Garcia da Horta Um grande médico Boticário Garcia Horta, nasceu no ano de 1501, em Castelo de Vide e morreu em Lisboa em 1568. Estudou em Espanha nas Universidades de Salamanca e Alcalá de Henares e graduou-se em Artes, Filosofia e Medicina em 1525. Nesse mesmo ano torna-se físico da Corte do Rei D. João III e ensina Filosofia Natural (Ciências Naturais) e Lógica na Universidade de Lisboa. Em 1534 é enviado pelo rei para as Índias, para lhe permitir escapar à Inquisição, onde foi médico pessoal do Marfim Afonso de Sousa, capitão-mor dos mares da Índia. Aí vive quase trinta anos praticando clínica e interessa-se particularmente pelo estudo de ervas e plantas exóticas e de venenos de cobra. Regressa a Lisboa em 1561 e publica "Colloquios dos simples e drogas e cousas medicinales da Índia (Colóquio dos Simples e drogas e coisas medicinais da Índia)" onde descreve a cólera e outras doenças exóticas, algumas delas urológicas, e várias terapêuticas até aí desconhecidas na Europa, estuda também um numero aproximadamente igual de drogas orientais, principalmente de origem vegetal, como o aloés, o benjoim, a cânfora, o ópio, tamarindos, e muitas outras. Temos aqui alguns exemplos de plantas que foram estudadas: A Cânfora Benjoim Ópio Ópio em pó Ópio em planta Pedro Nunes Pedro Nunes nasceu Alcácer do Sal, em 1502 e morreu em 11 de Agosto de 1578. Foi um matemático português e um dos maiores vultos científicos do seu tempo, que contribuiu decisivamente para o desenvolvimento da navegação, essencial para as descobertas portuguesas. Dedicou-se ainda aos problemas matemáticos da cartografia, e foi também um inventor de vários aparelhos de medida, como o Nónio. Em 1537 traduziu para português o Tratado da Esfera de Sacrobosco, os capítulos iniciais das novas teóricas dos planetas de Purbáquio, e o livro primeiro da Geografia de Ptolomeu. Em 1544 foi-lhe confiada a cátedra de matemática da universidade de Coimbra , a maior distinção da época que se podia conferir a um matemático. Nónio O nónio, inventado por Pedro Nunes em 1514, é um sistema graduado que permite ler as décimas e duodécimas de um sistema de medição. Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=Ywe8_IGGqVI Trabalhos originais •Tratado em defensão da carta de marear (1537). •Tratado sobre certas dúvidas da navegação (1537). •De crepusculis ( sobre o Crepúsculo (1542) ). •De erratis Orontii Finei ( sobre os erros de Orontii Finei (1546) ). •Petri Nonii Salaciensis Opera (1566) Expandido, corrigido e reeditado como De arte adque ratione navigandi em 1573. • Livro de algebra en arithmetica y geometria ( Livro de Álgebra em Aritmética e Geometria (1567) ). Obras de Pedro Nunes Tratado da Sphera Esta importante obra publicada em português, em 1537, foi dedicada ao infante D. Luís e foi impressa em Lisboa na oficina de Germão Galharde. O Tratado da Sphera integra: • três obras traduzidas do latim e anotadas por Pedro Nunes: - Tratado da Esfera do monge inglês Sacrobosco - Teoria do Sol e da Lua de Purbachio - Livro I da Geografia de Ptolomeu • duas obras originais de Pedro Nunes: - No tratado em defensam da carta de marear , Pedro Nunes define as condições para a construção de mapas, apresenta um processo para determinar a dedinação magnética e o processo para a determinação de latitudes baseado nas alturas extrameridianas do sol. Pedro Nunes ocupa-se também nesta obra das célebres linhas de rumo, curva loxodrómica, que vieram a ter um grande reflexo na cartografia. - Na obra Tratado sobre certas duvidas de navegação, Pedro Nunes responde a duvidas colocadas por Martim Afonso de Sousa e que ocorreram na sua viagem ao Brasil ( 15311533). Tratado de Crepusculis Esta obra publicada em latim, em 1542, foi dedicado ao rei D.João III. De crepúsculos é considerada obra prima de Pedro Nunes, é o tratado de astronomia esférica e resolve o problema da determinação da duração dos crepúsculos para mudar de lugar na terra e para uma determinada posição do sol. Determina a duração do crepúsculo e a solução do problema de menor crepúsculo, isto, encontra o dia em que este valor é mínimo num certo ponto da terra. É nesta obra que Pedro Nunes propõe construir um instrumento que seja muito apropriado às observações dos astros, e com o qual se possam determinar rigorosamente as respectivas alturas. Este instrumento foi designado por nónio ou nonius. De Erratis Orontii Finaei Esta obra foi publicada em Coimbra no ano de 1546. Pedro Nunes refuta os erros que Orôncio Fineu cometeu quando considerou ter resolvido cinco importantes problemas matemáticos, na sua obra “O Quadratura Circulli” em 1543. Orôncio Fineu era lente de Matemáticas no Colégio Real de Paris e Pedro Nunes ocupava cargo idêntico na Universidade de Coimbra. Pedro Nunes, para alem de refutação das posições defendidas por Orôncio Fineu, aborda, nesta obra, a descoberta de Platão para achar os dois meios proporcionais e duplicar o cubo, a demonstração que Arquimedes fez acerca da razão entre circunferência e o seu diâmetro, a explicação das definições do livro V dos elementos de Euclides e a razão porque a partir do movimento da lua se conclui a diferença de longitude dos lugares. Trata a construçlão e uso do relógio nocturno, vertical e horizontal que foram mal concebidos por Orôncio Fineu. Libro de Algebra Esta obra publicada em castelhano no ano de 1567, em Anvers. É um tratado de Álgebra constituído por três partes distintas. Demonstra o calculo algébrico e as operações com polinómios. Por fim explicita métodos necessários À resolução de equações de 1º grau, 2º grau e 3º grau. Duarte Pacheco Pereira Pacheco Duarte Pereira nasceu em 1465 1533. Foi um escritor e célebre herói português em Santarém, cognominado pelo nossos clássicos o « Aquiles Lusitano». Foi cavaleiro da casa de D. João II, tendo partido para a Índia em 1503 na esquadra capitaneada por Afonso de Albuquerque, na qual lhe coube o comando da nau Espírito Santo. Mais tarde, em paga dos valiosíssimos serviços prestados ao país, foi-lhe dado o governo de S. Jorge da Mina. Escreveu uma obra dedicada a D. Manuel, que se intitula Esmeraldo de situ orbis, aparecida por volta de 1506, obra que apesar do seu título meio latino é vasada em bom e vernáculo português e passa por uma das mais perfeitas e completas descrições da costa africana. Trata, como ele mesmo diz no prólogo, de «cosmografia e marinharia» e conta factos importantes relativos à história das nossas navegações. Tendo ficado em manuscrito durante quatro séculos, foi em 1905 publicada em uma edição crítica de Epifânio dias. Apesar de muito haver honrado o país, tanto com a espada como com a pena , veio como a maioria dos nossos grandes homens, a morrer na miséria e minado de desgostos FIM João Matias nº 6 Técnico de Contabilidade Ricardo Vicente nº 10