23 DE FEVEREIRO DE 2015
Segunda- feira

PRODUÇÃO MUNDIAL
DE
AÇO BRUTO
CAI
2,9
JANEIRO,
EM
NA
COMPARAÇÃO ANUAL

USIMINAS PREVÊ NOVA QUEDA DE CONSUMO APARENTE DE AÇO EM 2015

INFLAÇÃO
MEDIDA PELO
IPC-S
PERDE FORÇA NA TERCEIRA PRÉVIA DO
MÊS

DESÂNIMO RETARDA REAÇÃO DA ATIVIDADE ECONÔMICA

MONTADORAS TÊM OCIOSIDADE RECORDE EM 2015

PARANÁ TEM O 5º IPVA MAIS CARO DO PAÍS

GRUPO CRIADO EM 2013 DIAGNOSTICOU CRISE DO PR

FUNDOS
SOMAM
R$ 9
BILHÕES EM PAPÉIS AFETADOS PELA CRISE DA
PETROBRAS

INVESTIDOR
JÁ
TRATA
BRASIL
COMO
PAÍS
QUE
PERDEU
GRAU
DE
INVESTIMENTO

CONFIANÇA DA INDÚSTRIA EM FEVEREIRO É A MENOR EM 4 MESES

ECONOMISTAS
VOLTAM A PIORAR PROJEÇÕES PARA
PIB
E INFLAÇÃO EM
2015 PELA 8ª SEMANA

ANFAVEA QUER PRORROGAR ACORDO COM MÉXICO

METRO-SHACMAN
E
GRUPO SHAANXI
ANUNCIAM JOINT VENTURE NO
BRASIL

TRANSBRASILIANA
TEM
PROJETO
DEBÊNTURES DE INFRAESTRUTURA
ENQUADRADO
PARA
EMISSÃO
DE

DÓLAR AVANÇA EM DIREÇÃO A R$2,90 NO INÍCIO DOS NEGÓCIOS

AÇÕES AVANÇAM COM NOVA FASE DE ACORDO GREGO

NOVA ADI QUESTIONA MP QUE ALTEROU REGRAS DA PREVIDÊNCIA

SINDICATO
NÃO
PODE
SER
RESPONSABILIZADO
POR
ACIDENTE
DE
TRABALHO

INVESTIDORES ESPERAM QUEDA DE 0,5% NO PIB DE 2015

SCHUNK TEM BOA PERSPECTIVA DE CRESCIMENTO NO BRASIL

PERNAMBUCO INSTALA LABORATÓRIO DE USINAGEM AVANÇADA

FOCO DA USIMINAS EM 2015 SERÁ O MERCADO INTERNO

CARAJÁS EXPANDE A LAVRA PARA NOVAS ÁREAS

APÓS CARNAVAL, MONTADORAS MANTÊM CORTES NA PRODUÇÃO

EMPREGO CAI 3,2% NA INDÚSTRIA BRASILEIRA EM 2014, MOSTRA IBGE

OKUMA E 5ME: PARCEIRAS EM USINAGEM CRIOGÊNICA
CÂMBIO
EM 23/02/2015
Compra
Venda
Dólar
2,864
2,865
Euro
3,252
3,253
Fonte: BACEN
Produção Mundial de Aço Bruto cai 2,9 em janeiro, na comparação anual
23/02/2015- Fonte: INDA
A produção mundial de aço bruto, considerando-se os 65 países que informam seus dados
à Worldsteel, entidade que reúne informações das 170 principais fabricantes do insumo no
mundo, totalizou 133,102 milhões de toneladas em janeiro, uma queda de 2,9% frente as
137,09 milhões de toneladas produzidas um ano antes. Na comparação com dezembro, o
recuo foi de 0,5%, também influenciado principalmente pelos menores volumes da China.
No país asiático, que é o maior produtor mundial de aço, o volume produzido no mês
passado ficou em 65,5 milhões de toneladas, o equivalente a retração de 4,7% frente a
janeiro de 2014 e de 3,8% ante dezembro. O Japão, por sua vez, produziu 9 milhões de
toneladas do insumo, com recuo de 4% na mesma base de comparação, enquanto a
produção na Coreia do Sul caiu 5%, para 5,78 milhões de toneladas.
Na União Europeia, aponta a Worldsteel, a Alemanha produziu 3,7 milhões de toneladas,
com alta de 0,5% frente a janeiro de 2014, e a Itália reduziu em 11,3% o volume de aço
produzido no mês, para 1,9 milhão de toneladas. Na França, a produção do insumo caiu
10,6%, para 1,3 milhão de toneladas.
Segundo a entidade, a produção de aço na Turquia caiu 10,4% em janeiro, para 2,6
milhões de toneladas, e avançou 6% na Rússia no mês passado, para 6,1 milhões de
toneladas. Já os Estados Unidos alcançaram 7,4 milhões de toneladas de aço bruto, com
alta de 0,4% na comparação com janeiro de 2014. No Brasil, cujos dados foram
divulgados ontem pelo Instituto Aço Brasil (IABr), a produção totalizou 3 milhões de
toneladas em janeiro, alta de 7,7%.
De acordo com a Worldsteel, a taxa de utilização da capacidade instalada das siderúrgicas
dos 65 países no mês passado ficou em 72,5%, queda de 4,4 pontos percentuais frente
ao mesmo mês de 2014 e de 0,4 ponto percentual ante dezembro.
Usiminas prevê nova queda de consumo aparente de aço em 2015
23/02/2015- Fonte: INDA
A área comercial da Usiminas trabalha com a perspectiva de mais um ano de retração no
consumo aparente de aço no mercado brasileiro este ano, disse nesta sexta-feira o
vice-presidente comercial da siderúrgica, Sérgio Leite, em teleconferência com analistas.
Segundo o executivo, o cenário da economia do país aponta para retração do PIB, já com
indicações de 0,42% (Boletim Focus) e de nova queda de dois dígitos nos setores que são
grandes consumidores de aço, como o automotivo, de bens de consumo, de máquinas e
equipamentos e de máquinas agrícolas.
Segundo Leite, o setor vem de um forte impacto na demanda no quarto trimestre. No
período, informou, a retração em relação ao trimestre anterior foi de 13%. Na Usiminas, a
queda de vendas foi de 1,4 milhão para 1,25 milhão de toneladas.
No ano passado, a siderúrgica registrou seu pior volume de vendas de aço desde 2009,
ano que teve o impacto da crise global de setembro de 2008. O executivo disse que se o
dólar se mantiver no patamar de R$ 2,85 a empresa poderá se beneficiar com aumento
de exportações a partir do segundo trimestre. Em 2014, do volume total, 17% foi para o
mercado externo.
Ele aposta também em ganho de participação no mercado doméstico com possível
redução da entrada de material importado. A entrada seria contida com os riscos cambiais
e de demanda comprimida, intimidando os importadores.
Com esse nível de câmbio, afirmou Leite, atualmente os prêmios do preço do aço
praticado no mercado interno variam de 10% a 15% sobre o valor do produto importado
já colocado no país. O executivo acredita que os preços ficarão estáveis ao longo do ano,
considerando os reajustes de 5% para os clientes da distribuição em janeiro, o acordo de
reajustes para os contratos anuais com as montadoras e com o atual patamar de câmbio.
Exportações.
As exportações de minério de ferro da companhia poderiam ter alcançado 8 milhões de
toneladas no ano passado, disse o vice-presidente de finanças e relações com investidores
(RI) da empresa, Ronald Seckelmann, também em teleconferência de analistas.
O que a impediu de atingir esse volume, conforme o diretor, foram as condições
logísticas, principalmente de embarques em portos. A empresa tem contrato firmado
desde 2012 com o Porto Sudeste, que foi criado pela MMX e hoje pertence à Mubadala e à
Trafigura. As obras estão atrasadas alguns anos e o terminal só deve entrar em operação,
segundo a siderúrgica, no segundo semestre.
Em 2014, a Usiminas vendeu 5,6 milhões de toneladas da matéria¬prima do aço, a maior
parte no mercado interno. As exportações somaram apenas 680 mil toneladas. O volume
comercializado pela empresa ficou igual ao de 2011 e a empresa espera neste ano
ampliar o volume, buscando outros canais de embarque na região de Itaguaí (RJ) — porto
da Vale e CSN.
Desde o fim de 2013, a Mineração Usiminas S.A. (Musa), que tem 30% do capital em
poder da Sumitomo Corporation, dispõe de capacidade de produção de 12 milhões de
toneladas por ano.
Devido aos problemas de efetivar exportações, a Usiminas terá de pagar uma conta alta
relativa ao não cumprimento de contrato de transporte firmado com a ferrovia MRS
Logística, informou a empresa na teleconferência.
Sem revelar o montante de 2014 e anos anteriores, a siderúrgica informou que não há
nada previsto para 2015. Por outro lado, a Usiminas também vem negociando com os
donos do Porto Sudeste ressarcimento pelos contratos “take or pay” de embarques
firmados desde 2012 e que não foram realizados.
A empresa diz acreditar que suas operações de minério de ferro se mantêm competitivas
mesmo em cenário de preço de US$ 63 a tonelada. Alega o fator câmbio, queda das
tarifas do frete (para US$ 12 a US$ 15 a tonelada) até a Ásia e mais redução de custos
nas suas operações das minas de onde extrai seu produto.
Inflação medida pelo IPC-S perde força na terceira prévia do mês
23/02/2015- Fonte: Agência Brasil
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) atingiu alta de 1,08%, na terceira
prévia do mês, resultado 0,19 ponto percentual menor do que o da segunda apuração de
fevereiro (1,27%). O levantamento, feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da
Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), indica que sete dos oito grupos pesquisados
apresentaram decréscimo nas taxas.
A pesquisa refere-se aos preços coletados entre os dias 23 de janeiro e 22 de fevereiro
comparados aos do período de 23 de dezembro a 22 de janeiro. Os dados englobam sete
capitais: Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Porto
Alegre.
O peso inflacionário foi atenuado, principalmente, pelo grupo educação, leitura e
recreação, que registrou alta de 0,58%, bem abaixo da taxa da medição anterior
(1,46%). Em habitação, o índice passou de 1,38% para 1,11%, com destaque para a
tarifa de eletricidade residencial (de 4,85% para 2,88%).
No grupo alimentação, a inflação atingiu 0,95%, ligeiramente inferior à do levantamento
anterior (1,1%). Entre os principais impactos está a redução da taxa de hortaliças e
legumes (de 6,93% para 5,09%). Em transportes, o IPC-S teve variação de 2,46%, um
pouco abaixo da verificada na segunda prévia do mês (2,56%), sob o efeito da tarifa de
ônibus urbano (de 5,90% para 3,55%).
Em despesas diversas, também houve diminuição da taxa, que passou de 1,58% para
1,43%. Nessa classe de despesas, o resultado foi influenciado pelos preços dos cigarros
(de 2,81% para 2,33%).
No grupo comunicação, foi constatada queda no ritmo de correções, com variação de
0,32%. Na apuração da segunda prévia do mês, esse grupo havia apresentado alta de
0,36%. Os preços dos pacotes de telefonia fixa e internet caíram 0,05%. No
levantamento anterior, havia sido constatada elevação de 0,28%.
O grupo vestuário, que havia registrado estabilidade na taxa, apresentou recuo de 0,02%
nessa pesquisa. A queda reflete a correção menor dos calçados (de 0,42% para 0,23%).
O único grupo com aumento superior ao da apuração passada foi saúde e cuidados
pessoais (de 0,33% para 0,37%). Entre os itens pesquisados, destacam-se os artigos de
higiene e cuidado pessoal (de -0,87% para -0,67%).
Os cinco itens de maior pressão inflacionária foram: gasolina (5,09%), tarifa de ônibus
urbano (3,55%), refeições em bares e restaurantes (1,32%), tarifa de eletricidade
residencial (2,88%) e automóvel novo (1,67%). Já os cinco que mais contribuíram para
diminuir a força do índice foram passagem aérea (-22,51%), leite do tipo longa vida (3,55%), perfume (-1,23%), show musical (-2,07%) e blusa feminina (-1,53%).
Desânimo retarda reação da atividade econômica
23/02/2015- Fonte: Gazeta do Povo
Por um breve momento, a mudança na equipe econômica e a promessa de arrumação nas
contas públicas inspiraram uma ligeira melhora nas expectativas em relação à economia.
Mas o tímido otimismo que se insinuava aqui e ali foi logo sufocado por uma avalanche de
más notícias – coisas como a crise interminável na Petrobras, falta de água no Sudeste,
incertezas sobre o fornecimento de energia e aumentos de preços, juros e tributos.
Não por acaso, quase todos os índices de confiança de consumidores e empresários
atingiram, neste início de ano, os piores níveis desde que essas pesquisas começaram a
ser feitas. A insegurança atinge até setores historicamente mais otimistas, como o
comércio e os serviços.
Como consumidor desconfiado compra menos e empresário inseguro adia ou cancela
investimentos, a possibilidade de uma reação da atividade econômica fica cada vez mais
distante – no momento as expectativas mais otimistas são de estagnação do Produto
Interno Bruto (PIB).
“O consumidor se retraiu porque começa a ver desemprego e teme por seu próprio futuro.
E os empresários com quem tenho contato pretendem fazer só o básico neste ano, para
ver se a partir de 2016 as coisas melhoram”, diz Sérgio Tsuru, professor do Instituto
Superior de Administração e Economia (Isae/FGV) e consultor em gestão empresarial.
Mudança de regras fez Ibema “congelar” projeto em energia
No início da década, a fabricante de papel Ibema se programou para investir R$ 90
milhões e assegurar sua autossuficiência em energia elétrica.
Para Clecio Chiamulera, presidente da seção paranaense do Instituto Brasileiro de
Executivos de Finanças (Ibef-PR) e diretor de operações da fabricante de papel Ibema, a
sensação é de paralisia. “A mola mestra do investimento é a confiança, que está abalada.
Ninguém quer tomar decisão agora”, diz.
Já se sabia que o anunciado ajuste fiscal teria efeitos recessivos em um primeiro
momento, o que por si só colocaria empresários e trabalhadores na defensiva. Mas havia
a expectativa de que, por amargo que fosse no início, ele poderia mais tarde abrir
caminho para um crescimento sustentável da atividade econômica. Pois agora até essa
possibilidade está ameaçada. Em um governo politicamente enfraquecido, as medidas de
contenção não são consenso nem entre seus ministros, muito menos na base aliada no
Congresso.
“Esse tipo de incerteza é pior que o próprio ajuste”, avalia o economista Luciano
Nakabashi, professor de pós-graduação da USP em Ribeirão Preto. Para ele, antes de
esperar uma melhora da confiança – semanas atrás o ministro da Fazenda invocou o
“espírito animal” dos empresários –, o governo precisa conter a piora dos fundamentos da
economia, o que exigiria levar a cabo o choque fiscal e várias outras medidas. “Mesmo
assim, é difícil ver uma melhora da economia antes de meados ou do fim de 2016”, diz.
Horizonte ampliado
Segundo o gerente executivo de Políticas Econômicas da Confederação Nacional da
Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, a maioria dos empresários reconhece a
necessidade de uma arrumação na economia, vista como fundamental para estender o
horizonte de planejamento das empresas. “O problema é que, neste momento, grande
parte do ajuste parece estar calcada no aumento de juros e tributos”, diz.
Para ele, o ânimo só deve melhorar quando aparecerem sinais mais concretos dos
impactos positivos do pacote fiscal. “E as vendas precisam parar de cair, a expectativa de
demanda melhorar. [A retomada da confiança] é algo que não deve ocorrer antes do
segundo semestre”, estima.
Três empresários confiantes
Wilmar Prochmann, diretor-presidente da Sofhar Gestão & Tecnologia, projeta uma alta
de 5% a 7% nas receitas em 2015, embora admita que o “limbo de insegurança” em que
a economia brasileira se meteu dificulte qualquer previsão. “Quando fizemos o
planejamento estratégico, esperávamos um dólar próximo de R$ 2,60, R$ 2,70 ou até R$
2,75, e agora já vemos a moeda acima de R$ 2,80, o que encarece nossas atividades”,
diz. Segundo ele, as perspectivas para a economia nacional são “uma tragédia”, mas os
próprios desafios que o cenário impõe podem ajudar a Sofhar, que produz softwares e
presta serviços voltados à gestão empresarial. “A tecnologia é um investimento que traz
reflexos diretos em melhoria da gestão, redução do custo dos negócios, aumento de
produtividade, o que é ainda mais importante em momentos de crise”, explica. Foto:
André Rodrigues/Gazeta
Blanca Baggio, diretora comercial da Construtora Baggio, conta que a divisão de obras
residenciais da empresa tende a igualar o resultado do ano passado. Mas a área de obras
corporativas deve crescer 20%, garantindo o aumento do faturamento total da Baggio,
apesar de a situação da economia ter piorado. “O investidor que construía para depois
vender sumiu. Ainda aparecem aqueles que pretendem alugar. Os que mais nos procuram
são os empresários que já têm o terreno e vão construir sua escola, hospital, consultório”,
diz. O trunfo da Baggio, segundo ela, é ter caixa para financiar o cliente – que pode pagar
40% da obra até a entrega e parcelar o restante em até 90 vezes. É esse financiamento,
explica a empresária, que está viabilizando a obra de quem tem dificuldade para obter
crédito em banco comercial ou no BNDES. Foto: Henry Milléo
Marcos Godoy, franqueado da clínica de estética Onodera, acredita que as receitas
possam crescer em torno de 15% neste ano, pouco abaixo da expansão de 2014 (20%).
Dono de duas unidades, uma no bairro Batel e outra no Cabral, em Curitiba, ele vai
investir cerca de R$ 300 mil em equipamentos e pretende abrir até cinco unidades
menores neste ano, instaladas dentro de estabelecimentos de grande circulação, como
academias e salões de beleza. “Além de garantirem o próprio faturamento, elas vão
ajudar a captar clientes para as unidades maiores, que contam com uma gama maior de
serviços”, explica. “O setor de beleza vem tendo, ano a ano, um crescimento bastante
considerável. Mesmo que não cresça tanto neste ano, o investimento que vamos fazer vai
nos deixar bem posicionados para quando a economia voltar a crescer.”
Montadoras têm ociosidade recorde em 2015
23/02/2015- Fonte:INDA
A indústria automobilística brasileira vai operar este ano e o próximo com metade de sua
capacidade instalada. O cálculo leva em conta os projetos que serão inaugurados nesse
período. Novas fábricas, entre elas a da Fiat, em Goiana (PE) e a da Honda, em Itirapina
(SP), além de ampliações previstas em unidades mais antigas, vão adicionar uma
capacidade produtiva de quase 800 mil veículos ao parque automotivo.
Com isso, a capacidade anual conjunta das montadoras deve saltar das atuais 4,8 milhões
de unidades para 5,6 milhões, segundo cálculos da Tendências Consultoria. A demanda
prevista para este ano é de pouco mais de 3 milhões de unidades. Significa que o setor
vai operar com 53% de sua capacidade, porcentual que muda pouco em 2016.
Com este cenário, na visão de analistas, as montadoras tendem a manter os ajustes que
já estão promovendo, com a redução do quadro de pessoal e possivelmente de
investimentos. No ano passado, o setor eliminou 12,4 mil vagas de trabalho. Neste ano já
foram 400 demissões em janeiro e a maioria das grandes fabricantes está com medidas
de corte de produção.
O setor não operava com ociosidade tão elevada desde o período 1999-2003, na
sequência de um boom de novas montadoras que chegaram ao País, entre elas a Toyota e
a Renault. Na época, o País enfrentava rescaldos da crise externa, alta de juros e
mudança do regime cambial.
No mundo todo, a indústria automobilística deve trabalhar com 72% de sua capacidade,
prevista em 124,2 milhões de veículos neste ano e 131 milhões em 2016, segundo dados
da Pricewaterhouse Coopers (PwC).
O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea),
Luiz Moan, diz que a entidade prepara estudo sobre os dados de capacidade das fábricas.
O último número divulgado é de 4,5 milhões de veículos.
"Independentemente do número, o certo é que temos atualmente uma alta ociosidade",
admite Moan. Ele ressalta, contudo, que não se pode contabilizar a capacidade total de
uma fábrica no primeiro ano de operação, pois há um tempo para maturação do projeto.
Também é preciso levar em conta o número de turnos necessários para atingir a produção
prevista.
Cenário. A nova leva de empresas inicia operações num momento em que o Brasil está à
beira de uma recessão, que pode ser ampliada pela escassez de água e energia elétrica e
pelos desdobramentos da Lava Jato.
A produção de veículos caiu 15,3% no ano passado em comparação a 2013. O uso da
capacidade instalada baixou de 77% para 62%. Para este ano, a previsão é de cair mais
nove pontos.
"Esse cenário de forte deterioração que prossegue em 2015 e 2016 pode levar à
postergação de projetos que ainda não estejam adiantados", diz Rodrigo Baggi, analista
do setor automotivo da Tendências.
"É possível que haja um contingenciamento de investimentos e alguns lançamentos sejam
postergados", admite o executivo de uma grande montadora.
Os projetos mapeados pela Tendências para este e o próximo ano são os das novas
fábricas da Fiat, que iniciou produção na semana passada (com capacidade para 250 mil
carros), Honda (120 mil), Audi (26 mil), Mercedes-Benz (20 mil), Jaguar Land Rover (24
mil) e JAC Motors (100 mil), além de ampliações anunciadas por Volkswagen, Ford, PSA
Peugeot Citroën e Mitsubishi.
O projeto da chinesa JAC está atrasado em mais de um ano. Após vários anúncios, o início
das obras em Camaçari (BA) agora está previsto para abril, com término no meio de
2016.
A também chinesa Chery, inaugurada em agosto, só iniciou produção comercial há duas
semanas. Com capacidade para 50 mil veículos anuais, espera produzir 30 mil este ano.
O Brasil tem hoje 23 plantas que produzem automóveis e comerciais leves e mais cinco
serão inauguradas até 2016. Vários dos novos investimentos foram definidos em razão do
programa Inovar-Auto, que incentiva a produção local com benefícios fiscais e aumenta
impostos para importações.
Para o sócio da MB Associados, José Roberto Mendonça de Barros, o Inovar-Auto não é
um bom programa justamente porque ao longo do tempo cria-se um excesso de produção
de veículos. "Tem o erro de colocar um muro de proteção tão elevado que obrigou mesmo
montadoras de carros mais de luxo a abrir fábricas aqui."
Em sua opinião, não faz sentido abrir uma fábrica em escala não econômica só para
escapar do alto imposto da importação. "O erro básico do Inovar-Auto foi projetar uma
tendência de crescimento do mercado que era temporária. E agora, como consertar isso?
Ou começa a exportar ou vai sobrar capacidade de produção para o resto da vida." O
ponto positivo, diz o consultor, é que foi a primeira vez que se estabeleceram condições
de contrapartida das empresas, como a redução de consumo de combustível.
Para Moan, a situação sem o Inovar-Auto seria pior. "Do total de vendas de carros, já
chegamos a ter 30% de importados", diz. "Se continuássemos nesse ritmo, talvez hoje
metade das nossas vendas seria de importados e estaríamos com um problema ainda
mais grave de produção e empregos."
Paraná tem o 5º IPVA mais caro do País
23/02/2015- Fonte: Bem Paraná
Um estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) mostra
que a arrecadação com o Imposto sobre Propriedade de Veículos e Automotores (IPVA)
neste ano alcançará a marca de R$ 32,756 bilhões, sendo que cada brasileiro irá pagar,
em média, R$ 161,55 do referente a esse imposto estadual. São Paulo é o Estado que
tem o IPVA mais caro por habitante, que é de R$ 307,13, por paulista, seguido pelo
Distrito Federal, cujo tributo equivale a R$ 248,13 por habitante, Rio Grande do Sul, com
R$199,78, Santa Catarina, com R$199,59, e Paraná, onde cada paranaense desembolsará
R$191,23 para quitar o imposto.
No ano passado, a arrecadação total foi de R$ 26,910 bilhões, apresentando portanto um
aumento de 21,72%, em termos nominais. Já o Estado do Maranhão é o que cobra o
menor valor do IPVA dos habitantes, equivalente a R$ 47,28 por maranhense. A lista tem
ainda os Estados da Paraíba, onde o imposto pago é de R$ 53,26; Pará, com R$ 53,74%;
e Alagoas, com R$ 57,88 por cada habitante.
De acordo com o presidente executivo do IBPT, João Eloi Olenike, como as alíquotas do
IPVA variam por Estado, é possível constatar a migração dos contribuintes proprietários
de veículos para os locais que oferecem a menor tributação.
“O Paraná, por exemplo, é o sexto Estado mais populoso do País, mas sua frota de
veículos perde apenas para os Estados de São Paulo e Minas Gerais, que possuem
13.524.340 e 9.437.008 veículos, respectivamente”, explica.Segundo o tributarista, esse
é o caso, por exemplo, de empresas que utilizam uma grande frota de veículos para
exercer suas atividades, que, para uma economia do imposto, acabam indo emplacar seus
veículos em outro estado, com menor tributação. No final do ano passado, a alíquota do
IPVA no Estado subiu de 2,5% para 3,5%.
Grupo criado em 2013 diagnosticou crise do PR
23/02/2015- Fonte: Gazeta do Povo
Mauro Ricardo Costa, secretário da
Fazenda: pasta criou grupo de
trabalho sobre as contas do estado
em 2013.
Um grupo de trabalho da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefa) fez um levantamento das
contas da gestão Beto Richa (PSDB) cerca de um ano antes da eleição de 2014. Segundo
fonte, o relatório final produzido pela equipe diagnosticou a crise financeira do estado e
foi apresentado ao governador, seguido de um plano de pagamento das dívidas com
fornecedores. Durante a campanha pela reeleição, Richa defendeu que o caixa estava “em
ordem”, o que garantiria um resultado melhor no segundo mandato.
A reportagem solicitou o material à assessoria de imprensa da Sefa, que negou sob a
justificativa de que “não há obrigatoriedade de tornar o documento público” e que “as
informações são de uso exclusivamente gerencial”. Formalizada na quinta-feira passada, a
recusa ocorreu às vésperas do início da tramitação de uma nova versão do pacote de
austeridade do governo.
Na contramão da decisão de não divulgar o documento, o atual secretário da Fazenda,
Mauro Ricardo Costa, disse em entrevista à Gazeta do Povo, em 13 de fevereiro, que as
dificuldades de aprovar as medidas decorreram de “uma deficiência de comunicação”.
“Talvez tenha havido uma dificuldade de transmitirmos a situação real que passa o
estado”, disse Costa, que assumiu o cargo em janeiro.
O grupo foi criado pela portaria 22 da Sefa, de 15 de outubro de 2013, publicada no
Diário Oficial número 9.075. O ato assinado pelo então diretor-geral da secretaria, Clovis
A. Rogge, nomeia quatro servidores para o grupo. O objetivo era analisar o fluxo
financeiro e previsões de receitas e despesas.
Para cumpri-lo, foram estabelecidas quatro tarefas. A penúltima era analisar a execução
dos programas/ações sob a responsabilidade das secretarias, fornecendo informações “a
fim de que as devidas correções de ritos e atos sejam adotadas”. A última, “fornecer”
relatórios e planilhas com as devidas recomendações, bem como informações precisas
acerca da execução dos trabalhos, das situações e fatos encontrados e seus resultados”.
Gazeta do Povo pede documento via Lei de Acesso à Informação
No mesmo dia (19) em que a assessoria de imprensa da Sefa negou a divulgação do
relatório do grupo de trabalho criado em 2013, a reportagem realizou um novo pedido,
com base na Lei de Acesso à Informação à Controladoria-Geral do Estado.
O resultado teria sido o mapeamento detalhado de todos os gastos do estado – com
informações analíticas de quando, onde e quanto foi aplicado durante os quase três
primeiros anos da gestão Richa. Segundo uma fonte que acompanhou os trabalhos, foram
listados todos os contratos com fornecedores, por tipo de contratação (serviço, obra
pública, fornecimento de bens, etc.). Junto com o relatório final, Richa teria sido
informado de que a situação já indicava a perspectiva de falta de recursos para o
pagamento de pessoal.
Em dezembro daquele ano, o governo enfrentou dificuldades para pagar o 13.º salário do
funcionalismo. Em janeiro de 2014, a então secretária de Fazenda, Jozélia Nogueira,
tornou público que a dívida com fornecedores era de R$ 1,1 bilhão. O número contrastava
com o dado posterior de que, na comparação com as 27 unidades da federação, o Paraná
foi a que teve o maior aumento de receita corrente líquida, entre dezembro de 2010 e
abril de 2014.
Fundos somam R$ 9 bilhões em papéis afetados pela crise da Petrobras
23/02/2015- Fonte: Folha de S.Paulo
Os fundos de investimento tinham pelo menos R$ 9 bilhões em papéis diretamente
ligados à Petrobras e aos seus fornecedores, incluindo empresas citadas na Lava Jato, no
final de janeiro.
São aplicações que surgiram no período de pujança financeira da Petrobras, mas que
agora tornaram-se sensíveis a eventuais atrasos nos pagamentos tanto da Petrobras
quanto de sua cadeia de fornecedores.
Também têm sofrido com os recentes rebaixamentos de avaliação das agências de risco.
Quando isso ocorre, o valor de um título deve ser revisto para baixo, implicando em
perdas para os cotistas.
O levantamento, baseado em dados da consultoria Economatica, considerou quanto os
fundos possuem em debêntures (dívidas de longo prazo) e participações das empreiteiras,
além do adiantamento de recursos que os fornecedores receberão da estatal (chamados
recebíveis) e de papéis baseados em imóveis que a estatal aluga.
O montante dobra se incluir também os recebíveis que não foram para os fundos, mas
ficaram nos bancos. A Petrobras coordena um programa chamado Progredir, que
viabilizou o adiantamento de R$ 9,4 bilhões em recebíveis desses fornecedores.
A situação mais delicada é a de 217 fundos que somam R$ 7,3 bilhões em dívida e
participações em empreiteiras acusadas de pagar propina para conseguir contratos na
Petrobras.
Elas foram banidas da lista de fornecedores da estatal e várias enfrentam problemas de
caixa. Em dezembro, esses fundos tinham mais: R$ 7,8 bilhões. O recuo deve-se tanto a
resgates quanto à desvalorização nas cotas.
A maioria desses fundos é voltada a grandes investidores, como outros fundos de
investimento ou de pensão, e muitos têm como cotista o próprio banco gestor.
O maior temor dos cotistas é que essas empresas peçam recuperação judicial. Uma vez
aceito o pedido, os pagamentos são suspensos e o fundo entra na fila como credor para
receber da empresa.
Só a Caixa Econômica Federal tem sob gestão R$ 3,8 bilhões, espalhados em 15 fundos.
A Caixa afirma que esses fundos não são oferecidos a clientes, sendo que dois deles
concentram R$ 3 bilhões e têm como cotista a empresa emissora da dívida.
Há ainda no mercado cerca de R$ 1,2 bilhão em papéis cujo risco está ligado a imóveis
alugados pela Petrobras –os CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários).
Com a piora da situação financeira da empresa, aumentou a chance de que haja calote
nestes pagamentos. No final de janeiro, a Moody´s rebaixou algumas séries desses títulos
emitidos pela RB Capital e avisou que outros rebaixamentos podem vir.
Os fundos formados para reunir os recebíveis de fornecedores da Petrobras –FIDCs
(Fundos de Investimento em Diretos Creditórios) – reúnem hoje R$ 38 milhões, mas o
valor já foi muito maior.
As aplicações encolheram diante do temor de gestores de que os fornecedores não
finalizassem as obras.
Nesse caso, as perdas iniciais são da Petrobras (que também é cotista) e depois dos
demais aplicadores.
A Plural Capital, que lançou um fundo de R$ 300 milhões há cerca de quatro anos, é uma
das que decidiu devolver o dinheiro dos cotistas e irá encerrar o fundo.
"Uma coisa é fomentar um mercado sadio. Se o clima não está bom para o fornecedor,
não está para o produto", diz Humberto Tupinambá, gestor de fundos do setor de óleo e
gás da instituição.
Investidor já trata Brasil como país que perdeu grau de investimento
23/02/2015- Fonte: Folha de S.Paulo
Parte dos investidores já tem tratado o Brasil como um país que não tem o grau de
investimento, espécie de selo de bom pagador de sua dívida, dado por agências que
avaliam risco.
O custo para se proteger de um calote do Brasil está mais caro do que o seguro contra
uma moratória de Turquia, Bulgária ou Indonésia, já considerados "especulativos" pela
agência Standard & Poor's –uma das três principais no mundo.
Os três países estão na faixa mais alta da classificação especulativa, um degrau abaixo do
Brasil –que, pelo ranking da S&P, está hoje a uma nota de perder o grau de investimento.
Na sexta-feira, o CDS (Credit Default Swap) brasileiro, papel que o investidor compra
para se proteger do calote, fechou cotado a 238,3 pontos. Isso significa que, para
proteger US$ 10 milhões emprestados ao governo brasileiro por um ano, o investidor
paga US$ 238,3 mil.O valor do CDS brasileiro está bem acima dos 189,3 pontos da
Turquia, 192,8 pontos da Bulgária e 151 pontos da Indonésia. Só não supera o da Rússia,
de 475 pontos. O seguro contra o calote da Índia, que tem a mesma classificação
brasileira, está em 157,9 pontos.
DESAFIO
A percepção dos analistas é que o mercado está "trucando" o ministro Joaquim Levy
(Fazenda) a dar sinais concretos de que conseguirá fazer a economia prometida pelo
governo, de 1,2% do PIB.
No ano passado, União, Estados e municípios fecharam, juntos, com deficit de R$ 32,5
bilhões (0,63% do PIB), primeiro resultado negativo da série histórica iniciada pelo BC em
dezembro de 2001.
Como o governo não teve dinheiro para cobrir todas as despesas, seu endividamento
cresceu, o que aumenta a desconfiança do investidor.
Os seguros para papeis brasileiros ficaram mais caros que os turcos a partir de novembro,
depois que a presidente Dilma Rousseff ganhou a eleição. No dia 24 de outubro, antes da
reeleição, o CDS brasileiro estava cotado a 166 pontos.
A diferença se aprofundou desde o início do ano, após a posse de Levy. Em 31 de
dezembro, o papel fechou cotado a 197 pontos. Desde então, subiu 41,3 pontos.
Com o seguro contra calote mais caro, os investidores exigem juros mais altos dos papeis
brasileiros para compensar essa perda.
"A incerteza sobre o ajuste fiscal e a falta de credibilidade da política econômica são as
principais causas desse mau humor do mercado", disse Bráulio Borges, economista-chefe
da LCA Consultores.
Os investidores também estão reagindo a indicadores ruins: economia estagnada, inflação
em alta e amplo déficit em transações correntes (trocas do país com o mundo).
Segundo Zenia Latif, economista-chefe da XP Investimentos, o mercado se antecipou às
grandes crises que rondam a economia brasileira: o risco de falta de água e energia e os
desdobramentos da Operação Lava Jato.
"O mercado financeiro olha seis meses à frente e o grau de incerteza é enorme. Ninguém
sabe quais serão os impactos da Lava Jato nos investimentos e na solidez do sistema
financeiro", disse.
Confiança da indústria em fevereiro é a menor em 4 meses
23/02/2015- Fonte: EXAME.COM
Rio - O Índice de Confiança da Indústria (ICI) apurado na prévia da sondagem de
fevereiro ficou em 83,2 pontos, o que significa recuo de 3,1% em relação ao resultado
final de janeiro, que foi de 85,9 pontos.
Trata-se do menor nível desde outubro de 2014 (82,6 pontos).
No mês passado, o ICI subiu 1,9%. Na comparação com fevereiro de 2013, sem ajuste, a
prévia aponta recuo de 15,5% na confiança.
A média histórica recente do indicador está em 102,2 pontos.
"O resultado de fevereiro foi influenciado tanto pela piora das avaliações sobre o
momento presente quanto das expectativas em relação aos meses seguintes", informou a
Fundação Getúlio Vargas, em nota oficial.
A prévia de fevereiro monstra que o Índice da Situação Atual (ISA) recuou 1,7%, para
84,3 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) caiu 4,8%, para 82,0 pontos.
Nuci
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria atingiu 82,0% em
fevereiro.
O resultado, já livre de influências sazonais, é idêntico ao apurado no resultado final da
sondagem de janeiro.
A prévia dos resultados da Sondagem da Indústria abrange a consulta a 783 empresas
entre os dias 02 e 19 deste mês.
Economistas voltam a piorar projeções para PIB e inflação em 2015 pela 8ª
semana
23/02/2015- Fonte: Reuters Brasil
Economistas de instituições financeiras voltaram a piorar suas projeções para o
crescimento econômico e a inflação neste ano, mantendo o cenário para a política
monetária ao final de 2015.
A pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira mostrou que a
estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 piorou pela oitava semana
seguida, a uma contração de 0,50 por cento, contra queda de 0,42 por cento no
levantamento anterior.
A indústria é um grande peso sobre a atividade, mas a projeção de recuo na produção
passou a 0,35 por cento, ante contração de 0,43 por cento antes.
Sobre 2016, a projeção para o PIB continua sendo de expansão de 1,50 por cento.
Em meio a riscos de racionamento de energia elétrica e de água, o Brasil não vem
conseguindo imprimir uma recuperação sustentada da atividade diante do cenário
confiança abalada e inflação alta.
Em relação à alta do IPCA neste ano, a pesquisa apontou a oitava piora seguida da
projeção para 2015. Os economistas consultados agora projetam avanço de 7,33 por
cento, contra 7,27 por cento anteriormente.
Os preços administrados devem ser os grandes vilões da inflação neste ano, com projeção
no Focus de alta de 10,4 por cento, 0,4 ponto percentual a mais do que na semana
anterior.
Para o final de 2016 a expectativa de avanço do IPCA permanece de 5,6 por cento, com
alta de 5,5 por cento dos preços administrados, projeção também inalterada.
Com a inflação em níveis elevados, os especialistas mantiveram o cenário de que a Selic
encerrará 2015 a 12,75 por cento. Eles projetam alta de 0,5 ponto percentual na taxa
básica de juros, atualmente em 12,25 por cento, na reunião de março do Comitê de
Política Monetária (Copom).
Anfavea quer prorrogar acordo com México
23/02/2015- Fonte: Automotives Business
As montadoras instaladas no Brasil querem a prorrogação do acordo automotivo com o
México pelos próximos cinco anos, segundo o presidente da Associação Nacional dos
Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan.
O executivo participou na sexta-feira, 20, da primeira rodada de reunião entre
representantes do Brasil e do México no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior. “Estamos satisfeitos com o andamento das negociações. A primeira
reunião foi para cada um dos lados apresentar intenções. Esperamos fechar o acordo no
próximo encontro”, diz Moan. No dia 27 de fevereiro os dois países voltam a discutir, na
Cidade do México, a renovação do acordo.
Assinado há três anos para reduzir a entrada de automóveis mexicanos no Brasil, o
acordo vigora até 18 de março. Pelo pacto, o México pode vender até US$ 1,64 bilhão por
ano em veículos leves para o Brasil com isenção de tarifas. Acima desse montante, as
importações são taxadas em 35%.
O acordo também estabelece que os veículos precisam ter pelo menos 35% de conteúdo
local. No caso do Brasil, a exigência vale para peças produzidas no Mercosul. Na época da
assinatura do documento, a regra tinha como objetivo estimular o comércio de autopeças
entre os dois países.
Originalmente, o acordo previa o aumento da cota de componentes regionais para 40% a
partir de 2016. Moan, no entanto, afirma que a Anfavea deseja a manutenção do índice
em 35%: “A manutenção do acordo nos termos atuais traz estabilidade para o setor
automotivo, que perdeu competitividade nos últimos anos.”
O México defende o livre comércio de veículos com o Brasil, com isenção de tarifas para
todas as vendas para o mercado brasileiro. O resultado das negociações será anunciado
no fim do mês, após as reuniões na capital mexicana.
Metro-Shacman e Grupo Shaanxi anunciam joint venture no Brasil
23/02/2015- Fonte: Automotives Business
A Shacman anuncia a criação de uma joint venture entre a Metro-Shacman, representante
brasileira e importadora, e o Grupo Shaanxi Automobile, que detém o controle da marca
chinesa, para dar continuidade ao seu projeto de fabricar caminhões no Brasil. O novo
acordo assinado no fim de janeiro durante a conferência anual do grupo na cidade de
Zhuhai, na China, prevê um investimento de US$ 100 milhões para a instalação da linha
de montagem em Tatuí, no interior de São Paulo, conforme comunicado divulgado na
sexta-feira, 20.
A nova empresa (joint venture) denominada Shacman do Brasil contará com terreno
próprio da Metro-Shacman de 54 mil metros quadrados em Tatuí, dos quais 12 mil metros
quadrados são de área construída. Pela previsão da companhia, os primeiros caminhões
devem sair da linha de montagem em 2016.
“Celebramos um marco importante para a produção de veículos Shacman no Brasil, com
total apoio de um dos maiores fabricantes de veículos do mundo”, afirma Reinaldo Reis
Vieira, CEO da Metro-Shacman, na ocasião da assinatura da joint venture com Wang
Gang, vice-presidente da Shaanxi. Também participaram da cerimônia representantes da
marca Shacman da América Latina, Ásia, Autstrália, Oriente Médio e África.
Procurada, a Metro-Shacman não deu mais detalhes sobre a joint venture: se a
participação será de 50% para cada uma e se manterá o aporte de R$ 400 milhões que
havia anunciado em 2011 quando divulgou sua intenção de construir uma fábrica no
Brasil.
TRAJETÓRIA CHINESA
Antes de confirmar sua participação no mercado brasileiro, a Shacman foi uma das muitas
marcas de origem chinesa a anunciar a intenção de vender e fabricar caminhões no Brasil.
Em 2011, diversas marcas da China se apresentaram ao público especializado durante a
Fenatran, incluindo a própria Shacman, quando ainda estava em processo de
homologação de seus caminhões para o País.
Em maio de 2012, o grupo Shaanxi Automobile chegou a anunciar um investimento de R$
1 bilhão para a cidade de Caruaru (PE). Já no ano seguinte, com a sobretaxação do IPI
para importados, a maior parte das empresas chinesas estacionou seus projetos e
importações e em 2013 a Shacman foi a única chinesa presente no evento daquele ano.
Naquela ocasião, o diretor de desenvolvimento de negócios, Marco Gonzalez, havia
afirmado que fabricaria aqui o cavalo mecânico extrapesado TT 440 6x4.
Ainda em 2013, a Metro-Shacman se habilitou ao Inovar-Auto como investidora,
garantindo a importação de até 2,5 mil caminhões por ano sem a sobretaxação até o
início de sua produção, previsto para 2016, período que está mantido pela empresa. No
ano passado, se associou à Anfavea, tornando-se a primeira marca de caminhões de
origem chinesa a fazer parte da entidade.
De acordo com os dados da associação, as vendas da Shacman somaram 51 unidades no
ano passado, sendo que em 2013 os licenciamentos foram de 31 caminhões.
Transbrasiliana tem projeto enquadrado para emissão de debêntures de
infraestrutura
23/02/2015- Fonte: Automotives Business
A concessionária de rodovia Transbrasiliana, adquirida pela Triunfo Participações, teve
projeto de investimento enquadrado como prioritário para a emissão de debêntures de
infraestrutura, segundo portaria do Ministério dos Transportes publicada no Diário Oficial
da União desta segunda-feira.
O projeto prevê investimentos de expansão e manutenção no trecho sob concessão da
BR-153/SP, entre a divisa de Minas Gerais e São Paulo e a divisa de São Paulo e Paraná,
assim como seus acessos.
As debêntures de infraestrutura, também conhecidas como debêntures incentivadas,
possuem incentivos fiscais e são usadas como fonte de financiamento de projetos.
A Triunfo Participações concluiu a compra da BR Vias Holding, dona da Transbrasiliana
Concessionária de Rodovia, em janeiro deste ano.
Dólar avança em direção a R$ 2,90 no início dos negócios
23/02/2015- Fonte: Reuters Brasil
O dólar subia em direção ao patamar de 2,90 reais no início dos negócios desta segundafeira, dando continuidade à escalada recente mesmo após a Grécia acertar a extensão de
seu programa de resgate após o fechamento dos negócios da sexta-feira.
Às 9h06, a moeda norte-americana avançava 0,17 por cento, a 2,8838 reais na venda,
após subir 0,46 por cento na sessão passada.
O Banco Central dará continuidade às intervenções diárias no mercado de câmbio nesta
manhã, ofertando até 2 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólar, com
vencimentos em 1º de dezembro de 2015 e 1º de fevereiro de 2016.
A operação ocorrerá entre 9h30 e 9h40 e o resultado será divulgado a partir das 9h50.
O BC fará ainda mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 2 de março, que
equivalem a 10,438 bilhões de dólares, com oferta de até 13 mil contratos. Até agora, a
autoridade monetária já rolou cerca de 72 por cento do lote total.
Ações avançam com nova fase de acordo grego
23/02/2015- Fonte: EXAME.COM
As ações asiáticas tiveram leve alta nesta segunda-feira à medida que vários mercados da
região voltaram a funcionar depois do feriado do Ano Novo Lunar, com a confiança
sustentada pela Grécia ter alcançado um acordo para evitar uma crise fiscal imediata.
Ministros da zona do euro concordaram, no final da sexta-feira, em estender o pacote de
resgate financeiro da Grécia em quatro meses, uma extensão mais curta que os seis
meses que o país buscava.
Alívio pelo acordo de última hora levou as ações em Wall Street a máximas recordes, e
deve oferecer apoio aos mercados europeus.
Mas os mercados asiáticos como um todo viram poucas compras na esteira dos ganhos
dos EUA. Às 7h42 (horário de Brasília), o índice MSCI que reúne ações da região ÁsiaPacífico com exceção do Japão recuava 0,28 por cento.
O índice japonês Nikkei, no entanto, seguiu o rali de alívio pela Grécia em Wall Street e
subiu 0,7 por cento para marcar uma nova máxima de 15 anos.
"O acordo sobre a dívida está oferecendo conforto ao mercado", disse o vice-presidente
de investimento do Sumitomo Mitsui Trust Bank, Masashi Oda, acrescentando que o
apetite de investidores por ações japoneses se deve principalmente aos preços de
mercado atrativos.
A atividade na Ásia deve retomar o ritmo nesta semana com a volta dos feriados do Ano
Novo Lunar. Os mercados da China continental ficam fechados até a quarta-feira.
Nova ADI questiona MP que alterou regras da Previdência
23/02/2015- Fonte: ConJur
Nova ADI questiona MP que alterou regras da Previdência
A Medida Provisória 664/2014, que alterou regras do sistema de Previdência Social no
final do ano passado, voltou a ser questionada no Supremo Tribunal Federal. A
Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU)
apontou supostos vícios formais e materiais na MP, por meio da Ação Direta de
Inconstitucionalidade 5.238, sob relatoria do ministro Luiz Fux. A ADI pede liminar para
suspender a MP 664/2014 ou trechos dela, e no mérito, a declaração de
inconstitucionalidade da norma.
A entidade alega que a MP violou o Artigo 246 da Constituição Federal, que veda
regulamentação, por medida provisória, de comando constitucional alterado por emenda
aprovada entre 1995 e 2001. A ADI aponta, para isso, o fato de a norma ter sido editada
quase 16 anos depois da Reforma da Previdência de 1998, o que evidenciaria a falta de
urgência para tratar do tema (Artigo 62) e a promoção de minirreforma sem a devida
discussão no Legislativo (Artigo 201).
Oito pontos
A MP, que alterou outros benefícios previstos a trabalhadores — como a possível
dificuldade do acesso ao seguro desemprego dos jovens, como noticiado pela ConJur em
dezembro de 2014 — e pensionistas, já é questionada em outras ADIs. Nesta, a CNTU
aponta pelo menos oito dispositivos constitucionais desrespeitados com as novas regras
que restringiram concessão do auxílio-doença, de pensão por morte e de aposentadoria
por invalidez. Entre eles, direitos e garantias fundamentais (Artigo 5°); garantia a direitos
sociais, ao bem-estar e à justiça social (artigos 6° e 193°); conceito de família e sua
proteção (Artigo 201, inciso 1; e Artigo 226) e criação de tributo adicional ao empregador
(Artigo 154 inciso I e Artigo 195 parágrafo 6).
A entidade ainda afirma que a medida provisória violou o princípio da proibição ao
retrocesso social, ressaltando que a norma apresenta “vícios materiais graves, contrários
aos princípios constitucionais que protegem a ordem social e os direitos individuais”. Com
informações da assessoria de imprensa do STF.
Sindicato não pode ser responsabilizado por acidente de trabalho
23/02/2015- Fonte: ConJur
Como não há relação de emprego entre sindicado e trabalhador, inexistem fundamentos
legais para que a entidade tenha responsabilidade solidária por morte em acidente de
trabalho. Foi com esse entendimento que a 2ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho
acolheu o recurso de revista do Sindicato dos Estivadores e Trabalhadores em Estivas de
Minério de Salvador para ser excluído da ação movida pelos herdeiros de um estivador
vítima de acidente durante o embarque de cargas.
O ministro Renato de Lacerda Paiva, relator do processo, explicou que a Lei 8.630/93 (Lei
dos Portos) dispõe expressamente que a responsabilidade pela remuneração do
trabalhador portuário é solidariamente reconhecida entre o Órgão Gestor de Mão de Obra
(OGMO) e os operadores portuários e que o sindicato somente representa a categoria dos
estivadores administrativa e judicialmente.
A viúva e os herdeiros do estivador entraram com ação contra a Conde Marítima e
Comercial e o Sindicato dos Estivadores de Salvador para conseguir indenizações por
danos morais e materiais em decorrência da morte dele durante o embarque de cargas no
Navio Nedloyd Rio. O acidente aconteceu quando uma liga que suspendia um contêiner se
rompeu e a carga despencou no porão onde estava o empregado. Com o impacto, ele foi
arremessado a uma altura de 15 metros e teve morte instantânea.
Empresa e sindicato foram condenados pela 1ª Vara do Trabalho de Salvador a pagarem,
solidariamente, indenizações por danos morais e materiais que somavam R$ 375 mil,
além de pensão vitalícia. No entanto, o sindicato alegou que não pode ser parte na ação
por não ter relação de emprego com o trabalhador.
O Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (BA), porém, manteve a sentença, por
entender que o sindicato indicou empresa inidônea, e, "certamente, não velou pela
vigilância e fiscalização relacionada à segurança do empregado". O sindicato recorreu ao
TST e foi retirado da ação.
O artigo 265 do Código Civil dispõe que a solidariedade não pode ser presumida. Ela tem
de estar prevista em lei ou definida pela vontade das partes.
Investidores esperam queda de 0,5% no PIB de 2015
23/02/2015- Fonte: Agência Brasil
Os investidores e analistas do mercado financeiro esperam retração de 0,5% no Produto
Interno Bruto (PIB, soma dos bens e riquezas produzidos em um país) em 2015. A
expectativa piorou em relação à semana anterior, quando era prevista queda de 0,42%.
Para 2016, é esperado que a economia volte a crescer, com elevação de 1,5% do PIB.
Os dados, divulgados hoje (23) pelo Banco Central (BC), estão no boletim Focus, pesquisa
semanal feita com instituições financeiras. Os analistas também estão mais pessimistas
em relação à inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O
mercado espera que ela encerre 2015 em 7,33% contra 7,27% da projeção anterior. O
teto da meta estabelecido pela equipe econômica é 6,5%. Para os preços administrados,
que são regulados pelo governo, a estimativa é que haja alta de 10,4%. A projeção
anterior era 10%.
Com relação à taxa básica de juros, a Selic, a previsão é que feche 2015 em 12,75% ao
ano. A projeção de câmbio permanece R$ 2,90. A estimativa da dívida líquida do setor
público ficou em 37,9% do PIB. A produção industrial deve recuar 0,35% na avaliação do
mercado financeiro.
A projeção do déficit em conta corrente, que mede a qualidade das contas externas, ficou
em US$ 78,4 bilhões – aumento em relação aos US$ 78 bilhões da semana anterior. O
saldo projetado para a balança comercial caiu de US$ 5 bilhões para US$ 4,4 bilhões. Os
investimentos estrangeiros estimados são US$ 60 bilhões.
Pernambuco instala Laboratório de Usinagem Avançada
23/02/2015- Fonte: Agência Brasil
O Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep) inaugurou recentemente o Laboratório de
Mecânica e Usinagem Avançada (LMUA), destinado a apoiar o polo de metalmecânica do
Estado. O LMUA será essencial para o crescimento e a consolidação de micros, pequenas
e médias empresas da área e também atuará na formação de profissionais especializados.
“O laboratório funcionará como ambiente compartilhado e ficará aberto 24 horas, 365 dias
por ano, à disposição das micro, pequenas e médias empresas, oferecendo máquinas e
serviços que possibilitem que elas se estabeleçam como fornecedoras para a indústria de
metalmecânica seja na área naval, de petróleo e gás, automotiva, dentre outros
segmentos”, explica o engenheiro naval e gerente do LMUA, Marcos Pereira.
Equipado com máquinas modernas cedidas pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e
Inovação (Sectec), o laboratório oferecerá uma gama de serviços em diversas frentes,
como projeto mecânico e de dispositivos, integridade estrutural, engenharia de fabricação
e usinagem mecânica. O LMUA será compartilhado com empresas, empreendimentos
incubados e universidades, além de oferecer capacitação para profissionais que irão atuar
na área de metalmecânica. “Queremos contribuir para o desenvolvimento industrial não
só do ponto de vista de produtos e processos, mas também de pessoas”, destaca Pereira.
“O Itep está buscando a integração com os empreendimentos de metalmecânica do
Estado”, acrescenta Frederico Montenegro, presidente do instituto. O LMUA faz parte de
uma série de ações a serem implementadas pelo instituto por meio da nova Gerência de
Metalmecânica e Materiais (GEMM), que também está incumbida de desenvolver as ações
de instalação do Parque Tecnológico de Metalmecânica (PTMM), que contará com cinco
hectares no Complexo Industrial de Suape.
Schunk tem boa perspectiva de crescimento no Brasil
23/02/2015- Fonte: Usinagem Brasil
(22/02/2015) - As perspectivas econômicas para a indústria brasileira em 2015 apontam
para um período de dificuldades. Mas não para a Schunk Intec-Br. A filial brasileira da
fabricante alemã de acessórios para fixação e automação prevê faturar 50% mais este
ano do que o registrado no passado, quando já havia crescido 53%.
Em parte esse desempenho deve-se ao fato de a empresa alemã ter passado a atuar
diretamente no mercado brasileiro há apenas três anos, quando instalou filial e show
room em Santo André (SP). Mas este não é o único motivo, de acordo com Sérgio Coca,
gerente-geral da Schunk Intec-Br: “apesar da retração do mercado, as indústrias
brasileiras sabem que precisam investir para ganhar produtividade e ser mais
competitivas, como é o caso da redução do tempo de preparação de peças”.
E é isso que está ocorrendo na prática, informa o gerente. “O mercado está bastante
receptivo à realização de testes de novos produtos e novas tecnologias de fixação e
automação”.
Sérgio Coca apresenta ainda outro dado que deve contribuir para uma melhor
performance da empresa em 2015. Pelo acordo firmado com o atual distribuidor no Brasil,
a Prodromus, a filial da Schunk passará a atuar diretamente também no segmento de
automação, atendendo as regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. A Prodromus
manterá o atendimento como distribuidor exclusivo para toda a Região Sul e como
representante no Estado de São Paulo.
Deste modo, avalia Coca, “a companhia estará mais próxima dos clientes finais, dos
integradores e fabricantes de robôs, o que deve aumentar o volume de negócios”. A
Schunk conta com uma linha de garras e componentes para robótica e automação com
soluções que abrangem desde uma simples carga e descarga de peças até uma complexa
automação de linha de usinagem, montagem ou embalagem, de diversos segmentos de
mercado, como o automobilístico, aeroespacial, médico-odontológico, embalagem,
alimentício, farmacêutico, cosmético etc.
O mercado brasileiro é considerado de grande potencial para a Schunk, em especial no
segmento de robótica. Sérgio Coca lembra que em média os países contam 56 robôs
instalados a cada 10 mil trabalhadores na indústria. A Coreia do Sul estaria no topo da
lista com cerca de 400 robôs para cada 10 mil trabalhadores. No Brasil este índice é de
apenas 8 robôs para cada 10 mil trabalhadores.
Foco da Usiminas em 2015 será o mercado interno
23/02/2015- Fonte: INDA
Apesar da valorização do dólar frente ao real, o que poderia estimular as vendas para o
exterior, o foco da Usiminas – maior produtora de ações planos do país – será o mercado
doméstico, segundo o novo presidente da siderúrgica Rômel de Souza. “A nossa
estratégia será a redução de custos, que envolve conhecimento e eficiência, o que é bem
diferente de corte de gastos, que significa deixar de fazer alguma coisa”, frisou.
Para o dirigente, é possível fazer mais, utilizando a mesma quantidade de um
determinado insumo. “Se eu acerto a largura do aço, descarto menos. Logo, melhorou o
rendimento da empresa”, observa.
De acordo com ele, o mercado brasileiro representa de 80% a 85% dos negócios.
“Mantemos um canal de exportação, só que só vale a pena exportar quando há margem,
o que, no momento, é propiciado pelo mercado norte-americano, que está com os preços
melhores”, diz.
Apesar de cerca de 40% do custo da Usiminas ser operado em dólar, a cotação alta da
moeda norte-americana vai ajudar nos negócios, segundo Souza, no sentido que reduz a
importação de aço, em especial, do chinês.
Além da redução dos custos, para ganhar da concorrência e vender no mercado nacional,
a empresa está apostando em aços de maior valor agregado, com maior conteúdo
tecnológico. “Temos aços resistentes a abrasão, que ninguém faz no Brasil”, diz.
Depois de ter registrado prejuízo líquido de R$117 milhões no quarto trimestre de 2014,
no balanço divulgado na última quarta-feira, a perspectiva do presidente da companhia é
fechar 2015 no “azul”. “Todos os nossos esforços serão nesse sentido. Vamos nos
diferenciar por oferecer um produto de qualidade, além da eficiência no atendimento ao
cliente”, ressaltou.
O presidente da companhia afirmou que é possível reverter o prejuízo, que foi fruto de
vários fatores, entre eles a fraca demanda por aço no mercado interno e da derrocada dos
preços do minério de ferro.
Ainda assim, considerando os doze meses de 2014, o lucro foi de R$ 208 milhões – doze
vezes mais que os R$ 17 milhões de 2013, grande parte do resultado positivo foi fruto da
venda do excedente de energia elétrica ao mercado.
Carajás expande a lavra para novas áreas
23/02/2015- Fonte: INDA
Do mirante, a mina N4E, na Serra norte de Carajás, no Pará, surge em toda sua
dimensão: explorada a céu aberto, a cavidade se estende por três quilômetros de
extensão e 1,5 quilômetro de largura. Na base, a 480 metros de profundidade, os
caminhões fora de estrada que recolhem o minério parecem de brinquedo. A N4E é
simbólica: foi a primeira mina de minério de ferro da Vale a entrar em operação em
Carajás, há 30 anos.
Hoje, esse complexo minerador, encravado no que restou de Floresta Amazônica no
Sudeste do Pará, está entrando em nova etapa marcada pela maturidade de minas, como
a N4E, e pela expansão da lavra para áreas ainda intocadas. O propósito da Vale é
continuar a garantir o crescimento da produção de minério de ferro no norte do país.
Nessa nova fase, a Vale se prepara para operar em Carajás com capacidade de processar
154 milhões de toneladas de minério de ferro por ano em quatro sistemas de
beneficiamento, a partir do fim de 2015. Os planos de crescimento se desenvolvem
apesar da queda nos preços do minério de ferro, que estão na faixa de US$ 62 por
tonelada para o produto com 62% de teor de ferro no mercado à vista da China.
"Considerando atividades de manutenção e ampliação, é importante avançar a lavra nos
corpos N4 e N5", diz Paulo Horta, diretor de ferrosos norte da Vale. Na serra norte de
Carajás, a empresa possui nove "corpos" de minério de ferro, divididos em letras e
números: do N1 até o N9. Mas, até hoje, a Vale explora somente os corpos N4 e N5.
Significa que a empresa tem potencial para explorar mais sete corpos minerais na serra
norte de Carajás, considerada como uma das maiores províncias minerais de ferro do
mundo.
A decisão de expandir a lavra depende de vários fatores, incluindo a decisão da
companhia, as condições de mercado e a obtenção de licenças, entre as quais a mais
importante é a licença ambiental, uma vez que Carajás encontra-se dentro de uma
unidade de conservação: a Floresta Nacional de Carajás (Flona), área de uso sustentável
de 400 mil hectares. Horta afirma que a operação em Carajás está passando por um
processo global de crescimento da produção. Situado no município de Parauapebas, o
complexo mineral de Carajás se diversificou.
Do minério de ferro e do manganês, produtos originais de 1985, quando a Vale concluiu a
implantação do primeiro projeto, Carajás passou a produzir também minérios metálicos,
caso do níquel e do cobre, produtos que, assim como o ferro, expandem a produção.
"Em 2014, produzimos [na serra norte de Carajás] mais do que em 2013 e, em 2015,
vamos produzir mais do que em 2014, assim como 2016 [o volume] será superior a 2015.
É um movimento natural", diz Horta. O impulso será dado por projetos novos. Um deles é
a mina na serra leste de Carajás, município de Curionópolis (PA), que entrou em fase de
testes em 2014. Essa operação vai acrescentar, inicialmente, 2 milhões de toneladas de
minério de ferro à produção anual de Carajás. Mas a empresa planeja expandir esse
volume para 6 milhões de toneladas por ano, podendo chegar a 10 milhões de toneladas
anuais. Os embarques de minério da serra leste, que está fora da Flona, dependem,
porém, da obtenção de licença de operação emitida pela Secretaria de Estado de Meio
Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas).
A Semas informou que o projeto serra leste encontra-se na fase de licenciamento
incluindo operação de mina, beneficiamento e pera ferroviária. A licença de operação da
mina foi aprovada e emitida. "Os outros dois processos [usina e pera] já foram concluídos
nas análises técnicas e estão em análise jurídica", disse a Semas. A secretaria afirmou
que todo o processo de licenciamento considera a produção de 2 milhões de toneladas por
ano. Existe uma carta-consulta da Vale solicitando termo de referência para a expansão
da produção para 10 milhões de toneladas por ano. Essa expansão está em análise na
gerência de licenciamento de projetos minerários da Semas.
Na serra norte de Carajás, a Vale está em fase de crescimento da produção da usina 2,
com capacidade para beneficiar 40 milhões de toneladas de minério de ferro por ano
valendo-se de um processo que praticamente elimina o uso de água. Esse sistema,
resultado de inovação tecnológica, foi adaptado pela Vale às condições pluviométricas da
região. A usina 2 deverá estar rodando em ritmo de plena capacidade a partir do fim de
2015, disse Horta.
Para atingir a capacidade nominal na usina 2, a Vale conta com o minério produzido na
mina N4W, em operação desde 1994, mas também com o produto que sairá de uma nova
frente de lavra que está sendo aberta ao sul da mina N4W, conhecida como N4WS. A Vale
obteve a licença do Ibama e a autorização do Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (ICMBio) para explorar o N4WS no ano passado.
A empresa planeja ainda avançar a lavra para o sul da cava N5, no corpo conhecido como
N5S, em um trabalho que vem sendo analisado em partes pelo Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
O N4WS é um corpo mineral que complementa a exploração das minas N4 e N5, em
operação desde meados dos anos de 1980 e do fim da década de 1990, respectivamente.
Os trabalhos de perfurar, desmontar as rochas com explosivos e carregar o material nos
caminhões fora de estrada, a atividade convencional da mineração, está em andamento
no N4WS. Essa mina é importante para os planos de produção da Vale em 2015 e 2016.
Com área de 5 quilômetros de extensão e 2,5 quilômetros de largura, parte dela ainda
com floresta em pé, a N4WS apresenta maior qualidade do minério e uma menor relação
entre o produto a ser beneficiado e o material descartável, chamado de estéril. Por estar
localizada perto do britador primário da planta 2, a mina também reduz o custo médio de
transporte do produto dentro do Complexo Minerador de Carajás.
A Vale tem projeções que mostram que o aumento da produção vai reduzir o custo
operacional da empresa. De janeiro a setembro de 2014, o custo total de produção da
Vale, incluindo mina, usina de beneficiamento, ferrovia e porto, após o pagamento de
royalties, era de US$ 23,6 por tonelada. Há previsão de que esse custo caía para US$
19,6 por tonelada em 2018. No sistema norte, o custo de produção em nove meses de
2014 ficou em US$ 21,2 por tonelada e a previsão é de que baixe para US$ 16,9 por
tonelada em 2018.
A conta considera o S11D, o maior projeto de minério de ferro da história da companhia,
previsto para entrar em operação, na serra sul de Carajás, no segundo semestre de 2016.
O presidente da Vale, Murilo Ferreira, já disse publicamente que o S11D, o porto de
Tubarão (ES), inaugurado em 1966, e Carajás são simbólicos para a Vale: "São três
projetos para o minério de ferro decisivos para nós."
Em Carajás, a Vale conta ainda com outras plantas para beneficiar o minério de ferro. A
mais antiga, a usina 1, tem capacidade de 94 milhões de toneladas por ano e também
está passando por um processo de redução no consumo de água no processamento. Das
17 peneiras de beneficiamento da unidade, 10 já operam sem água. "Até 2018 estaremos
trabalhando com 100% da produção pelo processo de umidade natural", diz Horta.
Carajás tem ainda outras duas plantas de processamento. Uma delas, conhecida
internamente como usina 3, é formada por sistema de peneiramento e correias
transportadoras e está apta a processar até 18 milhões de toneladas, dependendo da
disponibilidade de minério fino, seco e sem material argiloso. Existe ainda a planta 4 para
processar 2,5 milhões de toneladas/ano de produto reaproveitado de barragens de
rejeitos. Só na barragem do Gelado há uma reserva de 140 milhões de toneladas de
minério fino que está sendo reaproveitado pela Vale em misturas ("blends").
O volume total, de 154 milhões de toneladas de capacidade de beneficiamento a ser
atingido a partir do fim de 2015, é mais de quatro vezes superior à produção inicial
planejada para o projeto há 30 anos. Em 1985, em sua inauguração, o Projeto Ferro
Carajás, como era conhecido, surgiu como uma iniciativa integrada, reunindo mina, usina,
ferrovia e porto, com o objetivo de produzir 35 milhões de toneladas anuais. Na sextafeira, completam-se 30 anos do começo da operação, em 28 de fevereiro de 1985, da
Estrada de Ferro de Carajás (EFC), construída para escoar a produção de minério de
Carajás até São Luís (MA).
Ao longo de todos esses anos a produção de minério de ferro nas jazidas de Carajás
cresceu gradualmente. Começou com 900 mil toneladas em 1985, atingiu 35,2 milhões
em 1993, chegou a 52,4 milhões em 2001 e ultrapassou 100 milhões em 2010. Em 2014,
Carajás produziu 119,6 milhões de toneladas de minério de ferro, com alta de 14,1%
sobre o ano anterior.
O volume de ferro que saiu das jazidas de Carajás em 2014 representou 37,5% da
produção total da commodity da Vale, que atingiu 319,2 milhões de toneladas, sem
considerar compras de terceiros. Os sistemas Sudeste e Sul da Vale, em Minas Gerais, e o
sistema Centro-Oeste (MS), respondem pelo volume restante. Para 2015 e 2016, a meta
é produzir, respectivamente, em seus sistemas 340 milhões e 376 milhões de toneladas
de minério de ferro.
Na história de Carajás, foi a exploração por décadas de minas, caso da N4 e N5, que
levou a Vale a buscar a expansão da lavra. A razão para esse movimento está no fato de
que as minas em atividade há muitos anos passam a ter capacidade mais limitada de
extração e o custo de produção aumenta. Mesmo assim, as cavas mais maduras ainda
têm vida útil pela frente: a N4E, por exemplo, tem data de exaustão projetada para 2028,
daqui a 13 anos.
No fim da vida útil, a mina terá uma profundidade de 600 metros. A N4W está prevista
para se exaurir em 2032, dentro de 17 anos. Essas previsões podem mudar, dependendo
do volume produzido e de outras variáveis como as condições de mercado.
Após carnaval, montadoras mantêm cortes na produção
23/02/2015- Fonte: INDA
Diante de números cada vez piores nas vendas e exportações de veículos, as montadoras
prosseguem o ciclo de ajustes da produção após a volta dos trabalhadores do feriado de
Carnaval, que, em muitas fábricas, foi emendado até a sexta-feira.
Ao mesmo tempo em que a MAN, fabricante dos veículos comerciais da marca
Volkswagen, inicia dez dias de férias coletivas na fábrica de Resende, no sul do Rio de
Janeiro, a Ford afasta hoje um grupo de 420 empregados das linhas de produção do
parque industrial de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, onde produz automóveis e
caminhões.
A Ford diz que a medida visa adequar a produção à realidade do mercado, dado que a
demanda, que já havia caído em 2014, despencou neste início de ano. Após recuar 18,8%
em janeiro, as vendas de veículos no país estão, na comparação anual, caindo 25% neste
mês, segundo balanço preliminar de fevereiro. Com isso, os emplacamentos já acumulam
queda próxima de 21% em 2015.
Os 420 trabalhadores da Ford serão afastados por tempo indefinido. O período em que
ficarem longe do trabalho será descontado do banco de horas. Segundo o sindicato dos
metalúrgicos do ABC, a produção de carros na fábrica da Ford em São Bernardo ¬ onde é
montado o modelo Fiesta ¬ será reduzida de 55 para 44 unidades por hora a partir desta
semana. Já a montagem de caminhões cai de 17 para 14 unidades por hora.
Em São José dos Campos, no lado paulista do Vale do Paraíba, a fábrica da General
Motors (GM) que produz a picape S10 e o utilitário esportivo TrailBlazer parou na sextafeira, mas por conta de uma greve deflagrada pelo sindicato dos metalúrgicos da região,
sob a justificativa de que a empresa estaria planejando demitir operários. Uma nova
assembleia para definir os rumos da manifestação está marcada para hoje, às 5h30.
A paralisação não tem prazo para acabar. A GM já entrou na Justiça do Trabalho com ação
de dissídio coletivo contra a greve, a qual considera abusiva. A primeira audiência entre a
montadora e o sindicato na tentativa de conciliação foi agendada para amanhã, às 15h30.
Enquanto o sindicato diz que a companhia ameaça demitir 798 trabalhadores em São
José, a montadora acusa os sindicalistas de "deturpar" a proposta que vinha sendo
discutida na mesa de negociação. Ao impetrar a ação na Justiça, a empresa defende a
adoção de "layoff" - que consiste na suspensão de contratos de trabalho ¬ "nas bases da
lei".
No início do mês, a GM chegou a discutir a prorrogação, por mais dois meses, do
afastamento dos operários que estavam, desde setembro, em "layoff" na fábrica do Vale
do Paraíba. A proposta, porém, foi rejeitada pela maioria dos trabalhadores em
assembleia no último dia 6, resultando na reintegração do grupo.
A GM emprega cerca de 5,2 mil trabalhadores em São José dos Campos. A cada dia de
greve, deixa de produzir 300 veículos no local. Conforme informação do sindicato, a
fábrica foi totalmente paralisada na sexta-feira. A GM diz ver um "caráter político" no
movimento, já que o sindicato tem eleição marcada para amanhã e quarta-feira. No
pleito, a atual diretoria, vinculada à central sindical CSP-Conlutas, concorre com uma
chapa formada por sindicalistas da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Central
dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil (CTB).
Emprego cai 3,2% na indústria brasileira em 2014, mostra IBGE
23/02/2015- Fonte: CIMM
Atualizada às 09h55 Após oito meses em queda, o nível de emprego na indústria
brasileira subiu 0,4% em dezembro em relação a novembro, na série com ajustes
sazonais, apontou a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), divulgada
nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No entanto, na comparação com dezembro de 2013, o emprego industrial caiu 4%. Com o
resultado, o emprego industrial mostrou recuo de 3,2% em 2014 ante o ano anterior. A
Pimes mostrou, ainda, que o número de horas pagas na indústria recuou 0,1% em
dezembro na comparação com novembro, descontando-se os efeitos sazonais.
Na comparação com dezembro de 2013, as horas pagas caíram 5,3%. Isso fez com que
as horas pagas na indústria caíssem 3,9% em 2014 ante 2013. Também segundo a
pesquisa, a folha de pagamento real da indústria teve aumento de 1,9% na passagem de
novembro para dezembro, já descontando os efeitos sazonais.
Em relação a dezembro de 2013, a folha de pagamento real caiu 3,9%. Com o
desempenho de dezembro, a folha recuou 1,1% em 2014 ante 2013.
Horas pagas
As horas pagas na indústria em dezembro de 2014 caíram em todos os 14 locais
pesquisados pelo IBGE, em relação a igual mês no ano anterior. Setorialmente, o número
de horas pagas industriais recuou em 17 dos 18 segmentos investigados no mesmo
período de comparação.
Isso fez com que o número de horas pagas industriais terminasse 2014 com todos os 14
locais mostrando queda. Por setor, 16 dos 18 ramos investigados mostraram recuo no
número de horas industriais.
Em dezembro do ano passado ante dezembro de 2013, a queda mais expressiva nas
horas pagas da indústria brasileira ocorreu em São Paulo (-6,2%). Na mesma
comparação, houve, ainda, recuos nas horas pagas das indústrias de Região Nordeste (5,3%), Minas Gerais (-5,6%), Paraná (-6,6%), Rio Grande do Sul (-5,6%), e Região
Norte e Centro-Oeste (- 4,3%).
Por setores as principais influências negativas vieram de alimentos e bebidas (-3,2%),
produtos de metal (-11,0%), meios de transporte (¬8,0%), máquinas e equipamentos (8,3%), calçados e couro (-9,9%), outros produtos da indústria de transformação (-8,0%),
máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (¬6,4%), metalurgia básica
(¬9,4%), papel e gráfica (¬5,2%) e borracha e plástico (¬4,5%).
Ao detalhar o desempenho do ano passado, o IBGE apurou que, em 2014, o recuo mais
expressivo nas horas pagas industriais ocorreu em São Paulo (¬5,1%), vindo a seguir as
perdas verificadas no Rio Grande do Sul (¬5,3%), Paraná (¬5,3%), Região Nordeste
(¬3,2%) e Minas Gerais (-3,6%).
Por setores, os principais recuos nas horas pagas ocorreram nas indústrias de produtos de
metal (¬8,5%), máquinas e equipamentos (¬7,0%), meios de transporte (¬6,2%),
máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (¬8,7%), calçados e couro
(¬9,0%), vestuário (¬3,8%), alimentos e bebidas (¬1,1%), outros produtos da indústria
de transformação (¬4,6%) e produtos têxteis (-4,9%), em 2014 ante 2013.
Folha de pagamento
O valor da folha de pagamento caiu em 13 dos 14 locais pesquisados em dezembro em
comparação com novembro do ano passado. A folha também caiu em 17 dos 18 setores
pesquisados, no mesmo período de comparação. Isso, na prática, fez com que o valor da
folha mostrasse recuo em 11 locais e em 12 setores em 2014 ante 2013. Entre os locais,
o mais expressivo recuo na folha de pagamento industrial em dezembro ante dezembro
de 2013 foi observado na indústria de São Paulo (¬4,3%). Houve, ainda recuos no valor
da folha das indústrias de Região Nordeste (¬5,5%), Minas Gerais (¬3,8%), Paraná
(¬4,5%), Rio Grande do Sul (¬3,7%), Rio de Janeiro (¬3,8%) e Região Norte e
Centro¬Oeste (¬2,9%).
Por setores, houve recuos expressivos no valor da folha industriais apurada em máquinas
e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (¬10,6%), alimentos e bebidas (¬3,6%),
produtos de metal (¬11,1%), meios de transporte (¬2,7%), borracha e plástico (¬7,7%),
vestuário (¬7,7%), calçados e couro (¬7,0%), outros produtos da indústria de
transformação (¬5,8%), metalurgia básica (¬3,4%), máquinas e equipamentos (¬1,3%),
papel e gráfica (¬2,4%) e refino de petróleo e produção de álcool (¬5,0%), no mesmo
período de comparação.
Ao detalhar o desempenho do ano passado, o IBGE apurou que o mais expressivo recuo
na folha industrial em 2014 ante 2013 ocorreu em São Paulo (¬1,8%). Entretanto, houve
quedas expressivas no valor da folha nas indústrias de Rio Grande do Sul (¬2,4%),
Região Nordeste (¬1,9%), Rio de Janeiro (¬1,4%), Minas Gerais (¬0,8%) e Paraná
(¬0,8%), na mesma comparação.
Em sua análise por setores, o instituto informou que as retrações mais intensas no valor
da folha ocorreram nas indústrias de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de
comunicações (¬6,6%), de produtos de metal (¬5,8%), de meios de transporte (¬2,0%),
de máquinas e equipamentos (-2,4%) e de calçados e couro (¬4,2%), em 2014 ante
2013.
Okuma e 5ME: parceiras em usinagem criogênica
23/02/2015- Fonte: Usinagem Brasil
Já parceiras no projeto "Partners in Thinc", Okuma e a 5ME irão criar duas instalações de
testes para que fabricantes do setor aeroespacial apresentem seus desafios e conheçam a
tecnologia de usinagem criogênica para aplicá-las na produção. A parceria prevê a
instalação de uma unidade no Centro Técnico de 5ME em Warren, no Estado de Michigan,
e outra no Centro Aeroespacial de Excelência da Okuma em Charlotte, na Carolina do
Norte.
Ambas as instalações terão máquinas Okuma equipadas com sistemas criogênicos da 5ME
que utilizam nitrogênio líquido (LN2) para a refrigeração. "A usinagem criogênica é
particularmente adequada para o processamento de materiais duros como aço
endurecido, inox, ligas leves, Inconel, e titânio, comumente utilizados na produção de
peças aeroespaciais", disse Pete Tecos, vice-presidente executivo de 5ME.
O processo de usinagem criogênica patenteado pela 5ME é uma tecnologia inovadora que
possibilita o emprego de maiores velocidades de corte, aumentando a remoção de
material e a vida útil da ferramenta, com a utilização de nitrogênio líquido (a -321°F)
através do fuso e o corpo da ferramenta. As soluções da 5ME incluem sistemas de
usinagem criogênica, desenvolvimento de processos e softwares de monitoramento.
"Esta parceria nos dá a oportunidade de mostrar as qualidades de economia de energia
para aumentar a produtividade de usinagem criogênica, e ajudar os fabricantes do setor
aeroespacial em sua busca para enfrentar os desafios de processamento de parte difícil",
disse Wade Anderson, gerente de Produto da Okuma América.
Download

23 DE FEVEREIRO DE 2015 Segunda- feira