FACULDADE MERIDIONAL – IMED CENTRO DE ESTUDOS ODONTOLÓGICOS MERIDIONAL CEOM CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DENTÍSTICA ELIZA TRES GUINDANI FINALIZAÇÃO ESTÉTICA E FUNCIONAL DE TRATAMENTO ORTODÔNTICO COM RESTAURAÇÕES CERÂMICAS: RELATO DE CASO CLÍNICO. PASSO FUNDO 2012 ELIZA TRES GUINDANI FINALIZAÇÃO ESTÉTICA E FUNCIONAL DE TRATAMENTO ORTODÔNTICO COM RESTAURAÇÕES CERÂMICAS: RELATO DE CASO CLÍNICO. Monografia apresentada à Faculdade Meridional – IMED como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Dentística. Orientadora:Profª. Drª. Simone B. Alberton da Silva PASSO FUNDO 2012 ELIZA TRES GUINDANI FINALIZAÇÃO ESTÉTICA E FUNCIONAL DE TRATAMENTO ORTODÔNTICO COM RESTAURAÇÕES CERÂMICAS: RELATO DE CASO CLÍNICO. Monografia apresentada à comissão julgadora da Faculdade Meridional – IMED como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Dentística. Aprovada em ___/___/______. BANCA EXAMINADORA: ________________________________________________ Profª. Dra. Simone B. Alberton da Silva - Orientadora ________________________________________________ Prof. ________________________________________________ Prof. AGRADECIMENTOS A professora e orientadora Dra. Simone, quem admiro muito pela dedicação a odontologia, sendo assim uma inspiração a todos. Sua amizade e apoio foram fundamentais para a conclusão deste trabalho. A todos os professores do curso de especialização de dentística. Aos colegas, pelo companheirismo e ajuda. A meus pais Julio e Sânia, por sempre me incentivarem a crescer como pessoa e profissional. A meu irmão Juliano, por ser um mestre para mim dentro e fora do consultório, admiro muito você meu irmão. A meus avôs, pelo carinho. A Deus, por me conceder saúde para trabalhar e buscar meus objetivos. LISTA DE ILUSTRAÇÕES E TABELAS Figura 1. Repouso ............................................................................................ 17 Figura 2. Sorriso ............................................................................................... 17 Figura 3. Oclusão inicial ................................................................................... 18 Figura 4. Oclusão lado direito........................................................................... 18 Figura 5. Oclusão lado esquerdo ..................................................................... 18 Figura 6. Enceramento diagnóstico .................................................................. 19 Figura 7. Preparos............................................................................................ 19 Figura 8. Preparos finalizados .......................................................................... 20 Figura 9. Imagem oclusal ................................................................................. 20 Figura 10. Moldagem ....................................................................................... 20 Figura 11. Seleção de cores............................................................................. 21 Figura 12. Provisórios ...................................................................................... 21 Figura 13. Prova copings ................................................................................. 22 Figura 14. Laminados cerâmicos ..................................................................... 22 Figura 15. Laminados cerâmicos ..................................................................... 23 Figura 16. Laminados cerâmicos ..................................................................... 23 Figura 17. Facetas cimentadas ........................................................................ 24 Figura 18. Ajuste oclusal .................................................................................. 24 Figura 19. Caso finalizado ................................................................................ 25 Figura 20. Caso finalizado ................................................................................ 25 Figura 21. Caso finalizado ................................................................................ 26 RESUMO As possibilidades que os materiais cerâmicos trazem para a odontologia são indiscutíveis no estágio atual da dentística restauradora. Nesse sentido a interrelação entre paciente e professor da área da dentística, ocorre com finalidade de planejar, executar e finalizar os casos ortodônticos. O presente estudo pretende apresentar através de revisões, as bibliografias, propriedades e possibilidades que através de um relato de caso clínico, os materiais cerâmicos oferecem na finalização estética/funcional de um relato de caso ortodôntico. Palavras – chave: Facetas dentárias. Estética. Ortodontia.Cerâmica. ABSTRACT The possibilities that bring the ceramic materials for dntisty are indisputable at this stage in restorative dentistry. In this sense, the orthodontics professionals and patients have searched for the professional in the field of dentistry to operate from planning to completion of orthodontics treatment. The present study aims to present trough literature reviews the benefits, properties and ceramics offer possibilities to finalize aestethetic-funcional orthodontic a case report. Keywords: dental veneers. Aesthetics.Orthodontics.Ceramics. Sumário 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 9 2 REVISÃO DE LITERATURA ......................................................................... 10 3 METODOLOGIA............................................................................................ 16 3.1) Relato de caso ....................................................................................... 16 3.2) Analise estética: ..................................................................................... 17 4 DISCUSSÃO ................................................................................................. 27 5 CONCLUSÃO................................................................................................ 28 REFRERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................. 29 APÊNDICE ....................................................................................................... 31 Apêndice A .................................................................................................... 31 9 1 INTRODUÇÃO A beleza física é um dos fatores importantes na determinação das relações entre os indivíduos. Qualquer alteração estética pode provocar implicações psicológicas que variam desde a simples forma de disfarçar o problema até a introversão do indivíduo (SCHENKEL et al., 2004) . Obter sorrisos proporcionais e agradáveis são valores estéticos fundamentais para a satisfação do paciente e do profissional. Para isso, precisa-se de materiais que se aproximem fisicamente e estruturalmente do esmalte e dentina. Os fenômenos ópticos de translucidez, opalescência e fluorescência encontrados nos dentes naturais podem ser atualmente reproduzidos de uma maneira similar utilizando cerâmicas modernas, através do emprego de facetas ou coroas (SCHENKEL et al., 2004). O uso das cerâmicas, no entanto, pode falhar nos casos de hábitos parafuncionais, espaço inadequado para a espessura mínima do material, o desgaste do material antagonista, o ajuste da cor e o controle das propriedades ópticas. Além disso, as propriedades físicas como a expansão térmica, porosidade, impurezas do material e a tecnologia empregada pelo laboratório protético podem dificultar a obtenção dos resultados (SCHENKEL et al., 2004). Um tratamento integrado exige a estabilização dos arcos dentários como um todo. Em todos os pacientes adultos, a história odontológica, assim como as futuras restaurações, desempenha um papel importante na oclusão final (KOKICH, 2006). O restabelecimento do sorriso do paciente deve seguir as características do paciente, realçar suas qualidades e adaptar-se ao estilo de vida, ao seu trabalho e posição social (D`ALTOÉ, 2007). Este trabalho tem por objetivo realizar um relato de caso clínico de reabilitação estética com uso de restaurações cerâmicas, pós um tratamento ortodôntico 10 2 REVISÃO DE LITERATURA A estética do sorriso é a combinação de vários fatores, como a forma facial, dentária e gengival (LAZARESCU; CHIRILA, 2005). E para desenvolver um sorriso harmonioso, com proporções equilibradas, os pesquisadores procuram combinar vários aspectos que podem ser obtidos pela aplicação de leis ou medidas numéricas, como a “Proporção Áurea”. Para alcançar excelência estético-funcional é preciso integração entre as especialidades odontológicas, entre elas, a ortodontia, que se antecipa fazendo alinhamentos dentários prévios, permitindo a Dentística o ajuste estético final, quando necessário, pois nem sempre o correto posicionamento dental obtido pelas correções ortodônticas desenvolve totalmente e tão esperada harmonia do sorriso. As causas mais comuns são as variações anatômicas dos dentes anteriores, principalmente em pacientes adultos que apresentam alterações adquiridas (BARATIERI, 2002). Stanganelli, Pellegrin, e Vieira (2000) revisaram as técnicas, métodos e opções para finalização estética após tratamento ortodôntico, destacando o restabelecimento da forma, função dos arcos dentários levando em conta toda saúde do sistema estomatognático. Alterações genéticas como agenesias, podem ser corrigidas pelas adaptações com resina composta ou facetas de cerâmica. Alguns diastemas são corrigidos pelo tratamento ortodôntico, mas podem ser finalizados com acréscimo de resina composta. Os autores dizem que a escolha do material depende da forma, conservação da estrutura do dente, tempo disponível para o tratamento e custos. Carvalho et al. (2004) relatam que os pacientes adultos que procuram um ortodontista por iniciativa própria, desejam melhorar não só sua aparência mas também aspectos psicológicos e de auto estima. A ortodontia consegue realinhar o sorriso, as vezes dependendo de outras especialidades como Prótese, Implantodontia, Periodontia e Dentística. Os tratamentos integrados melhoram o resultado final do tratamento. Autores relacionam os princípios de uma oclusão normal e ideal: relação molar, angulações da coroa (torque), curva de Spee, rotações e espaços. Enfatizam que se isso for obtido, então 11 tem-se uma harmonia oclusal equilibrada estética e função. Em alguns casos de pacientes adultos, casos de prognatismo necessitarão de cirurgia ortognática, visando a correção óssea maxilo-mandibular, e o envolvimento das demais especialidades odontológicas vão depender da complexidade de cada caso. Kokich (2006) enfatizou a necessidade da multidisciplinaridade associada aos avanços tecnológicos dos materiais no planejamento e na realização dos tratamentos ortodônticos em crianças, jovens, adultos. Estes, muitas vezes, considerados tratamentos inviáveis devido aos problemas associados como: severidade da maloclusão, quantidade de restaurações, de trauma prévio e abrasão dos dentes, ausências dentárias, suporte ósseo insuficiente, das temporomandibulares. doenças Esclareceu periodontais, que deve além de distúrbios existir integração das especialidades para o tratamento do paciente adulto, sendo a ortodontia uma parte do plano determinado pela equipe e que este não precisa ter uma oclusão perfeita em Classe I de Angle, ao término do tratamento, pois permaneceu muitos anos com má oclusão. Estes precisam receber o alinhamento dos dentes, terem os arcos nivelados para melhorar problemas de sobremordidas, dentes irrompidos para controlar problemas periodontais e dentes verticalizados para restaurações futuras. São situações solucionadas por uma equipe multidisciplinar que, através de um modelo em cera simulam a futura oclusão sendo extremamente útil para das metas e eventuais resultados do tratamento como um todo. Spear, Kokich, Mathews (2006) descrevem uma abordagem única entre as disciplinas, partindo de uma perspectiva estética na abordagem e diagnóstico dos problemas dentários, sem comprometer os aspectos estruturais, funcionais e biológicos da dentição do paciente. Tiveram como propósito fornecer ao leitor um método sistemático de avaliação estética dento - facial de forma lógica e multidisciplinar. Inicia-se com o planejamento estético, após a função, estrutura e finalmente a biológica. Morais et al. (2006) abordaram sobre o tratamento ortodôntico dividindoo em cinco fases: diagnóstico e planejamento, alinhamento e nivelamento, correção da relação molar e fechamento de espaços, finalização e contenção. Tiveram como objetivo destacar aspectos importantes da finalização 12 ortodôntica, sugerindo anotações dos dados para traçar a estratégia necessária para alcançar oclusão excelente, alcançando estética, saúde e estabilidade. A porcelana na literatura odontológica é um dos assuntos de mais rápida evolução, dentro da ciência e da tecnologia dos materiais dentários restauradores. A primeira aplicação em odontologia foi realizada por Duchateau e de Chemant, na década de 1770, documentada pela primeira vez por Dr. Charles Henry Land. Mais tarde, o Dr. Charles Leland Pincus usou facetas provisórias em acrílico e cerâmica, que eram adaptadas com adesivos para prótese total para melhorar o sorriso dos artistas de Hollywood (BARATIERI, 2002). As facetas estéticas, como restaurações “permanentes”, surgiram inicialmente com a aplicação de resinas acrílicas ativadas quimicamente diretamente sobre o esmalte, passaram pela aplicação direta de resinas compostas e pelas facetas de acrílico pré-fabricadas, até chegarem ás restaurações indiretas em cerâmica com Rochette, em 1975. Contudo foi na década de 1980 que a técnica das facetas estéticas em cerâmica tornou-se popular (DELLA BONA et. al., 2004). Para a realização de facetas, há necessidade da presença de uma superfície de esmalte. Uma maneira de executarmos um desgaste homogênio, respeitando a anatomia externa do dente, é através da confecção de sulcos de orientação. É importante conhecer inicialmente a espessura de esmalte nas diversas regiões (cervical, media, incisal e proximal). As medidas médias desta espessura são: incisal 1 a 1,3mm, cervical 0,4 a 0,6mm e terço médio 0,8mm (MONDELLI, 1995). A ponta diamantada 1012 apresenta um diâmetro máximo de 1,2mm. Desta maneira quando trabalhamos com ela até a metade de sua ponta ativa, realiza-se a delimitação cervical, contornando a curva parabólica na gengiva inserida, envolvendo toda a periferia da superfície vestibular, além de controlarmos a quantidade de desgaste em profundidade, sem danificar os contatos proximais, já estabelecendo o término do preparo de uma maneira chanfrada. Este tipo de terminação facilita a adaptação, bem como ajuda sob o ponto de vista estético, quando comparamos com as terminações em forma de ombro (BUSATO, 2002). 13 O segundo passo seria a confecção de sulcos de orientação longitudinais, acompanhando o contorno externo da superfície vestibular. Com a ponta diamantada 2135, trabalhamos também com aproximadamente metade da ponta ativa na superfície média, que é de aproximadamente 1.2mm, realizamos inicialmente uma canaleta gengivo-mediana, e depois uma mediana-incisal. Com a mesma ponta diamantada empregamos nas canaletas de orientação, fazemos o desgaste da estrutura remanescente entre elas, sempre observamos as inclinações corretas. Neste momento, que ainda existem estruturas a ser eliminadas temos uma noção exata da quantidade de desgaste a ser realizado (BUSATO, 2002). No término incisal com a broca 4138, realiza-se o desgaste dessa superfície, 1mm em ângulo reto com a palatina ou lingual, permite um plano de inserção positivo com um posicionamento correto da faceta sem provocar a mistura de pigmentos no momento da cimentação (BUSATO, 2002). O preparo da margem incisal em envelope, ou seja, com o término na palatina ou lingual, distribui a carga oclusal sobre uma área superficial mais extensa (BUSATO, 2002). O acabamento do preparo é realizado com uma broca tronco-cônica com ponta arredondada de diâmetro mais refinado, 2135F. Atenção especial deve ser dispensada ao ângulo inciso-vestibular, que deve ser arredondado e obtuso (90°- 100°) (BUSATO, 2002). Com uma fina tira de lixa de polimento ou um disco flexível sof-flex deve ser usado nas faces proximais e incisais para eliminar qualquer irregularidade deixada no preparo. Essa metodologia de preparo é aplicada em dentes nos quais o problema não se encontra no mau posicionamento, na forma do dente ou nos diastemas (BUSATO, 2002). A cerâmica odontológica, tradicionalmente conhecida por porcelana tem merecido destaque e atenção. A estética apresentada por estes matérias esta relacionada á estabilidade de cor, translucidez, luminosidade e metamerismo (MORAIS, 2006). Na fase de seleção é sempre fundamental determinar a matiz, croma e valor dos dentes remanescentes. A escolha de cor deve sempre ser feita sob iluminação natural, de preferência nos períodos matutinos. A experiência 14 clínica tem mostrado que a superfície do dente deve estar umedecida, pois quando esta se desidrata apresenta-se mais clara e opaca do que naturalmente é. Inicialmente, é interessante também fazer uma avaliação sem escala de cores, na tentativa de identificar a matiz predominante (MONDELLI, 1995). Deve-se levar em consideração que aproximadamente 70% dos dentes naturais apresentam matiz marrom (A da escala Vita) e que, ao trabalhar com próteses extensas, deve-se evitar matiz cinza (C da mesma escala), dado a dificuldade de lhe conferir vitalidade ou naturalidade. Quando a cor dos dentes e da escala não harmoniza, criando dificuldades de comunicação, de conhecimento das dimensões de cor, característica peculiar como manchas brancas ou marrons, esmalte translúcido, efeito halo, fazer a seleção juntamente com o técnico de prótese dentária (BONFANTE, 2004). A forma é uma das características de mais fácil transmissão ou comunicação entre o cirurgião dentista e o técnico em prótese dentária que normalmente se inicia, por meio do enceramento de diagnóstico. É através dos modelos de estudo adequadamente montados em articuladores semiajustáveis, juntamente com os dados obtidos nos exames físicos, radiográficos e anamnese. Além da analise dos modelos no que se refere á oclusão, guia anterior e dimensão vertical de oclusão, restabelecimento dos diferentes planos ou curvaturas da oclusão, esses modelos com os antagonistas (BONFANTE, 2004). Textura é definida como a superfície de um material, principalmente quando sentida ao tato. Em odontologia a combinação de sulcos, saliências, concavidades e depressões presentes na superfície vestibular. Assim como a forma se modifica com a idade, também a textura sofre o mesmo tipo de influência e vai se reproduzindo gradativamente da dentição jovem para a adulta, até apresentar as características de perda da estrutura dentária por abrasão, erosão, gerando superfícies com amplos desgastes na face vestibular, praticamente sem textura alguma. Por não ser reproduzida nos modelos, a texturização da superfície vestibular é uma tarefa diretamente relacionada com o cirurgião dentista e com a harmonia estética, capaz de individualizar uma faceta d cerâmica e compatibilizá-la com a idade e 15 características físicas do paciente. Lembre-se sempre: diferentes idades diferentes texturas (BONFANTE, 2004). As restaurações de porcelana são especialmente indicadas para dentes anteriores que apresentam alterações de forma ou cor, embora também possa ser indicada em outras situações como: realinhar dentes mal posicionados, dentes anteriores com lesões de cárie em vestibular, dentes mal formados, lesões amplas de erosão, dentes anteriores com múltiplas restaurações que necessitam ser substituídas e para reduzir ou fechar diastemas, entre outras indicações (SOARES, 2011). Por apresentar tantas vantagens, não é difícil citar algumas possíveis indicações dessa técnica, tais como: alterações na forma, na posição, na cor ou no tratamento dos dentes, por motivos estéticos ou funcionais devido á presença de: amelogênese imperfeita, hipoplasia, lesões cervicais, perda da estrutura dentária por trauma ou desgaste, diastemas, giroversões, microdontia, alterações cromáticas por fluorose, tetraciclina, problemas endodônticos e restaurações antigas (FRANCCI, 2011). As vantagens das porcelanas são, preparos mais conservadores do que coroas totais, preservando assim mais estrutura sadia; melhor aceitação por parte do paciente; são extremamente duráveis e resistentes a fraturas, aumentando a longevidade desta restauração; o preparo em nível supragengival, acarreta melhor resposta do tecido periodontal; em microdontias não requer reparos; mantém-se inalterada, sem alteração de cor e textura indefinidamente; a estética proporcionada após a cimentação é mais natural; uma menor retenção de placa bacteriana; (FRANCCI, 2011). Como desvantagens, a dependência de um técnico laboratorial de qualidade; custo maior; fragilidade no manuseio; requer mais preparo do que o laminado de resina; uma vez cimentada, é praticamente impossível ser reparada sem fratura; alterações de cor não podem ser realizadas após a aplicação de cerâmica e glaze no revestimento refratário (BARATIERI et. al., 2002). 16 3 METODOLOGIA O estudo foi realizado na Clínica Odontológica do CEOM, especialização de dentística. Juntamente foi realizado uma revisão de literatura, buscando informações em artigos e livros. O projeto de pesquisa foi encaminhado para aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade Meridional/IMED, localizado na Rua Senador Rodrigues, 304, Vila Rodrigues, Passo Fundo, CEP 99.070-220. 3.1) Relato de caso Paciente N.K. , sexo feminino, 47 anos de idade, moradora da cidade de Passo Fundo. A paciente chegou até o curso de especialização em dentística procurando melhora em seus dentes anteriores, mencionando facetas de porcelana. A mesma já havia sido submetido a três cirurgias ortognáticas devido acidente de transito grave, onde fraturou mandíbula e maxila. A paciente estava, desde então, em tratamento ortodôntico, havia três anos. Na atual etapa de finalização ortodôntica a paciente estava procurando a melhora estética de seu sorriso. Após análise clínica da mesma, foram feitos modelos de estudo e enceramento diagnóstico do caso. Esclarecemos dúvidas e então optamos pela confecção de facetas de porcelanas em seis elementos dentais, sendo um deles uma coroa total sobre implante. Foram realizados os preparos de cinco elementos dentais, e cimentadas facetas de cerâmica pura (Emax). 17 3.2) Analise estética: Figura 1. Repouso Figura 2. Sorriso 18 Figura 3. Oclusão inicial Figura 4. Oclusão lado direito Figura 5. Oclusão lado esquerdo 19 Figura 6. Enceramento diagnóstico Figura 7. Preparos 20 Figura 8. Preparos finalizados Figura 9. Imagem oclusal Figura 10. Moldagem 21 Figura 11. Seleção de cores Figura 12. Provisórios 22 Figura 13. Prova copings Figura 14. Laminados cerâmicos 23 Figura 15. Laminados cerâmicos Figura 16. Laminados cerâmicos 24 Figura 17. Facetas cimentadas Figura 18. Ajuste oclusal 25 Figura 19. Caso finalizado Figura 20. Caso finalizado 26 Figura 21. Caso finalizado 27 4 DISCUSSÃO Para Lazarescu e Chirila (2005) a estética do sorriso é a combinação de vários fatores, como a forma facial, dentária e gengival. Stanganeli, Pellegrin e Vieira (2000) revisaram as técnicas, métodos e opções para a finalização estética após o tratamento ortodôntico, destacando o restabelecimento da forma e função dos arcos dentários. Alguns diastemas são corrigidos pelo tratamento ortodôntico, mas podem ser finalizados com acréscimo de resina composta ou restaurações cerâmicas. Carvalho et al., (2004) falam que os pacientes adultos procuram um ortodontista por conta própria, desejando não apenas melhorar sua aparência, mas também aspectos de auto estima. A ortodontia consegue realinhar o sorriso, às vezes dependendo de outras especialidades como prótese, implantodontia, periodontia e dentística. O envolvimento das outras especialidades vai depender da complexidade de cada caso. Para Baratieri et al., (2001) as restaurações de porcelana são especialmente indicadas para dentes anteriores com alterações de forma e cor, alem de realinhar dentes mal posicionados, reduzir ou fechar diastemas. Para Bonfante (2004) uma faceta de cerâmica é capaz de melhorar a estética e compatibilizá-la com a idade e características físicas do paciente. Como desvantagem Baratieri et (2001) cita o custo maior, dependência de um técnico laboratorial, fragilidade do manuseio, preparo maior, e impossibilidade de remoção sem fratura. A escolha pelo tratamento restaurador indireto nesta paciente enfatizou a necessidade da multidisciplinaridade associada aos avanços tecnológicos dos materiais no planejamento e na realização dos tratamentos ortodônticos (Kokich 2006). Rendeu resultados positivos, quando avaliados pelo ponto de vista estético e funcional. A cor, harmonia e aspectos anatômicos foram recuperados. A participação da dentística foi fundamental na finalização do caso. A paciente apresentou grande satisfação com sua nova aparência dental. A harmonia do sorriso foi recuperada. Através deste estudo adquiriu-se experiência para futuros tratamentos multidisciplinares integrando ortodontia e dentistica. 28 5 CONCLUSÃO De acordo com o presente estudo de caso clínico, conclui-se que: - A inter-relação entre as especialidades, Dentística e Ortodontia, organizadas de forma sistemática, permite a excelência nos resultados reabilitadores. - A escolha do material reabilitador depende de vários fatores, tais como: condições financeiras do paciente, análise estética, psicológica e morfológica. - Vantagens e desvantagens devem ser explicadas ao paciente. - Devemos seguir as etapas corretamente desde o momento de confecção das facetas indiretas, ao término das mesmas, dessa forma minimizamos os riscos e obtemos sucesso no tratamento. 29 REFRERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARATIERI, L.N., Dentística: Procedimentos Préventivos e Restauradores. 2. Ed. São Paulo: Santos, 2002. BONFANTE, G.; MRNDES, W.B.; PEGORARO, L.F.; BONFANTE, E.A. Clínica Odontológica Brasileira. Otimizando em Prótese Fixa. 2. Ed. São Paulo: Artes Médicas, 2004. BUSATO, A.L.S.; HERNANDEZ, P.A.G; MACEDO, Restaurações Estéticas. São Paulo: Artes Médicas, 2002. R.P; Dentística CARVALHO, L. S. et al. Ortodontia com finalidade estética. In: MIYAHITA, E.; FONSECA, A. S. Odontologia Estética- O Estado da Arte. São Paulo: Artes Médicas, 2004.p.663-687. DELLA BONA A.D. Clínica Odontológica Brasileira. Restaurações em Cerâmica Pura (Metal-Free) e Mecanismos de Adesão.2.ed. São Paulo: Artes Médicas, 2004. D`ALTOÉ, L.F. Reanatomização de Dentes Antero-superiores com Resina Composta Direta- Relato de Caso Clínico. Clínica Internacional JournalofBrazilianDentistry, Florianópolis, v.3, n.4, p.374-381, out-dez. 2007. FRANCCI, C. et al. Odontologia Estética: Soluções minimamente invasivas com cerâmica. Revista Fundecto, São Paulo, v-, n.10, p.8-9, jul.dez. 2011. KOKICH, V.G. Entrevista. Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial, Maringá, v.11, n.6, Nov-dez. 2006. LAZARESCU, F.; CHIARILA, L. Reabilitação Estética do sorriso: Uma abordagem interdisciplinar. Cosmetic Dentisty,Buscarest, v.1, p.12-14, 2005. MORAIS, L.S. et al. Finalização Ortodôntica: uma Análise Contemporânia. Jornal Brasileiro de Ortodôntia e Ortopedia Facial, Curitiba. V.11, n.61, p.83-92, 2006. MONDELLI, J. Estética e Cosmética em Dentística Restauradora. Revista MAXIODONTO: DENTÍSTICA, Volume 1 Fascículo 6, 1995. SCHENKEL, L.B.; PIMENTA, M.A.C; FILHO, R.C.C; MEZZOMO, E. Indicações cerâmicas em dentes anteriores. Livro Congresso Paulista de Odontologia 22. Ed. São Paulo: Artes Médicas, 2004. STANGANELLI, C.; PELLEGRIN, M.C.J.; VIEIRA, O. Recursos estéticos finalizados nas correções ortodônticas. Revista Paulista de Odontologia, São Paulo, n.3, p.9-14, maio-jun. 2000. 30 SPEAR, F.M.; KOKICH. V.G.; MATHEWS, D.P. A abordagem multidisciplinar de reabilitações dentárias estéticas anteriores. Journal of the American Dental Association, Chicago, v.6, n.4, p.15-25, July-Aug. 2006. SOARES, L. M; SOARES, C. Resultados previsíveis no uso de laminados e fragmentos cerâmicos com preparo minimamente invasivos. Revista ClínicaInternational Journal of Brazilian Dentistry, Florianópolis, v.7, n.1, p.36-50, jan.mar. 2011. 31 APÊNDICE Apêndice A TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Você está sendo convidado(a) como voluntário(a) a participar da pesquisa, relato de caso clínico: Finalização estética e funcional de tratamento ortodôntico com cerâmica: relato de caso clínico. A JUSTIFICATIVA, OS OBJETIVOS E OS PROCEDIMENTOS: O motivo que nos leva a estudar o problema facetas de cerâmica é a melhor forma e indicação do uso da mesma. A pesquisa se justifica para ter em mãos um trabalho que descreva passo a passo as etapas desde a escolha do material ate a confecção e finalização da mesma. O objetivo desse projeto é obter um trabalho de fácil leitura para os cirurgiões dentistas se basearem no momento de confecção de facetas laminadas em porcelana. DESCONFORTOS E RISCOS E BENEFÍCIOS: Existe um desconforto e risco mínimo para a você que se submeter à coleta do material para a confecção dos preparos e cimentação das facetas, sendo que se justifica para a melhora da estética do sorriso da paciente. FORMA DE ACOMPANHAMENTO E ASSINTÊNCIA: Os pesquisadores e orientadores darão toda assistência necessária para o participante da pesquisa. GARANTIA DE ESCLARECIMENTO, LIBERDADE DE RECUSA E GARANTIA DE SIGILO: Você será esclarecido(a) sobre a pesquisa em qualquer aspecto que desejar. Você é livre para recusar-se a participar, retirar seu consentimento ou interromper a participação a qualquer momento. A sua participação é voluntária e a recusa em participar não irá acarretar qualquer penalidade ou perda de benefícios. O(s) pesquisador(es) irá(ão) tratar a sua identidade com padrões profissionais de sigilo. Os resultados do relato de caso clínico serão enviados para você e permanecerão confidenciais. Seu nome ou o material que indique a sua participação não será liberado sem a sua permissão. Você não será identificado(a) em nenhuma publicação que possa resultar deste estudo. Uma cópia deste consentimento informado será arquivada no Centro de estudos odontológicos meridional (CEOM) e outra será fornecida a você. CUSTOS DA PARTICIPAÇÃO, RESSARCIMENTO E INDENIZAÇÃO POR EVENTUAIS DANOS: A participação no estudo não acarretará custos para você e não será disponível nenhuma compensação financeira adicional. No caso você sofrer algum dano decorrente dessa pesquisa os pesquisadores e orientadores darão a você todo apoio necessário. 32 DECLARAÇÃO DA PARTICIPANTE OU DO RESPONSÁVEL PELA PARTICIPANTE: Eu, _______________________________________ fui informada (o) dos objetivos da pesquisa acima de maneira clara e detalhada e esclareci minhas dúvidas. Sei que em qualquer momento poderei solicitar novas informações e motivar minha decisão se assim o _____________________________ desejar. e O(a) o(a) professor(a) professor(a) orientador(a) co-orientador(a) ______________________________________certificaram-me de que todos os dados desta pesquisa serão confidenciais. Também sei que caso existam gastos adicionais, estes serão absorvidos pelo orçamento da pesquisa. Em caso de dúvidas ______________________________________ _________________________________________ poderei o(a) ou chamar professor(a) o(a) a estudante orientador(a) professor(a) co- orientador(a) ____________________________no telefone (__) ____ ____. Declaro que concordo em participar desse estudo. Recebi uma cópia deste termo de consentimento livre e esclarecido e me foi dada a oportunidade de ler e esclarecer as minhas dúvidas. Nome Assinatura do Participante Data Nome Assinatura do Pesquisador Data Nome Assinatura da Testemunha Data