LEVANTAMENTO DE RECURSOS DE ALTA E BAIXA TECNOLOGIA PARA IMPLEMENTAÇÃO DA COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA E AMPLIADA Autor: Ingrid Caroline Barreto Mesquita Co-Autores: Kivia Santos Nunes Rosana Carla do Nascimento Givigi Marília Vasconcellos Araújo Lima Raquel Souza Silva Universidade Federal de Sergipe – UFS; Programa: PIIC - UFS ; Unidade da Federação: SE; Agência de Fomento: CNPQ Eixo temático: Tecnologia e acessibilidade para linguagem e comunicação Introdução A Comunicação Alternativa e Ampliada (CAA) nos permite criar novas possibilidades de comunicação ao sujeito não falante. Por definição, a CAA consiste em uma abordagem clínico-educacional que tende, de forma temporária ou permanente, apoiar, complementar, suplementar/melhorar ou substituir as formas de produção e interpretação verbal de sujeitos não falantes ou com dificuldades de linguagem (CHUN; FEDOSSE; COUDRY, 2007). Nos crescentes estudos científicos, as melhorias na tecnologia facilitam o uso dos seus usuários e vêm servindo para a consolidação dessa área. Atualmente as técnicas e recursos que possibilitam a implementação da Comunicação Alternativa são extensos, vai desde recursos de baixo custo até recursos mais sofisticados. Os recursos de baixa tecnologia têm como vantagem: a maior disponibilidade e menores treinamentos para seu uso. Pode também lançar mão do Sistema de Símbolos Bliss, Pictogram Ideogram Communication System – PIC, Picture Communication Symbols – PCS. Os símbolos utilizados nesses sistemas podem ser trabalhados em pranchas, painéis, carteiras ou outra forma acessível a quem utilize (ZAPOROSZENKO; ALENCAR, 2008). Os recursos de alta tecnologia propõem sistemas de comunicação mais sofisticados, com a utilização do computador, com uso de técnicas especiais de acesso. Para atender, portanto, as necessidades especiais desses usuários, hardwares e softwares são adaptados (LIEGEL; GOGOLA; NOHAMA, 2008). Acompanhando as atividades do grupo de pesquisa “A construção da Linguagem, patologia e a prática clínica.” Percebeu-se que faltava algo que facilitasse a busca por recursos de comunicação alternativa. Dessa forma, objetivou-se construir um banco de dados que facilitasse a busca por recursos de CAA auxiliando na procura e uso desses recursos para sujeitos com comprometimento e/ou ausência de linguagem oral e/ou escrita. Metodologia Metodologicamente o trabalho seguiu os princípios de uma pesquisa exploratória dependente de uma pesquisa bibliográfica. Para construção do banco de dados foi feito inicialmente um levantamento na literatura da área, como critério foi utilizado o site de periódicos qualis-CAPES/Interdisciplinar e sites de loja de venda de material de Tecnologia Assistiva. No site CAPES foram selecionadas as revistas na área de Fonoaudiologia, Educação e Terapia Ocupacional. A pesquisa das revistas foi dos últimos 5 anos. Nos artigos o objetivo era identificar quais os recursos de Comunicação Alternativa eram utilizados e sua eficácia. Assim foi feito o levantamento de recursos de alta e baixa tecnologia disponíveis no mercado. As informações que preenchem o banco de dados são: Nome do Produto/recurso, Descrição, Finalidade, Investimento e o Local da compra. Resultados Na literatura pesquisada há pouca variação entre os recursos de comunicação alternativa utilizada pelos profissionais que atuam nessa área, sendo os recursos mais encontrados o sistema BLISS, o Boardmaker na versão simples e na versão Speaking Dynamically Pro, bem como recursos de acesso ao computador, como os acionadores, que variam de acordo com as possibilidades motoras dos seus usuários. Porém, foi detectado que as técnicas de uso são variadas. É dado grande relevância a recursos que auxiliam na posturação e conforto do usuário de CAA, já que muitos deles têm sérios problemas musculares, muitas vezes os impedindo de sustentar seu pescoço. Tais recursos apesar de não serem diretamente relacionados à CAA tem grande importância para o sucesso da aplicabilidade das técnicas de comunicação alternativa. Uma das dificuldades encontradas na busca pelos recursos foi o fato de serem utilizadas diversas nomenclaturas para esses recursos, tais como: comunicação ampliada, tecnologia assistiva, comunicação assistiva, entre outros. Outra dificuldade foi a pouca quantidade de sites brasileiros, demonstrando como essa área ainda precisa de maiores investimentos. Outro ponto negativo é a ausência de valores dos produtos nos sites, exigindo uma comunicação via email ou telefone, o que burocratiza o acesso a essas informações. Apesar da grande dificuldade, conseguimos encontrar treze sites brasileiros, sendo quatro específicos de comunicação alternativa e nove que apesar de terem produtos de comunicação alternativa, não eram específicos. A pesquisa teve um total de oitenta recursos pesquisados e com suas respectivas informações dentre estas o nome de cada recurso, sua descrição, finalidade, investimento e local de compra. As informações presentes na descrição e finalidades dos recursos de CAA que se encontram no banco de dados são informações dadas por seus respectivos sites de venda. Os sites encontrados como específicos de CAA www.tecnologiaassistiva.com.br; foram: www.assistiva.com.br; www.clik.com.br; www.comunicacaoalternativa.com.br e os NÃO específicos de CAA foram: www.vanzetti.com.br; www.fisiobras.com.br; www.loja.casadomedico.com.br; www.expansao.com; www.mnsuprimentos.com.br; www.tecassistiva.com.br; www.abledata.com; www.sanvillesul.com.br; www.civiam.com.br. Conclusão Concluímos que muitas informações importantes foram levantadas nesta pesquisa, com a intenção de tornar esta uma aliada na busca dos recursos de comunicação alternativa, melhorando a qualidade de vida dos seus usuários, e a construção da sua linguagem. Apesar da complexidade de se fazer um banco de dados propriamente dito, conseguimos parceria com um professor da Ciências da Computação onde se criou um banco de dados que atendesse ao nosso objetivo e este foi disponibilizado para o grupo de pesquisa “A construção da Linguagem, patologias e a prática clínica”. REFERÊNCIAS 1-CHUN, RYS, Fedosse E, Coudry MIH. Comunicação suplementar e/ou alternativa:avaliação e acompanhamento fonoaudiológico de sujeitos não falantes. Diretrizes, Normas e Condutas Área da Saúde [on-line] 2007. [Acesso em: 30 de junho de 2012]. Disponível em URL: http://www.fcm.unicamp.br/diretrizes/d_n_c/comun_suplem_alter/comun_suple m_alter_pag1.html 2-ZAPOROSZENKO, A; ALENCAR, GAR. Comunicação Alternativa e Paralisia Cerebral: Recursos Didáticos e de Expressão, 2008. Secretaria de Estado da Educação do Estado do Paraná – Universidade Estadual de Marina. [Acesso em: 01 de julho de 2012]. Disponível em URL: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/124-2.pdf>. 3-LIEGEL, LA; GOGOLA, MMR; NOHAMA, P. Layout de teclado para uma prancha de comunicação alternativa e ampliada.Rev. Bras. Ed.Esp.,Marília, v.14, n.3, p.479-96.2008.