COLÉGIO ESTADUAL JOÃO MANOEL MONDRONE ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO, PROFISSIONAL E NORMAL MEDIANEIRA - PARANÁ PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO MEDIANEIRA - PARANÁ 2013 SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................... 4 2. IDENTIFICAÇÃO ........................................................................................................................... 7 3. CONTEXTUALIZAÇÃO DO COLÉGIO .......................................................................................... 8 3.1. DADOS HISTÓRICOS ................................................................................................................ 8 3.2. REGIMENTO ESCOLAR ...........................................................................................................12 3.3. ORGANIZAÇÃO ESCOLAR E PRÁTICA PEDAGÓGICA ..........................................................12 3.3.1. ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS ...........................................................................13 3.3.2. MATRÍCULAS 2013 ................................................................................................................14 3.3.3. RECURSOS HUMANOS: .......................................................................................................15 3.3.4. RECURSOS FÍSICOS:............................................................................................................15 3.3.5. RECURSOS (MATERIAIS) PEDAGÓGICOS: .........................................................................16 3.3.7. DIAGNÓSTICO: ÍNDICES DE APROVAÇÃO E REPROVAÇÃO 2012....................................17 3.4. ORGANIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE ...................................................................................22 3.5. INCLUSÃO ................................................................................................................................23 3.6. DIVERSIDADE ÉTNICO RACIAL ..............................................................................................28 4. CONCEITUAÇÃO .........................................................................................................................30 4.1. CONCEPÇÃO DE HOMEM E MUNDO .....................................................................................30 4.2. CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE, CULTURA E CIDADANIA ......................................................32 4.3. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO E ENSINO-APRENDIZAGEM ..................................................34 4.6. CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO E TECNOLOGIA .............................................................41 4.7. CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO ................................................................................................43 4.8. CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO ................................................................................................44 4.9. RECUPERAÇÃO PARALELA ..................................................................................................49 4.10. CONSELHO DE CLASSE ........................................................................................................51 5.0. OBJETIVOS DA ESCOLA .........................................................................................................53 6.0. MATRIZES CURRICULARES ....................................................................................................54 7. OPERACIONALIZAÇÃO ..............................................................................................................58 7.1. PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DA ESCOLA...........................................................................58 7.1.1. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE DE DIREÇÃO .......................................................................58 7.1.2. PLANO DE AÇÃO - EQUIPE PEDAGÓGICA .........................................................................62 7.1.3. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE DE FUNCIONÁRIOS QUE ATUAM NAS ÁREAS DE MANUTENÇÃO DE INFRAESTRUTURA ESCOLAR E PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE, ALIMENTAÇÃO ESCOLAR E INTERAÇÃO COM O EDUCANDO ...................................................71 7.1.4. PLANO DE AÇÃO - PROGRAMA BRIGADAS ESCOLARES – DEFESA CIVIL NA ESCOLA .........................................................................................................................................................77 7.2. GESTÃO DEMOCRÁTICA.........................................................................................................80 7.3. INSTÂNCIAS COLEGIADAS .....................................................................................................83 7.4. CALENDÁRIO ESCOLAR .........................................................................................................84 7.5. POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS .........................................................................85 7.5.1. EQUIPE MULTIDISCIPLINAR.................................................................................................85 7.5.2. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS ..............................................................87 7.5.3. TV PAULO FREIRE ...............................................................................................................88 7.5.4. PDE – PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL ..........................................88 7.5.5. PATRULHA ESCOLAR ..........................................................................................................89 7.5.6. SAREH ...................................................................................................................................90 7.5.7. PRÓ-FUNCIONÁRIO ..............................................................................................................91 7.5.8. CELEM - CENTRO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS MODERNAS –ESPANHOL ...................92 7.5.9. ATIVIDADES CURRICULARES DE AMPLIAÇÃO DE JORNADA ..........................................92 7.5.9.1. I. SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM 6º ao 9º ano .........................................................92 7.5.9.2. II. ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES EM CONTRATURNO .................94 7.5.9.3. AULAS ESPECIALIZADAS DE TREINAMENTO ESPORTIVO ............................................96 7.5.10. CIEE – CENTRO DE INTEGRAÇÃO EMPRESA-ESCOLA ...................................................97 7.5.11. ESTÁGIO SUPERVISIONADO .............................................................................................98 7.5.12. PLANO DE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO DO CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES DENOMINADO PRÁTICAS DE FORMAÇÃO ...................................................................................99 7.5.13. PLANO DE ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO ......................................................................104 6.5.14. PROGRAMAS DE AVALIAÇÃO .........................................................................................111 7.5.15. PROGRAMAS DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL .............................................................112 7.5.16. OLIMPÍADAS ......................................................................................................................115 7.6. PROJETOS DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR............................................................118 7.6.1. PROJETO DE LEITURA .......................................................................................................118 7.6.3. OMIS – OLIMPÍADAS INTERSÉRIES DO COLÉGIO MONDRONE ......................................119 7.6.4. EM BUSCA DO VERDE ........................................................................................................119 7.6.5. VIVA O NOSSO PARANÁ ....................................................................................................119 7.6.6. BETO CARRERO .................................................................................................................119 7.6.7. VIVENCIANDO A LITERATURA, A ARTE E A HISTÓRIA MINEIRA ....................................119 7.6.8. RUA DE RECREIO ...............................................................................................................120 7.6.9. PROJETO TURISMO EDUCATIVO NOS MUNICÍPIOS LINDEIROS DO LAGO DE ITAIPU .120 7.6.10. MOSTRA CULTURA AFRO BRASILEIRA E HISTÓRIA DA ÁFRICA .................................120 7.6.11. MOSTRA EMPRESARIAL ..................................................................................................120 7.6.12. PROJETO ACIDENTES DOMÉSTICOS COM CRIANÇAS .................................................120 7.6.13. AGENDA 21........................................................................................................................121 7.7. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO..........................................................122 8. REFERÊNCIAS ..........................................................................................................................122 4 1. APRESENTAÇÃO A escola, como instituição educativa, faz-se extremamente necessária, pois manter uma relação consciente com o papel do trabalho educativo na formação do indivíduo e para com as implicações desse trabalho na produção e transformação da vida social significa, necessariamente, ter clareza para que prática social o professor, em sua ação educativa, está formando os indivíduos. Sendo assim, o trabalho educativo inicia-se pela elaboração coletiva do Projeto Político Pedagógico, tendo-se clareza do seu significado para a escola enquanto instituição de ensino. Conforme VEIGA (1996), o Projeto Político Pedagógico cumpre a função de dar um rumo, uma direção à instituição. Aliamo-nos a essa autora, quando destaca o caráter político e o caráter pedagógico deste documento. Diz a autora que o projeto de escola é sempre: “uma ação intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também, um projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso sociopolítico, com os interesses reais e coletivos da população majoritária. É político, no sentido de compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade. “A dimensão política se cumpre na medida em que ela se realiza enquanto prática especificamente pedagógica”. (Saviani 1983, p.93). Na dimensão pedagógica reside a possibilidade da efetivação da intencionalidade da escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo. Pedagógico, no sentido de definir as ações educativas e as características necessárias às escolas de cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade” (VEIGA, 1996, p. 12). A elaboração do Projeto Político Pedagógico para o Ensino Fundamental, Médio, Profissional e Normal deste estabelecimento pauta-se no método materialista histórico-dialético. A opção pelo método materialista histórico-dialético justifica-se por expressar o projeto de educação, sociedade e homem que se quer; uma concepção que compreende o desenvolvimento histórico dos homens a partir de um processo marcado pela contradição, além de ser expressão das Diretrizes Curriculares Estaduais. Compreende a escola situada no âmbito das contradições e responsável pela construção dos conhecimentos científicos, definindo como função da escola e, consequentemente, dos professores, a de ensinar, avaliar e possibilitar que o processo de ensino-aprendizagem ocorra com qualidade para a classe trabalhadora. 5 A prática educativa que se propõe é voltada a uma educação que considera o caráter histórico do homem, educando-o para a transformação das consciências, para que, por meio de sua práxis, transforme sua própria história. A realização do processo pedagógico pressupõe, dessa forma, o domínio teórico-metodológico, pois nenhuma escolha de alternativas ou de temas a serem ministrados em sala de aula são neutros. A ação do professor deve [...] estabelecer conscientemente a mediação entre o cotidiano do aluno e as esferas não-cotidianas da vida social, DUARTE (2001). Pressupõe-se, portanto, um engajamento na luta pela superação da forma como se organiza a sociedade contemporânea, levando em conta a necessidade de transformar as relações sociais de opressão, dominação e exploração que, para MARX (1988), não constitui simplesmente um problema material e político; trata-se de um problema humanista e pedagógico. Assim, a opção por um método tem como intenção maior constituir uma unidade de orientação ao trabalho pedagógico desenvolvido e, dessa maneira, contribuir para que a ação docente seja direcionada e intencional. Toda essa intencionalidade e esse rigor na definição do método para o desenvolvimento da ação docente visam garantir que a escola cumpra verdadeiramente seu papel, e não se perca em armadilhas criadas por correntes pedagógicas “imediatistas e pragmáticas,” DUARTE (2004), que atrelam o significado e sentido da aprendizagem dos conteúdos escolares ao utilitarismo alienante do cotidiano da sociedade capitalista. Sendo assim, é preciso que o professor domine consistentemente os fundamentos explicativos dos objetos de conhecimento, inclusive os fundamentos da própria prática pedagógica e, apoiado neste domínio, consiga viabilizar o método e as estratégias mais pertinentes para o processo de ensinoaprendizagem e que melhor promovam a participação ativa dos alunos (KLEIN, s/d, p.11). A seleção dos conteúdos a serem trabalhados e a metodologia empregada para ensinar devem propiciar aos alunos o “desenvolvimento do raciocínio metódico, sistemático, próprio do pensamento teórico, científico, que não é somente representação, descrição, que não se restringe à imaginação, à especulação” SAVIANI (2008), ou seja, a escola deve ensinar o aluno a pensar, contribuir para o desenvolvimento de suas capacidades e propiciar condições de descobertas e acesso independente ao conhecimento, devendo o processo de ensino e aprendizagem ser intencionalmente planejado, questionado e reorganizado. 6 É fundamental destacar que, no plano mais genérico e abstrato, qualquer forma histórica de organização do trabalho didático envolve, sistematicamente, três aspectos: a) ela é, sempre, uma relação educativa que coloca, frente a frente, uma forma histórica de educador, de um lado, e uma forma histórica de educando(s), de outro; b) realiza-se com a mediação de recursos didáticos, envolvendo os procedimentos técnico-pedagógicos do educador, as tecnologias educacionais pertinentes e os conteúdos programados [...], c) e implica um espaço físico com características peculiares, onde a mesma ocorre (ALVES, 2005b, p. 10-11. Grifos do autor). Neste sentido, não há uma justaposição dos três elementos constitutivos do trabalho didático, tendo em vista que esses "elementos se articulam de uma forma dinâmica, onde exercem funções precisas e onde, inclusive, alguns se revelam mais determinantes do que outros na definição dos rumos da relação educativa" ALVES (2007). Dessa forma, No processo dialético de conhecimento da realidade, o que importa fundamentalmente não é a crítica pela crítica, o conhecimento pelo conhecimento, mas a crítica e o conhecimento crítico para uma prática que altere e transforme a realidade anterior no plano do conhecimento e no plano histórico-social (FRIGOTTO, 2006, p. 81). Sendo assim, busca-se assegurar que a escola – instituição pública – cumpra a função de transmitir o conhecimento produzido histórica e coletivamente, objetivando a formação da consciência e o desenvolvimento das capacidades que possibilitem ao aluno entender as relações sociais de produção, tendo como referência o processo de humanização dos indivíduos. Na intenção de construir um projeto voltado para a recuperação da função da escola pública como transmissora de conteúdos científicos e transformadora destes em conteúdos de ensino, o Colégio Mondrone organiza e direciona o processo de elaboração de uma proposta com a participação da comunidade escolar. 7 2. IDENTIFICAÇÃO COLÉGIO ESTADUAL JOÃO MANOEL MONDRONE ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO, PROFISSIONAL E NORMAL Mantenedora: Secretaria de Estado da Educação / Governo do Estado do Paraná Rua Mato Grosso, 2233 Bairro Cidade Alta Medianeira – Paraná Telefones: (45) 3264-1507 / 3264-1749 CEP: 85884-000 e-mail: [email protected]; [email protected] Núcleo Regional de Educação Código da escola: 41077733 Porte: 7 8 3. CONTEXTUALIZAÇÃO DO COLÉGIO 3.1. DADOS HISTÓRICOS Este estabelecimento de ensino foi criado pela Lei Nº 16/64 de 05 de maio de 1964, sob a denominação Ginásio Estadual de Medianeira e autorizado seu funcionamento pela Portaria Nº 6766/66 a partir de 1967. Por meio do Decreto Nº 17.204, de 12 de novembro de 1969, passou a denominar-se Ginásio Estadual João Manoel Mondrone. Através da Resolução Nº 1969/77, foi autorizado e homologado o Plano de Implantação da Lei Nº 5692/71. Conforme Decreto Nº 4558/78, é autorizado a funcionar o Complexo Rui Barbosa, que reorganiza as escolas deste município, conforme legislação vigente e, por conseguinte, através do Decreto Nº 2256 de 28 de abril de 1980, passa a denominar-se Escola Estadual João Manoel Mondrone – Ensino de 1º Grau. Adequando a oferta de ensino público às necessidades do município, a SEED, pela Resolução Nº 729/81 de 08 de abril de 1981, transfere o ensino de 2º Grau do Colégio Helen Keller para a Escola Estadual João Manoel Mondrone que, em decorrência dessa Resolução, passou a denominar-se Colégio Estadual João Manoel Mondrone – Ensino de 1º e 2º Graus e por meio da Resolução Nº 3444/81, de 23 de abril de 1982, tem reconhecidos os cursos de 1º Grau Regular e 2º Grau Regular, com as habilitações plena em Magistério e Básicas em Agropecuária e Saúde, sendo esta última cessada, gradativamente, a partir de 1982 e a habilitação Básico em Agropecuária encerrada em 1994. A partir de 1983 ocorreu a implantação gradativa do Curso de 2º Grau Regular Propedêutico, reconhecido pela Resolução Nº 640/87 de 23 de fevereiro de 1987, tendo sua denominação alterada para Educação Geral a partir de 1988. Conforme Resolução Nº 659/94 de 03 de fevereiro de 1994, foi autorizado o funcionamento da Habilitação Auxiliar de Contabilidade, com implantação gradativa a partir do início do ano letivo de 1994. Já a Resolução Nº 764/97, de 25 de julho de 1997, autorizou o funcionamento da 4ª série da Habilitação Técnico em Contabilidade, sendo ambos reconhecidos pela Resolução Nº 3.067/97 de 10 de setembro de 1997. 9 Pela Resolução Nº 4.056/96, de 18 de outubro de 1996, dá-se a implantação do Programa de Expansão, Melhoria e Inovação no Ensino Médio do Paraná – PROEM, cessando, gradativamente, a partir de 1997, a oferta dos cursos profissionalizantes Magistério, Auxiliar e Técnico de Contabilidade, ofertando-se somente o Curso de Educação Geral. Através da Resolução Nº 794/02, de 22 de março de 2002 e pelo Parecer Nº 0057/02 – CEE, o colégio foi credenciado para ofertar Cursos de Educação Profissional e é autorizado a ofertar o Curso Técnico em Gestão Empreendedora, vinculado à área de Gestão e passa a denominar-se Colégio Estadual João Manoel Mondrone – Ensino Fundamental, Médio e Profissional. A partir de 2002, o Colégio passou também a ofertar o Ensino Extracurricular e Plurilinguístico de Língua Estrangeira Moderna através do Centro de Línguas Estrangeiras Modernas – CELEM. Através da Resolução Nº 590/06 de 22 de março de 2006, é autorizado o funcionamento do Curso Técnico em Administração Integrado ao Ensino Médio – Eixo Profissional Gestão e Negócios, com oferta presencial. Pela Resolução Nº 370/06 de 24 de fevereiro de 2006, é autorizado o funcionamento do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental, na modalidade Normal. Em decorrência desta oferta, o estabelecimento passa a denominar-se Colégio Estadual João Manoel Mondrone – Ensino Fundamental, Médio, Profissional e Normal. Pela Resolução Nº 4131/06, de 04 de outubro de 2006, foi renovado o Reconhecimento do Ensino Fundamental e pela Resolução Nº 4130/06, de 04 de outubro de 2006 foi renovado o reconhecimento do Ensino Médio deste estabelecimento de ensino, estando em trâmite o processo de renovação do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. A partir do ano letivo de 2008, o Colégio passou a ofertar o Curso Técnico em Administração – Educação Profissional Integrada à Educação de Jovens e Adultos – PROEJA, Eixo Profissional Gestão e Negócios, aprovado pelo Parecer Nº 82/09 do Conselho Estadual de Educação – CEE / CEB. No ano letivo de 2009, o Colégio passou a ofertar o Programa Nacional de Valorização dos Trabalhadores em Educação – Profuncionário, à distância, na forma modular, conforme orientações da Secretaria de Estado da Educação. 10 Pela Resolução nº 521/09, de 10 de fevereiro de 2009, cessou, definitivamente, a oferta da Sala de Recursos / Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries), área da Deficiência Mental e Distúrbios da Aprendizagem deste colégio, sendo que a atividade citada encerrou-se no final do ano de 2007, motivada pela falta de espaço físico. A partir do ano letivo de 2010, o colégio foi autorizado a ofertar o Curso Técnico em Secretariado Subsequente, o Curso Técnico em Informática Integrado e Subsequente ao Ensino Médio. Pela resolução 73/2012, foi reconhecido o Curso Técnico em Secretariado – Eixo Tecnológico: Gestão e Negócios, subseqüente ao Ensino Médio, com oferta presencial. A partir do ano letivo de 2012, o colégio foi autorizado a ofertar o Curso Técnico em Vendas – Eixo tecnológico: Gestão e Negócios Subsequente ao Ensino Médio, Técnico em Vendas Subsequente. Síntese: ENSINO FUNDAMENTAL Reconhecimento do estabelecimento: Res. Nº 3.444/81 – DOE 23/04/82 Reconhecimento do Curso: Res. Nº 3.444/81 – DOE 23/04/82 Renovação do Reconhecimento: Res. Nº 4331/06 – DOE 04/10/06 – validade 05 anos. ENSINO MÉDIO Reconhecimento do estabelecimento: Res. Nº 3.444/81 – DOE 23/04/82 Reconhecimento do Curso: Res. Nº 640/87 – DOE 11/03/87 Renovação do Reconhecimento: Res. Nº 4130/06 – DOE 04/10/06 – validade 05 anos. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – Técnico em Administração Reconhecimento do estabelecimento: Res. Nº 3.444/81 – DOE 23/04/82 Autorização do Curso: Res. Nº 590/06 – DOE 22/03/06 Reconhecimento do Curso: Res. Nº 3117/09 – DOE 18/11/2009 11 EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental Reconhecimento do estabelecimento: Res. Nº 3.444/82 – DOE 23/04/82 Autorização do Curso: Res. Nº 370/06 – DOE 22/03/08 Reconhecimento do Curso: Res. Nº 4118/09 – DOE 15/01/2010 EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – Técnico em Administração de Nível Médio Integrado à Educação de Jovens e Adultos – PROEJA Reconhecimento do estabelecimento: Res. Nº 3.444/82 – DOE 23/04/82 Autorização do Curso: Res. Nº 1419/09 – DOE 26/06/2009 Reconhecimento do Curso: Res. Nº 2100/11 – DOE 10/08/2011 EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – Secretariado Subsequente Reconhecimento do estabelecimento: Res. Nº 3.444/82 – DOE 23/04/82 Autorização do Curso: Res. Nº 3208/09 – DOE 10/12/2009 Reconhecimento do Curso: Res. Nº 73/12 – DOE 07/02/2012 EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – Técnico em Informática Integrado Reconhecimento do estabelecimento: Nº 3.444/82 – DOE 23/04/82 Res. Autorização do Curso: Res. Nº 4.850/10 – DOE 28/12/2010 Reconhecimento do Curso: Res. Nº Em trâmite. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – Técnico em Informática Integrado Subsequente Reconhecimento do estabelecimento: Res. Nº 3.444/82 – DOE 23/04/82 Autorização do Curso: Res. Nº 4896/10 – DOE 23/12/2010 Reconhecimento do Curso: Res. Nº 2819/12 – DOE 03/07/12 EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – Técnico em Vendas Subsequente Reconhecimento do estabelecimento: Res. Nº 3.444/82 – DOE 23/04/82 Autorização do Curso: Res. Nº 904/11 – DOE 18/05/2011 Reconhecimento do Curso: Res. Nº Em trâmite. 12 3.2. REGIMENTO ESCOLAR Com base na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei Nº 9394/96 e nas demais leis federais e estaduais que regem a oferta da Educação Básica e Profissionalizante, e com base no Caderno de Apoio ao Regimento Escolar, elaborado pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná, o Colégio Estadual João Manoel Mondrone reformulou seu Regimento Escolar, devidamente aprovado pelo Ato Administrativo Nº 111/2009 e Parecer Conjunto Nº 098/2009 – SEF / EP / NRE. O regimento escolar de 2012 já foi encaminhado ao Núcleo Regional de Educação e aguarda sua aprovação. 3.3. ORGANIZAÇÃO ESCOLAR E PRÁTICA PEDAGÓGICA O Colégio Estadual João Manoel Mondrone – Ensino Fundamental, Médio, Profissional e Normal estrutura-se de modo a atender adequadamente a comunidade escolar. Este atendimento se dá nas modalidades do Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano, implantação simultânea em 2012, Ensino Médio Regular e Anual, Ensino Profissional Integrado ao Ensino Médio Regular e Anual, Ensino Profissional Integrado à Educação de Jovens e Adultos Regular e Semestral e Ensino Profissional Subsequente ao Ensino Médio Regular e Semestral, nos turnos matutino, vespertino e noturno, ofertando no contra-turno o CELEM – Língua espanhola (básico e aprimoramento) e Italiano, sendo que, o calendário escolar para o ano de 2012 se embasará na LDBEN Nº 9.394/96, que determina o mínimo de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, considerando a Deliberação Nº 02/02 do CEE, que inclui, no período letivo, dias destinados às atividades pedagógicas, e as Resolução nº 4901/2011GS/SEED, que definiu o Calendário Escolar – 2012 para a rede Pública Estadual. Nas modalidades anuais e regulares, a promoção acontece quando o aluno obtém média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) e frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento); na Educação Profissional Integrada à Educação de Jovens e Adultos e no Ensino Profissional Subsequente ao Ensino Médio, a promoção ocorre quando o aluno obtém média semestral igual ou superior 13 a 6,0 (seis vírgula zero) e frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento). Em relação à classificação, esta pode ser realizada no Ensino Fundamental e no Ensino Médio por promoção, transferência ou mediante avaliação; na Educação Profissional, esta pode ser feita por promoção ou por transferência, na mesma habilitação; por haver necessidade de o aluno dominar os conteúdos da formação específica, ela não pode ser realizada para séries, etapas e períodos posteriores. Já a reclassificação, esta pode ser aplicada como processo de verificação da possibilidade de avanço para qualquer série da(s) disciplina(s) do nível da Educação Básica, não podendo ser utilizada para conclusão do Ensino Médio. Quanto às adaptações, elas podem ser aplicadas aos alunos provenientes do regime de Progressão Parcial, desde que não ultrapassem o número de 03 (três) dependências, aos alunos procedentes de estabelecimentos com Matriz Curricular diferente deste colégio, aos discentes provenientes de colégios que ofertem o Ensino Médio por blocos e aos discentes que integram o Ensino Fundamental com regime de 09 (nove) anos, ou ainda quando for o caso de adequação a matriz curricular de implantação simultânea. 3.3.1. ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS Ao considerarmos o Ensino fundamental de 09 anos, há que se pensar em uma proposta de adaptação e de articulação entre a Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental dos alunos oriundos dos anos iniciais à organização do trabalho pedagógico nos estabelecimentos que ofertam os anos finais do Ensino Fundamental (espaço, tempo e procedimento). Consideramos que para receber bem os alunos dos 6º anos existe um caminho híbrido entre o mundo do 6º ano e a prática do 1º ao 5º ano. O trabalho a ser realizado deve levar em conta os aspectos sociais, culturais e emocionais, pois o fato de a criança trocar de escola não pode ser uma ruptura no seu desenvolvimento cognitivo, lúdico, psíquico, afetivo. O trabalho pedagógico deve considerar que o processo de transmissão/aquisição dos conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade deve ocorrer para se conhecer mais sobre o mundo e também para participar das práticas sociais e culturais e não para preencher lacunas de exercícios didáticos. 14 A recepção dos alunos de 6º ano precisa ser calorosa, acolhedora, os alunos precisam se movimentar e interagir uns com os outros e com os objetos do conhecimento; é preciso valorizar suas expressões, imaginação, falas e produções. Há que se pensar também no quanto é importante levá-los para conhecer todas as dependências da nova escola e as pessoas que nela trabalham. Os alunos do 6º ano precisam manter contato com as pedagogas, com a inspetora de alunos, pois serão estas as pessoas que, além dos professores, estarão na escola para orientar, tirar dúvidas, entrar em contato com os pais quando necessário. Outro aspecto relevante é o fato de a implantação do ensino de 9 anos ser simultânea. Por isto, em razão da transição, é imprescindível discutir e saber como proceder com estes alunos, na prática, devem ser oferecidas condições para que haja uma continuidade das aprendizagens e não uma ruptura. Enfim, a criança proveniente dos anos iniciais do Ensino Fundamental é e deve ser vista também como criança e não só como aluno. Eles e elas são sujeitos sociais, estão inseridos na cultura e têm o direito à brincadeira, ao lúdico, às experiências culturais. Sabemos todos que é pela discussão da infância como categoria social e histórica e das crianças de 6º ano como sujeitos sociais que torna possível pensar a Educação. É com este pensamento que neste ano pretendemos acolher os alunos dos 6º ano realizando: 1) reunião específica com os professores destes alunos; 2) avaliação diagnóstica; 3) apresentação de um vídeo contando a história do colégio; 4) visita a todas as dependências do colégio para se situarem no novo espaço escolar; 5) realização de uma tarde de “carnaval” fora do ambiente escolar, num ambiente alegre e saudável, acompanhados pelos professores, pedagogas, direção e funcionários com o objetivo de integrá-los e socializá-los no novo colégio (todos vieram transferidos das escolas da rede municipal para o colégio estadual). Enfim, todos precisam estar cientes de que estas crianças continuam sendo alunos provenientes dos anos iniciais do Ensino Fundamental, cada um com peculiaridades próprias, inerentes e que todos eles apenas foram incluídos na escolaridade obrigatória. 3.3.2. MATRÍCULAS 2013 Neste ano letivo de 2013, contamos com 1604 alunos matriculados nos turnos da manhã, tarde e noite, sendo 15 turmas do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) 15 com 424 alunos, 17 turmas de Ensino Médio (1º ao 3º ano) com 546 alunos, 4 turmas do curso de Formação de Docentes (1º ao 4º ano) com 123 alunos, 8 turmas do curso técnico em Administração integrado (1º ao 4º ano) com 218 alunos, 04 turmas do curso técnico em Informática integrado (1º ao 4º ano) com 89 alunos, 02 turmas do curso técnico em Informática subseqüente (1º e 3º ano) com 57 alunos, 01 turma do curso técnico em Administração integrada à Educação de Jovens e Adultos ( 5º ano) com 15 alunos e 01 turma do curso técnico subsequente em Vendas (2º ano) com 22 alunos, 2 turmas do PI espanhol com 47 alunos, 2 turmas do PII de Espanhol com 50 alunos, 1 turma de aprimoramento em Língua Espanhola (conversação) com 13 alunos. 3.3.3. RECURSOS HUMANOS: Professores: 102; Professor(a) da Lei 15.308/06: 01; Professores intérpretes: 05; Professores de apoio à comunicação alternativa: 02; Professor Suporte Técnico: 01; Pedagogas: 07; Coordenadores de curso: 03; Coordenadores de estágio: 01; Funcionários: 16 Agentes Educacionais I; 10 Agentes Educacionais II; Direção Geral: 01; Direção Auxiliar: 03; 3.3.4. RECURSOS FÍSICOS: 15 salas de aula; 06 banheiros masculinos para 12 pessoas simultaneamente; 06 banheiros femininos para 12 pessoas simultaneamente; 01 banheiro na mecanografia; 01 banheiro no Laboratório de Informática; 01 banheiro m/f para portadores de necessidades especiais; 02 banheiros (01 masc. e 01 fem. no ginásio de esportes; 02 banheiros (01 masc. e 01 fem.) na quadra de esportes; 01 banheiro na biblioteca; 16 01 banheiro no conjunto: sala de reuniões, salas 20 e 21; 02 banheiros (01 masc. e 01 fem.) para professores; 01 banheiro na secretaria; 02 vestiários (01 masc. e 01 fem. no ginásio de esportes); 02 vestiários (01 masc. e 01 fem. na quadra de esportes); 01 sala para mecanografia; 01 sala para depósito da merenda escolar; 01 sala para documentação escolar; 01 sala de reuniões; 01 sala para oficina; 01 sala para brinquedoteca; 01 sala para CELEM; 01 sala para Apoio à Aprendizagem; 01 sala para coordenação dos cursos técnicos; 02 salas para laboratórios de informática; 01 sala para laboratório de Física, Química e Biologia; 01 sala para materiais de Educação Física; 01 sala para materiais da fanfarra e teatro; 01 sala para os professores; 01 sala para secretaria; 01 sala para direção; 02 salas para Equipe Pedagógica; 01 sala almoxarifado secretaria (arquivos); 01 sala almoxarifado professores; 01 cozinha; 01 refeitório; 01 cantina. 3.3.5. RECURSOS (MATERIAIS) PEDAGÓGICOS: TVs Pen Drive em todas as salas de aula, 01 Laboratório de Informática conectado ao sistema da Paraná Digital que conta com sistema operacional Windows XP, 01 Laboratório de Informática 2 é conectado ao sistema da Paraná Digital e conta com sistema operacional LINUX, o qual segue as políticas do 17 software livre, dentro das políticas públicas de desenvolvimento de software livre e sua expansão no meio educacional. Ambos os laboratórios tem acesso à rede mundial de computadores, 01 Laboratório de Ciências, 01 Laboratório de Matemática, 01 Laboratório de Matemática do Programa Brasil Profissionalizado, 01 Laboratório de Biologia do Programa Brasil Profissionalizado, 01 Laboratório de Química do Programa Brasil Profissionalizado, DVDs, 1 mini-auditório com lousa digital, vídeo cassete e sistema de TV Coder, microsystems, videoteca, biblioteca, retroprojetores, 02 projetores multimídia, câmera digital, 28 ar condicionado, 01 máquina de xerox, microscópio, 100 mapas, 02 globos, em torno de 24.000 livros, 100 dicionários. 3.3.6. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR: heterogênea; há alunos procedentes das zonas urbana (centro e bairros) e rural e pertencentes às diferentes classes sociais; a comunidade é participativa e integrada às ações do colégio. A direção, a equipe pedagógica, o corpo docente, a equipe técnico-administrativa, a equipe dos assistentes de execução e a equipe auxiliar operacional tem por meta, prioritariamente, manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho, comprometidos com o presente Projeto Político Pedagógico.Por ser um colégio que oferta a educação inclusiva, que reconhece e valoriza a diversidade como característica inerente à constituição de qualquer sociedade, o corpo discente é também constituído por alunos com necessidades educacionais especiais. 3.3.7. DIAGNÓSTICO: ÍNDICES DE APROVAÇÃO E REPROVAÇÃO 2012 ÍNDICES DE APROVAÇÃO / REPROVAÇÃO / ABANDONO SÉRIE 6ª 7ª 8ª 9º TOTAL 1º 2º 3º TOTAL APROVAÇÃO 59,0 80,0 76,0 75,2 72,5 66,6 80,8 77,3 74,9 REPROVAÇÃO 17,0 12,7 14,5 12,8 14,2 17,5 8,4 9,5 11,8 ABANDONO 4,50 0,25 2,25 1,40 2,1 12,45 9,81 10,12 10,7 18 NÍVEL/ MODALIDADE Ensino Fundamental/ Anos Finais Ensino Médio INDICADORES % 2012 Aprovação 72,5 Aprovação por Conselho Reprovação Abandono/Evasão Aprovação 17,7 Aprovação por Conselho Reprovação Abandono/Evasão 10,8 14,2 2,1 76,6 9,9 10,2 Através da análise e discussão coletiva dos dados levantados sobre avaliação – 2009, 2010, 2011e 2012, da Prova Brasil 2005, 2007, 2009, 2011 e do IDEB – 2005/2007 e 2009/2011, observamos que no período diurno há muita reprovação em Português e Matemática, visto que estes alunos têm dificuldades nos conteúdos básicos das Séries Iniciais do Ensino Fundamental. Constata-se que as dificuldades são conseqüência de situações de indisciplina, falta de responsabilidade dos alunos com os estudos, pois não há rotina de estudos nos lares. Para melhorar a aprendizagem é necessário que se reduza o número de alunos por turma, em especial no 6º ano, fazendo também um trabalho diferenciado em virtude do impacto que a mudança de escola ocasiona. Percebe-se ainda, um alto índice de evasão escolar no Ensino Médio, principalmente no período noturno, onde ocorre também um nível elevado de faltas. Sendo necessária uma intervenção por parte do Estado, que favoreça a permanência destes alunos na escola, pois a escola já faz a sua parte dentro das suas limitações. As taxas de evasão são mais elevadas nos 1º anos do noturno, levando a escola a intensificar seu trabalho neste turno buscando desenvolver ações no sentido de recuperá-los, entre elas destaca-se o Programa FICA, porém poucos são os resultados satisfatórios, em relação a esta situação. Há necessidade de um comprometimento maior por parte dos pais, no sentido de acompanhar a vida escolar de seu filho (presença e permanência). A escola tem procurado realizar 19 atividades diferenciadas neste período, como o Fórum de Educação para o noturno, trabalhos interdisciplinares, atividades que envolvam os alunos e abordem os conteúdos de forma diferenciada. Em 2011, nosso IDEB sofreu sensível queda de 0,8 pontos percentuais em relação a 2009, assim não atingimos a meta prevista para 2011 de 4,6%, ficando 7% abaixo desta meta. Em relação à PROVA BRASIL a escola atingiu maior pontuação em matemática. Acreditamos que são necessárias intervenções pedagógicas maiores no 6º e 9º ano, apesar da salas de apoio que visam sanar as dificuldades nas disciplinas de Português e Matemática. Nos 1º anos do Ensino Médio as ações devem ser voltadas para sanar as dificuldades nas disciplinas de Biologia, Matemática, Física e Química. Além do envolvimento e comprometimento de todos os funcionários e setores, independente do seu vinculo empregatício (concursados, contratados e PSS), é necessário maior coerência em relação a participação nas semanas pedagógicas( PSS contratados posteriormente, que entram em sala de aula sem o conhecimento do PPP, Regimento Escolar, Proposta de Avaliação do Colégio), entre outros. Destacamos a seguir algumas ações a serem efetivadas pelo coletivo escolar, com o objetivo de intervir positivamente no sucesso da aprendizagem dos alunos: pesquisa permanente para estudo de casos pontuais, acompanhamento da Equipe Pedagógica com medidas alternativas para auxilio dos professores em sala de aula, palestras sobre valores e estratégias de estudo, implantação de projetos como aluno monitor (Formação de Docentes), formação continuada, retomar o processo de avaliação, projetos de leitura e produção de textos. Portanto, tanto a direção quanto a equipe pedagógica têm empreendido esforços para sanar estas dificuldades, entre elas: reuniões com pais, orientações individuais, encaminhamentos a atendimento especializado quando é o caso. Em relação aos docentes, constata-se que ocorrem muitas substituições, há muitos profissionais em início de carreira, alguns mal preparados, com pouca ou nenhuma experiência e que necessitam de apoio pedagógico contínuo para melhorarem sua prática pedagógica. Muitos estudos e discussões também têm sido realizados a respeito de avaliação e recuperação paralela para que estes aspectos sejam compreendidos de forma mais ampla e que contemplem de fato o domínio dos conteúdos por parte dos alunos. 20 Com relação ao CELEM em Língua Espanhol, sua criação e funcionamento estão fundamentados na importância que a aprendizagem de Línguas Estrangeiras Modernas tem no desenvolvimento psicopedagógico do ser humano, na compreensão de valores sociais e na aquisição de conhecimentos sobre outras culturas, acrescentando-se, no caso de nosso colégio, as necessidades oriundas de nosso contexto histórico-geográfico, além da possibilidade de ampliação de acesso ao conhecimento e à cultura historicamente produzidos pela humanidade a todos. Optou-se pela Língua Espanhol com base em alguns critérios. A comunidade medianeirense, fortemente influenciada pela cultura advinda de outros países, veste situar-se próxima de uma região de fronteira, entre Paraguai e Argentina, em que a língua oficial é o espanhol. O processo de globalização, as relações comerciais num mundo sem fronteiras e a oferta de cursos de Educação Profissional exigem o domínio e o conhecimento de mais de uma língua, para melhor atender a demanda de nossos alunos e membros da comunidade para o ingresso no mundo do trabalho. A Sala de Apoio à aprendizagem é uma atividade curricular de ampliação da jornada escolar e será ofertada em contra turno aos alunos com dificuldades de aprendizagem do 6º ao 9º ano. Esta atividade justifica-se por propiciar meios a fim do aluno compreender e realizar as atividades propostas nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, referente aos conteúdos básicos essenciais das séries anteriores não dominados e que são requisitos para o entendimento dos conhecimentos trabalhados nestas séries. Entende-se que o aluno que lê, interpreta e calcula tem subsídios para dominar outras disciplinas da matriz curricular. A atividade complementar direcionada ao trabalho com a fanfarra justificase por promover a integração com a comunidade e a descoberta de novos talentos. Além disso, observamos que a mesma estimula a criatividade, desenvolve o espírito de equipe e valores como disciplina. O trabalho com fanfarra apresenta inúmeros aspectos relevantes, sendo a socialização um deles. A disciplina cooperativa necessária à prática musical da fanfarra leva seus participantes da ação para a interação no grupo, desenvolvendo a convivência, responsabilidade, espírito de companheirismo e o trabalho coletivo. É fato que o aprendizado da música permite o enriquecimento intelectual proporcionando o desenvolvimento do raciocínio, da cooperação e da lógica, fatores essenciais para a formação cognitiva do educando. O projeto prevê o desenvolvimento de várias formas de participação e integração, possibilitando o 21 aluno de exercer sua criatividade, a iniciativa, a reflexão, a criatividade, a autodisciplina e a solidariedade. Portanto, o aprendizado da música melhora a coordenação motora, tornando mais fácil a apreensão de todas as outras matérias. Quando o aprendizado da música é associado à participação como é o caso da banda de música, os benefícios se ampliam também sob o ponto de vista social. Essa participação leva à convivência, à noção de responsabilidade dentro do grupo, ao espírito de companheirismo e solidariedade, à noção de equipe e à conscientização de que os fins só se tornam reais quando todos colaboram para a sua consecução. A importância da música na escola é fundamental não só sob os pontos de vista já abordados, de convivência social, de desenvolvimento intelectual, de conscientização das responsabilidades, da possibilidade do indivíduo se autoafirmar e se realizar, mas de permitir a conservação dos valores culturais alicerçados na música, através de uma atividade prazerosa. Tocar um instrumento musical numa banda de música ou fanfarra é viver as alegrias que só a música pode proporcionar. A atividade complementar direcionada ao trabalho com a leitura e a produção de textos para os alunos do Ensino Médio justifica-se se considerarmos que a função da escola é propiciar condições para o aluno exercitar a leitura e a produção em situações sociais de comunicação. A interação entre as pessoas ocorre através de atividades que exigem reflexão, pois entende-se que o estudo do texto em suas possibilidades de leitura e produção não se resume ao entendimento de um conjunto de regras fixas do “ bem ler”, “ bem falar” ou “bem escrever”. Um texto se define por um conjunto de escolhas lingüísticas e de estratégias discursivas determinadas por situações de interação social que ocorrem através do uso da linguagem. O ato de escrever deve ser visto como uma atividade sociointeracional. Para alcançar esse objetivo, nos propomos, neste ano letivo, a desenvolver atividades complementares em contraturno, e estas atividades deverão ser sempre contextualizadas, pois será uma forma para contornar um certo artificialismo inerente à prática escolar de escrita, transformando-a numa atividade efetivamente geradora de sentidos. Entendemos que os alunos, ao fim do Ensino Médio, precisam dominar aquelas práticas de escrita que são indispensáveis para a vida cidadã: a escrita argumentativa, a escrita informativa, a escrita de apoio cognitivo (resumos e esquemas), sem deixar de vivenciar, evidentemente a escrita literária (narrativa ou 22 poética), pois acreditamos que o amadurecimento da condição de autor é conseqüência do conjunto de experiências com a linguagem e a cultura escrita. A atividade complementar direcionada ao futsal na escola para os alunos do 8º e 9º Ano justifica-se por estimular a prática de esporte por meio de uma atividade física que proporciona melhor qualidade de vida, contribuindo com a formação integral do sujeito. O futsal contribui para o desenvolvimento das capacidades técnicas e táticas, onde o aluno será estimulado a desenvolver as capacidades cognitivas de percepção, antecipação e tomada de decisões, através de movimentos básicos como correr, saltar e rolar, além do aprimoramento do equilíbrio, ritmo, coordenação e noções de espaço e tempo. As Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo na modalidade de Voleibol para os alunos do 6º ao 9º ano no período matutino e para os alunos do Ensino Médio no contraturno justificam-se por ser um meio para a obtenção de bons resultados em competições oficiais, na escola, no município, na região e nas demais participações em eventos esportivos de cunho competitivo ou de cooperação, além de ser uma forma para manter os alunos na escola, ocupada com atividades educativas e de lazer, diminuindo os riscos de vulnerabilidade social e assim melhorando a performance física: coordenação, força, velocidade etc. 3.4. ORGANIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE Atendendo à Resolução Nº 4106/2004, a hora-atividade é compreendida como o tempo reservado para o professor em exercício de docência para pesquisas e produção de material pedagógico, para estudos, planejamento, avaliação e outras atividades de caráter pedagógico a ser cumprido integralmente no colégio e no mesmo turno de exercício das aulas. Observando-se a Instrução Nº 02/2004 – SUED (Superintendência do Desenvolvimento Educacional), a organização da mesma favorecerá o trabalho coletivo dos professores, tendo-se por prioridade o coletivo de professores que atuam na mesma área do conhecimento, tendo em vista as diretrizes curriculares da rede pública estadual de Educação Básica, dos diferentes níveis e modalidades de ensino, para o planejamento e para o desenvolvimento de ações necessárias ao enfrentamento de problemáticas específicas diagnosticadas no interior do estabelecimento. A hora atividade destina-se ainda a correção de atividades 23 discentes, estudos e reflexões a respeito de atividades que envolvam a elaboração e implementação de projetos e ações que visem à melhoria da qualidade de ensino, propostos por professores, direção, equipe pedagógica e/ou Núcleo Regional de Educação / Secretaria de Estado da Educação, como também o atendimento de alunos, pais e outros assuntos de interesse da comunidade escolar, sob a orientação e coordenação da equipe pedagógica e da direção, planejam, executam e avaliam as ações desenvolvidas durante o cumprimento da hora-atividade. No ano letivo de 2012, visando uma melhor organização da hora atividade o colégio seguirá a proposição da SEED-PR da hora atividade concentrada, a qual será efetivada em torno de 90% . 3.5. INCLUSÃO O princípio da Educação inclusiva se fundamenta numa filosofia que reconhece e valoriza a diversidade como característica inerente à constituição de qualquer sociedade. Desta forma, há necessidade de se garantir o acesso e a participação de todos a todas as oportunidades, independentemente das peculiaridades de cada indivíduo e/ou grupo social. A partir do Plano Nacional de Educação para Todos (1990), a Política Nacional de Educação Especial (1994) e, especificamente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, inúmeros aspectos conceituais ganharam nova significação. Redefiniu-se o alunado da Educação Especial. De forma inovadora, estabelece-se a ampliação de sua oferta no sistema, contemplando desde a Educação Infantil até o Ensino Superior, com a oportunidade de articulação e interatividade da Educação Especial com os demais níveis e modalidades de ensino. O conceito de Educação Especial deixa de ser compreendido como subsistema, paralelo e distanciado das práticas do contexto geral de educação. Surge uma nova concepção de atendimento especializado que se estende à diversificada rede de apoio dos recursos humanos, técnicos, tecnológicos e materiais oferecidos, de modo a apoiar e complementar as práticas do ensino comum. Ocorre, também, a contradição entre as pretensões legais e a limitada realidade do sistema escolar brasileiro. Em decorrência das contradições e da necessidade de organizar os sistemas, as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial definem como alunos com necessidades educacionais especiais os que, no 24 processo educacional, apresentem dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações para acompanhar as atividades curriculares (não vinculadas a uma causa específica, ou relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências); condições de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos, demandando uso de linguagens e códigos aplicáveis e altas habilidades ou superdotação. O reconhecimento legal dos alunos com necessidades educacionais especiais não é suficiente. A reorganização dos componentes curriculares e a explicitação das responsabilidades dos sistemas de ensino em relação à capacitação profissional e ao suporte técnico-material à inclusão são ainda condições imprescindíveis à inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais. Por sua vez, o sistema educacional paranaense contempla, em seu sistema de ensino, a educação inclusiva, mas de forma diferenciada às políticas nacionais. O sistema paranaense, após períodos conturbados, marcados por resistência e por dúvidas, assumiu o compromisso de expandir o atendimento na rede pública de ensino, com prioridade à escola regular como o espaço preferencial para atender alunos com necessidades educacionais especiais. As dificuldades não foram superadas em 100%. Cabe ao Estado a tarefa de buscar novos caminhos para superar obstáculos presentes no seio social, os quais distanciam segmentos excluídos do acesso aos bens e serviços e, no caso específico da inclusão escolar, do direito à educação. O processo educacional deve prever, nas suas formas de inclusão, todos os alunos que necessitem ser beneficiados com recursos humanos, técnicos, tecnológicos ou materiais diferenciados. Nesta diversidade de alunos, devem ser contemplados não somente os alunos portadores de necessidades educacionais especiais. O processo educacional precisa dar conta dos índices de evasão e repetência, do grande número de analfabetos funcionais, dos alunos marginalizados por sua condição de pobreza extrema ou diferenças étnico-raciais e também dos alunos travesti ou transexual, entre outras situações de exclusão e fracasso. Em relação aos alunos travestis ou transexuais, a escola compreende que o nome social é o nome pelo qual travestis e transexuais, femininos ou masculinos, se reconhecem e preferem ser chamados. Assim, atendendo a Instrução Conjunta Nº 02/2010, da Secretaria de Estado da Educação / SUED/DAE, este colégio incluirá o nome social do aluno e/ou aluna travesti ou transexual, maior de 18 anos, que requeira, por escrito, esta inserção, nos documentos escolares internos da escola como espelho do Livro 25 Registro de Classe, Edital de Nota e Boletim Escolar. Os documentos escolares oficiais como Histórico Escolar, Certificado, Diploma, Ficha Individual, Relatório Final e Edital de Classificação para ingresso nos cursos técnicos profissionais permanecerão inalterados. Segundo CARVALHO (2004), “as escolas inclusivas são escolas para todos, implicando um sistema educacional que reconheça e atenda às diferenças individuais, respeitando as necessidades de qualquer dos alunos”. É evidente que as necessidades especiais não se referem às limitações apresentadas pelas pessoas, mas às exigências de ampla acessibilidade que oportunize condições necessárias à independência e autonomia dos sujeitos. No contexto educacional, evidencia-se a responsabilidade social de prever e prover meios de satisfazer essas necessidades. Reforça-se aqui que a expressão necessidades educacionais especiais não se restringe apenas à existência de problemas de aprendizagem, mas que também deve haver recursos e serviços educacionais diferenciados, além de não serem somente os alunos a apresentarem necessidades educacionais especiais, mas também as escolas e os sistemas de ensino. Este colégio, subordinado à Secretaria de Estado da Educação do Paraná, sua mantenedora, em seu propósito de reconhecer o grande contingente de alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, adota as políticas inclusivas da SEED, as quais definem que o atendimento a alunos portadores de necessidades educacionais especiais permanentes se destina a crianças, jovens e adultos e a oferta de serviços e apoios especializados se dará em função de: - dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento, vinculados a distúrbios, limitações ou deficiências, que demandem apoios intensos e contínuos no processo educacional associados a graves problemas de comportamento; - dificuldades de comunicação e sinalização, demandando o uso de outras línguas, linguagens e códigos aplicáveis como alunos surdos, surdocegos, cegos, autistas ou com sequelas de paralisia cerebral; - superdotação ou altas habilidades que, devido às necessidades e motivações específicas, requeiram enriquecimento, aprofundamento curricular e aceleração na oferta de acesso aos conhecimentos. - diversidade étnico-racial e opção sexual, os quais também demandam atenção especial para a superação do preconceito e exclusão social. 26 Apesar de reconhecer as necessidades educacionais especiais e ofertar a matrícula inclusiva, a prática pedagógica deve considerar o aluno não em sua situação de deficiência, tampouco no fato de apresentar altas habilidades e superdotação, mas como um sujeito social, historicamente situado, com interesses e necessidades relativos à sua faixa etária e que tem direitos e deveres, entre os quais o acesso à educação escolar formal, mesmo que sejam relevantes suas singularidades e diferenças no processo educacional. Assim, a elaboração do presente Projeto Político Pedagógico contempla a educação a alunos com necessidades educacionais especiais sob três dimensões de ação: - a construção de culturas inclusivas: direcionada à comunidade escolar e à sociedade civil, envolve propostas para a construção de uma comunidade escolar segura, receptiva, colaboradora e estimulante em que todos são considerados importantes para remover barreiras para a aprendizagem e para a participação; - a elaboração de políticas inclusivas: esta dimensão se realiza através das políticas educacionais da Secretaria de Estado da Educação; envolve a organização de apoios e a formação continuada dos professores e demais profissionais da educação, de modo que a escola desenvolva capacidade de responder às necessidades dos alunos, sem nenhum mecanismo de exclusão; - a dimensão das práticas inclusivas: esta dimensão compete aos professores e à equipe técnico-pedagógica; envolve a organização do processo de aprendizagem, por meio da flexibilização e adaptações curriculares – de conteúdos, métodos, avaliação – de modo a contemplar a participação de todos os alunos, considerando seus conhecimentos prévios, suas necessidades linguísticas diferenciadas e o contexto social. Para que, de fato, a inclusão dos alunos portadores de necessidades educacionais especiais se efetive no ensino regular, é preciso compreender o currículo dentro da concepção histórico crítica, cuja visão se amplia e se renova em ligação estreita com o conhecimento, o trabalho e a cultura, enfatizando-o como prática social, prática cultural e prática de significação. Conceber e praticar uma educação para todos pressupõe a prática de currículos abertos e flexíveis, comprometidos com o atendimento às necessidades educacionais de todos os alunos, sejam elas especiais ou não. 27 Entende-se que o conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar aos alunos idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e pessoais, efetivando-se a igualdade de oportunidades, sobretudo, em condições semelhantes aos demais. Assim, o princípio da flexibilização curricular vem possibilitar a remoção de barreiras que impedem a aprendizagem e a participação dos alunos que apresentam dificuldades em seu processo de escolarização. Portanto, as adequações a serem feitas nos componentes curriculares – objetivos, conteúdos, critérios de avaliação, entre outros - devem ser baseadas nos interesses e possibilidades do aluno concreto que se encontra em sala de aula, visando o equilíbrio harmônico entre o que é comum e o que é individual. Além disso, as ações de flexibilização e adequação curriculares podem ocorrer em diferentes níveis de atuação como nos Sistemas de Ensino, no Projeto Político-Pedagógico, no planejamento do professor. São os diferentes atores sociais os responsáveis pelas adaptações curriculares, sobretudo aqueles que se situam no contexto da escola. Somando-se a isso, o processo de inclusão também conta com os serviços e apoios especializados e com os serviços de apoio pedagógico especializado. Embora a educação inclusiva como prática efetiva apresente dificuldades em sua implementação, este colégio está sempre aberto para rever suas práticas, reavaliá-las e redirecioná-las quando há necessidade. A efetivação do processo de inclusão deste estabelecimento de ensino conta com serviços de apoio pedagógico especializados ofertados pela Secretaria de Estado da Educação / Departamento de Educação Especial. Destacam-se: - Profissionais intérpretes de libras / língua portuguesa para surdos; - Professores de apoio permanente (escribas) para alunos com deficiência física neuromotora, com graves comprometimentos na comunicação e locomoção. Além de contar com os serviços de apoio pedagógico especializado, este colégio, com a anuência de sua mantenedora, prevê e provê: - acessibilidade nas edificações, com a eliminação de barreiras arquitetônicas nas instalações, no mobiliário e nos equipamentos, conforme normas e técnicas vigentes; - professores e equipe técnico-pedagógica habilitados ou especializados; - apoio docente especializado, conforme a oferta regimentada; 28 - redução de número de alunos por turma, com critérios definidos pela mantenedora, quando estiverem nela incluídos alunos com necessidades educacionais especiais significativas, os quais necessitam de apoios e serviços intensos e contínuos; - atendimento educacional especializado complementar e suplementar; - flexibilização e adaptação curricular, em consonância com a proposta pedagógica da escola; - projeto de enriquecimento curricular e de aceleração para superdotados; - oferta de educação bilíngüe (língua de sinais e língua portuguesa). Por fim, objetiva-se um trabalho compartilhado que procura otimizar o atendimento a todos os alunos, independentemente de apresentarem diferenças significativas, reconhecendo que a escola tem como fim desenvolver as capacidades acadêmicas, cognitivas, afetivo-emocionais e sociais que potencializem o desenvolvimento pessoal de cada aluno portador de necessidades educacionais especiais. (Texto baseado nas Diretrizes Curriculares da Educação Especial da Secretaria de Estado da Educação do Paraná). 3.6. DIVERSIDADE ÉTNICO RACIAL Na área da Diversidade desenvolvem-se ações importantes que visam assegurar a implementação das Leis e resoluções que regulamentam a implementação das políticas públicas de educação e diversidade, no que se refere à visibilidade e compreensão dos diferentes sujeitos na escola, a reflexão sobre o conceito de diversidade e as realidades de desigualdade social e econômica e, fundamentalmente, a perspectiva da superação dos preconceitos que ainda existem no espaço escolar. Fazem parte deste departamento: Educação das Relações Étnicorraciais: · a Lei n.o 10639/2003, estabelece a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Educação Básica, a qual traduz as dimensões da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana no currículo da educação básica e nas práticas político-pedagógicas dos educadores e gestores escolares, buscando educar as relações étnico-raciais para a superação de concepções e atitudes 29 preconceituosas, discriminatórias e racistas no ambiente escolar e de gestão educacional; · a Deliberação n.o 04/06 - CEE institui normas complementares às Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Educação do Campo: · a resolução 4783/10, instituiu a Educação do Campo como Política Pública Educacional, com vistas à garantia e qualificação do atendimento escolar aos diferentes sujeitos do campo, nos diferentes níveis e modalidades de ensino da Educação Básica. Gênero e Diversidade Sexual: · as Leis Estaduais nº11. 733 e nº 11.734 autorizam campanhas de educação sexual nos estabelecimentos de ensino e obrigam a veiculação de programas de informação e prevenção a AIDS para as/os alunas/os de primeiro e segundo graus; · Instrução Conjunta nº 02/2010 SEED/SUED/DAE, instrui procedimentos sobre a inclusão do nome social do aluno e/ou da aluna travesti ou transexual nos documentos escolares internos. História e Cultura Indígena: · a Lei 11.645/08 que obriga a inserção da temática História e Cultura Indígena nos currículos escolares. Alfabetização de jovens adultos e idosos: · o decreto Nº 6093, de 24 de abril de 2007, dispõe sobre a reorganização do Programa Brasil Alfabetizado, visando a universalização da alfabetização de jovens e adultos de 15 anos ou mais e dá outras providências. Sendo assim, este departamento objetiva garantir o acesso e a permanência dos sujeitos da diversidade na escola pública, gratuita e de qualidade por meio de políticas públicas educacionais, refletindo sobre o preconceito, a discriminação e a desigualdade em relação à orientação sexual e à identidade de gênero, propiciando fundamentação teórico-prática para o enfrentamento dessas práticas na escola, além de discutir os conhecimentos historicamente acumulados sobre saúde, prevenção e direitos sexuais e reprodutivos da juventude. 30 4. CONCEITUAÇÃO 4.1. CONCEPÇÃO DE HOMEM E MUNDO O homem é parte integrante da natureza, é um ser que tem características particulares, porém com necessidades de sobrevivência semelhantes aos demais animais (alimentar-se, proteger-se das intempéries, reproduzir-se). Para além das exigências postas pela natureza, o homem amplia sua condição animal e, no processo de hominização, cria novas necessidades e produz meios para a satisfação destas, como a linguagem e os meios de produção. As formas de organização dos homens em sociedade através da história e as relações sociais construídas pela humanidade durante todos os séculos de sua existência referem-se à sua materialidade histórica. E, para o pensamento marxista, esta materialidade histórica pode ser compreendida a partir das análises empreendidas sobre uma categoria considerada central: o trabalho PIRES (1997). Tal hominização ocorre pelo trabalho, atividade humana por excelência, por intermédio da qual o homem se produz como homem. Ao intervir no mundo para garantir sua sobrevivência, o homem cria a própria vida humana, por isso o trabalho é a humanização do homem. Nesse sentido, MARX E ENGELS (1987) em A Ideologia Alemã, consideram que: [...] o primeiro pressuposto de toda existência humana e de toda história é que os homens devem estar em condições de viver para poderem “ fazer história”. Mas, para viver, é preciso antes de tudo comer, beber, ter habitação e algumas coisas mais. O primeiro ato histórico é, portanto, a produção dos meios que permitam a satisfação dessas necessidades (MARX e ENGELS, 1987, p.39-40). Nessa perspectiva o trabalho é um processo de transformação. SAVIANI (2007) discute a ontologia e a historicidade da categoria trabalho evidenciando que o homem diferencia-se dos outros seres pela forma como interage com o ambiente natural e pela capacidade de projetar a própria existência. O homem se mantém vivo porque é capaz de agir sobre o meio em que vive transformando-o com o fim de satisfazer as próprias necessidades, sendo o trabalho, portanto, na visão de OLIVEIRA, ALMEIDA E ARNONI (2007), a categoria primeira da qual derivam as demais, por ela explicar a trajetória humana e, conseqüentemente, o processo 31 educativo, pois a atividade humana tem como ocupação primeira a reprodução material da vida, ou seja, a sobrevivência. O homem, ao antecipar idealmente o resultado efetivo, pode ajustar seus atos como elementos de uma totalidade regida pelo objetivo. Essa prefiguração ideal do resultado diferencia a atividade do homem de qualquer outra atividade animal VÁZQUEZ (1977). A aranha executa operações semelhantes às do tecelão, e a abelha envergonha mais de um arquiteto humano com a construção dos favos de suas colméias. Mas o que distingue, de antemão, o pior arquiteto da melhor abelha é que ele construiu o favo em sua cabeça, antes de construí-lo em cera. No fim do processo de trabalho obtém-se um resultado que já no início deste existiu na imaginação do trabalhador, e, portanto, idealmente. Ele não apenas efetua uma transformação da forma da matéria natural: realiza, ao mesmo tempo, na matéria natural seu objetivo, que ele sabe que determina como lei, a espécie e o modo de sua atividade e ao qual tem de subordinar sua vontade (MARX, 1988, p. 142). Se o animal não pode ascender (atingir) à práxis, é porque, na sua ação, não pode elaborar a teoria. Sua ação é uma espécie de “prática pura”, não interiorizada. Há uma diferença antropológica fundamental que separa o homem do animal. É que o animal não possui a capacidade de distanciar-se da natureza para refletir sobre sua ação. Distanciar-se em termos de tempo e espaço para poder articular a significação ou o sentido de seu ato PEREIRA (1982). Podemos distinguir o homem dos animais pela consciência, pela religião ou por qualquer coisa que se queira. Porém, o homem se diferencia propriamente dos animais a partir do momento em que começa a produzir seus meios de vida, passo este que se encontra condicionado por sua organização corporal. Ao produzir seus meios de vida, o homem produz indiretamente sua própria vida material (MARX; ENGELS, 1987, p. 19). Partindo deste pressuposto, o trabalho deve ser tomado como princípio educativo, garantindo a todos o acesso aos conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade, necessários para a participação na vida produtiva da sociedade atual. A importância da adoção do trabalho como princípio educativo não se dá pelo fato de considerar o educando como ser político e sujeito da práxis, e de que “a tarefa de prover a subsistência, e outras esferas da vida pelo trabalho, é comum a todos os seres humanos, evitando-se, desta forma, criar indivíduos ou grupos que exploram e vivem do trabalho de outros” FRIGOTTO (2005). 32 Seguindo a linha de pensamento de OLIVEIRA, ALMEIDA E ARNONI (2007), a forma dialética de pensar fundamenta-se no fato de que o homem, enquanto ser pensante, e produtor de significados, é um ser que, ao interagir com a realidade, conhece-a e explica-a, passando a ser produtor e produto desse mundo, o qual se entende, se explica e é construído na totalidade, obedecendo a um procedimento dialético de reflexão e análise, onde o conhecimento é construído historicamente nas contradições sociais. Sendo assim, a concepção de homem centra-se no processo de produção de conhecimentos pelo homem e a utilização destes em benefício de todos os homens, sobretudo os da classe trabalhadora. 4.2. CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE, CULTURA E CIDADANIA A sociedade, como resultado da ação humana, assumiu diferentes formas de organização no decorrer da história e expressou necessariamente o modo de produção, ou seja, como o homem trabalha. Viver em sociedade é uma necessidade humana e, para possibilitar a melhor produção da vida material ao longo da história, o homem criou e aperfeiçoou diversas formas de vida em sociedade. O modo de produção da vida material dos homens condiciona a sua vida social, política e cultural, uma vez que as formas de relações sociais estabelecidas se modificam e se distinguem temporalmente. As relações sociais devem ser compreendidas a partir da perspectiva dos indivíduos numa produção socialmente determinada. De acordo com MARX (1983) “[...] a produção também não é apenas uma produção particular, surge sempre sob a forma de um determinado corpo social, de um indivíduo social, que exerce sua atividade num conjunto mais ou menos vasto e rico de ramificações da produção.” Esse desenvolvimento é contínuo e diferenciado, uma vez que as distintas fases do desenvolvimento produtivo decorrem de tipos também específicos de organização social. Assim: As relações sociais estão intimamente ligadas às forças produtivas. Adquirindo novas forças produtivas, os homens transformam o seu modo de produção e, ao transformá-lo, alterando a maneira de ganhar sua vida, eles transformam todas as suas relações sociais (MARX, 1985, p. 106). 33 Portanto, compreender a perspectiva em que tais relações se colocam é, primeiramente, entender o indivíduo como inserido em uma totalidade, no conjunto da realidade social, considerando-se que, a partir do momento que este interage com o meio, também o transforma pelo seu trabalho, produzindo as condições de que necessita para viver, de acordo com as possibilidades específicas de cada momento histórico. Ao produzir sua vida material, o homem não o faz sozinho, o faz socialmente, não sendo possível assim compreendê-lo de forma ahistórica. Isso significa que uma determinada forma de organização social advém de um encadeamento das forças produtivas historicamente produzidas. Assim, um específico momento histórico deve ser concebido e articulado às forças produzidas pelas gerações que o precederam. Dessa forma, o desenvolvimento de determinadas forças produtivas decorre do resultado de um processo sócio-histórico cumulativo, e não como uma conquista que se deve estritamente ao plano individual. Esse processo sócio-histórico tem como determinante principal o desenvolvimento das forças produtivas materiais que incidem diretamente no modo como tais indivíduos estabelecem essas relações. Conforme MARX (1986) [...] cada geração continua, por um lado, o modo de atividade que lhe foi transmitido, mas em circunstâncias radicalmente transformadas; e, por outro, modifica as antigas circunstâncias, dedicando-se a uma atividade radicalmente diferente (MARX , 1986, p.46). As bases das relações sociais construídas pela humanidade devem ser entendidas a partir do trabalho, que é a atividade pela qual o homem não somente garante a sua sobrevivência, como também garante a produção e reprodução de sua vida. Pensar a sociedade é entender a organização dos homens numa perspectiva histórica e concreta, determinada pelas condições de produção do seu trabalho. Nessas relações, há um movimento interno dinâmico que determina as características da sociedade, possibilitando a compreensão de que a escola/educação por si não alcançará a transformação social, no entanto tem um papel indispensável, considerando as condições subjetivas de sua força somadas às demais. Nesse contexto, a escola tem um papel político essencial, que é o de lutar pela socialização do conhecimento científico, para que ele não esteja ao alcance 34 somente da classe dominante, mas sim que a educação possa cada vez mais possibilitar o enriquecimento intelectual por parte do indivíduo, independentemente da classe social em que este se encontre. A finalidade da escola é, portanto, garantir que os conhecimentos ultrapassem o pragmatismo da vida cotidiana e aproximem os indivíduos da produção cultural já produzida pela humanidade, possibilitando o entendimento histórico de que a sociedade não foi sempre dessa forma, sendo portanto passível de mudanças mediante transformações das relações sociais. Cidadania é a participação, econômica e social do cidadão. “Segundo Dallari, a cidadania expressa um conjunto de direitos que da à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Concebemos cidadania por ações coletivas que busquem favorecer a aquisição do conhecimento pelo povo, para que de posse do conhecimento cientifico e de informações sobre seus direitos e deveres, os homens tenham a consciência modificada de modo que possam fazer valer seus direitos. A cidadania não surge apenas da conquista legal de alguns direitos significa a realização destes direitos. Construir a cidadania é construir novas relações e consciências. A cidadania deve ser perpassada por temáticas como a solidariedade, a democracia, os direitos humanos, a ecologia, a ética. Pode-se dizer que cidadania é essencialmente consciência de direitos e deveres e exercício da democracia. No interior da escola, uma das formas de trabalharmos a cidadania e por meio de uma gestão democrática, pois entendemos que são nos momentos de discussão e decisão coletiva, que se expressa a democracia, e como conseqüência a garantia dos direitos e deveres da comunidade escolar. Assim, cabe a escola, estimular e cultivar os valores éticos, morais e cívicos para que o educando possa vir a ser um sujeito consciente e atuante dentro da sociedade, buscando formar o sujeito autônomo capaz de refletir sobre sua realidade e nela interferir, e o nosso grande desafio. 4.3. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO E ENSINO-APRENDIZAGEM SAVIANI (2005) define a educação como um processo de transmissão e assimilação da cultura produzida historicamente e trabalho educativo como “[...] ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade 35 que é produzida historicamente e coletivamente pelo conjunto dos homens”. MÉSZÁROS (2005) se refere a educação como o processo vital da existência do homem, isto é, aquilo que caracteriza a sua especificidade de ser social, a saber, a capacidade de conhecer, de ter ciência do real e de portanto, transformá-lo de forma consciente. A escola apresenta-se, então, como a instituição social cuja especificidade é a transmissão, de forma sistematizada e organizada, desse saber historicamente acumulado, devendo proporcionar aos indivíduos os elementos fundamentais para a vida em sociedade. Assim, [...] a finalidade imediata da educação (e muitas vezes não cumprida) é a de tornar possível um maior grau de consciência, ou seja, de conhecimento, compreensão da realidade da qual nós, seres humanos, somos parte e na qual atuamos teórica e praticamente. É, pois, uma finalidade de operar uma transformação de caráter subjetivo – transformação nas consciências – ainda que exigida pela necessidade humana de operar praticamente sobre a realidade objetiva e de transformála objetivamente, concretamente, materialmente (RIBEIRO, 1991, p. 40). A educação escolar entendida como uma forma específica de práxis é um espaço concreto de crítica/autocrítica, consciência/alienação, conhecimento científico/senso comum, sendo que o educador precisa transmitir aos seus alunos o conhecimento científico e também convicções, pois conforme ALVES (2001) não se pode dissociar a função e razão de ser do trabalho didático que é a transmissão do conhecimento. É desse modo que, na atividade de educador, essencial a todas às sociedades, é preciso considerar dois pólos: [...] o da afirmação de valores e o da reflexão crítica/autocrítica; o das convicções e o das dúvidas. A educação, no âmbito do esforço daqueles que lutam por uma democratização mais efetiva da sociedade, deve passar continuamente de um pólo ao outro. Se estacionar no primeiro, coagula os valores, ossifica-os, engessa-os e atrela a práxis a dogmas. Se ficar girando exclusivamente em torno do segundo, esvazia a práxis, emperra-a, prende-a num círculo vicioso, transforma-a num jogo estéril (KONDER, 2001, p. 22). Para MASSON (2007), no método dialético, a educação faz-se a partir do real, do concreto, da visão caótica do todo, e através de uma análise, chega-se a conceitos cada vez mais simples; do concreto figurado às abstrações cada vez mais delicadas, até atingir as determinações mais simples onde, 36 “Concreto e abstrato não podem ser separados; são dois aspectos solidários, duas características inseparáveis do conhecimento. Convertemse incessantemente um no outro: o concreto determinado torna-se abstrato; e o abstrato aparece como concreto já conhecido. Penetrar no real é superar o imediato – o sensível – a fim de atingir conhecimentos mediatos, através da inteligência e da razão. O empirismo tem razão ao pensar que se deve partir do sensível, mas erra quando nega que seja necessário superar o sensível; o racionalismo tem razão em crer nas ‘idéias’, mas erra ao substancializá-las metafisicamente, situando-as fora do real que elas conhecem” (LE-FEBVRE, 1991, p.111-112). A organização da educação pela dialética propicia ao sujeito da aprendizagem a compreensão do movimento do real e, simultaneamente, a apropriação desse movimento pelo pensamento. E, pressupondo que a realidade somente se torna concreta para o pensamento, quando são explicitados os “nexos internos” que a fazem ser assim como é, a dialética é o princípio fundamental para a organização do saber de ensino, ARNONI (2004). O conteúdo sob a perspectiva dialética significa considerar na relação Parte & Todo: Conceito científico constitui uma totalidade dinâmica, que explica um aspecto do todo, a realidade da qual foi “retirado” ou “recortado” para ser pesquisado, expressando, assim, idéias articuladas e organizadas de forma sistemática e metódica de um aspecto da natureza momentaneamente separado do todo ao que pertence; b) as relações de tensão que se estabelecem entre o conceito científico (totalidade) e o todo ao qual pertence permitem identificar as contradições geradas nessas relações e elaborar categorias que expressam esta tensão dialética. [...] Se ficar preso exclusivamente ao conceito científico terá a dimensão de uma das partes do todo, algo a-histórico e desgarrado da dinâmica da natureza. No entanto, ao “devolver” (inserir novamente) o conceito científico no todo ao qual pertence, tem dele uma nova compreensão, a de totalidade dinâmica, elaborando, assim, o conteúdo de ensino (OLIVEIRA; ALMEIDA; ARNONI, 2007, p. 168-169). ARNONI (2004) o saber que diretamente interessa à educação é aquele que emerge do processo de aprendizagem e que se viabiliza no trabalho educativo pela mediação, que em uma perspectiva dialética, significa a relação entre o conhecimento imediato (saber do cotidiano) e o conhecimento mediato (saber científico). Essa forma de ensinar o saber científico revela o trabalho educativo como transformador, isto é, propicia a compreensão do movimento do real e, simultaneamente, a apropriação desse movimento pelo pensamento. Portanto, para ARNONI (s/d, p.8) a característica essencial da prática educativa é a intencionalidade do trabalho pedagógico desenvolvido pelo professor (processo de ensino) objetivando influenciar o processo de aprendizagem (a relação 37 do aluno com o saber), onde a prática educativa constitui um processo consciente, pelo qual se trabalha o saber cultural produzido historicamente por intermédio da relação pedagógica, sendo que a intencionalidade da prática educativa consiste em ensinar os bens culturais, para que o aluno, sujeito da aprendizagem, desenvolva uma concepção mais articulada do cotidiano, podendo, assim, agir criticamente e não de forma alienada. 4.4. CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA A infância é entendida como categoria social e como categoria da história humana, englobando aspectos da adolescência ou juventude, sendo compreendida, também, como o período da história de cada um, que se estende, do nascimento até aproximadamente dez anos de idade. Profissionais que trabalham na educação e no âmbito das políticas sociais voltadas à infância têm enfrentado inúmeros desafios, entre eles questões relativas à situação política e econômica e à pobreza da população, questões de natureza urbana e social, bem como problemas específicos do campo educacional. Vivemos a contradição de possuir um conhecimento teórico sobre a infância e de viver dificuldades no trabalho docente diário, portanto refletir sobre essas questões hoje, é condição para planejar o trabalho na escola. Desde que o historiador francês Philippe Ariès publicou, nos anos de 1970, seu estudo sobre a história social da criança e da família, analisando o surgimento da noção de infância na sociedade moderna, sabemos que as visões sobre a infância são construídas social e historicamente. A inserção concreta das crianças e seus papéis variam com as formas de organização da sociedade, assim, a ideia de infância não existiu sempre e da mesma maneira. Ao contrário, a noção de infância surgiu com a sociedade capitalista, urbano-industrial, na medida em que se alterava a inserção e o papel social da criança na sua comunidade. As contribuições do sociólogo francês Bernard Charlot, nos anos 1970, também foram fundamentais e ajudaram a compreender o significado ideológico da criança e o valor social atribuído à infância. As ideias de Charlot favoreceram compreender a infância de maneira histórica, ideológica e cultural, entendendo que a dependência da criança em relação ao adulto é fato social e não natural. Também a 38 antropologia favoreceu conhecer a diversidade da infância, as práticas culturais adequadas para crianças e adultos, bem como brincadeiras, atividades lúdicas, músicas, histórias, valores e significados. As teorias de Vygotsky e Wallon e seu debate com Piaget, também revelaram esse avanço e revolucionaram os estudos da infância. Crianças são sujeitos sociais e históricos, marcadas, portanto, pelas contradições das sociedades em que estão inseridas. Reconhecemos o que é específico da infância: seu poder de imaginação, a fantasia, a criação, a brincadeira entendida como experiência de cultura, situação em que estabelecem novas relações e combinações, pois as crianças viram as coisas pelo avesso e, assim, revelam a possibilidade de criar, pois o tempo da infância é um tempo de aprender e de brincar em que a brincadeira é fundamental para o desenvolvimento da aprendizagem. Pensar sobre a infância na escola e na sala de aula é um grande desafio para o ensino fundamental que, ao longo de sua história, não tem considerado o corpo, o universo lúdico, os jogos e as brincadeiras como prioridade. Acreditamos que um dos desafios, seja o de aprender sobre e com as crianças por meio de suas diferentes linguagens. Nesse sentido, a brincadeira se torna essencial, pois nela estão presentes as múltiplas formas de ver e interpretar o mundo. A brincadeira é responsável por muitas aprendizagens, portanto faz-se necessário, definir caminhos pedagógicos nos tempos e espaços da escola e da sala de aula que favoreçam o encontro da cultura infantil, valorizando as trocas entre os que ali estão possibilitando as crianças recriar, expressar suas emoções e formas de ver e de significar o mundo. Nos últimos anos, temos recebido muitas crianças com laudo de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, situação que nos tem levado a procurar a ajuda de especialistas para esclarecer e compreender tal doença, visto que a formação do professor não contempla tal questão. Assim, reconhecemos que os educandos, independentemente de sua idade e condição física ou intelectual, portam um saber próprio que deve ser considerado pela escola. Isso implica a compreensão de que a infância, a pré-adolescência, a adolescência, a juventude e a fase adulta devem ser entendidas como momentos próprios, não estanques, mas em processo, considerando a vivência dos sujeitos. 39 Parte-se da compreensão de que a educação tem como função social, por meio do acesso dos educandos ao conjunto de conhecimentos construídos historicamente e da relação dialógica no espaço escolar, contribuir para a construção de uma sociedade democrática na qual os sujeitos venham conquistar efetivamente o acesso aos bens produzidos pela sociedade, sejam estes culturais ou materiais, e nesse sentido disponibilizar aquilo que as outras gerações produziram: os saberes, os valores e tudo que compõe a cultura. Assim, a educação compreendida como direito de todos, aponta para a superação das desigualdades oriundas de condições socioeconômicas, de diferenças étnicas, de orientação sexual, de gênero, de classe, de origem geográfica e faixa etária, numa concepção que configura o aprofundamento de uma perspectiva democrática e humanizadora frente à sociedade e a educação. Nessa mesma direção, a LDB (Lei n. 9.394/96) define como finalidade da educação “o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (art. 2º). Tais finalidades da educação escolar pressupõem o desenvolvimento do educando como um ser humano pleno, em todas as suas dimensões – afetivas, emocionais, corporais, cognitivas e sociais. Portanto, pensar a escolarização da infância, da pré-adolescência e da adolescência pressupõe, inicialmente, a compreensão do movimento histórico da constituição desses sujeitos nas práticas socioculturais. Isso significa apreender, na dinâmica social, o que é constitutivo desses sujeitos, nas suas especificidades de criança, de pré-adolescente e de adolescente, entendendo o desenvolvimento humano como sendo ao mesmo tempo, orgânico e social, que envolve aspectos biológicos, psicológicos e culturais. Além disso, considera-se que o compromisso de possibilitar a aprendizagem dos educandos não se efetiva na ação isolada de cada professor em sua área de atuação, mas se dá de forma integrada. Assim, todos na escola são responsáveis, coletivamente, pela implementação de ações, de metodologias que favoreçam a aprendizagem dos educandos em um contexto de diversidade de forma coletiva e planejada, com momentos de estudo e pesquisa, de planejamento e integração da comunidade escolar e de ações didático-pedagógicas diversificadas. As ações educacionais deste estabelecimento de ensino estão fundamentadas na concepção de criança e adolescente como um ser humano completo, com características, constituição física, formas de agir, pensar e sentir, 40 numa perspectiva sócio-histórica, onde a criança é fruto das interações sociais e a escola é um espaço de mediação e apropriação do conhecimento historicamente acumulado, sendo a criança um sujeito de direito em pleno desenvolvimento desde o seu nascimento. Compreendemos a adolescência como um período de transformações físicas e emocionais que são próprios da condição transitória deste período, onde a escola como instituição formadora, possui um papel importante, cabendo a ela ser um lugar democrático onde o aluno aprenda, exercite sua autonomia, amadureça suas escolhas, compreenda os limites sociais e desenvolva o respeito das regras, sendo percebidos como seres históricos, sujeitos plenos de seus direitos e deveres e capazes de intervir de maneira significativa no meio em que vivem. 4.5. CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO Atualmente muitas são as contradições quanto à compreensão do conceito de alfabetização e muito maiores são os problemas identificados quanto à aquisição de seu processo nas escolas. Esse tema tem se colocado como alvo de estudos e discussões constantes, visto que se encontra como ponto fundamental na construção do conhecimento. As discussões acerca do processo de alfabetização têm introduzido novas linguagens e formas de compreensão a muitos momentos dessa construção, a expressão “alfabetização funcional” tornou-se bastante difundida na tentativa de ampliação do significado de alfabetização. Novos estudos afirmam que alfabetização não significa apenas aprender a ler e escrever, não implica em ensinar apenas a codificar e decodificar símbolos ou códigos gráficos, estar alfabetizado consiste em uma prática bem mais ampla que compreende fazer uso efetivo das diferentes funções sociais da leitura e da escrita. Nesse sentido o surgimento do termo letramento tem encontrado espaço na necessidade de configurar e nomear comportamentos e práticas sociais na área da leitura e da escrita que ultrapassem o domínio do sistema alfabético e ortográfico, que tradicionalmente tem sido perseguido pelo processo de alfabetização. Conforme descreve Magda Soares, pode-se admitir que no plano conceitual talvez a distinção entre alfabetização e letramento não se fizesse necessária, desde que se ressignificasse o conceito de alfabetização ampliando sua compreensão, 41 porém no plano pedagógico torna-se conveniente, ainda que os dois processos sejam reconhecidos como indissociáveis e interdependentes. Assim é necessário reconhecer que alfabetização, entendida como aquisição do sistema convencional de escrita é diferente do letramento, entendido como o desenvolvimento de comportamentos e habilidades de uso competente da leitura e da escrita em práticas sociais, distingue-se tanto em relação aos objetos do conhecimento quanto em relação aos processos cognitivos e lingüísticos de aprendizagem. Porém não podemos esquecer que embora distintos alfabetização e letramento são indissociáveis e interdependentes: alfabetização só tem sentido quando desenvolvida no contexto de práticas sociais de leitura e de escrita e por meio dessas práticas, ou seja, em um contexto de letramento,com atividades significativas. A interação e a articulação do processo de alfabetização e letramento se faz necessária e permitem a construção de um conhecimento baseado no real, conhecimento com significado e sentindo que permite ao educando perceber os verdadeiros sentido da leitura e da escrita. 4.6. CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO E TECNOLOGIA Influenciada pelas tecnologias da informação e comunicação, a escola busca alternativas para integrá-los ao processo educacional e ao mesmo tempo integrar-se nesta esfera tecnológica. As tecnologias são ferramentas de ensino e, como tal, devem ser usadas para o desenvolvimento de novas práticas pedagógicas baseadas na concepção dialética de construção do conhecimento, visto que podem desencadear uma série de mudanças na forma como se constrói o conhecimento. A educação frente a essa transformação social e ao rápido desenvolvimento tecnológico tem buscado construir estratégias pedagógicas elaboradas a partir do uso dos recursos tecnológicos, resultando na descoberta de possibilidades de uso das tecnologias nas práticas educacionais. A integração das mídias nos processos de aprendizagem e conhecimento proporciona a criação de novas modalidades de trabalho na escola, além de ser uma forma de tornar a construção do mesmo mais atraente para o aluno. A possibilidade de “animar”, ou ilustrar a apresentação dos 42 conteúdos oportuniza novas formas de ver, ler e escrever o mundo, transformando a escola de simples transmissora de conhecimentos em organizadora de aprendizagens e saberes, proporcionando ao aluno os meios necessários para inclusão digital e a apropriação crítica das tecnologias. É válido ressaltar que a utilização das ferramentas tecnológicas deve ser previamente planejada e aliada a procedimentos didático-pedagógicos que potencializem sua utilização de forma a alcançar determinados objetivos previamente pensados, o que exige uma transformação de atitude por parte de muitos professores, reconhecendo que não são os detentores dos conhecimentos e que há outros modos de aprendizagem diferentes daqueles que se assentam apenas nos saberes enciclopédicos tradicionais. A tecnologia é muito mais que seus artefatos e suas invenções, é a materialização das relações sociais no contexto histórico, que implica a necessidade de uma formação educacional crítica para uma prática transformadora. Para tanto, é importante que se entenda os fins da tecnologia e que esta esteja fundamentada nas necessidades humanas e sociais. Segundo PINTO (2005), a tecnologia não deve ser “endeusada” ou ideologizada a ponto de desmobilizar as lutas sociais para aqueles que buscam uma sociedade melhor, associada às práticas de emancipação humana. Assim, analisar a relação tecnologia e educação deve ser, também, uma tentativa em não transformar a tecnologia em ideologia dentro do espaço educacional, impossibilitando a efetivação do ensino-aprendizagem, com princípios éticos e valores capazes de superar as relações sociais alienantes. Ela se apresenta como uma realidade social no mundo do trabalho, mas que necessita ter sentido e assim o trabalhador não pode ser apenas um acionador de botões. Tal concepção sugere uma reflexão crítica dos próprios fins da tecnologia fundamentada nas relações humanas e sociais, implicando desenvolver princípios éticos, para compreensão das transformações ocorridas com o avanço tecnológico, devendo o trabalho pedagógico se fundamentar nas necessidades sociais do ser humano e, dentro dessas necessidades, desempenhar de forma crítica o seu papel no mundo produtivo, sabendo resolver imprevistos relacionados às condições de trabalho do indivíduo em todas as suas dimensões, pois A tecnologia não é boa nem má, dependendo das situações, usos e pontos de vista, e “tampouco neutra, já que é condicionante ou restritiva, já que de 43 um lado abre e de outro fecha o espectro de possibilidades”. Não se trata de avaliar seus impactos, mas de situar possibilidades de uso, embora, “enquanto discutimos possíveis usos de uma dada tecnologia, algumas formas de usar já se impuseram”, tal a velocidade e renovação com que se apresentam (LÉVY, 2000, p. 26). Com essas reflexões verificamos que a escola e os meios tecnológicos de comunicação e informação caminham em paralelo. Ambos retratam a realidade e a cotidianidade; apresentam valores, conceitos e atitudes presentes na realidade em geral, que são absorvidos sob diferentes matizes. Hoje, o desafio para a educação vai além do ensinar com modernas ou tradicionais tecnologias, inclui a realidade que elas comunicam e representam, além da comunicação que propiciam entre pessoas. A educação sendo um processo democrático pressupõe a participação dos sujeitos a partir de seu contexto sociocultural, e transforma-se em um espaço de socialização entre sujeitos e de socialização dos conhecimentos gerados pelos sujeitos; conhecimentos que, quando compartilhados com os outros, exercem seu papel mais amplo: contribuir para que o aluno construa, reelabore e integre-se ao mundo. Nesse sentido, MORIN (2001) assegura que a educação escolar pressupõe aprender a “gerenciar tecnologias, tanto da informação quanto da comunicação, e pressupõe [ainda] ajudar a perceber onde está o essencial, estabelecendo processos de comunicação cada vez mais ricos e mais participativos”. Não se trata de apenas incorporar o conhecimento das modernas tecnologias e suas linguagens. É preciso avançar, ultrapassar as relações com os suportes tecnológicos, possibilitando comunicações entre os sujeitos, e destes com os suportes tradicionalmente aceitos pela escola (livros, periódicos), até os mais atuais e muitas vezes não explorados no âmbito escolar (jornais, revistas, vídeos, games, televisão, Internet...), o que exige que o professor realize seu papel de mediador no processo ensino e aprendizagem. 4.7. CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO A escola insere-se dialeticamente no contexto social e apresenta-se como a instituição que oportuniza a vivência de experiências culturais mais amplas e diversificadas, onde a aprendizagem acontece a partir do conhecimento imediato trazido pelo aluno. Assim, educar é mais que reproduzir conhecimento, é, sobretudo, 44 apontar diferentes maneiras de interpretar o mundo, o conhecimento e as relações sociais, respondendo aos desafios da sociedade na busca da transformação. A concepção de currículo vincula-se à concepção dialética da Educação, às relações de reciprocidade e colaboração entre as diversas áreas em uma atitude dialógica e coletiva, necessária à compreensão das múltiplas relações que constituem o mundo, no qual os sujeitos, mediados pela comunicação, organizam-se e interagem construindo saber, cultura e condições necessárias à existência. Pois segundo FERRAÇO (2006) Pensar os currículos de uma escola pressupõe, então, viver seu cotidiano que inclui, além do que é formal e tradicionalmente estudado, toda uma dinâmica das relações estabelecidas, ou seja, para se poder falar dos currículos praticados nas escolas, é necessário estudar os hibridismos culturais vividos nos cotidianos. (FERRAÇO, 2006, p. 10) O currículo deve redimensionar, constantemente, os espaços e tempos escolares, revendo concepções e práticas pedagógicas, possibilitando mudanças, a partir de uma práxis reflexiva, tendo em vista o processo de ensino – aprendizagem. Todo o processo de educação escolar, por ser intencional e sistemático, implica a elaboração e realização de propostas pedagógicas a serem vivenciadas em sala de aula, na escola e fora dela. O currículo é entendido aqui como o conjunto dessas atividades, carregadas de sentido, com uma intencionalidade educativa, capaz de indicar os caminhos, admitindo mudanças, atalhos, alterações significativas em busca da aprendizagem. Assim, a educação possibilita a troca de experiências e a construção de aprendizagens significativas. Dessa forma, o currículo está diretamente relacionado ao contexto histórico e sócio-político-cultural, sendo construído de forma dinâmica e participativa através de uma abordagem dialética, tendo em vista, prioritariamente, a formação do aluno comprometido eticamente com a transformação da sociedade. 4.8. CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO O conhecimento histórico das concepções de métodos e avaliação no processo ensino-aprendizagem influencia a prática pedagógica. É consenso entre os educadores que os métodos e os procedimentos de ensino se alteram em razão de um momento histórico, como também os conteúdos e a forma de avaliar o processo 45 ensino-aprendizagem divergem no tempo porque as concepções de homem, sociedade e conhecimento mudam conforme o trabalho se transforma. Sendo assim, em cada momento histórico as concepções de avaliação se alteram e a apropriação destas deve considerar o momento em que foram produzidas. Conforme: Independentemente do período histórico, qualquer conteúdo educacional, com seus respectivos encaminhamentos metodológicos ou didáticos, incluindo-se neles os de avaliação, têm por finalidade interferir na realidade social, reforçando-a, acelerando-a, ou, mesmo, negando-a. Ou seja, um projeto educacional tanto pode envidar esforços para reproduzir o sistema social no qual está inserido, como pode, pelo princípio de contradição inerente aos movimentos, estimular a vontade por outra forma de convivência social (NAGEL 2007, p.1). Verifica-se que a sociedade capitalista pressupõe um modelo de avaliação caracterizada como instrumento de discriminação e exclusão social porque as relações de capital são marcadas pelas desigualdades sociais. E a escola não pode ser assim, ela precisa ser uma instituição que permita, pela transmissão dos conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade, a construção de um novo modelo de sociedade. Contrapondo este modelo, a escola enquanto espaço de transmissão de conceitos científicos e que não tem por objetivo reproduzir a sociedade desigual em que vivemos, deve ter como meta principal proporcionar “curricularmente um ambiente pedagógico de trabalho que possa promover aspirações, conhecimentos e práticas superadoras dos limites já dados pela sociedade capitalista, no mínimo, no interior da própria instituição” (NAGEL, 2007, p. 2). A compreensão da avaliação não pode estar desvinculada da compreensão das relações sociais, da prática escolar e interações efetivadas dentro da escola, pois entender a avaliação dentro da escola significa entender as contradições próprias do modelo econômico social vigente e por isso a avaliação necessita adquirir um novo sentido através de ações coletivas dos professores, com a intencionalidade de rever suas práticas pedagógicas, estabelecer critérios e objetivos bem definidos e assim fazer uma análise da sociedade, da escola e do processo ensino-aprendizagem. A avaliação só tem função social quando está intimamente vinculada a um projeto de vida para os homens. Educa-se, ensina-se, para a sociedade que se deseja ver transformada (ou não). Se não existe projeto de vida para os homens obterem o que ainda não foi alcançado, não há necessidade social de avaliação a não ser a de preencher com notas os boletins curriculares 46 individuais (SEED/PR, 1986, p. 29). Esta visão de avaliação pressupõe que todos os que atuam no espaço escolar sejam avaliados (diretor, coordenadores, pedagogos, professores, funcionários e pais). Se todos realizarem sua auto-avaliação ou forem avaliados de forma ética e criteriosa, será possível perceber os entraves que interferem no processo e redimensionar a sua ação. Por isso, a avaliação deve ser um recurso para a melhoria do ensino, a ser utilizado por todos os membros da escola. Neste sentido, o processo ensino-aprendizagem pode ser repensado e redimensionado qualitativamente. Segundo NAGEL (2007): Por ser a ação educativa organizadora de atividades, uma ação que se propõe a alterar comportamentos e/ou a desenvolver habilidades através de variados recursos, a avaliação é o seu instrumento mais poderoso para fornecer informações quanto à orientação, ou reorientação, que as atividades educacionais já executadas devem receber [...] A avaliação, portanto, não tem um fim em si mesma. Ela é um caminho para um fim que a ultrapassa. Ela é um recurso, uma estratégia para a agilização dos hábitos, habilidades e/ou conhecimentos considerados necessários aos cidadãos que interagem socialmente. A avaliação possibilita, portanto, garantir, com maior eficiência, a formação do homem considerada legítima (NAGEL, 2007, p. 2). A avaliação é, portanto, parte fundamental do processo ensino-aprendizagem. É por ela que se verifica o nível de apropriação dos conteúdos pelo aluno, se o plano de aula está adequado e a metodologia utilizada garante a aprendizagem do conteúdo, sendo necessário considerar se todos os aspectos estruturais (físicos, humanos e pedagógicos) envolvidos no processo estão adequados para atingir os objetivos. De acordo com NAGEL(2007): Nesta perspectiva, a avaliação educacional implica, fundamentalmente, um processo de decisão que subentende: a) o conhecimento, através de coleta de dados, de quais são os resultados dos esforços feitos em direção às metas ou objetivos desejados pelas ações educativas já realizadas; b) a aplicação de meios e/ou de recursos eficientes para superar os dados encontrados, sempre visando dar maior dinamicidade aos processos, em função dos resultados já obtidos. A avaliação, nesse sentido, contempla sempre a intenção de colocar o projeto educacional, ou, as ações educativas, em discussão, reflexão ou revisão para que sejam atingidos, da melhor forma e do modo mais rápido possível, seus objetivos (NAGEL, 2007, p. 2). Partindo desses pressupostos, a avaliação deste colégio é uma ação diagnóstica, contínua e mediadora do processo educativo. Em sua dimensão 47 diagnóstica, ela busca as causas, as hipóteses, as relações entre os vários fatores interagentes no processo educativo e que podem interferir no trabalho que se realiza; ela reorienta as ações que compõem o trabalho pedagógico. Este estabelecimento de ensino, ao propor uma avaliação diagnóstica, contínua e mediadora do processo ensino-aprendizagem, ele objetiva: a) Verificar se os objetivos propostos estão sendo atingidos; b) Identificar as causas que dificultam e/ou interferem no crescimento intelectual e afetivo do aluno; c) Indicar aspectos / habilidades, atos e atitudes que podem contribuir para melhorar o desenvolvimento do aluno como pessoa e como estudante; d) Sinalizar melhor o caminho a ser percorrido Esta forma de avaliar não visa à avaliação pelo prisma da promoção, mas da aprendizagem significativa, decorrente dos objetivos propostos e da identificação das causas que dificultam e/ou interferem no processo de aquisição e construção dos conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade. A partir dessa concepção, a avaliação do processo ensino-aprendizagem deste colégio define-se como trimestral, da seguinte forma: A avaliação trimestral será composta pela somatória da nota 3,0 (três vírgula zero) referente a atividades e trabalhos; mais a nota 7,0 (sete vírgula zero) resultante de no mínimo 02 avaliações, totalizando nota final de 10,0 (dez vírgula zero). Avaliação trimestral: MA = 1º trimestre + 2º trimestre + 3º trimestre = 6,0 3 A recuperação de estudos será concomitante aos conteúdos desenvolvidos no trimestre e se dará da seguinte forma: I. Será proporcionado a todos os de forma concomitante a revisão dos conteúdos não assimilados no processo ensino aprendizagem; II. Após a revisão dos conteúdos, os alunos com média inferior a 6,0 (seis vírgula zero) deverão ser submetidos a uma nova avaliação com peso 10,0 (dez vírgula zero), aos alunos com média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) a realização da prova de recuperação é optativa. 48 Será considerado aprovado, automaticamente, o aluno que, com frequência igual ou superior a 75% do total da carga horária, obtiver média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero). Aos alunos do Curso Técnico em Administração integrado à Educação de Jovens e Adultos – PROEJA, do Curso Técnico em Secretariado subsequente e Informática subsequente ao Ensino Médio, a avaliação do processo ensinoaprendizagem define-se como semestral, da seguinte forma: o resultado final é obtido usando-se a média aritmética como segue: Avaliação semestral: MS= 1º bimestre + 2º bimestre= 6,0 2 Os alunos serão considerados retidos, ao final do semestre, quando apresentarem frequência inferior a 75% do total de horas letivas do semestre, independentemente do aproveitamento escolar e/ou frequência superior a 75% do total de horas letivas do semestre e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero). Ao final do ano letivo, há que se compreender que, mesmo o aluno não tendo atingido a média 6,0 (seis vírgula zero), há a necessidade de o Conselho de Classe, na perspectiva de crescimento intelectual do aluno, apropriação de conhecimentos obtida por ele e aprendizagem significativa, analisar, criteriosamente, a possibilidade real de o mesmo ser promovido para a série seguinte. Isto deve ser feito amparando-se nos objetivos propostos antecipadamente e nos conteúdos essenciais previstos no Currículo. A produção humana transmitida na forma de saber escolar deve superar a imediaticidade do ser humano e compreender a realidade humana do trabalho e do conhecimento numa perspectiva mais ampla. Conclui-se que o acompanhamento sistemático do aluno e dos professores ao longo da escolarização é que dá o direito da escola reprovar ou não. A “alma” das avaliações escolares encontra-se, pois, no projeto pedagógico da escola, na organização do currículo, nos debates integradores das diversas disciplinas que se propõem a formar um homem com qualidades e saberes suficientes para lutar, coletivamente, de modo concreto, por uma educação de qualidade, por uma instrução humanizada, por uma sociedade melhor (NAGEL, 2007, p. 3). 49 4.8.1. SIMULADO NOTURNO A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensinoaprendizagem com a finalidade de verificar o nível de apropriação do conhecimento pelo aluno, realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e instrumentos diversificados, coerentes com a concepção educativa deste colégio. Com o objetivo de estimular a permanência dos alunos matriculados no período noturno, a comunidade escolar, quando da realização do Fórum Noturno, decidiu adotar, como um dos critérios de avaliação destes alunos, a realização do simulado, uma avaliação realizada ao final do 1º e do 2º trimestres, constituída de 50 questões com os conteúdos trabalhados em cada uma das disciplinas da Matriz Curricular no trimestre e valor 1,0. O resultado obtido pelo aluno nesta avaliação é somado à nota final obtida em cada disciplina, desde que o mesmo tenha atingido no simulado, nota diferente de zero. 4.9. RECUPERAÇÃO PARALELA A recuperação paralela é um meio que a escola possui para atender a diversidade e características e ritmos de aprendizagem dos alunos. Tendo em vista que as expectativas de aprendizagem devem orientar o professor na identificação dos alunos que necessitam de apoio para superar dificuldades por meio da recuperação paralela, cabe à escola oferecer oportunidades de aprendizagem redirecionando ações de modo que as dificuldades diagnosticadas possam ser superadas. De acordo com VASCONCELLOS (2003), a Recuperação de Estudos consiste na retomada de conteúdos durante o processo de ensino e aprendizagem, permitindo que todos os alunos tenham oportunidades de apropriar-se do conhecimento historicamente acumulado, por meio de metodologias diversificadas e participativas. Para que ocorra a Recuperação de Estudos é necessário o acompanhamento do professor, sendo fundamental a compreensão de que a aprendizagem ocorre a partir da existência, pela mediação das pessoas por meio das relações sociais, tendo claro que todos os sujeitos são singulares, únicos, com características 50 diferenciadas e, portanto, cada um se apropria do conhecimento de acordo com suas especificidades. Não somos iguais, sendo assim, a aprendizagem passa a ser um processo individual. Como sabemos, a legislação aponta os caminhos para a efetivação da Recuperação de Estudos para que o aluno seja atendido em suas particularidades. No entanto, a prática cotidiana tem demonstrado que a recuperação geralmente acontece ao final do processo, quando se aplica uma “prova” e ao perceber que o aluno “tirou” uma nota inferior à média, lhe é solicitado um trabalho gerando uma nota apenas pela entrega, independente do conteúdo que apresente. Em sentido contrário a esta prática, PARO (2001) defende que A recuperação, em vez disso, deveria ser pensada como princípio derivado da própria avaliação. Esta, num processo contínuo e permanente, embutido no próprio exercício de ensinar e aprender, diagnosticaria os problemas e dificuldades que a recuperação, também num processo contínuo e permanente, de solucionar (ou intentar soluções) pelo oferecimento de novos recursos e alternativas de ação (PARO, 2001, p. 42). A recuperação de estudos, portanto concomitante ao processo letivo, tem por lógica pedagógica recuperar os conteúdos não apropriados e não os instrumentos de avaliação. Ou seja, os diferentes instrumentos de avaliação serão vias para perceber os conteúdos que não foram apreendidos e que deverão ser retomados no processo de recuperação de estudos. Como ocorre este processo? Ele é concomitante e ocorre de duas formas: 1 - A retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido pelos instrumentos de avaliação. 2 - A reavaliação do conteúdo já "reexplicado" em sala. “Um não nega o outro”. Todos os instrumentos utilizados para trabalhar um conteúdo específico são em si instrumentos que possibilitam verificar o processo de aprendizagem e, portanto, de avaliação: textos escritos, apresentações, exercícios, produções coletivas ou individuais, seminários, etc. A recuperação não precisa preceder cada instrumento, uma vez, que todos os instrumentos serão usados metodologicamente como via de ensino e aprendizagem, portanto, de diagnóstico dos mesmos e não com fins de aferir valores. Cabe ao professor perceber, através destes, em que dimensões os conteúdos devem ser retomados e reavaliados. 51 A recuperação, assim sendo, não recupera os instrumentos e sim os conteúdos, cujos instrumentos foram utilizados como via para aprender e como diagnóstico para autoregular o processo. É preciso desvincular a idéia de reavaliação, que integra o processo de recuperação de estudos, através apenas das provas formais. Não precisam ser provas necessariamente. Pode ser uma pesquisa, seminário de apresentação para grupo de alunos diferentes, conforme a dimensão do conteúdo que não foi apropriada, entre outros. É importante ter claro que é preciso ter definidos os critérios de avaliação, os conteúdos a serem avaliados e os instrumentos a serem utilizados. O peso da recuperação de estudos deve ser proporcional aos da avaliação, ou seja, se o processo vai de 0 a 100% de apreensão, diagnóstico e retomada dos conteúdos, a recuperação não será um “adendo” à nota, e terá peso de 0 a 100%. Assim, os resultados, medidos imediata ou posteriormente, integrarão os registros do professor, prevalecendo sempre a nota maior. Portanto, neste colégio a recuperação de estudos considerará a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Nº 9394/96, dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem e será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados. 4.10. CONSELHO DE CLASSE A organização dos Conselhos de Classe, segundo DALBEN (2004), é a mais importante das instâncias colegiadas da escola em razão dos objetivos de seu trabalho, pois é capaz de dinamizar o coletivo da escola pela via da gestão do processo de ensino, foco central do processo de escolarização. O Conselho de Classe é o espaço prioritário da discussão pedagógica. Como instituição de ensino, compreendemos que o Conselho de Classe deve ser mais do que uma reunião pedagógica, pois ele é parte integrante do processo de avaliação desenvolvido pela escola, é o momento privilegiado para redefinir práticas pedagógicas com o objetivo de superar a fragmentação do trabalho escolar e oportunizar formas diferenciadas de ensino que realmente garantam a todos os 52 alunos a aprendizagem. Há que se compreender que a função do Conselho de Classe, como instância colegiada, é superar a concepção de “concessão de chances” para os alunos, a resolução de conflitos, a priorização de notas, um instrumento de aprovação ou reprovação – resultado de um processo educativo fragmentado; é entender que sua função é deliberativa e consultiva e que votar não tem o mesmo significado de deliberar, pois deliberar implica em uma decisão precedida pela discussão, reflexão, ponderação, consideração de diferentes aspectos do problema, exame das possibilidades, para então tomar uma decisão conjunta de modo a encaminhar uma providência ou determinação. Dentre os obstáculos que limitam a real função do conselho de classe, ainda podemos destacar: o individualismo; a mera validação do fracasso escolar; alunos e conteúdos tratados como objeto de foro privado de cada disciplina; a realização do conselho de classe atrelada a prazos de entrega de notas; docente x equipe pedagógica; pouca clareza quanto aos critérios qualitativos; aprendizagem x fatores extra e intra-escolares. Para que o Conselho de Classe se efetive enquanto órgão colegiado de gestão escolar, é preciso que todos os membros da comunidade escolar o compreendam como um espaço educativo que pode qualificar ou desqualificar o trabalho da escola; que pode mobilizar o coletivo escolar em prol de um processo de luta pela democratização do saber e que sua real efetivação impõe um processo dialético de construção histórica aberto a novos encaminhamentos, ampliando a possibilidade de novas perspectivas de formação humana e de relações efetivas de trabalho na medida em que todos apreendem conscientemente a força transformadora desse instrumento. Assim, segundo FREIRE (2001), o Projeto Político Pedagógico adquire significado e se coloca a serviço da coletividade, visando uma sociedade menos injusta, mais democrática, menos discriminatória, menos racista e menos sexista. Esta concepção exige uma postura flexível da comunidade escolar, pois concepções arraigadas nas formas de pensar e agir de professores e alunos necessitam passar por um processo de apropriação de um novo conceito de avaliação e conselho de classe e isto ocorrerá à medida que o coletivo escolar aprimorar suas relações democraticamente e compreender a importância do Conselho de Classe como instância majoritária do processo de avaliação, não só da aprendizagem como do ensino também. 53 Tem por finalidade: acompanhar e aperfeiçoar o processo ensino e aprendizagem; diagnosticar resultados, analisar e interpretar dados de aprendizagem, desempenho da turma, com a organização dos conteúdos e o procedimento metodológico; Propor medidas e procedimentos para a melhoria do aproveitamento escolar, adequando se necessário o Plano de Trabalho docente e encaminhamentos metodológicos para obter um resultado mais positivo. Trata-se de um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, portanto, tem o poder de decidir sobre a aprovação ou reprovação de alunos, que após apuração dos resultados finais não atinja o mínimo estabelecido pela instituição, levando-se em consideração o desenvolvimento do aluno. O fundamental é compreender que o Conselho de Classe é muito mais complexo que a simples retrospectiva do comportamento e notas do aluno no decorrer do período (mês, bimestre, trimestre, etc.), e que, neste espaço, tornam-se possíveis as mudanças, ainda que pequenas e gradativas, mas que sigam uma mesma direção. Expressa-se aqui, a intencionalidade do ato educativo, que requer competência profissional, reflexão crítica sobre a prática, comprometimento com a aprendizagem do aluno, sem que isso signifique, como afirma FREIRE (2001) excluir a “afetividade e a alegria” do processo educativo. 5.0. OBJETIVOS DA ESCOLA Este colégio objetiva em sua ação educativa valorizar a educação como um instrumento de humanização e de transformação das relações sociais, proporcionando uma educação que considere o processo de conhecimento como sendo historicamente produzido pelo homem, através de um trabalho de parceria entre pais, alunos e profissionais da educação, num processo cooperativo de formação de indivíduos capazes de construir e modificar sua própria história, onde o 54 trabalho é o elemento fundamental e determinante do processo educativo, através do qual o homem se hominiza como ser social. Sendo assim, o trabalho é o princípio pelo qual se fundamenta o processo educativo com vistas a transformação das consciências, onde o indivíduo se reconheça como ser único e coletivo. Portanto, os objetivos desta escola, visam contribuir para a formação de indivíduos conscientes do seu papel na sociedade, através da construção, reconstrução, reelaboração e (re) leitura de mundo, num processo contínuo de aprendizagem. Enfatiza-se também a intencionalidade de promover ações educativas, no sentido de minimizar a evasão e repetência, tanto no que se refere ao conhecimento, busca e estudo sobre formas de avaliação e recuperação que venham amenizar os resultados por ora obtidos. Sentimos a necessidade de empreender uma proposta de trabalho coletivo, a qual possa ofertar subsídios para superar as barreiras e entraves que inviabilizam a construção de uma escola pública para os trabalhadores, sendo instrumento real de transformação social. 6.0. MATRIZES CURRICULARES A expressão "matriz curricular" refere-se ao conceito de currículo que vai além de simples listagem de conteúdos, fundamentada numa concepção mais abrangente e dinâmica de currículo. Nos trás a perspectiva de um currículo nãolinear, construído a partir dos princípios da interdisciplinaridade, através de um trabalho que articule os conteúdos das diversas áreas de estudo em torno de questões centrais tendo a pesquisa como princípio cognitivo do trabalho docente, devendo o mesmo promover a indissociabilidade entre teoria e prática. A matriz curricular da Educação Básica é composta de matérias ou disciplinas com carga horária anual, composta por uma base nacional comum (arte, biologia, ciências, educação física, ensino religioso (6º ao 9º ano uma aula computada nas 800 horas), filosofia, física, geografia, história, língua portuguesa, matemática, química, sociologia, na parte diversificada língua estrangeira moderna – inglês, sendo que o espanhol constitui disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário no CELEM. 55 A estruturação Curricular dos Cursos Técnicos visa o aperfeiçoamento na concepção de uma formação técnica que articule trabalho, cultura, ciência e tecnologia como princípios que sintetizem todo o processo formativo. Componentes da matriz curricular do Curso Técnico em Administração integrada com implantação gradativa a partir de 2010: base nacional comum (arte, biologia, educação física, filosofia, física, geografia, história, língua portuguesa, matemática, química, sociologia), parte diversificada (língua estrangeira moderna- inglês), e formação específica (administração financeira e orçamentária, administração de produção e materiais, comportamento organizacional, contabilidade, elaboração e análise de projetos, gestão de pessoas. Informática, introdução a economia, marketing, noções de direito e legislação social do trabalho, organização, sistemas e métodos, teoria geral da administração), integram-se e articulam-se garantindo que os saberes científicos e tecnológicos sejam a base da formação técnica. Por outro lado, as ciências humanas e sociais permitirão que o técnico em formação se compreenda como sujeito histórico que produz sua existência pela interação consciente com a realidade, construindo valores, conhecimentos e cultura. A estruturação Curricular do Curso Técnico em Informática integrado assim define-se: base nacional comum (arte, biologia, educação física, filosofia, física, geografia, história, língua portuguesa e literatura, matemática, química, sociologia), parte diversificada (IEM – inglês) e formação específica (análises e projetos, banco de dados, fundamentos e arquitetura de computadores, informática instrumental, internet e programação web, linguagem de programação, redes e sistemas operacionais, suporte técnico), integram-se e articulam-se garantindo que os saberes científicos e tecnológicos sejam a base da formação técnica. A área de informática está no quotidiano do trabalho em todos os setores econômicos e presente em várias etapas do processo produtivo, do comércio e dos serviços exercendo a condição de base para o perfeito funcionamento do sistema. Por outro lado, a informática está presente no cotidiano de todas as pessoas. Assim é uma área que demanda permanente atualização e apresenta uma crescente exigência de trabalhadores qualificados. O uso da informática disseminou-se nos últimos anos, criando a necessidade de profissionais de diversos níveis com capacidades para criar, especificar e manter funcionando sistemas computacionais 56 de tamanhos e características variadas. Profissionais de nível técnico na área de informática são importantes na disseminação e popularização da mesma. No Curso Técnico em Informática Subseqüente a matriz curricular, com organização curricular semestral fica assim composta: análises e projetos, banco de dados, fundamentos do trabalho, fundamentos e arquitetura de computadores, informática instrumental, inglês técnico, internet e programação – web, linguagem de programação, matemática aplicada, prática discursiva e linguagens, redes e sistemas operacionais, suporte técnico. Uma parcela da população jovem que concluiu o Ensino Médio e que não escolheu ou logrou continuar seus estudos a nível superior e que pretende ingressar no mundo do trabalho com uma capacitação que lhe amplie as possibilidades tem no curso técnico subseqüente a oportunidade de fazê-lo em tempo reduzido. A estruturação Curricular do Curso Técnico em Secretariado subseqüente, com organização semestral, fica assim disposta: administração, cerimonial e protocolo, contabilidade, fundamentos do trabalho, gestão de pessoas, informática, introdução às finanças, LEM – espanhol, LEM- inglês, língua portuguesa e redação empresarial, matemática financeira, metodologia científica, noções de direito e legislação social e do trabalho, psicologia organizacional, técnicas de secretariado. O Curso Técnico em Secretariado vem ao encontro da necessidade da formação do Técnico numa perspectiva de totalidade e constitui-se numa atividade com crescente exigência de qualificação. A organização dos conhecimentos, nos Cursos Técnicos, enfatiza o resgate da formação humana onde o aluno, como sujeito histórico, produz sua existência pelo enfrentamento consciente da realidade, produzindo valores de uso, conhecimentos e cultura por sua ação criativa. O Curso Técnico em Administração em Nível Médio na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos – PROEJA possibilita uma nova forma de atendimento, onde o educando possa compreender o mundo compreender-se no mundo e nele atuar na busca de melhoria das próprias condições de vida. Esse curso deve contemplar a elevação da escolaridade com a profissionalização para um contingente de cidadãos cerceados do direito de concluir a educação básica e acesso a uma formação profissional de qualidade, levando em conta que cada educando tem uma experiência de vida acumulada de acordo com a 57 sua realidade vivida. Dessa forma deve propor um currículo que assegure o acesso, a permanência e o sucesso. Ficando a matriz curricular do Proeja assim definida: base nacional comum (arte, biologia, educação física, filosofia, física, geografia, história, língua portuguesa e literatura, matemática, química, sociologia, IEM – inglês), e formação específica (administração financeira e processos, comportamento organizacional, elaboração e analise de projetos, organização, sistemas e métodos, introdução à economia, marketing, noções de direito e legislação social do trabalho, noções de contabilidade, teoria geral da administração). Matriz curricular do Proeja de implantação gradativa a partir de 2011, com organização semestral: base nacional comum (arte, biologia, educação física, filosofia, física, geografia, história, língua portuguesa e literatura, matemática, química, sociologia, IEM – inglês), e formação específica (administração financeira e processos, comportamento organizacional e de pessoal, elaboração e analise de projetos, fundamentos de administração, introdução à economia, noções de contabilidade, noções de direito e legislação social do trabalho, organização, sistemas e métodos, teoria geral da administração). A proposta do Curso Formação de Docentes está centrada numa concepção educacional em que o trabalho é o eixo do processo educativo, devendo o mesmo ser o centro da formação humana em todo o ensino profissional. Assim, a educação é também uma manifestação histórica do estar e do fazer humano que fundamentam o processo de socialização. O “fazer e o saber sobre o fazer” deverão ser elementos integrados ao processo de formação dos alunos; os alunos, por sua vez, deverão estar comprometidos com o processo de aprendizagem porque estão se preparando para um trabalho com características especiais – a educação de crianças. O professor, como todo ser social, é portador de história, carrega uma gama de sentidos e significados sociais que configuram toda sua atividade de aprender e ensinar. O curso de Formação de Docentes possui outra matriz curricular de implantação gradativa, a partir do ano de 2010, a qual contempla na base nacional comum (arte, biologia, educação física, filosofia, física, geografia, história, língua portuguesa e literatura, matemática, química e sociologia), parte diversificada (língua estrangeira moderna – inglês), formação específica (concepções norteadoras da educação especial, fundamentos filosóficos da 58 educação, fundamentos históricos da educação, fundamentos históricos e políticos da educação infantil, fundamentos psicológicos da educação, fundamentos sociológicos da educação, literatura infantil, metodologia do ensino de ciências, metodologia do ensino de arte, metodologia do ensino de educação física, metodologia do ensino de geografia, metodologia do ensino de história, metodologia do ensino de matemática, metodologia do ensino de português/alfabetização, organização do trabalho pedagógico, prática de formação – estágio supervisionado, trabalho pedagógico na educação infantil). Nesta matriz curricular as disciplinas de filosofia e sociologia são ofertadas na 1ª e 2ª série do curso. Matriz Curricular do Curso Técnico em Vendas de implantação gradativa a partir de 2012, com organização semestral com as seguintes disciplinas: Comportamento Organizacional e de Pessoal, Economia e Mercado, Estratégia de Vendas e Negociação, Fundamentos do Trabalho, Gestão Financeira e orçamentária, Informática, Logística no Comércio e Serviço, Matemática financeira e Estatística, Noções de Direito Comercial, Técnica de Informação e Comunicação. 7. OPERACIONALIZAÇÃO 7.1. PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DA ESCOLA 7.1.1. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE DE DIREÇÃO 1. APRESENTAÇÃO As proposições aqui contidas são resultantes de um planejamento coletivo, do qual participaram o diretor e os diretores auxiliares, cujas metas amparam-se na legislação vigente que trata das funções próprias dos gestores escolares. 2. OBJETIVO Realizar o processo de gestão escolar apoiados na concepção democrática e dialética da educação, no âmbito da educação básica e profissional, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) Nº 9394/96, primando pela participação dos estudantes, funcionários, professores, pais e comunidade local na gestão da escola e na luta pela superação da forma como a sociedade está organizada, visando aprimorar a qualidade da escola pública, assim proporcionando 59 a transmissão / construção do conhecimento científico e tecnológico com ênfase ao trabalho como princípio educativo, na construção de um cidadão crítico, consciente e transformador. 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA Nas últimas décadas, o processo de construção histórica da educação configurou-se como inovador, influenciado pela grande aceleração dos meios tecnológicos e científicos e pelo processo de globalização. Assim, houve necessidade de mudanças para as políticas de gestão e de regulação da educação no Brasil e essas mudanças interferem na organização da escola e nos papéis dos diversos atores sociais que constroem seu dia a dia. Neste cenário, se faz necessário agir sob um prisma ou direção diferenciada. Este novo direcionamento está relacionado à organização e à gestão escolar por meio da escolha democrática do diretor e da articulação e consolidação de outros mecanismos de participação. Portanto, é fundamental possibilitar, no processo de democratização, a construção coletiva do Projeto Político Pedagógico, a consolidação dos Conselhos Escolares e dos Grêmios Estudantis, entre outros. Assim sendo, a cultura e a lógica organizacional da escola só se democratizarão se todos os envolvidos no processo educacional a eles se incorporarem e vivenciarem seu cotidiano para contribuir para esse processo de mudança. É fundamental pensar e compreender que a efetivação da gestão escolar democrática é sempre processual e esta forma de gestão cumprirá sua função política e pedagógica ao envolver todos os segmentos da comunidade escolar. Para que este processo aconteça, há que se considerar duas frentes articuladoras: a primeira, de conhecer a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, ou seja, as leis que regulamentam os sistemas estadual de ensino. A segunda implica em articular todos os segmentos da comunidade escolar na construção de vias de participação, visando um processo de gestão onde o exercício democrático seja a peça fundamental. 60 3. EIXOS ORGANIZADORES DO TRABALHO PEDAGÓGICO No colégio, a gestão democrática é exercida em parceria com as instâncias colegiadas: 3.1. Conselho Escolar Este estabelecimento de ensino tem seu Conselho Escolar constituído por representantes da Equipe Pedagógica, equipe docente, equipe técnico- administrativa, equipe auxiliar operacional, discentes, pais ou responsáveis pelos alunos, grêmio estudantil e movimentos sociais organizados. Sua principal atribuição é aprovar e acompanhar a efetivação do Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino. 3.2. Associação de Pais, Mestres e Funcionários Este órgão colegiado possibilita a aproximação da comunidade com o Projeto- Político-Pedagógico da escola, principalmente no suporte aos Programas Culturais, Esportivos e de Pesquisa. Esse elo constante entre pais, professores e funcionários com a comunidade prima também pela busca de soluções equilibradas para os problemas coletivos do cotidiano escolar, dando suporte à Direção e à Equipe, visando o bem estar e a formação integral dos alunos. Todos os envolvidos no processo são igualmente responsáveis pelo sucesso da educação gratuita e com qualidade. É a comunidade escolar indo às escolas para discutir, participar, colaborar e avaliar as decisões coletivas. 3.3. Grêmio Estudantil A atuação do Grêmio Estudantil Tiradentes necessita de um intenso trabalho de conscientização política direcionado aos alunos. Verifica-se que os alunos sentem dificuldade em engajarem-se neste órgão colegiado, não tendo consciência da importância do mesmo como órgão representativo de sua classe no processo de gestão escolar democrática. Há que se direcionar um trabalho específico, voltado para a compreensão de que o Grêmio Estudantil é a organização que representa os interesses dos estudantes na escola e permite que estes discutam, criem e fortaleçam inúmeras possibilidades de ação tanto no próprio ambiente escolar como 61 na comunidade e é também um importante espaço de aprendizagem, cidadania, convivência, responsabilidade e de luta por direitos. Ocorrem o processo eletivo e a criação e apresentação de propostas que, na realidade, não se efetivam, pois os alunos necessitam do apoio das equipes administrativa e pedagógica e estas, diante de tantas responsabilidades a elas delegadas, não dão conta de dar o suporte a que os estudantes aspiram. 3.4. Representante de turma No processo de gestão democrática, o representante de turma poderá ser qualquer um dos alunos eleito pelos colegas para representá-los. O processo de escolha do representante de turma ocorre por meio de consulta aos colegas e o aluno escolhido para representar a turma recebe, da maioria, voto de confiança para exercer a função, o que faz aumentar sua responsabilidade e necessidade de dedicar-se à vida escolar, para que seu desempenho seja de boa qualidade. Para o exercício da função, o representante de turma necessita demonstrar algumas características que o levarão a desempenhar suas funções dentro de uma visão democrática e participativa. Algumas destas características: líder democrático (pois representará a turma com a cooperação de todos), compreensivo, cortês, responsável, imparcial, assíduo às atividades escolares e de representação, dinâmico, persistente. Suas atribuições mais relevantes são: ser elemento de ligação da turma com os professores e os serviços da escola, representar sua turma em reuniões, transmitir à turma informações sobre assuntos de interesse coletivo, promover um ambiente de amizade e união, acompanhar os colegas nas dificuldades apresentadas (aprendizagem, atitudes, faltas, casos de doenças), estimular e organizar a criação de grupos de estudos para auxiliar os colegas com dificuldades e colaborar com os colegas novatos para que se adaptem ao ambiente escolar. 4.5. Plano de ação 1. Fomentar e criar situações favoráveis para que o Projeto Político Pedagógico se efetive na prática cotidiana. 62 2. Administrar os recursos financeiros de forma a contemplar, satisfatoriamente, as necessidades do colégio em relação à implementação do Projeto Político Pedagógico. 3. Dar continuidade ao processo de gestão democrática e participativa, estimulando o engajamento de toda a comunidade escolar na realização da função principal do colégio: o processo de transmissão dos conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade. 4. Promover alternativas de estudos à equipe pedagógica e ao corpo docente para a efetivação do ensino na concepção histórico-crítica em relação à avaliação dos alunos, com o objetivo de torná-la mais eficaz em relação aos aspectos qualitativos de aprendizagem dos alunos. 5. Oportunizar atividades extra-classe (trabalhos de campo, visitas técnicas, viagens de estudos) visando a socialização, a construção de conhecimentos e o fortalecimento das relações sociais aos alunos da classe trabalhadora. 6. Discutir, elaborar e aplicar estratégias que visem a redução da evasão e repetência escolar. 7. Elaborar e aplicar metodologias diferenciadas ao ensino noturno, de modo a estimular os alunos em relação à frequência e ao aproveitamento escolar (Fórum noturno, simulado). 8. Buscar junto à comunidade parcerias para a realização de atividades extraclasse. 9. Incentivar e promover a realização de palestras para atender aos temas dos desafios educacionais contemporâneos e outros que se fazem necessários no processo de transmissão / construção de conhecimentos. 10. Como o Gestor Escolar é o elemento base do trabalho coletivo, há de se promover momentos de reflexão coletiva e encontros de todos os funcionários. 7.1.2. PLANO DE AÇÃO - EQUIPE PEDAGÓGICA 1. APRESENTAÇÃO As ideias e propostas aqui apresentadas originaram-se de um planejamento participativo, considerando as orientações e legislações vigentes que tratam das funções do pedagogo. Este é um instrumento norteador da ação pedagógica, 63 visando ser o sustentáculo das metas estabelecidas neste Projeto Político Pedagógico, histórico, político, cultural e social. Ao definir as ações do pedagogo no espaço escolar, nos deparamos com uma realidade que por ora não expressa as reais funções deste profissional. O dia a dia da escola é inesperado e revelador de situações inusitadas, fazendo com que o pedagogo, na ânsia de amenizar estas situações, desvie-se de suas reais funções e da razão de ser da escola que é ensinar. Questões disciplinares, burocráticas e de organização geral tem sido as atividades diárias e principais deste profissional, definindo assim uma identidade ao pedagogo que foge ao papel que deveria construir e concretizar no espaço escolar. Segundo SAVIANI (1985), a escola, por ser um espaço de formação e de emancipação, deve estar comprometida com o acesso à cultura, à apropriação do conhecimento elaborado e ao saber sistematizado, considerando que todos os espaços da escola são importantes espaços educativos e de tomada de decisão. Com efeito, o pedagogo escolar é “aquele que domina sintética e intencionalmente as formas de organização dos processos de formação cultural que se dão no interior das escolas”. O pedagogo tem, portanto, uma função precípua na formação e difusão cultural e, por conseguinte, política e social. A Pedagogia significa também condução à cultura, isto é, processo de formação cultural. E Pedagogo é aquele que possibilita o acesso à cultura, organizando o processo de formação cultural. É, pois, aquele que domina as formas, os procedimentos, os métodos através dos quais se chega ao domínio do patrimônio cultural acumulado pela humanidade. Eis como a formação cultural vem a coincidir com a formação humana, convertendo-se o pedagogo, por sua vez, em formador de homens (SAVIANI, 1985). O pedagogo é o “intelectual orgânico” das massas, um profissional que compreende a natureza do trabalho coletivo na escola e que percebe a necessidade de pensar a educação no processo da contradição: que toma por base as condições concretas e históricas, articulando a educação às relações sociais democráticas e emancipadoras, buscando uma educação para a formação humana. É um profissional que pensa o papel da escola historicamente na dinâmica das mudanças sociais e das interações pessoais, mediando e orientando as relações e práticas pedagógicas: professor, aluno, currículo, metodologia, processo de avaliação, processo de ensino aprendizagem e organização curricular à luz de uma concepção dialética da educação. Concepção esta voltada para a educação pública – aquela 64 que expressa as necessidades dos trabalhadores, comprometida com a formação cultural, histórica e com um projeto de sociedade de fato democrático. A educação é, portanto, um projeto de emancipação, articulando, nos espaços de contradição, um sentido político, social e transformador. 2. JUSTIFICATIVA A organização do trabalho pedagógico necessita ser repensado, reorganizado e reavaliado constantemente, no sentido de atender as necessidades do processo ensino aprendizagem a fim de garantir a efetivação da proposta da escola para que esta cumpra sua função política, pedagógica e social. Compreender a relação entre conhecimento, escola e sociedade está vinculada a uma concepção, ao mesmo tempo, ampla e restrita, de educação e de trabalho pedagógico e da necessidade, portanto, de desenvolver conhecimentos e habilidades não só da dimensão técnica, mas também, da dimensão políticopedagógica, fundamentada no compromisso da escola pública de garantir o acesso ao conhecimento, levando os alunos para além do conhecimento imediato, para chegar ao conhecimento mediato – mais elaborado sobre a realidade. Dessa forma, cabe-nos o desafio de, [...] ser capaz de, apoiando-se nas ciências humanas, sociais e econômicas, compreender as mudanças ocorridas no mundo do trabalho, construindo categorias de análise que lhe permitam apreender as dimensões pedagógicas presentes nas relações sociais e produtivas, de modo a identificar as novas demandas de educação e a que interesses elas se vinculam. Ou seja, compreender historicamente os processos de formação humana em suas articulações com a vida social e produtiva, as teorias e os processos pedagógicos, de modo a ser capaz de produzir conhecimento em educação e intervir de modo competente nos processos pedagógicos amplos e específicos, institucionais e não institucionais, com base em uma determinada concepção de sociedade (KUENZER, 1999, p. 170). Considerando o exposto, o comprometimento maior é com o educando, no sentido de possibilitar e assegurar a compreensão das relações sociais, instrumentalizando o educando para agir de forma consciente sobre sua prática social no sentido de cumprir e fazer cumprir seus direitos. Como instrumento de transformação, temos consciência de que não é somente através da escola que as mudanças podem ocorrer, mas de que através dela, com posturas consensuais definidas em relação ao papel político-social dos que nela atuam, estaremos 65 contribuindo de forma consciente para a construção de um espaço problematizador e democrático, onde o conhecimento promova a tomada de consciência, a emancipação e a formação do cidadão, situando educadores e educandos como participantes e agentes históricos da sociedade. Não podemos ser ingênuos ou imediatistas, mas podemos, com disponibilidade, serenidade e conhecimento, sermos articuladores de uma proposta de trabalho que expresse a dinâmica das mudanças sociais e a intencionalidade da escola pública de modo que a escola possa situar-se consciente e preocupada na busca pela totalidade, numa prática pedagógica que considere as dimensões científica, histórica, política, cultural e afetiva, com objetivos claros e autonomia em suas ações. 3. OBJETIVOS Reelaborar a prática pedagógica e articulá-la à concepção de educação assumida neste Projeto Político Pedagógico; Mediar, organizar, articular e integrar o trabalho pedagógico; Garantir a efetivação desta proposta. 4. SISTEMATIZANDO AS AÇÕES A Organização do Trabalho Pedagógico no cotidiano da escola pública, de acordo com o Regimento Escolar, envolve: Construção e implementação do Projeto Político-Pedagógico da escola; Organização do trabalho pedagógico no coletivo da escola: espaço e tempo escolar - organização da prática pedagógica; Formação Continuada dos profissionais da escola; Relação entre escola e comunidade;. Avaliação do trabalho pedagógico. 4.1. Construção e Implementação do Projeto Político-Pedagógico Sendo o pedagogo um educador com intenção política, cabe a ele fazer da escola um espaço de luta, construções coletivas, de conquista, onde 66 professores e alunos possam partilhar saberes e construir uma prática pedagógica articulada às necessidades da sociedade. Elaborar o Plano de Ação da Equipe Pedagógica. Coordenar a elaboração coletiva e a implementação do projeto políticopedagógico. Criar condições para a participação dos profissionais da escola e comunidade na construção do projeto político-pedagógico. Avaliar as metas, ações, fragilidades e sucessos obtidos pela escola. Estudar, conhecer, atualizar e aplicar o projeto político-pedagógico. 4.2. Organização do trabalho pedagógico Apresentar propostas, alternativas, sugestões e/ou críticas que promovam o desenvolvimento e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar, conforme o projeto político-pedagógico, a proposta curricular, o plano de ação da escola e as políticas educacionais da SEED; Coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir da proposta curricular e do projeto político-pedagógico da escola; participar da organização pedagógica da biblioteca da escola, assim como do processo de aquisição de livros e periódicos; Atuar, junto ao coletivo de professores, na elaboração de projetos de recuperação de estudos a partir das necessidades de aprendizagem identificadas em sala de aula, de modo a garantir as condições básicas para que o processo de socialização do conhecimento científico e de construção do saber realmente se efetive; Organizar a realização dos pré-conselhos e conselhos de classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido pela escola e em sala de aula, além de coordenar a elaboração de propostas de intervenção decorrentes desse processo; Acompanhar os alunos em adaptações, transferências, revalidação de estudos, sala de apoio à aprendizagem, alunos reprovados e aprovados pelo Conselho de Classe. Analisar os projetos de natureza pedagógica a serem implantados na escola; coordenar a organização do espaço-tempo escolar a partir do projeto político- 67 pedagógico e da proposta curricular da escola, intervindo junto à direção na elaboração do calendário letivo, na formação de turmas, na definição e distribuição do horário semanal das aulas e disciplinas, da hora-atividade e de outras atividades que interfiram diretamente na realização do trabalho pedagógico; Responsabilizar-se pelo trabalho pedagógico-didático desenvolvido na escola pelo coletivo dos profissionais que nela atuam; implantar mecanismos de acompanhamento e avaliação do trabalho pedagógico escolar pela comunidade interna e externa; Informar ao coletivo da comunidade escolar os dados do aproveitamento escolar, de forma a promover o processo de reflexão-ação sobre os mesmos para garantir a aprendizagem de todos os alunos; Orientar a comunidade escolar a interferir na construção de um processo pedagógico numa perspectiva transformadora; Desenvolver projetos que promovam a interação escola-comunidade, de forma a ampliar os espaços de participação, de democratização das relações, de acesso ao saber; Propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e sua participação nos diversos momentos e órgãos colegiados da escola; Apoio pedagógico aos alunos matriculados no 6º ano, organizando grupos de estudos e/ou monitoramento por alunos do Curso de Formação de Docentes. Orientar e incentivar momentos cívicos de forma a manter o conhecimento e o respeito pelos símbolos pátrios e do estado do Paraná. Planejar e promover palestras para os educandos conforme as necessidades de cada série e o plano de trabalho docente dos professores. Coordenar ações culturais (projetos complementares de ensino e visitas técnicas) e desportivas que contemplam o processo de ensino e aprendizagem. Informar ao coletivo da comunidade escolar os dados do aproveitamento escolar, de forma a promover o processo de reflexão-ação sobre os mesmos para garantir a aprendizagem de todos os alunos; Orientar a comunidade escolar a interferir na construção de um processo pedagógico numa perspectiva transformadora; 68 Desenvolver projetos que promovam a interação escola-comunidade, de forma a ampliar os espaços de participação, de democratização das relações, de acesso ao saber; Propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e sua participação nos diversos momentos e órgãos colegiados da escola; Apoio pedagógico aos alunos matriculados no 6º ano, organizando grupos de estudos e/ou monitoramento por alunos do Curso de Formação de Docentes. Orientar e incentivar momentos cívicos de forma a manter o conhecimento e o respeito pelos símbolos pátrios e do estado do Paraná. Planejar e promover palestras para os educandos conforme as necessidades de cada série e o plano de trabalho docente dos professores. Coordenar ações culturais (projetos complementares de ensino e visitas técnicas) e desportivas que contemplam o processo de ensino e aprendizagem. 4.3. Análise dos livros registros de classe. Orientar o correto preenchimento dos livros registros quanto à: Clareza nos registros de avaliação e recuperação; Retomada do conteúdo, reavaliação (recuperação paralela) data, conteúdo, valor e instrumento utilizado; Notas registradas sem rasuras, cálculos de notas conforme regimento escolar, não utilizando símbolos; Registro dos conteúdos datados, rubricados e de acordo com o plano de ação docente. Obs: Os livros só deverão ser assinados se em consonância com a instrução 07/10 SEED, caso isso não ocorra, reorientar o professor, com registro em ata, estipulando novo prazo para que o livro seja vistado; 4.4. Formação Continuada do Coletivo de Profissionais da Escola Acompanhar o plano de trabalho docente dos professores; Contribuir com encaminhamentos metodológicos, sugestões de leituras em torno de uma prática comum e articulada com a concepção de escola pública. 69 Discutir com os professores e os outros profissionais da escola quais as atuais problemáticas sociais e econômicas que interferem no processo educacional; Organizar os conselhos de classe e reuniões pedagógicas com o objetivo de estudar, analisar a prática pedagógica docente e a construção de uma proposta educativa que contribua para a melhoria do processo ensinoaprendizagem; Organizar meios de intervenção para trabalhar com os alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem, identificados pelo conselho de classe; Assessorar os professores nos procedimentos de avaliação da aprendizagem, adequando-as à proposta pedagógica da escola; Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico e para a elaboração de propostas de intervenção na realidade da escola; Participar da elaboração do projeto de formação continuada de todos os profissionais da escola, tendo como finalidade a realização e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar; Orientar o processo de elaboração dos planos de trabalho docente junto ao coletivo de professores da escola; subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores da escola, promovendo estudos sistemáticos, trocas de experiência, debates e oficinas pedagógicas; Elaborar o projeto de formação continuada do coletivo de professores e promover ações para sua efetivação; organizar a hora-atividade do coletivo de professores da escola, de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de reflexão-ação sobre o processo pedagógico desenvolvido em sala de aula; Coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento Escolar da escola, garantindo a participação democrática de toda a comunidade escolar; 70 4.5. Relação escola – comunidade Realizar reuniões de pais, juntamente com direção e professores, promovendo meios de integração entre escola e família, visando um melhor aproveitamento no processo de ensino-aprendizagem, auxiliando os pais na reflexão de sua função no acompanhamento permanente dos filhos. Mobilizar a comunidade escolar (funcionários, alunos, pais e professores) para a compreensão da realidade na qual está inserida, objetivando traçar ações consistentes na escola. Desenvolver projetos de interação escola-comunidade ampliando espaço de participação da comunidade nas decisões pedagógicas da escola. Participar do conselho escolar subsidiando teórica e metodologicamente as reflexões e decisões sobre o trabalho pedagógico escolar. Incentivar e propiciar a participação dos alunos nos diversos momentos e em órgãos colegiados da escola. Fazer cumprir os preceitos constitucionais, a legislação educacional em vigor e o Estatuto da criança e do adolescente, como fundamentos da prática educativa. Promover reuniões de caráter formativo e informativo; 4.6. Quanto à Avaliação do Trabalho Pedagógico: Organizar e coordenar conselhos de classe de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico. Acompanhar e assessorar o professor na seleção de procedimentos de avaliação do rendimento da aprendizagem adequando-os aos objetivos educacionais previstos no Projeto Político Pedagógico. Analisar a consonância e concordância do plano de trabalho docente com o livro registro de classe do professor. 71 7.1.3. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE DE FUNCIONÁRIOS QUE ATUAM NAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO MANUTENÇÃO DO MEIO DE INFRAESTRUTURA AMBIENTE, ALIMENTAÇÃO ESCOLAR ESCOLAR E E INTERAÇÃO COM O EDUCANDO A valorização das pessoas quer sejam funcionários pertencentes ao quadro dos Agentes Educacionais I, áreas de concentração: Manutenção de InfraEstrutura Escolar e Preservação do Meio Ambiente, Alimentação Escolar, Interação com o Educando e Agentes Educacionais II, áreas de concentração: Administração Escolar e Operação de multimeios Escolares estão mudando a tradicional visão que separava os mesmos do lugar de aprender do lugar de fazer e educar. A experiência profissional associada à função de educador (a) vem sendo profundamente valorizada, adquirindo a condição de elemento qualificante na formação dos indivíduos e das coletividades. Valoriza-se hoje tanto o aprimoramento das técnicas de trabalho que ocorre pela aprendizagem durante a realização de uma tarefa quanto aquele propiciado por um curso de qualificação profissional. Assim, a escola não se restringe mais a um espaço em que o funcionário simplesmente desempenha uma tarefa, mas é um espaço privilegiado de aprendizagem e crescimento pessoal e profissional para todos, um ambiente em que todos aprendem constantemente, adquirem novas competências e são capazes de aprimorar seu desempenho, contribuindo assim no processo de elaboração do conhecimentos pelo educando. O ambiente escolar passou a desenvolver um processo que pode ser chamado de cultura da escola. São as formas de trabalhar, de se relacionar, formas de pensar e agir que se consolidam nas práticas do cotidiano. São elementos culturais e ideológicos provindos dos sujeitos e dos grupos sociais que constituem essa cultura, que se consolida e fortalece nos processos que nela se desenvolvem. Nesse sentido, os Agentes Educacionais I, os Agentes Educacionais II, como educadores, criam um sentido de ordem, de uso significativo do tempo e do espaço, desenvolvem um espírito de cooperação e de solidariedade e um sentido de pertencimento ao espaço escolar. O espaço escolar tornou-se um espaço que propicia a este educador uma nova visão de mundo e de trabalho e não permite sua exclusão social pois trata-se de um processo interativo, no qual aprende-se sobre si mesmo e sobre sua realidade. Os Agentes Educacionais e os Assistentes de 72 Execução, neste contexto, tem sua profissionalização compreendida numa postura prático-reflexiva ou crítico-reflexiva onde valoriza-se o processo de apropriação do saber acumulado historicamente. A humanização do trabalho do funcionário implica uma ampliação da autonomia dele e, ao mesmo tempo, uma apropriação, por ele, de conhecimentos, habilidades e valores fundamentais da cultura existente, bem como de conhecimentos necessários para interagir na comunidade escolar ao apropriar-se ativa e criticamente dessa cultura. Essa humanização está ainda limitada por relações e formas de ação no âmbito de sua prática, mas já se refletem a influência de relações mais amplas, em outras instâncias da prática social. Proporcionar a reflexão e a participação permanente destes educadores em sua realidade é abrir espaço para que ocorra a construção do conhecimento que se refletirá na realização de trabalhos mais elaborados e os fará sentir-se sujeitos de uma práxis social. Sendo assim, o corpo de funcionários é um grupo social que não pode ficar excluído do processo educativo pois ele é constituído de pessoas que aprendem, aprendem a ser como são, constroem uma cultura própria que configura um modo próprio de fazer as coisas, de compreender e explicar os fatos e fenômenos que na escola acontecem, daí a importância de se valorizar e proporcionar a estes a participação nas políticas públicas de valorização dos funcionários, como o Profuncionário – Curso Técnico de Formação para os Funcionários da Educação – MEC e outros eventos de formação continuada. É uma cultura que, como organização, implica a criação de laços, de pactos, de fidelidades, de aprendizagens compartilhadas, ao tempo em que também cria resistências a qualquer fator interveniente que venha a abalar essas construções culturais. Sendo assim, a escola transformou-se num espaço privilegiado para que as pessoas se constituam como seres sociais, cognitivos, pensantes, agentes de transformação num espaço de exercício da democracia, de crescimento individual e coletivo; um espaço onde as pessoas realizam seu trabalho e passam por um processo de aquisição de aprendizagens. A escola é, assim, um espaço de formação e crescimento para todos, o que significa promover continuamente atividades ou ações que contemplem o trabalho em seu sentido formador, evitando a separação entre formação e trabalho. 73 1. Plano de Ação da Secretária e Técnicos Administrativos que atuam na Secretaria: Conhecer o Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino e participar de sua implementação; Conhecer a legislação em vigor e as instruções normativas que regem o registro escolar do aluno e a vida legal do estabelecimento de ensino; Cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da secretaria; Atender a comunidade escolar e demais interessados, prestando informações e orientações; Participar de eventos, cursos, reuniões visando ao aprimoramento profissional de sua função; Zelar pela ordem e organização de toda documentação própria da secretaria. Atuar com ética, contribuindo construtivamente com o processo de gestão escolar e com a implementação da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; Desempenhar as funções inerentes à função e expressas no Regimento Escolar, mantendo e promovendo relacionamento cooperativo de trabalho para que a escola cumpra sua função social de agente transmissora de conhecimentos e modificadora das relações sociais. 2. Plano de ação dos técnicos administrativos que atuam na Biblioteca escolar: Conhecer o Projeto Político Pedagógico da escola e contribuir para que a sua implementação se efetive no espaço escolar; Conhecer, cumprir e fazer cumprir as especificidades próprias da biblioteca, atendendo a comunidade escolar com profissionalismo e desenvoltura; Manter organizado e catalogado todo o acervo bibliográfico; Auxiliar na implementação dos projetos de leitura e também estimular esta prática junto à comunidade escolar; Participar de eventos, cursos e reuniões visando ao aprimoramento profissional de sua função; Manter atualizado o regulamento interno de funcionamento da biblioteca e zelar pelo cumprimento das normas nele contidas; 74 Contribuir construtivamente com o processo de gestão escolar e com a efetivação da proposta pedagógica, desempenhando as funções inerentes à função e expressas no Regimento Escolar para que a biblioteca, como espaço público, cumpra sua finalidade democrática de proporcionar acesso aos conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade. 3. Plano de ação dos técnicos administrativos que atuam na mecanografia do estabelecimento de ensino: Conhecer o Projeto Político Pedagógico da escola e contribuir para que a sua implementação se efetive no espaço escolar; Executar trabalhos de mecanografia, reprografia e digitação, com organização e bom funcionamento, contribuindo para que o processo ensino- aprendizagem se realize e a implementação da proposta pedagógica da escola se efetive no espaço escolar; Participar de eventos, cursos e reuniões visando ao aprimoramento profissional de sua função; Como educadores, desempenhar as funções próprias do cargo e expressas no Regimento Escolar, participando e contribuindo construtivamente com as ações desenvolvidas no âmbito escolar para que o processo de gestão se efetive e a mecanografia, como espaço público de produção e reprodução de materiais, cumpra sua finalidade democrática de proporcionar aos alunos, professores e comunidade escolar o acesso aos conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade. 4. Plano de ação dos funcionários que atuam no Laboratório de Informática: Conhecer o Projeto Político Pedagógico da escola e contribuir para que a sua implementação se efetive no espaço escolar; Participar de eventos, cursos e reuniões visando ao aprimoramento profissional de sua função; Como educadores e membros integrantes do processo ensino-aprendizagem, auxiliar o corpo docente e discente nos procedimentos de manuseio de materiais e equipamentos de informática, preparando e disponibilizando os equipamentos de informática e materiais necessários para a realização da 75 prática de aquisição e transmissão dos conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade. Promover o uso das mídias e da tecnologia no processo educacional, reconhecendo que as mesmas provocam mudanças na forma como se constrói o conhecimento. Zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos equipamentos, além de fazer cumprir as normas expressas na normatização de uso dos laboratórios de Informática. Reconhecer-se como educadores, desempenhando as funções próprias do cargo e expressas no Regimento Escolar, participando e contribuindo construtivamente das ações desenvolvidas no âmbito escolar para que o processo de gestão se efetive e os Laboratórios de Informática, como espaços públicos de acesso às mídias e à tecnologia cumpram sua finalidade democrática de proporcionar aos alunos, professores e comunidade escolar o acesso aos conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade. 5. Plano de ação dos técnicos administrativos que atuam nos Laboratórios de Ciências, Biologia, Química e Física : Conhecer o Projeto Político Pedagógico da escola e contribuir para que a sua implementação se efetive no espaço escolar; Participar de eventos, cursos e reuniões visando ao aprimoramento profissional de sua função; Conhecer, levar ao conhecimento de professores e alunos e aplicar, em regime de cooperação e de co-responsabilidade, as normas de segurança para o manuseio de materiais e equipamentos deste espaço escolar; Como educadores e membros integrantes do processo ensino-aprendizagem, auxiliar o corpo docente e discente nos procedimentos de manuseio de materiais e equipamentos, preparando-os e disponibilizando-os para a realização de atividades práticas de ensino de modo que o processo de transmissão e aquisição do saber sistematizado se efetive no meio escolar também pela experiência prática. 76 Manter atualizado o inventário de instrumentos, ferramentas, equipamentos, solventes, reagentes e demais materiais de consumo como também o regulamento interno que rege o uso e manutenção destes laboratórios. Reconhecer-se como educadores, desempenhando as funções próprias do cargo e expressas no Regimento Escolar, participando e contribuindo construtivamente das ações desenvolvidas no âmbito escolar para que o processo de gestão se efetive e os Laboratórios de Ciências, Biologia, Química e Física, como espaços públicos de acesso às experiências de cunho científico, cumpram sua finalidade democrática de proporcionar aos alunos, professores e comunidade escolar o acesso aos conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade e possibilitem a descoberta de novos saberes. 6. Plano de ação da equipe auxiliar operacional – Agentes Educacionais I Conhecer o Projeto Político Pedagógico da escola e contribuir para que a sua implementação se efetive no espaço escolar; Participar de eventos, cursos e reuniões visando ao aprimoramento profissional de sua função; Ensinar e realizar atividades relacionadas à preparação da alimentação, conservação, manutenção e preservação do espaço físico e zelar pela segurança do ambiente escolar, pois a escola é um lugar de conhecimento e deve equivaler à idéia de atelier-biblioteca-oficina em favor de uma formação humanista onde, como educadores, realizam-se enquanto pessoas e agentes de transformação da realidade social. Realizar as atividades de limpeza e manutenção do ambiente escolar, fazendo uso racional dos recursos hídricos, patrimônio da humanidade, e dos materiais de limpeza e higiene, pois estes são bens adquiridos com recursos públicos e necessitam ser usados sem desperdício. Como educadores, desenvolver e realizar atitudes de respeito à diversidade física, auxiliando na locomoção, alimentação e higienização dos alunos portadores de necessidades especiais. Desenvolver e realizar ações que visem à preservação do meio ambiente, colaborando na separação e destino adequado do lixo, e assim, pelo 77 exemplo, fazer os alunos compreenderem-se agentes responsáveis pela manutenção da vida do planeta. Cuidar dos estoques de merenda escolar, preparar e servir a mesma de forma balanceada, dentro dos padrões de qualidade nutricional e cuidados básicos de higiene e segurança, zelando para que não haja desperdício, uma vez que a mesma é adquirida com recursos públicos e, por conseqüência, requer atitudes de valorização a bens resultantes do esforço de toda a classe trabalhadora. Como agentes educacionais, coordenar e orientar a movimentação dos alunos pelos espaços escolares, zelando pela segurança individual e coletiva, orientando sobre as normas disciplinares, mantendo a ordem e prevenindo acidentes na escola e nas áreas próximas às entradas e saídas dos alunos. Participar ativamente das atividades desenvolvidas na escola de modo a contribuir com a realização da especificidade da escola, a educação. 7.1.4. PLANO DE AÇÃO - PROGRAMA BRIGADAS ESCOLARES – DEFESA CIVIL NA ESCOLA JUSTIFICATIVA DO PROGRAMA Considerando que a população adulta só adquire hábitos preventivos após terem vivenciado uma situação de crise ou por força de uma legislação pertinente, o Programa opta em trabalhar no ambiente escolar, onde se espera mitigar os impactos, promovendo mudanças de comportamento, visto que crianças e adolescentes são mais receptíveis, menos resistentes a uma transformação cultural e potencialmente capazes de influenciar pessoas, atuando como multiplicadores das medidas preventivas. Ainda mais, a opção de se trabalhar com as escolas da rede estadual de educação tem a ver com a necessidade de adequá-las internamente para atender as disposições legais de prevenção de toda a espécie de riscos, sejam eles de cunho natural ou de outra espécie como acidentes pessoais e incêndios, entre outros. 78 OBJETIVO GERAL Promover a conscientização e capacitação da comunidade escolar do Colégio Estadual João Manoel Mondrone para ações mitigadoras e de enfrentamento de eventos danosos, naturais ou humanos, bem como, o enfrentamento de situações emergenciais no interior do Colégio para garantir a segurança de todos. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: levar a comunidade escolar a construir uma cultura de prevenção a partir do ambiente escolar; proporcionar aos alunos do colégio condições mínimas para enfrentamento de situações emergenciais no interior das escolas, assim como conhecimentos para se conduzirem frente a desastres; promover o levantamento das necessidades de adequação do ambiente escolar, com vistas a atender às recomendações legais consubstanciadas na vistoria do Corpo de Bombeiro; preparar a comunidade escolar do colégio, a fim de promover ações concretas no ambiente escolar com vistas a prevenção de riscos de desastres e preparação para o socorro, destacando-se ações voltadas ao suporte básico de vida e combate a princípios de incêndio; articular os trabalhos entre os integrantes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar (Patrulha Escolar Comunitária) e do Grupo de Brigada Escolar do Colégio; adequar a edificação escolar do colégio às normas mais recentes de prevenção contra incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros, acompanhando os avanços legais e tecnológicos para preservação da vida dos ocupantes desse local. 79 ESTRATÉGIAS Ocorrerão capacitações contemplando públicos diferentes, com objetivos específicos, englobando capacitação para professores, funcionários e alunos, organizados e coordenados pela Brigada Escolar. O Coordenador do Programa no colégio será o Diretor do estabelecimento de ensino. Ao diretor do estabelecimento escolar caberá a responsabilidade de criar formalmente a Brigada Escolar. Trata-se de um grupo de cinco servidores do estabelecimento que atuarão em situações emergenciais, além de desenvolverem ações no sentido de: • identificar riscos na edificação e nas condutas rotineiras da comunidade escolar; • garantir a implementação do Plano de Abandono, que consiste na retirada, de forma segura, de alunos, professores e funcionários das edificações escolares, por meio da execução de exercícios simulados, no mínimo um por semestre, a ser registrado em calendário escolar; • promover revisões periódicas do Plano de Abandono; • apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar, como na conduta da comunidade escolar, visando o aprimoramento do Plano de Abandono; • promover reuniões bimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar para discussão de assuntos referentes à segurança do estabelecimento de ensino, com registro em livro ata específico ao Programa; • verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola, em busca de situações inseguras, comunicando imediatamente o Diretor para as providências necessárias. Os cinco integrantes da Brigada Escolar, serão capacitados pelo Corpo de Bombeiros Militar na modalidade de ensino a distância - EaD e PRESENCIAL. ATIVIDADES PERMANENTES: A direção terá como responsabilidade, desenvolver o trabalho de implantação e implementação do Plano de Abandono. Esse Plano de Abandono 80 consiste na retirada de forma segura de alunos, professores e funcionários do prédio do Colégio, por meio da execução de exercícios simulados e em tempo razoável. Exercícios simulados deverão ser realizados no mínimo 01 (um) por semestre e as datas deverão estar registradas em Calendário Escolar. PÚBLICO ENVOLVIDO: Comunidade Escolar do Colégio Estadual João Manoel Mondrone. CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO: Exercícios simulados no 1º semestre e no 2º semestre. Atendendo o Programa Brigada Escolar - Defesa Civil na Escola, criado pelo Decreto da Casa Civil, nº 4837/2012 e anexo do Decreto nº 68930-27148/2012, o qual dispõe sobre a implantação do Programa, tem como objetivo "capacitar alunos e servidores para desenvolverem ações mitigadoras e de enfrentamento a emergência e desastres naturais, ou provocadas pelo homem, que comprometam a segurança da comunidade escolar", assim, o Colégio Estadual João Manoel Mondrone, cumprindo as etapas do Programa, realizou no primeiro semestre deste ano letivo a simulação de abandono, em caso de sinistro, das dependências escolares com os alunos, funcionários, professores, Direção e Equipe Pedagógica nos três turnos de funcionamento do estabelecimento. Na sequência será organizada a formação das brigadas escolares, cumprindo a segunda etapa, sendo também elaborado um organograma para desenvolvimento das ações do programa. 7.2. GESTÃO DEMOCRÁTICA Compreende-se, pela legislação atual, que a gestão democrática acontece pelo exercício de práticas educativas participativas. EYNG (2002) entende que a participação nessa modalidade de gestão “constitui pressupostos da democracia” e que se concretizam por meio do Projeto Político Pedagógico, pois este é o instrumento que define, mediante planejamento coletivo, os processos da gestão da 81 escola. O Projeto Político Pedagógico é, por essência, o veículo do planejamento e a principal ferramenta da gestão. Nele são definidos, organizados, normatizados e acompanhados os processos de aprendizagem e participação, individual e coletiva, no espaço escolar. VEIGA E RESENDE (1998) afirmam que ele é construído e vivenciado em todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo na escola. Para a efetivação do processo de gestão democrática, é preciso considerar o que está expresso na Constituição Federal, em seu Artigo 206: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; V - valorização dos profissionais do ensino, garantida, na forma da lei, por planos de carreira para o magistério público, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos; VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei; VII - garantia de padrão de qualidade A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Nº 9394/96, em seu Artigo 3º, com base no expresso na Constituição Federal, especifica os princípios nos quais fundamenta- se a Gestão Democrática: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância; V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; VII - valorização do profissional da educação escolar; VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino; IX - garantia de padrão de qualidade; X - valorização da experiência extra-escolar; 82 XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. No processo de gestão democrática, o equacionamento entre recursos humanos, financeiros, técnicos, didáticos e físicos é imprescindível para se garantir tempos, espaços, situações de interação, formas de organização da aprendizagem e de inserção da escola no seu ambiente social, promovendo a aquisição dos conhecimentos e valores. Para garantir que seja pleno este processo, considera-se a Gestão Democrática nas seguintes dimensões: a) Gestão educacional: resultados positivos em sua função de propiciar a formação integral dos alunos e assegurar seu acesso, permanência e o sucesso escolar de sua aprendizagem; b) Gestão participativa: agrega a comunidade em torno de seu objetivo comum, proporcionando o planejamento participativo, o estabelecimento de parcerias, a participação de pais, professores, alunos e funcionários e a comunicação e socialização de informações e outras atividades; c) Gestão pedagógica: preza pela atualização e enriquecimento do currículo, pela adoção de processos criativos e inovadores, implementação de medidas pedagógicas considerando os resultados obtidos pelos alunos, a atuação dos professores articulada ao projeto pedagógico e às necessidades de melhoria do rendimento escolar; d) Gestão de recursos humanos: considera o compromisso de todos os envolvidos para com a realização do projeto pedagógico, o incentivo à participação ativa de todos, o desenvolvimento de lideranças e equipes, a valorização e motivação das pessoas, a formação continuada e a avaliação de seu desempenho; e) Gestão de serviços de apoio, recursos físicos e financeiros: a segurança, a limpeza, os trabalhos de secretaria, o uso, conservação e adequação das instalações e equipamentos somados à captação e aplicação dos recursos financeiros contribuem significativamente no processo de gestão. Sendo assim, estas dimensões tornam-se indissociáveis porque, sendo falhas ou inexistentes, não há processo de gestão democrática pleno, mas fragmentado, colocando em risco os objetivos do Projeto Político Pedagógico. Segundo PARO (2008) a especificidade da Gestão Escolar só pode dar-se pela oposição à administração escolar capitalista, pois, em termos políticos, o que possa haver de próprio, de específico, numa Gestão Escolar voltada à transformação social, tem de ser necessariamente 83 antagônico ao modo de administrar da empresa, visto que tal modo de administrar serve a propósitos conservadores e elitistas (PARO, 2008, p.12). 7.3. INSTÂNCIAS COLEGIADAS Democratizar a escola implica em compreender sua cultura e a cultura da comunidade na qual está inserida, bem como suas relações sociais, favorecendo os processos coletivos de tomada de decisão, pois, A implementação da gestão democrática perpassa pela implementação das categorias de participação e autonomia, as quais devem ser tomadas como forma de construção de uma escola com perspectivas coletivas de organização do trabalho pedagógico e da gestão escolar (LIMA, VIRIATO e ZANARDINI, 2003, p.162-). Assim, as Instâncias Colegiadas contribuem para maior aproximação da escola com os pais, possibilitando uma participação mais ativa e comprometida com as atividades escolares, e maior apoio à gestão escolar. Na perspectiva da gestão compartilhada, são todos, gestores, pais, professores e alunos, os responsáveis pelos resultados apresentados pela escola. Para a efetiva construção de relações mais democráticas em torno da gestão escolar e do trabalho pedagógico, faz-se necessário oportunizar espaços para encontros, discussões e trocas, enfim, espaços voltados para o diálogo e o respeito pelo pensar diferente de todos os envolvidos, pois é no debate das ideias que há o fortalecimento das ações. Entendemos que, deste modo, as decisões tomadas serão coerentes com as peculiaridades e necessidades do espaço escolar e será viabilizada a atuação das Instâncias Colegiadas, como instrumentos comprometidos com a construção de uma escola de qualidade e com os interesses da classe trabalhadora. Se a finalidade da educação é a formação do sujeito consciente, a gestão da educação assume uma dimensão política na qual a escola passa a ser espaço de exercício de democracia, onde a participação de todos os segmentos que compõem o ambiente escolar é estimulada e propiciada, tanto no âmbito interno da escola, como na comunidade local. Para que haja a participação efetiva dos membros das Instâncias Colegiadas, é necessário que o gestor, juntamente com todos os segmentos da escola, crie um ambiente propício, estimulando o trabalho coletivo, onde a comunidade sentir-se-á como parte da escola, pois verá que suas intenções e expectativas são acolhidas. 84 Conselho Escolar O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e a realização do trabalho pedagógico e administrativo do estabelecimento de ensino, em conformidade com a legislação educacional vigente e orientações da Secretaria de Estado da Educação. É composto por representantes da comunidade escolar e representantes de movimentos sociais organizados, e presidido pelo (a) diretor (a) do estabelecimento de ensino. Possui Estatuto próprio aprovado por 2/3 (dois terços) de seus integrantes. Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF A APMF, pessoa jurídica de direito privado, é um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do estabelecimento de ensino, sem caráter político partidário, religioso, racial e sem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e conselheiros, sendo constituída por prazo indeterminado. Possui Estatuto próprio aprovado e homologado em assembléia. Grêmio Estudantil do Colégio O Grêmio Estudantil Tiradentes é o órgão máximo de representação dos estudantes deste colégio, com o objetivo de defender os interesses individuais e coletivos dos alunos e incentivar a cultura literária, artística e desportiva de seus membros. Possui Estatuto próprio aprovado e homologado em assembléia. 7.4. CALENDÁRIO ESCOLAR O Calendário Escolar é elaborado de acordo com as orientações da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, Núcleo Regional de Educação e Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, com a participação do corpo docente, Equipe Pedagógica, Direção, Secretária e Conselho Escolar e contempla o início 85 das atividades escolares para os professores, início e término das aulas, formação continuada, planejamento, reuniões pedagógicas, conselho de classe, semana cultural, período de férias e recessos para alunos e professores, observando o mínimo de dias letivos previsto em lei. Sendo anual, assim definem-se as datas específicas do colégio neste ano letivo: MÊS DATA ATIVIDADE Fevereiro Fevereiro Abril Abril Maio Maio Junho Julho Julho Julho Julho Agosto Agosto Setembro Outubro Outubro Outubro Dezembro Dezembro 04 a 06 07 e 08 03 16 07 31 10 10 a 24 25 26 29 02 21 26 03 07 a 11 30 17 18 Semana Pedagógica Planejamento Replanejamento Conselho de Classe Formação Continuada Recesso Reunião Pedagógica Férias Feriado municipal Semana Pedagógica Retorno das aulas Semana Pedagógica Conselho de classe Reunião Pedagógica Formação Continuada Semana Integração Escola/Comunidade Reunião Pedagógica Conselho de Classe Término do Período Letivo 7.5. POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS 7.5.1. EQUIPE MULTIDISCIPLINAR A composição da equipe multidisciplinar de Educação das Relações Étnicoraciais da escola, composta sob a orientação da Secretaria de Estado da Educação (SEED), por meio do Departamento da Diversidade (DEDI), através da Resolução nº 3399/2010 – SEED, e da Instrução nº 010/2010 – SEED, tem o objetivo de organizar, subsidiar e realizar ações de formação permanente para a equipe pedagógica da escola, demais profissionais da educação e comunidade escolar, referente à Educação das Relações Étnico-Raciais e o Ensino de História e Cultura 86 Afrobrasileira, Africana e Indígena, conforme orientações expedidas pelo DED/SUED. Além disso, esta equipe multidisciplinar auxiliará os Órgãos Colegiados de Gestão na realização de ações de enfrentamento ao preconceito, discriminação e racismo no ambiente escolar. O trabalho da Equipe Multidisciplinar na escola será organizado nas modalidades de encontros e seminários, os quais tem caráter organizativo e formativo e carga horária cumprida na escola, envolvendo docentes desta e de outras instituições, desde que estes possuam conhecimentos e/ou experiências nas temáticas específicas no Ensino de História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena. Compete à Equipe Multidisciplinar das escolas da Educação Básica segundo a instrução nº 010/2010 – SUED/SEED : 1. Elaborar e aplicar um Plano de Ação, em conformidade com o Conselho Escolar e as orientações do DEDI/SUED, com conteúdos e metodologias, sobre a ERER e o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena, que deverá ser incorporado no Projeto Político-Pedagógico e legitimado pelo Regimento Escolar. 2. Subsidiar as ações da equipe pedagógica na mediação com os professores na elaboração do Plano de Trabalho docente no que se refere à ERER. 3. Realizar formação permanente com os/as demais profissionais de educação e comunidade escolar, referente a ERER e o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena, conforme orientações expedidas pelo DEDI/SUED. 4. Subsidiar os/as professores/as, equipe pedagógica, gestores/as, funcionários/as e alunos/as na execução de ações que efetivem a ERER e o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena. 5. Subsidiar o Conselho Escolar na realização de ações de enfrentamento ao preconceito, discriminação e racismo no ambiente escolar, apoiando professores/as, equipe pedagógica, direção, direção auxiliar, funcionários/as, pais, mães e alunos/as. 6. Registrar e encaminhar ao Conselho Escolar e outras instâncias , quando for o caso, as situações de discriminação, preconceito racial e racismo, denunciadas nos estabelecimentos de ensino. 87 7. Subsidiar as ações atribuídas aos estabelecimentos de ensino pelo Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a ERER e para o Ensino da História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena. 8. Enviar relatório semestral às Equipes Multidisciplinares dos NREs de conteúdos e propostas de ações desenvolvidas nos estabelecimentos de ensino. 9. Manter registro permanente em ATA das ações e reuniões da equipe multidisciplinar. 7.5.2. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS A Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos - CDEC foi instituída em 2007 pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Atualmente está vinculada à Diretoria de Políticas e Programas Educacionais, atendendo as demandas de Educação Ambiental, Educação em Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, bem como os Programas Escola Aberta, Saúde na Escola, Segurança Social e Atitude da SECJ – Secretaria de Estado da Criança e da Juventude. Por este colégio ser um estabelecimento vinculado à Secretaria de Estado da Educação do Paraná, as políticas públicas que visam à melhoria do ensino e ao atendimento das necessidades dos alunos da classe trabalhadora, estes desafios se tornam integrantes do presente Projeto Político Pedagógico. A fim de garantir que esses princípios sejam alcançados, é preciso expandir a abrangência de ações inclusivas, que possibilitem a expressão das diferenças de todas as ordens - étnicas, religiosas, de orientação afetivo-sexual, políticas, ideológicas, econômicas - e que levem o sujeito a compreendê-las como indispensáveis para sua existência plena, de direitos e de deveres, em sociedade. Diversidade sexual na escola e a homofobia: a capacitação de professores como estratégia de intervenção. A Escola tem importante função no processo de conscientização, orientação e instrumentalização dos corpos da criança e do adolescente. 88 7.5.3. TV PAULO FREIRE A TV PAULO FREIRE tem uma programação exclusiva para a comunidade escolar do Estado do Paraná, proporcionando à escola pública uma educação articulada com os avanços do mundo contemporâneo. Busca a qualidade no processo educacional, uma vez que aprimora/amplia tanto a formação dos professores quanto as fontes de pesquisa no processo ensino aprendizagem. A programação está organizada em cinco categorias de programas: formação do professor, informativo, conteúdos complementares ao currículo escolar, campanha de mobilização e enfoque regional. O projeto da TV Paulo Freire foi construído perpassando pela proposta de formatos de programas e questões técnicas que se organizou a partir de discussões de uma equipe docente multidisciplinar da Rede Pública do Paraná e profissionais da comunicação. Iniciou sua transmissão no dia 27 de junho de 2006. Tem como objetivo desenvolver programas educativos para televisão a partir da produção de conteúdos pedagógicos, para transmissão via satélite, web e multimídia, direcionados à comunidade escolar e à formação continuada dos profissionais da Rede Pública do Estado do Paraná. Daí que, no espaço da biblioteca, os programas de interesse desta comunidade escolar são gravados e disponibilizados à mesma. 7.5.4. PDE – PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL É uma política pública que estabelece o diálogo entre os professores da Educação Superior e os da Educação Básica, através de atividades teórico-práticas orientadas, tendo como resultado a produção de conhecimento e mudanças qualitativas na prática escolar da escola pública paranaense. Seu objetivo é proporcionar aos professores da rede pública estadual subsídios teórico-metodológicos para o desenvolvimento de ações educacionais sistematizadas, e que resultem em redimensionamento de sua prática. A orientação Pedagógica está fundamentada nos princípios educacionais da Secretaria de Estado da Educação e em suas Diretrizes Curriculares. Este colégio incentiva a participação de seus docentes neste programa, embora o afastamento dos mesmos crie situações nem sempre positivas no 89 ambiente de transmissão e construção de conhecimentos, em razão das substituições geradas e cujos profissionais não conhecem a Proposta Pedagógica do colégio. No entanto, após realizarem esta capacitação, os docentes, em sua maioria, trazem consigo uma bagagem enriquecedora que modifica o processo ensino aprendizagem, valorizando o ensino em seus aspectos qualitativos, proporcionando assim práticas educacionais mais amplas. 7.5.5. PATRULHA ESCOLAR A Patrulha Escolar Comunitária é a alternativa que a Secretaria Estadual de Segurança Pública, juntamente com a Secretaria de Estado da Educação encontrou para assessorar as comunidades escolares na busca de soluções para os problemas de segurança encontrados nas escolas como ondas de violência e delitos, problemas esses que se faziam presentes em quase todos os estabelecimentos de ensino e que em uns, mais que em outros, determinavam comprometimento na segurança dos alunos, professores, funcionários e instalações dos estabelecimentos. Sendo a Polícia Militar do Paraná a instituição estadual melhor especializada nas questões de segurança, optou-se por ela para dar este suporte às escolas, sendo que seus Oficiais e Praças recebem formação específica para este fim. À Patrulha Escolar Comunitária cabe, primeiramente, assessorar os estabelecimentos de ensino no restabelecimento da ordem e da segurança, além de capacitar educadores e educandos, através de um ciclo de palestras que se realiza em cinco etapas: I) Análise das instalações físicas com orientações em sua estrutura e utilização que possam proporcionar a segurança das pessoas que freqüentem o estabelecimento; II) Diagnóstico da realidade própria de cada comunidade escolar através da aplicação de dinâmicas aos pais, professores, funcionários e alunos de cada escola, que ao final indicará o compromisso de cada segmento e determinará o plano de ação e o plano de palestras necessário para a mudança da realidade encontrada ao início dos trabalhos; III) Concretização do plano de ação, pela comunidade escolar; IV) Concretização do plano de palestras pela PMPR e SEED; 90 V) Elaboração do Plano de Segurança por comissão representativa de todos os segmentos da comunidade escolar, descrevendo e registrando todas as providências tomadas para se atingir as melhorias que o foram ao final dos trabalhos; Dada à dualidade de funções: prioritariamente preventiva e em segundo plano repressiva, a Patrulha Escolar Comunitária somente atingirá plenamente o seu objetivo PREVENTIVO quando as medidas repressivas não mais se fizerem necessárias. Salienta-se que mesmo as medidas repressivas são planejadas de forma a serem SEMPRE EDUCATIVAS no mesmo contexto das preventivas. Neste colégio já foram realizadas as cinco etapas citadas anteriormente. O Plano de Segurança já se encontra elaborado, sabendo-se que o mesmo exige ações preventivas contínuas. Alguns avanços já foram efetivados, outras melhorias apontadas ainda necessitam ser implementadas. 7.5.6. SAREH Objetiva atender educandos que se encontram impossibilitados de frequentar a escola em virtude de internamento hospitalar ou sob outras formas de tratamento de saúde, permitindo-lhes a continuidade do processo de escolarização, contribuindo para seu retorno e reintegração na escola de origem e até mesmo a inserção daqueles não matriculados no sistema educacional. O Sareh é uma iniciativa que demonstra os caminhos para a efetivação de uma política pública de promoção da universalização da educação, pois mostra o reconhecimento formal do atendimento educacional em ambiente hospitalar, promovendo parcerias interinstitucionais e oportunizando campo de estágio nos hospitais universitários estaduais. A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais temporárias ou transitórias pode ser entendida como um processo complexo e desafiador que requer um tratamento adequado, cuidadoso e fundamentado, teoricamente, por meio de conhecimentos científicos desprovidos de preconceitos e discriminações. Esse serviço atende crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos. Entende-se que esta situação de internamento não pode se configurar como impeditivo do acesso à educação, que é direito fundamental do cidadão. 91 Nesse contexto, a Pedagogia Hospitalar pode contribuir para reforçar a autoestima, conferindo ao educando internado a possibilidade de contribuir para a continuidade de seu desenvolvimento, bem como lhe restituir um espaço de convivência social do qual é inesperadamente afastado. Conscientes desta política educacional, este colégio envia semestralmente ao Núcleo Regional de Educação de Foz do Iguaçu um demonstrativo de afastamento temporário de alunos por motivo de saúde, indicando o período deste afastamento e o número de alunos afastados. O atendimento pelo SAREH acontece em afastamentos iguais ou superiores a 90 (noventa) dias, sempre acompanhados do respectivo laudo médico. Além disso, neste demonstrativo, informa-se os alunos acometidos de doenças que os levam a evadirem-se em definitivo da escola e o número de alunas gestantes. 7.5.7. PRÓ-FUNCIONÁRIO O Programa de Formação Inicial em Serviço dos Profissionais da Educação Básica dos Sistemas de Ensino Público – PRÓ-FUNCIONÁRIO foi instituído em junho de 2007, na forma de curso técnico de formação para os funcionários da educação básica, em nível médio. O PRÓ-FUNCIONÁRIO tem por objetivo promover, por meio da educação à distância, a formação profissional técnica em nível médio dos funcionários que atuam nos sistemas de ensino da educação básica pública, com ensino médio concluído ou concomitante a esse, nas seguintes habilitações: I - Gestão Escolar; II - Alimentação Escolar; III - Multimeios Didáticos; IV - Meio Ambiente e Manutenção da Infra-estrutura Escolar. Este programa envolve os dirigentes educacionais, entidades de classe e instituições vinculadas à educação na organização e gerenciamento do curso. As atividades de formação e o desenvolvimento pedagógico do curso são de competência de Instituições de Ensino Público, credenciadas pelo MEC, mediante Coordenação Pedagógica com o acompanhamento da Coordenação Geral do PRÓFUNCIONÁ-RIO/Dase/SEB/MEC. 92 O colégio oferta o Programa Nacional de Valorização dos Trabalhadores em Educação – Pró-Funcionário, na habilitação Gestão Escolar. 7.5.8. CELEM - CENTRO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS MODERNAS – ESPANHOL A unidade do Centro de Línguas Estrangeiras Modernas - CELEM em funcionamento neste estabelecimento de ensino teve início em 2001 e oferta o curso básico e o curso de aprimoramento em Língua Espanhola. Os cursos de aprendizado básico e de aprimoramento em língua espanhola ofertados por esta unidade do Centro de Línguas Estrangeiras Modernas - CELEM obedecem às normas estabelecidas pela Secretaria de Estado da Educação e são ofertados a alunos da Rede Estadual de Educação Básica (Ensino Fundamental 8º ano e 9º ano, Ensino Médio e Profissional) de nosso município, a professores e funcionários da Secretaria de Estado da Educação em efetivo exercício de suas funções e em horário que não compromete o pleno exercício de suas atividades profissionais e à comunidade. A cedência de vagas à comunidade obedece ao limite de 20% sobre o número máximo de alunos por turma e ao não-preenchimento das vagas ofertadas. A Direção e a Equipe Pedagógica coordenam a integração das atividades do Centro de Línguas Estrangeiras Modernas - CELEM com as demais atividades do colégio, além de acompanhar e supervisionar o processo ensino-aprendizagem em consonância com a Proposta Pedagógica deste estabelecimento de ensino, observando-se ao disposto na Resolução Nº 2137/2004. 7.5.9. ATIVIDADES CURRICULARES DE AMPLIAÇÃO DE JORNADA 7.5.9.1. I. SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM 6º ao 9º ano O programa da sala apoio é ofertado pelo estabelecimento e faz-se necessário atendendo os alunos matriculados do 6º ao 9° ano do Ensino Fundamental, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, utilizando-se de metodologias diferenciadas e significativas. 93 A sala de apoio busca oportunizar vivências diversificadas, por meio de troca de experiências, tendo em vista a superação das dificuldades de aprendizagem apresentadas pelos alunos. A sala apoio, ofertada em contra turno aos alunos com dificuldades de aprendizagem nas disciplinas de matemática e Língua Portuguesa, propicia meios para que os mesmos possam reforçar seus conhecimentos de modo a enfrentar tais dificuldades. Entende-se que o aluno que lê, interpreta e calcula tem subsídios para dominar outras disciplinas da matriz curricular. Os alunos são atendidos em sala adequada, com o número de quatro aulas semanais em cada disciplina, sendo elas prioritariamente geminadas, em dias não subseqüentes, com grupos de alunos de no máximo 20 alunos. A equipe pedagógica do estabelecimento fica responsável por decidir com os professores regentes das turmas de 6º ao 9º anos, a indicação dos alunos para a composição das turmas, de acordo com diagnóstico realizado. Proceder-se-á a uma análise dos resultados obtidos pelos alunos e, primeiramente, serão chamados aqueles que ainda não dominam os conteúdos básicos essenciais e encontram-se em situação de vulnerabilidade quanto à obtenção da pontuação mínima exigida para aprovação estabelecida no Regimento Escolar. A Equipe pedagógica deverá orientar a elaboração do Plano de Trabalho Docente acompanhando sua efetivação e propondo metodologias adequadas as necessidades dos alunos, orientando as famílias a respeito das Salas de Apoio à aprendizagem e acompanhar a participação e aproveitamento dos mesmos no programa. Aos professores supridos para o desenvolvimento das atividades serão disponibilizados os recursos didáticos necessários tais como TV pendrive, computadores, bibliografia, livros, revistas e jornais, ou seja, os recursos necessários previstos nos encaminhamentos metodológicos de seus Planos de Trabalho Docente. A avaliação do processo de aquisição e construção de conhecimentos será diagnóstica, processual, descritiva e individual. Os professores em regência nas salas de apoio, a equipe pedagógica e os professores das turmas nas quais estes alunos encontram-se regularmente matriculados trabalharão em regime de cooperação de modo a garantir a superação das dificuldades destes alunos e o seu sucesso escolar. Também decidirão coletivamente pela permanência ou não de 94 cada aluno na Sala de Apoio à Aprendizagem, sempre privilegiando pelo atendimento ao maior número de alunos possível durante o ano letivo. A matrícula nas Salas de Apoio à Aprendizagem acontecerá com o consentimento dos pais e/ou responsáveis, pois as aulas serão desenvolvidas no contraturno e eles serão co-responsáveis pela frequência e participação dos alunos nas atividades. 7.5.9.2. II. ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES EM CONTRATURNO Entende-se por Atividades Complementares Curriculares de Contraturno, atividades educativas, integradas ao Currículo Escolar, com a ampliação de tempos, espaços e oportunidades de aprendizagem que visam ampliar a formação do aluno. As Atividades Complementares Curriculares em Contra turno tem os objetivos de promover a melhoria da qualidade do ensino por meio da ampliação de tempos, espaços e oportunidades educativas realizadas na escola ou no território em que esta situada, em contra turno, a fim de atender as necessidades socioeducacionais dos alunos. A oferta das atividades complementares ao currículo escolar em contra turno estarão vinculadas ao Projeto Político-Pedagógico da Escola, respondendo as demandas educacionais e aos anseios da comunidade, possibilitando assim, maior integração entre alunos, escola e comunidade, democratizando o acesso ao conhecimento e aos bens culturais. Tais atividades serão fundamentadas nas Diretrizes Curriculares para a Educação Básica do Estado do Paraná, incorporando, como princípio educativo, a metodologia da problematizarão como instrumento de incentivo a pesquisa, a curiosidade pelo inusitado e ao desenvolvimento do espírito inventivo, nas práticas didáticas, promovendo a valorização da leitura em todos os campos do saber, desenvolvendo a capacidade de letramento dos alunos, articulando teoria e pratica, vinculando o trabalho intelectual com atividades práticas experimentais, utilizando novas mídias e tecnologias educacionais, como processos de dinamização dos ambientes de aprendizagem. No segundo semestre de 2011 iniciou-se a Atividade Complementar Curricular em contraturno, macrocampo Cultura e Arte, com o título Fanfarra, Um Bem Cultural com os alunos do Ensino Fundamental. Uma segunda proposta no 95 macrocampo aprofundamento da Aprendizagem – Leitura e Produção: Uma proposta de Trabalho, da qual fazem parte os alunos dos 3ºs Anos do Ensino Médio. Neste ano de 2013 estamos dando continuidade a estas propostas realizando as adaptações necessárias, incluindo a proposta de atividade complementar no macrocampo esporte e Lazer - futsal na escola, do qual participam os alunos dos 8º e 9º ano. Conteúdos referentes a proposta 1: Macrocampo Cultura e Arte - título: Fanfarra, Um bem cultural: Como princípio educativo, a fanfarra é um incentivo ao letramento do aluno participante, pois exige leitura crítica das composições musicais e do mundo, educao para a pontualidade, assiduidade, participação e produtividade, promove a integração do colégio com a comunidade, aproxima escola e família. 1. Linguagem musical; 2. Elementos formais do som: intensidade, altura, timbre, densidade, duração; 3. Elementos formadores da música: ritmo, melodia e harmonia; 4. Apresentação dos instrumentos da fanfarra: bombos, caixas, surdos, pratos, cornetas, cornetões, pratos, lira; 5. Exercícios rítmicos alternados e contínuos com variação crescente e decrescente; 6. Marcha, cadência, alinhamento, cobertura e garbo; 7. Iniciação ao ritmo musical: comprimento do som, noção de inteiro e metade, movimentos naturais, pulsação e ritmo musical, ditado rítmico; 8. Evoluções coreográficas; 9. Conhecimentos teóricos e práticos sobre leitura e execução de partituras; 10. Conhecimentos teóricos e práticos sobre instrumentos de sopro; 11. Interpretações musicais como: Parabéns a você, On Broadway Modern Talking, Canto Alegretense, ritmos afro-brasileiros, entre outras. Conteúdos referentes a proposta 2: macrocampo Aprofundamento da Aprendizagem – título: Leitura e Produção: Uma proposta de trabalho: De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei 9394/96, que concebe a linguagem como prática discursiva, no sentido de ampliar o universo do saber aos sujeitos para que os mesmos venham intervir na realidade, é um direito prioritário à cidadania, constando como dever do Estado e como política pública básica e obrigatória. Esta proposta busca a democratização, acesso e permanência com sucesso ao ensino, utilizando-se de métodos e práticas de ensino-aprendizagem que incorporem o uso integrado das tecnologias de comunicação, conciliando assim, 96 mais uma oportunidade de ensino-aprendizagem que venha contribuir para a efetivação do conhecimento. O aluno participante terá assim, a oportunidade de participação em Concursos, Vestibulares e ENEM, entende-se com isso que a referida atividade mediada pelo professor, oferecerá aos alunos subsídios na busca de conhecimentos mais elaborados. Conteúdo estruturante e especifico: Estudar os conteúdos disciplinares para o Exame do (ENEM), concursos vestibulares e redação. Tipos de textos (O que é afinal, um texto?) • Modalidades de redação • Narração • A dissertação • As características da linguagem dissertativa • Coesão e coerência • Artigos de opinião • Carta do leitor (cartas argumentativas de reclamação e de solicitação) • Análise de textos do ENEM • Análise de textos dos vestibulares da UNIOESTE • Intextualidade Conteúdos referentes a proposta 3: macrocampo Esporte e Lazer – título: Futsal na Escola: esta proposta de atividades além de estimular a prática do esporte, contribui com a formação integral do sujeito motivando-o para os estudos e conseqüente permanência na escola, de maneira que o aluno construa as possíveis soluções nas situações de fundamentações técnicas do futsal, diferente do que ocorre atualmente onde o professor é quem elabora as situações-problema e suas soluções e solicita aos alunos a simples repetição dos movimentos. Os conteúdos envolvem: Domínio do corpo, habilidades básicas, manipulação de bola, passe, recepção, drible, finalização, habilidades específicas do futsal: domínio, controle, condução, chute, cabeceio, passe, drible, finta, marcação, antecipação, proteção de bola e habilidades do goleiro e sistemas ofensivos e defensivos. 7.5.9.3. AULAS ESPECIALIZADAS DE TREINAMENTO ESPORTIVO As aulas de Treinamento Esportivo em Voleibol são direcionadas para os alunos do 6º ao 9º ano no período Matutino e para os alunos do Ensino Médio no 97 contraturno. As Aulas especializadas de Treinamento Esportivo têm por objetivo possibilitar aos alunos o acesso à prática esportiva nas diversas modalidades esportivas, visando o pleno desenvolvimento de suas habilidades específicas, a descoberta e desenvolvimento de talentos esportivos no âmbito da escola e possibilitar a formação de equipes competitivas para a participação nos Jogos Escolares do Paraná e outros eventos similares, além de privilegiar aqueles alunos que se encontram em situação de vulnerabilidade social. As Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo em contraturno também visam promover a melhoria da qualidade do ensino por meio da ampliação de tempos, espaços e oportunidades educativas realizadas na escola, podendo ser desenvolvidas em local externo à instituição de ensino, desde que não ofereçam risco à integridade dos educandos, a fim de atender as necessidades socioeducacionais dos mesmos e utilizando, além do material básico de cada modalidade esportiva, novas mídias e tecnologias educacionais como formas de dinamização dos ambientes de aprendizagem. A oferta das Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo ao currículo escolar estará vinculada ao Projeto Político Pedagógico da escola, respondendo às demandas educacionais e aos anseios da comunidade, ampliando a integração entre alunos, escola e comunidade e a democratização de acesso ao conhecimento e aos bens culturais. Estas aulas encontram-se fundamentadas nas Diretrizes Curriculares para a Educação Básica do Estado do Paraná, incorporando, como princípio educativo, que a prática das diferentes modalidades esportivas constituemse práticas significativas no processo de desenvolvimento corporal, cognitivo, afetivo e sociocultural do ser humano e, em razão disso, são de grande importância no contexto da formação do aluno como pessoa e como cidadão e no contexto da escola em tempo integral. A participação do aluno nas Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo serão registradas no seu Histórico Escolar. 7.5.10. CIEE – CENTRO DE INTEGRAÇÃO EMPRESA-ESCOLA O Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) é uma associação filantrópica de direito privado, sem fins lucrativos, beneficente, de assistência social e 98 reconhecida como de utilidade pública que possibilita aos jovens estudantes brasileiros de nível médio, técnico e superior encontrar uma oportunidade de estágio que os auxiliem a colocar em prática tudo o que aprenderam na teoria promovendo o ingresso dos mesmos no mercado de trabalho através de treinamentos e programas de estágio. O convênio deste colégio com o Centro de Integração Empresa-Escola está intimamente relacionado às práticas sociais definidas na concepção materialista histórico dialética. 7.5.11. ESTÁGIO SUPERVISIONADO O estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior e de educação profissional integrada ao ensino médio. Compreende-se que o estágio faz parte do projeto pedagógico de cada curso, seja ele de formação superior ou de nível médio, com a finalidade de integrar o processo formativo do educando em sua totalidade e objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho. O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme determinação das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do projeto pedagógico do curso. Como estágio obrigatório compreende-se aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma. Já o estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória. Compreende-se também que, o estágio, conforme previsto nos § 1º e § 2º do Artigo 2º da Lei Nº 11.788 não constitui vínculo empregatício de qualquer natureza com esta instituição de ensino, desde que respeitados os requisitos expressos nesta mesma lei. Outrossim, por esta ser uma unidade de ensino mantida pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná, a obrigatoriedade de contratação de apólice de seguro em favor do estagiário só ocorrerá se a mantenedora assim o autorizar. 99 7.5.12. PLANO DE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO DO CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES DENOMINADO PRÁTICAS DE FORMAÇÃO 1. Apresentação O Colégio Mondrone, compreende a Prática de Formação de Docentes como uma atividade privilegiada de diálogo crítico com a realidade que favorece a articulação do ensino com a pesquisa, configurando um espaço formativo do estudante, definido no Projeto Político Pedagógico. O estágio é um componente curricular de caráter teórico prático que proporciona ao estudante a aproximação com a realidade profissional, com vistas ao aperfeiçoamento técnico, cultural, científico e pedagógico no sentido de prepará-lo para o exercício da profissão e da cidadania. 1.1 Identificação da instituição de ensino Colégio Estadual João Manoel Mondrone – Ensino Fundamental, Médio, Profissional e Normal a. Autorização de Funcionamento: Deliberação 010/99, artigo 10, alínea “b”, do inciso II, parágrafo único; b. Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná c. Endereço: Rua Mato Grosso, 2233 – Bairro Cidade Alta Medianeira – Paraná Telefone: 45 – 3264 1507 e- mail: [email protected] CEP85884000 1.2. Identificação do Curso e Eixo Tecnológico Curso: Formação de Docentes da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental – Ensino Médio Integrado na Modalidade Normal. 1.3. Professores Orientadores 1°Ano – Cristiane Costa da Silva 2° Ano – Maria Manfroi Fuzinatto 3° Ano – Cristiane Costa da Silva 4° Ano – Cristiane Costa da Silva 100 2. Justificativa A Prática de Formação (estágio) é um instrumento imprescindível, que proporciona ao aluno o contato com a realidade na qual o mesmo atuará, também sendo um componente indispensável para a integralização do currículo. A Prática de Formação deverá ser um trabalho coletivo, nesse sentido, todos os professores responsáveis pela formação do educador deverão participar, em diferentes níveis, da formação teórico-prática do aluno. A Prática de Formação é atividade de extrema importância na formação inicial do professor. Por isso em sua realização e desenvolvimento, os estagiários devem vivenciar as diversas situações do contexto escolar. 3. Objetivos da Prática de Formação Considerando que a prática de estágio se desenvolve ao longo de quatro anos, pretendemos apresentar as possibilidades de reflexão sobre a organização dos eixos temáticos propostos. Assim sendo, destaca-se que a formação dos futuros professores irá ganhando significado a cada ano que passa, levando a um amadurecimento, portanto a temática em cada série deve proporcionar ao aluno o entendimento do que é o trabalho docente. No primeiro ano o eixo temático: “Os sentidos e significados do trabalho do professor/ educador”, tendo como objetivo, possibilitar, ao iniciante do Curso Normal, uma primeira aproximação com o ofício do professor. No segundo ano, o eixo temático: “Pluralidade Cultural, as diversidades, as desigualdades e a Educação”. Nesta série, pretende-se com a Prática de Formação, colocar os alunos em contato com situações problemas no âmbito de algumas modalidades específicas educacionais, como: Educação do Campo, Educação Indígena, Educação Especial, Educação de Jovens e Adultos, assim como as atividades extra-escolares desenvolvidas por ONG’s e outras instituições. Espera-se com esta temática, não só ampliar a visão do aluno quanto a natureza do trabalho do professor regente, como também receber as especificidades do trabalho do professor diante das diferentes demandas sociais e políticas, possibilitando um olhar diferenciado nos aspectos estruturais da relação entre educação e sociedade. No terceiro ano, os eixos temáticos: “Condicionantes da infância e da família no Brasil e os fundamentos da educação infantil”, tendo neste ano como objetivo, o 101 foco na infância e na família visando analisar como, ao longo da história, criou-se a fase da “infância”, como se constitui a “família” e como tudo isso está se modificando rapidamente nas últimas décadas. No quarto ano, o eixo temático: “Práticas Pedagógicas”. Nesta série a ação docente deve garantir que os alunos contextualizem os conteúdos desenvolvidos nas aulas, através das disciplinas, com a prática social, e também vivenciem as práticas pedagógicas nas escolas de 1° ao 5° ano dos anos iniciais. 4. Local(ais) de realização da Prática de Formação a) Escola Municipal/Localidade: Medianeira: Fernando Pessoa – Parque Alvorada; José Lorenzoni – Bairro Itaipu; Jayme Canet – Jardim Panorama; João Paulo II – BNH / Jardim Irene; Carlos Lacerda – Parque Independência; Idalina Pasquotto Bonatto – Bairro Condá; Grizelde Roming Fischborn – Jardim Belo Horizonte; Plínio Tourinho – Bairro Cidade Alta; Ângelo Darolt – Bairro Ipê; João Guimarães Rosa – Bairro Frimesa; Semíramis de Barros Braga – Bairro Nazaré; Ulysses Guimarães – Centro; São Luiz – Maralúcia; b) Outras Instituições Educacionais de Medianeira Centros de Educação Infantil; Sonho de Criança – Bairro Condá; Criança Feliz – Bairro Nazaré; Rose M. Pelissari – Bairro Itaipu; Pequeno Polegar – Bairro Frimesa; Pequeno Príncipe – Bairro BNH; Bebê Feliz – Centro; 102 CEACA – Bairro Ipê; AMESFI – Bairro Nazaré; APAE – Bairro Ipê; AMOA – Centro; EJA - Centro; Escola do Campo: Colégio Estadual Maralúcia; Centro Comunitário de Foz do Iguaçu; Escola Indígena de São Miguel do Iguaçu; c) Órgãos Colaboradores: Núcleo Regional de Educação, NRE – Representação em Medianeira; Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Medianeira; Entidades Assistenciais de Medianeira; Escolas Estaduais/ Particulares/ UTFPR, UDC, Conselho Tutelar. 5. Carga horária e período de realização da Prática de Formação 1° Ano – 200 horas (duzentas horas) 2° Ano – 200 horas (duzentas horas) 3° Ano – 200 horas (duzentas horas) 4° Ano – 200 horas (duzentas horas) 6. Atividades da Prática de Formação de Docentes 1º Ano – Sentidos e significados do trabalho docente. Professora: Cristiane Data Atividade a ser desenvolvida 1º. Trimestre Estudo sobre o sentido do trabalho docente 2º. Trimestre Confecção de um memorial sobre a trajetória escolar 2º. Trimestre Estudo do Projeto Político Pedagógico, Regimento Interno, PPC e Plano de aula Estágio de Observação nos CEMEIS 2º Ano – Pluralidade Cultural, as diversidades, as desigualdades e a educação. Professora: Maria Manfroi Fuzinatto 103 Visitas Mês Escola do Campo – Maralúcia Março Escola Indígena Abril APAE Abril AMOA Maio AMESFI Maio Ulisses Guimarães – Sala Multifuncional Junho Projeto APAE Agosto Centro de Convivência – Foz do Iguaçu Setembro EJA Setembro Apresentação do diário de bordo Novembro 3º Ano – Condicionantes da infância e da família no Brasil e a organização da educação. Professora: Cristiane Atividade a ser desenvolvida Estágio de Observação em uma Turma de 1º. Ano – Fase diagnóstica Projeto Brinquedos e Brincadeiras da Infância Projeto Confecção de um Livro Infantil Projeto Ler para Ver Estágio de Observação em uma Turma de 1º. Ano 4º Ano – Ação docente, as práticas pedagógicas e a formulação da didática na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Professora: Cristiane Atividade a ser desenvolvida Estágio de Observação em uma Turma de Educação Infantil Regência em uma Turma de Educação Infantil Estágio de Observação em uma Turma dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental Regência em uma Turma dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental 104 7.5.13. PLANO DE ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO Apresentação O estágio não obrigatório é um ato educativo de natureza opcional, desenvolvido no ambiente de trabalho, tendo como finalidade assegurar a importância da relação teoria-prática no desenvolvimento curricular, possibilitando ao aluno desenvolver atividades que ajudem a sua formação escolar e preparação para o mundo do trabalho. 1.1. Identificação da instituição de ensino Colégio Estadual João Manoel Mondrone – Ensino Fundamental, Médio, Profissional e Normal a. Autorização de Funcionamento: Deliberação 010/99, artigo 10, alínea “b”, do inciso II, parágrafo único; b. Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná c. Endereço: Rua Mato Grosso, 2233 – Bairro Cidade Alta Medianeira – Paraná Telefone: 45 – 3264 1507 e- mail: [email protected] CEP: 85884000 1.2. Identificação dos Cursos e Eixo Tecnológico a) Habilitação Profissional: Técnico em Secretariado Eixo Tecnológico: Gestão e Negócios Forma: Subsequente b) Habilitação Profissional: Técnico em Administração Eixo Tecnológico: Gestão e Negócios Forma: Integrado c) Habilitação Profissional: Educação Profissional Integrada à Modalidade de Educação de Jovens e Adultos – PROEJA. Eixo Tecnológico: Gestão e Negócios Forma: Integrada 105 d) Habilitação Profissional: Técnico em Informática Eixo Tecnológico: Informação e Comunicação Forma: Integrado e) Profissional: Informática Eixo Tecnológico: Informação e Comunicação Forma: Subsequente e) Profissional: Técnico em Vendas Eixo Tecnológico: Gestão e Negócios Forma: Subsequente f) Ensino Médio 1.3. Professores Orientadores a) Coordenador de curso da Educação Profissional e Pedagogo. 2. Justificativa Entende-se por estágio as atividades de aprendizagem profissional, relacionadas à área de formação dos estudantes, em que os mesmos participam de situações reais de trabalho. Entende-se por estágio não obrigatório o estágio contratado, nos moldes da lei 11.788/08, da Deliberação n◦ 02/09 do Conselho Estadual de Educação e em consonância com as normas do regimento escolar, desenvolvido como atividade opcional. O estágio não obrigatório deve “agregar elementos importantes à formação profissional, por meio de atividades práticas diretamente ligadas à área de formação profissional do aluno, visando ampliar sua formação acadêmica-profissional, proporcionando a aplicação dos conhecimentos teóricos obtidos durante a realização do curso, ampliando os conhecimentos acerca da natureza dos processos e políticas de gestão organizacional, desenvolvendo habilidades para atuar neste meio e hábitos de estudos e de pesquisa que favoreçam a aprendizagem continuada, a cultura empreendedora e o trabalho cooperativo. 106 3. Objetivos do estágio O estágio não obrigatório vem contribuir para a formação do aluno no desenvolvimento de atividades relacionadas ao mundo do trabalho que oportunizem concebê-lo como ato educativo, propiciando a vivência em ambiente profissional, que leve a compreensão do trabalho no contexto vivencial das teorias apreendidas em sala de aula, por meio da interação contínua com os grupos de trabalho e com as políticas e filosofias empresariais, ampliando assim, os conhecimentos acerca da natureza dos processos e políticas de gestão organizacional, intensificando a oportunidade de trabalho coerente e adequado aos diferentes graus de conhecimento durante o curso. É fundamental o entendimento sobre as organizações estabelecem suas relações no dia-a-dia e do comportamento das mesmas a partir de seus principais processos administrativos, financeiros, da infraestrutura e tecnologias, apurando sua capacidade de decisão por meio do uso de técnicas adequadas de investigação, análise e avaliação. 4. Locais de realização do estágio não obrigatório Serão partes concedentes de estágio as pessoas jurídicas de direito público, privado ou profissionais liberais, devidamente registrados em seus respectivos conselhos de fiscalização profissional. 5. Carga horária e período de realização A jornada de estágio não ultrapassará 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, sendo exigida idade mínima de 16 anos até 18 anos de idade. A escola irá firmar com a instituição concedente o horário diário de início e término do estágio de cada aluno durante a semana, de forma a garantir que o aluno cumpra pontualmente seus compromissos escolares. 107 6. Atividades de estágio As atividades a serem realizadas são inerentes aos conteúdos teóricopráticos e relacionadas ao eixo tecnológico Gestão e Negócios e Informação e Comunicação. Série Matrícula de Objetivos 1º Ano 2º Ano e 3 º ano 4º Ano Conhecimentos Nível de Ações e posturas requeridos Ambientação ao Teóricos básicos Procedimentos mundo do que possibilitam o trabalho, conhecimento de participando de trabalhos atividades rotineiros elementares relativos ao direcionada à curso, futura profissão. planejamento e organização administrativa. Colaboração e Domínio das Participação em suporte a principais funções termos de atividades e métodos da aplicação na específicas da administração, do elaboração de organização. administrador e planos de das ferramentas trabalho. tecnológicas. Desenvolvimento Visão integrada Participação na da capacidade de do funcionamento avaliação, análise criar soluções e das e síntese de implementação organizações, situações de planos e das dinâmicas e organizacionais e projetos. da profissão do documentação administrador e comercial. do técnico em informática. As atividades a serem realizadas são inerentes aos conteúdos teórico-práticos e relacionadas ao Ensino Médio. Série Matrícula 1º Ano de Objetivos Ambientação mundo trabalho, Conhecimentos Nível de Ações e posturas requeridos ao Teóricos básicos Procedimentos do que possibilitam o conhecimento e 108 2º Ano 3º Ano participando de atividades elementares de integração social e aperfeiçoamento da oralidade. Colaboração e suporte a atividades específicas da organização e aperfeiçoamento do cálculo. Desenvolvimento da capacidade de criar soluções e implementação de planos e projetos com o uso das novas tecnologias. Domínio das principais funções administrativas e participação em atividades que envolvam raciocínio, cálculo e produção textual. Visão integrada do funcionamento das organizações, e uso das tecnologias. desenvolvimento de atividades que fomentem a integração ao grupo e o melhoramento da oralidade. Participação em termos de aplicação na elaboração de planos de trabalho. Participação na avaliação, análise e síntese de situações organizacionais. 7. Atribuições da instituição de ensino A instituição deverá incluir este plano de estágio em seu Projeto Político Pedagógico e regimentar o mesmo, zelando pelo seu cumprimento. Constitui ainda atribuições da instituição indicar o professor orientador, responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades de estágio. Quando o estudante estiver matriculado na Educação Profissional Técnica de Nível Médio o coordenador de curso será o responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades de estágio. Quando o aluno estiver matriculado no Ensino Médio inclusive na modalidade Profissional da Educação de Jovens e adultos, o professor pedagogo será o responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades de estágio. A instituição deverá ainda celebrar Termo de Compromisso com os alunos e parte concedente após firmado o Termo de Convênio. 109 8. Atribuições do coordenador de curso Ao coordenador compete, elaborar o plano de estágio, as normas complementares, os instrumentos de avaliação dos estágios e o cronograma de atividades a serem realizadas pelo estagiário junto com a parte concedente, organizando formulários e registros para o acompanhamento do estágio de cada aluno, mantendo contato permanente com os supervisores responsáveis pelo estágio na parte concedente, orientando sua execução e prestando esclarecimentos sobre o Plano de estágio e o Calendário Escolar. É de sua atribuição explicitar a proposta pedagógica da instituição de Ensino e o plano de estágio à parte concedente e ao aluno, orientando-os sobre a finalidade do estágio, realizando visitas nas instituições concedentes para avaliar as condições de funcionamento do estágio. O coordenador deverá solicitar relatório da parte concedente sobre a avaliação dos riscos inerentes às atividades a serem desenvolvidas pelo estagiário, levando em conta: local de estágio, agentes físicos, biológicos e químicos, o equipamento de trabalho e sua utilização, os processos de trabalho, as operações e a organização do trabalho, a formação e a instrução para o desenvolvimento das atividades de estágio, que será integrado ao Termo de Compromisso. O coordenador exigirá do estudante a apresentação de relatório semestral das atividades desenvolvidas neste período, auxiliando o educando, se for o caso de necessidades especiais, na elaboração do relatório de estágio. Faz parte de suas atribuições zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso, orientando a parte concedente quanto a finalidade do estágio, à legislação educacional e as normas de realização do estágio, observando se o número de horas estabelecidas para o estágio não compromete o rendimento escolar do aluno. 9. Atribuições da parte concedente Á parte concedente cabe a responsabilidade de efetivar a oferta de estágio mediante Convênio com a entidade mantenedora da instituição de ensino (SEED) e 110 mediante Termo de Compromisso com a instituição de ensino (colégio) a que o estudante pertence. Deverá ofertar instalações que tenham condições de proporcionar ao estudante atividades de aprendizagem social, profissional e cultural, indicando um funcionário do seu quadro pessoal para orientar e supervisionar o estagiário. À concedente cabe a contratação de seguro contra acidentes pessoais em favor do estagiário, devendo o mesmo constar no Termo de Compromisso de estágio. Deverá ainda, conceder Bolsa-Auxílio mensal, com base no valor/hora referencial correspondente ao nível de escolaridade do estagiário, auxílio transporte e eventual benefícios relacionados à saúde e outros de forma da legislação vigente (art.12), concedendo ao estagiário recesso remunerado de 30 dias, preferencialmente durante suas férias escolares, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 12 meses ou de maneira proporcional. Quando houver o desligamento do estagiário a mesma deverá entregar a instituição de ensino o termo de realização do estágio, com indicação resumida das atividades desenvolvidas, em cada semestre e da avaliação do desempenho. O relatório de atividades deverá ser elaborado pelo funcionário responsável pela orientação e supervisão de estágio, com prévia vista do estagiário e com periodicidade de um semestre. 10. Atribuições do responsável pela supervisão de Estágio na parte concedente Ao responsável cabe a tarefa de acompanhar o plano de atividades do estágio proposto pela parte concedente e a instituição de ensino, mantendo contato com o professor orientador ou coordenador da escola, bem como tomar conhecimento do Termo de Compromisso, orientar e avaliar as atividades do estagiário, e preencher os relatórios de estágio e encaminhar à instituição de ensino, com prévia vista do estagiário, com periodicidade mínima de 6 meses. É de sua competência ainda, propiciar instalações e ambiente favoráveis à aprendizagem social, profissional e cultural dos alunos. 111 11. Atribuições do estagiário O estagiário deverá cumprir com empenho e interesse, as atividades estabelecidas para o estágio, comunicando a parte concedente, em tempo hábil se houver impossibilidade de fazê-lo. É atribuição do estagiário entregar à instituição de ensino relatório sobre seu estágio e outras atividades executadas, mas não previstas no plano de estágio no prazo determinado. O estagiário deve respeitar as normas da parte concedente e de sua instituição de ensino, bem como outras eventuais recomendações emanadas pela chefia/imediata e/ou pelo supervisor, ajustadas entre as partes, respeitando as normas internas referente à segurança, responsabilizando-se por perdas ou danos decorrentes da inobservância das normas internas ou das constantes do Termo de Compromisso. É de sua responsabilidade ser assíduo e pontual tanto nas atividades desenvolvidas na parte concedente quanto na instituição de ensino. 12. Formas de acompanhamento do estágio As formas de acompanhamento referem-se a efetivação do Plano de Estágio, das visitas do coordenador de estágio à parte concedente e da apresentação dos relatórios semestrais das atividades executadas. A avaliação do estágio se dará pelo professor orientador, o qual fará a analise do cumprimento do Plano de Estágio, fazendo-se necessário avaliar em que medida a atividade de estágio está contribuindo qualitativamente ou não para o desempenho escolar do aluno, tendo a incumbência de avaliar as condições de funcionamento do estágio, recomendando ou não sua continuidade. Aspectos a serem observados: cumprimento do Artigo 14 da Lei 11.788/98 e Artigos 63, 67 e 69 da lei 8.069/90 – Estatuto da Criança e do adolescente. 6.5.14. PROGRAMAS DE AVALIAÇÃO O processo avaliativo inclui poderosas ferramentas na verificação do alcance dos objetivos propostos. Por isso, esta instituição de ensino participa das avaliações e olimpíadas promovidas por órgãos estaduais, federais e internacionais, as quais 112 resultam em coleta de indicadores capazes de apontar se os objetivos propostos neste Projeto Político Pedagógico estão sendo atingidos e concomitantemente encontrar alternativas que auxiliem na elaboração e definição de metodologias e estratégias que visem a melhoria da qualidade de ensino. 7.5.15. PROGRAMAS DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL A concepção de avaliação institucional deve ser construída de forma coletiva, sendo capaz de identificar as qualidades e as fragilidades da instituição, subsidiando as políticas educacionais comprometidas com a transformação social e o aperfeiçoamento da gestão escolar e da educação pública. Deve possibilitar a todos a identificação dos fatores que facilitam e que dificultam a oferta, o acesso e a permanência dos educandos na escola pública. Aliados à identificação destes fatores devem estar o compromisso e a efetiva implementação das mudanças. A avaliação das políticas e das práticas educacionais, enquanto responsabilidade coletiva, pressupõe a clareza das finalidades essenciais da educação, dos seus impactos sociais, econômicos, culturais e políticos, bem como a reelaboração e a implementação de novos rumos que garantam as finalidades da escola. I. PISA - PROGRAMA INTERNACIONAL PARA AVALIAÇÃO DE ALUNOS É um programa internacional de avaliação comparada, abrange os estudantes do 8ªº ano do Ensino Fundamental até o 3º Ano do Ensino Médio, na faixa etária de 15 anos e tem como objetivo colher informações sobre o desempenho e as condições de aprendizagem desses alunos, pois oferece aos países participantes indicadores de comparação internacional capazes de subsidiar políticas de educação. É um processo de avaliação que mostra indicadores para que os gestores das escolas possam fazer uma análise e propor medidas que venham a subsidiar os educadores nas práticas pedagógicas. A análise dos resultados é de extrema relevância para o aperfeiçoamento das reformas educacionais, visando a melhoria da qualidade da Educação Básica brasileira. 113 Esse programa é desenvolvido e coordenado internacionalmente pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE e nacionalmente pelo Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira INEP do Ministério da Educação. Realizado a cada 3 anos, abrange 3 domínios do conhecimento: Leitura, Matemática e Ciências. Em maio de 2009, foi realizada a 4ª edição do Programa com ênfase ao domínio da leitura, estando este colégio incluído nessa avaliação. II. SAEB – SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) é a avaliação de uma amostra representativa dos alunos regularmente matriculados nas 4ª/5ª e 8ª/9ª séries/anos do Ensino Fundamental e 3º ano do Ensino Médio, de escolas públicas e privadas, localizadas em área urbana ou rural a cada 2 anos, nas disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa. Desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia do Ministério da Educação (MEC), o Saeb é a primeira iniciativa brasileira, em âmbito nacional, no sentido de conhecer mais profundamente o nosso sistema educacional. Além de coletar dados sobre a qualidade da educação no país, procura conhecer as condições internas e externas que interferem no processo de ensino e aprendizagem, por meio da aplicação de questionários respondidos por alunos, professores e diretores para a coleta de informações sobre as condições físicas da escola e dos recursos de que ela dispõe. As informações obtidas a partir dos levantamentos do Saeb também permitem acompanhar a evolução da qualidade da Educação ao longo dos anos, sendo utilizadas principalmente pelo MEC e Secretarias Estaduais e Municipais de Educação na definição de ações voltadas para a solução dos problemas identificados, assim como no direcionamento dos seus recursos técnicos e financeiros às áreas prioritárias, com vistas à qualificação do Sistema Educacional Brasileiro e à redução das desigualdades nele existentes. 114 III. PROVA BRASIL - AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR Avaliação realizada a cada dois anos, em âmbito nacional, no intuito de levantar informações sobre o desempenho dos alunos das 4ª/5ª e 8ª/9ª séries/ano do ensino fundamental. Avalia as habilidades em Matemática (com foco na resolução de problemas), e em Língua Portuguesa (com foco em leitura). Como não é possível avaliar todas as habilidades previstas nos currículos escolares, foi produzida uma Matriz de Referência para cada série e disciplina. As matrizes foram elaboradas a partir de uma análise das propostas curriculares das secretarias estaduais de educação e dos livros didáticos utilizados em todo o país, selecionando-se o que há de comum e passível de ser avaliado nacionalmente em um teste padronizado. As matrizes da Prova Brasil e do Saeb não englobam toda a parte comum do currículo escolar e nem contemplam a parte diversificada, são apenas um recorte do que é essencial e possível avaliar em testes padronizados, não podendo, portanto, substituir a proposta curricular das unidades de ensino. Participam da Prova Brasil todas as escolas públicas, localizadas nas zonas urbana e rural, que possuam 20 ou mais alunos matriculados na 4ª e 8ª série (5º e 9º ano) do Ensino Fundamental regular. IV. IDEB - ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB foi criado pelo Ministério da Educação em 2007 para atender à necessidade de se estabelecer um padrão e critérios para acompanhar o sistema de ensino no Brasil. O IDEB é um indicador calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e médias de desempenho nas avaliações SAEB (para as unidades da federação e para o país) e Prova Brasil (para municípios). Este índice compreende valores de zero a dez, atribuídos conforme o desempenho de cada unidade escolar. V. ENEM – EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO O ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) é um exame individual realizado em todo o Brasil com o objetivo de avaliar os conhecimentos dos alunos que estão 115 concluindo, ou que já concluíram o Ensino Médio e é organizado pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). O exame, com duração de cinco horas, é constituído de questões objetivas de múltipla escolha e uma redação. Nenhum aluno é obrigado a fazer a prova, porém o exame serve como autoavaliação para o aluno e, além do mais, a pontuação do aluno adquirida no exame é utilizada no Programa Universidade para todos (PROUNI) e no processo seletivo de faculdades de todo o país. 7.5.16. OLIMPÍADAS a) OLIMPÍADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA A Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) é uma competição organizada pela Sociedade Brasileira de Matemática e aberta a todos os estudantes dos Ensinos Fundamental (a partir da 5ª série), Médio e Universitário das escolas públicas e privadas de todo o Brasil. Em torno desta competição, a Sociedade Brasileira de Matemática, em estreita cooperação com o IMPA – Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada elaborou um projeto que visa empregar competições matemáticas como veículos para a melhoria do ensino de Matemática no país, além de contribuir para a descoberta precoce de talentos para as Ciências em geral. Algumas das ações estabelecidas no projeto, que recebeu apoio do CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico são: Ampliação da Comissão de Olimpíadas da Sociedade Brasileira de Matemática -SBM, com o estabelecimento de uma Secretaria, localizada no IMPA, para centralizar os trabalhos de divulgação e coordenação das atividades olímpicas e para apoiar os coordenadores regionais . Criação da revista Eureka, contendo informações e material de preparação para Olimpíadas. Estabelecimento de um canal de comunicação constante com os estudantes e as escolas, através da revista Eureka, e de um cartaz, a ser enviado a todas as escolas cadastradas. 116 b) OLIMPÍADA BRASILEIRA DE QUÍMICA A Olimpíada Brasileira de Química é um evento de cunho competitivo, que anualmente se inicia no mês de agosto, para estudantes do ensino médio e tecnológico. É uma iniciativa da Universidade Federal do Ceará, da Universidade Estadual do Ceará e da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FUNCAP, com o patrocínio da Petrobrás - LUBNOR e Editora Saraiva. Atualmente, recebe o apoio do CNPq, da ABICLOR e da ABIQUIM. Os primeiros colocados nesta competição têm seus nomes inseridos na galeria de honra do troféu da Olimpíada Brasileira de Química. Os dez estudantes de maior destaque nesta olimpíada são convocados para participar do Curso de Aprofundamento e Excelência em Química, ministrado por professores do curso de pós-graduação em Química de uma das universidades participantes, de onde se escolherá a equipe que representará o Brasil na Olimpíada Internacional de Química e na Olimpíada Ibero-americana de Química. c) OLIMPÍADA BRASILEIRA DE FÍSICA A Olimpíada Brasileira de Física (OBF) é um programa da Sociedade Brasileira de Física (SBF) destinado a todos os estudantes do ensino médio e aos estudantes da última série (atual último ano) do ensino fundamental, oitava série (atual nono ano). Por meio da OBF, a Sociedade Brasileira de Física, em colaboração com os vários Institutos e Departamentos de Física de Universidades Estaduais, Federais e CEFETs elaborou um projeto que visa usar as competições intelectuais como veículos capazes de despertar e estimular o interesse pela Física, melhorar seu ensino, incentivar os estudantes a seguirem carreiras científicotecnológicas e prepará-los para as Olimpíadas Internacionais de Física (OIF) como forma de comparar, neste nível, nosso ensino com o de outros países. O programa OBF recebe também o apoio do CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. 117 d) OLIMPÍADA BRASILEIRA DE BIOLOGIA A Olimpíada Brasileira de Biologia (OBB) é desenvolvida pela Associação Nacional de Biossegurança e coordenada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com patrocínio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). As inscrições são permitidas apenas para estudantes que estão regularmente matriculados no Ensino Médio. Os principais objetivos das OBB são estimular o interesse em estudos biológicos e aproximar a universidade do ensino médio de biologia, diminuindo o tempo de defasagem entre as inovações científico-tecnológicas e sua divulgação aos estudantes de nível médio. As provas são realizadas em duas fases; os quatro primeiros colocados de cada fase poderão participar de eventos internacionais e competição nacional de Biologia. e) OLIMPÍADA BRASILEIRA DE ASTRONOMIA A OLIMPÍADA BRASILEIRA DE ASTRONOMIA E ASTRONÁUTICA (OBA) e a MOSTRA BRASILEIRA DE FOGUETES são organizadas anualmente pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB). A OBA e a MOBFOG é aberta à participação de escolas públicas, urbanas ou rurais, sem exigência de número mínimo ou máximo de alunos, os quais são incentivados a participar. Podem participar da OBA e da MOBFOG alunos do primeiro ano do Ensino Fundamental até alunos do último ano do Ensino Médio. A OBA e a MOBFOG , tem uma única fase, deste modo os certificados e medalhas são recebidos pela escola no mesmo ano letivo. Ao final da OBA e da MOBFOG todos alunos recebem um certificado de participação impresso com o seu nome e se ganhou alguma medalha recebe a mesma, a qual em geral é cunhada em metal ou acrílico. Todos os professores envolvidos no processo e também os diretores escolares recebem os seus certificados. 118 7.6. PROJETOS DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR A principal função que a escola há de desempenhar é a de utilizar o conhecimento elaborado para realizar a ação transformadora da sociedade. A escola de qualidade há de formar cidadãos com a autonomia que deverá ser adquirida através dos conteúdos necessários para a resolução dos problemas que a vida proporcionar. Há de ser também um espaço de relações humanas, de reflexão, de experiência práticas. Sendo assim, com o objetivo de enriquecer a proposta pedagógica, motivar o acesso e a permanência do aluno na escola, a escola desenvolverá atividades de complementação curricular. Entre elas: visitas técnicas, viagens de estudos, pesquisas de campo, experiências práticas. 7.6.1. PROJETO DE LEITURA Este projeto tem como objetivo despertar na comunidade escolar o interesse, gosto e hábito de leitura, promovendo a leitura de modo a desenvolver a compreensão do sentido das mensagens orais e escritas, desenvolvendo sensibilidade para reconhecer a intencionalidade implícita nos textos. Deste projeto participam todos os professores e alunos, em cronogramas pré-estabelecidos e conhecidos da comunidade escolar. 7.6.2. BULLYING - “COMBATER ESSA VIOLÊNCIA PASSA PELA ESCOLA” O projeto proposto inscreve-se no terreno da psicologia e da pedagogia. É uma pesquisa sobre as relações sociais vivenciadas por crianças e adolescentes no âmbito escolar. O estudo é de natureza descritiva e qualitativa sobre o bullying, comportamento de violência física e psicológica praticada por indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir o outro incapaz de se defender, tendo como objetivos: analisar as formas como o bullying se apresenta no contexto escolar; identificar e comparar visões de especialistas e psicologia de educação; Identificar os principais fatores que levam ao bullying; propor alternativas preventivas para o bullying. 119 7.6.3. OMIS – OLIMPÍADAS INTERSÉRIES DO COLÉGIO MONDRONE A prática desportiva é patrimônio cultural da humanidade. É nosso objetivo promovê-la de modo que esteja aliada ao desenvolvimento sadio, ao prazer e à qualidade de vida. As olimpíadas interséries acontecem na semana cultural e desportiva e envolvem toda a comunidade escolar. 7.6.4. EM BUSCA DO VERDE Integra os alunos das 8ª séries através de atividades físicas, culturais, esportivas e recreativas com o objetivo de observar e analisar a paisagem do meio onde vivemos, aprimorar o senso de respeito à natureza e a responsabilidade de cada um na preservação do meio ambiente. 7.6.5. VIVA O NOSSO PARANÁ Viagem cultural que envolve os alunos das 7ª séries do Ensino Fundamental e visa à compreensão da formação histórica, geográfica e cultural do espaço paranaense. 7.6.6. BETO CARRERO Viagem cultural e recreativa que envolve os alunos das 8ª séries com o objetivo de socializar conhecimentos geográficos e culturais e também oportunizar uma nova experiência de lazer e recreação, a qual a maioria dos alunos nunca teve acesso. 7.6.7. VIVENCIANDO A LITERATURA, A ARTE E A HISTÓRIA MINEIRA Viagem cultural que integra os alunos do 2º Ano do Ensino Médio em torno dos conhecimentos históricos, artísticos e culturais de Minas Gerais, berço de grandes acontecimentos da história brasileira e também da arte barroca. 120 7.6.8. RUA DE RECREIO Atividades esportivas, recreativas e culturais realizadas com os alunos das 5ª séries e implementadas pelos alunos do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. 7.6.9. PROJETO TURISMO EDUCATIVO NOS MUNICÍPIOS LINDEIROS DO LAGO DE ITAIPU Deste projeto participam os alunos das 6ª séries, o qual tem por objetivo conhecer a natureza, a cultura e a história da nossa região para valorizar e desenvolver a consciência ambiental e a preservação do meio. Neste projeto os alunos conhecem o Parque Nacional do Iguaçu e o Parque Nacional de Ilha Grande. 7.6.10. MOSTRA CULTURA AFRO BRASILEIRA E HISTÓRIA DA ÁFRICA Este projeto busca incentivar alunos e professores a conhecerem e valorizarem um pouco mais sobre a história e cultura de etnias diferentes, sobretudo às afro brasileira e as demais que fazem parte de nosso Estado. Desenvolvendo o senso critico e perceber o lado positivo e suas contribuições históricas, econômicas, culturais, sociais, etc, para com nosso país. 7.6.11. MOSTRA EMPRESARIAL Projeto desenvolvido com os alunos do Curso Técnico em Administração Integrado ao Ensino Médio e do Curso Técnico em Administração Integrado à Educação de Jovens e Adultos. Visa à construção de conteúdos práticos após o processo de transmissão de conhecimentos teóricos produzidos pela humanidade na área da criação e administração de uma empresa. 7.6.12. PROJETO ACIDENTES DOMÉSTICOS COM CRIANÇAS A curiosidade e o desejo de experimentar são características inatas nas crianças. Por isso, elas estão sempre sujeitas aos mais diversos tipos de acidentes e prevenir estes acidentes infantis é uma questão de informação e de atenção dos 121 pais, educadores e de todos aqueles que zelam pela infância, visto que os acidentes domésticos figuram entre as principais causas de morte na infância. Este projeto é desenvolvido com o objetivo de conscientizar a comunidade infantil de nossa cidade e conta com a atuação dos alunos do Curso Formação de Docentes e do Curso Técnico em Administração Integrado como oficineiros, em atividades diversas, distribuídas em 12 estações, e cujo público alvo são as crianças do 1º Ano do Ensino Fundamental das escolas municipais e particulares de nossa cidade. 7.6.13. AGENDA 21 A implementação na educação básica da agenda Escolar 21 é uma das ações da Secretaria de Estado da Educação, para orientar as discussões sobre os temas voltados ao meio ambiente, baseadas no conceito de sustentabilidade. O trabalho da Agenda é problematizado a partir de diagnósticos que consideram a estrutura e o cotidiano da escola, devendo ter um caráter interdisciplinar, relacionado com os conteúdos escolares, de acordo com as diretrizes da educação básica do Paraná. O planejamento da Agenda 21 Escolar deve ser implantado por meio da realização de cinco etapas: mobilização, criação de um fórum permanente de discussões, diagnóstico da escola, definição de um plano de ação e avaliação. A Agenda 21 é um dos documentos da Rio-92 (Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano), uma referência às preocupações voltadas ao desenvolvimento dos países sem prejuízos ambientais e com justiça social a partir do século 21. O programa recomenda às nações que promovam uma consciência ambiental e ética, valores e atitudes, técnicas e comportamentos de acordo com o desenvolvimento sustentável. O colégio, ao implementar a Agenda 21 na prática pedagógica, tem como metas a curto e médio prazo estas ações: reciclagem e destinação do lixo, preservação do patrimônio escolar, ações de manutenção e preservação das áreas verdes do colégio, confecção de sacolas de pano para substituição das sacolas plásticas, reduzindo a produção de lixo e promovendo a preservação do meio ambiente. 122 7.7. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO O projeto deve ser objeto de avaliação contínua para permitir o atendimento de situações imprevistas, correção de desvios e ajustes das atividades propostas. Podendo ser previstos momentos de avaliação (semestral, anual), para que a comunidade como um todo possa estar periodicamente discutindo os rumos que o projeto político-pedagógico e o plano da escola vão tomando. É importante considerar permanentemente, com a comunidade escolar, se o projeto político-pedagógico, está efetivamente sendo cumprido e quais as reformulações que precisam ser feitas para que o seu cumprimento represente, de fato, a construção de uma escola de qualidade acadêmica e social. 8. REFERÊNCIAS ALVES, G. L. História da educação: a produção teórica sobre o trabalho didático. In: VII Jornada do HISTEDBR. Campo Grande-MS. 2007. ______. A produção da escola pública contemporânea. Campo Grande, MS: UFMT; Campinas, SP: Autores Associados, 2001. ______. Em busca da Historicidade das Práticas Escolares. Artigo apresentado durante a V JORNADA DO HISTEDBR – HISTÓRIA, SOCIEDADE E EDUCAÇÃO NO BRASIL na UNIVERSIDADE DE SOROCABA – UNISO em 2005. ARIÈS, P. A história social da criança e da família. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1978. ARNONI, M. E. B. Dialética do trabalho pedagógico: fundamentos filosóficos e suas implicações metodológicas. 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