MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR DIRETORIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA PRESENCIAL – DEB ANEXO II Edital Pibid n° 11/2012 CAPES PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA - PIBID DETALHAMENTO DO SUBPROJETO (Licenciatura em Matemática) 1. Nome da Instituição UF Universidade Federal do Rio Grande do Norte RN 2. Subprojeto de Licenciatura em: Matemática / Campus de Caicó 3. Coordenador de Área do Subprojeto: Nome: Adriano Thiago Lopes Bernardino CPF: 046446934-13 Departamento/Curso/Unidade: Ciências Exatas e Aplicadas/Licenciatura em Matemática/Centro de Ensino Superior do Seridó (CERES) Endereço residencial: Rua Irmã Maura, 158A, Boa Esperança. CEP: 59140-560 Telefone: DDD (84) 94233974 E-mail: [email protected] Link para o Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4363509444505545 4. Apresentação da proposta (máximo 1 lauda) Nos últimos anos, reformulações curriculares e novas propostas pedagógicas se fazem presentes nos meios escolares. Exemplo disso são os documentos oficiais apresentados na forma de “parâmetros” e “referenciais” curriculares que têm por objetivo veicular tais propostas. Nesse contexto, inserem-se tentativas de reformular o ensino da Matemática e ajustam-se ideias sobre relações que devem ser estabelecidas entre professores e os alunos ao interagirem no Saber Matemático e fora dele. Contudo, estes três elementos que compõem a situação didática (professor, estudante, Saber) não dão conta da totalidade do processo educativo, nos aspectos tanto psicológico, quanto relacional e ainda social e econômico. O problema, na Educação, especialmente na Educação Matemática é desenvolver atividades voltadas para o ensino e a aprendizagem de um conteúdo específico, porém, de maneira significativa e adequada, para quem aprende, para quem ensina. Assim, um aspecto importante a ser analisado na criação de situações de ensino, entre estas, as aulas, é o problema da apresentação do conteúdo em um contexto motivador para o aluno e também para o professor ou, caso contrário, perde-se a dimensão de seus valores educativos, na prática inseparáveis dos relacionamentos humanos e das aspirações pessoais. Esse aspecto se apresenta como um verdadeiro desafio para os futuros professores, bem como para os professores em exercício: fomentar situações didáticas dentro de uma dimensão humana ampla que envolva o prazer, por suposto, de aprender, de trabalhar o Saber, propiciando o sentimento de que os esforços envolvidos compensam. A busca de uma possível solução do problema apresentado acima pressupõe um ensino de Matemática com participação ativa de quem aprende. Isto dependerá do significado das situações que serão propostas, dos vínculos que os estudantes estabelecerem entre os conceitos envolvidos e também dos conceitos que dominam ou conseguirão elaborar no momento da aprendizagem. Pensamento, observação, formulação de conjecturas e hipóteses, busca de respostas para problemas diversos que lhes são apresentados, são elementos nesse processo onde são conduzidos a apreciar sua própria valorização pessoal que resulta do processo de aprender, de seu esforço, enfim. 1 A decisão de tornar efetiva a participação dos estudantes no processo de ensino e aprendizagem requer a adoção de procedimentos ajustados às possibilidades de raciocínio dos estudantes, mas considerando o aspecto formativo que se fundamenta na existência de metas a serem alcançadas por todos, estudantes e professores. O valor central com o qual se trabalha é o Saber Matemático: há uma tarefa de se aprimorar no domínio e uso deste saber (tanto estudantes quanto professores) e o motivo básico das situações didáticas é permitir o trabalho conjunto para se alcançar esta meta. De fato, a possibilidade de aprendizado dos estudantes não pode ser o único parâmetro para formulação das situações didáticas, porque é preciso obter-se, também, formação real, crescimento dos sujeitos envolvidos, construção de habilidades e competências dentro de padrões adequados: qualidade. As dificuldades encontradas na busca do justo equilíbrio ao lidar com os fatores antagônicos mencionados, certamente darão subsídios para uma reflexão crítica sobre a prática docente. É importante mencionar que os indicadores das condições de trabalho e das expectativas profissionais dos professores em exercício e a clareza das circunstâncias em que se encontram os alunos da escola pública acrescentam ao caráter desafiador do trabalho que se pretende desenvolver. Contrariamente a outros projetos e programas importantes nos quais a UFRN está envolvida, por exemplo, o Seminário de Iniciação à Docência (promovido pela Pró-reitoria de Graduação), a Semana de Matemática da UFRN e a Olimpíada de Matemática do Rio Grande do Norte (promovidas pelo Departamento de Matemática da UFRN), a OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas), a OBM (Olimpíada Brasileira de Matemática), o PAPMEM (Programa de Aperfeiçoamento Para Professores de Matemática do Ensino Médio), o presente subprojeto leva os estudantes de Licenciatura em Matemática à prática escolar, propiciando visão integrada dos diferentes níveis de ensino (básico e superior). A proposta de iniciação à docência, aqui apresentada, concentra-se na formação e profissionalização docente: ainda estudante universitário, o futuro professor vivenciará e experimentará situações que lhe permitirão compreender seu papel no processo de ensino e aprendizagem no nível básico. Além disso, o professor em exercício precisa dar importância tanto ao ensino de conteúdos matemáticos, quanto ao desenvolvimento da capacidade geral de aprendizagem de seus alunos. Ao assumir esse papel, que um dia será o seu papel profissional, aperceber-se-á da necessidade de equilibrar ação e reflexão, na prática de auxiliar os alunos a construírem conceitos matemáticos. As ações deste subprojeto são melhores entendidas levando-se em conta seu objetivo geral e seus objetivos específicos, detalhados a seguir: Objetivo Geral Proporcionar os meios para o desenvolvimento da iniciação à docência de futuros professores, do curso de licenciatura em Matemática, para atuarem no âmbito da educação básica, mais precisamente, o ensino médio; propiciando aos professores de Matemática em exercício nas escolas uma reflexão crítica sobre a prática docente e fomentando ações que levem os alunos das escolas a se sentirem seguros na própria capacidade de construir conhecimentos matemáticos. Objetivos específicos a) desenvolver experiências metodológicas e práticas docentes de caráter inovador que se orientem para a superação de problemas identificados no processo ensino-aprendizagem da matemática; b) explorar aspectos metodológicos direcionados para o ensino da matemática por meio do uso de materiais manipuláveis e de jogos, de modo a dar significado aos conteúdos matemáticos, dinamizando a aprendizagem; c) discutir e planejar atividades didáticas, incorporando o uso de recursos tecnológicos no contexto de ensino e aprendizagem de conceitos matemáticos; d) incentivar o diálogo entre os futuros professores e professores atuantes na rede pública, colaborando para a reflexão sobre alternativas de formas de trabalho que visem à melhoria do ensino da matemática; e) valorizar o espaço da escola pública como campo de experiência para a construção do conhecimento na formação de professores para a educação básica; f) elevar a qualidade das ações acadêmicas voltadas à formação inicial de professores nos cursos de Licenciatura em Matemática. Neste subprojeto vamos trabalhar com dois professores supervisores e quinze bolsistas de iniciação à docência. 5. Ações Previstas A resolução de problemas se apresenta com uma importante estratégia para o ensino da matemática. Durante o processo de formação inicial, e também continuada, o professor deverá compreender a 2 importância dessa estratégia. Ele deverá adquirir a habilidade de resolver situações-problema, saber validar procedimentos e resultados, desenvolver formas de raciocínio como: intuição, indução, dedução, analogia, estimativa e utilizar conceitos e procedimentos matemáticos. Para que tal perspectiva se efetive, na prática docente, o professor deverá utilizar procedimentos de investigação, tendo como pressuposto a dinâmica da ação/reflexão/ação. Entretanto, nas aulas de matemática é possível observar, muitas vezes, falta de habilidade ou cuidado do professor em utilizar procedimentos de investigação sobre a própria prática. Com a intenção de desenvolver tal habilidade, de elevar a qualidade das ações acadêmicas voltadas à formação inicial de professores nos cursos de licenciatura e elevar, também, a qualidade do ensino na referida escola da rede pública, previu-se a realização das seguintes ações: a) aprofundar as reflexões sob pontos de vista epistemológico, filosófico e didático-pedagógico a respeito das tendências em ensino da Matemática, envolvendo o professor coordenador, os estudantes bolsistas e o professor supervisor deste subprojeto; b) diagnosticar e caracterizar as perspectivas didático-pedagógicas adotadas nas escolas participantes deste subprojeto e também as dificuldades e os problemas relacionados ao ensino da matemática encontrados pelos sujeitos nele envolvidos; c) planejar e realizar encontros periódicos entre os alunos bolsistas e os professores supervisores comprometidos com este subprojeto de modo a propiciar uma troca de experiências sobre questões ligadas ao cotidiano da sala de aula; d) planejar, a partir das necessidades identificadas na escola, atividades de ensino inovadoras tendo como referência as orientações contidas nos documentos legais para a Educação Básica, assim como os resultados das pesquisas relativas ao ensino e aprendizagem da Matemática; e) implementar ações de ensino, prevendo o uso de materiais didáticos diversos que possam apoiar as atividades a serem desenvolvidas pelos estudantes de licenciatura em Matemática, coordenador deste subprojeto, professor supervisor e alunos da escola participante deste subprojeto; f) criar condições para instigar a investigação sobre a prática docente, tendo como pressuposto a dinâmica da ação/reflexão/ação; g) promover o acompanhamento de estudos na escola, auxiliando os estudantes da educação básica com dificuldades de aprendizagem, retomando conteúdos ou explorando novas abordagens metodológicas que possibilitem uma melhor compreensão conceitual; h) articular com as demais áreas do conhecimento envolvidas no Projeto Institucional ações conjuntas que propiciem a realização de atividades interdisciplinares que podem se efetivar por meio de projetos de ensino; i) realizar eventos para divulgar, tanto nas escolas participantes como na Universidade, as diferentes ações desenvolvidas de modo a valorizar a participação e o empenho de todos os sujeitos envolvidos neste subprojeto de Matemática; j) avaliar o resultado das ações desenvolvidas nas escolas para a melhoria da formação inicial e continuada dos professores e qualidade do ensino desenvolvido nas escolas, na área de matemática. Delineou-se um conjunto de ações que visa à participação ativa de todos os integrantes deste subprojeto de Matemática na busca de uma educação pública de qualidade. 6. Resultados Pretendidos Para a formação dos licenciados em Matemática e para a melhoria da qualidade da educação básica da escola pública espera-se que: a) os estudantes que optam pela carreira docente em Matemática tenham sido incentivados a promover a melhoria da qualidade da educação básica; b) os futuros professores de matemática tenham participado de ações, experiências metodológicas e práticas docentes inovadoras, articuladas com a realidade local da escola; c) o contato mais direto dos componentes deste subprojeto de matemática com a realidade atual do ensino básico desencadeie uma proposta de ações futuras que visem a aumentar a qualidade do ensino da matemática e a qualidade da formação inicial de professores de matemática; 3 d) a formação continuada de professores de matemática para a educação básica, especialmente para o ensino médio, tenha sido incentivada; e) a autonomia pedagógica dos alunos de licenciatura em matemática e dos professores de matemática em exercício tenha sido promovida, bem como tenham sido aprimoradas suas ações pedagógicas; f) a qualidade das ações acadêmicas voltadas à formação inicial de professores no curso de licenciatura em matemática tenha sido elevada a patamares mais adequados; g) a integração da educação superior com a educação básica no ensino médio, no que diz respeito à matemática, tenha sido implementada; h) o desenvolvimento de experiências metodológicas e práticas docentes de caráter inovador tenham se efetivado; i) o uso de recursos de tecnologia da informação e da comunicação tenha orientado a superação de problemas identificados no processo ensino-aprendizagem; j) o diálogo com os outros subprojetos tenha ampliando a visão do conhecimento e do currículo do ensino médio, contribuindo de forma positiva para a elaboração de atividades a serem desenvolvidas na escola; k) os alunos da escola participante desenvolvam maior interesse pela matemática; l) os professores supervisores tenham tido a possibilidade de refletir e modificar suas ações docentes. 7. Cronograma específico deste subprojeto Atividade Seleção dos bolsistas Seleção dos professores supervisores nas escolas Diagnóstico da realidade escolar Planejamento das ações previstas neste subprojeto Início das ações previstas neste subprojeto Participação no V Encontro Integrativo do PIBID-UFRN Reunião para avaliação parcial do subprojeto Reinício das ações previstas neste subprojeto Participação no VI Encontro Integrativo do PIBID-UFRN Elaboração de relatório final 8. Outras informações relevantes (quando aplicável) Mês de início Mês 01 Mês 01 Mês 01 Mês 02 Mês 02 Mês 05 Mês 06 Mês 07 Mês 11 Mês 12 Mês de conclusão Mês 01 Mês 01 Mês 01 Mês 02 Mês 05 Mês 05 Mês 06 Mês 11 Mês 11 Mês 12 Referências BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais : Matemática. Brasília: MEC/SEF, 1998. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. Brasília: MEC/SEMTEC, 1999. 4v. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Orientações curriculares para o ensino médio. Brasília: MEC/SEB, 2006. 3v. D’AMBROSIO, U. Conteúdo nos cursos de formação de professores de matemática. Disponível em <http://vello.sites.uol.com.br/conteudo.htm>. D’AMBROSIO, U. Formação de professores: o comentarista crítico e o animador cultural. Disponível em <http://vello.sites.uol.com.br/formar.htm>. National Council of Teachers of Mathematics. Principles and standards for school mathematics. Reston, VA: NCTM, 2000. 4