Região Serrana da Mantiqueira
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DIAGRAMAÇÃO:
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“Gazeta Valeparaibana”
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IMPORTANTE:
Autorizada a compilação em todo ou em parte para trabalhos escolares, sendo que deverão ser indicadas suas fontes
ou seja, nome do autor, site de origem e nome do compêndio.
Páginas
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Assuntos
Introdução
Serra da Mantiqueira
Gonçalves (MG)
Lavrinhas
Redenção da Serra
Santo António do Pinhal
São bento do Sapucaí
Campos do Jordão
Rio Sapucaí
A Serra e as Orquídeas
Flora Regional
Turismo ecológico e de aventura
Música e cultura na Serra da Mantiqueira
A história do “Festival de Inverno de Campos do Jordão”
Contra Capa “Mais um dia...”
A
Região Serrana da Mantiqueira, que por si só já é um grande presente da natureza para
o homem, nos apresenta uma história, culturas e o melhor clima do Brasil, comparado aos
Alpes Suíços mas de forma diferenciada, com um clima muito mais ameno e por isso considerado superior.
No entanto, não somente o clima a torna uma região especial. Sua história, a fundação de
suas cidades, a importância no desenvolvimento inicial da colonização do Sudeste Brasileiro,
sua importância econômica e social no desenvolvimento de cidades do Vale do Paraíba e Litoral Norte Brasileiro, como caso de Paraty, Valença, entre outras, no Estado do Rio de Janeiro; e outras localidades e povoados por onde a Estrada Velha ou seja a primeira Estrada Real
(Caminho Real), nos Estados de São Paulo e de Minas Gerais.
Subindo as encostas da Mantiqueira, o Oyaguara ao desbravar os Sertões de Minas, passou
por quase todas as terras que hoje formam as cidades da Região Serrana da Mantiqueira;
achou ouro, adquiriu terras mas a maior riqueza, não chegou a conhecer; Campos do Jordão
a Pérola da Mantiqueira, renomada, cantada e poetizada mundialmente.
Além de Campos do Jordão, incluímos Gonçalves, já no Estado de Minas Gerais, por sua
influência na formação da Região Serrana Paulista; também as cidades de Santo António do
Pinhal, São Bento do Sapucaí, Lavrinhas, e Redenção da Serra formam o conjunto necessário
onde a arte, a natureza, a cultura, as tradições e a beleza de suas gentes, sabem como ninguém acolher os visitantes, que buscam saúde, paz e sobretudo o convívio com a natureza.
No Turismo nos oferece o que podemos esperar de melhor em paz e harmonia com a natureza; Região senhora de uma fauna e flora incomparáveis, com uma das maiores áreas de floresta nativa remanescente e preservada, onde em seus pinheirais reflete a tranqüilidade de
uma região rica em natureza e, a inspiração mística de instrumentos musicais, dedilhados e
soprados por seres iluminados.
Filipe de Sousa
MANTIQUEIRA A MAIS BELA JOIA DO BRASIL
A Serra da Mantiqueira é o mais importante maciço montanhoso do Brasil e se espalha pelas
divisas dos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Possui uma linha de cumes mais elevada que se inicia próximo
à cidade de Bragança Paulista, na Região Bragantina do Estado de São Paulo, seguindo na direção norte-nordeste, delineando
as divisas dos três Estados até à região do Parque Nacional de Itatiaia ( ver compendio Vale do Paraíba Paulista ) e daí continuando dentro do Estado de Minas Gerais até à cidade de Barbacena, numa extensão de aproximadamente 500 km, desde a cidade
paulista. Desta estrutura mais elevada ela desce em direção ao Sul do Estado de Minas Gerais, formando uma série de montanhas e planaltos elevados. Nela encontramos, vários picos com mais de 2.000 metros de altitude, sendo que três deles estão
entre os mais elevados do Brasil. A Serra da Mantiqueira, por sua exuberante fauna e flora, por suas características climáticas e
pelo elevado estado de conservação ambiental, é considerada uma das mais belas paisagens naturais do Brasil.
A ORIGEM DO SEU NOME
Mantiqueira se origina do tupi-guarani e significa “serra que chora”, assim denominada pelos índios que habitavam a região em
virtude da grande quantidade de nascentes e riachos encontrados em suas encostas.
Seu nome já indica a sua grande importância como fonte de água potável e seus rios abastecem um grande numero de cidades
do Sudeste do Estado de São Paulo.
São suas nascentes e seus riachos que formam o Rio Jaguary, que abastece a região norte da Capital do Estado, São Paulo; o
rio Paraíba do Sul que corta uma região densamente povoada e altamente industrializada (Vale do Paraíba Paulista e parte do
Estado do Rio de Janeiro); e o rio Grande que irá formar o maior complexo hidroelétrico do Brasil.
É também na Serra da Mantiqueira que estão localizadas as mais afamadas fontes de águas minerais do país, tais como, Caxambu e São Lourenço no Estado de Minas Gerais e, Campos do Jordão, Poços de Caldas, Águas de Lindóia, Serra Negra, Águas da
Prata, entre outras, no Estado de São Paulo.
HISTÓRIA
No inicio da colonização do Brasil a MantiN ov
queira foi um grande obstáculo a ser veno
cido para as expedições que se dirigiam
rumo ao interior em busca de ouro e peVo
dras preciosas. Vários desbravadores
lta
paulistas, entre eles Fernão Dias Paes
Leme, abriram e consolidaram durante a
a
segunda metade do século XVI e de todo o
Id
século XVII, um caminho que se iniciava
no Planalto Paulista, seguia pelo Rio Paraíba do Sul, no Vale do Paraíba Paulista,
passando por onde estão hoje as cidades de Taubaté, Pindamonhangaba, Guaratinguetá, Lorena até à cidade de Cachoeira (hoje
Cachoeira Paulista). Daí, atravessavam a serra da Mantiqueira pela Garganta do Embaú e Passa Quatro, adentrando pelo Sertão
da Mantiqueira.
Em fins do século XVII depois de 140 anos de buscas, os paulistas descobrem no interior do atual Estado de Minas Gerais o tão
cobiçado ouro, iniciando-se então um grande fluxo de pessoas para o interior do Sertão da Mantiqueira, afim de tentar a sorte
nos garimpos.
A Coroa Portuguesa no intuito de controlar o trânsito do metal e facilitar a cobrança dos imposto, define o único caminho permitido para o acesso às minas e para o transporte do metal, e que ficou conhecido como Caminho Geral do Sertão e depois como
Estrada Real. Este se iniciava em Paraty, subia a Serra do Mar e atingia Guaratinguetá. Daí seguia pelo Caminho dos Paulistas,
atravessando a Mantiqueira, pela Garganta do Embaú, passando pelas hoje cidades de Passa-Quatro, Itanhandu, Santana do Capivari, Consolação, Pouso Alto, Baependi, Conceição do Rio Verde, Cruzilha e Ingaí. já no atual Estado de Minas Gerais. Ai, atravessava o Rio Grande chegando a Ibiruna, subindo o Rio das Velhas até o Arraial do Rio das Mortes, hoje São João D’El Rey.
Seguindo então até a Vila Rica, hoje a cidade de Ouro Preto (MG).
Em meados do século XVIII a Coroa Portuguesa abre um segundo caminho a partir do Rio de Janeiro, atravessando a Serra dos
Órgãos e o Caminho dos Paulista passa a ser chamado de “Caminho Velho”.
CONTINUA
CONTINUAÇÃO
ALTITUDES
A Serra da Mantiqueira, é formada por diversas elevações e planaltos. Local muito agradável e que tem merecido a atenção de
muitos aventureiros, que iguais ao passado, buscam não o ouro das Minas Gerais mas sim, uma relação mais intensa com a natureza. Por seus picos e sua estrutura, tem despertado o interesse de muitos praticantes do montanhismo, alpinismo e trakkers
especialmente no Inverno, por coincidir com a estação seca, quando alguns dos picos mais elevados do País, podem ser alcançados e escalados mais fácil mente.
Picos mais elevados:
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Pedra da Mina
- 2.897 metros de altitude - entre Passa Quatro (MG) e Queluz (SP)
Agulhas Negras
- 2.787 metros de altitude - no Parque Nacional de Itatiaia
Pico Três Estados
- 2.665 metros de altitude - entre Passa Quatro (MG) e Queluz (SP)
Pico dos Marins
- 2.420 metros de altitude - entre Marmelópolis (MG) e Queluz (SP)
Pedra do Baú (Complexo) - 2.050 metros de altitude - situada na cidade de São bento do Sapucaí (SP)
Também na Serra da Mantiqueira estão algumas das cidades Brasileiras com maior altitude:
·
·
·
·
·
Campos do Jordão (SP)
Monte Verde (MG)
Senador Amaral (MG)
Bom Repouso (MG)
Maria da Fé (MG)
-
1.620 metros
1.550 metros
1.500 metros
1.370 metros
1.280 metros
CLIMA
Devido á altitude, o inverno na Serra da Mantiqueira apresenta baixas temperaturas, com a ocorrência de nevoeiros no inicio da
manhã e às vezes geadas, dando à paisagem um visual típico de clima de montanha frio. É comum o termômetro atingir marcas
próximas a 0° Centígrados, sendo que, nas cidades mais altas, como Campos do Jordão e Monte Verde, por vezes a temperatura
chega a atingir os 5° negativos. Nos picos mais elevados, como os acima indicados, em seu cume as temperaturas chegam a
alcançar os 10° negativos.
MICRO REGIÕES
Para um melhor entendimento, pela natureza da extensão territorial da Serra da Mantiqueira, iremos abordá-la em micro regiões.
Para isso foram criados nomes, que ajudassem na sua descrição.
1 - Cidades Altas
Esta região fica à direita do Rio Jaguari e compreende as cidades de Itapeva, Camanducaia, Munhoz, Senador Amaral, Bom
Repouso, Bueno Brandão e Ouro Fino, em Minas gerais e, Pedra Bela e Serra Negra, no Estado de São Paulo. É uma extensa área que engloba uma sucessão de serras com altitudes entre 1.200 e 1.600 metros e que não tem a presença de picos tão elevados. No entanto, possui entre si algumas das cidades com a maior altitude do Brasil. É uma região pouco habitada, sem a presença de nenhuma grande cidade e pouco desenvolvida economicamente. Tem como principais atividades a pecuária, a cultura
de batata, milho, hortaliças e na área de floricultura a plantação de “rosas”.
2 - Entre Rios
Como o nome já diz, esta região se situa entre dois rios, o Jaguari que corre no sentido norte-sul e faz parte da bacia do rio
Tietê e, o Sapucaí - Mirim que corre do sul para o norte e forma o Rio Grande. Engloba-se aqui as cidades de Extrema, Monte Verde (distrito de Camanducaia) e Gonçalves em Minas Gerais e, Sapucaí - Mirim, no Estado de São Paulo. É região rica em água,
com paisagens muito bonitas aonde o turismo vem-se desenvolvendo de forma acentuada, nos últimos anos. Possui picos com
mais de 2.000 metros de altitude, como o pico do Selado (Monte Verde-MG) e a Pedra de São Domingos (Gonçalves-MG).
3 - Pinhais
É uma das regiões mais frias da Mantiqueira e por isso com uma grande presença de Araucárias (ver na páginas seguintes),
ou Pinheiro-Brasileiro. É nesta região que estão as maiores cidades que são Campos do Jordão, Santo António do Pinhal, São
Bento do Sapucaí, no Estado de São Paulo e, Brasópolis, Piranguçu e Venceslau Braz, no Estado de Minas Gerais. Possui uma
grande área de matas nativas preservadas e algumas das mais bonitas paisagens serranas do Brasil. Possui uma atividade turística muito elevada, no lado paulista, sendo que Campos do Jordão, considerada a “Suíça Brasileira” tem seu nome conhecido
internacionalmente. Já nas cidades da parte de Minas Gerais, o turismo ainda tem uma atividade bastante tímida.
4 - Terras Altas
É a região do antigo Caminho Geral do Sertão e por esse motivo tem entre si algumas das cidades mais antigas da Serra da
Mantiqueira. Nela temos, Passa Quatro, Itanhandu, Itamonte, Pouso Alegre, Alagoa, Virgínia, Delfim Moreira e Marmelópolis, no
Estado de Minas Gerais. Ai fica o trecho da Serra da Mantiqueira conhecido como Serra Fina, um dos destinos preferidos pelos
alpinistas e, que possui alguns dos picos mais elevados, como: Pedra da Mina, Três Estados, Capim Amarelo, entre outros. Possui uma paisagem deslumbrante com belas matas, riachos e cachoeiras. Na atividade econômica predomina o turismo, a pecuária leiteira e a produção artesanal de doces e compotas.
5 - Itatiaia
Nesta micro região se situa o parque Nacional de Itatiaia (ver páginas seguintes) e nela se situam as cidades de Bocaina de
Minas, Liberdade, Mirantão e Visconde de Mauá. É uma área pouco habitada e com uma fauna e flora exuberantes. Nela se encontram as elevações: Pico das Agulhas Negras, Morro do Couto e a Pedra do Sino.
6 - Ibitiboca
Nesta região se situa o “Parque Estadual do Ibitiboca”, se situa na chamada Zona da Mata Mineira e já é a porção final da Serra da Mantiqueira. Este trecho está todo no Estado de Minas Gerais e engloba as cidades de Bom Jardim de Minas, Lima Duarte,
Santa Rita do Ibitiboca e Barbacena.
ECOSSISTEMA
A Serra da Mantiqueira integra o ecossistema da mata Atlântica e mata das Araucárias, apresentando manchas remanescentes
dessas matas bem como campos de altitude em seus picos mais elevados. Aliado a isso, uma vasta fauna nativa ainda pode ser
encontrada, como por exemplo: veado campeiro, lobo-guará, onça parda, cachorro-vinagre, jaguatirica, paca, bugio, macaco
sauá, mono, tucano, esquilo e ouriço-caixeiro.
A Araucária é uma das árvores mais antigas da Terra. Muito antes da época dos Dinossauros já pairava airosa, há mais de 200 milhões de anos, distribuídas por todo o
planeta. Hoje restam apenas 19 espécies restritas ao Hemisfério Sul, sendo uma delas
encontrada no Brasil, a Araucária angustifólia (Bertol), também conhecida como pinheiro-brasileiro ou pinheiro-do-Paraná. António Bertolini foi o primeiro botânico a
publica, no ano de 1819, a diagnose cientifica do pinheiro-brasileiro com a denominação de Columbea Angustifólia.
Uma árvore alta, caule reto, copa de formato peculiar, figura imponente e característica, é freqüente na paisagem do Brasil. É a araucária. O pinheiro se destaca das outras
espécies brasileiras, devido à sua forma original. Com sua beleza impar dá às paisagens do Sul uma característica toda especial. No passado, antes que a lavoura de café e
cereais cobrisse as terras paranaenses, antes que os trigais cobrissem os campos gaúchos, sua presença era tão comum que os índios a chamavam de “curitiba”, que na
língua significa “imensidão de pinheiros”. E a palavra se conserva até hoje, denominando a Capital do Estado do Paraná.
Conhecida como pinheiro-do-Paraná e também como pinheiro brasileiro, a Araucária
angustifólia pertence a um pequeno grupo, que abrange apenas dois gêneros: o Agathis, natural da Austrália, e a Araucária, que aparece no Chile, Argentina e Brasil, no
Continente Americano e na Austral Ásia e nas Ilhas Norfolk. Apesar de abundantes
nessas regiões, os pinheiros de araucária não são homogêneos como as florestas européias: a árvore aparece misturada a muitas outras plantas, como, por exemplo, a imbuia, a erva-mate, bambus e diversas herbáceas.
Sobranceiro, o tronco ergue-se reto, sem nenhum desvio e se ramifica apenas no topo,
formando a peculiar copa: os ramos desenvolvem-se horizontalmente, com as pontas
curvadas para cima, superpostos uns aos outros, formando várias camadas. Logo abaixo da copa, nos pinheiros mais antigos aparece, às vezes, alguns tocos de ramo, quebrando a simetria característica.
Esta gymnosperma, uma árvore de grande porte, atinge 52 metros de altura, e seu tronco 8,5 metros de circunferência. “O
gênero, exclusivo do Hemisfério Sul , abrange 16 espécies, das quais apenas duas ocorrem na América Latina: Uma na Argentina e no Chile, e a araucária angustifólia, na Argentina, e em todo o planalto sul brasileiro, concentrando-se nos Estados do
Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e, na Serra da Mantiqueira, entre os Estados de São Paulo, Minas gerais e Rio de
Janeiro. Seu fruto, a pinha, contém de 10 a 150 sementes - pinhões - que são muito nutritivos, servindo de alimento para muitas aves, animais selvagens e ao homem. Somente crescem em solos férteis e em altitudes superiores a 500 metros e clima temperado frio. Atingem o seu ápice de desenvolvimento (árvore adulta) em 50 anos.
É planta dióica, isto é, suas flores, masculinas e femininas, nascem separadas, em árvores diferentes. Assim, um pé de Araucária Angustifólia possui inflorescências (chamadas estróbilos) somente masculinas ou somente femininas.
Ao contrário do que geralmente se pensa, as famosas pinhas usadas nos enfeites de Natal
não provêm das matas nativas de araucária, mas de espécies de introdução relativamente recente, pertencentes ao gênero Pinus. A Pinha de Araucária, ou estróbilo feminino,
na maturidade, se desmancha soltando os pinhões e as escamas murchas.
Quando chega a época da reprodução, o vento transporta o pólen das inflorescências
masculinas para as femininas. É o tipo de polinização que os botânicos denominam de
anemófila. A araucária é, como foi dito antes, uma Gymnosperma ( Gyminós - nu; spérma - semente); suas sementes não estão encerradas em ovários. O óvulo nasce na axila de
um magasporófilo, que é protegido por uma folha modificada - a escama de cobertura.
Esta acaba envolvendo e protegendo o óvulo fecundado, constituindo o que se conhece
como pinhão. Uma árvore feminina produz uma média anual de oitenta inflorescências
(pinha) cada uma com cerca de noventa pinhões (sementes).
A araucária angustifólia é uma árvore útil; pode-se dizer que tudo nela é aproveitável, desde a amêndoa, no interior dos pinhões, até à resina, que destilada fornece alcatrão, óleos diversos, terebintina e breu, para variadas aplicações industriais.
As sementes são ricas em amido, proteínas e gorduras, constituindo assim alimento bastante nutritivo. É comum ver bandos de
pássaros, principalmente periquitos e papagaios, pousados nos galhos das araucárias, bicando as amêndoas.
É considerada a madeira que reúne maior variedade de aplicações. Em construção, já
foi usada para forros de casas, soalhos e vigas. A parte superior do tronco também
teve sua aplicação na industria de construção civil para a formação de andaimes, que
por causa de seus nós motivados pelos galhos, não tinham outro aproveitamento industrial. Várias áreas de pinheirais foram cultivadas exclusivamente para a confecção de
caixas e palitos de fósforos, e a madeireira serviu até para mastros de embarcações.
Em aplicações rústicas, os galhos foram apenas descascados e polidos para, quase ao
natural, transformarem-se em cabos de ferramentas agrícolas.
Fonte: http://www.geocites.com
//
Diagramação: Rede Vale Comunicações
DADOS SOBRE A CIDADE:
Fundação:
Área total da unidade territorial:
Altitude:
Estimativa populacional ( IBGE-2005):
1897
188 km2
1.256 metros
4.305 habitantes (2007)
POPULAÇÃO RESIDENTE:
Homens
Mulheres:
População Urbana:
População Rural:
1.915 (2000)
2.208 “
1.057 “
3.066 “
OUTROS DADOS:
Escolas Ensino Infantil:
Escolas de Ensino Fundamental:
Escolas de Ensino Médio:
1
2
1
BREVE HISTÓRIA DA CIDADE:
Maiores informações: http://www.
TELEFONES ÚTEIS:
Policia Civil:
Prefeitura Municipal:
Hospital e Pronto Socorro:
(35)
3654-1228
3654.1222
3654.1228
HISTÓRIA DA CIDADE:
Muito antes da história acontecer nas terras que hoje conhecemos por Gonçalves, nasceu em Portugal Policarpo
Teixeira de Andrade de Queiroz, em 26 de Janeiro de 1808, na cidade de Alcovire. Criado por seu tio Joaquim José
de Queiroz, adquiriu uma boa formação em letras e em manipulação de fórmulas. Aos dezessete anos e despertado pelas riquezas de Minas Gerais, veio para São João Del Rei, em busca de ouro, fortuna e de tudo o que tinha
ouvido falar sobre a colônia.
Quando Policarpo chegou ao Brasil, no ano de 1825, deixando para traz a tradição e o conforto de sua família e de
seu lar, já encontrou as reservas das minas de ouro se escasseando. Assim, resolveu mudar-se para Vila Nova de
Itajubá , no ano de 1834. No ano de 1837, casou-se com Felizarda Thomazia do Amaral. Sua esposa era filha natural do Padre Lourenço da Costa Moreira, primeiro vigário dessa freguesia (hoje Itajubá-MG) e um de seus fundadores. No ano de 1841, Policarpo mudou-se para Silveiras (Vale do Paraíba Paulista), para uma fazenda que comprou
com o dinheiro amealhado durante muitos anos, somado à herança de sua esposa. De casa nova, lugar novo, Policarpo criou seis filhos: Luiz, Francisco, José Policarpo, Felizarda, Joaquim e o caçula Policarpo Junior, os quais
vieram a herdar de seu pai a herança que este tinha em Portugal.
Policarpo não educou apenas filhos, educou e criou lideres comunitários, que mais tarde vieram a fundar um Partido Liberal em Pouso Alegre (Minas Gerais). Nos anos de 1873 a 1877, Policarpo Junior, presidiu o Partido e fundou
o Jornal Liberalista “O Mineiro”, juntamente com seus irmãos Joaquim e Luiz.
O partido se extinguiu, quando Policarpo adoeceu e se foi tratar em Penha do Rio Peixe (hoje Itapira). Durante sua
recuperação, Policarpo Júnior fez e cumpriu uma promessa a Nossa Senhora das Dores; doou seis alqueires da
Fazenda Rio Manso, de sua propriedade, situada na divisa do Estado de Minas Gerais com São Paulo, para construção de uma Capela. No ano de 1878, a Capela já estava construída, edificada em Sapé e taipa. No entanto, por
sentença judicial, no ano de 1897, foi transferida para as margens do Rio Sapucaí, local da atual matriz da cidade
de Gonçalves. Sua transferência se deu em virtude de uma discórdia entre os primeiros moradores e os herdeiros
da fazenda.
CONTINUA
CONTINUAÇÃO
Residiam no local, onde a Capela foi construída, três colonos mestiços e solteirões, denominados Mariana Gonçalves, Maria Gonçalves e António Gonçalves que na sua morte, não deixaram herdeiros mas, emprestaram seu
nome à Capela que passou a denominar-se “Capela das Dores dos Gonçalves”. O povoado recém criado e que se
desenvolvia entre serras, tinha pessoas empenhadas para o seu desenvolvimento, dentro os quais se destaca o
Capitão António Carlos, que junto a Bueno de Paiva, elevou Gonçalves à categoria de Distrito de Paz, trouxe a Agência dos Correios e o Cartório de registro Civil, além de lavrar em documento público uma ata de fundação da
“Lira Nossa Senhora das Dores”, no ano de 1909. O povo de Gonçalves, passou então a contar com instrução musical, que assim divulgou o local e passou a atrair novos moradores. No dia 30 de Dezembro de 1962, foi elevada à
categoria de município, desmembrando-se de Paraisópolis (MG)
O distrito começava a crescer e junto vieram novos estabelecimentos comerciais e as portas do desenvolvimento
foram abertas.
A construção do alicerce da atual Igreja Matriz foi iniciada em 1920, por iniciativa das famílias Gonçalves, que,
buscavam com carro de bois, maciços blocos de pedra, da região.
O desenvolvimento de Gonçalves foi retardado, como em todas as cidades vizinhas da divisa de Minas Gerais
com São Paulo, devido às revoluções de 1928, 1930 e 1932.
No ano de 1949, foi concluída a construção da Igreja Matriz com a construção de uma torre, em estilo moderno.
Sua inauguração foi bastante festejada pelos moradores e, a eles anunciada, por megafones e panfletos, distribuídos entre eles.
No ano de 1997, foi considerada área de Proteção Ambiental, pelo Decreto Estadual, nº.38.925 de 17/06/1997, em
virtude se sua exuberante fauna e flora.
Gonçalves reúne um conjunto paisagístico singular, com montanhas rochosas, florestas remanescentes da mata
atlântica, picos que se elevam até à altitudes acima de 2.100 metros,
cachoeiras com águas cristalinas, o Rio Capivari e muitos ribeirões.
Gonçalves situa-se entre a cidade de Campos do Jordão (Estado de
São Paulo) e a cidade de Monteverde ( Estado de Minas Gerais) e hoje pode-se considerar uma das muitas opções
de lazer, que a Serra da Mantiqueira nos pode proporcionar.
Ecoturismo, turismo de aventura, turismo rural. O Bairro Sertão do Cantagalo, é considerado o local habitado com
maior altitude do Brasil, superando Campos do Jordão com temperaturas que facilmente chegam a 10° negativos,
no Inverno. Este Bairro também propícia, por sua infra-estrutura, a prática de esportes radicais, tais como: Trekking, Montanhismo, Rapel, Canyoning, Bóia-cross, Rafting, entre outros.
Cachoeira do Retiro:
A caminhada para esta cachoeira é uma das mais leves e de fácil acesso, talvez por isso mereça a preferência de maior numero de turistas. Saindo do centro da cidade de Gonçalves, percorre-se 2,5 km até encontrar-mos a trilha, que tem um percurso
de 1,4 km até à cachoeira., Nessa trilha, estreita, mas de mata aberta, podem ser apreciadas as montanhas ao seu redor. Neste
percurso, geralmente após 15 minutos já pode ser vista a grandiosa cachoeira, situada mais à frente, cerca de 400 metros. O
visual é magnífico mesmo e mais, impressionante.
A área em que se encontra esta cachoeira é bem espaçosa e conservada, podendo-se nadar em um lago de águas límpidas e
cristalinas, formado por uma de suas quedas. No entanto, deve-se tomar bastante cuidado pois é local de forte correnteza.
Aconselha-se levar, roupa de banho, protetor solar e água para hidratação.
Cachoeira das Andorinhas:
No Rio Capivari, em meio a uma densa mata ciliar, esconde-se a Cachoeira das Andorinhas. São dois saltos principais, o primeiro com cerca de 7 metros de altura e o segundo com 10 metros, formando piscinas naturais. Neste local também existe
uma grande laje de pedra, com curiosos buracos redondos e profundos, modulados pela queda d’água, além de uma grande
Ilha composta de grandes árvores.
CONTINUA
CONTINUAÇÃO
Cachoeira do Cruzeiro:
Depois de percorrer uma bela vargem, cheia de curvas acentuadas, o rio Capivari cai por uma grande laje de pedra inclinada a
cerca de 40°, desaguando, em uma piscina natural, de uma altitude de cerca de 7 metros. O local é provido de uma grande luminosidade e beleza natural.
O acesso se dá pela Estrada que liga Gonçalves ao distrito dos Costas. percorridos cerca de 1,5 km encontramos a bifurcação
que dá acesso ao Sertão do Cantagalo (entrada sentido Sertão do Cantagalo). Neste ponto, segue-se à esquerda, em direção ao
Cantagalo, por uma distância de cerca de 700 metros. Ai, à direita encontraremos um pasto, que deverá ser adentrado e pela
trilha percorrer cerca de 400 metros.
Cachoeira dos Henriques:
São 10 metros de várias quedas, de fácil acesso. Várias trilhas por entre as pedras, local próprio para banhos e a prática de
Rapel. Para os interessados é oferecido treinamento antes, mas, de qualquer forma, para aqueles que não têm experiência em
rapel, é aconselhável fazer a descida mais fácil, de cerca de 10 metros.
Acesso pela Estrada dos Martins, sentido Bairro dos Henriques, a 9 km do centro de Gonçalves.
Cachoeira Fazendinha:
Com cerca de 100 metros de extensão, a Cachoeira da Fazendinha é uma bonita atração, situada no Bairro do Cantagalo. Ela
desce por uma longa encosta inclinada , formando pequenas piscinas naturais em campo aberto até terminar em uma queda
d’água maior, dentro de um bosque cercado de samambaias gigantes. Um cenário de grande beleza a 1.500 metros de altitude.
O acesso se dá pela Estrada que liga Gonçalves ao Bairro Sertão do Cantagalo. 1 km antes da vila, segue-se à esquerda, no
entroncamento por 800 metros, retornando à mata, até alcançarmos as quedas d’água. Aconselha-se este percurso somente
acompanhado por guia.
Pedra do Forno:
Situada no Bairro Terra Fria a Pedra do Forno pode ser avistada por todo o Bairro. Com 1.970 metros de altitude, o acesso é
feito por trilhas no meio da mata e até se atingir seu topo, a caminhada pode demorar cerca de 1 hora. Esta elevação recebe
este nome, por ter o formato de um forno a lenha. Ao se atingir o sopé da pedra, existe uma escada de ferro presa à rocha e no
topo existe uma Capelinha. A vista também é incrível e de lá pode ser avistada a Pedra do Baú, que se situa na cidade de São
Bento do Sapucaí (Estado de São Paulo). De lá também podemos ver as cidades de Campos do Jordão, Monte Verde e a Pedra
de São Domingos. Está a cerca de 12 km do centro da cidade de Gonçalves e seu celular, por incrível que pareça pega, no topo
da montanha.
O acesso se dá pela Estrada que liga a cidade de Gonçalves ao Bairro Terra Fria. Fica a 12 quilômetros (estrada estreita).
Pedra Chanfrada:
Também situada no Bairro terra Fria, a 1.771 metros de altitude, recebe este nome por ter em um de seus lados um corte oblíquo, de cerca de 130 metros. Se situa a 10 km do centro da cidade de Gonçalves. A vista que se tem do topo da pedra é espetacular, de onde se pode avistar as cidades de Campos do Jordão (Estado de São Paulo), Paraisópolis e Itajubá (Estado de Minas
Gerais).
Seu acesso se dá pela Estrada que liga a cidade de Gonçalves ao bairro Terra Fria, seguir por 10 km por estrada estreita , até ao
sopé da pedra. O acesso para atingir seu topo é feito por meio de trilhas, percorridas por aproximadamente 40 minutos
(caminhada). Este percurso se dá metade, por meio de uma pastagem e a outra metade se adentra em mata nativa, entre muitas
araucárias.
Pedra de São Domingos:
É o segundo ponto mais alto do município, com uma altitude de 2.050 metros. Como em todos os outros a visão que se tem ao
chegarmos ao seu topo é maravilhosa. Região de muitos picos, planícies e densa mata, dali se avista grande parte da Serra da
Mantiqueira, a quase totalidade do município de Gonçalves e em dias abertos, sem neblina, podemos avistar algumas cidades
do Sul do Estado de Minas Gerais, além da cidade de Campos do Jordão (Estado de São Paulo) e Monteverde (Estado de Minas
Gerais). A sensação é de que nos encontramos no topo do Mundo.
Seu acesso se dá pela estrada que liga a cidade de Gonçalves ao Distrito dos Costas. Após 1 km entra-se à esquerda, subindo
a serra por estrada estreita e sinuosa, até ao final da pedra.
Pedra do Cruzeiro ou Atrás da Pedra:
Maciço rochoso que imerge isolado no Vale do Lambari. Suas formas são variadas conforme o lado de onde é observado. Com
uma altitude de 1.152 metros, em seu cume existe uma Capela, construída em Setembro de 1976 e uma cruz. Em uma de suas
faces existe uma fenda que leva a uma gruta, de difícil acesso. Nos meses de frio o cenário torna-se onírico; a montanha transforma-se no Ilha em meio a um imenso mar de nuvens.
O acesso se dá pela Estrada que liga Gonçalves ao bairro Atrás da Pedra. No bairro, perto da ponte entra-se à esquerda, na porteira que dá acesso ao bananal. A estradinha interna sobe por mais ou menos 300 metros , que termina numa trilha que leva ao
topo da montanha.
CONTINUA
CONTINUAÇÃO
Mirante do Cruzeiro
No topo de uma elevação suave, coberto de pastagens e fileiras de araucárias está o Mirante do Cruzeiro. Seu acesso, se dá
por estrada e, de carro pode ser facilmente acessado, até ao Mirante.
De lá avistamos a totalidade da cidade de Gonçalves, o bairro do Canta Galo e as Serras de
Paraisópolis, Brasópolis e São Bento do Sapucaí. Também de lá se avista toda a Região de
Pouso Alegre.
Seu acesso se dá pela estrada que liga Gonçalves ao Sertão do Cantagalo. Segue-se em direção ao Distrito dos Costas até à bifurcação para o Sertão do Cantagalo, seguindo-se por
mais 500 metros, entra-se à esquerda, no topo da estrada, na cerca de arame farpado.
Serra da Balança:
É uma sucessão de picos, formando estreitos platôs, como um muro ascendente, em forma
de ferradura que culmina com o Alto do Campestre. As altitudes vão de 1.300 a 1.750 metros.
Alguns apresentam paredões verticais de mais de 100 metros, voltados para o Vale do Sapucaí. A visão, seja ela com tempo aberto, chuvoso ou nublado, é sempre espetacular. A natureza se mostra bastante sensibilizada e nossa alma se abre, nosso espírito se recupera, enchendo-nos de energias positivas. Essa vista já pode ser obtida da rodovia SP-173. No entanto, quem se aventurar a alcançar seu cumes, seja através de trilhas ou fazendo a sua escalação por cordas, o sacrifício será muito recompensado.
O acesso se dá, seguindo pela estrada que liga a cidade de Gonçalves ao bairro dos Venâncios.
Pedra do Barnabé:
Na arborizada estrada para o bairro do Campestre, há um trecho à esquerda, em que a paisagem se abre para um impressionante conjunto de montanhas rochosas, erguidas do profundo Vale do Ribeirão Campestre, conhecida como “Pedra do Barnabé” ou “Pedra do Campestre”, com uma altitude de 1.780 metros., assemelha-se a duas pirâmides com paredões
fortemente inclinados e uma densa floresta de araucárias escalando seus flocos.
Se acesso se dá, saindo da cidade de Gonçalves, em direção ao Bairro de São Sebastião
que se alcança por volta de 7 km percorridos. Após o bairro, segue-se em frente por mais
600 metros até atingirmos a bifurcação com o bairro Campestre. Segue-se por mais alguns
quilômetros, até avistarmos a montanha, situada no lado esquerdo da estrada.
Pedra Bonita:
Uma caminhada ao pico da Pedra Bonita equivale a uma fantástica aula de geografia sobre a Serra da Mantiqueira. Saindo de
um vale a 1.600 metros de altitude, atravessam-se campos, riachos, bosques e florestas em diversos estágios de desenvolvimento. No topo, grandes blocos de rochas formando platôs, lâminas e escarpas cobertas de bromélias e musgos, abraçando
tudo isso constatamos 360° de paisagens estonteantes, de onde avistamos o Vale do Paraíba, Sul de Minas gerais e a Serra do
Mar. É o ponto mais alto da região, são 2.120 metros de altitude. Seu cume pode ser alcançado através de trilhas, pela mata,
sendo que somente aconselhamos seu percurso, acompanhado de guias experientes.
Seu acesso se dá pela Estrada que liga Gonçalves ao Bairro Campestre. à frente do Sítio São João, entra-se à direita, na bifurcação, até atingirmos a Fazenda Campestre (mais 1 km). percorre-se então, a estrada particular da fazenda, até ao pé da montanha, onde começa a trilha que acessa o vertente.
Este acesso fica em PROPRIEDADE PARTICULAR e torna-se necessário pedir autorização, para ser percorrida.
Não é à toa que Gonçalves fica situada em uma área de preservação ambiental. Seu território é um santuário de natureza, que
se desenvolve, livre, bela e solta. Se querem conhecer a Serra da Mantiqueira, podem começar por Gonçalves. Ali a realidade
da natureza, o seu estado de conservação aliada à consciência ecológica de seus habitantes, podemos ainda ter fé e esperança de que algo se irá salvar, para as próximas gerações.
Por isso começamos a Região Serrana, por Gonçalves, um território que deveria ser considerado como Patrimônio da Humanidade e que merece todo o respeito e ações da parte dos Governos Estaduais
para a manutenção de sua fauna e flora, simplesmente esplendorosas.
DADOS SOBRE A CIDADE:
Fundação:
Área total da unidade territorial:
Latitude do distrito sede do município:
Longitude do distrito sede do município:
Altitude:
Estimativa populacional ( IBGE-2007):
27 d3 Junho de 1888
166,860 km2
22° 34’ 15’’
44° 54’ 07’’
508 metros
6.538 habitantes
POPULAÇÃO RESIDENTE:
Homens:
Mulheres:
População Urbana:
População Rural:
3.065
2.943
5.307
701
DADOS COMPLEMENTARES (2004):
Taxa de alfabetização:
Densidade demográfica:
IDNH “Índice de Desenvolvimento Humano:
89,84%
36,00 hab/km2
0,768
BREVE HISTÓRIA DA CIDADE:
Maiores informações: http://www.lavrinhas.sp.gov.br
TELEFONES ÚTEIS:
Policia Civil:
Policia Militar:
Câmara Municipal:
(12) 3146.1123
3146. 1234
3146. 1351
ORIGEM DO NOME:
Por volta de 1828, João e António Ribeiro chegaram à região que há época se chamava de GRAMA e, ali encontraram, pequenas lavras de ouro. Por serem pequenas, passaram a denominar o local de “Lavrinhas”.
RESUMO DA HISTÓRIA:
Localizada na rota que ligava Minas Gerais, ao Vale do Paraíba e ao Litoral Norte, o povoado foi fundado em 27 de Junho
de 1888, por Manoel da Cruz e Honório Fidélis do Espírito Santo, com o nome de São Francisco de Paula dos Pinheiros.
levado à consideração de distrito em 28 de Dezembro de 1917, tornou-se município em 30 de Novembro de 1944, com o nome
atual de Lavrinhas.
UM POUCO MAIS DE HISTÓRIA:
O município de Lavrinhas teve origem no povoado fundado por Honório Fidélis do Espírito Santo e Manoel Novaes
da Cruz, no ano de 1828, em torno da Capela de São Francisco de Paula, na localidade denominada Pinheiros. Este
povoado levou inicialmente o nome de São Francisco de Paula dos Pinheiros e pertencia ao antigo território de
Areias. Com a elevação, da cidade de Queluz à categoria de Vila, em 1842, Pinheiros foi anexada ao território da
nova Vila.
Em 1873, coma passagem com a passagem da Estrada de Ferro (Ver artigo a seguir) D. Pedro II, na região, os irmãos João Emidio Ribeiro e António Francisco Ribeiro, doaram um terreno da Fazenda Lavrinha, de sua
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CONTINUAÇÃO
propriedade, para a Estrada de Ferro D. Pedro II, com o objetivo de construir uma estação às margens da Estrada
de Ferro e assim atender à grande produção cafeeira da localidade. Em 12 de Outubro de 1874, foi inaugurada a
estação ferroviária, tendo sido a segunda estação no eixo Rio de Janeiro - São Paulo. Sua inauguração ocorreu ,com uma viagem feita pela locomotiva a vapor construída por Willian Fair Bain & Sons em 1852. Em torno das estações das Estradas
de Ferro, era comum na época a formação de pequenas Vilas e com
Lavrinhas, aconteceu a mesma coisa.
Na Zona Rural, já começava a exploração de lenha e carvão vegetal
para uso nas locomotivas e caldeiras. A economia girava em torno do
Café e, vestígios desse tempo, ainda podem ser vistos nos casarões
existentes em toda a extensão do município. No entanto, o centro administrativo e político permaneciam em Pinheiros.
Aos 27 dias do mês de Junho do ano de 1881, o presidente da Província de São Paulo, o Senador do Império, Sr. Florêncio Carlos de Abreu, sancionou a Lei nº. 87 da Assembléia Provincial, elevando São
Francisco de Paula dos Pinheiros à categoria de município e desmembrando-o do território de São João Batista de Queluz, mantendo ainda as mesmas divisas territoriais.
Em 1906 foi criado o distrito de Lavrinhas e somente após o Decreto 1.021 de 6 de novembro do mesmo ano, São
Francisco de Paula dos Pinheiros passou a se chamar Pinheiros.
Pelo município, descia a estrada que ligava Minas Gerais ao Rio de Janeiro, passando por Queluz, Areias e demais
cidades do atual Vale Histórico. Em 1914 chegaram os padres Salesianos e perto da Estação foi instalado o Colégio
São Manoel, num terreno doado pelo fazendeiro Coronel Manuel Pinto Horta.
Em 1929 com a famosa queda da Bolsa de Nova Yorque os fazendeiros de café se enfraqueceram. Agravando a situação, as revoluções de 1930 e 1932 deixaram o município ainda mais vulnerável, dando chance ao políticos de
Queluz incorporarem novamente Pinheiro aquele município. Em 1936, houve eleição municipal, tornando-se prefeito o Sr. Sebastião Novaes e um ano após sua eleição, em 1937, Pinheiros volta a se tornar independente. O distrito
de Lavrinhas viu sua população aumentar, a economia crescer e foi se impondo como candidato à sede do município, o que realmente veio a acontecer no ano de 1944, para desgosto dos pinheirenses. Também contribuiu para o
declínio de Pinheiros, a construção da Rodovia Presidente Gaspar Dutra pois a estrada que vinha de Minas Gerais
indo em direção ao Rio de Janeiro não passava mais por Pinheiros. Em 1945, a Câmara Municipal foi instalada definitivamente em Lavrinhas.
Na década de 1960, com a extinção das matas locais, devido á exploração do carvão, lenha, e café, uma nova atividade surgiu; a pecuária leiteira. Posteriormente desenvolveu-se a exploração de bauxita e outros minérios, ocupando grande parte da mão de obra local, até aos dias de hoje. Nos últimos anos com o desenvolvimento da indústria e
do comércio, surgiram também alguns balneários, pesqueiros, pousadas, bares e lanchonetes que atraem pessoas
de outras cidades da região para apreciar as belezas naturais da cidade. O turismo passou então a representar importante fonte de renda e crescimento para o município.
Lavrinhas conta hoje com cinco bairros assim denominados: Centro, Pinheiros, Capela do Jacu, Jardim Mavisou e
Village Campestre, e ainda uma vasta Zona Rural.
A origem do nome Lavrinhas - Conforme comprova antigo manuscrito datado de 03 de setembro de 1845, pertencente ao Arquivo Público de Queluz, o nome Lavrinha teve origem do fato de terem encontrado no local uma pequena lavra de ouro, onde foi fundada a atual sede do município. Outras pequenas Lavras foram surgindo, daí o
topônimo LAVRINHAS, nome que até hoje é conservado.
Fonte: www.lavrinhas.sp.gov.br
O TURISMO SEGUNDO A SECRETARIA DE TURISMO E CULTURA DE LAVRINHAS
Aos pés da Serra da Mantiqueira e às margens do Rio Paraíba, Lavrinhas é rica em belezas naturais. O Turismo do
município, está voltado para dois principais tipos, o Turismo de Natureza enfocando o turismo rural, de aventura e
ecoturismo e o Turismo Cultural. O turismo de natureza é realizado principalmente nas áreas rurais da cidade, nas
serras, em seus balneários e rios de águas cristalinas. Outra opção de turismo ainda não explorado, é o que resgata seu riquíssimo patrimônio histórico e cultural, constituído por construções históricas da época áurea do café e
que serviram de palco para a Revolução de 1932.
O Turismo Cultural é aquele que resgata e valoriza o patrimônio histórico cultural de uma localidade, formado por
construções históricas, como igrejas, casarões, monumentos, entre outros e faz com que moradores e turistas conheçam um pouco mais a história local. Divulgar os atrativos históricos e culturais da cidade de Lavrinhas é colaborara para a sua valorização e conseqüente preservação.
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CONTINUAÇÃO
Atualmente a cidade é conhecida por seus balneários, com rios e cachoeiras de águas cristalinas, suas belas
montanhas e lindas paisagens, propícias à prática de esportes ou à simples contemplação. Realiza vários eventos
durante o ano que proporcionam um maior contato com a natureza, constando de seu calendário permanente as
atividades de Trekking, enduro de bicicleta, encontro de motociclistas, encontro de jeep, festival da paçoca, concurso de moda de viola, feiras de artesanatos, eventos culturais entre outros, reunindo visitantes de toda a região.
Fonte: www.lavrinhas. sp. gov.br
Infelizmente Lavrinhas por sua necessidade de subsistência teve grande parte de sua mata ciliar e nativa destruída com a exploração da atividade de carvão vegetal, para abastecer as locomotivas e caldeiras da Estrada de Ferro que passava por seu território. No entanto, a natureza é auto-suficiente e sozinha saberá se recompor.
Filipe de Sousa
Estrada de Ferro Dom Pedro II (1874-1980)
Estrada de Ferro Central do Brasil (1889-1975)
RFFSA (1975-c.1980)
Por: Ralph Mennucci Giesbrecht
HISTÓRICO DA LINHA: Em
1869, foi constituída por fazendeiros do Vale do
Paraíba, a Estrada de Ferro do Norte (ou E.F. São
Paulo - Rio), que abriu o primeiro trecho, saindo
da linha S.P.R., do Brás, em São Paulo, e chegando até à Penha. Em 12 de Maio de 1877, chegou a
Cachoeira (Paulista), onde, com bitola métrica,
encontrou-se com a E.F. Dom Pedro II, que vinha
do Rio de Janeiro e pertencia ao Governo Imperial, constituída em 1855 e com o ramal, que saia
do tronco em Barra do Piraí, Província do Rio de
Janeiro, atingindo Cachoeira (Paulista) no terminal navegável dois anos antes e com bitola larga
(1,60 metros).
A inauguração oficial do encontro entre as duas
ferrovias se deu em 8 de Julho de 1877, com festas.
As cidades se desenvolveram, e as que eram
prósperas e ficaram fora dela viraram as
“Cidades Mortas”... O custo da baldeação em Cachoeira (Paulista) era alto, onerando os fretes e
foi uma das causas da decadência da produção
de café no Vale do Paraíba.
Em 1889, com a queda do Império, a Estrada de
Ferro D. Pedro II passou a se chamar “Estrada de
Ferro Central do Brasil”, que, em 1890, incorporou a Estrada de Ferro do Norte, com o propósito
de alargar a bitola e unificá-las. Os trabalhos começaram em 1902 e terminaram somente em
1908. Em 1957 a Central foi incorporada pela
“REFESA”.
O trecho entre Mogi das Cruzes e São José dos
Campos foi abandonado no fim dos anos 80, pois
a construção da variante do Parateí, mais ao norte, foi aos poucos provando ser mais eficiente.
Em 31 de outubro de 1998, o transporte de passageiros entre o Rio de Janeiro e São Paulo foi desativado, com o fim do Trem de Prata, mesmo
ano em que a MRS passou a ser concessionária
da linha. O transporte de subúrbios, existente desde os anos 20 no ramal, continua até hoje entre o Brás (São Paulo) e Estudantes, em Mogi das Cruzes (SP).
ESTAÇÃO: a Estação Lavrinhas foi inaugurada pela Estrada de Ferro D. Pedro II em 1874. No final dos anos 70, a
linha sofreu uma retificação de alguns metros e os desvios da estação foram retirados; o prédio está distante da
linha por uns quinze metros. Serve hoje como Cartório de Notas, e fica no centro da pequena e bela cidade de LAVRINHAS.
DADOS SOBRE A CIDADE:
Fundação:
Área total da unidade territorial:
Latitude do distrito sede do município:
Longitude do distrito sede do município:
Altitude:
Estimativa populacional ( IBGE-2005):
PIB
2003:
PIB - Per capita
2003:
IDH
POPULAÇÃO RESIDENTE:
Homens
Mulheres:
População Urbana:
População Rural:
Densidade demográfica:
1877
309,1 km2
23° 18’ 45’’ S
46° 33’ 45’’ W
730 metros
4.046 habitantes
R$.: 15.897.710,00
R$.: 3.912,80
0,736 PNUD/2000
2.166
1.880
1.626
2.420
13,09 hab/km2
BREVE HISTÓRIA DA CIDADE:
Dois fatos marcaram a história, a emancipação dos escravos do município antes da Lei Áurea e a inundação de
Redenção da Serra, na década de 1970, pelas águas da represa CESP, tornando necessária a construção de uma
nova cidade. Da Vela Redenção da Serra restam, como memória urbana, a igreja matriz, o sobrado da Prefeitura
Municipal e o casario da Rua Capitão Alvim.
Redenção da Serra teve sua origem a partir de um bairro rural (Santa Cruz do Paiolinho), inicialmente pertencente
ao Município de Taubaté (SP),no período áureo do café, tornando-se Vila no ano de 1877. Em 1934, por Decreto
Estadual passou a ser distrito de Jambeiro (SP), retornando à sua condição anterior de município no ano de 1935.
O Nome de Redenção da Serra, segundo alguns foi recebido no ano de 1944, no entanto outros historiadores afirmam que já desde o ano de 1810, a localidade se denominava Redenção da Serra.
Veja mais sobre Redenção da Serra, história, tradições, artesanatos e folclore nas páginas seguintes.
Maiores informações: http://www.redencaodaserra.sp.gov.br
TELEFONES ÚTEIS:
Policia Civil:
Policia Militar:
Polícia Rodoviária Estadual:
Prefeitura Municipal:
Estação Rodoviária:
(Taxi)
Secretaria da Educação:
Meio Ambiente (Casa da Agricultura):
Centro de Saúde:
12 - 3676.1211
3676.1206
3624.4824
3676.1282
3676.1285
Não disponível
3676.1244
3676.1428
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A história de Redenção da Serra remonta ao inicio do século XIX. Com o esgotamento do ouro de aluvião nas minas de Minas
Gerais e o conseqüente fim do ciclo do ouro, a economia do Sudeste do Brasil, se deslocou para a região do Vale do Paraíba,
movida pela expansão e pelo sucesso da agricultura cafeeira, cujo Ciclo do Café, muito embora se iniciando, trazia ótimas perspectivas de futuro.
A monocultura do café trouxe a expansão cafeeira na região, ocupando vales, montanhas e planícies, ocasionando e possibilitando o surgimento de vários vilarejos e cidades, dinamizando e enriquecendo importantes centros urbanos na época, tais como Taubaté, Pindamonhangaba, Guaratinguetá, Lorena e Banal, cuja esta última viria a se tornar a principal em importância a
nível Brasil, em riqueza e opulência cafeeira.
Visando a ampliação das lavouras cafeeiras em novos territórios, até então desconhecidos, o governador da Província de São
Paulo nomeou o sertanista e grande desbravador, capitão-mor, Francisco Ferraz de Araújo, juntamente com sua esposa, moradores da então Vila Real de Nossa Senhora do Bom Sucesso de Pindamonhangaba, filho do ilustre paulista Miguel Godoy Moreira, importante e rico proprietário de terras, ocupante de cargos de confiança no governo da Capitania de São Paulo, para desbravar e descobrir novas terras plantáveis.
Para a Coroa Portuguesa o ciclo do café foi sem dúvida de muito maior importância para a fixação do domínio e poderio que o
ciclo do ouro, pois que no ciclo do ouro, a idéia era extrativista e no ciclo do café, com o sentido de colônia, mais amadurecido,
era de interesse aglomerar-se o maior numero de hectares por homem de confiança, afim de se manter o controle do território e
a ampliação do domínio. Sistema paternalista de desenvolvimento social.
Cumprindo a determinação do governador e alimentados pelo sonho de fazer fortuna com o ciclo do café que dia
a dia ganhava forças na região, o casal desbravador, seguiu rumo aos Sertões da Serra do Mar, acompanhados
de um grande número de escravos, procurando territórios e terras férteis para iniciarem a sua cultura de café.
Se instalaram às margens do rio Piratininga num pequeno vale entre as montanhas da região, no que hoje é conhecido como Sertão da Samambaia, em terras então pertencentes a Taubaté, onde ali, construíram uma fazenda.
Após a instalação e o inicio das lavouras, um dos melhores escravos do capitão, ao abrir por entre a mata trilhas
e caminhos de acesso à fazenda, foi picado por uma cobra, vindo a falecer. O bravo escravo desbravador, foi sepultado em um local nos arredores da fazenda e a sepultura foi assinalada, por uma grande cruz de madeira, ali
postada em sua memória.
Com o inicio do povoamento nas proximidades da fazenda, Ferraz de Araújo, a todos os que lhe solicitavam terras, mandava quer fossem usadas as terras próximas à cruz, sendo esta a única condição e consequentemente o caminho da
cruz se tornou popular entre as pessoas que ali vinham, para se estabelecer.
Mais tarde, com o declínio do Ciclo do Café, no Vale do Paraíba, o vilarejo passou a sobreviver somente da agricultura de subsistência, destacando-se entre a qual a cultura do milho. Por esse motivo recebeu popularmente o nome de Paiolinho (paiol +
linho), referência direta à plantação de linho feita pelos moradores e às fibras secas recolhidas que eram depositadas em uma
cabana de madeira chamada paiol, destinada ao armazenamento. (paiol=lugar onde se deposita algo, armazena).
O vilarejo, embora lentamente, foi crescendo e, por volta do ano de 1850, no lugar da antiga cruz de madeira, foi construída uma
pequena capela que possuía duas torres e um sino, com a ajuda dos moradores e de fazendeiros da região, tendo recebido o
nome de Capela de Santa Cruz, nome este dado pelo vigário Padre João Alves Coelho Guimarães. O vilarejo ganhava assim a
sua primeira paróquia, a paróquia de Santa Cruz do Paiolinho.
Em 24 de março de 1860 o povoado foi elevado à condição de freguesia em terras pertencentes ao município de Taubaté. A população cresceu e a produção agrícola prosperou acompanhando o crescimento populacional e, se tornando dia a dia mais significativa, o que levou Paiolinho a ser elevada à categoria de município, pela Lei Provincial nº. 33 de 8 de maio de 1877.
O município possuía sede na povoação de Paiolinho e seus territórios foram desmembrados do município de Taubaté, no dia 1º
de dezembro de 1877. Em 1882, inspirados pelo progresso da região, os moradores deram inicio à construção de uma nova igreja matriz de Santa Cruz, com a ajuda de escravos e de pedreiros. Porém, antes do término das obras, no ano de 1890, o idealizador do projeto, vigário padre José Grecco, deixou a paróquia, paralisando sua construção, que somente após onze anos viriam
a ser reiniciadas, com a posse como pároco do Padre Francisco Filipe, e, assim, no ano de 1904, a Igreja Matriz de Santa Cruz,
veio finalmente a ser inaugurada.
Basicamente, o núcleo principal da história de Redenção da Serra
está ligado à Abolição da Escravatura (Lei Áurea de 13 de Maio de
1888). Com a extinção do tráfico negreiro em 1850, a Lei do Ventre
Livre, datada de 1871 e a Lei dos Sexagenários de 1885, a idéia da
total libertação dos escravos já iniciava entre os conservadores e
liberais da região.
Em Paiolinho chegaram também os ecos da campanha abolicionista
e, aderidos ao movimento cívico, Redenção da Serra foi o primeiro
município paulista a libertar seus escravos em 10 de fevereiro de
1888, em documento assinado pelos ilustres moradores de Paiolinho, Maria Augusta d’Almeida, Gabriel Ortiz Monteiro, Joaquim Camargo ortiz, António de Palma, monsenhor José Alves Coelho Guimarães, José Lopes Leite de Abreu, Joaquim António dos Santos
Santos e Lourenço Ottoni de Gouveia Castro. Nesta data, declararam
assim seus escravos livres, que continuaram a trabalhar mediante
salário convencional. No mesmo documento e motivados pelo movimento que ali nascia, resolveram trocar a designação do município
de Santa Cruz do paiolinho para Redenção.
CONTINUA
CONTINUAÇÃO
Pela Lei nº. 6448 de 21 de maio de 1934, Paiolinho voltou à condição de distrito, quando foi incorporado ao município pelo Decreto nº. 7353 de 5 de julho de 1935 e a pertencer a Comarca de Taubaté, tendo sido reinstalado a 1º. de janeiro de 1936.
Em 30 de novembro de 1944, numa reunião do quadro administrativo, territorial e judiciário, do Estado de São Paulo, segundo o
Decreto-Lei nº. 14.334, discutiu-se que Redenção sendo o primeiro território paulista a libertar seus escravos, nada mais justo
seria designá-lo com um nome que eternizasse o feito grandioso e histórico. Assim, o antigo povoado de Santa Cruz do Paiolinho, chamado de Redenção, passaria a designar-se Redenção da Serra, também aludindo à sua situação geográfica entre os
contrafortes da Serra do Mar.
No começo da década de 1970, por uma necessidade de atendimento sócio-econômico regional, o Estado deu inicio à construção da Usina Hidrelétrica de Paraibuna, represando os rios Paraibuna e Piratininga, formando assim a represa da Companhia
Energética de São Paulo (CESP). A construção destra usina porém, trouxe para a região o sepultamento de muitos fatos históricos marcantes e parte de toda uma cultura popular. Determinou o desaparecimento de Natividade da Serra e da velha Redenção
da Serra, tão cantada e vangloriada por seus feitos históricos de liberdade.
Da velha Redenção da Serra, cheia de tradições e de história, restou apenas, na parte mais alta do município, parte esta que não
foi atingida pela inundação da área, a Igreja Matriz, o sobrado com sacadas de ferro que sediava a prefeitura municipal e outros
poucos sobrados e residências da rua Capitão Alvim. A parte mais baixa, porém, desapareceu totalmente sob as águas da represa. Na Zona Rural o represamento das águas afetou as terras férteis, eliminando grande parte da agricultura de subsistência. A
industrialização da chamada “Calha do Vale”, onde se compreendem os municípios de Taubaté, Pindamonhangaba e Tremembé,
conjuntamente com a inundação do município, contribuíram para o êxodo rural de grande parte da população produtiva. No ano
de 1970 a população residente do município era de 5.153 habitantes; hoje, ou seja, no ano de 2007, segundo dados do IBGE, a
população total é de 4.081 habitantes. Mais, somente na década de 1970/80 o êxodo populacional foi de 1.152 habitantes, ou seja
aproximadamente 30% da população.
Em 25 de agosto de 1974, de acordo com o Decreto de implantação nº. 190, nasce a nova Redenção da Serra, onde, numa colina,
era erguida, pelo povo, o cruzeiro que simboliza o renascimento do município.
Entre os anos de 1976 e 1979, a população e a prefeitura lutaram pela preservação dos remanescentes históricos da Igreja Matriz
e da rua Capitão Alvim situados na velha Redenção da Serra, conseguindo entre outras vitórias, um aterro e um muro erguido
em torno da Igreja Matriz.
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Rio Paraitinga
Córrego do Fonsecada
Córrego dos Hilários
Córrego dos Potes
Córrego dos Bastos
Córrego Três Mojolos
Córrego Santo António
Ribeirão Turvinho
Rio Una (ou Rio das Almas)
Ribeirão das Antas
Ribeirão Taberão
Ribeirão dos Afonsos
Ribeirão dos Venâncios
Como se pode observar a região é rica em rios, córregos e ribeirões, que aliados à represa da CESP, formam um variado
e atrativo parque aquático, que juntando-se às suas festas e tradições, transformam Redenção da Serra em um local aprazível e
indicado para um merecido e reconfortável final de semana.
Tradição entre as tradições, ainda hoje é preparado nas festas religiosas da nova Redenção da Serra, o AFOGADO, prato bem
conhecido de todos os seus moradores e turistas. Feito com carnes traseiras e costela do boi, o afogado é um cozido de carne,
batata, toucinho e bacon, temperado com cheiro verde, alho, cebola e folhas de louro. É servido com arroz branco e farinha de
mandioca.
Seu preparo começa na véspera da festa, com o corte da carne e a descascação da batata em “turnos” de mulheres. Continua
até o dia seguinte, com as carnes cozinhando em enormes tachos, até que o prato é servido para todos os moradores da cidade.
Parente do afogado é a quirela ou quirera, cozido de costela de porco (ou frango), com os mesmos ingredientes do afogado. A
novidade é a presença da quirera (farelo de milho), cozida separadamente com água e sal. As carnes cozidas e fritas, são depois
misturadas ao farelo cozido (quirela), compondo o prato.
Uma boa dose de aguardente para abrir o apetite, dizem, vai sempre muito bem, com afogado ou quirera.
O que mais impressiona nestas festas populares é a participação popular, a alegria e sobretudo o orgulho de saberem preservar
suas tradições.
Além do Afogado e da Quirera, a Broa de Fubá e Maria Mole, compõem os pratos típicos históricos desta maravilhosa cidade.
RECEITA - ingredientes (Afogado)
5 kg de carne (paleta ou peito) não muito gordo, cortado em pedaços pequenos; 1 kg de toucinho em pedaços pequenos; 100 gr.
colorau; 300 grs. de sal; 1 colher de orégano; 5 folhas de louro; 2 kg. de batata; 1 lata de óleo de soja ou girassol; pimenta do
reino, cebola de cabeça e cheiro verde a gosto.
Modo de preparo:
Coloque na panela o óleo, sal já socado com o alho, o colorau, deixe levantar fervura e coloque a carne, deixando cozinhar até
pegar cor; Em seguida, adicione água e deixe cozinhar até a carne estar quase cozida. Depois adicione à panela, as batatas, a
pimenta, a cebola e o cheiro verde. Deixe cozinhar até as batatas estarem cozidas mas não derretendo. Sirva com farofa de farinha de mandioca e arroz branco.
CONTINUA
Moçambique e Folia de Reis
O alagamento da velha cidade fez submergir boa parte das tradições populares de Redenção da Serra, mas, aos poucos elas
deixaram de ser apenas fonte de inspiração para as pinturas dos artistas da região.
Eclodem de novo pela alma da gente simples que cresceu em meio a cantorias e estórias, as referências tradicionais de sua
cultura e de seus costumes.
Teresinha Maria Tilger é a primeira da turma que puxa a tradição de Redenção da Serra. Se viu
quando menina, entre os tambores de Congada de seu tio e, depois, casou-se com um mestre
de Moçambique. Assim, além de nascer dentro do Congo, acrescentou à sua alma o amor pelo
Moçambique.
Nascida no Bairro do Gramado, área afastada do
centro urbano de Redenção da Serra, sentido natividade da Serra, Teresinha e seu esposo, Francisco Augusto Tilger, voltam a realimentar na cidade
os passos de dança e a cantoria do Moçambique,
tal e qual faziam no inicio dos anos 80, mestres
como Joaquim Novo e contramestres como Vicente de Alvarenga.
A fonte Moçambique é religiosa.
“Que os anjos lá no céu
agora digam amém
a todo este povo
eu quero dar meus parabéns”
entoa a contramestre Teresinha na primeira estrofe de uma das letras, por vezes
resgatadas de velhos mestres, noutras tiradas de improviso.
“Quero dar meus parabéns
tão bonito nesta hora
protetor da companhia
São Benedito e Nossa Senhora”
Quem puxa é o mestre - tradicionalmente um homem, embora não haja impedimento de que as mulheres ocupem o posto. Ao contramestre cabe realimentar a
cantoria, orquestrando a criançada da linha, que repete o trecho em coro. Seguidas por instrumentistas, duas rainhas seguram bandeiras em louvor a São Benedito e Nossa Senhora. Uma terceira menina acompanha o cortejo, à espera do
momento certo de render a primeira que se cansar.
Vestido com calças pretas e camisas esverdeadas de tom claro, adornados com fitas verdes e vermelhas que lhes atravessam
o peito de fora a fora, bastões nas mãos e guizos atados ao tornozelo, o grupo de Teresinha e Francisco é o único em atividade na Redenção da Serra dos dias de hoje. Seu grupo é composto por 30 pessoas.
Moçambique é uma festa tradicional de origem portuguesa e quinhentista, no Brasil.
__________________________
A mesma crença nos Santos, move a “Folia de Reis”, celebração típica das festas de final de
ano. O giro de casa em casa, na cantoria embalada por viola e instrumentos de percussão, tem remetente ( O Imperador), mas
endereço incerto.
Rodando de porta em porta, os foliões oferecem-se como interlocutores com o Divino. Esperam de saída, uma acolhida respeitosa ao seu intento de conforto para as almas, à colaboração para o pagamento de uma graça alcançada.
O agradecimento, quem sabe, pode vir na forma de uma gratificação simbólica, em dinheiro, ou numa galinha, quem sabe,
num porco ou até em uma rês.
_____________________________________________________
O artesanato também é uma arte deste povo que sabe preservar suas tradições, a cerâmica a
palha e as flores silvestres fazem parte de seus arranjos que vão desde o místico á modernidade. Também se destacam seus gigantes presépios que podem ser apreciados, na época
natalina, montados em tamanho real.
Filipe de Sousa
Fonte: PM Redenção Serra
DADOS SOBRE A CIDADE:
Fundação:
Área total da unidade territorial:
Latitude do distrito sede do município:
Longitude do distrito sede do município:
Altitude:
Estimativa populacional ( IBGE-2005):
PIB
PIB per capita
(IBGE/2003)
IDH:
PNDU/2000
POPULAÇÃO RESIDENTE:
Homens
Mulheres:
População Urbana:
População Rural:
DADOS COMPLEMENTARES (2004):
Hidrografia:
Turismo:
Classificação:
13 de junho de 1860
132,886 km2
22° 49’ 37’’ S
45° 39’ 46’’ W
1.100 metros
6.560 habitantes (IBGE/2007)
R$.: 29.789.335,00 (IBGE/2003)
R$.: 4.434,92
0,796
3.232
3.079
3.026
3.206
Rio da Prata
Ecológico
Rural
Aventura
Estância Climática
Maiores informações: http://www.santoantoniodopinhal.sp.gov.br
TELEFONES ÚTEIS:
Estação Rodoviária:
Secretaria do Turismo:
Bancos: (1)
0 xx 12 - 3666.1657
3666.1444
Nossa Caixa
BREVE HISTÓRIA DA CIDADE:
O primeiro a explorar o território que viria a se tornar Santo António do
Pinhal foi Gaspar Vaz da Cunha, que partiu de Pindamonhangaba, no
Vale do Paraíba, rumo às Minas de Itagiba, hoje Itajubá, no estado de
Minas Gerais, no Ciclo do Ouro.
Sendo a região limítrofe entre as Capitanias de São Paulo e de Minas
Gerais, segundo o historiador Affonso José de Carvalho, em princípios do século XVII, “... não tardou que se ouvissem os primeiros brados de uma atroante questão divisória entre as duas já então separadas Capitanias, destinada, pelos insuflamentos
de uns e pela tenacidade de outros, a prolongar-se caprichosamente por mais de um século”.
Em 1811, realizou-se um encontro entre representantes das autoridades de ambas as capitanias limítrofes, passando pela garganta da Serra (Garganta do Embaú), onde mais tarde se edificaram os primeiros casebres, junto a uma
capela, no ano de 1811, erigida em honra de Santo António de Pádua, conforme afirma Therezinha Vieira Cabral em
seu opúsculo “Síntese Histórica”, publicado pela Câmara de Deputados desta cidade no ano de 1986.
O acordo estabelecia que fosse construído um rústico quartel no chamado “Sertão”, onde ficou destacada uma
guarda mineira.
Também os Paulistas montaram quartéis na área, tentando firmar jurisdição sobre a área em litígio e cobrar um Imposto sobre as mercadorias em trânsito.
Mesmo sabendo que o local onde viria a surgir a atual cidade, foi habitado muito antes, é aceito que a data de fundação oficial foi mesmo o dia 13 de junho de 1860, quando António Joaquim de Oliveira doou terras para a construção da primeira capela definitiva.
Inicialmente distrito de São Bento do Sapucaí e depois de Campos do Jordão, o Município de Santo António do Pinhal foi criado no ano de 1958, no entanto, consta em seus anais históricos, a data de 13 de junho de 1860, como a
data de fundação do povoamento.
CONTINUA
CONTINUAÇÃO
Santo António do Pinhal, famosa por suas águas puras e
medicinais, encravada na Serra da Mantiqueira, clima
ameno o ano inteiro, situada a 1.130 metros acima do
nível do mar, consolida-se como uma ótima opção de
turismo e lazer. Possui uma boa estrutura hoteleira, além
de riquezas naturais, tais como cachoeiras em meio a
suas matas nativas e espécies raras em sua fauna e flora. Santo António do Pinhal possui também um relevo
diferenciado que permite a prática de inúmeros esportes
de aventura, destacando-se neste segmento o “Pico Agudo” com 1.477 metros de altitude.
Também um dos outros diferenciais de Santo António do
Pinhal está no seu artesanato, cujos artesãos tem entre
si atitudes inovadoras e ambientais, em sua peculiaridade. Também acontece nesta cidade o “Festival Regional
de Inverno”, a “FEIRART - Feira de Artesanato” e a “Feira da Orquídea” entre os dias 05 e
17 de Julho.
Santo António do Pinhal possui um clima
exuberante e uma das mais belas paisagens
da Serra da Mantiqueira. Próxima à grande
Metrópole São Paulo e com ótimas estradas
de acesso pelo Vale do Paraíba, torna-se
uma excelente opção de lazer para quem
busca a tranqüilidade e aprecia a natureza.
Também suas fontes naturais de águas medicinais são mais uma fonte de energia para
os agitados dias de todos nós.
DADOS SOBRE A CIDADE:
Fundação:
Área total da unidade territorial:
Latitude do distrito sede do município:
Longitude do distrito sede do município:
Altitude:
Estimativa populacional ( IBGE-2005):
PIB
2003:
PIB - Per capita
2003:
IDH
POPULAÇÃO RESIDENTE:
Homens
Mulheres:
População Urbana:
População Rural:
Densidade demográfica:
OUTROS DADOS:
Hidrografia:
Turismo:
1832
250,5 km2
22° 41’ 20’’ S
45° 43’ 51’’ W
886 metros
10.355 habitantes
R$.: 44.585.956/IBGE2003
R$.: 4.046,28/IBGE2003
0,776 PNUD/2000
5.272
5.083
4.627
5.728
45,9 hab/km2
Rio São Bento
Rural, ecológico, aventura e histórico
Maiores informações: http://www.saobentodosapucai.sp.gov.br
HISTÓRIA DA CIDADE:
Origens históricas:
As origens históricas da Estância Climática de São Bento do Sapucaí remontam ao Bandeirismo e à mineração.
Como se sabe, a descoberta do ouro nas Gerais (hoje, Estado de Minas Gerais - Brasil) ao final do século XVII, serviu como um bálsamo aos frustrantes dois séculos iniciais da colonização portuguesa no Brasil. Na corrida pelo
ouro, partindo de Taubaté e São Paulo de Piratininga (hoje, São Paulo Capital do Estado de mesmo nome - Brasil),
abriu-se diversos caminhos transpondo a Serra da Mantiqueira por seus desfiladeiros (Buquira, Piracaia, Embahu
e Piracuama) rumo à região das minas (Estado de Minas Gerais).
Acreditava-se que a região de Itagiba (atual Itajubá - Estado de Minas Gerais) escondia grandes minas de ouro.
Sabendo disso, partem aventureiros de Taubaté e Pindamonhangaba rumo aos Altos azuis da Mantiqueira, seguindo pelo desfiladeiro de Piracuama e alcançam o “alto da serra”, de onde vislumbram gigantescos bosques, florestas densas e escuras, lombadas côncavas e imensos declives acidentados, chegando, no inicio do século XVIII, ao
planalto onde se encontra esculpido o Vale do Sapucaí Mirim de onde prosseguiram ao seu destino (Itagiba).
Entusiasmado com a beleza e singularidade dos ares das acidentadas terras do Alto do Sapucaí, o bandeirante
Gaspar Vaz da Cunha procurou convidar paulistas do Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira, Vale do Sapucaí e3
mineiros do sul das Gerais (Minas Gerais) intuindo a colonização do Vale situado ao alto da serra.
Convite que não foi aceito pelos das minas, fascinados co o ouro. Ficou na dependência dos aventureiros valeparaibanos o lento povoamento da região.
Ao final do século XVIII, as terras frias e férteis do Vale do Sapucaí, causaram inveja aos sesmeiros das minas de
Itagiba, entre eles João da Costa Manso, que não media esforços para tomá-la.
Nesta época o fazendeiro e fundador de São Bento, José Pereira Álvares lutou como paulista para defendê-la, ao
lado de Inácio Caetano Vieira de Carvalho, que se instalou, no alto da Serra da Mantiqueira, na Fazenda Bonsucesso. Essa briga iniciou uma luta aberta entre paulistas e mineiros que só terminou em 1823, quando morreram Vieira de Carvalho e Costa Manso. Os Vieira de Carvalho venderam a Fazenda Bonsucesso ao Brigadeiro Jordão que
mudou o nome da fazenda para “Fazenda Natal”, mas, ficou conhecida como Campos do Jordão.
De fato é de cunho paulista a posse das mesmas, considerando que mesmo os mineiros da região de Itagiba
(Hoje, Itajubá - MG) descendiam dos desbravadores oriundos do Vale do Paraíba. Encontram-se, assim, duas frentes de povoamento: a paulista que subia a Serra da Mantiqueira, vindo do Vale do Paraíba pelo Piracuama, e a mineira (paulista de origem, mas estabelecida em Minas no tempo da mineração), vinda de Camanducaia e Pouso
Alegre.
CONTINUA
CONTINUAÇÃO
Fundação:
A população sambentísta originou-se de famílias tradicionais de Pindamonhangaba e Taubaté, no Vale do Paraíba, que se instalaram na região com suas fazendas de criação de gado. Transpuseram a Serra da Mantiqueira sem seus familiares e escravos e se instalaram no Vale do Sapucaí, onde desenvolveram uma agricultura de subsistência. Em 1724, ao inicio da colonização, formava-se uma vasta fazenda de criação de gado vacum, que servia também como ponto de comunicação, entre as Capitanias de Minas Gerais e São Paulo.
São Bento do Sapucaí situa-se nas terras da mais antiga fazenda da região. Havia em um sítio doado por Salvador Joaquim
Pereira e sua mulher uma capela construída para São Bento, padroeiro escolhido pelos colonos e escravos em razão de ser o
local habitado à época por muitas serpentes venenosas. Este local era denominado Guarda Velha e situava-se à margem da
estrada que hoje liga Campos do Jordão - Rodeio - São bento do Sapucaí, próximo a Sant’Ana do Sapucaí Mirim, povoado pertencente ao Estado de Minas Gerais.
Por volta do ano de 1822, os agricultores residentes às margens do Rio
Sapucaí Mirim, tencionaram erigir uma capela dedicada a Nossa Senhora
Mãe dos Homens, no local onde hoje se ergue a atual Igreja de Nossa Senhora do Rosário. Por motivo de constantes rixas com os habitantes do
município mineiro de Camanducaia eles foram obrigados a paralisar as
obras de construção da capela.
Pouco tempo depois, José Pereira Álvares e sua mulher, Dona Ignez Leite
de Toledo, doaram a São Bento uma grande extensão de terras, com o fim
de nela erigir uma igreja sob a invocação deste milagroso santo. O povo,
em procissão transladou então a imagem de São bento da Capela da Guarda Velha do Sapucaí Mirim para o local onde hoje se ergue majestosa a
Igreja Matriz de São Bento.
Enquanto se edificava o templo, o vigário encomendado, Padre Manuel Alves Coelho, lavrou o primeiro assento de batismo em uma casa particular,
no dia 3 de fevereiro de 1828.
O povoado cresceu célebre sendo elevado à freguesia pelo Decreto de 15 de agosto de 1832, ficando esta a data de sua fundação; vila pela Lei nº. 23 de 16 de abril de 1858; à cidade pela Lei nº. 49 de 30 de março de 1876, substituindo-se, então, o nome
de São Bento do Sapucaí Mirim para São bento do Sapucaí.
Foi elevada à categoria de Estância Climática de São Bento do Sapucaí, pela Lei nº. 9.700 de 26 de janeiro de 1967.
A parte judiciária pertenceu de 1832 a 1833 à Comarca da Capital de São Paulo; de 1833 a 1858, á Comarca de Taubaté; de 1858
a 1866 à Comarca de Guaratinguetá; de 1866 a 1877, novamente à Comarca de Taubaté; de 1877 a 1890, à Comarca de Pindamonhangaba, e finalmente a 10 de setembro de 1890, pelo Decreto nº. 64, de 30 de julho de 1890, foi instalada a nova comarca
paulista de São bento do Sapucaí, sendo seu primeiro Juiz de Direito, o Dr. Joaquim Albuquerque Lima.
Imigração:
Além da formação de origem indígena e bandeirante, outros povos contribuíram para a formação da identidade do povo de São
Bento do Sapucaí. os negros trazidos da áfrica para a lavoura do café e fumo, depois os portugueses e no final do século XIX
chegaram os primeiros imigrantes italianos. Os primeiros teriam sido os da família Falchetta, por volta de 1880 e responsáveis
pela propaganda da boa qualidade das terras, o que acabou por atrair, por volta de 1889, muitas outras famílias italianas, como
os Puppio, os Bevilaqua, os Gargaglione, os Moliterno, os Catagnacci, os Carmeluco ( que introduziram o primeiro automóvel
em São bento do Sapucaí), os Montovani, os Olivetti, os Priante, os Canjani, entre outras mais. Estes imigrantes eram originários das regiões de San Severino Lucário e da Calábria, vieram para a lavoura, principalmente para a vitivinicultura. As videiras
espalhavam-se pelo município e o vinho era produzido artesanalmente como em suas regiões de origem, amassando-se as
uvas com os pés. Adegas espalhadas pelos bairros abasteciam o comércio local e forneciam para o comércio da vizinhança,
inclusive para o sul do Estado de Minas Gerais e para as cidades do Vale do Paraíba, no Estado de São Paulo.
Os italianos concentraram suas residências no Bairro Bumba quer, por isso era conhecido como “colônia”.
Fonte: site da Prefeitura de São Bento do Sapucaí
http://www.saobentodosapucai.sp.gov.br
O artesanato em São Bento do Sapucaí
é um artesanato bem típico e caracteriza bem
os mitos, as lendas as estórias e a religiosidade deste povo maravilhoso e hospitaleiro.
A prefeitura disponibiliza na Praça Central a
Casa do Artesão, como forma de divulgação
de sua cultura e de apoio ao artesão.
No 2º Domingo do mês das 07 às 17horas,
nesta praça pode o turista desfrutar de Música
no coreto, bingo, apresentações de dança,
Grupos Folclóricos, Barracas de Come e Bebes, exposição de artes plásticas, além do seu
vasto artesanato que vai desde Cobre, Madeira, Palha de Milho, Fibra de Bananeira,Barro, Decopagem, Ponto Cruz, Crochê, tricou, entre outros. É muito grande o número
de artesãos e artista nesta cidade de São bento do Sapucaí.
CONTINUA
CONTINUAÇÃO
Complexo Pedra do Baú
A 28 km do centro da cidade. O Complexo Pedra do Baú
(Bauzinho, Baú e Ana Chata) faz parte do maciço da Serra da Mantiqueira. Possui 540 metros de comprimento, 40 metros de largura
e 340 metros de altura, em sua face norte tem 620 degraus sendo
300 de ferro e 320 da própria pedra e, na face sul 600 degraus sendo 300 de ferro e 300 da própria rocha, para dar melhor acesso ao
topo da Pedra do Baú.
Um ponto interessante dessa subida é as parada dos medrosos
para os que~preferem não arriscar a subida com ângulo negativo.
Pólo excursionista do Estado de São Paulo, a Pedra do Baú
(situada no município de São bento do Sapucaí) foi escalada pela
primeira vez em agosto de 1940, pelos irmãos sambentísta António
e João Cortez. A partir de então, esse conjunto rochoso vem tomando cada vez mais destaque dentre os locais de prática de esportes como montanhismo.
Ana Chata
Pertence ao Complexo Pedra do Baú, reserva ao turista aventureiro algumas curiosidades. Em sua
base, o visitante encontrará um amontoado de pedras que formam um labirinto, levando à gruta escura. Nela, se avista ao fundo um foco de luz; subindo em direção a este ponto o visitante sai quase
no topo da Pedra Ana Chata. Para se chegar a este atrativo é necessária uma caminhada de mais ou
menos três horas, partindo da Pedra do Bauzinho.
Bauzinho
Esta rocha é a mais visitada do município devido ao seu fácil acesso. Para visitá-la é só caminhar por uma trilha de
pouco mais de 100 metros. Sua vista é muito privilegiada. Recomenda-se aos visitantes que conheçam primeiro
este atrativo, que dá uma visão completa da Pedra do Baú, para então seguir para o Complexo do Baú.
Pedra da Divisa
Ideal para escalada, possui vários níveis de dificuldade; Localizada no Bairro do Pinheiro, a 4 km do
centro da cidade, acessível por estrada de terra. Para se chegar é necessário pedir autorização para
entrar em uma fazenda. No percurso poderemos desfrutar de toda a tranqüilidade e apreciara a exuberância da fauna e da flora de uma mata nativa.
Pedra da Balança
A 8 km do centro de São Bento do Sapucaí, com 1.900 metros de altitude, um platô de 100 metros, é
acessível por uma trilha que vai até ao topo chegando ao Santo Cruzeiro. De lá teremos uma vista
panorâmica para os Estados de Minas Gerais e de São Paulo. Para se alcançar também é necessário
atravessar uma fazenda e um pedaço de mata nativa.
Distante 25 km do centro de São Bento do Sapucaí, situa-se perto ao Complexo do Baú, com vista panorâmica.
CONTINUA
CONTINUAÇÃO
Cachoeira do Baú
Localiza-se no Bairro do Baú de Cima, a 14 km do centro de São Bento do Sapucaí. possui várias quedas d’água,
e se localiza numa grota com mata nativa. Possui algumas duchas ao longo de seu percurso, descendo uma encosta até se encontrar com o Ribeirão do Baú. É local de difícil acesso.
Cachoeira do Monjolinho
Várias Cachoeiras a 2km do centro desta cidade, sendo seu acesso feito por 1 km de estrada de terra estreita, com muitas pedras, paralela ao Riacho Monjolinho.
Cachoeira do Torto
Localizada na Estrada Municipal com quedas de 3 metros. Aproximadamente 15 km distante do centro da cidade, sentido Sapucaí Mirim, sendo que 9 km são de estrada de terra.
Esta cachoeira, tem acesso pelo Bairro do paiol Grande em São bento do Sapucaí, com um trecho de trilha de mais ou menos
dois quilômetros, se situa incrustada no meio da Serra do Baú; tem mais de 100 metros de altura, tornando-se assim a mais alta
desta cidade.
Cachoeira do Poção
Próxima à Cachoeira do Tobogã. Apresenta quedas pequenas de 1 metro de altura e 2 poços naturais próprios para banho. Fica
situada a mais ou menos 8 km do centro de São bento do Sapucaí.
Cachoeira do Tobogã
Distante 6 km do centro da cidade de São bento do Sapucaí, também conhecida somente como Tobogã, devido à caracterização
da forma como sua água desliza por sobre suas pedras lisas e inclinadas. Muito freqüentada por turistas que somente buscam
se refrescar.
Cachoeira das Morenas
A 15 km do centro da cidade. Cachoeira de grandes quedas de água, com muita correnteza e beleza natural. Não se aconselha
adentrar em virtude do perigo existente. Somente merece ser apreciada e fotografada.
Cachoeira dos Amores
Distante 5 km do centro da cidade, a Cachoeira dos Amores é um local muito freqüentado por visitantes locais, das redondezas
e turistas de todo o Estado. Suas quedas formam pequenas piscinas naturais, excelentes para banhos. Acredita-se que o tipo
de pedra sob a qual correm as águas desta cachoeira é do mesmo tipo de rocha que compõe a Pedra do Baú.
Cachoeira da Duchinha
Próxima à Cachoeira dos Amores. Apresenta quedas d’água de cerca de três metros de altura e um magnífico poço natural, próprio para banho. Dista também 5 km do centro da cidade.
Cachoeira do Encontro
A 10 km do centro da cidade. Esta cachoeira tem acesso pela trilha do Borongondongo com 1,5 km de extensão. São duas cachoeiras formadas pelas águas dos Rios do paiol, Toldi e Ribeirão do Baú que se encontram nesse ponto, formando apenas um
rio que continua seu fluxo para formar um pouco mais à frente a Cachoeira dos Amores.
DADOS SOBRE A CIDADE:
Fundação:
Área total da unidade territorial:
Latitude do distrito sede do município:
Longitude do distrito sede do município:
Altitude:
Estimativa populacional ( IBGE-2005):
PIB
2003:
PIB - Per capita
2003:
IDH
9 de abril de 1874
209,512 km2
22° 44’ 20’’ S
45° 35’ 27’’ W
1.628 metros
44.688 IBGE2007
R$.: 399.122.430,00 IBGE/2005
R$.: 8.193,68 IBGE/2005
0,820 (60°) - elevado PNDU/2000
POPULAÇÃO RESIDENTE:
Homens
Mulheres:
População Urbana:
População Rural:
Densidade demográfica:
OUTROS DADOS:
Escolas Ensino Infantil:
Escolas Ensino Fundamental:
Escolas de Ensino Médio:
Hospitais:
Bancos:
TELEFONES ÚTEIS:
Policia Civil:
Polícia Rodoviária:
Estação Rodoviária:
Táxis:
Hospital:
Pronto Socorro:
21.978
22.274
43.809
443
152,86 hab/km2
34
30
06
08
09
12 -
3662.1155
233.3888
3662.1996
3662.2444
3662.1255
3662.1155
Maiores informações: http://www.redencaodaserra.sp.gov.br
Campos do Jordão é um município brasileiro do Estado de São Paulo. Localiza-se na Serra da Mantiqueira, a uma altitude de 1.628 metros, sendo assim o mais alto município brasileiro (altitude da sede). Sua população é
estimada em cerca de 47.903 habitantes. Por vezes chamado erroneamente de Campos de Jordão, o seu verdadeiro nome é Campos do Jordão.
CONTINUA
CONTINUAÇÃO
ESTÂNCIA CLIMÁTICA
Campos do Jordão é um dos quinze municípios do Estado de São Paulo considerados como estâncias climáticas, pelo Governo do Estado de São Paulo - Brasil, por cumprirem todas as normas e pré-requisitos definidos por Lei Estadual.
Tal designação garante a esses municípios uma verba suplementar, por parte do Governo Estadual, para investimento na promoção do turismo regional.
Também com esse status o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de estância climática, termo pelo
qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial, como em referências estaduais. Assim, Campos do Jordão,
se assina por “Estância Climática de Campos do Jordão”.
RESUMO DE SUA HISTÓRIA
Fundado em 29 de abril de 1874, tem como principal atividade econômica o turismo e é um dos principais destinos de inverno,
do Brasil. Está a 167 quilômetros da grande capital do Estado, São Paulo, a 303 quilômetros da cidade de mesmo nome e Capital de Estado do Rio de Janeiro e a 477 quilômetros da cidade de Belo Horizonte, Capital do Estado de Minas Gerais. Sua origem como povoamento e hoje cidade, se iniciou com a corrida ao Ouro, em Itajiba (hoje Itajubá - MG) e se atribui ao sertanista
Gaspar Vaz da Cunha, o Oyaguara.
Fonte: Prefeitura Municipal de Campos do Jordão
Foi a fantástica perseguição ao outro que levou o sertanista Gaspar Vaz da Cunha, o Oyaguara, a romper as matas virgens da
Serra da Mantiqueira, vindo do Vale do Paraíba, através de picadas escarpadas, em direção às minas auríferas de Itajiba (hoje
cidade de Itajubá, no Estado de Minas Gerais). Ficou encantado com a exótica e exuberante paisagem da região do Sapucaí e
não sabia que estava desbravando os caminhos, que, mais tarde, levariam a um paraíso na terra, ornado de opulenta vegetação, solo fértil, clima excepcional e água salubérrima.
Por volta do ano de 1771, a coragem épica de Inácio Caetano Vieira de Carvalho, seguindo as pegadas do Oyaguara, subiu os
degraus da Serra Preta, na Mantiqueira, em direção ao Pico de Itapeva, vindo de Taubaté, fixando-se com sua família durante 18
anos nos Campos da Mantiqueira. Fundou a Fazenda Bonsucesso, requereu e obteve carta de sesmaria do Governo da Capitania de São Paulo e lutou bravamente para defender as divisas do Estado de São Paulo, contra o visinho sesmeiro, João da
Costa Manso, da Fazenda São Pedro, já no Estado de Minas Gerais. Graças à sua luta, Campos do Jordão permaneceu paulista
e Inácio Caetano Vieira de Carvalho levou para o túmulo a glória de ter sido o pioneiro desta, hoje, maravilhosa estância.
Narra a lenda que Inácio Caetano era muito sovina e que, por isso, enterrara barricas de ouro em uma lomba larga entre três
pinheiros (araucárias), despertando a cobiça de muitos ao longo de gerações que, até hoje, sulcam a terra em busca do lendário tesouro do desbravador. Com a sua morte no ano de 1823, seus herdeiros hipotecaram a sesmaria ao Brigadeiro Manoel
Rodrigues Jordão, que, mais tarde, a adquiriu nas imediações do dia de Natal, pelo que o povo passou a chamar as terras de
“Fazenda Natal” e, logo em seguida, de Campos do Jordão, aludindo e juntando o nome do local ao nome do proprietário das
terras, Brigadeiro Jordão, como era praxe na época. Ai se tem a origem do nome.
O Brigadeiro Manoel Rodrigues Jordão era, à época, uma figura política de destaque do Governo; foi membro do Governo Provisório e Diretor do Tesouro da Capitania de São Paulo, cidadão ilustre, grande proprietário de fazendas e, figurou ao lado de D.
Pedro I, quando do Grito do Ipiranga, pela Independência do Brasil, no famoso e controverso quadro de Pedro Américo.
Infelizmente, não chegou a conhecer as terras às
quais emprestou o nome. Os herdeiros de Brigadeiro
Manoel Rodrigues Jordão retalharam as terras, vendendo às porções, para diversos proprietários. Foi em
29 de abril de 1874 que, um deles, morador de Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba, o português Matheus da Costa Pinto, subiu a Serra da Mantiqueira e,
comprando terras à beira do rio Imbiri, lá instalou uma
vendinha, montou uma pensão para viajantes e forasteiros, levantou uma capela em honra de São Matheus
e construiu uma escola. Estava fundada a Vila de São
Matheus do Imbiri, histórica precursora Vila que viria
a se tornar a hoje Estância Climática de Campos do
Jordão.
Lançada a boa semente em solo fértil, logo o povoado
progrediu e veio a transformar-se na Vila Velha, denominada mais tarde, Vila Jaguaribe, graças aos esforços encetados pelo seu desenvolvimento e progresso, por parte do Dr. Domingos José Nogueira Jaguaribe Filho, seu morador. Outras Vilas foram surgindo: a Vila Albernéssia foi fundada pelo escocês
Robert John Reid, o agrimensor da divisão judicial da Fazenda Natal. Como ele nascera em Alberdeen, e seu pai em Inverness
na Escócia, retirou Aber da primeira cidade, ness da segunda e ia de Escócia, formando com elas a denominação de sua Chácara Albernéssia, que veio a transformar-se em Vila, no ano de 1919; Vila Capivari foi fundada pelos médicos higienistas Emilio
Marcondes Ribas e Victor Godinho, que ali projetaram Vila Sanitária, no ano de 1911. O projeto não foi levado à frente, porém,
em 1922, o Embaixador José Carlos de Macedo Soares comprou as referidas terras e fundou a Companhia de Melhoramentos
Capivari, responsável pela edificação da aristocrática e bela Vila.
Foram igualmente Emílio Ribas e Victor Godinho que, através do empreiteiro português Sebastião de Oliveira Damas, iniciaram
a construção da Estrada de Ferro Campos do Jordão ( ver história ), unindo o Vale do Paraíba à cidade de Campos do Jordão.
Por falta de recursos, os serviços foram paralisados; o Presidente do Estado de São Paulo, Francisco de Paula Rodrigues Alves
encampou a Ferrovia no ano de 1915, concluindo os trabalhos e entregando-a ao tráfego.
CONTINUA
CONTINUAÇÃO
A criação do município de Campos do Jordão operou-se em 16 de junho de 1934, ocasião em que se desligou de São bento do
Sapucaí e, em 30 de novembro de 1944, foi criada a sua Comarca. Detém área de 269 km2 e está situada em clima de montanha.
Campos do Jordão localiza-se a 1.700 metros de altitude e pesquisas científicas acusaram a superioridade de seu clima em relação a “Davos Platz”, nos Alpes Suíços, bem como um teor de oxigenação e de ozona superior ao de Chamonix, famosa estância
francesa, pela pureza do ar. Campos do Jordão apresenta vantagem sobre as demais estâncias climáticas brasileiras: o seu clima tropical de montanha faz com que o sol esteja presente praticamente durante o ano todo. A luminosidade costuma atingir o
seu grau maximo no inverno, quando então a temperatura chega a cair até 5° negativos, embora já tenha atingido, no passado, a
18 graus abaixo de zero, no ano de 1992. Pesquisas realizadas de 1961 a 1974 sobre as variações climáticas acusam o mês mais
frio em Junho, e o mais quente, o de fevereiro (média de 17 a 27° C). (ver quadro abaixo sobre temperaturas). O mês de janeiro é
o mais chuvoso, o de junho o mais seco, e o de agosto é aquele em que o sol se apresenta em sua maior intensidade.
Outros dados sobre temperatura e clima: Temperatura abaixo de 9° C, 14 dias por ano; acima de 25° C, 25 dias por ano; ocorrência de nevoeiro, 49 dias por ano; de orvalho, 113 dias por ano e, geada, 42 dias por ano.
Saúde beleza o ano inteiro. Campos do Jordão tem uma topografia bastante acidentada: cerca de 85% de seu Município é composto de regiões onduladas, 10% de encostas de serra e apenas 5% de áreas escarpadas. A cidade está localizada em um vale, a
parte plana não ultrapassa 500 metros de largura onde se alinham os seus três núcleos principais: Vila Albernéssia, Vila Jaguaribe e Vila Capivari. A Vila Albernéssia é o centro comercial e administrativo da Estância, a Vila Jaguaribe tem uma parte turística e outra residencial e a Vila Capivari é a Vila Turística por excelência. É nela e em seus arredores que se concentram os melhores hotéis e restaurantes, confeitarias e shoppings, além de luxuosas residências que lembram chalés suíços e palacetes
imponentes, de estilo normando. A Estância é dotada de parque hoteleiro de categoria internacional.
Localizada entre São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, Campos do Jordão é alcançada por três vias principais de acesso,
sendo 2 rodoviárias e 1 ferroviária. De São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, o acesso pode ser feito através das Rodovias
SP-123 e SP-50, ambas partindo da Rodovia Presidente Eurico Gaspar Dutra. A SP-50 tem inicio em São José dos Campos (Vale
do Paraíba Paulista), apresentando mais de 800 curvas para um percurso inferior a 100 quilômetros. Outros acessos rodoviários
há, porém de importância secundária. Por último, temos o acesso ferroviário que liga Pindamonhangaba a Campos do Jordão
subindo a Serra da Mantiqueira (ver história e curiosidades sobre a ferrovia - Páginas a seguir), onde em uma de suas paradas
existe a Parada Cacique, o ponto ferroviário mais alto do Brasil. A Estrada de Ferro Campos do Jordão é a única ferrovia
brasileira que funciona por sistema de simples aderência, sem
cremalheiras.
Cantada como a Suíça Brasileira pelo seu clima inigualável, e
reverenciada como o Altar da Solidariedade Humana pela cura
de milhares de brasileiros que, recuperados de doenças pulmonares, retornaram sadios aos seus lares, em todos os quadrantes do País, Campos do Jordão tornou-se a mais importante estância climática do Brasil.
Além da sua famosa malharia - conhecida no mundo todo - , o
seu chocolate caseiro, seus doces e compotas, até mesmo as
resinas de seus vastos e majestosos pinheirais (bosques de
araucária) são industrializadas e suas águas minerais, captadas através dos mais elevados padrões de técnica e higiene,
correm das fontes mais puras do planeta. (texto integralmente
reproduzido do site www.camposdojordão.sp.gov.br).
A sua maior matéria prima, porém, é aquela que exporta, generosamente, sem retorno de divisas: a saúde.
Os cortes olímpicos e verdes de sua silhueta serrana, ao amanhecer do dia e ao por do sol, já motivou os cânticos dos homens
e dos Deuses, entoando hinos à beleza e à fraternidade. pela Estância de Campos do Jordão passaram escritores como Monteiro Lobato, Paulo Dantas, Maria de Lurdes Teixeira, Dinah Silveira de Queirós; historiadores, como Caio Prado Júnior; juristas
como Miguel Reale e Alexandre Correa; artistas plásticos como Brecheret, Lasar Segal, Felícia Lerner, Pancetti, Manabu Mabe e
Camargo freire, além de políticos, como Getúlio Vargas, João Figueiredo, Ernesto Geisel, João Goulart, Adhemar de Barros, Carvalho pinto, Jânio Quadros, Franco Montoro, Paulo Maluf, Laudo Natel, Abreu Sodré e tantos outros.
Jamais a cobiça do ouro, no passado, poderia sugerir a
Oyaguara e a Inácio Caetano que a riqueza não estava
nas Minas Gerais, mas se achava aqui mesmo, no Alto da
Mantiqueira, a 1.700 metros, acima das poluições, na abençoada e formosa Campos do Jordão. Por isso cismo
o poeta em sua lira: “Não sabiam os pobres viajantes que
o tesouro, de ouro não era não ! Nem de esmeraldas,
nem de diamantes, o tesouro era Campos do Jordão”.
Fonte: Pedro Paulo autor dos livros: História de Campos
do Jordão”, “A Montanha Magnífica” e “Campos do Jordão - O presente passado a limpo”, entre outros.
Nas páginas seguintes:
FAUNA e RIOS
HORTO FLORESTAL
CACHOEIRAS e TRILHAS
PALÁCIO DO GOVERNO
ESTRADA DE FERRO
RIO SAPUCAÍ
CONTINUAÇÃO
FAUNA E FLORA
As peculiaridades climáticas da região não autorizam a existência de uma fauna específica, em Campos do Jordão. No que
tange à fauna aquática, apenas uma espécie merece referência, o pequeno lambari, e, por isso, o Instituto da Pesca desenvolveu um trabalho de pesquisa, que introduziu nos rios da região a “truta arco-íris”, procedente da América do Norte.
O pastoreio extensivo é uma prática comum e tem permitido a abertura de trilhas, formadas pelo gado vacum, que favorecem a
reprodução e locomoção de algumas populações como as das perdizes e codornas, que são dependentes de habitats com vegetação baixa e pouco densa.
As seguintes espécies podem ser encontradas nas matas adjacentes:
Mamíferos: Bugio, caitetu, cotia, coati, macaco-prego, mono, onça suçuarana, queixada, Saa, entre outros.
Aves:
Azulão, bicudo, bigodinho, bitro, caburé, canário fogo, caçaroba, cuiu, curió, várias espécies de sabiá, urutagria,
entre outras.
As seguintes espécies podem ser vistas e encontradas nos campos: Esquilo, tatu e capivara.
Criado em 1941, o Horto Florestal de
Campos do Jordão possui 8,3 mil hectares
de área preservada com uma vegetação de
araucárias e coníferas. É uma ótima opção
para quem quer passar o dia fazendo algo
diferente das tradicionais atrações do centro de Campos do Jordão, o Capivari.
No Horto Florestal o visitante encontra
churrasqueiras, lagos, bosques, pesqueiro,
área de ginástica, viveiros de plantas, duchas, capela, ciclovia, restaurante, loja de
artesanato e muitas trilhas. Seu relevo montanhoso chega a 2.007 metros da torre de madeira.
HORTO FLORESTAL
Uma das maiores reservas naturais de árvores coníferas do Estado de São Paulo, o Parque
Estadual de Campos do Jordão, está localizado a 13 km da Vila do Capivari, na Av. Pedro Paulo, s/n, no Bairro Horto Florestal.
Criado em 1941, o também conhecido Horto Florestal, possui 8,3 mil hectares de áreas preservadas e oferece ao visitante uma vasta área de lazer, composta por: bosques para piquenique,
churrasqueiras, trilhas para caminhadas, lanchonete, atelier ambiental, uma capela, centro de
exposições com mostras de exemplares da fauna e flora da região, viveiro de plantas, além de
paisagens belíssimas e de proporcionar um contato intimo com a natureza.
No local também são desenvolvidos programas relacionados à pesquisa, educação ambiental,
recreação e conservação de recursos naturais, que fazem da presença imponente da Serra da
Mantiqueira um local de características muito especiais. Existe também no Parque um Posto
de Salmonicultura, instalado com a finalidade de criação de trutas para o peixamento constante dos rios e lagos da região.
TORRE
que marca a altitude
de 2.007 metros.
As trilhas existentes no parque são um encanto à parte, como a “Trilha das Quatro Pontes”
que tem o percurso aproximado de 1.000 metros e é a preferida entre as crianças, pois suas
pontes pênseis fazem da caminhada uma aventura.
A “Trilha Cachoeira” tem um percurso de 4.500 metros, e tem como principal atrativo a “Cachoeira do Galharda” que permite
em seu caminho observar a Estação de Truticultura e Salmonicultura do Instituto da Pesca.
Outra caminhada interessante é a “Trilha do Rio Sapucaí” com seu percurso de aproximadamente 2.600 metros, onde o visitante poderá apreciar Araucárias centenárias e avistar as corredeiras do Rio Sapucaí Guaçu que atravessa a cidade de Campos do
Jordão.
Com um percurso de 3.000 metros, apresenta-se a “Trilha dos Campos do Timoni”, que tem a forma de um mosaico e é composta por uma mata mais conservada, e uma área de campo e reflorestamento.
A “Trilha da Celestina” é indicada para pessoas que tenham um bom preparo físico, e tem seu percurso aproximado de 8.000
metros.
Aberto diariamente das 8 h às 17 horas, cobra entrada e para maiores informações entre em contato com Secretaria do meio
Ambiente - Campos do Jordão, Telefones: 0 xx 12 - 3663.1977 ou 3662.3526.
OUTRAS TRILHAS:
“Trilha Monteiro Lobato”, com 300 metros de extensão, com vários personagens do Sítio do Pica-Pau-Amarelo; “Trilha da Pedreira”, trilha de altitude que passa por uma pedreira de 15 metros de altura, que pode ser ultrapassada através das técnicas
de rapel; A “Trilha do Cânion do Sapucaí” é uma extensão da “Trilha do Sapucaí”, cujo diferencial está na possibilidade de se
avistar o Cânion do Rio Sapucaí, onde as águas do rio atravessam outra garganta rochosa de 50 metros de altura.
CONTINUA
O Rio Sapucaí nasce entre as cidade de
Campos do Jordão e de São Bento do Sapucaí,
tendo seu nome derivado das árvores que reflorestam suas margens, as Sapucaias.
Sua foz se dá no Rio Grande, no Norte do estado
do Rio de Janeiro, perto da cidade de São Joaquim da Barra, próximo à Hidroelétrica de Furnas.
Atravessa os municípios de Campos do Jordão,
São Bento do Sapucaí, no Estado de São Paulo; e,
atravessando já para o Estado de Minas Gerais,
Itajubá, Santa Rita do Sapucaí, Pouso Alegre, São
Gonçalo do Sapucaí, Careaçu, Cordislândia, Paraguaçu e Três Pontas, onde ele se encontra com o
Rio Verde, no povoado de Pontalete, e daí começa o tronco sul da represa de Furnas. Desse trecho até desaguar
no rio Grande o Sapucaí está inundado pelo represamento ocorrido no ano de 1963, com o fim de formar o reservatório das Centrais Elétricas de FURNAS.
O Rio Sapucaí, teve importante destaque na época das Bandeiras, as quais, saindo do Vale do Paraíba, adentravam o interior do hoje Estado de Minas Gerais seguindo o curso do Rio Sapucaí, em busca de ouro e outros metais e pedras preciosos. Contribuiu para a formação de inúmeras cidades e para a ocupação colonial do Sul e do
Sudeste Mineiro.
Em suas águas vivem diversas espécies de peixes de grande importância para a pesca de subsistência das populações ribeirinhas e como atração turística do ponto de vista da pesca esportiva. Espécies como o dourado, a tabarana, a piaba, o piau-três-pintas, o pintado, o jaú, entre outras são parte da sua fauna aquática.
No entanto o Rio Sapucaí está sofrendo os efeitos maléficos do mundo moderno. Muitas de suas espécies aquáticas estão correndo sério risco de extinção, devido à pesca predatória, à poluição e às dificuldades de procriação
no período da piracema em virtude do represamento do rio e de ribeirões e a drenagem das lagoas marginais, bem
como a destruição das nascentes fluviais, locais onde os peixes se procriam.
Agravando a situação, hoje o Rio Sapucaí sofre com a destruição de sua mata ciliar, com o lançamento de esgotos domésticos, industriais e rurais (agrotóxicos). Muitas de suas nascentes, que o alimentam têm vindo a secar
por absoluta imprudência e falta de consciência do ser humano, na exploração excessiva de seus recursos.
OUTRAS REFERÊNCIAS HIDROGRÁFICAS DE CAMPOS DO JORDÃO: Rio Piaguí e Ribeirão Capivari
A Estrada de Ferro de Campos do Jordão, em cujo traçado
encontramos a mais alta cota ferroviária do Brasil (1.743 metros acima do nível do mar), tem suas origens na vontade de
dois médicos sanitaristas do inicio do século XX, Drs. Emílio
Ribas e Victor Godinho, de proporcionar aos seus pacientes
um acesso mais rápido e confortável a Campos do Jordão, então considerado o local ideal para a cura da tuberculose.
Apesar dos primeiros passos para a construção da ferrovia,
que ligaria Pindamonhangaba no vale do Paraíba, a Campos do
Jordão em plena Serra da Mantiqueira terem sido dados em
1908, a empresa teve que aguardar até 1910 pela autorização
definitiva para sua construção, o que se deu através da Lei nº.
1.211 de 28 de novembro, assinada pelo Presidente do Estado
de São Paulo na época, Sr. Manuel Joaquim Albuquerque Lins.
Não obstante os grandes obstáculos que representavam para a
técnica ferroviária da época, os contrafortes da Serra da Mantiqueira, a ferrovia foi construída em menos de 1 ano, e, na data
de 15 de novembro de 1914 foi inaugurada oficialmente a “S.A.
Estrada de Ferro Campos do Jordão”. Nesse dia, os registros
indicam que mais de 300 pessoas se esforçaram para que uma
pequena locomotiva a vapor, chamada de “Catarina”, subisse a
serra puxando um vagão. A Estrada tinha ainda uma outra locomotiva, a “Piracuama” que fazia o trajeto de Pindamonhangaba até ao Bairro de Piracuama.
CONTINUA
CONTINUAÇÃO
Antes da inauguração, sua frota era de 2 locomotivas movidas
a vapor e pequenas litorinas a gasolina, com motor de caminhão, além de um caminhão Buggati adaptado para rodar sobre
os trilhos, assim como um pequeno automóvel Berliet.
Após a inauguração, a frota da Estrada de Ferro Campos do
Jordão passou a ser constituída de 2 locomotivas a vapor, 8
automóveis adaptados (Sendo 1 de inspeção), 1 vagão coberto
para carga, 5 vagões abertos para carga (2 eixos) l vagão aberto (trucado) e 20 Troleys de linha.
A ELETRIFICAÇÂO
Já a partir de 1924 toda a Estrada de Ferro foi eletrificada pela
English Electric, companhia inglesa, passando a operar apenas
com locomotivas elétricas, basicamente da marca English Electric, que forneceu 2 automotrizes com 240 HP de potência, além
de 2 carros elétricos para bagagens (atuais V-1 e V-2), com idêntica potência. Em 1927, a Estrada de Ferro recebeu mais
uma automotriz e mais 2 vagões abertos de carga. Posteriormente foram incorporados á frota 5 gôndolas para o transporte de
automóveis e que funcionaram até ao ano de 1977.
Ainda em 1932, havia 4 automotrizes a gasolina funcionando, quando uma quarta automotriz para passageiros foi construída nas oficinas da estrada, utilizando-se “truques” da English Electric. Mais,
dois novos vagões de carga da “Siemens/ Schuckert” entraram em
serviço nessa época.
OS BONDES DE SANTOS
Em 1956 com o fechamento do “Tramway Elétrico do Guarujá”, na
Baixada Santista, a Estrada de Ferro Campos do Jordão recebeu 3
bondes pequenos (atuais A-5, A-6 e A-7) e uma locomotiva elétrica
pequena (Siemens Alemã), que passaram a ser utilizados no tráfego urbano, entre Emilio Ribas e Jaguaribe (São Cristóvão). Nessa
época a Estrada recebeu ainda 2 carros de primeira classe, para 38
passageiros, um de segunda classe com 30 lugares e dois mistos
(segunda + bagagem), com 40 lugares cada.
A ENCAMPAÇÃO
Nesse meio tempo, apesar da idéia da estrada de ferro ligando as
duas cidades ser muito interessante, a região ainda não possuía a
vocação turística que hoje tem e não havia como sobreviver apenas
transportando as frutas, verduras, legumes produzidos no vale do
Paraíba pela comunidade japonesa, o que resultou em déficits
constantes de caixa, chegando a um ponto tal de fragilidade financeira que em 1915, a estrada foi encampada pelo Governo do Estado, passando pela gestão dos mais diversos orgão, como as Secretarias de Viação e Obras Públicas e Secretaria da Cultura, Esportes
e Turismo, até que em 1972 todas as ferrovias do Estado de São
Paulo foram acampadas pelo governo em uma Sociedade Anônima,
tendo sido constituía a “FEPASA - Ferrovia Paulista S.A.”, mas a
Estrada de Ferro de Campos do Jordão foi a única que permaneceu
sob a administração direta do Estado e passou a estar vinculada
apenas à Secretaria de Esportes e Turismo, tendo essa última a
missão de desenvolver o turismo local através da Estrada de Ferro.
Mais recentemente, o Estado realizou pesados investimentos na
Estrada, para reativá-la como opção forte de turismo, tendo para isso reformado inteiramente 2 das automotrizes e adquirido
carros de passageiros que, se originalmente não faziam parte do material rodante da Companhia, passaram a ter papel importante na utilização turística desta. A gândolas de carga, automotrizes, Morinas e demais equipamentos da empresa vêm sendo
reformados e modernizados constantemente, de forma a estar sempre oferecendo novidades aos turistas que visitam a região.
Nas épocas de maior fluxo turístico, ou seja, no Inverno, a Estrada chega a alugar locomotivas a vapor preservadas em outras
ferrovias, para aumentar o numero de composições de passageiros que fazem os diversos percursos, sendo essa uma iniciativa de grande sucesso.
No ano de 2002 a Estrada de Fero de Campos do Jordão, adquiriu e reformou uma locomotiva a vapor de uma usina açucareira
de Alagoas, fabricada no ano de 1947.
DADOS TÉCNICOS: A EFCJ opera no sistema de simples aderência roda-trilho nos trechos de serra, mantendo uma velocidade
média de 32 km/h em nível e cerca de 16 km/h nos trechos de Serra, sendo eletrificada nos seus 47 quilômetros. A rampa máxima da Serra é de 11%, o que é considerado muito elevado, haja vista às ferrovias comerciais que possuem rampas de no máximo 3,5 a 4,0 % para simples aderência. Para se ter uma idéia, entre as estações de Piracuama e a parada Cacique, que é o ponto ferroviário mais alto do Brasil, a distância é de 16 km e a diferença de nível entre os dois pontos é de 1.339 metros, vencida
por simples aderência. Nenhuma outra estrada de ferro do mundo possui tão longo percurso em rampas tão acentuadas de
simples aderência. No seu percurso, existem diversas atrações, como o Balneário das Águas Claras, em homenagem a Monteiro lobato, Mirantes e diversas estações onde o viajante poderá admirar belas paisagens e adquirir produtos de artesanato local.
Fonte: www.geocites.com
Formatação: Rede Vale Comunicações
Santo António do Pinhal, na Serra da Mantiqueira foi a cidade escolhida para sediar o “1º. Ciclo de Estudos de Orquídeas” (1º CEO), que aconteceu entre os dias 11 e 15 de Abril do ano de 2008. Nesse período, técnicos e especialistas de todo o Brasil estiveram reunidos para debater as novidades e principais questões relacionadas à produção e comercialização desse maravilho presente da natureza.
Santo António do Pinhal se tornou também uma referência na produção desta flor, fazendo com que a primavera,
em virtude de seu clima dura 10 meses por ano. Ou seja o clima é totalmente favorável durante quase todo o ano
para um bom desenvolvimento da planta.
As variedades mais comuns desta planta são: A Pioneira, cujas primeiras mudas foram trazidas do Japão à trinta e
cinco anos e a Ocidiun. Mas existem muitas variedades raras. Uma delas a Wanda que não consegue se desenvolver na Serra por causa do clima frio. Algumas variedades se dão melhor em clima quente, outras no frio, mas, por
causa das mudanças climáticas ocorridas nos últimos anos, muitas espécies de clima quente já estão se desenvolvendo no município de Santo António do Pinhal.
CLONAGEM
A tecnologia de reprodução das flores também já evoluiu muito e há pelo menos 15 anos a clonagem é uma realidade entre os produtores de Santo António do Pinhal. As sementes são utilizadas em processos naturais de reprodução para se conseguir variedades novas, com coloração diferenciada e maior resistência.
As plantas destinadas aos colecionadores são produzidas em pequena escala e valem pela raridade, podendo alcançar valores impensáveis, ao contrário das comerciais, que são cultivadas em grande escala e são as mais vendidas.
PRIMEIRAS MUDAS E A TRADIÇÃO
A história da colônia japonesa, assim como a vinda das orquídeas para Santo António do Pinhal, passa necessariamente pelo produtor Shiguero Katayama, um japonês de 72 anos, nascido em Alchi-Ken, no Japão, cidade próxima
a Nagoya. Ele chegou à Serra da Mantiqueira à 70 anos.
A primeira atividade da família no novo destino também foi o plantio de hortaliças e depois de frutas, mas, há 33
anos, a opção pelas orquídeas se mostrou mais rentável e o contato com a colônia japonesa em Atibaia (SP) fizeram optar a família pelas orquídeas.
As primeiras mudas, da variedade cymbidiun, vieram experimentalmente de Teresópolis (RJ) e os resultados foram
muito satisfatórios. Tempos depois, Katayama importa cerca de 20 mil mudas do Japão, dando inicio à tradição das
Orquídeas na Serra da Mantiqueira.
CURIOSIDADES
Uma das características das orquídeas é a variada coloração e formatos, mas uma das
espécies que mais chamam a atenção é uma que tem o cheiro de chocolate. Essa flor
é resultado do cruzamento das variedades ocidiun e odontotoglossun, que recebeu o
nome de ondontocidiun. Na Estação da linha férrea de Campos do Jordão, existe um
local de venda de orquídeas e esta é a espécie mais vendida e o seu custo gira em
torno de R$.: 40,00, na Estação Lefréve.
Fonte: Embrapa
Formatação: Rede vale Comunicações
AFELANDRA
A afelandra faz parte da família Acanthaceae, que se destaca pelo vistoso colorido das inflorescências da maioria
dos seus gêneros. Quase sempre são plantadas adaptadas para viver á sombra das matas e aparecem com muita freqüência ao longo da Serra do Mar, no interior de
bosques de encosta úmida.
DYCKIA
A Dyckia pertence à família das bromélias, plantas também conhecidas no Brasil como gravatás, caraguatás, caroás e mais uma infinidade de nomes.
Estas plantas possuem notável capacidade de adaptação, podendo
viver sobre árvores, ou diretamente no solo.
Após a primeira floração, as bromélias morrem. Em seu lugar aparecem os brotos que irão originar novas plantas.
A Dyckia é encontrada nas mais diversas regiões do país, inclusive
nas partes mais rochosas (calcárias) da Serra da Mantiqueira e Serra
do Mar.
TRIMEZIA
A Trimezia pertence à família das Iridaceae, caracterizada por plantas com flores lindas e efêmeras - algumas
duram apenas um dia. Esta ultima característica torna
recomendável sua utilização em maciços, onde as flores se sucedem, possibilitando melhor observação. A
Trimezia tem utilidade comprovada na contenção de
taludes e no combate à erosão, pois cresce e se alastra
com rapidez, tem raízes fortes, não é exigente quanto à
qualidade do solo e possui vida longa.
HORTÊNSIA
A “Hortênsia” pertence ao
gênero Aydrangea. A Hortênsias possuem um principio ativo, o glicosídeo
cianogênico, hidrangina,
que as torna venenosas,
podendo inclusive levar ao
coma.
A cor das hortênsias depende muito do “Ph” do solo. Solos ácidos produzem flores azuis, solos alcalinos produzem a
variedade rosa, em ambientes naturais. Outras cores podem ser obtidas através de cruzamentos biológicos.
Na nossa região a hortênsia pode ser admirada na cidade de Campos do Jordão, na Serra da
Mantiqueira.
CONTINUAÇÃO
HELICÔNIA
A helicônia pertence à família das Musaceae (a mesma da banana) e é um gênero praticamente exclusivo das Américas do
Sul e Central - a única exceção é algumas de suas espécies
oriundas da Nova Guiné. No Brasil são conhecidas pelo menos 90 espécies diferentes que se dispersam por toda a região que vai da Amazônia até ao Estado do Rio de Janeiro. Na
nossa região “Região Serrana da Mantiqueira” muitas de suas espécies podem ser apreciadas, tanto na Serra da Mantiqueira como na Serra do Mar.
Este tipo de planta prefere locais ensombrados com altos índices de umidade.
Se conservam vários dias após o corte, sendo por isso muito
utilizada em arranjos florais.
AÇUCENA
A Açucena pertence à família Amaryllidaceae, que é uma planta
herbácea de bulbo, com longas folhas em forma de espada.
A maioria de suas espécies apresenta flores grandes e vistosas.
Como as outras plantas de bulbo, a açucena passa por um extenso período de repouso durante o qual desaparece a parte aérea
das plantas, permanecendo apenas o bulbo. Terminando esse
período de repouso, as novas folhas brotam rapidamente e logo
surge a vistosa floração que pode reunir 12 ou mais flores num
mesmo conjunto.
PAINEIRA ROSA
A chorisia speciosa St. Hil pertence à família Bombacaceae, composta por gêneros que se destacam principalmente pelo grande porte. Seu tronco é coberto
de fortes espinhos que desaparecem à medida que a
árvore vai ficando adulta. Acredita-se que a função
desses espinhos seja a de proteger as jovens árvores, ainda fracas estruturalmente, pois eles vão caindo simultaneamente ao engrossamento do tronco e
conseqüente reforço estrutural da planta.
TRAPOERABA AZUL
Planta de sombra da família Commelinaceae, a trapoeraba azul vive
nos bosques da Serra do Mar, onde é encontrada especialmente nos
Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Sua inflorescência apresenta
luminosidade intensa, que faz com que a planta se destaque da vegetação circundante. Além disso, o conjunto de flores localiza-se sempre
na parte superior da planta, o que a torna ainda mais evidente.
Farmacológica, tem sua aplicação para o tratamento de diuréticos, e
anti-reumáticos.
Modalidades
Trekking (Caminhada)
Para se empreender uma caminhada, seja em trilhas, ou mesmo em um parque da cidade, o esportista deve ter conhecimento prévio do piso. Para tanto, no caso de
caminhadas em estradas rurais ou trilhas, o praticante deve possuir um bom sentido de orientação, navegação, habilidade com instrumentos (bússola, nós, corda, plantas), prudência,
agilidade, improviso, presença de espírito, serenidade, observação, conhecimento total da
região e noções de primeiros socorros. Em locais desconhecidos ou então passíveis de
confusão de saídas e entradas, recomenda-se sempre a presença de um guia e que a prática
seja sempre feita em grupos.
Bóia Cross
Esta atividade consiste da descida de correntezas em rios ou riachos com
alguns obstáculos feitos com bóias de borracha (tipo câmara de ar de caminhão). Esta prática exige o uso de alguns imprescindíveis equipamentos de segurança, a saber: capacete,
mão-de-pato, luvas, joelheiras, tornozeleiras e colete salva-vidas. A roupa mais apropriada
para esta atividade é a de “neoprene”, pois mantêm o calor do corpo e evita escoriações
causadas pelos possíveis impactos contra as pedras. A bota de neoprene, ou tênis de neoprene são os mais apropriados. Os riscos desta atividade são: afogamento (em situações
extremas), contusões e hematomas. Para o exercício desta atividade são necessários: condicionamento físico médio, saber nadar e treinamento básico. O melhor posicionamento para a prática deste esporte e o praticante se deitar de bruços sobre a bóia, pois esta posição favorece um melhor controle e também melhores possibilidades de desvio nos obstáculos. A Bóia para a prática deste esporte não pode ser nua, tem que ser
revestida de uma capa com alças que a torna mais segura.
Cavalgada
Curtir a natureza ao som dos passos de um cavalo é um passeio seguro para
todas as idades. A cavalgada é um meio eficiente de percorrer longas distâncias e atingir
regiões cujo terreno apresenta obstáculos. Não existe curso específico para cavalgar, apenas noções básicas de equitação, para que o cavaleiro possa controlar o animal com segurança. Antes de iniciar a atividade o praticante deve receber noções básicas sobre o animal
e aprender a lidar com os equipamentos básicos, principalmente a rédea (que serve para dar
direção ao animal, ou fazê-lo parar). No que tange ao comportamento do animal, algumas
dicas são úteis, tais como:
- Se o cavalo baixar as orelhas para trás, indica que o animal está bravo;
- O estender da cabeça em direção à barriga, sinal que o animal pode vir a morder;
- Paradas repentinas;
- O não atendimento às ordens.
O risco da atividade é queda e eventuais mordidas. A idade mínima para a prática deste esporte é de oito anos. A
roupa ideal é calças compridas de tecido grosso e justas, chapéu e botas ou coturnos de couro.
Vôo Livre
A “Asa Delta” é fabricado com um tecido muito resistente (dracon), um trapézio de tubos de alumínio (para controlar a direção), um tubo transversal (para sustentar a asa aberta), a quilha (centro de gravidade), dois tubos angulares na ponta
dianteira da asa, um cinto e um mosquetão (para prender o piloto à asa). Um vôo bem
sucedido, depende da verificação dos equipamentos, que devem seguir normas rígidas de segurança, das condições climáticas e da experiência do piloto, que requer
um curso especializado. Para experimentar a sensação de voar, pode-se realizar um
vôo duplo, ou seja, junto com o instrutor.
Riscos: quedas, causadas por imprudência e/ou problemas com o equipamento. É
obrigatório o uso do capacete durante o vôo.
Paraglider
O “Paraglider” é um pára-quedas inflado com o vento durante o salto de uma rampa. Permite apreciar paisagens do alto, em vôos rápidos.
O Paraglider é composto por um velame de náilon, cadeirinha (para proteger a coluna) e linhas de comando, que direcionam o vôo.
Controlado por duas cordas laterais feitas de aramida (uma espécie de náilon). Tem
fácil dirigibilidade e permite muitas manobras.
Mas, assim como no vôo livre deve-se usar capacete e ter noções básicas da atividade, sendo que para tanto existem diversos cursos à disposição. Riscos e precauções
iguais à modalidade “Asa Delta”.
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Técnicas Verticais
A primeira impressão é que o “vertical” é um ambiente de risco. Mas, com informações e treinamentos adequados, as dificuldades praticamente desaparecem. O ambiente vertical é um termo utilizado para designar atividades em alturas, tais como: rapel, escalada, travessia de rio, caving, trilhas em montanhas, etc.
Os equipamentos básicos de segurança, para atividades verticais são:
- Cordas para técnicas de rapel: estática;
- Cordas para técnicas de escalada: dinâmica;
- Corrimão em subidas íngremes;
- Cadeirinhas (material submetido a teste de tração de ruptura);
- Fita tubular (material para ancoragem do rapel, montagem de top rope, autosegurança);
- Mosquetão: material que necessita um certo cuidado com seu manejo não podendo
sofrer quedas, de grande resistência;
- Freios: oito, grigri, atc, stop, etc.
As modalidades de descida e subida em trabalho vertical são: rapel clássico, corrimão militar, cascade, escalada (subida utilizando prussik), subida “sumariando”, escalaminhada e tirolesa.
Caving
Uma pequena fenda no chão pode ser uma entrada para uma dimensão pouco explorada. Para desvendar os mistérios do subsolo terrestre os adeptos do “caving” descem
abismos, atravessam passagens estreitas, passam por salões, cruzam lagos e ou riachos subterrâneos. A expressão “caving” em inglês é traduzida como “exploração de
cavernas”, uma atividade pouco difundida no Brasil, oriunda da espelologia - ciência
que estuda o interior dos ambientes. desafio exige grande disposição e preparo físico
de seus participantes, que devem ser peritos em rapel (a descida através de cordas).
Muitas vezes, além de ornamentos raros, elas preservam objetos arqueológicos. Poucas cavernas têm estrutura para receber visitantes. Ninguém deve se atrever a entrar
numa gruta sem a companhia de um guia experiente. Quem deseja conhecer e entender
melhor esta atividade deve inicialmente procurar um espeleoclube.
Rapel
O rapel é a técnica de escalada usada para descer paredões, abismos e cachoeiras com o
auxilio de cordas. Essa técnica também é utilizada no caving e no Canyoning. Pode ser
positiva, negativa e fracionada. A positiva é a feita com o apoio dos pés no paredão. A negativa é feita sem o apoio dos pés, guiada com desvio diagonal da trajetória, para evitar
torrente. E o rapel fracionado é dividido em vários rapeis menores para encontrar um caminho mais seguro.
Equipamentos: corda, capacete, cadeirinha, freios e mosquetões.
O risco é de queda e contusões. Há necessidade de um bom condicionamento físico e treinamento, antes da primeira experiência. A idade mínima é de 18 anos. As agências especializadas devem fornecer o equipamento, como cordas, mosquetões, descensores, cintocadeirinha, capacete, luvas e a roupa de neoprene.
Escalada
Para chegar ao cume de uma montanha é imprescindível ter força física, equilíbrio psicológico e muita técnica. A atividade escalada teve inicio na Europa em meados do século XVIII, com a conquista do Monte Branco (4.817 metros de altura), nos Alpes. Mas,
foi em 1953 que a maior montanha da Terra, o Monte Everest (8.882 metros de altura),
na Ásia foi vencida.
Hoje os equipamentos estão muito mais evoluídos. Entre os apetrechos, além de cordas e cinto-cadeirinha, destaca-se o magnésio (um pó branco que absorve o suor das
mãos do escalador para obter uma boa aderência às pedras) e as sapatilhas de borracha, que aumentam a sensibilidade e cuja a aderência às rochas é em muito facilitada.
A escalada é sempre praticada em dupla. O primeiro escalador sobe e recebe segurança do parceiro que está em baixo. Depois, já em cima ele dá suporte ao companheiro.
Os estilos de escalada esportiva são: Praticada em pequenas falésias, cuja altura varia
entre 20 e 60 metros, utilizando vias curtas, de fácil acesso, e boa ancoragem e, Escalada em Big Wall: Para escaladores experientes.
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Canoagem
A canoagem pode ser praticada tanto em águas
calmas de rios como as agitadas de uma corredeira
de rio. O esporte que faz parte das olimpíadas desde os jogos de Berlim (Alemanha), em 1936, usa
canoas e caiaques. A canoa mais comum, chamada
de canadense, é pouco divulgada no Brasil. os caiaques mais usados aqui são embarcações fechadas, para um, dois ou quatro remadores; cada qual
usando um remo de duas pás. A canoagem em águas calmas, não requer experiência. Mas, a descida de corredeiras exige técnica e
noções de segurança.
Canyoning
O Canyoning é a exploração de cânions usando técnicas de escalada. Embora a vitrine da
atividade seja o rapel, amplamente praticado no Brasil, o esporte requer conhecimentos
mais abrangentes. O adepto deve ter noções de segurança em rapel, escalada, natação e espelologia, que permitam avaliar os obstáculos durante a exploração dos cânions e rios em
garganta. O Canyoning tem origem franco-espanhola, pois surgiu quando um grupo procurava cavernas nos cânions dos Pirineus - cadeia de montanhas no norte da Espanha e no sul
da França. A atividade foi introduzida no Brasil no ano de 1990.
As manobras são:
- Tirolesa (ou cabo-aéreo): o praticante, ajustado a uma cadeirinha desliza pela corda, que é
presa nas duas extremidades;
- Watertrek: o praticante caminha pelo meio do leito do rio, acompanhando a correnteza;
- Natação: Os trechos mais fundos do rio são cruzados a nado, usando a mochila como apoio, ou seja, como bóia
flutuante.
- Floating: O praticante deixa-se levar pela correnteza;
- Saltos: variam conforme a altura da queda d’água e a profundidade do poço;
Os riscos da atividade são as quedas e contusões. Obs.: Um local antes profundo, por motivo de uma inundação,
em estações chuvosas, em estações secas pode-se tornar raso, podendo inclusive acumular paus e areia no leito,
por isso deve ser feita uma avaliação no local e todo o cuidado é pouco.
Esta atividade exige condicionamento físico e treinamento, antes da primeira experiência. A idade mínima é de 18
anos. O guia ou o professor deve fornecer todo o equipamento, como: cordas, mosquetões, descensores, cintocadeirinha, capacete, mochila, luvas e roupa de neoprene.
Mountainbiking
Pedalar pelas trilhas que cortam florestas, matas, rios, montanhas permite somar exercício
físico e contato com a natureza. Se nas subidas o esforço é redobrado, nas descidas a
sensação de relaxamento é gratificante. Na travessia de rios ou em ladeiras muito íngremes o jeito é levar a bicicleta nas costas. Não é preciso curso para iniciar no esporte. O
fundamental é saber pedalar, e conhecer marchas e algumas manobras, geralmente ensinadas aos novatos pelos mais experientes. As bicicletas usadas na atividade são especiais, com amortecedores e pneus adaptados para aderir melhor aos terrenos. Os riscos são
as quedas e lesões, principalmente nas descidas e ladeiras íngremes. É necessário um
bom condicionamento físico e a idade mínia é de 12 anos. Os equipamentos são: bicicleta
especial com marchas, capacete, luvas, óculos, joelheiras, caneleiras e um bom tênis, além claro de uma garrafa de água ou waterbag (reservatório com um canudinho na ponta).
Rafting
Enfrentar corredeiras a bordo de um bote de borracha requer,
trabalho em equipe. O rafting é feito geralmente com seis remadores e um instrutor, que passa as orientações e coordenação
de movimentos. Sincronia e rapidez de movimentos são fundamentais para se vencer bem os obstáculos. As corredeiras oferecem vários níveis de dificuldade. Nos rios mais radicais é recomendável contar com o “safety cayac” (um profissional navega
em um caiaque na frente do bote, preparado para o resgate dos
tripulantes, em caso de o barco virar). Os trechos mais perigosos
exigem o “portage”, em que o bote é levado nos braços e a
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travessia é feita pela margem do rio. Ondas mais altas possibilitam o “surf”,
que consiste em fazer manobras sobre as pequenas quedas d’água com o
bote parado.
Os níveis de dificuldade variam de 2 a 6.
Nível 2 - as corredeiras mais fáceis, com ondas lisas e estáveis;
Nível 3 - presença de ondas mais altas e irregulares, passagens estreitas
que requerem manobras mais complexas;
Nível 4 - águas mais turbulentas, que exigem técnicas para serem vencidas.
É necessário o “scout” (caminhar ao longo das margens para escolher o
melhor trajeto);
Nível 5 - corredeiras muito difíceis. Deve-se montar esquema de segurança
nas margens, com equipamentos de resgate.
Nível 6 - oferece risco de vida. Não é indicado para o rafting.
Os comando do instrutor são os seguintes:
1 - Esquerda ré - manobra usada para girar o bote rapidamente para a esquerda (quem está à direita rema à frente);
2 - Direita ré - O bote vai para a direita (quem está à esquerda rema à frente e quem está à direita rema à ré);
3 - Peso à esquerda ou peso à direita - A tripulação se inclina para o lado indicado. Serve para facilitar manobras e evitar que a
embarcação tombe.
4 - Piso - Todos sentam no fundo (lastro) do bote e seguram na corda que fica na borda.
O risco da atividade é contusão em caso de queda ou do bote virar além do afogamento. A idade mínima é de 12 anos. É necessário ter um par de tênis usado, bermuda e camiseta. O equipamento de segurança é oferecido pelos operadores.
SURF
Os primeiros relatos de surf dizem que este esporte foi introduzido no Havaí pelo Rei Polinésio Tahito. O primeiro fato concreto que revelou a existência do esporte foi feito pelo navegador James Cook , que descobriu o
arquipélago do Havaí e viu os primeiros surfistas em ação. Utilizavam inicialmente pranchas de madeira, confeccionados para deslizar nas ondas do
mar.
Os primeiros praticantes do surf eram os canibais da ilha Chuka-Chuka.
O reconhecimento mundial deste esporte veio com o campeão mundial olímpico de natação e pai do surf moderno, o havaiano Duke Paca Kahanamoku, ao vencer os jogos de 1912, em Estocolmo.
Esta atividade requer exímios conhecimento de natação e bom condicionamento físico.
Equipamentos, Calção de banho, camiseta e uma boa prancha.
Riscos: Afogamento
Jeeping // Off Road
Ser jipeiro é mais do que um estilo de vida> Muito além da competição, é ter espírito de solidariedade, vontade de conhecer lugares
novos, por caminhos alternativos, geralmente de difícil ou impossível acesso para veículos que não possuam tração nas quatro
rodas; é cultivar bom humor e companheirismo, o chamado espírito de equipe; fazer novos amigos e, aprender a superar os seus
limites.
No Cone Leste Paulista, especialmente nas regiões do Litoral Norte e Serra da Mantiqueira, além de algumas cidades do Vale do Paraíba Paulista, da Região Bragantina e da Região Alto do Tietê, este esporte tem diversas trilhas e caminhos, por por exemplo a Estrada Real ou Caminho Velho, que sai de Paraty atravessa a Serra da Mantiqueira, alcançando o planalto do Sul do
Estado de Minas Gerais.
Além de um bom JEEP, conservado e com tração às quatro rodas, os seguintes equipamentos são obrigatórios:
Obs.: itens em azul são opcionais.
1 - 4 cintas de 10.000 kg.
2 - 4 anilhas tamanho médio/grande
3 - Macaco hidráulico
4 - Macaco jacaré
5 - Macaco high-Llift
6 - Chave de rodas
7 - Mini compressor de ar para pneus
8 - Jogo de ferramentas diversas completo (chave de fendas, inglesa, chaves de bocas, martelo, alicate, etc.)
9 - Fusíveis de diversas amperagens
10 - Lanternas (inclusive aquela de cabeça tipo “mineiro”)
11 - Fita isolante
12 - Fita Silver Tape (serve para para brisas quebrado, conserto provisório de mangueiras de ar e de água, etc.)
BOA VIAGEM... Divirtam-se.
Musica, Literatura sempre andaram e ainda anda de mãos dadas, desde que o mundo é mundo. Por isso para
nós temos a convicção que música é sem dúvida ingrediente cultural na formação moral e cívica de uma sociedade, despertando a disciplina, a solidariedade e a sensibilidade na interação social do homem.
Na cultura ocidental, uma primeira referência à Bíblia, sobretudo a partir da aparição do rei-poeta que foi David,
seus salmos perdiam música, como está indicado ainda hoje, nos textos, sem que saibamos exatamente como realizar essas indicações, em virtude da profundidade do contexto.
Uma outra referência bíblica é a estrutura da missa católica, que, apoiada no Novo Testamento, é uma arquitetura
ao mesmo tempo simples e eficaz: basicamente, Kyrie, Glória, Credo, Sanctus, Agnus Dei. Nesse rápido esquema,
cabem todas as emoções humanas, de súplica inicial às explosões de alegria que se verificam mo Glória e no
Sanctus.
Para a Igreja Católica não foi menor o diálogo mantido entre a musica e a literatura. Prova disso é a rica tradição
do madrigal, que vem da Idade Média para explodir numa vertigem de cores e de ritmos durante a Renascença, é a
grande obra de Lassus, dos madrigais Ingleses, de Monte Verdi.
O Festival de inverno de Campos do Jordão é um grande festival de música clássica do Brasil. Alguns o chamam de música erudita mas, eu, gosto mais e a acho mais clássica. Acontece todos os anos no mês de
julho, no Auditório Cláudio Fontoura, localizado nessa cidade. Este complexo cultural engloba além do auditório o
museu Felícia Lerner, inaugurado no ano de 1979. O festival denominou-se inicialmente “Primeiros Concertos de
Campos do Jordão” e foi inaugurado com um recital da pianista Magdalena Tagliaferro e tinha a duração de uma
semana.
Considerado o maior festival de música clássica do Brasil, leva a Campos do Jordão alunos bolsistas que passam
um mês estudando com importantes nomes da musica nacional e internacional. Paralelamente às atividades pedagógicas, há uma intensa programação com convidados que se apresentam em diferentes locais da cidade.
Criado em 1970 pelos maestros Eleazar de Carvalho, Camargo Guarnieri e Souza Lima, o Festival de Inverno de
Campos do Jordão foi inspirado no Festival de Tanglewood. A partir de 1973, o maestro Eleazar de Carvalho, então
diretor artístico do festival, deu inicio à programação pedagógica, concedendo bolsas de estudo para jovens promissores no campo da música.
Esse caráter pedagógico que permanece até aos dias de hoje, possibilita aos estudantes o aprofundamento de estudos musicais por meio de aulas, em tempo integral, com renomados professores. A partir de 1995, o festival entrou em uma nova fase, não só na qualidade da programação, que trouxe nomes internacionais de peso como o
tenor Roberto Alagna, Aprile Millo, a pianista Maria João Pires, o trompetista Daniel Havens, a cantora Kiri Te Kanawa e o maestro Kurt Masur.
Desde que assumiu a Direção Artística do Festival, em 2004, o maestro Roberto Minczuk, como ex-bolsista do Festival, retornou a principal característica do evento, com ênfase na programação clássica e na área pedagógica.
Atualmente o Festival realiza cerca de 50 apresentações de importantes orquestras, grupos de câmaras e recitais
nos principais teatros e espaços da cidade. Entre eles, o Auditório Claudio Santoro, Palácio Boa Vista, Igreja Santa
Terezinha, Igreja São Benedito e Praça Capivari, onde acontecem os concertos ao ar livre para milhares de espectadores. Paralelamente à programação o festival realiza diversos cursos de formação musical: Cursos de Instrumentos de Orquestra Sinfônica, Piano, Violão, Música de Câmara, Prática de Orquestra Sinfônica, Regência de Orquestra e Composição (aulas individuais, masterclasses, prática, grupo).
O Festival de Inverno de Campos do Jordão tem um público de aproximadamente 80 mil espectadores diretos, que
lotam a cidade atraindo diversos eventos simultâneos.
Em 2008, o Festival abordou o tema “Música e Literatura”, com obras musicais inspiradas em peças literárias.
O Festival é uma realização do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria de Estado da Cultura, co produção
do Centro Tom Jobim, uma organização social da Cultura.
Fontes: pt/Wikipédia e Portal da Estância Climática de Campos do Jordão
Formatação: Rede Vale Comunicações
Há 36 anos Campos do Jordão é palco do mais importante festival de música clássica do Brasil. Idealizado pelo
Maestro Eleazar de Carvalho e priorizando a formação de músicos e regentes, o Festival vem registrando a participação dos mais importantes nomes da
música do Brasil e do mundo. Inspirado no modelo americano de Tanglewood - que vem evoluindo na experiência brasileira - , é realizado anualmente com
o objetivo de reunir, fomentar, fortificar e divulgar o manancial artístico, sobretudo musical, das Américas.
O Festival assumiu, em suas ultimas edições, a posição de o mais importante da música erudita em nosso país, com público recorde em todas as suas
apresentações, realizadas no “Auditório Claudio Santoro”, totalmente renovado, com a participação de artistas de grande expressão no cenário musical
nacional e internacional, como a soprano Ângela Gheorghiu e o tenor Roberto Alagna. Um festival que passou a ter custo zero para o Estado, por meio de
parcerias entre o Governo do Estado de São Paulo, a Secretaria do Estado da Cultura e a iniciativa privada. O Festival desenvolve, na sua parte pedagógica uma característica especial; reúne durante três semanas centenas de jovens instrumentalistas bolsistas de todo o Brasil e da América Latina que, no
decorrer, formam conjuntos de câmara e grupos instrumentais populares, e como meta final apresentam-se na Big Band e, também, formam uma grande
Orquestra Sinfônica dirigida pelo maestro Ayton Escobar. É o grande evento Cultural da cidade, onde já se apresentaram inúmeros músicos de fama internacional.
O Festival de Inverno Dr. Luis Arrobas Martins, teve inicio em 24 de julho de 1970, no Palácio Boa Vista, leva este nome em homenagem ao seu criador Dr. Luís Arrobas Martins - o então, Secretário da Fazenda do Governo Abreu Sodré e Coordenador do Grupo Executivo do Palácio Boa Vista de Campos do
Jordão. Com o crescimento do Festival de Inverno de Campos do Jordão que acontecia no Palácio Boa Vista, desde 1970, o então Governador do Estado
de São Paulo, Paulo Egídio Martins, em 1975, deu inicio à construção do “Auditório Claudio Santoro”.
Este complexo cultural que abrange o Auditório e o Museu Felícia Lerner, foi inaugurado em 1979. O Festival denominou-se inicialmente “Primeiros Concertos de Campos do Jordão” e foi inaugurado com um recital da pianista Magdalena Tagliaferro.
Contou com a presença de autoridades e tinha a duração de uma semana.
O primeiro diretor artístico do Festival de Inverno foi o maestro Camargo Guarnieri.
A partir de 1973, assumiu a direção do Festival o maestro Eleazar de Carvalho que enriqueceu a sua estrutura, pois além dos espetáculos, deu um caráter
pedagógico ao Festival incluindo a participação de bolsistas que estudam em tempo integral com renomados professores de seus respectivos instrumentos, que acontece até aos dias atuais.
O modelo do curso foi o Festival de Tanglewood, nos Estado Unidos da América do Norte. O objetivo sempre foi estimular a profissionalização de novos
artistas da música erudita.
A experiência mostrou-se um sucesso, pois renomados artistas reafirmaram suas aptidões musicais no âmbito do festival. Entre eles os maestros Juan
Serrano, Roberto Tibiriçá ( tendo sido regente assistente do maestro Eleazar de Carvalho na Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo), Marcelo Jaffé
( viola ), Otinilo Pacheco (clarinete ), entre outros.
Estudantes de todo o Brasil e de vários países do mundo, freqüentam o Festival de Inverno de Campos do Jordão, sendo que alguns retornaram para algumas temporadas. Juntamente com o curso para bolsistas, O Festival oferece atrações de renome nacional e internacional e o fluxo de público tem vindo a
aumentar significativamente , ano após ano.
Nomes como Rostropovich, April Millo, António Menezes, Arthur Moreira Lima, Gal Costa, Roberto Alagna, Ângela Gheorghio, entre outros, já se apresentaram em Campos do Jordão.
Orquestras de vários países também já se apresentaram: Moscou, Argentina, Uruguai, e inúmeros grupos de pequeno e médio porte. Os bolsistas também
participam das audições, geralmente no meio da semana, em apresentações solo ou conjunto de câmara. O Programa Oficial é geralmente anunciado em
junho, no Palácio dos Bandeirantes, pelo Senhor Governador.
Fonte: http://www.festivaldecamposdojordao.org.br
Mais um dia... mais um trabalho terminado...
Mais um pouco doado de mim,
suado...
Mais um dia... e espero,
Que hoje soprem os ventos
a favor da esperança...
que hoje soprem os ventos
a favor da criação...
que hoje soprem os ventos
que levam a semente...
que hoje soprem os ventos
que tragam a compreensão...
que hoje soprem os ventos
que tragam solidariedade...
que hoje soprem os ventos
que despertem as consciências ...
para
a preservação...
para
a educação
para
uma sociedade mais justa...
Filipe de Sousa
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Região da Mantiqueira - Gazeta Valeparaibana