UNIVERSIDADE POSITIVO
LETÍCIA RUEDA SETEMBRO
VAGNER DE CASTILHO ESMANHOTO
NOVO DESIGN FORMAL AUTOMOTIVO
CURITIBA
2010
LETÍCIA RUEDA SETEMBRO
VAGNER DE CASTILHO ESMANHOTO
NOVO DESIGN FORMAL AUTOMOTIVO
Relatório de projeto de design
apresentado ao Comitê de Disciplina de
Conclusão de Curso, do Curso de
Graduação em Design - Projeto de
Produto, do Núcleo de Ciências Exatas
e Tecnológicas, da Universidade
Positivo.
Orientador: Prof. Jorge Tamura.
CURITIBA
2010
FORMAÇÃO DE BANCA
Letícia Rueda Setembro
Vagner Esmanhoto
Projeto: Veículo fora-de-série para chassi TSW
Este relatório de Projeto de Design foi submetido ao curso de Design – Projeto
de Produto da Universidade Positivo, como parte dos requisitos necessários
para a obtenção do grau de Bacharel em Design.
Banca examinadora:
_______________________________________________
Prof. Jorge Tamura
(Orientador)
________________________
Prof. Marcelo Gallina
(Relator)
RESUMO
Este projeto visa o desenvolvimento de um veículo fora-de-série,
produzido de forma artesanal, de modelo esportivo partindo-se de chassi
disponibilizado pela empresa TSW – sofrendo algumas modificações – com
capacidade para dois assentos e algumas possibilidades de personalização
(rodas, cores). Com o intuito de disponibilizar para aqueles que buscam um
veículo fora da repetitividade e padronização dos modelos apresentados hoje
em dia pela indústria automobilística mundial, um modelo de veículo único, com
design exclusivo e com personalidade. Abrindo o leque de opções para aquele
público que busca exclusividade e que adquire artigos de luxo, pois gosta de
ostentar o que possui e gosta de status.
PALAVRAS-CHAVE: veículo, fora-de-série, exclusividade, produção
artesanal.
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – LOBINI H1..................................................................................................
FIGURA 2 – LOCOST....................................................................................................
FIGURA 3 – CHAMONIX SPYDER 550.........................................................................
FIGURA 4 – OBVIO! 828................................................................................................
FIGURA 5 – MINI DACON 828.......................................................................................
FIGURA 6 – GT MALZONI..............................................................................................
FIGURA 7 - PUMA GTE&GTS........................................................................................
FIGURA 8 – PUMA GTB-S2...........................................................................................
FIGURA 9 – PUMA GTC/GTI.........................................................................................
FIGURA 10 – MIURA......................................................................................................
FIGURA 11 – MIURA......................................................................................................
FIGURA 12 – MIURA MTS.............................................................................................
FIGURA 13 – MIURA TARGA........................................................................................
FIGURA 14 – MIURA SPIDER........................................................................................
FIGURA 15 – MIURA KABRIO.......................................................................................
FIGURA 16 – MIURA SAGA...........................................................................................
FIGURA 17 – MIURA 787...............................................................................................
FIGURA 18 – MIURA X8.................................................................................................
FIGURA 19 – MIURA X11...............................................................................................
FIGURA 20 – BIANCO....................................................................................................
FIGURA 21 – BIANCO....................................................................................................
FIGURA 22 – ADAMO GT..............................................................................................
FIGURA 23 – ADAMO GTL............................................................................................
FIGURA 24 – ADAMO GTL............................................................................................
FIGURA 25 – GTM 1984.................................................................................................
FIGURA 26 – AC 2000...................................................................................................
FIGURA 27 – MIDGET...................................................................................................
FIGURA 28 – MG-TC......................................................................................................
FIGURA 29 – MG-TD......................................................................................................
FIGURA 30 – MP LAFER................................................................................................
FIGURA 31 – MP FALER................................................................................................
FIGURA 32 - SAN VITO S1............................................................................................
FIGURA 33 – MODELO EM ESCALA DE VITO SIMONE..............................................
FIGURA 34 – MODELO EM ESCALA DE VITO SIMONE..............................................
FIGURA 35 – TROLLER T4............................................................................................
FIGURA 36 – T4 DIESEL................................................................................................
FIGURA 37 – EATON DA RANGER...............................................................................
FIGURA 38 – STARK......................................................................................................
FIGURA 39 – STARK......................................................................................................
FIGURA 40 – CIDADES COM MAIS VEÍCULOS POR HABITANTE............................
FIGURA 41 – BECK SPYDER 550.................................................................................
FIGURA 42 – LOBINI H1................................................................................................
FIGURA 43 – LÓTUS SEVEN........................................................................................
FIGURA 44 – HIERARQUIA DAS NECESSIDADES DE MASLOW..............................
FIGURA 45 – ENCONTRO MIURA CLUBE DO RS...........................................................
FIGURA 46 – ENCONTRO PUMA CLUB DO BRASIL..................................................
FIGURA 47 – ELISE.......................................................................................................
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FIGURA 48 – LAMBORGHINI GALLARDO...................................................................
FIGURA 49 – PORSCHE BOXTER................................................................................
FIGURA 50 – LEXUS LFA..............................................................................................
FIGURA 51 – LEXUS 2054.............................................................................................
FIGURA 52 – CHASSI 1.................................................................................................
FIGURA 53 – CHASSI 2.................................................................................................
FIGURA 54 – CHASSI 3.................................................................................................
FIGURA 55 – CHASSI 4.................................................................................................
FIGURA 56 – CHASSI 5.................................................................................................
FIGURA 57 – CHASSI 6.................................................................................................
FIGURA 58 – ANTROPOMETRICA AUTOMOBILÍSTICA............................................
FIGURA 59 – ANTROPOMETRICA AUTOMOBILÍSTICA............................................
FIGURA 60 – PERCENTIS.............................................................................................
FIGURA 61 – PACKAGE................................................................................................
FIGURA 62 – PACKAGE................................................................................................
FIGURA 63 – VALIDAÇÃO.............................................................................................
FIGURA 64 – VALIDAÇÃO.............................................................................................
FIGURA 65 – MODELO..................................................................................................
FIGURA 66 – MODELO..................................................................................................
FIGURA 67 – MODELO..................................................................................................
FIGURA 68 – FIBRA DE VIDRO.....................................................................................
FIGURA 69 – FIM DE VIDA............................................................................................
FIGURA 70 – FIM DE VIDA............................................................................................
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98
SUMÁRIO
1.
INTRODUÇÃO.............................................................................05
2.
JUSTIFICATIVA...........................................................................07
3.
REVISÃO DE LITERATURA ......................................................08
3.1
INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA BRASILEIRA..........................08
3.1.1 Os fora-de-série............................................................................10
3.2
PLATAFORMA E PRODUÇÃO....................................................11
3.3
CASES EXISTENTES..................................................................12
4.
DESENVOLVIMENTO..................................................................30
4.1
ANÁLISE DE MERCADO.............................................................30
4.1.1 Similares Diretos...........................................................................32
4.1.2 Similares Indiretos........................................................................43
4.2
PESQUISA DE CAMPO...............................................................47
4.2.1 Personagem.................................................................................51
4.2.2 Prancha de Estilo..........................................................................52
4.2.3 Clubes Especializados..................................................................54
4.2.4 Preferências gerais do Público.....................................................56
5.
ESTUDO DE FORMAS................................................................57
6.
CONCEITO...................................................................................61
7.
LISTA DE EXIGÊNCIAS..............................................................62
8.
GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS.................................................63
8.1
MATRIZ DE AVALIAÇÃO.............................................................71
9.
ALTERNATIVA ESCOLHIDA......................................................76
9.1
PERSONALIZAÇÃO.....................................................................79
10.
MODIFICAÇÕES NO CHASSI.....................................................83
11.
ESTUDO DE PACKAGE..............................................................87
11.1 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS...................................................96
12.
MATERIAIS E PROCESSOS.......................................................99
13.
PLANO DE NEGÓCIO...............................................................103
13.1 APRESENTAÇÃO DO NEGÓCIO..............................................103
13.2 MERCADO.................................................................................104
13.3 PÚBLICO....................................................................................104
13.4 FORNECEDORES.....................................................................105
13.5 CONCORRENTES.....................................................................105
14.
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................107
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................108
APÊNDICES...............................................................................112
5
1 INTRODUÇÃO
Segundo Larica (2003) os veículos tem se tornado, desde o começo de sua
existência, símbolos de liberdade e mobilidade, “são essenciais para a condução da
nossa vida diária”.
Os cidadãos moradores de centros urbanos e grandes metrópoles
normalmente dependem de transporte público ou privado para se deslocarem. O
estilo de vida adotado hoje em dia por boa parte da sociedade requer constante
movimentação, desde ir ao trabalho, praticar esporte, buscar as crianças, obter
lazer, fazer pequenas viagens, etc. Tudo em busca de uma melhor qualidade de
vida. Para esses fins é que temos as grandes montadoras de carros industrializados,
que produzem centenas de automóveis idênticos sem diferencial, sem personalidade
própria, padronizados, atendendo as necessidades básicas do público consumidor
de automóveis.
Com o intuito de disponibilizar para o consumidor um diferencial, o projeto em
questão visa o desenvolvimento de um automóvel personalizado, exclusivo e de
qualidade refinada. Atendendo a um público fiel de apaixonados por carros
esportivos potentes, que fazem seu uso de forma a exibir o produto, ostentar seu
status social.
O projeto consiste em desenvolver um novo design formal para um fora-desérie, partindo-se de uma base existente (chassi) da empresa TSW, tendo todo o
seu desenvolvimento de forma artesanal. Isto é, toda a estrutura do automóvel a ser
desenvolvido deve ser produzida a mão, por meio de processos não-indústriais e o
automóvel chega ao cliente por encomenda. Além de possibilitar uma renovação da
forma e apresentar mais opções de escolha para o público, o automóvel terá “a cara”
do cliente.
O interesse dessa pesquisa surgiu em decorrência da padronização dos
automóveis industrializados que nota-se na atualidade. Pois a falta de diferenciação
e exclusividade torna os automóveis repetitivos. E a parcela de clientela que dá mais
atenção aos valores estéticos e simbólicos dos produtos existe, e está à procura de
um automóvel potente, exclusivo e normalmente com design esportivo e
diferenciado.
6
A oportunidade do uso de uma plataforma já existente, disponibilizada pela
empresa TSW em que o projeto fará parceria, muito facilita a produção deste. Que já
possuirá a parte funcional e o chassi prontos.
7
2 JUSTIFICATIVA
A idéia de desenvolver uma nova forma de carro surgiu da experiência com o
meio automobilístico. Que, desenvolvendo-se réplicas do lendário Lotus seven
criado por Colin Chapman em 1953, notou-se a necessidade de uma atualização
nos modelos de fora-de-séries, pois os atualmente existentes nem sempre atendiam
as expectativas do público, por serem ultrapassado em questões de design inovador
e contemporaneidade. Sendo assim, se desenvolverá uma nova fôrma de carro em
parceria com a empresa TSW, partindo de uma plataforma (chassi) já existente e em
funcionamento - isto é, com toda a parte mecânica inclusa. O desenvolvimento do
novo automóvel será artesanal, fora-de-série e chegará ao cliente por meio de
encomenda.
A fim de provar que o design pode colaborar com o melhoramento do
desempenho do carro, eficiência de produção, proveito da aerodinâmica e relação
de peso x potência, e design com formas inovadoras que denotem esportividade, o
projeto possibilitará um carro de alta performance com excelente desenvoltura. Além
de ampliar a oferta de modelos para o cliente, partindo da mesma plataforma base, o
cliente traduzirá sua personalidade no automóvel.
São muitos os cases de fôrmas automotivas “exclusivas”, assim como
desenvolvimentos de carros inteiros, é um mercado em constante movimento e em
busca de novas tecnologias e design inovador, como por exemplo, o modelo BB1 e
RD da Peugeot, o IN e o Viseo da Volkswagen, BMW Vision, carro conceitual com
portas e teto feitos de vidro de policarbonato, dentre outros. O fato de um dos
integrantes já ter contato com o meio, torna o projeto mais tangível e executável.
Também, fortifica-se a idéia pelo modo como é visto o assunto, com interesse e
paixão por parte deste.
8
3 REVISÃO DE LITERATURA
O ser humano há milhares de anos tem indícios de modificar o meio em que
vive de modo a torná-lo menos inóspito. Muito além de apenas sobreviver, o ser
humano ultrapassa barreiras, evolui, modifica-se, transforma tudo a sua volta, cria,
inventa, vence limites. Assim, seguindo dessa lógica, como foi narrada por Vieira
(2008) em seu livro A história do Automóvel, logo o ser humano foi capaz de inventar
a roda e assim por diante, passando por veículos de tração, a eletricidade, a
motores, a vapor, etc. Até enfim chegar aos veículos hoje disponíveis.
No período após a Segunda Guerra Mundial ocorreu um movimento de
popularização do automóvel e a conseqüente expansão de sua produção, tornandose principal símbolo da sociedade de consumo do período. Este processo acarretou
uma reorganização urbana que levaram a destruição dos caminhos de ferro, o
aposento de outros meios de transporte como carroças, bicicletas e as caminhadas,
o afastamento arquitetônico das residências que ficavam próximas das calçadas,
destruição de espaços públicos e privados para a construção de novas estradas.
Assim, os automóveis de hoje em dia são repetitivos, padronizados e sem
personalidade, a fim de serem produzidos de maneira rápida e barata, atendendo a
um público mediano e pouco exigente.
A força motriz, na atualidade, traduz-se em tecnologia, evolução e constante
movimento. A fim de vencer o tempo e o espaço, o ser humano traça uma trajetória
cada vez mais veloz, trazendo a tona assim, o tema mobilidade – pois desde os
primeiros passos sobre seus dois pés até a criação de veículos da atualidade – o
movimento acontece.
3.1 A INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA BRASILEIRA
A Indústria automobilística brasileira iniciou-se na década de vinte com a
instalação, em São Paulo, da Ford Motors do Brasil, em 1923 e da General Motors
do Brasil em 1925. Desde o início a indústria automotiva nacional limitou-se somente
à produção e não ao desenvolvimento de novas tecnologias e avanços dos
produtos. Os projetos eram definidos em sua concepção básica e a engenharia
9
adaptava as condições estruturais e também definia as melhores estratégias de
produção. (Fleury e Fleury, 1995)
Mais pro início dos anos 60 é que chegaram ao Brasil as empresas do setor
de transporte pesados como a Mercedes-Bens e a Scania. Na década de 70,
instalou-se a FIAT (1973), com uma forte ênfase exportadora e uma linha de
produção mais atualizada, com produtos mais atualizados, e a Volvo-Caminhões
veio em 1978. Na segunda metade dos anos 80, os padrões de competitividade da
indústria automobilística brasileira começaram a mudar significativamente, pois a
GM aumentou seus investimentos e a Volkswagem e a Ford uniram-se para criar a
Autolatina, enquanto isso a FIAT iniciou um programa para aumentar sua
participação no mercado, aperfeiçoando seus produtos porém mantendo os preços
baixos.(Fleury e Fleury, 1995) A produção de automóveis fora-de-série, desde o
início da produção de automóveis em geral, tinha grande espaço no mercado
nacional por desenvolver réplicas de automóveis importados em que os
consumidores não poderiam ter acesso devido ao bloqueio da importação.
Porém as mudanças mais drásticas ocorreram nos anos 90, pois após os
impactos do Plano Collor (março de 90), que confiscou quase todas as reservas e
deixou a demanda quase zerada, seguiu-se a liberação das importações. Essa
abertura deixou clara a ineficiência das indústrias nacionais, que foram obrigadas
então a melhorar seus produtos, de forma a aproximar-se dos padrões
internacionais.
(Fleury e Fleury, 1995). Assim, declinando inclusive a produção
artesanal de automóveis. E foi em meados dos anos 90 que o modelo de produção
enxuta e investimentos por parte das montadoras chegaram no Brasil com maior
força (CARS, 1999).
Os principais pólos automotivos situam-se em São Paulo e Minas Gerais,
que foram os lugares onde mais se concentraram os investimentos da indústria
automotiva. Ficando em seguida o Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul, que
vem recebendo maior número de investimentos.
Mais recentemente, principalmente a partir de meados dos anos 90, tem se
observado também um crescente empenho das empresas automobilísticas (não só
das montadoras) no desenvolvimento das chamadas tecnologias automotivas
avançada. Essas tecnologias aplicadas à produção de veículos resulta no
aperfeiçoamento dos modelos, porém ainda sim seguindo um padrão industrial, que
10
confere o custo-benefício que os clientes esperam e torna possível para as
montadoras a rápida produção que a alta demanda exige.
Para isso, mantém-se um limite de desenvolvimento dos automóveis, de
forma a não ultrapassarem as expectativas do público e desempenho quantitativo
das montadoras, e assim, não tendo diferenciais ou características muito
personalizáveis nos produtos. Além do mais, não agrega valor obter um veículo que
milhares de pessoas têm igual ao redor do mundo, a exclusividade é deixada de
lado nesse aspecto.
3.1.1 Os Fora-de-Série
Os carros esportivos de produção artesanal nasceram porque antigamente
não era possível importar automóveis sofisticados. Quem queria exclusividade tinha
de recorrer a um deles, que geralmente vinham com tudo o que os veículos
estrangeiros ofereciam e algumas adaptações.
Portanto, há três décadas, em 1976, com a proibição das importações de
veículos, os brasileiros tiveram a chance de ver florescer fábricas independentes de
veículos. Nessa época, não faltaram oportunidades para engenheiros e designers
automotivos
brasileiros
conseguirem
emprego.
A
maioria usava
mecânica
Volkswagen, por ter as peças e a manutenção mais baratas. Entre tantos esportivos,
destacam-se os que tiveram mais aceitação no mercado e que atualmente são
vistos como “clássicos”, como Puma, Miura, Bianco, Santa Matilde e o MP Lafer.
Porém, produção de automóveis fora-de-série entrou em declínio com a
abertura de importação de veículos em 1990, alguns modelos clássicos brasileiros
viraram extinção e eram disputados por colecionadores (por exemplo o Puma,
Bianco e Farus). No entanto aos poucos a produção artesanal, com carroceria em
fibra de vidro, volta a crescer motivada principalmente pela falta de exclusividade
dos modelos das marcas multinacionais. Para atrair esses tais consumidores a fim
de exclusividade, é que surgem os automóveis com demanda restrita, por terem
preços altos, inviáveis para a produção em série e que agregam valor ao
consumidor.
Como acontecia nos tempos anteriores a liberação da importação, são os
modelos mais potentes e com design mais inovador que mais chamam a atenção
11
dos clientes (exemplos como o Lobini e Chamonix, melhor explicados nesse
relatório).
3.2 PLATAFORMA E PRODUÇÃO
Faz-se importante uma possibilidade de facilitação na produção tanto artesanal
quanto industrial de automóveis: o compartilhamento de plataformas, onde se cria
famílias de veículos montados sobre plataformas comuns a vários tipos.
Com implantação de fabricas em paises com indústria automotiva em
desenvolvimento, os fabricante lançaram modelos mais simples e
mais adequados aos pais adotados, mas mantendo a mesma
plataforma do projeto original do veiculo, para amortizar os custos
globais em escala.(LARICA, 2003, p. 132).
Atualmente o uso da plataforma compartilhada, além das razões técnicas e
econômicas visíveis, funciona como estratégia comercial dos fabricantes que se
uniram em grandes grupos industriais. Temos assim, o exemplo dos carros Audi TT
Roadster, New Beetle, Audi A3 e VW Golf (esses dois últimos fabricados também no
Brasil) que estão atendendo a quatro grupos de clientes fiéis a duas marcar
diferentes sem ter que enfrenta os custos de projeto para desenvolver quatro
plataformas diferentes.
O projeto a ser desenvolvido consiste num novo design formal de um carro para
uma plataforma já existente – seguindo-se também da idéia proposta em NY da
utilização de uma mesma plataforma para famílias de carros. Facilitando afinal a
produção destes, o transporte urbano, a qualidade de vida da sociedade – A
plataforma já existente seria de um modelo antigo o Lotus Seven - disponibilizado
pela empresa TSW, após modificações para adaptar-se ao novo design formal.
A partir dessa plataforma (chassi) seria desenvolvido um novo design formal de
forma artesanal a fim de principalmente ampliar as opções de escolha do públicoalvo, facilitar a produção do automóvel, torná-lo um objeto de desejo de um nicho
específico de consumidores de automóveis que buscam exclusividade e status.
Nota-se que a sociedade atual pede por constante atualização da indústria
automobilista, esta em voga a inquietação dos modelos de automóveis de forma a
12
sempre acompanharem as novas tecnologias, sugestões mais seguras, formas
diversas de usufruir de um produto tão ilimitado. No caso em questão,
especificamente, apresenta-se uma opção para o nicho de mercado que busca
exclusividade, customização e personalização ao obter um automóvel.
Também faz-se necessária a ênfase na questão segurança, que possui
diversas restrições e especificações perante lei. Também o estudo da ergonomia e
interação do usuário com o produto, para tornar disponível o maior conforto possível
durante o desfrute da utilização do produto. As experiências sensoriais também
devem ser levadas em conta como fator primordial para a escolha de um automóvel
na sociedade atual, em que os consumidores estão cada vez mais ansiosos por
novidades e mais exigentes.
3.3
CASES EXISTENTES
Alguns exemplos de automóveis fora-de-série que estão ou estiveram
presentes no mercado no decorrer da história.
É muito importante evidenciar alguns dos veículos fora-de-série que
passaram pela história, e alguns que ainda permanecem, pois através destes, se
pode adquirir referências relevantes para novos projetos de personalização atuais e,
também, para o presente projeto.
De uma associação entre José Orlando e Fábio Birolini, em 1999, surgiu o
projeto conceitual de um modelo especial de veículo fora-de-série, o Lobini (Figura
1). A origem do nome é a junção dos sobrenomes de ambos, assim como o modelo
H1, que é uma homenagem á Graham Holmes, um dos colaboradores pelo
desenvolvimento do projeto. O automóvel é produzido artesanalmente e em território
nacional.
13
FIGURA 1: Lobini H1.
Fonte: http://www.lobini.com.br/site/index.php?pagina=a_empresa. Acesso em 22 abr. 2010
Outro case produzido artesanalmente é o Locost (Figura 2), projeto
desenvolvido por Colin Chapman, que é uma réplica do Lótus Super Seven. O carro
possui baixo custo de produção caseira, é leve, possui motor convencional e peças
de carros subcompactos. E essas características fazem do Locost um veículo ágil,
com manutenção e construção equivalentes a um carro popular.
FIGURA 2: Locost.
Fonte: http://gustavobrum.wordpress.com/ Acesso em 01 jul. 2010.
No ano de 1987, em São Paulo, a empresa Chamonix começou a produzir
réplicas do Porshe Spyder 550 (Figura 3). A empresa é uma das mais conceituadas
no mundo ao que se refere à réplica de veículos, produzindo de forma exclusiva e
artesanal. Atualmente produzem réplicas do Porsche Spyder 550S, Speedster 356 e
Super 90.
FIGURA 3: CHAMONIX SPYDER 550.
Fonte://www.chamonixcars.com.br/site/.Acesso em 20 abr. 2010.
14
É importante salientar a presença do designer Anísio Campos no ramo do
design automotivo. O modelo mais famoso que desenvolveu foi o carro elétrico
Obvio! 828 (Figura 4), para a Obvio!.
O Obvio! 828 possui 1,45 metros de largura e 2,65 metros de comprimento,
comportando dois adultos de 1,80 metros de altura, aproximadamente, e mais um
passageiro. O que faz do modelo o menor carro brasileiro. Sua carroceria possui
uma célula de segurança em fibra de vidro e compostos especiais, aumentando a
segurança dos passageiros. E possui um segundo modelo, o Obvio! Zero12, que é
mais amplo e comporta, aproximadamente, três adultos de 1,95 metros de altura.
A produção desse exemplar é feita sob as mais rigorosas regras
internacionais de segurança. E dez empresas são encarregadas da produção e
montagem de todos os componentes do carro, por exemplo, uma empresa fica
encarregada de entregar a carroceria pintada, outra empresa de colocar vidros e
portas, outra de instalar o motor e a caixa de marchas, e assim por diante.
Um fator importante, é que a empresa Obvio vincula a produção somente á
demanda de pedidos, minimizando riscos de prejuízos.
FIGURA 4: Obvio! 828
Fonte: www.obvio.ind.br. Acesso em 28 abr. 2010.
Ainda sobre Anísio Campos, outro case de sucesso que ele produziu foi o
Mini Dacon 828 (Figura 5), desenvolvido em 1983, na sua empresa Projects d`Avant
Garde, como modelo de carro personalizado e para uso urbano. Após esse modelo,
foram desenvolvidos também o modelo 288, inspirado no Porsche 928; e o Nick, que
foi desenvolvido sobre a estrutura de uma Picape Saveiro e, posteriormente, foi
substituída pela base de um Voyage (para maior aceitação do público comprador)
15
que comportaria 4 passageiros, e por um Gol GTI, para um novo projeto de dois
lugares.
FIGURA 5: Mini Dacon 828
Fonte: www.bestcars.com, Acesso em 20 abr. 2010.
Um caso curioso é o do automóvel Puma, que se iniciou no ano de 1964, em
Matão, interior de São Paulo. Rino Malzoni e alguns amigos fãs de carros decidiram
criar um automóvel esportivo personalizado. E foi em 1965, que o primeiro protótipo
do modelo GT Malzoni (Figura 6) surgiu.
FIGURA 6: GT Malzoni.
Fonte: http://www.pumacars.co.za/. Acesso em 20 abr. 2010.
Em 1967, o GT Malzoni foi rebatizado para Puma, e começa a ser produzido
em fibra de vidro. Seu shape, criado por Anísio Campos, era similar a Ferrari 250
GTO da época, e a mecânica era DKW 1.0 com tração dianteira. Foram produzidos
130 similares ao todo.
Quatro anos depois, se inicia a produção da linha GTS/GTE (Figura 7). Seu
motor era fraco, 1500 a ar, porém seu design que inspirava agressividade e
16
aerodinâmica agradava muito ao público. Foi exportado para países europeus e
asiáticos.
Figura 7: Puma GTE&GTS.
Fonte: http://www.pumacars.co.za/. Acesso em 20 abr. 2010.
No final da década, surge o GTB (Figura 8), que era maior, mais luxuoso,
possuía bancos revestidos em couro, direção assistida e vidros elétricos, sendo
também, um modelo esportivo. E em seguida o modelo GTS/GTE foi aprimorado e
renomeado para GTC/GTI (Figura 9). E no início dos anos 1990, a produção dos
esportivos Puma foi descontinuada.
FIGURA 8: Puma GTB-S2
Fonte: http://www.pumacars.co.za/. Acesso em 20 abr. 2010.
17
FIGURA 9: Puma GTC/GTI
Fonte: http://www.pumacars.co.za/. Acesso em 20 abr. 2010.
Partindo do desenho de um estudante de arquitetura, Nilo Laschuck, no ano
de 1975, nasceu o projeto do primeiro veículo Miura (Figuras 10 e 11). Na época,
Aldo Besson e Itelmar Gobbi, da empresa gaúcha Bresson, Gobbi S.A, produziram
artesanalmente o modelo para expor no Salão do Automóvel, em 1976.
FIGURA 10: Miura
Fonte: http://miuras.blogspot.com/. Acesso em 04 jul. 2010
O veículo teve lançamento comercial no mesmo ano, e seu interior possuía
acabamento refinado. A frente era em forma de cunha, os faróis eram
escamoteáveis por controle pneumático, os bancos eram em couro, os limpadores
de pára-brisa tinham sua posição de descanso abaixo da linha do capô e o volante
era regulado eletricamente em altura.
No ano de 1980, foram vendidos 600 Miuras, inclusive para exportação. E o
veículo sofreu algumas alterações na parte traseira, sendo retirada a terceira porta,
ganhando vidro integrado na carroceria e acesso ao motor independente.
18
FIGURA 11: Miura
Fonte: http://miuras.blogspot.com/. Acesso em 04 jul. 2010.
No ano seguinte foi criado o Miura MTS (Figura 12), que recebeu um motor
1.6 do VW Passat TS, colocado na traseira e com radiador de água frontal. O
desempenho melhorou, porém as limitações do chassi e a suspensão antiquada
prejudicava o desempenho esportivo. E para solucionar esse problema, em 1982, no
Salão do Automóvel, foi lançado o Miura Targa (Figura 13), no qual o motor foi
deslocado para frente. Este modelo tornou a marca gaúcha líder no segmento de
esportivos.
FIGURA 12: Miura MTS
Fonte: http://miuras.blogspot.com/. Acesso em 04 jul. 2010
FIGURA 13: Miura Targa
Fonte: http://miuras.blogspot.com/. Acesso em 04 jul. 2010
Em seguida, no ano de 1983, foi lançada a versão conversível do Targa, o
Miura Spider (Figura 14), com capota de lona de acionamento manual. E na mesma
época, a empresa lança outro conversível, porém mais barato, o Miura Kabrio
(Figura 15), que não caiu no gosto do público e logo foi tirado de linha.
19
FIGURA 14: Miura Spider
Fonte: http://miuras.blogspot.com/. Acesso em 04 jul. 2010
FIGURA 15: Miura Kabrio
Fonte: http://miuras.blogspot.com/. Acesso em 04 jul. 2010
Em decorrência do XIII Salão do Automóvel, em 1984, foi lançado o Miura
Saga (Figura 16), maior que o modelo Targa. Dois anos depois, seus opcionais eram
computador de bordo com sintetizador de voz. Possuía célula fotoelétrica para
acendimento automático dos faróis, toca-fitas e equalizador gráfico de som, além de
televisão no painel e bar refrigerado no banco traseiro. Além de teto solar, arcondicionado, direção hidráulica e regulagem elétrica de altura.
E no mesmo ano, a Bresson, Gobbi S.A, no XIX Salão do Automóvel,
apresentou a versão evoluída do modelo Saga, o Miura 787 (Figura 17). O que o
diferenciava do anterior era o aerofólio que trazia na parte traseira, ausência de
maçanetas externas nas portas, sendo acionadas por controle remoto.
20
FIGURA 16: Miura Saga
Fonte: http://miuras.blogspot.com/. Acesso em 04 jul. 2010
FIGURA 17: Miura 787
Fonte: http://miuras.blogspot.com/. Acesso em 04 jul. 2010
Em seguida foram lançados o modelo X8 (Figura 18), que possuía a parte
traseira envidraçada, aerofólio integrado à carroceria, bancos com regulagem
elétrica, espelho interno fotocrômico e as funções eletrônicas dos modelos
anteriores. E possuía a opção de motor turbo. Após o modelo X8, foi lançado o novo
modelo Saga, que estava com a carroceria estilizada. O Miura X11 (Figura 19) era
um modelo menos equipado da versão X8, e vinha com opcionais como freios ABS
e injeção eletrônica de combustível.
Como o custo de produção em pequena escala era muito alto, a empresa
encerrou a produção de deus modelos Miura no ano de 1992. Mas deixou um legado
de, aproximadamente, dez mil e seiscentas unidades vendidas, sendo 35% do
modelo Targa.
21
FIGURA 18: Miura X8
Fonte: http://miuras.blogspot.com/. Acesso em 04 jul. 2010
FIGURA 19: Miura X11
Fonte: http://miuras.blogspot.com/. Acesso em 04 jul. 2010
Toni Bianco, projetista de carros de competição, apresentou no Salão do
Automóvel, em 1976, um novo esportivo. Este possuía carroceria em plástico,
reforçado em fibra de vidro, sobre uma plataforma Volkswagen. Era o Bianco (
Figuras 20 e 21).
O veículo tinha dois lugares, linhas curvas e aerodinâmicas, área envidraçada
e pára-brisa amplos e boa visibilidade. Sem contar que possuía entradas de ar sobre
o capô, conta-giros e relógio, volante esportivo com aro de madeira, vidros verdes e
pára-brisa laminado degradê, bancos em couro e vidros elétricos.
Seus concorrentes diretos na época eram o Puma e o novo Adamo, que
usavam a mesma plataforma e base mecânica do Bianco, e por isso, o desempenho
destes era similar.
22
FIGURA 20: Bianco
Fonte: http://www2.sorocabamotors.com.br/noticias/noticia.asp?id=59. Acesso em 04 jul. 2010
A nova série do modelo entrou no mercado no ano de 1978, e trazia poucas
alterações.
FIGURA 21: Bianco
Fonte: http://www2.sorocabamotors.com.br/noticias/noticia.asp?id=59. Acesso em 04 jul. 2010
Outro automóvel que marcou na história dos fora-de-série foi o Adamo, criado
por Milton Adamo. O veículo se diferenciava dos demais, quanto a sua forma
arrojada, e o consumo de combustível era baixo. O primeiro protótipo foi exposto,
em 1968, no Salão do Automóvel. E em 1970, Milton Adamo apresentou o modelo
GT (Figura 22), que por ser montado sobre uma plataforma Volkswagen, tinha uma
desenvoltura similar a do Fusca 1300. E o modelo foi descontinuado no ano de
1972, após 150 carros fabricados.
FIGURA 22: Adamo GT
23
Fonte:http://quatrorodas.abril.com.br/classicos/brasileiros/conteudo_206091.shtml. Acesso em 04 jul. 2010
Dois anos depois foi lançado o GT-2, que tinha motor 1500 da Volkswagen e
espaço para duas pessoas, e ainda, o espaço traseiro dava espaço para um
pequeno porta-malas. Em 1979, foi lançado o modelo GTL (Figuras 23 e 24) que era
inspirado na Ferrari 308 GT. A performance do veículo decepcionava, comparado ao
seu shape inovador, pois os freios com disco na frente e tambor atrás, ficaram
superdimensionados.
FIGURA 23: Adamo GTL
Fonte:http://quatrorodas.abril.com.br/classicos/brasileiros/conteudo_206091.shtml. Acesso em 04 jul. 2010
Figura 24: Adamo GTL
Fonte:http://quatrorodas.abril.com.br/classicos/brasileiros/conteudo_206091.shtml. Acesso em 04 jul. 2010
Depois da versão GTL, o motor 1.6 a ar permaneceu nas versões GTM
(Figura 25) e C2. No fim dos anos 1980, a Adamo lançou o CRX com motor 1.8
24
refrigerado a água. Este foi substituído pelo AC 2000 (Figura 26), com motor 2.0 da
Volkswagen.
FIGURA 25: GTM 1984
Fonte:http://quatrorodas.abril.com.br/classicos/brasileiros/conteudo_206091.shtml. Acesso em 04 jul. 2010
FIGURA 26: AC 2000
Fonte:http://quatrorodas.abril.com.br/classicos/brasileiros/conteudo_206091.shtml. Acesso em 04 jul. 2010
Cecil Kimber, da MG (Moris Garages), para competir em Rallyes e Trials,
modificou um Morris Cowllyes. E em 1929, passou a ser produzido em série, por ter
superado as expectativas em seu desempenho, e foi batizado de Midget (Figura 27).
O nome foi este denominado, pois o automóvel era de tamanho reduzido,
comparando-se aos da época, que possuíam grandes dimensões e aparência
robusta.
25
FIGURA 27: Midget
Fonte: http://www.mplafer.com/. Acesso em 04 jul. 2010
O Midget teve sua versão evoluída, que foi o MG-TC (Figura 28). Este tinha
motor de quatro cilindros, 1250 cc e 55 HP de potência, fazendo com que chegasse
aos 130 km, aproximadamente. Devido a direção estar abaixo do centro de
gravidade, sua direção e estabilidade eram muito precisas.
Após o modelo TC, em 1951, foi desenvolvido o MG-TD (Figura 29) que tinha
a suspensão totalmente independente das rodas dianteiras, fazendo com que sua
forma transmitisse leveza.
FIGURA 28: MG-TC
Fonte: http://www.mplafer.com/. Acesso em 04 jul. 2010
FIGURA 29: MG-TD
Fonte: http://www.mplafer.com/. Acesso em 04 jul. 2010
A Morris Garage, ao perceber o sucesso do modelo DT, resolveu se esmerar
em melhorar o projeto do mesmo, e daí surgiu o MP Lafer (Figuras 30 e 31), com
motor Volkswagen refrigerado a ar e carroceria com linhas mais arredondadas. No
26
ano de 1974, inicia-se sua fabricação em série. E possuir um MP Lafer era sinônimo
de prestígio e ostentação. Ao todo, em seus 16 anos de fabricação, foram vendidos
4300 exemplares, incluído nesse total 1000 unidades para exportação.
Devido aos altos custos de produção, o projeto teve de ser cessado, inclusive
os modelos esportivos.
FIGURA 30: MP Lafer
Fonte: http://www.mplafer.com/. Acesso em 04 jul. 2010
FIGURA 31: MP Lafer
Fonte: http://www.mplafer.com/. Acesso em 04 jul. 2010
Outro case de grande importância é o San Vito S1 (Figura 32), da empresa
100% nacional San Vito. O projeto foi inciado nos anos 1960, quando Vito Simone,
em 1967, ingressa em um curso de mecânico de automóvel no Senai, iniciando sua
carreira. Como era muito fã de carros, e já prevendo sua carreira como designer,
decidiu criar seu primeiro modelo em escala. (Figuras 33 e 34).
FIGURA 32: San Vito S1
Fonte: http://www.vitos1.com.br/empresa.html, Acesso em 04 jul. 2010.
27
FIGURA 33: Modelo em escala de Vito Simone.
Fonte: http://www.vitos1.com.br/empresa.html, Acesso em 04 jul. 2010.
FIGURA 34: Modelo em escala de Vito Simone
Fonte: http://www.vitos1.com.br/empresa.html, Acesso em 04 jul. 2010
O modelo foi desenvolvido durante anos, e mesmo inacabado foi vendido, em
1990, porém nunca mais foi encontrado. Devido a isso, Vito Simone resolveu realizar
seu sonho antigo e, deu início ao desenvolvimento de projeto Isor, que
posteriormente ficou conhecido como San Vito. Um carro 100% nacional lançado no
Salão do Automóvel do ano de 2008.
A marca Troller, originalmente brasileira, foi fundada no ano de 1997. Seu
nome deriva da palavra em inglês ‘’troll’’, e significa a designação de uma
personagem das lendas escandinavas que habita florestas e cavernas da Noruega,
protegendo seus visitantes. Traz sorte ao seu habitat e fica muito bravo quando este
é ameaçado por inimigos.
A forma do Troller T4 (Figura 35) é uma analogia ao personagem, devido ao
bom desempenho do veículo em terrenos sinuosos e de difícil locomoção. Em 2000,
ganhou a versão diesel e com teto rígido (Figura 36). E dois anos depois, recebeu
porta traseira, eixo flutuante e barras Panhard na suspensão, para reduzir o balanço
natural.
28
FIGURA 35: Troller T4
Fonte:http://quatrorodas.abril.com.br/carros/usado/conteudo_139962.shtml . Acesso em 04 jul. 2010
FIGURA 36: T4 diesel
Fonte: http://quatrorodas.abril.com.br/carros/usado/conteudo_139962.shtml . Acesso em 04 jul. 2010
Boa parte das peças do jipe são de outros automóveis, como: os
interruptores, painel de instrumentos, entradas de ar e volante são do Gol; o
comando do ar-condicionado é do Ka; o farol do Bandeirante; a maçaneta é do Uno;
a pinça de freio é do Kadett; o retrovisor é do D20 e as lanternas do Ford Cargo. O
câmbio é o Eaton da Ranger (Figura 37) e o motor é MWM da S10, ambos com
adaptações.
FIGURA 37: Eaton da Ranger
Fonte: http://quatrorodas.abril.com.br/carros/usado/conteudo_139962.shtml . Acesso em 04 jul. 2010.
E por fim, um case de muita importância e relevância por sua estrutura
técnica é o Stark (Figura 38 e 39), que segue as normas da Federação Internacional
de Automobilismo. Seu chassi é uma estrutura tubular em aço carbono, a suspensão
29
é independente na parte anterior e posterior, com dois amortecedores por roda, a
carroceria é em fibra de vidro com partes de plástico reciclável.
O motor é de quatro cilindros 2.3, turbodiesel de 127 cv. O câmbio é da Eaton
e a tração 4X4, em modo 4X2 o torque vai para as rodas. Entre os adicionais estão
ar-condicionado, direção hidráulica, faróis de neblina, rodas de liga leve, trio elétrico
e volante com regulagem de altura.
FIGURA 38: Stark
Fonte: http://www.zap.com.br/revista/carros/ultimas-noticias/jipinho-stark-chega-em-agostoz20090702/#comments. Acesso em 04 jul. 2010
FIGURA 39: Stark
Fonte: http://www.zap.com.br/revista/carros/ultimas-noticias/jipinho-stark-chega-em-agosto20090702/#comments. Acesso em 04 jul. 2010
30
4 DESENVOLVIMENTO
4.1 ANÁLISE DE MERCADO
No decorrer dos anos o mercado automobilístico apresentou modelos
diversos de automóveis, dentre as categorias, os chamados SUVs (Sport Utilily
Vehicle), considerados carros de “família”- pequenas caminhonetes com grande
espaço interno e design esportivo externo, altura elevada e desenvolvidos para
superfícies diversas – as Minivans, como é o exemplo da Meriva e do Zafira ou
outros carros de maior porte (peruas), as CUVs (Compact Utility Vehicle) que são
carros de menor porte destinados ao uso em asfalto, dentre outros. Atualmente a
tendência é que os automóveis diminuam, isso é, sejam compactados, de forma a
oferecer melhor mobilidade em meio urbano. Os dados de pesquisa abaixo
elaborados por meio de questionário, apontam exatamente essa tendência a
compactação dos automóveis por preferência dos próprios consumidores.
O líder entre os preferidos pelo brasiliense (e o pesquisador acredita
que o seja também entre os brasileiros de uma maneira geral) são
os do tipo compacto (39% da preferência de compra), seguidos
pelos sedans (17%), minivans (10%) e picapes (9%). (PORTO
2004).
Pesquisas recentes apontam que os modelos de automóveis compactos de
hoje representam mais de 70% de toda a venda brasileira. Ainda assim, empresas
continuam a movimentar-se em relação aos automóveis de médio porte. Apontam
também que nos últimos cinco anos os utilitários esportivos de pequeno e médio
porte passaram de 3,7% para 5,3% da participação no mercado brasileiro. Essa
tendência é mundial, principalmente européia. Isso justifica a quantidade de
inovações e desenvolvimentos da indústria automobilística nessa área. (CARROS
UOL, 2010).
O G1, portal de notícias da Globo , disponibiliza uma pesquisa elaborada com
base em dados do IBGE da estimativa populacional do ano de 2009, fazendo o
levantamento de todas as capitais e cidades com mais de 400 mil habitantes, que ao
todo são 58 municípios. Para estimar quantos habitantes por veículo esses locais
apresentam. (Figura 40)
31
Figura 40 – CIDADES COM MAIS VEÍCULO POR HABITANTE
Fonte: www.G1.com.br, Portal de Notícias da Globo, Acesso em 10 de junho de 2010
Os dados apresentaram que quatro cidades têm um veículo para cada 1,6
habitantes: Curitiba (PR), Goiânia (GO), Ribeirão Preto e São José do Rio Preto
(SP).
Assim sendo, existe plena abertura de mercado para o desenvolvimento de
automóveis em Curitiba. A escolha de desenvolver os chamados CUVs ou SUVs
compactos – que seriam veículos utilitários esportivos compactos – A Wikipedia
(2008) define SUV compacto como sendo compacto, leve ou mini e que se refira a
uma classe de utilitários esportivos menores, especialmente (mas não limitado)
àqueles com duas portas e assentos dianteiros somente. - É favorável, atentando
que o setor está em voga no atual fluxo de mercado automobilístico, incluso nas
tendências mundiais.
Estes se destinam ao lazer, apesar de ainda serem veículos de passeio
urbanos, abrem o leque de possibilidades quanto ao seu uso, pois não são tão
inacessíveis e caros quanto aos exclusivos importados esportivos das grandes
marcas, porém mantém a aparência de esportivos, diferentemente dos disponíveis
atualmente no mercado, conciliam todos esses benefícios estéticos e de custo, com
uma potência satisfatória e elevada. Tornando possíveis pequenas viagens em
épocas de férias ou feriados, além de proporcionar o status que o público comprador
de carros esportivos almeja.
32
4.1.1 Similares Diretos
Foram realizadas pesquisas relacionadas às formas e shapes de modelos de
automóveis que possuem algum diferencial, que são fora-de-série e esportivos
disponíveis no mercado atualmente, a fim de identificar nos concorrentes os pontos
fortes e influenciáveis ao projeto em questão.
Foi elaborada uma análise sintática, referente às qualidades físicas dos
modelos e sua tradução semântica, isto é, de que forma é vista, que sensação suas
formas passam para quem as observa.
33
Lobini H1
Informações Básicas
Marca
Lobini
Modelo
Lobini H1
Fabricante
Lobini
Ano
Origem
Preço
Comprimento
2005
Brasil
R$ 170 mil
3.72 m
Informações de Fabricação
Materiais
Detalhamento
Funcional
fibra de
carbono
Plástico e
Fibra de
vidro
Motor Audi
1.8 turbo.
Diferenciais
Análise
Sintática
- Linhas Fluidas
- Elevações
arredondadas
É
nas laterais
customizável.
- aerofólio
discreto
Análise
Semântica
Robustez
Velocidade
Agilidade
Leveza
34
LOTUS SEVEN
(RÉPLICA)
Informações Básicas
Marca
Lotus
Modelo
Seven
Fabricante
Lotus
Ano
Origem
2008
Inglaterra
R$
50.000
3.20 m
Preço
Comprimento
Informações de Fabricação
Materiais
Detalhamento
Funcional
fibra de
vidro
Tubos de
aço forma ao
chassi
Motor 1.6
Zetec
Diferenciais
Clássico
conversível
que foi
categoria de
formula 1
Análise Sintática
Análise
Semântica
- Linhas
arredondadas
- Forma
afunilada
- Entrada de ar
marcantes na
dianteira
Liberdade
Velocidade
Agilidade
Estabilidade
Esportividade
35
SPYDER 550S
(RÉPLICA)
Informações Básicas
Marca
Charmonix
Fabricante
Ano
Origem
Preço
Spyder
550S
Charmonix
1995
Brasil
R$ 30.000
Comprimento
3.70 m
Modelo
Informações de Fabricação
Materiais
Detalhamento
Funcional
fibra de
vidro
Tubo
3”em
aço
Motor
1.8 Flex
Diferenciais
Análise
Sintática
Análise
Semântica
Convencível e
um valor bem
acessível
- Linhas
arredondadas
- Faróis e páralamas em
destaque
- Convencível
Velocidade
Leveza
Liberdade
Estabilidade
Esportividade
36
CAPARO T1
Informações Básicas
Marca
Modelo
Fabricante
Ano
Origem
Preço
Comprimento
Informações de Fabricação
Análise
Sintática
Análise
Semântica
Adotou
tecnologia
aeroespacial
- Linhas
arredondadas
-Entrada de ar
lateral
-Aero Folio
dianteiro e
traseiro
Velocidade
Leveza
Estabilidade
Esportividade
fibra de
carbono
Caparo
Caparo
T1
Holstead
1994 1998
Inglaterra
R$750 mil
3.20 m
Diferenciais
Materiais
Detalhamento
Funcional
Tubo em
molibidenio
Motor W16
com
1001cc
37
DONKEVOORT D8 253
Informações Básicas
Marca
Modelo
Fabricante
Ano
Origem
Preço
Donkervoort
D8 253
Donkervoort
1999
Holanda
R$ 80.000
Comprimento
3.25 m
Informações de Fabricação
Materiais
Detalhamento
Funcional
Fibra de
vidro
Tubo em
aço
Motor 1.8
com 235
cv
Diferenciais
Análise Sintática
Análise
Semântica
Conversível e
leve.
- Linhas
arredondadas e
retas
-Forma
afunilada
-Entrada de ar
dianteira
-Convencível
Velocidade
Leveza
Liberdade
Estabilidade
Esportividade
38
TRAMONTANA
Informações Básicas
Marca
tramontana
Modelo
Fabricante
Ano
Origem
Preço
R
tramontana
2005
Espanha
R$ 495.000
Comprimento
3.30 m
Informações de Fabricação
Materiais
Fibra de
carbono
compondo
carroceria
e chassi
Carbono
Detalhamento
Funcional
Motor V12
Bi Turbo
com 760
cv
Diferenciais
Característica
de formula 1
com
capacidade
para 2
ocupantes
Análise
Sintática
Análise
Semântica
- Linhas
agressiva e
retas
-Forma
Velocidade
Robustez
afunilada
-Entrada de ar Agressividade
lateral em
Estabilidade
grande
Esportividade.
destaque
- Aero folio
traseiro
39
Shelby Cobra
Informações Básicas
Marca
Modelo
Fabricante
Ano
Origem
Preço
Comprimento
Porsche
Shelby
Cobra
Ac Cars
1967
Reino
Unido
R$
59.000
3.85 m
Informações de Fabricação
Diferenciais
Análise
Sintática
Análise
Semântica
Potencia e
origem de
uma marca
famosa
- Linhas
arredondadas
- Faróis e páralamas em
destaque
-Entrada de ar
dianteira
- Escapes a
mostra
Velocidade
Agressividade
Leveza
Liberdade
Estabilidade
Esportividade
fibra de
vidro
Materiais
Detalhamento
Funcional
Tubo em
aço
Motor
5.1 V8
40
ELISE
Informações Básicas
Marca
Lotus
Modelo
Elise
Fabricante
Lotus
Ano
Origem
2008
Inglaterra
US$
47.250
3.60 m
Preço
Comprimento
Informações de Fabricação
Materiais
Detalhamento
Funcional
fibra de
vidro e
carbono
Tubos de
alumínio forma ao
chassi
Motor 1.8
c/ 189
cavalos
Diferenciais
Modelo
esportivo da
lotus
Análise Sintática
Análise
Semântica
- Linhas
arredondadas
- Entradas
marcantes na
lateral e
dianteira
- aerofólio
discreto na
parte superior
traseira
Robustez
Velocidade
Agilidade
Estabilidade
Esportividade
41
Pagani Zonda R
Informações Básicas
Marca
Modelo
Fabricante
Ano
Origem
Preço
Comprimento
Informações de Fabricação
fibra de
carbono
Pagani
Zonda
R
Pagani
2007
Itália
US$ 2
milhões
3.94 m
Diferenciais
Materiais
Detalhamento
Funcional
cromo
molibdênio
Motor 7.3
litros V12
da AMG.
Esportivo de
rua com
desempenho
de pista com
apenas
10% das peças
aproveitadas.
Análise Sintática
Análise
Semântica
- Linhas
Arredondadas e
agressivas
- Entradas de ar
na dianteira e
parte superior
- Aerofólio
traseiro que
proporciona
aderência sob o
chão
Velocidade
Agressividade
Agilidade
Estabilidade
Esportividade
42
X-BOW
Informações Básicas
Marca
KTM
Modelo
X-Bow
Fabricante
KTM
Ano
Origem
2008
Europa
82.900
euros
3.70 m
Preço
Comprimento
Informações de Fabricação
Materiais
Detalhamento
Funcional
fibra de
carbono
Tubos de
aço e
barras de
carbono
Motor
Audi 240
cavalos
Diferenciais
Requisitado
para as pistas
Análise Sintática
Análise
Semântica
- Linhas
agressivas
- Entradas
marcantes nas
laterais e
traseira
- aerofólio
discreto na
parte superior
traseira
Robustez
Velocidade
Agilidade
Estabilidade
43
4.1.2 Similares Indiretos
Os similares indiretos são produtos que de alguma forma inspiram ou
influenciam o projeto, através de características interessantes. Foi elaborada uma
análise sintática e semântica dos similares escolhidos, a sintática aponta quais
formas e características estéticas e físicas o produto possui de interessante e a
análise semântica aponta de que forma essas características traduzem uma
sensação ou uma idéia. Pois é de suma importância as sensações e funções
simbólicas transmitidas pelos produtos em questão.
44
Similares Indiretos
Análise Sintática
Análise Semântica
Ferrari
-Formato orgânico
- Linhas esportivas
- Faróis e entradas de ar
marcantes
- Modernidade
- Esportividade
- Sensualidade
-Velocidade
Bugatti Veyron
- Linhas mais demarcadas
- Portas, aerofólios e
entradas de ar com detalhes
marcantes
- harmonia formal
- Agilidade
- Imponência
- Elegância
- Desejo
45
Similares Indiretos
Análise Sintática
Análise Semântica
-Formas arredondadas
- Aerofólio, faróis e entradas
de ar marcantes
- Cabine remetendo a
“bolha”
- Sofisticação
- leveza
- Suavidade
- Movimento
- Estabilidade
Audi 2010 TT RS
Porsche Panamera
- Forma mais plana
- Linhas suavizadas
- Detalhes sutis
- Sensibilidade
- Elegâncias
- Velocidade
- Sutileza
- Leveza
46
Similares Indiretos
Análise Sintática
Análise Semântica
Lamborghini Gallardo
- Formas mais quadradas
- Linhas retas
- Entradas de ar e faróis
marcantes
- Agressividade
- Robustez
- Velocidade
- Vivacidade
- Ousadia
BMW Z4
- Linhas suaves e orgânicas
- Faróis e entradas de ar
marcantes
- Opcional conversível
- Liberdade
- Elegância
- Sensualidade
- Velocidade
- Conforto
47
4.2 PESQUISA DE CAMPO
De forma a conferir de que mercado se trata o de automóveis esportivos
compactos fora-de-série, desenvolveu-se um questionário (apêndice) que foi
levado às empresas – nos meses de maio/junho - que atuam no ramo de
desenvolvimento de automóveis esportivos compactos e réplicas, fora-de-série,
através de processos manuais (artesanais), com perguntas relacionadas ao
ramo de atuação, tempo no mercado e clientela. Os resultados serão descritos
a seguir.
A empresa Charmonix Cars, de grande porte, sediada em São Paulo,
que produz réplicas de Porsches (como aponta a Figura 41) e atua a 23 anos
no mercado. Além de já ter elaborado modelos para a Fiat e Autolatina
(Volkswagen e Ford) e exportar seus produtos para boa parte do mundo.
FIGURA 41 - BECK SPYDER 550
Fonte: www.CharmonixCars.com.br. Acesso em 08 de junho de 2010
O produto chega ao cliente através de uma rede de revendedores, assim
como os automóveis normais 0km e usados, porém apenas da Charmonix. E o
cliente toma conhecimento da empresa através de divulgações em revistas,
jornais, reportagens e por meio da internet.
A empresa produz apenas de 5 a 7 carros por mês, o pagamento destes
podem ser feitos à vista ou por meio de financiamento, assim como funciona o
mercado de automóveis comuns.
48
A faixa etária da clientela vai de 35 anos até 65. Porém é composta
apenas pela elite, classe A. Em geral a maioria dos compradores é do sexo
masculino. O produto custa em média 70 mil reais.
Em seguida, a empresa Lobini, de médio/grande porte, sediada em São
Paulo, que produz o Lobini H1 (como aponta a Figura 42) e atua a 11 anos no
mercado.
FIGURA 42: LOBINI H1
Fonte: www.Lobini.com.br. Acesso em 08 de junho de 2010
O produto chega ao cliente através encomenda, que demora de 2 a 3
meses para ser entregue, e pode ser providenciada pela internet, no próprio
site da empresa, onde é possível personalizar e montar seu automóvel. O
cliente toma conhecimento do serviço através de divulgações em revistas,
jornais, reportagens e por meio da internet.
A empresa produz apenas de 9 carros por ano, o pagamento destes
podem ser feitos à vista ou por meio de financiamento, assim como funciona o
mercado de automóveis comuns.
A faixa etária da clientela vai de 35 a 50 anos. Também é composta
apenas pela elite, classe A ou B. Em geral a maioria dos compradores é do
sexo masculino. O produto custa em média 150 mil reais.
E por terceiro, a empresa na qual o projeto em questão fará parceria, a
TSW. Sediada em Curitiba, produz a réplica do Lótus Seven (como aponta a
Figura 43) e atua a 3 anos no mercado.
49
FIGURA 43: LÓTUS SEVEN
Fonte: www.tsw.com.br. Acesso em 08 de junho de 2010
O produto chega ao cliente através encomenda, e o cliente pode
escolher o motor do automóvel, além de personalizar desde rodas à cor e
acabamento interno. A divulgação por enquanto é feita através de amigos, por
meio de boca-a-boca.
A empresa produz apenas de 5 carros por ano, o pagamento destes
podem ser feitos à vista ou por meio de financiamento, assim como funciona o
mercado de automóveis comuns.
A faixa etária da clientela vai de 35 anos para cima, até a terceira idade.
Também é composta apenas pela elite, classe A ou B. Em geral a maioria dos
compradores é do sexo masculino. O produto custa em média 50 mil reais.
Para melhor entendimento do comportamento do usuário de automóveis
faz-se necessário os estudos em relação a que fatores influenciam a sua
compra. Saber o porquê de ele comprar um novo carro, ou o porquê de
comprar aquele modelo de carro e o que o atrai num automóvel. Comentando
de forma geral, não específica para os consumidores de SUVs compactos forade-série, segundo pesquisa realizada por Maslow (1943), os consumidores
possuem uma hierarquia de necessidades (Figura 44).
50
FIGURA 44 – HIERARQUIA DAS NECESSIDADES DE MASLOW
Fonte: MASLOW - 1943, p. 69
Um dos desejos mais almejados pelos consumidores individuais reside
na compra de um automóvel novo. Esta necessidade quando suprida torna o
consumidor prestigiado e com maior status quo. No Brasil, esta necessidade
torna-se um desejo transformado em um sonho para o consumidor.
Possuir um carro bonito, harmonioso em suas formas, está
ligado à intenção do consumidor em chamar a atenção das
outras pessoas, poder ir a eventos sociais com um automóvel
que se possa se adequar a essas ocasiões, expressar sua
personalidade através do carro e, além disso, oferecer um
ambiente agradável às demais pessoas. (ESCUDERO, 2008)
As qualidades estéticas do automóvel são de suma importância para o
consumidor, que é levado pelo simbolismo, pelo status. Mas não só isso é
importante, possuir um automóvel de fato seguro contribui para um consumidor
que busca confiar no carro que possui, na capacidade de responder
51
rapidamente em casos de necessidade, além de transmitir tranqüilidade ao
usuário. (ESCUDEIRO, 2008)
Um carro confortável, que proporcione bem-estar ao usuário, também é
importante quando se quer exibir a imagem de um “off-road” porém com
conforto de um utilitário normal. Além dos benefícios de possuir um carro
exclusivo, diferente da maioria dos demais, fator que favorece a preocupação
desse consumidor de diferenciar-se das outras pessoas. (ESCUDEIRO, 2008)
O fato de ser um automóvel esportivo remete à aventura na visão do
usuário, que normalmente é apaixonado por carros de velocidade e corridas,
passa a sensação de jovialidade, vitalidade, agilidade e superioridade. É uma
forma de o consumidor expressar-se, sua ousadia e valentia estarão
“estampados” no automóvel. (ESCUDEIRO, 2008)
Conclui-se, após analisadas as pesquisas e o questionário,
que
o
público-alvo em questão pode-se resumir a uma faixa etária de 35 a 70 anos.
Pertencente as classes A, e de sexo masculino. Que buscam na compra de um
automóvel fora-de-série demonstrar sua personalidade através de um
automóvel com design esportivo e exclusivo. Além de exibir o automóvel em
eventos sociais, a fim de agregar valor e ostentar seus pertences para adquirir
status. Sendo assim, é mais importante para o consumidor os valores
simbólicos e estéticos do produto. Ele procura qualidades formais, design
inovador, formas esportivas, cores, texturas e acabamentos refinados.
Sofisticação,
exclusividade,
elegância,
imponência,
velocidade,
força,
esportividade, jovialidade, virilidade, agilidade, superioridade, ousadia, são
alguns exemplos dos valores simbólicos esperados pelo consumidor ao adquirir
tal produto.
4.2.1 Personagem
Antônio, 50 anos, casado e pai de dois filhos. Mora com a esposa e filhos
numa residência em condomínio fechado em bairro de classe alta em Curitiba.
Formado em Direito, atualmente exerce a profissão de advogado empresarial, e
sua esposa Sônia, 47 anos, trabalha como Psicóloga de forma autônoma. Seus
filhos, um casal de gêmeos, fazem faculdade. Mariana, 22 anos, cursa
52
odontologia na PUC e possui carro próprio. Seu irmão, Fábio, está cursando
Engenharia Civil na UP e também possui carro próprio.
Sônia possui uma Hyundai Tucson e Antônio um Chrysler PT Cruiser,
raramente utilizam seus automóveis para viagens. O casal planeja conhecer
países que ainda não conhece, alavancar a Clínica que possuem (onde Sônia
trabalha) para quando a filha se formar também fazer parte do negócio e
futuramente investir em casa própria para ambos os filhos.
Nos momentos de lazer, Antônio procura reunir-se com os amigos para
jogos de baralho, jogos de futebol ou apenas encontros informais. Está sempre
levando a família, ou apenas sua esposa, para jantar em restaurantes
requintados. Participam de congressos e eventos sociais importantes algumas
vezes. Gosta de ouvir rocks clássicos dos anos 60 aos 90. Normalmente está
trajado de terno, por ser advogado, porém fora do ambiente de trabalho, Antônio
se veste de modo bastante tradicional e básico, porém sofisticado. Tem gosto
por novas tecnologias, estando sempre por dentro das novidades, além de sua
paixão desde a infância por carros de corrida, que motiva a um de seus sonhos
ser o de adquirir um fora-de-série esportivo.
Procura dar atenção ao corpo, alimentando-se de forma balanceada e
fazendo exercícios frequentemente na academia. Quando sobra um tempo livre,
Antônio vai ao parque correr.
4.2.2 Prancha de Estilo
Desenvolveu-se uma prancha de estilo para caracterizar o público-alvo.
54
4.2.3 Clubes Especializados
O Público de fascinados por automóveis antigos costuma criar clubes
especializados de automóveis antigos ou fora-de-séries ao redor do mundo,
existem também os clubes de colecionadores de modelos ou marcas específicas
como Puma e Miura. Esses clubes promovem encontros, eventos e exposições
de seus modelos, além de estarem sempre antenados nas novidades das
fábricas de réplicas e lojas que vendem peças de carros antigos.
Um dos exemplos próximos desses clubes de colecionadores é o Miura
Clube do RS, que conforme explicado no seu site oficial, a intenção do clube é
preservar a memória e história dos maravilhosos carros antigos, pois os
brasileiros não dão muito valor ao que é deles, mas os Miureiros tratam seus
carros com orgulho de terem um legítimo esportivo fora-de-série feito de maneira
artesanal. Ajudando aqueles que querem restaurar seus carros e participar dos
eventos “antigo mobilistas” do sul do Brasil. Segue abaixo uma imagem de um
dos encontros de Miueiros do RS (FIGURA 45).
FIGURA 45: Encontro Miura Clube do RS
Fonte: http://www.miuraclubers.com. Acesso em 08 de jul de 2010
Além dos diversos clubes especializados espalhados pelo mundo, um outro
exemplo mais próximo é o Puma Club do Brasil, que existe há 10 anos e
55
começou em Curitiba, com o intuito de preservar os veículos PUMA, suas
particularidades, curiosidades, e o seu contexto na história automobilística
nacional. Promovem encontros semanais e pretendem unificar materiais
literários até construírem uma biblioteca que auxilie os donos de pumas a
restaurarem seus modelos de forma fiel aos originais. Segue abaixo uma
imagem de um dos encontros de domingo realizados pelo clube, na praça em
frente ao campo do atlético. (FIGURA 46)
FIGURA 46: Encontro Puma Club do Brasil
Fonte:http://www.pumaclubdobrasil.com.br. Acesso em 08 de jul de 2010
56
4.2.4 Preferências gerais do Público
Os carros de luxo são os veículos que proporcionam um luxo incrível
com características agradáveis ou vantajosas e que custo mais dinheiro do que
os carros comuns. Aqui o termo luxo descreve grande qualidade de
equipamentos, boa performance, exatidão na construção, um conforto enorme
com um design criativo e inovações tecnológicas.
O público usuário de automóveis compactos esportivos fora-de-série
presa primeiramente o prestigio e o status de adquirir tal produto. Não possuem
restrições financeiras e esperam qualidade e excelência ao usufruírem do
automóvel.
O consumidor dessa categoria de automóveis, não compra o carro para
necessariamente usá-lo durante o dia-a-dia cotidiano, para tarefas normais de
ir e vir, muitas vezes o utiliza apenas para “passeio”, para ir a lugares e eventos
especiais onde possa exibir sua aquisição. Portanto todos os atributos devem
ser
cuidadosamente
selecionados
e
desenvolvidos,
desde
interior,
acabamento, tamanho, motor, peso, espaço, acessórios, aerodinâmica ao
shape. De forma a ser um produto exclusivo e único, sendo assim no caso do
desenvolvimento do shape, os atributos estéticos e os valores simbólicos são
de suma importância.
É um mercado que só fica atrás das grandes marcas já conhecidas,
como Ferrari, Audi, Porsche, Bugatti, Lamborghin, Mercedes, Jaguar, etc. E por
ser de relativo difícil acesso, através de encomendas na maioria das vezes, por
ser único, devido a produção artesanal e possibilidade de personalização, é
que torna-se um produto super valorizado pelo cliente interessado.
Os modelos de automóveis dessa categoria costumam apresentar
formas orgânicas, porém esportivas, que denotem agilidade, estabilidade,
agressividade uma certa imponência e elegância também. Lanternas e faróis
são trabalhados e chamam atenção, muitas vezes o automóvel tem a
possibilidade de tirar o capo e tornar-se conversível. Entradas de ar algumas
vezes são notáveis, assim como aerofólios dianteiros e traseiros. Para melhor
entendimento das formas e características visuais, foi elaborado um estudo de
formas a seguir.
57
5 ESTUDO DE FORMAS
Os modelos de automóveis esportivos investem em formas e detalhes
que denotam uma série de valores simbólicos. Seus formatos são diversos,
fazendo uso de linhas curvas e formatos orgânicos, ou linhas mais retas e
formatos mais angulares, ou muitas vezes uma mistura de ambos. A questão é
que, segundo pesquisas psicológicas, o ser humano instintivamente prefere as
formas curvilíneas, pois o subconsciente automaticamente considera objetos
agudos e angulares perigosos. (CARBON, 2010) Porém, Carbon também
afirma que isso pode se alterar um pouco de tempos em tempos, devido a
tendência natural humana de buscar novidades, sendo assim, formas mais
angulares e quadradas serão tendência por algum período curto, como num
ciclo, mesmo que o humano prefira as formas curvas instintivamente.
Automóveis
esportivos
geralmente
transpassam
muito
de
sua
esportividade através da forma, não apenas através de seus atributos
funcionais, como potência e aerodinâmica. Um breve estudo de forma que
segue, mostra alguns modelos de shapes esportivos.
FIGURA 47: Elise.
Fonte: www.carrosdeluxo.net. Acesso em 08 de ago de 2010
58
Um modelo interessante é o Elise, que é um modelo esportivo da Lotus.
A vista lateral (figura 47) deixa notável as formas orgânicas e arredondadas da
carcaça, que seguem uma linha contínua e curvilínea. As entradas de ar e o
desenho da porta seguem a mesma Idéia, mantendo a harmonia do todo. E as
formas curvas não deixam de transpassar a idéia de movimento e velocidade.
FIGURA 48: Lamborghini Gallardo.
Fonte: www.igreenspot.com. Acesso em 08 de ago de 2010
Outro automóvel com shape esportivo interessante é o Lamborghini
Gallardo (figura 48), com linhas curvas e longas, que seguem todo o desenho
do carro, e que dão a idéia de velocidade - também por ser um carro mais
baixo e comprido. As portas e entradas de ar seguem linhas mais retas e
angulares, quebrando o padrão curvo das linhas do automóvel e transpassando
maior imponência e agressividade.
59
FIGURA 49: Porsche Boxter.
Fonte: www.igreenspot.com. Acesso em 08 de ago de 2010
O modelo Porsche Boxter (figura 49), já segue um padrão mais
geométrico, pois possui linhas mais retas e angulares, dando uma idéia de
rebustez, agilidade.
FIGURA 50: Lexus LFA.
Fonte:www.igreenspot.com. Acesso em 08 de ago de 2010
60
O automóvel acima (figura 50) é um Lexus LFA, que apresenta formas
curvilíneas e orgânicas, porém mantém alguns ângulos mais notáveis, como o
detalhe acima da porta e a parte traseira do automóvel. Sem perder a harmonia
do todo, esse modelo transpassa elegância e requinte através da sua mistura
de linhas curvas e ângulos obtusos.
FIGURA 51: Lexus 2054.
Fonte: www.en.wikipedia.org/wiki/Lexus_2054. Acesso em 08 de ago de
2010
O Lexus 2054 (figura 51), produzido para o filme Minority Report, possui
carcaça inteiramente orgânica, com linhas longas e arredondadas, porém
mantendo as portas e entradas de ar com linhas retas. A mistura de ambas as
tendências, ângulos retos e linhas curvas, é bastante utilizada no design
automobilístico, contanto que não se perca a harmonia visual e os atributos
simbólicos do shape.
61
6 CONCEITO
Desenvolvimento de um novo shape fazendo uso de um chassi já
existente, porém com modificações (medidas alargadas, movimentação do
motor para a traseira, cockpit centralizado) - disponibilizado pela empresa TSW
que atualmente desenvolve a réplica do Lotus Seven - de modo a ser
produzido artesanalmente. Tendo capacidade para dois assentos.
Com a intenção de dar mais opções de escolha para os interessados por
automóveis
exclusivos
e
fora-de-série,
o
novo
design
formal
traria
possibilidades de personalização, como rodas e cor, tornando o automóvel
ainda mais atrativo e desejável para o público que procura refinamento,
elegância, status, diferencial e acima de tudo unicidade. Um público de
aproximadamente 35 à 70 anos, de classe A, em suma masculino, que busca
adquirir um automóvel exclusivo (fora-de-série), que proporcione superioridade
e status. Para isso, as linhas orgânicas do shape transpassam esportividade,
velocidade, agilidade, segurança, vivacidade, imponência, ousadia e liberdade,
porém mantendo uma característica mais forte por conta da sua grade frontal e
faróis que remetem á um aspecto marcante do automóvel.
62
7 LISTA DE EXIGÊNCIAS
1. Possuir linhas que transpassem esportividade, elegância e sofisticação,
superioridade e imponência, liberdade, segurança e velocidade.
2. Usar chassi existente da TSW (com modificações: motor traseiro, cockpit
centralizado e medidas gerais).
3. Possibilidade de desenvolvimento artesanal.
4. Atender ao conceito de exclusividade (público).
5. Ter possibilidade de personalização (rodas, cor).
6. Capacidade de apenas dois assentos.
7. Ter linhas orgânicas e detalhes marcantes (aerofólios, entradas de ar,
faróis)
63
8 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS
Seguindo o conceito, listas de exigências, estudos de formas e análises
de similares, criaram-se algumas alternativas para o novo design formal do
automóvel, que aos poucos foram se aprimorando.
64
ALTERNATIVA 1
65
ALTERNATIVA 2
ALTERNATIVA 3
66
ALTERNATIVA 4
67
ALTERNATIVA 5
ALTERNATIVA 6
68
ALTERNATIVA 7
ALTERNATIVA 8
69
ALTERNATIVA 9
70
ALTERNATIVA 10
71
8.1 MATRIZ DE AVALIAÇÃO
Foi desenvolvida uma matriz de avaliação para a escolha da melhor
alternativa. A matriz é composta pelos conceitos primordiais que o novo shape
deve transpassar para o usuário através de suas formas e também por algumas
qualidades formais. A avaliação será feita por pontuação e pesos, os pesos vão
de 1 a 5 e a pontuação pode variar de 1 a 10. Aquela que receber mais pontos
multiplicados ao peso de cada quesito será a alternativa escolhida.
72
4.
1.
2.
3.
ATERNATIVAS
QUESITOS
E pesos.
5.
ESPORTIVIDADE
5
5
6
7
7
9
ELEGÂNCIA E
SOFISTICAÇÃO
4
4
5
8
8
9
SUPERIORIDADE
E IMPONÊNCIA
4
4
7
7
6
10
4
6
7
6
8
8
LIBERDADE
73
SEGURANÇA
5
8
8
7
7
10
FORMAS ORGÂNCICAS
5
7
5
5
8
10
DETALHES
MARCANTES
(farol, aerofólio, entrada
de ar)
3
3
4
4
5
9
3
5
4
7
7
7
180
195
212
234
301
VELOCIDADE
TOTAL
74
6.
7.
ATERNATIVAS
QUESITOS
E pesos.
10.
8.
9.
ESPORTIVIDADE
5
5
8
4
6
9
ELEGÂNCIA E
SOFISTICAÇÃO
4
2
5
4
6
9
SUPERIORIDADE
E IMPONÊNCIA
4
2
7
7
6
10
4
4
6
5
5
8
LIBERDADE
75
SEGURANÇA
5
8
8
7
7
10
FORMAS ORGÂNCICAS
5
7
5
3
8
10
DETALHES
MARCANTES
3
(farol, aerofólio, entrada de ar)
3
8
4
5
9
3
5
8
7
7
10
156
225
103
189
310
VELOCIDADE
TOTAL
76
9 ALTERNATIVA ESCOLHIDA
A alternativa escolhida foi a alternativa 5, por corresponder de forma
mais coerente os quesitos primordiais para o desenvolvimento de um novo
shape de automóvel. A alternativa possui formas orgânicas que trazem
harmoniosamente os conceitos de esportividade e velocidade através de
linhas contínuas que dão a idéia de movimento e detalhes marcantes (faróis,
grade frontal, entradas de ar, aerofólios), elegância e sofisticação por seu
design exclusivo e discreto - em questão de detalhes, sem exageros superioridade e imponência por ter suas rodas e grade frontal bastante
notáveis, liberdade e segurança através da “bolha” que envolve o cockpit.
A alternativa foi escolhida também, por apresentar o melhor potencial
para atender ás expectativas do público alvo em questão, um público que presa
por exclusividade, tem gosto refinado, dá maior importância aos fatores
simbólicos e estéticos dos produtos que adquire e não se importaria em gastar
mais para adquirir um veículo fora-de-série com diferencial
77
Aprimoramento da alternativa escolhida:
Vista Frontal:
78
Vista Lateral:
Vista Traseira:
79
9.1 PERSONALIZAÇÃO
O cliente terá a possibilidade de escolher algumas características do
automóvel de modo a torná-lo mais a “sua cara” e ter mais proximidade com a
sua personalidade. Como por exemplo, a cor da lataria, os modelos de rodas e
a cor do vidro.
Exemplos de opções de cores da lataria:
Respectivamente preto, cinza/prata, chumbo, azul e vermelho.
Outra possibilidade de vidro, não fumê:
80
O cliente também poderá optar entre as rodas:
De Aro 17. (Respectivamente) Nurburgring Bronze, Nurburgring Grafite
ou Nurburgring Silver, como mostrado abaixo.
81
Exemplo de algumas rodas aplicadas ao modelo:
Nurburgring Bronze, abaixo:
Nurbrugring Grafite, abaixo:
Nurburgring Silver, abaixo:
82
Ou outras opções de modelos de Aro 17 como, respectivamente,
Trackstar Silver, Trackstar Black e Trackstar Grafite (mostrado abaixo).
E a roda Aro 17 modelo Mascerati:
83
10 MODIFICAÇÕES NO CHASSI
O chassi disponibilizado pela empresa TSW é o mesmo utilizado para a
produção artesanal do Lotus Seven, porém, para melhor ajuste a alternativa
escolhida, passará por algumas modificações estruturais. O cockpit irá se
mover 300mm para o centro do chassi, o motor será central (mais conhecido
como traseiro) e não mais dianteiro e as laterais aumentarão em 100 a 120mm,
tornando o chassi mais largo. O automóvel ficará mais quadrado e o motorista
e o passageiro se acomodarão confortavelmente no centro do automóvel sob a
bolha de proteção.
FIGURA 52: Chassi 1.
Fonte: Autores.
Acima fica especificado o aumento de cotas laterais e a movimentação
do cockpit para o centro do chassi. O chassi modificado terá 2,4m de
comprimento e 1,84m de largura (figura 52).
84
FIGURA 53: Chassi 2.
Fonte: Autores.
FIGURA 54: Chassi 3.
Fonte: Autores.
85
Nessas duas (figura 53 E 54) é possível notar o aumento lateral e
modificação na altura do chassi.
O chassi começou a ser alterado na mesa zero, suas medidas foram
repensadas e o gabarito foi remontado com as novas medidas. Após essa
etapa, o motor foi movimentado para a parte traseira, para então dimensionar
uma estrutura nova com travamento de torção e dimensões da suspensão
traseira de acordo com a bitola entre eixo da parte dianteira. Então a estrutura
toda foi levada ao chão e foram colocadas as rodas e iniciou-se a armação
para a carenagem do automóvel. A figura 55 apresenta em perspectiva o
desenvolvimento dessas etapas e a colocação do motor na parte traseira.
FIGURA 55: Chassi 4.
Fonte: Autores.
86
FIGURA 56: Chassi 5.
Fonte: Autores
As figuras 56 e 57 mostram o chassi já modificado, com a estrutura do
shape escolhido simulada pelos arames amarelos. O indivíduo sentado no
assento do condutor faz a validação do modelo, colaborando com o estudo de
package.
FIGURA 57: Chassi 6.
Fonte: Autores
87
11 ESTUDO DE PACKAGE
Para o desenvolvimento de automóveis, é necessário o cuidado com o
habitáculo (cockpit) em que o condutor e passageiro se acomodarão. É
necessário oferecer aos passageiros, espaço bem dimensionado de acordo
com seus percentis de forma a manter-nos seguros e confortáveis. No caso do
automóvel esportivo para duas pessoas, não é necessário se pensar nos
bancos traseiros, pois só haverá dois bancos - para passageiro e condutor. Os
motoristas possuem diversas funções a serem executadas durante o uso do
produto, portanto é importante dimensionar a ocupação de cada ferramenta
que virá a ser utilizada durante esse processo.
Conforme a figura 58, o condutor sentado apresenta vários movimentos
ao usufruir do automóvel. Tais movimentos são pensados na execução do
espaço interno do produto, para que o shape externo não obstrua nenhum
deles.
FIGURA 58: Antropometria Automobilística.
Fonte: PEACOCK.
88
A figura 59 apresenta, para diferentes tipos de veículos, as medidas e
angulações de ajustes de banco, alcance do volante, movimento dos braços,
pés e pernas, campo de visão, e vários outros fatores cruciais no
desenvolvimento de um habitáculo.
FIGURA 59: Antropometria Automobilística.
Fonte: DREYFUSS.
Os percentis apontam as dimensões corporais dos indivíduos, pois não
existem duas pessoas idênticas e o mesmo produto deve servir para a maioria
(design universal), tanto para os de percentil 95 quanto para os de percentil 5.
Como na figura 60, diversos percentis numa graduação de menor para maior.
89
FIGURA 60: Percentis.
Fonte: DREYFUSS.
A aplicação dos conceitos de antropomtria ao shape do automóvel em
desenvolvimento é explicada pela figura 61, com a vista lateral do modelo em
escala vetorizado, simulando o uso por dois bonecos antropométricos – o maior
de percentil 99, e o menor de percentil 1. E outra figura 62, com o percentil 99
na alternativa do modelo melhor refinada. Nota-se que o automóvel não trará
problemas de dimensionamento para ambos os casos, permitindo que ambos
usufruam do produto sem desconfortos.
FIGURA 61: Package.
Fonte: Autores
90
FIGURA 62: Package.
Fonte: Autores
Desenvolveu-se um modelo do veículo em escala 1:8 e utilizou-se um
boneco antropométrico 1:8 para a realização da validação do produto e para ter
noções de proporções e formas. Segue abaixo (figura 63) a imagem do modelo
em escala e do boneco, que demonstra a proporção usuário x produto.
FIGURA 63: Validação.
Fonte: Autores
91
A outra imagem (figura 64) mostra o veículo com o passageiro dentro
simulando o seu uso.
FIGURA 64: Validação.
Fonte: Autores
A seguir, mais imagens do modelo em escala. A figura 65 mostrando a
vista frontal do modelo, a figura 66 mostrando a vista lateral e a figura 67
mostrando a vista traseira.
FIGURA 65: Modelo.
Fonte: Autores
92
FIGURA 66: Modelo.
Fonte: Autores
FIGURA 67: Modelo.
Fonte: Autores
Em seguida desenvolveu-se um modelo em escala 1:1. Segue abaixo
uma imagem de uma nova validação realizada com o modelo 1:1 e um
referencial humano masculino, simulando o uso do veículo e demonstrando as
proporções corretas antropométricas.
93
Segue abaixo outra imagem com referencial humano fora do
veículo.
.
E agora algumas imagens do modelo 1:1, que seria o produto final.
94
Vista em perspectiva.
Vista frontal.
95
E vista traseira.
O modelo em escala 1:1 foi confeccionado seguindo as seguintes
etapas: primeiramente simularam-se as formas em 3D através de fios de
arame, depois foi sobreposta à forma com uma tela de ferro. Em seguida foi
colocada sobre a tela a fibra de vidro e a resina, repetindo esse processo duas
ou três vezes. Sobre a fibra de vidro foi passada massa plástica e lixada, até
ficar com a superfície lisa. Alguns detalhes e imperfeições foram corrigidos com
massa rápida. Em seguida foi passado primer universal como preparação para
a pintura, sobre o primer utilizou-se a tinta de base poliéster branca perolada
fosca.
A parte da bolha foi simulada com película de insulfilme, os faróis
simulados com adesivos. O veículo possui motor funcionando de um Clio 1.4,
rodas TSW e faróis que ascendiam. A porta também foi simulada, seu
mecanismo de abertura deve ser o de uma “asa”, abrindo para cima.
Gastos:
23 mil – mecânica, freio, suspensão e direção.
12 mil – parte de estrutura metálica – plataforma e carenagem.
96
10 mil – carenagem, fibra, resina, acabamento da fibra e pintura.
8 mil – rodas e pneu.
3 mil – parte elétrica e eletrônica.
TOTAL: 56.000 R$
11.1 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
Apresentação das medidas gerais do automóvel e o seu shape sobre a
estrutura do chassi. Primeiramente abaixo a vista lateral com referencial
humano de percentis 99 e 1, e suas medidas de entre - eixo e cockpit.
97
A seguir a vista frontal do modelo e suas respectivas medidas
(altura, largura).
98
99
12 MATERIAIS E PROCESSOS
Para o desenvolvimento do automóvel real através de processos
artesanais, usou-se primeiramente, de arame de ferro para dar o formato da
carenagem. Encima dos arames, será colocado um tecido elástico como base
para a fibra de vidro que virá em seguida. A fibra de vidro com resina de
poliéster será utilizada para constituir a carenagem em sua maioria, a bolha
será feita em policarbonato. Será utilizada madeira de compensado para as
formas retas, como a tampa traseira do veículo. Para corrigir imperfeições e
fazer o acabamento das formas, será utilizada massa plástica. Em seguida,
para preparar o veículo para pintura, será utilizado Primer de PU, depois disso
utiliza-se Massa Rápida para corrigir mais algumas imperfeições e finalmente a
pintura: tinta Preta de base PU, tinta branca de base poliéster e verniz Bi
componente alto sólido para proteção e brilho final da pintura.
100
Segue abaixo o ciclo de vida da fibra de vidro (figura 68).
FIGURA 68: Fibra de vidro.
Fonte: Autores
É importante prever o ciclo de vida do veículo, desde a sua fabricação,
passando pelo processo de uso e o fim de sua vida útil. Segue abaixo o fim de
vida do veículo (figura 69), que demonstra que após o uso o veículo passa pela
empresa de desmantelamento, que remove boa parte do veículo (25-35%),
depois disso vai para a trituração, onde 20-25% viram resíduos e 45-65% vão
para a triagem. Em seguida observam-se algumas possibilidades de aplicação
para os resíduos que resultam do fim de vida do veículo (figura 70).
101
FIGURA 69: Fim de vida.
Fonte: Autores
102
FIGURA 70: Fim de vida.
Fonte: Autores
103
13 PLANO DE NEGÓCIO
De acordo com Dornelas (2000) a definição de um plano de negócio é
geralmente usada para descrever minuciosamente o negócio. O plano de
negócios pode:
[...] identificar os riscos e propor planos para minimizá-los e até
mesmo evitá-los; identificar seus pontos fortes e fracos em
relação concorrência e o ambiente de negócio em que você
atua; conhecer seu mercado e definir estratégias de marketing
para seus produtos e serviços; analisar o desempenho
financeiro de seu negócio, avaliar investimentos, retorno sobre o
capital investido; enfim, você terá um poderoso guia que
norteará todas as ações de sua empresa. (DORNELAS, 2000, p.
05)
13.1 APRESENTAÇÃO DO NEGÓCIO
VEÍCULO FORA-DESÉRIE PARA CHASSI TSW
Desenvolvimento de um novo shape fazendo uso de um chassi já
existente, porém com modificações (medidas alargadas, movimentação do
motor para a traseira, cockpit centralizado) - disponibilizado pela empresa TSW
que atualmente desenvolve a réplica do Lotus Seven - de modo a ser
produzido artesanalmente. Tendo capacidade para dois assentos.
Com a intenção de dar mais opções de escolha para os interessados por
automóveis
exclusivos
e
fora-de-série,
o
novo
design
formal
traria
possibilidades de personalização, como rodas e cor, tornando o automóvel
ainda mais atrativo e desejável para o público que procura refinamento,
elegância, status, diferencial e acima de tudo unicidade. Um público de
aproximadamente 35 à 70 anos, de classe A, em suma masculino, que busca
adquirir um automóvel exclusivo (fora-de-série), que proporcione superioridade
e status. Para isso, as linhas orgânicas do shape transpassam esportividade,
velocidade, agilidade, segurança, vivacidade, imponência, ousadia e liberdade,
104
porém mantendo uma característica mais forte por conta da sua grade frontal e
faróis que remetem á um aspecto marcante do automóvel.
13.2 MERCADO
O mercado dos fora-de-série teve seu ápice durante o final dos anos 70
– com a proibição da importação de veículos- até os anos 90 - com a abertura
da importação de veículos. Neste meio tempo, as fábricas de automóveis
artesanais (fora-de-série) floresceram e se multiplicaram no Brasil. Porém, logo
após essa fase de proibição de importação, os automóveis começaram a ser
produzidos em série, para alcançar os padrões internacionais, tornando-se a
indústria automobilística que hoje se vê.
De uns anos pra cá, nota-se uma carência de modelos autênticos e
originais de veículos, pois a indústria automobilística que produz carros em
série não ousa sair de um padrão de design que agrade a maioria e que seja
acessível,
produzindo
repetitivamente
modelos
similares
e
sem
“personalidade”. E para tal carência é que está voltado o mercado dos fora-desérie hoje em dia, para estes que procuram exclusividade ao adquirir um
veículo (que pode ser uma réplica de um clássico ou um design novo, único e
inovador).
O veículo custaria em média de 120.000 á 150.000 R$. Por ser um
produto de luxo e ter mão-de-obra trabalhosa.
13.3 PÚBLICO
Depois de realizadas pesquisas através de questionário (apêndice) e
pesquisa de campo, o público-alvo limitou-se em homens de 35 a 70 anos, de
classe A. Que não se importariam em gastar um pouco mais para adquirir um
veículo com design único, estão sempre em busca de exclusividade e ostentam
as posses que têm para conseguir status. O veículo transpassa características
da personalidade do público - ou características que o público gostaria de ter –
como jovialidade, agilidade, fugacidade, ousadia, espírito aventureiro, etc. Por
isso é que buscam em suma um design esportivo, com design refinado, dando
muita importância aos valores estéticos e simbólicos do veículo.
105
13.4 FORNECEDORES
O mercado fornecedor são os principais fornecedores de matéria-prima
que será utilizada na fabricação do projeto. Segue abaixo uma tabela com as
informações referentes a isso.
13.4 CONCORRENTES
Segue abaixo uma tabela com os principais concorrentes e algumas
informações importantes de cada um.
106
107
14. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A
realização
do
projeto
de
desenvolvimento
de
um
shape
automobilístico é complexa e extensa, porém retirasse da experiência enorme
aprendizado do meio automobilístico fora-de-série que existe na atualidade,
além de noções melhores do mercado e suas tendências.
Notou-se que o mercado dos fora-de-séries vem conseguindo seu
espaço novamente, após declínio pela abertura da importação de veículos nos
anos noventa, suprindo a carência de um mercado cansado dos modelos
repetitivos e sem personalidade disponibilizada pela produção em série.
108
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Wikipedia
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2010
112
APÊNDICE
PESQUISA DE CAMPO
Questionário
Empresa:
1. Área de atuação | O que faz/produz? Ha quanto tempo?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
________________________
2. Mercado
- O produto chega ao cliente por meio de encomenda? É personalizável?
- Como o cliente toma conhecimento desse serviço? De que forma é
divulgado?
_______________________________________________________________
________
- Quantos produtos distribuem em média por mês?
- Quais são as formas de pagamento?
3. Público
- Qual a faixa etária dos clientes?
- Vende-se mais para o publico feminino ou masculino?
_______________________________________________________________
________
.
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LISTA DE FIGURAS - Universidade Positivo