1 – (Apocalipse 14:1-5)
• Os 144 mil são vistos no Monte Sião, diante do Cordeiro,
tendo na testa o nome de Jesus e do Pai.
•Entoam um cântico novo que só eles conhecem, cantam
diante dos 4 animais e dos 24 anciãos.
•Foram comprados da Terra, como primícias para Deus e
para o Cordeiro.
•São irrepreensíveis diante do trono de Deus e na sua boca
não se achou engano.
2 – O capítulo 14 do Apocalipse será entendido corretamente
se for estudado dentro do contexto do capítulo 13, que mostra
o ressurgimento da supremacia papal e a imposição do sinal
da besta, o decreto dominical. Os capítulos apresentam dois
poderes rivais:
•No 13, está o poder satânico da besta que subiu do mar e da
besta que subiu da terra.
•No 14, está o poder de Deus na atuação dos 144 mil
pregando a Tríplice Mensagem Angélica. O capítulo fala da
vitória de Deus e Seus escolhidos. O capítulo 14 é a resposta
divina para as bestas do capítulo 13.
3 – O teste final tem a ver com o selamento do caráter de
cada ser humano. Jesus deseja colocar o seu selo na mente
de cada um com base na Sua soberania como Criador e
Redentor da humanidade.
Satanás, por sua vez, alega que a humanidade se submeteu
a ele ao adorar a besta e receber a sua marca.
Sinais e milagres marcaram o ministério de Jesus (João 20:3031; Atos 2:22; Hebreus 2:4), porém no Apocalipse, e na crise final,
os sinais serão realizados por forças demoníacas (Apoc. 13:13,
14; 16:14; 19:20), para levar o mundo a obedecer à besta.
(Beatrice Neall, The Concept of Character in the Apocalipse, 157-158).
4 – O Senhor Jesus já havia feito menção do surgimento
de falsos profetas que no futuro realizariam “tão grandes
sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os
escolhidos” (Mateus 24:24).
Paulo também mencionou o surgimento do anticristo cuja
vinda seria “com toda a eficácia de Satanás, com todo o
poder, e sinais e prodígios de mentira” (2Tess. 2:9-10).
Apocalipse 13:13 mostra exatamente isso: “e faz grandes
sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra,
à vista dos homens”.
(Beatrice Neall, The Concept of Character in the Apocalipse, 157-158).
5 – Nuances do Grande Conflito: Sinais versus Verdade.
•A besta utiliza três espíritos operadores de sinais (Ap 16:13-14).
•A besta têm uma marca que será colocada sobre os seus
adoradores (Ap 13:16).
•Morte para quem recusar a marca (Ap 13:15).
•Essa marca vai causar um boicote econômico (Ap 13:17).
•Deus, por sua vez, utiliza três anjos com uma mensagem de
salvação (Ap 14:6-12). Os anjos de Deus apelam para que a
adoração seja ao Criador (Ap 14:7) e não à besta (Ap 14:9-11), e
também que as pessoas obedeçam aos mandamentos de Deus
e tenham fé em Jesus (Ap 14:12, conforme Ap 12:17).
6 – “O terceiro anjo de Apocalipse 14 pronuncia uma
sentença muito mais terrível para aqueles que
realmente adorarem a besta e a sua imagem e
receberem sua marca. Eles beberão do vinho da ira de
Deus sem mistura (Ap 14:9-10)”. São as pragas de
Apocalipse 16. “O tormento final da besta será no
lago de fogo (Ap 14:10-11)”
(Beatrice Neall, The Concept of Character in the Apocalipse, 159).
7 – O capítulo 14 está dividido em três partes:
•Os versos de 1-5 apresentam os 144 mil como uma força que
se opõe à besta e sua imagem. São os primeiros a receber o
Selo do Deus Vivo (Ap 7:2-4).
•Os versos de 6-13 revelam o conteúdo das Três Mensagens
Angélicas, com ênfase no Juízo Pré Advento. Esta é a Festa da
Expiação do Santuário Celestial, que começou no dia 22 de
outubro de 1844.
•Os versos 14-20 falam da última de todas as festas do
Santuário, a Festa da Colheita, ou dos Tabernáculos.
Que contraste! Apocalipse 13 termina falando da imposição do sinal da
besta e Apocalipse 14 fala dos 144 mil como vitoriosos sobre a besta e seu
sinal, portando em suas testas o nome de Deus e do Cordeiro, e pela
vitória obtida estão sobre o Monte Sião!
8 – Os 144 mil devem revelar Jesus ao mundo justo antes e
até logo após o fechamento da porta da graça. Nesse tempo
o grupo já estará refletindo o caráter de Jesus.
Ellen G. White diz: “Os 144 mil têm o sinete do Céu. Eles
refletem a imagem de Deus. Eles foram cheios da luz e da
glória dAquele que é Santo”.
Em 1901 ela escreveu: “Não é da vontade de Deus que eles
(Seu povo) entrem em controvérsia sobre questões que em
nada os ajudarão espiritualmente, tais como ‘quem fará
parte dos 144 mil’. Sem dúvida, aqueles que são os eleitos
de Deus saberão muito em breve quem são eles”.
(Seventh-day Adventist Bible Commentary, vol. 7, 978)
9 – Depois de mais de 100 anos da declaração de Ellen G.
White, será que não houve progresso nenhum na
compreensão dos 144 mil?
A posição mais prudente e cristã é deixarmos que a Bíblia
seja a intérprete de si mesma e nos revele o “assim diz o
Senhor” sobre o assunto. Também não devemos fechar os
olhos às informações do Espírito de Profecia.
T. H. Jemison escreveu: “Precisamos pregar sobre o assunto
dos 144 mil. O tema tem de receber lugar de destaque em
nosso pensamento e em nossas palestras”.
(T. H. Jemison, Our Firm Foudantion, vol. 2, 407)
10 – Os 144 mil no Apocalipse, estão localizados no contexto do
6º selo (Ap 6:12-7:17).
•(7:4) Os 144 mil são os primeiros a receber o Selo de Deus.
•(7:9) Mostra a grande multidão da hora undécima.
•(7:13-14) Essa é a multidão que passou pela Grande Tribulação.
•(8:1-5) Fechamento da porta da graça.
Os 144 mil são uma resposta à pergunta do 6º Selo de Ap 6:17.
“Porque é vindo o grande dia da Sua ira; e quem poderá
subsistir?”. Dois grupos poderão subsistir naquele grande dia,
diante de Deus e do Cordeiro: “Pela graça de Deus, os 144 mil
conseguirão subsistir”(Lição da Escola Sabatina, 3o Trim. 1989).
A grande multidão também vai subsistir (Ap 7:9, 13, 14).
11 – Três teorias sobre os 144 mil.
Elas existem há muitos anos e foram expostas e defendidas
por alguns pioneiros da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
1.Urias Smith expos a primeira teoria.
(Folheto da Reforma: “A Obra do Assinalamento”, Coleção Laodiceia 5, ps. 7-8).
2.George Butler, presidente da Associação Geral expos a
segunda teoria (Review & Herald, 26 de fevereiro de 1889, 137).
3.Arthur Daniells, presidente da Associação Geral expos a
terceira teoria (Folheto da Reforma: Coleção Laodiceia, 5, p. 5).
O que vem comprovar essa divergência de teorias?
12 – As divergências publicadas em literatura oficial da
igreja comprovam que:
•A igreja não tinha e não tem este assunto como doutrina
ou ponto de salvação.
•A igreja nunca adotou oficialmente um ponto de vista
sobre o assunto.
•É falsa a acusação dos Reformistas de que os Adventistas
do Sétimo Dia abandonaram o primeiro ensino dos
pioneiros sobre o assunto.
13 – A aceitação de uma teoria por anos, não é prova de
que seja verdadeira, só uma investigação vai comprovar a
veracidade dela. Escreveu Ellen G. White:
“Temem alguns que se reconhecerem estar em erro, ainda
que seja num simples ponto, outros espíritos serão levados
a duvidar de toda a teoria da verdade. Têm portanto
achado que não se deve permitir a investigação; que ela
tenderia para a dissensão e a desunião. Mas se tal é o
resultado da investigação, quanto mais depressa (ela) vier,
melhor; pois então estará aberto o caminho para lhes
mostrar seu erro”.
(Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 105)
14 – A prova para a confirmação de uma teoria:
“A Palavra de Deus precisa ser reconhecida como estando
acima de toda a legislação humana. Um ‘assim diz o Senhor’,
não deve ser posto à margem por um ‘assim diz a igreja’ ou
um ‘assim diz o Estado’” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, 69).
“Todos os pontos de doutrina, ainda que tenham sido aceitos
como verdade, têm de ser provados pela lei e pelo
testemunho; se não resistirem a essa prova, ‘nunca verão a
alva’” (Ellen G. White, Testemunhos Seletos, vol. 2, 219).
15 – Examinando a Primeira Teoria.
Pela pregação das Três Mensagens Angélicas desde 1844 até
a volta de Jesus, serão salvos somente 144.000, incluindo os
que morreram fiéis na mensagem do terceiro anjo.
Esta é a teoria crida e defendida pelos Reformistas. Eles
surgiram em 1914 como um grupo dissidente da Igreja
Adventista do Sétimo Dia.
Os Reformistas creem que as pessoas sinceras que morrem
sem conhecer a terceira mensagem angélica estão salvas. Para
a salvação dessas almas não há limite de número, mas para
aqueles que conhecem as mensagens angélicas o número fica
limitado a 144.000.
16 - Examinando a Primeira Teoria.
A teoria é antibíblica pois o plano da salvação é amplo:
•Envolve toda nação, tribo, língua e povo (Ap 14:6).
•O convite de Deus é: “Quem tem sede venha; e quem quiser
tome de graça da água da vida” (Ap 22:17).
•“Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho
Unigênito para que todo aquele que nEle crer não pereça mas
tenha a vida eterna” (João 3:16).
•A profecia diz que “o evangelho do reino será pregado por
todo o mundo, a todas as nações, então virá o fim” (Mt 24:14).
Deus, em tempo algum, limitou o número de salvos!
17 - Examinando a Primeira Teoria.
Ellen G. White fala sobre o povo de Deus que ainda está
disperso, mas que se unirá aos que guardam os Seus
mandamentos:
“No capítulo dezoito do Apocalipse, o povo de Deus é
convidado a sair de Babilônia. (Pois) em que corporações
religiosas se encontrará hoje a maior parte dos seguidores de
Cristo? Sem dúvida, nas várias igrejas que professam a fé
protestante. Apesar das trevas espirituais e afastamento de
Deus prevalecentes nas igrejas que constituem Babilônia, a
grande massa dos seguidores verdadeiros de Cristo encontra-se
ainda em sua comunhão” (O Grande Conflito, 383, 390).
O número de salvos será muito maior ao que vimos no dia do Pentecostes!
18 - Examinando a Segunda Teoria.
Somente 144.000 serão salvos dentre os vivos na volta de
Jesus, sendo que os demais deverão morrer antes das sete
pragas para serem ressuscitados na volta de Jesus.
A grande maioria dos que vão ser salvos estão ainda no seio de
incontáveis denominações e só sairão dali quando ouvirem o
chamado divino “Sai dela povo Meu” (Ap 18:4). Sendo assim, o
número de salvos vivos tende a aumentar assustadoramente à
medida em que o fechamento da porta da graça se aproxima.
No passado, quando um mártir tombava, seu sangue era como
semente que resultava na conversão de dezenas de pessoas.
Não será assim no futuro próximo.
19 – Examinando a Segunda Teoria.
Ellen G. White explica que após o fechamento da porta da graça
Deus não permitirá que nenhum dos Seus filhos morra.
“Se o sangue das fiéis testemunhas de Cristo fosse derramado
nessa ocasião, não seria como o sangue dos mártires, qual
semente lançada a fim de produzir uma messe para Deus. Se os
justos fossem agora abandonados para caírem como presa de
seus inimigos, seria um triunfo para o príncipe das trevas”. (O
Grande Conflito, 634).
Então, torna-se inconsistente a segunda teoria ao dizer que
serão salvos 144 mil dentre os vivos, e que os demais dos que
vão se salvar morrerão para ressuscitarem na Volta de Jesus.
Nem a Bíblia, nem o Espírito de Profecia apoiam esta teoria.
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Quem São os 144.000? Revelações do Apocalipse, vol. II, cap. 14