Alcoa América Latina Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 MINERAÇÃO NA AMAZÔNIA Alcoa assume compromisso com a sustentabilidade regional e estabelece Agenda Positiva em Juruti-PA EXPANSÃO SEGURA Planejamento resulta em 8 milhões de horas trabalhadas sem incidentes com afastamento em São Luís-MA ENERGIA Começam as obras das usinas hidrelétricas de Estreito e Serra do Facão crescer sustentavelmente com o BRASIL Modernização nas fábricas • Biodiversidade • Combate às mudanças climáticas • Diálogos com stakeholders SUMÁRIO 2006/2007 6 16 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE ALCOA AMÉRICA LATINA SUMÁRIO EXECUTIVO Os desafios da sustentabilidade ENTREVISTA COM O PRESIDENTE Responsabilidade de líder 30 EXPANSÃO DA ALUMAR 40 BIODIVERSIDADE Gigante do alumínio Preservando a Amazônia 12 22 RESUMO INSTITUCIONAL Tempo de realizações JURUTI SUSTENTÁVEL Para ser a melhor mineração do mundo 36 POÇOS DE CALDAS 46 MUDANÇAS CLIMÁTICAS Tecnologia de futuro Do global ao local 50 62 72 84 92 ENERGIA Investimento em uma matriz limpa SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO Planejamento é vida SUCESSO ECONÔMICO Resultados históricos RESPONSABILIDADE SOCIAL Compromisso com o bem-estar social METODOLOGIA E ÍNDICE REMISSIVO GRI Relevância, credibilidade e transparência 56 70 78 88 100 DIÁLOGOS COM STAKEHOLDERS A mais ética para ser a melhor do mundo PRINCIPAIS INDICADORES EXCELÊNCIA AMBIENTAL Eliminar e minimizar impactos PRÊMIOS, RECONHECIMENTOS E CERTIFICAÇÕES Qualidade em todas as áreas CRÉDITOS SUMÁRIO EXECUTIVO OS DESAFIOS DA SUSTENTABILIDADE Desenvolver os mecanismos para que a Empresa opere e cresça de forma sustentável é o desafio permanente de todos os profissionais que trabalham na Alcoa. Para tornar essa aspiração realidade, é fundamental entender e responder às questões-chave relacionadas às nossas operações, o que só é possível por meio do permanente diálogo com os públicos de interesse. Nos últimos dois anos, a Alcoa se uniu a um grupo de empresas que trabalharam com a metodologia do GLN (Global Leadership Network) para identificar, junto a funcionários, clientes, fornecedores, representantes TEMA ACESSO À ENERGIA ELÉTRICA do governo e ONGs, as questões de sustentabilidade mais relevantes e que, portanto, necessariamente precisam ser englobadas pela estratégia e ação da Companhia. A partir dessa abrangente pesquisa, foram definidos seis temas centrais: acesso e uso eficiente de energia; desenvolvimento local e regional; relações de trabalho; gestão de pessoas; gestão ambiental; e preservação de recursos naturais e da biodiversidade. Neste Sumário Executivo, apresentamos de forma resumida a relevância de cada tema para a nossa sustentabilidade, a evolução recente alcançada IMPORTÂNCIA • Energia é, ao lado da bauxita, Vale lembrar que os temas, sua importância e os próximos passos listados na tabela podem evoluir e ser modificados ao longo do tempo em razão de situações de mercado e de estratégias da Alcoa. EVOLUÇÃO • Iniciamos, com outros PRÓXIMOS PASSOS • Contribuir para atingir a meta o insumo mais importante para empreendedores, as obras de global de reduzir em 10% o a produção de alumínio. duas novas usinas hidrelétricas: consumo de energia por tonelada O setor energético brasileiro vive Estreito (na divisa entre Tocantins de alumínio até 2020, a partir um importante momento de e Maranhão) e Serra do Facão (na da base de consumo de 2000. definição, com a possibilidade divisa entre Goiás e Minas Gerais). de um desbalanceamento da oferta e demanda num futuro próximo. Assegurar o suprimento de energia para evitar riscos ao nosso negócio também contribui de forma positiva para a sociedade. • Apesar da energia de fonte hidráulica ser considerada limpa, a construção de usinas afeta as dimensões social e ambiental, exigindo a implementação de uma cuidadosa agenda local de desenvolvimento sustentável. • Ao mesmo tempo em que o País vive um momento de definição no tocante a energia, faz-se necessária a diminuição do uso dos combustíveis fósseis na matriz energética. 6 e a perspectiva dos passos futuros que ainda devemos percorrer. De forma transparente, pode-se assim ter uma visão panorâmica de como temos enfrentado os desafios que se apresentam para o desenvolvimento sustentável de nossa atividade no Brasil. O detalhamento de todas essas iniciativas é a base do conteúdo de todo o relatório. Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 • No consórcio da usina de Estreito, demos andamento a um Acordo Social, com ações dos empreendedores e dos poderes públicos nos três níveis, que promovam o desenvolvimento dos 12 municípios abrangidos pelo empreendimento. • Passamos a utilizar, ainda em fase de testes, combustíveis de fontes renováveis, como o biodiesel, na frota de veículos industriais e de alguns fornecedores em algumas das nossas fábricas. • Realizamos investimentos em pesquisa e desenvolvimento para novos materiais e processos com menor consumo energético. • Elevar para 70%, até 2011 – 2012, o nosso índice de auto-geração de energia, atualmente em 40%. • Dar continuidade às experiências e parcerias com o intuito de promover desenvolvimento local sustentável. • Incorporar mais alternativas de energia renovável à nossa matriz energética no Brasil. Obras de construção do porto em Juruti-PA TEMA DESENVOLVIMENTO LOCAL E REGIONAL IMPORTÂNCIA • A implantação de projetos EVOLUÇÃO • Elaboramos um Plano de • Fortalecer a implementação de e operações tende a gerar Desenvolvimento Regional uma estratégia de engajamento expectativas nas comunidades, que (PDR), em parceria com o Ibens de stakeholders, em todas as precisam ser identificadas e receber (Instituto Brasileiro de Educação localidades onde atuamos respostas, principalmente nos em Negócios Sustentáveis) e no Brasil. locais com menor IDH (Índice de com órgãos públicos, entidades Desenvolvimento Humano). empresariais e instituições sociais • No caso específico da implantação do projeto de mineração em JurutiPA, diversos atores sociais nacionais e globais observam atentamente nossas iniciativas que visam a concretizar o objetivo e comunitárias, em Barra Grande , onde a Alcoa é investidora numa usina hidrelétrica na divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul. • Intensificamos o diálogo com de promover o melhor projeto os públicos de interesse nas de mineração do mundo. localidades onde atuamos; • Priorizamos a contratação de bem como as expansões de fábricas previstas, gerando mais oportunidades e maior riqueza para as regiões. • Sempre direcionar os investimentos sociais para as maiores necessidades locais, identificando seu impacto na melhoria do IDH ou apoiando o cumprimento dos Objetivos do Milênio e outras iniciativas relevantes identificadas no Juruti (45% de Juruti e 80% do processo de engajamento. Refinaria de alumina da Alumar (21% das comunidades do entorno e 91% do Estado do Maranhão). • Definimos e colocamos em execução a ‘Agenda Positiva’ em Juruti, como parte do Projeto Juruti Sustentável. • Demos início à modernização da Fábrica de alumínio em Poços de Caldas, com o intuito de possibilitar mais algumas décadas de operação naquela região, aperfeiçoando o desempenho ambiental da Fábrica. • Investimos mais de R$ 9,2 milhões no apoio às comunidades no Brasil. • Desenvolvemos o programa de priorização e incentivo a fornecedores e compras locais. Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 • Concluir a implantação de projetos mão-de-obra local nos projetos Estado do Pará) e na Expansão da 8 PRÓXIMOS PASSOS • Apoiar à criação de um Fundo de Desenvolvimento Sustentável em Juruti. • Colaborar para a educação e formação de talentos brasileiros, apoiando, dentro da possibilidade, instituições acadêmicas. TEMA GESTÃO E IMPORTÂNCIA • O modelo de gestão e EVOLUÇÃO • Implantamos o Projeto RHenovação, PRÓXIMOS PASSOS • Continuar a consolidar DESENVOLVIMENTO desenvolvimento de pessoas no qual cada colaborador ganhou a implementação do Projeto DE PESSOAS deve sempre estar alinhado maior autonomia e poder de auto- RHenovação. à estratégia da empresa, buscando gestão, com a implementação liberar o potencial do capital de um portal (RH.com.Você), de humano. Tal modelo deve atuar uma central de atendimento (RH para promover de forma consistente Atende) e de quiosques eletrônicos melhorias no ambiente de trabalho, em todas as unidades da Alcoa. na crescente capacitação dos colaboradores e na eficácia da liderança e da organização. • O ambiente de trabalho deve fornecer as condições necessárias para viabilizar o alto desempenho dos funcionários da Alcoa. TEMA ESTRATÉGIA DAS RELAÇÕES DE TRABALHO IMPORTÂNCIA • O ambiente de trabalho deve • Continuar a assegurar a inclusão do conceito de Sustentabilidade em todos os treinamentos da Alcoa, principalmente para os cargos de liderança. • Iniciamos novos programas específicos de atração, desenvolvimento e retenção de talentos. • Continuamos a conduzir programas de desenvolvimento de lideranças. EVOLUÇÃO • Superamos a marca de oito promover a qualidade de vida, milhões de horas/homem a maior inclusão e fomentar ainda trabalhadas sem incidentes mais a prática dos Valores com afastamento na expansão da companhia. da refinaria da Alumar, em PRÓXIMOS PASSOS • Implementar o modelo de Relações Trabalhistas. • Continuar os investimentos para controle das condições São Luís-MA. • Lançamos uma nova estratégia de remuneração total, ainda mais competitiva com o mercado. • Revisamos nosso pacote de benefícios, adequando-o ainda mais às necessidades dos Alcoanos. • Realizamos programas de qualidade de vida, mantemos canais de comunicação específicos (Eu Queria Saber, Fale com o Presidente) e realizamos anualmente pesquisas de clima. • Implantamos o Programa de Prevenção do Uso de Álcool e Drogas nos projetos de expansão. • Lançamos o site Rede do Bem Alcoa para dar visibilidade às ações de voluntariado de nossos funcionários e propiciar o intercâmbio de informações entre eles. sumário executivo 9 Visão áerea do mangue próximo ao porto da Alumar em São Luís-MA TEMA GESTÃO AMBIENTAL IMPORTÂNCIA • Um eficiente e eficaz sistema de EVOLUÇÃO • Reduzimos o consumo de água PRÓXIMOS PASSOS • Manter os atuais níveis de resíduos DE RESÍDUOS, EFLUENTES gestão ambiental é de fundamental em nossas operações em 7% em e emissões, mesmo considerando E EMISSÕES importância para o meio ambiente relação a 2005. a expansão da produção de e, além disso, tem influência na saúde e na segurança de nossos funcionários e das comunidades próximas às nossas operações. • A capacidade em gestão de resíduos, efluentes e emissões é um importante componente da nossa licença para operar, tanto nos aspectos jurídicos como sociais. • Identificamos oportunidades para implantação de projetos em outras indústrias dos resíduos de Efeito Estufa (GEEs). gerados em nossas operações. • Reduzimos o volume total • Contribuir para atingir objetivos de efluentes pelo Projeto globais estabelecidos nas Metas Descarga Zero. Estratégicas da companhia • Aumentamos a vida útil dos da Fábrica de alumínio em Poços de Caldas-MG. internacionais pelo fortalecimento de políticas e planos de redução e controle de emissões de GEEs. • A economia mundial depende • Implantação da modernização a Universidade Federal de • Firmamos parcerias nacionais e PRESERVAÇÃO para 2020. de pesquisa em parceria com São Carlos. IMPORTÂNCIA • Obter maior aproveitamento de redução de emissões de Gases revestimentos refratários a partir TEMA maneira competitiva. EVOLUÇÃO • Contamos com mais de 1.800 • Obter créditos de carbono por projetos de redução de emissões. • Chegar à descarga zero de efluentes. PRÓXIMOS PASSOS • Estimular a agilidade e a eficiência DOS RECURSOS NATURAIS de uma base de recursos naturais hectares de área de Parques na utilização das verbas de E BIODIVERSIDADE que vem dando sinais de degradação. Ambientais mantidos de forma compensação por parte dos voluntária pela Alcoa, onde são organismos governamentais. • As empresas que reduzem o impacto ambiental de suas operações, produtos e serviços contribuem para o capital natural recebidos anualmente milhares de visitantes e realizadas ações de educação ambiental. e não só melhoram suas condições • Adquirimos área para a criação de operação como também geram de um Parque Ambiental em valor para as comunidades vizinhas. Tubarão-SC. • A proteção da licença para operar • Estabelecemos convênio com a • Continuar a implementar estratégia de avaliação, redução e compensação dos impactos na biodiversidade advindos de nossas operações. • Dar continuidade ao apoio ao Programa de Conservação, em longo prazo nas regiões em que Conservação Internacional-Brasil realizado na Amazônia em nos instalamos depende de uma para apoiar o PARNA – Parque parceria com a Conservação estratégia empresarial que preserve Nacional da Amazônia. Internacional-Brasil. e renove habitats naturais e recursos ambientais críticos. • A atividade de mineração consiste no • Aplicamos verbas de compensação da expansão da refinaria da Alumar no Parque do Itapiracó e uso apenas temporário da terra, mas na Reserva Ecológica do Rangedor, causa impacto nos recursos naturais em São Luis-MA. e na biodiversidade. A implantação de projetos de energia hidrelétrica também gera impactos. • Apoiamos o CEPEMA (Centro de Pesquisas de Meio Ambiente) da Universidade de São Paulo, em Cubatão-SP. sumário executivo 11 RESUMO INSTITUCIONAL TEMPO DE REALIZAÇÕES Porto da Alumar: Alcoa investe para crescer O ano de 2006 ficou marcado na história da Alcoa. Se, em 2005, o aporte recorde de recursos (R$ 3,9 bilhões) anunciado pela Alcoa Inc. para a subsidiária brasileira (Alcoa Alumínio S.A.) possibilitou o início de novas operações e de projetos de expansão importantes, em 2006 a continuidade e o aprofundamento desses projetos trouxeram à Alcoa Alumínio S.A. desafios tão grandes quanto as realizações que eles propiciaram. A implementação da mina de bauxita em Juruti-PA, que compreende a construção de três instalações 12 Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 (unidade de mineração, ferrovia e porto), avançou não apenas no cronograma de obras, mas especialmente no compromisso com o desenvolvimento sustentável local, ao estabelecer uma agenda positiva para a região. Por sua vez, a Expansão da Fábrica de Redução na Alumar, em São LuísMA, registrou mais de 8 milhões de horas/homem trabalhadas sem incidentes com afastamento. Resultado de um minucioso e extenso trabalho de treinamento e prevenção, tal desempenho ganha ainda mais relevância em se tratando do maior projeto de expansão já realizado pela indústria do alumínio em todo o mundo. Em Poços de Caldas-MG, onde se localiza a primeira Unidade da Alcoa no País – operando há 42 anos –, o processo de modernização realizado preparou a Fábrica para operar ao menos outros 40 anos. Com investimento de R$ 64 milhões, a expansão da Unidade de ItapissumaPE possibilitará, até o fim de 2007, um aumento de até 30% na produção de laminados. Para suportar a elevação da capacidade produtiva, a Empresa também investe em geração de energia. Nos primeiros meses de 2007, iniciaram-se as obras das usinas hidrelétricas de Estreito (divisa dos estados de Tocantins e Maranhão) e Serra do Facão (entre Goiás e Minas Gerais), ambas geridas por consórcios nos quais a Alcoa possui participação. Quando operantes, elas elevarão para 70% o índice de autosuficiência energética da companhia. Consciente de que esses projetos têm a capacidade de criar valor não apenas para a Empresa, mas para todos os seus stakeholders (partes interessadas), a Alcoa vem desenvolvendo ferramentas e ações para que essa intenção se torne realidade, à medida que as obras avançam. Vislumbra-se, pela frente, o desafio de prosseguir a execução dos projetos, mantendo-os dentro do orçamento e do prazo, sem abrir mão da qualidade, da segurança e de seu objetivo maior: melhorar a qualidade de vida de acionistas, consumidores, clientes, colaboradores, fornecedores, comunidades e toda a sociedade • produz 166 milhões de tampas para embalagens de bebidas e de alimentos; (participação de 35,1% na Refinaria e de 60% na Redução), todas as unidades são integralmente próprias. • monta sistemas de distribuição elétrica para 20.400 veículos; A Alcoa participa, também, dos consórcios que administram as hidrelétricas de Barra Grande e Machadinho, ambas na divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina, e dos consórcios que investem na construção das usinas de Estreito e de Serra do Facão. • gera 96.000 MWh de energia elétrica; • compra US$ 27 milhões em bens e serviços. Além da liderança nos âmbitos financeiro e produtivo, a Empresa exerce protagonismo no aspecto socioambiental. Há seis anos no Índice Dow Jones de Sustentabilidade, a Alcoa Inc. foi considerada, pela terceira vez consecutiva, em 2007, uma das empresas com maior compromisso com a sustentabilidade em todo o mundo, durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça). No ranking elaborado pela Governance Metrics International – consultoria global independente que avalia as práticas de governança corporativa –, recebeu nota 10 (máxima) em comportamento empresarial. Liderança mundial Também em 2007, a Alcoa Inc. participou da fundação da Parceria Americana pela Ação Climática (United Fundada em 1888, a Alcoa Inc. é uma das maiores produtoras mundiais de alumina, alumínio primário e produtos de alumínio. Sociedade anônima de capital aberto, atua em 44 países, com 122 mil funcionários. Todos os dias, a companhia: States Climate Action Partnership – USCAP), que reúne dez importantes companhias norte-americanas e ONGs ambientais. Por meio da iniciativa, elas trabalham em conjunto por uma redução significativa das emissões de gases causadores do efeito estufa. • minera 86.300 toneladas de bauxita e 27.300 toneladas de carvão; Na América Latina, a companhia possui 12 operações, localizadas na Argentina, no Chile, na Colômbia, no Peru, na Venezuela e no Brasil, com cerca de 6.500 colaboradores. A subsidiária brasileira (Alcoa Alumínio S.A.) mantém atividades em seis Estados (Maranhão, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Santa Catarina e São Paulo). Com exceção da AFL do Brasil (participação de 50%), em Itajubá-MG, e da Alumar • refina 41.000 toneladas de alumina, das quais 55% são vendidas e 45% constituem matéria-prima para a fundição de 9.575 toneladas de alumínio; • recicla 2.300 toneladas de alumínio; • fabrica 8.810 toneladas de produtos de alumínio; Produtos e mercados Os negócios globais da companhia incluem projetos, engenharia, produtos primários, laminados e extrudados, embalagens e produtos de consumo, atendendo aos mercados aeroespacial, automobilístico, industrial, de construção civil e de transporte comercial. A Alcoa também produz e comercializa marcas de produtos globais de consumo, como a Reynolds Wrap, as rodas Alcoa e as embalagens domésticas Baco. Atua, ainda, nos ramos de tampas, sistemas de fixação, fundição de precisão e sistemas de distribuição elétrica para carros e caminhões. Confira a relação dos negócios da Alcoa http://www.alcoa.com.br/juruti Por meio de seus produtos, a Alcoa busca atender às demandas da sociedade para a vida moderna. Aproximadamente 70% de todo o alumínio já produzido no mundo ainda se encontra em uso – são 480 milhões de toneladas métricas (529 milhões de toneladas), de um total de 690 milhões de toneladas métricas (761 milhões de toneladas) fabricadas desde 1886. resumo institucional 13 Estrutura Acionária 60% Alcoa Inc. Alcoa World Alumina (AWA) 40% Alumina Limited 40% Exterior 100% Brasil 60% 70% ALCOA ALUMÍNIO S.A. AWA BRA ABALCO 75% Juruti Machadinho 32% Barra Grande 42% Etau 42% 9% MRN Estreito 25% 50% AFL Pai Querê 35% ALUMAR Detalhe Alumar Abalco Serra do Facão 35% Santa Isabel 20% 18,9% 35,1% Refinaria Alumar Notas: 25% Alcoa Alumínio 60% Redução Alumar • Demais operações no Brasil (Extrudados, Laminados, Tampas): 100% Alcoa Alumínio. • Os percentuais de participações foram arredondados. Cadeia Integrada de Valor (Operações atuais) PRINCIPAIS INSUMOS MATÉRIAS-PRIMAS ALUMÍNIO TRANSFORMADOS Bauxita (Poços, MRN) Alumina (Poços, São Luís) Alumínio Metálico (Poços, São Luís) Laminados (Itapissuma) Energia Elétrica (Barra Grande, Machadinho) Produtos Químicos (Poços) Alumínio em Pó (Poços) Extrudados (Itapissuma, Utinga, Tubarão) Alumínio Líquido (Poços) ENERGIA (capacidade instalada) 14 Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 Machadinho 1.140 MW Barra Grande 708 MW Participação Alcoa 32% Participação Alcoa 42% OUTROS PRODUTOS Tampas (Alphaville, Itapissuma, Buenos Aires, Santiago, Bogotá, Lima) IMPORTADOS Placas e Chapas Especiais Sistemas de Distribuição Elétrica (Itajubá) Rodas Forjadas Aluminas (Poçøs) Sistemas de Fixação Contrato Eletronorte 2004 / 2024 VISÃO A Alcoa almeja ser a melhor Empresa do mundo e para isso vivencia os seus valores. Biblioteca em Juruti VALORES Integridade O alicerce da Alcoa é a nossa integridade. Somos francos, honestos e confiáveis no relacionamento com nossos clientes, fornecedores, colegas de trabalho, acionistas e com as comunidades onde atuamos. Mudas para reflorestamento em Juruti Saúde, Segurança e Meio Ambiente Trabalhamos com segurança, de modo a proteger e promover a saúde e o bem-estar das pessoas e do meio ambiente. Clientes Contribuímos para o sucesso de nossos clientes mediante a criação de valor excepcional, por meio de soluções inovadoras em produtos e serviços. Empilhadeira a biodiesel em São Luís Excelência Buscamos incessantemente a excelência em tudo o que fazemos, todos os dias. Pessoas Trabalhamos em um ambiente que promove a inclusão e acolhe mudanças, novas idéias, respeito pelo indivíduo e igual oportunidade de sucesso para todos. Lucratividade Geramos retornos financeiros substanciais, que permitem crescimento rentável e resultam em significativo valor agregado para os acionistas. Arara em área protegida na Amazônia Responsabilidade Somos responsáveis (individualmente e em equipes) por nosso comportamento, bem como por nossas ações e resultados. Vivenciamos nossos Valores e mensuramos nosso sucesso pelo sucesso de nossos clientes, acionistas, comunidades e pessoas. Na internet: Confira nosso Código de Conduta Empresarial em www.alcoa.com/brazil/pt/alcoa_brazil/vision_and_values.asp Expansão da refinaria da Alumar resumo institucional 15 Franklin L. Feder lidera a Alcoa América Latina há três anos ENTREVISTA COM O PRESIDENTE RESPONSABILIDADE DE LÍDER A Alcoa América Latina trabalha para estender a sua influência de líder de mercado aos campos da ética e das práticas socioambientais Não é exagero afirmar que a indústria brasileira do alumínio poucas vezes testemunhou investimentos como os que a Alcoa vem direcionando ao País, da ordem de R$ 3,9 bilhões. Líder mundial em seu setor, a companhia está realizando projetos de expansão e modernização de unidades produtivas, estabelecendo uma nova unidade de mineração e participando de consórcios para construir e operar novas usinas hidrelétricas. Mais que isso, a Alcoa vem trabalhando fortemente para criar novos canais de diálogo com as diversas comunidades onde seus projetos estão inseridos e aprofundar os canais já existentes. “Queremos ser líderes não apenas em produção, mas também em ética e em responsabilidade socioambiental”, afirma Franklin L. Feder, Presidente da Alcoa América Latina. Nascido nos Estados Unidos e radicado há mais de 50 anos no Brasil, Feder lidera a companhia desde 2004, pautado pelo tripé da sustentabilidade: responsabilidade social, excelência ambiental e sucesso econômico. Nesta entrevista, ele aborda, entre outros temas, a confiança em obter a licença social para a execução dos projetos e o pioneirismo da Alcoa em ações ambientais, especialmente na luta contra o aquecimento global. Em 2005, a Alcoa Alumínio S.A. iniciou diversos projetos de crescimento, modernização e construção de unidades. Quais os resultados obtidos até agora? Os trabalhos vêm sendo realizados conforme o planejamento geral, sejam de extração de bauxita, sejam de geração de energia, sejam de expansão da capacidade produtiva. Hoje, temos cerca de 30% da execução concluída. Alguns estão apenas começando, como nossa participação na hidrelétrica de Estreito, e outros se encontram mais avançados, como a modernização em Poços de Caldas e a expansão da Alumar. De maneira geral, apesar dos grandes desafios, todos prosseguem normalmente. Desde o início do trabalho em Juruti (Oeste do Pará), onde será instalada uma unidade de mineração sustentável, a Alcoa dialoga com as partes interessadas, buscando entender suas necessidades. A companhia já obteve a chamada “licença social” para operar? Eu não tenho dúvida alguma. Tenho visitado Juruti, em média, a cada 15 dias e estou certo de que a grande maioria da sociedade local continua apoiando fortemente o projeto. É fato que, nos últimos 12 meses, nosso trabalho em Juruti ganhou corpo. Com isso, ele se torna visível para a sociedade, tanto da cidade quanto do Estado do Pará, e as demandas dos diversos segmentos crescem. A Alcoa, necessariamente, tem de responder a essas demandas. É verdade que nem sempre concordando com elas, mas mantendo o diálogo com todos esses segmentos. O projeto de expansão da refinaria da Alumar (São Luís-MA), atualmente em andamento, é o maior do gênero já realizado em todo o mundo. Que caminhos a Alcoa escolheu para implementá-lo? Pelas suas próprias características, o projeto é um enorme desafio. Para superá-lo, trouxemos todos os recursos do Sistema Alcoa Global (controle de qualidade e de produtividade que busca alavancar o potencial competitivo e a presença da Alcoa em todo o mundo), bem como os recursos externos para a concretização dos trabalhos. De forma geral, entrevista com o presidente 17 “É fato que, nos últimos 12 meses, nosso trabalho em Juruti ganhou corpo. Com isso, ele se torna visível para a sociedade, tanto da cidade quanto do Estado do Pará, e as demandas dos diversos segmentos crescem” o projeto está seguindo conforme o cronograma. Apesar do grande porte, já se registraram, nesse projeto de expansão, 8 milhões de horas/ homem trabalhadas sem incidentes com afastamento. A que você credita esse feito? À história da Alcoa mundial e, particularmente, à história da Alcoa aqui no Brasil, com a tradição de buscar a perfeição em termos de segurança. É um trabalho magnífico de todas as pessoas engajadas no projeto. O planejamento foi muito intenso, e incorporamos ao projeto o que havia de melhor em tecnologia de prevenção de acidentes. Estive lá, recentemente, e a Alumar era um canteiro de obras. Desses 8 milhões de horas, 7 milhões são efetivamente de construção, o que torna o índice atingido ainda mais fantástico. Esse sucesso é claramente resultado da combinação de planejamento, engajamento e tecnologia. A Fábrica de Poços de Caldas-MG, por sua vez, passa por um processo de modernização. Quais os impactos para a sociedade? A modernização em Poços de Caldas, após 40 anos de instalação da Fábrica, foi uma imensa injeção de ânimo, não só para os mil alcoanos que lá trabalham, mas para toda a comunidade de Poços, pois garante ao menos mais 40 anos de sobrevida da instalação. 18 Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 Eu lembro que um dos momentos mais emocionantes da minha carreira, dentro e fora da Alcoa, ocorreu em Setembro de 2005, durante um Painel Comunitário em Poços de Caldas. Recebemos a notícia de que o Conselho de Administração da Alcoa, reunido em Paris, havia aprovado o investimento na modernização da Fábrica. O Alain Belda (CEO da Alcoa Inc.) me ligou pela manhã, e comuniquei a todos logo na seqüência. A reação deles me emocionou. Há alguma modificação relevante no aspecto ambiental? Esse investimento possibilita o aumento do volume de produção e, fundamentalmente, em termos de meio ambiente, permite que Poços opere em condições de emissões e de saúde semelhantes às das melhores fábricas da Alcoa em qualquer lugar do mundo, o que beneficia funcionários e comunidade. Num momento em que os projetos de novas usinas hidrelétricas encontram grandes dificuldades para sair do papel, a Alcoa investe fortemente na geração própria de energia elétrica, com o objetivo de alcançar 70% de auto-suficiência. Como a companhia pretende viabilizar seus projetos? Há algum tempo, a Alcoa manifesta publicamente a preocupação com a falta de investimento na área de geração de energia elétrica. Felizmente, o próprio presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o Governo Federal e vários governos estaduais, hoje, admitem o risco de um blecaute energético caso não haja investimento. Nesse quadro, o que diferencia a posição da Alcoa, dada a nossa experiência na implantação de outros dois projetos (Machadinho e Barra Grande, ambas na divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul), é o fato de estarmos sensíveis às implicações socioambientais. Acreditamos que não devemos partir para um projeto de geração de energia simplesmente porque temos a licença de instalação – queremos que as comunidades estejam satisfeitas com a nossa presença. Trabalhamos com nossos parceiros, em Estreito e em Serra do Facão (divisa entre Minas Gerais e Goiás), e já estamos atuando nesse sentido, em Pai-Querê (divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina), ainda antes de obter a licença de instalação. Esse planejamento apropriado nos dá a certeza de que tais projetos serão levados adiante com sucesso. Em Estreito, especialmente, certas tribos indígenas resistem à construção da usina. No relatório do ano passado, você afirmou que a postura da Alcoa era não iniciar as obras sem a segurança de que as demandas indígenas seriam atendidas pelo Governo. Algo mudou em relação a esse projeto? Houve progresso com relação às questões indígenas. Realizamos, a pedido da FUNAI (Fundação Nacional do Índio), um estudo dos impactos que serão gerados pela atividade que está sendo desenvolvida no local, e foi constatado que nenhum impacto direto recairá sobre as propriedades indígenas, o que esclareceu essa questão. Além disso, o CESTE (Consórcio Estreito Energia) está disposto a construir alternativas para auxiliar na resolução dos problemas enfrentados por essas comunidades, promovendo reuniões com a FUNAI e lideranças indígenas e gerando soluções em diversas áreas, dentro dos limites do possível e do razoável. O aquecimento global constitui, hoje, a maior ameaça existente ao meio ambiente e à humanidade. Que papel a Alcoa e o próprio alumínio podem cumprir em relação a esse fenômeno? Há cerca de uma década a Alcoa vem se preocupando com a questão do aquecimento global, numa época em que nem sequer havia o debate público nas atuais proporções. No começo dos anos 90, a companhia estabeleceu metas de redução, e nós buscamos atingi-las ou superá-las. Entre 1990 e 2006, reduzimos em 26,5% a nossa emissão mundial de CO2 equivalente. Recentemente, a Alcoa e empresas parceiras assumiram a liderança na tarefa de convencer os governos e a sociedade de que medidas importantes são necessárias (a Alcoa é uma das fundadoras do USCAP, movimento constituído por empresas e organizações nãogovernamentais que pede urgência na criação de legislação contra a emissão de gases causadores do efeito estufa). Internamente, a companhia continua investindo em tecnologia, com o objetivo de modificar de forma estrutural a produção de alumínio. É de conhecimento público o potencial da tecnologia que chamamos de anodo inerte, que, se bem-sucedida comercialmente, pode revolucionar o processo produtivo. Além disso, no dia-a-dia, a observação de métodos de produção seguros contribui para a redução das emissões. A modernização da Unidade de Poços de Caldas é um exemplo disso. Quais os principais objetivos da Alcoa para os próximos anos? Para Feder, a liderança da Alcoa também deve ser medida pelas ações de responsabilidade social Continuar a perseguir seu caminho de liderança. Essa liderança não se mede simplesmente pelos 3,6 milhões de toneladas anuais de alumínio primário que produzimos, mas também em termos de responsabilidade socioambiental. Nosso olhar é para a frente, para o futuro. Essa é a tradição que recebemos dos alcoanos há 20, 30 anos, e é nossa responsabilidade passar a mensagem dessa herança àqueles que nos seguirão, para que essa tradição mundial de 120 anos possa perdurar ao menos por mais 120 anos. entrevista com o presidente 19 Obra da rodovia que ligará a mina de bauxita ao porto em Juruti-PA ROTA DE CRESCIMENTO 20 Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 Durante o ano de 2006, a Alcoa deu continuidade a um grande processo de expansão, que inclui diversas unidades, iniciado a partir de um aporte recorde de recursos da Alcoa Inc. no Brasil, divulgado em 2005. Nesta primeira parte do Relatório de Sustentabilidade 2006/2007, a companhia apresenta os resultados dos projetos e, sobretudo, a filosofia, os métodos e as pessoas que impulsionam esse novo ciclo de crescimento da Alcoa. As reportagens a seguir referem-se às ações realizadas entre Agosto de 2006 e Julho de 2007. As informações, imagens e opiniões foram colhidas em entrevistas com nossos colaboradores e com representantes dos diferentes stakeholders da Alcoa. rota de crescimento 21 JURUTI SUSTENTÁVEL Em parceria com a sociedade de Juruti, a Alcoa quer realizar o melhor projeto de mineração sustentável do mundo Para ser a melhor mineração do mundo Preservação ambiental, diálogo com a comunidade e desenvolvimento socioeconômico regional são as premissas da atuação da Alcoa em Juruti 22 Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 Médice Farias mora com a esposa e a filha no centro de Juruti, município localizado a 848 km de Belém, no oeste do Pará. Em 2006, além de montar um mercado – principal fonte de renda da família –, ele comprou um terreno de 1.000 m² e construiu uma bela casa, ampla e bem-acabada. Não que a vida fosse ruim, poucos meses antes, quando os Farias moravam numa casa de madeira, na comunidade Terra Preta, a 2 quilômetros da cidade. Mas Médice acha que tudo melhorou: “A vida era bem tranqüila, na Terra Preta. Lá, a gente plantava e pescava. Mas não posso me queixar da vida que levamos agora. As vendas do meu mercadinho andam boas, e estou trabalhando para dar o melhor para a minha família”, diz o comerciante. Os Farias estão entre as cerca de 30 famílias remanejadas da área onde acontecem as obras do porto da Alcoa, parte da infra-estrutura necessária para a mina de bauxita, mineral de onde se extrai a alumina, matéria-prima básica para a produção de alumínio. Assim como eles fizeram, tornou-se ponto pacífico, entre os antigos moradores da Terra Preta, investir os recursos da indenização paga pela Alcoa em moradias e na melhoria da qualidade de vida. Realizado entre os meses de Agosto de 2005 e de 2006, o remanejamento adequado dessas pessoas expressa o compromisso social assumido pela companhia, que abrange um semnúmero de ações. Hoje, a cidade vive um processo intenso de transformação, propiciado pelo início efetivo das obras juruti sustentável 23 Resgate de espécies Um exemplo de como a Alcoa atua em Juruti consiste no resgate de fauna e flora, realizado durante os trabalhos de implementação da mina de bauxita. A equipe de Meio Ambiente da Alcoa já salvou espécies como preguiça real, porco-espinho, angelim rajado e pau-rosa. A ação ocorre no momento da supressão vegetal. Todos os trabalhadores atuam com respeito em relação à natureza. Além de biólogos, engenheiros ambientais, técnicos e outros profissionais especializados, moradores da região auxiliam no salvamento dos animais e plantas, pois conhecem bem a biodiversidade da região. Antes do salvamento, todos são treinados para lidar com os animais, principalmente com répteis, anfíbios e mamíferos – espécies mais vulneráveis. “Temos obtido sucesso significativo, pois encontramos algumas espécies que constam na lista vermelha de extinção, como a preguiça real, o porco-espinho e o tamanduá bandeira, animais raros de achar”, avalia o superintendente de Meio Ambiente da Alcoa em Juruti, Charles Ferreira. Quando a equipe de supressão vegetal avista algum animal na área de trabalho, aciona-se um alerta, as ações de desmate são totalmente interrompidas, e a equipe de salvamento de fauna entra em ação. Em nenhum momento, a equipe de salvamento atua simultaneamente à equipe de supressão vegetal. “Alguns animais costumam ficar na copa das árvores, a exemplo de primatas e porcos-espinhos. Esse é um momento delicado e importante”, explica Charles. da mina, que envolvem mais de 2 mil colaboradores, em sua maioria habitantes de Juruti. As mudanças, contudo, não acontecem desenfreadamente. Elas obedecem a um intenso e meticuloso processo de diálogo com representantes da comunidade, da região e do Estado. O objetivo desse trabalho é ambicioso: fazer de Juruti o melhor projeto sustentável de mineração do mundo. “Queremos que se torne uma referência global”, afirma Nemércio Nogueira, Diretor de Assuntos Institucionais da companhia. O desafio do desenvolvimento Localizada no extremo oeste do Pará, na divisa com o Amazonas, Juruti abriga 37 mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, dados de 2006). A geração de renda local baseia-se na produção e na comercialização 24 Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 de farinha de mandioca, visando à subsistência das comunidades locais. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da região é de 0,630, abaixo da média nacional (0,792) e equivalente ao de países como Gabão e Namíbia (ambos na África). Idealizado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o IDH avalia fatores sociais como riqueza, alfabetização, educação, expectativa de vida e natalidade, entre outros. Sua escala varia entre 0 e 1 – este, o valor máximo. Na tentativa de explicar as condições do município, os habitantes contam uma história que corre nas cercanias. Em tempos antigos, guardados apenas na memória, certo padre João Braz professara a fé em Juruti. Autoritário demais, ele fora removido pela Igreja, a pedido dos fiéis, mas não sem antes limpar as sandálias de qualquer vestígio da região. Isso teria determinado um destino avesso às glórias para a cidade. Mas as coisas começam a mudar. Juruti não mais depende exclusivamente da farinha de mandioca. Até Maio de 2007, a fase de implantação da mina de extração de bauxita rendeu às empresas fornecedoras do Pará R$ 145,3 milhões. Desse montante, cerca de R$ 17 milhões foram encomendados especificamente a firmas estabelecidas no município de Juruti, e R$ 40 milhões tiveram como destino outros fornecedores da região oeste do Estado. Apenas em 2006, a Prefeitura de Juruti arrecadou quase R$ 1,5 milhão em Imposto Sobre Serviços (ISS) incidente sobre as operações da Alcoa. O espírito empreendedor dos comerciantes do município acompanhou a economia local. Segundo Otávio Barbosa, presidente da Associação Comercial e Empresarial de Juruti, “o comércio cresceu muito, nos últimos meses. Os setores de hotelaria e de restaurantes foram os mais favorecidos”. Dois momentos de um mesmo cenário: rua e comércios que ilustraram a capa do Relatório 2005/2006 (acima) apresentam nova face com o avanço das obras da mina em Juruti Escola flutuante Enquanto avançavam os preparativos para a instalação da mina de bauxita em Juruti, a Alcoa investia na qualificação dos moradores da região. A novidade, nesse caso, estava nas instalações usadas pelo parceiro SENAI Amazonas para ministrar os cursos de capacitação: o navio-escola Samaúma, que há mais de duas décadas navega pelos rios da região levando conhecimento às populações ribeirinhas. A Alcoa teve atuação decisiva na chegada da embarcação a Juruti, fornecendo todo o material de suporte usado nas aulas, com investimento de cerca de R$ 76 mil. No período em que esteve Alunos acompanham aula de capacitação em marcenaria ministrada pelo SENAI no município – entre 8 de Maio e 8 de Junho de 2006 –, 18 cursos beneficiaram 528 jovens e adultos em diversos segmentos, entre os quais informática básica, marcenaria, qualidade no atendimento ao cliente, além de cursos de mecânica de motores e de eletricista. “Nunca vi a cidade tão cheia de boas expectativas. O apoio da Alcoa em trazer os cursos do SENAI para o município é uma prova de que se trata de uma Empresa séria, já que sabemos que a cidade é carente de mão-de-obra e somente a qualificação pode dar chances de participar dos benefícios do empreendimento”, empolga-se Tarcísio Costa Pará, jurutiense que participa da capacitação. Incentivo à mão-de-obra local 35,33% Moradores de Juruti: 1.256 44,68% Originários de outras regiões do Pará: 993 Originários de outras regiões do país: 562 Total: 2.811 funcionários 19,99% Data base: 28 de Maio de 2007 Saiba mais sobre o Projeto Juruti: http://www.alcoa.com.br/juruti Agenda positiva Educação, saúde, segurança, infraestrutura, assistência social, cultura e meio ambiente. Para realizar melhorias nessas áreas do município, Alcoa, comunidades, governos, empresas, ONGs e instituições parceiras uniram forças e instituíram a Agenda Positiva. O documento reúne compromissos voluntários 26 Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 assumidos pela Alcoa, em parceria com a Prefeitura de Juruti, instituições parceiras e a comunidade, abrangendo ações orçadas em R$ 50 milhões. Para debater esses assuntos e construir uma proposta conjunta para o desenvolvimento regional, a companhia mantém diálogo aberto e transparente com a sociedade local, o que inclui lideranças governamentais e as comunidades. Em parceria com as autoridades competentes, encontrase em desenvolvimento um modelo de gestão pública para setores estratégicos da economia local, inclusive as empresas de mineração. A governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, reuniu-se com lideranças alcoanas e mostrou entusiasmo: “Não se trata de uma relação de bravata, mas de uma relação em que as mineradoras e o povo podem mudar o paradigma do modelo de desenvolvimento do Estado”. Por sua vez, o prefeito da cidade, Manoel Henrique Gomes Costa, apresentou um diagnóstico do município e propôs a ampliação dos benefícios da Agenda Positiva. Ele esclarece que assume as responsabilidades da Prefeitura, mas vê na Alcoa uma parceira para mitigar problemas históricos da cidade: “Não queremos transferir à Empresa as responsabilidades do Poder Municipal. Mas gostaríamos de apresentar à Alcoa todas as deficiências que a Prefeitura encontra para desenvolver seus trabalhos, algumas acentuadas pela chegada de pessoas atraídas pelas oportunidades que a instalação do projeto oferece, e sensibilizá-la sobre a necessidade de parceria para mais investimentos cruciais à cidade”. Em Março de 2007, durante uma reunião de trabalho com a Prefeitura Municipal, definiram-se seis ações prioritárias da Agenda Positiva, nas áreas de educação, saúde e infra-estrutura. Elas requerem ações imediatas para assegurar melhorias na qualidade de vida da população jurutiense. “Não somente as ações emergenciais, mas todas as obras constantes na Agenda Positiva são de grande importância social, e algumas vêm resolver problemas históricos do município”, afirma Tiniti Matsumoto Jr., Gerente Geral de Desenvolvimento da Alcoa Mina de Juruti. Na internet: Confira, na íntegra, a Agenda Positiva de Juruti: www.alcoa.com.br/juruti Reforma do alojamento da Polícia Militar, que faz parte da Agenda Positiva da Alcoa em Juruti O caminho da parceria Certo dia, no final de Janeiro de 2007, movido pela desconfiança e pela curiosidade, Efigênio Almeida, 68, acordou cedo. Morador de Traíra, comunidade rural distante 70 km de Juruti, ele aguardava a chegada de um ônibus, cedido pela Alcoa, que o levaria até o centro da cidade. “Tomei banho cedo e vesti minha melhor roupa, como se estivesse indo para a igreja”, disse Efigênio. Ele estava entre os 3.500 moradores de Juruti que passaram pelo Salão Paroquial Dom Bosco, entre 26 e 28 de Janeiro, durante o “Juruti Sustentável”. Realizado em parceria com a Prefeitura Municipal, o evento tinha o objetivo de divulgar as ações da Agenda Positiva e dos Planos de Controle Ambiental (PCAs), compromissos assumidos pela Alcoa para o desenvolvimento socioambiental da cidade. As conversas entre alcoanos e jurutienses começaram em 2005, quando se realizaram 70 reuniões com representantes de mais de 100 comunidades do município, além de vários setores da sociedade civil, ONGs, acadêmicos, poderes Legislativo e Executivo. Essas reuniões precederam três audiências públicas, nas cidades de Juruti-PA, Santarém-PA e BelémPA, que contaram com a presença de aproximadamente 8 mil pessoas. Por solicitação do Ministério Público Estadual do Pará, realizaram-se novas audiências, em Maio de 2007. A companhia atendeu à solicitação imediatamente, por considerar tais debates de extrema importância. Baseada nesse processo de diálogo e nos compromissos assumidos por meio da Agenda Positiva e dos PCAs, a Alcoa lançou, em Juruti-PA, o embrião de um crescimento que se quer sustentável. Ainda assim, a postura ética reconhecida juruti sustentável 27 A força da pajiroba Em Juruti, não há puxirum sem pajiroba. Essa é apenas uma das tradições das comunidades rurais com as quais a Alcoa se familiarizou a partir do início dos trabalhos para a instalação da mina de bauxita na região. O Instituto Alcoa e parceiros realizaram um estudo da agricultura local, com o objetivo de fortalecer fontes de geração de renda que não dependam da presença da Companhia no local. O estudo descobriu que um puxirum (termo local para mutirão) da roça é sempre acompanhado por uma bebida feita com a raiz da mandioca, conhecida por pajiroba – termo escolhido para batizar o projeto de geração de renda que atingiu, até o início de 2007, cerca de 450 famílias de 21 comunidades. Jurutienses plantam feijão incentivados e coordenados pelo Projeto Pajiroba O Projeto Pajiroba, reconhecido como ação de destaque na categoria “Comunidades” do Guia de Boa Cidadania Corporativa 2006, da revista Exame, tem como missão contribuir para a melhoria da qualidade de vida de comunidades do município de Juruti-PA e seu entorno, por meio de um processo de desenvolvimento comunitário que valoriza a produção agrícola e artesanal, bem como a cultura local e o uso de novas técnicas, em harmonia com o meio ambiente. Os trabalhos começaram com a identificação das potencialidades, necessidades e expectativas dos moradores de Juruti. Ao se conhecer a realidade das comunidades, optou-se por investir na cadeia produtiva da mandioca, pois a maioria dos agricultores do município vive desse cultivo. Dessa forma, as ações buscam a melhoria da qualidade da farinha e o aproveitamento completo da planta, com a produção de derivados, além de buscar alternativas para a comercialização da produção. A partir de um aporte inicial de US$ 75 mil, doados pela Alcoa Foundation, foram ministrados cursos de capacitação para cerca de 60 líderes comunitários, que incluíram técnicas agrícolas, gestão de produção, assessoria prática, acompanhamento, monitoramento e avaliação de produtos. “Para isso contamos com parcerias com a Prefeitura Municipal, com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais e o Centro de Estudos de Técnicas Rurais”, diz Renata Camargo Nascimento, presidente do Conselho do Instituto Alcoa. Iniciado em 2006 e com custos de implantação de cerca de US$ 1,2 milhão, o Projeto Pajiroba terá duração de três anos. Além da Alcoa Foundation e do Instituto Alcoa, há uma série de parceiros envolvidos no seu desenvolvimento, entre eles o ICE (Instituto de Cidadania Empresarial), a Rede Américas (Rede Interamericana de Fundações e Ações Empresariais para o Desenvolvimento de Base) e o Grupo Camargo Corrêa. globalmente não evita que a chegada de uma multinacional da mineração numa cidade da Amazônia gere críticas por parte de certos segmentos da sociedade (veja box ao final desta reportagem). Algumas lideranças da região não se sentem convencidas de que Juruti se beneficiará da proposta de mineração sustentável da Alcoa. Essa, entretanto, 28 Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 não é a regra. Que o diga Luís Carlos Albuquerque, um dos habitantes de Juruti favoráveis ao empreendimento: “O que não queremos é voltar para a roça como meio de sobrevivência, nem que nossos filhos passem por essa situação, também, por falta de oportunidades”, afirma. Ele considera o empreendimento importante para o desenvolvimento da região, por gerar emprego e renda. Cada vez mais, jurutienses como Luís Carlos e Efigênio Almeida estabelecem uma relação de confiança com a Alcoa. No “Juruti Sustentável”, ele e muitos outros obtiveram todas as informações sobre os compromissos assumidos pela Alcoa. “Tudo me agradou muito”, disse Efigênio, ainda mais interessado no projeto, antes de embarcar no ônibus que o levaria de volta à comunidade Traíra. Planos de Controle Ambiental Após conversas com a Secretaria do Meio Ambiente do Pará (SEMA), a Alcoa vem realizando 35 ações de responsabilidade socioambiental, orçadas em R$ 33 milhões: os Planos de Controle Ambiental (PCAs). Trata-se de ações com benefício direto para a comunidade de Juruti, com destaque para o monitoramento constante da qualidade do ar e da água, a proteção da flora e da fauna da área de influência direta do empreendimento e cursos de capacitação da mão-de-obra e de gestão empresarial com foco nos profissionais e empresários jurutienses, além de ações de pesquisa em saúde na comunidade. A serviço da Alcoa, técnicos da CNEC Engenharia analisam qualidade da água do Lago de Juruti Velho Na internet: Saiba mais sobre o Projeto Juruti em www.alcoa.com/brazil/pt/custom_page/environment_juruti.asp Esclarecimento No dia 21 de Maio, os ministérios públicos Federal e Estadual do Pará emitiram recomendação à Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (SECTAM; atual Secretaria de Meio Ambiente – SEMA) para o cancelamento das licenças da Omnia Minérios, subsidiária da Alcoa para a exploração de bauxita em Juruti. De acordo com o documento, a Alcoa teria descumprido condições acordadas para o licenciamento. O relatório preliminar do Ministério Público Estadual (MPE), contudo, foi produzido a partir de uma vistoria realizada nos dias 3, 4 e 5 de Janeiro de 2007. “Muitas questões levantadas estão sendo resolvidas por meio da Agenda Positiva, cujo conjunto de iniciativas (orçadas em R$ 50 milhões e que beneficiarão toda a sociedade do município) foi debatido amplamente com o Poder Público, entidades de classe local e a população”, esclareceu, em Maio, o Gerente de Sustentabilidade e Assuntos Institucionais da Alcoa Mina de Juruti, Mauricio Macedo. Entre as acusações sofridas pela Alcoa, haveria uma suposta contaminação das águas dos igarapés Fifi e Maranhão, por meio do lançamento de dejetos do alojamento dos operários nas águas que abastecem a cidade. A companhia esclarece que o incidente do transbordamento ocorrido na área do sistema de tratamento de efluentes não se referiu a dejetos, mas a águas pluviais e efluentes devidamente tratados. Outro ponto de questionamento diz respeito à retirada de madeira. Tiniti Matsumoto Jr., Gerente Geral de Desenvolvimento da Alcoa Mina de Juruti, destaca que a Alcoa trabalha para reduzir esse impacto: “Além de buscar diminuir essa retirada, já começamos a discutir a criação de um mecanismo de utilização dessa madeira e a construção, com esse recurso, de um fundo para o município aplicar na gestão ambiental e fortalecer a gestão social. Nós também temos pressa, porque essa madeira não pode ficar muito tempo estocada, para não estragar. A madeira é um patrimônio público, e não somos nós que definiremos seu uso”, explica. Na internet: Confira, na íntegra, a nota de esclarecimento da Alcoa: http://www.alcoa.com/brazil/pt/news/releases/2007_05_02.asp?initSection=1000 juruti sustentável 29 EXPANSÃO DA ALUMAR Expansão em Alumar: investimentos de R$ 4,1 bilhões no maior projeto do tipo em andamento no mundo GIGANTE DO ALUMÍNIO Até Setembro de 2008, a capacidade produtiva da Alumar alcançará 440 mil toneladas anuais de alumínio e 3,5 milhões de toneladas anuais de alumina 30 Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 “A Alumar está de parabéns por incrementar ainda mais seus investimentos no Brasil e, assim, contribuir com destaque para a produção e a conseqüente oferta do metal. Contribui para a geração de empregos e para a melhoria do padrão de vida de muitos trabalhadores e suas famílias.” Com essas palavras, enviadas por carta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva saudou a Linha III do setor de redução de alumina do Consórcio de Alumínio do Maranhão (Alumar), inaugurada em Agosto de 2006. Os 100 novos fornos eletrolíticos da Linha III elevaram a 710 o número total de fornos em operação na Fábrica, num investimento de R$ 394 milhões. “Aumentamos nossa capacidade produtiva em 63 mil toneladas, passando de 377 mil para 440 mil toneladas anuais”, explica Nilson Souza, vice-presidente de produtos primários da Alcoa América Latina. Assim, a Alumar torna-se a segunda maior fábrica de metal primário da América Latina. Os investimentos aos quais o presidente Lula se refere não se limitam ao setor de redução da Alumar. Eles fazem parte do maior projeto de expansão de uma unidade já realizado pela indústria do alumínio, em todo o mundo, que também inclui as obras de expansão da refinaria, com término previsto para Setembro de 2008. Instalada na Ilha de São Luís-MA, a Alumar realiza o refino do minério bauxita em alumina, utilizada pela redução como principal matériaprima para produzir alumínio primário. expansão da alumar 31 Obras da expansão da Fábrica da Alumar, em São Luís-MA Operação manguezal Responsável pelo embarque e desembarque de matérias-primas, insumos e alumina, o Porto da Alumar também se encontra em obras, com vistas à duplicação de sua capacidade. Com a expansão, o porto mudará o sistema de atracação para navios de maior porte, suportando a demanda da nova produção, além de receber várias melhorias, que incluem um novo píer e um novo silo para o armazenamento de alumina. Mas nem sempre tudo ocorre conforme o planejado. Por conta do aumento do píer, houve uma operação de dragagem do fundo do rio. Durante a operação, pequena parte do manguezal que cresceu sobre uma área de sedimentos acabou deslizando, exigindo medidas imediatas por parte da Alcoa. Diante do incidente, fez-se necessário suprimir 1,5 hectare de área de mangue para, depois, recuperá-la. O trabalho baseou-se em um detalhado Estudo de Impacto Ambiental, de acordo com as licenças ambientais emitidas pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Estado do Maranhão (SEMA). A chamada Operação Manguezal teve a supervisão de técnicos especializados em manguezais da Universidade Federal do Maranhão. Realizou-se o remanejamento de animais encontrados para outras áreas, antes de se proceder a uma correção no ângulo das encostas do terreno. Para acelerar a deposição de sedimentos e favorecer o processo de restauração do manguezal, será utilizado, na última etapa das atividades, um sistema de confinamento celular conhecido como geocélulas. Essas estruturas flexíveis, com aparência de favos de colméias, permitem trocas de água e nutrientes, dispondo-se como uma manta sobre a superfície a ser estabilizada. Ainda pouco utilizada no Brasil, a técnica demonstrou ser bem-sucedida na recuperação de ecossistemas, em outros países. A dimensão dos trabalhos na refinaria impressiona: investimento de R$ 4,1 bilhões, com 7.000 colaboradores envolvidos diretamente no trabalho e – um recorde – mais de 8 milhões de horas/ homem trabalhadas sem registro de incidentes com afastamento. Ao fim das obras, a capacidade produtiva será mais do que duplicada, passando de 1,5 milhão para 3,5 milhões de toneladas anuais de alumina, com o objetivo de atender à crescente demanda nos mercados interno e externo. O projeto de expansão está estrategicamente alinhado com a implementação da mina de bauxita em Juruti-PA, que deverá extrair entre 3 milhões e 6 milhões de toneladas do minério por ano. Com a ampliação da refinaria concluída, a demanda da Alumar por bauxita será elevada em 4 milhões de toneladas/ano, alcançando 7 milhões de toneladas anuais Cultura de segurança Garantir a eficiência das obras sem interferir nas atuais operações da Unidade constitui um dos principais desafios enfrentados pela equipe responsável pela expansão da refinaria. Estima-se que, até o fim das obras, serão realizados aproximadamente 4 mil tie-ins (união de novas estruturas, serviços ou circuitos elétricos com as unidades existentes, sem pausas na operação). Dada a alta produtividade da refinaria, a meta de realizar os trabalhos sem interrupções aumenta de forma considerável a complexidade do projeto. Para obter sucesso nessa empreitada, empregam-se as melhores tecnologias disponíveis em cada área. A forma pela qual é encarada a segurança dos funcionários expressa essa prática. Afinal, uma obra de tal proporção traz riscos inerentes aos funcionários. “Buscamos o que havia de melhor, dentro e fora do Brasil, em termos de controle de processos, seja para trabalho em alturas ou em espaços confinados, seja para movimentação de veículos ou em outras atividades de risco”, afirma Maurício Born, Gerente de Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Sustentabilidade da Alcoa. A Empresa alcançou o objetivo de mitigar acidentes, superando 8 milhões de horas/homem trabalhadas sem incidentes com afastamento. Além de um recorde, a marca constitui referência nacional em segurança do trabalho, especialmente ao expansão da alumar 33 Capacitação preserva técnicas de produção de embarcações se considerar que a indústria da construção civil apresenta o maior índice de acidentes em todo o mundo. A proposta consiste em formar mestres carpinteiros, pintores, ferreiros, Tal desempenho influenciou a obtenção de uma Taxa de Acidentes Registráveis (TR) de 0,20. O indicador abrange os incidentes em que não ocorre perda de dias de trabalho, como tratamento médico e restrição ao trabalho. Trata-se da TR mais baixa já atingida pela Alcoa, nos últimos 20 anos, num projeto de expansão mecânicos e outros tipos de artesãos que atuam na produção de embarcações, de uma refinaria de alumina. com o objetivo de preservar técnicas antigas de construção naval e difundir o A taxa é calculada multiplicando por 200 mil o número de acidentes registráveis e dividindo o produto obtido pela quantidade de horas homem trabalhadas. A OSHA (Occupational Safety & Health Administration, ou Administração da Saúde e Segurança Ocupacional, São Luís é uma cidade marcada por características portuárias. Até hoje, a pesca e o transporte de passageiros e de carga em embarcações artesanais têm impacto relevante na economia maranhense. Diante desse cenário, a Alumar e a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Maranhão estabeleceram uma parceria para transformar o Estaleiro-Escola, localizado no Sítio Tamancão, às margens do rio Bacanga e em frente ao atracadouro do Portinho (centro histórico de São Luís), em um Centro Vocacional Tecnológico. conhecimento popular para as novas gerações. “O CVT Estaleiro-Escola oferece condições para a profissionalização da atividade e a retomada do interesse dos jovens pela técnica de produção de embarcações”, destaca Phelipe Andrés, um dos coordenadores do Projeto Estaleiro-Escola. Além das atividades educacionais, o Estaleiro é um dos mais novos pontos turísticos de São Luís. Com rico acervo arquitetônico, o CVT possui um museu com livros, ferramentas ligadas à arte naval maranhense e réplicas de embarcações. em tradução livre), norma internacional de saúde e segurança no trabalho, utiliza essa fórmula. No Brasil, a prática corrente consiste em calcular a taxa com base em 1 milhão de horas homem trabalhadas, não em 200 mil, como faz a OSHA. Nesse caso, a taxa seria 1,0. Esse resultado só foi possível devido ao compromisso diário e firme das lideranças do projeto, dos profissionais de saúde, segurança e meio ambiente, dos parceiros do consórcio e de todos os colaboradores envolvidos. Evolução conjunta A Alumar é um dos maiores complexos de produção de alumínio e alumina do mundo. Além da Alcoa, que detém Colaborador solda tanque que será usado para armazenar liquor de bauxita 54% do controle acionário da refinaria e 60% da redução, participam 34 Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 do consórcio a BHP Billiton (36% de negócios e recolhimento da refinaria e 40% da redução) de tributos”, diz a senadora e a Alcan (10% da refinaria). e ex-governadora Roseana Sarney. Desde que começou a ser implantada, De fato, a Alumar gerou emprego, em 1980 (a inauguração aconteceu em renda, negócios em cadeia e, portanto, Março de 1984), a Empresa contribui impulsionou a economia local. Cerca para a transformação do perfil de 90% dos seus colaboradores industrial do Estado. Sua chegada são maranhenses – do quadro total, encorajou a instalação de outras aproximadamente 50% estão na empresas em São Luís, propiciando companhia há dez anos ou mais. novas perspectivas econômicas aos Além disso, cerca de R$ 340 maranhenses. “Há 26 anos, a Alumar milhões, gerados pela Empresa tem sido fator de desenvolvimento anualmente, ficam na região, para o Maranhão, por meio da na forma de salários, compras, geração de empregos, oportunidades serviços e impostos. Colaboradores utilizam equipamentos de segurança na expansão da Alumar Mais segurança na BR-135 A Alumar localiza-se na BR-135, única via de acesso terrestre da Ilha de São Luís. Ao longo do trecho entre os km 0 e 24, onde a empresa está inserida, existem 67 comunidades, com 86.000 habitantes, e ocorre um tráfego diário de mais de 17.000 veículos, com alto índice de acidentes. Essa realidade, aliada ao valor SSMA (Saúde, Segurança e Meio Ambiente), motivou a criação do Programa Segurança na BR-135. O programa busca implementar ações sustentáveis com base em educação, melhorias em engenharia de tráfego e fiscalização de trânsito, aliadas ao comprometimento dos órgãos governamentais responsáveis pelas questões sociais identificadas, além de buscar parcerias para implementar ações de melhoria. O Programa de Segurança na BR-135 já conta com: • um grupo de trabalho constituído e liderado por funcionários da expansão da refinaria, que conta com representantes de todos os órgãos governamentais responsáveis pelo assunto trânsito, nas esferas municipal, estadual e federal, além de empresas vizinhas e lideranças da comunidade. O grupo soma esforços para que a BR-135 seja priorizada nas ações de segurança no trânsito. • implementação do Projeto de Educação Viária, envolvendo 36 escolas do entorno da BR-135. Viabilizado mediante convênio entre as secretarias Municipal e Estadual de Educação e a Fundação Mapfre, especializada em educação para o trânsito, já capacitou 206 professores e beneficiou mais de 16 mil alunos. • elaboração de estudo técnico de tráfego na BR-135, realizado por empresa especializada em engenharia de tráfego. Uma proposta com soluções de engenharia está sendo elaborada e, mediante parcerias, as ações prioritárias serão implantadas. • doação de radar móvel para intensificar a fiscalização e o controle de velocidade, contribuindo para minimizar a potencialidade de acidentes. • construção de uma ciclovia no trecho crítico de acesso à Escola Mário Martins Meireles, única escola de ensino médio da zona rural de São Luís, que foi construída pela Alumar e doada ao Estado. Cerca de 1.500 alunos trafegam pelo local, nos três turnos. expansão da alumar 35 POÇOS DE CALDAS TECNOLOGIA DE FUTURO Modernização da Unidade possibilita mais 40 anos de operações, com aumento da capacidade produtiva e redução das emissões atmosféricas Quando descobriu um mineral avermelhado, perto da aldeia de Les Baux, sul da França, em 1825, o geólogo francês Pierre Berthier não imaginava que um dos componentes daquele pedregulho mudaria o modo de vida da humanidade. Quase dois séculos depois, a bauxita tornou-se a principal matéria-prima de um metal que reúne uma singular combinação de características: o alumínio. A leveza do metal reduz o consumo de combustíveis e eleva a eficiência na locomoção de cargas, tanto no meio rodoviário quanto na aviação. Nos setores alimentício e farmacêutico, a impermeabilidade à passagem de água, luz e ar garante maior durabilidade aos produtos embalados com alumínio. Sua própria durabilidade e a capacidade de modelação o fazem um excelente material para a construção civil, aplicado nas estruturas de edifícios e na fase de acabamento. A alta resistência à corrosão reduz os custos de manutenção, no setor naval. Nos tempos atuais, em que a humanidade se encontra às voltas com a necessidade de rever seus hábitos de consumo e destinação de resíduos, a reciclabilidade configura a mais importante característica 36 Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 do metal. Após seu uso, ele pode ser inteiramente reaproveitado, reduzindo custos e impactos no meio ambiente – a produção de alumínio a partir de sucata consome apenas 5% da energia necessária para produzir alumínio primário, não demanda a extração de bauxita e evita a deposição do metal em aterros, ao final do ciclo de vida dos produtos. A Alcoa participa desse desenvolvimento tecnológico desde 1888, quando de sua fundação. Quase cem anos depois, em 1965, a companhia inaugurou sua primeira Unidade no Brasil, localizada na cidade mineira de Poços de Caldas. De lá pra cá, as atividades expandiramse para outros seis estados (Maranhão, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo) e ultrapassaram as fronteiras nacionais, alcançando países como a Argentina, o Chile, a Colômbia e o Peru. Em Abril de 2006, a Alcoa iniciou um novo capítulo nessa história ao finalizar o primeiro ato de um investimento de R$ 319 milhões na modernização da Unidade Poços: ativou a primeira das novas cubas eletrolíticas do Projeto New Soderberg. “Esse projeto é muito especial para a história da Unidade, pois traz uma nova perspectiva de continuidade das nossas operações ao menos por mais 40 anos”, afirma João Batista Menezes, Gerente de Operações da Alcoa-Poços. New Soderberg Terceiro metal mais abundante na crosta terrestre, o alumínio não é retirado da natureza em sua forma pura. Para obtê-lo, deve-se extrair bauxita do solo, refiná-la para gerar alumina e, depois, reduzi-la a alumínio, num processo com alto consumo de energia e de matéria-prima. O New Soderberg, desenvolvido pela Elkem, empresa sócia da Alcoa nas unidades da Noruega, emprega uma tecnologia específica para os fornos eletrolíticos que permite elevar a capacidade produtiva das unidades sem aumentar a quantidade de insumos utilizados e, ao mesmo tempo, reduzindo as perdas de matéria-prima e a geração de resíduos. Ele já foi implementado pela Alcoa, com sucesso, na fábrica norueguesa de Lista, há 20 anos, e vem sendo implantado na Unidade de Avilés, na Espanha. Já em testes na Alcoa-Poços, a instalação total do projeto será feita ao longo de nove anos e prevê a modernização de 288 fornos. Comparado ao processo antigo, o New Soderberg reduz em 75% as emissões de gases de efeito estufa e de material particulado, além de melhorar as condições de trabalho dos funcionários das salas de cubas, favorecendo a ergonomia da realização de tarefas. Redução modernizada em Poços de Caldas: compromisso pelo menos por mais 40 anos O trabalho de modernização consiste num projeto complexo, que exige planejamento detalhado desde o desenvolvimento da idéia inicial. Ele ocorre com as cubas eletrolíticas em funcionamento, com interferência mínima na produção. Do total investido, poços de caldas 37 O CICLO DO ALUMÍNIO mineração de bauxita refino de alumina redução de alumínio refino de alumina processamento reciclagem extrusão laminação fundição De alumina a alumínio Na produção do alumínio, a redução é o processo que decompõe o metal e o oxigênio, que formam a alumina (AL2O3). A operação ocorre a uma temperatura próxima a 960º C, nas cubas eletrolíticas – fornos especiais revestidos com carbono pelos quais circula uma corrente elétrica. Dentro da cuba, a alumina dissolve-se em uma solução química chamada eletrólito, formada por sais de criolita e fluoreto de alumínio. Depois, mergulham-se nessa mistura blocos de carbono, ligados a um circuito elétrico. O revestimento de carbono funciona como um catodo (pólo negativo) para a passagem da corrente elétrica. Os blocos de carbono são os anodos (pólos positivos). Quando os blocos submergem na solução de alumina e eletrólito, estabelece-se a passagem da corrente elétrica, garantindo a alta temperatura necessária ao processo. barramento Com a corrente elétrica, o oxigênio + da alumina reage com o anodo, prendendo-se ao bloco de carbono e formando dióxido revestimento de carbono de carbono. Separado do no fundo da cuba em estado e encaminhado para a produção de lingotes, placas e tarugos (alumínio primário). 38 Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 eletrólito alumínio líquido oxigênio, o alumínio deposita-se líquido, de onde é retirado alumina anodo de carbono carcaça metálica barramento isolamento Parceria para a inovação A Alcoa apóia e investe em parcerias com o meio acadêmico, pois acredita que elas podem gerar benefícios para a Empresa, para as universidades e para a sociedade como um todo. Um exemplo bem-sucedido são os trabalhos conjuntos da Unidade Poços com a Universidade Federal de São Carlos (USFCAR), localizada no interior de São Paulo. Uma iniciativa envolvendo o setor de Engenharia de Processos do Revestimento de Cubas, o Departamento de Aplicações e a USFCAR conseguiu aumentar significativamente a vida útil das cubas eletrolíticas da Fábrica de Poços. O trabalho levou à implementação de práticas operacionais inovadoras para o início de operação das cubas, aliadas à utilização de novos materiais para o revestimento dos catodos (veja box na página ao lado). A pesquisa constatou que a temperatura final de pré-aquecimento adotada era de 860º C, bastante inferior à temperatura de operação da cuba (960º C). Essa temperatura mais baixa gerava um valor alto de voltagem durante a partida. Nesses moldes, o processo apresentava dois problemas: trincas no revestimento, durante o uso, devido ao balanço térmico inadequado, e maior consumo de energia. A implantação das novas práticas operacionais resultou, em 2005, num aumento de 16,5% da vida útil das cubas, em relação a 2004. Em 10 anos, estima-se retorno financeiro de R$ 2,77 milhões. O trabalho também contribuiu para a capacitação técnica de funcionários da Alcoa Poços, incluindo a formação de um Mestre (Carlos Zangiacomi, Engenharia de Processos da Redução) e um Doutor (Paschoal Bonadia, Área de Aplicação e Desenvolvimento). O projeto foi reconhecido, em 2006, no congresso da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), com o prêmio de melhor trabalho da sessão de refratários (Paschoal) e com o prêmio de melhor trabalho do congresso (Carlos). Além disso, recebeu o SARM (Sistema Alcoa de Reconhecimento ao Mérito) local, em 2006. R$ 217 milhões destinaram-se à Passado, presente e futuro para o desenvolvimento e a geração modernização da produção de alumínio Modernizar a Unidade de Poços de Caldas de renda na cidade. Em 2006, o primário, que inclui o Projeto New é mais que uma decisão estratégica Governo de Minas Gerais arrecadou, Soderberg. Outros R$ 102 milhões serão da Alcoa – é um compromisso com o somando as duas unidades da Alcoa utilizados para modernizar a subestação passado, o presente e o futuro. Afinal, (Poços de Caldas e Itajubá), mais principal da Fábrica, com a substituição trata-se do berço da Alcoa no Brasil. de R$ 16 milhões em Imposto sobre de transformadores em uso há 30 anos, o que assegurará a continuidade das operações da Unidade. A Empresa participou decisivamente do desenvolvimento da cidade, que, em 2007, completa 135 a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Além disso, o número de empresas mineiras fornecedoras das duas unidades gira em torno Após a conclusão do projeto, a anos. Atualmente, o Índice de capacidade da Unidade Poços saltará Desenvolvimento Humano (IDH) – de 95 mil toneladas para 105 mil medida comparativa de condição toneladas de alumínio por ano. Ainda socioeconômica desenvolvida pela mais importante, a Fábrica torna-se Organização das Nações Unidas (ONU) A modernização da unidade Poços a única mine-to-metal (com processo – de Poços alcança 0,841, frente faz parte do projeto de crescimento produtivo completo, desde a mineração aos 0,792 do Brasil. A ONU considera da produção de alumínio da Alcoa, de bauxita, até a produção de alumínio alto um IDH entre 0,800 e 1. que conta com a instalação da mina primário) da Alcoa no mundo e uma das mais eficientes dentre as unidades da Alcoa em todo o planeta. A Unidade emprega diretamente 950 funcionários e gera cerca de 700 empregos indiretos, o que contribui de 600, movimentando cerca de R$ 200 milhões com a venda de produtos e serviços. de bauxita em Juruti-PA – com reservas estimadas em 700 milhões de toneladas – e a expansão da Alumar, em São Luís-MA. poços de caldas 39 BIODIVERSIDADE PRESERVANDO A AMAZÔNIA Alcoa, Fundação Alcoa e Conservação Internacional lançam programa que protege flora e fauna em 10 milhões de hectares amazônicos Preservar a biodiversidade é uma das ações que contribuem para a sustentabilidade. Ao utilizarem os recursos naturais com parcimônia, de maneira a preservar a capacidade de recuperação dos ecossistemas, as empresas garantem a conservação dessas fontes de recursos para o futuro. Mais que isso, nos dias de hoje, sabese que não se trata apenas de insumos e matéria-prima. Os ecossistemas estão diretamente associados ao que chamamos de serviços ambientais, como a manutenção da temperatura do planeta e o regime de marés e ventos, entre outros fenômenos naturais. Isso significa que a extinção ou a redução severa de uma espécie, por exemplo, pode provocar um desequilíbrio em determinado ecossistema que afete os serviços ambientais. Movida por essa visão, a Alcoa Alumínio S.A. e a Fundação Alcoa, em parceria com a organização ambientalista Conservação Internacional (CI-Brasil), criaram 40 Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 um programa de apoio à conservação da biodiversidade em uma das áreas mais ricas em espécies da Amazônia, na região entre os rios Tapajós e Madeira, a oeste do Estado do Pará e a leste do Amazonas. Lançado no dia 26 de Junho de 2007 (Dia Internacional da Floresta Tropical), o Programa de Conservação criará, em sua primeira fase, um novo corredor de biodiversidade na Amazônia, com quase 10 milhões de hectares distribuídos entre os municípios de Juruti-PA, Maués-AM, SantarémPA, Aveiro-PA e Itaituba-PA. O Ministério do Meio Ambiente (MMA), por meio do Ibama, e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará (SEMA) reconhecem e apóiam a iniciativa. De acordo com o diretor de Áreas Protegidas do MMA, Maurício Mercadante, a iniciativa está alinhada com as diretrizes do Governo, promovendo o desenvolvimento local e regional com base na conservação e no uso sustentável dos recursos naturais. “Queremos gerar riqueza, emprego e renda, melhorar a vida das pessoas sem destruir a floresta, mantendo-a em pé e o mais íntegra possível sob o ponto de vista ecológico”, afirma. Entre a diversidade de animais presentes na região Tapajós-Madeira, há espécies endêmicas (encontradas somente na região), tais como a ave Mãe-de-Taoca-Arlequim (Rhegmathorina berlepschi) e dois pequenos primatas conhecidos como Sagüi-de-Santarém (Mico humeralifer) e Sagüi-de-Maués (Mico mauesi). Há, também, registros comprovados de populações de espécies ameaçadas de extinção, tais como a ararajuba (Guaruba guarouba), o periquito verde-amarelo (Brotogeris viridissimus), que depende de extensas florestas para a sua sobrevivência, e a arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus). Planejamento, capacitação e investimento Com duração de cinco anos, o Programa de Conservação receberá investimento de R$ 2 milhões Primata é flagrado em árvore dentro da área que será preservada pela parceria entre a Alcoa e CI-Brasil Projeto combate extinção de quelônios Em Março de 2007, cerca de 440 espécimes jovens de tracajás, pitiús e tartarugas – animais amazônicos ameaçados de extinção – foram devolvidos ao seu habitat natural por pessoas que moram perto de lagos de Juruti, no Pará. Trata-se da primeira ação desse tipo realizada pelo projeto “Quelônios da Amazônia”, parceria entre a Alcoa e as comunidades da região para o manejo sustentável dessas espécies. O projeto, que faz parte da Agenda Positiva da implantação da mina de bauxita de Juruti, prevê a criação de quelônios, mais conhecidos como tartarugas, em cativeiro, com a posterior introdução dos animais no seu habitat. Essa é uma forma de preservar suas populações, criando mais um alicerce de preservação da biodiversidade local. Há mais de três décadas, algumas espécies de quelônios, como Podocnemis expansa (tartaruga-da-amazônia) e Podocnemis unifilis (tracajá), estão ameaçadas de extinção, principalmente pela sua caça predatória e comércio ilegal. Voluntários das comunidades ribeirinhas recebem capacitação para atuar como agentes ambientais. Eles passam por treinamentos sobre identificação, manejo e transferência de ninhos, coleta de ovos, incubação, berçários e soltura. Num primeiro momento, três povoados receberam a capacitação da equipe do “Quelônios da Amazônia”: Santa Terezinha do Lago das Piranhas, Santa Maria Em Março de 2007, 440 espécimes jovens de quelônios foram devolvidos ao seu habitat natural do Lago do Curumucuri e Nossa Senhora do Carmo do Igarapé das Fazendas. A intenção da Alcoa é estender as ações para dez comunidades até o fim de 2007. Os resultados do trabalho de conscientização já apareceram. “Até meus filhos ajudam nessa tarefa. Eu já fui uma pessoa que invadiu muito a natureza, mas, de sete anos para cá, eu me conscientizei e, agora, trabalho em benefício das outras comunidades”, diz Humberto da Silva Magalhães, jurutiense que atua como facilitador do projeto. Ainda em estágio inicial, o projeto chamou a atenção do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), que, no início do ano, procurou a companhia para uma possível expansão do trabalho. Uma equipe técnica do Centro de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (IBAMA/RAN) foi a Juruti conferir as ações de preservação dos quelônios e manifestou seu total apoio. “Este projeto é homônimo ao que mantemos no Ibama. Ficamos animados a ponto de sugerirmos à Alcoa que, juntos, expandíssemos os trabalhos para todo o Brasil”, diz Nicola Tancredi, analista ambiental da jurisdição do órgão em Santarém. das instituições parceiras, com o objetivo principal de colaborar na implementação de unidades de conservação – áreas delimitadas do território nacional que contêm recursos naturais de importância ecológica ou ambiental e, por isso, são especialmente protegidas por lei. Definidos os limites territoriais das unidades de conservação, suas 42 Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 características naturais são analisadas, e se estabelecem os objetivos de conservação e o grau de restrição à intervenção humana. A colaboração com as unidades de conservação foi considerada a melhor estratégia para a parceria. “Se apoiarmos os gestores das unidades de conservação e a população local com informações, capacitação, recursos técnicos e financeiros, poderemos mudar comportamentos e, em pouco tempo, criar um movimento positivo em prol da conservação da biodiversidade na região”, afirma o vice-presidente de Ciência da Conservação InternacionalBrasil, José Maria Cardoso da Silva. O Programa de Conservação divide-se em quatro componentes. No primeiro, Biodiversidade ou diversidade biológica é a variedade de vida existente no planeta Terra, incluindo a fauna e a flora, as funções ecológicas desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas e a variedade de comunidades, habitats e ecossistemas formados pelos organismos selecionaram-se cinco unidades de conservação como prioritárias para investimentos: Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, Parque Nacional da Amazônia, Floresta Nacional do Pau Rosa, Floresta Estadual de Maués e Floresta Nacional de Amaná. O segundo componente, em fase inicial e com conclusão prevista até o fim de 2007, consiste no apoio à implementação das cinco unidades de conservação prioritárias, com a alocação de recursos técnicos e financeiros para cada um dos gestores. Estes, por sua vez, devem submeter projetos a avaliação técnica. Se aprovados, passam a receber o apoio do Programa. O objetivo do terceiro componente consiste em capacitar tecnicamente indivíduos e instituições locais para a elaboração de programas de conservação e desenvolvimento sustentável. O quarto destina-se Na internet: Confira mais informações sobre o Programa de Conservação em http://www.alcoa.com/brazil/pt/ custom_page/environment_juruti_ meioambiente_conservacao.asp a conceder apoio financeiro a indivíduos e instituições capacitadas no componente anterior. Um olhar permanente As ações e as políticas da Alcoa que visam mitigar possíveis impactos das atividades na diversidade biológica não se resumem à Amazônia. “A Alcoa tem um compromisso com o uso sustentável dos recursos naturais, promovido em todas as localidades onde a companhia atua”, afirma o presidente da Alcoa América Latina, Franklin L. Feder. Em 2007, realizaram-se outras ações de destaque, no entorno de duas unidades brasileiras: as fábricas de Tubarão-SC e de Poços de CaldasMG. No município catarinense, a companhia adquiriu uma área de preservação ambiental de 12 hectares, composta por 85% de mata nativa. A propriedade constitui habitat para Mudas de árvores nativas de Poços de Caldas-MG vão substituir eucaliptos no reflorestamento 176 diferentes espécies botânicas, o que lhe dá imenso valor, em termos de biodiversidade. A intenção da companhia para o local é desenvolver programas ligados às boas práticas de gestão ambiental, incluindo projetos educacionais dirigidos à comunidade. Já em Poços de Caldas, onde, desde 1993, se preserva o Parque Ambiental Alcoa, a Alcoa Foundation tornou-se uma das patrocinadoras das obras de infra-estrutura do Jardim Botânico da cidade. O aporte da entidade para esse projeto alcançou R$ 530 mil. Estudantes acompanham atividades em visita ao Parque Ambiental Alumar Referência ambiental Ao completar dez anos de projetos de educação ambiental, o Parque Ambiental Alumar, em São Luís-MA, foi reconhecido como referência pelo Benchmarking Ambiental Brasileiro 2006. A premiação apresenta as melhores iniciativas de gestão ambiental corporativa no País. Localizado em uma área de 1.800 hectares, ao redor do complexo industrial “O Jardim Botânico é um projeto muito importante para a rica biodiversidade de Poços de Caldas, pois permitirá o desenvolvimento de atividades que ajudarão a ampliar a consciência ecológica da nossa comunidade e preservar e manter as espécies da nossa flora”, destaca Sebastião Navarro Vieira Filho, prefeito do município. Segundo em atividade no Estado de Minas Gerais, o Jardim ocupa área de 45 hectares, onde se desenvolvem pesquisas científicas, com ênfase nas ações de conservação ex situ (fora do ambiente natural) da flora da região. Além de custear as obras, a Alcoa está envolvida na construção de um viveiro para a produção de mudas ornamentais, destinadas à arborização pública. do Consórcio Alumar, o parque abriga mais de 200 espécies botânicas, além de diferentes espécies de aves, répteis e anfíbios, incluindo algumas ameaçadas de extinção. Desde o início de suas atividades, em 1996, o local já recebeu a visita de mais de 100 mil pessoas, e 3 mil estudantes participaram de seus projetos de educação ambiental. Realizam-se, também, atividades de capacitação de professores, para que eles possam transmitir os valores da preservação ambiental. O parque possibilita aos visitantes conhecerem seus diversos ecossistemas, por meio de passeios monitorados em suas trilhas interpretativas: Viveiro, Marfim, Porto e Andiroba. Entre as espécies animais que vivem na área, encontram-se o bicho preguiça, o gato-mourisco, o macaco-prego, o tamanduá-bira e a garça-azul. 44 Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 Aves também se beneficiarão do novo corredor de biodiversidade Diagnóstico de espécies A Alcoa está realizando um levantamento completo da fauna e da flora presentes nas suas duas RPPNs (Reservas Particulares do Patrimônio Natural) localizadas em Poços de Caldas. Com base no diagnóstico, pretende-se elaborar um plano de manejo para as áreas, que possuem imenso valor em biodiversidade. Para desenvolver o projeto, a Empresa estabeleceu uma parceria com a ONG Biodiversitas, especializada no assunto. De Julho de 2007 a Dezembro de 2008, quando devem concluir o trabalho, os técnicos da entidade estudarão o status de conservação das espécies botânicas e dos animais das reservas, além da relação dessas áreas com as comunidades do entorno. “A partir desse estudo, poderemos criar zonas de visitação, outras para recuperação e assim por diante”, explica o engenheiro florestal da Alcoa João Guimarães. A RPPN Retiro Branco, por exemplo, tem cerca de 300 hectares e está localizada próxima a bairros densamente habitados. A população costuma visitar o Parque Ambiental Alcoa Poços, localizado dentro da reserva, para percorrer suas trilhas e ter contato com a natureza. Lá, são realizadas atividades de educação ambiental com grupos de escolas públicas e particulares. Por sua vez, a Reserva Morro das Árvores fica na divisa entre os municípios de Poços de Caldas e Caldas, em área rural. São 216 hectares de floresta nativa, cercada e intocada. Grupo de estudantes percorre trilha em RPPN da Alcoa em Poços de Caldas-MG MUDANÇAS CLIMÁTICAS DO GLOBAL AO LOCAL ALCOA ASSUME COMPROMISSOS NACIONAIS DE COMBATE ÀS EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA, AO MESMO TEMPO QUE INVESTE EM TECNOLOGIA PARA REDUZIR SUAS EMISSÕES 46 Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 “Caso medidas efetivas não sejam urgentemente adotadas, furacões, secas, inundações e danos aos ecossistemas e à biodiversidade se intensificarão, pondo em risco os recursos naturais, os negócios e nossa própria sobrevivência.” Esse alerta não consta de um relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima), mas sim do Pacto de Ação em Defesa do Clima. Proposto pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e formado em Abril de 2007, o Pacto reúne entidades ambientais e empresariais brasileiras, com o objetivo de combater o processo de aquecimento global por meio da redução das emissões de gases causadores do efeito estufa (GEE). “Queremos agir para que o aumento da temperatura média no mundo não ultrapasse 2° C”, destaca Marina Grossi, coordenadora da Câmara Técnica de Mudança do Clima e Energia do CEBDS. Para cumprir essa tarefa, é preciso reduzir as emissões de dióxido de carbono entre 50% e 85%, até 2050. A proposta do Pacto alinha-se às políticas globais da Alcoa Inc., uma das fundadoras da USCAP (sigla em inglês para Parceria Americana pela Ação Climática), aliança inédita entre companhias líderes de mercado e organizações ambientais que recomenda ao governo dos EUA que lidere esforços para a redução de emissões de GEE na atmosfera. “Sabemos que é nosso dever lidar com a mudança climática”, afirma Alain Belda, presidente mundial da Alcoa. A USCAP trabalha para que o congresso norte-americano trace metas de redução das emissões para curto e médio prazos, por meio da criação de um programa nacional que acelere pesquisa, desenvolvimento e aplicação tecnológica, além de estimular ações semelhantes em outros países. Todas as recomendações da parceria têm por base os seguintes princípios: • Responsabilizar-se pelas dimensões globais da mudança climática; • Reconhecer a importância da tecnologia; • Ser ambientalmente eficaz; • Criar vantagens e oportunidades econômicas; • Ser justo com setores desproporcionalmente impactados; • Reconhecer e encorajar ações o mais cedo possível. Como trabalho de conscientização, a Alcoa promoveu a exibição do documentário Uma Verdade Inconveniente, do ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore, em todas as suas localidades. Durante a campanha, mais de 11 mil pessoas, entre funcionários da companhia e seus familiares, assistiram ao filme e passaram a conhecer um pouco mais sobre as mudanças climáticas e seus efeitos sobre o planeta. Após as sessões, foram promovidos debates sobre as ações que a companhia está realizando e o que se pode fazer individualmente para frear o aquecimento global. Em algumas fábricas, distribuíramse mudas de árvores e sacolas de pano não descartáveis para substituir as sacolas de plástico comumente entregues nos supermercados. mudanças climáticas 47 Ações de conscientização Os resultados que a Alcoa vem obtendo no controle e na redução de emissões somente foram possíveis porque a sustentabilidade faz parte da cultura interna da Empresa, inspirando as lideranças a atuar nessa área. A construção de um ambiente de trabalho ético e responsável advém de um esforço permanente de conscientização interna em sustentabilidade, capacitando os colaboradores a se tornarem multiplicadores desse conceito, tanto em suas atividades diárias quanto no seu relacionamento com o público externo. Dentre as ações realizadas em 2006, destaca-se a Plenária 2006, reunião anual do presidente da Alcoa América Latina, Franklin L. Feder, com os principais executivos da companhia, parceiros, clientes e fornecedores, além de representantes da mídia e de ONGs. Com 75 participantes, a reunião ocorreu em São Paulo, entre 31 de Outubro e 1º de Novembro, sob o tema “Liderança para a Sustentabilidade”. O evento constitui uma oportunidade para a reflexão e o aprofundamento em assuntos estratégicos da Alcoa. Os diretores de todas as unidades participaram de uma sensibilização sobre liderança sustentável, realizada por uma consultoria especializada em sustentabilidade empresarial. As palestras, as atividades e os debates que movimentaram o encontro ressaltaram o valor das parcerias com clientes e fornecedores, além da consolidação do alumínio como produto sustentável. Além de Feder, realizaram palestras Silvia Dias (Diretora de Recursos Humanos), sobre a expectativa dos participantes; Maurício Born (Gerente de Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Sustentabilidade), sobre cisão e modelo de sustentabilidade da Alcoa; e Nemércio Nogueira (Diretor de Assuntos Institucionais), com o tema Community Framework. O ponto de vista dos diversos públicos interessados também foi debatido, com palestras de Marcos Sá Correia (jornalista), sobre a mídia; Nelson Findeiss (Tetra Pak), Luis Norberto Paschoal (DPaschoal) e Bob Mangels (Mangels), sobre clientes; Pedro Leitão (Funbio), a respeito de ONGs; e Marcelo Torres (ABN Amro Bank), sobre o mercado financeiro. Jessé de Souza Marques, diretor de Relações com a Comunidade da Aracruz, falou a respeito do engajamento dos stakeholders. Toda a emissão de CO2 da Plenária 2006, relacionada ao consumo de eletricidade, à geração de lixo e ao deslocamento rodoviário e aéreo dos participantes, foi neutralizada com o plantio de 59 árvores. locais para exibirem o filme e chamarem a atenção de seus funcionários para a importância do tema. Essa iniciativa da Alcoa vem despertando o interesse de órgãos governamentais, ONGs e outras empresas do setor. A Associação Mineira de Defesa do Ambiente (AMDA) sugeriu que mais indústrias do Estado seguissem esse exemplo, e a Prefeitura de Juiz de Fora-MG, por exemplo, está incentivando e criando parcerias com as indústrias 48 Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 Os esforços vêm surtindo resultado. Em Fevereiro de 2007, a Alcoa Inc. ficou em terceiro lugar entre as 50 empresas consideradas pioneiras mundiais em baixa emissão de carbono, de acordo com lista divulgada pela publicação mensal de negócios CNBC European Business. Trata-se da única metalúrgica da lista e da primeira entre as três grandes companhias norte-americanas relacionadas. O ranking leva em conta políticas “corajosas ou inovadoras”, adotadas na última década. “Qualquer economia de energia se reflete no resultado da Empresa, quando se trata da produção de alumínio. A Alcoa foi além: sua meta inicial consistia em obter redução de 25% das emissões mundiais diretas de gases causadores de efeito estufa até 2010, com base no ano de 1990, mas ela atingiu essa meta em 2003”, diz a revista. Veja mais sobre o 2020 Strategic Framework for Sustainability http://www.alcoa.com/global/ en/about_alcoa/sustainability/ 2020_Framework.asp GIAM, VENIAT. SUSTIE FACI TALORPERO DUNT Desafi o Dez Milhões ÁrvoresAUGAIT VENIBH EU FACCUM PRAESM DOLOREdeMAGNA VEROdeDUNCONUMAD DOLOREMambiental IRIURE FEUGUERO. Com o objetivo contribuir para a conscientização de seus colaboradores, a Alcoa Inc. mantém o programa Dez Milhões de Árvores, que tem como meta plantar essa quantidade de mudas até 2020. Lançado em 1998, com o objetivo global de plantio de 1 milhão de árvores, o programa teve essa meta estendida, em 2003. Desde o lançamento do programa, as unidades e os colaboradores da América Latina plantaram 696.512 mudas, equivalentes a 30% da meta de 2,3 milhões a ser atingida pela região. Em 2006, a Alcoa América Latina e seus colaboradores plantaram 112.410 – total que não contabiliza mudas plantadas em área de reflorestamento de áreas mineradas, compensação ambiental, mudas herbáceas (pequenos arbustos) e mudas plantadas em substituição a outras, como na manutenção Placa identifica árvore plantada por colaborador em Itapissuma-PE do paisagismo. Esse é o segundo melhor resultado desde o início da contagem, atrás apenas do registrado em 2005. MUDAS PLANTADAS POR ANO NA AMÉRICA LATINA – PROGRAMA 10 MILHÕES DE ÁRVORES 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Total 42.120 66.210 76.630 89.617 58.114 69.049 62.441 119.921 112.410 696.512 Crescer com responsabilidade “O desafio maior, agora, é manter os níveis de emissões dentro dos patamares de redução alcançados, levando em conta o crescimento da Empresa”, afirma Maurício Born, Gerente de Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Sustentabilidade da Alcoa América Latina. Para cumprir o objetivo, a companhia adotou estratégias como o Programa de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa, que buscará ganhos potenciais em cada projeto ou processo produtivo, não apenas energia mais limpas. A utilização de biodiesel em veículos, na Alumar e na Unidade Poços, e o incentivo aos fornecedores para abastecerem com biodiesel os caminhões utilizados em transporte de bauxita constituem algumas iniciativas nesse sentido. “E estamos analisando o uso de biomassa em nossos fornos”, revela Born. na redução das emissões, mas também em impactos institucionais e financeiros. Mas a Alcoa também lança mão de outras linhas de ação. O processo produtivo gera dois tipos de emissão: de gases PFCs, durante o efeito anódico – distúrbios que ocorrem quando a quantidade de alumina desce a níveis muito baixos no interior dos potes de fundição –, e de CO2, No Brasil, destaca-se a substituição de combustíveis fósseis por fontes de causada pelo consumo de anodo de carbono – material usado no processo de redução da alumina em alumínio. Assim, faz parte do programa melhorar constantemente o controle de processos de produção de alumínio, o que evita, entre outras conseqüências, o efeito anódico. Atuar no controle de processos traz outros benefícios, como evitar o desperdício de matéria-prima e reduzir a quantidade de resíduos descartados. Essa tarefa demanda investimentos na modernização da tecnologia – exatamente o que está acontecendo na Fábrica de Poços de Caldas. “A modernização que vem sendo realizada reduzirá consideravelmente as emissões da Fábrica. Já há novas cubas em fase de testes”, afirma Maurício Born. mudanças climáticas 49 ENERGIA INVESTIMENTO EM UMA MATRIZ LIMPA Com a viabilização de duas novas usinas hidrelétricas, Alcoa avança em sua meta de 70% de autogeração até 2011 O ano de 2007 trouxe para a Alcoa grandes desafios e excelentes perspectivas. Iniciaram-se as obras de duas novas usinas hidrelétricas gerenciadas por consórcios dos quais a companhia participa: Estreito, na divisa dos estados do Tocantins e do Maranhão, e Serra do Facão, na divisa entre Goiás e Minas Gerais. Em tempos em que os projetos de geração de energia encontram dificuldades de toda ordem para ser implantados, a obtenção das licenças para as obras no Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) constituía o primeiro desafio a ser enfrentado. Após apresentarem o Plano Básico Ambiental, que detalha medidas de controle de possíveis impactos socioambientais, com o objetivo de mitigá-los ou atenuar suas conseqüências, as licenças foram concedidas. Agora, a companhia trabalha na execução dos projetos. Quando as usinas estiverem totalmente operantes, o que está previsto para acontecer em 2011, o índice de autogeração de energia da Alcoa subirá para 70% – atualmente, alcança 40%. 50 Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 O número é considerado muito bom por Ricardo Sayão, Diretor de Energia da Alcoa América Latina. “Em 2000, a Alcoa era totalmente dependente de contratos de fornecimento de energia. Hoje, estamos a 40%. Chegar a 70%, daqui a quatro anos, será uma posição excelente.” O atual fornecimento de energia hidrelétrica da Alcoa provém da participação em duas usinas, localizadas na Região Sul do País: Machadinho – em operação desde 2002, com capacidade instalada de 1.140 MW – e Barra Grande – em operação desde 2005 e com capacidade instalada de 708 MW. Elas podem atender totalmente as demandas da Fábrica de Poços de Caldas-MG por mais 30 anos, além de remeter a sobra para a Alumar, num balanço energético feito por meio do sistema nacional de energia. O investimento em geração própria se explica: 30% do custo total da produção do alumínio têm origem no consumo de energia. Aproximarse da auto-suficiência por meio de geração hidrelétrica, fonte renovável e limpa, consiste uma estratégia da Alcoa para garantir o fornecimento contínuo, a custo competitivo. Além disso, a expansão da Fábrica Hidrelétrica de Barra Grande gera energia desde o final de 2005 de redução de alumina da Alumar, em São Luís-MA, resultará em acréscimos no consumo total. “De certa forma, o ônus do crescimento da Empresa recai sobre a área de energia”, afirma Ricardo Sayão. Em Março de 2006, após adquirir 6,4% de cotas do Consórcio Estreito Energia (CESTE) que pertenciam à BHP Billiton, a Alcoa passou a ter 25,49% de participação, o que corresponde a um total de 149 MW, cujo destino será a Alumar. “Essa aquisição dá continuidade à nossa estratégia energética global de assegurar o fornecimento de energia confiável e a baixo custo, além de ampliar nossa auto-suficiência, visando ao crescimento sustentável da produção de alumínio primário no Brasil”, afirma Franklin L. Feder, presidente da Alcoa América Latina. Emprego e renda As vantagens das novas usinas não se restringem ao âmbito interno da companhia. Juntas, as duas obras empregarão aproximadamente 8.500 trabalhadores, dos quais 5.000 em Estreito e 3.500 em Serra do Facão. Há incentivo para a contratação de mão-de-obra local, garantindo uma fonte de renda para as comunidades. “São empregos gerados nessas regiões, um efeito muito positivo causado pelas duas hidrelétricas”, analisa Juliano Natal, Consultor de Segurança e Meio Ambiente da Divisão de Energia da Alcoa. O Consórcio Estreito Energia (CESTE) sofreu uma grande reestruturação para atender as demandas do período de construção, sendo contratados profissionais experientes na gestão de obras deste porte. Dada a grande relevância dos aspectos sociais da energia 51 região, foi criada uma Diretoria Socioeconômica, cuja principal atribuição é implantar programas socioambientais, bem como cuidar do processo de relocação e indenização de familias. de conseguir um emprego, o CESTE Para melhor qualificar a mão-de-obra local, o CESTE implantou parcerias com o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e prefeituras, visando realizar cursos de treinamento para diversas funções. Até meados de 2007 haviam sido graduados mais de 600 moradores da região, capacitados a trabalhar na construção da usina e nas obras do reservatório. de candidatos pré-selecionados, Além disso, para orientar pessoas que, atraídas pela construção, vêm de outras localidades, com a expectativa Barragem de Barra Grande: energia limpa e renovável criou o Centro de Apoio ao Migrante. As pessoas recebem orientações sobre os tipos de empregos disponíveis. Dependendo da qualificação do as mesmas tarefas, porém de maneira menos abrangente, uma vez que o empreendimento é menor, gerando cerca de um terço dos empregos previstos para Estreito. migrante, ele integra uma listagem enviada para as empresas contratadas. Caso o migrante não possua qualificação que possibilite ser chamado para algum posto de trabalho, ele recebe orientação para retornar ao seu local de origem. O Centro de Apoio ao Migrante também promove campanhas educativas e de prevenção a doenças, sexualmente transmissíveis. Em Serra do Facão, será implantado um Centro de Comunicação, que desempenhará Situação atual A construção do canteiro de obras da usina de Estreito começou em Fevereiro de 2007. Toda a infraestrutura para o início da construção, prevista para Julho (mês em que este Relatório foi concluído), está sendo implementada, incluindo alojamentos e escritórios. A usina, maior projeto hidrelétrico atualmente em construção no Brasil, é uma das grandes apostas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), A família do agricultor João Maria da Luz, residente na Comunidade Rural Santa Catarina, de Barra Grande, e a casa recebida durante o processo de reassentamento Capacitação gera nova fonte de renda em Santa Catarina O investimento da Energética Barra Grande S.A. (BAESA) na capacitação dos trabalhadores rurais do seu entorno já dá resultados significativos. Desde Setembro de 2006, 21 famílias da comunidade rural Barra do Imigrante, em Campo Belo do Sul-SC, vendem cerca de 7.500 litros de leite ao mês para a Lactoplasa, empresa de laticínios com sede em Lages-SC. O programa Linha de Leite, alternativa de renda obtida pelas famílias da comunidade, integra um projeto de inclusão social e desenvolvimento sustentável posto em prática pela BAESA, consórcio que opera a usina e do qual a Alcoa é a principal acionista – também participam do empreendimento a Camargo Corrêa, a Votorantim e a CPFL. “Agora, não dependemos apenas da agricultura”, orgulha-se José Air de Lima Pereira, um dos produtores beneficiados. Em uma primeira ação, a BAESA promoveu, em Julho de 2005, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) e o Sindicato dos Agricultores, o curso “Bovinocultura de Leite e Pastagens”. Abordaram-se a criação e o manejo do gado, ações para garantir a sanidade animal e a produção e comercialização de leite. Para participar do programa, as famílias obtiveram financiamento no Banco do Brasil e investiram recursos próprios, além dos repassados pela BAESA. Os repasses são fruto do Acordo Social firmado com as comunidades e estão previstos no Plano de Desenvolvimento Regional (PDR), que vem sendo desenvolvido em parceira com o Ibens (Instituto Brasileiro de Educação em Negócios Sustentáveis) e com órgãos públicos, entidades empresariais e instituições sociais e comunitárias. Os recursos foram aplicados na aquisição de 17 vacas leiteiras e 7 resfriadores de imersão e na formação de pastagem perene, sistema de manejo diferenciado que produz pastagem o ano inteiro. energia 53 CESTE usa IDH para avaliar Acordo Social do Estreito Desde que obteve a licença de instalação da usina hidrelétrica em Estreito, o CESTE busca elaborar um Acordo Social que promova o desenvolvimento sustentável da região, que reúne 12 municípios e cerca de 110 mil habitantes. A meta consiste em utilizar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Organização das Nações Unidas (ONU) para avaliar o desenvolvimento socioeconômico da região. O CESTE avaliou as demandas da comunidade, com o objetivo de cumprir o papel de interlocutor com o Governo. O maior problema reside na infra-estrutura básica da região, pois grande parte da população não tem acesso à energia elétrica e ao saneamento básico, por exemplo. O município de Estreito-MA possui cerca de 25 mil habitantes e apenas um hospital público. Um dos primeiros investimentos sociais do CESTE ocorreu justamente nesse hospital, que recebeu R$ 69 mil em assessoria de gestão hospitalar e equipamentos para informatizar as suas instalações. Além disso, os cerca de 160 agentes de saúde dos três municípios que abrigam os canteiros da obra da barragem (Estreito, Palmeiras do Tocantins e Aguiarnópolis, ambas no Tocantins) participaram de capacitações, por meio de palestras e cursos sobre a prevenção de doenças como dengue e esquistossomose, sobre prevenção às DST (doenças sexualmente transmissíveis) e à malária. Até o fim do primeiro semestre de 2007, o consórcio realizou, nos 12 municípios da região, cursos profissionalizantes de pintura, informática, construção civil e secretariado. À época de conclusão deste relatório, em Julho, 10 municípios atingidos pela barragem haviam assinado o Acordo Social. Trabalha-se para que todas as demandas previstas no documento sejam atendidas antes da concessão da licença de operação da usina, o que deve acontecer em 2010. na área energética. Lançado em 2007, pelo Governo Federal, o PAC consiste num conjunto de políticas econômicas, planejadas para os próximos quatro anos, com o objetivo de acelerar o crescimento econômico do Brasil, prevendo investimentos totais de R$ 503 bilhões, até 2010. Desde que a licença de construção foi concedida ao CESTE, em 2004, ocorreram diversas audiências públicas com lideranças locais. Estabeleceuse uma série de melhorias a serem feitas, incluindo programas de apoio à comunidade que se estenderão pelo período de operação da usina. A barragem da usina deve alagar uma área de 400 km², que abrange diretamente porções territoriais de 12 municípios. Já se iniciou o plano de reassentamento das comunidades, 54 Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 que cumprirá a realocação de todas as famílias residentes em área de risco num prazo de até seis meses anteriores ao enchimento do lago. Em conjunto com a FUNAI e lideranças indígenas, o CESTE está trabalhando num programa de melhorias para as comunidades indígenas dos Apinajé e Krahô, no Tocantins, e Krikati e Gavião, no Maranhão. Em Serra do Facão, uma série de fatos novos, ocorridos ao longo de 2006 e 2007, modificaram a situação da hidrelétrica, que apresentava custos considerados elevados e que inviabilizavam a obra. Um deles foi a regulamentação da taxa anual UBP (Uso de Bem Público). Com essa regulamentação, o consórcio Grupo de Empresas Associadas Serra do Facão (GEFAC) iniciará o pagamento da taxa com o início da geração comercial, no caso de vender parte da energia gerada nos leilões das distribuidoras. As obras foram iniciadas em Fevereiro de 2007 e a geração comercial está prevista para Dezembro de 2010. Em 2011, quando estiver em plena capacidade, a usina gerará 210 MW. Assim como o projeto Estreito, estão sendo implementadas várias ações para melhoria em infra-estrutura e serviços públicos dos municípios periféricos às obras nas áreas de educação, saúde e segurança pública. No processo de negocição com as comunidades lindeiras ao reservatório, está sendo constituída uma comissão com representantes das familias na qual será discutido e definido o plano de remanejamento, tornando o processo participativo e transparente. As turbinas de Barra Grande têm capacidade para gerar 708 MW de energia elétrica, suficientes para atender as demandas da Alcoa-Poços DIÁLOGO COM STAKEHOLDERS A MAIS ÉTICA PARA SER A MELHOR DO MUNDO Reconhecimento do Covalence Ethical Ranking incentiva a Empresa a intensificar ações de engajamento dos públicos estratégicos Abertura do evento Juruti Sustentável, realizado em Janeiro de 2007 no Pará “Os conselheiros da Alcoa ouviram algumas duras palavras e críticas diretas. Em vez de rechaçar as expressões, pareceram sinceramente interessados em compreendê-las, captando o conteúdo de verdade que elas eventualmente possam ter.” A frase, de autoria do jornalista paraense Lúcio Flávio Pinto, 56 Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 respeitado por denúncias contra a devastação da natureza na Amazônia, não apenas descreve uma reunião de executivos da Alcoa com a sociedade em Juruti-PA, mas retrata uma postura que faz parte da cultura da Empresa. Publicada em 26 de Junho de 2006, pela Agência de Notícias Adital, especializada em fornecer a agenda social latino-americana e caribenha à mídia internacional, essa opinião foi escrita após um encontro da companhia com lideranças jurutienses, no Hotel Hilton, em Belém-PA, na qual esteve presente o presidente da Alcoa América Latina, Franklin L. Feder. Na descrição de Flávio Pinto, os executivos mostravam “sensibilidade para um lance novo do jogo: o custo social e ambiental da empreitada”. A iniciativa não é isolada. A cidadania empresarial, intimamente relacionada com a sustentabilidade, é exercida pela Alcoa há muito tempo, bem antes de as práticas sustentáveis de gestão terem sido absorvidas pelo meio corporativo. Mais que doar recursos financeiros, a companhia atua no engajamento dos colaboradores e em parcerias para o desenvolvimento de comunidades. Não se trata apenas de um discurso pomposo: as práticas da Alcoa são reconhecidas em todo o mundo. Em 2006, a companhia foi apontada como líder mundial em ética, no setor de mineração e metalurgia, segundo a avaliação do Covalence Ethical Ranking, organização não-governamental sediada em Genebra (Suíça) que realiza avaliações da reputação ética de empresas multinacionais, instituições financeiras e organizações públicas. A ONG destaca os avanços da Alcoa relacionados aos programas para reduzir a emissão de gases de efeito estufa, aos valores praticados, à estratégia socioambiental e aos relatórios de sustentabilidade. A avaliação tem por base 45 critérios, incluindo itens como responsabilidade social e presença internacional. Desde que a ONG iniciou o levantamento anual, em 2002, a Alcoa não apenas vem liderando sua categoria, como também foi a terceira empresa que mais evoluiu, posicionando-se como umas das dez multinacionais mais éticas do planeta. “Nossa meta é a perfeição. Sem esse objetivo, não chegamos a lugar algum”, afirma Nemércio Nogueira, Diretor de Assuntos Institucionais da Alcoa. Outro estudo, da consultoria global independente Governance Metrics International (GMI), deu à companhia a nota máxima (10) no quesito “Comportamento empresarial”, por seu apoio às comunidades, com ênfase na segurança e em iniciativas de preservação ambiental. Em se tratando de governança corporativa, a Alcoa Inc obteve a nota 9,5 – bastante superior à média 6,5, obtida pelas companhias do mesmo setor. As notas da avaliação do GMI são atribuídas com base em questionários respondidos pelas companhias. Em 2006, a Companhia foi apontada como líder mundial em ética, no setor de mineração e metalurgia, segundo a Covalence Ethical Ranking A atuação econômica e ambiental, somada às ações de responsabilidade social, também levou a Alcoa a integrar, pelo quinto ano consecutivo, o Índice Dow Jones de Sustentabilidade, da bolsa de valores de Nova Iorque (EUA). Criado em 1999, trata-se do primeiro índice de bolsa de valores a avaliar o desempenho financeiro de empresas globais na condução da sustentabilidade. Além dessas reações positivas à nossa presença, ao compararmos o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) dessas localidades, ao longo dos anos, temos percebido uma melhora nesse indicador. A influência da nossa presença nesse aumento não é óbvia ou totalmente clara, por isso estamos implementando outros indicadores para medir os impactos positivos e negativos de nossas atividades, em algumas localidades. Destaques na mídia No Brasil, o Guia de Boa Cidadania Corporativa 2006, da revista Exame, destacou as ações realizadas em Juruti, onde a companhia obteve das comunidades locais a chamada “licença social”. Estreitamente ligado à sustentabilidade, esse conceito adotado pela Alcoa indica haver permissão da sociedade, ainda que informal, para que uma empresa prossiga com a implementação de um projeto. Por sua vez, a revista norte-americana Ethisphere, que se dedica a esclarecer a importante correlação entre ética e lucro, elegeu a Alcoa como uma das empresas mais éticas do mundo. Em seis meses de análises, os editores da revista escolhem menos de 100 companhias de todo o mundo que atendem à exigência de ir além do discurso sobre a execução ética dos negócios, cumprindo compromissos em liderança, ética e responsabilidade social corporativa. A Alcoa conquistou, ainda, o segundo lugar, na categoria Metalurgia e Siderurgia, na oitava edição do Prêmio As Empresas Mais Admiradas do Brasil, da revista Carta Capital. Os mais de mil executivos que avaliaram as empresas, incluindo presidentes, superintendentes, vice-presidentes e diretores de companhias de 43 áreas da economia brasileira, destacaram a postura ética da Alcoa na avaliação. Segundo Nogueira, o reconhecimento das boas práticas da Empresa é, também, conseqüência do trabalho que a área de Assuntos Institucionais diálogo com stakeholders 57 Uma rede do bem Dar visibilidade às ações de voluntariado realizadas por funcionários de todas as unidades da Alcoa no Brasil, além de criar novas oportunidades para quem quer contribuir com as comunidades em que a Empresa atua. Esses são os objetivos da Rede do Bem Alcoa, site lançado pelo Instituto Alcoa em Maio de 2007. “É uma fonte de bate-papo, inspiração, esclarecimento de dúvidas, testemunho de momentos especiais... Enfim, um canal para conversar sobre tudo o que acontece na vivência de quem é voluntário e daqueles que pretendem ser”, descreve Suzana Sheffield, Vice-presidente do Instituto Alcoa. O conceito usado na Rede do Bem Alcoa é o V2V (volunteer to volunteer), baseado no entendimento de que o próprio voluntário deve promover o voluntariado, de forma autônoma e descentralizada. Cada participante do novo portal tem à sua disposição um espaço próprio – uma espécie de blog onde se podem divulgar idéias, administrar projetos e relatar experiências. Outro espaço importante é o fórum de discussões. Para se registrar, interagir nas salas de discussão e criar comunidades, o participante deve ser funcionário da Alcoa. Mas qualquer pessoa pode acessar o site para conhecer um pouco do trabalho realizado por esses funcionários, além de visualizar entrevistas e notícias. Veja mais na internet: http://www.rededobemalcoa.com.br PARTICIPAÇÃO NO PROGRAMA BRAVO! BRAVO! BRASIL BRAVO! LOCALIDADE FUNCIONÁRIOS FUNCIONÁRIOS LOCALIDADE ESTAGIÁRIOS QUE % QUE REALIZARAM O NA BRAVO! em 2006 AFL 648 419 65% ALPHAVILLE 222 77 35% ALUMAR CHILE COLÔMBIA 1.861 85 75 1.616 3 6 87% 4% 8% GBS 165 66 40% ITAPISSUMA 965 625 65% JURUTI 46 7 15% POÇOS 952 864 91% SÃO PAULO 171 9 SOROCABA 62 1 2% 367 266 72% TUBARÃO UTINGA TOTAL 5% 325 5 2% 5.944 3.964 67% • Em 2006 foram realizados 3.964 BRAVOs na América Latina; • 3.955 só no Brasil, ou seja, 68% dos funcionários completaram as 50 horas anuais; • Foram mais de 590 instituições beneficiadas; • Doação de US$991,000; • Mais de 203.000 horas de trabalho voluntário; • De 2005 para 2006 houve aumento de 8% na participação; • Poços de Caldas foi destaque com 91% dos funcionários participantes; • Alumar teve maior número de participação com 1.616 funcionários (87%). 58 LOCALIDADE Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 ESTAGIÁRIOS NA LOCALIDADE REALIZARAM O % BRAVO! BRASIL em 2006 AFL 23 8 35% ALPHAVILLE 28 4 14% 107 14 13% GBS 13 6 4% ITAPISSUMA 48 18 38% POÇOS 48 47 98% SÃO PAULO 16 1 16% ALUMAR TUBARÃO TOTAL 17 6 35% 300 104 31% OBS.: O Programa BRAVO! BRASIL foi criado pelo Instituto Alcoa para os estagiários. • 104 estagiários realizaram o BRAVO! BRASIL, ou seja, 31%; • Poços de Caldas teve participação de 98% dos estagiários; • 4.160 horas de trabalho; • Doação de R$ 28.600,00. vem realizando, que avançou consideravelmente, em 2006, assegurando comunicação eficaz e transparente dentro da própria companhia e com seus stakeholders. “Tivemos um trabalho substancioso na comunicação empresarial, não falamos apenas por falar. É fundamental que nossa comunicação reflita nossas práticas, e essas, os valores da Empresa”, analisa. Na ocasião, a Alcoa Foundation pôde conferir de perto o engajamento dos funcionários da Alumar, que, em 2005, bateram o recorde de voluntariado, com 1.480 participantes no programa BRAVO!. O programa destina doação de US$ 250 para a instituição escolhida pelo funcionário que completa, durante o ano, 50 horas de trabalho voluntário fora do expediente. Aliás, essa marca motivou a decisão de realizar o encontro em São Luís. Em tempo: o recorde de voluntariado de 2005 já ficou pra trás: em 2006, 1.616 colaboradores da Alumar participaram do programa. Assim como no consórcio maranhense, os resultados regionais vêm se mostrando relevantes: em 2006, 3.964 colaboradores (67%) da Alcoa América Latina participaram do BRAVO!, somando 203 mil horas de dedicação às entidades. Em relação ao ano de 2005, houve aumento de mais de 8% na participação. Participação interna Com base em valores como ética, transparência e diálogo, a Alcoa conseguiu, ao longo de 2006, motivar ainda mais a postura cidadã de seus funcionários. Símbolo dessa conquista, o mês de Outubro de 2006 registrou um dos momentos mais importantes da história do Instituto Alcoa. Durante os eventos do Mês Mundial de Serviços Comunitários, o Conselho de Administração da Alcoa Foundation reuniu-se pela primeira vez, em 50 anos de existência, fora dos EUA, onde tem sede. A reunião dos conselheiros ocorreu em São Luís-MA, e teve como objetivo incentivar uma rede internacional voltada para ações voluntárias. Além de atividades que incluíram visitas a projetos comunitários, ocorreram palestras de Alain Belda, chairman e CEO da Companhia, Meg McDonald, presidente da Alcoa Foundation , Renata Camargo Nascimento, Presidente do Conselho do Instituto Alcoa, e Ruth Cardoso, ex-primeira dama e presidente do Comunitas, entre outras personalidades. ONGs com iniciativas voltadas para o fortalecimento da sociedade civil e a promoção do desenvolvimento social no Brasil e a comunidade acadêmica também se fizeram presentes. Retorno da sociedade Diferentes municípios que abrigam unidades da Alcoa expressaram gratidão pelos resultados das atividades da companhia. Em Julho de 2007, o prefeito de Poços de Caldas-MG, Sebastião Navarro Vieira Filho, endereçou à Alcoa uma carta para destacar sua importância para a sociedade local. “(A atuação da Alcoa) reflete de maneira especial na composição do perfil socioeconômico do Município”, diz um trecho da carta. Em 2005, Poços já havia entregue à Alcoa o Diploma de Gratidão da Cidade. Também em Julho de 2007, a prefeita de Andradas-MG – município vizinho a Poços –, Margot Navarro Graziani Pioli, agradeceu a Alcoa por carta, destacando o desenvolvimento de projetos sociais e a atuação ambientalmente responsável. “Além de ser uma das maiores fontes de arrecadação de ICMS e do ISS, gera empregos para a população”, diz o prefeito de Itapissuma, Clóvis Barros, em carta de agradecimento endereçada à Alcoa em 5 de Junho de 2007. Em 2005 a Alumar recebeu do prefeito Tadeu Palácio o título de Empresa Amiga da Cidade de São Luís, por “colaborar com a melhoria da qualidade de vida da população e das condições socioambientais”. Em São Paulo, moradores de bairros da zona leste encaminharam um abaixoassinado de agradecimento pela construção de passeios e alambrados num trecho da Avenida Wenceslau Braz, nos quais a comunidade pode fazer “caminhadas tranqüilas e seguras”. Além destas reações positivas à nossa presença, ao compararmos o IDH - Índice de Desenvolvimento Humano, dessas localidades ao longo dos anos, percebemos melhorias nesse indicador. A influência da nossa presença neste aumento não é óbvia ou totalmente clara, por isso estamos implementando outros indicadores para medir os impactos de nossas atividades em algumas localidades. diálogo com stakeholders 59 Board da Alcoa Foundation se reuniu pela primeira vez fora dos EUA na Alumar, em São Luís Agilidade na liberação de recursos O livro O Mundo é Plano – Uma História Breve do Século XXI (Editora Objetiva), no qual o jornalista norte-americano Thomas Friedman explica como a globalização pode ajudar a diminuir as barreiras entre os países, serviu de base para a implantação de um processo mais ágil e eficiente de envio dos recursos da Alcoa Foundation para as instituições beneficiadas no Brasil. A partir de Agosto de 2006, o Instituto Alcoa passou a centralizar o recebimento dos aportes financeiros e realizar o repasse às entidades. O Instituto Alcoa é, agora, responsável por todas as etapas administrativas relativas ao repasse de recursos, o que inclui providenciar documentações, além de realizar registros e pagamentos. Com o novo modelo, os custos e burocracia no processo diminuíram e é possível acompanhar mais de perto o andamento de todos os projetos sociais apoiados pela companhia no País e apoiando-os com mais agilidade. Em 2006, somando os recursos da Alcoa, do Instituto Alcoa e da Alcoa Foundation, foram repassados R$ 9,2 milhões, incluindo doações feitas pelas unidades, Action e BRAVO!, beneficiando cerca de 700 mil pessoas. Esse total abrange 118 projetos, apoiados pelo Instituto Alcoa e pela Alcoa Foundation com R$ 2,4 milhões. 60 Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 Entrevista Anita Roper Brasil é destaque em engajamento Diretora de Sustentabilidade da Alcoa Global, a australiana Anita Roper admira os brasileiros pela proatividade em ações de voluntariado. Ela esteve no país em Junho de 2007 para apresentar o modelo estratégico de sustentabilidade da companhia e concedeu uma entrevista para o Relatório de Sustentabilidade, na qual elogiou a qualidade do engajamento de públicos interessados promovido pela Alcoa Alumínio S.A. no início do processo e entender suas preocupações. Também é muito importante documentar essas preocupações e definir quais objetivos se quer alcançar. Se não dialogarmos com os stakeholders, nunca vamos saber quais são suas preocupações. Mas é preciso, além de perguntar, estar disposto a ouvir suas respostas. Às vezes, as expectativas das comunidades vão além do que a companhia realmente pode fazer por elas. Como lidar com isso? Qual é o papel do alumínio em um mundo mais sustentável? E qual é o seu papel para a sustentabilidade da Alcoa? O alumínio é um fantástico material de baixo peso, muito importante para a indústria de transportes, por exemplo. Sua reciclabilidade é outra característica essencial na atual busca por um mundo mais sustentável. Mas a relação da Alcoa com a sustentabilidade não tem a ver apenas com o produto que fabricamos: ela também está relacionada com o nosso desempenho na fabricação desse produto. Quando desenvolvemos atividades de mineração ou reciclamos, buscamos fazer isso da forma mais apropriada possível. Nossa história de sustentabilidade inclui ainda nossos clientes, que, assim como nós, buscam reduzir o impacto dos seus produtos. Como encontrar um denominador comum entre as expectativas dos stakeholders e as responsabilidades da Empresa perante as partes interessadas? Por meio de conversas com os stakeholders. É preciso engajá-los logo Anita Roper: “Brasil é líder em termos de participação dos funcionários” Ajudando as comunidades a entender as limitações da Empresa. Essa é uma vantagem de se começar cedo o diálogo com os stakeholders. É muito importante colocar na mesa o que você pode e o que não pode fazer. É preciso aprender a dizer “não, isso não é possível” e explicar o porquê e participar de discussões a respeito. Então seus stakeholders provavelmente dirão “Eu entendo seu ponto de vista”. Isso faz parte do processo de construção da confiança e da reputação e leva tempo. Que tipo de engajamento de stakeholders a Alcoa promove? Engajamos nosso stakeholders em todos os níveis. Globalmente, nos reunimos regularmente com acionistas que olham mais de perto nosso desempenho social. Nos países onde atuamos, realizamos encontros com ONGs nacionais e internacionais para falar sobre questões críticas de nosso negócio. Ouvimos suas expectativas e tentamos entendê-las. Também queremos que elas entendam nosso negócio e nossos desafios. Quanto mais um stakeholder entende nosso negócio, mais fácil será para ele entender nosso ponto de vista. Realizamos, ainda, engajamentos regionais e locais. E ainda temos o engajamento das comunidades realizado pelas plantas. No Brasil, organizamos reuniões plenárias com representantes de stakeholders-chave, como consumidores, fornecedores, imprensa, governo e ONGs. Engajamos stakeholders para aprender com eles, para ver através dos seus olhos. Se fossemos elaborar um ranking global de sustentabilidade, em que lugar você colocaria o Brasil? E a Alcoa no Brasil? Não há dúvidas de que a Alcoa no Brasil é líder quando falamos da participação de funcionários em atividades voluntárias, por meio dos programas Action e BRAVO!. Queremos entender por que isso ocorre aqui e como podemos alcançar uma participação similar em outros países. diálogo com stakeholders 61 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO PLANEJAMENTO É VIDA Com a saúde e a segurança como prioridade estratégica e operacional, índice de acidentes com afastamento aproxima-se de zero Trabalhar com as condições de segurança necessárias para, ao final do dia, voltar para casa nas mesmas condições de quando saíram e, assim, desfrutar bons momentos com a família. Os profissionais que atuam na Expansão da Refinaria da Alumar, em São Luís-MA, projeto que já superou a marca de 8 milhões de horas/homem trabalhadas sem a ocorrência de incidentes com afastamento, têm a confiança de que, em sua vida profissional, essa é uma certeza. A marca obtida nas obras da Unidade maranhense resulta de um contínuo trabalho de prevenção de acidentes realizado pela Alumar, alinhado com as práticas da Alcoa em suas unidades espalhadas pelos quatro cantos do planeta. “Trabalho na área de construção civil há mais de 20 anos e conheço as normas de segurança regulamentadas pela lei brasileira. Quando comecei a trabalhar na Alumar, percebi que, aqui, os cuidados ultrapassam essa regulamentação. É algo próprio e específico”, afirma Manoel Sena, supervisor de campo da expansão e funcionário da Camargo Corrêa – empresa integrante do consórcio. Antes da execução, cada tarefa realizada na Empresa passa por um planejamento minucioso, de modo que o trabalho siga as normas de 62 Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 segurança estabelecidas. As sugestões dos colaboradores de campo ganham extrema importância nesse processo, devido à grande carga de experiência prática. “Às vezes, o pessoal de SSMA (Saúde, Segurança e Meio Ambiente) não tem a mesma visão que nós a respeito de algumas tarefas, então passamos sugestões. Depois de as debatermos, encontramos um meio de otimizar o trabalho, mas sempre priorizando a segurança”, explica Edson Gomes, encarregado da montagem no projeto de expansão da Alumar e funcionário da Usiminas, participante do projeto. O rigor exigido para o cumprimento dessas normas pode até causar, num primeiro momento, certo incômodo. “Alguns reclamam que, desse jeito, não dá para trabalhar. Então procuramos explicar o motivo das nossas exigências, que, cumpridas da forma correta, evitam situações grosseiras e garantem a integridade física de todos”, ressalta José Simeão Pereira Sousa, coordenador de SSMA da Usiminas. Não faria sentido, contudo, simplesmente exigir que os colaboradores seguissem normas de segurança. Toda e qualquer pessoa que atue na expansão passa por um treinamento, teórico e prático, antes de iniciar suas atividades. “O treinamento dura dois dias, às vezes mais, como no meu caso, que foi de três dias. Nele, passamos por todas as etapas de procedimento, para realizar as tarefas com segurança”, explica Augusto César Vieira, da Carioca Christiani-Nielsen Engenharia, encarregado de obras na expansão da Alumar. Saúde total é fundamental A expansão da refinaria não é um caso isolado. Os exemplos da Alumar refletem a cultura de toda a Alcoa. Em Junho de 2007, por exemplo, a AFL – Unidade localizada em ItajubáMG, focada no desenvolvimento de projeto e manufatura de sistemas de distribuição elétrica para o setor automobilístico no mercado interno – alcançou 3,7 milhões de horas/homem trabalhadas sem nenhum incidente com afastamento. Os treinamentos fazem parte de uma cultura interna que transformou a Alcoa em referência na área, ao oferecer condições máximas de saúde e segurança aos seus trabalhadores. As políticas de prevenção a acidentes tratam todos os riscos com o mesmo grau de importância, e não se despreza nenhuma possibilidade de incidente, por mais banal que aparente ser – desde os que oferecem perigos à vida até possibilidades de torções no pé ou cortes no dedo. Valterlino Veras pronto para o trabalho na Alumar: uso de EPIs é obrigatório Parada de sucesso Um exemplo de que planejamento bem-feito evita incidentes se deu em Maio de 2006, quando ocorreu o Overhaul, uma grande parada para a manutenção da refinaria de Poços, que, durante 10 dias, envolveu 500 pessoas, entre alcoanos e terceiros, num total de 42.350 horas trabalhadas sem nenhuma ocorrência de acidentes. O sucesso da operação resultou de muito planejamento e da execução perfeita dos planos, que partiu dos estudos necessários para a parada da produção, passando pela alocação de recursos humanos e materiais, até o mapeamento das conexões entre prédios, para definir a movimentação humana e de veículos. Bem preparadas, as equipes que realizaram atividades de manutenções preventiva e corretiva agiram com sincronismo e entrosamento. A Alcoa já se preparou para aprimorar ainda mais o processo para a próxima grande parada. “Neste ano, fizemos uma inovação, colocando uma pessoa em cada frente de trabalho para que observasse as melhorias que podem ser feitas e incorporadas ao próximo Overhaul. Assim, poderemos progredir ainda mais”, explica o Gerente de Produção da Fábrica de Poços de Caldas-MG, Wagner Drey. A 45 metros do solo, empregados contratados trabalham com segurança na expansão em Alumar 64 Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 Das tarefas mais complexas até trabalhos rotineiros, todos oferecem algum tipo de risco e, portanto, seguem procedimentos direcionados por ações de prevenção. Serviços classificados como não rotineiros passam obrigatoriamente por um processo de análise de risco e só podem ser iniciados após uma liberação oficial. Além disso, as atividades que apresentam maior potencial de riscos têm programas específicos de controle, avaliados por auditorias internas. Esse processo contínuo e estruturado de identificação, análise e eliminação ou controle de riscos apresenta uma conseqüência natural: a proximidade constante com um índice zero de incidentes. Trata-se de uma meta difícil, mas não impossível, como demonstrou, em 2006, o Global Business Services (GBS) – sistema que centraliza em uma única estrutura os serviços das áreas administrativas e financeiras da Alcoa, propiciando mais agilidade e qualidade às atividades da companhia. Os 473 colaboradores dos GBS no Brasil, distribuídos em diversos escritórios na América Latina, fecharam o ano com um ambiente totalmente livre de incidentes. Para reproduzir esse desempenho em todos os setores, a Alcoa se mantém atenta às boas experiências promovidas em todas as partes do mundo e às recentes tecnologias de prevenção. Mais que isso, a redução dos riscos está diretamente relacionada com o envolvimento dos profissionais numa cultura da segurança. Por isso, a companhia intensificou os trabalhos de controle, engajamento e motivação de pessoal. “Todos os dias, de manhã, temos uma conversa sobre as tarefas do dia”, diz Manoel Sena. Essa troca de informações resulta em maior Treinamento apresenta normas de segurança para atividades no porto da Alumar produtividade, sem abrir mão da segurança. A Alumar montou centro de capacitação onde são feitas simulações de operação de válvulas Na área da saúde, o processo de diálogo é o mesmo, envolvendo pontos delicados, mas fundamentais, dentro e fora da Empresa, como o monitoramento do uso de álcool e drogas. “Estatísticas da Associação Americana de Construção Civil apontam que as empresas que realizam tais controles possuem uma taxa de acidentes equivalente a quase a metade da registrada nas que não o fazem”, explica Maurício Born, Gerente de Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Sustentabilidade da Alcoa América Latina. Os resultados do Programa Uso Indevido do Álcool na expansão da Alumar têm sido positivos – os próprios funcionários consideraram o controle “importante, respeitoso e confiável”. De forma confidencial, realizam-se testes de urina e etilômetro (bafômetro). O objetivo fundamental é influenciar positivamente a promoção de um ambiente de trabalho mais seguro e saudável para todos. A maior conquista, porém, reflete-se nas palavras de Edson Gomes, sobre a mudança da cultura: “A formação que recebemos aqui pode ser levada para dentro do lar, passada para Empresas que realizam controle de risco apresentam 50% da taxa de acidentes registrada pelas que não o fazem, segundo a Associação Americana de Construção Civil Na Alumar, pedestres utilizam caminhos isolados do tráfego de veículos motorizados 66 Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 nossas esposas, maridos e filhos, para que possam realizar tarefas corriqueiras, algumas com mais risco do que aparentam, com total segurança. Não é só uma experiência profissional, é uma experiência de vida, também”. Manoel Sena (Camargo Corrêa), Augusto C. Vieira (Carioca), Edson Gomes e José Simeão (ambos da Usiminas), que atuam na expansão da Alumar, compartilham experiências sobre a preocupação da Alcoa em mesa-redonda sobre segurança Programa de incentivo Planejar é a chave do sucesso para eliminar o número de incidentes. Analisa-se cada detalhe, e mesmo aqueles que aparentemente têm importância secundária acabam se mostrando eficazes no “conjunto da obra”, como a forma correta de identificar funcionários, a manutenção e utilização correta dos equipamentos de proteção individual (EPIs), as sinalizações que alertam para painéis elétricos desenergizados para manutenção – que não podem ser ativados sem autorização. Todas as unidades da América Latina mantêm programas de incentivo voltados à identificação de riscos e ao desenvolvimento de soluções nessa área. Aplicado nas unidades de Poços de Caldas-MG, Itapissuma-PE e Alumar, o Programa De Olho no Risco, por exemplo, avalia e premia as melhores sugestões dos funcionários relacionadas à segurança no trabalho, que podem se tornar normas de segurança. Na internet: http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_page/environment_health_safety.asp saúde e segurança no trabalho 67 INDICADORES Fábrica do consórcio Alumar em São Luís-MA 68 Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 Esta segunda parte do Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 apresenta informações qualitativas e quantitativas sobre o desempenho econômico, ambiental e social da Alcoa Alumínio S.A., em 2006. Abrange as operações das unidades Alphaville-SP, Itapissuma-PE, Juruti-PA, Poços de Caldas-MG, Sorocaba-SP, Tubarão-SC e Utinga-SP, do Consórcio Alumar, em São Luís-MA e da AFL do Brasil-MG, além das atividades administrativas realizadas nos escritórios da capital paulista. Os cases destacados em boxes, por sua vez, trazem informações atualizadas até Julho de 2007. Todas as unidades da Alcoa reportam seus dados por meio de sistemas e indicadores globais. A Alcoa continuamente revisa as diretrizes e as unidades adotadas para coletar e atualizar as informações, o que pode implicar a modificação de dados referentes a anos passados e, talvez, publicados em relatórios anteriores. A maior parte dos indicadores relatados atende ao modelo de relatório de sustentabilidade proposto pela Global Reporting Initiative (GRI), entidade multistakeholder formada por empresas, instituições e ONGs que apóiam e disseminam o conceito de sustentabilidade. As empresas reconhecidamente mais compromissadas com a sustentabilidade inspiram-se nesse modelo. indicadores 69 PRINCIPAIS INDICADORES ECONÔMICOS 2004 2005 2006 Faturamento bruto (R$ mil) 2.744.059 2.723.246 3.255.289 Receita líquida (R$ mil) 2.276.777 2.250.827 2.774.545 Tributos recolhidos (R$ mil) 509.602 489.706 532.192 Produção de Alumínio (mil ton) 296,6 300,8 356,0 Produção de Alumina (mil ton) 1074,3 1104,9 1163,4 2004 2005 2006 233.986 306.001 342.844 14.391 14.378 15.049 6.579 6.636 6.545 9% 15% 18% SOCIAIS Folha de pagamento – pessoal e encargos ( R$ mil) Participação nos resultados (R$ mil) Total de empregos diretos (funcionários e estagiários) Porcentagem de mulheres em cargos de gerência Número de admissões 741 722 1.103 11.975 11.766 9.153 Taxa de Gravidade * 17,01 41,30 36,80 Total Investido em Projetos Sociais (R$ mil) 8.900 8.200 9.200 Investimento em Saúde e Segurança (R$ mil) *Taxa de gravidade, segundo a NR-4, é o número de dias perdidos devido aos acidentados vítimas de incapacidade temporária ou permanente, mais os dias debitados relativos aos casos de morte ou incapacidade permanente por milhão de homens/hora trabalhadas AMBIENTAIS Autuações devido a não conformidades ambientais Investimentos Ambientais (mil R$) Consumo de Bauxita (mil ton) Consumo de Energia Elétrica (MW/h) 2004 2005 2006 0 0 0 52.373 19.554 14.264 - 4.100,0 4.281,3 6.608.125 7.437.052 8.671.806 Consumo de Água (milhões de m3) 4,6 4,4 4,1 Emissões de CO2 Equivalente (ton) 1.861.343 2.074.381 2.177.386 70 Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 SUSTENTABILIDADE PARA A ALCOA Para nós, sustentabilidade é usar nossos Valores para construir sucesso financeiro, excelência ambiental e responsabilidade social por meio de parcerias, de forma a gerar benefícios de longo prazo para nossos funcionários, acionistas, clientes, fornecedores e para as comunidades nas quais atuamos. principais indicadores 71 SUCESSO ECONÔMICO RESULTADOS HISTÓRICOS 72 Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 Porto da Alumar passa por expansão para atender ao crescimento da capacidade da Fábrica A Alcoa Inc. obteve, em 2006, os melhores resultados de seus 118 anos de história. O faturamento mundial chegou a US$ 30,4 bilhões, o que representa crescimento de 19% em relação ao verificado em 2005. O lucro líquido, por sua vez, cresceu 82,3%, totalizando US$ 2,25 bilhões. O aumento no preço dos metais e a forte demanda por alumínio das indústrias aeroespacial, de transporte e de construção civil contribuíram para os bons resultados alcançados. Esses fatores também influenciaram de maneira positiva os números registrados pela Alcoa Alumínio S.A. Destaca-se o crescimento do faturamento bruto (20%), que saltou de R$ 2,72 bilhões, em 2005, para R$ 3,25 bilhões, em 2006. A Empresa obteve aumentos de 23% na receita líquida e 51% no lucro líquido, neste mesmo período. Mais que isso, a Alcoa Alumínio S.A. aumentou sua produção de metal em 18%, atingindo o patamar de 356 mil toneladas. A participação na produção nacional passou de 20,1%, em 2005, para 22,2%, em 2006, graças ao início das operações da Linha 3 da Alumar, em Agosto de 2006. sucesso econômico 73 Alcoa Alumínio S.A. (R$ mil) Receita líquida Lucro líquido 540.939 Faturamento bruto 400 3.000 300 2.000 2.000 200 1.000 1.000 100 0 2004 2005 2006 2004 2005 2006 0 2004 356.741 2.774.545 2.250.827 4.000 2.276.777 3.255.289 2.723.246 2.744.059 4.000 3.000 500 5.000 388.744 5.000 2005 2006 Este crescimento significativo no faturamento bruto é resultado dos aumentos do preço do alumínio e da alumina no mercado internacional, da produção da Alcoa e da demanda mundial, compensando a valorização do Real. Área de desenvolvimento de projetos no CENESP, em São Paulo Alcoa Alumínio S.A. (em mil toneladas) Produção de alumínio 356,0 500 296,6 300,8 400 2004 2005 300 200 100 0 2006 1104,9 2004 2005 1163,4 1074,3 Produção de alumina 1000 800 600 400 200 0 74 Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 2006 Lingotes de alumínio produzidos em São Luís-MA Participação da Alcoa na produção nacional de alumínio 2004 2005 20,1% 79,9% 2006 20,1% 79,9% Alcoa Alumínio Demais companhias 78,0% Alcoa Alumínio Total nacional (mil toneladas): 1457,0 22,0% Demais companhias Alcoa Alumínio Total nacional (mil toneladas): 1498,5 Demais companhias Total nacional (mil toneladas): 1604,0 Participação da Alcoa na produção nacional de alumina 2004 2005 20,0% 80,0% 2006 21,2% 78,8% Alcoa Alumínio Demais companhias Total nacional (mil toneladas): 5259,0 17,3% 82,7% Alcoa Alumínio Demais companhias Total nacional (mil toneladas): 5201,1 Alcoa Alumínio Demais companhias Total nacional (mil toneladas): 6720,0 sucesso econômico 75 Rodas de Alumínio da Alcoa equipam Expresso Tiradentes, em São Paulo Expresso Tiradentes usa rodas de alumínio A Prefeitura Municipal de São Paulo escolheu a Alcoa como parceira no Projeto Expresso Tiradentes – corredor exclusivo de transporte público de última geração na cidade, cujas operações tiveram início em Março. A companhia cedeu um jogo de oito rodas forjadas de alumínio para um dos novos ônibus híbridos, veículos que usam motor de tração elétrica, associado a um alimentador de baterias a diesel – portanto, menos poluentes que os convencionais. Mais leves e resistentes do que as rodas de aço, as rodas Alcoa contribuem com a diminuição de peso do veículo em 210 kg, o que implica a redução do consumo de combustível. Elas também dispensam o uso de tintas e jato de areia para a limpeza. Com estilo e design inovadores, são 100% recicláveis. “Atuar em projetos como este consolida o crescimento da Alcoa no segmento de transportes. Divulgar, promover e comprovar benefícios dos produtos em alumínio no setor de transportes é a nossa rotina, o nosso desafio. Projetos como este comprovam que estamos na direção certa, unindo investimento e respeito ao meio ambiente”, afirma Eduardo Lacerda, Superintendente Comercial de Rodas para a América do Sul. Até 2008, para quando está prevista sua conclusão, o Expresso Tiradentes contará com dez estações, num total de 31,8 quilômetros, realizando um percurso que começa na região central de São Paulo e vai até o bairro de Cidade Tiradentes, no extremo leste da capital paulista. Pelo novo corredor, trafegam 25 ônibus híbridos e articulados, que atendem 1,5 milhão de habitantes. Atualmente, as rodas de alumínio vendidas na América do Sul são fabricadas nas unidades da Alcoa do México e da Hungria. Hoje, os principais clientes das rodas de alumínio Alcoa são as seguintes empresas: White Martins, Real Expresso, Viação Catarinense, Auto Viação 1001, Usina da Pedra, Transportes Gabardo, Cia. Carris Porto Alegrense, Grupo Gafor, Cerama Transportes, Planalto Transportes, Vix Logística, Viação Águia Branca, Trelsa Transportes Especializados de Líquidos, entre outras. 76 Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 Tributos recolhidos (R$ mil) Indicadores sociais internos (em R$) 233.986.010,40 75.934.269 11.375.709 11.324.123 9.949.884 9.047.339 6.852.971 0 89.546.006 532.192 509.602 300 140 70 498.706 342.844.963,63 400 81.809.108 210 500 2005 2004 Folha de pagamento* Despesas com alimentação 200 13.445.339 280 306.001.998,51 350 Alcoa Alumínio S.A. 100 0 2006 Contribuição para a previdência privada 2005 2004 2006 Encargos sociais pagos *Informações de anos anteriores sofreram alterações, pois encargos sociais deixaram de ser calculados como pertencentes à folha de pagamentos, sendo esta composta por: benefícios, rescisão, férias, décimo terceiro, vencimentos e outras gratificações. 8,9 26.963.641 15.049.457 6,0 9.595.593 12.000 8,2 8,0 10.073.731 19.185.246 14.378.863 10.936.853 14.664.890 18.000 14.391.216 24.000 9,2 Investimento em Projetos Sociais (R$ milhões) Outros investimentos no quadro de pessoal (R$) 4,0 6.000 2,0 0 2005 2004 Investimentos em planos de saúde* 0 2006 Participação nos resultados 2004 (105 projetos) Outros benefícios 2005 2006 (119 projetos) (118 projetos) *Elevação nos custos com planos de saúde, devido à obtenção de um plano mais amplo de internamento, abrangendo todos os funcionários. Além disso, o Centro de Orientação à saúde dos funcionários e dependentes, localizado no centro da cidade de São Luís (MA), chegou ao seu pleno funcionamento, sem nenhum período de interrupção no atendimento. Distribuição do Valor Adicionado (DVA) 2004* 2005* 9% 17% 17% 2006 18% 22% 17% 10% 10% 11% 12% 43% 44% 43% 11% Colaboradores Governo 7% Terceiros Acionistas Retido *Os valores para 2004 e 2005 aqui exibidos diferem dos reportados nos relatórios anteriores, pois nosso recolhimento de INSS, antes incorporado em “Colaboradores”, agora compõe a categoria “Governo” sucesso econômico 77 EXCELÊNCIA AMBIENTAL Colaborador rega mudas de Taperebá para replantio em Juruti-PA no viveiro mantido pela Empresa ELIMINAR E MINIMIZAR IMPACTOS Como qualquer atividade industrial, as operações desenvolvidas pela Alcoa acarretam impactos no meio ambiente. Para minimizar esses impactos ou, quando possível, eliminá-los, a companhia investe em sistemas de monitoramento e gestão ambiental e no desenvolvimento de novas tecnologias. A Estratégia Global de Sustentabilidade 2020, adotada em todos os países onde a Alcoa Inc. atua, estabelece metas claras e ambiciosas nesse sentido. A Alcoa realiza operações industriais e de mineração em terras que abrangem 94.130 km2. Não há atividades em terras indígenas nem em áreas protegidas ou sensíveis, assim como não há espécies na Lista Vermelha da International Union for Conservation of Nature and Natural Resources (IUCN) com habitat em áreas afetadas pelas operações da companhia. Na internet: Saiba mais sobre as metas ambientais da Alcoa em www.alcoa.com/global/en/about_ alcoa/sustainability/2020_Framework. asp (em inglês) Água Em 2006, as unidades da Alcoa consumiram 4,1 milhões de m3 de água, com redução de 7% em relação Área protegida pela Alcoa na Amazônia é habitat de diversas espécies de anfíbios Área de disposição de resíduos de bauxita na Alumar, em São Luís-MA a 2005. No Brasil, não há fontes de água e ecossistemas ou habitats significativamente afetados pelas operações da Empresa. As unidades de Poços de Caldas-MG e Alumar-MA, que fazem o refino da bauxita para a produção de alumina, apresentam o maior consumo de água em processos produtivos na companhia. Elas realizam ações como adequação e redução do uso de água em torres de resfriamento e caldeiras, bem como a conscientização dos colaboradores. A Unidade Poços mantém o Projeto Descarga Zero, que permite o reaproveitamento de todo o efluente líquido e da água de chuva. Quando totalmente operante, o projeto permitirá que a Fábrica interrompa a captação do rio que atualmente a abastece. Equipamentos de controle da Alumar garantem uma eficiência próxima de 100% no tratamento das emissões de fluoretos Emissões, efluentes e resíduos Os processos produtivos de alumina e alumínio geram, principalmente, emissões de dióxido de enxofre (SO2), fluoretos, perfluorcarbonos (PCFs) e excelência ambiental 79 Alcoa patrocina debate sobre biodiversidade nos negócios Ter a biodiversidade como aliada, não como obstáculo para o crescimento. Com essa mensagem, o Funbio (Fundo Brasileiro para a Biodiversidade) iniciou, em Novembro de 2006, o Ciclo Diálogos Sustentáveis, cujo primeiro encontro, realizado em São Paulo, contou com o patrocínio da Alcoa. Além do presidente da Alcoa América Latina, Franklin L. Feder, representaram o setor privado o co-presidente do Conselho de Administração da Natura Cosméticos, Guilherme Leal, e Eduardo Leemann, CEO do AIG Private Bank. Cerca de 80 pessoas participaram do evento, no qual foram discutidos a relação e os benefícios alcançados pelas companhias ao incorporarem em seus negócios a conservação e o uso sustentável da biodiversidade. O presidente da Alcoa América compostos orgânicos voláteis (COVs). A Alcoa não emite gases destruidores da camada de ozônio. Os efluentes sanitários e industriais são lançados ao ambiente após tratamento monitorado. Em Poços de Caldas, esse efluente, com vazão de 150 m³/h, é alcalino e neutralizado com ácido sulfúrico até o pH7. A Alumar neutraliza o efluente alcalino (75m³/h) com a água do mar. No período do relatório, não houve derramamento significativo de efluentes Latina iniciou seu depoimento reconhecendo que a companhia errou muito, no passado, e apontou como exemplo da atual postura responsável o empreendimento Conformidade da mina de bauxita em Juruti-PA. Apesar de todos os esforços empreendidos para evitar danos ao meio ambiente decorrentes de suas atividades, a Alcoa recebeu advertência da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB), do Estado de São Paulo. O caso, contudo, não evoluiu para uma não-conformidade. O desenvolvimento dessa operação alia-se a um projeto socioambiental realizado em parceria com o Funbio e o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (GVCES). “O projeto de Juruti não só protege a biodiversidade local, como cria oportunidades de desenvolvimento sustentável para a comunidade”, explicou Feder. “A Alcoa está empenhada em participar da evolução do tema da sustentabilidade no País”. O I Ciclo Diálogos Sustentáveis contou, ainda, com a participação da presidente do Grupo Full Jazz de Comunicação, Christina Carvalho Pinto, do secretário-geral do Fórum Paulista de Mudanças Climáticas, Fábio Feldmann, e do cientista político Sérgio Abranches. A série de debates seguirá com encontros semestrais, que abordarão temas como inovação tecnológica, mudanças climáticas e engajamento de stakeholders. Segundo a entidade, no dia 12 de Fevereiro de 2007, a Alcoa teria desenvolvido atividades industriais com utilização de produtos químicos, no município de São Caetano do Sul-SP, que acabaram por afetar a qualidade das águas subterrâneas e do solo. A advertência concedia o prazo de 60 dias para que a Alcoa cumprisse duas exigências: realizar e apresentar à CETESB investigação e avaliação de risco da contaminação; e promover, após a avaliação, a descontaminação da área. Paulo Izídio da Silva (Extrudados) e Ana Cláudia Marques (SSMA) plantam árvore em Itapissuma-PE durante a Semana do Meio Ambiente 80 Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 A companhia contratou uma empresa especializada para cumprir as exigências impostas pela CETESB. Realizou-se a descontaminação por meio da implantação e da operação eficiente de um sistema de remediação. Com o cumprimento das exigências, não se caracterizou a não-conformidade. Gato-mourisco é uma das espécies presentes no Parque Ambiental Alumar 4.281.337 6.000.000 Energia elétrica (MWh) Bauxita (ton) Óleo BPF (ton) Coque petróleo (ton) NaOH (ton) Piche (ton) 9.537 7.943 51.529 47.208 160.824 152.410 184.209 189.295 1 196.621 2.000.000 207.366 2 AlF3 (ton) 0 2004 85.180 100 2004 2005 94.130 Área total (em km2) 17.566 16.351 2.177.386 2.074.381 2006 2006 Emissões 1.861.343 2005 83.940 2005 4,1 3 4.000.000 0 4,6 4 4.100.000 8.000.000 5 8.671.806 7.437.052 10.000.000 4,4 Consumo de água (em milhões m3) Uso de materiais e energia elétrica 8.998 80 60 2.548 CO2 eq (ton) 2004 2005 (após a expansão) Nox (ton) SO 2 (ton) COVs (ton)* 0,33 0,37 0,39 199 191 20 194 2.569 2.235 40 Mercúrio (ton) 0 2006 2006 * Nos anos anteriores, as emissões de PFCs, que contribuem para o aquecimento global, foram reportadas separadamente das emissões de outros Gases do Efeito Estufa. A partir deste ano, realiza-se a contabilidade de maneira conjunta. excelência ambiental 81 Biodisel reduz emissão de fornos na Alumar A Alumar tornou-se uma das primeiras empresas do setor de alumínio a utilizar biodiesel como combustível para os fornos de cozimento de anodos, graças a um esforço conjunto das áreas de Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA), Eletrodos e A&L (Aquisição e Logística). A iniciativa reduziu as emissões de gases causadores de efeito estufa. Juntos, os três fornos consomem 62 mil litros de combustível para produzir 680 anodos (de cerca de 800 kg cada) por dia. A utilização do biodiesel do tipo B2 (óleo diesel que contém 2% de biodiesel produzido a partir da mamona) reduz o consumo de combustíveis não renováveis, além de diminuir as emissões de substâncias como SO2 (dióxido de enxofre), hidrocarbonetos e material particulado. Em breve, a Alumar poderá se posicionar como uma das primeiras empresas a obter créditos de carbono, que podem ser comercializados ou usados para garantir a continuidade operacional de outras fábricas da Alcoa e da BHP Billiton, parceira da Alcoa na Alumar. Empilhadeira movida a biodiesel, na Alumar – Empresa investe em matrizes menos poluentes 50 8.547 14.264.055 10 51.529 8.824 7.582 17.622 20 19.946 36.000 15.707 30 19.554.068 40 54.000 18.000 52.373.446 69.092 67.552 59.571 77.398 90.000 72.000 Investimentos ambientais (em R$) 95.580 98.467 Resíduos gerados, por destinação (ton) 0 Gerado 2004 2005 Destinado a aterro 2006 Revestimento gasto de cuba – RGC* Vendido ou reciclado 0 2004 2005 2006 *Resíduo posteriormente passível de utilização no co-processamento em fornos de cimento. Área em São Luís alia preservação e educação As obras devem ser concluídas até o fim de 2007 e incluem a construção Entregue à comunidade em Dezembro de 2006, a Área de Proteção Ambiental do de um Centro de Educação Itapiracó, em São Luís, passa por uma remodelação completa para se tornar, além Ambiental, já pronto, e da sede do de área de lazer, um centro de educação ambiental. O parque urbano resulta de Batalhão Ambiental do Maranhão. uma parceria entre a Alumar, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA), Os visitantes poderão participar responsável por sua administração, e diversas entidades da sociedade civil organizada. de atividades de conscientização O investimento na APA de Itapiracó alcança cerca de R$ 2 milhões. Com 322 hectares, a reserva abriga espécies da fauna e flora locais, além de duas nascentes do riacho Itapiracó, que têm função importante na preservação da área de recarga de águas subterrâneas da cidade. ambiental, além de percorrer trilhas ecológicas com placas informativas sobre as árvores, contendo nome científico, espécie, nome popular e família botânica. Trilha Ecológica na Área de Proteção Ambiental de Itapiracó, em São Luís-MA Além de cumprir as determinações legais previstas na Lei 9.985, de 2000, a Alumar contribuiu decisivamente nas discussões sobre a destinação dos recursos para obras e projetos de conservação da biodiversidade local. Parque Urbano recebeu investimento de R$ 2 milhões excelência ambiental 83 RESPONSABILIDADE SOCIAL COMPROMISSO COM O BEM-ESTAR SOCIAL Estabelecer e manter o bom relacionamento com os públicos interessados em seus negócios é parte fundamental da estratégia da Alcoa. Por meio do compromisso de seus integrantes, nas comunidades onde atua, a Alcoa exerce o papel de agregar valor e conhecimento diferenciados no desempenho de sua cidadania. Seguindo a filosofia estabelecida pelos valores da Companhia, a Alcoa aprimora continuamente seus esforços para crescer de forma sustentável, desenvolvendo a capacidade de seus colaboradores. Ao atrair, reter e desenvolver os profissionais, cultiva-se um ambiente de trabalho saudável, que considera fundamental para o sucesso de todos os seus projetos de expansão. Externamente, a Alcoa abre diferentes canais de comunicação, promovendo diálogo transparente com as comunidades onde atua, com o objetivo de contribuir para a melhoria da vida dessas pessoas e criar condições para concretização do desenvolvimento sustentável. 20 18 6.545 6.636 6.579 Mulheres em cargos de gerência – % 15 5.661 5.610 7.000 5.832 Quadro de funcionários 16 4.200 12 2.800 8 1.400 4 884 804 584 9 5.600 0 0 Funcionários de sexo masculino 2004 84 Funcionários de sexo feminino 2005 Empregos diretos (funcionários+ estagiários) 2004 2005 2006 2006 Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 Curso de capacitação de educadores oferecido pela Alcoa em Juruti-PA Tecnologia a serviço da solidariedade Da Alumar para o mundo. Uma idéia do Departamento de Relações Comunitárias e Comunicação da Empresa contribui, hoje, para o gerenciamento de todos os projetos sociais desenvolvidos pela Alcoa e por seus funcionários no Brasil. O Sistema de Controle de Ações e Projetos, criado pelo analista de sistemas João da Silva Sousa, surgiu na Alumar, em 2005. “Precisávamos de um banco de dados único, no qual pudéssemos identificar o que cada funcionário, de cada área da Fábrica, estava realizando”, conta Sousa. O sucesso local da ferramenta chamou a atenção dos dirigentes da companhia, que encomendaram, no ano passado, sua adaptação para o âmbito corporativo. Com a expansão, o sistema passou por melhorias, para que atendesse à particularidades de cada Unidade da Alcoa. Agora, é possível gerar relatórios com levantamentos sobre todos os funcionários que participam de atividades comunitárias, além de dados sobre parceiros, entidades beneficiadas, recursos financeiros e materiais empregados. As informações estão disponíveis on-line, na intranet corporativa, para que todos os alcoanos possam vê-las. A adoção do sistema pela Alcoa de todo o mundo encontra-se em estudo e pode se tornar realidade em breve. Enquanto isso, João da Silva Sousa dedica suas férias para a criação, em caráter voluntário, do website da instituição de qualificação de menores carentes Sementes do Amanhã. responsabilidade social 85 Colaboradores participam de evento de voluntariado em Tubarão-SC Alcoa Foundation promove Mês Mundial de Serviços Comunitários Aliança pelas boas práticas empresariais Resultado da parceria entre a Alcoa e o Instituto Ethos, o Programa Internethos – Rede de Responsabilidade Social Empresarial pela Sustentabilidade prevê a realização de 24 encontros anuais, em diversas cidades brasileiras, para a promoção Alcoa é referência em voluntariado do diálogo entre os governos O voluntariado faz parte do compromisso do funcionário da Alcoa. Uma tradição em e as organizações sociais. todas as unidades da companhia no mundo, a quantidade de ações comunitárias dos Criado no final de 2005, o programa, alcoanos brasileiros vem crescendo a cada ano. que conta, também, com o apoio da Fundação Avina, terá duração Em 2006, 68,4% dos funcionários da Alcoa no Brasil (cerca de 4 mil) participaram do Programa BRAVO!, que destina doação de US$ 250 para a instituição escolhida de três anos e abrange a rede de relacionamento da Alcoa – pelo funcionário que completa, durante o ano, 50 horas de trabalho voluntário fornecedores, clientes, prestadores de fora do expediente. serviço e membros da comunidade –, Os voluntários da companhia somaram um total de 203 mil horas de dedicação bem como associados e parceiros às entidades. Em relação ao ano de 2005, houve um aumento de mais de 8% do Instituto Ethos em todas na participação e no interesse dos colaboradores. A Alcoa Foundation doou mais as regiões do País. de R$ 2 milhões, beneficiando 591 instituições. Nos encontros, realizam-se Outro programa de voluntariado da Alcoa é o Action (sigla em inglês para “Alcoanos palestras de sensibilização, oficinas unindo-se em nossas vizinhanças”), no qual dez funcionários e seus familiares formam de indicadores Ethos, encontros uma equipe e dedicam quatro horas de seu tempo livre, aos sábados e domingos, temáticos e diálogos com públicos ao engajamento social. Além dos trabalhos voluntários, cada entidade atendida pelo diversos. “As parcerias para Action recebe um cheque de U$ 3 mil. O total de doações no ano, dentro desse o desenvolvimento sustentável programa, alcançou mais de R$ 240 mil. são importantes e bem-vindas. Programas como esse ajudarão a reduzir as desigualdades Número de admissões Investimento em saúde e segurança (em R$) e a preservar os recursos naturais do planeta”, afirma Paulo 900 9.000.000 600 6.000.000 300 3.000.000 0 86 2004 2005 9.153.551 722 741 12.000.000 do Instituto Ethos. 11.766.459 1103 1200 15.000.000 11.975.985 Itacarambi, Diretor Executivo 1500 2006 Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 0 2004 2005 2006 Internethos promove o diálogo entre governos e organizações sociais Número de fatalidades 4 56 17,01 12 3 42 2 28 1 8 4 0 0 0 0 0 0,70 14 0,45 0,43 1 0 Acidentes com afastamento Taxa de gravidade* (alcoanos) 0 Contratados 2004 2004 50 1 16 70 70 60 5 36,8 41,3 70 as 20 69* Horas de treinamento 69* Taxas de acidente com afastamento e de gravidade 2005 Alcoanos 2005 2006 2006 *segundo o NR-4, é o número de dias perdidos devido aos acidentados vítimas de incapacidade temporária ou permanente, mais os dias debitados relativos aos casos de morte ou incapacidade permanente por milhão de homens/hora trabalhadas Diretoria e gerência 2004 Outros cargos 2005 2006 *estamos implementando um novo sistema de controle de treinamentos. Assim, nesta edição, apresentaremos as horas de treinamento médias sem a divisão por categorias, nos comprometendo a retomá-la na próxima publicação. Toque feminino na sala de cubas Vanessa Rodrigues Vidal, 24, tornou-se um símbolo da diversidade na Alcoa América Latina. Colaboradora da Alumar-MA, trata-se da primeira mulher a exercer a função de operadora de sala de cubas na companhia. O setor realiza a redução da alumina em alumínio, a altas temperaturas. Um ambiente inadequado para mulheres? Vanessa discorda: “Vou mostrar que a capacidade do profissional não depende do sexo”. Ela está na função desde Janeiro de 2007. Vanessa, porém, não é a primeira mulher a atuar em áreas tradicionalmente masculinas. Desde 2004, a área de Embalagens de Produtos Acabados, em Tubarão-SC, conta com oito mulheres, em funções como operadora de equipamento móvel ou de ponte rolante. Vanessa é a 1ª mulher operadora na sala de cubas da Alumar A Alcoa incentiva a promoção da diversidade e da inclusão social, sem tolerar nenhum tipo de discriminação ou assédio. No caso específico das mulheres, promove o Alcoa Women’s Network (rede de trabalho das mulheres da Alcoa, em tradução livre), que tem como objetivo atrair talentos e aumentar a participação das mulheres em posições de liderança. O programa, voluntário, foi criado nos EUA, em 2001, por um grupo de executivas. No Brasil, implantou-se a AWN em 2004 e, no ano seguinte, mulheres integrantes do comitê diretivo da Alcoa realizaram palestra, em São Paulo, para aproximadamente 100 alcoanas, explicando a missão e os planos da AWN, além de apresentar casos de sucesso. De acordo com as estatísticas da AWN, a Alcoa conta com 11% de cargos de liderança no mundo ocupados por mulheres, percentual não muito diferente ao da Alcoa Alumínio do Brasil. Uma das metas do Programa consiste em ampliar a participação feminina. Para Tânia Nossa, líder da iniciativa da AWN no Brasil, faz parte da visão da companhia incentivar a presença feminina nas operações: “Se a Alcoa quer ser a melhor Empresa do mundo, precisa considerar todos os talentos e abrir oportunidades para 100% da população, homens ou mulheres”. responsabilidade social 87 PRÊMIOS, RECONHECIMENTOS E CERTIFICAÇÕES QUALIDADE EM TODAS AS ÁREAS Unidade Tema Ética ALCOA BRASIL Prêmio ou reconhecimento Reconhecimento dos bons resultados relacionados à ética, responsabilidade (2º lugar – indústrias de metalurgia e siderurgia) social e aspectos financeiros. Governança Corporativa As 150 Melhores Empresas para Você Trabalhar Governança Corporativa Governança Corporativa Entidade concedente Data Revista Carta Capital 2006 Análise de fatores como felicidade e qualidade do ambiente de trabalho, remuneração, benefícios, carreira, educação, saúde, responsabilidade social e ambiental, liderança, satisfação e identidade. Revista Exame 2006 Best Companies to Work Great Place to Work: premiação da qualidade do local de trabalho. A Alcoa foi eleita umas das melhores empresas para trabalhar na América Latina, nos aspectos seriedade, credibilidade, respeito, orgulho, imparcialidade e camaradagem. Instituto Great Place to Work® Maio de 2006 Exame – Cidadania Corporativa A Alcoa ganhou o prêmio do Guia Exame da Boa Cidadania Corporativa na categoria “Valores e transparência”, com o case “Um sistema para ouvir os públicos de interesse”. Revista Exame 2006 Sinalização para trânsito de pedestres na Unidade de Itapissuma-PE: em busca do índice zero de incidentes 88 Descrição As Mais Admiradas e Éticas Companhias do Brasil Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 Unidade Tema Prêmio ou reconhecimento Data Homenagem pela parceria entre a Alumar e o CETECMA Reconhecimento à parceria entre a Alumar e o CETECMA. CETECMA Março de 2006 Qualidade HSECAwards2006 Prêmio pelo projeto de reciclagem de finos de carvão (cinzas). BHP Billiton Setembro de 2006 Meio Ambiente Benchmarking Ambiental Brasileiro A Alumar recebeu uma menção honrosa pela atitude responsável e competitiva da Empresa, em especial pelo Parque Ambiental. Mais Projetos Corporativos Setembro de 2006 Social Troféu UFMA Reconhecimento aos marcantes incentivos da Alumar ao desenvolvimento do ensino, da pesquisa e da extensão na UFMA (Universidade Federal do Maranhão). UFMA Outubro de 2006 Governança Corporativa Prêmio Sesi Qualidade no Trabalho Recebeu o prêmio na categoria grande empresa, por estimular as empresas à adoção de políticas que assegurem a convivência harmoniosa e produtiva Sesi (Serviço Social da Indústria) Outubro de 2006 Outros Troféu Prêmio Fapema 2006 Reconhecimento da Fapema (Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão) ao apoio recebido pela Alumar para o desenvolvimento das suas atividades. Fapema Novembro de 2006 Outros Reconhecimento pela parceria entre Alumar e Uniceuma (Centro Universitário do Maranhão) Agradecimento dos alunos, professores e coordenadores pela parceria. Uniceuma Novembro de 2006 Social Título de sócio benemérito da Sociedade Beneficente Áurea Faria A Empresa recebeu o título pelos relevantes serviços prestados à entidade. Sociedade Beneficente Áurea Faria Novembro de 2006 Segurança 1 milhão de horas trabalhadas sem afastamento. Reconhecimento de 1 milhão de horas trabalhadas sem afastamento. APS Associados Ltda. 2006 entre empregadores e empregados. Entidade concedente Data Qualidade Tema Prêmio Nacional de Qualidade Prêmio ou reconhecimento Reconhecimento de excelência no processo de gestão e de comprometimento com aspectos que visam ao crescimento da Empresa e do país. Centro Nacional de Productividad y Calidad do Chile. Entregue por Michelle Bachelet, presidente do país Maio de 2006 Governança Corporativa Melhores Empresas para Trabalhar no País Prêmio que reconhece a qualidade do local de trabalho. Great Place to Work 2006 CHILE Unidade Entidade concedente Social ALUMAR, SÃO LUÍS-MA Unidade Descrição Tema Prêmio ou reconhecimento Descrição Descrição Entidade concedente Data Qualidade Prêmio de Excelência Reconhecimento ao destacado desempenho em qualidade, entrega e comercialização dos produtos fornecidos em 2005. Visteon Sistemas Automotivos Ltda. Agosto de 2006 Governança Corporativa Certificado de Apoio Empresarial Certificado recebido pelo apoio ao Fundo para a Criança e o Adolescente Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente de Itajubá Novembro de 2006 ITAJUBÁ-MG prêmios, reconhecimentos e certificações 89 Unidade Tema ITAPISSUMA-PE Unidade Prefeitura Municipal de Itapissuma 2006 Social Reconhecimento das empresas que contribuíram para o desenvolvimento de Pernambuco. A Empresa foi selecionada como uma das que mais contribuíram para o desenvolvimento do Estado. Diário de Pernambuco 2006 Unidade Unidade 90 Data Março de 2006 Prêmio Fornecedor Destaque Reconhecimento ao fornecimento de metal líquido à Unidade de Três Corações-MG. Mangels 2006 Outubro de 2006 Qualidade Prêmio Fornecedor do Ano 2006 Reconhecimento ao fornecimento de lingote de alumínio primário KS Pistões Outubro de 2006 Desempenho Empresarial VIII Prêmio Minas Desempenho Empresarial Categorias Empresas Excelência de Minas Revista Mercado Comum Outubro de 2006 Governança Corporativa Prêmio Gestão Responsável Reconhecimento de boas práticas de gestão Unifenas (Universidade de Alfenas) Outubro de 2006 Desempenho Empresarial Prêmio 10ª Maior Empresa de Minas Gerais e 1ª Maior no Setor Indústria de Minas Gerais Maiores organizações de Minas Gerais, levando-se em consideração a renda bruta Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, em parceria com o jornal O Estado de Minas Dezembro de 2006 Social Marca Prêmio ou reconhecimento Prêmio Destaque em Responsabilidade Social Prêmio ou reconhecimento Prêmio Top Marcas 06 Prêmio ou reconhecimento Descrição Reconhecimento e valorização das iniciativas de Empresas e entidades que contribuem para uma sociedade mais justa e humana Descrição Reconhecimento da marca Alcoa como uma das mais lembradas pelos arquitetos na categoria esquadrias. Descrição Entidade concedente APRH, em parceria com o Rotary Club Sorocaba Entidade concedente Revista Projeto Design Entidade concedente Data 2006 Data Fevereiro de 2006 Data Inovação de produto Tecnobebida Awards 2006 Tecnologia de produto mais inovadora, elegendo os avanços mais significativos na produção de bebidas. Equipe Tecnobebida Awards Setembro de 2006 Qualidade Empresa que mais prestigia o segmento de águas minerais A Unidade Alphaville foi eleita por seus trabalhos para o segmento. Equipe Abinam (Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais) 2006 Tema COLÔMBIA Entidade concedente USAB (União das Associações Amigos de Bairros) Tema ALPHAVILLE-SP Descrição Reconhecimento aos relevantes serviços prestados pela Empresa à comunidade. Tema UTINGA-SP Prêmio ou reconhecimento Empresa Comunitária 2005 Tema Unidade Data Reconhecimento do papel da Alcoa e dos funcionários participantes do programa BRAVO! na cidade. Qualidade SOROCABA-SP Entidade concedente Medalha de Mérito Dalila Vera Cruz Tema Unidade Descrição Social Social POÇOS DE CALDAS-MG Prêmio ou reconhecimento Saúde, Segurança e Meio Ambiente Prêmio ou reconhecimento Pread (Programa de Excelencia Ambiental Distrital) Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 Descrição Reconhecimento em Excelência Ambiental, gerando desenvolvimento sustentável. Entidade concedente Dama (Departamento Tecnico Administrativo del Medio Ambiente) Data 2006 Prêmio Alcoa de Inovação destaca criatividade para reciclar A 5ª edição do Prêmio Alcoa de Inovação em Alumínio ganhou destaque, em 2006, pela criatividade dos projetos concorrentes. A maior novidade foi a categoria Planejamento de Gestão, dedicada à sustentabilidade, sob o tema “Reciclagem do alumínio”. Houve três vencedores, na nova categoria: o Centro Universitário de Itajubá-MG, que concorreu com o projeto “Aquecedor Solar Alternativo por Reflexão”; a Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo-SP, que apresentou um projeto pioneiro que engloba coleta seletiva, classificação, fundição e produto final; e a Universidade Federal do Amazonas-AM, reconhecida pela “Ação Cidadã Pela Qualidade das Águas na Amazônia”. Na categoria Projeto, venceu o “Assento Móvel”, das Faculdades Nordeste-CE. “Devemos conservar o ambiente e promover o bem-estar dos usuários, além da conscientização da importância da reciclagem. Essas são as vantagens do assento móvel, projetado para uso em locais públicos”, explica Gryciane Silva de Lima, estudante do curso de Desenho Industrial das Faculdades Nordeste, uma das criadoras do projeto. Em 2006, a premiação ganhou o apoio do Instituto de Arquitetos do Brasil, do Instituto de Engenharia, da Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais, da Associação Brasileira de Ensino de Design, da Associação Brasileira de Designers de Produtos e do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social. O número de inscrições, em 2006, chegou a 773, 20% superior ao alcançado em 2005. Bombeiro participa de treinamento de segurança em Itapissuma-PE: qualidade certificada Certificações ISO 14001 Órgão Certificador OHSAS 18001 Órgão Certificador AFL Itajubá Alumar Poços Tubarão Itapissuma Utinga Argentina Alphaville Colômbia Peru Chile • • • • • • • • • • • BSI BSI BSI BSI BSI SGS BSI BSI BVQI BSI BSI • • • • • • • • BSI BSI BSI BSI BSI BSI BSI BSI SA8000 • • Órgão Certificador BSI BSI ISO9001:2000 • • • • • • • • • • • Órgão Certificador BSI BSI BSI BSI BSI BSI BSI BSI BVQI BSI BSI ISO/TS16949:2002 • • Órgão Certificador BVQI BSI prêmios, reconhecimentos e certificações 91 METODOLOGIA E ÍNDICE REMISSIVO GRI Cena cotidiana de Juruti: responsabilidade social é prioridade na Alcoa MODELO INTERNACIONAL O Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 – o 5º produzido pela Alcoa América Latina – apresenta um panorama da atuação da empresa, no Brasil e na América do Sul, de Agosto de 2006 a Julho de 2007. Auditorias internas e a eficiência dos sistemas de gestão garantem a confiabilidade das informações veiculadas nos textos, nas tabelas e nos gráficos. Os dados financeiros passam, também, por auditoria externa. Não há auditoria específica para verificar o conteúdo do relatório. Desde a publicação do Relatório de Sustentabilidade 2003, a companhia optou por inspirar-se nos indicadores e princípios preconizados pela Global Reporting Initiative (GRI). A primeira parte da publicação, em formato de reportagens jornalísticas, aborda os projetos e a visão de sustentabilidade da Companhia. A segunda parte traz os indicadores essenciais. O índice remissivo abaixo indica as páginas do Relatório em que se podem encontrar dados e informações correspondentes aos indicadores GRI. As informações que a Alcoa não pôde disponibilizar estão indicadas pela sigla “nd”, e as questões que não se enquadram nas atividades da Companhia aparecem com a sigla “na”. As descrições das diretrizes e indicadores GRI 2002 estão disponíveis gratuitamente no site www.globalreporting.org. Índice remissivo – Indicadores Gerais (GRI2002) 1. Visão e Estratégia 1.1 Declaração da visão e estratégia da organização a respeito da sua contribuição para o desenvolvimento sustentável. 6-11,15 1.2 Declaração do Diretor-Presidente (ou figura sênior equivalente) descrevendo os elementos centrais do relatório. 16-19 2. Perfil 2.1 Nome da organização relatora 92 2.2 Principais Produtos e/ou serviços, incluindo marcas, quando for o caso http://www.alcoa.com/brazil/pt/ alcoa_brazil/overview.asp 2.3 Estrutura operacional da organização nd 2.4 Descrição dos maiores departamentos, operadoras, subsidiárias e projetos conjuntos (joint ventures) http://www.alcoa.com/brazil/pt/ alcoa_brazil/businesses.asp 2.5 Países nos quais a organização atua 13 Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 2.6 Tipo e natureza legal da propriedade 12-13 2.7 Natureza dos mercados atendidos http://www.alcoa.com/brazil/pt/ alcoa_brazil/overview.asp 2.8 Escala da organização relatora 12,73,77 2.9 Lista das partes interessadas, seus atributos principais e sua relação com a organização relatora. 71 2.10 Pessoa(s) a serem contatadas para tratar de questões relativas ao relatório, incluindo endereço eletrônico e páginas na rede (website). 100 2.11 Período coberto pelas informações constantes do relatório (ex. ano fiscal/calendário anual). 92 2.12 Data dos relatórios anteriores mais recentes (caso haja algum). 69, 92 2.13 Limites do relatório (países/regiões, produtos/serviços, divisões/fábricas ou unidades de produção/joint venture/ subsidiárias) quaisquer limitações específicas à abrangência. 69, 92 2.14 Mudanças significativas em tamanho, estrutura, perfil proprietário ou produtos/serviços que ocorreram desde o relatório anterior. 69, 92 2.15 Base para o relato sobre joint ventures, subsidiárias parciais, instalações arrendadas, operações terceirizadas e outras situações que possam afetar significativamente a comparabilidade entre os períodos relatados e/ou as organizações relatoras. 69 2.16 Explicação da natureza e do efeito de quaisquer reformulações de informações providas em relatórios anteriores e as razões para tais revisões (ex. fusões/aquisições, mudança de base anos/períodos, natureza do negócio, métodos de medição). 92 2.17 Decisões por não aplicar os princípios ou protocolos GRI na preparação do relatório. nd 2.18 Critérios/definições usados em qualquer relato sobre os custos e benefícios econômicos, ambientais e sociais. nd 2.19 Mudanças significativas em relação a anos anteriores nos métodos de medição aplicados à informação relativa ao desempenho econômico, ambiental e social. nd 2.20 Políticas e práticas internas para melhorar e validar a precisão, a completude e a confiabilidade com as quais se elabora um relatório sobre sustentabilidade. 92 2.21 Política e Práticas que visam o fornecimento de garantias independentes para o relatório total. 92 2.22 Meios pelos quais os usuários do relatório podem obter informações e relatórios adicionais sobre os aspectos econômicos, ambientais e sociais das atividades da organização, incluindo informação específica relativa à infra-estrutura (caso disponível). 92, 100 3. Estrutura e Governança 3.1 A estrutura de governança de uma organização inclui os grandes comitês subordinados ao conselho diretor responsáveis pela elaboração de estratégias e pela supervisão da organização. http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_ page/codigo_conduta_etica.asp 3.2 Percentual dos membros do conselho diretor que tem independência de ação na qualidade de diretores não executivos. nd 3.3 Processos que determinam o grau de especialização técnica necessária para que membros do conselho possam ditar a direção estratégica da organização, incluindo-se aí as questões relativas aos riscos e oportunidades ambientais e sociais. nd 3.4 Processos ao nível do conselho para a supervisão institucional da identificação e do gerenciamento dos riscos e oportunidades econômicas, ambientais e sociais. http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_ page/codigo_conduta_etica.asp 3.5 A relação entre remuneração executiva e conquistas das metas financeiras e objetivos não-financeiros da organização (ex. desempenho ambiental, práticas trabalhistas). nd 3.6 A estrutura organizacional e indivíduos centrais, responsáveis pela supervisão, implementação e auditoria das respectivas políticas econômicas, ambientais e sociais. nd 3.7 Declarações de missões e valores, códigos ou princípios de conduta desenvolvidos internamente e políticas relevantes ao desempenho econômico, ambiental e social, bem como o status de sua implementação. http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_ page/codigo_conduta_etica.asp 3.8 Mecanismos pelos quais as partes interessadas possam fazer sugestões ou propor direções para a diretoria. na 3.9 Base para identificação e seleção das partes interessadas. 56-61 3.10 Abordagens para a consulta às partes interessadas apresentadas em termos de freqüência de consulta por tipo e grupo de acionistas. 23-29, 40-45, 56-61 3.11 Tipo de informação gerada pelas consultas às partes interessadas. 23-29, 40-45, 56-61 3.12 Uso de informações resultantes dos engajamentos dos agentes. 23-29, 40-45, 56-61 3.13 Explicação quanto à possibilidade e mecanismo de como a abordagem ou o princípio de precaução é equacionado pela organização. nd 3.14 Desenvolvimento de tabelas, conjuntos de princípios ou outros tipos de iniciativa voluntária externa, que a organização reconhece ou endossa como válidos para o mapeamento de indicadores econômicos, ambientais e sociais. nd 3.15 Principais filiações a associações industriais e empresariais, e/ou organizações nacionais/internacionais de direito. nd 3.16 As políticas e/ou sistemas para o gerenciamento dos impactos construtivos ou destrutivos. http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_ page/codigo_conduta_etica.asp 3.17 A abordagem da organização relatora no que diz respeito à administração dos impactos econômicos, ambientais e sociais indiretamente provocados por suas atividades. http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_ page/codigo_conduta_etica.asp 3.18 Principais decisões tomadas durante o período coberto pelo relatório referentes à localização ou mudanças operacionais. nd 3.19 Programas e procedimentos referentes ao desempenho econômico, ambiental e social. nd 3.20 Status de certificado referente aos sistemas de gerenciamento econômicos, ambientais e sociais. 88-91 4. Teor do Índice do GRI 4.1 Uma tabela identificadora para cada elemento do conteúdo do relatório do GRI, por Seção e por indicador. 92 metodologia 93 Indicadores de desempenho econômico (GRI2002) IMPACTOS ECONÔMICOS DIRETOS CONSUMIDORES EC1. Vendas líquidas. 74 EC2. Análise regional de mercado. 75 FORNECEDORES EC3. Custo dos bens, materiais e serviços. nd EC4. Contratos pagos segundo os termos estabelecidos. nd EC11. Classificação de fornecedores por organização e país. (adicional) nd EMPREGADOS EC5. Folha de pagamento e benefícios. 77 INVESTIDORES EC6. Distribuições para investidores. 77 EC7. Aumento/decréscimos em ganhos retidos ao fim do período. nd SETOR PÚBLICO EC8. Impostos pagos. 77 EC9. Subsídios recebidos. As unidades de São Luís e Itapissuma obtêm redução de imposto de renda, concedida pelo Governo para empresas instaladas no Nordeste. EC10. Doações à comunidade. 86 EC12. Total gasto em infra-estruturas para negócios não-centrais. (adicional) nd IMPACTOS ECONÔMICOS INDIRETOS EC13. Impactos econômicos indiretos. Obras de expansão do porto em São Luís-MA 94 Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 76 Indicadores de desempenho ambiental (GRI2002) MATERIAIS EN1. Total de materiais por tipo. 81 EN2. Porcentagem de materiais provenientes de reciclagem externa. nd ENERGIA EN3. Consumo direto de energia. 81 EN4. Consumo indireto de energia. nd EN17. Iniciativas para uso de energia renovável e aumento de eficiência energética. (adicional) 82 EN18. Consumo anual de energia dos principais produtos. (adicional) nd EN19. Outros usos indiretos de energias. (adicional) 81 ÁGUA EN5. Consumo total de água. 79, 81 EN20. Fontes de água afetadas pelo consumo. (adicional) 79 EN21. Remoção anual de solo e água de superfície. (adicional) 79 EN22. Reciclagem e reutilização total de água reciclada. (adicional) 79 BIODIVERSIDADE EN6. Localização e tamanho das terras em áreas ricas em biodiversidade. 81 EN7. Principais impactos sobre a biodiversidade. 79 EN23. Total de terras para atividades de produção ou uso extrativo. (adicional) 79 EN24. Quantidade de superfície impermeável. (adicional) nd EN25. Impactos sobre áreas protegidas ou sensíveis. (adicional) 79 EN26. Mudanças nos habitats naturais decorrentes de atividades e operações. (adicional) 79 EN27. Objetivos, programas e metas para proteger e restaurar áreas degradadas. (adicional) 29, 33, 40, 49, 79 EN28. Número de espécies na Lista Vermelha da IUCN com habitat em áreas afetadas pelas operações. (adicional) 79 EN29. Unidades de negócios operando em áreas sensíveis ou protegidas. (adicional) 79 Emissões, efluentes e resíduos 81 EN8. Emissões de gases causadores do efeito estufa. 81 EN9. Emissões de substâncias destruidoras de ozônio. 81 EN 10. NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas. 83 EN11. Quantidade total de resíduos, por tipo e destino. 79 EN12. Descargas significativas na água. nd EN13. Derramamentos significativos. nd EN30. Outras emissões indiretas de gases causadores do efeito estufa. (adicional) nd EN31.Produção, transporte, importação e exportação de resíduos considerados prejudiciais nos termos da Convenção da Basiléia. (adicional) nd EN32. Fontes de água significativamente afetados pela descarga e escoamento. (adicional) nd FORNECEDORES EN33. Desempenho ambiental de fornecedores. (adicional) nd PRODUTOS E SERVIÇOS EN14. Impactos ambientais de produtos e serviços. http://www.alcoa.com/brazil/pt/ environment/climate_change_uscap.asp EN15. Porcentagem recuperável e recuperada de produtos no fim do cliclo de vida. http://www.alcoa.com/brazil/pt/info_ page/about_recycling.asp CONCORDÂNCIA EN16. incidentes ou multas ambientais. 80 TRANSPORTE EN34. Impactos ambientais significativos de transporte. (adicional) nd GERAL EN35. Total de gastos ambientais. (adicional) 73 metodologia 95 Colaboradores participam de ginástica laboral em Itapissuma-PE Indicadores de desempenho social: práticas trabalhistas e trabalho decente (GRI2002) EMPREGO LA1. Mão-de-obra, por tipo de emprego, contrato de trabalho e região. 84 LA2. Criação de empregos e rotatividade. nd LA12. Benefícios oferecidos a empregados, além dos previstos em lei. (adicional) 77 TRABALHO/RELAÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO LA3. Porcentagem de empregados representados por sindicatos ou abrangidos por acordos coletivos. nd LA4. Política para consulta aos empregados referente a mudanças operacionais. nd LA13. Representação formal de trabalhadores em tomadas de decisão. (adicional) nd SAÚDE E SEGURANÇA LA5. Práticas sobre registro e notificação de doenças e acidentes. nd LA6. Comitês formais de saúde e segurança. nd LA7. Lesões típicas, dias perdidos, índice de absenteísmo e óbitos relacionados ao trabalho. 87 LA8. Políticas ou programas a respeito de HIV/Aids. http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_ page/environment_health_safety.asp LA14. Conformidade com as Diretrizes sobre Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho. (adicional) http://www.alcoa.com/brazil/pt/info_ page/environment_health_safety.asp LA15. Acordos formais com sindicatos envolvendo saúde e segurança. (adicional) nd TREINAMENTO E EDUCAÇÃO LA9. Média de horas de treinamento. 87 LA16. Programas para a continuidade da empregabilidade dos funcionários e para gerenciar o fim da carreira. (adicional) 87 LA17. Políticas e programas específicos para gestão das habilidades. (adicional) 48, 62, 67, 78, 83, 84, 91 DIVERSIDADE E OPORTUNIDADES 96 LA10. Políticas e programas de iguais oportunidades. 84, 87, 91 LA11. Composição do grupo responsável pela governança corporativa conforme indicadores de diversidade. http://www.alcoa.com/global/en/about_ alcoa/corp_gov/directors_overview.asp Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 Indicadores de desempenho social: direitos humanos (GRI2002) ESTRATÉGIA E ADMINISTRAÇÃO HR1. Políticas e diretrizes para lidar com aspectos de direitos humanos. http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_ page/codigo_conduta_etica.asp HR2. Consideração dos impactos sobre direitos humanos nos processos de tomada de decisão. http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_ page/codigo_conduta_etica.asp HR3. Políticas para avaliar o desempenho dos fornecedores em direitos humanos. http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_ page/codigo_conduta_etica.asp HR8. Treinamento de empregados em políticas e práticas de direitos humanos. (adicional) nd NÃO-DISCRIMINAÇÃO HR4. Descrição de políticas que previnam a discriminação. http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_ page/codigo_conduta_etica.asp LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO E NEGOCIAÇÃO COLETIVA HR5. Política de liberdade de associação. http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_ page/codigo_conduta_etica.asp TRABALHO INFANTIL HR6. Políticas que excluam o trabalho infantil. http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_ page/codigo_conduta_etica.asp TRABALHO FORÇADO E COMPULSÓRIO HR7. Políticas para previnir o trabalho forçado ou compulsório. http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_ page/codigo_conduta_etica.asp PRÁTICAS DE DISCIPLINA HR9. Descrição de processos judiciais relacionados a direitos humanos. (adicional) http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_ page/codigo_conduta_etica.asp HR10. Política de não-retaliação e sistema de recebimento de queixas de funcionários. (adicional) nd PRÁTICAS DE SEGURANÇA HR11. Treinamento em direitos humanos para segurança dos funcionários. (adicional) nd DIREITOS INDÍGENAS HR12. Políticas para tratar das necessidades indígenas. (adicional) nd HR13 Mecanismos para atendimento de queixas de indígenas (adicional) nd HR14. Receita operacional distribuída para indígenas (adicional) nd Estudantes visitam reservatório no Parque Ambiental de Poços de Caldas-MG metodologia 97 Indicadores de desempenho social: sociedade (GRI2002) Comunidade SO1. Políticas para gerenciar impactos sobre as comunidades. 22, 24, 28, 32, 33, 34, 48, 53, 54, 56, 60 SO4. Prêmios recebidos. (adicional) 88, 89, 90, 91 Suborno e corrupção SO2. Políticas relacionadas a suborno e corrupção. http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_ page/codigo_conduta_etica.asp Contribuições políticas SO3. Políticas para a administração de lobbies e constribuições políticas. http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_ page/codigo_conduta_etica.asp SO5. Financiamento de partidos políticos. (adicional) http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_ page/codigo_conduta_etica.asp Competição e preços SO6. Decisões legais com respeito à legislação antrituste e monopólio. (adicional) nd SO7. Políticas para prevenção de prática de concorrência desleal. (adicional) http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_ page/codigo_conduta_etica.asp Embarcações atracadas às margens do Lago de Juruti Grande, em Juruti 98 Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 Indicadores de desempenho social: responsabilidade sobre o produto (GRI2002) SAÚDE E SEGURANÇA DO CONSUMIDOR PR1. Políticas para preservar a saúde e a segurança do consumidor durante o uso dos produtos e serviços. na PR4. Casos de não-conformidade com a legislação referente à saúde e segurança do consumidor. (adicional) na PR5. Reclamações recebidas por organismos regulatórios sobre saúde e segurança do consumidor. (adicional) na PR6. Adesão voluntária a códigos de conduta, selos nos rótulos de produtos ou prêmios referentes à saúde e segurança do consumidor. (adicional) na PRODUTOS E SERVIÇOS PR2. Políticas relacionadas a informações sobre o produto e rotulagem. na PR7. Número de casos de não-conformidade a legislação relacionada a informações e rotulagem de produtos. (adicional) na PR8. Políticas relacionadas à satisfação do consumidor. (adicional) na PROPAGANDA PR9. Políticas para adesão a padrões e códigos voluntários relacionados a propaganda. (adicional) na PR10. Número de violações de regulamentações de propaganda e marketing. (adicional) na RESPEITO À PRIVACIDADE PR3. Políticas em relação à privacidade do consumidor. na PR11. Número de reclamações relativas à violação de privacidade de consumidores. (adicional) na metodologia 99 CRÉDITOS Coordenação: SSMA ALCOA Consultoria e Redação: Report Comunicação Direção de Arte, Projeto Gráfico e Edição de Arte: fmcom Revisão: Assertiva Produções Editoriais Fotos: Ricardo Ayres Corrêa Fotolito e Impressão: Ultraprint Gráfica: Ultraprint Tiragem: 4.000 Papel: Impresso em papel couché com certificação FSC da Suzano Endereço da sede: Av. das Nações Unidas, 12.901 Torre Oeste • 16º andar • Brooklin • São Paulo • SP Endereço da versão eletrônica: www.alcoa.com.br Para esclarecer dúvidas ou comentar esse relatório, utilize o endereço eletrônico: [email protected] Agradecimento: Agradecemos a todos os profissionais que contribuíram de alguma forma para a elaboração deste Relatório. Dedicamos a vocês o sucesso da publicação. 100 Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 Pôr-do-sol e Rio Amazonas compõem cenário em Juruti-PA Alcoa Alumínio S.A. 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