Geografia do RN A cidade do Natal, segundo Cãmara Cascudo foi fundada em 25 de Dezembro de 1599 por Manuel Mascarenhas Homem, que comandou uma esquadra que expulsou os franceses de nosso litoral Abandono relativo da capitania do Rio Grande do Norte • O processo de ocupação iniciou-se por volta do século XVI. Nesse período, ocorria a conquista e exploração do litoral brasileiro realizada por Portugal. Na Europa acontecia a revolução comercial e a expansão mercantilista. • Em 1532, o Brasil foi dividido em 15 grandes lotes, chamados de Capitanias Hereditárias. Essas capitanias foram arrendadas a doze famílias (Donatários) ligadas diretamente ao Rei de Portugal, D. João III. • A Capitania do Rio Grande do Norte equivale atualmente ao estado do Rio Grande do Norte e parte dos territórios do estado da Paraíba, Ceará, Piauí, Maranhão e essa Capitania foram doados primeiro para Aires da Cunha e depois para os filhos de João de Barros. História • • • • • • A Capitania do Rio Grande constituiu o segundo lote doado a João de Barros e a Aires da Cunha, da foz do rio Jaguaribe a norte, até à baía da Traição, a sul. Tendo o empreendimento de ambos sido direcionado ao primeiro lote (a capitania do Maranhão), devido às dificuldades ali encontradas em 1535, este segundo lote permaneceu abandonado. Ao final do século XVI, já no contexto da Dinastia Filipina (1580-1640), para conter a ameaça dos contrabandistas franceses de pau-brasil ("Caesalpinia echinata") naquele litoral, Filipe II de Espanha ordenou ao Capitão Alexandre de Moura, que, com o auxílio do Capitão-mor da Capitania da Paraíba, Feliciano Coelho de Carvalho, seguissem para o Rio Grande, para estabelecer uma colônia e um forte, e dar combate aos franceses, ali associados com os Potiguaras (1597). A foz do rio Potenji foi alcançada em 25 de dezembro de 1597, pelo Capitão-mor da Capitania de Pernambuco, Manuel de Mascarenhas Homem, que ali ergueu um primeiro núcleo defensivo - o embrião da Fortaleza da Barra do Rio Grande, preparando o terreno para a futura cidade do Natal. Feliciano Coelho de Carvalho uniu-se a ele em Abril do ano seguinte (1598), e em Junho ambos retornaram a Pernambuco, deixando os trabalhos da fortaleza e povoação nascentes a cargo de Jerônimo de Albuquerque Maranhão (1548-1618). Em 25 de Dezembro de 1598 foi inaugurada a Igreja Matriz da povoação fundada a cerca de três quilômetros da barra, que passou a ser denominada do Natal. No contexto da segunda das invasões holandesas do Brasil (1630-1654), o Forte dos Reis Magos foi conquistado (1633) e ocupado até ao final da campanha. Subordinada ao Governo Geral do Estado do Brasil, na Capitania da Bahia, a capitania do Rio Grande ficou subordinada à capitania de Pernambuco a partir de 1701. Pelo Aviso de 7 de outubro de 1807 a Coroa portuguesa solicitou ao Governador do Rio Grande do Norte, Tenente-coronel José Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque, informações do que convinha fazer para a defesa daquela Capitania. A resposta, em um detalhado Memorial, converteu-se em diversas fortificações ligeiras, erguidas no ano seguinte (1808), concomitantes com a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil no contexto da Guerra Peninsular. Com a elevação do Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarves (1815), passou a Província. Envolveu-se na Revolução Pernambucana (1817), instalando-se uma junta de governo provisório em Natal. Com a Proclamação da República Brasileira (1889), transformou-se em estado. Capitanias Hereditárias História (cont.) • • • • O Rio Grande do Norte é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está situado na Região Nordeste e tem por limites o Oceano Atlântico a norte a leste, a Paraíba a sul e o Ceará a oeste. É dividido em 167 municípios e sua área total é de 52 796,791 km², o que equivale a 3,42% da área do Nordeste e a 0,62% da superfície do Brasil. A população do estado recenseada em 2010 foi de 3 168 027 habitantes, sendo o décimo sexto estado mais populoso do Brasil. Devido à sua localização geográfica e à sua forma, o Rio Grande do Norte é conhecido como esquina do continente. Seu litoral, com uma extensão aproximada de 400 quilômetros, é um dos mais famosos do Brasil. Na economia, destaca-se o setor de serviços. Devido ao seu clima semiárido em parte do litoral norte, o Rio Grande do Norte é responsável pela produção de mais 95% do sal brasileiro. Sua história se inicia a partir do povoamento do território brasileiro, quando houve uma onda de migrações para os Andes, depois para o Planalto do Brasil, a região Nordeste, até chegarem ao Rio Grande do Norte. Ao longo de sua história, seu território sofreu invasões de povos estrangeiros, sendo os principais os franceses e holandeses. Após ser subordinado pelo governo da Bahia, o Rio Grande do Norte passa a ser subordinado pela Capitania de Pernambuco. Em 1822, quando o Brasil conquistou sua independência do Império Português, o Rio Grande do Norte passaria a se tornar província e, com a queda da monarquia e a consequente proclamação da república, a província se transforma em um estado, tendo como primeiro governador Pedro de Albuquerque Maranhão. O único potiguar que ocupou a presidência da República Brasileira foi Café Filho, que sucedeu a Getúlio Vargas quando este se suicidou. A capital do estado é Natal e sua atual governadora é Rosalba Ciarlini, eleita no primeiro turno das eleições estaduais realizadas em 2010. O estado conta com uma importante tradição cultural, que engloba artesanato, culinária, esporte, folclore, literatura, música e turismo. Alguns dos times de futebol com sede no estado são o ABC, o Alecrim, o América. O Rio Grande do Norte é também sede de diversos eventos anuais, além de possuir diversos pontos turísticos, como o maior cajueiro do mundo (em Parnamirim), o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno e o Centro de Turismo de Natal. Aspectos físicos • • • • • Relevo Pico do Cabuji, em Angicos. A maior parte do território potiguar (83%) está situada a altitude abaixo de trezentos metros de altitude, em relação ao nível do mar.[35] Destes, 60% está abaixo de duzentos metros. O quadro morfológico do estado é composto por terras baixas e por planaltos. Ao contrário do que ocorre nos estados da Paraíba e Pernambuco, o planalto penetra do Rio Grande do Norte desde as direção norte até o sul, com um afastamento para o litoral leste. Apenas a região próxima a Currais Novos possui planaltos com altitude superior a 800m. Seus dorsos, mais baixos que o estado vizinho da Paraíba, são acidentados, com poucas escarpas e com vários rebordos tortuosos.[39] As terras baixas, que são uma das duas unidades de relevo, estendem-se a norte, a leste e a oeste, compreendendo os tabuleiros de areia, que percorrem o litoral do estado. Da Serra da Borborema até o sul do estado, predominam os planaltos, a segunda unidade de relevo.[40] Na região do Alto Oeste Potiguar, também denominada de "porção sudoeste do estado", existem alguns maciços isolados com altitude igual ou superior a 600 metros de altitude, a chamada "região serrana do Rio Grande do Norte".[39] É nela que se encontra a Serra do Coqueiro, localizada no município de Venha-Ver, o ponto mais alto do estado, com 868 metros de altitude.[41] Outras serras que se destacam são as de São Miguel, Luís Gomes e Martins.[39] Pico do cabugi, Angicos. Aspectos físicos (cont.) • • • • • • Clima Martins, na região serrana do estado, marcada por temperaturas mais baixas que o semiárido. No Rio Grande do Norte, existem três tipos climáticos: o tropical quente e úmido, o semiúmido e o semiárido quente.[39] O primeiro predomina no litoral, com temperaturas médias de 24°C e pluviosidades que chegam até mil milímetros, com chuvas no inverno e secas no verão.[42] O segundo caracteriza-se pelas chuvas de outono, presente apenas na extremidade ocidental do estado, com elevadas temperaturas e chuvas mais abundantes em relação ao semiárido, cujas chuvas costumam ter uma pluviosidade acima dos seiscentos milímetros, maior que na região semiárida.[39] E o terceiro, que domina o resto da área do estado, caracteriza-se pelos longos período de seca, com temperaturas que chegam a ultrapassar os 26°C (no interior), chuvas escassas e irregulares, com pluviosidade abaixo de seiscentos milímetros anuais, além da nebulosidade baixa.[42] Apenas uma pequena parte do litoral norte potiguar (larga planície costeira) é de clima semiárido. Essa é a única região litorânea do Brasil com esse tipo de clima.[39] Além da pluviosidade baixa e das temperaturas elevadas, os ventos são secos e constantes. São essas características que fazem do estado o maior produtor de sal do Brasil (95%).[39] O Rio Grande do Norte tem 90,6% dos seu território localizado na região do Polígono das Secas.[43] Esta é uma região conhecida pelos longos períodos de estiagens.[44] Martns - RN Aspectos físicos (cont.) • • • • • Vegetação e hidrografia Vista parcial da Caatinga, vegetação predominante no estado. O território norte-riograndense apresenta três tipos distintos de vegetação. O primeiro é a floresta tropical, encontrada apenas na região sudeste do estado, onde se localiza o extremo norte da floresta litorânea, características que fazem a região ser denominada de zona da mata. O segundo é o agreste, com florestas exuberantes emn relação à floresta tropical, está na transição para o clima semiárido, contendo espécies da floresta tropical e da caatinga; este tipo de vegetação domina parte do litoral oriental, o que faz do Rio Grande do Norte o único estado onde o agreste chega ao litoral. E, por último, há a caatinga, vegetação que se localiza no centro e oeste do estado, cobrindo a maior parte do território (cerca de 90%). No litoral, é observada a vegetação característica dos mangues.[39] Quanto à hidrografia, os rios correm para o litoral, tanto no norte quanto no leste. Esses rios são os mais extensos do estado, como, por exemplo, o Rio Apodi/Mossoró, que nasce na Serra da Queimada, em Luís Gomes, e deságua no Oceano Atlântico; e o rio Rio Piranhas-Açu, que nasce na Paraíba e entra no Rio Grande do Norte pelo município de Jardim de Piranhas, indo também desaguar no Atlântico, em Macau; na foz desses rios, podem ser observadas numerosas lagoas.[39] Além dos rios Apodi/Mossoró e Piranhas/Açu, outros rios importantes que atravessam o estado são os rios Potenji, Trairi, Seridó, Jundiaí, Jacu e Curimataú.[41] Todos os rios potiguares são temporários, isto é, durante o período da estiagem, eles permanecem secos, enquanto registram grandes cheias no período chuvoso. Para isso, foram construídas enormes barragens no interior do estado.[39] A maior de todas as barragens construídas no Rio Grande do Norte é Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, que também é o segundo maior reservatório de água construído no estado, localizada entre Assu e São Rafael, com capacidade total para 2,4 bilhões de metros cúbicos de água.[45] Outros açudes importantes e extensos são os de Cruzeta, Gargalheiras (em Acari) e Itans (em Caicó).[39] [editar] Litoral Caatinga do RN Ecologia e meio ambiente • • • No Rio Grande do Norte, segundo o Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente (IDEMA) existem quinze unidades de conservação, sendo quatro delas federais, oito estaduais e três particulares.[50] As unidades de conservação federais são o Atol das Rocas, (a 260 km de Natal[51]) a Estação Ecológica do Seridó (em Serra Negra do Norte), a Flona Açu (em Açu) e a Flona de Nísia Floresta (em Nísia Floresta).[50] As estaduais são a Área de Preservação Ambiental (APA) Bonfim Guaraíras (entre Arez e Tibau do Sul), a APA Genipabu (em Natal), a APA Piquiri Una (entre Pedro Velho e Canguaretama), a APA Recife dos Corais (em Rio do Fogo), o Parque Ecológico do Cabugi (em Angicos), o Parque Estadual das Dunas (em Natal), o Parque Estadual Florêncio Luciano (em Parelhas) e a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Estadual Ponta do Tubarão.[50] Já as unidades de conservação particulares, com a denominação de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), são as de Mata Estrela (em Baía Formosa), a de Sernativo (em Parelhas) e a Stossel de Brito (em Jucurutu).[50] A extensão territorial potiguar abrange sete ecossistemas, ligadas aos fatores climáticos, ao tipo de solo e ao de relevo. Devido à ação do homem nesses ecossistemas, a cobertura de vegetação original primitiva vem dimunuindo, causando desertificação e o enfraquecimento da biodiversidade. Os tipos de ecossistemas encontrados no estado são a Caatinga, a vegetação nativa da Mata Atlântica, o Cerrado, as florestas de serras, a vegetação das praias e dunas e os manguezais.[52] Atol das Rocas Demografia • • • • • Segundo o censo demográfico de 2010 realizado pelo IBGE, em 2010, a população do estado de Rio Grande do Norte possuía 3 168 027 habitantes, sendo o décimo sexto estado mais populoso do Brasil, representando 1,7% da população brasileira.[2][54] Segundo o censo de 2010, 1 548 887 habitantes eram homens e 1 619 140 habitantes eram mulheres.[2] Ainda segundo o mesmo censo, 2 464 991 habitantes viviam na zona urbana e 703 036 na zona rural.[2] Em dez anos, o estado registrou uma taxa de crescimento populacional de 14,30%.[55][56] Em relação ao censo de 2000, a população do estado naquele ano era de 2 776 782 habitantes, onde 1 359 953 habitantes eram homens e 1 416 829 eram mulheres.[57] Em relação ao ano de 1991, a população foi contada em 1 178 818 habitantes, 2 415 567 homens e 1 236 849 mulheres.[57] Densidade populacional dos municípios do Rio Grande do Norte (2010). A densidade demográfica no estado, que é uma divisão entre sua população e sua área, é de sessenta habitantes por quilômetro quadrado, a décima maior do Brasil, comparável à da Tunísia (61 hab./km²). A maior parte dos habitantes se concentra na Mesorregião do Leste Potiguar, especialmente na região metropolitana. Natal concentra, sozinha, em torno de um quarto da população do estado.[2] O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) do estado, considerado médio pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), é de 0,738, sendo o vigésimo primeiro do Brasil e o terceiro maior da Região Nordeste, sendo superado apenas pela Bahia e por Sergipe.[58] Considerando apenas a educação, o índice é 0,810 (o brasileiro é 0,849); o índice de longevidade é 0,747 (o brasileiro é 0,638) e o índice de renda é 0,657.[58] A renda per capita é de 8 203 reais.[59] Entre 1991 e 2000, o estado registrou uma forte evolução tanto no seu IDH geral quanto na educação, longevidade e renda, critérios utilizados para calcular o índice.[60] A educação foi o critério que mais evoluiu em nove anos, de 0,642 em 1991 para 0,779 em 2000, e em 2005 o valor passou a ser 0,810.[60] Depois da educação, vem a longevidade, que em 1991 tinha um valor de 0,591,[60] passando para 0,700 em 2000[60] e 0,747 em 2005.[58] E, por último, vem a renda, o critério que menos evoluiu entre 1991 (0,579) e 2000 (0,636),[60] passando para 0,657 em 2005.[58] Quanto ao IDH-M, que é uma média aritmética dos três subíndices, a evolução também foi singnificativa, passando de 0,602 em 1991 para 0,705 em 2000, e em 2005 o valor passou para 0,738.[60] O município com o maior IDH é Natal, capital do estado, com um valor de 0,788; enquanto VenhaVer, situado no extremo oeste do estado, tem o menor valor (0,544).[61] Subdivisões • • • • • • • • Mesorregiões Ver página anexa: Mesorregiões do Rio Grande do Norte Mapa do Rio Grande do Norte destacando as quatro mesorregiões do estado em cores diferentes: Uma mesorregião é uma subdivisão dos estados brasileiros que congrega diversos municípios de uma área geográfica com similaridades econômicas e sociais. Foi criada pelo IBGE e é utilizada para fins estatísticos e não constitui, portanto, uma entidade política ou administrativa. Oficialmente, as quatro mesorregiões do estado são: Oeste Potiguar: é a segunda mais populosa do estado, dividida em sete microrregiões que, juntos, abrigam sessenta e dois municípios, sendo a mesorregião com o maior número de municípios potiguares. Municípios importantes dessa mesorregião são Mossoró, Assu, Apodi, Pau dos Ferros, Areia Branca, São Miguel, São Rafael, Caraúbas, Patu, Tibau e Alexandria.[92] Central Potiguar: é a menos populosa do estado, formada pela união de cinco microrregiões que compartilham trinta e sete municípios. É a única mesorregião limítrofe com todas as demais mesorregiões do Rio Grande do Norte. Municípios importantes da mesorregião são Caicó, Currais Novos, Macau, Guamaré, Angicos, Acari, Pedro Avelino e Galinhos;[93] Agreste Potiguar: é a terceira mais populosa do estado, formada pela união de quarenta e três municípios agrupados em três microrregiões, além de ser a única do estado onde nenhum de seus municípios tem litoral. Municípios importantes dessa mesorregião são Santa Cruz, João Câmara e São Paulo do Potengi.[94] Leste Potiguar: é uma mesorregião formada pela união de vinte e cinco municípios agrupados em quatro microrregiões. Pelo fato de nela estar localizada a capital do estado, é a mais populosa, reunindo mais de 40% da população potiguar. Municípios importantes dessa mesorregião são Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Macaíba, Ceará-Mirim, Touros, São Miguel do Gostoso, Canguaretama e Tibau do Sul. A "esquina do Brasil", localizada do município de Touros, encontra-se nessa mesorregião.[95] Mesorregiões do RN em cores Oeste potiguar Leste potiguar Central potiguar Agreste potiguar Região metropolitana da Natal • Uma região metropolitana ou área metropolitana é um grande centro populacional, que consiste em uma (ou, às vezes, duas ou até mais) grande cidade central (uma metrópole), e sua zona adjacente de influência. Geralmente, regiões metropolitanas formam aglomerações urbanas, uma grande área urbanizada formada pela cidade núcleo e cidades adjacentes, formando uma conurbação, a qual faz com que as cidades percam seus limites físicos entre si, formando uma imensa metrópole, que na qual o centro está localizado na cidade central, normalmente aquela que dá nome à região metropolitana. Oficialmente, a única região metropolitana do estado é a Região Metropolitana de Natal, criada pela Lei Complementar n° 152 de 16 de janeiro de 1997.[98] Inicialmente, integrava apenas os municípios de Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Ceará-Mirim, Macaíba e Extremoz. Com a Lei Complementar nº 221, de 2002, passam a fazer parte da região metropolitana os municípios de São José de Mipibu e Nísia Floresta.[99] Com a Lei Complementar n° 315 de 30 de novembro de 2005, o município de Monte Alegre é adicionado e em 2009 passa a fazer parte o município de Vera Cruz.[100] Mapa: Grande Natal Ceará-mirim Extremoz S. G. do Amarante Macaíba Natal Parnamirim Vera Cruz S. J. do Nísia Monte Mipibu Floresta Alegre Economia • • • • • O PIB do Rio Grande do Norte é o vigésimo estado mais rico do país, destacando-se na área de prestação de serviços. De acordo com dados relativos a 2008, o PIB potiguar era de 25,481 mil, enquanto o PIB per capita era de 8 203 reais.[59] Setor primário Fruticultura irrigada de abacaxi no interior do estado. O setor primário é o menos relevante para a economia potiguar. Inicialmente, durante a época inicial da colonização do Brasil, a economia era muito voltada às atividades de agricultura, pecuária e pesca.[101] Em 2004, esse setor representava 5,6% da economia de todo o estado.[41] Segundo o IBGE, em 2009 o estado possuía um rebanho de 1 150 128 bovinos, 43 111 equinos, 2 281 bubalinos, 55 249 asininos, 20 751 muares, 193 856 suínos, 398 679 caprinos, 570 302 ovinos, 49 590 codornas, 581 coelhos e 4 545 119 aves, entre estas 1 969 997 galinhas e 2 575 522 galos, frangos e pintinhos.[102] Em 2009, o estado produziu 235,986 mil de litros de leite de 267 755 vacas. Foram produzidos 28,087dúzias de ovos de galinha e 1 107 409 quilos de mel-de-abelha.[102] Na lavoura temporária são produzidos abacaxi, algodão herbáceo, arroz, batata-doce, cana-de-açúcar, fava, feijão, fumo, girassol, mamona, mandioca, melancia, melão, milho, sorgo e tomate.[103] Já na lavoura permanente produzem-se abacate, algodão arbóreo, banana, castanha de caju, coco-da-baía, goiaba, laranja, limão, mamão, manga, maracujá, sisal (agave) e tangerina.[104] Destes, é o algodão o principal produto agrícola.[39] Quanto à extração vegetal, produzem-se angico, carnaúba (ceras e fibras), carvão vegetal, castanha de caju, lenha, mangaba, madeira em tora, oiticica e umbu.[105] Na silvicultura, carvão vegetal, lenha são os principais produtos produzidos.[105] Economia (cont.) • • • • • • • Setor secundário Extração de petróleo em Mossoró, o maior produtor de petróleo em terra do país. Este é o segundo setor que tem mais relevância no papel econômico do estado, onde 44,2% das riquezas produzidas provêm do setor secundário (2004).[41] O Rio Grande do Norte contribuía, em 2004, com apenas 0,9% do PIB nacional.[41] É o terceiro estado na produção e exploração de gás natural, correspondente a 9% da produção brasileira. Os principais setores industriais se concentram nos dois municípios mais populosos do estado, Natal e Mossoró; nesses municípios, há uma grande concentração de indústrias têxteis e de confecção. Há, ainda, uma segunda unidade responsável pelo processamento desses gás natural em Guamaré, na Mesorregião Central Potiguar, que é o município sede do Polo Gás-Sal, responsável também pela produção de diesel e nafta no estado. Existe também, em Macaíba, a poucos quilômetros da capital, um polo cerâmico.[41] Currais Novos, na região do Seridó, abriga a maior parte da produção de tungstênio do estado e é o maior produtor de xelitas do Brasil e da América do Sul. O estado apresenta alguns problemas econômicos neste setor, como a queda de exportações e carga tributária elevada. Em 2008 houve um recorde de empregos no que diz respeito à indústria.[106] Em percentual, o número de empregos gerados pela indústria cresceu 5,1%, mais do que a média da Região Nordeste (4,9%), onde, no total, 15 004 empregos com carteira de trabalho assinadas, de acordo com a Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN).[106] Entretanto, a elevada carga tributária é ainda um grande problema para as empresas, segundo empresários. Cerca de 75% ainda enfrentam este problema, além da competição de mercado bastante acirrada (54%).[106] A principal indústria é a têxtil. As indústrias de alimentos, tecidos e produtos químicos também são destaques no papel industrial.[39] A indústria alimentícia se destaca na questão do açúcar. O estado é e o maior produtor de petróleo em terra do país e o segundo maior produtor de petróleo do Brasil, sendo superado apenas pelo Rio de Janeiro.[107] É também responsável por 95% do sal brasileiro.[91] Tanto a produção de sal quanto a produção de petrolífera estão concentradas no litoral norte, especificamente em Areia Branca, Macau e Mossoró.[39] O Rio Grande do Norte, devido à sua grande riqueza em minerais, também é o estado brasileiro que mais produz tungstênio (xelitas, usadas na fabricação de lâmpadas), em grande presença na região de Currais Novos, principalmente.[39] Desde 1990, inúmeras jazidas de petróleo já foram descobertas em solo potiguar, onde o campo de Ubarana, localizado em uma plataforma continental, é o principal campo. Outras reservas minerais que podem ser encontradas em território norte-riograndense são berílio, calcário, gipsita, mármore e tantalita.[39] O setor industrial, devido às exportações, vem ganhando força.[101] Porto-Ilha de Areia Branca no município de Areia Branca, responsável por 95% de todo o sal brasileiro.[91] Economia (cont.) • Setor terciário • Este setor é o que rende a maior parte de riquezas no estado, sendo, portanto, o mais relevante para a economia norte-riograndense. Em 2004, representava 50,2% das riquezas produzidas no estado.[41] Segundo a Pesquisa Anual de Serviços (PAS) realizada pelo IBGE em 2008, existiam no estado 4 969 empresas,[108] das quais 662 eram empresas locais.[109] Em 31 de dezembro de 2008, trabalharam para todas essas 78 962 trabalhadores, que totalizavam ao todo uma receita bruta de 4 094 761 mil reais, juntos com salários e outras remunerações que somavam um total de 756 829 reais.[108] No Rio Grande do Norte, existiam, em 2008, 170 agências (instituições financeiras), que renderam R$ 5 033 071 mil em operações a crédito, R$ 86 514 mil em depósitos à vista do governo, R$ 1 166 214 mil em depósitos à vista privados, R$ 2 607 414 mil em poupança, R$ 2 184 225 mil em depósitos a prazo e R$ 3 552 mil reais em obrigações por recebimento.[110] Turismo • • • • • O turismo é a segunda fonte de renda do estado, o maior de iniciativa própria,[111] responsável pelo principal papel que interfere no desenvolvimento no estado. Segundo dados da Secretaria de Turismo do Rio Grande do Norte (SETUR-RN), a receita estimada em 2002 foi de US$ 216.131.752.[111] O Rio Grande do Norte conta com diversos pontos turísticos, desde sítios arqueológicos, belezas naturais e polos de ecoturismo.[112] Segundo estatísticas, o estado é visitado por mais de dois milhões de turistas, vindos de outros lugares do estado, de outras regiões do Brasil e até mesmo do exterior.[112] Dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) aponta que o Rio Grande do Norte é campeão em investimentos estrangeiros no país, devido a alguns fatores, como a sua localização geográfica.[112] Só em 2002 o estado foi visitado por 1 423 886 turistas, número que dobrou para 2 096 322 em estado, mais da metade brasileiros (1 750 882), com um aumento superior a 100%.[111][112] O governo criou condições e investiu bastante neste setor nos últimos anos, hoje possui 54 atividades, realizadas direta ou indiretamente, com a implantação de uma capitação dos profissionais e de uma infraestrutura. O turismo no Rio Grande do Norte foi divulgado no Brasil e no exterior, fazendo com que o número de voos internacionais subisse de cinco em 2002 para mais de trinta nos dias atuais. O estado acolhe estrangeiros vindos principalmente de países europeus.[112] Dromedários nas dunas de Genipabu, no município de Extremoz. Nas regiões do Seridó, Médio Oeste e Alto Oeste Potiguar, já foram descobertos enterramentos (restos) humanos que viveram naquele lugar há mais de dez mil anos, muito antes da descoberta do continente. Em partes do estado e do Nordeste ocorreu o desenvolvimento de uma das mais ricas e expressivas artes rupestres conhecidas no mundo.[113] Os pontos de visitação que merecem destaque são a Fortaleza dos Reis Magos, em Natal, ocupada entre 1633 e 1654 por holandeses, agora tombado como patrimônio histórico nacional; a Barreira do Inferno; o Centro de Turismo de Natal; Farol de Mãe Luíza; o Espaço Cultural Palácio Potengi, antiga sede do governo; o Memorial Câmara Cascudo; Antiga Catedral Metropolitana de Natal, entre outros, todas estes localizados na capital. As belezas naturais mais conhecidas no estado no país e no exterior são as Dunas de Genipabu, as praias (litoral); o Cajueiro do Pirangi (maior do mundo), localizado em Parnamirim; piscinas naturais do Pirangi e do Maracajaú; a Reserva Florestal da Mata Estrela e o Parque das Dunas, além de serras, falésias e lagoas.[114] Seus principais polos de ecoturismo são Natal, litoral sul, litoral norte/nordeste, serras localizadas a sul do território potiguar, Serra Branca (São Rafael), a região do Seridó e a Chapada do Apodi.[115] Na Chapada do Apodi, um exemplo de ponto turístico muito visitado é o Lajedo de Soledade, onde se encontram as maiores exposições de rochas calcárias do Rio Grande do Norte, que recebe mais de sete mil visitantes anualmente.[115] Natal, capital e município mais populoso do estado, é porta de entrada para o turismo no Rio Grande do Norte.[116] Mossoró, segundo município mais importante depois da capital, é um destino especialmente procurado.[117 Turismo: fotos Fortaleza dos Reis Magos Praia de Pipa Porto ilha em Areia Branca Dunas de Genipabu