson Smith, Juan Carlos Rivera e Xavier Díaz, e de direcção coral com Artur Pinho, Edgar Saramago e Vasco Negreiros. Recebeu o 3.o prémio no 2.o Concurso Legato de Guitarra Clássica, realizado no Porto em Novembro de 2000. Em Agosto de 2004, no decorrer do XLII Curso Universitário Internacional de Música Espanhola “Música en Compostela”, obteve o 1.o Prémio da Fundación “Victoria y Joaquín Rodrigo”. Apresentou-se em recitais públicos em Portugal, Espanha e Holanda. Paralelamente à guitarra clássica, iniciou em 2005 o estudo de instrumentos antepassados da guitarra. Neste âmbito da música antiga, colabora regularmente com os agrupamentos “EAnsemble”, “La Nave Va”, “Il Dolcimelo”, “Concerto Campestre”, “Officina da Mvsica”, “Orquestra Barroca de Lisboa” e “Sete Lágrimas”. Gravou com alguns destes grupos e tocou em vários Festivais de Música em Portugal e na Europa. Como tiorbista da “Escola de Rhetorica, Métrica e Harmonia” realizou em 2006 numa digressão em Portugal com a ópera “As Variedades de Proteu” de A. Teixeira, seguida de gravação da mesma. Na temporada 2008/2009 do Teatro Nacional de São Carlos, como reforço da Orquestra Sinfónica Portuguesa, também em tiorba, tocou na ópera “Agrippina” de G. F. Händel. Frequentou a licenciatura em alaúde na ESMAE do Porto, sob orientação de Ronaldo Lopes e Fernando Reyes. Com o tenor Luís Toscano, fundou em 2006 o grupo “La Farsa”, com quem se apresentou em diversos festivais de música, tendo gravado para a RDP – Antena2. É membro do “Breathing of Statues Trio”, juntamente com Orlanda Velez Isidro e Luísa Tavares. É membro fundador do Coro de Câmara Capella Antiqua. Fez parte do Officcium – Grupo Vocal e é membro do Vocal Ensemble. Dirigiu o Graduale, grupo de música vocal sedeado em Aveiro. É, desde 1999, maestro dos coros da Sé de Aveiro, e desde 2005 maestro do coro e professor de direcção coral da Esc. Dioc, de Mús. Sacra Aveiro. Em 2005, fundou e dirige actualmente o Coro de Câmara da Bairrada. É desde 2003 professor de guitarra na Escola de Artes da Bairrada e, desde 2010, no Conservatório de Música de Aveiro Calouste Gulbenkian. 23 O Canto Gregoriano no Louvor Cristão 15 de Maio (Domingo) 18.30 horas Igreja Românica de Rates (Do Graduale Triplex) – Ave Maris Stella (simples) - Hymno – Ave Maris Stella (sollemnitatibus) - Hymno – Alma Redemtóris Máter - Hymno – Ave Regina Coelorum - Hymno – Regina Caeli (simples) - Hymno – Salve Regina (simples) - Hymno – Salve Regina (solemne) - Hymno – Ave Maria (simples) - Ofertorium – Ave Maria - Ofertorium – Stabat Mater - Hymno – Kyrie – Ave verum Corpus – Deus festiam – Christus factus etsc – Factus est repente Coro Gregoriano de Penafiel Salomé Canedo, Sérgio Oliveira, Elisabete Ferreira, Maria Teresa Moreira (Solistas) Ana Marjorie PEREZ | Direcção musical 24 O Coro Gregoriano de Penafiel foi fundado em 1999 e desde então já recebeu os mais elogiosos comentários de pessoas especializadas e do público em geral, mas o mais importante e significativo é o bom acolhimento que tem granjeado no seio das comunidades, evidenciado pela incorporação permanente de novos coristas. De destacar que o papel fundamental deste grupo visa essencialmente a recuperação do reportório de música gregoriana, quase esquecido, bem como a sua divulgação. Realiza uma média de trinta concertos por ano, dezoito dos quais incluídos em protocolos com cinco diferentes autarquias do norte de Portugal. Já tem um elevado número de concertos realizados (mais de 300) desde a sua criação, de destacar: • Concerto na Igreja de Saint Genevieve de Bois – França cidade geminada com Penafiel. • Concerto na Catedral de Peñafiel – Espanha cidade geminada com Penafiel. • Concerto integrado no Festival de Pascoa da Cidade do Porto. • Concerto no Festival Inter-céltico de Sendim. • Concerto na Abadia de Santo Domingo de Silos – Espanha (de destacar que o concerto foi compartido com o Coro Gregoriano de esta Abadia). • Concerto no Caminho de Santiago. • Concerto na catedral de Tui – Espanha. Ana Marjorie Pérez é diplomada em Direcção Coral Infantil e Semiologia e Paleografia do Canto Gregoriano. Directora fundadora do Coro Infantil do Centro Catalã em Caracas Venezuela entre os anos 1994 e 1997. Directora do “Coro de Niños del Banco Latino de Caracas” entre os anos 1995 e 2007. Subdirectora do “Coro de Funcionários del Banco Latino de Caracas” entre os anos 1994 e 2007. Fundou o Coro Gregoriano de Caracas em 1996 e foi directora titular deste 25 coro até Agosto de 1998. Em 1999, fundou o Coro Gregoriano de Penafiel, do qual continua a dirigir até a data. Concluiu a Pós-Graduação em Gestão e Animação de Projectos Educativos no âmbito das Actividades de Enriquecimento Curricular pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto em 2008. Obteve o Premio Empreendedor Imigrante do ano 2010 da Plataforma Imigração e a Fundação Calouste Gulbenkian. Em 2011 ganhou a bolsa de investigação na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, instituição da qual é aluna. 26 V Curso de Direcção Coral e Técnica Vocal 20, 21 e 22 de Maio (Sexta, Sábado e Domingo) Igreja Românica de Rates Dr. António Mário Costa (Univ. Católica – Porto) António Mário Costa é natural do Porto, iniciou os seus estudos musicais no Curso de Música Litúrgica da Diocese do Porto e no Conservatório de Música do Porto. Teve como primeiro professor de Órgão o Pe. Dr. Ferreira dos Santos. Com apenas 15 anos de idade tornou-se maestro do Orfeão de Gondomar, cargo que exerceu durante quatro anos. Foi membro do Coro da Sé Catedral do Porto e por variadas vezes dirigiu o mesmo Coro e o conjunto instrumental “Solemnium Concertus”. De 1989 a 1994 frequentou a Academia Superior de Música Sacra de Regensburg, onde estudou órgão com o professor Franz Josef Stoiber e Direcção de Coro com o professor Roland Büchner. Concluiu em Julho de 1993, o Curso Superior de Música Sacra, em Regensburg, e, em Julho de 1994, a licenciatura pedagógica em órgão, na Escola Superior de Música de Munique. Tem realizado inúmeros concertos como organista, quer a solo quer realizando baixo contínuo, em várias localidades de Portugal, destacando-se as participações nas temporadas inaugurais do Grande Órgão de tubos da Igreja da Lapa e do Grande Órgão de Tubos da Igreja de Nossa Senhora da Conceição no Porto, bem como o concerto inaugural do Órgão de Tubos da Igreja da Costa Nova. Tem tido também intensa actividade como director de coro, tendo dirigido inúmeros concertos em Portugal, Espanha, França, Itália e Alemanha. Foi professor nos três Cursos Nacionais de Música Sacra (1991-1998, e 2003-2006), em Fátima, e, de 1994 a 2000, Director Artístico do Coro da Universidade Católica- Porto. Desde Setembro de 1994, é professor de Órgão e de Análise e Técnicas de Composição no Conservatório de Música de Aveiro de Calouste Gulbenkian. Em Outubro de 1995 foi nomeado Organista Titular da Sé Catedral do Porto e é também, desde Outubro de 2003, o responsável pelo Coro do Seminário Maior do Porto. É também o Director do Coro de Câmara Capella Antiqua e do Coro de Santa Joana – Aveiro. 27 Conferência: «Os Ministérios da Música na Liturgia Cristã de Hoje. Perspectiva teológica, litúrgica, pastoral e musical». «O II Concílio do Vaticano recuperou a dimensão ministerial do Canto e da Música na Liturgia Cristã. Em virtude da redescoberta e fundamentação deste munus ministerial, todos os que de alguma maneira exercem uma função litúrgica através da linguagem musical, são verdadeiros ministros, contribuindo com a sua função e empenho para a qualidade, profundidade e eficácia da celebração. Nesse sentido, urge reflectir sobre a identidade dos vários ministérios da Música na Liturgia: sua função, significado teológico e litúrgico, competências requeridas e o lugar que ocupam no desenrolar da própria acção celebrativa. Que perfil é exigido hoje para os músicos que intervêm na liturgia? Os ministérios litúrgicos da Música são exclusivos dos músicos? Que requisitos formativos devem ser exigidos para o adequado exercício destes ministérios? A partir dos contributos da Teologia Litúrgica, da Pastoral e da Musicologia, analisaremos o perfil de alguns dos Ministros da Música, com uma incidência particular no Coro, no Director do Coro, no Salmista e no Organista e outros instrumentistas.» 21 de Maio (Sábado) 21.30 horas Igreja Românica de Rates Prof. Doutor José Paulo Antunes (Universidade Católica – Porto) José Paulo Antunes é Licenciado em Teologia pela Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa (Porto), concluiu o seu Doutoramento em Teologia (Ciências da Liturgia e Teologia Prática) na Faculdade de Teologia da Universidade de Regensburgo (Alemanha). Fez estudos superiores de Composição, Piano e Canto no Conservatório de Música 28 do Porto, tendo obtido o Diploma do Curso Superior de Canto pelo mesmo Conservatório. Continuou os seus estudos de Canto e Direcção Coral na Escola Superior de Música Sacra e Pedagogia Musical de Regensburgo. É Professor da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa e Professor Convidado da Faculdade de Teologia da mesma Universidade. É investigador do Centro de Investigação em Ciências e Tecnologias das Artes (CITAR) na área dos Estudos Musicais/ Música Sacra; Coordenador Científico do Mestrado em Música Sacra e do Mestrado em Ensino Especializado da Música. As suas áreas de investigação situam-se exactamente na confluência entre a Teologia da Liturgia e a Música, a Ritualidade Cristã e a sua expressão musical, com um especial enfoque na Teologia Litúrgica após o II Concílio do Vaticano e nas expressões contemporâneas da Música Litúrgica. 29 Polifonia Ibérica entre os séculos XIV e XVIII 22 de Maio (Domingo) 18.30 horas Igreja Românica de Rates Anónimo - Libre Vermell de Montserrat (1399) Mariam matrem Anónimo - Cancioneiro de Uppsala (1556) Verbum caro Pedro de Escobar (do Porto) (1465-1535) Canc. de Palacio Virgen bendita sin par Juan del Encina (1468 – 1529) Canc. de Palacio Oh, Reyes Magos benditos Cristóbal de Morales (1500-1553) Circundederunt me Francisco Guerrero (1528-1599) Niño Dios Tomás Luis de Victoria (1548-1611) O quam gloriosum Kyrie (O quam gloriosum) Popule meus Vexilla regis Anónimo – Catedral de Cuzco (sec. XVII) Hanacpachap cussisuinin Diego de las Muelas (1698 -1743) Motetes de advento José de Baquedano (ca.1642 -1711) O crux José de Pacheco (1784-1865) Crudelis Herodes Grupo Vocal “SOLO VOCES” (Lugo – Espanha) Fernando G. JÁCOME | Direcção musical 30 O Grupo Vocal “Solo Voces” fundou-se em Lugo, em 1992. Desde então vem trabalhando diversos âmbitos do repertório coral, sob a direcção de Fernando G. Jácome, com especial dedicação à música antiga e à difusão de autores locais. Já editou três cds: Cantares (ano 2000), com clássicos do rock e da música sul-americana, Clásicos galegos, Vol. 1 (ano 2000), com a Orquestra Municipal de Xove, sob a direcção de Xan Carballal, onde se reúne música de autores lucenses, e Nihil novum sub sole? (ano 2005) com música sacra do século XX. Em 2011 apresentará “Dous séculos de música lucense”, novo cd com música de autores de Lugo. Outros aspectos do repertório levaram Solo Voces a cantar nos âmbitos mais diversos, misturando o humor com a seriedade, a música com a poesia, em toda Galiza, e fora dela: Casa de Galiza en Madrid, Casa de Galiza em Lisboa, programação musical de Advento em Salzburgo, e Praga, fazendo a zarzuela Bohemios, en Lugo, sob a direcção de Jorge Rubio, ou acompanhando o grupo de música antiga Orpheon Consort de Viena. Também ofereceram um concerto monográfico sobre Tomás Luis de Victoria, em Ávila e Lugo, e participaram em festivais de música: IX.o Certame de Música Sacra de Ourense, XXVII.a e XXVIII.a Semana de música do Corpus lucense, VIIª Bienal de polifonia regional autóctone (Cangas de Onís), II.o Ciclo de Música Sacra de São Pedro de Rates (Portugal), Temporada de Música antiga no Douro (Lamego e Peso da Régua). Também é salientavel a participação no II.o Festival de música de Compostela 31 e os seus Caminhos VIA STELLAE (ano 2007) e no Ciclo de música vocal de ESPAZOS SONOROS (ano 2008) que o consolida como um bom grupo no panorama musical galego. Fernando G. Jácome nasceu em Lugo, em 1967. Com 14 anos contacta com a música coral pelo mestre Xosé Castiñeira, insigne músico lugués. Em 1992 assume a direcção da Coral Polifónica do Hospital Xeral – Calde, e nesse mesmo ano funda o Grupo Vocal “Solo Voces”. Actualmente dirige vários grupos na cidade. Na sua formação, como director de coro, recebeu formação de mestres como Julio Domínguez, Javier Busto, Carl Høgset, Fernando Eldoro, Dante Andreo e outros. Participou como docente em numerosos cursos de música coral. 32 A Música no Cerimonial Litúrgico 29 de Maio (Domingo) 18.30 horas Igreja Românica de Rates Antonio Vivaldi (1678-1741) Concerto (Ré menor), para Trompete e Órgão Vivace Largo Allegro Diogo Dias Melgaz (1638-1700) Memento homo Missa Ferialis Kyrie Sanctus Agnus Dei George F Haendel (1685-1759) Sonata n.o 4 (Ré Maior), para Violino e Contínuo Adagio Allegro Larghetto Allegro Wolfgang A. MOZART (1756-1791) Laudate Dominum Cesar FRANCK (1822-1890) Panis Angelicus Gabriel FAURÉ (1845-1924) Tantum ergo Felix MENDELSSOHN (1809-1847) Herr mein bitten Grupo Instrumental da Escola de Música da Póvoa de Varzim Tiago CARRIÇO | Violino Paulo VEIGA | Trompete Tiago FERREIRA | Órgão Coral “ENSAIO” da Escola de Música da Póvoa de Varzim Ana Rute REI | Soprano José ABEL CARRIÇO | Direcção musical 33 O Grupo Instrumental resulta da disponibilidade dos seus elementos, professores da Escola de Música da Póvoa de Varzim, para dar mais consistência ao projecto que o Coral “Ensaio” vem preparando, ao longo de cada ano lectivo. Tem acompanhado um brilhante repertório coral e, presentemente, intervém com a execução de Sonatas da Chiesa, de W. Amadeus Mozart (1756/1791) e na Messe Brève, n.o 7, de Charles Gounod (1818/1893). Neste concerto tomam parte: Ana Rute Lobo Rei é natural de Braga, completou o Curso Complementar no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian desta cidade, na classe da professora, Maria José Ribeiro. Trabalhou também com os professores Fernanda Salema, Maria Augusta Perestrelo e Felipe Silvestre. Na Universidade de Aveiro, trabalhou com os professores, António Salgado, Isabel Alcobia, João Lourenço, António Chagas Rosa e João Pedro Oliveira. Em Portugal, frequentou cursos de aperfeiçoamento, com os professores, António Salgado, José Oliveira Lopes e Amin Féres. Cursos de interpretação, com os professores, Charles Spencer e Dr. Jane Davindson (Universidade de Sheffield), com Laura Sarti (professora da Guilhall School of Music and Drama, em Londres), Pat McMahon e o Curso de Encenação com o professor Charles Hamilton. No estrangeiro, frequentou o curso de interpretação e aperfeiçoamento “The Abingdon Summer School for Solo Singers” onde trabalhou com os professores: Robin Bowman (Head of Vocal Studies na Guildhall School of Music and Drama em Londres); Henry Herford (tutor em francês e canção alemã na Royal Northern College os Music em Manchester); Sue McCulloch (professora na Trinity College of Music em Londres e na Guildhall School of Music and Drama), Nancy Argenta (soprano solista de renome internacional); Geoffrey Saunders (actor, director e tutor em movimento e aquecimento físico de cantores na Royal Northern College of Music); Natalie Davenport (directora do International Kinesiology College em Inglaterra). Foi várias vezes solista com a Orquestra de Câmara de Braga, sob a batuta do Maestro António Baptista. Mais recentemente, foi solista com a Orquestra Filarmonia das Beiras, sob a direcção do Maestro António Vassalo Lourenço. Participou também num Recital de Canto e Piano no Centro Cultural de Belém no espaço “Música das 7 às 9”. Encontra-se a frequentar o Mestrado em Música da Universidade de Aveiro com a preparação da dissertação “The Telephone de Gian Carlo Menotti, O intérprete e a re-criação da obra” sob a orientação do Professor Doutor António Salgado. No âmbito de Mestrado em 34 Música apresentou a personagem Lucy da ópera “The Telephone” de Gian Carlo Menotti no Museu do carro Eléctrico do Porto e na cidade de Sheffield (Inglaterrra). Actualmente é professora de Técnica Vocal e Repertório e Classe de Conjunto na Escola de Música da Póvoa de Varzim, na Academia de Música de S. Pio X de Vila do Conde e Conservatório de Música de Barcelos. Tiago Carriço é natural da Póvoa de Varzim e iniciou os seus estudos musicais aos cinco anos de idade, na Escola de Música desta cidade, onde frequentou a classe de violino com o Prof. Albino Macau Filipe. No ano lectivo de 2003/04 concluiu o 3.o ano da Licenciatura em Música (Pedagogia – Violino) na Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa, na classe do Professor Alberto Gaio Lima. Prosseguiu os seus estudos de violino com o Professor José Paulo Jesus, antes do ingresso na Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo (ESMAE), na classe do Professor Radu Ungureanu. Tem desenvolvido uma actividade regular em música coral, sendo membro do Coral “Ensaio”, sob a direcção de José Abel Carriço. Neste âmbito, participou nas VII Jornadas Internacionais “Escola de Música da Sé de Évora”, onde trabalhou com os maestros Armando Possante, Pedro Teixeira, Owen Rees e Peter Philips. Frequentou o III Curso de Direcção Coral e Técnica Vocal, inserido no IV Ciclo de Música Sacra da Igreja Românica de Rates, sob a orientação de António Mário Costa. Enquanto estudante da Escola das Artes (Universidade Católica Portuguesa), frequentou as disciplinas de Direcção Coral e Coro (classes do Professor Eugénio Amorim), de Técnica Vocal (sob a orientação do Professor António Salgado), de Canto Gregoriano (classe da Professora Maria Helena Pires de Matos). Em Música de Câmara e Orquestra tem vindo a trabalhar com: Carlos Alves; Cesário Costa, Eugénio Amorim, Rui Pinheiro, Augusto Mesquita, César Nogueira, Paulo Bernardino, Osvaldo Ferreira, Simone Meneses, Florian Pertzborn, Ana Mafalda Castro, Barbara Francke, Constantin Sandu, Yuri Nasushkin, Jaime Mota e António Saiote. É membro da Orquestra Sinfónica da Póvoa de Varzim. Participou em Master-Classes de violino orientadas pelos professores: Yzumi Okubo, Alberto Gaio Lima, Daniel Rowland, Sergey Kravchenko e Jossif Grinman. É docente na Escola de Música da Póvoa de Varzim, na Academia de Método Suzuki – A Pauta e na Escola de Música Arnaldo Moreira de S. Pedro de Rates. 35 Paulo Veiga é natural de Vila do Conde iniciou os seus estudos musicais aos 17 anos. Em 1999 inscreveuse na Escola de Música da Póvoa de Varzim, onde teve como professores João Vaz, Sérgio Moreira, Manuel Nunes e Manuel Queiroz. Obteve os graus de Bacharelato e Licenciatura pela ESMAE do Porto na classe do Professor Kevin Wauldron. Paralelamente complementou a sua formação artística frequentando masterclasses com os professores Reinhold Friedrich, Kevin Wauldron, Charles Butler, Garry Farr, António Quítalo, John Aigi Hurn, Guy Touvron, Rex Richardson, Robert Civiletti, Luiz Gonzalez Martí, Häkan Hardenberger, Allen Vizzutti e com o quinteto Spanish Brass – Luur Metals. Apresentou-se em recitais a solo, música de câmara e orquestra nas principais salas portuguesas e festivais internacionais de música, tais como: Festival “7Sóis 7Luas” Roma – Itália, XXXV Certamen Internacional de Música de Altea – Espanha, XXVIII Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim, Festival de Ópera de Óbidos, XIII Festival de Alcobaça – “Cistermúsica”, nos Concertos Promenade realizados no Coliseu do Porto, no Festival “Música em Talábriga” – Águeda, Festival Luso-Espanhol em Zamora, Encontros Internacionais de Música de Guimarães, na 4ª edição do Festival de Expressão Artística Contemporânea da Fundação de Serralves e na 31ª e 33ª edição da conferência do Intern. Trumpet Guild (ITG). Também já se apresentou em Espanha, Itália, Canadá, França, Mónaco, Bélgica, Brasil e Estados Unidos da América. Já integrou a Orquestra de Sopros e Orquestra Ligeira da Academia de Música de Castelo de Paiva, Orquestra da Escola Profissional de Música de Viana do Castelo, Orquestra de Música Antiga da Esmae, Grupo Instrumental da EMPV, Orquestra de Câmara de Esposende, Orquestra de Sopros de Águeda, Banda Sinfónica Portuguesa, Orquestra de Jovens Portuguesa – Momentum Perpetuum, Banda Sinfónica de Jovens de Santa Maria da Feira, Orquestra Sinfonietta e Orquestra Sinfónica da Póvoa de Varzim. Também teve a oportunidade de trabalhar sob a batuta dos maestros Paulo Martins, Kevin Wauldron, Jan Cober, Robertas Severnikas, António Saiote, José Rafael Pascual-Vilaplana, Cesário Costa, Alberto Roque, Osvaldo Ferreira, Yuri Nasushkin, Martin André, entre outros. Já colaborou com Academia de Ballet “Pirmin Treku” na realização do bailado “Copélia” de Leo Délibes, com o “Coro da Universidade Católica” do Porto na realização da “Sinfonia dos Salmos” de Igor Stravinsky, com o “Junges Vokalensemble” de Hannover na realização do “Ein Deutsches Requiem” de J. Brahms, com o Coral “Ensaio” da Póvoa de Varzim na realização da “Deutsche Messe” de Franz Schubert, entre outros. Foi por diversas vezes convidado a participar em vários eventos juntamente com compositores por36 tugueses actuando na estreia das suas obras, o que já o levou a gravar para a editora Numérica e em directo para a Antena 2. Actualmente está a preparar a sua tese de mestrado para apresentar à Universidade de Aveiro. André Carriço é natural da Póvoa de Varzim e iniciou os seus estudos musicais aos cinco anos de idade, na Escola de Música desta cidade, onde frequentou a classe de violoncelo com o professor Jorge Ribeiro e Raquel Ribeiro. No ano lectivo 2007/08, inscreveu-se no Curso Livre da ESMAE - Porto, onde trabalhou com Jed Barahal. Frequenta a Universidade do Minho (desde 2008), onde tem vindo a trabalhar com Gary Hoffman, Paulo Gaio Lima, Marco Pereira. Presentemente frequenta o último ano da Licenciatura em Música desta instituição sobe a orientação de Pavel Gomziakov. Participou em diversas Master-Class de violoncelo orientadas pelos professores Paulo Gaio Lima, Miguel Rocha e Alexander Kniazev. Tem desenvolvido uma actividade regular em música coral, sendo membro do Coral “Ensaio”, sob a direcção de José Abel Carriço. Tem sido convidado a participar nos estágios e concertos da Orquestra Sinfónica da Póvoa de Varzim assim nos da Orquestra Profissional da Universidade do Minho. Tiago Ferreira é natural do Porto (1985), iniciou os seus estudos musicais aos sete anos, na Escola de Música da Igreja da Lapa. Mais tarde frequentou o Curso de Música Silva Monteiro, onde estudou piano com Sofia Alvim, composição com Ana Sério e onde teve a sua formação musical em geral. Em 2001 ingressou na Escola Diocesana de Ministérios Litúrgicos do Porto iniciando os seus estudos de Órgão com António Mário Costa, Harmonia com o Cónego Ferreira dos Santos, e direcção coral com o Pe. Agostinho Pedroso. Concluiu o III Curso Nacional de Música Litúrgica (20032006), tendo estudado Órgão com António Esteireiro, António Mário Costa e Filipe Veríssimo, e Harmonia com Fernando Valente. Licenciado em Música Sacra pela Escola das Artes da Univ. Católica Portuguesa, estudou Órgão e Improvisação com Giampaolo di Rosa; Composição com Eugénio Amorim e Nuno Peixoto de Pinho; Direcção Coral com Barbara Franck e Pedro Monteiro; e Direcção de Orquestra com Cesário Costa. Realizou master-classes de Órgão com Stefan Bayer, Luca Antoniotti, Olivier Latry, Daniel Roth, Lionel Rogg e José Uriol. Na área da com- 37 posição tem criado diversas obras para coro solo, orquestra, órgão, para a liturgia, banda sonora para várias curtas-metragens e arranjos instrumentais. Apresentou-se em concerto em várias cidades de Portugal, Espanha, Alemanha e Itália. É desde 2001 organista da Igreja da Lapa – Porto, professor de órgão na Escola Diocesana de Ministérios Litúrgicos – Porto, no IV Curso Nacional de Música Litúrgica - Fátima e na Escola de Música da Igreja da Lapa. Frequenta o Mestrado em Música Sacra da Escola das Artes da Univ. Católica Portuguesa. O Coral “Ensaio” iniciou a sua actividade em Janeiro de 1989, sob a direcção do Prof. José Abel Carriço. Surgiu integrado no projecto da Escola Municipal de Música da Póvoa de Varzim, criada pelo Município desta cidade, em Maio de 1988, sendo formado por alunos, encarregados de educação e melómanos dedicados. Como Classe de Conjunto, tem participado em audições públicas da escola e em variados momentos culturais da localidade, e ainda em várias cidades de Portugal, Espanha e Bélgica. Destaca-se a participação em concerto: no Festival da Primavera de 1992 e 1993, Póvoa de Varzim; na abertura da Semana Cultural do Município de La Guardia; no I Encontro de Coros Galego - Asturiano – Português, em Cariño; na IV Semana Cultural de Tapia de Casariego; no 9.o Festival de Panxoliñas de O Barco (Ourense); em Waremme e em Liège; nos Encontros de Coros do Vale do Ave (AMAVE); no XIII Ciclo Ibérico de Música Sacra da Catedral de Tui; na Casa da Música – Porto e no Mosteiro dos Jerónimos (Sala do Capítulo) – Lisboa. Participou na organização do 1.o e 2.o Encontro Internacional de Coros Amadores da Póvoa de Varzim, em 1995 e 1996, onde estiveram presentes coros vindos de Espanha e de França. Tem-se apresentado, com alguma frequência, Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim e nas várias edições do Ciclo de 38 Música Sacra da Igreja Românica de S. Pedro de Rates. Gravou para a edição em CD de “Os Melhores Coros Amadores da Região Norte”, nomeadamente com temas populares poveiros. Ao longo dessa intensa actividade vem praticando um vasto repertório histórico, profano e sacro, de onde sobressaem não só as suas apresentações “A Capella”, mas também as que realizou em parceria com distintas formações instrumentais. José Abel Carriço é natural de Vila do Conde, cedo iniciou os estudos musicais nos Seminários Diocesanos de Braga, onde trabalhou, nomeadamente, com Manuel Faria. Concluiu o Curso Superior de Canto, com a Professora Fernanda Correia, no Conservatório de Música do Porto. É licenciado pela Universidade do Minho, onde obteve o Diploma de Estudos Superiores Especializados em Educação Musical. Tem frequentado diversos cursos para o aperfeiçoamento em Direcção Coral e de Orquestra, Técnica Vocal, Análise e Técnicas de Composição, destacando-se, entre os mestres com quem já trabalhou, José Luís Borges Coelho, José Robert, Edgar Saramago, António Lourenço, Peter Phillips, Erwin Liszt, G. Keegelman, Robert Houlian e, do Instituto Superior de Música Sacra de Regensbourg, Herbert Velten e Joseph Stoiber. Cooperou com a Orquestra do Norte em “Concertos Pedagógicos”. Leccionou, durante vários anos, na Academia de Música S. Pio X, em Vila do Conde. Foi Formador, nas áreas e domínios da Expressão Musical e Didácticas Específicas da Educação Musical/ Música do Ensino Básico, no Centro de Formação de Professores Dr. Fernando Barbosa da Póvoa de Varzim. Como resultado da pesquisa que tem vindo a realizar, a nível biográfico e de obras musicais, de autores poveiros, já proferiu conferências e publicou os livros: Arnaldo Moreira (1879/1962) – Doze temas de Natal (2000) e Josué Trocado (1882/1962) – Uma presença musical (2004). Com a defesa da tese “O Caloiro” (1913) de Josué Trocado (1882-1962) – Um contributo escolar para o desenvolvimento social e cultural da Póvoa de Varzim, concluiu o Mestrado em Estudos da Criança – Educação Musical, na Universidade do Minho – Braga. Leccionou na Escola Dr. Flávio Gonçalves da Póvoa de Varzim, onde ainda pertence ao Quadro de Nomeação Definitiva. É o Director Artístico do Ciclo de Música Sacra da Igreja Românica de Rates – Póvoa de Varzim. No ano lectivo 2009/2010 assumiu a Direcção Executiva da Escola de Música da Póvoa de Varzim, fazendo parte do seu corpo docente, desde a sua criação, onde também dirige o Coral “Ensaio”, com o qual tem realizado vários concertos, “a capella” e com acompanhamento instrumental, em Portugal, Espanha e na Bélgica. 39 ANEXO V CURSO de Direcção Coral e Técnica Vocal Integrado no VI Ciclo de Música Sacra da Igreja Românica de Rates Objectivos: – Despertar ou aumentar o gosto pela participação coral –Q ualificar o desempenho de um ministério e a prestação coral no acto litúrgico; – Desenvolver técnicas de direcção coral e vocal – Desenvolver o conhecimento musical –D ar a conhecer novas formas de abordagem do repertório musical; – Criar um espaço de abertura à participação da Comunidade; Destinatários: – Directores de coros que queiram melhorar as suas destrezas de ensaio, a nível vocal e de direcção, para um melhor desempenho coral no serviço litúrgico. –M embros de coros que queiram aprender a melhorar a sua prestação no canto em coro e aprender repertório polifónico (que poderão levar para os seus coros); –D á-se prioridade aos directores e coralistas do Arciprestado de Vila do Conde e Póvoa de Varzim; Condições de acesso: – Exercer o ministério do canto litúrgico, pela direcção e/ou pelo canto em coro; – T er vontade de aprender ou desenvolver as técnicas de direcção e/ou de canto; – F azer a inscrição até ao dia 01 de Maio de 2011 (ver locais de contacto para entrega); – Não são exigidas habilitações musicais mínimas; –N o caso de haver um número significativo de candidatos com habilitações musicais que justifiquem, far-se-á uma divisão do grupo (A e B) com diferentes níveis de dificuldade. 40 Propina: – Cada participante obrigar-se-á ao pagamento de uma propina de 20 € –O pagamento poderá ser feito em duas prestações 50% no acto da inscrição 50% no momento da recepção (1.o dia) –N o caso de desistência a organização reserva-se o direito de não devolver a quantia já paga –N o caso de não realização do curso, por insuficiente número de inscrições ou outro motivo não imputável aos inscritos, a organização devolverá a importância já paga, até 10 dias após o início previsto do curso. NOTAS: – Cada participante receberá uma selecção de cânticos que serão trabalhados no curso e cantados na eucaristia do dia 22; –C ada participante deverá estudar as peças seleccionadas para poder cantar, dirigir e colocar alguma dificuldade que tenha sentido na realização com o seu coro; –N os momentos previstos, cada participante poderá trazer alguns elementos do seu coro para aprender e cantar na celebração do dia 22. Calendarização: Realizar-se-á em Maio (20, 21 e 22) No dia 22, os participantes solenizarão a liturgia cantando e/ou dirigindo a(s) peça(s) trabalhada(s) As sessões organizar-se-ão da seguinte forma: DIA 20 21.00 às 21.30 – Recepção – Apresentação 21.30 às 22.00 – R elaxamento, respiração e técnica vocal (só participantes) 22 às 22.15 – Intervalo 22.15 às 23.30 – T écnica de Direcção e Leitura de partituras (Ver Selecção de partituras para o curso enviadas aos participantes) 41 DIA 21 09.00 às 09.30 – R elaxamento, respiração e técnica vocal (só participantes) 09.30 às 11.00 – Técnica de Direcção e de Ensaio 11.30 às 13.00 – D irecção e Leitura de partituras (pelos participantes) ALMOÇO (oferecido pela Organização do Ciclo de Música Sacra) 14.30 às 16.00 – T écnica de direcção (participantes e elementos de coros) 16.00 – Intervalo 16.30 às 18.00 – T écnica de direcção (participantes e elementos de coros) DIA 22 09.00 às 09.30 – R elaxamento, respiração e técnica vocal (participantes e elementos de coros) 09.30 – Ensaio Geral (participantes e elementos de coros) 11.00 – Eucaristia (participantes e elementos de coros) 12.00 – Entrega de Certificados (participantes) Contactos: VI Ciclo de Música Sacra da Igreja Românica de Rates Largo Pe. Arnaldo Moreira n.o 1 4570 – 412 Rates Telef. 252951817 ou Cartório Paroquial de Rates Praça dos Forais, 11 4570 – 414 Rates Telef. 252951236 TM. 965053760 42 Índice Ecomuseu de S. Pedro de Rates............................................ 2 Comissão de Honra, Agradecimentos..................................... 3 Saudação............................................................................. 4 Testemunho......................................................................... 5 Nota de Abertura ................................................................. 6 Programação Geral . ............................................................. 7 Conferência.......................................................................... 9 A Música nas celebrações litúrgicas do Arciprestado de Vila do Conde/Póvoa de Varzim............................................. 11 O Magnum mysterium........................................................... 18 O Canto Gregoriano no Louvor Cristão.................................... 24 Conferência.......................................................................... 28 Polifonia Ibérica entre os séculos XIV e XVIII........................... 30 A Música no Cerimonial Litúrgico........................................... 33 V Curso de Direcção Coral e Técnica Vocal............................. 40 FICHA TÉCNICA Direcção Artística: José Abel Carriço Direcção Gráfica: Maia dos Santos Impressão e Acabamento: Gráfica Maiadouro Tiragem: 750 exemplares Organização © Conselho Pastoral Paroquial de S. Pedro de Rates e Junta de Freguesia de Rates Depósito Legal: 242739/06 Abril 2011 Capa: Frontaria da Igreja Românica de S. Pedro de Rates (séc. XI-XII). Foto de Maia dos Santos