Anais do 2º Seminário Baiano de Solos. Volume 2, número 2, fascículo 2, série 2. Ilhéus-BA, 2013. Resumo.
Meio de divulgação magnético. Homepage do evento: http://sbsolos.webnode.com//. Classificação do evento:
regional. ISSN 2238-829X. Editora PET Solos: agregando saberes.
INFLUÊNCIA DA COBERTURA MORTA NO CONTROLE DA TEMPERATURA E NA
MANUTENÇÃO DA UMIDADE DO SOLO NO CULTIVO DE FEIJÃO FRADINHO (VIGNA
UNGUICULATA L.)
DJALMA SILVA PEREIRA1; GILCA DOS SANTOS VELOSO2; AMANDA SOUZA PINHEIRO DE
MATOS2
Resumo: O feijão fradinho (Vigna unguiculata L.) é uma espécie que não tolera a falta nem o excesso de água e
elevadas temperaturas, durante os períodos de desenvolvimento e floração. O excesso de temperatura e a falta de
água podem ocasionar redução na produtividade do feijoeiro. O uso de cobertura morta no solo tem se mostrado
uma prática eficiente para proteger o solo de processos erosivos, como também manter a temperatura estável e
reduzir as perdas de água. O objetivo deste trabalho foi avaliar a temperatura e a umidade em solo cultivado com
feijão fradinho (Vigna unguiculata L.) com e sem cobertura morta, e solo sob vegetação em regeneração. O
estudo foi realizado durante os meses de fevereiro a maio de 2013 em um Latossolo Amarelo na Estação
Agroecológica da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), na cidade de Cruz das Almas. Foram
avaliadas três áreas distintas, a saber: área do cajueiro (Anacardium occidentale) (T1), onde houve histórico de
manejo, atualmente encontra-se uma vegetação em regeneração sem interferência humana; área do plantio do
feijão fradinho (Vigna unguiculata L.) com cobertura morta (T2); e área do plantio do feijão fradinho (Vigna
unguiculata L.) sem cobertura morta (T3). O plantio do feijão fradinho foi realizado em uma área, que foi
dividida em duas parcelas de 25m2. Na área T2 fez-se a cobertura do solo com restos culturais, enquanto no T3 o
solo foi deixado descoberto. As amostras de solos foram coletadas em duas profundidades (0-10 e 10-20 cm) em
duas épocas distintas: antes do plantio do feijão, em fevereiro de 2013, e antes da colheita, em abril de 2013. A
umidade foi determinada pela metodologia da Embrapa. A temperatura foi avaliada através de um termômetro
digital durante o mês de março. A temperatura do solo nas três áreas variou conforme as horas do dia, sendo os
horários do início da tarde em que os solos apresentaram temperaturas mais elevadas, o T3 foi a área que
apresentou as maiores temperaturas e o T1 a área que apresentou menores valores. A área do cajueiro (T1)
apresentou as menores temperaturas devido à copa das árvores que é maior, assim a incidência dos raios solares
sobre o solo diminui. O T2 apresentou temperaturas um pouco abaixo do T3 devido à cobertura do solo com a
palhada. Em fevereiro o teor de umidade foi superior no T3 na profundidade de 0-10 cm, o T2 apresentou menor
teor de umidade nesta profundidade. Na profundidade 10-20 cm o maior teor de umidade foi observado no T3 e
o menor no T1, devido a interceptação, no T1 a água da chuva fica temporariamente retida na copa das árvores
do cajueiro. Em abril o T2 apresentou teor de umidade superior às demais áreas nas duas profundidades devido à
cobertura morta depositada sobre o solo. Na profundidade 0-10 cm o T1 apresentou menor teor de umidade
devido à interceptação da água da chuva, entretanto na profundidade 10-20 cm o T1 apresentou teor de umidade
um pouco acima do T3. Solos protegidos com cobertura possuem menores temperaturas e maior teor de umidade
em relação a solos descobertos. A cobertura do solo protege do impacto direto da chuva e dos raios solares.
Palavras-chaves: evapotranspiração; manejo do solo; leguminosas.
1
Graduando em Tecnologia em Agroecologia pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
(UFRB), Estagiário da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, [email protected];
2
Graduandas em Tecnologia em Agroecologia pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
(UFRB).
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