CADERNO DE FÍSICA DA UEFS 12 (01): 57-66, 2014 ESTUDANDO PROPRIEDADES DE TRANSFORMADORES ELÉTRICOS COM SOFTWARE LIVRE STUDYING PROPERTIES OF THE ELECTRICAL TRANSFORMERS WITH FREE SOFTWARE Bruno Randal de Oliveira1, Frederico Alan de Oliveira Cruz¹, e Francisco Antônio Lopes Laudares2 1 2 Av. Ministro Fernando Costa, s/n – Seropédica, PET-Física, DeFis, UFRRJ. E-mail: [email protected], [email protected] Av. Ministro Fernando Costa, s/n – Seropédica, Laboratório de Instrumentação para o Ensino, DeFis, UFRRJ. Email: [email protected] Devido à impossibilidade de enxergar alguns fenômenos envolvidos nos processos de produção e transmissão de energia presentes em nosso cotidiano, podemos recorrer a atividades experimentais, reais e virtuais, proporcionando ao aluno a visualização das grandezas associadas ao fenômeno estudado. Neste trabalho, utilizou-se um software livre, Audacity®, como gerador de sinais senoidais e um aparato experimental com bobinas e núcleos, para entender o funcionamento de um transformador elétrico e as propriedades elétricas envolvidas no processo. Os resultados encontrados indicaram que o software é bem eficiente na produção do sinal para o experimento permitindo assim estudar e exemplificar o funcionamento de um transformador elétrico, tendo como principal vantagem o baixo custo, a minimização dos riscos experimentais, além de proporcional ao aluno uma visão mais ampla das possibilidades dos softwares disponíveis na internet. Palavras-chave: Transformadores, Audacity, Física. Because to the impossibility of seeing some phenomena involved in the processes of production and transmission of energy present in our everyday life, we use experimental, real and virtual activities, for providing the student with the visualization of the quantities associated in phenomenon studied. In this work, we used a free software, Audacity ®, as a generator of sinusoidal signals and an experimental apparatus, with coils and iron nuclei, to understand the workings of an electrical transformer and electrical properties involved. The results indicated that the software is very efficient in producing the signal for experiment to study and illustrate the operation of an electrical transformer, with a main advantage of the low cost, the minimizing danger experimental, in addition proportional to the student insight broader possibilities of the software available on the net. Keywords: Transformers, Audacity, Physics. INTRODUÇÃO As mudanças curriculares propostas pela Secretaria de Estado de Educação (SEEDUC), no Rio de Janeiro, nos últimos tempos, têm como objetivo tornar a aprendizagem, das disciplinas que compõem o currículo do ensino médio, mais atrativa e significativa aos alunos. No caso específico da Física, no qual este artigo está embasado, qualquer proposta que vise a melhor compreensão dos fenômenos físicos apresentados em sala é bem vinda. Essas mudanças, no entanto, impostas pelos órgãos responsáveis pela educação tem sido alvo de críticas, não apenas no Brasil, por estar desconectada de pensamentos mais progressistas do ensino (MOREIRA, 2000), e principalmente por envolver um conjunto de regras e procedimentos propostos por um grupo teórico que possui uma visão distante do ambiente escolar, isto é, este grupo está desconectado da realidade do conteúdo apresentado nas escolas, portanto as mudanças propostas podem não atingir seu objetivo, que é o de melhorar o processo de aprendizagem. As críticas a essas mudanças se baseiam na ideia de que toda mudança curricular deve fazer parte, em um primeiro olhar, da política de desenvolvimento local e nacional em momento posterior, para que as experiências sejam somadas a fim de produzir mudanças que realmente sejam capazes de contribuir 57 CADERNO DE FÍSICA DA UEFS 12 (01): 57-66, 2014 Oliveira et all com a formação dos alunos, para que estes sejam capazes de atuar para a construção de uma realidade social mais justa (DOMINGUES, 2000). No caso da nova proposta curricular da Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro, intitulada de Currículo Mínimo (SEEDUC-RJ, 2012), há uma proposta, no caso específico da Física, de se trabalhar os conteúdos que compõem o currículo de forma que o foco esteja no entendimento do fenômeno apresentado no conceito, e não mais exclusivamente nas operações matemáticas. Segundo a proposta, o professor pode inserir situações de aprendizagem desenvolvidas a partir das experiências cotidianas, permitindo construir ideias a respeito dos fenômenos estudados, proporcionando um melhor entendimento do tema abordado (DIAS et al, 2013). Na proposta da SEEDUC para o primeiro bimestre do terceiro ano do Ensino Médio, um dos tópicos apresentados tem como objetivo permitir que o aluno seja capaz de compreender o funcionamento de máquinas elétricas, bem como o processo de produção, transmissão e utilização da energia elétrica. A abordagem de temas como esse pode tornar o ensino mais significativo ao aluno, além de contribuir para a escolha de uma vida profissional no campo de ciência e tecnologia (PIRES at al, 2013; CENCI et al, 2013). Dentro dessa perspectiva, um dos equipamentos mais ricos para serem estudados é o transformador elétrico, visto que ele está presente desde o processo de geração de energia e nos equipamentos eletrônicos existentes na maioria das residências, possuindo como característica fundamental a operação em corrente alternada. Os transformadores são dispositivos elétricos que servem para elevar ou diminuir uma tensão. Ele é formado basicamente por duas bobinas, que são estruturas formadas por fios condutores enrolados em um carretel formando espiras concêntricas, onde uma delas se chama circuito primário, ou circuito de entrada, e outra que compõe o circuito secundário, ou circuito de saída (Figura 1) (YOUNG & FREEDMAN, 2009). No experimento desenvolvido, será aplicada no circuito de entrada uma tensão alternada proveniente de um gerador de áudio. Figura 1: Representação de um transformador simples (SANTOS, 2014). O princípio de funcionamento do transformador está relacionado a um campo magnético induzido, devido a corrente variável que percorre o condutor do circuito primário (LAUDARES & CRUZ, 2009), onde pela Lei de Lenz é possível mostrar uma relação de proporcionalidade entre ele: ݅ሺݐሻ ןെ ݀ߔ ሺݐሻ ݀ݐ (1) 58 CADERNO DE FÍSICA DA UEFS 12 (01): 57-66, 2014 Estudando Propriedades... Esse campo induz no circuito secundário uma corrente, que é proporcional ao número de espiras, permitindo obter uma relação onde à razão entre o número de espiras nos circuitos primário e secundário é igual a razão entre as tensões. (2) onde Np representa o número de voltas no circuito primário, Ns o número de voltas no circuito secundário, Vp a diferença de potencial entre os terminas do circuito primário e Vs a diferença de potencial entre os terminais do circuito secundário (PELEGRINI, 1999). Um ponto que merece análise em relação na expressão (2) é sua validade para certos valores, visto que o potencial no circuito secundário é fortemente influenciado pelas frequências dos sinais aplicados ao circuito primário. A Figura 2 apresenta a tensão no circuito secundário em relação à frequência da tensão aplicada no circuito primário, e pode-se perceber que esta relação não é constante para todas as frequências. Portanto podemos considerar que teremos valores praticamente constantes na faixa de frequências que vai de 100 a 1000 Hz. Figura 2: Potencial medido no circuito secundário em função da frequência frequência (BOYLESTAD, 2004). Apesar de possuir características, física e tecnológica, importantes que poderiam agregar conhecimento e atuar como elemento motivador em sala de aula, existe certa limitação e riscos envolvidos para sua utilização durantes a exposição do conteúdo. Para isso, é fundamental que o professor seja capaz de criar um ambiente favorável a aprendizagem permitindo que os alunos sejam capazes de visualizar o fenômeno e compreender os princípios envolvidos no processo. Um ambiente favorável para a discussão e apresentação dos fenômenos pode ser estabelecido em laboratórios didáticos, aumentando a possibilidade de aprendizagem pela via da investigação e da comprovação experimental (RIBEIRO & OLIVEIRA, 2009; PINTO et al, 2013). Apesar da importância, muitas escolas são desprovidas de laboratórios ou locais apropriados para realização de uma atividade experimental e assim uma etapa de construção do conhecimento é comprometida (SILVA et al, 2009; SANTOS & CASTILHO, 2011). Uma alternativa possível quando a estrutura não é a mais adequada, é utilizar equipamentos de baixo custo, encontrados em lojas e/ou armarinhos, como também pela utilização das chamadas tecnologias de informação e comunicação (TICs), para que os fenômenos estudados possam ser visualizados pelos alunos. O avanço das TICs como elementos de auxílio em sala de aula tem sido apresentado em alguns trabalhos, visto que atualmente o acesso à internet atinge aproximadamente 75% dos jovens e 89% deles usam os chamados smartphones, smartphones, isto é, as tecnologias estão presentes na vida destes estudantes 59 Oliveira et all CADERNO DE FÍSICA DA UEFS 12 (01): 57-66, 2014 (MACEDO, 2014). Se o acesso a tecnologia é uma realidade do cotidiano dos alunos, propor uma atividade com computadores pode ser um facilitador na discussão dos temas apresentados durantes a disciplina de Física, seja através de simulações com applets ou sistemas de aquisição e tratamento de dados, permitindo que o processo de apresentação de conteúdos não seja prejudicado pela falta de uma estrutura adequada. Dentro dessa perspectiva, nesse trabalho será apresentado o resultado de uma prática onde se utilizou um software livre como gerador de sinais senoidais, com o objetivo de tornar mais simples o entendimento do funcionamento de um transformador elétrico e das propriedades elétricas envolvidas no processo, sem riscos a saúde ou integridade dos envolvidos. METODOLOGIA Para a construção do transformador, foram utilizados os seguintes equipamentos: uma folha de papel cartão dobrada e fio de cobre esmaltado n° 19, para o enrolamento das duas bobinas. Com a folha de papel cartão foram montados dois carretéis, em formato de paralelepípedo para formar as bobinas, com dimensões internas, aproximadas, 35 × 35 mm. Uma vez construído os carretéis, foi enrolado o fio de cobre esmaltado utilizando um enrolador de bobinas (LAUDARES, 2013). Em uma delas foram enroladas 200 (duzentas) e na outra 400 (quatrocentas) voltas. A escolha por esse número de voltas ocorreu apenas por permitir facilitar a verificação experimental dos valores de tensão esperados no secundário nesse tipo de circuito, e expresso pela equação (2) (Figura 3). Figura 3: Bobinas construídas em papel cartão. Depois de prontas, as bobinas foram colocadas em dois núcleos de ferro da marca Phywe®, que também possuem seções quadradas, com o objetivo de tornar o campo magnético gerado pelas bobinas mais intenso. Com esses procedimentos deixamos pronto o nosso pequeno transformador (Figura 4). Figura 4: Núcleos de ferros introduzidos nas bobinas. 60 CADERNO DE FÍSICA DA UEFS 12 (01): 57-66, 2014 Estudando Propriedades... Com o transformador montado, passou-se a etapa de conectar o gerador de tensão alternada, para que os fenômenos de elevação e queda de tensão pudessem ser observados. O mais comum seria aplicar uma tensão nesses terminais ou usar um gerador de sinais, mas elas esbarram no fato de poderem produzir algum risco à saúde dos alunos, ou mesmo gastos para aquisição dos equipamentos. Essa dificuldade pode ser sanada, com uso do software livre Audacity®, que é um editor de áudio, onde além de gravar áudio, utilizando um microfone comum, pode reproduzir sinais senoidais e quadráticos, assim como reproduzir sons em diversos formatos ou reproduzir ruídos como Rosa e Branco. A tensão submetida nos terminais do circuito primário foi gerada utilizando o software Audacity ®, e transferida ao transformador através de um Plug P2 mono, Figura 5, “plugado” à entrada de microfone de uma placa de áudio de um computador, enquanto os terminais do do circuito secundário foram ligados aos terminais de um multímetro, Figura 6. Figura 5: Plug P2 mono (REPEL, 2014). Figura 6: Esquema de montagem realizada. Para iniciar a análise do experimento, procurou-se demonstrar o efeito da frequência sobre a tensão medida no circuito secundário (Figura 6), e para concluir essa etapa fixou-se a tensão de entrada em 1,0 Vpp na bobina de 200 voltas, alterando a frequência entre 0 e 2000 Hz. A entrada desses valores foi realizada seguindo os seguintes passos: 1. Na barra de menus do Audacity, clicou-se em gerar → Tom. (Figura 7); Figura 7: Apresentação da aba a ser escolhida no programa Audacity®. 61 CADERNO DE FÍSICA DA UEFS 12 (01): 57-66, 2014 Oliveira et all 2. Posteriormente escolhemos a forma da onda, clicando na opção senoide, em gerador de tons (Figura 88); Figura 8: Determinação do tipo de onda, frequência e amplitude. 3. Colocou-se o multímetro no circuito primário do transformador para ajustar a tensão de entrada. Esta mudança é feita alterando-se o volume de saída de áudio do PC; 4. Colocou-se o multímetro no circuito secundário do transformador, que nesse caso é a bobina de 400 voltas; 5. Variou-se a frequência, como na Fig. 8, para 0 Hz, 5 Hz, 10 Hz, 15 Hz, 20 Hz, 30 Hz, 40 Hz, 50 Hz, 100 Hz, 200 Hz, 300 Hz, 400 Hz, 500 Hz, 1000 Hz, 1500 Hz, 2000 Hz; 6. Logo depois, inverteram-se as bobinas e realizaram-se os mesmos procedimentos realizados anteriormente. Uma vez analisada a dependência da resposta em função da frequência, passamos para a análise da transformação da tensão. Para isso teremos a bobina com 400 espiras como circuito primário, e a bobina com 200 espiras como circuito secundário. Uma vez realizada as ligações necessárias para a atividade, passamos a etapa de análise da “transformação” da diferença de potencial entre os terminais do circuito secundário, a fim de verificar a equação 2 como segue: 1. No gerador de tons fixou-se a frequência em 500 Hz; 2. Foi- se variando a amplitude entre 0,2 e 1,0, em passos de 0,2; 3. Repetiu-se o processo anterior, trocando-se a posição dos circuitos, e aplicando-se as mesmas amplitudes; 4. Posteriormente compararam-se os resultados experimentais com os esperados teoricamente. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os valores adquiridos foram então tabulados e expressos em uma escala logarítmica pra comparação com os resultados na Figura 2. A primeira atividade experimental realizada foi para demonstrar se o comportamento da tensão era realmente dependente da frequência de entrada, como previsto na figura 2. Esse procedimento tem sua importância, visto que é nessa região onde os valores do potencial medido no circuito secundário apresentam menor variação. Fixado o valor do potencial em 1,0 Vpp de saída ligada à bobina com 400 voltas, os resultados encontrados foram compatíveis com o comportamento apresentado na figura 2, quando comparados ao Gráfico 1. 62 CADERNO DE FÍSICA DA UEFS 12 (01): 57-66, 2014 Estudando Propriedades... Gráfico 1: Potencial medido no circuito secundário, com 200 voltas, em função da frequência do sinal, considerando a tensão no primário, contendo 400 voltas, igual a 0.5 V. A dependência do valor da tensão no circuito secundário também é dependente da frequência do sinal recebido pelo circuito, e ela nos mostra duas informações importantes a serem trabalhadas com os alunos: a primeira é que existe um valor ideal para a manutenção do sinal no circuito como um todo (no transformador); segundo, que também há uma impedância associada ao aumento da frequência (CHINAGLIA et al, 2008). O primeiro resultado (análise da frequência) nos forneceu um dos parâmetros para a etapa seguinte do nosso experimento, que foi a escolha da frequência utilizada para o sinal inserido no circuito primário. Assim, para a verificação da equação 2, foram utilizados os seguinte parâmetros para amplitudes de saída do sinal fornecidos pelo programa: 0,1 V a 0,5 V, sendo a frequência fixada em 500 Hz, visto que nessa faixa o comportamento de resposta no circuito secundário é linear como observado no Gráfico 1. Ao inverterem-se os circuitos, onde agora a bobina de 200 espiras é o circuito primário, foi possível mostrar que a relação linear entre os valores medidos manteve-se constante, como previsto. Um detalhe importante a ser percebido entre os resultados, refere-se à incerteza da medida expressa pelo Gráfico 2 e Gráfico 3. Como a equação para o potencial no circuito secundário (equação 2) é dependente dos resultados esperados, temos que a incerteza da medida pode ser escrita como: ߂ܸ௦ ൌ ܸ ߂ܰ௦ ܰ௦ ߂ܸ െ ܸ ܰ௦ ߂ܰ ܰ (3) Onde VS é a incerteza da medida no circuito secundário, VP é a tensão medida no circuito primário, NS é o número de espiras no circuito primário, NS é o número de espiras do circuito secundário, com a equação (3), mostrando que é VS é diretamente proporcional ao número de espiras do circuito secundário. 63 Oliveira et all CADERNO DE FÍSICA DA UEFS 12 (01): 57-66, 2014 Gráfico 2: Potencial medido no circuito secundário, com 200 voltas, em função da frequência do sinal, considerando a tensão no primário, contendo 400 voltas, igual a 0.5 V. Gráfico 3: Curva de tensão do circuito secundário em função da tensão do primário, onde o primário possui 400 e o secundário 200 voltas. Em ambas as situações observou-se a concordância, com boa aproximação em relação aos valores esperados teoricamente pela equação 2, mostrando que apesar das limitações inerentes ao experimento, os resultados são compatíveis com os esperados. Apesar da possível variação dos resultados, previstos pela equação (3), o resultado final não estão distantes do previsto teoricamente, com um erro relativo máximo de aproximadamente 8%, mostrando ser possível apresentar o experimento como elemento motivador em sala de aula. CONCLUSÕES A demonstração de atividades utilizando tensões alternadas quase não é abordada no ensino, pois existem dificuldades operacionais que não permite tal realização. Uma forma de contornar essa dificuldade pode ser a utilização do software Audacity, que durante a realização do experimento sobre transformadores, mostrou-se bem eficiente na produção de um sinal para experimentos que envolvam 64 CADERNO DE FÍSICA DA UEFS 12 (01): 57-66, 2014 Estudando Propriedades... tensões alternadas, permitindo dessa forma estudar e exemplificar em sala o funcionamento de um transformador elétrico. As vantagens de se utilizar o computador como uma das ferramentas, é a de utilização de softwares gratuitos, possibilitando procedimentos relativamente a custo zero, ou nenhum custo, pois partindo de que professor já possua o computador, o software é adquirido gratuitamente através da internet. Esta forma de realizar o experimento possibilita a minimização de riscos de acidentes em sala de aula, pois as correntes e potenciais elétricos envolvidos são muito baixos, quando comparados com aqueles presentes em atividades que usam tensões elétricas diretamente da rede elétrica convencional. Finalmente, foi possível mostrar que o Audacity® permite a reprodução do funcionamento de um transformador pelos alunos e também em momentos diferentes que aquele do espaço escolar, proporcionando ao aluno uma visão mais ampla das possibilidades dos softwares disponíveis na internet e assim sua independência para realizar uma aprendizagem mais autônoma e completa. BIBLIOGRAFIA BOYLESTAD, R. L. Introdução à análise de circuitos. 10ª Ed, São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004. CENCI, B. R.; MARCHESAN, A. C.; BARRIQUELLO, C. H. Transmissão de energia elétrica sem fio: uma proposta para integração entre conhecimentos de engenharia elétrica e de ensino médio. 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