FACULDADE ASSIS GURGACZ TIAGO TOMAZ DA ROSA SUPLEMENTAÇÃO DO CROMO EM RESISTÊNCIA A INSULINA CASCAVEL 2014 FACULDADE ASSIS GURGACZ TIAGO TOMAZ DA ROSA SUPLEMENTAÇÃO DO CROMO EM RESISTÊNCIA A INSULINA Trabalho apresentado como requisito final para obtenção do tiítulo de Bacharel em Nutrição da Faculdade Assis Gurgacz. Professor Orientador: Altevir Jederson Garcia Tozetto CASCAVEL 2014 FACULDADE ASSIS GURGACZ TIAGO TOMAZ DA ROSA SUPLEMENTAÇÃO DO CROMO EM REISTÊNCIA INSÚLINICA Trabalho apresentado no Curso de Nutrição, da Faculdade Assis Gurgacz - FAG, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Nutrição, sob a orientação do Professor Altevir Jederson Garcia Tozetto; . BANCA EXAMINADORA _________________________________ Altevir Jederson Garcia Tozetto Faculdade Assis Gurgacz Especialista ___________________________________ Nanci Rouse Teruel Berto Faculdade Assis Gurgacz Especialista __________________________________ Débora Polleto Pappen Faculdade Assis Gurgacz Especialista Cascavel, 11 Novembro de 2014 3 SUPLEMENTAÇÃO DO CROMO EM RESISTÊNCIA A INSULINA ROSA, Tiago Tomaz1 TOZETTO, Altevir Jederson Garcia2 [email protected] RESUMO A resistência insulínica bem como o diabetes mellitus tipo II vem acometendo cada vez mais a população sendo esta uma crescente na sociedade moderna. A resistência insulínica é caracterizado pela baixa sensibilidade do metabolismo com relação a insulina, obrigando cada vez mais o pâncreas a produzir níveis mais elevados deste hormônio, podendo culminar no diabetes mellitus tipo II, esta por sua vez é caracterizada como uma deficiência do organismo em produzir insulina. Anos podem dividir a resistência insulínica do diabetes mellitus tipo II, sendo que intervenções dietéticas, mudanças do estilo de vida e a suplementação de minerais como o cromo podem contribuir para que o organismo e seu metabolismo se restabeleçam e voltem ao normal. Sendo assim este estudo tem como objetivo avaliar a importância e eficiência da suplementação do mineral cromo na resistência insulínica. Foi realizada uma revisão bibliográfica buscando na literatura estudos que demonstrem os benefícios ou não do mineral cromo na resistência insulínica. Concluiu-se que diversos estudos demonstram efeitos positivos com a suplementação do mineral cromo na resistência insulínica, porem outros estudos obtiveram resultados imparciais e inconclusivos não observando os reais benefícios da suplementação do mesmo, sendo que como sugestão incluem novos estudos que possam contribuir com maior clareza seus reais benéficos da aplicação deste suplemento. Palavras- Chaves: Insulina, Cromo, Resistência insulínica, Glicose. __________________________ ¹Graduando do curso de Nutrição da Faculdade Assis Gurgacz- FAG. ²Especialista em Nutrição Clínica Hospitalar e Gestão Hospitalar pela Faculdade Assis Gurgacz. Orientador e docente da Faculdade Assis Gurgacz e Dom Bosco, graduação e pós-graduação nas disciplinas Nutrição e Saúde, Nutrição e Dietética e Supervisão de Estágio Hospitalar, Nutricionista Gerente do Setor de Nutrição do Hospital São Lucas em Cascavel – PR. 4 1. Introdução Uma epidemia de diabetes mellitus está por vir, atualmente estima-se que a população mundial com diabetes é da ordem de 382 milhões de pessoas e que deverá atingir 471 milhões em 2035, sendo que cerca de 80% destes indivíduos com diabetes vivem em países desenvolvidos, onde a epidemia tem maior intensidade, fato este que vem associado ao sedentarismo e hábitos não saudáveis, causando resistência insulínica, que está envolvida na patogênese do diabetes (MALERBI; FRANCO, 1992) ( IDF, 2013). O conceito de sensibilidade à insulina foi introduzida por Sir Harold Himsworht, em 1939, ao estudar a resposta de pacientes diabéticos ao estimulo glicêmico e à insulina (HIMSWORTH HP, 1939). Pode-se definir resistência à insulina como uma perturbação das vias de sinalização, mediadas pela insulina em que as concentrações normais do hormônio produzem uma resposta biológica subnormal, ocorrendo então um aumento da função das células beta pancreática para compensar a resistência à insulina, resultando em níveis sanguíneos elevados de insulina e mais tarde de glicose ( LAU, 2008; CARVALHEIRO, 2006; TAYLOR, 1994). Não é caracterizada como uma doença, mais sim uma anomalia fisiopatológica que pode ter inúmeras consequências e está ligada a diversas situações fisiológicas como puberdade, gravidez, menopausa, uso de corticoesteróides, obesidade, diabetes mellitus tipo II, doenças cardiovasculares, dislipidemias, síndrome metabólica entre outras (KELLY, 2000). Ela também é parte fundamental da hoje denominada, síndrome metabólica sendo esta caracterizada por diversos sintomas, dentre eles o aumento da obesidade abdominal, níveis elevados de glicose em jejum, triglicerídeos aumentados, diminuição das lipoproteínas de alta densidade (HDL) e hipertensão( ANDERSON, 2008). Sendo que melhorias na sensibilidade a insulina, levarão então a diminuição dos fatores que contribuem para o aparecimento destas alterações metabólicas (FORD, 2008). Instalada a resistência insulínica, o pâncreas tenta compensar a falta de eficácia deste hormônio aumentando a sua produção. Por consequência, a funcionalidade das células pancreáticas pode ir decaindo, chegando eventualmente a esgotar-se. Portanto, a partir do momento que surge a resistência insulínica surgirá o hiperinsulinismo, diminuição da tolerância a glicose com aparecimento de hiperglicemia pós prandial e finalmente, marcando já o aparecimento de um estado de diabetes, a hiperglicemia em jejum (BORGE 2002). A resistência insulínica e o hiperinsulinismo, geram inflamação, e desenvolvem estresse oxidativo, causando aumento das espécies reativas de oxigênio, somados aos maus 5 hábitos diários, deficiência de alguns minerais e vitaminas irão gerar inúmeras alterações, que contribuirão para o aceleramento do aparecimento do diabetes mellitus tipo II (BORGE, 2002). Anos podem separar o início de resistência à insulina do aparecimento do diabetes mellitus tipo II, sendo que é nesse espaço de tempo que atuações adequadas poderão atrasar ou impedir o aparecimento da doença (ANDERSON, 2008). A primeira linha de tratamento consiste em modificações do estilo de vida, uma alimentação adequada, exercício físico e a manutenção de um peso saudável, estas mudanças diminuirão a resistência à insulina (BANTLE, 2008). Dentre estas, a função de micronutrientes tem sido alvo de estudos e sua relação com a sensibilidade à insulina (VICENT, 2010). A deficiência de vitaminas e minerais é frequente em indivíduos diabéticos, sendo as principais causa a perda urinaria, diminuição na capacidade intestinal de absorção, além da baixa ingestão dietética (CHEHADE 2009). Relacionando então a resistência à insulina aos níveis séricos de minerais, o cromo tem se destacado, pois sua função primária relaciona-se com a potencialização dos efeitos da insulina, sendo que sua deficiência parece provocar quadros de intolerância à glicose, assim como sua maior disponibilidade aumenta a sensibilidade à insulina e diminui a concentração de lipoproteínas de baixa densidade favorecendo então o controle do diabetes mellitus tipo II. (MOUKARZEL, 2009). Sendo assim, estudos sobre as possíveis relações entre o cromo e resistência à insulina, excesso de peso e diabetes mellitus tipo II são recomendadas a fim de estabelecer medidas dietoterápicas relacionadas à suplementação nutricional ou complementação da dieta (INSTITUTE OF MEDICINE, 2001). 1.2 INSULINA A insulina é um hormônio anabólico, essencial para a manutenção da homeostase glicêmica, do crescimento e diferenciação celular. Sendo esta secretada pelas células beta das ilhotas pancreáticas em resposta ao aumento das concentrações circulantes de glicose, (NOLAN; DAMM; PRENTTKI, 2011; WILLIAMS, 2002). A maioria da glicose circulante no estado pós abortivo é captada por órgãos independentes da insulina, como cérebro (50%) e órgãos esplânicos (25%), sendo o restante (25%) utilizados por tecidos dependentes de insulina, como o músculo esquelético e o tecido adiposo (DEFRONZO, 1997). A entrada da glicose nas células ocorre por meio de difusão facilitada, com participação de proteínas de membrana como GLUT 1 e GLUT 4. A ação da insulina se dá no receptor localizado na membrana plasmática, por meio de uma sequência de 6 sinais intracelulares que provocam a translocação das vesículas contendo GLUT 4, e então ocorre a captação da glicose circulante para o interior da célula (PEREIRA; FRANSCISCHI; LANCHA-JÚNIOR, 2003). A insulina é mais conhecida por seu papel na regulação sanguínea, pois ela suprime a neoglicogênese hepática e promove a síntese e armazenamento de glicogênio no fígado e músculos (Williams et al 2002). Além disso, ela estimula a lipogênese no fígado e adipócitos e aumenta a síntese proteica ( CAVALHEIRA; ZECHUIN; SAAD, 2002). Quando níveis sanguíneos de glicose sobem causando hiperglicemia, as células pancreáticas detectam essa elevação e liberam a insulina, estimulando a formação de glicogênio e o acúmulo de gordura nos músculos. Por outro lado quando a taxa de glicose esta muito baixa causando hipoglicemia a taxa de insulina também diminui desencadeando o processo inverso. Ocorre então a liberação de glucagon, um hormônio produzido no pâncreas que estimula o fígado a liberar o estoque de glicogênio, liberando glicose (WILLIAMS, 2002). A figura 1 mostra este processo. Figura 1. Processo de controle de glicemia em nosso organismo. Fonte: http://static.hsw.com.br/gif/diabetes-glucose-regulation.gif 7 1.3 CROMO O cromo é encontrado na natureza como Cromita (FeCr2O4) um óxido duplo de ferro e cromo de coloração amarelo ocre. É um mineral que ocorre nas valências de –2 a +6, sendo as mais comuns +2 (Cr2+), +3 (Cr3+) e +6 (Cr6+)(5). Sua forma mais comum presente nos alimentos é o Cr3+ ( LOURENÇO, 2003; MITCHELL,1978). As fontes alimentares incluem levedura de cerveja, algumas cervejas e vinhos, ostras, figado e batata como as melhores fontes, seguindo-se com cereais integrais, germen de trigo, gema de ovo, queijo, café, cenoura, espinafres, brócolis, nozes, feijão verde, carne e marisco (BROADHURST, DOMENICO, 2006). Laticínios e a maior parte dos frutos e legumes possuem teores muito variáveis e baixos de cromo (GALLAGHER, 2008). Sendo que estas variações são muito comuns para todas as fontes, sendo que sua quantidade também pode variar de acordo com a quantidade deste mineral presente nos solos (INSEL et al, 2007). Os valores sobre o teor de cromo nos alimentos são por vezes escassos, dificultando a estimativa de ingestão diária recomendada (RDA), mesmo sendo reconhecida sua essencialidade ao organismo humano (INSTITUTE OF MEDICINE, 2001). Estas limitações se estendem desde a ausência de dados relativos à quantidade de cromo presente em alimentos às dificuldade de análise desse mineral na maioria dos alimentos, devido a sua reduzida concentração e a problemas de contaminação ambiental (GOMES; ROGERO; TIRAPEGUI, 2005). Estima-se que a ingestão diária e segura de cromo em adultos varie entre 50 a 200 µg/dia. Contudo a publicação das atuais Dietary Reference Intakes (DRI) trouxe um valor de ingestão adequada para este mineral de 25 µg/dia para mulheres e 35 µg/dia para homens adultos. Porém, os estudos sobre toxicidade não são suficientes para estabelecer o limite superior tolerável de ingestão (INSTITUTE OF MEDICINE, 2001). Mesmo assim a Agência Nacional de Vigilância Sanitária estabelece como nível seguro, o limite máximo de 1000 µg/dia de cromo para adultos (BRASIL, 1998). As formulações mais utilizadas para investigar o controle glicêmico e a resposta à insulina em indivíduos diabéticos são o cloreto de cromo, picolinato de cromo e nicotinato de cromo (WANG; CEFALU, 2010). 1.4 METABOLISMO DO CROMO 8 Desde que foi descoberto, há aproximadamente 40 anos, quando um paciente com nutrição parenteral total desenvolveu sintomas semelhantes aos de diabetes, sendo que antes da suplementação de cromo, ele estava perdendo peso, acompanhado de intolerância à glicose e neuropatia, mesmo quando recebia insulina exógena diariamente. Sendo que após a administração de 200mg de cromo à solução da nutrição parenteral por três semanas, os sintomas semelhantes ao diabetes diminuíram, e a insulina exógena não foi mais necessária (ALTHUIS, 2002). Este mineral participa ativamente do metabolismo de carboidratos, principalmente coatuando com a insulina de modo a potencializar a ação da mesma, melhorando a tolerância à glicose, levando então a uma absorção de glicose mais eficiente (MITCHELL,1978; MARANGON & FERNANDES, 2005). Segundo achados pelos quais o cromo age, se propôs que esse mineral aumente a fluidez da membrana celular amplificando a sinalização celular de modo a facilitar a ligação da insulina com o seu receptor (EVANS, 2002; VICENT, 1999). Somando ao fato de que aumenta o número de receptores de insulina e a sensibilidade das células β do pâncreas. Recentemente, o cromo foi caracterizado como componente do mecanismo de amplificação da sinalização intracelular de insulina, responsável pelo estímulo da translocação de GLUT-4, ou seja, um fator colaborador do aumento da sensibilidade de receptores insulínicos na membrana plasmática (VICENT, 1999). Quando ocorre um aumento na glicemia, a insulina é rapidamente secretada para a circulação e liga-se na subunidade alfa de seu receptor, localizada na face externa da membrana plasmática. Ocorrendo então uma alteração conformacional, desencadeando uma série de reações de fosforilação em cascata com o objetivo de estimular a translocação dos transportadores de glicose (GLUTs) para a membrana plasmática (CAVALHEIRA; ZECHIN; SAAD, 2002). Após a insulina ligar-se ao receptor da membrana plasmática, ocorre um estímulo ao movimento do cromo sanguíneo para as células insulino-dependentes (FIGURA 2). No entanto, o estimulo à ação da insulina é dependente do conteúdo de cromo na cromodulina, sendo esta um carreador deste mineral (YAMAMOTO; WADA; MANABE, 1989). 9 Figura 2. Mecanismo de ação do cromo Fonte: Fantinatti et al., (2009) Contudo, por agir estimulando a sensibilidade à insulina, o cromo pode influenciar também no metabolismo proteico, promovendo maior estímulo da captação de aminoácidos e, consequentemente, aumentando a síntese proteica, bem como reduzindo os níveis de gordura corpórea e normalização de lipídios sanguíneos e aumentando a taxa de metabolismo basal. (KHOSRAVI-BOROUJENI ET AL., 2011; MAHAN, 2005; GOMES, 2005). Frente a importância do cromo como agente potencializador da sinalização da insulina, pressupõe-se que sua deficiência na dieta possa contribuir para o desenvolvimento da resistência insulínica e do Diabetes mellitus tipo II (INTITUTE OF MEDICINE, 2001), contudo a deficiência desse mineral têm sido observada em situações como hiperglicemia, hiperinsulinemia, hiperlipidemia e doenças coronarianas (MORRIS; LUKASKI; 2000). O cromo também já se revelou útil na diminuição de stress oxidativo, o que é importante para evitar a progressão de comorbidades associadas ao diabetes (YANG, 2006) (JAIN, 2007), uma vez que a resistência à insulina acaba por desencadear aumentos desse stress (EVANS, 2007). Em indivíduos não diabéticos, a excreção do cromo é bem menor comparado aos indivíduos com resistência à insulina (BAHIJRI; ALISSA, 2003). Assim, a concentração de cromo sanguíneo pode indicar tanto a ingestão dietética como do estado fisiopatológico. Em indivíduos diabéticos, as concentrações séricas de cromo 10 são significativamente menores que nos grupos de pessoas sadias e a hiperglicemia pode levar à diminuição das concentrações séricas de cromo e aumentar sua excreção urinária, piorando o quadro de diabetes (GAMEZ; SAENZ; MORALES, 2002). Dessa forma, a ingestão alimentar de cromo pode contribuir com adequadas concentrações de cromo sérico, favorecendo sua ação biológica. No entanto, apesar do cromo estar distribuído em diversos tipos de alimentos em baixa concentração, dificultando atingir as recomendações diárias nutricionais, mesmo em dietas balanceadas, sendo então favorável sua suplementação. (ROUSSEL et al., 2007). 2. METODOLOGIA O trabalho realizado trata-se de uma revisão bibliográfica mostrando a relação do micronutriente cromo e o seu papel na sensibilidade da insulina, relação com o metabolismo, mecanismo de ação e contribuição para a redução das doenças relacionadas. A pesquisa de acordo com o objetivo é uma pesquisa exploratória, têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema visando torná-lo mais explícito ou para constituirmos hipóteses. Pode-se dizer que têm como objetivo principal o aprimoramento de idéias ou a descoberta de informações com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos na base de dados. 3. DESENVOLVIMENTO Tendo em vista que a deficiência em alguns micronutrientes pode agravar a intolerância ao carboidrato, a suplementação mineral surgiu como uma alternativa terapêutica promissora para o controle glicêmico. Nesse sentido, estudos têm relatado efeitos benéficos da suplementação de cromo na glicemia, sendo este uma alternativa positiva para pacientes com diabetes mellitus tipo II (PIMENTEL, 2009). 3.1 EFEITOS BENÉFICOS DA UTILIZAÇÃO DO CROMO Em um estudo duplo-cego placebo controlado em 60 pacientes durante 16 semanas avaliaram o efeito de leite em pó enriquecido com 200 µg de cloreto de cromo, os autores observaram redução significativa na glicemia e insulinemia de jejum, especialmente em pacientes do sexo masculino (PEI et al., 2006). 11 Racek et al,. (2006) estudaram a influência da levedura enriquecida com 400 µg de cloreto de cromo na glicemia e insulinemia de 36 pacientes diabéticos por 12 semanas em estudo duplo-cego placebo controlado. A utilização de levedura enriquecida com cromo associou-se com redução significativa na glicemia de jejum comparada com o grupo placebo. Sharma et al,. (2011), em estudo cego placebo controlado, investigaram o efeito de 42 µg de cromo em 40 indivíduos diabéticos mellitus tipo II por três meses e observaram redução significativa na glicemia de jejum e na hemoglobina glicada. Individuos com diabetes mellitus tipo II, que fazem uso de sulfonilurea, foram suplementados com 1000 µg de picolinato de cromo, sendo observados por três meses, mostrando redução no ganho de peso corporal e do acumulo de gordura visceral quando comparados com grupo sulfonilurea/placebo (MARTIN et al., 2006). Gomes et al., (2005) mostrou em sua pesquisa que a deficiência de cromo parece provocar quadros de intolerância à glicose, assim como sua maior disponibilidade aumenta a sensibilidade à insulina e diminui a concentração de lipoproteínas de baixa densidade na circulação, favorecendo o controle do diabetes tipo II. Em estudo realizado por Paiva (2010) com amostra de 60 pacientes, dos quais metade receberam placebo e a outra metade suplementação com 600mcg de picolonato de cromo mostrou redução dos níveis glicêmicos em jejum e pós-prandial consequentemente o percentual de hemoglobina glicada, redução dos níveis de triglicérides e colesterol total e LDL e aumento do HDL, com isto evitando ou reduzindo os danos microvasculares como retinopatia, nefropatia e neuropatia e também danos macrovasculares como cardiopatia, acidente vascular cerebral, entre outras complicações, mostrando que o Cromo pode ser usado como tratamento adjuvante para diabetes mellitus tipo II. Estudos também mostram que tomar cromo por via oral pode diminuir a glicemia de jejum, diminuir os níveis de hemoglobina glicada, diminuir os níveis de triglicérides, e aumentar a sensibilidade à insulina em pessoas com diabetes mellitus tipo II (RABINOVITZ, 2004). Doses mais elevadas de cromo (1.000 mcg) pode ser mais eficaz e trabalhar mais rapidamente e podem também reduzir triglicérides e níveis de colesterol do soro total em alguns pacientes(REASNER, 1994; ANDERSON, 1997). Pesquisa adicional demonstrou que o cromo também melhorou os níveis de glicose em pacientes com diabetes tipo I, assim como a diabetes gestacional e induzida por esteroides (FOX; SABOVIC, 1998). 12 Segundo Vicent (2003), a suplementação de cromo tem sido eficaz no tratamento da resistência à insulina, diabetes tipo I e tipo II, diabetes gestacional e o diabetes induzido por corticoesteróides. Vladeva e colaboradores (2005) realizaram um estudo a fim de avaliar o efeito da suplementação de cromo sobre a resistência à insulina em pacientes com diabetes mellitus tipo II. Sendo que 34 indivíduos diabéticos e com sobrepeso receberam, por 60 dias, 30 mcg de picolinato de cromo e foram comparados com indivíduos saudáveis (controle). Os autores observaram que os pacientes com diabetes apresentaram concentração sérica de cromo significantemente menor do que os indivíduos saudáveis. Os autores concluíram que o cromo desempenha ação sobre a redução do grau de resistência insulínica. Corroborando com este dado, estudo realizado com o objetivo de avaliar a resposta da suplementação de cromo sobre parâmetros metabólicos em um grupo de indivíduos portadores de diabetes mellitus tipo II mostrou que o cromo pode aumentar a sensibilidade à insulina (CEFALU et al, 2010). Balk e colaboradores (2007) conduziram uma revisão da literatura com o objetivo de buscar estudos que avaliem o efeito da suplementação de cromo sobre o metabolismo da glicose. Foram incluídos nesta análise 41 estudos. Os autores concluíram que a suplementação de cromo é capaz de melhorar parâmetros bioquímicos de hemoglobina glicosilada e de glicemia de jejum em pacientes portadores de diabetes mellitus tipo II. Cefalu e colaboradores (2010) verificaram em seu estudo que a suplementação oral de picolinato de cromo é capaz de melhorar o metabolismo de carboidratos através de um aumento na translocação de Glut-4, promovendo melhora na captação de glicose pelo músculo esquelético em ratos obesos e hiperinsulinêmicos. No metabolismo lipídico, reporta-se que este mineral desempenhe ação lipolítica e pode agir na diminuição da gordura corporal. Ainda, o cromo parece desempenhar outra função sobre o metabolismo das gorduras, função esta independente da sua ação sobre a insulina e assim diminui as concentrações plasmáticas de colesterol. Indo de encontro com esta última informação, estudo mostrou que a suplementação de 150 mcg de cloridrato de cromo promoveu significante redução nos níveis de colesterol total e de triglicerídeos (HERMANN, 1994). Anton e colaboradores (2008), conduziram um estudo com o objetivo de avaliar o efeito da suplementação de picolinato de cromo sobre a modulação do consumo alimentar em mulheres adultas, saudáveis e com sobrepeso que apresentam compulsão por doces. Como resultado, pode ser averiguado que as mulheres recebendo picolinato de cromo apresentaram 13 redução do consumo alimentar, dos níveis de fome e compulsão por alimentos gordurosos. (ANTON et al, 2008). Rocha e colaboradores (2014), realizaram um trabalho com17 pessoas, divididas em dois grupos aleatoriamente, avaliou a administração de fibras, dieta hipocalórica e suplementação de picolinato de cromo 100ug duas vezes ao dia para o grupo experimental e para o grupo placebo foi administrado a ingestão de fibras, dieta hipocalórica e placebo, foi avaliado parâmetros antropométricos, pressão arterial, glicemia de jejum e hemoglobina glicada, sendo estes parâmetros reavaliados após 90 dias. Os resultados de peso, cintura, quadril, índice de massa corpórea, pressão arterial e glicemia de jejum, antes e após o tratamento não foram diferentes tanto para o grupo controle quanto para o grupo experimental. Contudo, houve redução dos níveis de hemoglobina glicada no grupo experimental, ao compararmos os valores antes e após o tratamento. Portanto, a partir dos dados foi possível evidenciar que o picolinato de cromo melhora o controle glicêmico no Diabetes mellitus tipo II. Relacionando o cromo aos efeitos esperados pelo suplemento foi encontrada uma meta-análise de 10 estudos experimentais mostrando uma ligeira redução de peso (1,1 – 1,2kg) em comparação com o placebo, num período de 6 a 14 semanas. (TEIXEIRA, 2011). Em um estudo randomizado, placebo-controlado, 180 homens e mulheres com diabetes mellitus tipo II foram divididos em três grupos e suplementado com placebo no grupo I, 200 cromo de mcg diariamente para o grupo II e 1,000 cromo de mcg diariamente para o grupo III, sendo que os mesmos faziam uso de hipoglicemiante oral e continuaram sua utilização juntamente com o cromo, bem como não mudaram seus hábitos alimentares e de vida, e após o termino do estudo, os resultados mostraram que que ambas as doses de cromo tiveram efeitos benéficos na hemoglobina glicada, glicose, insulina, e colesterol, sendo que os benefícios foram observados com doses mais elevada (RABINOVITZ, 2004). Algumas evidências sugerem que cromo pode diminuir o ganho de peso e acúmulo de gordura em portadores de diabetes tipo II que utilizam medicamentos como uma sulfoniluréia (MARTIN et al, 2006). Riales e Albrink (1981), mostraram em seu estudo que a suplementação de 200mcg de cromo cinco vezes por semana por 12 semanas foi capaz de aumentar significantemente os níveis de HDL-colesterol e reduzir os níveis de triglicerídeos e hemoglobina glicada, porém, sem alterações nos níveis de colesterol total. 3.2 DESVANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DO CROMO. 14 Apesar do grande número de trabalhos relatando os benefícios do cromo sobre a resistência insulínica e diabetes, poucos são os trabalhos com qualidade metodológica suficiente para a conclusão sobre os efeitos do cromo no diabetes. Duas revisões sistemáticas com meta-análises foram conduzidas para avaliar os estudos disponíveis sobre os efeitos de suplementos nutricionais a base de cromo em pacientes diabéticos ou com resistência a insulina (ALTHUIS, et al., 2002); (BALK, et al., 2007). Mesmo nessas revisões sistemáticas os artigos incluídos foram considerados pelos autores como de qualidade questionável. Esse fato dificulta a realização de estimativas de precisão do conjunto de resultados pela insuficiência do número de sujeitos incluídos nas pesquisas (ALTHUIS, et al., 2002; BALK, et al., 2007). Além disso, há ainda uma grande variabilidade heterogênica entre os trabalhos, seja pela população avaliada como ocidentais ou orientais, bem como pela formulação e dose dos suplementos a base de cromo, culminando em uma grande variabilidade entre os desfechos encontrados nesses estudos (ALTHUIS, et al., 2002; BALK, et al., 2007). Segundo algumas literaturas, a suplementação de cromo não exerce efeito sobre o metabolismo da glicose em indivíduos que não são portadores de diabetes mellitus ou que apresentam risco para desenvolver a doença (PASCHOAL, 2012) (BALK et al, 2007 ) (ALI et al, 2011) (MASHARANI et al, 2012). Kleefstra et al., (2007) avaliaram o efeito de 400 µg de levedura de cromo em pacientes diabéticos por seis meses, sendo que não observaram benéficos no controle glicêmico. Não existe evidencia cientifica que a suplementação de cromo possa mudar a composição corporal, podendo ele apenas agir como um fator adjuvante na melhoria da resistência insulínica (GOMES et al., 2005). Na revisão conduzida por Althuis e colaboradores (2002), independente da população analisada, não encontraram resultados significativos sobre o efeito da suplementação de cromo, sugerindo que não há qualquer implicação, benéfica ou maléfica, comprovada. Destaca-se ainda que o único trabalho de boa qualidade metodológica que apresentou resultados positivos foi conduzido na China e questiona-se sua aplicabilidade em populações ocidentais (ALTHUIS, et al., 2002). É importante frisar que, em indivíduos que apresentam níveis de glicemia normais, a suplementação de cromo com dosagem de 1000 mcg/dia pode exercer efeito pró-oxidativo (CHENG, 2004). 15 Estudo realizado por 90 dias utilizou 200 µg de picolinato de cromo, sendo mensurados parâmetros bioquímicos no dia 45 e 90, porem não ouve resultados positivos ou qualquer alteração nos exames de glicemia em jejum, hemoglobina glicada e lipidograma. (Mendonça, 2011). Gunton et al., (2005), não observaram benéficos na sensibilidade à insulina após três meses de estudo utilizando 800 µg de picolinato de cromo. Althuis et al., (2002) realizaram um estudo para determinar o efeito de dosagens de 200 a 1000 µg de picolinato de cromo na resposta glicêmica e insulinêmica em pacientes diabéticos, porem os resultados foram inconclusivos. Em estudo duplo cego realizado por Pereira e colaboradores (2003), a suplementação com diferentes doses de cromo não apresentou efeito sob a glicemia em jejum e IMC quando comparado ao grupo placebo, porém o tamanho da amostra de apenas 15 pacientes pode ter interferido nos resultados. Dessa forma, ainda é fraca a recomendação de utilização de suplementos nutricionais a base de cromo em pacientes diabéticos ou com resistência a insulina visando o controle da glicemia, da insulinemia ou melhoria dos níveis de hemoglobina glicada e lipoproteínas. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS A resistência à insulina e patologias relacionadas como obesidade e diabetes mellitus tipo II atingiram proporções epidêmicas nos últimos anos (LAU et al, 2008). O número crescente de casos de diabetes tipo II e as comorbidades que estão associadas, fazem aumentar o interesse por possíveis modos de prevenção e/ou tratamento desta condição patológica crescente em todo o mundo, em que fatores genéticos e alimentares se misturam (ALTHUIS et al, 2002). Por isso a necessidade em desenvolver pesquisas que ajudem a prevenção e tratamento para controlar essa doença proporcionando à população uma vida normal, e saudável. Através da pesquisa realizada podemos observar que o cromo é um mineral essencial e que deve estar presente na nossa dieta ou como forma de suplementação. Sua deficiência pode culminar em intolerância à glicose, assim como sua maior disponibilidade irá contribuir para a melhora na ação e desempenho da insulina, efeitos sobre os perfis lipídicos sanguíneos bem como a redução da concentração de lipoproteínas de baixa densidade, distúrbios do colesterol, diminuição do aparecimento de placas ateroscleróticas neuropatia periférica, tratamento da obesidade, aumento da longevidade, resistência insulínica e diabetes. 16 Entretanto vários estudos apresentaram resultados inconclusivos e insatisfatórios com a utilização do cromo, podendo estes estar relacionados com diversas variações que vão desde o fenótipo do individuo e sua heterogenicidade, dosagens, vias de administração, e variação dos tipos de matéria prima para este mineral. Evidencia-se ainda a grande necessidade de estudos primários com boa qualidade metodológica para fornecer peso a essa evidência Porém existe a necessidade de novos estudos com boa qualidade metodológica, capaz de fornecer maior clareza relacionados aos benefícios do mesmo, bem como o mecanismos de ação envolvidos, concentrações ideais da suplementação, tempo de tratamento, forma farmacêutica, vias de administração, dentre outros, para que milhares de pacientes possam se beneficiar com o uso deste suplemento obtendo então o efeito máximo com o menor nível de efeitos colaterais e prejuízos para a saúde. 5. REFERÊNCIAS 17 ALI, A.; MA, Y.; REYNOLDS, J. et al. Chromium effects on glucose tolerance and insulin sensivity in persons at risk for diabetes mellitus. Endocr Pract; 17(1): 16-25, 2011. ALTHUIS, M. D.; JORDAN, N. E.; LUDINGTON, E. A.; WITTES, J. T.. Glucose and insulin rrponses to dietary chromium supplememts: a metaanalysis. 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