APRESENTAÇÃO DA CERTIFICAÇÃO OCUPACIONAL A Agência de Certificação Ocupacional (ACERT) é parte integrante da Fundação Luís Eduardo Magalhães (FLEM) – Centro de Modernização e Desenvolvimento da Administração Pública – e possui a missão de contribuir para a qualidade da prestação de serviços públicos à sociedade, por meio da avaliação de larga escala e da certificação de competências ocupacionais. Ao certificar competências ocupacionais, a ACERT realiza processos avaliativos com o propósito de reconhecer e de atestar que um indivíduo possui conhecimentos, habilidades e atitudes indispensáveis ao desempenho de suas atribuições. Trata-se, portanto, da avaliação das competências básicas, segundo padrões de qualidade estabelecidos para um determinado cargo ou função. Estes padrões sistematizam os resultados esperados dos ocupantes do cargo, as atividades essenciais para atingir tais resultados e as competências (conhecimentos, habilidades e atitudes) que dão suporte à realização dessas atividades. São elaborados por meio de comitês técnicos que envolvem representantes e especialistas do cargo ou da função a ser certificada. As informações contidas nos padrões servem como referência de qualidade, como guia para desenvolvimento da carreira, como norteador da gestão das competências, como critério de seleção e como orientador para formação continuada dos profissionais, reunindo, portanto, os traços mais relevantes que compõem o perfil profissional de um cargo. Entretanto, essas competências não devem ser interpretadas como uma regra única ou como um guia rígido para o desempenho do profissional. O presente documento apresenta os padrões de competências para o cargo Analista Universitário, com um breve perfil do cargo e o núcleo comum de resultados, de atividades e de competências do cargo, distribuído em dois padrões: Assessoramento Técnico Universitário (Padrão I) Suporte aos Projetos e Planos de Ação Acadêmicos (Padrão II). 2 PADRÕES DE COMPETÊNCIAS PARA O CARGO DE ANALISTA UNIVERSITÁRIO O Analista Universitário, no exercício de suas atribuições, atua no Assessoramento Técnico Universitário (Padrão I) e Suporte aos Projetos e Planos de Ação Acadêmicos (Padrão II). Este profissional colabora com a manutenção, aperfeiçoamento e modernização das funções acadêmicas e administrativas, com o fortalecimento das redes de relacionamento e a melhoria de mecanismos de comunicação interna e externa, bem como oferece suporte a projetos e planos de ação, que potencializem as atividades acadêmicas, de pesquisa e extensão desenvolvidas nas Universidades Estaduais. Este profissional apresenta habilidades de relacionamento interpessoal, gestão de conflitos, visão crítica, visão sistêmica, solução de problemas, negociação, tomada de decisão e administração do tempo, distribuídas, por grau de complexidade ao longo das cinco classes, que compõem sua carreira, bem como as atitudes: postura ética, responsabilidade, imparcialidade, cooperação, foco no cidadão, aprendizagem e aperfeiçoamento contínuos, pró-atividade, criatividade e foco em resultados, abertura a críticas, flexibilidade, disponibilidade, espírito de equipe, persistência, agilidade, autocontrole, autoconfiança e firmeza. A carreira do Analista Universitário está organizada em cinco classes, de acordo com diferentes graus de complexidade, que se apresentam de maneira crescente e representam competências cumulativas entre as classes I a V. Desta maneira, a classe V apresenta a maior complexidade e representa além das competências presentes às classes imediatamente abaixo (IV, III, II, I). O Analista Universitário, cargo integrante do Grupo Ocupacional Técnico-Específico, atua em universidades estaduais, integrantes da rede pública estadual, tais como a Universidade do Estado da Bahia – UNEB, multicampi, com sede em Salvador; Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB, multicampi, com sede em Vitória da Conquista; Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC, situada entre os municípios de Ilhéus e Itabuna e a Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS, com sede em Feira de Santana e seus diversos campi. Este profissional exerce suas atividades nas diversas áreas da comunidade acadêmica, busca o aperfeiçoamento das ações institucionais, a ampliação e o fortalecimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão, voltando-se, também, para o desenvolvimento da responsabilidade social. 3 Padrão I: Assessoramento Técnico Universitário O Analista Universitário colabora com a manutenção, aperfeiçoamento e modernização das funções acadêmicas e administrativas, bem como com o fortalecimento das redes de relacionamento e a melhoria de mecanismos de comunicação interna e externa das Universidades Estaduais. Para que haja manutenção, aperfeiçoamento e modernização das funções acadêmicas e administrativas, o Analista Universitário: colabora com a proposição de ações técnico-administrativas, identificando pontos passíveis de melhoria, mediante a análise i) da estrutura e do funcionamento das Universidades Estaduais e ii) da Administração Pública do Estado da Bahia, assim como da análise iii) das funções da Administração e iv) dos princípios da Constituição Estadual; colabora com a gestão de pessoas, executando suas atividades a partir da análise i) do Estatuto do Magistério Público das Universidades do Estado da Bahia, ii) da Lei Estadual sobre Carreiras, iii) dos princípios da Ética na Administração Pública, bem como aplicando iv) técnicas de liderança; colabora com a otimização e racionalização de recursos materiais e financeiros, identificando os pontos passíveis de melhoria, utilizando os conhecimentos sobre as Políticas de Recursos Materiais e Patrimônio; contribui com o gerenciamento de procedimentos e rotinas de trabalho, implementa ações de melhoria, racionalizando e otimizando recursos, aplicando i) técnicas de Organização, Sistemas e Métodos, ii) técnicas de análise e melhoria de processos, iii) gestão da qualidade dos serviços, bem como utilizando iv) recursos de Informática; implementa ações pertinentes a sua área de atuação, sejam elas: contratos, convênios, termos de compromissos, termos de cooperação e outros, aplicando os instrumentos jurídicos apropriados; participa, orienta e propõe melhorias na condução de comissões técnicas, tais como: sindicância, auditoria, concursos e estágios supervisionado e probatório, em consonância com as orientações do i) Direito Constitucional, do ii) Direito Administrativo e do iii) Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado da Bahia; colabora nos processos de aquisição de materiais e contratação de serviços com base em i) Leis de Licitação e Contrato, ii) Leis de Pregão e iii) Lei de Responsabilidade Fiscal, racionalizando e controlando gastos; colabora na construção, execução e acompanhamento da proposta orçamentária, em consonância com o i) Planejamento e Orçamento Público e ii) Políticas de Recursos Financeiros. faz proposições técnicas na sua área de atuação, utilizando como referência o i) Plano Estratégico do Estado da Bahia e o ii) Plano Plurianual (PPA) – Bahia; A fim de contribuir com o fortalecimento das redes de relacionamento e a melhoria de mecanismos de comunicação interna e externa da universidade, o Analista Universitário: contribui com a proposição de ações de comunicação com o público interno e externo, disseminando informações geradas na Universidade, com base nos conhecimentos sobre: i) gestão de conhecimento, ii) comunicação organizacional e iii) tecnologia da informação; oferece suporte em situações que envolvam conflitos interpessoais, estabelecendo estratégias no âmbito da sua atuação aplicando técnicas de atendimento ao público. 4 Padrão II: Suporte aos Projetos e Planos de Ação Acadêmicos O Analista Universitário oferece suporte a projetos e planos de ação que potencializem as atividades acadêmicas, de pesquisa e extensão desenvolvidas nas Universidades Estaduais. Para que ações acadêmicas, de pesquisa e extensão, desenvolvidas pelas Universidades, sejam potencializadas, o Analista Universitário: colabora com a análise de dados, riscos e custos de projetos de ensino, extensão e pesquisa, utilizando i) métodos de elaboração, execução, acompanhamento e avaliação e ii) gestão de riscos; participa da avaliação de ações institucionais da Educação Superior, colaborando na definição de critérios por meio da elaboração de indicadores; colabora na no desenvolvimento de ações inovadoras, facilitadoras e modernizadoras das atividades, por meio da participação em estudos e ações de extensão universitária no âmbito de sua área de atuação, aplicando e os conhecimentos sobre o papel social das Universidades Estaduais; colabora, apoiando o corpo docente e discente, na proposição de novas linhas de atuação e no realinhamento de metas, por meio da avaliação institucional; contribui com a realização de pesquisas, propostas e orientadas pelo corpo docente da universidade, interagindo com os discentes envolvidos, por meio de apoio ao desenvolvimento da metodologia, aplicação do referencial teórico e no tratamento dos dados e informações, utilizando conhecimentos sobre métodos e técnicas de pesquisas; contribui com a promoção de situações de ensino-aprendizagem diversificadas aos alunos do departamento em que está inserido, utilizando conhecimentos sobre tecnologias educacionais; contribui na aplicação de novas tecnologias de informação e comunicação em situações de ensino e extensão, utilizando conhecimentos sobre tecnologias de ensino à distância e softwares educacionais; contribui com a orientação e controle dos processos pertinentes a área em que estiver exercendo suas atividades elaborando elabora pareceres, relatórios, recomendações vinculados às funções de educação, extensão e pesquisa, bem como aos sistemas administrativos das universidades estaduais utilizando técnicas de Redação Oficial. 5