Alcoa
América Latina
Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
MINERAÇÃO NA AMAZÔNIA
Alcoa assume compromisso
com a sustentabilidade
regional e estabelece Agenda
Positiva em Juruti-PA
EXPANSÃO SEGURA
Planejamento resulta em 8 milhões
de horas trabalhadas sem incidentes
com afastamento em São Luís-MA
ENERGIA
Começam as obras das
usinas hidrelétricas de
Estreito e Serra do Facão
crescer sustentavelmente com o
BRASIL
Modernização nas fábricas • Biodiversidade • Combate às mudanças climáticas • Diálogos com stakeholders
SUMÁRIO
2006/2007
6
16
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE
ALCOA AMÉRICA LATINA
SUMÁRIO EXECUTIVO
Os desafios da sustentabilidade
ENTREVISTA COM
O PRESIDENTE
Responsabilidade de líder
30
EXPANSÃO DA ALUMAR
40
BIODIVERSIDADE
Gigante do alumínio
Preservando a Amazônia
12
22
RESUMO INSTITUCIONAL
Tempo de realizações
JURUTI SUSTENTÁVEL
Para ser a melhor
mineração do mundo
36
POÇOS DE CALDAS
46
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Tecnologia de futuro
Do global ao local
50
62
72
84
92
ENERGIA
Investimento em
uma matriz limpa
SAÚDE E SEGURANÇA
NO TRABALHO
Planejamento é vida
SUCESSO ECONÔMICO
Resultados históricos
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Compromisso com
o bem-estar social
METODOLOGIA
E ÍNDICE REMISSIVO GRI
Relevância, credibilidade
e transparência
56
70
78
88
100
DIÁLOGOS COM
STAKEHOLDERS
A mais ética para ser
a melhor do mundo
PRINCIPAIS INDICADORES
EXCELÊNCIA AMBIENTAL
Eliminar e minimizar impactos
PRÊMIOS,
RECONHECIMENTOS
E CERTIFICAÇÕES
Qualidade em todas as áreas
CRÉDITOS
SUMÁRIO EXECUTIVO
OS DESAFIOS DA SUSTENTABILIDADE
Desenvolver os mecanismos para que
a Empresa opere e cresça de forma
sustentável é o desafio permanente
de todos os profissionais que trabalham
na Alcoa. Para tornar essa aspiração
realidade, é fundamental entender e
responder às questões-chave relacionadas
às nossas operações, o que só é possível
por meio do permanente diálogo com
os públicos de interesse.
Nos últimos dois anos, a Alcoa se
uniu a um grupo de empresas que
trabalharam com a metodologia do
GLN (Global Leadership Network)
para identificar, junto a funcionários,
clientes, fornecedores, representantes
TEMA
ACESSO À
ENERGIA ELÉTRICA
do governo e ONGs, as questões de
sustentabilidade mais relevantes e que,
portanto, necessariamente precisam
ser englobadas pela estratégia e ação
da Companhia. A partir dessa abrangente
pesquisa, foram definidos seis temas
centrais: acesso e uso eficiente de
energia; desenvolvimento local e
regional; relações de trabalho; gestão
de pessoas; gestão ambiental;
e preservação de recursos naturais
e da biodiversidade.
Neste Sumário Executivo, apresentamos
de forma resumida a relevância de cada
tema para a nossa sustentabilidade,
a evolução recente alcançada
IMPORTÂNCIA
• Energia é, ao lado da bauxita,
Vale lembrar que os temas, sua
importância e os próximos passos
listados na tabela podem evoluir
e ser modificados ao longo do tempo
em razão de situações de mercado
e de estratégias da Alcoa.
EVOLUÇÃO
• Iniciamos, com outros
PRÓXIMOS PASSOS
• Contribuir para atingir a meta
o insumo mais importante para
empreendedores, as obras de
global de reduzir em 10% o
a produção de alumínio.
duas novas usinas hidrelétricas:
consumo de energia por tonelada
O setor energético brasileiro vive
Estreito (na divisa entre Tocantins
de alumínio até 2020, a partir
um importante momento de
e Maranhão) e Serra do Facão (na
da base de consumo de 2000.
definição, com a possibilidade
divisa entre Goiás e Minas Gerais).
de um desbalanceamento da oferta
e demanda num futuro próximo.
Assegurar o suprimento de energia
para evitar riscos ao nosso negócio
também contribui de forma
positiva para a sociedade.
• Apesar da energia de fonte
hidráulica ser considerada limpa,
a construção de usinas afeta
as dimensões social e ambiental,
exigindo a implementação de
uma cuidadosa agenda local
de desenvolvimento sustentável.
• Ao mesmo tempo em que o País
vive um momento de definição
no tocante a energia, faz-se
necessária a diminuição do uso
dos combustíveis fósseis na
matriz energética.
6
e a perspectiva dos passos futuros
que ainda devemos percorrer. De
forma transparente, pode-se assim
ter uma visão panorâmica de como
temos enfrentado os desafios que se
apresentam para o desenvolvimento
sustentável de nossa atividade no
Brasil. O detalhamento de todas
essas iniciativas é a base do conteúdo
de todo o relatório.
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
• No consórcio da usina de
Estreito, demos andamento a um
Acordo Social, com ações dos
empreendedores e dos poderes
públicos nos três níveis, que
promovam o desenvolvimento dos
12 municípios abrangidos pelo
empreendimento.
• Passamos a utilizar, ainda em fase
de testes, combustíveis de fontes
renováveis, como o biodiesel, na
frota de veículos industriais e de
alguns fornecedores em algumas
das nossas fábricas.
• Realizamos investimentos em
pesquisa e desenvolvimento
para novos materiais e processos
com menor consumo energético.
• Elevar para 70%, até 2011 – 2012,
o nosso índice de auto-geração
de energia, atualmente em 40%.
• Dar continuidade às experiências
e parcerias com o intuito de
promover desenvolvimento
local sustentável.
• Incorporar mais alternativas
de energia renovável à nossa
matriz energética no Brasil.
Obras de construção
do porto em Juruti-PA
TEMA
DESENVOLVIMENTO
LOCAL E REGIONAL
IMPORTÂNCIA
• A implantação de projetos
EVOLUÇÃO
• Elaboramos um Plano de
• Fortalecer a implementação de
e operações tende a gerar
Desenvolvimento Regional
uma estratégia de engajamento
expectativas nas comunidades, que
(PDR), em parceria com o Ibens
de stakeholders, em todas as
precisam ser identificadas e receber
(Instituto Brasileiro de Educação
localidades onde atuamos
respostas, principalmente nos
em Negócios Sustentáveis) e
no Brasil.
locais com menor IDH (Índice de
com órgãos públicos, entidades
Desenvolvimento Humano).
empresariais e instituições sociais
• No caso específico da implantação
do projeto de mineração em JurutiPA, diversos atores sociais nacionais
e globais observam atentamente
nossas iniciativas
que visam a concretizar o objetivo
e comunitárias, em Barra Grande ,
onde a Alcoa é investidora numa
usina hidrelétrica na divisa entre
Santa Catarina e Rio Grande
do Sul.
• Intensificamos o diálogo com
de promover o melhor projeto
os públicos de interesse nas
de mineração do mundo.
localidades onde atuamos;
• Priorizamos a contratação de
bem como as expansões de
fábricas previstas, gerando mais
oportunidades e maior riqueza
para as regiões.
• Sempre direcionar os investimentos
sociais para as maiores necessidades
locais, identificando seu impacto
na melhoria do IDH ou apoiando
o cumprimento dos Objetivos
do Milênio e outras iniciativas
relevantes identificadas no
Juruti (45% de Juruti e 80% do
processo de engajamento.
Refinaria de alumina da Alumar
(21% das comunidades do
entorno e 91% do Estado
do Maranhão).
• Definimos e colocamos em
execução a ‘Agenda Positiva’
em Juruti, como parte do Projeto
Juruti Sustentável.
• Demos início à modernização
da Fábrica de alumínio em Poços
de Caldas, com o intuito de
possibilitar mais algumas décadas
de operação naquela região,
aperfeiçoando o desempenho
ambiental da Fábrica.
• Investimos mais de R$ 9,2
milhões no apoio às comunidades
no Brasil.
• Desenvolvemos o programa
de priorização e incentivo a
fornecedores e compras locais.
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
• Concluir a implantação de projetos
mão-de-obra local nos projetos
Estado do Pará) e na Expansão da
8
PRÓXIMOS PASSOS
• Apoiar à criação de um Fundo
de Desenvolvimento Sustentável
em Juruti.
• Colaborar para a educação e
formação de talentos brasileiros,
apoiando, dentro da possibilidade,
instituições acadêmicas.
TEMA
GESTÃO E
IMPORTÂNCIA
• O modelo de gestão e
EVOLUÇÃO
• Implantamos o Projeto RHenovação,
PRÓXIMOS PASSOS
• Continuar a consolidar
DESENVOLVIMENTO
desenvolvimento de pessoas
no qual cada colaborador ganhou
a implementação do Projeto
DE PESSOAS
deve sempre estar alinhado
maior autonomia e poder de auto-
RHenovação.
à estratégia da empresa, buscando
gestão, com a implementação
liberar o potencial do capital
de um portal (RH.com.Você), de
humano. Tal modelo deve atuar
uma central de atendimento (RH
para promover de forma consistente
Atende) e de quiosques eletrônicos
melhorias no ambiente de trabalho,
em todas as unidades da Alcoa.
na crescente capacitação dos
colaboradores e na eficácia
da liderança e da organização.
• O ambiente de trabalho deve
fornecer as condições necessárias
para viabilizar o alto desempenho
dos funcionários da Alcoa.
TEMA
ESTRATÉGIA DAS
RELAÇÕES DE TRABALHO
IMPORTÂNCIA
• O ambiente de trabalho deve
• Continuar a assegurar a inclusão
do conceito de Sustentabilidade
em todos os treinamentos
da Alcoa, principalmente
para os cargos de liderança.
• Iniciamos novos programas
específicos de atração,
desenvolvimento e retenção
de talentos.
• Continuamos a conduzir
programas de desenvolvimento
de lideranças.
EVOLUÇÃO
• Superamos a marca de oito
promover a qualidade de vida,
milhões de horas/homem
a maior inclusão e fomentar ainda
trabalhadas sem incidentes
mais a prática dos Valores
com afastamento na expansão
da companhia.
da refinaria da Alumar, em
PRÓXIMOS PASSOS
• Implementar o modelo
de Relações Trabalhistas.
• Continuar os investimentos
para controle das condições
São Luís-MA.
• Lançamos uma nova estratégia
de remuneração total, ainda mais
competitiva com o mercado.
• Revisamos nosso pacote de
benefícios, adequando-o ainda
mais às necessidades dos Alcoanos.
• Realizamos programas de
qualidade de vida, mantemos
canais de comunicação específicos
(Eu Queria Saber, Fale com
o Presidente) e realizamos
anualmente pesquisas de clima.
• Implantamos o Programa
de Prevenção do Uso de
Álcool e Drogas nos projetos
de expansão.
• Lançamos o site Rede do Bem
Alcoa para dar visibilidade às
ações de voluntariado de
nossos funcionários e propiciar
o intercâmbio de informações
entre eles.
sumário executivo
9
Visão áerea do mangue
próximo ao porto da
Alumar em São Luís-MA
TEMA
GESTÃO AMBIENTAL
IMPORTÂNCIA
• Um eficiente e eficaz sistema de
EVOLUÇÃO
• Reduzimos o consumo de água
PRÓXIMOS PASSOS
• Manter os atuais níveis de resíduos
DE RESÍDUOS, EFLUENTES
gestão ambiental é de fundamental
em nossas operações em 7% em
e emissões, mesmo considerando
E EMISSÕES
importância para o meio ambiente
relação a 2005.
a expansão da produção de
e, além disso, tem influência na
saúde e na segurança de nossos
funcionários e das comunidades
próximas às nossas operações.
• A capacidade em gestão de
resíduos, efluentes e emissões
é um importante componente
da nossa licença para operar, tanto
nos aspectos jurídicos como sociais.
• Identificamos oportunidades para
implantação de projetos
em outras indústrias dos resíduos
de Efeito Estufa (GEEs).
gerados em nossas operações.
• Reduzimos o volume total
• Contribuir para atingir objetivos
de efluentes pelo Projeto
globais estabelecidos nas Metas
Descarga Zero.
Estratégicas da companhia
• Aumentamos a vida útil dos
da Fábrica de alumínio em
Poços de Caldas-MG.
internacionais pelo fortalecimento
de políticas e planos de redução e
controle de emissões de GEEs.
• A economia mundial depende
• Implantação da modernização
a Universidade Federal de
• Firmamos parcerias nacionais e
PRESERVAÇÃO
para 2020.
de pesquisa em parceria com
São Carlos.
IMPORTÂNCIA
• Obter maior aproveitamento
de redução de emissões de Gases
revestimentos refratários a partir
TEMA
maneira competitiva.
EVOLUÇÃO
• Contamos com mais de 1.800
• Obter créditos de carbono
por projetos de redução
de emissões.
• Chegar à descarga zero
de efluentes.
PRÓXIMOS PASSOS
• Estimular a agilidade e a eficiência
DOS RECURSOS NATURAIS
de uma base de recursos naturais
hectares de área de Parques
na utilização das verbas de
E BIODIVERSIDADE
que vem dando sinais de degradação.
Ambientais mantidos de forma
compensação por parte dos
voluntária pela Alcoa, onde são
organismos governamentais.
• As empresas que reduzem
o impacto ambiental de suas
operações, produtos e serviços
contribuem para o capital natural
recebidos anualmente milhares
de visitantes e realizadas ações
de educação ambiental.
e não só melhoram suas condições
• Adquirimos área para a criação
de operação como também geram
de um Parque Ambiental em
valor para as comunidades vizinhas.
Tubarão-SC.
• A proteção da licença para operar
• Estabelecemos convênio com a
• Continuar a implementar
estratégia de avaliação, redução
e compensação dos impactos
na biodiversidade advindos
de nossas operações.
• Dar continuidade ao apoio
ao Programa de Conservação,
em longo prazo nas regiões em que
Conservação Internacional-Brasil
realizado na Amazônia em
nos instalamos depende de uma
para apoiar o PARNA – Parque
parceria com a Conservação
estratégia empresarial que preserve
Nacional da Amazônia.
Internacional-Brasil.
e renove habitats naturais e recursos
ambientais críticos.
• A atividade de mineração consiste no
• Aplicamos verbas de compensação
da expansão da refinaria da
Alumar no Parque do Itapiracó e
uso apenas temporário da terra, mas
na Reserva Ecológica do Rangedor,
causa impacto nos recursos naturais
em São Luis-MA.
e na biodiversidade. A implantação
de projetos de energia hidrelétrica
também gera impactos.
• Apoiamos o CEPEMA (Centro
de Pesquisas de Meio Ambiente)
da Universidade de São Paulo,
em Cubatão-SP.
sumário executivo
11
RESUMO INSTITUCIONAL
TEMPO DE REALIZAÇÕES
Porto da Alumar:
Alcoa investe para crescer
O ano de 2006 ficou marcado na
história da Alcoa. Se, em 2005, o
aporte recorde de recursos (R$ 3,9
bilhões) anunciado pela Alcoa Inc. para
a subsidiária brasileira (Alcoa Alumínio
S.A.) possibilitou o início de novas
operações e de projetos de expansão
importantes, em 2006 a continuidade
e o aprofundamento desses projetos
trouxeram à Alcoa Alumínio S.A.
desafios tão grandes quanto as
realizações que eles propiciaram.
A implementação da mina de bauxita
em Juruti-PA, que compreende
a construção de três instalações
12
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
(unidade de mineração, ferrovia e porto),
avançou não apenas no cronograma
de obras, mas especialmente no
compromisso com o desenvolvimento
sustentável local, ao estabelecer uma
agenda positiva para a região.
Por sua vez, a Expansão da Fábrica
de Redução na Alumar, em São LuísMA, registrou mais de 8 milhões
de horas/homem trabalhadas sem
incidentes com afastamento. Resultado
de um minucioso e extenso trabalho
de treinamento e prevenção, tal
desempenho ganha ainda mais
relevância em se tratando do maior
projeto de expansão já realizado pela
indústria do alumínio em todo o mundo.
Em Poços de Caldas-MG, onde se
localiza a primeira Unidade da Alcoa
no País – operando há 42 anos –,
o processo de modernização realizado
preparou a Fábrica para operar
ao menos outros 40 anos. Com
investimento de R$ 64 milhões,
a expansão da Unidade de ItapissumaPE possibilitará, até o fim de 2007,
um aumento de até 30% na produção
de laminados.
Para suportar a elevação da capacidade
produtiva, a Empresa também investe
em geração de energia. Nos primeiros
meses de 2007, iniciaram-se as obras
das usinas hidrelétricas de Estreito
(divisa dos estados de Tocantins e
Maranhão) e Serra do Facão (entre
Goiás e Minas Gerais), ambas geridas
por consórcios nos quais a Alcoa possui
participação. Quando operantes, elas
elevarão para 70% o índice de autosuficiência energética da companhia.
Consciente de que esses projetos têm
a capacidade de criar valor não apenas
para a Empresa, mas para todos os seus
stakeholders (partes interessadas), a
Alcoa vem desenvolvendo ferramentas
e ações para que essa intenção se
torne realidade, à medida que as obras
avançam. Vislumbra-se, pela frente,
o desafio de prosseguir a execução
dos projetos, mantendo-os dentro do
orçamento e do prazo, sem abrir mão
da qualidade, da segurança e de seu
objetivo maior: melhorar a qualidade
de vida de acionistas, consumidores,
clientes, colaboradores, fornecedores,
comunidades e toda a sociedade
• produz 166 milhões de tampas
para embalagens de bebidas
e de alimentos;
(participação de 35,1% na Refinaria
e de 60% na Redução), todas as
unidades são integralmente próprias.
• monta sistemas de distribuição
elétrica para 20.400 veículos;
A Alcoa participa, também, dos consórcios
que administram as hidrelétricas de
Barra Grande e Machadinho, ambas na
divisa do Rio Grande do Sul com Santa
Catarina, e dos consórcios que investem
na construção das usinas de Estreito
e de Serra do Facão.
• gera 96.000 MWh de energia elétrica;
• compra US$ 27 milhões em bens
e serviços.
Além da liderança nos âmbitos
financeiro e produtivo, a Empresa
exerce protagonismo no aspecto
socioambiental. Há seis anos no Índice
Dow Jones de Sustentabilidade, a
Alcoa Inc. foi considerada, pela terceira
vez consecutiva, em 2007, uma das
empresas com maior compromisso com
a sustentabilidade em todo o mundo,
durante o Fórum Econômico Mundial,
em Davos (Suíça). No ranking elaborado
pela Governance Metrics International
– consultoria global independente
que avalia as práticas de governança
corporativa –, recebeu nota 10 (máxima)
em comportamento empresarial.
Liderança mundial
Também em 2007, a Alcoa Inc.
participou da fundação da Parceria
Americana pela Ação Climática (United
Fundada em 1888, a Alcoa Inc. é uma
das maiores produtoras mundiais de
alumina, alumínio primário e produtos
de alumínio. Sociedade anônima de
capital aberto, atua em 44 países,
com 122 mil funcionários. Todos
os dias, a companhia:
States Climate Action Partnership –
USCAP), que reúne dez importantes
companhias norte-americanas e ONGs
ambientais. Por meio da iniciativa,
elas trabalham em conjunto por uma
redução significativa das emissões
de gases causadores do efeito estufa.
• minera 86.300 toneladas de bauxita
e 27.300 toneladas de carvão;
Na América Latina, a companhia possui
12 operações, localizadas na Argentina,
no Chile, na Colômbia, no Peru,
na Venezuela e no Brasil, com cerca
de 6.500 colaboradores. A subsidiária
brasileira (Alcoa Alumínio S.A.) mantém
atividades em seis Estados (Maranhão,
Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Santa
Catarina e São Paulo). Com exceção
da AFL do Brasil (participação de
50%), em Itajubá-MG, e da Alumar
• refina 41.000 toneladas de alumina,
das quais 55% são vendidas e 45%
constituem matéria-prima para
a fundição de 9.575 toneladas
de alumínio;
• recicla 2.300 toneladas de alumínio;
• fabrica 8.810 toneladas de produtos
de alumínio;
Produtos e mercados
Os negócios globais da companhia
incluem projetos, engenharia, produtos
primários, laminados e extrudados,
embalagens e produtos de consumo,
atendendo aos mercados aeroespacial,
automobilístico, industrial, de construção
civil e de transporte comercial. A Alcoa
também produz e comercializa marcas
de produtos globais de consumo,
como a Reynolds Wrap, as rodas Alcoa
e as embalagens domésticas Baco.
Atua, ainda, nos ramos de tampas,
sistemas de fixação, fundição de
precisão e sistemas de distribuição
elétrica para carros e caminhões.
Confira a relação dos
negócios da Alcoa
http://www.alcoa.com.br/juruti
Por meio de seus produtos, a Alcoa
busca atender às demandas da
sociedade para a vida moderna.
Aproximadamente 70% de todo
o alumínio já produzido no mundo
ainda se encontra em uso – são
480 milhões de toneladas métricas
(529 milhões de toneladas), de um
total de 690 milhões de toneladas
métricas (761 milhões de toneladas)
fabricadas desde 1886.
resumo institucional
13
Estrutura Acionária
60%
Alcoa Inc.
Alcoa World
Alumina (AWA)
40%
Alumina Limited
40%
Exterior
100%
Brasil
60%
70%
ALCOA
ALUMÍNIO S.A.
AWA BRA
ABALCO
75%
Juruti
Machadinho
32%
Barra Grande
42%
Etau
42%
9%
MRN
Estreito
25%
50%
AFL
Pai Querê
35%
ALUMAR
Detalhe Alumar
Abalco
Serra do Facão
35%
Santa Isabel
20%
18,9%
35,1%
Refinaria Alumar
Notas:
25%
Alcoa Alumínio
60%
Redução Alumar
• Demais operações no Brasil (Extrudados, Laminados, Tampas): 100% Alcoa Alumínio.
• Os percentuais de participações foram arredondados.
Cadeia Integrada de Valor (Operações atuais)
PRINCIPAIS INSUMOS
MATÉRIAS-PRIMAS
ALUMÍNIO
TRANSFORMADOS
Bauxita
(Poços, MRN)
Alumina
(Poços, São Luís)
Alumínio Metálico
(Poços, São Luís)
Laminados
(Itapissuma)
Energia Elétrica
(Barra Grande, Machadinho)
Produtos Químicos
(Poços)
Alumínio em Pó
(Poços)
Extrudados
(Itapissuma,
Utinga, Tubarão)
Alumínio Líquido
(Poços)
ENERGIA
(capacidade instalada)
14
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
Machadinho
1.140 MW
Barra Grande
708 MW
Participação Alcoa 32%
Participação Alcoa 42%
OUTROS PRODUTOS
Tampas (Alphaville,
Itapissuma, Buenos
Aires, Santiago,
Bogotá, Lima)
IMPORTADOS
Placas e Chapas
Especiais
Sistemas
de Distribuição
Elétrica (Itajubá)
Rodas Forjadas
Aluminas
(Poçøs)
Sistemas
de Fixação
Contrato
Eletronorte
2004 / 2024
VISÃO
A Alcoa almeja ser a melhor Empresa do mundo
e para isso vivencia os seus valores.
Biblioteca em Juruti
VALORES
Integridade
O alicerce da Alcoa é a nossa integridade.
Somos francos, honestos e confiáveis
no relacionamento com nossos clientes,
fornecedores, colegas de trabalho, acionistas
e com as comunidades onde atuamos.
Mudas para reflorestamento em Juruti
Saúde, Segurança e Meio Ambiente
Trabalhamos com segurança, de modo a proteger
e promover a saúde e o bem-estar das pessoas
e do meio ambiente.
Clientes
Contribuímos para o sucesso de nossos clientes
mediante a criação de valor excepcional, por meio
de soluções inovadoras em produtos e serviços.
Empilhadeira a biodiesel em São Luís
Excelência
Buscamos incessantemente a excelência em tudo
o que fazemos, todos os dias.
Pessoas
Trabalhamos em um ambiente que promove a inclusão e acolhe
mudanças, novas idéias, respeito pelo indivíduo e igual oportunidade
de sucesso para todos.
Lucratividade
Geramos retornos financeiros substanciais, que permitem crescimento
rentável e resultam em significativo valor agregado para os acionistas.
Arara em área protegida na Amazônia
Responsabilidade
Somos responsáveis (individualmente e em equipes) por nosso
comportamento, bem como por nossas ações e resultados.
Vivenciamos nossos Valores e mensuramos nosso sucesso pelo
sucesso de nossos clientes, acionistas, comunidades e pessoas.
Na internet: Confira nosso Código de Conduta Empresarial em
www.alcoa.com/brazil/pt/alcoa_brazil/vision_and_values.asp
Expansão da refinaria da Alumar
resumo institucional
15
Franklin L. Feder
lidera a Alcoa América
Latina há três anos
ENTREVISTA COM O PRESIDENTE
RESPONSABILIDADE DE LÍDER
A Alcoa América Latina trabalha para estender a sua influência de líder
de mercado aos campos da ética e das práticas socioambientais
Não é exagero afirmar que a indústria
brasileira do alumínio poucas vezes
testemunhou investimentos como
os que a Alcoa vem direcionando
ao País, da ordem de R$ 3,9 bilhões.
Líder mundial em seu setor, a companhia
está realizando projetos de expansão e
modernização de unidades produtivas,
estabelecendo uma nova unidade
de mineração e participando de
consórcios para construir e operar
novas usinas hidrelétricas.
Mais que isso, a Alcoa vem trabalhando
fortemente para criar novos canais de
diálogo com as diversas comunidades
onde seus projetos estão inseridos
e aprofundar os canais já existentes.
“Queremos ser líderes não apenas
em produção, mas também
em ética e em responsabilidade
socioambiental”, afirma Franklin
L. Feder, Presidente da Alcoa
América Latina.
Nascido nos Estados Unidos e radicado
há mais de 50 anos no Brasil, Feder
lidera a companhia desde 2004,
pautado pelo tripé da sustentabilidade:
responsabilidade social, excelência
ambiental e sucesso econômico. Nesta
entrevista, ele aborda, entre outros
temas, a confiança em obter a licença
social para a execução dos projetos
e o pioneirismo da Alcoa em ações
ambientais, especialmente na luta
contra o aquecimento global.
Em 2005, a Alcoa Alumínio S.A.
iniciou diversos projetos de
crescimento, modernização e
construção de unidades. Quais
os resultados obtidos até agora?
Os trabalhos vêm sendo realizados
conforme o planejamento geral, sejam
de extração de bauxita, sejam
de geração de energia, sejam de
expansão da capacidade produtiva.
Hoje, temos cerca de 30% da execução
concluída. Alguns estão apenas
começando, como nossa participação
na hidrelétrica de Estreito, e outros
se encontram mais avançados, como
a modernização em Poços de Caldas
e a expansão da Alumar. De maneira
geral, apesar dos grandes desafios,
todos prosseguem normalmente.
Desde o início do trabalho em
Juruti (Oeste do Pará), onde
será instalada uma unidade
de mineração sustentável,
a Alcoa dialoga com as partes
interessadas, buscando entender
suas necessidades. A companhia
já obteve a chamada “licença
social” para operar?
Eu não tenho dúvida alguma. Tenho
visitado Juruti, em média, a cada
15 dias e estou certo de que a grande
maioria da sociedade local continua
apoiando fortemente o projeto. É fato
que, nos últimos 12 meses, nosso
trabalho em Juruti ganhou corpo.
Com isso, ele se torna visível para
a sociedade, tanto da cidade quanto
do Estado do Pará, e as demandas dos
diversos segmentos crescem. A Alcoa,
necessariamente, tem de responder
a essas demandas. É verdade que
nem sempre concordando com elas,
mas mantendo o diálogo com todos
esses segmentos.
O projeto de expansão da refinaria
da Alumar (São Luís-MA), atualmente
em andamento, é o maior do
gênero já realizado em todo
o mundo. Que caminhos a Alcoa
escolheu para implementá-lo?
Pelas suas próprias características,
o projeto é um enorme desafio. Para
superá-lo, trouxemos todos os recursos
do Sistema Alcoa Global (controle
de qualidade e de produtividade
que busca alavancar o potencial
competitivo e a presença da Alcoa
em todo o mundo), bem como os
recursos externos para a concretização
dos trabalhos. De forma geral,
entrevista com o presidente
17
“É fato que, nos últimos 12 meses, nosso trabalho
em Juruti ganhou corpo. Com isso, ele se torna visível
para a sociedade, tanto da cidade quanto do Estado do
Pará, e as demandas dos diversos segmentos crescem”
o projeto está seguindo conforme
o cronograma.
Apesar do grande porte, já se
registraram, nesse projeto de
expansão, 8 milhões de horas/
homem trabalhadas sem incidentes
com afastamento. A que você
credita esse feito?
À história da Alcoa mundial e,
particularmente, à história da
Alcoa aqui no Brasil, com a tradição
de buscar a perfeição em termos
de segurança. É um trabalho magnífico
de todas as pessoas engajadas no
projeto. O planejamento foi muito
intenso, e incorporamos ao projeto
o que havia de melhor em tecnologia
de prevenção de acidentes. Estive lá,
recentemente, e a Alumar era um
canteiro de obras. Desses 8 milhões
de horas, 7 milhões são efetivamente
de construção, o que torna o índice
atingido ainda mais fantástico. Esse
sucesso é claramente resultado
da combinação de planejamento,
engajamento e tecnologia.
A Fábrica de Poços de Caldas-MG,
por sua vez, passa por um processo
de modernização. Quais os
impactos para a sociedade?
A modernização em Poços de Caldas,
após 40 anos de instalação da Fábrica,
foi uma imensa injeção de ânimo, não
só para os mil alcoanos que lá trabalham,
mas para toda a comunidade de
Poços, pois garante ao menos mais
40 anos de sobrevida da instalação.
18
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
Eu lembro que um dos momentos
mais emocionantes da minha carreira,
dentro e fora da Alcoa, ocorreu em
Setembro de 2005, durante um
Painel Comunitário em Poços de
Caldas. Recebemos a notícia de
que o Conselho de Administração
da Alcoa, reunido em Paris, havia
aprovado o investimento na
modernização da Fábrica. O Alain
Belda (CEO da Alcoa Inc.) me ligou
pela manhã, e comuniquei a todos
logo na seqüência. A reação deles
me emocionou.
Há alguma modificação relevante
no aspecto ambiental?
Esse investimento possibilita
o aumento do volume de produção
e, fundamentalmente, em termos
de meio ambiente, permite que Poços
opere em condições de emissões e de
saúde semelhantes às das melhores
fábricas da Alcoa em qualquer lugar
do mundo, o que beneficia
funcionários e comunidade.
Num momento em que os projetos
de novas usinas hidrelétricas
encontram grandes dificuldades
para sair do papel, a Alcoa investe
fortemente na geração própria de
energia elétrica, com o objetivo de
alcançar 70% de auto-suficiência.
Como a companhia pretende
viabilizar seus projetos?
Há algum tempo, a Alcoa manifesta
publicamente a preocupação com
a falta de investimento na área
de geração de energia elétrica.
Felizmente, o próprio presidente da
República, Luiz Inácio Lula da Silva,
o Governo Federal e vários governos
estaduais, hoje, admitem o risco de
um blecaute energético caso não haja
investimento. Nesse quadro, o que
diferencia a posição da Alcoa, dada
a nossa experiência na implantação
de outros dois projetos (Machadinho
e Barra Grande, ambas na divisa
entre Santa Catarina e Rio Grande
do Sul), é o fato de estarmos sensíveis
às implicações socioambientais.
Acreditamos que não devemos partir
para um projeto de geração de
energia simplesmente porque temos
a licença de instalação – queremos
que as comunidades estejam satisfeitas
com a nossa presença. Trabalhamos
com nossos parceiros, em Estreito
e em Serra do Facão (divisa entre
Minas Gerais e Goiás), e já estamos
atuando nesse sentido, em Pai-Querê
(divisa do Rio Grande do Sul com
Santa Catarina), ainda antes
de obter a licença de instalação.
Esse planejamento apropriado nos
dá a certeza de que tais projetos
serão levados adiante com sucesso.
Em Estreito, especialmente,
certas tribos indígenas resistem
à construção da usina. No relatório
do ano passado, você afirmou que
a postura da Alcoa era não iniciar
as obras sem a segurança de que
as demandas indígenas seriam
atendidas pelo Governo. Algo
mudou em relação a esse projeto?
Houve progresso com relação às
questões indígenas. Realizamos,
a pedido da FUNAI (Fundação Nacional
do Índio), um estudo dos impactos
que serão gerados pela atividade
que está sendo desenvolvida no local,
e foi constatado que nenhum impacto
direto recairá sobre as propriedades
indígenas, o que esclareceu essa
questão. Além disso, o CESTE
(Consórcio Estreito Energia) está
disposto a construir alternativas para
auxiliar na resolução dos problemas
enfrentados por essas comunidades,
promovendo reuniões com a FUNAI
e lideranças indígenas e gerando
soluções em diversas áreas, dentro
dos limites do possível e do razoável.
O aquecimento global constitui,
hoje, a maior ameaça existente
ao meio ambiente e à humanidade.
Que papel a Alcoa e o próprio
alumínio podem cumprir em
relação a esse fenômeno?
Há cerca de uma década a Alcoa
vem se preocupando com a questão
do aquecimento global, numa época
em que nem sequer havia o debate
público nas atuais proporções. No
começo dos anos 90, a companhia
estabeleceu metas de redução, e nós
buscamos atingi-las ou superá-las.
Entre 1990 e 2006, reduzimos em
26,5% a nossa emissão mundial de
CO2 equivalente. Recentemente, a
Alcoa e empresas parceiras assumiram
a liderança na tarefa de convencer
os governos e a sociedade de que
medidas importantes são necessárias
(a Alcoa é uma das fundadoras
do USCAP, movimento constituído
por empresas e organizações nãogovernamentais que pede urgência
na criação de legislação contra a
emissão de gases causadores do efeito
estufa). Internamente, a companhia
continua investindo em tecnologia,
com o objetivo de modificar de forma
estrutural a produção de alumínio.
É de conhecimento público o potencial
da tecnologia que chamamos de anodo
inerte, que, se bem-sucedida
comercialmente, pode revolucionar
o processo produtivo. Além disso,
no dia-a-dia, a observação de métodos
de produção seguros contribui para a
redução das emissões. A modernização
da Unidade de Poços de Caldas é um
exemplo disso.
Quais os principais objetivos da
Alcoa para os próximos anos?
Para Feder, a liderança da Alcoa
também deve ser medida pelas
ações de responsabilidade social
Continuar a perseguir seu caminho
de liderança. Essa liderança não se
mede simplesmente pelos 3,6 milhões
de toneladas anuais de alumínio
primário que produzimos, mas
também em termos de responsabilidade
socioambiental. Nosso olhar é para a
frente, para o futuro. Essa é a tradição
que recebemos dos alcoanos há 20, 30
anos, e é nossa responsabilidade passar
a mensagem dessa herança àqueles que
nos seguirão, para que essa tradição
mundial de 120 anos possa perdurar
ao menos por mais 120 anos.
entrevista com o presidente
19
Obra da rodovia que
ligará a mina de bauxita
ao porto em Juruti-PA
ROTA DE CRESCIMENTO
20
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
Durante o ano de 2006, a Alcoa deu continuidade a um
grande processo de expansão, que inclui diversas unidades,
iniciado a partir de um aporte recorde de recursos da
Alcoa Inc. no Brasil, divulgado em 2005. Nesta primeira
parte do Relatório de Sustentabilidade 2006/2007,
a companhia apresenta os resultados dos projetos
e, sobretudo, a filosofia, os métodos e as pessoas
que impulsionam esse novo ciclo de crescimento
da Alcoa.
As reportagens a seguir referem-se às ações
realizadas entre Agosto de 2006 e Julho
de 2007. As informações, imagens
e opiniões foram colhidas em entrevistas
com nossos colaboradores e com
representantes dos diferentes
stakeholders da Alcoa.
rota de crescimento
21
JURUTI SUSTENTÁVEL
Em parceria com a sociedade de Juruti,
a Alcoa quer realizar o melhor projeto
de mineração sustentável do mundo
Para ser a melhor
mineração do mundo
Preservação ambiental, diálogo com a comunidade e desenvolvimento
socioeconômico regional são as premissas da atuação da Alcoa em Juruti
22
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
Médice Farias mora com a esposa
e a filha no centro de Juruti, município
localizado a 848 km de Belém, no
oeste do Pará. Em 2006, além de
montar um mercado – principal fonte
de renda da família –, ele comprou
um terreno de 1.000 m² e construiu
uma bela casa, ampla e bem-acabada.
Não que a vida fosse ruim, poucos
meses antes, quando os Farias
moravam numa casa de madeira,
na comunidade Terra Preta, a 2
quilômetros da cidade. Mas Médice
acha que tudo melhorou: “A vida
era bem tranqüila, na Terra Preta. Lá,
a gente plantava e pescava. Mas não
posso me queixar da vida que levamos
agora. As vendas do meu mercadinho
andam boas, e estou trabalhando para
dar o melhor para a minha família”,
diz o comerciante.
Os Farias estão entre as cerca de 30
famílias remanejadas da área onde
acontecem as obras do porto da Alcoa,
parte da infra-estrutura necessária para
a mina de bauxita, mineral de onde se
extrai a alumina, matéria-prima básica
para a produção de alumínio. Assim
como eles fizeram, tornou-se ponto
pacífico, entre os antigos moradores
da Terra Preta, investir os recursos
da indenização paga pela Alcoa em
moradias e na melhoria da qualidade
de vida.
Realizado entre os meses de Agosto
de 2005 e de 2006, o remanejamento
adequado dessas pessoas expressa
o compromisso social assumido pela
companhia, que abrange um semnúmero de ações. Hoje, a cidade vive
um processo intenso de transformação,
propiciado pelo início efetivo das obras
juruti sustentável
23
Resgate de espécies
Um exemplo de como a Alcoa atua em Juruti consiste no resgate de fauna e flora, realizado durante os trabalhos
de implementação da mina de bauxita. A equipe de Meio Ambiente da Alcoa já salvou espécies como preguiça real,
porco-espinho, angelim rajado e pau-rosa.
A ação ocorre no momento da supressão vegetal. Todos os trabalhadores atuam com respeito em relação à natureza.
Além de biólogos, engenheiros ambientais, técnicos e outros profissionais especializados, moradores da região auxiliam
no salvamento dos animais e plantas, pois conhecem bem a biodiversidade da região. Antes do salvamento, todos são
treinados para lidar com os animais, principalmente com répteis, anfíbios e mamíferos – espécies mais vulneráveis.
“Temos obtido sucesso significativo, pois encontramos algumas espécies que constam na lista vermelha de extinção,
como a preguiça real, o porco-espinho e o tamanduá bandeira, animais raros de achar”, avalia o superintendente
de Meio Ambiente da Alcoa em Juruti, Charles Ferreira.
Quando a equipe de supressão vegetal avista algum animal na área de trabalho, aciona-se um alerta, as ações de desmate
são totalmente interrompidas, e a equipe de salvamento de fauna entra em ação. Em nenhum momento, a equipe de
salvamento atua simultaneamente à equipe de supressão vegetal. “Alguns animais costumam ficar na copa das árvores,
a exemplo de primatas e porcos-espinhos. Esse é um momento delicado e importante”, explica Charles.
da mina, que envolvem mais de 2 mil
colaboradores, em sua maioria habitantes
de Juruti.
As mudanças, contudo, não acontecem
desenfreadamente. Elas obedecem
a um intenso e meticuloso processo
de diálogo com representantes da
comunidade, da região e do Estado.
O objetivo desse trabalho é ambicioso:
fazer de Juruti o melhor projeto
sustentável de mineração do mundo.
“Queremos que se torne uma
referência global”, afirma Nemércio
Nogueira, Diretor de Assuntos
Institucionais da companhia.
O desafio do
desenvolvimento
Localizada no extremo oeste do Pará,
na divisa com o Amazonas, Juruti
abriga 37 mil habitantes, segundo
o Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE, dados de 2006).
A geração de renda local baseia-se
na produção e na comercialização
24
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
de farinha de mandioca, visando à
subsistência das comunidades locais.
O Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH) da região é de 0,630, abaixo da
média nacional (0,792) e equivalente
ao de países como Gabão e Namíbia
(ambos na África). Idealizado pela
Organização das Nações Unidas (ONU),
o IDH avalia fatores sociais como
riqueza, alfabetização, educação,
expectativa de vida e natalidade,
entre outros. Sua escala varia entre
0 e 1 – este, o valor máximo.
Na tentativa de explicar as condições
do município, os habitantes contam
uma história que corre nas cercanias.
Em tempos antigos, guardados
apenas na memória, certo padre
João Braz professara a fé em Juruti.
Autoritário demais, ele fora removido
pela Igreja, a pedido dos fiéis, mas
não sem antes limpar as sandálias
de qualquer vestígio da região.
Isso teria determinado um destino
avesso às glórias para a cidade.
Mas as coisas começam a mudar. Juruti
não mais depende exclusivamente
da farinha de mandioca. Até Maio
de 2007, a fase de implantação da
mina de extração de bauxita rendeu
às empresas fornecedoras do Pará
R$ 145,3 milhões. Desse montante,
cerca de R$ 17 milhões foram
encomendados especificamente
a firmas estabelecidas no município
de Juruti, e R$ 40 milhões tiveram
como destino outros fornecedores
da região oeste do Estado. Apenas
em 2006, a Prefeitura de Juruti
arrecadou quase R$ 1,5 milhão em
Imposto Sobre Serviços (ISS) incidente
sobre as operações da Alcoa.
O espírito empreendedor dos
comerciantes do município
acompanhou a economia local.
Segundo Otávio Barbosa, presidente
da Associação Comercial e Empresarial
de Juruti, “o comércio cresceu muito,
nos últimos meses. Os setores
de hotelaria e de restaurantes
foram os mais favorecidos”.
Dois momentos de um mesmo cenário: rua
e comércios que ilustraram a capa do Relatório
2005/2006 (acima) apresentam nova face
com o avanço das obras da mina em Juruti
Escola flutuante
Enquanto avançavam os preparativos para a instalação da mina de bauxita em Juruti, a Alcoa
investia na qualificação dos moradores da região. A novidade, nesse caso, estava nas instalações
usadas pelo parceiro SENAI Amazonas para ministrar os cursos de capacitação: o navio-escola
Samaúma, que há mais de duas décadas navega pelos rios da região levando conhecimento
às populações ribeirinhas.
A Alcoa teve atuação decisiva na chegada da embarcação a Juruti, fornecendo todo o material
de suporte usado nas aulas, com investimento de cerca de R$ 76 mil. No período em que esteve
Alunos acompanham aula de
capacitação em marcenaria
ministrada pelo SENAI
no município – entre 8 de Maio e 8 de Junho de 2006 –, 18 cursos beneficiaram 528 jovens
e adultos em diversos segmentos, entre os quais informática básica, marcenaria, qualidade
no atendimento ao cliente, além de cursos de mecânica de motores e de eletricista.
“Nunca vi a cidade tão cheia de boas expectativas. O apoio da Alcoa em trazer os cursos do SENAI para o município é uma
prova de que se trata de uma Empresa séria, já que sabemos que a cidade é carente de mão-de-obra e somente a qualificação
pode dar chances de participar dos benefícios do empreendimento”, empolga-se Tarcísio Costa Pará, jurutiense que participa
da capacitação.
Incentivo à mão-de-obra local
35,33%
Moradores de Juruti: 1.256
44,68%
Originários de outras regiões do Pará: 993
Originários de outras regiões do país: 562
Total: 2.811 funcionários
19,99%
Data base: 28 de Maio de 2007
Saiba mais sobre o Projeto Juruti: http://www.alcoa.com.br/juruti
Agenda positiva
Educação, saúde, segurança, infraestrutura, assistência social, cultura
e meio ambiente. Para realizar
melhorias nessas áreas do município,
Alcoa, comunidades, governos,
empresas, ONGs e instituições
parceiras uniram forças e instituíram
a Agenda Positiva. O documento
reúne compromissos voluntários
26
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
assumidos pela Alcoa, em parceria
com a Prefeitura de Juruti, instituições
parceiras e a comunidade, abrangendo
ações orçadas em R$ 50 milhões.
Para debater esses assuntos
e construir uma proposta conjunta
para o desenvolvimento regional,
a companhia mantém diálogo aberto
e transparente com a sociedade local,
o que inclui lideranças governamentais
e as comunidades. Em parceria com
as autoridades competentes, encontrase em desenvolvimento um modelo
de gestão pública para setores
estratégicos da economia local,
inclusive as empresas de mineração.
A governadora do Pará, Ana Júlia
Carepa, reuniu-se com lideranças
alcoanas e mostrou entusiasmo:
“Não se trata de uma relação
de bravata, mas de uma relação em
que as mineradoras e o povo podem
mudar o paradigma do modelo de
desenvolvimento do Estado”.
Por sua vez, o prefeito da cidade,
Manoel Henrique Gomes Costa,
apresentou um diagnóstico do
município e propôs a ampliação
dos benefícios da Agenda Positiva.
Ele esclarece que assume as
responsabilidades da Prefeitura,
mas vê na Alcoa uma parceira para
mitigar problemas históricos da cidade:
“Não queremos transferir à Empresa as
responsabilidades do Poder Municipal.
Mas gostaríamos de apresentar
à Alcoa todas as deficiências que a
Prefeitura encontra para desenvolver
seus trabalhos, algumas acentuadas
pela chegada de pessoas atraídas pelas
oportunidades que a instalação do
projeto oferece, e sensibilizá-la sobre
a necessidade de parceria para mais
investimentos cruciais à cidade”.
Em Março de 2007, durante uma reunião
de trabalho com a Prefeitura Municipal,
definiram-se seis ações prioritárias
da Agenda Positiva, nas áreas de
educação, saúde e infra-estrutura. Elas
requerem ações imediatas para assegurar
melhorias na qualidade de vida da
população jurutiense. “Não somente
as ações emergenciais, mas todas as
obras constantes na Agenda Positiva são
de grande importância social, e algumas
vêm resolver problemas históricos do
município”, afirma Tiniti Matsumoto
Jr., Gerente Geral de Desenvolvimento
da Alcoa Mina de Juruti.
Na internet:
Confira, na íntegra,
a Agenda Positiva de Juruti:
www.alcoa.com.br/juruti
Reforma do alojamento da Polícia Militar, que
faz parte da Agenda Positiva da Alcoa em Juruti
O caminho da parceria
Certo dia, no final de Janeiro de
2007, movido pela desconfiança e
pela curiosidade, Efigênio Almeida,
68, acordou cedo. Morador de Traíra,
comunidade rural distante 70 km
de Juruti, ele aguardava a chegada
de um ônibus, cedido pela Alcoa,
que o levaria até o centro da cidade.
“Tomei banho cedo e vesti minha
melhor roupa, como se estivesse
indo para a igreja”, disse Efigênio.
Ele estava entre os 3.500 moradores
de Juruti que passaram pelo Salão
Paroquial Dom Bosco, entre 26
e 28 de Janeiro, durante o “Juruti
Sustentável”. Realizado em parceria
com a Prefeitura Municipal, o evento
tinha o objetivo de divulgar as ações
da Agenda Positiva e dos Planos
de Controle Ambiental (PCAs),
compromissos assumidos pela
Alcoa para o desenvolvimento
socioambiental da cidade.
As conversas entre alcoanos e
jurutienses começaram em 2005,
quando se realizaram 70 reuniões
com representantes de mais de 100
comunidades do município, além
de vários setores da sociedade civil,
ONGs, acadêmicos, poderes Legislativo
e Executivo. Essas reuniões precederam
três audiências públicas, nas cidades
de Juruti-PA, Santarém-PA e BelémPA, que contaram com a presença
de aproximadamente 8 mil pessoas.
Por solicitação do Ministério Público
Estadual do Pará, realizaram-se
novas audiências, em Maio de 2007.
A companhia atendeu à solicitação
imediatamente, por considerar tais
debates de extrema importância.
Baseada nesse processo de diálogo
e nos compromissos assumidos por meio
da Agenda Positiva e dos PCAs, a Alcoa
lançou, em Juruti-PA, o embrião de um
crescimento que se quer sustentável.
Ainda assim, a postura ética reconhecida
juruti sustentável
27
A força da pajiroba
Em Juruti, não há puxirum sem pajiroba. Essa é apenas uma
das tradições das comunidades rurais com as quais a Alcoa
se familiarizou a partir do início dos trabalhos para a instalação
da mina de bauxita na região.
O Instituto Alcoa e parceiros realizaram um estudo da agricultura
local, com o objetivo de fortalecer fontes de geração de renda
que não dependam da presença da Companhia no local. O estudo
descobriu que um puxirum (termo local para mutirão) da roça
é sempre acompanhado por uma bebida feita com a raiz da
mandioca, conhecida por pajiroba – termo escolhido para batizar
o projeto de geração de renda que atingiu, até o início de 2007,
cerca de 450 famílias de 21 comunidades.
Jurutienses plantam feijão incentivados e coordenados pelo Projeto Pajiroba
O Projeto Pajiroba, reconhecido como ação de destaque na
categoria “Comunidades” do Guia de Boa Cidadania Corporativa 2006, da revista Exame, tem como missão contribuir para a melhoria
da qualidade de vida de comunidades do município de Juruti-PA e seu entorno, por meio de um processo de desenvolvimento comunitário
que valoriza a produção agrícola e artesanal, bem como a cultura local e o uso de novas técnicas, em harmonia com o meio ambiente.
Os trabalhos começaram com a identificação das potencialidades, necessidades e expectativas dos moradores de Juruti. Ao se
conhecer a realidade das comunidades, optou-se por investir na cadeia produtiva da mandioca, pois a maioria dos agricultores
do município vive desse cultivo. Dessa forma, as ações buscam a melhoria da qualidade da farinha e o aproveitamento completo
da planta, com a produção de derivados, além de buscar alternativas para a comercialização da produção.
A partir de um aporte inicial de US$ 75 mil, doados pela Alcoa Foundation, foram ministrados cursos de capacitação para cerca de
60 líderes comunitários, que incluíram técnicas agrícolas, gestão de produção, assessoria prática, acompanhamento, monitoramento
e avaliação de produtos.
“Para isso contamos com parcerias com a Prefeitura Municipal, com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais e o Centro de Estudos
de Técnicas Rurais”, diz Renata Camargo Nascimento, presidente do Conselho do Instituto Alcoa.
Iniciado em 2006 e com custos de implantação de cerca de US$ 1,2 milhão, o Projeto Pajiroba terá duração de três anos. Além
da Alcoa Foundation e do Instituto Alcoa, há uma série de parceiros envolvidos no seu desenvolvimento, entre eles o ICE (Instituto
de Cidadania Empresarial), a Rede Américas (Rede Interamericana de Fundações e Ações Empresariais para o Desenvolvimento
de Base) e o Grupo Camargo Corrêa.
globalmente não evita que a chegada
de uma multinacional da mineração
numa cidade da Amazônia gere críticas
por parte de certos segmentos
da sociedade (veja box ao final
desta reportagem).
Algumas lideranças da região não se
sentem convencidas de que Juruti se
beneficiará da proposta de mineração
sustentável da Alcoa. Essa, entretanto,
28
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
não é a regra. Que o diga Luís Carlos
Albuquerque, um dos habitantes de
Juruti favoráveis ao empreendimento:
“O que não queremos é voltar para
a roça como meio de sobrevivência,
nem que nossos filhos passem por
essa situação, também, por falta de
oportunidades”, afirma. Ele considera
o empreendimento importante para o
desenvolvimento da região, por gerar
emprego e renda.
Cada vez mais, jurutienses como Luís
Carlos e Efigênio Almeida estabelecem
uma relação de confiança com a Alcoa.
No “Juruti Sustentável”, ele e muitos
outros obtiveram todas as informações
sobre os compromissos assumidos
pela Alcoa. “Tudo me agradou muito”,
disse Efigênio, ainda mais interessado
no projeto, antes de embarcar
no ônibus que o levaria de volta
à comunidade Traíra.
Planos de Controle Ambiental
Após conversas com a Secretaria do Meio Ambiente do Pará
(SEMA), a Alcoa vem realizando 35 ações de responsabilidade
socioambiental, orçadas em R$ 33 milhões: os Planos
de Controle Ambiental (PCAs).
Trata-se de ações com benefício direto para a comunidade
de Juruti, com destaque para o monitoramento constante
da qualidade do ar e da água, a proteção da flora e da fauna
da área de influência direta do empreendimento e cursos de
capacitação da mão-de-obra e de gestão empresarial com foco
nos profissionais e empresários jurutienses, além de ações
de pesquisa em saúde na comunidade.
A serviço da Alcoa, técnicos da CNEC Engenharia analisam qualidade
da água do Lago de Juruti Velho
Na internet: Saiba mais sobre o Projeto Juruti em www.alcoa.com/brazil/pt/custom_page/environment_juruti.asp
Esclarecimento
No dia 21 de Maio, os ministérios públicos Federal e Estadual do Pará emitiram recomendação à Secretaria Estadual de Ciência,
Tecnologia e Meio Ambiente (SECTAM; atual Secretaria de Meio Ambiente – SEMA) para o cancelamento das licenças da Omnia
Minérios, subsidiária da Alcoa para a exploração de bauxita em Juruti. De acordo com o documento, a Alcoa teria descumprido
condições acordadas para o licenciamento.
O relatório preliminar do Ministério Público Estadual (MPE), contudo, foi produzido a partir de uma vistoria realizada nos dias 3,
4 e 5 de Janeiro de 2007. “Muitas questões levantadas estão sendo resolvidas por meio da Agenda Positiva, cujo conjunto de
iniciativas (orçadas em R$ 50 milhões e que beneficiarão toda a sociedade do município) foi debatido amplamente com o Poder
Público, entidades de classe local e a população”, esclareceu, em Maio, o Gerente de Sustentabilidade e Assuntos Institucionais
da Alcoa Mina de Juruti, Mauricio Macedo.
Entre as acusações sofridas pela Alcoa, haveria uma suposta contaminação das águas dos igarapés Fifi e Maranhão, por meio do
lançamento de dejetos do alojamento dos operários nas águas que abastecem a cidade. A companhia esclarece que o incidente
do transbordamento ocorrido na área do sistema de tratamento de efluentes não se referiu a dejetos, mas a águas pluviais
e efluentes devidamente tratados.
Outro ponto de questionamento diz respeito à retirada de madeira. Tiniti Matsumoto Jr., Gerente Geral de Desenvolvimento da
Alcoa Mina de Juruti, destaca que a Alcoa trabalha para reduzir esse impacto: “Além de buscar diminuir essa retirada, já começamos
a discutir a criação de um mecanismo de utilização dessa madeira e a construção, com esse recurso, de um fundo para o município
aplicar na gestão ambiental e fortalecer a gestão social. Nós também temos pressa, porque essa madeira não pode ficar muito
tempo estocada, para não estragar. A madeira é um patrimônio público, e não somos nós que definiremos seu uso”, explica.
Na internet: Confira, na íntegra, a nota de esclarecimento da Alcoa:
http://www.alcoa.com/brazil/pt/news/releases/2007_05_02.asp?initSection=1000
juruti sustentável
29
EXPANSÃO DA ALUMAR
Expansão em Alumar: investimentos
de R$ 4,1 bilhões no maior projeto
do tipo em andamento no mundo
GIGANTE DO
ALUMÍNIO
Até Setembro de 2008, a capacidade produtiva da Alumar alcançará 440 mil toneladas
anuais de alumínio e 3,5 milhões de toneladas anuais de alumina
30
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
“A Alumar está de parabéns
por incrementar ainda mais seus
investimentos no Brasil e, assim,
contribuir com destaque para
a produção e a conseqüente oferta
do metal. Contribui para a geração
de empregos e para a melhoria
do padrão de vida de muitos
trabalhadores e suas famílias.”
Com essas palavras, enviadas por
carta, o presidente Luiz Inácio Lula
da Silva saudou a Linha III do setor
de redução de alumina do Consórcio
de Alumínio do Maranhão (Alumar),
inaugurada em Agosto de 2006.
Os 100 novos fornos eletrolíticos
da Linha III elevaram a 710 o número
total de fornos em operação na
Fábrica, num investimento de
R$ 394 milhões. “Aumentamos
nossa capacidade produtiva em
63 mil toneladas, passando de 377
mil para 440 mil toneladas anuais”,
explica Nilson Souza, vice-presidente
de produtos primários da Alcoa
América Latina. Assim, a Alumar
torna-se a segunda maior fábrica
de metal primário da América Latina.
Os investimentos aos quais
o presidente Lula se refere não
se limitam ao setor de redução da
Alumar. Eles fazem parte do maior
projeto de expansão de uma unidade
já realizado pela indústria do alumínio,
em todo o mundo, que também inclui
as obras de expansão da refinaria,
com término previsto para Setembro
de 2008. Instalada na Ilha de São
Luís-MA, a Alumar realiza o refino do
minério bauxita em alumina, utilizada
pela redução como principal matériaprima para produzir alumínio primário.
expansão da alumar
31
Obras da expansão da Fábrica
da Alumar, em São Luís-MA
Operação manguezal
Responsável pelo embarque e desembarque de matérias-primas, insumos e alumina, o Porto da Alumar também se encontra
em obras, com vistas à duplicação de sua capacidade. Com a expansão, o porto mudará o sistema de atracação para navios
de maior porte, suportando a demanda da nova produção, além de receber várias melhorias, que incluem um novo píer
e um novo silo para o armazenamento de alumina.
Mas nem sempre tudo ocorre conforme o planejado. Por conta do aumento do píer, houve uma operação de dragagem do
fundo do rio. Durante a operação, pequena parte do manguezal que cresceu sobre uma área de sedimentos acabou deslizando,
exigindo medidas imediatas por parte da Alcoa.
Diante do incidente, fez-se necessário suprimir 1,5 hectare de área de mangue para, depois, recuperá-la. O trabalho baseou-se
em um detalhado Estudo de Impacto Ambiental, de acordo com as licenças ambientais emitidas pela Secretaria Estadual de Meio
Ambiente do Estado do Maranhão (SEMA). A chamada Operação Manguezal teve a supervisão de técnicos especializados em
manguezais da Universidade Federal do Maranhão.
Realizou-se o remanejamento de animais encontrados para outras áreas, antes de se proceder a uma correção no ângulo
das encostas do terreno. Para acelerar a deposição de sedimentos e favorecer o processo de restauração do manguezal, será
utilizado, na última etapa das atividades, um sistema de confinamento celular conhecido como geocélulas. Essas estruturas
flexíveis, com aparência de favos de colméias, permitem trocas de água e nutrientes, dispondo-se como uma manta sobre
a superfície a ser estabilizada. Ainda pouco utilizada no Brasil, a técnica demonstrou ser bem-sucedida na recuperação
de ecossistemas, em outros países.
A dimensão dos trabalhos na refinaria
impressiona: investimento de R$ 4,1
bilhões, com 7.000 colaboradores
envolvidos diretamente no trabalho e –
um recorde – mais de 8 milhões de horas/
homem trabalhadas sem registro de
incidentes com afastamento. Ao fim das
obras, a capacidade produtiva será mais
do que duplicada, passando de 1,5
milhão para 3,5 milhões de toneladas
anuais de alumina, com o objetivo
de atender à crescente demanda
nos mercados interno e externo.
O projeto de expansão está
estrategicamente alinhado com
a implementação da mina de bauxita
em Juruti-PA, que deverá extrair entre
3 milhões e 6 milhões de toneladas
do minério por ano. Com a ampliação
da refinaria concluída, a demanda da
Alumar por bauxita será elevada em
4 milhões de toneladas/ano, alcançando
7 milhões de toneladas anuais
Cultura de segurança
Garantir a eficiência das obras sem
interferir nas atuais operações da
Unidade constitui um dos principais
desafios enfrentados pela equipe
responsável pela expansão da refinaria.
Estima-se que, até o fim das obras,
serão realizados aproximadamente
4 mil tie-ins (união de novas estruturas,
serviços ou circuitos elétricos com
as unidades existentes, sem pausas na
operação). Dada a alta produtividade
da refinaria, a meta de realizar os
trabalhos sem interrupções aumenta
de forma considerável a complexidade
do projeto.
Para obter sucesso nessa empreitada,
empregam-se as melhores tecnologias
disponíveis em cada área. A forma
pela qual é encarada a segurança dos
funcionários expressa essa prática.
Afinal, uma obra de tal proporção
traz riscos inerentes aos funcionários.
“Buscamos o que havia de melhor,
dentro e fora do Brasil, em termos
de controle de processos, seja para
trabalho em alturas ou em espaços
confinados, seja para movimentação
de veículos ou em outras atividades de
risco”, afirma Maurício Born, Gerente
de Saúde, Segurança, Meio Ambiente
e Sustentabilidade da Alcoa.
A Empresa alcançou o objetivo de
mitigar acidentes, superando 8 milhões
de horas/homem trabalhadas sem
incidentes com afastamento. Além
de um recorde, a marca constitui
referência nacional em segurança
do trabalho, especialmente ao
expansão da alumar
33
Capacitação preserva técnicas
de produção de embarcações
se considerar que a indústria
da construção civil apresenta
o maior índice de acidentes
em todo o mundo.
A proposta consiste em formar mestres carpinteiros, pintores, ferreiros,
Tal desempenho influenciou a
obtenção de uma Taxa de Acidentes
Registráveis (TR) de 0,20. O indicador
abrange os incidentes em que não
ocorre perda de dias de trabalho,
como tratamento médico e restrição
ao trabalho. Trata-se da TR mais baixa
já atingida pela Alcoa, nos últimos
20 anos, num projeto de expansão
mecânicos e outros tipos de artesãos que atuam na produção de embarcações,
de uma refinaria de alumina.
com o objetivo de preservar técnicas antigas de construção naval e difundir o
A taxa é calculada multiplicando
por 200 mil o número de acidentes
registráveis e dividindo o produto
obtido pela quantidade de horas
homem trabalhadas. A OSHA
(Occupational Safety & Health
Administration, ou Administração
da Saúde e Segurança Ocupacional,
São Luís é uma cidade marcada por características portuárias. Até hoje, a pesca
e o transporte de passageiros e de carga em embarcações artesanais têm
impacto relevante na economia maranhense. Diante desse cenário, a Alumar
e a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Maranhão estabeleceram uma parceria
para transformar o Estaleiro-Escola, localizado no Sítio Tamancão, às margens
do rio Bacanga e em frente ao atracadouro do Portinho (centro histórico de São
Luís), em um Centro Vocacional Tecnológico.
conhecimento popular para as novas gerações. “O CVT Estaleiro-Escola oferece
condições para a profissionalização da atividade e a retomada do interesse dos
jovens pela técnica de produção de embarcações”, destaca Phelipe Andrés, um
dos coordenadores do Projeto Estaleiro-Escola.
Além das atividades educacionais, o Estaleiro é um dos mais novos pontos
turísticos de São Luís. Com rico acervo arquitetônico, o CVT possui um museu
com livros, ferramentas ligadas à arte naval maranhense e réplicas de embarcações.
em tradução livre), norma internacional
de saúde e segurança no trabalho,
utiliza essa fórmula. No Brasil,
a prática corrente consiste em
calcular a taxa com base em 1 milhão
de horas homem trabalhadas, não
em 200 mil, como faz a OSHA.
Nesse caso, a taxa seria 1,0.
Esse resultado só foi possível
devido ao compromisso diário
e firme das lideranças do projeto,
dos profissionais de saúde, segurança
e meio ambiente, dos parceiros
do consórcio e de todos os
colaboradores envolvidos.
Evolução conjunta
A Alumar é um dos maiores complexos
de produção de alumínio e alumina
do mundo. Além da Alcoa, que detém
Colaborador solda tanque que será
usado para armazenar liquor de bauxita
54% do controle acionário da refinaria
e 60% da redução, participam
34
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
do consórcio a BHP Billiton (36%
de negócios e recolhimento
da refinaria e 40% da redução)
de tributos”, diz a senadora
e a Alcan (10% da refinaria).
e ex-governadora Roseana Sarney.
Desde que começou a ser implantada,
De fato, a Alumar gerou emprego,
em 1980 (a inauguração aconteceu em
renda, negócios em cadeia e, portanto,
Março de 1984), a Empresa contribui
impulsionou a economia local. Cerca
para a transformação do perfil
de 90% dos seus colaboradores
industrial do Estado. Sua chegada
são maranhenses – do quadro total,
encorajou a instalação de outras
aproximadamente 50% estão na
empresas em São Luís, propiciando
companhia há dez anos ou mais.
novas perspectivas econômicas aos
Além disso, cerca de R$ 340
maranhenses. “Há 26 anos, a Alumar
milhões, gerados pela Empresa
tem sido fator de desenvolvimento
anualmente, ficam na região,
para o Maranhão, por meio da
na forma de salários, compras,
geração de empregos, oportunidades
serviços e impostos.
Colaboradores utilizam
equipamentos de segurança
na expansão da Alumar
Mais segurança na BR-135
A Alumar localiza-se na BR-135, única via de acesso terrestre da Ilha de São Luís. Ao longo do trecho entre os km 0 e 24,
onde a empresa está inserida, existem 67 comunidades, com 86.000 habitantes, e ocorre um tráfego diário de mais de 17.000
veículos, com alto índice de acidentes. Essa realidade, aliada ao valor SSMA (Saúde, Segurança e Meio Ambiente), motivou
a criação do Programa Segurança na BR-135.
O programa busca implementar ações sustentáveis com base em educação, melhorias em engenharia de tráfego e fiscalização
de trânsito, aliadas ao comprometimento dos órgãos governamentais responsáveis pelas questões sociais identificadas, além
de buscar parcerias para implementar ações de melhoria.
O Programa de Segurança na BR-135 já conta com:
• um grupo de trabalho constituído e liderado por funcionários da expansão da refinaria, que conta com representantes
de todos os órgãos governamentais responsáveis pelo assunto trânsito, nas esferas municipal, estadual e federal, além
de empresas vizinhas e lideranças da comunidade. O grupo soma esforços para que a BR-135 seja priorizada nas ações
de segurança no trânsito.
• implementação do Projeto de Educação Viária, envolvendo 36 escolas do entorno da BR-135. Viabilizado mediante convênio
entre as secretarias Municipal e Estadual de Educação e a Fundação Mapfre, especializada em educação para o trânsito,
já capacitou 206 professores e beneficiou mais de 16 mil alunos.
• elaboração de estudo técnico de tráfego na BR-135, realizado por empresa especializada em engenharia de tráfego. Uma
proposta com soluções de engenharia está sendo elaborada e, mediante parcerias, as ações prioritárias serão implantadas.
• doação de radar móvel para intensificar a fiscalização e o controle de velocidade, contribuindo para minimizar a potencialidade
de acidentes.
• construção de uma ciclovia no trecho crítico de acesso à Escola Mário Martins Meireles, única escola de ensino médio da zona
rural de São Luís, que foi construída pela Alumar e doada ao Estado. Cerca de 1.500 alunos trafegam pelo local, nos três turnos.
expansão da alumar
35
POÇOS DE CALDAS
TECNOLOGIA
DE FUTURO
Modernização da Unidade possibilita mais 40 anos
de operações, com aumento da capacidade produtiva
e redução das emissões atmosféricas
Quando descobriu um mineral
avermelhado, perto da aldeia de
Les Baux, sul da França, em 1825,
o geólogo francês Pierre Berthier não
imaginava que um dos componentes
daquele pedregulho mudaria o modo
de vida da humanidade. Quase dois
séculos depois, a bauxita tornou-se
a principal matéria-prima de um metal
que reúne uma singular combinação
de características: o alumínio.
A leveza do metal reduz o consumo
de combustíveis e eleva a eficiência
na locomoção de cargas, tanto
no meio rodoviário quanto na
aviação. Nos setores alimentício
e farmacêutico, a impermeabilidade
à passagem de água, luz e ar garante
maior durabilidade aos produtos
embalados com alumínio. Sua própria
durabilidade e a capacidade de
modelação o fazem um excelente
material para a construção civil,
aplicado nas estruturas de edifícios
e na fase de acabamento. A alta
resistência à corrosão reduz os custos
de manutenção, no setor naval.
Nos tempos atuais, em que
a humanidade se encontra às voltas
com a necessidade de rever seus
hábitos de consumo e destinação
de resíduos, a reciclabilidade configura
a mais importante característica
36
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
do metal. Após seu uso, ele pode ser
inteiramente reaproveitado, reduzindo
custos e impactos no meio ambiente
– a produção de alumínio a partir de
sucata consome apenas 5% da energia
necessária para produzir alumínio
primário, não demanda a extração de
bauxita e evita a deposição do metal
em aterros, ao final do ciclo de vida
dos produtos.
A Alcoa participa desse desenvolvimento
tecnológico desde 1888, quando de
sua fundação. Quase cem anos depois,
em 1965, a companhia inaugurou sua
primeira Unidade no Brasil, localizada
na cidade mineira de Poços de Caldas.
De lá pra cá, as atividades expandiramse para outros seis estados (Maranhão,
Pará, Pernambuco, Rio Grande do
Sul, Santa Catarina e São Paulo) e
ultrapassaram as fronteiras nacionais,
alcançando países como a Argentina,
o Chile, a Colômbia e o Peru.
Em Abril de 2006, a Alcoa iniciou um
novo capítulo nessa história ao finalizar
o primeiro ato de um investimento de
R$ 319 milhões na modernização da
Unidade Poços: ativou a primeira das
novas cubas eletrolíticas do Projeto
New Soderberg. “Esse projeto é muito
especial para a história da Unidade,
pois traz uma nova perspectiva de
continuidade das nossas operações
ao menos por mais 40 anos”, afirma
João Batista Menezes, Gerente de
Operações da Alcoa-Poços.
New Soderberg
Terceiro metal mais abundante na
crosta terrestre, o alumínio não é
retirado da natureza em sua forma
pura. Para obtê-lo, deve-se extrair
bauxita do solo, refiná-la para gerar
alumina e, depois, reduzi-la a alumínio,
num processo com alto consumo
de energia e de matéria-prima.
O New Soderberg, desenvolvido
pela Elkem, empresa sócia da Alcoa
nas unidades da Noruega, emprega
uma tecnologia específica para os
fornos eletrolíticos que permite
elevar a capacidade produtiva das
unidades sem aumentar a quantidade
de insumos utilizados e, ao mesmo
tempo, reduzindo as perdas de
matéria-prima e a geração de resíduos.
Ele já foi implementado pela Alcoa,
com sucesso, na fábrica norueguesa
de Lista, há 20 anos, e vem sendo
implantado na Unidade de Avilés,
na Espanha.
Já em testes na Alcoa-Poços, a instalação
total do projeto será feita ao longo de
nove anos e prevê a modernização de
288 fornos. Comparado ao processo
antigo, o New Soderberg reduz em
75% as emissões de gases de efeito
estufa e de material particulado, além
de melhorar as condições de trabalho
dos funcionários das salas de cubas,
favorecendo a ergonomia da realização
de tarefas.
Redução modernizada
em Poços de Caldas:
compromisso pelo menos
por mais 40 anos
O trabalho de modernização consiste
num projeto complexo, que exige
planejamento detalhado desde
o desenvolvimento da idéia inicial.
Ele ocorre com as cubas eletrolíticas
em funcionamento, com interferência
mínima na produção. Do total investido,
poços de caldas
37
O CICLO DO ALUMÍNIO
mineração de bauxita
refino de alumina
redução de alumínio
refino de alumina
processamento
reciclagem
extrusão
laminação
fundição
De alumina a alumínio
Na produção do alumínio, a redução é o processo que decompõe o metal e o oxigênio, que formam a alumina (AL2O3).
A operação ocorre a uma temperatura próxima a 960º C, nas cubas eletrolíticas – fornos especiais revestidos com carbono
pelos quais circula uma corrente elétrica.
Dentro da cuba, a alumina dissolve-se em uma solução química chamada eletrólito, formada por sais de criolita e fluoreto
de alumínio. Depois, mergulham-se nessa mistura blocos de carbono, ligados a um circuito elétrico.
O revestimento de carbono funciona como um catodo (pólo negativo) para a passagem da corrente elétrica. Os blocos
de carbono são os anodos (pólos positivos). Quando os blocos submergem na solução de alumina e eletrólito, estabelece-se
a passagem da corrente elétrica,
garantindo a alta temperatura
necessária ao processo.
barramento
Com a corrente elétrica, o oxigênio
+
da alumina reage com o anodo,
prendendo-se ao bloco de
carbono e formando dióxido
revestimento
de carbono
de carbono. Separado do
no fundo da cuba em estado
e encaminhado para
a produção de lingotes,
placas e tarugos (alumínio
primário).
38
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
eletrólito
alumínio
líquido
oxigênio, o alumínio deposita-se
líquido, de onde é retirado
alumina
anodo de
carbono
carcaça
metálica
barramento
isolamento
Parceria para a inovação
A Alcoa apóia e investe em parcerias com o meio acadêmico, pois acredita que elas podem gerar benefícios para a Empresa, para
as universidades e para a sociedade como um todo. Um exemplo bem-sucedido são os trabalhos conjuntos da Unidade Poços com
a Universidade Federal de São Carlos (USFCAR), localizada no interior de São Paulo.
Uma iniciativa envolvendo o setor de Engenharia de Processos do Revestimento de Cubas, o Departamento de Aplicações e a USFCAR
conseguiu aumentar significativamente a vida útil das cubas eletrolíticas da Fábrica de Poços. O trabalho levou à implementação de
práticas operacionais inovadoras para o início de operação das cubas, aliadas à utilização de novos materiais para o revestimento dos
catodos (veja box na página ao lado).
A pesquisa constatou que a temperatura final de pré-aquecimento adotada era de 860º C, bastante inferior à temperatura de operação
da cuba (960º C). Essa temperatura mais baixa gerava um valor alto de voltagem durante a partida. Nesses moldes, o processo apresentava
dois problemas: trincas no revestimento, durante o uso, devido ao balanço térmico inadequado, e maior consumo de energia.
A implantação das novas práticas operacionais resultou, em 2005, num aumento de 16,5% da vida útil das cubas, em relação
a 2004. Em 10 anos, estima-se retorno financeiro de R$ 2,77 milhões. O trabalho também contribuiu para a capacitação técnica
de funcionários da Alcoa Poços, incluindo a formação de um Mestre (Carlos Zangiacomi, Engenharia de Processos da Redução)
e um Doutor (Paschoal Bonadia, Área de Aplicação e Desenvolvimento).
O projeto foi reconhecido, em 2006, no congresso da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), com o prêmio de melhor trabalho
da sessão de refratários (Paschoal) e com o prêmio de melhor trabalho do congresso (Carlos). Além disso, recebeu o SARM (Sistema
Alcoa de Reconhecimento ao Mérito) local, em 2006.
R$ 217 milhões destinaram-se à
Passado, presente e futuro
para o desenvolvimento e a geração
modernização da produção de alumínio
Modernizar a Unidade de Poços de Caldas
de renda na cidade. Em 2006, o
primário, que inclui o Projeto New
é mais que uma decisão estratégica
Governo de Minas Gerais arrecadou,
Soderberg. Outros R$ 102 milhões serão
da Alcoa – é um compromisso com o
somando as duas unidades da Alcoa
utilizados para modernizar a subestação
passado, o presente e o futuro. Afinal,
(Poços de Caldas e Itajubá), mais
principal da Fábrica, com a substituição
trata-se do berço da Alcoa no Brasil.
de R$ 16 milhões em Imposto sobre
de transformadores em uso há 30 anos,
o que assegurará a continuidade
das operações da Unidade.
A Empresa participou decisivamente
do desenvolvimento da cidade,
que, em 2007, completa 135
a Circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS). Além disso, o número de
empresas mineiras fornecedoras
das duas unidades gira em torno
Após a conclusão do projeto, a
anos. Atualmente, o Índice de
capacidade da Unidade Poços saltará
Desenvolvimento Humano (IDH) –
de 95 mil toneladas para 105 mil
medida comparativa de condição
toneladas de alumínio por ano. Ainda
socioeconômica desenvolvida pela
mais importante, a Fábrica torna-se
Organização das Nações Unidas (ONU)
A modernização da unidade Poços
a única mine-to-metal (com processo
– de Poços alcança 0,841, frente
faz parte do projeto de crescimento
produtivo completo, desde a mineração
aos 0,792 do Brasil. A ONU considera
da produção de alumínio da Alcoa,
de bauxita, até a produção de alumínio
alto um IDH entre 0,800 e 1.
que conta com a instalação da mina
primário) da Alcoa no mundo e uma
das mais eficientes dentre as unidades
da Alcoa em todo o planeta.
A Unidade emprega diretamente
950 funcionários e gera cerca de 700
empregos indiretos, o que contribui
de 600, movimentando cerca de
R$ 200 milhões com a venda
de produtos e serviços.
de bauxita em Juruti-PA – com
reservas estimadas em 700 milhões
de toneladas – e a expansão da
Alumar, em São Luís-MA.
poços de caldas
39
BIODIVERSIDADE
PRESERVANDO A
AMAZÔNIA
Alcoa, Fundação Alcoa e Conservação Internacional lançam programa
que protege flora e fauna em 10 milhões de hectares amazônicos
Preservar a biodiversidade é uma
das ações que contribuem para
a sustentabilidade. Ao utilizarem
os recursos naturais com parcimônia,
de maneira a preservar a capacidade
de recuperação dos ecossistemas,
as empresas garantem a conservação
dessas fontes de recursos para
o futuro.
Mais que isso, nos dias de hoje, sabese que não se trata apenas de insumos
e matéria-prima. Os ecossistemas
estão diretamente associados ao que
chamamos de serviços ambientais,
como a manutenção da temperatura
do planeta e o regime de marés
e ventos, entre outros fenômenos
naturais. Isso significa que a extinção
ou a redução severa de uma espécie,
por exemplo, pode provocar
um desequilíbrio em determinado
ecossistema que afete os
serviços ambientais.
Movida por essa visão, a Alcoa
Alumínio S.A. e a Fundação Alcoa,
em parceria com a organização
ambientalista Conservação
Internacional (CI-Brasil), criaram
40
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
um programa de apoio à conservação
da biodiversidade em uma das áreas
mais ricas em espécies da Amazônia,
na região entre os rios Tapajós e
Madeira, a oeste do Estado do Pará
e a leste do Amazonas.
Lançado no dia 26 de Junho de 2007
(Dia Internacional da Floresta Tropical),
o Programa de Conservação criará, em
sua primeira fase, um novo corredor
de biodiversidade na Amazônia,
com quase 10 milhões de hectares
distribuídos entre os municípios de
Juruti-PA, Maués-AM, SantarémPA, Aveiro-PA e Itaituba-PA.
O Ministério do Meio Ambiente
(MMA), por meio do Ibama,
e a Secretaria de Estado de
Meio Ambiente do Pará (SEMA)
reconhecem e apóiam a iniciativa.
De acordo com o diretor de Áreas
Protegidas do MMA, Maurício
Mercadante, a iniciativa está alinhada
com as diretrizes do Governo,
promovendo o desenvolvimento local
e regional com base na conservação
e no uso sustentável dos recursos
naturais. “Queremos gerar riqueza,
emprego e renda, melhorar a vida
das pessoas sem destruir a floresta,
mantendo-a em pé e o mais íntegra
possível sob o ponto de vista
ecológico”, afirma.
Entre a diversidade de animais
presentes na região Tapajós-Madeira,
há espécies endêmicas (encontradas
somente na região), tais como
a ave Mãe-de-Taoca-Arlequim
(Rhegmathorina berlepschi) e dois
pequenos primatas conhecidos como
Sagüi-de-Santarém (Mico humeralifer)
e Sagüi-de-Maués (Mico mauesi). Há,
também, registros comprovados de
populações de espécies ameaçadas
de extinção, tais como a ararajuba
(Guaruba guarouba), o periquito
verde-amarelo (Brotogeris viridissimus),
que depende de extensas florestas
para a sua sobrevivência, e a arara-azul
(Anodorhynchus hyacinthinus).
Planejamento, capacitação
e investimento
Com duração de cinco anos,
o Programa de Conservação receberá
investimento de R$ 2 milhões
Primata é flagrado em árvore dentro
da área que será preservada pela
parceria entre a Alcoa e CI-Brasil
Projeto combate extinção de quelônios
Em Março de 2007, cerca de 440 espécimes jovens de tracajás, pitiús e tartarugas –
animais amazônicos ameaçados de extinção – foram devolvidos ao seu habitat natural
por pessoas que moram perto de lagos de Juruti, no Pará. Trata-se da primeira ação
desse tipo realizada pelo projeto “Quelônios da Amazônia”, parceria entre a Alcoa
e as comunidades da região para o manejo sustentável dessas espécies.
O projeto, que faz parte da Agenda Positiva da implantação da mina de bauxita de
Juruti, prevê a criação de quelônios, mais conhecidos como tartarugas, em cativeiro,
com a posterior introdução dos animais no seu habitat. Essa é uma forma de preservar
suas populações, criando mais um alicerce de preservação da biodiversidade local.
Há mais de três décadas, algumas espécies de quelônios, como Podocnemis expansa
(tartaruga-da-amazônia) e Podocnemis unifilis (tracajá), estão ameaçadas de extinção,
principalmente pela sua caça predatória e comércio ilegal.
Voluntários das comunidades ribeirinhas recebem capacitação para atuar como
agentes ambientais. Eles passam por treinamentos sobre identificação, manejo
e transferência de ninhos, coleta de ovos, incubação, berçários e soltura.
Num primeiro momento, três povoados receberam a capacitação da equipe do
“Quelônios da Amazônia”: Santa Terezinha do Lago das Piranhas, Santa Maria
Em Março de 2007, 440 espécimes jovens
de quelônios foram devolvidos ao seu
habitat natural
do Lago do Curumucuri e Nossa Senhora do Carmo do Igarapé das Fazendas.
A intenção da Alcoa é estender as ações para dez comunidades até o fim de 2007.
Os resultados do trabalho de conscientização já apareceram. “Até meus filhos ajudam nessa tarefa. Eu já fui uma pessoa
que invadiu muito a natureza, mas, de sete anos para cá, eu me conscientizei e, agora, trabalho em benefício das outras
comunidades”, diz Humberto da Silva Magalhães, jurutiense que atua como facilitador do projeto.
Ainda em estágio inicial, o projeto chamou a atenção do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis), que, no início do ano, procurou a companhia para uma possível expansão do trabalho. Uma equipe técnica do
Centro de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (IBAMA/RAN) foi a Juruti conferir as ações de preservação dos quelônios
e manifestou seu total apoio. “Este projeto é homônimo ao que mantemos no Ibama. Ficamos animados a ponto de sugerirmos
à Alcoa que, juntos, expandíssemos os trabalhos para todo o Brasil”, diz Nicola Tancredi, analista ambiental da jurisdição
do órgão em Santarém.
das instituições parceiras, com o
objetivo principal de colaborar na
implementação de unidades de
conservação – áreas delimitadas
do território nacional que contêm
recursos naturais de importância
ecológica ou ambiental e, por isso,
são especialmente protegidas por
lei. Definidos os limites territoriais
das unidades de conservação, suas
42
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
características naturais são analisadas,
e se estabelecem os objetivos de
conservação e o grau de restrição
à intervenção humana.
A colaboração com as unidades
de conservação foi considerada
a melhor estratégia para a parceria.
“Se apoiarmos os gestores das
unidades de conservação e a
população local com informações,
capacitação, recursos técnicos
e financeiros, poderemos mudar
comportamentos e, em pouco tempo,
criar um movimento positivo em prol
da conservação da biodiversidade na
região”, afirma o vice-presidente de
Ciência da Conservação InternacionalBrasil, José Maria Cardoso da Silva.
O Programa de Conservação divide-se
em quatro componentes. No primeiro,
Biodiversidade ou diversidade biológica é a variedade de
vida existente no planeta Terra, incluindo a fauna e a flora,
as funções ecológicas desempenhadas pelos organismos
nos ecossistemas e a variedade de comunidades, habitats
e ecossistemas formados pelos organismos
selecionaram-se cinco unidades de
conservação como prioritárias para
investimentos: Reserva Extrativista
Tapajós-Arapiuns, Parque Nacional
da Amazônia, Floresta Nacional do
Pau Rosa, Floresta Estadual de Maués
e Floresta Nacional de Amaná.
O segundo componente, em fase
inicial e com conclusão prevista até
o fim de 2007, consiste no apoio
à implementação das cinco unidades
de conservação prioritárias, com
a alocação de recursos técnicos
e financeiros para cada um dos
gestores. Estes, por sua vez, devem
submeter projetos a avaliação técnica.
Se aprovados, passam a receber
o apoio do Programa.
O objetivo do terceiro componente
consiste em capacitar tecnicamente
indivíduos e instituições locais para
a elaboração de programas de
conservação e desenvolvimento
sustentável. O quarto destina-se
Na internet:
Confira mais informações sobre
o Programa de Conservação em
http://www.alcoa.com/brazil/pt/
custom_page/environment_juruti_
meioambiente_conservacao.asp
a conceder apoio financeiro
a indivíduos e instituições capacitadas
no componente anterior.
Um olhar permanente
As ações e as políticas da Alcoa que
visam mitigar possíveis impactos das
atividades na diversidade biológica
não se resumem à Amazônia.
“A Alcoa tem um compromisso
com o uso sustentável dos recursos
naturais, promovido em todas as
localidades onde a companhia atua”,
afirma o presidente da Alcoa América
Latina, Franklin L. Feder.
Em 2007, realizaram-se outras ações
de destaque, no entorno de duas
unidades brasileiras: as fábricas
de Tubarão-SC e de Poços de CaldasMG. No município catarinense,
a companhia adquiriu uma área de
preservação ambiental de 12 hectares,
composta por 85% de mata nativa.
A propriedade constitui habitat para
Mudas de árvores nativas de Poços de Caldas-MG
vão substituir eucaliptos no reflorestamento
176 diferentes espécies botânicas,
o que lhe dá imenso valor, em termos
de biodiversidade. A intenção da
companhia para o local é desenvolver
programas ligados às boas práticas de
gestão ambiental, incluindo projetos
educacionais dirigidos à comunidade.
Já em Poços de Caldas, onde, desde
1993, se preserva o Parque Ambiental
Alcoa, a Alcoa Foundation tornou-se
uma das patrocinadoras das obras
de infra-estrutura do Jardim Botânico
da cidade. O aporte da entidade para
esse projeto alcançou R$ 530 mil.
Estudantes acompanham
atividades em visita ao Parque
Ambiental Alumar
Referência ambiental
Ao completar dez anos de projetos de educação ambiental, o Parque Ambiental
Alumar, em São Luís-MA, foi reconhecido como referência pelo Benchmarking
Ambiental Brasileiro 2006. A premiação apresenta as melhores iniciativas de
gestão ambiental corporativa no País.
Localizado em uma área de 1.800 hectares, ao redor do complexo industrial
“O Jardim Botânico é um projeto
muito importante para a rica
biodiversidade de Poços de Caldas,
pois permitirá o desenvolvimento
de atividades que ajudarão a ampliar
a consciência ecológica da nossa
comunidade e preservar e manter
as espécies da nossa flora”, destaca
Sebastião Navarro Vieira Filho, prefeito
do município. Segundo em atividade
no Estado de Minas Gerais, o Jardim
ocupa área de 45 hectares, onde se
desenvolvem pesquisas científicas,
com ênfase nas ações de conservação
ex situ (fora do ambiente natural)
da flora da região. Além de custear
as obras, a Alcoa está envolvida na
construção de um viveiro para a
produção de mudas ornamentais,
destinadas à arborização pública.
do Consórcio Alumar, o parque abriga mais de 200 espécies botânicas, além
de diferentes espécies de aves, répteis e anfíbios, incluindo algumas ameaçadas
de extinção. Desde o início de suas atividades, em 1996, o local já recebeu
a visita de mais de 100 mil pessoas, e 3 mil estudantes participaram
de seus projetos de educação ambiental. Realizam-se, também, atividades
de capacitação de professores, para que eles possam transmitir os valores
da preservação ambiental.
O parque possibilita aos visitantes conhecerem seus diversos ecossistemas, por meio
de passeios monitorados em suas trilhas interpretativas: Viveiro, Marfim, Porto
e Andiroba. Entre as espécies animais que vivem na área, encontram-se o bicho
preguiça, o gato-mourisco, o macaco-prego, o tamanduá-bira e a garça-azul.
44
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
Aves também se beneficiarão do
novo corredor de biodiversidade
Diagnóstico de espécies
A Alcoa está realizando um levantamento completo da fauna e da flora presentes nas suas duas RPPNs (Reservas Particulares do
Patrimônio Natural) localizadas em Poços de Caldas. Com base no diagnóstico, pretende-se elaborar um plano de manejo para as áreas,
que possuem imenso valor em biodiversidade.
Para desenvolver o projeto, a Empresa estabeleceu uma parceria com a ONG Biodiversitas, especializada no assunto. De Julho de 2007
a Dezembro de 2008, quando devem concluir o trabalho, os técnicos da entidade estudarão o status de conservação das espécies
botânicas e dos animais das reservas, além da relação dessas áreas com as comunidades do entorno. “A partir desse estudo, poderemos
criar zonas de visitação, outras para recuperação e assim por diante”, explica o engenheiro florestal da Alcoa João Guimarães.
A RPPN Retiro Branco, por exemplo, tem cerca de 300 hectares e está localizada próxima a bairros densamente habitados. A população
costuma visitar o Parque Ambiental Alcoa Poços, localizado dentro da reserva, para percorrer suas trilhas e ter contato com a natureza.
Lá, são realizadas atividades de educação ambiental com grupos de escolas públicas e particulares.
Por sua vez, a Reserva Morro das Árvores fica na divisa entre os municípios de Poços de Caldas e Caldas, em área rural. São 216
hectares de floresta nativa, cercada e intocada.
Grupo de estudantes percorre trilha em RPPN da Alcoa em Poços de Caldas-MG
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
DO GLOBAL
AO LOCAL
ALCOA ASSUME COMPROMISSOS NACIONAIS
DE COMBATE ÀS EMISSÕES DE GASES DE EFEITO
ESTUFA, AO MESMO TEMPO QUE INVESTE
EM TECNOLOGIA PARA REDUZIR SUAS EMISSÕES
46
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
“Caso medidas efetivas não sejam
urgentemente adotadas, furacões,
secas, inundações e danos aos
ecossistemas e à biodiversidade se
intensificarão, pondo em risco os
recursos naturais, os negócios e nossa
própria sobrevivência.” Esse alerta não
consta de um relatório do IPCC (Painel
Intergovernamental sobre Mudança
do Clima), mas sim do Pacto de Ação
em Defesa do Clima.
Proposto pelo Conselho Empresarial
Brasileiro para o Desenvolvimento
Sustentável (CEBDS) e formado
em Abril de 2007, o Pacto reúne
entidades ambientais e empresariais
brasileiras, com o objetivo de combater
o processo de aquecimento global
por meio da redução das emissões
de gases causadores do efeito estufa
(GEE). “Queremos agir para que o
aumento da temperatura média no
mundo não ultrapasse 2° C”, destaca
Marina Grossi, coordenadora da
Câmara Técnica de Mudança do Clima
e Energia do CEBDS. Para cumprir essa
tarefa, é preciso reduzir as emissões de
dióxido de carbono entre 50% e 85%,
até 2050.
A proposta do Pacto alinha-se às
políticas globais da Alcoa Inc., uma
das fundadoras da USCAP (sigla em
inglês para Parceria Americana pela
Ação Climática), aliança inédita entre
companhias líderes de mercado
e organizações ambientais que
recomenda ao governo dos EUA
que lidere esforços para a redução
de emissões de GEE na atmosfera.
“Sabemos que é nosso dever lidar com
a mudança climática”, afirma Alain
Belda, presidente mundial da Alcoa.
A USCAP trabalha para que o congresso
norte-americano trace metas de redução
das emissões para curto e médio prazos,
por meio da criação de um programa
nacional que acelere pesquisa,
desenvolvimento e aplicação tecnológica,
além de estimular ações semelhantes
em outros países. Todas as
recomendações da parceria têm
por base os seguintes princípios:
• Responsabilizar-se pelas dimensões
globais da mudança climática;
• Reconhecer a importância
da tecnologia;
• Ser ambientalmente eficaz;
• Criar vantagens e oportunidades
econômicas;
• Ser justo com setores
desproporcionalmente impactados;
• Reconhecer e encorajar ações
o mais cedo possível.
Como trabalho de conscientização,
a Alcoa promoveu a exibição do
documentário Uma Verdade
Inconveniente, do ex-vice-presidente
dos EUA, Al Gore, em todas as suas
localidades. Durante a campanha, mais
de 11 mil pessoas, entre funcionários
da companhia e seus familiares,
assistiram ao filme e passaram a
conhecer um pouco mais sobre as
mudanças climáticas e seus efeitos
sobre o planeta. Após as sessões,
foram promovidos debates sobre as
ações que a companhia está realizando
e o que se pode fazer individualmente
para frear o aquecimento global.
Em algumas fábricas, distribuíramse mudas de árvores e sacolas de
pano não descartáveis para substituir
as sacolas de plástico comumente
entregues nos supermercados.
mudanças climáticas
47
Ações de conscientização
Os resultados que a Alcoa vem obtendo no controle e na redução de emissões somente foram possíveis porque
a sustentabilidade faz parte da cultura interna da Empresa, inspirando as lideranças a atuar nessa área. A construção de um
ambiente de trabalho ético e responsável advém de um esforço permanente de conscientização interna em sustentabilidade,
capacitando os colaboradores a se tornarem multiplicadores desse conceito, tanto em suas atividades diárias quanto no seu
relacionamento com o público externo.
Dentre as ações realizadas em 2006, destaca-se a Plenária 2006, reunião anual do presidente da Alcoa América Latina, Franklin
L. Feder, com os principais executivos da companhia, parceiros, clientes e fornecedores, além de representantes da mídia e de
ONGs. Com 75 participantes, a reunião ocorreu em São Paulo, entre 31 de Outubro e 1º de Novembro, sob o tema “Liderança
para a Sustentabilidade”.
O evento constitui uma oportunidade para a reflexão e o aprofundamento em assuntos estratégicos da Alcoa. Os diretores de
todas as unidades participaram de uma sensibilização sobre liderança sustentável, realizada por uma consultoria especializada
em sustentabilidade empresarial. As palestras, as atividades e os debates que movimentaram o encontro ressaltaram o valor das
parcerias com clientes e fornecedores, além da consolidação do alumínio como produto sustentável.
Além de Feder, realizaram palestras Silvia Dias (Diretora de Recursos Humanos), sobre a expectativa dos participantes; Maurício
Born (Gerente de Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Sustentabilidade), sobre cisão e modelo de sustentabilidade da Alcoa;
e Nemércio Nogueira (Diretor de Assuntos Institucionais), com o tema Community Framework. O ponto de vista dos diversos
públicos interessados também foi debatido, com palestras de Marcos Sá Correia (jornalista), sobre a mídia; Nelson Findeiss (Tetra
Pak), Luis Norberto Paschoal (DPaschoal) e Bob Mangels (Mangels), sobre clientes; Pedro Leitão (Funbio), a respeito de ONGs;
e Marcelo Torres (ABN Amro Bank), sobre o mercado financeiro. Jessé de Souza Marques, diretor de Relações com a Comunidade
da Aracruz, falou a respeito do engajamento dos stakeholders.
Toda a emissão de CO2 da Plenária 2006, relacionada ao consumo de eletricidade, à geração de lixo e ao deslocamento
rodoviário e aéreo dos participantes, foi neutralizada com o plantio de 59 árvores.
locais para exibirem o filme e chamarem
a atenção de seus funcionários para
a importância do tema.
Essa iniciativa da Alcoa vem
despertando o interesse de órgãos
governamentais, ONGs e outras
empresas do setor. A Associação
Mineira de Defesa do Ambiente
(AMDA) sugeriu que mais indústrias
do Estado seguissem esse exemplo,
e a Prefeitura de Juiz de Fora-MG,
por exemplo, está incentivando
e criando parcerias com as indústrias
48
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
Os esforços vêm surtindo resultado. Em
Fevereiro de 2007, a Alcoa Inc. ficou
em terceiro lugar entre as 50 empresas
consideradas pioneiras mundiais em
baixa emissão de carbono, de acordo
com lista divulgada pela publicação
mensal de negócios CNBC European
Business. Trata-se da única metalúrgica
da lista e da primeira entre as três
grandes companhias norte-americanas
relacionadas.
O ranking leva em conta políticas
“corajosas ou inovadoras”, adotadas
na última década. “Qualquer economia
de energia se reflete no resultado da
Empresa, quando se trata da produção
de alumínio. A Alcoa foi além: sua
meta inicial consistia em obter redução
de 25% das emissões mundiais diretas
de gases causadores de efeito estufa
até 2010, com base no ano de 1990,
mas ela atingiu essa meta em 2003”,
diz a revista.
Veja mais sobre o 2020 Strategic
Framework for Sustainability
http://www.alcoa.com/global/
en/about_alcoa/sustainability/
2020_Framework.asp
GIAM, VENIAT. SUSTIE FACI TALORPERO DUNT
Desafi
o Dez Milhões
ÁrvoresAUGAIT VENIBH EU FACCUM
PRAESM
DOLOREdeMAGNA
VEROdeDUNCONUMAD
DOLOREMambiental
IRIURE
FEUGUERO.
Com o objetivo
contribuir para a conscientização
de seus
colaboradores, a Alcoa Inc. mantém o programa Dez Milhões de Árvores,
que tem como meta plantar essa quantidade de mudas até 2020. Lançado
em 1998, com o objetivo global de plantio de 1 milhão de árvores, o programa
teve essa meta estendida, em 2003.
Desde o lançamento do programa, as unidades e os colaboradores da América
Latina plantaram 696.512 mudas, equivalentes a 30% da meta de 2,3 milhões
a ser atingida pela região.
Em 2006, a Alcoa América Latina e seus colaboradores plantaram 112.410
– total que não contabiliza mudas plantadas em área de reflorestamento
de áreas mineradas, compensação ambiental, mudas herbáceas (pequenos
arbustos) e mudas plantadas em substituição a outras, como na manutenção
Placa identifica árvore plantada
por colaborador em Itapissuma-PE
do paisagismo. Esse é o segundo melhor resultado desde o início da contagem,
atrás apenas do registrado em 2005.
MUDAS PLANTADAS POR ANO NA AMÉRICA LATINA – PROGRAMA 10 MILHÕES DE ÁRVORES
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
Total
42.120
66.210
76.630
89.617
58.114
69.049
62.441
119.921
112.410
696.512
Crescer com
responsabilidade
“O desafio maior, agora, é manter
os níveis de emissões dentro dos
patamares de redução alcançados,
levando em conta o crescimento
da Empresa”, afirma Maurício Born,
Gerente de Saúde, Segurança, Meio
Ambiente e Sustentabilidade da Alcoa
América Latina. Para cumprir o objetivo,
a companhia adotou estratégias como
o Programa de Redução de Emissões
de Gases de Efeito Estufa, que buscará
ganhos potenciais em cada projeto
ou processo produtivo, não apenas
energia mais limpas. A utilização de
biodiesel em veículos, na Alumar
e na Unidade Poços, e o incentivo
aos fornecedores para abastecerem
com biodiesel os caminhões utilizados
em transporte de bauxita constituem
algumas iniciativas nesse sentido.
“E estamos analisando o uso de
biomassa em nossos fornos”,
revela Born.
na redução das emissões, mas
também em impactos institucionais
e financeiros.
Mas a Alcoa também lança mão de
outras linhas de ação. O processo
produtivo gera dois tipos de emissão:
de gases PFCs, durante o efeito
anódico – distúrbios que ocorrem
quando a quantidade de alumina
desce a níveis muito baixos no interior
dos potes de fundição –, e de CO2,
No Brasil, destaca-se a substituição
de combustíveis fósseis por fontes de
causada pelo consumo de anodo de
carbono – material usado no processo
de redução da alumina em alumínio.
Assim, faz parte do programa
melhorar constantemente o controle
de processos de produção de
alumínio, o que evita, entre outras
conseqüências, o efeito anódico.
Atuar no controle de processos
traz outros benefícios, como evitar
o desperdício de matéria-prima
e reduzir a quantidade de resíduos
descartados. Essa tarefa demanda
investimentos na modernização
da tecnologia – exatamente o que
está acontecendo na Fábrica de
Poços de Caldas. “A modernização
que vem sendo realizada reduzirá
consideravelmente as emissões da
Fábrica. Já há novas cubas em fase
de testes”, afirma Maurício Born.
mudanças climáticas
49
ENERGIA
INVESTIMENTO
EM UMA MATRIZ LIMPA
Com a viabilização de duas novas usinas
hidrelétricas, Alcoa avança em sua meta
de 70% de autogeração até 2011
O ano de 2007 trouxe para a Alcoa
grandes desafios e excelentes
perspectivas. Iniciaram-se as obras
de duas novas usinas hidrelétricas
gerenciadas por consórcios dos quais
a companhia participa: Estreito,
na divisa dos estados do Tocantins
e do Maranhão, e Serra do Facão,
na divisa entre Goiás e Minas Gerais.
Em tempos em que os projetos
de geração de energia encontram
dificuldades de toda ordem para
ser implantados, a obtenção das
licenças para as obras no Ibama
(Instituto Brasileiro de Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis)
constituía o primeiro desafio a ser
enfrentado. Após apresentarem o
Plano Básico Ambiental, que detalha
medidas de controle de possíveis
impactos socioambientais, com
o objetivo de mitigá-los ou atenuar
suas conseqüências, as licenças
foram concedidas.
Agora, a companhia trabalha na
execução dos projetos. Quando
as usinas estiverem totalmente
operantes, o que está previsto para
acontecer em 2011, o índice de
autogeração de energia da Alcoa
subirá para 70% – atualmente,
alcança 40%.
50
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
O número é considerado muito bom
por Ricardo Sayão, Diretor de Energia
da Alcoa América Latina. “Em 2000,
a Alcoa era totalmente dependente de
contratos de fornecimento de energia.
Hoje, estamos a 40%. Chegar a 70%,
daqui a quatro anos, será uma
posição excelente.”
O atual fornecimento de energia
hidrelétrica da Alcoa provém
da participação em duas usinas,
localizadas na Região Sul do País:
Machadinho – em operação desde
2002, com capacidade instalada
de 1.140 MW – e Barra Grande –
em operação desde 2005 e com
capacidade instalada de 708 MW.
Elas podem atender totalmente as
demandas da Fábrica de Poços de
Caldas-MG por mais 30 anos, além
de remeter a sobra para a Alumar,
num balanço energético feito por
meio do sistema nacional de energia.
O investimento em geração própria
se explica: 30% do custo total da
produção do alumínio têm origem
no consumo de energia. Aproximarse da auto-suficiência por meio de
geração hidrelétrica, fonte renovável
e limpa, consiste uma estratégia da
Alcoa para garantir o fornecimento
contínuo, a custo competitivo.
Além disso, a expansão da Fábrica
Hidrelétrica de Barra Grande gera
energia desde o final de 2005
de redução de alumina da Alumar,
em São Luís-MA, resultará em
acréscimos no consumo total. “De
certa forma, o ônus do crescimento
da Empresa recai sobre a área de
energia”, afirma Ricardo Sayão.
Em Março de 2006, após adquirir
6,4% de cotas do Consórcio Estreito
Energia (CESTE) que pertenciam à BHP
Billiton, a Alcoa passou a ter 25,49%
de participação, o que corresponde
a um total de 149 MW, cujo destino
será a Alumar. “Essa aquisição dá
continuidade à nossa estratégia
energética global de assegurar
o fornecimento de energia confiável
e a baixo custo, além de ampliar
nossa auto-suficiência, visando ao
crescimento sustentável da produção
de alumínio primário no Brasil”,
afirma Franklin L. Feder, presidente
da Alcoa América Latina.
Emprego e renda
As vantagens das novas usinas não
se restringem ao âmbito interno da
companhia. Juntas, as duas obras
empregarão aproximadamente 8.500
trabalhadores, dos quais 5.000 em
Estreito e 3.500 em Serra do Facão.
Há incentivo para a contratação de
mão-de-obra local, garantindo uma
fonte de renda para as comunidades.
“São empregos gerados nessas
regiões, um efeito muito positivo
causado pelas duas hidrelétricas”,
analisa Juliano Natal, Consultor
de Segurança e Meio Ambiente
da Divisão de Energia da Alcoa.
O Consórcio Estreito Energia (CESTE)
sofreu uma grande reestruturação
para atender as demandas do período
de construção, sendo contratados
profissionais experientes na gestão
de obras deste porte. Dada a grande
relevância dos aspectos sociais da
energia
51
região, foi criada uma Diretoria
Socioeconômica, cuja principal
atribuição é implantar programas
socioambientais, bem como
cuidar do processo de relocação
e indenização de familias.
de conseguir um emprego, o CESTE
Para melhor qualificar a mão-de-obra
local, o CESTE implantou parcerias
com o SENAI (Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial) e prefeituras,
visando realizar cursos de treinamento
para diversas funções. Até meados de
2007 haviam sido graduados mais de
600 moradores da região, capacitados
a trabalhar na construção da usina
e nas obras do reservatório.
de candidatos pré-selecionados,
Além disso, para orientar pessoas
que, atraídas pela construção, vêm de
outras localidades, com a expectativa
Barragem de Barra
Grande: energia
limpa e renovável
criou o Centro de Apoio ao Migrante.
As pessoas recebem orientações sobre
os tipos de empregos disponíveis.
Dependendo da qualificação do
as mesmas tarefas, porém de maneira
menos abrangente, uma vez que
o empreendimento é menor, gerando
cerca de um terço dos empregos
previstos para Estreito.
migrante, ele integra uma listagem
enviada para as empresas contratadas.
Caso o migrante não possua qualificação
que possibilite ser chamado para
algum posto de trabalho, ele recebe
orientação para retornar ao seu local
de origem.
O Centro de Apoio ao Migrante
também promove campanhas
educativas e de prevenção a doenças,
sexualmente transmissíveis. Em Serra
do Facão, será implantado um Centro
de Comunicação, que desempenhará
Situação atual
A construção do canteiro de obras
da usina de Estreito começou em
Fevereiro de 2007. Toda a infraestrutura para o início da construção,
prevista para Julho (mês em que este
Relatório foi concluído), está sendo
implementada, incluindo alojamentos
e escritórios.
A usina, maior projeto hidrelétrico
atualmente em construção no Brasil,
é uma das grandes apostas do Programa
de Aceleração do Crescimento (PAC),
A família do agricultor João Maria da Luz,
residente na Comunidade Rural Santa Catarina,
de Barra Grande, e a casa recebida durante
o processo de reassentamento
Capacitação gera nova fonte de renda em Santa Catarina
O investimento da Energética Barra Grande S.A. (BAESA) na capacitação dos trabalhadores rurais do seu entorno já dá resultados
significativos. Desde Setembro de 2006, 21 famílias da comunidade rural Barra do Imigrante, em Campo Belo do Sul-SC, vendem
cerca de 7.500 litros de leite ao mês para a Lactoplasa, empresa de laticínios com sede em Lages-SC.
O programa Linha de Leite, alternativa de renda obtida pelas famílias da comunidade, integra um projeto de inclusão social
e desenvolvimento sustentável posto em prática pela BAESA, consórcio que opera a usina e do qual a Alcoa é a principal acionista
– também participam do empreendimento a Camargo Corrêa, a Votorantim e a CPFL. “Agora, não dependemos apenas
da agricultura”, orgulha-se José Air de Lima Pereira, um dos produtores beneficiados.
Em uma primeira ação, a BAESA promoveu, em Julho de 2005, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural
(SENAR) e o Sindicato dos Agricultores, o curso “Bovinocultura de Leite e Pastagens”. Abordaram-se a criação e o manejo
do gado, ações para garantir a sanidade animal e a produção e comercialização de leite.
Para participar do programa, as famílias obtiveram financiamento no Banco do Brasil e investiram recursos próprios, além dos
repassados pela BAESA. Os repasses são fruto do Acordo Social firmado com as comunidades e estão previstos no Plano de
Desenvolvimento Regional (PDR), que vem sendo desenvolvido em parceira com o Ibens (Instituto Brasileiro de Educação em
Negócios Sustentáveis) e com órgãos públicos, entidades empresariais e instituições sociais e comunitárias.
Os recursos foram aplicados na aquisição de 17 vacas leiteiras e 7 resfriadores de imersão e na formação de pastagem perene,
sistema de manejo diferenciado que produz pastagem o ano inteiro.
energia
53
CESTE usa IDH para avaliar Acordo Social do Estreito
Desde que obteve a licença de instalação da usina hidrelétrica em Estreito, o CESTE busca elaborar um Acordo Social que promova
o desenvolvimento sustentável da região, que reúne 12 municípios e cerca de 110 mil habitantes. A meta consiste em utilizar
o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Organização das Nações Unidas (ONU) para avaliar o desenvolvimento
socioeconômico da região.
O CESTE avaliou as demandas da comunidade, com o objetivo de cumprir o papel de interlocutor com o Governo. O maior
problema reside na infra-estrutura básica da região, pois grande parte da população não tem acesso à energia elétrica
e ao saneamento básico, por exemplo.
O município de Estreito-MA possui cerca de 25 mil habitantes e apenas um hospital público. Um dos primeiros investimentos
sociais do CESTE ocorreu justamente nesse hospital, que recebeu R$ 69 mil em assessoria de gestão hospitalar e equipamentos
para informatizar as suas instalações.
Além disso, os cerca de 160 agentes de saúde dos três municípios que abrigam os canteiros da obra da barragem (Estreito,
Palmeiras do Tocantins e Aguiarnópolis, ambas no Tocantins) participaram de capacitações, por meio de palestras e cursos sobre
a prevenção de doenças como dengue e esquistossomose, sobre prevenção às DST (doenças sexualmente transmissíveis) e à malária.
Até o fim do primeiro semestre de 2007, o consórcio realizou, nos 12 municípios da região, cursos profissionalizantes de pintura,
informática, construção civil e secretariado.
À época de conclusão deste relatório, em Julho, 10 municípios atingidos pela barragem haviam assinado o Acordo Social.
Trabalha-se para que todas as demandas previstas no documento sejam atendidas antes da concessão da licença de operação
da usina, o que deve acontecer em 2010.
na área energética. Lançado em 2007,
pelo Governo Federal, o PAC consiste
num conjunto de políticas econômicas,
planejadas para os próximos quatro
anos, com o objetivo de acelerar
o crescimento econômico do Brasil,
prevendo investimentos totais
de R$ 503 bilhões, até 2010.
Desde que a licença de construção
foi concedida ao CESTE, em 2004,
ocorreram diversas audiências públicas
com lideranças locais. Estabeleceuse uma série de melhorias a serem
feitas, incluindo programas de apoio
à comunidade que se estenderão pelo
período de operação da usina.
A barragem da usina deve alagar
uma área de 400 km², que abrange
diretamente porções territoriais de
12 municípios. Já se iniciou o plano
de reassentamento das comunidades,
54
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
que cumprirá a realocação de todas
as famílias residentes em área de
risco num prazo de até seis meses
anteriores ao enchimento do lago.
Em conjunto com a FUNAI e lideranças
indígenas, o CESTE está trabalhando
num programa de melhorias para
as comunidades indígenas dos
Apinajé e Krahô, no Tocantins,
e Krikati e Gavião, no Maranhão.
Em Serra do Facão, uma série de
fatos novos, ocorridos ao longo de
2006 e 2007, modificaram a situação
da hidrelétrica, que apresentava
custos considerados elevados e que
inviabilizavam a obra. Um deles foi
a regulamentação da taxa anual
UBP (Uso de Bem Público). Com essa
regulamentação, o consórcio Grupo
de Empresas Associadas Serra do
Facão (GEFAC) iniciará o pagamento
da taxa com o início da geração
comercial, no caso de vender parte
da energia gerada nos leilões das
distribuidoras.
As obras foram iniciadas em Fevereiro
de 2007 e a geração comercial está
prevista para Dezembro de 2010.
Em 2011, quando estiver em plena
capacidade, a usina gerará 210 MW.
Assim como o projeto Estreito, estão
sendo implementadas várias ações para
melhoria em infra-estrutura e serviços
públicos dos municípios periféricos
às obras nas áreas de educação, saúde
e segurança pública.
No processo de negocição com as
comunidades lindeiras ao reservatório,
está sendo constituída uma comissão
com representantes das familias na
qual será discutido e definido o plano
de remanejamento, tornando o processo
participativo e transparente.
As turbinas de Barra Grande têm capacidade para
gerar 708 MW de energia elétrica, suficientes para
atender as demandas da Alcoa-Poços
DIÁLOGO COM STAKEHOLDERS
A MAIS ÉTICA PARA SER
A MELHOR DO MUNDO
Reconhecimento do Covalence Ethical Ranking incentiva a Empresa
a intensificar ações de engajamento dos públicos estratégicos
Abertura do evento Juruti Sustentável,
realizado em Janeiro de 2007 no Pará
“Os conselheiros da Alcoa ouviram
algumas duras palavras e críticas diretas.
Em vez de rechaçar as expressões,
pareceram sinceramente interessados em
compreendê-las, captando o conteúdo
de verdade que elas eventualmente
possam ter.” A frase, de autoria do
jornalista paraense Lúcio Flávio Pinto,
56
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
respeitado por denúncias contra
a devastação da natureza na Amazônia,
não apenas descreve uma reunião de
executivos da Alcoa com a sociedade
em Juruti-PA, mas retrata uma postura
que faz parte da cultura da Empresa.
Publicada em 26 de Junho de 2006,
pela Agência de Notícias Adital,
especializada em fornecer a agenda
social latino-americana e caribenha
à mídia internacional, essa opinião foi
escrita após um encontro da companhia
com lideranças jurutienses, no Hotel
Hilton, em Belém-PA, na qual esteve
presente o presidente da Alcoa América
Latina, Franklin L. Feder. Na descrição
de Flávio Pinto, os executivos mostravam
“sensibilidade para um lance novo
do jogo: o custo social e ambiental
da empreitada”.
A iniciativa não é isolada. A cidadania
empresarial, intimamente relacionada
com a sustentabilidade, é exercida
pela Alcoa há muito tempo, bem
antes de as práticas sustentáveis de
gestão terem sido absorvidas pelo meio
corporativo. Mais que doar recursos
financeiros, a companhia atua no
engajamento dos colaboradores
e em parcerias para o desenvolvimento
de comunidades.
Não se trata apenas de um discurso
pomposo: as práticas da Alcoa são
reconhecidas em todo o mundo. Em
2006, a companhia foi apontada
como líder mundial em ética, no
setor de mineração e metalurgia,
segundo a avaliação do Covalence
Ethical Ranking, organização
não-governamental sediada em
Genebra (Suíça) que realiza avaliações
da reputação ética de empresas
multinacionais, instituições financeiras
e organizações públicas. A ONG destaca
os avanços da Alcoa relacionados aos
programas para reduzir a emissão de
gases de efeito estufa, aos valores
praticados, à estratégia socioambiental
e aos relatórios de sustentabilidade.
A avaliação tem por base 45 critérios,
incluindo itens como responsabilidade
social e presença internacional. Desde
que a ONG iniciou o levantamento anual,
em 2002, a Alcoa não apenas vem
liderando sua categoria, como também
foi a terceira empresa que mais evoluiu,
posicionando-se como umas das dez
multinacionais mais éticas do planeta.
“Nossa meta é a perfeição. Sem esse
objetivo, não chegamos a lugar algum”,
afirma Nemércio Nogueira, Diretor
de Assuntos Institucionais da Alcoa.
Outro estudo, da consultoria global
independente Governance Metrics
International (GMI), deu à companhia
a nota máxima (10) no quesito
“Comportamento empresarial”, por
seu apoio às comunidades, com ênfase
na segurança e em iniciativas de
preservação ambiental. Em se tratando
de governança corporativa, a Alcoa Inc
obteve a nota 9,5 – bastante superior
à média 6,5, obtida pelas companhias
do mesmo setor. As notas da avaliação
do GMI são atribuídas com base
em questionários respondidos
pelas companhias.
Em 2006, a Companhia
foi apontada como
líder mundial em
ética, no setor de
mineração e metalurgia,
segundo a Covalence
Ethical Ranking
A atuação econômica e ambiental,
somada às ações de responsabilidade
social, também levou a Alcoa a integrar,
pelo quinto ano consecutivo, o Índice
Dow Jones de Sustentabilidade, da bolsa
de valores de Nova Iorque (EUA). Criado
em 1999, trata-se do primeiro índice de
bolsa de valores a avaliar o desempenho
financeiro de empresas globais na
condução da sustentabilidade.
Além dessas reações positivas à nossa
presença, ao compararmos o IDH (Índice
de Desenvolvimento Humano) dessas
localidades, ao longo dos anos, temos
percebido uma melhora nesse indicador.
A influência da nossa presença nesse
aumento não é óbvia ou totalmente
clara, por isso estamos implementando
outros indicadores para medir os
impactos positivos e negativos de nossas
atividades, em algumas localidades.
Destaques na mídia
No Brasil, o Guia de Boa Cidadania
Corporativa 2006, da revista Exame,
destacou as ações realizadas em
Juruti, onde a companhia obteve
das comunidades locais a chamada
“licença social”. Estreitamente ligado
à sustentabilidade, esse conceito
adotado pela Alcoa indica haver
permissão da sociedade, ainda que
informal, para que uma empresa prossiga
com a implementação de um projeto.
Por sua vez, a revista norte-americana
Ethisphere, que se dedica a esclarecer
a importante correlação entre ética
e lucro, elegeu a Alcoa como uma
das empresas mais éticas do mundo.
Em seis meses de análises, os editores
da revista escolhem menos de 100
companhias de todo o mundo que
atendem à exigência de ir além do
discurso sobre a execução ética dos
negócios, cumprindo compromissos
em liderança, ética e responsabilidade
social corporativa.
A Alcoa conquistou, ainda, o segundo
lugar, na categoria Metalurgia e
Siderurgia, na oitava edição do Prêmio
As Empresas Mais Admiradas do
Brasil, da revista Carta Capital. Os
mais de mil executivos que avaliaram
as empresas, incluindo presidentes,
superintendentes, vice-presidentes e
diretores de companhias de 43 áreas
da economia brasileira, destacaram
a postura ética da Alcoa na avaliação.
Segundo Nogueira, o reconhecimento
das boas práticas da Empresa é,
também, conseqüência do trabalho
que a área de Assuntos Institucionais
diálogo com stakeholders
57
Uma rede do bem
Dar visibilidade às ações de voluntariado realizadas por funcionários de todas as unidades da Alcoa
no Brasil, além de criar novas oportunidades para quem quer contribuir com as comunidades em
que a Empresa atua. Esses são os objetivos da Rede do Bem Alcoa, site lançado pelo Instituto Alcoa
em Maio de 2007.
“É uma fonte de bate-papo, inspiração, esclarecimento de dúvidas, testemunho de momentos especiais... Enfim, um canal para
conversar sobre tudo o que acontece na vivência de quem é voluntário e daqueles que pretendem ser”, descreve Suzana Sheffield,
Vice-presidente do Instituto Alcoa. O conceito usado na Rede do Bem Alcoa é o V2V (volunteer to volunteer), baseado no
entendimento de que o próprio voluntário deve promover o voluntariado, de forma autônoma e descentralizada.
Cada participante do novo portal tem à sua disposição um espaço próprio – uma espécie de blog onde se podem divulgar idéias,
administrar projetos e relatar experiências. Outro espaço importante é o fórum de discussões.
Para se registrar, interagir nas salas de discussão e criar comunidades, o participante deve ser funcionário da Alcoa. Mas qualquer pessoa
pode acessar o site para conhecer um pouco do trabalho realizado por esses funcionários, além de visualizar entrevistas e notícias.
Veja mais na internet: http://www.rededobemalcoa.com.br
PARTICIPAÇÃO NO PROGRAMA BRAVO!
BRAVO! BRASIL
BRAVO!
LOCALIDADE
FUNCIONÁRIOS
FUNCIONÁRIOS
LOCALIDADE
ESTAGIÁRIOS QUE
%
QUE REALIZARAM O
NA
BRAVO! em 2006
AFL
648
419
65%
ALPHAVILLE
222
77
35%
ALUMAR
CHILE
COLÔMBIA
1.861
85
75
1.616
3
6
87%
4%
8%
GBS
165
66
40%
ITAPISSUMA
965
625
65%
JURUTI
46
7
15%
POÇOS
952
864
91%
SÃO PAULO
171
9
SOROCABA
62
1
2%
367
266
72%
TUBARÃO
UTINGA
TOTAL
5%
325
5
2%
5.944
3.964
67%
• Em 2006 foram realizados 3.964 BRAVOs na América Latina;
• 3.955 só no Brasil, ou seja, 68% dos funcionários completaram as 50 horas anuais;
• Foram mais de 590 instituições beneficiadas;
• Doação de US$991,000;
• Mais de 203.000 horas de trabalho voluntário;
• De 2005 para 2006 houve aumento de 8% na participação;
• Poços de Caldas foi destaque com 91% dos funcionários participantes;
• Alumar teve maior número de participação com 1.616 funcionários (87%).
58
LOCALIDADE
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
ESTAGIÁRIOS
NA LOCALIDADE
REALIZARAM O
%
BRAVO! BRASIL
em 2006
AFL
23
8
35%
ALPHAVILLE
28
4
14%
107
14
13%
GBS
13
6
4%
ITAPISSUMA
48
18
38%
POÇOS
48
47
98%
SÃO PAULO
16
1
16%
ALUMAR
TUBARÃO
TOTAL
17
6
35%
300
104
31%
OBS.: O Programa BRAVO! BRASIL foi criado pelo Instituto Alcoa para os estagiários.
• 104 estagiários realizaram o BRAVO! BRASIL, ou seja, 31%;
• Poços de Caldas teve participação de 98% dos estagiários;
• 4.160 horas de trabalho;
• Doação de R$ 28.600,00.
vem realizando, que avançou
consideravelmente, em 2006,
assegurando comunicação eficaz
e transparente dentro da própria
companhia e com seus stakeholders.
“Tivemos um trabalho substancioso
na comunicação empresarial, não
falamos apenas por falar. É fundamental
que nossa comunicação reflita
nossas práticas, e essas, os valores
da Empresa”, analisa.
Na ocasião, a Alcoa Foundation pôde
conferir de perto o engajamento dos
funcionários da Alumar, que, em 2005,
bateram o recorde de voluntariado,
com 1.480 participantes no programa
BRAVO!. O programa destina doação de
US$ 250 para a instituição escolhida pelo
funcionário que completa, durante
o ano, 50 horas de trabalho voluntário
fora do expediente. Aliás, essa marca
motivou a decisão de realizar o encontro
em São Luís.
Em tempo: o recorde de voluntariado
de 2005 já ficou pra trás: em 2006,
1.616 colaboradores da Alumar
participaram do programa.
Assim como no consórcio maranhense,
os resultados regionais vêm se
mostrando relevantes: em 2006, 3.964
colaboradores (67%) da Alcoa América
Latina participaram do BRAVO!, somando
203 mil horas de dedicação às entidades.
Em relação ao ano de 2005, houve
aumento de mais de 8% na participação.
Participação interna
Com base em valores como ética,
transparência e diálogo, a Alcoa
conseguiu, ao longo de 2006, motivar
ainda mais a postura cidadã de seus
funcionários. Símbolo dessa conquista,
o mês de Outubro de 2006 registrou
um dos momentos mais importantes
da história do Instituto Alcoa. Durante
os eventos do Mês Mundial de
Serviços Comunitários, o Conselho
de Administração da Alcoa Foundation
reuniu-se pela primeira vez, em 50
anos de existência, fora dos EUA,
onde tem sede.
A reunião dos conselheiros ocorreu
em São Luís-MA, e teve como objetivo
incentivar uma rede internacional
voltada para ações voluntárias. Além de
atividades que incluíram visitas a projetos
comunitários, ocorreram palestras
de Alain Belda, chairman e CEO da
Companhia, Meg McDonald, presidente
da Alcoa Foundation , Renata Camargo
Nascimento, Presidente do Conselho
do Instituto Alcoa, e Ruth Cardoso,
ex-primeira dama e presidente do
Comunitas, entre outras personalidades.
ONGs com iniciativas voltadas para o
fortalecimento da sociedade civil e a
promoção do desenvolvimento social
no Brasil e a comunidade acadêmica
também se fizeram presentes.
Retorno da sociedade
Diferentes municípios que abrigam unidades da Alcoa expressaram gratidão pelos
resultados das atividades da companhia.
Em Julho de 2007, o prefeito de Poços de Caldas-MG, Sebastião Navarro
Vieira Filho, endereçou à Alcoa uma carta para destacar sua importância
para a sociedade local. “(A atuação da Alcoa) reflete de maneira especial na
composição do perfil socioeconômico do Município”, diz um trecho da carta.
Em 2005, Poços já havia entregue à Alcoa o Diploma de Gratidão da Cidade.
Também em Julho de 2007, a prefeita de Andradas-MG – município vizinho a
Poços –, Margot Navarro Graziani Pioli, agradeceu a Alcoa por carta, destacando
o desenvolvimento de projetos sociais e a atuação ambientalmente responsável.
“Além de ser uma das maiores fontes de arrecadação de ICMS e do ISS, gera
empregos para a população”, diz o prefeito de Itapissuma, Clóvis Barros, em
carta de agradecimento endereçada à Alcoa em 5 de Junho de 2007.
Em 2005 a Alumar recebeu do prefeito Tadeu Palácio o título de Empresa Amiga
da Cidade de São Luís, por “colaborar com a melhoria da qualidade de vida
da população e das condições socioambientais”.
Em São Paulo, moradores de bairros da zona leste encaminharam um abaixoassinado de agradecimento pela construção de passeios e alambrados num
trecho da Avenida Wenceslau Braz, nos quais a comunidade pode fazer
“caminhadas tranqüilas e seguras”.
Além destas reações positivas à nossa presença, ao compararmos o IDH - Índice
de Desenvolvimento Humano, dessas localidades ao longo dos anos, percebemos
melhorias nesse indicador. A influência da nossa presença neste aumento não é
óbvia ou totalmente clara, por isso estamos implementando outros indicadores
para medir os impactos de nossas atividades em algumas localidades.
diálogo com stakeholders
59
Board da Alcoa Foundation se reuniu pela primeira
vez fora dos EUA na Alumar, em São Luís
Agilidade na liberação de recursos
O livro O Mundo é Plano – Uma História Breve do Século XXI (Editora Objetiva), no qual
o jornalista norte-americano Thomas Friedman explica como a globalização pode ajudar
a diminuir as barreiras entre os países, serviu de base para a implantação de um processo
mais ágil e eficiente de envio dos recursos da Alcoa Foundation para as instituições
beneficiadas no Brasil. A partir de Agosto de 2006, o Instituto Alcoa passou a centralizar
o recebimento dos aportes financeiros e realizar o repasse às entidades.
O Instituto Alcoa é, agora, responsável por todas as etapas administrativas relativas ao repasse
de recursos, o que inclui providenciar documentações, além de realizar registros e pagamentos.
Com o novo modelo, os custos e burocracia no processo diminuíram e é possível acompanhar
mais de perto o andamento de todos os projetos sociais apoiados pela companhia no País
e apoiando-os com mais agilidade.
Em 2006, somando os recursos da Alcoa, do Instituto Alcoa e da Alcoa Foundation, foram repassados R$ 9,2 milhões, incluindo
doações feitas pelas unidades, Action e BRAVO!, beneficiando cerca de 700 mil pessoas. Esse total abrange 118 projetos,
apoiados pelo Instituto Alcoa e pela Alcoa Foundation com R$ 2,4 milhões.
60
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
Entrevista Anita Roper
Brasil é destaque em engajamento
Diretora de Sustentabilidade da Alcoa
Global, a australiana Anita Roper
admira os brasileiros pela proatividade
em ações de voluntariado. Ela esteve
no país em Junho de 2007 para
apresentar o modelo estratégico
de sustentabilidade da companhia
e concedeu uma entrevista para
o Relatório de Sustentabilidade,
na qual elogiou a qualidade do
engajamento de públicos interessados
promovido pela Alcoa Alumínio S.A.
no início do processo e entender
suas preocupações. Também é
muito importante documentar essas
preocupações e definir quais objetivos
se quer alcançar. Se não dialogarmos
com os stakeholders, nunca vamos
saber quais são suas preocupações.
Mas é preciso, além de perguntar,
estar disposto a ouvir suas respostas.
Às vezes, as expectativas das
comunidades vão além do que
a companhia realmente pode fazer
por elas. Como lidar com isso?
Qual é o papel do alumínio em um
mundo mais sustentável? E qual é
o seu papel para a sustentabilidade
da Alcoa?
O alumínio é um fantástico material
de baixo peso, muito importante para
a indústria de transportes, por exemplo.
Sua reciclabilidade é outra característica
essencial na atual busca por um mundo
mais sustentável. Mas a relação da Alcoa
com a sustentabilidade não tem a ver
apenas com o produto que fabricamos:
ela também está relacionada com
o nosso desempenho na fabricação
desse produto. Quando desenvolvemos
atividades de mineração ou reciclamos,
buscamos fazer isso da forma mais
apropriada possível. Nossa história de
sustentabilidade inclui ainda nossos
clientes, que, assim como nós, buscam
reduzir o impacto dos seus produtos.
Como encontrar um denominador
comum entre as expectativas dos
stakeholders e as responsabilidades
da Empresa perante as partes
interessadas?
Por meio de conversas com os
stakeholders. É preciso engajá-los logo
Anita Roper: “Brasil é líder em termos
de participação dos funcionários”
Ajudando as comunidades a entender
as limitações da Empresa. Essa é uma
vantagem de se começar cedo
o diálogo com os stakeholders.
É muito importante colocar na mesa
o que você pode e o que não pode
fazer. É preciso aprender a dizer
“não, isso não é possível” e explicar
o porquê e participar de discussões
a respeito. Então seus stakeholders
provavelmente dirão “Eu entendo
seu ponto de vista”. Isso faz parte
do processo de construção da confiança
e da reputação e leva tempo.
Que tipo de engajamento de
stakeholders a Alcoa promove?
Engajamos nosso stakeholders em
todos os níveis. Globalmente, nos
reunimos regularmente com acionistas
que olham mais de perto nosso
desempenho social. Nos países onde
atuamos, realizamos encontros com
ONGs nacionais e internacionais para
falar sobre questões críticas de nosso
negócio. Ouvimos suas expectativas
e tentamos entendê-las. Também
queremos que elas entendam nosso
negócio e nossos desafios. Quanto
mais um stakeholder entende nosso
negócio, mais fácil será para ele
entender nosso ponto de vista.
Realizamos, ainda, engajamentos
regionais e locais. E ainda temos
o engajamento das comunidades
realizado pelas plantas. No Brasil,
organizamos reuniões plenárias com
representantes de stakeholders-chave,
como consumidores, fornecedores,
imprensa, governo e ONGs. Engajamos
stakeholders para aprender com eles,
para ver através dos seus olhos.
Se fossemos elaborar um ranking
global de sustentabilidade, em
que lugar você colocaria o Brasil?
E a Alcoa no Brasil?
Não há dúvidas de que a Alcoa
no Brasil é líder quando falamos
da participação de funcionários em
atividades voluntárias, por meio dos
programas Action e BRAVO!. Queremos
entender por que isso ocorre aqui
e como podemos alcançar uma
participação similar em outros países.
diálogo com stakeholders
61
SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
PLANEJAMENTO É VIDA
Com a saúde e a segurança como prioridade estratégica e operacional,
índice de acidentes com afastamento aproxima-se de zero
Trabalhar com as condições de
segurança necessárias para, ao final
do dia, voltar para casa nas mesmas
condições de quando saíram e, assim,
desfrutar bons momentos com a
família. Os profissionais que atuam
na Expansão da Refinaria da Alumar,
em São Luís-MA, projeto que já
superou a marca de 8 milhões de
horas/homem trabalhadas sem
a ocorrência de incidentes com
afastamento, têm a confiança
de que, em sua vida profissional,
essa é uma certeza.
A marca obtida nas obras da Unidade
maranhense resulta de um contínuo
trabalho de prevenção de acidentes
realizado pela Alumar, alinhado com
as práticas da Alcoa em suas unidades
espalhadas pelos quatro cantos
do planeta. “Trabalho na área de
construção civil há mais de 20 anos
e conheço as normas de segurança
regulamentadas pela lei brasileira.
Quando comecei a trabalhar na
Alumar, percebi que, aqui, os cuidados
ultrapassam essa regulamentação.
É algo próprio e específico”, afirma
Manoel Sena, supervisor de campo da
expansão e funcionário da Camargo
Corrêa – empresa integrante do consórcio.
Antes da execução, cada tarefa
realizada na Empresa passa por um
planejamento minucioso, de modo
que o trabalho siga as normas de
62
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
segurança estabelecidas. As sugestões
dos colaboradores de campo ganham
extrema importância nesse processo,
devido à grande carga de experiência
prática. “Às vezes, o pessoal de SSMA
(Saúde, Segurança e Meio Ambiente)
não tem a mesma visão que nós a
respeito de algumas tarefas, então
passamos sugestões. Depois de as
debatermos, encontramos um meio
de otimizar o trabalho, mas sempre
priorizando a segurança”, explica
Edson Gomes, encarregado da
montagem no projeto de expansão
da Alumar e funcionário da Usiminas,
participante do projeto.
O rigor exigido para o cumprimento
dessas normas pode até causar, num
primeiro momento, certo incômodo.
“Alguns reclamam que, desse jeito,
não dá para trabalhar. Então
procuramos explicar o motivo das
nossas exigências, que, cumpridas
da forma correta, evitam situações
grosseiras e garantem a integridade
física de todos”, ressalta José Simeão
Pereira Sousa, coordenador de SSMA
da Usiminas.
Não faria sentido, contudo,
simplesmente exigir que os
colaboradores seguissem normas
de segurança. Toda e qualquer pessoa
que atue na expansão passa por
um treinamento, teórico e prático,
antes de iniciar suas atividades. “O
treinamento dura dois dias, às vezes
mais, como no meu caso, que foi
de três dias. Nele, passamos por todas
as etapas de procedimento, para realizar
as tarefas com segurança”, explica
Augusto César Vieira, da Carioca
Christiani-Nielsen Engenharia, encarregado
de obras na expansão da Alumar.
Saúde total é fundamental
A expansão da refinaria não é um
caso isolado. Os exemplos da Alumar
refletem a cultura de toda a Alcoa.
Em Junho de 2007, por exemplo, a
AFL – Unidade localizada em ItajubáMG, focada no desenvolvimento
de projeto e manufatura de sistemas
de distribuição elétrica para o setor
automobilístico no mercado interno –
alcançou 3,7 milhões de horas/homem
trabalhadas sem nenhum incidente
com afastamento.
Os treinamentos fazem parte de
uma cultura interna que transformou
a Alcoa em referência na área, ao
oferecer condições máximas de saúde
e segurança aos seus trabalhadores.
As políticas de prevenção a acidentes
tratam todos os riscos com o mesmo
grau de importância, e não se
despreza nenhuma possibilidade de
incidente, por mais banal que aparente
ser – desde os que oferecem perigos
à vida até possibilidades de torções
no pé ou cortes no dedo.
Valterlino Veras pronto para o trabalho
na Alumar: uso de EPIs é obrigatório
Parada de sucesso
Um exemplo de que planejamento bem-feito evita incidentes se deu em Maio de 2006, quando ocorreu o Overhaul, uma grande
parada para a manutenção da refinaria de Poços, que, durante 10 dias, envolveu 500 pessoas, entre alcoanos e terceiros, num
total de 42.350 horas trabalhadas sem nenhuma ocorrência de acidentes.
O sucesso da operação resultou de muito planejamento e da execução perfeita dos planos, que partiu dos estudos necessários para
a parada da produção, passando pela alocação de recursos humanos e materiais, até o mapeamento das conexões entre prédios,
para definir a movimentação humana e de veículos. Bem preparadas, as equipes que realizaram atividades de manutenções
preventiva e corretiva agiram com sincronismo e entrosamento.
A Alcoa já se preparou para aprimorar ainda mais o processo para a próxima grande parada. “Neste ano, fizemos uma inovação,
colocando uma pessoa em cada frente de trabalho para que observasse as melhorias que podem ser feitas e incorporadas ao
próximo Overhaul. Assim, poderemos progredir ainda mais”, explica o Gerente de Produção da Fábrica de Poços de Caldas-MG,
Wagner Drey.
A 45 metros do solo, empregados
contratados trabalham com segurança
na expansão em Alumar
64
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
Das tarefas mais complexas até
trabalhos rotineiros, todos oferecem
algum tipo de risco e, portanto,
seguem procedimentos direcionados
por ações de prevenção. Serviços
classificados como não rotineiros
passam obrigatoriamente por um
processo de análise de risco e só
podem ser iniciados após uma
liberação oficial. Além disso, as
atividades que apresentam maior
potencial de riscos têm programas
específicos de controle, avaliados
por auditorias internas.
Esse processo contínuo e estruturado
de identificação, análise e eliminação
ou controle de riscos apresenta uma
conseqüência natural: a proximidade
constante com um índice zero de
incidentes. Trata-se de uma meta
difícil, mas não impossível, como
demonstrou, em 2006, o Global
Business Services (GBS) – sistema
que centraliza em uma única estrutura
os serviços das áreas administrativas e
financeiras da Alcoa, propiciando mais
agilidade e qualidade às atividades
da companhia. Os 473 colaboradores
dos GBS no Brasil, distribuídos em
diversos escritórios na América Latina,
fecharam o ano com um ambiente
totalmente livre de incidentes.
Para reproduzir esse desempenho
em todos os setores, a Alcoa se
mantém atenta às boas experiências
promovidas em todas as partes do
mundo e às recentes tecnologias de
prevenção. Mais que isso, a redução
dos riscos está diretamente relacionada
com o envolvimento dos profissionais
numa cultura da segurança. Por isso,
a companhia intensificou os trabalhos
de controle, engajamento e motivação
de pessoal. “Todos os dias, de manhã,
temos uma conversa sobre as tarefas
do dia”, diz Manoel Sena. Essa troca
de informações resulta em maior
Treinamento apresenta normas
de segurança para atividades
no porto da Alumar
produtividade, sem abrir mão
da segurança.
A Alumar montou centro
de capacitação onde
são feitas simulações
de operação de válvulas
Na área da saúde, o processo de
diálogo é o mesmo, envolvendo
pontos delicados, mas fundamentais,
dentro e fora da Empresa, como
o monitoramento do uso de álcool
e drogas. “Estatísticas da Associação
Americana de Construção Civil
apontam que as empresas que
realizam tais controles possuem uma
taxa de acidentes equivalente a quase
a metade da registrada nas que não
o fazem”, explica Maurício Born,
Gerente de Saúde, Segurança,
Meio Ambiente e Sustentabilidade
da Alcoa América Latina.
Os resultados do Programa Uso
Indevido do Álcool na expansão
da Alumar têm sido positivos – os
próprios funcionários consideraram
o controle “importante, respeitoso
e confiável”. De forma confidencial,
realizam-se testes de urina e etilômetro
(bafômetro). O objetivo fundamental
é influenciar positivamente a promoção
de um ambiente de trabalho mais
seguro e saudável para todos.
A maior conquista, porém, reflete-se
nas palavras de Edson Gomes, sobre
a mudança da cultura: “A formação
que recebemos aqui pode ser levada
para dentro do lar, passada para
Empresas que realizam controle de risco
apresentam 50% da taxa de acidentes registrada
pelas que não o fazem, segundo a Associação
Americana de Construção Civil
Na Alumar, pedestres utilizam
caminhos isolados do tráfego
de veículos motorizados
66
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
nossas esposas, maridos e filhos,
para que possam realizar tarefas
corriqueiras, algumas com mais
risco do que aparentam, com total
segurança. Não é só uma experiência
profissional, é uma experiência
de vida, também”.
Manoel Sena (Camargo Corrêa), Augusto C. Vieira
(Carioca), Edson Gomes e José Simeão (ambos
da Usiminas), que atuam na expansão da Alumar,
compartilham experiências sobre a preocupação
da Alcoa em mesa-redonda sobre segurança
Programa de incentivo
Planejar é a chave do sucesso para eliminar o número de incidentes. Analisa-se cada detalhe, e mesmo aqueles que aparentemente
têm importância secundária acabam se mostrando eficazes no “conjunto da obra”, como a forma correta de identificar funcionários,
a manutenção e utilização correta dos equipamentos de proteção individual (EPIs), as sinalizações que alertam para painéis elétricos
desenergizados para manutenção – que não podem ser ativados sem autorização.
Todas as unidades da América Latina mantêm programas de incentivo voltados à identificação de riscos e ao desenvolvimento
de soluções nessa área. Aplicado nas unidades de Poços de Caldas-MG, Itapissuma-PE e Alumar, o Programa De Olho no Risco,
por exemplo, avalia e premia as melhores sugestões dos funcionários relacionadas à segurança no trabalho, que podem se tornar
normas de segurança.
Na internet: http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_page/environment_health_safety.asp
saúde e segurança no trabalho
67
INDICADORES
Fábrica do consórcio
Alumar em São Luís-MA
68
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
Esta segunda parte do Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 apresenta informações qualitativas
e quantitativas sobre o desempenho econômico, ambiental e social da Alcoa Alumínio S.A., em 2006.
Abrange as operações das unidades Alphaville-SP, Itapissuma-PE, Juruti-PA, Poços de Caldas-MG,
Sorocaba-SP, Tubarão-SC e Utinga-SP, do Consórcio Alumar, em São Luís-MA e da AFL do Brasil-MG,
além das atividades administrativas realizadas nos escritórios da capital paulista. Os cases destacados
em boxes, por sua vez, trazem informações atualizadas até Julho de 2007.
Todas as unidades da Alcoa reportam seus dados por meio de sistemas e indicadores globais. A Alcoa
continuamente revisa as diretrizes e as unidades adotadas para coletar e atualizar as informações, o que pode
implicar a modificação de dados referentes a anos passados e, talvez, publicados em relatórios anteriores.
A maior parte dos indicadores relatados atende ao modelo de relatório de sustentabilidade proposto
pela Global Reporting Initiative (GRI), entidade multistakeholder formada por empresas, instituições
e ONGs que apóiam e disseminam o conceito de sustentabilidade. As empresas reconhecidamente
mais compromissadas com a sustentabilidade inspiram-se nesse modelo.
indicadores
69
PRINCIPAIS INDICADORES
ECONÔMICOS
2004
2005
2006
Faturamento bruto (R$ mil)
2.744.059
2.723.246
3.255.289
Receita líquida (R$ mil)
2.276.777
2.250.827
2.774.545
Tributos recolhidos (R$ mil)
509.602
489.706
532.192
Produção de Alumínio (mil ton)
296,6
300,8
356,0
Produção de Alumina (mil ton)
1074,3
1104,9
1163,4
2004
2005
2006
233.986
306.001
342.844
14.391
14.378
15.049
6.579
6.636
6.545
9%
15%
18%
SOCIAIS
Folha de pagamento – pessoal e encargos ( R$ mil)
Participação nos resultados (R$ mil)
Total de empregos diretos (funcionários e estagiários)
Porcentagem de mulheres em cargos de gerência
Número de admissões
741
722
1.103
11.975
11.766
9.153
Taxa de Gravidade *
17,01
41,30
36,80
Total Investido em Projetos Sociais (R$ mil)
8.900
8.200
9.200
Investimento em Saúde e Segurança (R$ mil)
*Taxa de gravidade, segundo a NR-4, é o número de dias perdidos devido aos acidentados vítimas de incapacidade temporária ou permanente, mais os dias debitados relativos aos casos de
morte ou incapacidade permanente por milhão de homens/hora trabalhadas
AMBIENTAIS
Autuações devido a não conformidades ambientais
Investimentos Ambientais (mil R$)
Consumo de Bauxita (mil ton)
Consumo de Energia Elétrica (MW/h)
2004
2005
2006
0
0
0
52.373
19.554
14.264
-
4.100,0
4.281,3
6.608.125
7.437.052
8.671.806
Consumo de Água (milhões de m3)
4,6
4,4
4,1
Emissões de CO2 Equivalente (ton)
1.861.343
2.074.381
2.177.386
70
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
SUSTENTABILIDADE PARA A ALCOA
Para nós, sustentabilidade é usar nossos Valores para construir sucesso financeiro, excelência ambiental e responsabilidade social por
meio de parcerias, de forma a gerar benefícios de longo prazo para nossos funcionários, acionistas, clientes, fornecedores e para as
comunidades nas quais atuamos.
principais indicadores
71
SUCESSO ECONÔMICO
RESULTADOS
HISTÓRICOS
72
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
Porto da Alumar passa por expansão
para atender ao crescimento
da capacidade da Fábrica
A Alcoa Inc. obteve, em 2006,
os melhores resultados de seus
118 anos de história. O faturamento
mundial chegou a US$ 30,4 bilhões,
o que representa crescimento de
19% em relação ao verificado em
2005. O lucro líquido, por sua
vez, cresceu 82,3%, totalizando
US$ 2,25 bilhões.
O aumento no preço dos metais
e a forte demanda por alumínio
das indústrias aeroespacial, de
transporte e de construção civil
contribuíram para os bons resultados
alcançados. Esses fatores também
influenciaram de maneira positiva
os números registrados pela
Alcoa Alumínio S.A. Destaca-se o
crescimento do faturamento bruto
(20%), que saltou de R$ 2,72 bilhões,
em 2005, para R$ 3,25 bilhões, em
2006. A Empresa obteve aumentos
de 23% na receita líquida e 51% no
lucro líquido, neste mesmo período.
Mais que isso, a Alcoa Alumínio S.A.
aumentou sua produção de metal em
18%, atingindo o patamar de 356 mil
toneladas. A participação na produção
nacional passou de 20,1%, em 2005,
para 22,2%, em 2006, graças ao início
das operações da Linha 3 da Alumar,
em Agosto de 2006.
sucesso econômico
73
Alcoa Alumínio S.A. (R$ mil)
Receita líquida
Lucro líquido
540.939
Faturamento bruto
400
3.000
300
2.000
2.000
200
1.000
1.000
100
0
2004
2005
2006
2004
2005
2006
0
2004
356.741
2.774.545
2.250.827
4.000
2.276.777
3.255.289
2.723.246
2.744.059
4.000
3.000
500
5.000
388.744
5.000
2005
2006
Este crescimento significativo no faturamento bruto é resultado dos aumentos
do preço do alumínio e da alumina no mercado internacional, da produção
da Alcoa e da demanda mundial, compensando a valorização do Real.
Área de desenvolvimento
de projetos no CENESP,
em São Paulo
Alcoa Alumínio S.A. (em mil toneladas)
Produção de alumínio
356,0
500
296,6
300,8
400
2004
2005
300
200
100
0
2006
1104,9
2004
2005
1163,4
1074,3
Produção de alumina
1000
800
600
400
200
0
74
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
2006
Lingotes de alumínio
produzidos em São Luís-MA
Participação da Alcoa na produção nacional de alumínio
2004
2005
20,1%
79,9%
2006
20,1%
79,9%
Alcoa Alumínio
Demais companhias
78,0%
Alcoa Alumínio
Total nacional (mil toneladas): 1457,0
22,0%
Demais companhias
Alcoa Alumínio
Total nacional (mil toneladas): 1498,5
Demais companhias
Total nacional (mil toneladas): 1604,0
Participação da Alcoa na produção nacional de alumina
2004
2005
20,0%
80,0%
2006
21,2%
78,8%
Alcoa Alumínio
Demais companhias
Total nacional (mil toneladas): 5259,0
17,3%
82,7%
Alcoa Alumínio
Demais companhias
Total nacional (mil toneladas): 5201,1
Alcoa Alumínio
Demais companhias
Total nacional (mil toneladas): 6720,0
sucesso econômico
75
Rodas de Alumínio
da Alcoa equipam Expresso
Tiradentes, em São Paulo
Expresso Tiradentes usa rodas de alumínio
A Prefeitura Municipal de São Paulo escolheu a Alcoa como parceira no Projeto Expresso Tiradentes – corredor exclusivo
de transporte público de última geração na cidade, cujas operações tiveram início em Março. A companhia cedeu um jogo
de oito rodas forjadas de alumínio para um dos novos ônibus híbridos, veículos que usam motor de tração elétrica, associado
a um alimentador de baterias a diesel – portanto, menos poluentes que os convencionais.
Mais leves e resistentes do que as rodas de aço, as rodas Alcoa contribuem com a diminuição de peso do veículo em 210 kg,
o que implica a redução do consumo de combustível. Elas também dispensam o uso de tintas e jato de areia para a limpeza.
Com estilo e design inovadores, são 100% recicláveis.
“Atuar em projetos como este consolida o crescimento da Alcoa no segmento de transportes. Divulgar, promover e comprovar
benefícios dos produtos em alumínio no setor de transportes é a nossa rotina, o nosso desafio. Projetos como este comprovam
que estamos na direção certa, unindo investimento e respeito ao meio ambiente”, afirma Eduardo Lacerda, Superintendente
Comercial de Rodas para a América do Sul.
Até 2008, para quando está prevista sua conclusão, o Expresso Tiradentes contará com dez estações, num total de 31,8 quilômetros,
realizando um percurso que começa na região central de São Paulo e vai até o bairro de Cidade Tiradentes, no extremo leste
da capital paulista. Pelo novo corredor, trafegam 25 ônibus híbridos e articulados, que atendem 1,5 milhão de habitantes.
Atualmente, as rodas de alumínio vendidas na América do Sul são fabricadas nas unidades da Alcoa do México e da Hungria.
Hoje, os principais clientes das rodas de alumínio Alcoa são as seguintes empresas: White Martins, Real Expresso, Viação
Catarinense, Auto Viação 1001, Usina da Pedra, Transportes Gabardo, Cia. Carris Porto Alegrense, Grupo Gafor, Cerama
Transportes, Planalto Transportes, Vix Logística, Viação Águia Branca, Trelsa Transportes Especializados de Líquidos, entre outras.
76
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
Tributos recolhidos (R$ mil)
Indicadores sociais internos (em R$)
233.986.010,40
75.934.269
11.375.709
11.324.123
9.949.884
9.047.339
6.852.971
0
89.546.006
532.192
509.602
300
140
70
498.706
342.844.963,63
400
81.809.108
210
500
2005
2004
Folha de pagamento*
Despesas com alimentação
200
13.445.339
280
306.001.998,51
350
Alcoa Alumínio S.A.
100
0
2006
Contribuição para a previdência privada
2005
2004
2006
Encargos sociais pagos
*Informações de anos anteriores sofreram alterações, pois encargos sociais deixaram de ser calculados como pertencentes à folha de pagamentos, sendo esta composta por:
benefícios, rescisão, férias, décimo terceiro, vencimentos e outras gratificações.
8,9
26.963.641
15.049.457
6,0
9.595.593
12.000
8,2
8,0
10.073.731
19.185.246
14.378.863
10.936.853
14.664.890
18.000
14.391.216
24.000
9,2
Investimento em Projetos Sociais (R$ milhões)
Outros investimentos no quadro de pessoal (R$)
4,0
6.000
2,0
0
2005
2004
Investimentos em planos de saúde*
0
2006
Participação nos resultados
2004
(105 projetos)
Outros benefícios
2005
2006
(119 projetos)
(118 projetos)
*Elevação nos custos com planos de saúde, devido à obtenção de um plano mais amplo de internamento, abrangendo todos os funcionários. Além disso, o Centro de Orientação
à saúde dos funcionários e dependentes, localizado no centro da cidade de São Luís (MA), chegou ao seu pleno funcionamento, sem nenhum período de interrupção no atendimento.
Distribuição do Valor Adicionado (DVA)
2004*
2005*
9%
17%
17%
2006
18%
22%
17%
10%
10%
11%
12%
43%
44%
43%
11%
Colaboradores
Governo
7%
Terceiros
Acionistas
Retido
*Os valores para 2004 e 2005 aqui exibidos diferem dos reportados nos relatórios anteriores, pois nosso recolhimento de INSS, antes incorporado em “Colaboradores”, agora compõe a categoria “Governo”
sucesso econômico
77
EXCELÊNCIA AMBIENTAL
Colaborador rega mudas de
Taperebá para replantio em Juruti-PA
no viveiro mantido pela Empresa
ELIMINAR E MINIMIZAR
IMPACTOS
Como qualquer atividade industrial,
as operações desenvolvidas pela Alcoa
acarretam impactos no meio ambiente.
Para minimizar esses impactos
ou, quando possível, eliminá-los,
a companhia investe em sistemas de
monitoramento e gestão ambiental
e no desenvolvimento de novas
tecnologias. A Estratégia Global
de Sustentabilidade 2020, adotada
em todos os países onde a Alcoa
Inc. atua, estabelece metas claras
e ambiciosas nesse sentido.
A Alcoa realiza operações industriais e
de mineração em terras que abrangem
94.130 km2. Não há atividades em
terras indígenas nem em áreas protegidas
ou sensíveis, assim como não há
espécies na Lista Vermelha da
International Union for Conservation
of Nature and Natural Resources
(IUCN) com habitat em áreas afetadas
pelas operações da companhia.
Na internet:
Saiba mais sobre as metas
ambientais da Alcoa em
www.alcoa.com/global/en/about_
alcoa/sustainability/2020_Framework.
asp (em inglês)
Água
Em 2006, as unidades da Alcoa
consumiram 4,1 milhões de m3 de
água, com redução de 7% em relação
Área protegida pela Alcoa
na Amazônia é habitat de
diversas espécies de anfíbios
Área de disposição de resíduos
de bauxita na Alumar, em São Luís-MA
a 2005. No Brasil, não há fontes
de água e ecossistemas ou habitats
significativamente afetados pelas
operações da Empresa.
As unidades de Poços de Caldas-MG
e Alumar-MA, que fazem o refino
da bauxita para a produção de
alumina, apresentam o maior consumo
de água em processos produtivos na
companhia. Elas realizam ações como
adequação e redução do uso de água
em torres de resfriamento e caldeiras,
bem como a conscientização
dos colaboradores.
A Unidade Poços mantém o Projeto
Descarga Zero, que permite o
reaproveitamento de todo o efluente
líquido e da água de chuva. Quando
totalmente operante, o projeto
permitirá que a Fábrica interrompa
a captação do rio que atualmente
a abastece.
Equipamentos de controle da Alumar
garantem uma eficiência próxima de 100%
no tratamento das emissões de fluoretos
Emissões, efluentes
e resíduos
Os processos produtivos de alumina
e alumínio geram, principalmente,
emissões de dióxido de enxofre (SO2),
fluoretos, perfluorcarbonos (PCFs) e
excelência ambiental
79
Alcoa patrocina debate sobre biodiversidade nos negócios
Ter a biodiversidade como aliada, não como obstáculo para o crescimento. Com
essa mensagem, o Funbio (Fundo Brasileiro para a Biodiversidade) iniciou, em
Novembro de 2006, o Ciclo Diálogos Sustentáveis, cujo primeiro encontro, realizado
em São Paulo, contou com o patrocínio da Alcoa. Além do presidente da Alcoa
América Latina, Franklin L. Feder, representaram o setor privado o co-presidente
do Conselho de Administração da Natura Cosméticos, Guilherme Leal, e Eduardo
Leemann, CEO do AIG Private Bank.
Cerca de 80 pessoas participaram do evento, no qual foram discutidos a relação
e os benefícios alcançados pelas companhias ao incorporarem em seus negócios a
conservação e o uso sustentável da biodiversidade. O presidente da Alcoa América
compostos orgânicos voláteis (COVs).
A Alcoa não emite gases destruidores
da camada de ozônio.
Os efluentes sanitários e industriais são
lançados ao ambiente após tratamento
monitorado. Em Poços de Caldas,
esse efluente, com vazão de 150
m³/h, é alcalino e neutralizado com
ácido sulfúrico até o pH7. A Alumar
neutraliza o efluente alcalino (75m³/h)
com a água do mar. No período do
relatório, não houve derramamento
significativo de efluentes
Latina iniciou seu depoimento reconhecendo que a companhia errou muito, no
passado, e apontou como exemplo da atual postura responsável o empreendimento
Conformidade
da mina de bauxita em Juruti-PA.
Apesar de todos os esforços empreendidos
para evitar danos ao meio ambiente
decorrentes de suas atividades, a Alcoa
recebeu advertência da Companhia de
Tecnologia de Saneamento Ambiental
(CETESB), do Estado de São Paulo.
O caso, contudo, não evoluiu para
uma não-conformidade.
O desenvolvimento dessa operação alia-se a um projeto socioambiental realizado
em parceria com o Funbio e o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação
Getúlio Vargas (GVCES). “O projeto de Juruti não só protege a biodiversidade local,
como cria oportunidades de desenvolvimento sustentável para a comunidade”,
explicou Feder. “A Alcoa está empenhada em participar da evolução do tema
da sustentabilidade no País”.
O I Ciclo Diálogos Sustentáveis contou, ainda, com a participação da presidente
do Grupo Full Jazz de Comunicação, Christina Carvalho Pinto, do secretário-geral
do Fórum Paulista de Mudanças Climáticas, Fábio Feldmann, e do cientista político
Sérgio Abranches. A série de debates seguirá com encontros semestrais, que
abordarão temas como inovação tecnológica, mudanças climáticas e engajamento
de stakeholders.
Segundo a entidade, no dia 12
de Fevereiro de 2007, a Alcoa teria
desenvolvido atividades industriais
com utilização de produtos químicos,
no município de São Caetano do Sul-SP,
que acabaram por afetar a qualidade
das águas subterrâneas e do solo.
A advertência concedia o prazo de
60 dias para que a Alcoa cumprisse
duas exigências: realizar e apresentar
à CETESB investigação e avaliação de
risco da contaminação; e promover,
após a avaliação, a descontaminação
da área.
Paulo Izídio da Silva (Extrudados) e Ana Cláudia
Marques (SSMA) plantam árvore em Itapissuma-PE
durante a Semana do Meio Ambiente
80
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
A companhia contratou uma
empresa especializada para cumprir
as exigências impostas pela CETESB.
Realizou-se a descontaminação
por meio da implantação e da
operação eficiente de um sistema
de remediação. Com o cumprimento
das exigências, não se caracterizou
a não-conformidade.
Gato-mourisco é uma
das espécies presentes
no Parque Ambiental Alumar
4.281.337
6.000.000
Energia elétrica
(MWh)
Bauxita
(ton)
Óleo BPF
(ton)
Coque petróleo
(ton)
NaOH
(ton)
Piche
(ton)
9.537
7.943
51.529
47.208
160.824
152.410
184.209
189.295
1
196.621
2.000.000
207.366
2
AlF3
(ton)
0
2004
85.180
100
2004
2005
94.130
Área total (em km2)
17.566
16.351
2.177.386
2.074.381
2006
2006
Emissões
1.861.343
2005
83.940
2005
4,1
3
4.000.000
0
4,6
4
4.100.000
8.000.000
5
8.671.806
7.437.052
10.000.000
4,4
Consumo de água (em milhões m3)
Uso de materiais e energia elétrica
8.998
80
60
2.548
CO2 eq (ton)
2004
2005 (após a expansão)
Nox (ton)
SO 2 (ton)
COVs (ton)*
0,33
0,37
0,39
199
191
20
194
2.569
2.235
40
Mercúrio (ton)
0
2006
2006
* Nos anos anteriores, as emissões de PFCs, que contribuem para o aquecimento global, foram reportadas separadamente das emissões de outros Gases do Efeito Estufa.
A partir deste ano, realiza-se a contabilidade de maneira conjunta.
excelência ambiental
81
Biodisel reduz emissão de fornos na Alumar
A Alumar tornou-se uma das primeiras empresas do setor de alumínio
a utilizar biodiesel como combustível para os fornos de cozimento de
anodos, graças a um esforço conjunto das áreas de Saúde, Segurança
e Meio Ambiente (SSMA), Eletrodos e A&L (Aquisição e Logística).
A iniciativa reduziu as emissões de gases causadores de efeito estufa.
Juntos, os três fornos consomem 62 mil litros de combustível para
produzir 680 anodos (de cerca de 800 kg cada) por dia. A utilização
do biodiesel do tipo B2 (óleo diesel que contém 2% de biodiesel
produzido a partir da mamona) reduz o consumo de combustíveis
não renováveis, além de diminuir as emissões de substâncias como
SO2 (dióxido de enxofre), hidrocarbonetos e material particulado.
Em breve, a Alumar poderá se posicionar como uma das primeiras
empresas a obter créditos de carbono, que podem ser comercializados
ou usados para garantir a continuidade operacional de outras
fábricas da Alcoa e da BHP Billiton, parceira da Alcoa na Alumar.
Empilhadeira movida a biodiesel, na Alumar –
Empresa investe em matrizes menos poluentes
50
8.547
14.264.055
10
51.529
8.824
7.582
17.622
20
19.946
36.000
15.707
30
19.554.068
40
54.000
18.000
52.373.446
69.092
67.552
59.571
77.398
90.000
72.000
Investimentos ambientais (em R$)
95.580
98.467
Resíduos gerados, por destinação (ton)
0
Gerado
2004
2005
Destinado a aterro
2006
Revestimento gasto de cuba – RGC*
Vendido ou reciclado
0
2004
2005
2006
*Resíduo posteriormente passível de utilização no co-processamento em fornos de cimento.
Área em São Luís alia preservação e educação
As obras devem ser concluídas até o
fim de 2007 e incluem a construção
Entregue à comunidade em Dezembro de 2006, a Área de Proteção Ambiental do
de um Centro de Educação
Itapiracó, em São Luís, passa por uma remodelação completa para se tornar, além
Ambiental, já pronto, e da sede do
de área de lazer, um centro de educação ambiental. O parque urbano resulta de
Batalhão Ambiental do Maranhão.
uma parceria entre a Alumar, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA),
Os visitantes poderão participar
responsável por sua administração, e diversas entidades da sociedade civil organizada.
de atividades de conscientização
O investimento na APA de Itapiracó alcança cerca de R$ 2 milhões. Com 322
hectares, a reserva abriga espécies da fauna e flora locais, além de duas nascentes
do riacho Itapiracó, que têm função importante na preservação da área de recarga
de águas subterrâneas da cidade.
ambiental, além de percorrer trilhas
ecológicas com placas informativas
sobre as árvores, contendo nome
científico, espécie, nome popular
e família botânica.
Trilha Ecológica na
Área de Proteção
Ambiental de Itapiracó,
em São Luís-MA
Além de cumprir as determinações
legais previstas na Lei 9.985,
de 2000, a Alumar contribuiu
decisivamente nas discussões sobre
a destinação dos recursos para
obras e projetos de conservação
da biodiversidade local.
Parque Urbano recebeu
investimento de R$ 2 milhões
excelência ambiental
83
RESPONSABILIDADE SOCIAL
COMPROMISSO
COM O BEM-ESTAR
SOCIAL
Estabelecer e manter o bom relacionamento com os públicos interessados
em seus negócios é parte fundamental da estratégia da Alcoa. Por meio
do compromisso de seus integrantes, nas comunidades onde atua, a Alcoa
exerce o papel de agregar valor e conhecimento diferenciados no desempenho
de sua cidadania.
Seguindo a filosofia estabelecida pelos valores da Companhia, a Alcoa aprimora
continuamente seus esforços para crescer de forma sustentável, desenvolvendo
a capacidade de seus colaboradores. Ao atrair, reter e desenvolver os profissionais,
cultiva-se um ambiente de trabalho saudável, que considera fundamental para
o sucesso de todos os seus projetos de expansão.
Externamente, a Alcoa abre diferentes canais de comunicação, promovendo
diálogo transparente com as comunidades onde atua, com o objetivo de
contribuir para a melhoria da vida dessas pessoas e criar condições para
concretização do desenvolvimento sustentável.
20
18
6.545
6.636
6.579
Mulheres em cargos de gerência – %
15
5.661
5.610
7.000
5.832
Quadro de funcionários
16
4.200
12
2.800
8
1.400
4
884
804
584
9
5.600
0
0
Funcionários
de sexo masculino
2004
84
Funcionários
de sexo feminino
2005
Empregos diretos
(funcionários+
estagiários)
2004
2005
2006
2006
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
Curso de capacitação
de educadores oferecido
pela Alcoa em Juruti-PA
Tecnologia a serviço
da solidariedade
Da Alumar para o mundo. Uma idéia do
Departamento de Relações Comunitárias
e Comunicação da Empresa contribui, hoje,
para o gerenciamento de todos os projetos
sociais desenvolvidos pela Alcoa e por seus
funcionários no Brasil.
O Sistema de Controle de Ações e Projetos,
criado pelo analista de sistemas João da
Silva Sousa, surgiu na Alumar, em 2005.
“Precisávamos de um banco de dados único,
no qual pudéssemos identificar o que cada
funcionário, de cada área da Fábrica,
estava realizando”, conta Sousa.
O sucesso local da ferramenta chamou
a atenção dos dirigentes da companhia,
que encomendaram, no ano passado, sua
adaptação para o âmbito corporativo. Com
a expansão, o sistema passou por melhorias,
para que atendesse à particularidades
de cada Unidade da Alcoa.
Agora, é possível gerar relatórios com
levantamentos sobre todos os funcionários
que participam de atividades comunitárias,
além de dados sobre parceiros, entidades
beneficiadas, recursos financeiros
e materiais empregados. As informações
estão disponíveis on-line, na intranet
corporativa, para que todos os
alcoanos possam vê-las.
A adoção do sistema pela Alcoa de todo
o mundo encontra-se em estudo e pode
se tornar realidade em breve. Enquanto
isso, João da Silva Sousa dedica suas férias
para a criação, em caráter voluntário, do
website da instituição de qualificação de
menores carentes Sementes do Amanhã.
responsabilidade social
85
Colaboradores participam de evento
de voluntariado em Tubarão-SC
Alcoa Foundation promove Mês
Mundial de Serviços Comunitários
Aliança pelas boas
práticas empresariais
Resultado da parceria entre
a Alcoa e o Instituto Ethos,
o Programa Internethos – Rede
de Responsabilidade Social
Empresarial pela Sustentabilidade
prevê a realização de 24 encontros
anuais, em diversas cidades
brasileiras, para a promoção
Alcoa é referência em voluntariado
do diálogo entre os governos
O voluntariado faz parte do compromisso do funcionário da Alcoa. Uma tradição em
e as organizações sociais.
todas as unidades da companhia no mundo, a quantidade de ações comunitárias dos
Criado no final de 2005, o programa,
alcoanos brasileiros vem crescendo a cada ano.
que conta, também, com o apoio
da Fundação Avina, terá duração
Em 2006, 68,4% dos funcionários da Alcoa no Brasil (cerca de 4 mil) participaram
do Programa BRAVO!, que destina doação de US$ 250 para a instituição escolhida
de três anos e abrange a rede
de relacionamento da Alcoa –
pelo funcionário que completa, durante o ano, 50 horas de trabalho voluntário
fornecedores, clientes, prestadores de
fora do expediente.
serviço e membros da comunidade –,
Os voluntários da companhia somaram um total de 203 mil horas de dedicação
bem como associados e parceiros
às entidades. Em relação ao ano de 2005, houve um aumento de mais de 8%
do Instituto Ethos em todas
na participação e no interesse dos colaboradores. A Alcoa Foundation doou mais
as regiões do País.
de R$ 2 milhões, beneficiando 591 instituições.
Nos encontros, realizam-se
Outro programa de voluntariado da Alcoa é o Action (sigla em inglês para “Alcoanos
palestras de sensibilização, oficinas
unindo-se em nossas vizinhanças”), no qual dez funcionários e seus familiares formam
de indicadores Ethos, encontros
uma equipe e dedicam quatro horas de seu tempo livre, aos sábados e domingos,
temáticos e diálogos com públicos
ao engajamento social. Além dos trabalhos voluntários, cada entidade atendida pelo
diversos. “As parcerias para
Action recebe um cheque de U$ 3 mil. O total de doações no ano, dentro desse
o desenvolvimento sustentável
programa, alcançou mais de R$ 240 mil.
são importantes e bem-vindas.
Programas como esse ajudarão
a reduzir as desigualdades
Número de admissões
Investimento em saúde e segurança (em R$)
e a preservar os recursos naturais
do planeta”, afirma Paulo
900
9.000.000
600
6.000.000
300
3.000.000
0
86
2004
2005
9.153.551
722
741
12.000.000
do Instituto Ethos.
11.766.459
1103
1200
15.000.000
11.975.985
Itacarambi, Diretor Executivo
1500
2006
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
0
2004
2005
2006
Internethos promove o diálogo entre
governos e organizações sociais
Número de fatalidades
4
56
17,01
12
3
42
2
28
1
8
4
0
0
0
0
0
0,70
14
0,45
0,43
1
0
Acidentes com
afastamento
Taxa de gravidade*
(alcoanos)
0
Contratados
2004
2004
50
1
16
70
70
60
5
36,8
41,3
70
as
20
69*
Horas de treinamento
69*
Taxas de acidente com afastamento
e de gravidade
2005
Alcoanos
2005
2006
2006
*segundo o NR-4, é o número de dias perdidos devido aos
acidentados vítimas de incapacidade temporária ou permanente,
mais os dias debitados relativos aos casos de morte ou
incapacidade permanente por milhão de homens/hora trabalhadas
Diretoria e gerência
2004
Outros cargos
2005
2006
*estamos implementando um novo sistema de controle
de treinamentos. Assim, nesta edição, apresentaremos
as horas de treinamento médias sem a divisão por categorias,
nos comprometendo a retomá-la na próxima publicação.
Toque feminino na sala de cubas
Vanessa Rodrigues Vidal, 24, tornou-se um símbolo da diversidade na Alcoa América Latina.
Colaboradora da Alumar-MA, trata-se da primeira mulher a exercer a função de operadora
de sala de cubas na companhia.
O setor realiza a redução da alumina em alumínio, a altas temperaturas. Um ambiente
inadequado para mulheres? Vanessa discorda: “Vou mostrar que a capacidade do
profissional não depende do sexo”. Ela está na função desde Janeiro de 2007.
Vanessa, porém, não é a primeira mulher a atuar em áreas tradicionalmente masculinas.
Desde 2004, a área de Embalagens de Produtos Acabados, em Tubarão-SC, conta com
oito mulheres, em funções como operadora de equipamento móvel ou de ponte rolante.
Vanessa é a 1ª mulher operadora
na sala de cubas da Alumar
A Alcoa incentiva a promoção da diversidade e da inclusão social, sem tolerar nenhum tipo
de discriminação ou assédio. No caso específico das mulheres, promove o Alcoa Women’s Network (rede de trabalho das mulheres
da Alcoa, em tradução livre), que tem como objetivo atrair talentos e aumentar a participação das mulheres em posições de liderança.
O programa, voluntário, foi criado nos EUA, em 2001, por um grupo de executivas. No Brasil, implantou-se a AWN em 2004
e, no ano seguinte, mulheres integrantes do comitê diretivo da Alcoa realizaram palestra, em São Paulo, para aproximadamente
100 alcoanas, explicando a missão e os planos da AWN, além de apresentar casos de sucesso.
De acordo com as estatísticas da AWN, a Alcoa conta com 11% de cargos de liderança no mundo ocupados por mulheres, percentual
não muito diferente ao da Alcoa Alumínio do Brasil. Uma das metas do Programa consiste em ampliar a participação feminina.
Para Tânia Nossa, líder da iniciativa da AWN no Brasil, faz parte da visão da companhia incentivar a presença feminina nas operações:
“Se a Alcoa quer ser a melhor Empresa do mundo, precisa considerar todos os talentos e abrir oportunidades para 100%
da população, homens ou mulheres”.
responsabilidade social
87
PRÊMIOS, RECONHECIMENTOS E CERTIFICAÇÕES
QUALIDADE
EM TODAS AS ÁREAS
Unidade
Tema
Ética
ALCOA BRASIL
Prêmio ou reconhecimento
Reconhecimento dos bons resultados
relacionados à ética, responsabilidade
(2º lugar – indústrias de
metalurgia e siderurgia)
social e aspectos financeiros.
Governança
Corporativa
As 150 Melhores Empresas
para Você Trabalhar
Governança
Corporativa
Governança
Corporativa
Entidade concedente
Data
Revista Carta Capital
2006
Análise de fatores como felicidade
e qualidade do ambiente de trabalho,
remuneração, benefícios, carreira,
educação, saúde, responsabilidade
social e ambiental, liderança, satisfação
e identidade.
Revista Exame
2006
Best Companies to Work
Great Place to Work: premiação da
qualidade do local de trabalho. A Alcoa
foi eleita umas das melhores empresas
para trabalhar na América Latina, nos
aspectos seriedade, credibilidade, respeito,
orgulho, imparcialidade e camaradagem.
Instituto Great
Place to Work®
Maio
de 2006
Exame – Cidadania
Corporativa
A Alcoa ganhou o prêmio do Guia
Exame da Boa Cidadania Corporativa na
categoria “Valores e transparência”, com
o case “Um sistema para ouvir os públicos
de interesse”.
Revista Exame
2006
Sinalização para trânsito
de pedestres na Unidade
de Itapissuma-PE: em busca
do índice zero de incidentes
88
Descrição
As Mais Admiradas e Éticas
Companhias do Brasil
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
Unidade
Tema
Prêmio ou reconhecimento
Data
Homenagem pela parceria
entre a Alumar e o
CETECMA
Reconhecimento à parceria entre
a Alumar e o CETECMA.
CETECMA
Março
de 2006
Qualidade
HSECAwards2006
Prêmio pelo projeto de reciclagem
de finos de carvão (cinzas).
BHP Billiton
Setembro
de 2006
Meio Ambiente
Benchmarking Ambiental
Brasileiro
A Alumar recebeu uma menção honrosa
pela atitude responsável e competitiva
da Empresa, em especial pelo Parque
Ambiental.
Mais Projetos
Corporativos
Setembro
de 2006
Social
Troféu UFMA
Reconhecimento aos marcantes incentivos
da Alumar ao desenvolvimento do ensino,
da pesquisa e da extensão na UFMA
(Universidade Federal do Maranhão).
UFMA
Outubro
de 2006
Governança
Corporativa
Prêmio Sesi Qualidade
no Trabalho
Recebeu o prêmio na categoria grande
empresa, por estimular as empresas
à adoção de políticas que assegurem
a convivência harmoniosa e produtiva
Sesi (Serviço Social
da Indústria)
Outubro
de 2006
Outros
Troféu Prêmio Fapema 2006
Reconhecimento da Fapema (Fundação de
Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento
Científico e Tecnológico do Maranhão)
ao apoio recebido pela Alumar para o
desenvolvimento das suas atividades.
Fapema
Novembro
de 2006
Outros
Reconhecimento pela
parceria entre Alumar
e Uniceuma (Centro
Universitário do Maranhão)
Agradecimento dos alunos, professores e
coordenadores pela parceria.
Uniceuma
Novembro
de 2006
Social
Título de sócio benemérito
da Sociedade Beneficente
Áurea Faria
A Empresa recebeu o título pelos
relevantes serviços prestados à entidade.
Sociedade
Beneficente
Áurea Faria
Novembro
de 2006
Segurança
1 milhão de horas
trabalhadas sem
afastamento.
Reconhecimento de 1 milhão de horas
trabalhadas sem afastamento.
APS Associados Ltda.
2006
entre empregadores e empregados.
Entidade concedente
Data
Qualidade
Tema
Prêmio Nacional
de Qualidade
Prêmio ou reconhecimento
Reconhecimento de excelência
no processo de gestão e de
comprometimento com aspectos
que visam ao crescimento da Empresa
e do país.
Centro Nacional
de Productividad
y Calidad do Chile.
Entregue por Michelle
Bachelet, presidente
do país
Maio
de 2006
Governança
Corporativa
Melhores Empresas
para Trabalhar no País
Prêmio que reconhece a qualidade
do local de trabalho.
Great Place to Work
2006
CHILE
Unidade
Entidade concedente
Social
ALUMAR,
SÃO LUÍS-MA
Unidade
Descrição
Tema
Prêmio ou reconhecimento
Descrição
Descrição
Entidade concedente
Data
Qualidade
Prêmio de Excelência
Reconhecimento ao destacado
desempenho em qualidade, entrega
e comercialização dos produtos
fornecidos em 2005.
Visteon Sistemas
Automotivos Ltda.
Agosto
de 2006
Governança
Corporativa
Certificado de
Apoio Empresarial
Certificado recebido pelo apoio
ao Fundo para a Criança e o Adolescente
Conselho Municipal
dos Direitos da
Criança e Adolescente
de Itajubá
Novembro
de 2006
ITAJUBÁ-MG
prêmios, reconhecimentos e certificações
89
Unidade
Tema
ITAPISSUMA-PE
Unidade
Prefeitura Municipal
de Itapissuma
2006
Social
Reconhecimento das
empresas que contribuíram
para o desenvolvimento
de Pernambuco.
A Empresa foi selecionada como
uma das que mais contribuíram
para o desenvolvimento do Estado.
Diário de Pernambuco
2006
Unidade
Unidade
90
Data
Março
de 2006
Prêmio Fornecedor Destaque
Reconhecimento ao fornecimento
de metal líquido à Unidade de Três
Corações-MG.
Mangels
2006
Outubro
de 2006
Qualidade
Prêmio Fornecedor do Ano
2006
Reconhecimento ao fornecimento
de lingote de alumínio primário
KS Pistões
Outubro
de 2006
Desempenho
Empresarial
VIII Prêmio Minas
Desempenho Empresarial
Categorias Empresas Excelência de Minas
Revista Mercado
Comum
Outubro
de 2006
Governança
Corporativa
Prêmio Gestão Responsável
Reconhecimento de boas práticas
de gestão
Unifenas
(Universidade
de Alfenas)
Outubro
de 2006
Desempenho
Empresarial
Prêmio 10ª Maior Empresa
de Minas Gerais e 1ª Maior
no Setor Indústria de
Minas Gerais
Maiores organizações de Minas Gerais,
levando-se em consideração a renda bruta
Federação das
Indústrias do Estado
de Minas Gerais, em
parceria com o jornal
O Estado de Minas
Dezembro
de 2006
Social
Marca
Prêmio ou reconhecimento
Prêmio Destaque em
Responsabilidade Social
Prêmio ou reconhecimento
Prêmio Top Marcas 06
Prêmio ou reconhecimento
Descrição
Reconhecimento e valorização das
iniciativas de Empresas e entidades
que contribuem para uma sociedade
mais justa e humana
Descrição
Reconhecimento da marca Alcoa como
uma das mais lembradas pelos arquitetos
na categoria esquadrias.
Descrição
Entidade concedente
APRH, em parceria
com o Rotary Club
Sorocaba
Entidade concedente
Revista Projeto Design
Entidade concedente
Data
2006
Data
Fevereiro
de 2006
Data
Inovação de produto
Tecnobebida Awards 2006
Tecnologia de produto mais inovadora,
elegendo os avanços mais significativos
na produção de bebidas.
Equipe Tecnobebida
Awards
Setembro
de 2006
Qualidade
Empresa que mais prestigia
o segmento de águas
minerais
A Unidade Alphaville foi eleita
por seus trabalhos para o segmento.
Equipe Abinam
(Associação Brasileira
da Indústria de Águas
Minerais)
2006
Tema
COLÔMBIA
Entidade concedente
USAB (União
das Associações
Amigos de Bairros)
Tema
ALPHAVILLE-SP
Descrição
Reconhecimento aos relevantes serviços
prestados pela Empresa à comunidade.
Tema
UTINGA-SP
Prêmio ou reconhecimento
Empresa Comunitária 2005
Tema
Unidade
Data
Reconhecimento do papel da Alcoa
e dos funcionários participantes
do programa BRAVO! na cidade.
Qualidade
SOROCABA-SP
Entidade concedente
Medalha de Mérito
Dalila Vera Cruz
Tema
Unidade
Descrição
Social
Social
POÇOS DE CALDAS-MG
Prêmio ou reconhecimento
Saúde, Segurança e
Meio Ambiente
Prêmio ou reconhecimento
Pread (Programa de
Excelencia Ambiental
Distrital)
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
Descrição
Reconhecimento em Excelência
Ambiental, gerando desenvolvimento
sustentável.
Entidade concedente
Dama (Departamento
Tecnico Administrativo
del Medio Ambiente)
Data
2006
Prêmio Alcoa de Inovação destaca
criatividade para reciclar
A 5ª edição do Prêmio Alcoa de Inovação em Alumínio ganhou
destaque, em 2006, pela criatividade dos projetos concorrentes.
A maior novidade foi a categoria Planejamento de Gestão, dedicada
à sustentabilidade, sob o tema “Reciclagem do alumínio”.
Houve três vencedores, na nova categoria: o Centro Universitário
de Itajubá-MG, que concorreu com o projeto “Aquecedor Solar
Alternativo por Reflexão”; a Universidade Presbiteriana Mackenzie,
em São Paulo-SP, que apresentou um projeto pioneiro que engloba
coleta seletiva, classificação, fundição e produto final; e a Universidade
Federal do Amazonas-AM, reconhecida pela “Ação Cidadã Pela
Qualidade das Águas na Amazônia”.
Na categoria Projeto, venceu o “Assento Móvel”, das Faculdades
Nordeste-CE. “Devemos conservar o ambiente e promover
o bem-estar dos usuários, além da conscientização da importância
da reciclagem. Essas são as vantagens do assento móvel, projetado
para uso em locais públicos”, explica Gryciane Silva de Lima, estudante
do curso de Desenho Industrial das Faculdades Nordeste, uma
das criadoras do projeto.
Em 2006, a premiação ganhou o apoio do Instituto de Arquitetos
do Brasil, do Instituto de Engenharia, da Associação Brasileira de
Metalurgia e Materiais, da Associação Brasileira de Ensino de Design,
da Associação Brasileira de Designers de Produtos e do Instituto Ethos
de Empresas e Responsabilidade Social. O número de inscrições,
em 2006, chegou a 773, 20% superior ao alcançado em 2005.
Bombeiro participa de treinamento de segurança
em Itapissuma-PE: qualidade certificada
Certificações
ISO 14001
Órgão Certificador
OHSAS 18001
Órgão Certificador
AFL Itajubá
Alumar
Poços
Tubarão
Itapissuma
Utinga
Argentina
Alphaville
Colômbia
Peru
Chile
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
BSI
BSI
BSI
BSI
BSI
SGS
BSI
BSI
BVQI
BSI
BSI
•
•
•
•
•
•
•
•
BSI
BSI
BSI
BSI
BSI
BSI
BSI
BSI
SA8000
•
•
Órgão Certificador
BSI
BSI
ISO9001:2000
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Órgão Certificador
BSI
BSI
BSI
BSI
BSI
BSI
BSI
BSI
BVQI
BSI
BSI
ISO/TS16949:2002
•
•
Órgão Certificador
BVQI
BSI
prêmios, reconhecimentos e certificações
91
METODOLOGIA E ÍNDICE REMISSIVO GRI
Cena cotidiana de Juruti:
responsabilidade social é
prioridade na Alcoa
MODELO INTERNACIONAL
O Relatório de Sustentabilidade 2006/2007 – o 5º produzido pela Alcoa América Latina – apresenta um panorama da
atuação da empresa, no Brasil e na América do Sul, de Agosto de 2006 a Julho de 2007. Auditorias internas e a eficiência
dos sistemas de gestão garantem a confiabilidade das informações veiculadas nos textos, nas tabelas e nos gráficos. Os
dados financeiros passam, também, por auditoria externa. Não há auditoria específica para verificar o conteúdo do relatório.
Desde a publicação do Relatório de Sustentabilidade 2003, a companhia optou por inspirar-se nos indicadores e princípios
preconizados pela Global Reporting Initiative (GRI). A primeira parte da publicação, em formato de reportagens
jornalísticas, aborda os projetos e a visão de sustentabilidade da Companhia. A segunda parte traz os indicadores essenciais.
O índice remissivo abaixo indica as páginas do Relatório em que se podem encontrar dados e informações correspondentes
aos indicadores GRI. As informações que a Alcoa não pôde disponibilizar estão indicadas pela sigla “nd”, e as questões que
não se enquadram nas atividades da Companhia aparecem com a sigla “na”. As descrições das diretrizes e indicadores GRI
2002 estão disponíveis gratuitamente no site www.globalreporting.org.
Índice remissivo – Indicadores Gerais (GRI2002)
1. Visão e Estratégia
1.1 Declaração da visão e estratégia da organização a respeito da sua contribuição para o desenvolvimento sustentável.
6-11,15
1.2 Declaração do Diretor-Presidente (ou figura sênior equivalente) descrevendo os elementos centrais do relatório.
16-19
2. Perfil
2.1 Nome da organização relatora
92
2.2 Principais Produtos e/ou serviços, incluindo marcas, quando for o caso
http://www.alcoa.com/brazil/pt/
alcoa_brazil/overview.asp
2.3 Estrutura operacional da organização
nd
2.4 Descrição dos maiores departamentos, operadoras, subsidiárias e projetos conjuntos (joint ventures)
http://www.alcoa.com/brazil/pt/
alcoa_brazil/businesses.asp
2.5 Países nos quais a organização atua
13
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
2.6 Tipo e natureza legal da propriedade
12-13
2.7 Natureza dos mercados atendidos
http://www.alcoa.com/brazil/pt/
alcoa_brazil/overview.asp
2.8 Escala da organização relatora
12,73,77
2.9 Lista das partes interessadas, seus atributos principais e sua relação com a organização relatora.
71
2.10 Pessoa(s) a serem contatadas para tratar de questões relativas ao relatório, incluindo endereço eletrônico e páginas na rede (website).
100
2.11 Período coberto pelas informações constantes do relatório (ex. ano fiscal/calendário anual).
92
2.12 Data dos relatórios anteriores mais recentes (caso haja algum).
69, 92
2.13 Limites do relatório (países/regiões, produtos/serviços, divisões/fábricas ou unidades de produção/joint venture/ subsidiárias)
quaisquer limitações específicas à abrangência.
69, 92
2.14 Mudanças significativas em tamanho, estrutura, perfil proprietário ou produtos/serviços que ocorreram desde o relatório anterior.
69, 92
2.15 Base para o relato sobre joint ventures, subsidiárias parciais, instalações arrendadas, operações terceirizadas e outras situações que
possam afetar significativamente a comparabilidade entre os períodos relatados e/ou as organizações relatoras.
69
2.16 Explicação da natureza e do efeito de quaisquer reformulações de informações providas em relatórios anteriores e as razões para tais
revisões (ex. fusões/aquisições, mudança de base anos/períodos, natureza do negócio, métodos de medição).
92
2.17 Decisões por não aplicar os princípios ou protocolos GRI na preparação do relatório.
nd
2.18 Critérios/definições usados em qualquer relato sobre os custos e benefícios econômicos, ambientais e sociais.
nd
2.19 Mudanças significativas em relação a anos anteriores nos métodos de medição aplicados à informação relativa ao desempenho
econômico, ambiental e social.
nd
2.20 Políticas e práticas internas para melhorar e validar a precisão, a completude e a confiabilidade com as quais se elabora um relatório
sobre sustentabilidade.
92
2.21 Política e Práticas que visam o fornecimento de garantias independentes para o relatório total.
92
2.22 Meios pelos quais os usuários do relatório podem obter informações e relatórios adicionais sobre os aspectos econômicos, ambientais
e sociais das atividades da organização, incluindo informação específica relativa à infra-estrutura (caso disponível).
92, 100
3. Estrutura e Governança
3.1 A estrutura de governança de uma organização inclui os grandes comitês subordinados ao conselho diretor responsáveis pela
elaboração de estratégias e pela supervisão da organização.
http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_
page/codigo_conduta_etica.asp
3.2 Percentual dos membros do conselho diretor que tem independência de ação na qualidade de diretores não executivos.
nd
3.3 Processos que determinam o grau de especialização técnica necessária para que membros do conselho possam ditar a direção
estratégica da organização, incluindo-se aí as questões relativas aos riscos e oportunidades ambientais e sociais.
nd
3.4 Processos ao nível do conselho para a supervisão institucional da identificação e do gerenciamento dos riscos e oportunidades
econômicas, ambientais e sociais.
http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_
page/codigo_conduta_etica.asp
3.5 A relação entre remuneração executiva e conquistas das metas financeiras e objetivos não-financeiros da organização
(ex. desempenho ambiental, práticas trabalhistas).
nd
3.6 A estrutura organizacional e indivíduos centrais, responsáveis pela supervisão, implementação e auditoria das respectivas políticas
econômicas, ambientais e sociais.
nd
3.7 Declarações de missões e valores, códigos ou princípios de conduta desenvolvidos internamente e políticas relevantes ao desempenho
econômico, ambiental e social, bem como o status de sua implementação.
http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_
page/codigo_conduta_etica.asp
3.8 Mecanismos pelos quais as partes interessadas possam fazer sugestões ou propor direções para a diretoria.
na
3.9 Base para identificação e seleção das partes interessadas.
56-61
3.10 Abordagens para a consulta às partes interessadas apresentadas em termos de freqüência de consulta por tipo e grupo de acionistas.
23-29, 40-45, 56-61
3.11 Tipo de informação gerada pelas consultas às partes interessadas.
23-29, 40-45, 56-61
3.12 Uso de informações resultantes dos engajamentos dos agentes.
23-29, 40-45, 56-61
3.13 Explicação quanto à possibilidade e mecanismo de como a abordagem ou o princípio de precaução é equacionado pela organização.
nd
3.14 Desenvolvimento de tabelas, conjuntos de princípios ou outros tipos de iniciativa voluntária externa, que a organização reconhece
ou endossa como válidos para o mapeamento de indicadores econômicos, ambientais e sociais.
nd
3.15 Principais filiações a associações industriais e empresariais, e/ou organizações nacionais/internacionais de direito.
nd
3.16 As políticas e/ou sistemas para o gerenciamento dos impactos construtivos ou destrutivos.
http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_
page/codigo_conduta_etica.asp
3.17 A abordagem da organização relatora no que diz respeito à administração dos impactos econômicos, ambientais e sociais
indiretamente provocados por suas atividades.
http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_
page/codigo_conduta_etica.asp
3.18 Principais decisões tomadas durante o período coberto pelo relatório referentes à localização ou mudanças operacionais.
nd
3.19 Programas e procedimentos referentes ao desempenho econômico, ambiental e social.
nd
3.20 Status de certificado referente aos sistemas de gerenciamento econômicos, ambientais e sociais.
88-91
4. Teor do Índice do GRI
4.1 Uma tabela identificadora para cada elemento do conteúdo do relatório do GRI, por Seção e por indicador.
92
metodologia
93
Indicadores de desempenho econômico (GRI2002)
IMPACTOS ECONÔMICOS DIRETOS
CONSUMIDORES
EC1. Vendas líquidas.
74
EC2. Análise regional de mercado.
75
FORNECEDORES
EC3. Custo dos bens, materiais e serviços.
nd
EC4. Contratos pagos segundo os termos estabelecidos.
nd
EC11. Classificação de fornecedores por organização e país. (adicional)
nd
EMPREGADOS
EC5. Folha de pagamento e benefícios.
77
INVESTIDORES
EC6. Distribuições para investidores.
77
EC7. Aumento/decréscimos em ganhos retidos ao fim do período.
nd
SETOR PÚBLICO
EC8. Impostos pagos.
77
EC9. Subsídios recebidos.
As unidades de São Luís e Itapissuma
obtêm redução de imposto de renda,
concedida pelo Governo para empresas
instaladas no Nordeste.
EC10. Doações à comunidade.
86
EC12. Total gasto em infra-estruturas para negócios não-centrais. (adicional)
nd
IMPACTOS ECONÔMICOS INDIRETOS
EC13. Impactos econômicos indiretos.
Obras de expansão do
porto em São Luís-MA
94
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
76
Indicadores de desempenho ambiental (GRI2002)
MATERIAIS
EN1. Total de materiais por tipo.
81
EN2. Porcentagem de materiais provenientes de reciclagem externa.
nd
ENERGIA
EN3. Consumo direto de energia.
81
EN4. Consumo indireto de energia.
nd
EN17. Iniciativas para uso de energia renovável e aumento de eficiência energética. (adicional)
82
EN18. Consumo anual de energia dos principais produtos. (adicional)
nd
EN19. Outros usos indiretos de energias. (adicional)
81
ÁGUA
EN5. Consumo total de água.
79, 81
EN20. Fontes de água afetadas pelo consumo. (adicional)
79
EN21. Remoção anual de solo e água de superfície. (adicional)
79
EN22. Reciclagem e reutilização total de água reciclada. (adicional)
79
BIODIVERSIDADE
EN6. Localização e tamanho das terras em áreas ricas em biodiversidade.
81
EN7. Principais impactos sobre a biodiversidade.
79
EN23. Total de terras para atividades de produção ou uso extrativo. (adicional)
79
EN24. Quantidade de superfície impermeável. (adicional)
nd
EN25. Impactos sobre áreas protegidas ou sensíveis. (adicional)
79
EN26. Mudanças nos habitats naturais decorrentes de atividades e operações. (adicional)
79
EN27. Objetivos, programas e metas para proteger e restaurar áreas degradadas. (adicional)
29, 33, 40, 49, 79
EN28. Número de espécies na Lista Vermelha da IUCN com habitat em áreas afetadas pelas operações. (adicional)
79
EN29. Unidades de negócios operando em áreas sensíveis ou protegidas. (adicional)
79
Emissões, efluentes e resíduos
81
EN8. Emissões de gases causadores do efeito estufa.
81
EN9. Emissões de substâncias destruidoras de ozônio.
81
EN 10. NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas.
83
EN11. Quantidade total de resíduos, por tipo e destino.
79
EN12. Descargas significativas na água.
nd
EN13. Derramamentos significativos.
nd
EN30. Outras emissões indiretas de gases causadores do efeito estufa. (adicional)
nd
EN31.Produção, transporte, importação e exportação de resíduos considerados prejudiciais
nos termos da Convenção da Basiléia. (adicional)
nd
EN32. Fontes de água significativamente afetados pela descarga e escoamento. (adicional)
nd
FORNECEDORES
EN33. Desempenho ambiental de fornecedores. (adicional)
nd
PRODUTOS E SERVIÇOS
EN14. Impactos ambientais de produtos e serviços.
http://www.alcoa.com/brazil/pt/
environment/climate_change_uscap.asp
EN15. Porcentagem recuperável e recuperada de produtos no fim do cliclo de vida.
http://www.alcoa.com/brazil/pt/info_
page/about_recycling.asp
CONCORDÂNCIA
EN16. incidentes ou multas ambientais.
80
TRANSPORTE
EN34. Impactos ambientais significativos de transporte. (adicional)
nd
GERAL
EN35. Total de gastos ambientais. (adicional)
73
metodologia
95
Colaboradores participam
de ginástica laboral
em Itapissuma-PE
Indicadores de desempenho social:
práticas trabalhistas e trabalho decente (GRI2002)
EMPREGO
LA1. Mão-de-obra, por tipo de emprego, contrato de trabalho e região.
84
LA2. Criação de empregos e rotatividade.
nd
LA12. Benefícios oferecidos a empregados, além dos previstos em lei. (adicional)
77
TRABALHO/RELAÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
LA3. Porcentagem de empregados representados por sindicatos ou abrangidos por acordos coletivos.
nd
LA4. Política para consulta aos empregados referente a mudanças operacionais.
nd
LA13. Representação formal de trabalhadores em tomadas de decisão. (adicional)
nd
SAÚDE E SEGURANÇA
LA5. Práticas sobre registro e notificação de doenças e acidentes.
nd
LA6. Comitês formais de saúde e segurança.
nd
LA7. Lesões típicas, dias perdidos, índice de absenteísmo e óbitos relacionados ao trabalho.
87
LA8. Políticas ou programas a respeito de HIV/Aids.
http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_
page/environment_health_safety.asp
LA14. Conformidade com as Diretrizes sobre Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho. (adicional)
http://www.alcoa.com/brazil/pt/info_
page/environment_health_safety.asp
LA15. Acordos formais com sindicatos envolvendo saúde e segurança. (adicional)
nd
TREINAMENTO E EDUCAÇÃO
LA9. Média de horas de treinamento.
87
LA16. Programas para a continuidade da empregabilidade dos funcionários e para gerenciar o fim da carreira. (adicional)
87
LA17. Políticas e programas específicos para gestão das habilidades. (adicional)
48, 62, 67, 78, 83, 84, 91
DIVERSIDADE E OPORTUNIDADES
96
LA10. Políticas e programas de iguais oportunidades.
84, 87, 91
LA11. Composição do grupo responsável pela governança corporativa conforme indicadores de diversidade.
http://www.alcoa.com/global/en/about_
alcoa/corp_gov/directors_overview.asp
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
Indicadores de desempenho social:
direitos humanos (GRI2002)
ESTRATÉGIA E ADMINISTRAÇÃO
HR1. Políticas e diretrizes para lidar com aspectos de direitos humanos.
http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_
page/codigo_conduta_etica.asp
HR2. Consideração dos impactos sobre direitos humanos nos processos de tomada de decisão.
http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_
page/codigo_conduta_etica.asp
HR3. Políticas para avaliar o desempenho dos fornecedores em direitos humanos.
http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_
page/codigo_conduta_etica.asp
HR8. Treinamento de empregados em políticas e práticas de direitos humanos. (adicional)
nd
NÃO-DISCRIMINAÇÃO
HR4. Descrição de políticas que previnam a discriminação.
http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_
page/codigo_conduta_etica.asp
LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO E NEGOCIAÇÃO COLETIVA
HR5. Política de liberdade de associação.
http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_
page/codigo_conduta_etica.asp
TRABALHO INFANTIL
HR6. Políticas que excluam o trabalho infantil.
http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_
page/codigo_conduta_etica.asp
TRABALHO FORÇADO E COMPULSÓRIO
HR7. Políticas para previnir o trabalho forçado ou compulsório.
http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_
page/codigo_conduta_etica.asp
PRÁTICAS DE DISCIPLINA
HR9. Descrição de processos judiciais relacionados a direitos humanos. (adicional)
http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_
page/codigo_conduta_etica.asp
HR10. Política de não-retaliação e sistema de recebimento de queixas de funcionários. (adicional)
nd
PRÁTICAS DE SEGURANÇA
HR11. Treinamento em direitos humanos para segurança dos funcionários. (adicional)
nd
DIREITOS INDÍGENAS
HR12. Políticas para tratar das necessidades indígenas. (adicional)
nd
HR13 Mecanismos para atendimento de queixas de indígenas (adicional)
nd
HR14. Receita operacional distribuída para indígenas (adicional)
nd
Estudantes visitam reservatório no Parque
Ambiental de Poços de Caldas-MG
metodologia
97
Indicadores de desempenho social: sociedade (GRI2002)
Comunidade
SO1. Políticas para gerenciar impactos sobre as comunidades.
22, 24, 28, 32, 33, 34, 48, 53, 54, 56, 60
SO4. Prêmios recebidos. (adicional)
88, 89, 90, 91
Suborno e corrupção
SO2. Políticas relacionadas a suborno e corrupção.
http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_
page/codigo_conduta_etica.asp
Contribuições políticas
SO3. Políticas para a administração de lobbies e constribuições políticas.
http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_
page/codigo_conduta_etica.asp
SO5. Financiamento de partidos políticos. (adicional)
http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_
page/codigo_conduta_etica.asp
Competição e preços
SO6. Decisões legais com respeito à legislação antrituste e monopólio. (adicional)
nd
SO7. Políticas para prevenção de prática de concorrência desleal. (adicional)
http://www.alcoa.com/brazil/pt/custom_
page/codigo_conduta_etica.asp
Embarcações atracadas às margens
do Lago de Juruti Grande, em Juruti
98
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
Indicadores de desempenho social:
responsabilidade sobre o produto (GRI2002)
SAÚDE E SEGURANÇA DO CONSUMIDOR
PR1. Políticas para preservar a saúde e a segurança do consumidor durante o uso dos produtos e serviços.
na
PR4. Casos de não-conformidade com a legislação referente à saúde e segurança do consumidor. (adicional)
na
PR5. Reclamações recebidas por organismos regulatórios sobre saúde e segurança do consumidor. (adicional)
na
PR6. Adesão voluntária a códigos de conduta, selos nos rótulos de produtos ou prêmios referentes
à saúde e segurança do consumidor. (adicional)
na
PRODUTOS E SERVIÇOS
PR2. Políticas relacionadas a informações sobre o produto e rotulagem.
na
PR7. Número de casos de não-conformidade a legislação relacionada a informações e rotulagem de produtos. (adicional)
na
PR8. Políticas relacionadas à satisfação do consumidor. (adicional)
na
PROPAGANDA
PR9. Políticas para adesão a padrões e códigos voluntários relacionados a propaganda. (adicional)
na
PR10. Número de violações de regulamentações de propaganda e marketing. (adicional)
na
RESPEITO À PRIVACIDADE
PR3. Políticas em relação à privacidade do consumidor.
na
PR11. Número de reclamações relativas à violação de privacidade de consumidores. (adicional)
na
metodologia
99
CRÉDITOS
Coordenação: SSMA ALCOA
Consultoria e Redação: Report Comunicação
Direção de Arte, Projeto Gráfico e Edição de Arte: fmcom
Revisão: Assertiva Produções Editoriais
Fotos: Ricardo Ayres Corrêa
Fotolito e Impressão: Ultraprint
Gráfica: Ultraprint
Tiragem: 4.000
Papel: Impresso em papel couché com certificação FSC da Suzano
Endereço da sede:
Av. das Nações Unidas, 12.901
Torre Oeste • 16º andar • Brooklin • São Paulo • SP
Endereço da versão eletrônica:
www.alcoa.com.br
Para esclarecer dúvidas ou comentar esse relatório, utilize
o endereço eletrônico: [email protected]
Agradecimento: Agradecemos a todos os profissionais
que contribuíram de alguma forma para a elaboração deste
Relatório. Dedicamos a vocês o sucesso da publicação.
100
Alcoa | Relatório de Sustentabilidade 2006/2007
Pôr-do-sol e Rio Amazonas
compõem cenário em Juruti-PA
Alcoa Alumínio S.A.
Av. das Nações Unidas, 12901
Torre Oeste, 16º andar
cep: 04578 000 • São Paulo • SP • Brasil
Central Alcoa de Atendimento ao Cliente: 0800159888
www.alcoa.com.br
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