10 JORNAL DE BRASÍLIA Brasília, quarta-feira, 27 de agosto de 2014 Opinião. Ar tigos Charge Envie suas sugestões de reportagem, imagens e vídeos para o nosso WhatsApp Ranking Luiz Gonzaga Bertelli Presidente executivo do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) No ranking da ONU que aponta o índice de desenvolvimento humano (IDH) referente a 2013, divulgado recentemente, o Brasil saiu da 80ª posição para a 79ª. Apesar de continuar em um processo de evolução – o IDH brasileiro aumentou 36,4% desde a década de 1980 –, o avanço de uma posição apenas indica que o ritmo está bem mais lento. Para se ter ideia, o País ficou atrás de nações como Ilhas Maurício, Cazaquistão, Irã e Cuba. Os campeões, a anos-luz de distância, foram Noruega, Austrália, Suíça, Holanda, Estados Unidos e Alemanha. Já os 18 últimos colocados do levantamento são países africanos. Na comparação com nossos vizinhos, o IDH brasileiro é inferior à média da América Latina em educação e expectativa de vida. Os países com mais alto grau de desenvolvimento da região são Chile (41º), Cuba (44°) e Argentina (49.°). A posição do Governo Federal é que os números utilizados pela ONU não são atualizados, o que faria com que o Brasil não subisse tão pouco na tabela. No entanto, o grande vilão do índice brasileiro, segundo a ONU, é a alta taxa de desigualdade de renda, 64% maior do que a média mundial. No ranking que leva 61 9606-4199 em conta só esse item, o país cai 16 posições. Os dados do IDH refletem bem a situação em que o País se encontra. É evidente que houve melhoras na educação nas últimas três décadas. As matrículas no Ensino Fundamental estão praticamente universalizadas, mais adolescentes completam os ensinos Fundamental e Médio, e mais jovens chegam à graduação. Porém, o índice do IDH revela também que essa evolução é lenta para os padrões de uma nação que se coloca entre os sete países com o PIB mais alto do mundo. Apesar dos avanços, existe um entrave pérfido na educação: a qualidade de ensino, que não acompanha padrões aceitáveis, basta ver os baixos índices que alcançamos em exames internacionais, como o Pisa. Diminuindo as desigualdades sociais e investindo em educação, o país dará um grande salto em direção ao desenvolvimento. Não é apenas uma questão de ranking, mas de sobrevivência para uma população cansada dos descasos com educação, saúde e infraestrutura. O CIEE, com experiência de 50 anos, vem ajudando nesse processo, com a formação profissional e capacitação de jovens, e a inserção de milhões deles no mercado de trabalho, por meio do estágio e da aprendizagem. Incoerência Bene Barbosa é bacharel Presidente da ONG Movimento Viva Brasil Com grata satisfação, a sociedade brasileira recebeu a notícia que a presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei nº 13.022. O dispositivo permite o porte de arma de fogo por guardas municipais. Tal atitude resguarda a segurança de milhares de profissionais, pois é nítido que suas funções laborais podem comprometer a segurança deles e das respectivas famílias. Ao lidar com situações perigosas no horário do expediente, o guarda municipal se via refém de possíveis ameaças por parte de criminosos. Feito os cumprimentos, cabe destacar a incoerência exercida pela Presidência da República. No dia 17 de junho, Dilma vetou o porte de arma aos agentes portuários, concedendo apenas para agentes penitenciários e guardas prisionais. A contradição nos permite questionar: a qual linha de raciocínio que o governo segue? A ideológica ou a eleitoreira? Os que trabalham na segurança dos portos teriam a vida menos valiosa que os demais, ou não representam a mesma massa eleitoral formada pelos guardas municipais? Esta é a síntese da equivocada segurança pública no Brasil. As autoridades atuais são guiadas por falácias e teses superadas, como o Estatuto do Desarmamento, e esquecem do primordial: proteger todos os cidadãos de bem e trabalhadores brasileiros. Comentáriosdo com.br Desperdício Veja mais em www.jornaldebrasilia.com.br/charges Car tasdoleitor Cartas para a redação: SIG trecho I - Lote 765 - Brasília - DF CEP 70610-400. E-mail: [email protected]. Inclua nome completo, endereço e identidade. Esclarecimento mas as ideias são eternas. José Lineu de Freitas, Vila Planalto Em nota publicada na edição de ontem, na página 5, em matéria sobre explosão em subestação elétrica da CEB no Conjunto Nacional, o Jornal de Brasília afirma que o subsecretário de Planejamento, Orçamento e Administração do Ministério das Comunicações, Ulysses Melo, “revelou intenção de cobrar os prejuízos materiais da CEB, mas não foi adiante”. Na verdade, a Companhia Energética de Brasília ressarciu o Ministério das Comunicações o valor de R$ 32.089,48, por danos causados por explosão na subestação elétrica da empresa, localizada no subsolo do edifício-sede do órgão. O valor foi ressarcido na fatura da CEB de fevereiro de 2014, com vencimento em março. Assessoria de Comunicação Social, Ministério das Comunicações Já no início das campanhas eleitorais vemos que os candidatos a cargos do Executivo têm prontos e definidos seus, ditos por eles, programas de governo. E o estranho é que, em suas manifestações públicas, eles têm soluções para vários problemas sobre os quais pouco ou quase nada se comentou, muito menos se debateu, mesmo que alguns representem reais problemas, mas não com uma importância que os façam merecedores de uma campanha eleitoral. Então, por que eles não consultam o povo para definir uma linha de ação realmente objetiva, e que atendam deste os reais desejos e necessidades? Nilton de Freitas Guimarães, Jacarepaguá (RJ) Eduardo Campos Retrocesso O que chama mais a atenção na trajetória politica do ex-candidato Eduardo Campos é o seu destemor, a dignidade humana, o interesse e a defesa pelo povo brasileiro e pelo Brasil, que muitos já destacaram. O exemplo da harmonia e o amor pela família, deixa a todos cheios de orgulho ao tomar conhecimento, embora só agora, da existência de casamentos duradouros e prósperos, cheios de alegria e de felicidade. Mas isso raramente acontece. Do lado oposto, vem a morte sorrateira, cruel, cheia de disfarce, mas que não escolhe data nem momento e pretensamente destrói tudo. Fica só a lembrança, com o passar do tempo, Há um adágio popular que diz: “time que está ganhando não se mexe”. O governo não pensa assim. Uma significativa parcela das transações e com tendência de constante crescimento, seja por comodidade ou por segurança, é o pagamento com o cartão bancário, mas o governo quer interferir, quer penalizar com maior valor a transação com o cartão. Será que vamos voltar ao pagamento com cheque ou dinheiro em espécie? Será um retrocesso para um Brasil com segurança temerária, péssimo para o comprador e o vendedor. Humberto Schuwartz Soares, Vila Velha (ES) Os sabem tudo Eu também já quis endireitar o mundo. Percebi que a natureza humana é assim mesmo. Justamente porque uns podem pagar uma fábula por um gibi, que outros morrem de fome. Carlos Alcântara, sobre a matéria: “Primeira edição de HQ do Superman é vendida por R$ 7,3 milhões”. Espera I E olha que a matéria nem citou o descaso com as pessoas preferenciais. São idosos, gestantes e mulheres com bebês no colo que ficam quase duas horas em pé a espera da triagem. Hellen Santos, sobre a matéria: “Revolta na fila da Codhab”. Espera II Mais ou menos 12 horas na fila da Codhab. Acreditem se quiser , mas foi real. Quando fui entregar meus documentos, em outubro de 2012, era um dia de sexta-feira. Eu cheguei por volta das 11h e, apesar de haver 200 pessoas ou mais atrás de mim, eu fui assistindo todas essas pessoas serem atendidas e irem embora. Quando não havia mais ninguém para ser atendido, exceto eu, e a novela da Rede Globo que tinha Tufão e Carminha já tinha acabado, então fui chamado. Esmael Braz, sobre a matéria: “Revolta na fila da Codhab”. Política Marina disparou nas pesquisas com o falecimento de Campos e a emoção do povo. Logo vai passar. Ela não tem competência para comandar uma nação. Gilberto, sobre a matéria: “Ibope: no PR, Marina tem 29%, Dilma, 28% e Aécio, 24%”.