Alunos rumam cada vez mais às universidades estrangeiras Universidades enviam para fora e recebem cada vez mais alunos de dezenas de nacionalidades. Pode dizer -se que a grande conquista de Bolonha foi a mobilidade aos vários níveis: os aluno mudam de país durante o curso, terminam a licenciatura e vão fazer o mestrado noutra faculdade e se quiserem podem fazer o mestrado numa área totalmente diferente da da licenciatura. tes de Bolonha. Tudo isso não era possível anEra preciso voltar atrás, ao 1 Q ano da licenciatura para mudar de área, mudar de faculdade era uma dor de cabeça e ir para fora do país estudar não era prática co- mum como é actualmente. De ano para ano aumenta o número de alunos universitários que vão estudar para o estrangeiro durante o seu período de estudos, seja através do Programa Erasmus ou de outros similares. O mesmo se passa no sentido inverso, cada vez mais estudantes dezenas de nacionalidades, nos óbvias, como chineses estudar para Portugal. "O grau de internacionalização des, em minha opinião, estrangeiros e de incluindo as meou indianos, vêm das universida- é o principal reflexo da evolução registada no ensino superior português na última década", defende José Marques dos Santos, reitor- da Universidade do Porto. E no caso do ensino superior significa "ser capaz de atrair estudantes, docentes e investigadores estrangeiros bem como ter capacidade para promover a mobilidade da internacionalização comunidade projectos académica, para participar em internacionais de investigação, para redes globais de intercâmbio de co- integrar nhecimento, para concorrer a programas de financiamento comunitários e extracomunitá- rios, para desenvolver actividades de I&D com projecção na comunidade científica mundial", acrescenta José Marques dos Santos. Silva, reitor da Universidade de resume a ideia: "o ensino superior português atingiu um nível internacional graJoão Gabriel Coimbra, ças às suas melhores universidades com capacidade para se compararem bem com grandes universidades europeias" . Provas disso mesmo são, por um lado, as presenças das universidades portuguesas que au- mentam nos 'rankings 5 internacionais e a chegada de cada vez mais alunos estrangeiros a Portugal para completar os seus estudos superiores, fazendo aumentar também o número de aulas leccionadas em inglês. "Portugal pelo seu clima, estilo de vida e qualidade aca- démica apresenta vantagens competitivas muito importantes no mercado global do ensino superior", defende Daniel Traça, director adjunto da Nova SBE. ¦ C.C. Preços variam muito Com o tecto máximo do preço da propina pública fixado pelo Governo (1065,72 euros), sobra às universidades os mestrados e restante oferta pós- -graduada para aplicarem as regras de mercado e cobrarem livremente. E o prestígio da escola conta muito na hora de definir o preço dos cursos. Ou seja, nas universidades mais . conceituadas e com presença nos rankings' internacionais pode esperar pagar mais. As faculdades alegam que o retorno em termos de credibilidade e empregabilidade compensa o investimento. Por exemplo, um mestrado (dois anos pré-experiência de programa) pode custar cerca de 2.500 euros ou chegar a perto de 12.500 euros. Um MBA pode custar 2.700 euros anuais ou 35 mil euros, neste caso o programa completo.