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6º SIMPÓSIO IBERO-AMERICANO
DE HISTÓRIA DA CARTOGRAFIA
DO MUNDO AO MAPA E DO MAPA AO MUNDO:
OBJETOS, ESCALAS E IMAGINÁRIOS DO TERRITÓRIO
19, 2O e 21 DE ABRIL DE 2O16
SANTIAGO, CHILE
Imagem: “Vista de Santiago de Chile desde el cerro de Santo Domingo”.
Brambila, Fernando (1764 - 1834) Tinta, aguada sepia / papel verjurado, 39 x 61,4 cm. 1793.
Fonte: Colección Iconográfica, Archivo Central Andrés Bello, Universidad de Chile.
Primeira circular (4 de maio de 2015)
O 6º Simpósio Ibero-americano de História da Cartografia (6siahc) se realizará na cidade de Santiago do Chile nos dias
19, 20 e 21 de abril de 2016, nas Universidades do Chile e Católica do Chile, dando continuidade às reuniões organizadas
em Buenos Aires (2006), Cidade do México (2008), São Paulo (2010), Lisboa (2012) e Bogotá (2014).
Para esta ocasião, convidamos a comunidade acadêmica a compartilhar reflexões em torno do tema “Do mundo ao mapa
e do mapa ao mundo: objetos, escalas e imaginários do território”.
Mapas e outros objetos cartográficos vêm se constituindo, ao longo do tempo, em maneiras privilegiadas de vincular experiências ao território, formas de ver e modos de produzir e fixar saberes geográficos. Expressão eloquente de relações
sociais e de poder, da compreensão que indivíduos e coletivos têm do seu entorno imediato ou de espaços distantes,
os mapas constituem, igualmente, objetos que atuam no mundo que representam, propiciando certas práticas sociais e
inibindo outras. Como imagens, o são de um tipo particular; como representações, dão conta de modos específicos de
representar – recortar, evidenciar, outorgar significados – para acomodar o real nos limites de um papel, um globo o um
muro. Sendo parte da experiência do espaço, mantém vínculos complexos e inesperados com outras práticas, como o
deslocamento, a transformação e o controle.
Como se transita do mundo ao mapa? Esta primeira pergunta atende aos pressupostos da história das tradições cartográficas, entre as quais se incluem as artes do cartógrafo e de outros elaboradores de mapas, bem como as ideias sobre
natureza, sociedade e território contidas nos mapas e por eles evocadas.
E como se transita do mapa ao mundo? Esta segunda pergunta enfatiza a condição de objeto do mapa, considerando, sua
materialidade, os circuitos previstos em sua circulação e suas trajetórias efetivas; destaca também a recepção social dos
mapas e o modo pelo qual os indivíduos e os coletivos encomendam, utilizam observam, copiam, valorizam ou destroem
esses objetos.
Entre os dois polos, esta chamada de trabalhos convida a pensar as relações entre mundo e mapa. Seguindo a tradição
dos Simpósios previamente organizados, o 6° Simpósio Ibero-americano de História da Cartografia convoca historiadores,
geógrafos, arquitetos e outros estudiosos das Artes, Humanidades, Ciências Sociais e Ciências da Terra para um debate
inter e transdisciplinar em torno da temática. Neste marco, são propostos cinco eixos com vistas a orientar as discussões, os
quais, por sua vez, permitirão a organização de mesas com problemáticas, cronologias ou enfoques regionais particulares.
EIXOS PRINCIPAIS
i)Imagens cartográficas e interdisciplinaridade: saberes em diálogo
A produção de imagens cartográficas, bem como a investigação em torno de seus usos práticos, valorização ou capacidade de evocação e representação, constituem aspectos que solicitam a atenção de olhares diversos, ancorados em perspectivas disciplinares cujas aproximações, em conjunto, constroem um
conhecimento complexo sobre o território e suas imagens. Neste Simpósio se entenderá a imagem cartográfica em um sentido amplo, que abarque desde as representações cartográficas tradicionais (o mapa, a
carta, a planta), até a representação pictórica do território e o gênero da paisagem, a fotografia aérea, a
imagem de satélite, a planta urbana ou do território e a representação arquitetônica, entre outras. Neste
contexto, interessa promover a discussão sobre a diversidade de saberes que se relacionam com o conhecimento cartográfico, os mecanismos através dos quais este conhecimento é transmitido empregando
meios próprios das disciplinas que os produzem, bem como a forma pela qual os profissionais interagem
para gerar novo conhecimento cartográfico. Deste modo, busca-se integrar a discussão dos saberes e práticas próprias da geografia, da cartografia e da pintura com aproximações menos exploradas, como aquelas que propõem, entre outras, a agrimensura, a topografia, a engenharia, o urbanismo ou a arquitetura.
ii)Arquivos e documentos: patrimônio e objeto cartográfico
Mapas, cartas e plantas topográficas urbanísticas e arquitetônicas, entre outras formas de representação
espacial, testemunham os modos pelos quais diferentes atores e coletivos compreenderam o espaço. Tais
registros são guardados em unidades arquivísticas em diversos centros de documentação incumbidos de
sua catalogação, conservação e difusão. O material gráfico alojado nessas instituições e a informação que
aportam, têm enorme significado para a investigação e o estudo da paisagem, do território, da cidade
e das edificações. Ao mesmo tempo, seu valor como fonte historiográfica e objeto patrimonial converte
esses documentos em chaves para se compreender a identidade territorial coletiva e estudar o mundo em
suas dimensões mais amplas. De fato, os cruzamentos entre os diferentes tipos de documentação, seus
suportes, tamanhos, escalas, métodos de produção, técnicas de conservação, bem como sua crescente
valorização como peças documentais e obras de arte, foi transformando não apenas o conceito da investigação, potenciando a dissolução das tradicionais relações entre disciplinas, mas também as formas de
catalogação e arquivo. Neste contexto, importa saber como se foi produzindo um conhecimento científico sobre os objetos materiais que suportam a cartografia, como também as conexões com diferentes
dimensões e circunstâncias em que se inscreve o documento gráfico como fonte primaria e objeto patrimonial.
iii)Poder e cultura: paisagens cartográficas e imagens do território
Já não é mais possível conceber o mapa como mero referente da realidade objetiva. Bem ao contrário, os
estudiosos do campo vêm insistindo nas relações estreitas que podem ser reconhecidas entre mapas, conhecimento e poder. Atualmente é factível compreender os mapas como reflexo de pautas sociodiscursivas
surgidas como práticas de atores e instituições do campo político, em muitos casos com o fim de legitimar
o domínio estatal sobre o território. Esta dimensão política do mapa, portanto, gera uma imagem carregada de valor e termina por consolidar paisagens cartográficas e imagens territoriais que fica arraigada no
repertório visual das sociedades, fixando um saber geográfico que aparenta neutralidade e pureza. Neste
marco, interessa refletir sobre as múltiplas modulações que podem ser reconhecidas entre conhecimento
e poder, entre imagem cartográfica e agência política, enfatizando hierarquias, posicionamentos e tensões
que ali se desdobram. Ao mesmo tempo, busca-se investigar os processos ou marcos discursivos em que
se fabricam os mapas e os imaginários geográficos que projetam. Concluindo, este eixo temático espera
colocar em discussão os processos de construção social e cultural dos mapas, de modo a aprofundar nossa
compreensão das modalidades mediante as quais se desenvolvem, efetivamente, as relações de poder.
iv)Mapas e imaginários geográficos: narrativas do território
O mapa, como objeto material, está mediado pelas instâncias que previamente os concebem, imaginam e
criam em função de una série de elementos que confluem em tal propósito. A arte de geo-grafar através
dos mapas, e de conferir assim origem e conteúdo à cartografia, não está isenta da influência das narrativas que estimularam a imaginação dos viajantes, exploradores, agrimensores, cartógrafos, geógrafos,
historiadores e todos aqueles que, portando a missão de representar o espaço, nele materializaram não
só o fato geográfico verificável, mas também o desejo do que se espera encontrar, a emoção que funda o
objetivo conseguido, o propósito que se busca cumprir, as crenças que inspiram una missão ou o estado
da arte em um campo do saber, entre outros aspectos. Embora se possa compreender os mapas como
registros e materialização concreta do observado no terreno, é certo que eles refletem também parte importante do que se relata sobre tais territórios. Ao aceitar-se esta condição bidirecional, é possível admitir
que, pela mesma razão, os mapas constituem uma narrativa própria do território e dos imaginários que
lhes deram origem; tomá-los dentro deste espírito, pode ajudar a ler um texto escrito com os traços de
uma tinta que narra seu roteiro através de distintos registros espaciais. Este eixo se propõe a receber trabalhos cujo foco se detenha nos imaginários que contém e dão suporte à cartografia, entendida como una
narrativa do território. Igualmente, busca estabelecer um contraponto com as ideias sobre os imaginários
de época que incidiram no modo de criar e produzir mapas, resgatando as narrativas que inspiraram tais
leituras e criações.
v)Representações cartográficas: distâncias, escalas e linguagens
Ao longo da história da cartografia, aqueles que se aproximaram da fabricação de mapas situaram no
centro de seu trabalho o problema das escalas e as linguagens presentes na produção de plantas, cartas,
mapas, planisférios ou mapamúndis, reunidos o não em atlas de diferentes tipos e natureza. A constituição
da cartografia como disciplina científica se alimentou desses debates assim como do diálogo com todos
aqueles que tiveram a necessidade de registrar visualmente a dimensão espacial de algum fenômeno. Tanto a cartografia topográfica como a temática enfrentaram desafios complexos como a busca de precisão
e de comunicabilidade. O presente eixo temático propõe-se a levantar questões na historia da cartografia
como técnica e estratégia de representação variável, o que envolve não só as diversas escalas e linguagens
que deram forma ao mapa, mas também seus suportes, que vão desde a pintura mural ou de cavalete até
as mais recentes projeções digitais.
DATAS IMPORTANTES
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Encerramento da pré-inscrição de expositores
Divulgação de expositores pré-inscritos
Encerramento da recepção de textos expandidos
Divulgação de comunicações aceitas
6° Simpósio Ibero-americano de História da Cartografia
31 de agosto de 2015
5 de setembro de 2015
15 de outubro de 2015
30 de novembro de 2015
19, 20 e 21 de abril de 2016
PROCESSO DE PRÉ-INSCRIÇÃO, ENVIO E SELEÇÃO DE
PROPOSTAS DE COMINICAÇÕES E POSTERS
1.Pré-inscrição de expositores e resumos (até 31 de agosto de 2015)
A pré-inscrição é o primeiro requisito para a apresentação de comunicações e posters e é feita através
de registro na página web www.6siahc.cl até 31 de agosto de 2015. Solicitam-se dados pessoais e
institucionais básicos, bem como um resumo de 300 palavras. As pessoas pré-inscritas receberão una
confirmação formal e os resultados deste processo serão publicados até 5 de setembro de 2015 na página
web do Simpósio.
2.Envio de textos expandidos para avaliação (até 15 de outubro de 2015).
Os expositores enviarão até 15 de outubro de 2015 os textos expandidos suas comunicações (2500
palavras), para o qual receberão instruções no momento de sua pré-inscrição. Todas as comunicações
recebidas serão avaliadas por pelo menos dois integrantes da Comissão Internacional, que decidirão
sobre a inclusão das propostas em mesas ou em formato de exposição de posters.
3.Divulgação das comunicações aceitas pela Comissão Internacional (30 de novembro de 2015).
Os organizadores do Simpósio notificarão os resultados da avaliação de todas as propostas e anunciarão
as comunicações aceitas na página web do Simpósio.
Seguindo a tradição dos Simpósios anteriores, a inscrição no evento será gratuita para todos os expositores, apresentadores de posters e assistentes. As apresentações poderão ser tanto em espanhol quanto
em português.
COMISSÃO ORGANIZADORA
A Comissão Organizadora Local do 6SIAHC, encarregada da coordenação geral do evento, é composta
por:
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Enrique Aliste / Universidad de Chile
Rodrigo Booth / Universidad de Chile
José Ignacio González / Pontificia Universidad Católica de Chile
Germán Hidalgo / Pontificia Universidad Católica de Chile
Andrés Núñez / Pontificia Universidad Católica de Chile
José Rosas / Pontificia Universidad Católica de Chile
Alejandra Vega / Universidad de Chile (Coordinadora)
Por seu vez, o Comité Científico Internacional envolve reconhecidos especialistas na área da história da
cartografia e do tema norteador do Simpósio. Integrado por pesquisadores de diversos países, está encabeçado pelos organizadores dos simposios anteriores e tem como missão a avaliação das propostas de
comunicações:
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Carla Lois / 1SIAHC, Universidad de Buenos Aires
José Omar Moncada / 2SIAHC, Universidad Nacional Autónoma de México
Iris Kantor / 3SIAHC, Universidade de São Paulo
Francisco Roque de Oliveira / 4SIAHC, Universidade de Lisboa
Mauricio Nieto / 5SIAHC, Universidad de Los Andes
Realização:
• Universidad de Chile
• Pontificia Universidad Católica de Chile
Apoio:
• Facultad de Filosofía y Humanidades, Universidad de Chile
• Facultad de Arquitectura y Urbanismo, Universidad de Chile
• Centro de Estudios Culturales Latinoamericanos, Facultad de Filosofía y Humanidades,
Universidad de Chile
• Instituto de Historia y Patrimonio, Facultad de Arquitectura y Urbanismo, Universidad de Chile
• Facultad de Historia, Geografía y Ciencia Política, Pontificia Universidad Católica de Chile
• Facultad de Arquitectura, Diseño y Estudios Urbanos, Pontificia Universidad Católica de Chile
• Centro del Patrimonio, Pontificia Universidad Católica de Chile
CONTACTO
Alejandra Vega (coordenadora da Comissão Organizadora Local)
Centro de Estudios Culturales Latinoamericanos
Facultad de Filosofía y Humanidades
Universidad de Chile
Av. Ignacio Carrera Pinto 1025, 2° piso
Ñuñoa, Santiago
Teléfono: (56) 29787139
Correo electrónico: [email protected]
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