ANÁLISE DA EQUIVALÊNCIA DE EXPECTATIVAS DE PROFESSORES DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL EM ATIVIDADES DO GCOMPRIS SILVA, E. G. Departamento de Educação - UFV ANDRADE, M.V. Departamento de Informática – UFV SOUZA, R.A. Graduanda de Pedagogia UFV SANTANA, L.F. Graduanda de Pedagogia UFV Financiamento FUNARBIC Rua Sofia Bernardes, 36, Viçosa/MG, CEP 36570-000 (31)- 3899-2415 fax (31)- 3899-2022 [email protected] 1 INTRODUÇÃO O avanço tecnológico impõe novos modos de relação com o saber, com as pessoas e com a cultura, cabendo ao educador acompanhar esta evolução atuando como facilitador, direcionando sua curiosidade e criatividade na busca de resultados e aprendizagens eficazes formando cidadãos plenos com visão multidisciplinar capacitados a entender e estabelecer novas relações. Por meio do uso do computador os portadores de necessidades educativas especiais (NEEs) tem a oportunidade de usufruir de uma aprendizagem voltada para suas condições, compensando assim uma ou mais funções inexistentes (ESTABEL et al., 2006) ou que não foram desenvolvidas, em decorrência de fatores orgânicos ou sociais e, o professor trabalhará com as potencialidades que o aluno possui, podendo ampliar suas capacidades intelectuais e motoras. Para que esta modificação cognitiva ocorra é preciso uma ação da pessoa sobre o ambiente gerando os esquemas, que abstraídos e generalizados, formação os conceitos e teoremas, segundo os estudos piagetianos. Neste contexto, ressaltase o auxílio da informática em possibilitar ações sobre objetos físicos quando transpostos para esse ambiente, e também a possibilidade de realizar grande número de experimentos em pouco tempo, se for comparado com o tempo gasto com objetos concretos não virtuais (ROSA; BORBA, 2004). Porém, para que o professor possa propor boas situações de aprendizagem, utilizando os recursos informatizados é fundamental, que ele saiba problematizar os conteúdos, defina objetivos e assuma-se como facilitador de seus alunos na busca de soluções, ao levantar questionamentos. Esta atuação é a defendida por Vygotsky (1984), para qual o aprendizado inclui a interdependência dos indivíduos envolvidos no processo de ensino-apredizagem, incluindo sempre aquele que aprende, o que ensina e a relação entre essas pessoas. A partir desta interação o autor formulou o conceito de zona de desenvolvimento proximal (ZDP). Porém, para se compreender adequadamente o desenvolvimento deve-se considerar não apenas o nível de desenvolvimento real demonstrado, mas também o nível de desenvolvimento potencial (proximal), isto é, a capacidade da pessoa de desempenhar tarefas com a ajuda de adultos ou de companheiros mais experientes, o que é a própria atuação docente. Esta atuação é potencializada com o uso da informática e softwares. Propiciar transformações no ambiente e modificar as formas de ensino (VEIGA, 2001), sendo o professor um mediador da construção desse conhecimento utilizando os recursos como animação, som, imagem, efeitos especiais (VALENTE, 1991), para auxiliar na aquisição de conceitos é o desafio que se mostra na atualidade docente. Visando favorecer a aprendizagem de alunos com NEEs por meio da informática e, diante da pouca opção de softwares que possam ser usados por eles, devido às variações em suas habilidades, foi escolhido o programa GCompris que é um software livre distribuído sob licença GPL. O GCompris tem mais de 60 atividades pedagógicas, e por vezes lúdicas, que envolvem a descoberta do computador, a alfabetização, operações matemáticas, dentre outras. O programa sempre informa ao usuário se ele está indo bem, estimulando-o a continuar jogando e aumentando o nível de dificuldade a cada etapa vencida pelo usuário. Caso a resposta não seja a esperada, o usuário tem nova chance para repetir a tarefa. O objetivo desta pesquisa foi testar as atividades do GCompris selecionadas e adaptadas com os alunos com NEEs de um programa de educação especial em Viçosa, MG e, verificar a expectativa de seus professores sobre o desempenho nas atividades. 2 METODOLOGIA Foram realizadas adaptações no GCompris nas atividades: descoberta do computador, som (movimentar e clicar com o mouse); as atividades de descoberta de cor não foram modificadas; ao contrário das atividades matemáticas, onde duas receberam modificações no tamanho dos caracteres (operações de soma e subtração), duas no tempo de resposta (chapéu mágico) e duas sem alterações (contagem e ligue pontos). Em todas as atividades os níveis variaram de 1 ao máximo de 9 e, subníveis do mesmo grupo, onde a dificuldade se intensificava em cada nível. As alterações foram gravadas em CD’s e usadas em um laboratório de informática da UFV, uma vez por semana, durante uma hora e trinta minutos, pelos estudantes acompanhados do monitor, o qual registrava em um formulário as respostas de cada atividade executada, anotando o desempenho em categorias: domina (D), quando executava sozinho e correto; executa com ajuda (A), quando eram dadas pistas para a sua resposta; e, não executa (N), quando não obtinha êxito, mesmo com orientação. O mesmo questionário foi usado para os professores responderem sobre o desempenho esperado por seus alunos. Participaram das atividades do software 8 alunos de um programa de educação especial para adultos, sendo 4 da etapa inicial de alfabetização, todos com deficiência intelectual, com idades de 14 a 21 anos, denominados R, V, A, S; 2 da etapa intermediária, com a mesma deficiência, tendo 17 e 19 anos, identificados por G e D; 2 da etapa alfabetizada, um deles também com perda auditiva e outro intelectual, com 14 e 12 anos respectivamente, referidos por J e L. Os professores (1, 2,3) responderam ao questionário sobre expectativa de desempenho dos seus alunos nas atividades. Os professores 2 e 3 atuavam em dois turnos na mesma escola. Os dados foram analisados pela estatística descritiva e análise qualitativa. 3 RESULTADOS O aluno era incentivado a realizar a atividade, sendo acompanhado pelo monitor para esclarecer dúvidas e registrar a resposta em formulário contendo os grupos de atividades e seus níveis. Acertando a resposta, outra atividade do mesmo grupo surgia na tela do computador. Havendo três ajudas consecutivas ou três erros consecutivos, outra atividade de natureza diversa era sugerida ao aluno. Não havendo necessidade de ajuda era possível testar dois grupos de atividades na mesma sessão e da mesma natureza. Havendo dificuldade mudava-se para atividade de outra natureza. Nas atividades de descoberta do computador todos os alunos dos vários níveis de alfabetização executaram estas atividades com domínio, predominando as etapas finas de cada grupo de exercícios. Uma possível justificativa para esse desempenho deve-se ao fato de mais da metade dos alunos já terem freqüentado no ano anterior atividades de informática semelhantes, além de alguns já possuírem o aparelho em casa, usando-o eventualmente. Demonstrou ainda que os alunos mostraram-se motivados ao uso desta ferramenta podendo aumentar a comunicação e interação com outros usuários. Nas atividades matemáticas os desempenhos foram diferenciados entre os grupos de alunos. Dos 4 alunos do nível inicial, R e S, ambos com síndrome de Down e 21 anos, não conseguiram realizar as atividades de operações porque não possuíam domínio conceitual, onde era as operações de soma e subtração propostas tinham números acima de uma dezena. Os alunos A e V realizaram a operação de soma atingindo apenas os níveis 2 e 4 respectivamente, onde ambos necessitaram de ajuda. A atividade contagem dos itens foi realizada por todos, onde o aluno V alcançou o nível final (9) e os alunos A e S respectivamente, os níveis 6 e 5, sendo o primeiro de forma independente e o outro necessitou de ajuda. Nesta atividade era necessário agrupar e contar alguns itens de 1 até 10, que apareciam na tela. Na atividade ligar pontos era pedido que o usuário clicasse, com o mouse, em pontos que apareciam numerados na tela, formando uma imagem. O maior nível desta atividade era o 3, e este foi obtido pelo aluno A, precisando de ajuda para concluir só no nível final. As atividades chapéu mágico com adição e com subtração exigiam que o usuário se atentasse para a quantidade de objetos que entravam e saiam de dentro de um chapéu para então realizarem a contagem. Estas atividades foram realizadas pelos alunos A e V, onde o maior nível alcançado foi o 6 pelo aluno A. O aumento do tempo para a resposta é um fator que pode ter favorecido o desempenho destes alunos, já que entre a emissão da atividade e a sua resposta ele precisava registrar de forma mais concreta para então emitir digitar a resposta. Os alunos R e S não realizaram a atividade. Todos os alunos que realizaram estas atividades necessitaram de algum tipo de ajuda para concluí-las indicando que as funções estão em processo de desenvolvimento para o seu nível de desenvolvimento real (VYGOSTKY, 1999). Os alunos do nível intermediário de alfabetização realizaram as atividades matemáticas, tendo o aluno D feito de forma autônoma as atividades de operações e chapéu com adição até o nível 4. O aluno G realizou as operações até o nível 3 de forma independente e o chapéu com adição com ajuda do nível 3 ao 5. Nas atividades ligar pontos os alunos D e G foram até o nível 2 sem ajuda e ambos não realizaram o chapéu com subtração por falta às sessões. Neste grupo foi notado um maior domínio nos conceitos em relação ao grupo de iniciantes, mas como no grupo anterior a organização das estratégias por parte do monitor possibilitou ampliar o número de atividades feitas, assim como o aumento no tempo de resposta e ampliação dos caracteres também foram necessários para a efetivação de algumas respostas. No grupo do nível alfabetizado o aluno L realizou apenas as atividades de operação com soma, contagem e ligar pontos, obtendo respectivamente os níveis 3, 7 e 3, atingindo os níveis finais ou próximos, de forma autônoma. As demais atividades não foram realizadas pela falta às sessões. O aluno J nas atividades chapéu mágico soma e subtração completou os níveis 8 e 4, respectivamente e nas operações com soma e subtração obteve níveis 9 e 3, respectivamente, em todas necessitando de ajuda. Na contagem dos itens obteve o nível final e no ligar pontos o penúltimo nível, em ambos de forma autônoma. Embora o aluno L tivesse um nível cognitivo com mais potencial ele faltou a várias sessões. O grupo alfabetizado teve melhor desempenho em termos de níveis finais das atividades, mas ainda assim houve necessidade de ajuda do monitor ao aluno J; já o outro, mesmo tendo uma perda auditiva associada a uma deficiência intelectual participou mais de várias atividades o que sugere uma familiarização com a atividade e melhor organização para realizá-la. Porém pode-se observar que esse grupo de alunos obteve melhor resultado em atividades de soma e subtração diretas, tendo pouco ou nenhum domínio sobre operações mais complexas, que exigem maior nível de abstração, com exceção do aluno L. Os alunos alfabetizados conseguiam realizar as atividades de forma independente, fazendo uso até mesmo dos algorítimos para realizar as operações matemáticas indicando transição da fase pré-operacional para a fase operacional concreta (PIAGET, 1985). A questão do auxílio do monitor em todos os níveis de alfabetização intensificou a importância da mediação na aquisição da aprendizagem (VYGOTSKY, 1999), possibilitada pela dinâmica do software. No tocante a expectativa dos professores quanto ao desempenho dos seus alunos nas atividades do GCompris utilizadas nas competências da matemática e domínio do computador, serão descritas por grupo de alfabetização. No grupo dos iniciantes a professora 1 foi a que mais subestimou seus alunos (Tabela 1), havendo maior concordância nas respostas das demais professoras com o desempenho dos seus alunos. TABELA 1 - Comparação da expectativa do professor em relação ao desempenho de seus alunos em nível inicial de alfabetização quanto às atividades de descoberta do Computador ATIVIDADES DE DESCOBERTA DO COMPUTADOR PARTICIPANTES PROF. 1 AL D D A N R A N PROF. 2 AL D D A Movimentar o mouse Clicar com o mouse Mandar a bola para o Tux Cores D – Domina; A- Executa com ajuda; N – Não executa N V A N PROF. 3 AL A D D A N A N PROF. 3 AL D D A N S A N TABELA 2 – Comparação da expectativa do professor em relação ao desempenho de seus alunos do nível intermediário quanto às atividades de descoberta do computador. PARTICIPANTES ATIVIDADES DE DESCOBERTA DO PROFª. 2 D A N ALUNA G D A N PROFª. 3 D A N ALUNA D D A N COMPUTADOR Movimentar o mouse Clicar com o mouse Mandar a bola para o Tux Cores D- Domina; A – Executa com ajuda; N- Não executa No nível intermediário (Tabela 2) e alfabetizado (Tabela 3) houve maior congruência entre resultados dos alunos e expectativas dos professores sugerindo, maior credibilidade de autonomia a medida que a instrução formal é adquirida pelo aluno (Tabela 2). No total das respostas dos docentes, verificou-se maior indicação de respostas subestimadas pelos docentes em ações que requeriam atenção concentrada pelos deficientes mentais. Estas indicações sugerem desconsideração da atividade lúdica como estimulo a iniciativa (VYGOTSKY, 1999) para aprender, presente também em alunos com NEEs. TABELA 3 – Comparação da expectativa do professor em relação ao desempenho de seus alunos do nível afabetizado nas atividades de descoberta do computador ATIVIDADES DE DESCOBERTA DO COMPUTADOR Movimentar o mouse Clicar com o mouse PARTICIPANTES PROFª. 2 D A N ALUNO J D A N PROFª. 3 D A N ALUNO L D A N Mandar a bola para o TuX Cores D – Domina; A- Executa com ajuda; N – Não executa Nas atividades matemáticas a expectativa dos três professores variou conforme o nível de alfabetização dos alunos. A professora 2 do nível inicial indicou a não execução pela aluna V de quatro atividades(Tabela 4), sendo que a mesma realizou com ajuda e nas demais houve convergência de resposta e desempenho. A professora 3 que também ministra para o nível inicial divergiu do resultado da aluna A também em quatro atividades, com domínio em duas e duas com ajuda (Tabela 5). Em relação a aluna S a divergência de expectativa foi apenas em duas respostas (Tabela 5) onde a aluna fez com domínio a contagem dos itens e ligue os pontos. Os professores deste nível de instrução tenderam a subestimar o desempenho dos seus alunos nas operações de soma e subtração. Embora elas requeiram uma aprendizagem conceitual cabe lembrar que havia a possibilidade de mediação pelo monitor, mas que os professores não identificaram como suficiente para a execução da atividade. TABELA 4 – Comparação da expectativa do professor em relação ao desempenho de seus alunos do nível inicial de alfabetização quanto às atividades matemáticas. PARTICIPANTES ATIVIDADES PROFª. 2 ALUNA V MATEMÁTICAS D A N D A N Praticar a operação de soma Praticar a operação de subtração Contagem dos itens Chapéu mágico com adição Chapéu mágico com subtração Ligue os pontos D – Domina; A- Executa com ajuda; N – Não executa TABELA 5 – Comparação da expectativa do professor em relação ao desempenho de seus alunos do nível inicial quanto às atividades matemáticas. PARTICIPANTES ATIVIDADES DE MATEMÁTICA PROFª. 3 D A ALUNA A N D A PROFª. 3 N D A ALUNA S N D A N Praticar a operação de soma Praticar a operação de subtração Contagem dos itens Chapéu mágico com adição Chapéu mágico com subtração Ligue os pontos D – Domina; A- Executa com ajuda; N – Não executa Os professores do nível intermediário também divergiram suas expectativas em três atividades frente ao desempenho de seus alunos, embora em atividades diferentes (Tabela 6), onde o professor 2 indicou a realização das operações de soma e subtração como não executadas sendo que a aluna G fez com ajuda e na atividade contagem dos itens ela também usou auxílio e não fez com domínio, como supôs a professora. A expectativa da professora 3 foi a necessidade de auxílio nas atividades de contagem dos itens, chapéu com subtração e ligue os pontos, mas a aluna D realizou com domínio. Também neste nível de instrução viu-se uma tendência a subestimar o desempenho dos alunos com deficiência intelectual, com apenas uma resposta superestimada (aluna G). Essa divergência pode ser um indicativo da necessidade dos professores em aprender a lidar com as novas tecnologias (VALENTE, 1991) para que acrescente recursos pedagógicos em seu trabalho docente. TABELA 6- Comparação da expectativa do professor em relação ao desempenho de seus alunos do nível intermediário quanto às atividades matemáticas. PARTICIPANTES ATIVIDADES DE MATEMÁTICA PROFª. 2 D A ALUNA G N D A PROFª. 3 N D A ALUNA D N D A N Praticar a operação de soma Praticar a operação de subtração Contagem dos itens Chapéu mágico com adição Chapéu mágico com subtração Ligue os pontos D – Domina; A- Executa com ajuda; N – Não executa Já entre os professores dos alunos do nível alfabetizado predominou a equivalência da expectativa do professor e o desempenho do aluno. A única divergência foi na atividade chapéu mágico com adição, onde o professor 2 subestimou o aluno J ao indicar a necessidade de ajuda, quando o mesmo fez com domínio. A maior convergência entre desempenho e expectativas neste grupo de alunos aponta para uma maior familiaridade dos professores com o processo de aprendizagem destes alunos. TABELA 7- Comparação da expectativa do professor em relação ao desempenho de seus alunos do nível alfabetizado quanto às atividades matemáticas. PARTICIPANTES ATIVIDADES DE MATEMÁTICA PROFª. 2 D A ALUNO J N D A PROFª. 3 N D A ALUNO L N D A N Praticar a operação de soma Praticar a operação de subtração Contagem dos itens Chapéu mágico com adição Chapéu mágico com subtração Ligue os pontos D – Domina; A- Executa com ajuda; N – Não executa 4 CONCLUSÃO Os alunos mostraram-se interessados no uso software e este apresentou-se como um importante recurso para desenvolver a aprendizagem de forma lúdica. O uso do software adaptado também favoreceu a persistência dos usuários nas atividades, mesmo quando não executavam de forma independente, permitindo também identificar as estratégias usadas para responder e, servindo como um recurso de ensino atrativo para o desenvolvimento da aprendizagem de pessoas com deficiência. Quanto aos professores viu-se a necessidade de maior familiaridade com o GCompris para uso concomitante no desenvolvimento dos conceitos, favorecendo uma atuação durante as etapas de construção do conhecimento e não apenas verificando a sua finalização. Esta forma de trabalho pedagógico requer também que se reflita sobre a formação dos professores, inicial ou continuada para que as potencialidades do educando tenham como ser identificadas e trabalhadas com as novas tecnologias. REFERÊNCIAS ESTABEL, L. B., et al. A inclusão social e digital de pessoas com limitação visual e o uso das tecnologias de informação e de comunicação na produção de páginas para a Internet. Revista Ciência da Informação. Brasília, v. 35, n. 1, p. 94-101, jan./abr. 2006. PIAGET, J. O possível e o necessário: evolução dos possíveis na criança. Porto Alegre: Artes Médicas, 1985. ROSA, R. R.DA.; BORBA, R.E.S.R. Avaliação de softwares educativos: O olhar de uma professora de matemática. In: VII Encontro Nacional de Educação Matemática. Recife, p. 1-18, jul. 2004. VALENTE, J. A. Liberando a mente: computadores na educação especial. Campinas, SP: Gráfica central da Unicamp, 1991. VEIGA, M. S. Computador e educação? uma ótima combinação. Pedagogia em foco. Petrópolis, p.21-23, 2001. VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo, Martins Fontes, 1999.