SEGURANÇA AGROPECUÄRIA CAPÍTULO I: Considerações Gerais A finalidade de tratar de riscos profissionais: identificá-los e promover meios para diminuir tais riscos. O conceito de Segurança e Saúde Ocupacional no meio Rural é relativamente novo. Importância maior era dada à Medicina Industrial. Sabe-se que esta exploração situa-se juntamente com a construção civil e petrolífera, entre as mais perigosas. As medidas de prevenção para o trabalho rural: princípios fundamentais de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho. A supervisão do trabalho agrícola é muito difícil. Daí a importância da educação e do treinamento prevencionista no trabalho agrícola. 1. Aspectos Sócio-econômicos do Trabalhador Rural O trabalho Agrícola engloba a produção de gêneros alimentícios até a produção de matérias primas industriais. Características particulares determinarão as condições de Segurança e Higiene: Caráter sazonal e cíclico; Longas jornadas de trabalho e com grande esforço físico; Trabalho realizado ao ar livre; Variabilidade do tipo de trabalho executado por uma pessoa; Contato com meio contaminante; Longas distâncias percorridas pelo trabalhador para alcançar seu local de trabalho; Mão de obra temporária e não qualificada; Condição precária de vida. 1. Aspectos Sócio-econômicos do Trabalhador Rural Atividades da Exploração Agrícola Do preparo do solo à colheita, transporte e armazenamento; Simultaneamente, tratamentos de sementes e partes vegetativas, canais de irrigação e drenagem, estradas, cercas, controle de doenças, aplicação de corretivos, etc. Ferramentas utilizadas Manuais, máquinas, implementos, veículos, produtos químicos e inflamáveis. 1.1. População e Faixa Etária Grupos de Idade População % Sobre o Total Rural 0 – 14 15 – 39 40 – 59 60 – 69 70 em diante Ignorada 18.982.02 3 14.889.46 3 5.285.720 1.168.225 654.683 73.939 46,23 36,30 12,86 2,84 1,59 0,18 Total 41.054.05 3 100,00 1.2. Educação Fatos: Ensino elementar do país é ineficiente; Deficiência no transporte escolar; Carência nutricional; e Habitação precária. Conclusão: Alta evasão escolar; e Alto índice de abandono escolar. O nível educacional no meio rural é muito baixo. 2. Acidentes do Trabalho Rural Definições Conceito Prevencionista: “Qualquer ocorrência não desejada que modifica ou põe fim à um trabalho ocasionando perda de tempo, danos materiais, danos físicos ou morte, ou ainda as três coisas juntas.” Conceito Legal: está no decreto nº 76.022 de 24 de Julho de 1975 (art. 2º), que aprova o Regulamento do Seguro de Acidentes do Trabalho Rural, instituído pela Lei nº 6.195 de 19 de Dezembro de 1.974 e que diz: “O acidente do Trabalho Rural é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho rural, a serviço de empregador, provocando lesão corporal, perturbação funcional ou doença, que cause morte ou a perda ou a redução permanente ou temporária de capacidade para o trabalho e que embora não tenha sido causa única, contribua diretamente para a morte ou perda ou redução da capacidade para o trabalho, equiparando-se ao acidente à doença profissional inerente à atividade rural e definida em portaria ministerial”. 3. Causas de Acidentes do Trabalho Em 98% dos casos, as causas dos acidentes podem ser previstas e eliminadas. Tipos de Causas Condições inseguras; Ato inseguro; e Fator pessoal inseguro. CAPÍTULO II: Riscos do Trabalho Rural Meio nocivo; Necessidade de transporte; Presença de animais; Produtos químicos e inflamáveis; Ferramentas e máquinas de alto risco; 1. Tratores Agrícolas Dados estatísticos: Acidentes fatais ocorridos com tratoristas: 80% devido à falhas humanas. 40% incapacidade ou ignorância do perigo; 22% velocidade excessiva; 21% falta de atenção do tratorista; 13% inexperiência ou falta de treinamento do tratorista; e 4% outras causas. Acidentes mais comuns: 70% queda lateral do trator; 15% queda para trás; 5,5% queda do tratorista; 3% choque com outro veículo; e 6,5% outros fatores. 1. Tratores Agrícolas Causas de acidentes Condições inseguras: Referentes à constituição física dos tratores agrícolas e seus dispositivos de segurança Atos inseguros: Excesso de velocidade; Uso incorreto das marchas; Manejo incorreto dos implementos; Atolamento; Tracionamento de carretas; Obstáculos ocultos; Riscos em manobras; Trabalhos inadequados; Trânsito em estradas; Brincadeiras; Estacionamento incorreto no final do trabalho. 1. Tratores Agrícolas Medidas de segurança Local de armazenamento do trator deve permitir boa ventilação; O operador deve subir no trator pelo lado esquerdo; Não ultrapassar o limite máximo de velocidade; Utilização correta das marchas como freio motor; Em caso de atolamento, procurar outro ângulo para tracionar o implemento; Abastecer o veículo longe de depósitos combustíveis, utilizando um funil; Verificar a solução da bateria com o veículo desligado; Abrir lentamente a tampa do radiador com o motor aquecido; Respeitar o peso máximo das cargas transportadas; Calçar os implementos antes de seu desacoplamento; Redobrar a atenção quando rebocar veículos e máquinas em terrenos acidentados; 1. Tratores Agrícolas Medidas de Segurança (continuação): Alargar as rodas em terrenos acidentados; A marcha utilizada em declives deve ser a mesma utilizadas em aclives; Em risco de empinamento, utilizar contrapesos na parte dianteira do trator; Evitar o transporte de pessoas sobre o trator; No tracionamento de qualquer elemento, verificar a fixação dos cambões; Utilização de roupas adequadas, sem pontas soltas; Antes de descer do trator, desligar o trator e freiá-lo; O operador do trator deve ser habilitado e treinado; Trafegando em auto estradas, unir os pedais de freios; Manter a higiene na plataforma, estribo e pedais do trator; Não retirar os dispositivos de segurança do trator; No final do trabalho, desengatar o implemento; 1. Tratores Agrícolas Medidas de Segurança (continuação): Utilizar a embreagem de forma suave e gradual; Acoplar equipamentos no ponto mais baixo possível e com barras; Dirigir sentado, não transportar pessoas no para-lama, barra de tração, etc; Em caso de acidente, desligar imediatamente o motor; Ao acoplar o implemento não ficar entre este e o trator; Antes de iniciar o trabalho, demarcar a área a ser trabalhada; Para desatolar o trator, não utilizar madeira, toras ou outro objeto; Calçar e frear o trator quando parado ou em declive; Manter a conservação do trator para que este apresente bom funcionamento; RISCO NO USO DO TRATOR AGRÍCOLA O trator presta serviços inestimáveis ao homem do campo mas também é fonte de muitos acidentes, alguns dos quais conduzem a morte do operador e de terceiros. O uso indevido do trator agrícola pode ocasionar riscos de acidentes de três naturezas: •relacionados ao terreno onde opera (AMBIENTE); •provocados pelo trator em si (AGENTE); e/ou •pela imperícia ou desconhecimento do operador (HOMEM) FATORES HUMANOS NOS ACIDENTES Na maioria das ocorrências o acidente é a evidência do erro humano. Quase sempre o erro humano resulta em custosos danos ao equipamento e na perda de tempo para os reparos. Uma máquina pode ser reparada ou substituída; o que nem sempre é possível quando o erro causa um dano ao corpo humano. Os principais fatores que causam esses erros são: •fadiga •preocupação •falta de atenção •falta de treinamento •incompatibilidade homem-máquina •outros As limitações humanas que influem nos acidentes podem ser classificadas em: •Físicas •Fisiológicas e •Psicológicas. Fatores Físicos: As características físicas ou as limitações de uma pessoa, podem ser comparadas às especificações de projeto de uma máquina --- seu tamanho, peso, potência, voltagem, etc. --- coisas que não são mudadas facilmente. Se você reconhece as suas limitações físicas e trabalha dentro delas, você terá menos acidentes do que alguém que tenta trabalhar além dos seus limites. Assim você terá melhor controle do ambiente e da máquina que você opera. Você será capaz de evitar acidentes mais facilmente. Força Algumas pessoas são mais fortes do que outras. Um homem pode ser capaz de mover uma escada pesada com segurança, mas isso pode ser perigoso para alguém mais baixo ou mais fraco, com o risco de atingir uma segunda pessoa. Conheça os seus limites de força e peça ajuda se precisar ! Os músculos representam cerca de 45% do peso do corpo. Quando em trabalho, eles convertem a energia química dos alimentos em energia mecânica. A quantidade de energia utilizada, depende do tamanho e estado atual dos músculos, do suprimento de sangue, temperatura, respiração e do tipo de trabalho executado. Uma estimativa prática da habilidade humana de trabalhar continuamente é de cerca de 1/10 a 1/5 HP (cavalos de força = Horse Power, em Inglês). Precisa-se de 1/10 HP para acender uma lâmpada incandescente de 75 watt. Para trabalhar com segurança, evite a fadiga muscular: 1 - Trabalhe em posição confortável. Quando o assento está alto, a pressão nos músculos da coxa podem provocar câimbras. 2 - Opere dentro das suas limitações. Não exija demais dos seus músculos. As máquinas simples, como as alavancas e chaves de boca, foram criadas justamente para multiplicar a força do homem: use-as sempre que precisar. 3 - Mantenha-se em movimento constante. O movimento do corpo no trabalho dinâmico ajuda a circulação sanguínea, exercita uma grande variedade de músculos e é mais indicado do que o trabalho parado ou com menos movimento. 4 - Faça pausas freqüentes e curtas. Elas são mais eficazes na recuperação das energias, do que as longas e raras. Tempo de reação O tempo de reação ou reflexo do indivíduo tem início com uma mensagem enviada ao cérebro e termina quando o corpo executa uma resposta ou reação física. Por exemplo, quando o tratorista avista um obstáculo (a mensagem), isso é registrado no cérebro e resulta numa reação ao perigo: numa freada, desvio do obstáculo ou outra manobra apropriada. Para que o cérebro receba a mensagem e diga ao corpo para executar uma ação leva tempo --- o tempo de reação. O melhor tempo de reação do homem é lento, quando comparado com a alta velocidade da máquina. O tempo de reação humana é de cerca de 1/3 de segundo, sob condições ideais. Vide a figura abaixo: Da ilustração acima concluímos que: a) a reação do tratorista sóbrio dará tempo para evitar o perigo, parando à tempo; b)no caso do tratorista cansado, o longo tempo de reação, fará com que pare o trator quase em cima do obstáculo; e c)o tratorista doente, embriagado ou intoxicado, não evitará um acidente (às vezes) grave. Pense em como você reagiria às várias situações de emergência, antes que seja submetido a elas. Isso pode ajudá-lo a reagir mais rápido nessa emergência. Sabendo que o cansaço e o álcool, por exemplo, diminuem o seu tempo de reação, evite-os quando for dirigir o trator. Peso e tamanho A estatura de uma pessoa geralmente determina os tipos de trabalho que ela pode realizar com segurança. Considere as diferenças em tamanho do corpo de um jóquei e de um jogador de basquete. Embora esses sejam os casos extremos, ninguém se ajusta exatamente às dimensões médias. É por isso que os assentos de muitas máquinas são ajustáveis. Esteja certo de manter o seu ajustado --- para você. Assim você ficará mais confortável, eficiente e alerta. O painel de controle e a localização dos comandos têm um efeito significativo no seu desempenho e segurança na condução da máquina. Idade As habilidades físicas variam com a idade, atingindo geralmente o ideal entre 25 e 30 anos e, a partir daí, diminuindo progressivamente. Assim, a visão, a audição e a força física diminuem com a idade. Em estudo realizado nos Estados Unidos, ficou provado estatisticamente que, entre os jovens menores de 16 anos e os idosos maiores de 65 anos de idade, ocorrem a maioria dos acidentes com equipamento agrícola. Visão Mais de 90% do nosso trabalho é controlado pelos olhos. Contudo ela tem as suas limitações e necessita de proteção e de cuidados. A boa visão depende: •da intensidade de luz adequada ao tipo de trabalho •do tamanho visível do objeto focalizado •da cor e contraste do objeto e o fundo •da estabilidade do objeto focalizado e •da claridade e nitidez do objeto. Fatores Fisiológicos: Nosso corpo tem certas características e limitações de ordem fisiológica. Algumas delas são: tono muscular e força; eficiência metabólica (quanto de alimento é usado para fazê-lo funcionar); sua resistência a certas doenças; e as horas de sono e de descanso que são exigidos pelo seu corpo. Limitações fisiológicas como essas são comparáveis ao desempenho de uma máquina: quanto de combustível ela consome; a temperatura de operação; as ligações do sistema elétrico; etc. Estas limitações variam muito entre as diferentes pessoas e podem variar, na mesma pessoa, de dia para dia. Os limites fisiológicos são afetados por: •fadiga •drogas, álcool e fumo •produtos químicos (agrotóxicos) •doenças e •condições ambientais: temperatura, umidade, vibração, ruído, poeira, etc. Fatores Psicológicos: A segurança e o desempenho pessoal dependem grandemente dos fatores psicológicos. Neste aspecto, as pessoas são muito diferentes das máquinas. O homem tem emoções e sentimentos --- as máquinas não. Os problemas psicológicos resultam de uma série de situações: •conflitos pessoais --- confusão e incerteza na mente do indivíduo •tragédia pessoal --- a perda de um amigo ou parente •problemas interpessoais --- problemas em casa, atrito entre pessoas •problemas profissionais --- dificuldades no serviço •dificuldades financeiras •a insegurança (ou introversão) --- impede o indivíduo de solicitar informações que seriam úteis à prevenção de acidentes. Os resultados dos problemas emocionais --- que causam reações de cólera, retaliação, desatenção a detalhes, como não observar avisos importantes (as placas de sinalização, por exemplo) --- criam situações de acidentes. 2. Máquinas e Implementos Agrícolas Descrição das máquinas e implementos Arados: Promove a inversão da leiva de terra e cobre parte da vegetação e restos de cultura. Arado de disco: de arrasto; de levante hidráulico; arados gradeadores. Arado de aiveca: de arrasto; de levante hidráulico. 2. Máquinas e Implementos Agrícolas Grades: Desagregar os torrões, nivelar a superfície do solo para facilitar a semeadura, e adensar o solo. Grade de disco; Grade de dentes; Grade de molas; Semeadoras e plantadoras: São máquinas projetadas para realizar o plantio de sementes e de vegetativos, além da adubação. de levante hidráulico; de arrasto; Cultivadores: São utilizados para uma movimentação superficial do solo, escarificando os restos de culturas e misturando fertilizantes e defensivos. de levante hidráulico; de arrasto; 2. Máquinas e Implementos Agrícolas Aplicadores de defensivos: São aparelhos utilizados na aplicação de produtos químicos para combater as pragas, doenças e ervas indesejáveis. Podem ser apresentados em pó, líquido ou granulado. Polvilhadeiras; Granuladeiras; Pulverizadores; Nebulizadores. Outros implementos utilizados na Agricultura: Roçadeira: Utilizada para eliminar o mato de pastos e destruir o resto de culturas. Podem ser de levante hidráulico ou de arrasto. Enxadas rotativas: Utilizada para destruir o resto de culturas. 2. Máquinas e Implementos Agrícolas Tipos de Riscos Lesões traumáticas; Lesões aos órgãos dos sentidos; Outros danos à saúde. Medidas Gerais de Segurança Condições seguras; Medidas de segurança aos implementos em geral. RISCOS NO USO DA PICADEIRA E DESINTEGRADORA As máquinas agrícolas providas de engrenagens e rolos cortantes, como a despolpadora de sisal (usada no interior da Bahia, principalmente), as moendas de cana, as picadeiras de forragem e muitas outras, quando não têm dispositivos de segurança, são causa de acidentes mutilantes, como pode ser visto na foto abaixo: Quando são usadas máquinas que possam, por seus elementos girantes (como as roçadeiras), lançar pedras à distância e outros objetos com suas pás, convém manter distância das mesmas. 3. Ferramentas Manuais Tipos: facas, facões, enxadas, enxadões, foices, machados e martelos. Riscos Bordas cortantes: cortes, contusões e dilacerações; Instrumentos não ergonômicos e pesados: efeitos acumulativos danosos à saúde do trabalhador. Medidas de Segurança Ferramenta adequada ao uso que se destina; Não utilizar ferramentas com defeitos; Devem ser utilizadas as bainhas para guardar e transportar as ferramentas; Manter as ferramentas de corte afiadas; Utilização de EPI quando a tarefa necessitar; 3. Ferramentas Manuais Medidas de Segurança (continuação) Não atirar cigarros “acesos” ao chão; Os trabalhadores devem manter uma distância segura um do outro; Verificar o corte das ferramentas antes de utilizá-las; As ferramentas que não estiverem sendo utilizadas devem ser guardadas; Não atirar as ferramentas de um trabalhador a outro, estas devem ser entregues; Cuidado especial ao se transportar em um veículo trabalhadores com suas ferramentas; Após a utilização, as ferramentas deverão ser guardadas em local apropriado; Este local deve oferecer segurança e ser de fácil acesso; RISCOS NA OPERAÇÃO DE MOTOSSERRAS A motosserra, ao lado da desfribadora de sisal e do trator agrícola, é uma das máquinas utilizadas na zona rural e uma das mais perigosas. Entretanto, são inegáveis os benefícios que ela representa devido ao seu alto rendimento operacional. Isso ficou demonstrado na construção da rodovia e colonização da Transamazônica, ou quando uma Concessionária de Energia tem de correr contra o tempo para desmatar a área a ser tomada pelo reservatório de uma hidrelétrica. Os riscos na operação de uma motosserra estão associados, principalmente a: ferimentos com a lâmina ruídos e vibrações corte e queda da árvore a) freio manual de corrente b) pino pega corrente c) protetor de mão direita d) protetor de mão esquerda e e) trava de segurança do acelerador Derrubada de Árvores com Motosserras A motosserra é uma máquina muito perigosa e só deve ser operada por pessoas treinadas no seu uso. Cerca de 85% dos acidentes com motosserra são provocados pela corrente (elemento cortante) em movimento. Os casos fatais, por outro lado, em sua maioria, devem-se à queda de árvores, derrubadas sem a devida técnica. 3.1 - Aprenda a avaliar a árvore que vai ser abatida: observe o seu tamanho, diâmetro, estado, posição em relação às vizinhas, etc. Assim, por exemplo, se o seu diâmetro for cerca de duas vezes maior do que o tamanho da lâmina da motosserra, isto irá requerer uma técnica especial de corte. 3.2 - Antes do corte, há 12 itens a considerar: inclinação do tronco distribuição da copa limpeza em redor da árvore (área de trabalho) escolha da direção de tombamento escola da rota para uma possível fuga localização do companheiro de trabalho posição do veículo ou de benfeitorias presença de linhas de energia próximas uso da técnica de corte apropriada a presença de áreas podres ou ocas no tronco velocidade e direção do vento, e observar quaisquer objetos (frutos, galhos, etc.) que possam vir de cima. 3.3 - Observe a posição correta da mão esquerda durante o corte, tanto para fixar bem a motosserra, como para acionar com o dedo indicador, quando preciso, o mecanismo de segurança. 3.4 - O equilíbrio do operador é muito importante, para controlar a máquina e mantê-la segura com firmeza. Há o perigo de ricolchete e mesmo de tombamento do homem, devido ao peso da motosserra. Evite cortes acima do ombro. 3.5 - Deve-se sempre acelerar a máquina antes do corte. 3.6 - Se o operador é iniciante e não tem experiência, deve inicialmente treinar a derrubada de árvores pequenas, para aprender e praticar, antes de se aventurar a cortar as árvores de maior porte. 4 - Remoção do Tronco e Pilhas Os riscos de acidente no uso da motosserra não param depois que a árvore é tombada e já se encontra no chão. Uma vez no chão, o tronco deve ser removido, ocasião em que a árvore será desgalhada. O tronco é, em geral, dividido em toras, que serão devidamente empilhadas ou transportadas. A foto acima mostra a técnica correta para fracionar o tronco caído. Observa-se que o tronco está apoiado sobre roletes formados com galhos de diâmetro pequeno e, assim, a extremidade do tronco está em balanço e, portanto, sob tensão, não havendo (no caso), perigo de quebra da lâmina da motosserra. RISCOS NO USO DE FERRAMENTAS MANUAIS No Brasil existem cerca de 35 milhões de trabalhadores no setor agrícola. Segundo a Fundacentro, cerca de 64% das operações de risco na agricultura, estão ligadas às atividades de colheita e tratos culturais, onde se registram 56% dos acidentes. Entre os principais fatores causadores de acidentes, estão os equipamentos manuais. Somente o uso do facão é responsável por 65% das ocorrências Na zona rural, os equipamentos manuais são usados: •Na residência (chave de fenda, alicate, martelo, etc) •Na oficina (serrote, furadeira, serra circular, etc.) •No plantio (enxada, trado, motosserra, etc.) •Na colheita (foice, facão, alicate, etc.) e •Em outros serviços (construÇÕes rurais, tratos culturais, etc.) No corte manual da cana-de-açúcar, o trabalhador rural esta sujeito a: cortes nas mãos, pernas e pés, provenientes da utilização do facão, foice ou podão. Além de lombalgias, dores musculares, lesões oculares, irritação da pele, quedas e ferimentos. Principais Causas dos Acidentes •Ato inseguro (falha humana) •Ferramentas defeituosas •Ferramenta mal utilizada •Uso incorreto da ferramenta •Má conservação da ferramenta e •Guarda em local inseguro. Como ATO INSEGURO, podem ser listados: 1. equipamento de maneira imprópria ou Utilizar Operar sem autorização; 2. operar em velocidades inseguras; 3. Usar equipamento inseguro (com conhecimento); 4. Lubrificar, limpar, regular ou consertar máquinas em movimento, energizadas ou sob pressão; 5. Misturar indevidamente; 6. Utilizar ferramenta imprópria ou deixar de utilizar a ferramenta própria; 7. Tornar inoperantes ou inseguros os dispositivos de segurança ; 8. Usar mãos e outras partes do corpo impropriamente 9. Assumir posição ou postura insegura ; 10. Fazer brincadeiras de mau gosto; 11. Não usar o Equipamento de Proteção Individual (E.P.I.) disponível . MEDIDAS PREVENCIONISTAS A lei diz que as ferramentas manuais devem ser apropriadas ao uso a que se destinam e devem ser mantidas em perfeito estado de conservação, sendo proibida a utilização das que não atendam a essas exigências. Seguem-se algumas medidas necessárias à prevenção de acidentes: 1. Arrumar cuidadosamente as ferramentas em painéis apropriados: sente-se a falta da ferramenta; não há acúmulo sobre a bancada; e não ficam abandonadas no chão. Ou guarda-las no estojo próprio. 2. Vistoriar regularmente as ferramentas, antes do início do trabalho; escolher e usar as adequadas e encaminha-las para manutenção, sempre que necessário 3. Ao transportar um conjunto de ferramentas, utilizar uma caixa de ferramentas com alça, uma sacola resistente ou um cinturão-portaferramentas; nunca conduza ferramentas afiadas ou pontegudas no bolso Proteja-se de: lascas (com óculos de segurança ou máscaras), incêndios (não use roupas muito folgadas e de tecido inflamável, como os sintéticos), escalpo (principalmente se usar ferramentas girantes e cabelo comprido), marteladas (olhe e cuide do seu dedo), amputações (não use anéis, pulseiras, cordões, etc. quando estiver trabalhando), choques elétricos (não use uma chave de fenda para ver se um circuito elétrico está em carga) 4.Concentre-se no seu trabalho: evite brincadeiras, conversas, a pressa e o mau humor 5. As ferramentas deverão ter cabos corretos, com encaixes justos, de tamanho apropriado e 6. Manter as ferramentas de corte constantemente afiadas, pois quando as lâminas estão gastas (rombudas), requerem pressão excessiva e "marteladas" para funcionarem; movimente a lâmina, sempre, em direção oposta ao corpo humano 7. Os lados de um rebolo de esmeril poderão quebrar-se, caso utilizemos sua superfície lateral para afiar ferramentas; apenas no rebolo tipo copo, é que podemos utilizar a sua superfície lateral para isso 8. A chave de fenda é, das ferramentas manuais caseiras ou de oficina, a que mais se apresenta como causas de acidentes, devido à sua manutenção inadequada; na sua afiação, por exemplo, deve-se usar uma lima, ao invés do rebolo de esmeril 9. Uma ferramenta para cortar madeira, possui canto de corte fino e deve ser utilizado para afiá-la, uma pedra de amolar, com um pouco de água USO DE FERRAMENTAS ELÉTRICAS 1 - Devem ter proteção contra choques ou eletrocussão: isolante duplo, tomada de três pinos e interruptores. 2 - Evite operar em áreas alagadas ou úmidas: use luvas e botas apropriadas. 3 - Nunca carregue ferramentas pelo fio; nunca as desconecte com um puxão. 4 - Sempre desligue as ferramentas quando não em uso, assim como antes de operá-lá e ao trocar acessório. 5 - Ferramenta danificada deve ser removida do serviço e deve ser afixado o aviso: "NÃO USE". USO DE FERRAMENTA A GASOLINA 1 - Exigem o uso de E.P.I., guarda segura, bom estado de conservação e uso correto. 2 - O reabastecimento merece cuidado especial: a) esteja certo de que a máquina esfriou, antes de reabastecer; b) reabasteça em áreas ventiladas; c) recoloque a tampa do tanque e enxugue os respingos; e d) não fume em serviço. 3 - Leia e siga o Manual de Operação, bem como as advertências escritas no equipamento. 4 - Use todos os dispositivos de proteção. 4. Eletricidade Fatores causadores de acidentes elétricos Intensidade da corrente elétrica; O tempo de exposição à tensão; O percurso da corrente pelo corpo; As condições de isolação à terra do corpo humano; e A capacidade de reação do organismo. Tensão perigosa ao organismo humano Uma tensão de 110V pode ser fatal dependendo das condições: roupas úmidas, sem EPI, piso molhado, etc. 4. Eletricidade Tensão de segurança Tensão de segurança: 0 a 25V; Baixa tensão: 25 a 600V; Alta tensão: 600V em diante. Causa dos acidentes Ato inseguro; Condição insegura; e Fator pessoal inseguro. RISCOS DOS CHOQUES ELÉTRICOS As fontes de eletricidade, na zona rural, se manifestam através dos seguintes equipamentos ou fenômenos: raios peixe-elétrico (o Poraquê) atrito (eletricidade estática) baterias (alimentadas por cataventos) painéis fotovoltáicos (energia solar) turbinas (energia hidráulica) motores estacionários (geradores) e motores elétricos Os efeitos estimados da corrente elétrica contínua de 60 Hertz, no organismo humano, podem ser resumidos na tabela que se segue: Outras recomendações: 3.1 - Plugue e use os dispositivos elétricos de segurança disponíveis como, por exemplo, a tomada de 3 pinos. 3.4 - Certifique-se de que a corrente está desligada, antes de operar uma ferramenta elétrica. 3.5 - Se um circúito elétrico em carga tiver de ser reparado, chame um eletricista qualificado para fazê-lo. 3.6 - Use ferramentas "isoladas", que fornecem uma barreira adicional entre você e a corrente elétrica. 3.7 - Use os fios recomendados para o tipo de serviço elétrico a que ele vai servir. 3.8 - Não sobrecarregue uma única tomada com vários aparelhos elétricos, usando, por exemplo, o "benjamin". 3.9 - Cuidado ao substituir a resistência queimada do seu chuveiro, pois o ambiente molhado aumenta o choque. 4. Eletricidade Ato inseguro: Efetuar manutenção em equipamentos elétricos energizados; Verificar a existência de corrente elétrica com as mãos; Realizar as operações com pressa, sem medidas de segurança; Deixar de colocar avisos nos equipamentos em manutenção; e Não utilizar o EPI apropriado à manutenção elétrica. Condição insegura: Instalações em mau estado de conservação e/ou instalação; Fios espalhados; Instalações improvisadas; emendas mal feitas; Falta de aterramento nos circuitos dos equipamentos em manutenção; e Condutores de alimentação mal embutidos ou mal isolados. 4. Eletricidade Fator pessoal inseguro: Pessoas executando trabalhos, pensando em problemas pessoais; Trabalhadores executando tarefas embriagados; e Trabalhadores com algum tipo de deficiência física que o torne incapacitado de realizar tal função. Choque elétrico “Uma perturbação de natureza e efeitos diversos que se manifestam no organismo humano, quando este é percorrido pela corrente elétrica, em determinadas condições”. Tipos de vítimas: Pessoas que perdem os sentidos; e Vítimas que se encontram em estado de morte aparente. 4. Eletricidade Procedimento na reanimação de uma vítima de choque elétrico Tempo decorrido após o choque para iniciar a reanimação ( em minutos) 1 2 3 4 5 6 Possibilidade de 95 7 reanimação da vítima (em 5 %) 5 0 1 1 0 0 Não tocar no corpo da vítima antes de verificar se ela já está livre da corrente elétrica; 4. Eletricidade Procedimento para desprender uma pessoa de um contato elétrico: Desligar imediatamente a fonte alimentadora do circuito onde se encontra a vítima; Jamais tocar no acidentado, até que o condutor seja removido ou o fio desligado; Não havendo possibilidade de desligamento da corrente, jamais tocar na vítima com as mãos desprotegidas; Cobrir as mãos com luvas e afastar o acidentado do contato elétrico, empregando vara de madeira seca, pano ou material isolante para retirá-la dos fios; Remover a vítima, somente o necessário a sua segurança; 4. Eletricidade Procedimento a serem usados na reanimação de um acidentado: Abrir e retirar da boca do acidentado os objetos estranhos (palitos, alimentos, dentaduras, etc.), recolocando sua língua em posição normal; Desapertar e/ou desabotoar os punho, colarinhos ou quaisquer peças de roupa que impeçam a livre circulação de sangue; Jamais interromper a reanimação. Mesmo no caso de a vítima ser transportada, a reanimação deve continuar; e O tempo de aplicação é indeterminado podendo atingir mais do que três horas, pois enquanto houver calor no corpo do acidentado, há possibilidade dele ser salvo. 4. Eletricidade Riscos Específicos Contatos defeituosos; Curto–circuito; Contatos acidentais com a terra; Aterramentos mal executados; Partes de instalações elétricas que estão normalmente sob tensão; O solo úmido, perto de instalações e/ou de derivações; Os componentes metálicos que estão colocados perto ou no trajeto das correntes; e Sobrecargas, causadas por mal dimensionamento dos condutores. 4. Eletricidade Medidas preventivas para o campo Construção de cercas de divisas; Rompimento de condutores de energia elétrica; Faixa de Servidão; e Equipamentos Elétricos em Geral. Normas de Segurança em Cercas Elétricas As cercas elétricas, e seus circuitos de alimentação não devem ser fixados nos postes de condução de linhas elétricas e/ou de telecomunicação; Devem ser providas de sistemas de proteção contra raios (páraraios); Deverão ser colocado cartazes indicadores de advertência em intervalos adequados e bem visíveis. 4. Eletricidade Normas de Segurança em Cercas Elétricas (continuação): Os reguladores de alimentação das cercas devem ser localizados em lugares cobertos e seguros; Deve-se manter afastado das cercas, todo material combustível, como: feno, palha, madeira, etc; e Devem ficar distantes de outras peças metálicas que possam ter contato com elas. Devem também ser instaladas, longe das linhas elétricas aéreas. 5. Defensivos Agrícolas São todas as substâncias químicas destinadas a destruir os insetos, doenças e ervas daninhas que prejudicam a exploração agropecuária. Classificação: Inseticidas; Fungicidas; Formicidas; Herbicidas; Acaricidas; Nematicidas; Raticidas; e Rodenticidas. 5. Defensivos Agrícolas Vias de Penetração do Defensivo no Organismo Via oral; Via dermal; e Via respiratória. Sintomas Básicos Indisposição Tonturas Dificuldades respiratórias Dores de cabeça Malestar Diarréia Perturbação da visão Náuseas Suor 5. Defensivos Agrícolas Medidas de Segurança Seleção e armazenagem dos defensivos; Mistura de defensivos; Aplicação do defensivo; e Outras medidas. 6. Incêndios Florestais Causas responsáveis por 75% dos incêndios: Fumantes negligentes, pontas de cigarros e fósforos acesos jogados a esmo; Equipamentos elétricos defeituosos ou manutenção inadequada, instalações elétricas deficientes, bem como o improvisamento de fusíveis; Crianças de um modo geral, utilizando-se de fósforos e outras fontes. Composição do Fogo Oxigênio; Combustível; e Comburente. 6. Incêndios Propagação do Calor Condução; Radiação; e Convecção. Classificação dos Incêndios Classe A; Classe B; e Classe C. 6. Incêndios Fatores que Influenciam os Incêndios Florestais O vento; A velocidade do Vento; A umidade do ar; A temperatura ambiente; e A topografia. Fatores Causadores dos Incêndios Florestais roça ilegal ou descuidada, executada por colonos e agricultores, na preparação de novas áreas para plantio; queima de restos de culturas para posterior aração e gradagem; queima de pastos velhos para futura rebrota; queima de palha de cana de açúcar para corte posterior; queima de limpeza, de refugo de exploração madeireira; 6. Incêndios fogueiras abandonadas por pescadores, caçadores, e/ou trabalhadores rurais; faíscas de carvão desprendidos por locomotivas; faíscas de outros incêndios transportadas pelo vento; eliminação descontrolada, pelo fogo, de mato e ervas de acostamentos de rodovias; cigarros e fósforos; intencional, com prática criminosa. Tipos Básicos de Incêndios Florestais incêndio superficial; Incêndios de copa; e Incêndios subterrâneos ou de piso. 6. Incêndios Métodos de Combates a Incêndios Florestais Ataque direto; Ataque paralelo; e Ataque indireto. Medidas de Prevenção a Incêndios Florestais A região a ser queimada, deve ser isolada e dividida em pequenas áreas. O isolamento da região a ser queimada, se faz retirando-se de suas divisas, os materiais combustíveis. Deve-se escolher o horário adequado para efetuar a operação, ou seja, período que não faça muito calor. Deve-se evitar queimadas em dias de sol quente, ou de ventania. O fogo deve ser iniciado de maneira que os ventos locais estejam impossibilitados de transportar chispas às regiões não programadas. Havendo vestígios de fogo, uma pessoa deverá permanecer no local. RISCOS DE INCÊNDIOS Conhecimento do Problema Conceitua-se incêndio como a presença de fogo em local não desejado e capaz de provocar, além de prejuízos materiais, quedas, queimaduras e intoxicações por fumaça. Eliminando-se um desses 3 elementos, terminará a combustão e, consequentemente, o foco de incêndio. Podese afastar ou eliminar a substância que está sendo queimada, embora isto nem sempre seja possível. Pode-se eliminar ou afastar o comburente (oxigênio), por abafamento ou pela sua substituição por outro gás não comburente. Ou pode-se eliminar o calor, provocando o resfriamento, no ponto em que ocorre a queima ou combustão. Os materiais naturais mais combustíveis são aqueles ricos em matéria orgânica, quase sempre presentes, em grande quantidade, na zona rural. A velocidade de queima é menor ,. nos combustíveis líquidos e gasosos, do que nos sólidos. Os plásticos com celulose, nem precisam de oxigênio para Os riscos de incêndio, na zona rural, são agravados pelo hábito do agricultor de fazer queimadas, com a finalidade de limpar o terreno para o plantio; essa prática condenável é responsável por muitos incêndios, quando o fogo, saltando os aceiros mal feitos, foge ao controle do homem e alastra-se pelo terreno. Na colheita da cana-de-açúcar pelo método tradicional, também, há o hábito de queimar-se antes a palhada, o que provoca grandes incêndios nos canaviais. Ainda, na renovação das pastagens e na eliminação de certas doenças, recomenda-se erradicar toda a planta e queimá-la, ali mesmo, no local de plantio, resultando grandes fogueiras. A baixa umidade relativa do ar durante o inverno e o lançamento ao solo de pontas de cigarros acesos, também é a causa frequente de grandes incêndios, em algumas regiões do Brasil, como a região Central no entorno de Brasília-DF. Outros objetos e locais passíveis de risco de incêndio são: VEÍCULOS Em geral pelo envelhecimento da mangueira de borracha que leva o combustível para o motor e este, aquecido, provoca o incêndio. Portanto, deve-se ter o cuidado de manter sempre dentro do prazo de validade o extintor de incêndio que, pelo Código Nacional de Trânsito, é obrigatório em cada veículo automotivo. SILOS e ARMAZÉNS A poeira (liberada pelos grãos ou pela terra) apresenta um grande risco de explosão, pois tem uma grande superfície aparente de contato, acelerando a velocidade de reação. Os armazéns, dependendo do produto que se encontra nas prateleiras e nos depósitos, podem representar um grande risco de incêndios e explosões. RESIDÊNCIAS Nas residências rurais, os riscos de incêndio ficam por conta: do uso de velas próximo a cortinas; das faíscas saídas do fogão à lenha em direção à cobertura da casa feita com folhas de palmeiras; do uso indevido dos bujões à gás; da sobrecarga na fiação elétrica pelo uso de vários aparelhos numa mesma tomada; fios desencapados; etc. FLORESTAS Nas florestas, os riscos de incêndio e da perda de controle da situação são ainda piores, pois as altas chamas, o terreno normalmente inclinado, os obstáculos representados pelos troncos e o perigo da queda de árvores impor obstáculos à fuga, são muito grandes As técnicas de combate ao fogo são especiais: abafadores, aviões dotados de tanques com água ou produto químico extintor, helicópteros com bolsas d'água, etc. , 2. CLASSIFICAÇÃO DOS INCENDIOS: Os incêndios, de acordo com a sua localização, são classificados em 5 grupos: 1.Em veículos- sejam automóveis, caminhões, ônibus, como em tratores e outras máquinas agrícolas; 2.Residenciais - domicílio, agrovila, zona comercial; 3.Industriais - silos, armazéns, abatedouros e indústrias rurais; 4.Agrícolas - pastos (renovação), canavial (colheita), preparo do terreno; e 5.Florestais- nas florestas nativas e cultivadas. De acordo com o material consumido, os incêndios podem pertencer a 4 classes: Classe A - Fogo em materiais sólidos de fácil combustão, com a propriedade de queimarem tanto na superfície como em profundidade, deixando resíduos: madeira, papel, fibras, tecidos, etc. Classe B - Fogo em materiais líquidos inflamáveis, que queimam somente em sua superfície e não deixam resíduos: óleos, graxas, vernizes, tintas, gasolina, álcool, etc. Classe C - Fogo em equipamentos elétricos energizados: motores, transformadores, quadro de distribuição de força, fios elétricos, etc. Classe D - Fogo em elementos químicos pirofólicos: magnésio, zircônio, titânio, etc. Os incêndios, em seu início, são muito fáceis de controlar e de extinguir. Quanto mais rápido o ataque às chamas, maiores serão as possibilidades de reduzi-las e eliminá-las. A principal preocupação no ataque, consiste em desfazer ou romper o triângulo do fogo. Mas, que tipo de ataque se faz ao fogo em seu início? Qual a solução que deve ser tentada? Como os incêndios são de diferentes tipos, as soluções também serão diferentes. 3 - PROCESSOS DE EXTINÇÃO DE INCÊNDIOS É preciso conhecer, identificar bem o incêndio que se vai combater, antes de escolher o agente extintor ou equipamento de combate ao fogo. Um erro na escolha de um extintor pode tornar inútil o esforço de combater as chamas; ou pode piorar a situação, aumentando ainda mais as chamas, espalhando-as, ou criando novas causas de fogo (curtos-circuitos). Tendo em mente o triângulo do fogo, são 3 as formas de extinção de incêndios: 1.Retirada do combustível = isolamento 2.Retirada do oxigênio = abafamento 3.Retirada do calor = resfriamento Basicamente, a extinção de um incêndio é feita por ação de resfriamento, do abafamento ou pela união das duas ações. Algumas vezes, a retirada do material combustível (o que está queimando ou que esteja próximo) ou o seu isolamento, evita a propagação do incêndio, sem criar a necessidade de um agente extintor. Para incêndios de pequenas proporções, empregam-se EXTINTORES, dos quais os mais comuns são os de dióxido de carbono Tipos de Agentes Extintores •Espuma - usado em incêndios Classe B e eventualmente nos de Classe A •CO2 - usado em incêndios Classe B Água - usado em incêndios Classe A •Pó - usado em incêndios Classe B e eventualmente nos de Classe Ae •Gás halogenado - usado em incêndios Classe B AGENTES EXTINTORES CLASSES DE INCÊNDIO LEGENDA: H20=água; H2O ESP PQS CO2 SIM SIM SIM(*) SIM(*) NÃO SIM SIM SIM NÃO NÃO SIM SIM ESP=espuma; PQS=pó químico; CO2=gás carbônico. (*) Com restrição, pois há risco de reignição (se possível, utilizar outro agente). FONTE: Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal Extintores de Água A água é o agente extintor de uso mais comum e tem sido utilizada há séculos, por suas propriedades de resfriamento, abafamento, diluição e emulsionamento. A água, contudo, não deve ser empregada em incêndios que envolvam equipamentos elétricos energizados e materiais como: carbonatos, peróxidos, sódio metálico, pó de magnésio, etc., os quais reagem violentamente quando umedecidos. Para usar o extintor: a) retire a trava ou o pino de segurança; b) empunhe firmemente a mangueira; e c) ataque o fogo, dirigindo o jato para a sua base. EXTINTORS DE ESPUMA Indicado para incêndios Classes A e B. Para usa-lo, inverter (colocar de "cabeça para baixo") o cilindro: o jato de espuma disparará automaticamente e só cessará quando a carga estiver esgotada. Não usar em equipamentos elétricos. EXTINTORES DE PÓ QUIMICO SÊCO Atacar o fogo, procurando formar uma nuvem de pó, a fim de cobrir a área atingida. Pode ser usado em qualquer tipo de incêndio. Num ambiente tomado pela fumaça, use um lenço molhado para cobrir o nariz e a boca e saia rastejando, respirando junto ao piso. Molhe bastante suas roupas e mantenha-se vestido para se proteger. Vendo uma pessoa com as roupas em chamas, obrigue-a a jogar-se no chão, envolva-a com um cobertor, cortina, etc. EXTINTORES DE CO2 Procurar abafar toda a área atingida pelo fogo. Pode ser usado em qualquer tipo de incêndio. Ao usar um extintor, lembre-se de: •Manter a calma e afastar as pessoas •Agir comA firmeza e decisão, sem se arriscar demais •Constatar não haver risco de explosão •Usar o agente extintor correto 7. Transporte Recomendações para a segurança Os veículos devem reunir as condições estabelecidas nas leis e regulamentos nacionais ou nas normas de segurança conhecidas; Os veículos utilizados à noite devem possuir faróis e luzes traseiras para circulação em vias públicas e em estradas rurais; Os veículos utilizados em vias públicas devem ajustar-se às disposições dos regulamentos de trânsito de cada país; Os veículos utilizados para o transporte de trabalhadores devem possuir assentos fixos, bem como escadas que facilitem o acesso à carroceria e espaldo lateral; Todos os trabalhadores devem viajar sentados; As ferramentas transportadas junto com os trabalhadores devem ser fixadas em locais seguros e isolados das pessoas, a fim de evitar acidentes; O trabalhador não deve viajar sobre a cabine, sobre o pára-lama. Não deve, também, viajar sentado na carroceria com as pernas para fora; e O condutor do veículo deverá dirigi-lo com prudência, cuidado e zelar RISCOS NO TRANSPORTE PARA O TRABALHO Uma das características mais marcantes da zona rural brasileira, de um modo geral, é a localização esparsa e afastada das residências. Por ocasião das colheitas, principalmente, os fazendeiros e algumas indústrias, têm de apanhar essas pessoas em suas casas e transporta-las até o local de trabalho, em transporte coletivo. Quando esse transporte era feito na carroceria de caminhões, registravam-se muitos acidentes. Hoje, segundo a Lei 9.503/97 (CÓDIGO NACIONAL DE TRÂNSITO) e a Resolução No. 811/77, somente ônibus e microônibus podem ser usados no transporte coletivo de passageiros. O microônibus se diferencia do ônibus porque pode conduzir um máximo de vinte (20) passageiros. Infelizmente, ainda se encontram agricultores sendo transportados na caçamba de camionetas e até "de carona" em tratores. A segurança na operação do transporte coletivo de passageiros está ligada, principalmente, a 3 fatores: o motorista, o veículo e as vias de transporte ou estradas. 1 - Acidentes causados pelo Motorista Sabe-se que a maior causa dos acidentes de trânsito é por falha do motorista. Portanto, seguem-se algumas recomendações de caráter geral: SE BEBER, NÃO DIRIJA. A bebida alcoólica diminui os reflexos e a habilidade do cérebro de seguir em linha reta. Assim, se o motorista andou tomando umas cervejas ou uma "branquinha", não deve dirigir. Muita gente pensa que tomando café vai se sentir "sóbrio" o suficiente para dirigir, mas isso não é verdade. O melhor é descansar ou dormir. Geralmente, para cada dose de bebida, deve-se descansar 2,5 horas. Muitos remédios (certos antialérgicos, xaropes e alguns comprimidos para resfriados) dão sono. Da mesma forma, se estiver cansado ou febril, não dirija. MANTENHA O VEÍCULO EM BOAS CONDIÇÕES. A primeira providência que o motorista deve tomar para a chamada condução defensiva é assegurar-se de que o seu veículo esteja em boas condições de funcionamento. Cada vez que tenha trocado o óleo do motor, anote a data e a quilometragem na papeleta adesiva e verifique outros dispositivos de segurança ( pressão dos pneus, extintor de incêndio, etc.). Pneus carecas podem provocar acidentes. Verifique as luzes do freio e das setas, com freqüência. FAÇA O QUE PUDER PARA EVITAR BATIDAS. O motorista deve seguir rigorosamente as placas de sinalização e de limites de velocidade, mantendo uma distância segura do carro da frente. Para evitar batidas de frente, olhe bem adiante, à procura de possíveis problemas (carro na contra-mão, ou fazendo ultrapassagem, por exemplo) e reduza a velocidade ou saia do seu caminho, se for possível. Para evitar batidas por trás, use a seta e reduza a velocidade gradualmente. SEJA CUIDADOSO NOS CRUZAMENTOS. Mais de 2/3 das lesões de trânsito ocorrem nos cruzamentos. Assim, esteja preparado quando se aproximar de um. Use sempre a seta se planeja dobrar e suponha que os outros motoristas não vêm o seu sinal. Manobre cuidadosamente. Não suponha que os outros motoristas lhe darão a preferência. Se o mato lhe tomar a visão da curva, buzine. USE SEMPRE O CINTO DE SEGURANÇA. Os cintos de segurança têm salvado muitas vidas. Não receie que o cinto o prenderá no carro no caso de um acidente, pois com ele, você sobreviverá ao impacto inicial e não será lançado do veículo ainda em movimento. USE A SINALIZAÇÃO MANUAL AO DIRIGIR NO CAMPO. Trabalhar ao redor de máquinas grandes é geralmente ruidoso e há muita poeira. Assim, sempre que julgar conveniente, use a sinalização manual, além das setas, faroletes, da buzina e do farol. Isso evitará muitos acidentes. 2 - Acidentes causados pelo Veículo As falhas mecânicas também são responsáveis por acidentes, principalmente devido à má qualidade do material das peças, à sua vida útil, ao calor ou frio excessivos e à falta de manutenção. Portanto, use sempre peças originais e troque-as no prazo recomendado pelo fabricante. As mangueiras de combustível, por exemplo, costumam ressecar com o alto calor desprendido pelo motor e, ao racharem, esguicham sobre as partes quentes, provocando incêndios. Também não se deve trafegar com os parafusos das rodas mal apertados ou faltando e, muito menos, com os pneus sem as estrias (pneu careca). Ao trafegar nas estradas vicinais esburacadas, poupe o amortecedor do veículo, desviando-se dos maiores e diminuindo a marcha. 3 - Acidentes causados pela Via de transporte (estrada) Na zona rural brasileira, infelizmente, a maioria das estradas é de piçarra e mal conservada. Assim sendo, na época das chuvas, elas ficam praticamente intransitáveis. É grande o risco de acidentes provocado por deslizamento na pista, provocado pela lama ou argila. O motorista, portanto, deve ter redobrada a sua atenção e diminuir a velocidade. 8. Depósito de Matéria Orgânica Função: Aspecto econômico: adubo e condicionador do solo; e Aspecto sanitário: por abrigar diferentes transmissores de efermidades. Perigos: Quando fermentado produz diversos gases, podendo provocar asfixias e explosões; Transmissão de efermidades: por contato direto ou através de insetos propagadores. Exemplo: bruceloses, mormo, tétano, filaríases, etc; e Perigos de contaminação quando em contato com alimentos, água e leite. 9. TRAÇÃO ANIMAL Medidas de Segurança na Utilização de Animais Amansar e treinar os animais bravos; Os animais devem ser bem tratados, evitando que se irritem; Os arreios devem estar em boas condições de uso; O arreamento deve ser colocado em local e condições seguras; Os implementos de tração animal devem ter ótimas condições de uso; Ao interromper o serviço, prender os animais não permitindo a sua locomoção; e Após o trabalho, retirar os arreios dos animais. 8. Depósito de Matéria Orgânica Doenças dos Animais Transmissíveis ao Homem Brucelose; Carbunculose; Febre aftosa; Raiva; e Tuberculose. Medidas Profiláticas Doenças Endêmicas no Brasil Verminose; Doença de chagas; Malária; e Esquistossomose. 8. Animais Peçonhentos Animais Peçonhentos Cobras; Escorpiões; Aranhas. Precauções Utilização racional de botas, botinas, sapatos, luvas, camisas com punhos abotoados. RISCOS DAS PICADAS DE ANIMAIS PEÇONHENTOS Jararaca (Bothrops) Também conhecida como jararacuçu, urutu, cotiara, caiçara, boca-desapo, etc. Existem em todo o Brasil e em todo tipo de terreno e vegetação. Sua picada causa inchaço e perda de sangue, inclusive pelas gengivas. Como tratamento, usa-se o soro antiofídico, o soro antibotrópico (específico), ou ainda o soro anti-botrópico-laquético. Na Amazônia, se dá o nome de surucucu às jararacas e às picos-de-jaca, enquanto que no Sul do País, o nome surucucu só é dado para as picosde-jaca. Picos-de-jaca (Lachesis) Os sintomas de sua picada são os mesmos da picada da jararaca: inchaço e hemorragia. O soro específico a ser usado é o soro antilaquético, porém na Amazônia, dada a dificuldade para diferenciar as picos-de-jaca das jararacas, deve ser usado o soro antibotrópicolaquético, que serve para os dois tipos de cobra. As picos-de-jaca são encontradas na Amazônia e na Mata Atlântica, do Rio de Janeiro até a Paraíba. Cascavel (Crotalus) A cascavel é identificada pelo chocalho característico em sua cauda. Os sintomas da sua picada são a dificuldade de abrir os olhos, a visão dupla, a chamada "cara de bêbado" e a urina cor de coca-cola. O tratamento consiste na aplicação do soro anti-crotálico ou do soro anti-ofídico polivalente. Encontram-se nas regiões de campo do Centro, Sul, Nordeste e da Amazônia. Nunca são encontradas, entretanto, no interior das florestas. Coral-verdadeira (Micrurus) Sua picada causa dificuldade em abrir os olhos e visão dupla e "cara de bêbado" (como a cascavel) mas, além disso, sufocação. O tratamento consiste na aplicação do soro anti-elapídico e apenas este. As corais verdadeiras existem em todo o Brasil, e em qualquer terreno. A diferença da falsa-coral é que nesta, os anéis não contornam todo o corpo da cobra. Aranha armadeira (Phoneutria) Esta aranha mede até 5 cm de corpo e até 15 cm de envergadura de pernas. Vive em folhagens, bananeiras e dentro de casa. Sua picada causa dor muito intensa. O tratamento, na maioria dos casos, é só para a dor, com um anestésico tipo xilocaína Em crianças e ocorrências graves com adultos, aplicar o soro antiaracnídico, depois de prova de alergia. Tarântula (Lycosa) Conhecida também como aranha de jardim e aranha de grama (inclusive da Rural), tem até 3 cm de corpo e 5 cm de pernas. É uma das mais venenosas conhecidas e causa até necrose do tecido picado. Possui no dorso do abdômen um desenho parecido com uma ponta de flecha. Não existe tratamento específico para casos da sua picada. Aranha marrom (Loxosceles) Esta aranha mede 1 cm de corpo e tem pernas longas e finas. É encontrada em pilhas de tijolos, telhas, barrancos e nas residências. É uma das mais perigosas, de picada traiçoeira, pois na hora quase não causa dor e às vezes a pessoa nem sabe que foi picada. A partir de 12 horas após a picada, porém, surge a dor local, inchaço, malestar geral, náuseas e febre. Pode levar à gangrena e à necrose. Deve-se ministrar o soro antiloxoscélico, pois não basta tratar apenas a dor. Caranguejeira (Grammostola) São aranhas cabeludas e de grandes dimensões, com ferrões grandes, responsáveis por picadas extremamente dolorosas. A dor não é causada pelo veneno e sim pela simples picada. Não existe tratamento específico. Pode-se aplicar no local da picada um anti-histamínico, sob recomendação médica. São comuns na Amazônia e em outras partes do Brasil. Escopião preto (Tityus bahiensis) O escorpião preto, também conhecido como escorpião marrom, tem cor escura e cauda avermelhada. De hábitos noturnos, esconde-se durante o dia sob madeiras ou pedras, ou em cupinzeiros. Também freqüenta casas. Sua picada causa dor muito intensa, sendo necessário aplicar anestésicos do tipo xilocaína. Em crianças ou, nos casos graves aplicar soro antiescorpiônico ou o soro antiaracnídico, que é polivalente. O escorpião amarelo, apresenta esta cor e uma mancha escura no fim da cauda, bem como uma serrilha. Tem os mesmos hábitos noturnos do escorpião preto. Sua picada provoca uma dor muito forte e, normalmente, o tratamento é só para eliminar a dor, com um anestésico do tipoxilocaína. As recomendações para crianças e adultos, de aplicar soro, também é válida aqui. CONSIDERAÇÕES GERAIS Como foi visto acima, dos animais ditos "peçonhentos", a cobra, de longe, é o mais perigoso para o homem do campo. A maioria sendo de hábitos noturnos e possuindo movimentos lentos, a maior chance de ser picado por uma cobra venenosa é quando pisamos nela. Portanto, olhe por onde pisa . Esta é a razão porque a maioria dos acidentes com picadas de cobras acontece na perna, até a altura do joelho. Assim sendo, o Equipamento de Proteção Individual (EPI) mais indicado é uma bota de cano alto, como a que pode ser Observou-se, também, que há um soro específico para cada espécie de cobra. Isso nos conduz à necessidade de sabermos identificá-las ou, pelo menos, distinguirvenenosa entre uma e outra não venenosa. Todas as cobras que têm um orifício (chamado fosseta) entre os olhos e a narina, são venenosas. A coral-verdadeira é a única que não tem. Se tiver essas fossetas e chocalho cascavel. na cauda, Se tiver é fosseta mas não tiver chocalho, é jararaca; a não ser que tenha pele com escamas, como a jaca, sendo nesse caso identificada como picos-de-jaca. Como vimos, a coral-verdadeira é a única cobra venenosa que não tem fossetas. Entretanto, o seu padrão de cores e desenhos anelados é inconfundível: anéis vermelhos alternados com anéis claros e escuros, em volta de todo o corpo. Além disso, possúi dois dentes salientes, na frente da boca. Mais uma vez, a cobra coral verdadeira faz exceção, pois sua cabeça não possui a forma triangular. Outra característica das cobras venenosas é a cabeça triangular, quando vista de cima. A forma relativamente brusca como a cauda se afina, é outra característica COMO IDENTIFICAR UMA COBRA VENENOSA VENENOSA NÃO VENENOSA triangular arredondada pequenos grandes tem não tem irregulares simétricos CAUDA afina rapidamente afina gradativamente DENTES 2 presas dentes pequenos e iguais PICADA 2 marcas mais profundas orifícios pequenos e iguais CABEÇA OLHOS FOSSETA DESENHOS DAS ESCAMAS RISCOS NO TRATO COM ANIMAIS DOMÉSTICOS Os animais domésticos são úteis ao homem: como fonte de alimento, como um meio de transporte, no trabalho e no lazer. Trouxeram também riscos de acidentes: quedas, chifradas, coices, mordidas, pisadas e as temidas zoonoses (doenças transmitidas ao homem pelos animais). CUIDADOS NO MANEJO DE ANIMAIS As atividades comuns no manejo dos animais domésticos são: parto, castrações, descornas, vacinações, separação, marcação, limpeza das instalações, pastoreio, controle do rebanho, preparo de rações, ordenha, amansamento, e outras. Nesses casos, tome os seguintes cuidados, para evitar acidentes: 1 - Aproximar-se do animal pelo lado, sem pressa e com atenção, principalmente se ele estiver nervoso. 2 - Castre, amanse e treine os animais de serviço, de forma a adapta-los ao sistema de trabalho e às ordens recebidas 3 - A descorna dos bovinos deve ser feita, sempre que possível, para torna-los menos perigosos. 4 - Arreios inadequados ou incômodos, provocam ferimentos e tornam agressivos os animais. 5 - Para arrear os animais, amarre-os de forma segura, para evitar movimentos bruscos. 6 - Nos trabalhos agrícolas, não conduza os animais com a corda amarrada na cintura ou no braço pois, qualquer movimento inesperado poderá derruba-lo. 7 - Use somente os animais mansos e treinados, e não aqueles com hábito de morder e coicear. CUIDADOS NA CONTENÇÃO DE ANIMAIS 1 - Mourão - usado para animais indóceis, a serem submetidos a tratamento ou abate. 2 - Brete, tronco ou manga de contenção - usado na ferração, castração, vacinação, tratamento de feridas, etc. 3 - Freio alemão - para limitar os movimentos da cabeça dos cavalos (pode ser improvisado com cordas). 4 - Entravões - para contenção dos membros, com o levantamento de um membro anterior e colocação de entravões nos outros três. 5 -Pé de amigo - para levantar um membro posterior, acrescido do uso de máscara e cachimbo. 6 -Peia ou corda - usada nos trabalhos de ordenha, tomada de temperatura e combate a carrapatos. 7 -Derrubamento e contenção - pelo método dos entravões, para cavalos, em tratamentos e cirurgias. 8 -Derrubamento pelo método italiano ou de cordas cruzadas, para reprodutores e vacas com gestação avançada. 9 -Derrubamento pelo método "Rueff" - processo não muito usado, por comprimir o úbere das vacas e o pênis dos machos. CAPÍTULO III: Primeiros Socorros Cuidados em um atendimento Conservar a vítima bem sossegada, manter-se calmo, mas agir rapidamente; Não tentar fazer uma pessoa inconsciente tomar água ou outros líquidos, e nunca dar bebidas alcoólicas; Não mudar a posição de um ferido que apresente suspeita de fratura, antes de receber a autorização do médico ou de outra pessoa mais habilitada, ou antes do membro fraturado ter sido devidamente imobilizado. A remoção imediata deverá ser realizada quando houver perigo maior (iminente) para o acidentado; e Chamar auxílio médico imediatamente. Não confiar em demasia nos próprios recursos. Quando possível, remover a vítima com toda urgência para o centro hospitalar mais próximo. Condutas Gerais de Atendimento Respiração Artificial Parada Cardíaca; Ferimentos; Contusões; Choques; Envenenamento e Intoxicações; Desmaios; Queimaduras; Insolação; Convulsões; Fraturas, Entorses e Luxações; Corpos estranhos; e Mordidas de animais venenosos. Condutas Gerais de Atendimento Material para Primeiros Socorros (conteúdo mínimo) Algodão limpo; Gases e ataduras limpas; Esparadrapos; Álcool; Álcool iodado; Mercúrio cromo; Methiolate; Colírio simples; Tesoura, pinças; Analgésicos; Bolsa de gelo; e Água oxigenada. Condutas Gerais de Atendimento Transporte de Acidentados O transporte de acidentado do local do evento até um hospital, deve ser realizado com cuidados e observação constante da vítima; Deve-se usar maca para o transporte, utilizando uma pronta ou improvisada; Os cuidados deverão ser extremos, pois uma fratura simples pode tornar-se uma fratura exposta, devido aos solavancos; e A vítima deverá ser levantada do chão com cada parte do seu corpo apoiada em uma superfície firme. Quando tiver que puxar, deitar a vítima em um lençol, ou pano firme, e arrastá-la pela direção da cabeça, e nunca pelos pés. É recomendado o uso de ambulância, e o transporte, apesar da sua urgência, deve ser realizado com cuidados para não agravar o estado do ferido. No transporte manual, é conveniente o emprego de várias pessoas, que ajudem. CAPÍTULO IV: Equipamento de Proteção Individual Os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) são considerados acessórios que têm como objetivo proteger o trabalhador contra riscos de lesões ou efermidades, contribuindo para a redução dos acidentes de trabalho. O EPI deve ter seu uso regulamentado por normas adequadas, em função das condições, atividade e meio em que este trabalho é realizado. Tipos de EPIs: Roupas de Trabalho Proteção de mãos e braços; Proteção dos pés e das pernas; Proteção da cabeça; Proteção das vias respiratórias; e Proteção dos olhos. Cintos e correias de segurança. Capítulo V: Noções de Didática e Treinamento A Importância da Intercomunicação Líder-Grupo O transmissor; Os meios de transmissão da mensagem; e O receptor. Noções Didático-Pedagógicas Planejamento: Como planejar; Porque planejar. Preparação de uma aula, palestra ou seminário O local; O material; Técnicas de ensino; Recursos audiovisuais. Noções de Didática e Treinamento Treinamento Definição; Importância; Técnicas: Treinamento de pessoal – agentes de treinamento; Agentes de treinamento na Comunidade Rural; Integração de novos empregados.