Questões comentadas de Língua Portuguesa Leia o texto para responder às questões de números 01 a 09. Lições do Titanic O naufrágio do Titanic traz tristes memórias, heroísmo, coragem, arrogância, fé, lendas e mitos. Por isso e pela perda de cerca de 1500 vidas, é tragédia marcante da aventura humana. Diante de tal lembrança, conforta‐nos a sabedoria de aprender com os erros, que pode e deve ser praticada por todos. Cem anos após a triste noite de 14 de abril de 1912, quando um iceberg interrompeu a travessia do Atlântico entre Southampton (Reino Unido) e Nova York (EUA), a frustrada viagem inaugural do navio ainda é um legado de preciosas lições. E todas se aplicam a distintas situações, inclusive na gestão empresarial. A primeira refere‐se à previsão relativa aos recursos de contingência. Nunca devem ser menores que a efetiva demanda em casos de incidentes e acidentes. Isso vale para reservas financeiras, alarmes, áreas de escoamento, estruturas e brigadas de incêndio. O Titanic tinha só 16 botes salva‐vidas, muito aquém do ideal. A segunda lição é sobre a necessidade de testar qualquer equipamento, máquina, veículo, processo e sistema antes de ser colocado em operação comercial. O Titanic teve apenas seis horas de testes, e muito abaixo de sua velocidade máxima. Talvez por isso, os timoneiros não tenham conseguido manobrá‐lo com eficiência ante a iminência do choque. A comunicação, sempre decisiva e estratégica, é o objeto da terceira lição. O Titanic possuía o moderníssimo telégrafo do Sistema Marconi. Porém, muitos não sabiam operar aquela “maravilha sem fio” e alguns navios que poderiam tê‐lo socorrido nem sequer contavam com ela. Os meios de comunicação — incluindo os mais recentes, como redes sociais, tráfego de dados, G3, G4 e outros recursos cibernéticos — precisam ser bem utilizados e todos os interlocutores devem compartilhá‐los de maneira eficaz no domínio da tecnologia. Outra análise importante é que a arrogância nunca deve subjugar o bom senso. A humildade é sempre boa conselheira, mesmo quando a autossegurança resulta de grande experiência ou baseia‐se no uso de avançada tecnologia. O excesso de confiança pode explicar o motivo de o capitão Smith ter ignorado os alertas de gelo no mar e ter determinado velocidade máxima. Que a triste e centenária lembrança, registrada no Reino Unido e em todo o mundo, não seja em vão. Aprender com os equívocos do passado nos capacita a um futuro sempre melhor. (Josué Gomes da Silva, Folha de S.Paulo, 15.04.2012. Adaptado) 01. Na opinião do autor, a trágica história do Titanic deve ser lembrada por que: (A) esse foi o primeiro acidente a envolver um número elevado de mortes. (B) as vítimas do naufrágio entregaram, voluntariamente, suas vidas em nome da fé e da honra. (C) o acidente oferece ensinamentos que podem ser úteis em variadas situações. (D) a aventura do navio tornou‐se uma história de fantasia com função de distrair. (E) esse foi o primeiro navio a, efetivamente, cruzar o Atlântico entre Southampton e Nova York. Resposta: C Comentário: Segundo o autor, no primeiro parágrafo, “conforta‐nos a sabedoria de aprender com os erros(...)”. Analisando‐se as principais causas do desastre podemos traçar um paralelo com os cuidados que os investidores devem ter na condução dos seus investimentos. As decisões de investimento também requerem atenção, disciplina, prudência e entendimento dos riscos envolvidos. Todos estes faltaram aqueles que decidiram levar uma embarcação gigantesca navegando perto de sua velocidade máxima em uma noite sem lua e com sucessivos alertas de presença de icebergs na rota. Portanto, o trágico acidente trouxe ensinamentos úteis àqueles que colocam a ambição à frente da razão. 02. A quantidade de recursos de contingência do Titanic, para enfrentar eventuais adversidades, era: (A) inexistente. (B) insuficiente. (C) adequada. (D) farta. (E) excessiva. Resposta: B Comentário: A primeira das lições do legado deixado pelo trágico acidente refere‐se, como podemos constatar no terceiro parágrafo, aos recursos de contingência que “nunca devem ser menores que a efetiva demanda em casos de incidentes e acidentes”. Conclui‐se, assim, que a previsão relativa aos recursos de contingência do Titanic foi insuficiente para a sua segurança. 03. A segunda lição deixada pelo Titanic evidencia que: (A) qualquer produto testado por seis horas poderá entrar em operação comercial sem risco de falhas. (B) testes são necessários para avaliar se a operação comercial de qualquer produto foi lucrativa. (C) qualquer produto deve ser testado regularmente após entrar em operação comercial. (D) testes rigorosos devem anteceder a operação comercial de qualquer produto. (E) qualquer teste é garantia do bom desempenho comercial de um produto. Resposta: D Comentário: Em se tratando de equipamentos complexos, principalmente quando envolvem transportes de seres humanos, há de se testar previamente de forma rigorosa, contínua e em diversas situações. Veja o que o autor diz no quarto parágrafo: “O Titanic teve apenas seis horas de testes, e muito abaixo de sua velocidade máxima”. 04. O Titanic teve dificuldade para pedir socorro por que: (A) estava com o aparelho de comunicação quebrado, devido ao choque com o iceberg. (B) possuía um telégrafo que havia sido instalado incorretamente e, por isso, não funcionava. (C) dispunha de um aparelho de comunicação de tecnologia obsoleta, que já não era usada pelos outros navios. (D) estava em uma zona remota do oceano, onde os aparelhos de comunicação não funcionavam. (E) tinha um telégrafo tão moderno que muitos desconheciam como operar e alguns navios nem o possuíam. Resposta: E Comentário: O objeto da terceira lição da frustrada viagem refere‐se aos equipamentos de comunicação do navio. Podemos notar no quinto parágrafo que o Titanic possuía um moderníssimo telégrafo do Sistema Marconi, porém muitos de sua tripulação não sabiam operar o equipamento e navios que estivessem por perto e que poderiam socorrer o Titanic não tinham equipamentos modernos para que houvesse a comunicação. 05. De acordo com o autor, o excesso de confiança do capitão Smith fez com que ele agisse com: (A) imprudência. (B) sensatez. (C) cautela. (D) perspicácia. (E) indecisão. Resposta: A Comentário: No penúltimo parágrafo fica evidente o comportamento arrogante, a falta de precaução e prudência do capitão Smith. Veja o que diz o autor: “ O excesso de confiança pode explicar o motivo de o capitão Smith ter ignorado os alertas de gelo no mar e ter determinado velocidade máxima.” Portanto, concluímos que o capitão Smith agiu com imprudência. 06. Na frase do quarto parágrafo — Talvez por isso, os timoneiros não tenham conseguido manobrá‐lo com eficiência ante a iminência do choque. — a palavra iminência tem o sentido de: (A) falha. (B) proporção. (C) sequela. (D) ameaça. (E) comoção. Resposta: D Comentário: A palavra iminência (não confundir com seu parônimo eminência que significa autoridade)significa “que ameaça acontecer em breve”. O contexto nos revela que a ameaça de choque contra um iceberg era provável e que os timoneiros foram ineficientes em manobrar o navio. 07. No trecho — Cem anos após a triste noite de 14 de abril de 1912, quando um iceberg interrompeu a travessia do Atlântico entre Southampton (Reino Unido) e Nova York (EUA), a frustrada viagem inaugural do navio ainda é um legado de preciosas lições. (2.º parágrafo) — o antônimo da palavra frustrada é: (A) desconhecida. (B) bem‐sucedida. (C) fracassada. (D) mal‐acabada. (E) desacreditada. Resposta: B Comentário: A palavra frustrada pode ser definida como aquilo que não sucedeu como se esperava, que falhou. O oposto de sentido da referida palavra é bem‐sucedida, ou seja, que obteve êxito na execução. 08. O termo que tem significação de possibilidade ou incerteza está destacado em: (A) O Titanic teve apenas seis horas de testes, e muito abaixo de sua velocidade máxima. (B) Talvez por isso, os timoneiros não tenham conseguido manobrá‐lo com eficiência ante a iminência do choque. (C) Porém, muitos não sabiam operar aquela “maravilha sem fio” e alguns navios que poderiam tê‐lo socorrido nem sequer contavam com ela. (D) Outra análise importante é que a arrogância nunca deve subjugar o bom senso. (E) Aprender com os equívocos do passado nos capacita a um futuro sempre melhor. Resposta: B Comentário: As palavras destacadas são advérbios expressando circunstâncias diversas. Em A e C, tais advérbios significam respectivamente somente e ao menos; em D e E são advérbios de negação e tempo respectivamente. A incerteza ou possibilidade está contida na alternativa B com o advérbio de dúvida talvez, gerando um pensamento hipotético do autor sobre o fato de os timoneiros não conseguirem manobrar o navio. 09. Considerando as regras de regência do verbo capacitar, o termo destacado em — Aprender com os equívocos do passado nos capacita a um futuro sempre melhor. (último parágrafo) — pode ser substituído, sem alteração do sentido da frase, por: (A) em (B) sob (C) com (D) entre (E) para Resposta: E Comentário: A regência do verbo capacitar exige as preposições a ou para, pois ambas possuem o sentido de finalidade, objetivo. 10. Assinale a alternativa correta quanto à pontuação. (A) O naufrágio do Titanic deixou, tristes memórias a todos nós. (B) A sabedoria de aprender, com os erros do passado conforta‐nos. (C) Sempre decisiva e estratégica, a comunicação é o objeto da terceira lição. (D) Mesmo com grande experiência a humildade, é sempre boa conselheira. (E) Todos os interlocutores, devem compartilhar, os meios de comunicação. Resposta: C Comentário: Em (A), não se deve usar a vírgula para separar o verbo (deixou) de seus complementos (memórias tristes a todos nós); em (B), a vírgula não pode separar o sujeito de seus adjuntos adnominais (A sabedoria de aprender com os erros); em (D), não se usa vírgula entre o sujeito e o predicado [... a humildade (sujeito) é sempre boa conselheira (predicado)]; em (E) a vírgula está mal empregada ao separar sujeito e predicado [Todos os interlocutores (sujeito) devem compartilhar...(predicado)] e locução verbal e seu complemento [... devem compartilhar (locução verbal) os meios de comunicação (complemento verbal). A alternativa correta é a letra (C) pois a vírgula separa o aposto (sempre decisiva e estratégica) que caracteriza comunicação. 11. A concordância nominal está de acordo com a norma‐padrão da língua portuguesa em: (A) A aventura do Titanic foi interrompida por um iceberg. (B) Incidentes e acidentes devem ser previsto em qualquer viagem. (C) As tecnologias da comunicação precisam ser compartilhada. (D) A arrogância fez com que os alertas de gelo no mar fossem ignorado. (E) Que as vítimas do Titanic não sejam esquecido. Resposta: A Comentário: A alternativa (A) está correta,pois obedece às regras de concordância nominal: o núcleo do sujeito (aventura) concorda em gênero com o predicativo (interrompida). Nas demais alternativas o correto é: (B), Incidentes e acidentes devem ser previstos...; (C), As tecnologias da comunicação precisam ser compartilhadas; (D), A arrogância fez com que os alertas de gelo no mar fossem ignorados; (E), Que as vítimas do Titanic não sejam esquecidas. Leia o texto para responder às questões de números 12 a 17. Soa improvável, sei, mas de acordo com alguns autores a maior ameaça à humanidade não são as bombas nucleares nem as mudanças climáticas. São os computadores. Dizem que eles ficarão mais inteligentes do que a gente, se isso já não aconteceu, e assumirão o controle. Sempre achei essa ideia duvidosa. Consigo entender o perigo dos explosivos atômicos, e as mudanças climáticas me aterrorizam, mas os computadores? Basta puxar o fio da tomada. Ou não. Foi o que pensei, dia desses, durante um evento sobre energia renovável. Falava um doutor inglês dos mais competentes. Logo mais, dizia ele, vamos economizar eletricidade através de informática caseira. Ela vai nos cobrar tarifas diferenciadas de acordo com a função de cada eletrodoméstico e o horário. Ligar o secador de cabelo na hora do pico, entre 18 e 22 horas, por exemplo, vai custar uma nota. Já quem quiser ver televisão durante a manhã vai pagar pouco. Os preços serão organizados por um telão feito pela Nintendo, ou, talvez, outro fabricante de videogames ou celulares, explicou. Todos nós poderemos competir para ver quem economiza mais energia. Não estou inventando nada. Ouvi tudo isso do inglês. Ganharemos pontos — e dinheiro — se, por exemplo, deixarmos de utilizar a escova de dentes elétrica, optando pelo modelo manual. Tive uma revelação paranoica nesse momento. É assim que as máquinas tomam o poder, pensei. Mas logo afastei a ideia. Sou fã da informática. Gosto dos computadores, até mais do que eles gostam de mim, desconfio. (Matthew Shirts, O jacaré e o computador, http://vejasp.abril.com.br. Adaptado) 12. No texto, o autor relata: (A) a experiência de testar computadores projetados para realizar tarefas domésticas. (B) a recente descoberta de que as máquinas são capazes de controlar alterações climáticas. (C) um pensamento que teve acerca da informática, durante um evento sobre energia renovável. (D) a recente notícia de que já se fabricam computadores mais letais do que os explosivos atômicos. (E) os ensinamentos de um palestrante a respeito de mudanças climáticas que ameaçam a humanidade. Resposta: C Comentário: No segundo parágrafo, o autor relata: “ Foi o que pensei, dia desses, durante um evento sobre energia renovável.” Portanto, ele teve um pensamento e não uma experiência, descoberta, notícia ou ensinamentos de um palestrante. 13. No trecho — Dizem que eles ficarão mais inteligentes do que a gente, se isso já não aconteceu, e assumirão o controle. (1.º parágrafo) — a expressão destacada pode ser substituída, sem prejuízo do sentido do texto, por: (A) como isso já não acontecia. (B) portanto isso já não aconteça. (C) embora isso já não acontecesse. (D) em vista disso já não acontecer. (E) caso isso já não tenha acontecido. Resposta: E Comentário: A expressão destacada inicia‐se pela conjunção condicional se, a mesma relação de condição se aplica à conjunção caso na alternativa (E). 14. Segundo afirmação no primeiro parágrafo do texto, o autor sempre considerou _________ a ideia de que os computadores são a maior ameaça à humanidade. Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna do texto. (A) acertada (B) questionável (C) consistente (D) brilhante (E) plausível Resposta: B Comentário: O autor coloca em dúvida a ideia de que os computadores são a maior ameaça à humanidade no seguinte trecho do texto: “Sempre achei essa ideia duvidosa”, portanto se a ideia é duvidosa, é também questionável. 15. De acordo com o doutor inglês, no futuro, (A) o consumo de energia será tarifado por meio da informática caseira. (B) os aparelhos elétricos serão tão econômicos quanto os aparelhos manuais. (C) o uso de eletrodomésticos será proibido entre 18 e 22 horas. (D) os computadores serão projetados para operarem sem energia elétrica. (E) os eletrodomésticos serão vendidos por fabricantes de videogames ou celulares. Resposta: A Comentário: De acordo com o autor, o doutor inglês dizia que no futuro, “vamos economizar eletricidade através de informática caseira. Ela vai nos cobrar tarifas diferenciadas de acordo com a função de cada eletrodoméstico e o horário.” Portanto, a alternativa correta é a letra A. 16. A partir da leitura do último parágrafo, é correto concluir que o autor (A) gosta da ideia de que as máquinas sejam capazes de assumir o controle. (B) imagina ser beneficiado se um dia as máquinas controlarem a humanidade. (C) deixa‐se convencer de que ter as máquinas no comando é uma ótima ideia. (D) associa a ideia de que as máquinas possam tomar o poder a uma revelação paranoica. (E) alegra‐se com a descoberta de que já está sendo controlado pelas máquinas. Resposta: D Comentário: Podemos concluir que o autor ao se deparar com a inteligência dos computadores teme que as máquinas possam substituir o ser humano e relaciona essa ideia comparando com uma revelação paranoica. 17. Na frase — Sou fã da informática. — a expressão em destaque pode ser corretamente substituída, no que se refere à regência nominal, por: (A) favorável com a (B) favorável pela (C) favorável da (D) favorável à (E) favorável na Resposta: D Comentário: A palavra favorável rege a preposição a, por exemplo: “Ela é favorável a passeios noturnos.” Considerando a preposição a exigida por favorável, notamos que o termo regido (informática) é feminino, portanto ocorre aqui um caso do fenômeno da crase. 18. Assinale a alternativa correta quanto à concordância das formas verbais em destaque. (A) Haviam mais de mil pessoas participando do evento sobre energia renovável. (B) Devem ser duas da tarde e a palestra do pesquisador inglês começará em instantes. (C) Apareceu muitos convidados ilustres para ouvirem o especialista falar. (D) Pode existir muitas máquinas capazes de substituir os homens em algumas funções. (E) Vão fazer anos que a informática deixou de ser usada apenas em situações de trabalho. Resposta: B Comentário: Em (A), o verbo haver quando empregado com o sentido de existir, fica no singular, independentemente do tempo verbal; em B, na locução verbal, o verbo auxiliar (devem) concorda com as horas (duas da tarde...), portanto alternativa correta; em (C), o verbo (aparecer) deve concordar com o sujeito (muitos convidados ilustres), ou seja, o correto é Apareceram muitos convidados...; em (D), na locução verbal, o verbo auxiliar (pode) concorda com o sujeito (muitas máquinas...), o correto é “podem existir muitas máquinas...”; em (E), quando o verbo fazer é associado a outro na indicação de tempo vem sempre no Singular, sendo assim, o correto é “Vai fazer anos...” 19. A colocação pronominal está de acordo com a norma‐padrão da língua portuguesa em: (A) Ainda espera‐se que o homem tenha controle sobre as máquinas. (B) Os explosivos atômicos são perigos que impõem‐se à humanidade. (C) Já não imagina‐se um futuro sem a presença das máquinas. (D) Ninguém considera‐se ameaçado por seu próprio computador. (E) O doutor inglês especializou‐se no estudo de energias renováveis. Resposta: E Comentário: Podemos notar que o pronome se é colocado em todas as alternativas após o verbo, nesse caso chamamos de ênclise este tipo de colocação. Com exceção da alternativa E, em todas as outras alternativas temos palavras que atraem o pronome para si, como em (A), o advérbio ainda; em (B) o pronome relativo que; em (C) e (D) palavras negativas não e ninguém respectivamente, devendo ocorrer assim a próclise que é a colocação do pronome antes do verbo. 20. Assinale a alternativa em que o acento indicativo de crase está empregado corretamente. (A) Houve um congresso dedicado à discussão da sustentabilidade. (B) Vários especialistas foram convidados à participar do evento. (C) A palestra do inglês foi tão interessante que agradou à todos. (D) Após a palestra, ele respondeu à uma série de perguntas. (E) Haverá um novo encontro para voltarmos à esse tema. Resposta: A Comentário: Em (A), a palavra dedicado rege a preposição a que se funde com o artigo exigido pelo substantivo feminino discussão, ocorrendo assim o fenômeno da crase. Nas demais alternativas não usamos a crase: em (B), antes de verbo no infinitivo (participar); em (C), antes de pronome indefinido (todos); em (D); antes do artigo indefinido (uma) e em (E), antes de pronome demonstrativo (esse). Leia o texto para responder às questões de números 21 a 25. Cidadania e igualdade Mais do que em outras épocas da nossa história, o momento em que ingressamos num novo século exige a construção da cidadania e a implementação dos direitos humanos como tarefa de urgência. Realizá‐la implica uma série de atitudes que envolvem, antes de mais nada, o indivíduo, o seu grupo, a comunidade e os diversos segmentos da sociedade. Impõe‐se a cada pessoa o desafio de acreditar ‐ ou voltar a acreditar, se perdeu tal crença ‐ na possibilidade de uma sociedade justa e solidária, exercitando uma nova consciência crítica, conhecendo a realidade em suas várias nuances e mudando o que precisa ser mudado para uma vida melhor. Ter consciência crítica significa também saber analisar, com realismo, as causas e os efeitos das situações que precisam ser enfrentadas, para, a partir dessa atitude, descobrir os melhores caminhos na busca da transformação social, política, econômica e cultural. Significa, do mesmo modo, abrir‐se para as mudanças e capacitar‐se, de todas as formas, para absorvê‐
las. Há hoje cada vez mais espaços para ações de parceria voltadas ao desenvolvimento sustentado e à realização dos direitos humanos. O desafio apresenta‐se de duas formas. De um lado, é preciso abrir‐se para além dos círculos fechados em que as pessoas normalmente vivem, estimulando o respeito e a cooperação por uma sociedade com menores desigualdades, e de outro, para exercer o direito de cobrar das instituições do Estado a sua responsabilidade na preservação dos direitos humanos. O desafio essencial de cada um de nós é e sempre será fazer respeitar a nossa condição de ser humano vocacionado a uma vida digna e solidária. O princípio de igualdade é a base da cidadania e fundamenta qualquer constituição democrática que se proponha a valorizar o cidadão. Não é diferente com a nossa. Na Constituição de 1988, o direito à igualdade destaca‐se como tema prioritário logo em seu artigo 5º : ''Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo‐se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (...)'' (Guia Cidadania e Comunidade) 21. A realização da ''tarefa de urgência'', de que trata o primeiro parágrafo do texto, exige (A) iniciativas enérgicas por parte do poder estatal. (B) a defesa do convívio em círculos sociais restritos. (C) uma nova reforma constitucional. (D) uma alteração no fundamento da Constituição de 1988. (E) novas atitudes dos indivíduos e dos grupos sociais. Resposta: E Comentário: Segundo o autor, “o momento que ingressamos num novo século exige a construção da cidadania e a implementação dos direitos humanos como tarefa de urgência”. Há, assim, a necessidade de uma nova postura, uma nova atitude mais arrojada para encarar as dificuldades dos novos tempos. 22. Considere as seguintes afirmações: I. As ''duas formas'' de desafio de que trata o 3o parágrafo acentuam a importância do papel da iniciativa do Estado. II. A frase Não é diferente com a nossa, no penúltimo parágrafo, lembra que o princípio da igualdade é básico também na Constituição brasileira. III. O direito à igualdade, tratado no artigo 5o da Constituição de 1988, é amplo em relação aos cidadãos brasileiros e restrito em relação a todos os demais. Em relação ao texto, está correto o que se afirma em (A) I, somente. (B) II, somente. (C) I e II, somente. (D) II e III, somente. (E) I, II e III. Resposta: B Comentário: Em I, trata da importância do papel da iniciativa das pessoas e não do Estado; Em II, o princípio da igualdade é base para qualquer constituição democrática, assim como a brasileira, portanto está correto; em III, o direito de igualdade se estende também aos estrangeiros residentes no país, portanto não é restrito aos demais. Somente a II está correta. 23. O texto manifesta a necessidade premente de se evitar (A) uma análise realista das causas e efeitos das situações que precisam ser enfrentadas. (B) a prática de cobrar de setores do Governo suas responsabilidades constitucionais. (C) a tendência de se viver no interior de círculos sociais fechados e estanques. (D) a discriminação social, a não ser nos casos previstos no artigo citado da atual Constituição. (E) qualquer desafio que diga respeito a mudança de atitude ou de hábitos tradicionais. Resposta: C Comentário: Segundo o texto, é preciso abrir‐se para além dos círculos fechados em que as pessoas normalmente vivem. Sendo assim, o texto prega que se evite a tendência de viver no interior de círculos fechados. 24. No contexto do 1o parágrafo, os elementos que constituem a enumeração o indivíduo, o seu grupo, a comunidade e os diversos segmentos sociais (A) estão dispostos numa ordem casual e arbitrária. (B) obedecem à sequência lógica do mais geral para o mais particular. (C) são todos eles alternativos e excludentes entre si. (D) estão dispostos numa progressão do particular para o geral. (E) são todos eles sinônimos entre si. Resposta: D Comentário: os elementos dispostos estão colocados numa progressão do restrito para o amplo, ou seja, do particular (indivíduo) para o geral (diversos segmentos sociais). 25. Considerando‐se o contexto, traduz‐se corretamente o sentido de uma frase do texto em: (A) em suas várias nuances = em seus diversos aspectos. (B) implementação dos direitos humanos = preservação da assistência humanitária. (C) vocacionado a uma vida solidária = ambientado no regime da privacidade. (D) tema prioritário = questão de alguma relevância. (E) inviolabilidade do direito à vida = protelação da garantia de vida. Resposta: A Comentário: A palavra nuance significa detalhe, característica distinta e de acordo com o contexto várias nuances e diversos aspectos possuem o mesmo sentido. 26. Sentou‐se ___ mesa e pôs‐se ___ reescrever uma ___ uma as páginas do trabalho. (A) a / a / à (B) a / à / à (C) à / a / a (D) à / à / à (E) à / à / a Resposta: C Comentário: Ocorre crase em locuções adverbiais de lugar (à mesa); não se usa a crase antes de verbos no infinitivo (a reescrever); não ocorre crase com as expressões formadas de palavras repetidas (uma a uma). 27. Assinalar a opção que apresenta ERRO na colocação pronominal: a) Nunca me importei com esse assunto. b) Quando se levantou, olhou‐me fixamente. c) A mãe jamais o entendeu. d) Todos a querem para o trabalho escolar. e) Não falar‐lhe‐ei a teu respeito. Resposta: E Comentário: (A) está correta porque nunca (advérbio) é palavra de atração (advérbio); (B) está correta porque quando é palavra de atração; após vírgula, o pronome vem depois do verbo; (C) está certa porque jamais é palavra de atração (advérbio de tempo); (D) temos o pronome indefinido todos atraindo o pronome oblíquo átono. (E) está errada, pois o advérbio não atrai o pronome; o correto é: Não lhe falarei a teu respeito. 28. Indique a alternativa correta: (A) Tratavam‐se de questões fundamentais. (B) Comprou‐se terrenos no subúrbio. (C) Precisam‐se de datilógrafas. (D) Reformam‐se ternos. (E) Obedeceram‐se aos severos regulamentos. Resposta: D Comentário: A alternativa (D) está correta, visto que o “se” é classificado como pronome apassivador, tendo como sujeito da oração a palavra “ternos”; somente os verbos transitivos diretos têm voz passiva, assim, podemos dizer ternos são reformados. (A), (C) e (E) estão incorretas porque verbos transitivos indiretos com a partícula se devem ficar no singular (respectivamente Tratava‐se, Precisa‐se, Obedeceu‐se); (B) está incorreta porque o verbo transitivo direto (comprou) deve concordar com o termo que recebe a ação (terrenos), assim Compraram‐se terrenos... 29. Indique onde há erro de regência nominal: (A) Ele é muito apegado em bens materiais. (B) Estamos fartos de tantas promessas. (C) Ela era suspeita de ter assaltado a loja. (D) Ele era intransigente nesse ponto do regulamento. (E) A confiança dos soldados no chefe era inabalável. Resposta: A Comentário: Na alternativa (A) a palavra apegado rege a preposição a e não em. O correto é “ Ele é muito apegado a bens materiais.” As demais apresentam regência correta. 30. Assinale a alternativa correta quanto à pontuação. (A) Os alunos, inquietos, esperavam o resultado da prova; (B) Inquietos, os alunos esperavam, o resultado da prova; (C) Os alunos, esperavam inquietos o resultado da prova; (D) Os alunos, esperavam, inquietos, o resultado da prova; (E) Os alunos inquietos o resultado do prova esperavam. Resposta: A Comentário: Alternativa (A) está correta. Inquietos funciona como predicativo do sujeito, conferindo uma característica transitória ao termo "os alunos"; portanto, por estar deslocado, é obrigatório o uso das vírgulas. Alternativa (B) está incorreta porque não se pode separar o verbo "esperar" do seu objeto direto "o resultado". Alternativa (C) está incorreta porque não se separa por vírgula o sujeito do seu predicado. Alternativa (D) está incorreta porque sujeito e predicado estão separados por vírgula, o mesmo que aconteceu na alternativa anterior. Alternativa (E) está incorreta, o predicativo do sujeito (inquietos) por conferir uma característica transitória, à frase, deve figurar entre vírgulas. 
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