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CORREIO BRAZILIENSE • Brasília, sábado, 15 de fevereiro de 2014 • Economia • 11
CONJUNTURA/ Ministro admite risco “pequeno” de racionamento de energia e diz que insumo ficará mais caro neste ano
Consumidor pagará a conta
Ueslei Marcelino/Reuters - 15/01/13
» SÍLVIO RIBAS
ministro de Minas e
Energia (MME), Edison
Lobão, sinalizou ontem
que a pesada conta do
estresse no sistema elétrico, deverá bater no bolso dos consumidores. Isso porque o acionamento generalizado de usinas térmicas, cuja geração é bem mais cara
que as das hidrelétricas, não conseguira ser bancado pelo governo. Ele informou que o governo
deve decidir, na próxima semana,
como vai equacionar o custo extra das termelétricas sobre o caixa das distribuidoras e o impacto
dele na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), cujo
rombo de R$ 5,6 bilhões estimado para este ano deverá ser cobrado nas tarifas.
De acordo com o ministro, o
Brasil tem 126 mil megawatts
(MW ) de capacidade instalada
— “energia na quantidade necessária”, afirmou. “Se quisermos ter sobra de energia para
garantir segurança ainda maior
do que a atual, que é sólida, teremos que pagar por isso”, disse. O
secretário executivo do MME,
Márcio Zimmermann, advertiu
que existe risco de ocorrer dificuldades no fornecimento de
energia, mesmo porque “nunca
O
se projetou um sistema” capaz
de evitar que isso aconteça.
Segundo Lobão, o governo
avalia o cenário para tomar
uma decisão a respeito de novos aportes federais ao CDE,
fundo setorial que banca o programa de desconto na conta de
luz. Ele se reuniu ontem com o
secretário o Tesouro, Arno Augustin, para discutir o assunto.
A Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) calculou que
esse impacto terá que ser repassado aos clientes das distribuidoras, com aumento isolado de 4,6% este ano.
O governo reservou R$ 9 bilhões no Orçamento para segurar os aumentos na conta de luz,
mas sabe-se que seriam necessários de R$ 18 bilhões a R$ 22
bilhões. A falta de espaço fiscal
para suprir essas medidas é o
grande impecilho. “Ainda não há
uma definição”, alertou Lobão.
Ano passado, foram R$ 9,8 bilhões em empréstimos a serem
pagos em cinco anos. Uma semana após ter dito que a chance
de o país enfrentar este ano racionamento de eletricidade era
“zero”, o ministro voltou atrás e
reconheceu que a persistência
de condições climáticas “absolutamente adversas” representam,
sim, uma “taxa mínima” de risco.
Biodiesel mais
competitivo
Lobão diz que população terá de custear a segurança do sistema para que o país tenha sobra de eletriciadade
Choque no PIB
Mesmo se o considerar pequeno, o atual risco de racionamento de energia elétrica no
Brasil já é capaz de tirar o sono
de empresários e do governo.
Além de eventuais estragos políticos que podem reverberar
na campanha à reeleição da
presidente Dilma Rousseff,
mentora do atual modelo operacional protegido pelo parque de
usinas térmicas, a simples percepção de desabastecimento
tem impacto direto sobre a inflação ao encarecer os custos do setor e ao comprometer o desempenho geral da economia.
Em 2001, ano do racionamen-
to da gestão Fernando Henrique
Cardoso, o Produto Interno Bruto (PIB) foi seriamente impactado e ainda gerou uma pesada fatura para o governo nas eleições
do ano seguinte. Puxada pela
produção industrial, a economia
do país iniciou 2001 com ritmo
acelerado após crescer 4,2% no
ano anterior. Mas, de junho de
No 35º leilão de Biodiesel da
Agência Nacional do Petróleo
(ANP), realizado na
quinta-feira e destinado
apenas aos produtores donos
do selo social, foram
negociados 462 milhões de
litros para a Petrobras, a
única compradora presente.
Segundo a ANP, as ofertas
tiveram desconto de 1,71%. O
preço de R$ 1,79 do litro do
biodiesel é 6,2% menor que o
obtido na rodada anterior e
bem menor que os R$ 1,95
pagos hoje pela petroleira no
mercado internacional. Com o
preço atual, sem impostos, o
diesel com mistura
obrigatória de 5% de biodiesel
chega às bombas dos
postos a R$ 1,5134.
2001 a fevereiro de 2002, foram
impostas, a quase todas unidades da Federação, cotas para o
consumo de eletricidade, com
corte de 20%. Resultado: o PIB
fechou aquele ano com crescimento de 1,42% e afetou 2002,
que se expandiu só 1,52%. As
previsões anteriores ao racionamento eram o triplo.
SFX leva Rock in Rio
JUSTIÇA
Diretor da Conab é
denunciado em GO
» ANTONIO TEMÓTEO
O Ministério Público de Goiás
(MP-GO) denunciou à Justiça estadual o ex-prefeito de Jaraguá
(GO) e diretor da Companhia
Nacional de Abastecimento, Lineu Olímpio de Souza, e 19 sócios dele na Cooperativa Cooperlook, de associação criminosa, peculato e prevaricação.
Os promotores alegam que
os denunciados formaram uma
quadrilha que atua desde 2009
para ganhar licitações em municípios goianos. De acordo com o
documento apresentado à Justiça, eles criaram uma cooperativa de fachada para concorrer a
certames de serviços de transporte. Após vencer as licitações
e assinar os contratos, a cooperativa arrebanhava motoristas
para prestarem serviço.
Desvio
Os motoristas eram obrigados
a se associar à cooperativa e recebiam os salários com atraso.
Na denúncia, consta que os descontos feitos na remuneração
dos trabalhadores, que deveriam cobrir os benefícios e direitos trabalhistas, além do imposto de renda, eram desviados e
divididos entre os 20 sócios.
Dessa forma, sem os recolhimentos obrigatórios e com a falta de um contrato de trabalho, os
motoristas ficavam sem qualquer cobertura previdenciária ou
trabalhista.
Em Jaraguá, a Cooperlook venceu uma licitação em fevereiro de
2010, firmou contrato em março
do mesmo ano, no valor de R$ 880
mil, pelo período de um ano. Em
março de 2011, houve o primeiro
termo aditivo, de R$ 880 mil e, em
dezembro, o segundo, com recomposição de valores para
R$ 1,1 milhão. O mesmo valor
consta no terceiro aditivo assinado em janeiro do ano passado. Os
promotores alegam que os ajustes
foram possíveis porque Marcos
Divino, então chefe do Setor de Licitações do município, gerenciava
os procedimentos e era braço direito de Lineu Olímpio de Souza.
Procurada, a Conab afirmou
que o dirigente estava em Goiânia (GO) para buscar informações sobre a denúncia. A empresa pública ainda afirmou que antes de a Casa Civil nomear o exprefeito, fez um levantamento
sobre pendências judiciais, mas
nada foi constatado. O Tribunal
de Justiça de Goiás afirmou que
ainda não constava no sistema
interno da corte nenhum processo referente ao caso.
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US$ 495 milhões.
A holding criada por Medina e
a SFX Entertainment deterá os
ativos da Rock World, controladora do Rock in Rio, mas o empresário brasileiro continuará no
comando do grupo. Eike Batista
permanece como sócio do grupo
por meio da IMX, que detém 20%
do Rock in Rio brasileiro.
Em comunicado divulgado no
fim do ano passado, Medina disse que a parceria com a SFX permitirá o crescimento acelerado
da marca em novos territórios e a
mudança de foco em uma era digital. “Nossos patrocinadores terão uma plataforma ainda melhor para a exibição de suas marcas nos Estados Unidos, assim
como já acontece nos países onde o Rock in Rio é realizado”, afirmou à época da assinatura do
acordo de compra.
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O publicitário Roberto Medina embolsará R$ 150 milhões pela venda de 50% da empresa que
organiza o Rock in Rio. A parceira
de Medina passa a ser a gigante
americana SFX Entertainment,
especializada na produção de
shows e festivais, como Tomorrowland, TomorrowWorld, Mysteryland e Sensation. O negócio
foi fechado nesta semana, mas a
assinatura do acordo de opção de
compra foi assinado em novembro do ano passado.
O objetivo do negócio, segundo nota divulgada pelas empresas, é a expansão do Rock in Rio
no mercado internacional, começando pelos Estados Unidos,
onde o festival estreia em 2015 na
cidade de Las Vegas. No Brasil, o
evento foi inaugurado em 1985 e,
de lá para cá, foram feitas cinco
edições. Outras oito aconteceram
em Portugal e na Espanha. Ao todo, foram vendidos 7 milhões de
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