PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
A PRÁTICA DO BULLYING ESCOLAR NO ENSINO FUNDAMENTAL: UM ESTUDO DE CASO.
Autora: Rosângela Cabral de Lima
Orientadora: Profª Msc. Tatiana Portela
BRASÍLIA - DF
2013
“Quando olho uma criança ela me inspira dois sentimentos, ternura
pelo que é, e respeito pelo que pode ser.”
(Jean Piaget)
TEMA: A PRÁTICA DO BULLYING ESCOLAR NO ENSINO FUNDAMENTAL: UM
ESTUDO DE CASO.
RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo geral investigar as práticas de bullying no
ambiente escolar em uma escola do Ensino Fundamental. O bullying caracteriza-se pela sua
repetividade, abrangendo comportamentos agressivos, insultos discriminação e exclusão da
criança. Ocorre sem um motivo aparente. Apesar das discussões recentes, esse fenômeno não
é novo na escola e sua manifestação pode sofrer influência de alguns fatores intra-escolares
tais como o clima escolar e as relações interpessoais entre alunos e entre professores e alunos.
Também estão relacionados à prática do bullying a falta de relacionamento afetivo, a
desestruturação familiar, os maus tratos físicos e o excesso de tolerância.
Palavras-chave: Bullying, Educação, Escola e Família.
_______________
1
Trabalho apresentado como requisto de conclusão do curso de Pedagogia na Universidade Católica de Brasília
no primeiro semestre de 2013 sob a orientação da professora Msc. Tatiana S. Portella
*Estudante do curso de pedagogia. [email protected]
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 7
REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................................................... 9
A DEFINIÇÃO DE BULLYING ..................................................................................... 9
O CYBERBULLYING ................................................................................................. 11
CONSEQUÊNCIAS DO BULLYING ......................................................................... 12
O PAPEL DA ESCOLA ............................................................................................... 13
O PAPEL DO PROFESSOR ........................................................................................ 14
A RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA .......................................................................... 15
METODOLOGIA ..................................................................................................................... 17
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ........................................................................................ 18
CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 22
SUGESTÃO ............................................................................................................................. 23
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 23
INTRODUÇÃO
A sociedade contemporânea vive momentos de grandes transformações e a
educação tem acompanhado essas mudanças sociais, tecnológicas e comportamentais.
Segundo Fante (2005) a família, que é a base da sociedade, encontra-se desestruturada e
esta situação impacta diretamente no ambiente escolar. Para a autora, muitas vezes a
agressividade é movida por uma base familiar deficitária, com comportamentos
agressivos entre os próprios familiares envolvidos em um relacionamento que estimula
a criança a utilizar-se da violência para impor seu poder, a fim de conseguir o que
deseja. Na maioria das vezes, o agressor promove a violência acreditando que está
agindo de forma correta, devido à concepção de valores que possui em sua vida, frente
ao mundo que o cerca. (FANTE, 2005).
Situações de agressividade entre crianças e jovens, causam nas vítimas,
retraimento, baixa autoestima, insegurança, depressão, isolamento e a queda do
rendimento escolar.
Lopes (2005) corrobora com Fante (2005) no que diz respeito à importância
dos fatores de origem familiar, como desestruturação, falta de relacionamento afetivo,
maus tratos físicos e excesso de tolerância. Como importantes agentes na configuração
do bullying a autora menciona, ainda, fatores que se constituiriam em características
próprias do indivíduo, como impulsividade, dificuldades de atenção e hiperatividade.
Para Lopes (2005) o agressor é normalmente popular entre os alunos com
comportamentos antissociais, que apresentam prazer em dominar e causar danos para os
outros alunos.
A frequência e a intensidade do bullying podem ainda afetar o estado
emocional da vítima de forma tão intensa que pode levar a soluções trágicas como o
suicídio ou o homicídio, como se tem visto em casos noticiados pela mídia, no Brasil e
em outros países. De acordo com Silva (2010) em situações mais discretas, mas não
menos nocivas, essas vítimas, podem também, posteriormente, tornarem-se agressores
de colegas considerados mais fracos e indefesos.
A temática do bullying confirma-se como objeto deste trabalho de pesquisa
quando, na prática do estágio supervisionado em uma escola pública do Distrito
Federal, são observadas diferentes formas de sua expressão no cotidiano escolar.
Assumiu-se, então, como objetivo geral deste trabalho a investigação sobre as causas
mais recorrentes do bullying no ambiente escolar, visando ainda: a discussão acerca do
conceito de bullying, a identificação de qual a compreensão da escola (direção,
coordenação, professores e estudantes) sobre o bullying e sua prática no ambiente
escolar.
A escolha desse tema deu-se por acreditar na necessidade de verificar de que
maneira o bullying é praticado no ambiente escolar afim de que se possa verificar se as
manifestações de bullying são situações do dia-a-dia, que passam despercebidas aos
olhos dos profissionais da Educação, muitas vezes pelo desconhecimento de como agir
e outras por considerar as agressões como meras brincadeiras de crianças e préadolescentes. Essas ações, por outro lado, levam a vítima ao sofrimento podendo levar o
aluno a parar de estudar ou, ainda, a pedir transferência da escola e ir para outra onde
ele não se sinta tão exposto e fragilizado.
REFERENCIAL TEÓRICO
A definição de bullying
A frequência de atos violentos praticados no ambiente escolar e noticiado em
revistas e jornais tem despertado na sociedade a curiosidade e a necessidade de se
refletir sobre o significado destes eventos, bem como das possibilidades de prevenção.
Uma das expressões usadas para relatar a ocorrência de atos violentos (violência física
ou simbólica) é o bullying.
De acordo com Costa (2011, p.360):
[Bullying] é um termo inglês utilizado para descrever atos de violência
física ou psicológica, intencionais e repetitivos, praticados por um indivíduo
(bully valentão) ou grupo de indivíduos com a intenção malévola e com
objetivo determinado de intimidar ou agredir fisicamente, moralmente, outro
indivíduo, (ou grupo de indivíduos) incapazes de se defender.
De caordo com Porto e Wrasse (2010, p.221): O bullying é de origem inglesa, sem
tradução na língua portuguesa, refere-se a uma situação na qual um indivíduo (bully) ou
grupo de indivíduos (bullies) deliberadamente atormenta, hostiliza ou molesta outro(s).
Pode ser traduzido como tiranizar, oprimir, amedrontar, intimidar, humilhar. Os estudos
sobre o bullying escolar tiveram inicio na década de 70, na Noruega, Suécia e
Dinamarca, motivados pelo crescente número de suicídio entre crianças e adolescentes,
principalmente na Europa. Em busca de suas principais causas, os pesquisadores
depararam com os maus-tratos que os alunos recebiam dos colegas de escola.
Profissionais da psicologia passaram, então, a estudar as formas de relacionamento
estabelecidas entre os estudantes e constataram a existência de um fenômeno antigo,
que, no entanto, requeria atenção e tratamento, por comprometer, sobretudo o psiquismo
daqueles que era vitimizados, em especial o das crianças pequenas.
Nesse sentido, Nascimento e Alkimin (2010, p.2813) ensinam:
Podemos definir bullying como sendo um comportamento abusivo e
agressivo, manifestado através de gestos, palavras, atitudes, comportamentos
ou qualquer outro meio, de forma intencional e repetitiva, que atenta contra a
dignidade e integridade física e psíquica de uma pessoa, causando-lhe medo,
insegurança, dor, angústia e sofrimento, engendrando, conseqüentemente,
doenças psíquicas e físicas (psicossomáticas), desordem pessoal e
profissional, além de refletir na qualidade e finalidade do processo educativo,
bem como na sociedade e na saúde pública.
Dessa forma, percebe-se que esses autores entendem o bullying como um
comportamento abusivo e agressivo que se manifesta no ambiente escolar e interfere no
comportamento e nas relações sociais dos alunos, deixando-os constrangidos e esse
constrangimento reflete no rendimento escolar dificultando a aprendizagem.
Silva (2010a) traduz a expressão “bully” como o indivíduo valentão, tirano,
mandão, brigão. Conforme a autora, a prática deste indivíduo, ou do grupo de
indivíduos, é utilizada para qualificar comportamentos agressivos no âmbito escolar,
praticados tanto por meninos quanto por meninas. Os atos de violência (física ou não)
ocorrem de forma intencional e repetitiva contra um ou mais alunos que se encontram
impossibilitados de se defender frente às agressões sofridas. Tais comportamentos não
apresentam motivações específicas ou justificáveis. Isso significa dizer que, de maneira
“natural”, os mais fortes utilizam os mais frágeis como meros objetos de diversão,
prazer e poder, com o intuito de maltratar, intimidar, humilhar e amedrontar suas
vítimas.
Para redução e prevenção deste tipo de problema, considera-se fundamental
que haja uma parceria família-escola, também deve favorecer o envolvimento da
família, da comunidade e os demais membros que colaboram para a formação dos
alunos no ambiente escolar, buscando alcançar um melhor resultado no processo de
desenvolvimento contra o bullying na escola.
No Brasil, a Constituição Federal (1988) preconiza, em seu Art. 277, que:
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao
adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação,
à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito,
à liberdade, e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-las a
salvo de toda forma negligência, discriminação, exploração, violência,
crueldade e opressão.
Sendo assim, o ambiente familiar por ser o primeiro contato social da criança,
torna-se essencial na formação de princípios e valores da mesma, porém se essa base
familiar não possuir esses valores éticos e morais afetar diretamente nas suas relações
sociais. Diante tudo isso, percebemos o quanto é fundamental para a criança, conviver
em um ambiente familiar bem estruturado, que possa realmente lhe garantir a proteção e
os valores necessários para a sua formação. A função social da escola é possibilitar
situações diversificadas que favoreçam o aprendizado do aluno, para dialogar de
maneira competente com a comunidade, aprender a respeitar e a ser respeitado, a ouvir e
a ser ouvido, a reivindicar direitos e a cumprir obrigações, a participar ativamente da
vida científica, cultural, social e política do País e do mundo (PCN. 1997).
O cyberbullying
Os avanços tecnológicos também influenciam a prática desse fenômeno. Com
isso, novas formas de bullying surgiram, como é o caso do “bullying virtual” ou também
chamado de cyberbullying. Para Costa (2011, p.364), o cyberbullying:
Constitui-se no ataque de uma pessoa a outra com o uso de tecnologias
interativas, como e-mails, telefones celulares, fotos digitais, blogs, chats,
mensagens de texto e outros dispositivos eletrônicos. No cyberbullying
recorre-se a tecnologia para ameaçar, humilhar ou intimidar alguém através
da multiplicidade de ferramentas da nova era digital. Embora ocorra
virtualmente, o cyberbullying geralmente leva a conflitos físicos reais, assim
como a sentimentos de depressão, desespero e perda.
Na internet muitas vezes o agressor adquire o anonimato, diferente do bullying
ocorrido no mundo real, que é identificável e tem por característica a “lei” do mais forte
sobre o mais fraco. Silva (2010b, p.138), afirma que:
Qualquer pessoa submetida ao cyberbullying sofre com os níveis
elevados de insegurança e ansiedade. Quando as vítimas são crianças ou
adolescentes, as reações são muito mais intensas e as repercussões
psicológicas
e
emocionais
podem
ser
infinitamente
mais
sérias.
Especialmente nos adolescentes, que estão vivenciando uma fase de
profundas mudanças cerebrais, os ataques de “bullying virtual” podem se
constituir em fator desencadeante de diversas doenças metais.
Consequências do bullying
As consequências na vida de quem é vítima de bullying dependem muito de
cada indivíduo, de suas vivências, da sua estrutura, de predisposição genética e também
da forma e da intensidade das agressões. São as mais variadas possíveis. Em grandes ou
pequenas proporções, as vítimas sofrem com as agressões de bullying. Muitas levarão
marcas profundas oriundas dos ataques para a vida adulta e necessitarão de apoio
psiquiátrico e/ou psicológico para a superação do problema. Fante diz que os problemas
mais comuns são: desinteresse pela escola; problemas psicossomáticos como dor de
cabeça, insônia, sudorese, tremores, tensão muscular, etc; problemas comportamentais e
psíquicos como transtorno do pânico, depressão, anorexia e bulimia, fobia escolar, fobia
social, ansiedade generalizada, transtorno obsessivo-compulsivo e transtorno do estresse
pós-traumático. (FANTE, 2005, P.121) O bullying também pode agravar problemas
preexistentes, devido ao tempo prolongado de estresse a que a vítima é submetida. Em
casos mais graves, podem-se observar quadros de esquizofrenia, homicídio e suicídio.
(SILVA, 2010a).
O papel da escola
O bullying na escola está relacionado a fatores determinantes, tais como os atos
(violentos ou não) ocorridos dentro do seio familiar, os quais as crianças transportam
estas ações para os demais ambientes nos quais convive. No entanto, “a violência
escolar é uma transgressão da ordem e das regras da vida em sociedade”
(ABRAMOVAY, 2002, p. 70). Neste sentido, fica perceptível a influência da vida em
sociedade para o desenvolvimento humano. Fatores como maus tratos influenciam
muito no desenvolvimento e comportamento do estudante na escola que se mostra uma
criança agressiva e com (mudanças de humor que é natural no humano) bruscas
mudanças de humor.
A função social da escola é possibilitar situações diversificadas que favoreçam
o aprendizado do aluno, para dialogar de maneira competente com a comunidade,
aprender a respeitar e a ser respeitado, a ouvir e a ser ouvido, a reivindicar direitos e a
cumprir obrigações, a participar ativamente da vida científica, cultural, social e política
do País e do mundo (BRASIL, 1997).
As consequências são relacionadas ao aluno individualmente, mas tem também
efeitos no coletivo, pois todos os participantes desse conflito, tais como as vítimas, os
agressores e as testemunhas sofrem consequências, seja em suas vidas particulares e no
aspecto psicológico. Fante (2005) relata que dentre as características da violência
escolar “talvez a mais grave, seja a propriedade de causar traumas ao psiquismo de suas
vítimas e envolvidos”. (p.26), colaborado pelas diversas formas de agressividades
apresentados por estes.
As crianças passam boa parte do seu tempo na escola, de tal maneira que
muitas atividades que desenvolvem e das interações vivenciadas se passam nesse
ambiente. O que se observa, entretanto, é a pouca conscientização dos estabelecimentos
escolares acerca da existência do bullying. Profissionais despreparados que não sabem
lidar com o problema, e muitos diretores negam essa realidade. Muitas vezes alguns
professores contribuem com o agravamento da situação sendo coniventes por
comodismo ou desconhecimento do quão prejudicial podem ser as agressões, ou
reagindo de forma agressiva ao comportamento indisciplinado dos alunos. (LOPES
NETO, 2005).
Para Silva é papel de a escola formar cidadãos, dar aos alunos os ensinamentos
de que eles necessitam para a vida. Através de um trabalho crítico e da busca pelo
exercício da cidadania, a escola deve mostrar às novas gerações a importância de cada
indivíduo e seu papel na sociedade, enquanto cidadãos conscientes de seus direitos e
deveres. É preciso que a escola compreenda que também é seu papel, dar ao aluno
condições para se inserir no meio social. É preciso atentar para a evolução do mundo e
orientar o estudante para a vida. (SILVA, 2010, p. 138).
O artigo 32 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (1996), diz que cabe a
cabe à escola criar as condições de aprendizagem, através de oferta das mais diversas e
criativas formas de aprender, e não temer que seja avaliada por métodos inovadores,
antigos, ou tradicionais. Assim, a escola, pensando e agindo bem, fazendo com que seu
aluno sempre venha a progredir, deve constantemente atualizar ou mudar seu ritmo de
acesso aos saberes, e assim, seus docentes, devem estar atentos e observar as mudanças
de comportamentos de seus alunos para poder identificar a prática do bullying no
ambiente escolar e criar medidas preventivas que possam prevenir e conscientizar os
alunos a viverem em um ambiente escolar saudável.
O papel do professor
O professor deve posicionar-se diante de tais temas de maneira crítica,
responsável e construtiva nas diferentes situações sociais. É necessário utilizar o diálogo
como forma de mediar conflitos (Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs, 1997) e
apresentar algumas estratégias pedagógicas voltadas para o afeto os quais possam
colaborar para o melhor entendimento dos alunos em relação o respeito ao próximo, e
ao convívio com as diferenças.
De acordo os PCNs (1997), um dos objetivos do ensino fundamental é a
formação de alunos capazes de compreender a cidadania como participação social e
política, assim como exercício de direitos, cooperação e repúdio às injustiças,
respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito. (p. 69). Nesse sentido, as
exigências relativas ao papel do professor diante da violência na escola estão
aumentando, pois nos dias de hoje o educador é um profissional que deve responder ao
que a sociedade espera de um bom mestre. A violência na escola é um problema social,
que envolve a família, a escola e a sociedade em geral como importantes participantes
da educação das crianças.
Infelizmente os cursos de formação de professores não têm contemplado em
seus currículos o preparo dos docentes para a educação das novas gerações,
considerando a vivencia em uma sociedade de valores fragilizados, onde o respeito ao
outro nem sempre é reconhecido e estimulado. Desta forma, a preparação dos
educadores perante a formação não os capacita de forma satisfatória para trabalhar com
a diversidade na escola, para que saibam empregar este conhecimento dentro de sala de
aula.
Por isso, torna-se indispensável pensar no papel que os professores exercem, a
fim de resgatar o que é essencial para a formação do docente, o qual necessita estar
sempre preparado para ensinar e preparar os novos estudantes para a cidadania e
convivência com no contexto social. Então, através de programas relacionados à
formação continuada, é possível alcançar uma política educacional efetiva, para que, de
acordo com a realidade das escolas, os professores consigam pensar em soluções para as
situações vivenciadas dentro de sala de aula e colocá-las em prática.
Em uma relação afetiva e amigável em que prevaleçam o respeito, a confiança
mútua, o diálogo e a sinceridade é possível desenvolver situações de ensinoaprendizagem significativas e próximas da vida dos estudantes (PIGATTO, 2010).
A relação família e escola
Esses fenômenos e modificações que a família vem vivenciando a partir da
contextualização política, econômica e social, atingem também as escolas,
especialmente a partir do início do século XX. Segundo Nogueira (2005), com o
movimento escolanovista, os métodos pedagógicos tradicionais passaram a ser
questionados, e novas pedagogias centradas no aluno e que recusam a concepção e
criança como adulto em miniatura, além de defenderem a necessidade de se atentar para
as características próprias da infância e de se adaptar as características próprias do
educando, passam a vigorar nas escolas públicas e privadas.
O aluno é compreendido como um sujeito ativo na construção do
conhecimento. Atualmente as crianças contam com outras fontes de saber, e desse
modo, a escola compreende que o aluno possui conhecimentos prévios dos diversos
temas abordados nas aulas, portanto, se socioeconômica e cultural, isto significa, que se
deve ter maiores contatos com a família de seu educando.
A tendência à proximidade com a família é um dos aspectos de transformação
vivenciada pelas escolas, conforme palavras de Nogueira. A instituição escolar moderna
deve conceber seu trabalho educativo em conexão com as vivências trazidas de casa,
pelo educando. Hoje mais do que nunca, o discurso da escola afirma a necessidade de se
conhecer a família para bem se compreender a criança, assim como para obter uma
continuidade entre sua própria ação educacional e a da família (NOGUEIRA, 2005).
A maioria das escolas reconhece a necessidade de se aproximarem das
famílias, mas há uma grande dificuldade dos professores em como promover esta
parceria. Segundo Nogueira (2005a), muitas escolas ao tentar conhecer a realidade dos
alunos e de suas famílias, acabam buscando informações sobre os acontecimentos
familiares mais íntimos, como crises e separações conjugais, doenças, desempregos.
Esse certamente não é o caminho para se chegar a uma parceria na relação entre escola e
família.
O último aspecto de mudança na escola apontado por Nogueira (2005, p.573),
é: “A escola estende agora a sua área de atuação em direção a terrenos reservados, no
passado, à socialização familiar, como, por exemplo, a educação afetiva e sexual”.
Portanto, a escola precisa estar preparada para assumir novas mudanças no processo
educativo, entre eles, auxiliar as famílias.
METODOLOGIA
A escola campo de pesquisa faz parte da rede pública de ensino do Distrito Federal. A
escola atende hoje a 561 alunos, da Educação Infantil ao 5º ano, em 17 salas de aula,
com 22 professores regentes e 02 professores readaptados que só trabalham na
biblioteca, brinquedoteca ou secretaria.
Com o objetivo de investigar as práticas de bullying no ambiente escolar nesta
escola do Ensino Fundamental, optou-se pela abordagem qualitativa. A pesquisa
qualitativa, segundo André e Ludke (1986), supõe o contato direto e prolongado com
ambiente e a situação que está sendo investigada, como os problemas são estudados no
ambiente em que eles ocorrem naturalmente, sem manipulação intencional do
pesquisador (ANDRÉ; LUDKE, 1986).
A abordagem qualitativa supõe vários métodos, um deles é o estudo de caso.
De acordo com Gil (2002) o estudo de caso é uma modalidade de pesquisa amplamente
utilizada nas ciências biomédicas e sociais. Consiste no estudo profundo e exaustivo de
um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento,
tarefa praticamente impossível mediante outros delineamentos já considerados. Seus
resultados, de modo geral, são apresentados em aberto, ou seja, na condição de
hipóteses, não de conclusões.
A coleta de dados foi realizada na própria escola utilizando-se como
instrumento de pesquisa a observação e a entrevista coletiva realizadas com as
professoras do 3º ao 5º ano e com a coordenadora pedagógica.
A entrevista coletiva é uma técnica importante e muito utilizada em pesquisa
na área das Ciências Sociais, conforme apontam André e Lüdke (1986). Para essas
autoras a “grande vantagem da entrevista sobre outras técnicas é que ela permite a
captação imediata e corrente da informação desejada [...]” (ANDRÉ; LÜDKE1986, p.
34). Ao iniciar as entrevistas os sujeitos eram informados sobre o objetivo da pesquisa e
de seu caráter de confidencialidade.
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A observação foi realizada durante o segundo semestre de 2012, em uma escola
pública do Distrito Federal, quando cursava a disciplina Estágio Supervisionado II.
Através das observações verificou- se a relação de atitudes com a ocorrência de bullying
nesta escola.
Por meio da observação foi possível identificar casos de bullying nesta escola.
Através da entrevista aplicada às professoras foi possível identificar atitudes positivas
ou negativas com relação ao bullying. As professoras serão identificadas como
Professora A, B e C e a coordenadora pedagógica, representante da direção da escola.
As professoras entrevistadas são Licenciadas em Pedagogia, com especialização
em Educação Infantil e Séries Iniciais. A coordenadora é formada em Pedagogia, com
especialização em Gestão Escolar.
O bullying na educação é um fenômeno que está se expandindo com o tempo, o
que nos leva a pensar sobre que conteúdos que devem ser abordados em sala de aula
para que os alunos saibam respeitar o outro. Nesse sentido, foram abordadas na
entrevista questões que contribuíssem para revelar a compreensão das docentes sobre o
bullying e a postura da instituição em relação à sua prática na escola.
A primeira questão da entrevista buscava identificar a compreensão e o conceito
de bullying para as entrevistadas.
Ao falar sobre bullying uma professora destacou que “O bullying é um problema
de comportamento que tem se agravado muito nos últimos anos, sobressaindo de
maneira preocupante no ambiente escolar através da agressividade entre os alunos”.
(Professora B)
É interessante destacar a compreensão que a mesma tem do bullying, como este
fenômeno está implicado na questão da violência escolar e como pode causar
transtornos emocionais. Esta visão está em consonância com Neto (2004), que afirma
que as consequências relacionadas ao bullying podem ser físicas, de curto ou de longo
prazo, gerando dificuldades na aprendizagem, dificuldades de convívio social e também
problemas emocionais.
De maneira geral, o conceito de bullying das entrevistadas destacam o aspecto da
violência como característica comum, entretanto, a questão da recorrência desta
violência não é reconhecida, fazendo com que a compreensão da prática de bullying se
confunda com qualquer ato violento (violência simbólica ou física).
A questão 2 buscava identificar a percepção das professoras sobre a prática do
bullying na escola e sobre a forma como a escola lida com essa questão. Em relação à
prática de bullying nesta escola, todas as entrevistadas foram unânimes em dizer que
verificam esta prática na escola. “Sim, Xingamentos e apelidos maldosos. A escola tem
procurado conscientizar as crianças e os adolescentes que eles não devem praticar o
bullying, mas não tem sido uma tarefa fácil”. (Professora A).
“Sim, eles xingam, chutam tentando diminuir e humilhar o colega. É muito
difícil desenvolver um trabalho preventivo porque a família não participa, mas a
escola faz a sua parte para tentar amenizar ao máximo a situação”.( Professora C)
“Sempre se vê os apelidinhos que no início parecem ser engraçadinhos, mas
depois passam por um estágio que a pessoa não está mais gostando, e aí surge a
agressão”. (Coordenadora pedagógica),
Entendemos que a função social da escola é possibilitar situações
diversificadas que favoreçam o aprendizado do aluno, para dialogar de maneira
competente com a comunidade, e possibilitar aos estudantes aprender a respeitar e a ser
respeitado, a ouvir e a ser ouvido, a reivindicar direitos e a cumprir obrigações, a
participar ativamente da vida científica, cultural, social e política do país e do mundo
(PCNS, 1997).
Por outro lado, o que se observa hoje em dia, no contexto social, é o aumento
da violência, que aparece na escola em uma de suas manifestações, o bullying. No
ambiente escolar podemos encontrar alunos agressores, bem como vítimas e
testemunhas da violência na escola, os estudante participam direta ou indiretamente
deste ciclo vicioso, que está se agravando cada vez mais no ambiente educativo.
Embora reconhecessem esta prática na escola, as falas não destacam ações da
escola para a sua diminuição ou prevenção. As falas sinalizam a dificuldade da escola
para lidar com esta situação, revelando a necessidade de uma melhor
compreensão deste fenômeno para que sejam planejadas ações interventivas.
Já a terceira pergunta questionava sobre a preparação destas profissionais e da
escola para lidar com a violência escolar. Quando questionadas as entrevistadas foram
unânimes em dizer de seu despreparo para abordar a problemática.
“Não no sentimos preparadas porque a violência escolar hoje tem se tornado
uma coisa banal e o professor se sente impotente porque essa questão envolve muitos
fatores: família, escola, sociedade e acaba saindo do nosso controle” (Professora A).
“Apesar de já ter feito dois cursos voltados para o controle da violência
escolar não me sinto preparada, pois a questão do bullying no ambiente escolar é muito
grave a gente chama, conversa, orienta e no mesmo dia eles estão fazendo igual ou até
pior”. (Professora B).
“Concordo com as respostas anteriores, isto é, também não me sinto
preparada para lidar com a questão do bullying escolar porque os profissionais da
educação não são respeitados nem valorizados”. (Professora C).
“Sim, me sinto preparada, mas temos que estar muito atentas, pois não
sabemos de onde a agressão vai surgir e sabemos que é muito difícil lidar e resolver os
casos de bullying na escola” ( Coordenadora Pedagógica).
De acordo os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais, (1997) um dos
objetivos do ensino fundamental é a formação de alunos capazes de compreender a
cidadania como participação social e política, assim como exercício de direitos,
cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo
respeito. (p. 69). Nesse sentido, as exigências relativas ao papel do professor diante da
violência na escola estão aumentando, pois nos dias de hoje o educador é um
profissional que deve responder ao que a sociedade espera de um bom mestre. A
violência na escola é um problema social, que envolve a família, a escola e a sociedade
em geral como importantes participantes da educação das crianças.
Então, através de programas relacionados à formação continuada, é possível
alcançar uma política educacional efetiva, para que, de acordo com a realidade das
escolas, os professores consigam pensar em soluções para as situações
vivenciadas dentro de sala de aula e colocando-as em prática. Numa relação afetiva e
amigável em que prevaleçam o respeito, a confiança mútua, o diálogo e a sinceridade é
possível desenvolver situações de ensino-aprendizagem significativas e próximas da
vida dos estudantes (PIGATTO, 2010).
Por fim, foi solicitado às professoras que falassem como é a relação da escola
com as famílias atendidas e questionava o trabalho preventivo na escola.
Uma professora ressaltou que “A família é ausente, digamos que 80% dos pais
não vêm à escola, não estão engajados na vida escolar dos seus filhos. (Professora A).
A escola tem tentado conscientizar a família por meio de palestras de esclarecimento”.
(Professora B). A outra professora não se manifestou.
Neste contexto percebe-se que mesmo a escola buscando a parceria ainda falta
conscientização da família no sentido de que sua participação é muito importante para o
processo educativo e isso fica claro na fala da coordenadora pedagógica
“A gente procura atender às turmas que tem mais casos de bullying, através de
palestras, conversas, atendimento aqui comigo no serviço de orientação, os professores
em sala também fazem trabalhos de conscientização, esse é o trabalho geral que a
gente faz aqui” (Coordenadora Pedagógica).
“Entendemos que o bullying não é um problema só da escola, nos colocamos a
disposição dos pais para que possamos juntos encontrar soluções que inibem esta
prática de dentro e fora da escola, no entanto, apesar de programas educativos, não
obtivemos o sucesso esperado, apesar de pouco tempo nesta escola, estamos com novos
projetos que incluem atividades que fazem com que os alunos se respeitem mais e
tornam-se mais unidos e amigos uns dos outros, entre estes projetos estão a construção
de quadra poliesportiva e praça com jogos educativos na área da escola.(Direção)
O apoio dos pais e o ambiente familiar têm grande relevância em relação ao
contexto da aprendizagem, bem como os “fatores orgânicos quanto psicológicos e
ambientais interferem no rendimento da criança, destacando-se o papel da família no
bom desenvolvimento e interação da criança com as questões escolares”. (WEISS,
1997). Então, a participação ativa do grupo familiar na escola é favorável para todo
processo de escolarização e desenvolvimento do estudante.
Aguiar e Almeida (2008) relatam a importância da função paterna no
desenvolvimento do estudante, portanto, pode-se afirmar que esta participação familiar
é uma das grandes influenciadoras relacionadas às atitudes das crianças em sala de aula.
Tal influência diz respeito aos limites e o respeito ao outro que a criança deve aprender
com seus cuidadores.
CONCLUSÃO
Por meio dos dados coletados e gerados nesta pesquisa, foi possível constatar
que a falta de apoio dos pais na educação dos filhos é um fator que compromete a
educação escolar e se reflete em suas atitudes desrespeitosas com colegas e professores,
como por exemplo, nas passagens aos atos violentos.
A famíla desempenha um papel decisivo na educação formal e informal, é em
seu espaço que são absorvidos os valores éticos e humanitários, e onde se aprofundam
os laços de solidariedade (...) e são observados valores culturais. Portanto, o apoio dos
pais ou responsáveis na educação de seus filhos apresenta grande importância para o
ensino e o processo de construção dos sujeitos. (KALOUSTIAN, 1988).
Considera-se que é fundamental a inserção de programas educacionais nas
escolas que visem uma melhor aproximação da família através de projetos que
valorizem e estimulem cada vez mais a participação dos pais na vida acadêmica de seus
filhos. Faz-se necessário que os projetos desenvolvidos na escola ensinem o respeito
com o próximo, tendo em vista sempre o desenvolvimento afetivo cognitivo do
estudante.
Para que haja um suporte ao trabalho dos professores em sala de aula é
necessário o apoio dos pais, mas também o trabalho com toda a equipe da escola, para
que desta forma possam ser discutidas estratégias de enfrentamento da violência no
cotidiano escolar, pois se trata de um problema complexo e desafiador. Portanto é muito
importante investir na formação continuada do professor preparando-o para lidar com o
bullying no ambiente escolar.
É importante primar por uma formação de um cidadão consciente e crítico, e ao
mesmo tempo oferecer a todos a oportunidade de realizar seu potencial sem barreiras
entre professor e aluno. O trabalho aqui realizado contribuiu muito para minha
formação acadêmica e pessoal. Sendo assim, essa pesquisa trouxe subsídios que levam a
reflexão e quebra de velhos paradigmas.
SUGESTÃO
Espera-se que esse tema tão polêmico venha acrescentar positivamente a
educação brasileira, pois não podemos colaborar com essa situação de violência escolar,
onde os alunos praticam bullying. Por toda essa razão é de fundamental importância que
a postura de todos em relação à educação seja outra, a de educar a todos com qualidade
e respeito. Questão que direciona a essa reflexão: você está disposto a contribuir
objetivamente, ou seja, na prática e não como a grande maioria que observa e não toma
nenhuma atitude contra a prática do bullying no ambiente escolar?
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APÊNDICE A - ROTEIRO DE ENTREVISTA COM OS PROFESSORES
1. O que é bullying?
2. Vocês observam prática de bullying nesta? Que tipo de bullying? Como a escola
lida com essa questão?
3. Você se sente preparada para lidar com a violência escolar?
4. Como é a relação família-escola? Há trabalho preventivo no sentido de diminuir
a prática do bullying no ambiente escolar?
APÊNDICE B - ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO
A observação foi feita no primeiro semestre de 2012 nas turmas do 3º e do 5º ano
quando estava fazendo A Disciplina de Estágio Supervisionado II. A observação foi
realiazada realizada por 3 dias consecutivos em cada sala percebi que a prática do
bullying é bastante frequente nesta escola, tanto na hora do recreio quanto em sala de
aula, a diferença é que a presença da professora inibe um pouco a ação, mas acontece
assim mesmo, a professora fala que fica de mãos atadas.
A escola tem feito palestras e outras atividades que ocupam o tempo do aluno para que
não tenham tempo para esta prática. Neste ano as observações foram retomadas e a
prática do bullying no ambiente escolar é bem visível, os xingamentos e apelidos que
constrangem os colegas.
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Rosângela Cabral de Lima - Universidade Católica de Brasília