Olimpíadas Londres 2012 De igual para igual l Participação das mulheres nos Jogos chama a atenção. Brasil também brilha G Ana Paula Freira, da London Bridge UCB News acréscimos Mesmo com a crescente importância das mulheres nos Jogos Olímpicos, ainda há piadinhas sexistas e preconceito, visíveis em redes sociais e até em manifestações nas arenas. Para a britânica Elsa Kue, isso vai contra princípios de igualdade e tolerância: “Nós deveríamos torcer por um país. Se a mulher é do país, torça por ela”, analisa. [email protected] s mulheres brasileiras estão fazendo história em Londres. O País já garantiu 16 medalhas nesta edição dos Jogos Olímpicos, o que torna a participação brasileira nos Jogos da capital inglesa a mais produtiva em quantidade. O pontapé inicial foi dado por Sarah Menezes, que conquistou o primeiro ouro feminino no judô logo no primeiro dia oficial de competições. Outra mulher, Adriana Araújo, conseguiu o bronze no boxe, que marcou a centésima medalha olímpica do Brasil em 22 participações nos Jogos. O bom desempenho de Sarah e Adriana é um exemplo do avanço das mulheres no mundo do esporte. Se na primeira edição dos A Jogos Olímpicos, na Grécia, em 1896, não havia competidores do sexo feminino, 116 anos depois a realidade é bem diferente: o Time Brasil levou 121 mulheres para Londres (ao todo, são 259 atletas), enquanto a delegação britânica (o Team GB) tem 261 mulheres dentre seus 541 representantes. Também nesta edição das Olimpíadas, houve a quebra de um tabu secular. A Arábia Saudita, o Qatar e o Brunei permitiram, pela primeira vez, que atletas femininas participassem da competição. Um exemplo marcante foi o da judoca saudita Wojdan Shaherkani, que disputou a categoria até 78 kg. Os torcedores veem essa participação feminina com bons olhos. Para a britânica Lucy Wilby, os esportes femininos são uma novidade. “Eu ouço pessoas dizendo que o futebol feminino é melhor que o masculino, que as garotas mostram mais animação”, diz. Lucy, personal trainer e técnica de lacrosse, afirma que a presença de mulheres nas Olimpíadas desperta, em outras meninas, a vontade de se tornarem atletas: “É um novo modelo. Mais garotas estão entrando no mundo dos esportes, e também no da psicologia e da fisiologia de treinar duro. É um novo nível de profissionalismo”, explica. “O mundo está mais aberto para receber a atuação feminina na sociedade, e o esporte faz parte disso”, opina a brasileira Maysa Dart. ANA PAULA FREIRE/LONDON BRIDGE UCB NEWS Sábado, 11 de agosto de 2012 giro olímpico BASQUETE TERÁ EUA X ESPANHA Os Estados Unidos venceram a Argentina por 109 x 83 e se classificaram para mais uma final olímpica no basquete masculino. Kevin Durant foi o cestinha da partida com 19 pontos. Foi a segunda vez que as duas equipes se enfrentaram nesta Olimpíada. Na fase de grupos, os americanos já haviam vencido por 126 x 97. Na decisão, que será disputada hoje, às 11h, os Estados Unidos enfrentarão a Espanha, na reedição da final olímpica de 2008, vencida pelos americanos. A Espanha ganhou, com uma virada espetacular, da Rússia na semifinal por 67 x 59, depois de estar perdendo por 14 pontos no segundo período. Os espanhóis são os atuais vice-campeões olímpicos. DUPLA FICA SEM O BRONZE As velejadoras Fernanda Oliveira e Ana Barbachan perderam ontem a chance de conquistar a medalha de bronze na Classe 470 dos Jogos Olímpicos de Londres. Elas ficaram na sexta colocação geral depois da "medal race", regata que reúne as dez melhores duplas e tem pontuação dobrada. Elas haviam se classificado em quinto lugar para a "medal race" e mantinham esperanças de levar o bronze. Na regata decisiva, entretanto, a dupla brasileira ficou em sétimo lugar, resultado que deixou-as na sexta colocação no geral. O ouro foi para a dupla Jo Aleh e Olivia Powrie, da Nova Zelândia. NO MÁXIMO EM NONO LUGAR O brasileiro Ronilson Oliveira se classificou em 14º lugar para as finais da canoagem velocidade na categoria C1 200m e vai disputar a nona colocação na classificação geral. Ronilson ficou em quinto lugar na primeira semifinal com tempo de 42s560. O russo Ivan Shtil, que disputou a segunda semifinal, ficou em primeiro lugar e fez o melhor tempo olímpico, com 40s346. A canoagem velocidade é uma corrida de canoas ou caiaques em águas calmas, diferente da canoagem slalom, que acontece em uma corredeira simulada. As finais serão disputadas hoje, às 5h47, em Eton Dorney. BRASILIENSE FORA DAS FINAIS Foi disputada ontem a fase preliminar dos saltos ornamentais, na categoria trampolim de dez metros masculino. Após seis saltos, o brasiliense Hugo Parisi somou nota de 363.70 e ficou somente na 30ª posição entre 32 atletas, não conseguindo a classificação para as semifinais. As seis primeiras posições dos 18 esportistas que avançaram para a próxima fase foram dominadas por três países: China, Alemanha e México. As finais serão hoje, às 16h30. Com a eliminação de Parisi, o Brasil fechou uma participação melancólica nos saltos ornamentais em Londres. Juliana Veloso e o também brasiliense Cesar Castro não conseguiram ir às finais de suas provas. Para a britânica Lucy Wilby, participação feminina nas Olimpíadas incentiva meninas a fazer esporte 44