ENCONTRO DE BIOÉTICA DO PARANÁ – Bioética início da vida em foco. 1, 2009, Curitiba. Anais eletrônicos... Curitiba: Champagnat, 2009. Disponível em: http://www.pucpr.br/congressobioetica2009/ 100 A ÉTICA PERMEANDO O ACOMPANHAMENTO TERAPÊUTICO DE ADOLESCENTES COM CÂNCER Solange Regina Signori Iamin1 Ivete Palmira Sanson Zagonel2 Resumo Este artigo reflete sobre os aspectos éticos que permeiam as intervenções do Acompanhamento Terapêutico com adolescentes com câncer. Na fase da adolescência ocorrem significativas mudanças durante o processo de desenvolvimento como, biológicas, psicológicas ou sociais. O adoecimento pelo câncer traz consigo um isolamento social e o Acompanhamento Terapêutico atua para superar as dificuldades advindas dessa vivência. Durante os acompanhamentos terapêuticos com os adolescentes o cuidado é permeado pela busca de autonomia do adolescente, promovendo a auto-observação, autoconhecimento e mudanças no comportamento, respeitando a singularidade de cada um, o bem-estar nesta trajetória. A dimensão ética permite a escuta do desejo, construindo assim uma relação de respeito, ajuda, compreensão e cuidado. A ética do acompanhante terapêutico se faz presente com o compartilhar, escutar, observar, ajudar a desenvolver atividades, conter, estimular, cuidar, tratando do adolescente com dignidade diante da situação da vivência do câncer. Palavras-chave: Adolescente com câncer. Acompanhamento terapêutico. Ética. 1 Psicóloga Clínica e AT formada pela Universidad de Belgrano - Buenos Aires – Argentina. Consultora e Supervisora em Acompanhamento Terapêutico. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia aplicada à Saúde da Criança e do Adolescente pelas Faculdades Pequeno Príncipe. 2 Enfermeira. Docente do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia aplicada à Saúde da Criança e do Adolescente das Faculdades Pequeno Príncipe. Diretora Acadêmica das Faculdades Pequeno Príncipe. Orientadora. 101 1 INTRODUÇÃO O acompanhamento terapêutico é um dispositivo clínico que pode ser utilizado nas instituições de saúde como um modelo de intervenção ou um complemento aos tratamentos em saúde mental e clínica. Constitui-se a serviço de uma idéia, de uma causa, é o empenhar-se em dada atividade, é engajar-se com o paciente em um novo modo de auxílio, oferecendo apoio e contenção. É abrir a possibilidade de pensar a criação de novos métodos de atenção em saúde, pois a área clínica exige, cada vez mais, uma ampliação nas formas de tratar as diferentes patologias de urgência - situações de crise individual, familiar e social - que vêm drasticamente incorporando-se ao nosso dia-a-dia. Algumas dessas situações fazem com que, muitas vezes, nós profissionais da área de saúde mental nos sintamos de mãos amarradas, pois existe um pedido de intervenção que, às vezes, não podemos cumprir. É neste momento que se torna fundamental o uso de uma nova modalidade, o acompanhamento em um nível dramático-vivencial com o paciente, ou seja, o Acompanhamento Terapêutico (AT). De acordo com Rossi, (2007, p. 9) “o acompanhamento terapêutico forma parte do tratamento em saúde mental e sua efetividade é evidente”. Esta prática foi difundida em vários países da América Latina, principalmente no Brasil, Uruguai, Chile e Peru. Segundo Rivarola (2002), este trabalho teve início na Argentina, no final dos anos 60, a partir de uma redefinição das diferentes práticas em saúde mental. Esta redefinição foi responsável pela criação da clínica dia, necessidade de assistência a pacientes que estavam passando pelo processo de desinstitucionalização, criação de comunidades terapêuticas e internações domiciliares. Com isso, surge a necessidade de um profissional qualificado para acompanhar este paciente psiquiátrico. O AT se torna então um dispositivo terapêutico que vem contribuir na reinserção social do paciente. Este acompanhamento é determinado como uma estratégia clínica, que funciona da seguinte forma: uma pessoa que vai ocupar, frente ao paciente, o lugar de alguém ou de algo que lhe faltou ou lhe falta (ex: lugar da droga), contribuindo na incorporação ou na busca de recursos para atenuar, enfrentar ou, até mesmo, superar o mal estar físico e psíquico, como também o isolamento afetivo, familiar e social que o paciente está vivenciando neste momento. Aqui o AT vai desempenhar o papel da escuta e da mobilidade para acompanhar o paciente na sua caminhada pelo seu cotidiano. Muitos são os desafios a serem enfrentados pelo AT nesta jornada, pois se interroga sobre as necessidades do paciente, da família, dos amigos e sobre o aspecto terapêutico do seu trabalho, escutando o paciente e a família em seus medos, frustrações, ansiedades, decepções, relacionamentos, entre tantas outras experiências a 102 serem ditas ou caladas. “O acompanhamento terapêutico é um espaço/tempo que se recria em espaços diversos” (casa, rua, shopping, praça, hospitais, ambulatórios, etc...) (AKSELRAD; LEVIT, 2002, p. 71). Acredita-se que uma das tarefas mais importantes do AT é poder observar a forma como o paciente e sua família interagem, como ocorre a comunicação verbal e não-verbal dentro do grupo, no qual ele está engajado neste momento, vivenciando e experienciando formas diferentes de agir, falar, olhar, sentir, movimentar e dialogar. Para Minuchin (1997), a família é um grupo natural que vai elaborando pautas de interação. Poder estar frente a frente com o modo de viver de uma família é poder observar na íntegra, a estrutura familiar, as construções da sua realidade, a auto-estima de cada membro, as normas, as funções ocupadas por cada integrante. Assim, o AT conhece os pacientes e suas famílias em diferentes aspectos de sua vida cotidiana, tentando criar um ambiente terapêutico. Para isso participa ativamente das atividades dos clientes visitando casa, trabalho, escola, amigos, família e até mesmo a vizinhança. É através deste movimento, que o AT coloca em prática sua habilidade pessoal para estabelecer o vínculo com o paciente e sua família. Mas é preciso o cuidado de ocupar o lugar que realmente lhe cabe e não o lugar que o paciente ou a família deseja colocá-lo. Este é um aspecto ético a ser contemplado no AT, pois o contexto de vida do paciente e família é privado, não apenas restrito ao ambiente domiciliar familiar, mas restrito ao seu espaço pessoal no sistema social. Na abordagem do AT ao paciente e família são mobilizadas dimensões do viver humano, como respeito, comprometimento, confiança, ativando a esperança e principalmente a vitalidade para continuar lutando no seguimento da doença. Hoje, o trabalho de acompanhamento terapêutico vem conquistando novos espaços, pois ocorreu uma ampliação deste acompanhamento para outras áreas além da psiquiátrica. Assim, esta nova modalidade põe foco em pacientes terminais, pessoas idosas, convalescentes pós-cirúrgicos, entre outros. Estes casos requerem habilidades específicas por parte do acompanhante, o que torna necessário uma capacitação adequada e uma disponibilidade para se comprometer no bem-estar do paciente, tendo em conta os princípios éticos desta intervenção. A presença do acompanhante se torna terapêutica na medida em que este tenha disponibilidade afetiva para se vincular. É importante que o profissional crie novos laços de ressocialização, tenha empatia, respeito, responsabilidade em relação ao paciente, flexibilidade, capacidade lúdica, perseverança e saiba colocar limites. Como referem Mauer e Resnizky (2005), o acompanhante se aproxima escutando uma dor existencial atravessada 103 pelo desalento. Acompanhar é estar com o outro, é compartilhar. Deve-se ressaltar que esta relação não se trata de amizade, mas sim de uma estratégia para a cura do paciente. O AT intervém mediante a palavra e a ação em diferentes situações, nas quais o paciente necessite de apoio e contenção. Com isso, o AT contribui na criação e recomposição de condições que tornem possível o desenvolvimento e a continuidade do tratamento. Através desta intervenção, espera-se que desapareçam os sintomas e ocorra um enriquecimento pessoal, familiar e social. O objetivo deste artigo é refletir sobre a técnica de acompanhamento terapêutico, como um dispositivo de intervenção que pode adequar-se a múltiplas escolas teórico-clínicas e não como uma técnica exclusiva de uma linha teórica. Para tanto, faz-se necessário o engajamento dos profissionais de saúde em um constante repensar, para que sejam recriadas novas possibilidades de tratamento considerando as dimensões éticas envolvidas. 2 FUNÇÕES E APLICAÇÃO DO ACOMPANHANTE TERAPÊUTICO O acompanhamento terapêutico é implementado a partir da indicação do profissional responsável pelo tratamento do paciente (psiquiatra, psicoterapeuta, médico). Implica a inclusão ou abertura de uma nova instância a serviço do paciente e seu tratamento, oferecendo a possibilidade de contar com a presença de uma equipe específica, em um espaço e um tempo determinados. O AT, juntamente com a equipe, faz o planejamento do tratamento segundo a patologia do paciente, considerando características sócio-familiares, momento e objetivos do tratamento, contexto do acompanhamento e modificações esperadas no tratamento a partir da inclusão. “No trabalho em equipe se torna fundamental valorizar os aportes de todos os participantes para ter uma visão mais completa do paciente” (CASTAÑO; MANUEL, 2002). De acordo com Mauer e Resnizky (2004), são funções do acompanhante terapêutico: 1) Contenção do paciente: esta é fundamental e se constitui na primeira função do AT não importando o momento do processo em que se encontrem os pacientes; 2) Oferecer-se como referência de identificação: o AT é para o paciente uma referência, um modelo, porém não pode ser o único, mostrando maneiras diferentes de atuar e reagir frente às vicissitudes da vida cotidiana; 3) Ajudar a reinvestir: o AT se oferece como um organizador psíquico, capaz de intervir e decidir pelo paciente em situações em que este não seja capaz de fazê-lo; 4) Registrar e ajudar o paciente a desenvolver sua capacidade criativa: colabora com o 104 paciente na busca de tarefas que são de interesse deste, ajudando no reencontro com a realidade; 5) Informar sobre o mundo objetivo do paciente: falar sobre hábitos de alimentação, higiene, sono, maneiras de relacionar-se com a família e com outras pessoas; 6) Abrir um espaço para pensar: o AT não formula interpretações, mas inserido nas atividades do paciente abre um canal de comunicação; 7) Intervir nas relações familiares: o AT serve como catalisador nas relações familiares. O AT acompanha diferentes casos psiquiátricos, neurológicos, geriátricos, entre outras patologias clínicas. Os casos mais atendidos na urgência são as tentativas de suicídio, dependência química, ataque de pânico, anorexia e atos violentos. “A demanda neste momento não é o do saber, mas sim o da contenção, do limite e se responde através do trabalho em rede feito pelo psiquiatra, o psicólogo, o acompanhante terapêutico” (MAUER; RESNIZKY, 2005, p. 71). O acompanhamento em cada caso poderá ser indicado para determinados momentos horas ou dias - dependendo da gravidade de cada situação e tendo em vista a necessidade ou não de uma internação (domiciliar ou hospitalar). Os contextos de atuação do AT são variados, pode ocorrer no domicílio, trabalho, clínica dia, hospital, primeiros dias de alta do paciente, eventos sociais, entre outros. Cabe ressaltar que esta prática deverá levar em conta o perfil do acompanhante terapêutico. Devem-se considerar algumas aptidões que o AT deverá ter: 1) Ser uma pessoa com forte vocação pelos problemas que se relacionam com a saúde mental; 2) Ter capacidade para trabalhar em equipe; 3) Poder adaptar-se a situações inesperadas que podem surgir; 4) Ter bom controle da ansiedade; 5) Ter capacidade de tolerância às frustrações; 6) Possuir a capacidade de se dissociar no processo terapêutico e poder se colocar como observador participante. Além disso, ter simpatia, disciplina e imparcialidade (EGGERS apud BRANDÃO, 2003, p. 302). A prática do AT deverá respeitar as indicações e orientações do tratamento pautadas pela equipe e deverá estar sob constante supervisão. É de suma importância que haja uma comunicação fluente entre o AT e a equipe para que os objetivos traçados possam ser 105 cumpridos. É importante prestar atenção à particularidade de cada caso e à singularidade de cada sujeito, pensando estratégias e recursos coerentes em cada situação. O sigilo de informações é outro aspecto ético a ser implementado no AT, pois o trabalho em equipe exige que as informações perpassem por todos, com zelo, discrição e principalmente responsabilidade, pois são as informações precisas que oferecem o direcionamento adequado ao tratamento e evolução do paciente. Nenhum membro da equipe está autorizado a utilizar as informações para outro fim, que não aquele do protocolo de tratamento e devem ser fonte de resultados em benefício ao paciente. Dentre as possibilidades de tratamento e implicações do acompanhamento terapêutico está o trabalho com adolescentes com câncer, onde se torna uma modalidade que acolhe, orienta, informa, promove a capacidade criativa, diminui o estresse frente às intervenções médicas, melhora a auto-estima e possibilita ao adolescente o enfrentamento da doença e de todas as adaptações que esta exige. Segundo a projeção da OMS (Organização Mundial da Saúde), o número de novos casos de câncer terá um aumento de 10 milhões para 15 milhões em 20 anos e 60% ocorrerão nos países em desenvolvimento. No Brasil o INCA (Instituto Nacional do Câncer) estima mais de 470 mil novos casos de câncer a cada ano, o que já representa a segunda causa de morte, com mais de 130 mil óbitos anuais (D’ÂNGELO, 2007). De acordo com Smith e Ries apud Rodrigues e Camargo (2003), nos Estados Unidos, em 1998, foram diagnosticados cerca de 12.400 casos novos de câncer entre crianças e adolescentes menores de 20 anos, constituindo a primeira causa de óbito por doença em crianças maiores de um ano. Porém, ainda é uma doença incomum e o seu diagnóstico é freqüentemente retardado. Em uma pesquisa sobre câncer na infância e adolescência realizada em 2004, em Curitiba por hospital de referência no atendimento de câncer, demonstrou que de um total de 27.987 casos de câncer que foram admitidos pelo RHC (Registro Hospitalar de Câncer) no período de Janeiro de 1990 a Dezembro de 2002, 880 foram de tumores em pacientes menores de 15 anos (pediátricos), representando 3,1% do total de casos admitidos e 377 casos de tumores em pacientes adolescentes (15 a 19 anos), representando 1,3%. Dos 879 pacientes pediátricos, 40% eram pacientes do sexo feminino e 60% eram pacientes do sexo masculino e nos pacientes adolescentes (377), 46,2% foram do sexo feminino e 53,8% do sexo masculino (LIGA PARANAENSE DE COMBATE AO CÂNCER, 2004, p. il). Pode-se observar a partir dos números acima, o aumento da doença do câncer na infância e adolescência, cabe então pensar sobre o acompanhamento terapêutico de adolescentes com câncer, pois é uma doença que sempre vem acompanhada pelo rótulo da 106 morte e a adolescência como uma fase de transição é fortemente afetada por esta idéia. Nesta fase os adolescentes começam a fazer conjeturas a respeito da vida, do existir, se existem vidas passadas, se existe um mundo paralelo, o que vem depois da morte entre tantos outros assuntos que fazem parte do universo do adolescer. Segundo Torres (1999), o diagnóstico da doença do câncer na adolescência é vista como de difícil recuperação, implicando um conceito de morte antecipada, de sofrimento sem esperança, perda de projetos futuros, interferindo assim na sua auto-imagem adequada e na formação de sua identidade pessoal, levando a uma perda na qualidade de vida. Para o mesmo autor “o câncer por si só, como qualquer doença grave, impõe necessariamente dependência” (p. 145). As várias hospitalizações, quimioterapia, radioterapia, os efeitos secundários, as possíveis infecções, fazem com que a busca de independência, nesta fase, seja interrompida fazendo com que o adolescente perca a oportunidade de desenvolver tarefas e relacionamentos próprios da idade causando um isolamento afetivo e social, pois com as variadas internações, perde-se o contato com os colegas, com a escola, com o grupo de apoio. Certamente, no momento que se recebe o diagnóstico de câncer, surge a ansiedade, o medo à doença desconhecida, indagações sobre os diferentes procedimentos que acontecerão a partir de então, pois este tratamento exige uma adaptação ao novo espaço pelo qual o adolescente irá circular, espaço hospitalar, espaço social diferenciado, pelos procedimentos, onde a doença, o sofrimento psíquico, a dor corporal e a morte são uma constante, uma adaptação a todas as transformações corporais que acompanharão este tratamento. Não será diferente o processo de recuperação, pois este também será um momento difícil, em que o adolescente terá que enfrentar-se com os efeitos causados pelo tratamento medicamentoso, além da alteração de sua própria imagem, sua própria tristeza, sua própria luta pela vida, marcada pelas incertezas. Para Bigheti e Valle, 2004, p. 1, A partir do adoecimento de câncer, as experiências pelas quais os adolescentes passam sofrem transformações intensas, que incluem a perda do mundo conhecido por eles, levando-os a se sentirem estranhos e a habitar um outro mundo, o mundo do adoecer. É pensando neste mundo do adoecer que o dispositivo de acompanhamento terapêutico, torna-se de fundamental importância, pois se torna imprescindível a destituição do instituído, abrindo novos espaços para o pensar, possibilitando o surgimento da subjetividade de cada adolescente portador da doença do câncer, abrindo lugares para a criatividade, para a espontaneidade tão visível na adolescência, mas que termina ofuscada pela doença, através do encerro em si mesmo, que se traduz pelas instituições hospitalares, 107 presos a tubos, soros, cateteres, camas e máquinas. O acompanhamento terapêutico propõe um novo olhar à recuperação destes adolescentes, como diz Rodrigues (2006, p. 148) “morre um dia, o aroma de outro me acordará”, e cada dia deve ser pensado como um novo dia que irá produzir novas marcas, novos saberes, novas vivências, novas subjetividades. Estas novas produções estão relacionadas às estratégias de enfrentamento (coping) utilizadas pelos adolescentes, as quais possibilitam uma nova construção, uma nova experiência, diminuindo os fatores estressantes e promovendo uma reorganização do cotidiano, dando um novo significado a experiência traumática da vivência do câncer. Sendo assim, a ética do acompanhamento terapêutico dos adolescentes com câncer deve estar relacionada ao respeito pela singularidade de cada um, buscando o bem-estar nesta trajetória de tratamento, promovendo a possibilidade de escuta do desejo do adolescente que vai além das estratégias implementadas no tratamento. É através da escuta do desejo que se poderá desenvolver o trabalho adequado a cada sujeito em particular, construindo com cada um deles uma relação de respeito, ajuda, compreensão e cuidado. REFERÊNCIAS AKSLERAD, Ruth; LEVIT, Claudia. Acompañamiento terapêutico y autismo. In: MANSON F. et al (Org.). Eficácia clinica del acompañamiento terapêutico. Buenos Aires: Editorial Polemos, 2002. BIGHETI, A.; VALLE, E. R. M. Compreendendo o ser no mundo do adolescente com câncer pela análise fenomenológica das histórias relatadas no teste de apercepção temática (TAT). Dissertação [Mestrado] - Programa de Psicologia da FFCLRP-USP. Disponível em: http://www.virtuotech.com.br/_comum/exibearquivo.php?arq=III-002compreendendo%20ser-no-mundo.htm&materias_dir=../wdownload/webanexoslnk/sbpo0105/materias. BRANDÃO, Maria Zilah, et al. Sobre comportamento e cognição: a história e os avanços, a seleção por conseqüências em ação. Santo André: ESETec Editores Associados, 2003. CASTAÑO, Andrés; MANUEL, Blanca. 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