COLÉGIO ESTADUAL JOÃO MANOEL MONDRONE
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO, PROFISSIONAL E NORMAL
MEDIANEIRA - PARANÁ
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
MEDIANEIRA - PARANÁ
2013
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................... 4
2. IDENTIFICAÇÃO ........................................................................................................................... 7
3. CONTEXTUALIZAÇÃO DO COLÉGIO .......................................................................................... 8
3.1. DADOS HISTÓRICOS ................................................................................................................ 8
3.2. REGIMENTO ESCOLAR ...........................................................................................................12
3.3. ORGANIZAÇÃO ESCOLAR E PRÁTICA PEDAGÓGICA ..........................................................12
3.3.1. ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS ...........................................................................13
3.3.2. MATRÍCULAS 2013 ................................................................................................................14
3.3.3. RECURSOS HUMANOS: .......................................................................................................15
3.3.4. RECURSOS FÍSICOS:............................................................................................................15
3.3.5. RECURSOS (MATERIAIS) PEDAGÓGICOS: .........................................................................16
3.3.7. DIAGNÓSTICO: ÍNDICES DE APROVAÇÃO E REPROVAÇÃO 2012....................................17
3.4. ORGANIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE ...................................................................................22
3.5. INCLUSÃO ................................................................................................................................23
3.6. DIVERSIDADE ÉTNICO RACIAL ..............................................................................................28
4. CONCEITUAÇÃO .........................................................................................................................30
4.1. CONCEPÇÃO DE HOMEM E MUNDO .....................................................................................30
4.2. CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE, CULTURA E CIDADANIA ......................................................32
4.3. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO E ENSINO-APRENDIZAGEM ..................................................34
4.6. CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO E TECNOLOGIA .............................................................41
4.7. CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO ................................................................................................43
4.8. CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO ................................................................................................44
4.9. RECUPERAÇÃO PARALELA ..................................................................................................49
4.10. CONSELHO DE CLASSE ........................................................................................................51
5.0. OBJETIVOS DA ESCOLA .........................................................................................................53
6.0. MATRIZES CURRICULARES ....................................................................................................54
7. OPERACIONALIZAÇÃO ..............................................................................................................58
7.1. PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DA ESCOLA...........................................................................58
7.1.1. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE DE DIREÇÃO .......................................................................58
7.1.2. PLANO DE AÇÃO - EQUIPE PEDAGÓGICA .........................................................................62
7.1.3. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE DE FUNCIONÁRIOS QUE ATUAM NAS ÁREAS DE
MANUTENÇÃO DE INFRAESTRUTURA ESCOLAR E PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE,
ALIMENTAÇÃO ESCOLAR E INTERAÇÃO COM O EDUCANDO ...................................................71
7.1.4. PLANO DE AÇÃO - PROGRAMA BRIGADAS ESCOLARES – DEFESA CIVIL NA ESCOLA
.........................................................................................................................................................77
7.2. GESTÃO DEMOCRÁTICA.........................................................................................................80
7.3. INSTÂNCIAS COLEGIADAS .....................................................................................................83
7.4. CALENDÁRIO ESCOLAR .........................................................................................................84
7.5. POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS .........................................................................85
7.5.1. EQUIPE MULTIDISCIPLINAR.................................................................................................85
7.5.2. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS ..............................................................87
7.5.3. TV PAULO FREIRE ...............................................................................................................88
7.5.4. PDE – PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL ..........................................88
7.5.5. PATRULHA ESCOLAR ..........................................................................................................89
7.5.6. SAREH ...................................................................................................................................90
7.5.7. PRÓ-FUNCIONÁRIO ..............................................................................................................91
7.5.8. CELEM - CENTRO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS MODERNAS –ESPANHOL ...................92
7.5.9. ATIVIDADES CURRICULARES DE AMPLIAÇÃO DE JORNADA ..........................................92
7.5.9.1. I. SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM 6º ao 9º ano .........................................................92
7.5.9.2. II. ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES EM CONTRATURNO .................94
7.5.9.3. AULAS ESPECIALIZADAS DE TREINAMENTO ESPORTIVO ............................................96
7.5.10. CIEE – CENTRO DE INTEGRAÇÃO EMPRESA-ESCOLA ...................................................97
7.5.11. ESTÁGIO SUPERVISIONADO .............................................................................................98
7.5.12. PLANO DE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO DO CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES
DENOMINADO PRÁTICAS DE FORMAÇÃO ...................................................................................99
7.5.13. PLANO DE ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO ......................................................................104
6.5.14. PROGRAMAS DE AVALIAÇÃO .........................................................................................111
7.5.15. PROGRAMAS DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL .............................................................112
7.5.16. OLIMPÍADAS ......................................................................................................................115
7.6. PROJETOS DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR............................................................118
7.6.1. PROJETO DE LEITURA .......................................................................................................118
7.6.3. OMIS – OLIMPÍADAS INTERSÉRIES DO COLÉGIO MONDRONE ......................................119
7.6.4. EM BUSCA DO VERDE ........................................................................................................119
7.6.5. VIVA O NOSSO PARANÁ ....................................................................................................119
7.6.6. BETO CARRERO .................................................................................................................119
7.6.7. VIVENCIANDO A LITERATURA, A ARTE E A HISTÓRIA MINEIRA ....................................119
7.6.8. RUA DE RECREIO ...............................................................................................................120
7.6.9. PROJETO TURISMO EDUCATIVO NOS MUNICÍPIOS LINDEIROS DO LAGO DE ITAIPU .120
7.6.10. MOSTRA CULTURA AFRO BRASILEIRA E HISTÓRIA DA ÁFRICA .................................120
7.6.11. MOSTRA EMPRESARIAL ..................................................................................................120
7.6.12. PROJETO ACIDENTES DOMÉSTICOS COM CRIANÇAS .................................................120
7.6.13. AGENDA 21........................................................................................................................121
7.7. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO..........................................................122
8. REFERÊNCIAS ..........................................................................................................................122
4
1. APRESENTAÇÃO
A escola, como instituição educativa, faz-se extremamente necessária, pois
manter uma relação consciente com o papel do trabalho educativo na formação do
indivíduo e para com as implicações desse trabalho na produção e transformação da
vida social significa, necessariamente, ter clareza para que prática social o
professor, em sua ação educativa, está formando os indivíduos.
Sendo assim, o trabalho educativo inicia-se pela elaboração coletiva do
Projeto Político Pedagógico, tendo-se clareza do seu significado para a escola
enquanto instituição de ensino. Conforme VEIGA (1996), o Projeto Político
Pedagógico cumpre a função de dar um rumo, uma direção à instituição. Aliamo-nos
a essa autora, quando destaca o caráter político e o caráter pedagógico deste
documento. Diz a autora que o projeto de escola é sempre:
“uma ação intencional, com um sentido explícito, com um compromisso
definido coletivamente. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é,
também, um projeto político por estar intimamente articulado ao
compromisso sociopolítico, com os interesses reais e coletivos da
população majoritária. É político, no sentido de compromisso com a
formação do cidadão para um tipo de sociedade. “A dimensão política se
cumpre na medida em que ela se realiza enquanto prática especificamente
pedagógica”. (Saviani 1983, p.93). Na dimensão pedagógica reside a
possibilidade da efetivação da intencionalidade da escola, que é a formação
do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo.
Pedagógico, no sentido de definir as ações educativas e as características
necessárias às escolas de cumprirem seus propósitos e sua
intencionalidade” (VEIGA, 1996, p. 12).
A elaboração do Projeto Político Pedagógico para o Ensino Fundamental,
Médio, Profissional e Normal deste estabelecimento
pauta-se no método
materialista histórico-dialético. A opção pelo método materialista histórico-dialético
justifica-se por expressar o projeto de educação, sociedade e homem que se quer;
uma concepção que compreende o desenvolvimento histórico dos homens a partir
de um processo marcado pela contradição, além de ser expressão das Diretrizes
Curriculares Estaduais. Compreende a escola situada no âmbito das contradições e
responsável pela construção dos conhecimentos científicos, definindo como função
da escola e, consequentemente, dos professores, a de ensinar, avaliar e possibilitar
que o processo de ensino-aprendizagem ocorra com qualidade para a classe
trabalhadora.
5
A prática educativa que se propõe é voltada a uma educação que considera o
caráter histórico do homem, educando-o para a transformação das consciências,
para que, por meio de sua práxis, transforme sua própria história. A realização do
processo pedagógico pressupõe, dessa forma, o domínio teórico-metodológico, pois
nenhuma escolha de alternativas ou de temas a serem ministrados em sala de aula
são neutros. A ação do professor deve [...] estabelecer conscientemente a mediação
entre o cotidiano do aluno e as esferas não-cotidianas da vida social, DUARTE
(2001). Pressupõe-se, portanto, um engajamento na luta pela superação da forma
como se organiza a sociedade contemporânea, levando em conta a necessidade de
transformar as relações sociais de opressão, dominação e exploração que, para
MARX (1988), não constitui simplesmente um problema material e político; trata-se
de um problema humanista e pedagógico.
Assim, a opção por um método tem como intenção maior constituir uma
unidade de orientação ao trabalho pedagógico desenvolvido e, dessa maneira,
contribuir para que a ação docente seja direcionada e intencional. Toda essa
intencionalidade e esse rigor na definição do método para o desenvolvimento da
ação docente visam garantir que a escola cumpra verdadeiramente seu papel, e não
se perca em armadilhas criadas por correntes pedagógicas “imediatistas e
pragmáticas,” DUARTE (2004), que atrelam o significado e sentido da aprendizagem
dos conteúdos escolares ao utilitarismo alienante do cotidiano da sociedade
capitalista. Sendo assim,
é preciso que o professor domine consistentemente os fundamentos
explicativos dos objetos de conhecimento, inclusive os fundamentos da
própria prática pedagógica e, apoiado neste domínio, consiga viabilizar o
método e as estratégias mais pertinentes para o processo de ensinoaprendizagem e que melhor promovam a participação ativa dos alunos
(KLEIN, s/d, p.11).
A seleção dos conteúdos a serem trabalhados e a metodologia empregada
para ensinar devem propiciar aos alunos o “desenvolvimento do raciocínio metódico,
sistemático, próprio do pensamento teórico, científico, que não é somente
representação, descrição, que não se restringe à imaginação, à especulação”
SAVIANI (2008), ou seja, a escola deve ensinar o aluno a pensar, contribuir para o
desenvolvimento de suas capacidades e propiciar condições de descobertas e
acesso independente ao conhecimento, devendo o processo de ensino e
aprendizagem ser intencionalmente planejado, questionado e reorganizado.
6
É fundamental destacar que, no plano mais genérico e abstrato, qualquer
forma histórica de organização do trabalho didático envolve, sistematicamente,
três aspectos:
a) ela é, sempre, uma relação educativa que coloca, frente a frente,
uma forma histórica de educador, de um lado, e uma forma histórica
de educando(s), de outro;
b) realiza-se com a mediação de recursos didáticos, envolvendo os
procedimentos técnico-pedagógicos do educador, as tecnologias
educacionais pertinentes e os conteúdos programados [...],
c) e implica um espaço físico com características peculiares, onde a
mesma ocorre (ALVES, 2005b, p. 10-11. Grifos do autor).
Neste sentido, não há uma justaposição dos três elementos constitutivos do
trabalho didático, tendo em vista que esses "elementos se articulam de uma forma
dinâmica, onde exercem funções precisas e onde, inclusive, alguns se revelam
mais determinantes do que outros na definição dos rumos da relação educativa"
ALVES (2007).
Dessa forma,
No processo dialético de conhecimento da realidade, o que importa
fundamentalmente não é a crítica pela crítica, o conhecimento pelo
conhecimento, mas a crítica e o conhecimento crítico para uma prática que
altere e transforme a realidade anterior no plano do conhecimento e no plano
histórico-social (FRIGOTTO, 2006, p. 81).
Sendo assim, busca-se assegurar que a escola – instituição pública – cumpra
a função de transmitir o conhecimento produzido histórica e coletivamente,
objetivando a formação da consciência e o desenvolvimento das capacidades que
possibilitem ao aluno entender as relações sociais de produção, tendo como
referência o processo de humanização dos indivíduos.
Na intenção de construir um projeto voltado para a recuperação da função da
escola pública como transmissora de conteúdos científicos e transformadora destes
em conteúdos de ensino, o Colégio Mondrone organiza e direciona o processo de
elaboração de uma proposta com a participação da comunidade escolar.
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2. IDENTIFICAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL JOÃO MANOEL MONDRONE
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO, PROFISSIONAL E NORMAL
Mantenedora: Secretaria de Estado da Educação / Governo do Estado do Paraná
Rua Mato Grosso, 2233
Bairro Cidade Alta
Medianeira – Paraná
Telefones: (45) 3264-1507 / 3264-1749
CEP: 85884-000
e-mail: [email protected]; [email protected]
Núcleo Regional de Educação
Código da escola: 41077733
Porte: 7
8
3. CONTEXTUALIZAÇÃO DO COLÉGIO
3.1. DADOS HISTÓRICOS
Este estabelecimento de ensino foi criado pela Lei Nº 16/64 de 05 de maio de
1964, sob a denominação Ginásio Estadual de Medianeira e autorizado seu
funcionamento pela Portaria Nº 6766/66 a partir de 1967.
Por meio do Decreto Nº 17.204, de 12 de novembro de 1969, passou a
denominar-se Ginásio Estadual João Manoel Mondrone.
Através da Resolução Nº 1969/77, foi autorizado e homologado o Plano de
Implantação da Lei Nº 5692/71.
Conforme Decreto Nº 4558/78, é autorizado a funcionar o Complexo Rui
Barbosa, que reorganiza as escolas deste município, conforme legislação vigente e,
por conseguinte, através do Decreto Nº 2256 de 28 de abril de 1980, passa a
denominar-se Escola Estadual João Manoel Mondrone – Ensino de 1º Grau.
Adequando a oferta de ensino público às necessidades do município, a
SEED, pela Resolução Nº 729/81 de 08 de abril de 1981, transfere o ensino de 2º
Grau do Colégio Helen Keller para a Escola Estadual João Manoel Mondrone que,
em decorrência dessa Resolução, passou a denominar-se Colégio Estadual João
Manoel Mondrone – Ensino de 1º e 2º Graus e por meio da Resolução Nº 3444/81,
de 23 de abril de 1982, tem reconhecidos os cursos de 1º Grau Regular e 2º Grau
Regular, com as habilitações plena em Magistério e Básicas em Agropecuária e
Saúde, sendo esta última cessada, gradativamente, a partir de 1982 e a habilitação
Básico em Agropecuária encerrada em 1994.
A partir de 1983 ocorreu a implantação gradativa do Curso de 2º Grau
Regular Propedêutico, reconhecido pela Resolução Nº 640/87 de 23 de fevereiro de
1987, tendo sua denominação alterada para Educação Geral a partir de 1988.
Conforme Resolução Nº 659/94 de 03 de fevereiro de 1994, foi autorizado o
funcionamento da Habilitação Auxiliar de Contabilidade, com implantação gradativa
a partir do início do ano letivo de 1994. Já a Resolução Nº 764/97, de 25 de julho de
1997, autorizou o funcionamento da 4ª série da Habilitação Técnico em
Contabilidade, sendo ambos reconhecidos pela Resolução Nº 3.067/97 de 10 de
setembro de 1997.
9
Pela Resolução Nº 4.056/96, de 18 de outubro de 1996, dá-se a implantação
do Programa de Expansão, Melhoria e Inovação no Ensino Médio do Paraná –
PROEM, cessando, gradativamente, a partir de 1997, a oferta dos cursos
profissionalizantes Magistério, Auxiliar e Técnico de Contabilidade, ofertando-se
somente o Curso de Educação Geral.
Através da Resolução Nº 794/02, de 22 de março de 2002 e pelo Parecer Nº
0057/02 – CEE, o colégio foi credenciado para ofertar Cursos de Educação
Profissional e é autorizado a ofertar o Curso Técnico em Gestão Empreendedora,
vinculado à área de Gestão e passa a denominar-se Colégio Estadual João
Manoel Mondrone – Ensino Fundamental, Médio e Profissional.
A partir de 2002, o Colégio passou também a ofertar o Ensino Extracurricular
e Plurilinguístico de Língua Estrangeira Moderna através do Centro de Línguas
Estrangeiras Modernas – CELEM.
Através da Resolução Nº 590/06 de 22 de março de 2006, é autorizado o
funcionamento do Curso Técnico em Administração Integrado ao Ensino Médio
– Eixo Profissional Gestão e Negócios, com oferta presencial.
Pela Resolução Nº 370/06 de 24 de fevereiro de 2006, é autorizado o
funcionamento do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e dos
anos iniciais do Ensino Fundamental, na modalidade Normal. Em decorrência
desta oferta, o estabelecimento passa a denominar-se Colégio Estadual João
Manoel Mondrone – Ensino Fundamental, Médio, Profissional e Normal.
Pela Resolução Nº 4131/06, de 04 de outubro de 2006, foi renovado o
Reconhecimento do Ensino Fundamental e pela Resolução Nº 4130/06, de 04 de
outubro de 2006 foi renovado o reconhecimento do Ensino Médio deste
estabelecimento de ensino, estando em trâmite o processo de renovação do Ensino
Fundamental e do Ensino Médio.
A partir do ano letivo de 2008, o Colégio passou a ofertar o Curso Técnico
em Administração – Educação Profissional Integrada à Educação de Jovens e
Adultos – PROEJA, Eixo Profissional Gestão e Negócios, aprovado pelo Parecer Nº
82/09 do Conselho Estadual de Educação – CEE / CEB.
No ano letivo de 2009, o Colégio passou a ofertar o Programa Nacional de
Valorização dos Trabalhadores em Educação – Profuncionário, à distância, na
forma modular, conforme orientações da Secretaria de Estado da Educação.
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Pela Resolução nº 521/09, de 10 de fevereiro de 2009, cessou,
definitivamente, a oferta da Sala de Recursos / Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries),
área da Deficiência Mental e Distúrbios da Aprendizagem deste colégio, sendo que a
atividade citada encerrou-se no final do ano de 2007, motivada pela falta de espaço
físico.
A partir do ano letivo de 2010, o colégio foi autorizado a ofertar o Curso
Técnico em Secretariado Subsequente, o Curso Técnico em Informática
Integrado e Subsequente ao Ensino Médio.
Pela resolução 73/2012, foi reconhecido o Curso Técnico em Secretariado –
Eixo Tecnológico: Gestão e Negócios, subseqüente ao Ensino Médio, com oferta
presencial.
A partir do ano letivo de 2012, o colégio foi autorizado a ofertar o Curso
Técnico em Vendas – Eixo tecnológico: Gestão e Negócios Subsequente ao
Ensino Médio, Técnico em Vendas Subsequente.
Síntese:
ENSINO FUNDAMENTAL
Reconhecimento do estabelecimento: Res. Nº 3.444/81 – DOE 23/04/82
Reconhecimento do Curso: Res. Nº 3.444/81 – DOE 23/04/82
Renovação do Reconhecimento: Res. Nº 4331/06 – DOE 04/10/06 – validade 05
anos.
ENSINO MÉDIO
Reconhecimento do estabelecimento: Res. Nº 3.444/81 – DOE 23/04/82
Reconhecimento do Curso: Res. Nº 640/87 – DOE 11/03/87
Renovação do Reconhecimento: Res. Nº 4130/06 – DOE 04/10/06 – validade 05
anos.
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – Técnico em Administração
Reconhecimento do estabelecimento: Res. Nº 3.444/81 – DOE 23/04/82
Autorização do Curso: Res. Nº 590/06 – DOE 22/03/06
Reconhecimento do Curso: Res. Nº 3117/09 – DOE 18/11/2009
11
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – Formação de Docentes da Educação Infantil e
dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental
Reconhecimento do estabelecimento: Res. Nº 3.444/82 – DOE 23/04/82
Autorização do Curso: Res. Nº 370/06 – DOE 22/03/08
Reconhecimento do Curso: Res. Nº 4118/09 – DOE 15/01/2010
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – Técnico em Administração de Nível Médio
Integrado à Educação de Jovens e Adultos – PROEJA
Reconhecimento do estabelecimento: Res. Nº 3.444/82 – DOE 23/04/82
Autorização do Curso: Res. Nº 1419/09 – DOE 26/06/2009
Reconhecimento do Curso: Res. Nº 2100/11 – DOE 10/08/2011
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – Secretariado Subsequente
Reconhecimento do estabelecimento: Res. Nº 3.444/82 – DOE 23/04/82
Autorização do Curso: Res. Nº 3208/09 – DOE 10/12/2009
Reconhecimento do Curso: Res. Nº 73/12 – DOE 07/02/2012
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – Técnico em Informática Integrado
Reconhecimento do estabelecimento: Nº 3.444/82 – DOE 23/04/82
Res. Autorização do Curso: Res. Nº 4.850/10 – DOE 28/12/2010
Reconhecimento do Curso: Res. Nº Em trâmite.
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – Técnico em Informática Integrado Subsequente
Reconhecimento do estabelecimento: Res. Nº 3.444/82 – DOE 23/04/82
Autorização do Curso: Res. Nº 4896/10 – DOE 23/12/2010
Reconhecimento do Curso: Res. Nº 2819/12 – DOE 03/07/12
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – Técnico em Vendas Subsequente
Reconhecimento do estabelecimento: Res. Nº 3.444/82 – DOE 23/04/82
Autorização do Curso: Res. Nº 904/11 – DOE 18/05/2011
Reconhecimento do Curso: Res. Nº Em trâmite.
12
3.2. REGIMENTO ESCOLAR
Com base na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei Nº
9394/96 e nas demais leis federais e estaduais que regem a oferta da Educação
Básica e Profissionalizante, e com base no Caderno de Apoio ao Regimento
Escolar, elaborado pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná, o Colégio
Estadual João Manoel Mondrone reformulou seu Regimento Escolar, devidamente
aprovado pelo Ato Administrativo Nº 111/2009 e Parecer Conjunto Nº 098/2009 –
SEF / EP / NRE. O regimento escolar de 2012 já foi encaminhado ao Núcleo
Regional de Educação e aguarda sua aprovação.
3.3. ORGANIZAÇÃO ESCOLAR E PRÁTICA PEDAGÓGICA
O Colégio Estadual João Manoel Mondrone – Ensino Fundamental, Médio,
Profissional e Normal estrutura-se de modo a atender adequadamente a
comunidade escolar. Este atendimento se dá nas modalidades do Ensino
Fundamental do 6º ao 9º ano, implantação simultânea em 2012, Ensino Médio
Regular e Anual, Ensino Profissional Integrado ao Ensino Médio Regular e Anual,
Ensino Profissional Integrado à Educação de Jovens e Adultos Regular e Semestral
e Ensino Profissional Subsequente ao Ensino Médio Regular e Semestral, nos
turnos matutino, vespertino e noturno, ofertando no contra-turno o CELEM – Língua
espanhola (básico e aprimoramento) e Italiano, sendo que, o calendário escolar
para o ano de 2012 se embasará na LDBEN Nº 9.394/96, que determina o mínimo
de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho
escolar, considerando a Deliberação Nº 02/02 do CEE, que inclui, no período letivo,
dias destinados às atividades pedagógicas, e as Resolução nº 4901/2011GS/SEED, que definiu o Calendário Escolar – 2012 para a rede Pública Estadual.
Nas modalidades anuais e regulares, a promoção acontece quando o aluno
obtém média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) e frequência igual ou
superior a 75% (setenta e cinco por cento); na Educação Profissional Integrada à
Educação de Jovens e Adultos e no Ensino Profissional Subsequente ao Ensino
Médio, a promoção ocorre quando o aluno obtém média semestral igual ou superior
13
a 6,0 (seis vírgula zero) e frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por
cento).
Em relação à classificação, esta pode ser realizada no Ensino Fundamental e
no Ensino Médio por promoção, transferência ou mediante avaliação; na Educação
Profissional, esta pode ser feita por promoção ou por transferência, na mesma
habilitação; por haver necessidade de o aluno dominar os conteúdos da formação
específica, ela não pode ser realizada para séries, etapas e períodos posteriores.
Já a reclassificação, esta pode ser aplicada como processo de verificação da
possibilidade de avanço para qualquer série da(s) disciplina(s) do nível da Educação
Básica, não podendo ser utilizada para conclusão do Ensino Médio.
Quanto às adaptações, elas podem ser aplicadas aos alunos provenientes do
regime de Progressão Parcial, desde que não ultrapassem o número de 03 (três)
dependências, aos alunos procedentes de estabelecimentos com Matriz Curricular
diferente deste colégio, aos discentes provenientes de colégios que ofertem o
Ensino Médio por blocos e aos discentes que integram o Ensino Fundamental com
regime de 09 (nove) anos, ou ainda quando for o caso de adequação a matriz
curricular de implantação simultânea.
3.3.1. ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS
Ao considerarmos o Ensino fundamental de 09 anos, há que se pensar em
uma proposta de adaptação e de articulação entre a Educação Infantil e anos iniciais
do Ensino Fundamental dos alunos oriundos dos anos iniciais à organização do
trabalho pedagógico nos estabelecimentos que ofertam os anos finais do Ensino
Fundamental (espaço, tempo e procedimento). Consideramos que para receber bem
os alunos dos 6º anos existe um caminho híbrido entre o mundo do 6º ano e a
prática do 1º ao 5º ano. O trabalho a ser realizado deve levar em conta os aspectos
sociais, culturais e emocionais, pois o fato de a criança trocar de escola não pode
ser uma ruptura no seu desenvolvimento cognitivo, lúdico, psíquico, afetivo. O
trabalho pedagógico deve considerar que o processo de transmissão/aquisição dos
conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade deve ocorrer para se
conhecer mais sobre o mundo e também para participar das práticas sociais e
culturais e não para preencher lacunas de exercícios didáticos.
14
A recepção dos alunos de 6º ano precisa ser calorosa, acolhedora, os alunos
precisam se movimentar e interagir uns com os outros e com os objetos do
conhecimento; é preciso valorizar suas expressões, imaginação, falas e produções.
Há que se pensar também no quanto é importante levá-los para conhecer todas as
dependências da nova escola e as pessoas que nela trabalham. Os alunos do 6º
ano precisam manter contato com as pedagogas, com a inspetora de alunos, pois
serão estas as pessoas que, além dos professores, estarão na escola para orientar,
tirar dúvidas, entrar em contato com os pais quando necessário.
Outro aspecto relevante é o fato de a implantação do ensino de 9 anos ser
simultânea. Por isto, em razão da transição, é imprescindível discutir e saber como
proceder com estes alunos, na prática, devem ser oferecidas condições para que
haja uma continuidade das aprendizagens e não uma ruptura.
Enfim, a criança proveniente dos anos iniciais do Ensino Fundamental é e
deve ser vista também como criança e não só como aluno. Eles e elas são sujeitos
sociais, estão inseridos na cultura e têm o direito à brincadeira, ao lúdico, às
experiências culturais. Sabemos todos que é pela discussão da infância como
categoria social e histórica e das crianças de 6º ano como sujeitos sociais que torna
possível pensar a Educação.
É com este pensamento que neste ano pretendemos acolher os alunos dos 6º
ano realizando: 1) reunião específica com os professores destes alunos; 2)
avaliação diagnóstica; 3) apresentação de um vídeo contando a história do colégio;
4) visita a todas as dependências do colégio para se situarem no novo espaço
escolar; 5) realização de uma tarde de “carnaval” fora do ambiente escolar, num
ambiente alegre e saudável, acompanhados pelos professores, pedagogas, direção
e funcionários com o objetivo de integrá-los e socializá-los no novo colégio (todos
vieram transferidos das escolas da rede municipal para o colégio estadual). Enfim,
todos precisam estar cientes de que estas crianças continuam sendo alunos
provenientes dos anos iniciais do Ensino Fundamental, cada um com peculiaridades
próprias, inerentes e que todos eles apenas foram incluídos na escolaridade
obrigatória.
3.3.2. MATRÍCULAS 2013
Neste ano letivo de 2013, contamos com 1604 alunos matriculados nos turnos
da manhã, tarde e noite, sendo 15 turmas do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano)
15
com 424 alunos, 17 turmas de Ensino Médio (1º ao 3º ano) com 546 alunos, 4
turmas do curso de Formação de Docentes (1º ao 4º ano) com 123 alunos, 8 turmas
do curso técnico em Administração integrado (1º ao 4º ano) com 218 alunos, 04
turmas do curso técnico em Informática integrado (1º ao 4º ano) com 89 alunos, 02
turmas do curso técnico em Informática subseqüente (1º e 3º ano) com 57 alunos,
01 turma do curso técnico em Administração integrada à Educação de Jovens e
Adultos ( 5º ano) com 15 alunos e 01 turma do curso técnico subsequente em
Vendas (2º ano) com 22 alunos, 2 turmas do PI espanhol com 47 alunos, 2 turmas
do PII de Espanhol com 50 alunos, 1 turma de aprimoramento em Língua Espanhola
(conversação) com 13 alunos.
3.3.3. RECURSOS HUMANOS:
Professores: 102;
Professor(a) da Lei 15.308/06: 01;
Professores intérpretes: 05;
Professores de apoio à comunicação alternativa: 02;
Professor Suporte Técnico: 01;
Pedagogas: 07;
Coordenadores de curso: 03;
Coordenadores de estágio: 01;
Funcionários: 16 Agentes Educacionais I; 10 Agentes Educacionais II; Direção
Geral: 01;
Direção Auxiliar: 03;
3.3.4. RECURSOS FÍSICOS:
15 salas de aula;
06 banheiros masculinos para 12 pessoas simultaneamente;
06 banheiros femininos para 12 pessoas simultaneamente;
01 banheiro na mecanografia;
01 banheiro no Laboratório de Informática;
01 banheiro m/f para portadores de necessidades especiais;
02 banheiros (01 masc. e 01 fem. no ginásio de esportes;
02 banheiros (01 masc. e 01 fem.) na quadra de esportes;
01 banheiro na biblioteca;
16
01 banheiro no conjunto: sala de reuniões, salas 20 e 21;
02 banheiros (01 masc. e 01 fem.) para professores;
01 banheiro na secretaria;
02 vestiários (01 masc. e 01 fem. no ginásio de esportes);
02 vestiários (01 masc. e 01 fem. na quadra de esportes);
01 sala para mecanografia;
01 sala para depósito da merenda escolar;
01 sala para documentação escolar;
01 sala de reuniões;
01 sala para oficina;
01 sala para brinquedoteca;
01 sala para CELEM;
01 sala para Apoio à Aprendizagem;
01 sala para coordenação dos cursos técnicos;
02 salas para laboratórios de informática;
01 sala para laboratório de Física, Química e Biologia;
01 sala para materiais de Educação Física;
01 sala para materiais da fanfarra e teatro;
01 sala para os professores;
01 sala para secretaria;
01 sala para direção;
02 salas para Equipe Pedagógica;
01 sala almoxarifado secretaria (arquivos);
01 sala almoxarifado professores;
01 cozinha;
01 refeitório;
01 cantina.
3.3.5. RECURSOS (MATERIAIS) PEDAGÓGICOS:
TVs Pen Drive em todas as salas de aula, 01 Laboratório de Informática
conectado ao sistema da Paraná Digital que conta com sistema operacional
Windows XP, 01 Laboratório de Informática 2 é conectado ao sistema da Paraná
Digital e conta com sistema operacional LINUX, o qual segue as políticas do
17
software livre, dentro das políticas públicas de desenvolvimento de software livre e
sua expansão no meio educacional. Ambos os laboratórios tem acesso à rede
mundial de computadores, 01 Laboratório de Ciências, 01 Laboratório de
Matemática, 01 Laboratório de Matemática do Programa Brasil Profissionalizado, 01
Laboratório de Biologia do Programa Brasil Profissionalizado, 01 Laboratório de
Química do Programa Brasil Profissionalizado, DVDs, 1 mini-auditório com lousa
digital, vídeo cassete e sistema de TV Coder, microsystems, videoteca, biblioteca,
retroprojetores, 02 projetores multimídia, câmera digital, 28 ar condicionado, 01
máquina de xerox, microscópio, 100 mapas, 02 globos, em torno de 24.000 livros,
100 dicionários.
3.3.6. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR: heterogênea; há alunos
procedentes das zonas urbana (centro e bairros) e rural e pertencentes às diferentes
classes sociais; a comunidade é participativa e integrada às ações do colégio. A
direção, a equipe pedagógica, o corpo docente, a equipe técnico-administrativa, a
equipe dos assistentes de execução e a equipe auxiliar operacional tem por meta,
prioritariamente, manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho,
comprometidos com o presente Projeto Político Pedagógico.Por ser um colégio que
oferta a educação inclusiva, que reconhece e valoriza a diversidade como
característica inerente à constituição de qualquer sociedade, o corpo discente é
também constituído por alunos com necessidades educacionais especiais.
3.3.7. DIAGNÓSTICO: ÍNDICES DE APROVAÇÃO E REPROVAÇÃO 2012
ÍNDICES DE APROVAÇÃO / REPROVAÇÃO / ABANDONO SÉRIE
6ª
7ª
8ª
9º
TOTAL
1º
2º
3º
TOTAL
APROVAÇÃO
59,0
80,0
76,0
75,2
72,5
66,6
80,8
77,3
74,9
REPROVAÇÃO
17,0
12,7
14,5
12,8
14,2
17,5
8,4
9,5
11,8
ABANDONO
4,50
0,25
2,25
1,40
2,1
12,45
9,81
10,12
10,7
18
NÍVEL/
MODALIDADE
Ensino Fundamental/
Anos Finais
Ensino
Médio
INDICADORES
% 2012
Aprovação
72,5
Aprovação por
Conselho
Reprovação
Abandono/Evasão
Aprovação
17,7
Aprovação por
Conselho
Reprovação
Abandono/Evasão
10,8
14,2
2,1
76,6
9,9
10,2
Através da análise e discussão coletiva dos dados levantados sobre avaliação
– 2009, 2010, 2011e 2012, da Prova Brasil 2005, 2007, 2009, 2011 e do IDEB –
2005/2007 e 2009/2011, observamos que no período diurno há muita reprovação em
Português e Matemática, visto que estes alunos têm dificuldades nos conteúdos
básicos das Séries Iniciais do Ensino Fundamental. Constata-se que as dificuldades
são conseqüência de situações de indisciplina, falta de responsabilidade dos alunos
com os estudos, pois não há rotina de estudos nos lares. Para melhorar a
aprendizagem é necessário que se reduza o número de alunos por turma, em
especial no 6º ano, fazendo também um trabalho diferenciado em virtude do impacto
que a mudança de escola ocasiona.
Percebe-se ainda, um alto índice de evasão escolar no Ensino Médio,
principalmente no período noturno, onde ocorre também um nível elevado de faltas.
Sendo necessária uma intervenção por parte do Estado, que favoreça a
permanência destes alunos na escola, pois a escola já faz a sua parte dentro das
suas limitações. As taxas de evasão são mais elevadas nos 1º anos do noturno,
levando a escola a intensificar seu trabalho neste turno buscando desenvolver ações
no sentido de recuperá-los, entre elas destaca-se o Programa FICA, porém poucos
são os resultados satisfatórios, em relação a esta situação. Há necessidade de um
comprometimento maior por parte dos pais, no sentido de acompanhar a vida
escolar de seu filho (presença e permanência). A escola tem procurado realizar
19
atividades diferenciadas neste período, como o Fórum de Educação para o noturno,
trabalhos interdisciplinares, atividades que envolvam os alunos e abordem os
conteúdos de forma diferenciada.
Em 2011, nosso IDEB sofreu sensível queda de 0,8 pontos percentuais em
relação a 2009, assim não atingimos a meta prevista para 2011 de 4,6%, ficando 7%
abaixo desta meta. Em relação à PROVA BRASIL a escola atingiu maior pontuação
em matemática.
Acreditamos que são necessárias intervenções pedagógicas maiores no 6º e 9º
ano, apesar da salas de apoio que visam sanar as dificuldades nas disciplinas de
Português e Matemática. Nos 1º anos do Ensino Médio as ações devem ser voltadas
para sanar as dificuldades nas disciplinas de Biologia, Matemática, Física e Química.
Além do envolvimento e comprometimento de todos os funcionários e setores,
independente do seu vinculo empregatício (concursados, contratados e PSS), é
necessário maior coerência em relação a participação nas semanas pedagógicas(
PSS contratados posteriormente, que entram em sala de aula sem o conhecimento
do PPP, Regimento Escolar, Proposta de Avaliação do Colégio), entre outros.
Destacamos a seguir algumas ações a serem efetivadas pelo coletivo escolar,
com o objetivo de intervir positivamente no sucesso da aprendizagem dos alunos:
pesquisa permanente para estudo de casos pontuais, acompanhamento da Equipe
Pedagógica com medidas alternativas para auxilio dos professores em sala de aula,
palestras sobre valores e estratégias de estudo, implantação de projetos como aluno
monitor (Formação de Docentes), formação continuada, retomar o processo de
avaliação, projetos de leitura e produção de textos.
Portanto, tanto a direção quanto a equipe pedagógica têm empreendido
esforços para sanar estas dificuldades, entre elas: reuniões com pais, orientações
individuais, encaminhamentos a atendimento especializado quando é o caso. Em
relação aos docentes, constata-se que ocorrem muitas substituições, há muitos
profissionais em início de carreira, alguns mal preparados, com pouca ou nenhuma
experiência e que necessitam de apoio pedagógico contínuo para melhorarem sua
prática pedagógica. Muitos estudos e discussões também têm sido realizados a
respeito de avaliação e recuperação paralela para que estes aspectos sejam
compreendidos de forma mais ampla e que contemplem de fato o domínio dos
conteúdos por parte dos alunos.
20
Com relação ao CELEM em Língua Espanhol, sua criação e funcionamento
estão fundamentados na importância que a aprendizagem de Línguas Estrangeiras
Modernas
tem no desenvolvimento
psicopedagógico do
ser
humano, na
compreensão de valores sociais e na aquisição de conhecimentos sobre outras
culturas, acrescentando-se, no caso de nosso colégio, as necessidades oriundas de
nosso contexto histórico-geográfico, além da possibilidade de ampliação de acesso
ao conhecimento e à cultura historicamente produzidos pela humanidade a todos.
Optou-se pela Língua Espanhol com base em alguns critérios. A comunidade
medianeirense, fortemente influenciada pela cultura advinda de outros países, veste
situar-se próxima de uma região de fronteira, entre Paraguai e Argentina, em que a
língua oficial é o espanhol. O processo de globalização, as relações comerciais num
mundo sem fronteiras e a oferta de cursos de Educação Profissional exigem o
domínio e o conhecimento de mais de uma língua, para melhor atender a demanda
de nossos alunos e membros da comunidade para o ingresso no mundo do trabalho.
A Sala de Apoio à aprendizagem é uma atividade curricular de ampliação da
jornada escolar e será ofertada em contra turno aos alunos com dificuldades de
aprendizagem do 6º ao 9º ano. Esta atividade justifica-se por propiciar meios a fim
do aluno compreender e realizar as atividades propostas nas disciplinas de Língua
Portuguesa e Matemática, referente aos conteúdos básicos essenciais das séries
anteriores não dominados e que são requisitos para o entendimento dos
conhecimentos trabalhados nestas séries. Entende-se que o aluno que lê, interpreta
e calcula tem subsídios para dominar outras disciplinas da matriz curricular.
A atividade complementar direcionada ao trabalho com a fanfarra justificase por promover a integração com a comunidade e a descoberta de novos talentos.
Além disso, observamos que a mesma estimula a criatividade, desenvolve o espírito
de equipe e valores como disciplina. O trabalho com fanfarra apresenta inúmeros
aspectos relevantes, sendo a socialização um deles. A disciplina cooperativa
necessária à prática musical da fanfarra leva seus participantes da ação para a
interação no grupo, desenvolvendo a convivência, responsabilidade, espírito de
companheirismo e o trabalho coletivo.
É fato que o aprendizado da música permite o enriquecimento intelectual
proporcionando o desenvolvimento do raciocínio, da cooperação e da lógica, fatores
essenciais
para a formação cognitiva do educando. O projeto prevê o
desenvolvimento de várias formas de participação e integração, possibilitando o
21
aluno de exercer sua criatividade, a iniciativa, a reflexão, a criatividade, a
autodisciplina e a solidariedade. Portanto, o aprendizado da música melhora a
coordenação motora, tornando mais fácil a apreensão de todas as outras matérias.
Quando o aprendizado da música é associado à participação como é o caso da
banda de música, os benefícios se ampliam também sob o ponto de vista social.
Essa participação leva à convivência, à noção de responsabilidade dentro do grupo,
ao espírito de companheirismo e solidariedade, à noção de equipe e à
conscientização de que os fins só se tornam reais quando todos colaboram para a
sua consecução. A importância da música na escola é fundamental não só sob os
pontos de vista já abordados, de convivência social, de desenvolvimento intelectual,
de conscientização das responsabilidades, da possibilidade do indivíduo se autoafirmar e se realizar, mas de permitir a conservação dos valores culturais
alicerçados na música, através de uma atividade prazerosa. Tocar um instrumento
musical numa banda de música ou fanfarra é viver as alegrias que só a música pode
proporcionar.
A atividade complementar direcionada ao trabalho com a leitura e a
produção de textos para os alunos do Ensino Médio justifica-se se
considerarmos que a função da escola é propiciar condições para o aluno exercitar a
leitura e a produção em situações sociais de comunicação. A interação entre as
pessoas ocorre através de atividades que exigem reflexão, pois entende-se que o
estudo do texto em suas possibilidades de leitura e produção não se resume ao
entendimento de um conjunto de regras fixas do “ bem ler”, “ bem falar” ou “bem
escrever”. Um texto se define por um conjunto de escolhas lingüísticas e de
estratégias discursivas determinadas por situações de interação social que ocorrem
através do uso da linguagem. O ato de escrever deve ser visto como uma atividade
sociointeracional.
Para alcançar esse objetivo, nos propomos, neste ano letivo, a desenvolver
atividades complementares em contraturno, e estas atividades deverão ser sempre
contextualizadas, pois será uma forma para contornar um certo artificialismo inerente
à prática escolar de escrita, transformando-a numa atividade efetivamente geradora
de sentidos. Entendemos que os alunos, ao fim do Ensino Médio, precisam dominar
aquelas práticas de escrita que são indispensáveis para a vida cidadã: a escrita
argumentativa, a escrita informativa, a escrita de apoio cognitivo (resumos e
esquemas), sem deixar de vivenciar, evidentemente a escrita literária (narrativa ou
22
poética), pois acreditamos que o amadurecimento da condição de autor é
conseqüência do conjunto de experiências com a linguagem e a cultura escrita.
A atividade complementar direcionada ao futsal na escola para os alunos
do 8º e 9º Ano justifica-se por estimular a prática de esporte por meio de uma
atividade física que proporciona melhor qualidade de vida, contribuindo com a
formação integral do sujeito. O futsal contribui para o desenvolvimento das
capacidades técnicas e táticas, onde o aluno será estimulado a desenvolver as
capacidades cognitivas de percepção, antecipação e tomada de decisões, através
de movimentos básicos como correr, saltar e rolar, além do aprimoramento do
equilíbrio, ritmo, coordenação e noções de espaço e tempo.
As Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo na modalidade de
Voleibol para os alunos do 6º ao 9º ano no período matutino e para os alunos
do Ensino Médio no contraturno justificam-se por ser um meio para a obtenção de
bons resultados em competições oficiais, na escola, no município, na região e nas
demais participações em eventos esportivos de cunho competitivo ou de
cooperação, além de ser uma forma para manter os alunos na escola, ocupada com
atividades educativas e de lazer, diminuindo os riscos de vulnerabilidade social e
assim melhorando a performance física: coordenação, força, velocidade etc.
3.4. ORGANIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE
Atendendo à Resolução Nº 4106/2004, a hora-atividade é compreendida
como o tempo reservado para o professor em exercício de docência para pesquisas
e produção de material pedagógico, para estudos, planejamento, avaliação e outras
atividades de caráter pedagógico a ser cumprido integralmente no colégio e no
mesmo turno de exercício das aulas.
Observando-se a Instrução Nº 02/2004 – SUED (Superintendência do
Desenvolvimento Educacional), a organização da mesma favorecerá o trabalho
coletivo dos professores, tendo-se por prioridade o coletivo de professores que
atuam na mesma área do conhecimento, tendo em vista as diretrizes curriculares da
rede pública estadual de Educação Básica, dos diferentes níveis e modalidades de
ensino, para o planejamento e para o desenvolvimento de ações necessárias ao
enfrentamento de problemáticas
específicas
diagnosticadas
no interior
do
estabelecimento. A hora atividade destina-se ainda a correção de atividades
23
discentes, estudos e reflexões a respeito de atividades que envolvam a elaboração e
implementação de projetos e ações que visem à melhoria da qualidade de ensino,
propostos por professores, direção, equipe pedagógica e/ou Núcleo Regional de
Educação / Secretaria de Estado da Educação, como também o atendimento de
alunos, pais e outros assuntos de interesse da comunidade escolar, sob a
orientação e coordenação da equipe pedagógica e da direção, planejam, executam
e avaliam as ações desenvolvidas durante o cumprimento da hora-atividade.
No ano letivo de 2012, visando uma melhor organização da hora atividade o
colégio seguirá a proposição da SEED-PR da hora atividade concentrada, a qual
será efetivada em torno de 90% .
3.5. INCLUSÃO
O princípio da Educação inclusiva se fundamenta numa filosofia que
reconhece e valoriza a diversidade como característica inerente à constituição de
qualquer sociedade. Desta forma, há necessidade de se garantir o acesso e a
participação de todos a todas as oportunidades, independentemente das
peculiaridades de cada indivíduo e/ou grupo social.
A partir do Plano Nacional de Educação para Todos (1990), a Política
Nacional de Educação Especial (1994) e, especificamente, a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional de 1996, inúmeros aspectos conceituais ganharam
nova significação. Redefiniu-se o alunado da Educação Especial. De forma
inovadora, estabelece-se a ampliação de sua oferta no sistema, contemplando
desde a Educação Infantil até o Ensino Superior, com a oportunidade de articulação
e interatividade da Educação Especial com os demais níveis e modalidades de
ensino. O conceito de Educação Especial deixa de ser compreendido como
subsistema, paralelo e distanciado das práticas do contexto geral de educação.
Surge uma nova concepção de atendimento especializado que se estende à
diversificada rede de apoio dos recursos humanos, técnicos, tecnológicos e
materiais oferecidos, de modo a apoiar e complementar as práticas do ensino
comum. Ocorre, também, a contradição entre as pretensões legais e a limitada
realidade do sistema escolar brasileiro. Em decorrência das contradições e da
necessidade de organizar os sistemas, as Diretrizes Nacionais para a Educação
Especial definem como alunos com necessidades educacionais especiais os que, no
24
processo educacional, apresentem dificuldades acentuadas de aprendizagem ou
limitações para acompanhar as atividades curriculares (não vinculadas a uma causa
específica, ou relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências);
condições de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos,
demandando uso de linguagens e códigos aplicáveis e altas habilidades ou
superdotação.
O reconhecimento legal dos alunos com necessidades educacionais especiais
não é suficiente. A reorganização dos componentes curriculares e a explicitação das
responsabilidades dos sistemas de ensino em relação à capacitação profissional e
ao suporte técnico-material à inclusão são ainda condições imprescindíveis à
inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais. Por sua vez, o
sistema educacional paranaense contempla, em seu sistema de ensino, a educação
inclusiva, mas de forma diferenciada às políticas nacionais. O sistema paranaense,
após períodos conturbados, marcados por resistência e por dúvidas, assumiu o
compromisso de expandir o atendimento na rede pública de ensino, com prioridade
à escola regular como o espaço preferencial para atender alunos com necessidades
educacionais especiais. As dificuldades não foram superadas em 100%. Cabe ao
Estado a tarefa de buscar novos caminhos para superar obstáculos presentes no
seio social, os quais distanciam segmentos excluídos do acesso aos bens e serviços
e, no caso específico da inclusão escolar, do direito à educação. O processo
educacional deve prever, nas suas formas de inclusão, todos os alunos que
necessitem ser beneficiados com recursos humanos, técnicos, tecnológicos ou
materiais diferenciados. Nesta diversidade de alunos, devem ser contemplados não
somente os alunos portadores de necessidades educacionais especiais. O processo
educacional precisa dar conta dos índices de evasão e repetência, do grande
número de analfabetos funcionais, dos alunos marginalizados por sua condição de
pobreza extrema ou diferenças étnico-raciais e também dos alunos travesti ou
transexual, entre outras situações de exclusão e fracasso. Em relação aos alunos
travestis ou transexuais, a escola compreende que o nome social é o nome pelo
qual travestis e transexuais, femininos ou masculinos, se reconhecem e preferem
ser chamados. Assim, atendendo a Instrução Conjunta Nº 02/2010, da Secretaria de
Estado da Educação / SUED/DAE, este colégio incluirá o nome social do aluno e/ou
aluna travesti ou transexual, maior de 18 anos, que requeira, por escrito, esta
inserção, nos documentos escolares internos da escola como espelho do Livro
25
Registro de Classe, Edital de Nota e Boletim Escolar. Os documentos escolares
oficiais como Histórico Escolar, Certificado, Diploma, Ficha Individual, Relatório Final
e Edital de Classificação para ingresso nos cursos técnicos profissionais
permanecerão inalterados.
Segundo CARVALHO (2004), “as escolas inclusivas são escolas para todos,
implicando um sistema educacional que reconheça e atenda às diferenças
individuais, respeitando as necessidades de qualquer dos alunos”. É evidente que as
necessidades especiais não se referem às limitações apresentadas pelas pessoas,
mas às exigências de ampla acessibilidade que oportunize condições necessárias à
independência e autonomia dos sujeitos. No contexto educacional, evidencia-se a
responsabilidade social de prever e prover meios de satisfazer essas necessidades.
Reforça-se aqui que a expressão necessidades educacionais especiais não se
restringe apenas à existência de problemas de aprendizagem, mas que também
deve haver recursos e serviços educacionais diferenciados, além de não serem
somente os alunos a apresentarem necessidades educacionais especiais, mas
também as escolas e os sistemas de ensino.
Este colégio, subordinado à Secretaria de Estado da Educação do Paraná,
sua mantenedora, em seu propósito de reconhecer o grande contingente de alunos
que apresentam necessidades educacionais especiais, adota as políticas inclusivas
da SEED, as quais definem que o atendimento a alunos portadores de necessidades
educacionais especiais permanentes se destina a crianças, jovens e adultos e a
oferta de serviços e apoios especializados se dará em função de:
- dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de
desenvolvimento, vinculados a distúrbios, limitações ou deficiências, que demandem
apoios intensos e contínuos no processo educacional associados a graves
problemas de comportamento;
- dificuldades de comunicação e sinalização, demandando o uso de outras línguas,
linguagens e códigos aplicáveis como alunos surdos, surdocegos, cegos, autistas ou
com sequelas de paralisia cerebral;
- superdotação ou altas habilidades que, devido às necessidades e motivações
específicas, requeiram enriquecimento, aprofundamento curricular e aceleração na
oferta de acesso aos conhecimentos.
- diversidade étnico-racial e opção sexual, os quais também demandam atenção
especial para a superação do preconceito e exclusão social.
26
Apesar de reconhecer as necessidades educacionais especiais e ofertar a
matrícula inclusiva, a prática pedagógica deve considerar o aluno não em sua
situação de deficiência, tampouco no fato de apresentar altas habilidades e
superdotação, mas como um sujeito social, historicamente situado, com interesses e
necessidades relativos à sua faixa etária e que tem direitos e deveres, entre os quais
o acesso à educação escolar formal, mesmo que sejam relevantes suas
singularidades e diferenças no processo educacional.
Assim, a elaboração do presente Projeto Político Pedagógico contempla a
educação a alunos com necessidades educacionais especiais sob três dimensões
de ação:
- a construção de culturas inclusivas: direcionada à comunidade escolar e à
sociedade civil, envolve propostas para a construção de uma comunidade escolar
segura, receptiva, colaboradora e estimulante em que todos são considerados
importantes para remover barreiras para a aprendizagem e para a participação;
- a elaboração de políticas inclusivas: esta dimensão se realiza através das
políticas educacionais da Secretaria de Estado da Educação; envolve a organização
de apoios e a formação continuada dos professores e demais profissionais da
educação, de modo que a escola desenvolva capacidade de responder às
necessidades dos alunos, sem nenhum mecanismo de exclusão;
- a dimensão das práticas inclusivas: esta dimensão compete aos professores e à
equipe técnico-pedagógica; envolve a organização do processo de aprendizagem,
por meio da flexibilização e adaptações curriculares – de conteúdos, métodos,
avaliação – de modo a contemplar a participação de todos os alunos, considerando
seus conhecimentos prévios, suas necessidades linguísticas diferenciadas e o
contexto social.
Para que, de fato, a inclusão dos alunos portadores de necessidades
educacionais especiais se efetive no ensino regular, é preciso compreender o
currículo dentro da concepção histórico crítica, cuja visão se amplia e se renova em
ligação estreita com o conhecimento, o trabalho e a cultura, enfatizando-o como
prática social, prática cultural e prática de significação. Conceber e praticar uma
educação para todos pressupõe a prática de currículos abertos e flexíveis,
comprometidos com o atendimento às necessidades educacionais de todos os
alunos, sejam elas especiais ou não.
27
Entende-se que o conhecimento sistematizado pela educação escolar deve
oportunizar aos alunos idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem
diferenças sociais, culturais e pessoais, efetivando-se a igualdade de oportunidades,
sobretudo, em condições semelhantes aos demais. Assim, o princípio da
flexibilização curricular vem possibilitar a remoção de barreiras que impedem a
aprendizagem e a participação dos alunos que apresentam dificuldades em seu
processo de escolarização. Portanto, as adequações a serem feitas nos
componentes curriculares – objetivos, conteúdos, critérios de avaliação, entre outros
- devem ser baseadas nos interesses e possibilidades do aluno concreto que se
encontra em sala de aula, visando o equilíbrio harmônico entre o que é comum e o
que é individual. Além disso, as ações de flexibilização e adequação curriculares
podem ocorrer em diferentes níveis de atuação como nos Sistemas de Ensino, no
Projeto Político-Pedagógico, no planejamento do professor. São os diferentes atores
sociais os responsáveis pelas adaptações curriculares, sobretudo aqueles que se
situam no contexto da escola. Somando-se a isso, o processo de inclusão também
conta com os serviços e apoios especializados e com os serviços de apoio
pedagógico especializado.
Embora a educação inclusiva como prática efetiva apresente dificuldades em
sua implementação, este colégio está sempre aberto para rever suas práticas,
reavaliá-las e redirecioná-las quando há necessidade. A efetivação do processo de
inclusão deste estabelecimento de ensino conta com serviços de apoio pedagógico
especializados ofertados pela Secretaria de Estado da Educação / Departamento de
Educação Especial. Destacam-se:
- Profissionais intérpretes de libras / língua portuguesa para surdos;
- Professores de apoio permanente (escribas) para alunos com deficiência física
neuromotora, com graves comprometimentos na comunicação e locomoção.
Além de contar com os serviços de apoio pedagógico especializado, este
colégio, com a anuência de sua mantenedora, prevê e provê:
- acessibilidade nas edificações, com a eliminação de barreiras arquitetônicas nas
instalações, no mobiliário e nos equipamentos, conforme normas e técnicas
vigentes;
- professores e equipe técnico-pedagógica habilitados ou especializados;
- apoio docente especializado, conforme a oferta regimentada;
28
- redução de número de alunos por turma, com critérios definidos pela mantenedora,
quando estiverem nela incluídos alunos com necessidades educacionais especiais
significativas, os quais necessitam de apoios e serviços intensos e contínuos;
- atendimento educacional especializado complementar e suplementar;
- flexibilização e adaptação curricular, em consonância com a proposta pedagógica
da escola;
- projeto de enriquecimento curricular e de aceleração para superdotados;
- oferta de educação bilíngüe (língua de sinais e língua portuguesa).
Por fim, objetiva-se um trabalho compartilhado que procura otimizar o
atendimento a todos os alunos, independentemente de apresentarem diferenças
significativas, reconhecendo que a escola tem como fim desenvolver as capacidades
acadêmicas, cognitivas,
afetivo-emocionais
e sociais
que potencializem o
desenvolvimento pessoal de cada aluno portador de necessidades educacionais
especiais. (Texto baseado nas Diretrizes Curriculares da Educação Especial da
Secretaria de Estado da Educação do Paraná).
3.6. DIVERSIDADE ÉTNICO RACIAL
Na área da Diversidade desenvolvem-se ações importantes que visam
assegurar a implementação das Leis e resoluções que regulamentam a
implementação das políticas públicas de educação e diversidade, no que se refere à
visibilidade e compreensão dos diferentes sujeitos na escola, a reflexão sobre o
conceito de diversidade e as realidades de desigualdade social e econômica e,
fundamentalmente, a perspectiva da superação dos preconceitos que ainda existem
no espaço escolar.
Fazem parte deste departamento:
Educação das Relações Étnicorraciais:
· a Lei n.o 10639/2003, estabelece a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana na Educação Básica, a qual traduz as dimensões da
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana no currículo da educação básica e nas
práticas político-pedagógicas dos educadores e gestores escolares, buscando
educar as relações étnico-raciais para a superação de concepções e atitudes
29
preconceituosas, discriminatórias e racistas no ambiente escolar e de gestão
educacional;
· a Deliberação n.o 04/06 - CEE institui normas complementares às Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o
ensino de História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana.
Educação do Campo:
· a resolução 4783/10,
instituiu a Educação do Campo como Política Pública
Educacional, com vistas à garantia e qualificação do atendimento escolar aos
diferentes sujeitos do campo, nos diferentes níveis e modalidades de ensino da
Educação Básica.
Gênero e Diversidade Sexual:
· as Leis Estaduais nº11. 733 e nº 11.734 autorizam campanhas de educação sexual
nos estabelecimentos de ensino e obrigam a veiculação de programas de
informação e prevenção a AIDS para as/os alunas/os de primeiro e segundo graus;
· Instrução Conjunta nº 02/2010 SEED/SUED/DAE, instrui procedimentos sobre a
inclusão do nome social do aluno e/ou da aluna travesti ou transexual nos
documentos escolares internos.
História e Cultura Indígena:
· a Lei 11.645/08 que obriga a inserção da temática História e Cultura Indígena nos
currículos escolares.
Alfabetização de jovens adultos e idosos:
· o decreto Nº 6093, de 24 de abril de 2007, dispõe sobre a reorganização do
Programa Brasil Alfabetizado, visando a universalização da alfabetização de jovens
e adultos de 15 anos ou mais e dá outras providências.
Sendo assim, este departamento objetiva garantir o acesso e a permanência
dos sujeitos da diversidade na escola pública, gratuita e de qualidade por meio de
políticas públicas educacionais, refletindo sobre o preconceito, a discriminação e a
desigualdade em relação à orientação sexual e à identidade de gênero, propiciando
fundamentação teórico-prática para o enfrentamento dessas práticas na escola,
além de discutir os conhecimentos historicamente acumulados sobre saúde,
prevenção e direitos sexuais e reprodutivos da juventude.
30
4. CONCEITUAÇÃO
4.1. CONCEPÇÃO DE HOMEM E MUNDO
O homem é parte integrante da natureza, é um ser que tem características
particulares, porém com necessidades de sobrevivência semelhantes aos demais
animais (alimentar-se, proteger-se das intempéries, reproduzir-se). Para além das
exigências postas pela natureza, o homem amplia sua condição animal e, no
processo de hominização, cria novas necessidades e produz meios para a
satisfação destas, como a linguagem e os meios de produção.
As formas de organização dos homens em sociedade através da história e as
relações sociais construídas pela humanidade durante todos os séculos de sua
existência referem-se à sua materialidade histórica. E, para o pensamento marxista,
esta materialidade histórica pode ser compreendida a partir das análises
empreendidas sobre uma categoria considerada central: o trabalho PIRES (1997).
Tal hominização ocorre pelo trabalho, atividade humana por excelência, por
intermédio da qual o homem se produz como homem. Ao intervir no mundo para
garantir sua sobrevivência, o homem cria a própria vida humana, por isso o trabalho
é a humanização do homem. Nesse sentido, MARX E ENGELS (1987) em A
Ideologia Alemã, consideram que:
[...] o primeiro pressuposto de toda existência humana e de toda história é
que os homens devem estar em condições de viver para poderem “ fazer
história”. Mas, para viver, é preciso antes de tudo comer, beber, ter
habitação e algumas coisas mais. O primeiro ato histórico é, portanto, a
produção dos meios que permitam a satisfação dessas necessidades
(MARX e ENGELS, 1987, p.39-40).
Nessa perspectiva o trabalho é um processo de transformação. SAVIANI
(2007) discute a ontologia e a historicidade da categoria trabalho evidenciando que o
homem diferencia-se dos outros seres pela forma como interage com o ambiente
natural e pela capacidade de projetar a própria existência. O homem se mantém vivo
porque é capaz de agir sobre o meio em que vive transformando-o com o fim de
satisfazer as próprias necessidades, sendo o trabalho, portanto, na visão de
OLIVEIRA, ALMEIDA E ARNONI (2007), a categoria primeira da qual derivam as
demais, por ela explicar a trajetória humana e, conseqüentemente, o processo
31
educativo, pois a atividade humana tem como ocupação primeira a reprodução
material da vida, ou seja, a sobrevivência.
O homem, ao antecipar idealmente o resultado efetivo, pode ajustar seus atos
como elementos de uma totalidade regida pelo objetivo. Essa prefiguração ideal do
resultado diferencia a atividade do homem de qualquer outra atividade animal
VÁZQUEZ (1977).
A aranha executa operações semelhantes às do tecelão, e a abelha
envergonha mais de um arquiteto humano com a construção dos favos de
suas colméias. Mas o que distingue, de antemão, o pior arquiteto da melhor
abelha é que ele construiu o favo em sua cabeça, antes de construí-lo em
cera. No fim do processo de trabalho obtém-se um resultado que já no início
deste existiu na imaginação do trabalhador, e, portanto, idealmente. Ele não
apenas efetua uma transformação da forma da matéria natural: realiza, ao
mesmo tempo, na matéria natural seu objetivo, que ele sabe que determina
como lei, a espécie e o modo de sua atividade e ao qual tem de subordinar
sua vontade (MARX, 1988, p. 142).
Se o animal não pode ascender (atingir) à práxis, é porque, na sua ação, não
pode elaborar a teoria. Sua ação é uma espécie de “prática pura”, não interiorizada.
Há uma diferença antropológica fundamental que separa o homem do animal. É que
o animal não possui a capacidade de distanciar-se da natureza para refletir sobre
sua ação. Distanciar-se em termos de tempo e espaço para poder articular a
significação ou o sentido de seu ato PEREIRA (1982).
Podemos distinguir o homem dos animais pela consciência, pela religião ou
por qualquer coisa que se queira. Porém, o homem se diferencia
propriamente dos animais a partir do momento em que começa a produzir
seus meios de vida, passo este que se encontra condicionado por sua
organização corporal. Ao produzir seus meios de vida, o homem produz
indiretamente sua própria vida material (MARX; ENGELS, 1987, p. 19).
Partindo deste pressuposto, o trabalho deve ser tomado como princípio
educativo, garantindo a todos o acesso aos conhecimentos historicamente
produzidos pela humanidade, necessários para a participação na vida produtiva da
sociedade atual. A importância da adoção do trabalho como princípio educativo não
se dá pelo fato de considerar o educando como ser político e sujeito da práxis, e de
que “a tarefa de prover a subsistência, e outras esferas da vida pelo trabalho, é
comum a todos os seres humanos, evitando-se, desta forma, criar indivíduos ou
grupos que exploram e vivem do trabalho de outros” FRIGOTTO (2005).
32
Seguindo a linha de pensamento de OLIVEIRA, ALMEIDA E ARNONI (2007),
a forma dialética de pensar fundamenta-se no fato de que o homem, enquanto ser
pensante, e produtor de significados, é um ser que, ao interagir com a realidade,
conhece-a e explica-a, passando a ser produtor e produto desse mundo, o qual se
entende, se explica e é construído na totalidade, obedecendo a um procedimento
dialético de reflexão e análise, onde o conhecimento é construído historicamente nas
contradições sociais. Sendo assim, a concepção de homem centra-se no processo
de produção de conhecimentos pelo homem e a utilização destes em benefício de
todos os homens, sobretudo os da classe trabalhadora.
4.2. CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE, CULTURA E CIDADANIA
A sociedade, como resultado da ação humana, assumiu diferentes formas de
organização no decorrer da história e expressou necessariamente o modo de
produção, ou seja, como o homem trabalha. Viver em sociedade é uma necessidade
humana e, para possibilitar a melhor produção da vida material ao longo da história,
o homem criou e aperfeiçoou diversas formas de vida em sociedade. O modo de
produção da vida material dos homens condiciona a sua vida social, política e
cultural, uma vez que as formas de relações sociais estabelecidas se modificam e se
distinguem temporalmente. As relações sociais devem ser compreendidas a partir da
perspectiva dos indivíduos numa produção socialmente determinada.
De acordo com MARX (1983) “[...] a produção também não é apenas uma
produção particular, surge sempre sob a forma de um determinado corpo social, de
um indivíduo social, que exerce sua atividade num conjunto mais ou menos vasto e
rico de ramificações da produção.” Esse desenvolvimento é contínuo e diferenciado,
uma vez que as distintas fases do desenvolvimento produtivo decorrem de tipos
também específicos de organização social. Assim:
As relações sociais estão intimamente ligadas às forças produtivas.
Adquirindo novas forças produtivas, os homens transformam o seu modo de
produção e, ao transformá-lo, alterando a maneira de ganhar sua vida, eles
transformam todas as suas relações sociais (MARX, 1985, p. 106).
33
Portanto, compreender a perspectiva em que tais relações se colocam é,
primeiramente, entender o indivíduo como inserido em uma totalidade, no conjunto
da realidade social, considerando-se que, a partir do momento que este interage
com o meio, também o transforma pelo seu trabalho, produzindo as condições de
que necessita para viver, de acordo com as possibilidades específicas de cada
momento histórico. Ao produzir sua vida material, o homem não o faz sozinho, o faz
socialmente, não sendo possível assim compreendê-lo de forma ahistórica. Isso
significa que uma determinada forma de organização social advém de um
encadeamento das forças produtivas historicamente produzidas.
Assim, um específico momento histórico deve ser concebido e articulado às
forças
produzidas
pelas
gerações
que
o
precederam.
Dessa
forma,
o
desenvolvimento de determinadas forças produtivas decorre do resultado de um
processo sócio-histórico cumulativo, e não como uma conquista que se deve
estritamente ao plano individual.
Esse
processo
sócio-histórico
tem
como
determinante
principal
o
desenvolvimento das forças produtivas materiais que incidem diretamente no modo
como tais indivíduos estabelecem essas relações. Conforme MARX (1986)
[...] cada geração continua, por um lado, o modo de atividade que lhe foi
transmitido, mas em circunstâncias radicalmente transformadas; e, por
outro, modifica as antigas circunstâncias, dedicando-se a uma atividade
radicalmente diferente (MARX , 1986, p.46).
As bases das relações sociais construídas pela humanidade devem ser
entendidas a partir do trabalho, que é a atividade pela qual o homem não somente
garante a sua sobrevivência, como também garante a produção e reprodução de
sua vida. Pensar a sociedade é entender a organização dos homens numa
perspectiva histórica e concreta, determinada pelas condições de produção do seu
trabalho.
Nessas relações, há um movimento interno dinâmico que determina as
características
da
sociedade,
possibilitando
a
compreensão
de
que
a
escola/educação por si não alcançará a transformação social, no entanto tem um
papel indispensável, considerando as condições subjetivas de sua força somadas às
demais.
Nesse contexto, a escola tem um papel político essencial, que é o de lutar
pela socialização do conhecimento científico, para que ele não esteja ao alcance
34
somente da classe dominante, mas sim que a educação possa cada vez mais
possibilitar o enriquecimento intelectual por parte do indivíduo, independentemente
da classe social em que este se encontre. A finalidade da escola é, portanto, garantir
que os conhecimentos ultrapassem o pragmatismo da vida cotidiana e aproximem
os indivíduos da produção cultural já produzida pela humanidade, possibilitando o
entendimento histórico de que a sociedade não foi sempre dessa forma, sendo
portanto passível de mudanças mediante transformações das relações sociais.
Cidadania é a participação, econômica e social do cidadão.
“Segundo Dallari, a cidadania expressa um conjunto de direitos que da à
pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo.
Concebemos cidadania por ações coletivas que busquem favorecer a aquisição do
conhecimento pelo povo, para que de posse do conhecimento cientifico e de
informações sobre seus direitos e deveres, os homens tenham a consciência
modificada de modo que possam fazer valer seus direitos.
A cidadania não surge apenas da conquista legal de alguns direitos significa a
realização destes direitos. Construir a cidadania é construir novas relações e
consciências. A cidadania deve ser perpassada por temáticas como a solidariedade,
a democracia, os direitos humanos, a ecologia, a ética. Pode-se dizer que cidadania
é essencialmente consciência de direitos e deveres e exercício da democracia.
No interior da escola, uma das formas de trabalharmos a cidadania e por meio
de uma gestão democrática, pois entendemos que são nos momentos de discussão
e decisão coletiva, que se expressa a democracia, e como conseqüência a garantia
dos direitos e deveres da comunidade escolar.
Assim, cabe a escola, estimular e cultivar os valores éticos, morais e cívicos
para que o educando possa vir a ser um sujeito consciente e atuante dentro da
sociedade,
buscando formar o sujeito autônomo capaz de refletir sobre sua
realidade e nela interferir, e o nosso grande desafio.
4.3. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO E ENSINO-APRENDIZAGEM
SAVIANI (2005) define a educação como um processo de transmissão e
assimilação da cultura produzida historicamente e trabalho educativo como “[...] ato
de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade
35
que é produzida historicamente e coletivamente pelo conjunto dos homens”.
MÉSZÁROS (2005) se refere a educação como o processo vital da existência do
homem, isto é, aquilo que caracteriza a sua especificidade de ser social, a saber, a
capacidade de conhecer, de ter ciência do real e de portanto, transformá-lo de forma
consciente. A escola apresenta-se, então, como a instituição social cuja
especificidade é a transmissão, de forma sistematizada e organizada, desse saber
historicamente acumulado, devendo proporcionar aos indivíduos os elementos
fundamentais para a vida em sociedade.
Assim,
[...] a finalidade imediata da educação (e muitas vezes não cumprida) é a
de tornar possível um maior grau de consciência, ou seja, de
conhecimento, compreensão da realidade da qual nós, seres humanos,
somos parte e na qual atuamos teórica e praticamente. É, pois, uma
finalidade de operar uma transformação de caráter subjetivo –
transformação nas consciências – ainda que exigida pela necessidade
humana de operar praticamente sobre a realidade objetiva e de transformála objetivamente, concretamente, materialmente (RIBEIRO, 1991, p. 40).
A educação escolar entendida como uma forma específica de práxis é um
espaço
concreto
de
crítica/autocrítica,
consciência/alienação,
conhecimento
científico/senso comum, sendo que o educador precisa transmitir aos seus alunos o
conhecimento científico e também convicções, pois conforme ALVES (2001) não se
pode dissociar a função e razão de ser do trabalho didático que é a transmissão do
conhecimento. É desse modo que, na atividade de educador, essencial a todas às
sociedades, é preciso considerar dois pólos:
[...] o da afirmação de valores e o da reflexão crítica/autocrítica; o das
convicções e o das dúvidas. A educação, no âmbito do esforço daqueles
que lutam por uma democratização mais efetiva da sociedade, deve passar
continuamente de um pólo ao outro. Se estacionar no primeiro, coagula os
valores, ossifica-os, engessa-os e atrela a práxis a dogmas. Se ficar
girando exclusivamente em torno do segundo, esvazia a práxis, emperra-a,
prende-a num círculo vicioso, transforma-a num jogo estéril (KONDER,
2001, p. 22).
Para MASSON (2007), no método dialético, a educação faz-se a partir do
real, do concreto, da visão caótica do todo, e através de uma análise, chega-se a
conceitos cada vez mais simples; do concreto figurado às abstrações cada vez mais
delicadas, até atingir as determinações mais simples onde,
36
“Concreto e abstrato não podem ser separados; são dois aspectos
solidários, duas características inseparáveis do conhecimento. Convertemse incessantemente um no outro: o concreto determinado torna-se abstrato;
e o abstrato aparece como concreto já conhecido. Penetrar no real é
superar o imediato – o sensível – a fim de atingir conhecimentos mediatos,
através da inteligência e da razão. O empirismo tem razão ao pensar que se
deve partir do sensível, mas erra quando nega que seja necessário superar
o sensível; o racionalismo tem razão em crer nas ‘idéias’, mas erra ao
substancializá-las metafisicamente, situando-as fora do real que elas
conhecem” (LE-FEBVRE, 1991, p.111-112).
A
organização
da
educação pela dialética
propicia
ao sujeito
da
aprendizagem a compreensão do movimento do real e, simultaneamente, a
apropriação desse movimento pelo pensamento. E, pressupondo que a realidade
somente se torna concreta para o pensamento, quando são explicitados os “nexos
internos” que a fazem ser assim como é, a dialética é o princípio fundamental para a
organização do saber de ensino, ARNONI (2004).
O conteúdo sob a perspectiva dialética significa considerar na relação Parte &
Todo:
Conceito científico constitui uma totalidade dinâmica, que explica um
aspecto do todo, a realidade da qual foi “retirado” ou “recortado” para ser
pesquisado, expressando, assim, idéias articuladas e organizadas de forma
sistemática e metódica de um aspecto da natureza momentaneamente
separado do todo ao que pertence; b) as relações de tensão que se
estabelecem entre o conceito científico (totalidade) e o todo ao qual
pertence permitem identificar as contradições geradas nessas relações e
elaborar categorias que expressam esta tensão dialética. [...] Se ficar preso
exclusivamente ao conceito científico terá a dimensão de uma das partes do
todo, algo a-histórico e desgarrado da dinâmica da natureza. No entanto, ao
“devolver” (inserir novamente) o conceito científico no todo ao qual
pertence, tem dele uma nova compreensão, a de totalidade dinâmica,
elaborando, assim, o conteúdo de ensino (OLIVEIRA; ALMEIDA; ARNONI,
2007, p. 168-169).
ARNONI (2004) o saber que diretamente interessa à educação é aquele que
emerge do processo de aprendizagem e que se viabiliza no trabalho educativo pela
mediação, que em uma perspectiva dialética, significa a relação entre o
conhecimento imediato (saber do cotidiano) e o conhecimento mediato (saber
científico). Essa forma de ensinar o saber científico revela o trabalho educativo como
transformador, isto é, propicia a compreensão do movimento do real e,
simultaneamente, a apropriação desse movimento pelo pensamento.
Portanto, para ARNONI (s/d, p.8) a característica essencial da prática
educativa é a intencionalidade do trabalho pedagógico desenvolvido pelo professor
(processo de ensino) objetivando influenciar o processo de aprendizagem (a relação
37
do aluno com o saber), onde a prática educativa constitui um processo consciente,
pelo qual se trabalha o saber cultural produzido historicamente por intermédio da
relação pedagógica, sendo que a intencionalidade da prática educativa consiste em
ensinar os bens culturais, para que o aluno, sujeito da aprendizagem, desenvolva
uma concepção mais articulada do cotidiano, podendo, assim, agir criticamente e
não de forma alienada.
4.4.
CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
A infância é entendida como categoria social e como categoria da história
humana, englobando aspectos da adolescência ou juventude, sendo compreendida,
também, como o período da história de cada um, que se estende, do nascimento até
aproximadamente dez anos de idade. Profissionais que trabalham na educação e no
âmbito das políticas sociais voltadas à infância têm enfrentado inúmeros desafios,
entre eles questões relativas à situação política e econômica e à pobreza da
população, questões de natureza urbana e social, bem como problemas específicos
do campo educacional. Vivemos a contradição de possuir um conhecimento teórico
sobre a infância e de viver dificuldades no trabalho docente diário, portanto refletir
sobre essas questões hoje, é condição para planejar o trabalho na escola.
Desde que o historiador francês Philippe Ariès publicou, nos anos de 1970,
seu estudo sobre a história social da criança e da família, analisando o surgimento
da noção de infância na sociedade moderna, sabemos que as visões sobre a
infância são construídas social e historicamente. A inserção concreta das crianças e
seus papéis variam com as formas de organização da sociedade, assim, a ideia de
infância não existiu sempre e da mesma maneira. Ao contrário, a noção de infância
surgiu com a sociedade capitalista, urbano-industrial, na medida em que se alterava
a inserção e o papel social da criança na sua comunidade.
As contribuições do sociólogo francês Bernard Charlot, nos anos 1970,
também foram fundamentais e ajudaram a compreender o significado ideológico da
criança e o valor social atribuído à infância. As ideias de Charlot favoreceram
compreender a infância de maneira histórica, ideológica e cultural, entendendo que a
dependência da criança em relação ao adulto é fato social e não natural. Também a
38
antropologia favoreceu conhecer a diversidade da infância, as práticas culturais
adequadas para crianças e adultos, bem como brincadeiras, atividades lúdicas,
músicas, histórias, valores e significados. As teorias de Vygotsky e Wallon e seu
debate com Piaget, também revelaram esse avanço e revolucionaram os estudos da
infância.
Crianças são sujeitos sociais e históricos, marcadas, portanto, pelas
contradições das sociedades em que estão inseridas. Reconhecemos o que é
específico da infância: seu poder de imaginação, a fantasia, a criação, a brincadeira
entendida como experiência de cultura, situação em que estabelecem novas
relações e combinações, pois as crianças viram as coisas pelo avesso e, assim,
revelam a possibilidade de criar, pois o tempo da infância é um tempo de aprender e
de brincar em que a brincadeira é fundamental para o desenvolvimento da
aprendizagem.
Pensar sobre a infância na escola e na sala de aula é um grande desafio para
o ensino fundamental que, ao longo de sua história, não tem considerado o corpo, o
universo lúdico, os jogos e as brincadeiras como prioridade. Acreditamos que um
dos desafios, seja o de aprender sobre e com as crianças por meio de suas
diferentes linguagens. Nesse sentido, a brincadeira se torna essencial, pois nela
estão presentes as múltiplas formas de ver e interpretar o mundo. A brincadeira é
responsável por muitas aprendizagens, portanto faz-se necessário, definir caminhos
pedagógicos nos tempos e espaços da escola e da sala de aula que favoreçam o
encontro da cultura infantil, valorizando as trocas entre os que ali estão
possibilitando as crianças recriar, expressar suas emoções e formas de ver e de
significar o mundo.
Nos últimos anos, temos recebido muitas crianças com laudo de Transtorno
do Déficit de Atenção e Hiperatividade, situação que nos tem levado a procurar a
ajuda de especialistas para esclarecer e compreender tal doença, visto que a
formação do professor não contempla tal questão. Assim, reconhecemos que os
educandos, independentemente de sua idade e condição física ou intelectual,
portam um saber próprio que deve ser considerado pela escola. Isso implica a
compreensão de que a infância, a pré-adolescência, a adolescência, a juventude e a
fase adulta devem ser entendidas como momentos próprios, não estanques, mas
em processo, considerando a vivência dos sujeitos.
39
Parte-se da compreensão de que a educação tem como função social, por
meio do acesso dos educandos ao conjunto de conhecimentos construídos
historicamente e da relação dialógica no espaço escolar, contribuir para a
construção de uma sociedade democrática na qual os sujeitos venham conquistar
efetivamente o acesso aos bens produzidos pela sociedade, sejam estes culturais
ou materiais, e nesse sentido disponibilizar aquilo que as outras gerações
produziram: os saberes, os valores e tudo que compõe a cultura.
Assim, a educação compreendida como direito de todos, aponta para a
superação das desigualdades oriundas de condições socioeconômicas, de
diferenças étnicas, de orientação sexual, de gênero, de classe, de origem geográfica
e faixa etária, numa concepção que configura o aprofundamento de uma perspectiva
democrática e humanizadora frente à sociedade e a educação. Nessa mesma
direção, a LDB (Lei n. 9.394/96) define como finalidade da educação “o pleno
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho” (art. 2º).
Tais finalidades da educação escolar
pressupõem o desenvolvimento do educando como um ser humano pleno, em todas
as suas dimensões – afetivas, emocionais, corporais, cognitivas e sociais.
Portanto, pensar a escolarização da infância, da pré-adolescência e da
adolescência pressupõe, inicialmente, a compreensão do movimento histórico da
constituição desses sujeitos nas práticas socioculturais. Isso significa apreender, na
dinâmica social, o que é constitutivo desses sujeitos, nas suas especificidades de
criança, de pré-adolescente e de adolescente, entendendo o desenvolvimento
humano como sendo ao mesmo tempo, orgânico e social, que envolve aspectos
biológicos, psicológicos e culturais.
Além disso, considera-se que o compromisso de possibilitar a aprendizagem
dos educandos não se efetiva na ação isolada de cada professor em sua área de
atuação, mas se dá de forma integrada. Assim, todos na escola são responsáveis,
coletivamente, pela implementação de ações, de metodologias que favoreçam a
aprendizagem dos educandos em um contexto de diversidade de forma coletiva e
planejada, com momentos de estudo e pesquisa, de planejamento e integração da
comunidade escolar e de ações didático-pedagógicas diversificadas.
As
ações
educacionais
deste
estabelecimento
de
ensino
estão
fundamentadas na concepção de criança e adolescente como um ser humano
completo, com características, constituição física, formas de agir, pensar e sentir,
40
numa perspectiva sócio-histórica, onde a criança é fruto das interações sociais e a
escola é um espaço de mediação e apropriação do conhecimento historicamente
acumulado, sendo a criança um sujeito de direito em pleno desenvolvimento desde o
seu
nascimento.
Compreendemos
a
adolescência
como
um
período
de
transformações físicas e emocionais que são próprios da condição transitória deste
período, onde a escola como instituição formadora, possui um papel importante,
cabendo a ela ser um lugar democrático onde o aluno aprenda, exercite sua
autonomia, amadureça suas escolhas, compreenda os limites sociais e desenvolva o
respeito das regras, sendo percebidos como seres históricos, sujeitos plenos de
seus direitos e deveres e capazes de intervir de maneira significativa no meio em
que vivem.
4.5. CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Atualmente muitas são as contradições quanto à compreensão do conceito de
alfabetização e muito maiores são os problemas identificados quanto à aquisição de
seu processo nas escolas. Esse tema tem se colocado como alvo de estudos e
discussões constantes, visto que se encontra como ponto fundamental na
construção do conhecimento.
As discussões acerca do processo de alfabetização têm introduzido novas
linguagens e formas de compreensão a muitos momentos dessa construção, a
expressão “alfabetização funcional” tornou-se bastante difundida na tentativa de
ampliação do significado de alfabetização.
Novos estudos afirmam que alfabetização não significa apenas aprender a ler
e escrever, não implica em ensinar apenas a codificar e decodificar símbolos ou
códigos gráficos, estar alfabetizado consiste em uma prática bem mais ampla que
compreende fazer uso efetivo das diferentes funções sociais da leitura e da escrita.
Nesse sentido o surgimento do termo letramento tem encontrado espaço na
necessidade de configurar e nomear comportamentos e práticas sociais na área da
leitura e da escrita que ultrapassem o domínio do sistema alfabético e ortográfico,
que tradicionalmente tem sido perseguido pelo processo de alfabetização.
Conforme descreve Magda Soares, pode-se admitir que no plano conceitual
talvez a distinção entre alfabetização e letramento não se fizesse necessária, desde
que se ressignificasse o conceito de alfabetização ampliando sua compreensão,
41
porém no plano pedagógico torna-se conveniente, ainda que os dois processos
sejam reconhecidos como indissociáveis e interdependentes.
Assim é necessário reconhecer que alfabetização, entendida como aquisição
do sistema convencional de escrita é diferente do letramento, entendido como o
desenvolvimento de comportamentos e habilidades de uso competente da leitura e
da escrita em práticas sociais, distingue-se tanto em relação aos objetos do
conhecimento quanto em relação aos processos cognitivos e lingüísticos de
aprendizagem.
Porém não podemos esquecer que embora distintos alfabetização e
letramento são indissociáveis e interdependentes: alfabetização só tem sentido
quando desenvolvida no contexto de práticas sociais de leitura e de escrita e por
meio dessas práticas, ou seja, em um contexto de letramento,com atividades
significativas.
A interação e a articulação do processo de alfabetização e letramento se faz
necessária e permitem a construção de um conhecimento baseado no real,
conhecimento com significado e sentindo que permite ao educando perceber os
verdadeiros sentido da leitura e da escrita.
4.6. CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO E TECNOLOGIA
Influenciada pelas tecnologias da informação e comunicação, a escola busca
alternativas para integrá-los ao processo educacional e ao mesmo tempo integrar-se
nesta esfera tecnológica. As tecnologias são ferramentas de ensino e, como tal,
devem ser usadas para o desenvolvimento de novas práticas pedagógicas baseadas
na concepção dialética de construção do conhecimento, visto que podem
desencadear uma série de mudanças na forma como se constrói o conhecimento.
A educação frente a essa transformação social e ao rápido desenvolvimento
tecnológico tem buscado construir estratégias pedagógicas elaboradas a partir do
uso dos recursos tecnológicos, resultando na descoberta de possibilidades de uso
das tecnologias nas práticas educacionais. A integração das mídias nos processos
de aprendizagem e conhecimento proporciona a criação de novas modalidades de
trabalho na escola, além de ser uma forma de tornar a construção do mesmo mais
atraente para o aluno. A possibilidade de “animar”, ou ilustrar a apresentação dos
42
conteúdos oportuniza novas formas de ver, ler e escrever o mundo, transformando a
escola
de
simples
transmissora
de
conhecimentos
em
organizadora
de
aprendizagens e saberes, proporcionando ao aluno os meios necessários para
inclusão digital e a apropriação crítica das tecnologias.
É válido ressaltar que a utilização das ferramentas tecnológicas deve ser
previamente planejada e aliada a procedimentos didático-pedagógicos que
potencializem sua utilização de forma a alcançar determinados objetivos
previamente pensados, o que exige uma transformação de atitude por parte de
muitos professores, reconhecendo que não são os detentores dos conhecimentos e
que há outros modos de aprendizagem diferentes daqueles que se assentam
apenas nos saberes enciclopédicos tradicionais.
A tecnologia é muito mais que seus artefatos e suas invenções, é a
materialização das relações sociais no contexto histórico, que implica a necessidade
de uma formação educacional crítica para uma prática transformadora. Para tanto, é
importante que se entenda os fins da tecnologia e que esta esteja fundamentada nas
necessidades humanas e sociais.
Segundo PINTO (2005), a tecnologia não deve ser “endeusada” ou
ideologizada a ponto de desmobilizar as lutas sociais para aqueles que buscam uma
sociedade melhor, associada às práticas de emancipação humana. Assim, analisar a
relação tecnologia e educação deve ser, também, uma tentativa em não transformar
a tecnologia em ideologia dentro do espaço educacional, impossibilitando a
efetivação do ensino-aprendizagem, com princípios éticos e valores capazes de
superar as relações sociais alienantes. Ela se apresenta como uma realidade social
no mundo do trabalho, mas que necessita ter sentido e assim o trabalhador não
pode ser apenas um acionador de botões.
Tal concepção sugere uma reflexão crítica dos próprios fins da tecnologia
fundamentada nas relações humanas e sociais, implicando desenvolver princípios
éticos, para compreensão das transformações ocorridas com o avanço tecnológico,
devendo o trabalho pedagógico se fundamentar nas necessidades sociais do ser
humano e, dentro dessas necessidades, desempenhar de forma crítica o seu papel
no mundo produtivo, sabendo resolver imprevistos relacionados às condições de
trabalho do indivíduo em todas as suas dimensões, pois
A tecnologia não é boa nem má, dependendo das situações, usos e pontos
de vista, e “tampouco neutra, já que é condicionante ou restritiva, já que de
43
um lado abre e de outro fecha o espectro de possibilidades”. Não se trata de
avaliar seus impactos, mas de situar possibilidades de uso, embora,
“enquanto discutimos possíveis usos de uma dada tecnologia, algumas
formas de usar já se impuseram”, tal a velocidade e renovação com que se
apresentam (LÉVY, 2000, p. 26).
Com essas reflexões verificamos que a escola e os meios tecnológicos de
comunicação e informação caminham em paralelo. Ambos retratam a realidade e a
cotidianidade; apresentam valores, conceitos e atitudes presentes na realidade em
geral, que são absorvidos sob diferentes matizes. Hoje, o desafio para a educação
vai além do ensinar com modernas ou tradicionais tecnologias, inclui a realidade que
elas comunicam e representam, além da comunicação que propiciam entre pessoas.
A educação sendo um processo democrático pressupõe a participação dos sujeitos
a partir de seu contexto sociocultural, e transforma-se em um espaço de
socialização entre sujeitos e de socialização dos conhecimentos gerados pelos
sujeitos; conhecimentos que, quando compartilhados com os outros, exercem seu
papel mais amplo: contribuir para que o aluno construa, reelabore e integre-se ao
mundo.
Nesse sentido, MORIN (2001) assegura que a educação escolar pressupõe
aprender a “gerenciar tecnologias, tanto da informação quanto da comunicação, e
pressupõe [ainda] ajudar a perceber onde está o essencial, estabelecendo
processos de comunicação cada vez mais ricos e mais participativos”. Não se trata
de apenas incorporar o conhecimento das modernas tecnologias e suas linguagens.
É preciso avançar, ultrapassar as relações com os suportes tecnológicos,
possibilitando comunicações entre os sujeitos, e destes com os suportes
tradicionalmente aceitos pela escola (livros, periódicos), até os mais atuais e muitas
vezes não explorados no âmbito escolar (jornais, revistas, vídeos, games, televisão,
Internet...), o que exige que o professor realize seu papel de mediador no processo
ensino e aprendizagem.
4.7. CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
A escola insere-se dialeticamente no contexto social e apresenta-se como a
instituição que oportuniza a vivência de experiências culturais mais amplas e
diversificadas, onde a aprendizagem acontece a partir do conhecimento imediato
trazido pelo aluno. Assim, educar é mais que reproduzir conhecimento, é, sobretudo,
44
apontar diferentes maneiras de interpretar o mundo, o conhecimento e as relações
sociais, respondendo aos desafios da sociedade na busca da transformação.
A concepção de currículo vincula-se à concepção dialética da Educação, às
relações de reciprocidade e colaboração entre as diversas áreas em uma atitude
dialógica e coletiva, necessária à compreensão das múltiplas relações que
constituem o mundo, no qual os sujeitos, mediados pela comunicação, organizam-se
e interagem construindo saber, cultura e condições necessárias à existência. Pois
segundo FERRAÇO (2006)
Pensar os currículos de uma escola pressupõe, então, viver seu cotidiano
que inclui, além do que é formal e tradicionalmente estudado, toda uma
dinâmica das relações estabelecidas, ou seja, para se poder falar dos
currículos praticados nas escolas, é necessário estudar os hibridismos
culturais vividos nos cotidianos. (FERRAÇO, 2006, p. 10)
O currículo deve redimensionar, constantemente, os espaços e tempos
escolares, revendo concepções e práticas pedagógicas, possibilitando mudanças, a
partir de uma práxis reflexiva, tendo em vista o processo de ensino – aprendizagem.
Todo o processo de educação escolar, por ser intencional e sistemático,
implica a elaboração e realização de propostas pedagógicas a serem vivenciadas
em sala de aula, na escola e fora dela. O currículo é entendido aqui como o conjunto
dessas atividades, carregadas de sentido, com uma intencionalidade educativa,
capaz
de
indicar
os
caminhos,
admitindo
mudanças, atalhos,
alterações
significativas em busca da aprendizagem. Assim, a educação possibilita a troca de
experiências e a construção de aprendizagens significativas.
Dessa forma, o currículo está diretamente relacionado ao contexto histórico e
sócio-político-cultural, sendo construído de forma dinâmica e participativa através de
uma abordagem dialética, tendo em vista, prioritariamente, a formação do aluno
comprometido eticamente com a transformação da sociedade.
4.8. CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
O conhecimento histórico das concepções de métodos e avaliação no
processo ensino-aprendizagem influencia a prática pedagógica. É consenso entre os
educadores que os métodos e os procedimentos de ensino se alteram em razão de
um momento histórico, como também os conteúdos e a forma de avaliar o processo
45
ensino-aprendizagem divergem no tempo porque as concepções de homem,
sociedade e conhecimento mudam conforme o trabalho se transforma. Sendo assim,
em cada momento histórico as concepções de avaliação se alteram e a apropriação
destas deve considerar o momento em que foram produzidas. Conforme:
Independentemente do período histórico, qualquer conteúdo educacional,
com seus respectivos encaminhamentos metodológicos ou didáticos,
incluindo-se neles os de avaliação, têm por finalidade interferir na realidade
social, reforçando-a, acelerando-a, ou, mesmo, negando-a. Ou seja, um
projeto educacional tanto pode envidar esforços para reproduzir o sistema
social no qual está inserido, como pode, pelo princípio de contradição
inerente aos movimentos, estimular a vontade por outra forma de
convivência social (NAGEL 2007, p.1).
Verifica-se que a sociedade capitalista pressupõe um modelo de avaliação
caracterizada como instrumento de discriminação e exclusão social porque as
relações de capital são marcadas pelas desigualdades sociais. E a escola não pode
ser assim, ela precisa ser uma instituição que permita, pela transmissão dos
conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade, a construção de um
novo modelo de sociedade.
Contrapondo este modelo, a escola enquanto espaço de transmissão de
conceitos científicos e que não tem por objetivo reproduzir a sociedade
desigual em que vivemos, deve ter como meta principal proporcionar
“curricularmente um ambiente pedagógico de trabalho que possa promover
aspirações, conhecimentos e práticas superadoras dos limites já dados pela
sociedade capitalista, no mínimo, no interior da própria instituição” (NAGEL,
2007, p. 2).
A compreensão da avaliação não pode estar desvinculada da compreensão
das relações sociais, da prática escolar e interações efetivadas dentro da escola,
pois entender a avaliação dentro da escola significa entender as contradições
próprias do modelo econômico social vigente e por isso a avaliação necessita
adquirir um novo sentido através de ações coletivas dos professores, com a
intencionalidade de rever suas práticas pedagógicas, estabelecer critérios e
objetivos bem definidos e assim fazer uma análise da sociedade, da escola e do
processo ensino-aprendizagem.
A avaliação só tem função social quando está intimamente vinculada a um
projeto de vida para os homens. Educa-se, ensina-se, para a sociedade que
se deseja ver transformada (ou não). Se não existe projeto de vida para os
homens obterem o que ainda não foi alcançado, não há necessidade social
de avaliação a não ser a de preencher com notas os boletins curriculares
46
individuais (SEED/PR, 1986, p. 29).
Esta visão de avaliação pressupõe que todos os que atuam no espaço
escolar
sejam
avaliados
(diretor,
coordenadores,
pedagogos,
professores,
funcionários e pais). Se todos realizarem sua auto-avaliação ou forem avaliados de
forma ética e criteriosa, será possível perceber os entraves que interferem no
processo e redimensionar a sua ação. Por isso, a avaliação deve ser um recurso
para a melhoria do ensino, a ser utilizado por todos os membros da escola. Neste
sentido, o processo ensino-aprendizagem pode ser repensado e redimensionado
qualitativamente. Segundo NAGEL (2007):
Por ser a ação educativa organizadora de atividades, uma ação que se
propõe a alterar comportamentos e/ou a desenvolver habilidades através de
variados recursos, a avaliação é o seu instrumento mais poderoso para
fornecer informações quanto à orientação, ou reorientação, que as
atividades educacionais já executadas devem receber [...] A avaliação,
portanto, não tem um fim em si mesma. Ela é um caminho para um fim que
a ultrapassa. Ela é um recurso, uma estratégia para a agilização dos
hábitos, habilidades e/ou conhecimentos considerados necessários aos
cidadãos que interagem socialmente. A avaliação possibilita, portanto,
garantir, com maior eficiência, a formação do homem considerada legítima
(NAGEL, 2007, p. 2).
A avaliação é, portanto, parte fundamental do processo ensino-aprendizagem.
É por ela que se verifica o nível de apropriação dos conteúdos pelo aluno, se o plano
de aula está adequado e a metodologia utilizada garante a aprendizagem do
conteúdo, sendo necessário considerar se todos os aspectos estruturais (físicos,
humanos e pedagógicos) envolvidos no processo estão adequados para atingir os
objetivos. De acordo com NAGEL(2007):
Nesta perspectiva, a avaliação educacional implica, fundamentalmente, um
processo de decisão que subentende: a) o conhecimento, através de coleta
de dados, de quais são os resultados dos esforços feitos em direção às
metas ou objetivos desejados pelas ações educativas já realizadas; b) a
aplicação de meios e/ou de recursos eficientes para superar os dados
encontrados, sempre visando dar maior dinamicidade aos processos, em
função dos resultados já obtidos. A avaliação, nesse sentido, contempla
sempre a intenção de colocar o projeto educacional, ou, as ações
educativas, em discussão, reflexão ou revisão para que sejam atingidos, da
melhor forma e do modo mais rápido possível, seus objetivos (NAGEL,
2007, p. 2).
Partindo desses pressupostos, a avaliação deste colégio é uma ação
diagnóstica, contínua e mediadora do processo educativo. Em sua dimensão
47
diagnóstica, ela busca as causas, as hipóteses, as relações entre os vários fatores
interagentes no processo educativo e que podem interferir no trabalho que se
realiza; ela reorienta as ações que compõem o trabalho pedagógico. Este
estabelecimento de ensino, ao propor uma avaliação diagnóstica, contínua e
mediadora do processo ensino-aprendizagem, ele objetiva:
a) Verificar se os objetivos propostos estão sendo atingidos;
b) Identificar as causas que dificultam e/ou interferem no crescimento intelectual
e afetivo do aluno;
c) Indicar aspectos / habilidades, atos e atitudes que podem contribuir para
melhorar o desenvolvimento do aluno como pessoa e como estudante;
d) Sinalizar melhor o caminho a ser percorrido
Esta forma de avaliar não visa à avaliação pelo prisma da promoção, mas da
aprendizagem significativa, decorrente dos objetivos propostos e da identificação
das causas que dificultam e/ou interferem no processo de aquisição e construção
dos conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade.
A partir dessa concepção, a avaliação do processo ensino-aprendizagem
deste colégio define-se como trimestral, da seguinte forma:
A avaliação trimestral será composta pela somatória da nota 3,0 (três vírgula
zero) referente a atividades e trabalhos; mais a nota 7,0 (sete vírgula zero)
resultante de no mínimo 02 avaliações, totalizando nota final de 10,0 (dez vírgula
zero).
Avaliação trimestral: MA = 1º trimestre + 2º trimestre + 3º trimestre = 6,0
3
A recuperação de estudos será concomitante aos conteúdos desenvolvidos
no trimestre e se dará da seguinte forma:
I. Será proporcionado a todos os de forma concomitante a revisão dos
conteúdos não assimilados no processo ensino aprendizagem;
II. Após a revisão dos conteúdos, os alunos com média inferior a 6,0 (seis
vírgula zero) deverão ser submetidos a uma nova avaliação com peso
10,0 (dez vírgula zero), aos alunos com média igual ou superior a 6,0 (seis
vírgula zero) a realização da prova de recuperação é optativa.
48
Será considerado aprovado, automaticamente, o aluno que, com frequência
igual ou superior a 75% do total da carga horária, obtiver média anual igual ou
superior a 6,0 (seis vírgula zero).
Aos alunos do Curso Técnico em Administração integrado à Educação de
Jovens e Adultos – PROEJA, do Curso Técnico em Secretariado subsequente e
Informática subsequente ao Ensino Médio, a avaliação do processo ensinoaprendizagem define-se como semestral, da seguinte forma: o resultado final é
obtido usando-se a média aritmética como segue:
Avaliação semestral: MS= 1º bimestre + 2º bimestre= 6,0
2
Os alunos serão considerados retidos, ao final do semestre, quando
apresentarem frequência inferior a 75% do total de horas letivas do semestre,
independentemente do aproveitamento escolar e/ou frequência superior a 75% do
total de horas letivas do semestre e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero).
Ao final do ano letivo, há que se compreender que, mesmo o aluno não tendo
atingido a média 6,0 (seis vírgula zero), há a necessidade de o Conselho de Classe,
na perspectiva de crescimento intelectual do aluno, apropriação de conhecimentos
obtida por ele e aprendizagem significativa, analisar, criteriosamente, a possibilidade
real de o mesmo ser promovido para a série seguinte. Isto deve ser feito
amparando-se nos objetivos propostos antecipadamente e nos conteúdos essenciais
previstos no Currículo. A produção humana transmitida na forma de saber escolar
deve superar a imediaticidade do ser humano e compreender a realidade humana
do trabalho e do conhecimento numa perspectiva mais ampla. Conclui-se que o
acompanhamento sistemático do aluno e dos professores ao longo da escolarização
é que dá o direito da escola reprovar ou não.
A “alma” das avaliações escolares encontra-se, pois, no projeto pedagógico
da escola, na organização do currículo, nos debates integradores das
diversas disciplinas que se propõem a formar um homem com qualidades e
saberes suficientes para lutar, coletivamente, de modo concreto, por uma
educação de qualidade, por uma instrução humanizada, por uma sociedade
melhor (NAGEL, 2007, p. 3).
49
4.8.1. SIMULADO NOTURNO
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensinoaprendizagem com a finalidade de verificar o nível de apropriação do conhecimento
pelo aluno, realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e instrumentos
diversificados, coerentes com a concepção educativa deste colégio. Com o objetivo
de estimular a permanência dos alunos matriculados no período noturno, a
comunidade escolar, quando da realização do Fórum Noturno, decidiu adotar, como
um dos critérios de avaliação destes alunos, a realização do simulado, uma
avaliação realizada ao final do 1º e do 2º trimestres, constituída de 50 questões com
os conteúdos trabalhados em cada uma das disciplinas da Matriz Curricular no
trimestre e valor 1,0. O resultado obtido pelo aluno nesta avaliação é somado à nota
final obtida em cada disciplina, desde que o mesmo tenha atingido no simulado, nota
diferente de zero.
4.9. RECUPERAÇÃO PARALELA
A recuperação paralela é um meio que a escola possui para atender a
diversidade e características e ritmos de aprendizagem dos alunos. Tendo em vista
que as expectativas de aprendizagem devem orientar o professor na identificação
dos alunos que necessitam de apoio para superar dificuldades por meio da
recuperação paralela, cabe à escola oferecer oportunidades de aprendizagem
redirecionando ações de modo que as dificuldades diagnosticadas possam ser
superadas.
De acordo com VASCONCELLOS (2003), a Recuperação de Estudos
consiste na retomada de conteúdos durante o processo de ensino e aprendizagem,
permitindo que todos os alunos tenham oportunidades de apropriar-se do
conhecimento historicamente acumulado, por meio de metodologias diversificadas e
participativas.
Para que ocorra a Recuperação de Estudos é necessário o acompanhamento
do professor, sendo fundamental a compreensão de que a aprendizagem ocorre a
partir da existência, pela mediação das pessoas por meio das relações sociais,
tendo claro que todos os sujeitos são singulares, únicos, com características
50
diferenciadas e, portanto, cada um se apropria do conhecimento de acordo com
suas especificidades. Não somos iguais, sendo assim, a aprendizagem passa a ser
um processo individual.
Como sabemos, a legislação aponta os caminhos para a efetivação da
Recuperação de Estudos para que o aluno seja atendido em suas particularidades.
No entanto, a prática cotidiana tem demonstrado que a recuperação geralmente
acontece ao final do processo, quando se aplica uma “prova” e ao perceber que o
aluno “tirou” uma nota inferior à média, lhe é solicitado um trabalho gerando uma
nota apenas pela entrega, independente do conteúdo que apresente. Em sentido
contrário a esta prática, PARO (2001) defende que
A recuperação, em vez disso, deveria ser pensada como princípio derivado
da própria avaliação. Esta, num processo contínuo e permanente, embutido
no próprio exercício de ensinar e aprender, diagnosticaria os problemas e
dificuldades que a recuperação, também num processo contínuo e
permanente, de solucionar (ou intentar soluções) pelo oferecimento de
novos recursos e alternativas de ação (PARO, 2001, p. 42).
A recuperação de estudos, portanto concomitante ao processo letivo, tem por
lógica pedagógica recuperar os conteúdos não apropriados e não os instrumentos
de avaliação. Ou seja, os diferentes instrumentos de avaliação serão vias para
perceber os conteúdos que não foram apreendidos e que deverão ser retomados no
processo de recuperação de estudos. Como ocorre este processo?
Ele é concomitante e ocorre de duas formas:
1 - A retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido pelos
instrumentos de avaliação.
2 - A reavaliação do conteúdo já "reexplicado" em sala. “Um não nega o
outro”.
Todos os instrumentos utilizados para trabalhar um conteúdo específico são
em si instrumentos que possibilitam verificar o processo de aprendizagem e,
portanto, de avaliação: textos escritos, apresentações, exercícios, produções
coletivas ou individuais, seminários, etc.
A recuperação não precisa preceder cada instrumento, uma vez, que todos os
instrumentos serão usados metodologicamente como via de ensino e aprendizagem,
portanto, de diagnóstico dos mesmos e não com fins de aferir valores. Cabe ao
professor perceber, através destes, em que dimensões os conteúdos devem ser
retomados e reavaliados.
51
A recuperação, assim sendo, não recupera os instrumentos e sim os
conteúdos, cujos instrumentos foram utilizados como via para aprender e como
diagnóstico para autoregular o processo.
É preciso desvincular a idéia de reavaliação, que integra o processo de
recuperação de estudos, através apenas das provas formais. Não precisam ser
provas necessariamente. Pode ser uma pesquisa, seminário de apresentação para
grupo de alunos diferentes, conforme a dimensão do conteúdo que não foi
apropriada, entre outros.
É importante ter claro que é preciso ter definidos os critérios de avaliação, os
conteúdos a serem avaliados e os instrumentos a serem utilizados. O peso da
recuperação de estudos deve ser proporcional aos da avaliação, ou seja, se o
processo vai de 0 a 100% de apreensão, diagnóstico e retomada dos conteúdos, a
recuperação não será um “adendo” à nota, e terá peso de 0 a 100%. Assim, os
resultados, medidos imediata ou posteriormente, integrarão os registros do
professor, prevalecendo sempre a nota maior.
Portanto, neste colégio a recuperação de estudos considerará a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional Nº 9394/96, dar-se-á de forma permanente
e concomitante ao processo ensino e aprendizagem e será organizada com
atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos
diversificados.
4.10. CONSELHO DE CLASSE
A organização dos Conselhos de Classe, segundo DALBEN (2004), é a mais
importante das instâncias colegiadas da escola em razão dos objetivos de seu
trabalho, pois é capaz de dinamizar o coletivo da escola pela via da gestão do
processo de ensino, foco central do processo de escolarização. O Conselho de
Classe é o espaço prioritário da discussão pedagógica.
Como instituição de ensino, compreendemos que o Conselho de Classe deve
ser mais do que uma reunião pedagógica, pois ele é parte integrante do processo de
avaliação desenvolvido pela escola, é o momento privilegiado para redefinir práticas
pedagógicas com o objetivo de superar a fragmentação do trabalho escolar e
oportunizar formas diferenciadas de ensino que realmente garantam a todos os
52
alunos a aprendizagem. Há que se compreender que a função do Conselho de
Classe, como instância colegiada, é superar a concepção de “concessão de
chances” para os alunos, a resolução de conflitos, a priorização de notas, um
instrumento de aprovação ou reprovação – resultado de um processo educativo
fragmentado; é entender que sua função é deliberativa e consultiva e que votar não
tem o mesmo significado de deliberar, pois deliberar implica em uma decisão
precedida pela discussão, reflexão, ponderação, consideração de diferentes
aspectos do problema, exame das possibilidades, para então tomar uma decisão
conjunta de modo a encaminhar uma providência ou determinação. Dentre os
obstáculos que limitam a real função do conselho de classe, ainda podemos
destacar: o individualismo; a mera validação do fracasso escolar; alunos e
conteúdos tratados como objeto de foro privado de cada disciplina; a realização do
conselho de classe atrelada a prazos de entrega de notas; docente x equipe
pedagógica; pouca clareza quanto aos critérios qualitativos; aprendizagem x fatores
extra e intra-escolares.
Para que o Conselho de Classe se efetive enquanto órgão colegiado de
gestão escolar, é preciso que todos os membros da comunidade escolar o
compreendam como um espaço educativo que pode qualificar ou desqualificar o
trabalho da escola; que pode mobilizar o coletivo escolar em prol de um processo de
luta pela democratização do saber e que sua real efetivação impõe um processo
dialético de construção histórica aberto a novos encaminhamentos, ampliando a
possibilidade de novas perspectivas de formação humana e de relações efetivas de
trabalho na medida em que todos apreendem conscientemente a força
transformadora desse instrumento. Assim, segundo FREIRE (2001), o Projeto
Político Pedagógico adquire significado e se coloca a serviço da coletividade,
visando uma sociedade menos injusta, mais democrática, menos discriminatória,
menos racista e menos sexista.
Esta concepção exige uma postura flexível da comunidade escolar, pois
concepções arraigadas nas formas de pensar e agir de professores e alunos
necessitam passar por um processo de apropriação de um novo conceito de
avaliação e conselho de classe e isto ocorrerá à medida que o coletivo escolar
aprimorar suas relações democraticamente e compreender a importância do
Conselho de Classe como instância majoritária do processo de avaliação, não só da
aprendizagem como do ensino também.
53
Tem por finalidade:

acompanhar e aperfeiçoar o processo ensino e aprendizagem;

diagnosticar
resultados,
analisar
e
interpretar
dados
de
aprendizagem, desempenho da turma, com a organização dos
conteúdos e o procedimento metodológico;

Propor
medidas
e
procedimentos
para
a
melhoria
do
aproveitamento escolar, adequando se necessário o Plano de
Trabalho docente e encaminhamentos metodológicos para obter
um resultado mais positivo.

Trata-se de um órgão colegiado de natureza consultiva e
deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, portanto, tem o
poder de decidir sobre a aprovação ou reprovação de alunos, que
após apuração dos resultados finais não atinja o mínimo
estabelecido pela instituição, levando-se em consideração o
desenvolvimento do aluno.
O fundamental é compreender que o Conselho de Classe é muito mais
complexo que a simples retrospectiva do comportamento e notas do aluno no
decorrer do período (mês, bimestre, trimestre, etc.), e que, neste espaço, tornam-se
possíveis as mudanças, ainda que pequenas e gradativas, mas que sigam uma
mesma direção. Expressa-se aqui, a intencionalidade do ato educativo, que requer
competência profissional, reflexão crítica sobre a prática, comprometimento com a
aprendizagem do aluno, sem que isso signifique, como afirma
FREIRE (2001)
excluir a “afetividade e a alegria” do processo educativo.
5.0. OBJETIVOS DA ESCOLA
Este colégio objetiva em sua ação educativa valorizar a educação como um
instrumento
de
humanização
e
de
transformação
das
relações
sociais,
proporcionando uma educação que considere o processo de conhecimento como
sendo historicamente produzido pelo homem, através de um trabalho de parceria
entre pais, alunos e profissionais da educação, num processo cooperativo de
formação de indivíduos capazes de construir e modificar sua própria história, onde o
54
trabalho é o elemento fundamental e determinante do processo educativo, através
do qual o homem se hominiza como ser social. Sendo assim, o trabalho é o princípio
pelo qual se fundamenta o processo educativo com vistas a transformação das
consciências, onde o indivíduo se reconheça como ser único e coletivo.
Portanto, os objetivos desta escola, visam contribuir para a formação de
indivíduos conscientes do seu papel na sociedade, através da construção,
reconstrução, reelaboração e (re) leitura de mundo, num processo contínuo de
aprendizagem. Enfatiza-se também a intencionalidade de promover ações
educativas, no sentido de minimizar a evasão e repetência, tanto no que se refere ao
conhecimento, busca e estudo sobre formas de avaliação e recuperação que
venham amenizar os resultados por ora obtidos.
Sentimos a necessidade de empreender uma proposta de trabalho coletivo, a
qual possa ofertar subsídios para superar as barreiras e entraves que inviabilizam a
construção de uma escola pública para os trabalhadores, sendo instrumento real de
transformação social.
6.0. MATRIZES CURRICULARES
A expressão "matriz curricular" refere-se ao conceito de currículo que vai
além de simples listagem de conteúdos, fundamentada numa concepção mais
abrangente e dinâmica de currículo. Nos trás a perspectiva de um currículo nãolinear, construído a partir dos princípios da interdisciplinaridade, através de um
trabalho que articule os conteúdos das diversas áreas de estudo em torno de
questões centrais tendo a pesquisa como princípio cognitivo do trabalho docente,
devendo o mesmo promover a indissociabilidade entre teoria e prática.
A matriz curricular da Educação Básica é composta de matérias ou
disciplinas com carga horária anual, composta por uma base nacional comum
(arte, biologia, ciências, educação física, ensino religioso (6º ao 9º ano uma aula
computada nas 800 horas), filosofia, física, geografia, história, língua portuguesa,
matemática, química, sociologia, na parte diversificada língua estrangeira moderna
– inglês, sendo que o espanhol constitui disciplina de matrícula facultativa ofertada
no turno contrário no CELEM.
55
A estruturação Curricular dos Cursos Técnicos visa o aperfeiçoamento na
concepção de uma formação técnica que articule trabalho, cultura, ciência e
tecnologia como princípios que sintetizem todo o processo formativo.
Componentes da matriz curricular do Curso Técnico em Administração
integrada com implantação gradativa a partir de 2010: base nacional comum
(arte, biologia, educação física, filosofia, física, geografia, história, língua
portuguesa,
matemática,
química,
sociologia),
parte
diversificada
(língua
estrangeira moderna- inglês), e formação específica (administração financeira e
orçamentária,
administração
de
produção
e
materiais,
comportamento
organizacional, contabilidade, elaboração e análise de projetos, gestão de pessoas.
Informática, introdução a economia, marketing, noções de direito e legislação social
do trabalho, organização, sistemas e métodos, teoria geral da administração),
integram-se e articulam-se garantindo que os saberes científicos e tecnológicos
sejam a base da formação técnica. Por outro lado, as ciências humanas e sociais
permitirão que o técnico em formação se compreenda como sujeito histórico que
produz sua existência pela interação consciente com a realidade, construindo
valores, conhecimentos e cultura.
A estruturação Curricular do Curso Técnico em Informática integrado
assim define-se: base nacional comum (arte, biologia, educação física, filosofia,
física, geografia, história, língua portuguesa e literatura, matemática, química,
sociologia), parte diversificada (IEM – inglês) e formação específica (análises e
projetos, banco de dados, fundamentos e arquitetura de computadores, informática
instrumental, internet e programação web, linguagem de programação, redes e
sistemas operacionais, suporte técnico), integram-se e articulam-se garantindo que
os saberes científicos e tecnológicos sejam a base da formação técnica.
A área de informática está no quotidiano do trabalho em todos os setores
econômicos e presente em várias etapas do processo produtivo, do comércio e dos
serviços exercendo a condição de base para o perfeito funcionamento do sistema.
Por outro lado, a informática está presente no cotidiano de todas as pessoas. Assim
é uma área que demanda permanente atualização e apresenta uma crescente
exigência de trabalhadores qualificados. O uso da informática disseminou-se nos
últimos anos, criando a necessidade de profissionais de diversos níveis com
capacidades para criar, especificar e manter funcionando sistemas computacionais
56
de tamanhos e características variadas. Profissionais de nível técnico na área de
informática são importantes na disseminação e popularização da mesma.
No Curso Técnico em Informática Subseqüente a matriz curricular, com
organização curricular semestral fica assim composta: análises e projetos, banco
de dados, fundamentos do trabalho, fundamentos e arquitetura de computadores,
informática instrumental, inglês técnico, internet e programação – web, linguagem de
programação, matemática aplicada, prática discursiva e linguagens, redes e
sistemas operacionais, suporte técnico.
Uma parcela da população jovem que concluiu o Ensino Médio e que não
escolheu ou logrou continuar seus estudos a nível superior e que pretende ingressar
no mundo do trabalho com uma capacitação que lhe amplie as possibilidades tem no
curso técnico subseqüente a oportunidade de fazê-lo em tempo reduzido.
A
estruturação
Curricular
do
Curso
Técnico
em
Secretariado
subseqüente, com organização semestral, fica assim disposta: administração,
cerimonial e protocolo, contabilidade, fundamentos do trabalho, gestão de pessoas,
informática, introdução às finanças, LEM – espanhol, LEM- inglês, língua portuguesa
e redação empresarial, matemática financeira, metodologia científica, noções de
direito e legislação social e do trabalho, psicologia organizacional, técnicas de
secretariado. O Curso Técnico em Secretariado vem ao encontro da necessidade da
formação do Técnico numa perspectiva de totalidade e constitui-se numa atividade
com crescente exigência de qualificação.
A organização dos conhecimentos, nos Cursos Técnicos, enfatiza o resgate
da formação humana onde o aluno, como sujeito histórico, produz sua existência
pelo enfrentamento consciente da realidade, produzindo valores de uso,
conhecimentos e cultura por sua ação criativa.
O Curso Técnico em Administração em Nível Médio na Modalidade de
Educação de Jovens e Adultos – PROEJA possibilita uma nova forma de
atendimento, onde o educando possa compreender o mundo compreender-se no
mundo e nele atuar na busca de melhoria das próprias condições de vida.
Esse
curso
deve contemplar
a
elevação
da
escolaridade com a
profissionalização para um contingente de cidadãos cerceados do direito de concluir
a educação básica e acesso a uma formação profissional de qualidade, levando em
conta que cada educando tem uma experiência de vida acumulada de acordo com a
57
sua realidade vivida. Dessa forma deve propor um currículo que assegure o acesso,
a permanência e o sucesso.
Ficando a matriz curricular do Proeja assim definida: base nacional
comum (arte, biologia, educação física, filosofia, física, geografia, história, língua
portuguesa e literatura, matemática, química, sociologia, IEM – inglês), e formação
específica (administração financeira e processos, comportamento organizacional,
elaboração e analise de projetos, organização, sistemas e métodos, introdução à
economia, marketing, noções de direito e legislação social do trabalho, noções de
contabilidade, teoria geral da administração).
Matriz curricular do Proeja de implantação gradativa a partir de 2011,
com organização semestral: base nacional comum (arte, biologia, educação
física, filosofia, física, geografia, história, língua portuguesa e literatura, matemática,
química, sociologia, IEM – inglês), e formação específica (administração
financeira e processos, comportamento organizacional e de pessoal, elaboração e
analise de projetos, fundamentos de administração, introdução à economia, noções
de contabilidade, noções de direito e legislação social do trabalho, organização,
sistemas e métodos, teoria geral da administração).
A proposta do Curso Formação de Docentes está centrada numa concepção
educacional em que o trabalho é o eixo do processo educativo, devendo o mesmo
ser o centro da formação humana em todo o ensino profissional. Assim, a educação
é também uma manifestação histórica do estar e do fazer humano que fundamentam
o processo de socialização. O “fazer e o saber sobre o fazer” deverão ser elementos
integrados ao processo de formação dos alunos; os alunos, por sua vez, deverão
estar comprometidos com o processo de aprendizagem porque estão se preparando
para um trabalho com características especiais – a educação de crianças. O
professor, como todo ser social, é portador de história, carrega uma gama de
sentidos e significados sociais que configuram toda sua atividade de aprender e
ensinar.
O curso de Formação de Docentes possui outra matriz curricular de
implantação gradativa, a partir do ano de 2010, a qual contempla na base
nacional comum (arte, biologia, educação física, filosofia, física, geografia, história,
língua
portuguesa
e
literatura,
matemática,
química
e
sociologia),
parte
diversificada (língua estrangeira moderna – inglês), formação específica
(concepções norteadoras da educação especial, fundamentos filosóficos da
58
educação, fundamentos históricos da educação, fundamentos históricos e políticos
da educação infantil, fundamentos psicológicos da educação, fundamentos
sociológicos da educação, literatura infantil, metodologia do ensino de ciências,
metodologia do ensino de arte, metodologia do ensino de educação física,
metodologia do ensino de geografia, metodologia do ensino de história, metodologia
do ensino de matemática, metodologia do ensino de português/alfabetização,
organização do trabalho pedagógico, prática de formação – estágio supervisionado,
trabalho pedagógico na educação infantil). Nesta matriz curricular as disciplinas de
filosofia e sociologia são ofertadas na 1ª e 2ª série do curso.
Matriz Curricular do Curso Técnico em Vendas de implantação gradativa
a partir de 2012, com organização semestral com as seguintes disciplinas:
Comportamento Organizacional e de Pessoal, Economia e Mercado, Estratégia de
Vendas
e Negociação, Fundamentos do Trabalho, Gestão Financeira e
orçamentária, Informática, Logística no Comércio e Serviço, Matemática financeira
e Estatística, Noções de Direito Comercial, Técnica de Informação e Comunicação.
7. OPERACIONALIZAÇÃO
7.1. PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DA ESCOLA
7.1.1. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE DE DIREÇÃO
1. APRESENTAÇÃO
As proposições aqui contidas são resultantes de um planejamento coletivo, do
qual participaram o diretor e os diretores auxiliares, cujas metas amparam-se na
legislação vigente que trata das funções próprias dos gestores escolares.
2. OBJETIVO
Realizar o processo de gestão escolar apoiados na concepção democrática e
dialética da educação, no âmbito da educação básica e profissional, de acordo com
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) Nº 9394/96, primando pela
participação dos estudantes, funcionários, professores, pais e comunidade local na
gestão da escola e na luta pela superação da forma como a sociedade está
organizada, visando aprimorar a qualidade da escola pública, assim proporcionando
59
a transmissão / construção do conhecimento científico e tecnológico com ênfase ao
trabalho como princípio educativo, na construção de um cidadão crítico, consciente e
transformador.
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA
Nas últimas décadas, o processo de construção histórica da educação
configurou-se como inovador, influenciado pela grande aceleração dos meios
tecnológicos e científicos e pelo processo de globalização. Assim, houve
necessidade de mudanças para as políticas de gestão e de regulação da educação
no Brasil e essas mudanças interferem na organização da escola e nos papéis dos
diversos atores sociais que constroem seu dia a dia.
Neste cenário, se faz necessário agir sob um prisma ou direção diferenciada.
Este novo direcionamento está relacionado à organização e à gestão escolar por
meio da escolha democrática do diretor e da articulação e consolidação de outros
mecanismos de participação. Portanto, é fundamental possibilitar, no processo de
democratização, a construção coletiva do Projeto Político
Pedagógico, a
consolidação dos Conselhos Escolares e dos Grêmios Estudantis, entre outros.
Assim sendo, a cultura e a lógica organizacional da escola só se democratizarão se
todos os envolvidos no processo educacional a eles se incorporarem e vivenciarem
seu cotidiano para contribuir para esse processo de mudança.
É fundamental pensar e compreender que a efetivação da gestão escolar
democrática é sempre processual e esta forma de gestão cumprirá sua função
política e pedagógica ao envolver todos os segmentos da comunidade escolar. Para
que este processo aconteça, há que se considerar duas frentes articuladoras: a
primeira, de conhecer a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, ou seja, as leis que
regulamentam os sistemas estadual de ensino. A segunda implica em articular todos
os segmentos da comunidade escolar na construção de vias de participação,
visando um processo de gestão onde o exercício democrático seja a peça
fundamental.
60
3. EIXOS ORGANIZADORES DO TRABALHO PEDAGÓGICO
No colégio, a gestão democrática é exercida em parceria com as instâncias
colegiadas:
3.1.
Conselho Escolar
Este estabelecimento de ensino tem seu Conselho Escolar constituído por
representantes
da
Equipe
Pedagógica,
equipe
docente,
equipe
técnico-
administrativa, equipe auxiliar operacional, discentes, pais ou responsáveis pelos
alunos, grêmio estudantil e movimentos sociais organizados. Sua principal atribuição
é aprovar e acompanhar a efetivação do Projeto Político Pedagógico do
estabelecimento de ensino.
3.2.
Associação de Pais, Mestres e Funcionários
Este órgão colegiado possibilita a aproximação da comunidade com o Projeto-
Político-Pedagógico da escola, principalmente no suporte aos Programas Culturais,
Esportivos e de Pesquisa. Esse elo constante entre pais, professores e funcionários
com a comunidade prima também pela busca de soluções equilibradas para os
problemas coletivos do cotidiano escolar, dando suporte à Direção e à Equipe,
visando o bem estar e a formação integral dos alunos. Todos os envolvidos no
processo são igualmente responsáveis pelo sucesso da educação gratuita e com
qualidade. É a comunidade escolar indo às escolas para discutir, participar,
colaborar e avaliar as decisões coletivas.
3.3.
Grêmio Estudantil
A atuação do Grêmio Estudantil Tiradentes necessita de um intenso trabalho
de conscientização política direcionado aos alunos. Verifica-se que os alunos
sentem dificuldade em engajarem-se neste órgão colegiado, não tendo consciência
da importância do mesmo como órgão representativo de sua classe no processo de
gestão escolar democrática. Há que se direcionar um trabalho específico, voltado
para a compreensão de que o Grêmio Estudantil é a organização que representa os
interesses dos estudantes na escola e permite que estes discutam, criem e
fortaleçam inúmeras possibilidades de ação tanto no próprio ambiente escolar como
61
na comunidade e é também um importante espaço de aprendizagem, cidadania,
convivência, responsabilidade e de luta por direitos. Ocorrem o processo eletivo e a
criação e apresentação de propostas que, na realidade, não se efetivam, pois os
alunos necessitam do apoio das equipes administrativa e pedagógica e estas, diante
de tantas responsabilidades a elas delegadas, não dão conta de dar o suporte a que
os estudantes aspiram.
3.4.
Representante de turma
No processo de gestão democrática, o representante de turma poderá ser
qualquer um dos alunos eleito pelos colegas para representá-los. O processo de
escolha do representante de turma ocorre por meio de consulta aos colegas e o
aluno escolhido para representar a turma recebe, da maioria, voto de confiança para
exercer a função, o que faz aumentar sua responsabilidade e necessidade de
dedicar-se à vida escolar, para que seu desempenho seja de boa qualidade.
Para o exercício da função, o representante de turma necessita demonstrar
algumas características que o levarão a desempenhar suas funções dentro de uma
visão democrática e participativa. Algumas destas características: líder democrático
(pois representará a turma com a cooperação de todos), compreensivo, cortês,
responsável, imparcial, assíduo às atividades escolares e de representação,
dinâmico, persistente. Suas atribuições mais relevantes são: ser elemento de ligação
da turma com os professores e os serviços da escola, representar sua turma em
reuniões, transmitir à turma informações sobre assuntos de interesse coletivo,
promover um ambiente de amizade e união, acompanhar os colegas nas
dificuldades apresentadas (aprendizagem, atitudes, faltas, casos de doenças),
estimular e organizar a criação de grupos de estudos para auxiliar os colegas com
dificuldades e colaborar com os colegas novatos para que se adaptem ao ambiente
escolar.
4.5. Plano de ação
1. Fomentar e criar situações favoráveis para que o Projeto Político Pedagógico se
efetive na prática cotidiana.
62
2. Administrar os recursos financeiros de forma a contemplar, satisfatoriamente, as
necessidades do colégio em relação à implementação do Projeto Político
Pedagógico.
3. Dar continuidade ao processo de gestão democrática e participativa, estimulando
o engajamento de toda a comunidade escolar na realização da função principal do
colégio: o processo de transmissão dos conhecimentos historicamente produzidos
pela humanidade.
4. Promover alternativas de estudos à equipe pedagógica e ao corpo docente para a
efetivação do ensino na concepção histórico-crítica em relação à avaliação dos
alunos, com o objetivo de torná-la mais eficaz em relação aos aspectos qualitativos
de aprendizagem dos alunos.
5. Oportunizar atividades extra-classe (trabalhos de campo, visitas técnicas, viagens
de estudos) visando a socialização, a construção de conhecimentos e o
fortalecimento das relações sociais aos alunos da classe trabalhadora.
6. Discutir, elaborar e aplicar estratégias que visem a redução da evasão e
repetência escolar.
7. Elaborar e aplicar metodologias diferenciadas ao ensino noturno, de modo a
estimular os alunos em relação à frequência e ao aproveitamento escolar (Fórum
noturno, simulado).
8. Buscar junto à comunidade parcerias para a realização de atividades extraclasse.
9. Incentivar e promover a realização de palestras para atender aos temas dos
desafios educacionais contemporâneos e outros que se fazem necessários no
processo de transmissão / construção de conhecimentos.
10. Como o Gestor Escolar é o elemento base do trabalho coletivo, há de se
promover momentos de reflexão coletiva e encontros de todos os funcionários.
7.1.2. PLANO DE AÇÃO - EQUIPE PEDAGÓGICA
1. APRESENTAÇÃO
As ideias e propostas aqui apresentadas originaram-se de um planejamento
participativo, considerando as orientações e legislações vigentes que tratam das
funções do pedagogo. Este é um instrumento norteador da ação pedagógica,
63
visando ser o sustentáculo das metas estabelecidas neste Projeto Político
Pedagógico, histórico, político, cultural e social.
Ao definir as ações do pedagogo no espaço escolar, nos deparamos com
uma realidade que por ora não expressa as reais funções deste profissional. O dia a
dia da escola é inesperado e revelador de situações inusitadas, fazendo com que o
pedagogo, na ânsia de amenizar estas situações, desvie-se de suas reais funções e
da razão de ser da escola que é ensinar. Questões disciplinares, burocráticas e de
organização geral tem sido as atividades diárias e principais deste profissional,
definindo assim uma identidade ao pedagogo que foge ao papel que deveria
construir e concretizar no espaço escolar.
Segundo SAVIANI (1985), a escola, por ser um espaço de formação e de
emancipação, deve estar comprometida com o acesso à cultura, à apropriação do
conhecimento elaborado e ao saber sistematizado, considerando que todos os
espaços da escola são importantes espaços educativos e de tomada de decisão.
Com efeito, o pedagogo escolar é “aquele que domina sintética e intencionalmente
as formas de organização dos processos de formação cultural que se dão no interior
das escolas”. O pedagogo tem, portanto, uma função precípua na formação e
difusão cultural e, por conseguinte, política e social.
A Pedagogia significa também condução à cultura, isto é, processo de
formação cultural. E Pedagogo é aquele que possibilita o acesso à cultura,
organizando o processo de formação cultural. É, pois, aquele que domina
as formas, os procedimentos, os métodos através dos quais se chega ao
domínio do patrimônio cultural acumulado pela humanidade. Eis como a
formação cultural vem a coincidir com a formação humana, convertendo-se
o pedagogo, por sua vez, em formador de homens (SAVIANI, 1985).
O pedagogo é o “intelectual orgânico” das massas, um profissional que
compreende a natureza do trabalho coletivo na escola e que percebe a necessidade
de pensar a educação no processo da contradição: que toma por base as condições
concretas e históricas, articulando a educação às relações sociais democráticas e
emancipadoras, buscando uma educação para a formação humana. É um
profissional que pensa o papel da escola historicamente na dinâmica das mudanças
sociais e das interações pessoais, mediando e orientando as relações e práticas
pedagógicas: professor, aluno, currículo, metodologia, processo de avaliação,
processo de ensino aprendizagem e organização curricular à luz de uma concepção
dialética da educação. Concepção esta voltada para a educação pública – aquela
64
que expressa as necessidades dos trabalhadores, comprometida com a formação
cultural, histórica e com um projeto de sociedade de fato democrático. A educação é,
portanto, um projeto de emancipação, articulando, nos espaços de contradição, um
sentido político, social e transformador.
2. JUSTIFICATIVA
A
organização
do
trabalho
pedagógico
necessita
ser
repensado,
reorganizado e reavaliado constantemente, no sentido de atender as necessidades
do processo ensino aprendizagem a fim de garantir a efetivação da proposta da
escola para que esta cumpra sua função política, pedagógica e social.
Compreender a relação entre conhecimento, escola e sociedade está
vinculada a uma concepção, ao mesmo tempo, ampla e restrita, de educação e de
trabalho pedagógico e da necessidade, portanto, de desenvolver conhecimentos e
habilidades não só da dimensão técnica, mas também, da dimensão políticopedagógica, fundamentada no compromisso da escola pública de garantir o acesso
ao conhecimento, levando os alunos para além do conhecimento imediato, para
chegar ao conhecimento mediato – mais elaborado sobre a realidade. Dessa forma,
cabe-nos o desafio de,
[...] ser capaz de, apoiando-se nas ciências humanas, sociais e econômicas,
compreender as mudanças ocorridas no mundo do trabalho, construindo
categorias de análise que lhe permitam apreender as dimensões
pedagógicas presentes nas relações sociais e produtivas, de modo a
identificar as novas demandas de educação e a que interesses elas se
vinculam. Ou seja, compreender historicamente os processos de formação
humana em suas articulações com a vida social e produtiva, as teorias e os
processos pedagógicos, de modo a ser capaz de produzir conhecimento em
educação e intervir de modo competente nos processos pedagógicos
amplos e específicos, institucionais e não institucionais, com base em uma
determinada concepção de sociedade (KUENZER, 1999, p. 170).
Considerando o exposto, o comprometimento maior é com o educando, no
sentido de possibilitar e assegurar a compreensão das relações sociais,
instrumentalizando o educando para agir de forma consciente sobre sua prática
social no sentido de cumprir e fazer cumprir seus direitos. Como instrumento de
transformação, temos consciência de que não é somente através da escola que as
mudanças podem ocorrer, mas de que através dela, com posturas consensuais
definidas em relação ao papel político-social dos que nela atuam, estaremos
65
contribuindo de forma consciente para a construção de um espaço problematizador
e democrático, onde o conhecimento promova a tomada de consciência, a
emancipação e a formação do cidadão, situando educadores e educandos como
participantes e agentes históricos da sociedade.
Não
podemos
ser
ingênuos
ou
imediatistas,
mas
podemos,
com
disponibilidade, serenidade e conhecimento, sermos articuladores de uma proposta
de trabalho que expresse a dinâmica das mudanças sociais e a intencionalidade da
escola pública de modo que a escola possa situar-se consciente e preocupada na
busca pela totalidade, numa prática pedagógica que considere as dimensões
científica, histórica, política, cultural e afetiva, com objetivos claros e autonomia em
suas ações.
3. OBJETIVOS
 Reelaborar a prática pedagógica e articulá-la à concepção de educação
assumida neste Projeto Político Pedagógico;
 Mediar, organizar, articular e integrar o trabalho pedagógico;
 Garantir a efetivação desta proposta.
4. SISTEMATIZANDO AS AÇÕES
A Organização do Trabalho Pedagógico no cotidiano da escola pública, de
acordo com o Regimento Escolar, envolve:

Construção e implementação do Projeto Político-Pedagógico da escola;

Organização do trabalho pedagógico no coletivo da escola: espaço e tempo
escolar - organização da prática pedagógica;

Formação Continuada dos profissionais da escola;

Relação entre escola e comunidade;.

Avaliação do trabalho pedagógico.
4.1.

Construção e Implementação do Projeto Político-Pedagógico
Sendo o pedagogo um educador com intenção política, cabe a ele fazer da
escola um espaço de luta, construções coletivas, de conquista, onde
66
professores e alunos possam partilhar saberes e construir uma prática
pedagógica articulada às necessidades da sociedade.

Elaborar o Plano de Ação da Equipe Pedagógica.

Coordenar a elaboração coletiva e a implementação do projeto políticopedagógico.

Criar condições para a participação dos profissionais da escola e comunidade
na construção do projeto político-pedagógico.

Avaliar as metas, ações, fragilidades e sucessos obtidos pela escola.

Estudar, conhecer, atualizar e aplicar o projeto político-pedagógico.
4.2.

Organização do trabalho pedagógico
Apresentar propostas, alternativas, sugestões e/ou críticas que promovam o
desenvolvimento e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar,
conforme o projeto político-pedagógico, a proposta curricular, o plano de ação
da escola e as políticas educacionais da SEED;

Coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de
materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir da
proposta curricular e do projeto político-pedagógico da escola; participar da
organização pedagógica da biblioteca da escola, assim como do processo de
aquisição de livros e periódicos;

Atuar, junto ao coletivo de professores, na elaboração de projetos de
recuperação de estudos a partir das necessidades de aprendizagem
identificadas em sala de aula, de modo a garantir as condições básicas para
que o processo de socialização do conhecimento científico e de construção
do saber realmente se efetive;

Organizar a realização dos pré-conselhos e conselhos de classe, de forma a
garantir um processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico
desenvolvido pela escola e em sala de aula, além de coordenar a elaboração
de propostas de intervenção decorrentes desse processo;

Acompanhar os alunos em adaptações, transferências, revalidação de
estudos, sala de apoio à aprendizagem, alunos reprovados e aprovados pelo
Conselho de Classe.

Analisar os projetos de natureza pedagógica a serem implantados na escola;
coordenar a organização do espaço-tempo escolar a partir do projeto político-
67
pedagógico e da proposta curricular da escola, intervindo junto à direção na
elaboração do calendário letivo, na formação de turmas, na definição e
distribuição do horário semanal das aulas e disciplinas, da hora-atividade e de
outras atividades que interfiram diretamente na realização do trabalho
pedagógico;

Responsabilizar-se pelo trabalho pedagógico-didático desenvolvido na escola
pelo coletivo dos profissionais que nela atuam; implantar mecanismos de
acompanhamento
e avaliação do trabalho pedagógico
escolar
pela
comunidade interna e externa;

Informar ao coletivo da comunidade escolar os dados do aproveitamento
escolar, de forma a promover o processo de reflexão-ação sobre os mesmos
para garantir a aprendizagem de todos os alunos;

Orientar a comunidade escolar a interferir na construção de um processo
pedagógico numa perspectiva transformadora;

Desenvolver projetos que promovam a interação escola-comunidade, de
forma a ampliar os espaços de participação, de democratização das relações,
de acesso ao saber;

Propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e sua
participação nos diversos momentos e órgãos colegiados da escola;

Apoio pedagógico aos alunos matriculados no 6º ano, organizando grupos de
estudos e/ou monitoramento por alunos do Curso de Formação de Docentes.

Orientar e incentivar momentos cívicos de forma a manter o conhecimento e o
respeito pelos símbolos pátrios e do estado do Paraná.

Planejar e promover palestras para os educandos conforme as necessidades
de cada série e o plano de trabalho docente dos professores.

Coordenar ações culturais (projetos complementares de ensino e visitas
técnicas) e desportivas
que contemplam o processo de ensino e
aprendizagem.

Informar ao coletivo da comunidade escolar os dados do aproveitamento
escolar, de forma a promover o processo de reflexão-ação sobre os mesmos
para garantir a aprendizagem de todos os alunos;

Orientar a comunidade escolar a interferir na construção de um processo
pedagógico numa perspectiva transformadora;
68

Desenvolver projetos que promovam a interação escola-comunidade, de
forma a ampliar os espaços de participação, de democratização das relações,
de acesso ao saber;

Propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e sua
participação nos diversos momentos e órgãos colegiados da escola;

Apoio pedagógico aos alunos matriculados no 6º ano, organizando grupos de
estudos e/ou monitoramento por alunos do Curso de Formação de Docentes.

Orientar e incentivar momentos cívicos de forma a manter o conhecimento e o
respeito pelos símbolos pátrios e do estado do Paraná.

Planejar e promover palestras para os educandos conforme as necessidades
de cada série e o plano de trabalho docente dos professores.

Coordenar ações culturais (projetos complementares de ensino e visitas
técnicas) e desportivas
que contemplam o processo de ensino e
aprendizagem.
4.3. Análise dos livros registros de classe.
Orientar o correto preenchimento dos livros registros quanto à:

Clareza nos registros de avaliação e recuperação;

Retomada do conteúdo, reavaliação (recuperação paralela) data, conteúdo,
valor e instrumento utilizado;

Notas registradas sem rasuras, cálculos de notas conforme regimento
escolar, não utilizando símbolos;

Registro dos conteúdos datados, rubricados e de acordo com o plano de ação
docente.
Obs: Os livros só deverão ser assinados se em consonância com a instrução 07/10
SEED, caso isso não ocorra, reorientar o professor, com registro em ata, estipulando
novo prazo para que o livro seja vistado;
4.4. Formação Continuada do Coletivo de Profissionais da Escola

Acompanhar o plano de trabalho docente dos professores;

Contribuir com encaminhamentos metodológicos, sugestões de leituras em
torno de uma prática comum e articulada com a concepção de escola pública.
69

Discutir com os professores e os outros profissionais da escola quais as
atuais problemáticas sociais e econômicas que interferem no processo
educacional;

Organizar os conselhos de classe e reuniões pedagógicas com o objetivo de
estudar, analisar a prática pedagógica docente e a construção de uma
proposta educativa que contribua para a melhoria do processo ensinoaprendizagem;

Organizar meios de intervenção para trabalhar com os alunos que
apresentam dificuldades de aprendizagem, identificados pelo conselho de
classe;

Assessorar os professores nos procedimentos de avaliação da aprendizagem,
adequando-as à proposta pedagógica da escola;

Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para
reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico e para
a elaboração de propostas de intervenção na realidade da escola;

Participar da elaboração do projeto de formação continuada de todos os
profissionais
da
escola,
tendo
como
finalidade
a
realização
e
o
aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;

Orientar o processo de elaboração dos planos de trabalho docente junto ao
coletivo de professores da escola;

subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores da
escola, promovendo estudos sistemáticos, trocas de experiência, debates e
oficinas pedagógicas;

Elaborar o projeto de formação continuada do coletivo de professores e
promover ações para sua efetivação; organizar a hora-atividade do coletivo
de professores da escola, de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja
de reflexão-ação sobre o processo pedagógico desenvolvido em sala de aula;

Coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento
Escolar da escola, garantindo a participação democrática de toda a
comunidade escolar;
70
4.5. Relação escola – comunidade

Realizar reuniões de pais, juntamente com direção e professores,
promovendo meios de integração entre escola e família, visando um melhor
aproveitamento no processo de ensino-aprendizagem, auxiliando os pais na
reflexão de sua função no acompanhamento permanente dos filhos.

Mobilizar a comunidade escolar (funcionários, alunos, pais e professores)
para a compreensão da realidade na qual está inserida, objetivando traçar
ações consistentes na escola.

Desenvolver projetos de interação escola-comunidade ampliando espaço de
participação da comunidade nas decisões pedagógicas da escola.

Participar do conselho escolar subsidiando teórica e metodologicamente as
reflexões e decisões sobre o trabalho pedagógico escolar.

Incentivar e propiciar a participação dos alunos nos diversos momentos e em
órgãos colegiados da escola.

Fazer cumprir os preceitos constitucionais, a legislação educacional em vigor
e o Estatuto da criança e do adolescente, como fundamentos da prática
educativa.

Promover reuniões de caráter formativo e informativo;
4.6. Quanto à Avaliação do Trabalho Pedagógico:

Organizar e coordenar conselhos de classe de forma a garantir um processo
coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico.

Acompanhar e assessorar o professor na seleção de procedimentos de
avaliação do rendimento da aprendizagem adequando-os aos objetivos
educacionais previstos no Projeto Político Pedagógico.

Analisar a consonância e concordância do plano de trabalho docente com o
livro registro de classe do professor.
71
7.1.3. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE DE FUNCIONÁRIOS QUE ATUAM NAS
ÁREAS
DE
PRESERVAÇÃO
MANUTENÇÃO
DO
MEIO
DE
INFRAESTRUTURA
AMBIENTE,
ALIMENTAÇÃO
ESCOLAR
ESCOLAR
E
E
INTERAÇÃO COM O EDUCANDO
A valorização das pessoas quer sejam funcionários pertencentes ao quadro
dos Agentes Educacionais I, áreas de concentração: Manutenção de InfraEstrutura Escolar e Preservação do Meio Ambiente, Alimentação Escolar, Interação
com o Educando e Agentes Educacionais II, áreas de concentração: Administração
Escolar e Operação de multimeios Escolares estão mudando a tradicional visão que
separava os mesmos do lugar de aprender do lugar de fazer e educar. A experiência
profissional associada à função de educador (a) vem sendo profundamente
valorizada, adquirindo a condição de elemento qualificante na formação dos
indivíduos e das coletividades. Valoriza-se hoje tanto o aprimoramento das técnicas
de trabalho que ocorre pela aprendizagem durante a realização de uma tarefa
quanto aquele propiciado por um curso de qualificação profissional. Assim, a escola
não se restringe mais a um espaço em que o funcionário simplesmente desempenha
uma tarefa, mas é um espaço privilegiado de aprendizagem e crescimento pessoal e
profissional para todos, um ambiente em que todos aprendem constantemente,
adquirem novas competências e são capazes de aprimorar seu desempenho,
contribuindo assim no processo de elaboração do conhecimentos pelo educando.
O ambiente escolar passou a desenvolver um processo que pode ser
chamado de cultura da escola. São as formas de trabalhar, de se relacionar, formas
de pensar e agir que se consolidam nas práticas do cotidiano. São elementos
culturais e ideológicos provindos dos sujeitos e dos grupos sociais que constituem
essa cultura, que se consolida e fortalece nos processos que nela se desenvolvem.
Nesse sentido, os Agentes Educacionais I, os Agentes Educacionais II, como
educadores, criam um sentido de ordem, de uso significativo do tempo e do espaço,
desenvolvem um espírito de cooperação e de solidariedade e um sentido de
pertencimento ao espaço escolar. O espaço escolar tornou-se um espaço que
propicia a este educador uma nova visão de mundo e de trabalho e não permite sua
exclusão social pois trata-se de um processo interativo, no qual aprende-se sobre si
mesmo e sobre sua realidade. Os Agentes Educacionais e os Assistentes de
72
Execução, neste contexto, tem sua profissionalização compreendida numa postura
prático-reflexiva ou crítico-reflexiva onde valoriza-se o processo de apropriação do
saber acumulado historicamente.
A humanização do trabalho do funcionário implica uma ampliação da
autonomia dele e, ao mesmo tempo, uma apropriação, por ele, de conhecimentos,
habilidades
e valores
fundamentais
da cultura
existente, bem como de
conhecimentos necessários para interagir na comunidade escolar ao apropriar-se
ativa e criticamente dessa cultura. Essa humanização está ainda limitada por
relações e formas de ação no âmbito de sua prática, mas já se refletem a influência
de relações mais amplas, em outras instâncias da prática social. Proporcionar a
reflexão e a participação permanente destes educadores em sua realidade é abrir
espaço para que ocorra a construção do conhecimento que se refletirá na realização
de trabalhos mais elaborados e os fará sentir-se sujeitos de uma práxis social.
Sendo assim, o corpo de funcionários é um grupo social que não pode ficar
excluído do processo educativo pois ele é constituído de pessoas que aprendem,
aprendem a ser como são, constroem uma cultura própria que configura um modo
próprio de fazer as coisas, de compreender e explicar os fatos e fenômenos que na
escola acontecem, daí a importância de se valorizar e proporcionar a estes a
participação nas políticas públicas de valorização dos funcionários, como o
Profuncionário – Curso Técnico de Formação para os Funcionários da Educação –
MEC e outros eventos de formação continuada. É uma cultura que, como
organização, implica a criação de laços, de pactos, de fidelidades, de aprendizagens
compartilhadas, ao tempo em que também cria resistências a qualquer fator
interveniente que venha a abalar essas construções culturais.
Sendo assim, a escola transformou-se num espaço privilegiado para que as
pessoas se constituam como seres sociais, cognitivos, pensantes, agentes de
transformação num espaço de exercício da democracia, de crescimento individual e
coletivo; um espaço onde as pessoas realizam seu trabalho e passam por um
processo de aquisição de aprendizagens. A escola é, assim, um espaço de
formação e crescimento para todos, o que significa promover continuamente
atividades ou ações que contemplem o trabalho em seu sentido formador, evitando a
separação entre formação e trabalho.
73
1. Plano de Ação da Secretária e Técnicos Administrativos que atuam na
Secretaria:

Conhecer o Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino e
participar de sua implementação;

Conhecer a legislação em vigor e as instruções normativas que regem o
registro escolar do aluno e a vida legal do estabelecimento de ensino;

Cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da secretaria;

Atender a comunidade escolar e demais interessados, prestando informações
e orientações;

Participar de eventos, cursos, reuniões visando ao aprimoramento profissional
de sua função;

Zelar pela ordem e organização de toda documentação própria da secretaria.

Atuar com ética, contribuindo construtivamente com o processo de gestão
escolar e com a implementação da proposta pedagógica do estabelecimento
de ensino;

Desempenhar as funções inerentes à função e expressas no Regimento
Escolar, mantendo e promovendo relacionamento cooperativo de trabalho
para que a escola cumpra sua função social de agente transmissora de
conhecimentos e modificadora das relações sociais.
2. Plano de ação dos técnicos administrativos que atuam na Biblioteca
escolar:

Conhecer o Projeto Político Pedagógico da escola e contribuir para que a sua
implementação se efetive no espaço escolar;

Conhecer, cumprir e fazer cumprir as especificidades próprias da biblioteca,
atendendo a comunidade escolar com profissionalismo e desenvoltura;

Manter organizado e catalogado todo o acervo bibliográfico;

Auxiliar na implementação dos projetos de leitura e também estimular esta
prática junto à comunidade escolar;

Participar de eventos, cursos e reuniões visando ao aprimoramento
profissional de sua função;

Manter atualizado o regulamento interno de funcionamento da biblioteca e
zelar pelo cumprimento das normas nele contidas;
74

Contribuir construtivamente com o processo de gestão escolar e com a
efetivação da proposta pedagógica, desempenhando as funções inerentes à
função e expressas no Regimento Escolar para que a biblioteca, como
espaço público, cumpra sua finalidade democrática de proporcionar acesso
aos conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade.
3. Plano de ação dos técnicos administrativos que atuam na mecanografia
do estabelecimento de ensino:

Conhecer o Projeto Político Pedagógico da escola e contribuir para que a sua
implementação se efetive no espaço escolar;

Executar trabalhos de mecanografia, reprografia e digitação, com organização
e
bom
funcionamento,
contribuindo
para
que
o
processo
ensino-
aprendizagem se realize e a implementação da proposta pedagógica da
escola se efetive no espaço escolar;

Participar de eventos, cursos e reuniões visando ao aprimoramento
profissional de sua função;

Como educadores, desempenhar as funções próprias do cargo e expressas
no Regimento Escolar, participando e contribuindo construtivamente com as
ações desenvolvidas no âmbito escolar para que o processo de gestão se
efetive e a mecanografia, como espaço público de produção e reprodução de
materiais, cumpra sua finalidade democrática de proporcionar aos alunos,
professores
e
comunidade
escolar
o
acesso
aos
conhecimentos
historicamente produzidos pela humanidade.
4. Plano de ação dos funcionários que atuam no Laboratório de
Informática:

Conhecer o Projeto Político Pedagógico da escola e contribuir para que a sua
implementação se efetive no espaço escolar;

Participar de eventos, cursos e reuniões visando ao aprimoramento
profissional de sua função;

Como educadores e membros integrantes do processo ensino-aprendizagem,
auxiliar o corpo docente e discente nos procedimentos de manuseio de
materiais e equipamentos de informática, preparando e disponibilizando os
equipamentos de informática e materiais necessários para a realização da
75
prática de aquisição e transmissão dos conhecimentos historicamente
produzidos pela humanidade.

Promover o uso das mídias e da tecnologia no processo educacional,
reconhecendo que as mesmas provocam mudanças na forma como se
constrói o conhecimento.

Zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos equipamentos, além de
fazer cumprir as normas expressas na normatização de uso dos laboratórios
de Informática.

Reconhecer-se como educadores, desempenhando as funções próprias do
cargo e expressas no Regimento Escolar, participando e contribuindo
construtivamente das ações desenvolvidas no âmbito escolar para que o
processo de gestão se efetive e os Laboratórios de Informática, como
espaços públicos de acesso às mídias e à tecnologia cumpram sua finalidade
democrática de proporcionar aos alunos, professores e comunidade escolar o
acesso aos conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade.
5. Plano de ação dos técnicos administrativos que atuam nos Laboratórios
de Ciências, Biologia, Química e Física :

Conhecer o Projeto Político Pedagógico da escola e contribuir para que a sua
implementação se efetive no espaço escolar;

Participar de eventos, cursos e reuniões visando ao aprimoramento
profissional de sua função;

Conhecer, levar ao conhecimento de professores e alunos e aplicar, em
regime de cooperação e de co-responsabilidade, as normas de segurança
para o manuseio de materiais e equipamentos deste espaço escolar;

Como educadores e membros integrantes do processo ensino-aprendizagem,
auxiliar o corpo docente e discente nos procedimentos de manuseio de
materiais e equipamentos, preparando-os e disponibilizando-os para a
realização de atividades práticas de ensino de modo que o processo de
transmissão e aquisição do saber sistematizado se efetive no meio escolar
também pela experiência prática.
76

Manter atualizado o inventário de instrumentos, ferramentas, equipamentos,
solventes, reagentes e demais materiais de consumo como também o
regulamento interno que rege o uso e manutenção destes laboratórios.

Reconhecer-se como educadores, desempenhando as funções próprias do
cargo e expressas no Regimento Escolar, participando e contribuindo
construtivamente das ações desenvolvidas no âmbito escolar para que o
processo de gestão se efetive e os Laboratórios de Ciências, Biologia,
Química e Física, como espaços públicos de acesso às experiências de
cunho científico, cumpram sua finalidade democrática de proporcionar aos
alunos, professores e comunidade escolar o acesso aos conhecimentos
historicamente produzidos pela humanidade e possibilitem a descoberta de
novos saberes.
6. Plano de ação da equipe auxiliar operacional – Agentes Educacionais I

Conhecer o Projeto Político Pedagógico da escola e contribuir para que a sua
implementação se efetive no espaço escolar;

Participar de eventos, cursos e reuniões visando ao aprimoramento
profissional de sua função;

Ensinar e realizar atividades relacionadas à preparação da alimentação,
conservação, manutenção e preservação do espaço físico e zelar pela
segurança do ambiente escolar, pois a escola é um lugar de conhecimento e
deve equivaler à idéia de atelier-biblioteca-oficina em favor de uma formação
humanista onde, como educadores, realizam-se enquanto pessoas e agentes
de transformação da realidade social.

Realizar as atividades de limpeza e manutenção do ambiente escolar,
fazendo uso racional dos recursos hídricos, patrimônio da humanidade, e dos
materiais de limpeza e higiene, pois estes são bens adquiridos com recursos
públicos e necessitam ser usados sem desperdício.

Como educadores, desenvolver e realizar atitudes de respeito à diversidade
física, auxiliando na locomoção, alimentação e higienização dos alunos
portadores de necessidades especiais.

Desenvolver e realizar ações que visem à preservação do meio ambiente,
colaborando na separação e destino adequado do lixo, e assim, pelo
77
exemplo, fazer os alunos compreenderem-se agentes responsáveis pela
manutenção da vida do planeta.

Cuidar dos estoques de merenda escolar, preparar e servir a mesma de
forma balanceada, dentro dos padrões de qualidade nutricional e cuidados
básicos de higiene e segurança, zelando para que não haja desperdício, uma
vez que a mesma é adquirida com recursos públicos e, por conseqüência,
requer atitudes de valorização a bens resultantes do esforço de toda a classe
trabalhadora.

Como agentes educacionais, coordenar e orientar a movimentação dos
alunos pelos espaços escolares, zelando pela segurança individual e coletiva,
orientando sobre as normas disciplinares, mantendo a ordem e prevenindo
acidentes na escola e nas áreas próximas às entradas e saídas dos alunos.

Participar ativamente das atividades desenvolvidas na escola de modo a
contribuir com a realização da especificidade da escola, a educação.
7.1.4. PLANO DE AÇÃO - PROGRAMA BRIGADAS ESCOLARES – DEFESA
CIVIL NA ESCOLA
JUSTIFICATIVA DO PROGRAMA
Considerando que a população adulta só adquire hábitos preventivos após
terem vivenciado uma situação de crise ou por força de uma legislação pertinente, o
Programa opta em trabalhar no ambiente escolar, onde se espera mitigar os
impactos, promovendo mudanças de comportamento, visto que crianças e
adolescentes são mais receptíveis, menos resistentes a uma transformação cultural
e potencialmente capazes de influenciar pessoas, atuando como multiplicadores das
medidas preventivas. Ainda mais, a opção de se trabalhar com as escolas da rede
estadual de educação tem a ver com a necessidade de adequá-las internamente
para atender as disposições legais de prevenção de toda a espécie de riscos, sejam
eles de cunho natural ou de outra espécie como acidentes pessoais e incêndios,
entre outros.
78
OBJETIVO GERAL
Promover a conscientização e capacitação da comunidade escolar do
Colégio
Estadual João Manoel
Mondrone para ações
mitigadoras
e
de
enfrentamento de eventos danosos, naturais ou humanos, bem como, o
enfrentamento de situações emergenciais no interior do Colégio para garantir a
segurança de todos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

levar a comunidade escolar a construir uma cultura de prevenção a partir do
ambiente escolar;

proporcionar aos alunos do colégio condições mínimas para enfrentamento
de
situações
emergenciais
no
interior
das
escolas,
assim
como
conhecimentos para se conduzirem frente a desastres;

promover o levantamento das necessidades de adequação do ambiente
escolar, com vistas a atender às recomendações legais consubstanciadas na
vistoria do Corpo de Bombeiro;

preparar a comunidade escolar do colégio, a fim de promover ações
concretas no ambiente escolar com vistas a prevenção de riscos de desastres
e preparação para o socorro, destacando-se ações voltadas ao suporte
básico de vida e combate a princípios de incêndio;

articular os trabalhos entre os integrantes do Corpo de Bombeiros, da Polícia
Militar (Patrulha Escolar Comunitária) e do Grupo de Brigada Escolar do
Colégio;

adequar a edificação escolar do colégio às normas mais recentes de
prevenção contra incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros, acompanhando
os avanços legais e tecnológicos para preservação da vida dos ocupantes
desse local.
79
ESTRATÉGIAS
Ocorrerão capacitações contemplando públicos diferentes, com objetivos
específicos, englobando capacitação para professores, funcionários e alunos,
organizados e coordenados pela Brigada Escolar.
O Coordenador do Programa no colégio será o Diretor do estabelecimento
de ensino. Ao diretor do estabelecimento escolar caberá a responsabilidade de criar
formalmente a Brigada Escolar. Trata-se de um grupo de cinco servidores do
estabelecimento que atuarão em situações emergenciais, além de desenvolverem
ações no sentido de:
• identificar riscos na edificação e nas condutas rotineiras da comunidade escolar;
• garantir a implementação do Plano de Abandono, que consiste na retirada, de
forma segura, de alunos, professores e funcionários das edificações escolares, por
meio da execução de exercícios simulados, no mínimo um por semestre, a ser
registrado em calendário escolar;
• promover revisões periódicas do Plano de Abandono;
• apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar, como na conduta da
comunidade escolar, visando o aprimoramento do Plano de Abandono;
• promover reuniões bimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar para
discussão de assuntos referentes à segurança do estabelecimento de ensino, com
registro em livro ata específico ao Programa;
• verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola, em busca de
situações inseguras, comunicando imediatamente o Diretor para as providências
necessárias.
Os cinco integrantes da Brigada Escolar, serão capacitados pelo Corpo de
Bombeiros Militar na modalidade de ensino a distância - EaD e PRESENCIAL.
ATIVIDADES PERMANENTES:
A direção terá como responsabilidade, desenvolver o trabalho de
implantação e implementação do Plano de Abandono. Esse Plano de Abandono
80
consiste na retirada de forma segura de alunos, professores e funcionários do prédio
do Colégio, por meio da execução de exercícios simulados e em tempo razoável.
Exercícios simulados deverão ser realizados no mínimo 01 (um) por
semestre e as datas deverão estar registradas em Calendário Escolar.
PÚBLICO ENVOLVIDO:
Comunidade Escolar do Colégio Estadual João Manoel Mondrone.
CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO:
Exercícios simulados no 1º semestre e no 2º semestre.
Atendendo o Programa Brigada Escolar - Defesa Civil na Escola, criado pelo
Decreto da Casa Civil, nº 4837/2012 e anexo do Decreto nº 68930-27148/2012, o
qual dispõe sobre a implantação do Programa, tem como objetivo "capacitar alunos
e servidores para desenvolverem ações mitigadoras e de enfrentamento a
emergência e desastres naturais, ou provocadas pelo homem, que comprometam a
segurança da comunidade escolar", assim, o Colégio Estadual João Manoel
Mondrone, cumprindo as etapas do Programa, realizou no primeiro semestre deste
ano letivo a simulação de abandono, em caso de sinistro,
das dependências
escolares com os alunos, funcionários, professores, Direção e Equipe Pedagógica
nos três turnos de funcionamento do estabelecimento. Na sequência será
organizada a formação das brigadas escolares, cumprindo a segunda etapa, sendo
também elaborado um organograma para desenvolvimento das ações do programa.
7.2. GESTÃO DEMOCRÁTICA
Compreende-se, pela legislação atual, que a gestão democrática acontece
pelo exercício de práticas educativas participativas. EYNG (2002) entende que a
participação nessa modalidade de gestão “constitui pressupostos da democracia” e
que se concretizam por meio do Projeto Político Pedagógico, pois este é o
instrumento que define, mediante planejamento coletivo, os processos da gestão da
81
escola. O Projeto Político Pedagógico é, por essência, o veículo do planejamento e a
principal ferramenta da gestão. Nele são definidos, organizados, normatizados e
acompanhados os processos de aprendizagem e participação, individual e coletiva,
no espaço escolar. VEIGA E RESENDE (1998) afirmam que ele é construído e
vivenciado em todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo
educativo na escola.
Para a efetivação do processo de gestão democrática, é preciso considerar o
que está expresso na Constituição Federal, em seu Artigo 206:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o
saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas e coexistência de instituições
públicas e privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - valorização dos profissionais do ensino, garantida, na forma da lei, por planos de
carreira para o magistério público, com piso salarial profissional e ingresso
exclusivamente por concurso público de provas e títulos;
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII - garantia de padrão de qualidade
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Nº 9394/96, em seu Artigo
3º, com base no expresso na Constituição Federal, especifica os princípios nos
quais fundamenta- se a Gestão Democrática:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a
arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos
sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extra-escolar;
82
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
No processo de gestão democrática, o equacionamento entre recursos
humanos, financeiros, técnicos, didáticos e físicos é imprescindível para se garantir
tempos, espaços, situações de interação, formas de organização da aprendizagem e
de inserção da escola no seu ambiente social, promovendo a aquisição dos
conhecimentos e valores. Para garantir que seja pleno este processo, considera-se
a Gestão Democrática nas seguintes dimensões:
a) Gestão educacional: resultados positivos em sua função de propiciar a formação
integral dos alunos e assegurar seu acesso, permanência e o sucesso escolar de
sua aprendizagem;
b) Gestão participativa: agrega a comunidade em torno de seu objetivo comum,
proporcionando o planejamento participativo, o estabelecimento de parcerias, a
participação de pais, professores, alunos e funcionários e a comunicação e
socialização de informações e outras atividades;
c) Gestão pedagógica: preza pela atualização e enriquecimento do currículo, pela
adoção de processos criativos e inovadores, implementação de medidas
pedagógicas considerando os resultados obtidos pelos alunos, a atuação dos
professores articulada ao projeto pedagógico e às necessidades de melhoria do
rendimento escolar;
d) Gestão de recursos humanos: considera o compromisso de todos os envolvidos
para com a realização do projeto pedagógico, o incentivo à participação ativa de
todos, o desenvolvimento de lideranças e equipes, a valorização e motivação das
pessoas, a formação continuada e a avaliação de seu desempenho;
e) Gestão de serviços de apoio, recursos físicos e financeiros: a segurança, a
limpeza, os trabalhos de secretaria, o uso, conservação e adequação das
instalações e equipamentos somados à captação e aplicação dos recursos
financeiros contribuem significativamente no processo de gestão.
Sendo assim, estas dimensões tornam-se indissociáveis porque, sendo falhas
ou inexistentes, não há processo de gestão democrática pleno, mas fragmentado,
colocando em risco os objetivos do Projeto Político Pedagógico.
Segundo PARO (2008) a especificidade da Gestão Escolar
só pode dar-se pela oposição à administração escolar capitalista, pois, em
termos políticos, o que possa haver de próprio, de específico, numa Gestão
Escolar voltada à transformação social, tem de ser necessariamente
83
antagônico ao modo de administrar da empresa, visto que tal modo de
administrar serve a propósitos conservadores e elitistas (PARO, 2008,
p.12).
7.3. INSTÂNCIAS COLEGIADAS
Democratizar a escola implica em compreender sua cultura e a cultura da
comunidade na qual está inserida, bem como suas relações sociais, favorecendo os
processos coletivos de tomada de decisão, pois,
A implementação da gestão democrática perpassa pela implementação das
categorias de participação e autonomia, as quais devem ser tomadas como
forma de construção de uma escola com perspectivas coletivas de
organização do trabalho pedagógico e da gestão escolar (LIMA, VIRIATO e
ZANARDINI, 2003, p.162-).
Assim, as Instâncias Colegiadas contribuem para maior aproximação da
escola com os pais, possibilitando uma participação mais ativa e comprometida com
as atividades escolares, e maior apoio à gestão escolar.
Na perspectiva da gestão compartilhada, são todos, gestores, pais, professores e
alunos, os responsáveis pelos resultados apresentados pela escola. Para a efetiva
construção de relações mais democráticas em torno da gestão escolar e do trabalho
pedagógico, faz-se necessário oportunizar espaços para encontros, discussões e
trocas, enfim, espaços voltados para o diálogo e o respeito pelo pensar diferente de
todos os envolvidos, pois é no debate das ideias que há o fortalecimento das ações.
Entendemos que, deste modo, as decisões tomadas serão coerentes com as
peculiaridades e necessidades do espaço escolar e será viabilizada a atuação das
Instâncias Colegiadas, como instrumentos comprometidos com a construção de uma
escola de qualidade e com os interesses da classe trabalhadora.
Se a finalidade da educação é a formação do sujeito consciente, a gestão da
educação assume uma dimensão política na qual a escola passa a ser espaço de
exercício de democracia, onde a participação de todos os segmentos que compõem
o ambiente escolar é estimulada e propiciada, tanto no âmbito interno da escola,
como na comunidade local. Para que haja a participação efetiva dos membros das
Instâncias Colegiadas, é necessário que o gestor, juntamente com todos os
segmentos da escola, crie um ambiente propício, estimulando o trabalho coletivo,
onde a comunidade sentir-se-á como parte da escola, pois verá que suas intenções
e expectativas são acolhidas.
84
Conselho Escolar
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa,
consultiva, avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e a realização do trabalho
pedagógico e administrativo do estabelecimento de ensino, em conformidade com a
legislação educacional vigente e orientações da Secretaria de Estado da Educação.
É composto por representantes da comunidade escolar e representantes de
movimentos sociais organizados, e presidido pelo (a) diretor (a) do estabelecimento
de ensino. Possui Estatuto próprio aprovado por 2/3 (dois terços) de seus
integrantes.
Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF
A APMF, pessoa jurídica de direito privado, é um órgão de representação dos
Pais, Mestres e Funcionários do estabelecimento de ensino, sem caráter político
partidário, religioso, racial e sem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus
dirigentes e conselheiros, sendo constituída por prazo indeterminado. Possui
Estatuto próprio aprovado e homologado em assembléia.
Grêmio Estudantil do Colégio
O Grêmio Estudantil Tiradentes é o órgão máximo de representação dos
estudantes deste colégio, com o objetivo de defender os interesses individuais e
coletivos dos alunos e incentivar a cultura literária, artística e desportiva de seus
membros. Possui Estatuto próprio aprovado e homologado em assembléia.
7.4. CALENDÁRIO ESCOLAR
O Calendário Escolar é elaborado de acordo com as orientações da
Secretaria de Estado da Educação do Paraná, Núcleo Regional de Educação e Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, com a participação do corpo docente,
Equipe Pedagógica, Direção, Secretária e Conselho Escolar e contempla o início
85
das atividades escolares para os professores, início e término das aulas, formação
continuada, planejamento, reuniões pedagógicas, conselho de classe, semana
cultural, período de férias e recessos para alunos e professores, observando o
mínimo de dias letivos previsto em lei. Sendo anual, assim definem-se as datas
específicas do colégio neste ano letivo:
MÊS
DATA
ATIVIDADE
Fevereiro
Fevereiro
Abril
Abril
Maio
Maio
Junho
Julho
Julho
Julho
Julho
Agosto
Agosto
Setembro
Outubro
Outubro
Outubro
Dezembro
Dezembro
04 a 06
07 e 08
03
16
07
31
10
10 a 24
25
26
29
02
21
26
03
07 a 11
30
17
18
Semana Pedagógica
Planejamento
Replanejamento
Conselho de Classe
Formação Continuada
Recesso
Reunião Pedagógica
Férias
Feriado municipal
Semana Pedagógica
Retorno das aulas
Semana Pedagógica
Conselho de classe
Reunião Pedagógica
Formação Continuada
Semana Integração Escola/Comunidade
Reunião Pedagógica
Conselho de Classe
Término do Período Letivo
7.5. POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS
7.5.1. EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
A composição da equipe multidisciplinar de Educação das Relações Étnicoraciais da escola, composta sob a orientação da Secretaria de Estado da Educação
(SEED), por meio do Departamento da Diversidade (DEDI), através da Resolução nº
3399/2010 – SEED, e da Instrução nº 010/2010 – SEED, tem o objetivo de
organizar, subsidiar e realizar ações de formação permanente para a equipe
pedagógica da escola, demais profissionais da educação e comunidade escolar,
referente à Educação das Relações Étnico-Raciais e o Ensino de História e Cultura
86
Afrobrasileira,
Africana
e
Indígena,
conforme
orientações
expedidas
pelo
DED/SUED. Além disso, esta equipe multidisciplinar auxiliará os Órgãos Colegiados
de Gestão na realização de ações de enfrentamento ao preconceito, discriminação e
racismo no ambiente escolar.
O trabalho da Equipe Multidisciplinar na escola será organizado nas
modalidades de encontros e seminários, os quais tem caráter organizativo e
formativo e carga horária cumprida na escola, envolvendo docentes desta e de
outras instituições, desde que estes possuam conhecimentos e/ou experiências nas
temáticas específicas no Ensino de História e Cultura Afrobrasileira, Africana e
Indígena.
Compete à Equipe Multidisciplinar das escolas da Educação Básica segundo a
instrução nº 010/2010 – SUED/SEED :
1. Elaborar e aplicar um Plano de Ação, em conformidade com o Conselho Escolar e
as orientações do DEDI/SUED, com conteúdos e metodologias, sobre a ERER e o
Ensino de História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena, que deverá ser
incorporado no Projeto
Político-Pedagógico e legitimado pelo Regimento Escolar.
2. Subsidiar as ações da equipe pedagógica na mediação com os professores na
elaboração do Plano de Trabalho docente no que se refere à ERER.
3. Realizar formação permanente com os/as demais profissionais de educação e
comunidade escolar, referente a ERER e o Ensino de História e Cultura
Afrobrasileira,
Africana
e
Indígena,
conforme
orientações
expedidas
pelo
DEDI/SUED.
4. Subsidiar os/as professores/as, equipe pedagógica, gestores/as, funcionários/as e
alunos/as na execução de ações que efetivem a ERER e o Ensino de História e
Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena.
5. Subsidiar o Conselho Escolar na realização de ações de enfrentamento ao
preconceito, discriminação e racismo no ambiente escolar, apoiando professores/as,
equipe pedagógica, direção, direção auxiliar, funcionários/as, pais, mães e
alunos/as.
6. Registrar e encaminhar ao Conselho Escolar e outras instâncias , quando for o
caso, as situações de discriminação, preconceito racial e racismo, denunciadas nos
estabelecimentos de ensino.
87
7. Subsidiar as ações atribuídas aos estabelecimentos de ensino pelo Plano
Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a ERER e
para o Ensino da História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena.
8. Enviar relatório semestral às Equipes Multidisciplinares dos NREs de conteúdos e
propostas de ações desenvolvidas nos estabelecimentos de ensino.
9. Manter registro permanente em ATA das ações e reuniões da equipe
multidisciplinar.
7.5.2. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS
A Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos - CDEC foi
instituída em 2007 pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Atualmente
está vinculada à Diretoria de Políticas e Programas Educacionais, atendendo as
demandas de Educação Ambiental, Educação em Direitos Humanos, Educação
Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas,
bem como os Programas Escola Aberta, Saúde na Escola, Segurança Social e
Atitude da SECJ – Secretaria de Estado da Criança e da Juventude. Por este colégio
ser um estabelecimento vinculado à Secretaria de Estado da Educação do Paraná,
as políticas públicas que visam à melhoria do ensino e ao atendimento das
necessidades dos alunos da classe trabalhadora, estes desafios se tornam
integrantes do presente Projeto Político Pedagógico.
A fim de garantir que esses princípios sejam alcançados, é preciso expandir
a abrangência de ações inclusivas, que possibilitem a expressão das diferenças de
todas as ordens - étnicas, religiosas, de orientação afetivo-sexual, políticas,
ideológicas, econômicas - e que levem o sujeito a compreendê-las como
indispensáveis para sua existência plena, de direitos e de deveres, em sociedade.
Diversidade sexual na escola e a homofobia: a capacitação de professores
como estratégia de intervenção. A Escola tem importante função no processo de
conscientização, orientação e instrumentalização dos corpos da criança e do
adolescente.
88
7.5.3. TV PAULO FREIRE
A TV PAULO FREIRE tem uma programação exclusiva para a comunidade
escolar do Estado do Paraná, proporcionando à escola pública uma educação
articulada com os avanços do mundo contemporâneo. Busca a qualidade no
processo educacional, uma vez que aprimora/amplia tanto a formação dos
professores quanto as fontes de pesquisa no processo ensino aprendizagem.
A programação está organizada em cinco categorias de programas: formação
do professor, informativo, conteúdos complementares ao currículo escolar,
campanha de mobilização e enfoque regional.
O projeto da TV Paulo Freire foi construído perpassando pela proposta de
formatos de programas e questões técnicas que se organizou a partir de discussões
de uma equipe docente multidisciplinar da Rede Pública do Paraná e profissionais
da comunicação. Iniciou sua transmissão no dia 27 de junho de 2006.
Tem como objetivo desenvolver programas educativos para televisão a partir
da produção de conteúdos pedagógicos, para transmissão via satélite, web e
multimídia, direcionados à comunidade escolar e à formação continuada dos
profissionais da Rede Pública do Estado do Paraná. Daí que, no espaço da
biblioteca, os programas de interesse desta comunidade escolar são gravados e
disponibilizados à mesma.
7.5.4. PDE – PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
É uma política pública que estabelece o diálogo entre os professores da
Educação Superior e os da Educação Básica, através de atividades teórico-práticas
orientadas, tendo como resultado a produção de conhecimento e mudanças
qualitativas na prática escolar da escola pública paranaense.
Seu objetivo é proporcionar aos professores da rede pública estadual
subsídios teórico-metodológicos para o desenvolvimento de ações educacionais
sistematizadas, e que resultem em redimensionamento de sua prática. A orientação
Pedagógica está fundamentada nos princípios educacionais da Secretaria de Estado
da Educação e em suas Diretrizes Curriculares.
Este colégio incentiva a participação de seus docentes neste programa,
embora o afastamento dos mesmos crie situações nem sempre positivas no
89
ambiente de transmissão e construção de conhecimentos, em razão das
substituições geradas e cujos profissionais não conhecem a Proposta Pedagógica
do colégio. No entanto, após realizarem esta capacitação, os docentes, em sua
maioria, trazem consigo uma bagagem enriquecedora que modifica o processo
ensino aprendizagem, valorizando o ensino em seus aspectos qualitativos,
proporcionando assim práticas educacionais mais amplas.
7.5.5. PATRULHA ESCOLAR
A Patrulha Escolar Comunitária é a alternativa que a Secretaria Estadual de
Segurança Pública, juntamente com a Secretaria de Estado da Educação encontrou
para assessorar as comunidades escolares na busca de soluções para os
problemas de segurança encontrados nas escolas como ondas de violência e
delitos, problemas esses que se faziam presentes em quase todos os
estabelecimentos de ensino e que em uns, mais que em outros, determinavam
comprometimento na segurança dos alunos, professores, funcionários e instalações
dos estabelecimentos.
Sendo a Polícia Militar do Paraná a instituição estadual melhor especializada
nas questões de segurança, optou-se por ela para dar este suporte às escolas,
sendo que seus Oficiais e Praças recebem formação específica para este fim. À
Patrulha Escolar Comunitária cabe, primeiramente, assessorar os estabelecimentos
de ensino no restabelecimento da ordem e da segurança, além de capacitar
educadores e educandos, através de um ciclo de palestras que se realiza em cinco
etapas:
I) Análise das instalações físicas com orientações em sua estrutura e utilização que
possam proporcionar a segurança das pessoas que freqüentem o estabelecimento;
II) Diagnóstico da realidade própria de cada comunidade escolar através da
aplicação de dinâmicas aos pais, professores, funcionários e alunos de cada escola,
que ao final indicará o compromisso de cada segmento e determinará o plano de
ação e o plano de palestras necessário para a mudança da realidade encontrada ao
início dos trabalhos;
III) Concretização do plano de ação, pela comunidade escolar;
IV) Concretização do plano de palestras pela PMPR e SEED;
90
V) Elaboração do Plano de Segurança por comissão representativa de todos os
segmentos
da
comunidade escolar, descrevendo
e registrando todas
as
providências tomadas para se atingir as melhorias que o foram ao final dos
trabalhos;
Dada à dualidade de funções: prioritariamente preventiva e em segundo plano
repressiva, a Patrulha Escolar Comunitária somente atingirá plenamente o seu
objetivo PREVENTIVO quando as medidas repressivas não mais se fizerem
necessárias. Salienta-se que mesmo as medidas repressivas são planejadas de
forma a serem SEMPRE EDUCATIVAS no mesmo contexto das preventivas. Neste
colégio já foram realizadas as cinco etapas citadas anteriormente. O Plano de
Segurança já se encontra elaborado, sabendo-se que o mesmo exige ações
preventivas contínuas. Alguns avanços já foram efetivados, outras melhorias
apontadas ainda necessitam ser implementadas.
7.5.6. SAREH
Objetiva atender educandos que se encontram impossibilitados de frequentar
a escola em virtude de internamento hospitalar ou sob outras formas de tratamento
de saúde, permitindo-lhes
a continuidade do processo
de
escolarização,
contribuindo para seu retorno e reintegração na escola de origem e até mesmo a
inserção daqueles não matriculados no sistema educacional. O Sareh é uma
iniciativa que demonstra os caminhos para a efetivação de uma política pública de
promoção da universalização da educação, pois mostra o reconhecimento formal do
atendimento
educacional
em
ambiente
hospitalar,
promovendo
parcerias
interinstitucionais e oportunizando campo de estágio nos hospitais universitários
estaduais. A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais
temporárias ou transitórias pode ser entendida como um processo complexo e
desafiador que requer um tratamento adequado, cuidadoso e fundamentado,
teoricamente, por meio de conhecimentos científicos desprovidos de preconceitos e
discriminações. Esse serviço atende crianças, adolescentes, jovens, adultos e
idosos.
Entende-se que esta situação de internamento não pode se configurar como
impeditivo do acesso à educação, que é direito fundamental do cidadão.
91
Nesse contexto, a Pedagogia Hospitalar pode contribuir para reforçar a
autoestima, conferindo ao educando internado a possibilidade de contribuir para a
continuidade de seu desenvolvimento, bem como lhe restituir um espaço de
convivência social do qual é inesperadamente afastado.
Conscientes desta política educacional, este colégio envia semestralmente ao
Núcleo Regional de Educação de Foz do Iguaçu um demonstrativo de afastamento
temporário de alunos por motivo de saúde, indicando o período deste afastamento e
o número de alunos afastados. O atendimento pelo SAREH acontece em
afastamentos iguais ou superiores a 90 (noventa) dias, sempre acompanhados do
respectivo laudo médico. Além disso, neste demonstrativo, informa-se os alunos
acometidos de doenças que os levam a evadirem-se em definitivo da escola e o
número de alunas gestantes.
7.5.7. PRÓ-FUNCIONÁRIO
O Programa de Formação Inicial em Serviço dos Profissionais da Educação
Básica dos Sistemas de Ensino Público – PRÓ-FUNCIONÁRIO foi instituído em
junho de 2007, na forma de curso técnico de formação para os funcionários da
educação básica, em nível médio. O PRÓ-FUNCIONÁRIO tem por objetivo
promover, por meio da educação à distância, a formação profissional técnica em
nível médio dos funcionários que atuam nos sistemas de ensino da educação básica
pública, com ensino médio concluído ou concomitante a esse, nas seguintes
habilitações:
I - Gestão Escolar;
II - Alimentação Escolar;
III - Multimeios Didáticos;
IV - Meio Ambiente e Manutenção da Infra-estrutura Escolar.
Este programa envolve os dirigentes educacionais, entidades de classe e
instituições vinculadas à educação na organização e gerenciamento do curso. As
atividades de formação e o desenvolvimento pedagógico do curso são de
competência de Instituições de Ensino Público, credenciadas pelo MEC, mediante
Coordenação Pedagógica com o acompanhamento da Coordenação Geral do PRÓFUNCIONÁ-RIO/Dase/SEB/MEC.
92
O colégio oferta o Programa Nacional de Valorização dos Trabalhadores em
Educação – Pró-Funcionário, na habilitação Gestão Escolar.
7.5.8. CELEM - CENTRO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS MODERNAS –
ESPANHOL
A unidade do Centro de Línguas Estrangeiras Modernas - CELEM em
funcionamento neste estabelecimento de ensino teve início em 2001 e oferta o curso
básico e o curso de aprimoramento em Língua Espanhola.
Os cursos de aprendizado básico e de aprimoramento em língua espanhola
ofertados por esta unidade do Centro de Línguas Estrangeiras Modernas - CELEM
obedecem às normas estabelecidas pela Secretaria de Estado da Educação e são
ofertados a alunos da Rede Estadual de Educação Básica (Ensino Fundamental 8º
ano e 9º ano, Ensino Médio e Profissional) de nosso município, a professores e
funcionários da Secretaria de Estado da Educação em efetivo exercício de suas
funções e em horário que não compromete o pleno exercício de suas atividades
profissionais e à comunidade. A cedência de vagas à comunidade obedece ao limite
de 20% sobre o número máximo de alunos por turma e ao não-preenchimento das
vagas ofertadas.
A Direção e a Equipe Pedagógica coordenam a integração das atividades do
Centro de Línguas Estrangeiras Modernas - CELEM com as demais atividades do
colégio, além de acompanhar e supervisionar o processo ensino-aprendizagem em
consonância com a Proposta Pedagógica deste estabelecimento de ensino,
observando-se ao disposto na Resolução Nº 2137/2004.
7.5.9. ATIVIDADES CURRICULARES DE AMPLIAÇÃO DE JORNADA
7.5.9.1. I. SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM 6º ao 9º ano
O programa da sala apoio é ofertado pelo estabelecimento e faz-se
necessário atendendo os alunos matriculados do 6º ao 9° ano do Ensino
Fundamental, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, utilizando-se de
metodologias diferenciadas e significativas.
93
A sala de apoio busca oportunizar vivências diversificadas, por meio de troca
de experiências, tendo em vista a superação das dificuldades de aprendizagem
apresentadas pelos alunos.
A sala apoio, ofertada em contra turno aos alunos com dificuldades de
aprendizagem nas disciplinas de matemática e Língua Portuguesa, propicia meios
para que os mesmos possam reforçar seus conhecimentos de modo a enfrentar tais
dificuldades. Entende-se que o aluno que lê, interpreta e calcula tem subsídios para
dominar outras disciplinas da matriz curricular.
Os alunos são atendidos em sala adequada, com o número de quatro aulas
semanais em cada disciplina, sendo elas prioritariamente geminadas, em dias não
subseqüentes, com grupos de alunos de no máximo 20 alunos.
A equipe pedagógica do estabelecimento fica responsável por decidir com os
professores regentes das turmas de 6º ao 9º anos, a indicação dos alunos para a
composição das turmas, de acordo com diagnóstico realizado. Proceder-se-á a uma
análise dos resultados obtidos pelos alunos e, primeiramente, serão chamados
aqueles que ainda não dominam os conteúdos básicos essenciais e encontram-se
em situação de vulnerabilidade quanto à obtenção da pontuação mínima exigida
para aprovação estabelecida no Regimento Escolar. A Equipe pedagógica deverá
orientar a elaboração do Plano de Trabalho Docente acompanhando sua efetivação
e propondo metodologias adequadas as necessidades dos alunos, orientando as
famílias a respeito das Salas de Apoio à aprendizagem e acompanhar a participação
e aproveitamento dos mesmos no programa.
Aos professores supridos para o desenvolvimento das atividades serão
disponibilizados os recursos didáticos necessários tais como TV pendrive,
computadores, bibliografia, livros, revistas e jornais, ou seja, os recursos
necessários previstos nos encaminhamentos metodológicos de seus Planos de
Trabalho Docente.
A avaliação do processo de aquisição e construção de conhecimentos será
diagnóstica, processual, descritiva e individual. Os professores em regência nas
salas de apoio, a equipe pedagógica e os professores das turmas nas quais estes
alunos encontram-se regularmente matriculados trabalharão em regime de
cooperação de modo a garantir a superação das dificuldades destes alunos e o seu
sucesso escolar. Também decidirão coletivamente pela permanência ou não de
94
cada aluno na Sala de Apoio à Aprendizagem, sempre privilegiando pelo
atendimento ao maior número de alunos possível durante o ano letivo.
A matrícula nas Salas de Apoio à Aprendizagem acontecerá com o
consentimento dos pais e/ou responsáveis, pois as aulas serão desenvolvidas no
contraturno e eles serão co-responsáveis pela frequência e participação dos alunos
nas atividades.
7.5.9.2.
II.
ATIVIDADES
COMPLEMENTARES
CURRICULARES
EM
CONTRATURNO
Entende-se por Atividades Complementares Curriculares de Contraturno,
atividades educativas, integradas ao Currículo Escolar, com a ampliação de tempos,
espaços e oportunidades de aprendizagem que visam ampliar a formação do aluno.
As Atividades Complementares Curriculares em Contra turno tem os objetivos
de promover a melhoria da qualidade do ensino por meio da ampliação de tempos,
espaços e oportunidades educativas realizadas na escola ou no território em que
esta situada, em contra turno, a fim de atender as necessidades socioeducacionais
dos alunos.
A oferta das atividades complementares ao currículo escolar em contra turno
estarão vinculadas ao Projeto Político-Pedagógico da Escola, respondendo as
demandas educacionais e aos anseios da comunidade, possibilitando assim, maior
integração entre alunos, escola e comunidade, democratizando o acesso ao
conhecimento e aos bens culturais. Tais atividades serão fundamentadas nas
Diretrizes Curriculares para a Educação Básica do Estado do Paraná, incorporando,
como princípio educativo, a metodologia da problematizarão como instrumento de
incentivo a pesquisa, a curiosidade pelo inusitado e ao desenvolvimento do espírito
inventivo, nas práticas didáticas, promovendo a valorização da leitura em todos os
campos do saber, desenvolvendo a capacidade de letramento dos alunos,
articulando teoria e pratica, vinculando o trabalho intelectual com atividades práticas
experimentais, utilizando novas mídias e tecnologias educacionais, como processos
de dinamização dos ambientes de aprendizagem.
No segundo semestre de 2011 iniciou-se a Atividade Complementar
Curricular em contraturno, macrocampo Cultura e Arte, com o título Fanfarra, Um
Bem Cultural com os alunos do Ensino Fundamental. Uma segunda proposta no
95
macrocampo aprofundamento da Aprendizagem – Leitura e Produção: Uma
proposta de Trabalho, da qual fazem parte os alunos dos 3ºs Anos do Ensino
Médio.
Neste ano de 2013 estamos dando continuidade a estas propostas realizando
as adaptações necessárias, incluindo a proposta de atividade complementar no
macrocampo esporte e Lazer - futsal na escola, do qual participam os alunos dos 8º
e 9º ano.
Conteúdos referentes a proposta 1: Macrocampo Cultura e Arte - título:
Fanfarra, Um bem cultural:
Como princípio educativo, a fanfarra é um incentivo ao letramento do aluno
participante, pois exige leitura crítica das composições musicais e do mundo, educao para a pontualidade, assiduidade, participação e produtividade, promove a
integração do colégio com a comunidade, aproxima escola e família.
1. Linguagem musical; 2. Elementos formais do som: intensidade, altura, timbre,
densidade, duração; 3. Elementos formadores da música: ritmo, melodia e harmonia;
4. Apresentação dos instrumentos da fanfarra: bombos, caixas, surdos, pratos,
cornetas, cornetões, pratos, lira; 5. Exercícios rítmicos alternados e contínuos com
variação crescente e decrescente; 6. Marcha, cadência, alinhamento, cobertura e
garbo; 7. Iniciação ao ritmo musical: comprimento do som, noção de inteiro e
metade, movimentos naturais, pulsação e ritmo musical, ditado rítmico; 8. Evoluções
coreográficas; 9. Conhecimentos teóricos e práticos sobre leitura e execução de
partituras; 10. Conhecimentos teóricos e práticos sobre instrumentos de sopro; 11.
Interpretações musicais como: Parabéns a você, On Broadway Modern Talking,
Canto Alegretense, ritmos afro-brasileiros, entre outras.
Conteúdos referentes a proposta 2: macrocampo Aprofundamento da
Aprendizagem – título: Leitura e Produção: Uma proposta de trabalho: De
acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei 9394/96, que concebe a
linguagem como prática discursiva, no sentido de ampliar o universo do saber aos
sujeitos para que os mesmos venham intervir na realidade, é um direito prioritário à
cidadania, constando como dever do Estado e como política pública básica e
obrigatória. Esta proposta busca a democratização, acesso e permanência com
sucesso ao ensino, utilizando-se de métodos e práticas de ensino-aprendizagem
que incorporem o uso integrado das tecnologias de comunicação, conciliando assim,
96
mais uma oportunidade de ensino-aprendizagem que venha contribuir para a
efetivação do conhecimento. O aluno participante terá assim, a oportunidade de
participação em Concursos, Vestibulares e ENEM, entende-se com isso que a
referida atividade mediada pelo professor, oferecerá aos alunos subsídios na busca
de conhecimentos mais elaborados. Conteúdo estruturante e especifico: Estudar
os conteúdos disciplinares para o Exame do (ENEM), concursos vestibulares e
redação. Tipos de textos (O que é afinal, um texto?)
•
Modalidades de redação
•
Narração
•
A dissertação
•
As características da linguagem dissertativa
•
Coesão e coerência
•
Artigos de opinião
•
Carta do leitor (cartas argumentativas de reclamação e de solicitação)
•
Análise de textos do ENEM
•
Análise de textos dos vestibulares da UNIOESTE
•
Intextualidade
Conteúdos referentes a proposta 3: macrocampo Esporte e Lazer – título:
Futsal na Escola: esta proposta de atividades além de estimular a prática do
esporte, contribui com a formação integral do sujeito motivando-o para os estudos e
conseqüente permanência na escola, de maneira que o aluno construa as possíveis
soluções nas situações de fundamentações técnicas do futsal, diferente do que
ocorre atualmente onde o professor é quem elabora as situações-problema e suas
soluções e solicita aos alunos a simples repetição dos movimentos. Os conteúdos
envolvem: Domínio do corpo, habilidades básicas, manipulação de bola, passe,
recepção, drible, finalização, habilidades específicas do futsal: domínio, controle,
condução, chute, cabeceio, passe, drible, finta, marcação, antecipação, proteção de
bola e habilidades do goleiro e sistemas ofensivos e defensivos.
7.5.9.3. AULAS ESPECIALIZADAS DE TREINAMENTO ESPORTIVO
As aulas de Treinamento Esportivo em Voleibol são direcionadas para os
alunos do 6º ao 9º ano no período Matutino e para os alunos do Ensino Médio no
97
contraturno. As Aulas especializadas de Treinamento Esportivo têm por objetivo
possibilitar aos alunos o acesso à prática esportiva nas diversas modalidades
esportivas, visando o pleno desenvolvimento de suas habilidades específicas, a
descoberta e desenvolvimento de talentos esportivos no âmbito da escola e
possibilitar a formação de equipes competitivas para a participação nos Jogos
Escolares do Paraná e outros eventos similares, além de privilegiar aqueles alunos
que se encontram em situação de vulnerabilidade social.
As Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo em contraturno também
visam promover a melhoria da qualidade do ensino por meio da ampliação de
tempos, espaços e oportunidades educativas realizadas na escola, podendo ser
desenvolvidas em local externo à instituição de ensino, desde que não ofereçam
risco à integridade dos educandos, a fim de atender as
necessidades
socioeducacionais dos mesmos e utilizando, além do material básico de cada
modalidade esportiva, novas mídias e tecnologias educacionais como formas de
dinamização dos ambientes de aprendizagem.
A oferta das Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo ao currículo
escolar estará vinculada ao Projeto Político Pedagógico da escola, respondendo às
demandas educacionais e aos anseios da comunidade, ampliando a integração
entre alunos, escola e comunidade e a democratização de acesso ao conhecimento
e aos bens culturais. Estas aulas encontram-se fundamentadas nas Diretrizes
Curriculares para a Educação Básica do Estado do Paraná, incorporando, como
princípio educativo, que a prática das diferentes modalidades esportivas constituemse práticas significativas no processo de desenvolvimento corporal, cognitivo, afetivo
e sociocultural do ser humano e, em razão disso, são de grande importância no
contexto da formação do aluno como pessoa e como cidadão e no contexto da
escola em tempo integral.
A participação do aluno nas Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo
serão registradas no seu Histórico Escolar.
7.5.10. CIEE – CENTRO DE INTEGRAÇÃO EMPRESA-ESCOLA
O Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) é uma associação filantrópica
de direito privado, sem fins lucrativos, beneficente, de assistência social e
98
reconhecida como de utilidade pública que possibilita aos jovens estudantes
brasileiros de nível médio, técnico e superior encontrar uma oportunidade de estágio
que os auxiliem a colocar em prática tudo o que aprenderam na teoria promovendo o
ingresso dos mesmos no mercado de trabalho através de treinamentos e programas
de estágio. O convênio deste colégio com o Centro de Integração Empresa-Escola
está intimamente relacionado às práticas sociais definidas na concepção materialista
histórico dialética.
7.5.11. ESTÁGIO SUPERVISIONADO
O estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente
de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que
estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior e de
educação profissional integrada ao ensino médio.
Compreende-se que o estágio faz parte do projeto pedagógico de cada curso,
seja ele de formação superior ou de nível médio, com a finalidade de integrar o
processo formativo do educando em sua totalidade e objetivando o desenvolvimento
do educando para a vida cidadã e para o trabalho.
O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme determinação
das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do projeto
pedagógico do curso. Como estágio obrigatório compreende-se aquele definido
como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e
obtenção de diploma. Já o estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como
atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória.
Compreende-se também que, o estágio, conforme previsto nos § 1º e § 2º do
Artigo 2º da Lei Nº 11.788 não constitui vínculo empregatício de qualquer natureza
com esta instituição de ensino, desde que respeitados os requisitos expressos nesta
mesma lei. Outrossim, por esta ser uma unidade de ensino mantida pela Secretaria
de Estado da Educação do Paraná, a obrigatoriedade de contratação de apólice de
seguro em favor do estagiário só ocorrerá se a mantenedora assim o autorizar.
99
7.5.12. PLANO DE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO DO CURSO DE FORMAÇÃO DE
DOCENTES DENOMINADO PRÁTICAS DE FORMAÇÃO
1. Apresentação
O Colégio Mondrone, compreende a Prática de Formação de Docentes como
uma atividade privilegiada de diálogo crítico com a realidade que favorece a
articulação do ensino com a pesquisa, configurando um espaço formativo do
estudante, definido no Projeto Político Pedagógico.
O estágio é um componente curricular de caráter teórico prático que
proporciona ao estudante a aproximação com a realidade profissional, com vistas ao
aperfeiçoamento técnico, cultural, científico e pedagógico no sentido de prepará-lo
para o exercício da profissão e da cidadania.
1.1 Identificação da instituição de ensino
Colégio Estadual João Manoel Mondrone – Ensino Fundamental, Médio, Profissional
e Normal
a. Autorização de Funcionamento: Deliberação 010/99, artigo 10, alínea “b”, do
inciso II, parágrafo único;
b. Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
c. Endereço: Rua Mato Grosso, 2233 – Bairro Cidade Alta
Medianeira – Paraná
Telefone: 45 – 3264 1507
e- mail: [email protected]
CEP85884000
1.2. Identificação do Curso e Eixo Tecnológico
Curso: Formação de Docentes da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino
Fundamental – Ensino Médio Integrado na Modalidade Normal.
1.3. Professores Orientadores
1°Ano – Cristiane Costa da Silva
2° Ano – Maria Manfroi Fuzinatto
3° Ano – Cristiane Costa da Silva
4° Ano – Cristiane Costa da Silva
100
2. Justificativa
A Prática de Formação (estágio) é um instrumento imprescindível, que
proporciona ao aluno o contato com a realidade na qual o mesmo atuará, também
sendo um componente indispensável para a integralização do currículo. A Prática de
Formação deverá ser um trabalho coletivo, nesse sentido, todos os professores
responsáveis pela formação do educador deverão participar, em diferentes níveis,
da formação teórico-prática do aluno.
A Prática de Formação é atividade de extrema importância na formação inicial
do professor. Por isso em sua realização e desenvolvimento, os estagiários devem
vivenciar as diversas situações do contexto escolar.
3. Objetivos da Prática de Formação
Considerando que a prática de estágio se desenvolve ao longo de quatro
anos, pretendemos apresentar as possibilidades de reflexão sobre a organização
dos eixos temáticos propostos. Assim sendo, destaca-se que a formação dos futuros
professores irá ganhando significado a cada ano que passa, levando a um
amadurecimento, portanto a temática em cada série deve proporcionar ao aluno o
entendimento do que é o trabalho docente. No primeiro ano o eixo temático: “Os
sentidos e significados do trabalho do professor/ educador”, tendo como objetivo,
possibilitar, ao iniciante do Curso Normal, uma primeira aproximação com o ofício do
professor.
No segundo ano, o eixo temático: “Pluralidade Cultural, as diversidades, as
desigualdades e a Educação”. Nesta série, pretende-se com a Prática de Formação,
colocar os alunos em contato com situações problemas no âmbito de algumas
modalidades específicas educacionais, como: Educação do Campo, Educação
Indígena, Educação Especial, Educação de Jovens e Adultos, assim como as
atividades extra-escolares desenvolvidas por ONG’s e outras instituições. Espera-se
com esta temática, não só ampliar a visão do aluno quanto a natureza do trabalho
do professor regente, como também receber as especificidades do trabalho do
professor diante das diferentes demandas sociais e políticas, possibilitando um olhar
diferenciado nos aspectos estruturais da relação entre educação e sociedade.
No terceiro ano, os eixos temáticos: “Condicionantes da infância e da família
no Brasil e os fundamentos da educação infantil”, tendo neste ano como objetivo, o
101
foco na infância e na família visando analisar como, ao longo da história, criou-se a
fase da “infância”, como se constitui a “família” e como tudo isso está se modificando
rapidamente nas últimas décadas.
No quarto ano, o eixo temático: “Práticas Pedagógicas”. Nesta série a ação
docente deve garantir que os alunos contextualizem os conteúdos desenvolvidos
nas aulas, através das disciplinas, com a prática social, e também vivenciem as
práticas pedagógicas nas escolas de 1° ao 5° ano dos anos iniciais.
4. Local(ais) de realização da Prática de Formação
a) Escola Municipal/Localidade:
Medianeira:

Fernando Pessoa – Parque Alvorada;

José Lorenzoni – Bairro Itaipu;

Jayme Canet – Jardim Panorama;

João Paulo II – BNH / Jardim Irene;

Carlos Lacerda – Parque Independência;

Idalina Pasquotto Bonatto – Bairro Condá;

Grizelde Roming Fischborn – Jardim Belo Horizonte;

Plínio Tourinho – Bairro Cidade Alta;

Ângelo Darolt – Bairro Ipê;

João Guimarães Rosa – Bairro Frimesa;

Semíramis de Barros Braga – Bairro Nazaré;

Ulysses Guimarães – Centro;

São Luiz – Maralúcia;
b) Outras Instituições Educacionais de Medianeira

Centros de Educação Infantil;

Sonho de Criança – Bairro Condá;

Criança Feliz – Bairro Nazaré;

Rose M. Pelissari – Bairro Itaipu;

Pequeno Polegar – Bairro Frimesa;

Pequeno Príncipe – Bairro BNH;

Bebê Feliz – Centro;
102

CEACA – Bairro Ipê;

AMESFI – Bairro Nazaré;

APAE – Bairro Ipê;

AMOA – Centro;

EJA - Centro;

Escola do Campo: Colégio Estadual Maralúcia;

Centro Comunitário de Foz do Iguaçu;

Escola Indígena de São Miguel do Iguaçu;
c) Órgãos Colaboradores:

Núcleo Regional de Educação, NRE – Representação em Medianeira;

Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Medianeira;

Entidades Assistenciais de Medianeira;

Escolas Estaduais/ Particulares/ UTFPR, UDC, Conselho Tutelar.
5. Carga horária e período de realização da Prática de Formação
1° Ano – 200 horas (duzentas horas)
2° Ano – 200 horas (duzentas horas)
3° Ano – 200 horas (duzentas horas)
4° Ano – 200 horas (duzentas horas)
6. Atividades da Prática de Formação de Docentes
1º Ano – Sentidos e significados do trabalho docente. Professora: Cristiane
Data
Atividade a ser desenvolvida
1º. Trimestre
Estudo sobre o sentido do trabalho docente
2º. Trimestre
Confecção de um memorial sobre a trajetória escolar
2º. Trimestre
Estudo do Projeto Político Pedagógico, Regimento
Interno, PPC e Plano de aula
Estágio de Observação nos CEMEIS
2º Ano – Pluralidade Cultural, as diversidades, as desigualdades e a educação.
Professora: Maria Manfroi Fuzinatto
103
Visitas
Mês
Escola do Campo – Maralúcia
Março
Escola Indígena
Abril
APAE
Abril
AMOA
Maio
AMESFI
Maio
Ulisses Guimarães – Sala Multifuncional
Junho
Projeto APAE
Agosto
Centro de Convivência – Foz do Iguaçu
Setembro
EJA
Setembro
Apresentação do diário de bordo
Novembro
3º Ano – Condicionantes da infância e da família no Brasil e a organização da
educação. Professora: Cristiane
Atividade a ser desenvolvida
Estágio de Observação em uma Turma de 1º. Ano – Fase diagnóstica
Projeto Brinquedos e Brincadeiras da Infância
Projeto Confecção de um Livro Infantil
Projeto Ler para Ver
Estágio de Observação em uma Turma de 1º. Ano
4º Ano – Ação docente, as práticas pedagógicas e a formulação da didática na
Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Professora: Cristiane
Atividade a ser desenvolvida
Estágio de Observação em uma Turma de Educação Infantil
Regência em uma Turma de Educação Infantil
Estágio de Observação em uma Turma dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental
Regência em uma Turma dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental
104
7.5.13. PLANO DE ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO
Apresentação
O estágio não obrigatório é um ato educativo de natureza opcional,
desenvolvido no ambiente de trabalho, tendo como finalidade assegurar a
importância da relação teoria-prática no desenvolvimento curricular, possibilitando
ao aluno desenvolver atividades que ajudem a sua formação escolar e preparação
para o mundo do trabalho.
1.1. Identificação da instituição de ensino
Colégio Estadual João Manoel Mondrone – Ensino Fundamental, Médio, Profissional
e Normal
a. Autorização de Funcionamento: Deliberação 010/99, artigo 10, alínea “b”, do
inciso II, parágrafo único;
b. Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
c. Endereço: Rua Mato Grosso, 2233 – Bairro Cidade Alta
Medianeira – Paraná
Telefone: 45 – 3264 1507
e- mail: [email protected]
CEP: 85884000
1.2. Identificação dos Cursos e Eixo Tecnológico
a) Habilitação Profissional: Técnico em Secretariado
Eixo Tecnológico: Gestão e Negócios
Forma: Subsequente
b) Habilitação Profissional: Técnico em Administração
Eixo Tecnológico: Gestão e Negócios
Forma: Integrado
c) Habilitação Profissional: Educação Profissional Integrada à Modalidade de
Educação de Jovens e Adultos – PROEJA.
Eixo Tecnológico: Gestão e Negócios
Forma: Integrada
105
d) Habilitação Profissional: Técnico em Informática
Eixo Tecnológico: Informação e Comunicação
Forma: Integrado
e) Profissional: Informática
Eixo Tecnológico: Informação e Comunicação
Forma: Subsequente
e) Profissional: Técnico em Vendas
Eixo Tecnológico: Gestão e Negócios
Forma: Subsequente
f) Ensino Médio
1.3. Professores Orientadores
a) Coordenador de curso da Educação Profissional e Pedagogo.
2. Justificativa
Entende-se por estágio as atividades de aprendizagem profissional,
relacionadas à área de formação dos estudantes, em que os mesmos participam de
situações reais de trabalho. Entende-se por estágio não obrigatório o estágio
contratado, nos moldes da lei 11.788/08, da Deliberação n◦ 02/09 do Conselho
Estadual de Educação e em consonância com as normas do regimento escolar,
desenvolvido como atividade opcional. O estágio não obrigatório deve “agregar
elementos importantes à formação profissional, por meio de atividades práticas
diretamente ligadas à área de formação profissional do aluno, visando ampliar sua
formação acadêmica-profissional, proporcionando a aplicação dos conhecimentos
teóricos obtidos durante a realização do curso, ampliando os conhecimentos acerca
da natureza dos processos e políticas de gestão organizacional, desenvolvendo
habilidades para atuar neste meio e hábitos de estudos e de pesquisa que
favoreçam a aprendizagem continuada, a cultura empreendedora e o trabalho
cooperativo.
106
3. Objetivos do estágio
O estágio não obrigatório vem contribuir para a formação do aluno no
desenvolvimento de atividades relacionadas ao mundo do trabalho que oportunizem
concebê-lo como ato educativo, propiciando a vivência em ambiente profissional,
que leve a compreensão do trabalho no contexto vivencial das teorias apreendidas
em sala de aula, por meio da interação contínua com os grupos de trabalho e com
as políticas e filosofias empresariais, ampliando assim, os conhecimentos acerca da
natureza dos processos e políticas de gestão organizacional, intensificando a
oportunidade de trabalho coerente e adequado aos diferentes graus de
conhecimento durante o curso.
É fundamental o entendimento sobre as
organizações estabelecem suas relações no dia-a-dia e do comportamento das
mesmas a partir de seus principais processos administrativos, financeiros, da infraestrutura e tecnologias, apurando sua capacidade de decisão por meio do uso de
técnicas adequadas de investigação, análise e avaliação.
4. Locais de realização do estágio não obrigatório
Serão partes concedentes de estágio as pessoas jurídicas de direito público,
privado ou profissionais liberais, devidamente registrados em seus respectivos
conselhos de fiscalização profissional.
5. Carga horária e período de realização
A jornada de estágio não ultrapassará 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte)
horas semanais, sendo exigida idade mínima de 16 anos até 18 anos de idade. A
escola irá firmar com a instituição concedente o horário diário de início e término do
estágio de cada aluno durante a semana, de forma a garantir que o aluno cumpra
pontualmente seus compromissos escolares.
107
6. Atividades de estágio
As atividades a serem realizadas são inerentes aos conteúdos teóricopráticos e relacionadas ao eixo tecnológico Gestão e Negócios e Informação e
Comunicação.
Série
Matrícula
de Objetivos
1º Ano
2º Ano e 3 º ano
4º Ano
Conhecimentos Nível de Ações
e
posturas
requeridos
Ambientação ao Teóricos básicos
Procedimentos
mundo
do
que possibilitam o
trabalho,
conhecimento de
participando
de
trabalhos
atividades
rotineiros
elementares
relativos
ao
direcionada
à
curso,
futura profissão.
planejamento
e
organização
administrativa.
Colaboração
e Domínio
das Participação em
suporte
a principais funções termos
de
atividades
e métodos da aplicação
na
específicas
da administração, do elaboração
de
organização.
administrador e planos
de
das ferramentas trabalho.
tecnológicas.
Desenvolvimento Visão integrada Participação na
da capacidade de do funcionamento avaliação, análise
criar soluções e das
e
síntese
de
implementação
organizações,
situações
de
planos
e das dinâmicas e organizacionais e
projetos.
da profissão do documentação
administrador e comercial.
do técnico em
informática.
As atividades a serem realizadas são inerentes aos conteúdos teórico-práticos e
relacionadas ao Ensino Médio.
Série
Matrícula
1º Ano
de Objetivos
Ambientação
mundo
trabalho,
Conhecimentos Nível de Ações
e
posturas
requeridos
ao Teóricos básicos
Procedimentos
do
que possibilitam o
conhecimento e
108
2º Ano
3º Ano
participando
de
atividades
elementares
de
integração social
e
aperfeiçoamento
da oralidade.
Colaboração
e
suporte
a
atividades
específicas
da
organização
e
aperfeiçoamento
do cálculo.
Desenvolvimento
da capacidade de
criar soluções e
implementação
de
planos
e
projetos com o
uso das novas
tecnologias.
Domínio
das
principais funções
administrativas e
participação em
atividades
que
envolvam
raciocínio, cálculo
e
produção
textual.
Visão integrada
do funcionamento
das
organizações, e
uso
das
tecnologias.
desenvolvimento
de atividades que
fomentem
a
integração
ao
grupo
e
o
melhoramento da
oralidade.
Participação em
termos
de
aplicação
na
elaboração
de
planos
de
trabalho.
Participação na
avaliação, análise
e
síntese
de
situações
organizacionais.
7. Atribuições da instituição de ensino
A instituição deverá incluir este plano de estágio em seu Projeto Político
Pedagógico e regimentar o mesmo, zelando pelo seu cumprimento.
Constitui ainda atribuições da instituição indicar o professor orientador,
responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades de estágio. Quando o
estudante estiver matriculado na Educação Profissional Técnica de Nível Médio o
coordenador de curso será o responsável pelo acompanhamento e avaliação das
atividades de estágio.
Quando o aluno estiver matriculado no Ensino Médio
inclusive na modalidade Profissional da Educação de Jovens e adultos, o professor
pedagogo será o responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades de
estágio.
A instituição deverá ainda celebrar Termo de Compromisso com os alunos e
parte concedente após firmado o Termo de Convênio.
109
8. Atribuições do coordenador de curso
Ao coordenador compete, elaborar o plano de estágio, as normas
complementares, os instrumentos de avaliação dos estágios e o cronograma de
atividades a serem realizadas pelo estagiário junto com a parte concedente,
organizando formulários e registros para o acompanhamento do estágio de cada
aluno, mantendo contato permanente com os supervisores responsáveis pelo
estágio na parte concedente, orientando sua execução e prestando esclarecimentos
sobre o Plano de estágio e o Calendário Escolar.
É de sua atribuição explicitar a proposta pedagógica da instituição de Ensino
e o plano de estágio à parte concedente e ao aluno, orientando-os sobre a finalidade
do estágio, realizando visitas nas instituições concedentes para avaliar as condições
de funcionamento do estágio.
O coordenador deverá solicitar relatório da parte concedente sobre a
avaliação dos riscos inerentes às atividades a serem desenvolvidas pelo estagiário,
levando em conta: local de estágio, agentes físicos, biológicos e químicos, o
equipamento de trabalho e sua utilização, os processos de trabalho, as operações e
a organização do trabalho, a formação e a instrução para o desenvolvimento das
atividades de estágio, que será integrado ao Termo de Compromisso.
O coordenador exigirá do estudante a apresentação de relatório semestral
das atividades desenvolvidas neste período, auxiliando o educando, se for o caso de
necessidades especiais, na elaboração do relatório de estágio.
Faz parte de suas atribuições zelar pelo cumprimento do Termo de
Compromisso, orientando a parte concedente quanto a finalidade do estágio, à
legislação educacional e as normas de realização do estágio, observando se o
número de horas estabelecidas para o estágio não compromete o rendimento
escolar do aluno.
9. Atribuições da parte concedente
Á parte concedente cabe a responsabilidade de efetivar a oferta de estágio
mediante Convênio com a entidade mantenedora da instituição de ensino (SEED) e
110
mediante Termo de Compromisso com a instituição de ensino (colégio) a que o
estudante pertence.
Deverá ofertar instalações que tenham condições de proporcionar ao
estudante atividades de aprendizagem social, profissional e cultural, indicando um
funcionário do seu quadro pessoal para orientar e supervisionar o estagiário.
À concedente cabe a contratação de seguro contra acidentes pessoais em
favor do estagiário, devendo o mesmo constar no Termo de Compromisso de
estágio. Deverá ainda, conceder Bolsa-Auxílio mensal, com base no valor/hora
referencial correspondente ao nível de escolaridade do estagiário, auxílio transporte
e eventual benefícios relacionados à saúde e outros de forma da legislação vigente
(art.12),
concedendo
ao
estagiário
recesso
remunerado
de
30
dias,
preferencialmente durante suas férias escolares, sempre que o estágio tenha
duração igual ou superior a 12 meses ou de maneira proporcional.
Quando houver o desligamento do estagiário a mesma deverá entregar a
instituição de ensino o termo de realização do estágio, com indicação resumida das
atividades desenvolvidas, em cada semestre e da avaliação do desempenho. O
relatório de atividades deverá ser elaborado pelo funcionário responsável pela
orientação e supervisão de estágio, com prévia vista do estagiário e com
periodicidade de um semestre.
10. Atribuições do responsável pela supervisão de Estágio na parte
concedente
Ao responsável cabe a tarefa de acompanhar o plano de atividades do
estágio proposto pela parte concedente e a instituição de ensino, mantendo contato
com o professor orientador ou coordenador da escola, bem como tomar
conhecimento do Termo de Compromisso, orientar e avaliar as atividades do
estagiário, e preencher os relatórios de estágio e encaminhar à instituição de ensino,
com prévia vista do estagiário, com periodicidade mínima de 6 meses.
É de sua competência ainda, propiciar instalações e ambiente favoráveis à
aprendizagem social, profissional e cultural dos alunos.
111
11. Atribuições do estagiário
O estagiário deverá cumprir com empenho e interesse, as atividades
estabelecidas para o estágio, comunicando a parte concedente, em tempo hábil se
houver impossibilidade de fazê-lo.
É atribuição do estagiário entregar à instituição de ensino relatório sobre seu
estágio e outras atividades executadas, mas não previstas no plano de estágio no
prazo determinado.
O estagiário deve respeitar as normas da parte concedente e de sua
instituição de ensino, bem como outras eventuais recomendações emanadas pela
chefia/imediata e/ou pelo supervisor, ajustadas entre as partes, respeitando as
normas internas referente à segurança, responsabilizando-se por perdas ou danos
decorrentes da inobservância das normas internas ou das constantes do Termo de
Compromisso. É de sua responsabilidade ser assíduo e pontual tanto nas atividades
desenvolvidas na parte concedente quanto na instituição de ensino.
12. Formas de acompanhamento do estágio
As formas de acompanhamento referem-se a efetivação do Plano de Estágio,
das visitas do coordenador de estágio à parte concedente e da apresentação dos
relatórios semestrais das atividades executadas.
A avaliação do estágio se dará pelo professor orientador, o qual fará a analise
do cumprimento do Plano de Estágio, fazendo-se necessário avaliar em que medida
a atividade de estágio está contribuindo qualitativamente ou não para o desempenho
escolar do aluno, tendo a incumbência de avaliar as condições de funcionamento do
estágio, recomendando ou não sua continuidade. Aspectos a serem observados:
cumprimento do Artigo 14 da Lei 11.788/98 e Artigos 63, 67 e 69 da lei 8.069/90 –
Estatuto da Criança e do adolescente.
6.5.14. PROGRAMAS DE AVALIAÇÃO
O processo avaliativo inclui poderosas ferramentas na verificação do alcance
dos objetivos propostos. Por isso, esta instituição de ensino participa das avaliações
e olimpíadas promovidas por órgãos estaduais, federais e internacionais, as quais
112
resultam em coleta de indicadores capazes de apontar se os objetivos propostos
neste Projeto Político Pedagógico estão sendo atingidos e concomitantemente
encontrar alternativas que auxiliem na elaboração e definição de metodologias e
estratégias que visem a melhoria da qualidade de ensino.
7.5.15. PROGRAMAS DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
A concepção de avaliação institucional deve ser construída de forma
coletiva, sendo capaz de identificar as qualidades e as fragilidades da instituição,
subsidiando as políticas educacionais comprometidas com a transformação social e
o aperfeiçoamento da gestão escolar e da educação pública. Deve possibilitar a
todos a identificação dos fatores que facilitam e que dificultam a oferta, o acesso e a
permanência dos educandos na escola pública.
Aliados à identificação destes fatores devem estar o compromisso e a efetiva
implementação das mudanças. A avaliação das políticas e das práticas
educacionais, enquanto responsabilidade coletiva, pressupõe a clareza das
finalidades essenciais da educação, dos seus impactos sociais, econômicos,
culturais e políticos, bem como a reelaboração e a implementação de novos rumos
que garantam as finalidades da escola.
I. PISA - PROGRAMA INTERNACIONAL PARA AVALIAÇÃO DE ALUNOS
É um programa internacional de avaliação comparada, abrange os estudantes
do 8ªº ano do Ensino Fundamental até o 3º Ano do Ensino Médio, na faixa etária de
15 anos e tem como objetivo colher informações sobre o desempenho e as
condições de aprendizagem desses alunos, pois oferece aos países participantes
indicadores de comparação internacional capazes de subsidiar políticas de
educação. É um processo de avaliação que mostra indicadores para que os
gestores das escolas possam fazer uma análise e propor medidas que venham a
subsidiar os educadores nas práticas pedagógicas. A análise dos resultados é de
extrema relevância para o aperfeiçoamento das reformas educacionais, visando a
melhoria da qualidade da Educação Básica brasileira.
113
Esse programa é desenvolvido e coordenado internacionalmente pela
Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE e
nacionalmente pelo Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira INEP do Ministério da Educação. Realizado a cada 3 anos, abrange 3 domínios do
conhecimento: Leitura, Matemática e Ciências. Em maio de 2009, foi realizada a 4ª
edição do Programa com ênfase ao domínio da leitura, estando este colégio incluído
nessa avaliação.
II. SAEB – SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA
O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) é a avaliação de uma
amostra representativa dos alunos regularmente matriculados nas 4ª/5ª e 8ª/9ª
séries/anos do Ensino Fundamental e 3º ano do Ensino Médio, de escolas públicas
e privadas, localizadas em área urbana ou rural a cada 2 anos, nas disciplinas de
Matemática e Língua Portuguesa.
Desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep), autarquia do Ministério da Educação (MEC), o Saeb é a
primeira iniciativa brasileira, em âmbito nacional, no sentido de conhecer mais
profundamente o nosso sistema educacional. Além de coletar dados sobre a
qualidade da educação no país, procura conhecer as condições internas e externas
que interferem no processo de ensino e aprendizagem, por meio da aplicação de
questionários respondidos por alunos, professores e diretores para a coleta de
informações sobre as condições físicas da escola e dos recursos de que ela dispõe.
As informações obtidas a partir dos levantamentos do Saeb também permitem
acompanhar a evolução da qualidade da Educação ao longo dos anos, sendo
utilizadas principalmente pelo MEC e Secretarias Estaduais e Municipais de
Educação na definição de ações voltadas para a solução dos problemas
identificados, assim como no direcionamento dos seus recursos técnicos e
financeiros às áreas prioritárias, com vistas à qualificação do Sistema Educacional
Brasileiro e à redução das desigualdades nele existentes.
114
III. PROVA BRASIL - AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR
Avaliação realizada a cada dois anos, em âmbito nacional, no intuito de
levantar informações sobre o desempenho dos alunos das 4ª/5ª e 8ª/9ª séries/ano
do ensino fundamental.
Avalia as habilidades em Matemática (com foco na resolução de problemas),
e em Língua Portuguesa (com foco em leitura). Como não é possível avaliar todas
as habilidades previstas nos currículos escolares, foi produzida uma Matriz de
Referência para cada série e disciplina. As matrizes foram elaboradas a partir de
uma análise das propostas curriculares das secretarias estaduais de educação e dos
livros didáticos utilizados em todo o país, selecionando-se o que há de comum e
passível de ser avaliado nacionalmente em um teste padronizado.
As matrizes da Prova Brasil e do Saeb não englobam toda a parte comum do
currículo escolar e nem contemplam a parte diversificada, são apenas um recorte do
que é essencial e possível avaliar em testes padronizados, não podendo, portanto,
substituir a proposta curricular das unidades de ensino.
Participam da Prova Brasil todas as escolas públicas, localizadas nas zonas
urbana e rural, que possuam 20 ou mais alunos matriculados na 4ª e 8ª série (5º e 9º
ano) do Ensino Fundamental regular.
IV. IDEB - ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB foi criado pelo
Ministério da Educação em 2007 para atender à necessidade de se estabelecer um
padrão e critérios para acompanhar o sistema de ensino no Brasil. O IDEB é um
indicador calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo
Escolar, e médias de desempenho nas avaliações SAEB (para as unidades da
federação e para o país) e Prova Brasil (para municípios). Este índice compreende
valores de zero a dez, atribuídos conforme o desempenho de cada unidade escolar.
V. ENEM – EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
O ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) é um exame individual realizado
em todo o Brasil com o objetivo de avaliar os conhecimentos dos alunos que estão
115
concluindo, ou que já concluíram o Ensino Médio e é organizado pelo INEP (Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).
O exame, com duração de cinco horas, é constituído de questões objetivas de
múltipla escolha e uma redação.
Nenhum aluno é obrigado a fazer a prova, porém o exame serve como autoavaliação para o aluno e, além do mais, a pontuação do aluno adquirida no exame é
utilizada no Programa Universidade para todos (PROUNI) e no processo seletivo de
faculdades de todo o país.
7.5.16. OLIMPÍADAS
a) OLIMPÍADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA
A Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) é uma competição
organizada pela Sociedade Brasileira de Matemática e aberta a
todos os estudantes dos Ensinos Fundamental (a partir da 5ª
série), Médio e Universitário das escolas públicas e privadas de
todo o Brasil.
Em torno desta competição, a Sociedade Brasileira de Matemática, em
estreita cooperação com o
IMPA – Instituto Nacional de Matemática Pura e
Aplicada elaborou um projeto que visa empregar competições matemáticas como
veículos para a melhoria do ensino de Matemática no país, além de contribuir para a
descoberta precoce de talentos para as Ciências em geral.
Algumas das ações estabelecidas no projeto, que recebeu apoio do CNPq –
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico são:

Ampliação da Comissão de Olimpíadas da Sociedade Brasileira de
Matemática -SBM, com o estabelecimento de uma Secretaria, localizada no
IMPA, para centralizar os trabalhos de divulgação e coordenação das
atividades olímpicas e para apoiar os coordenadores regionais .

Criação da revista Eureka, contendo informações e material de preparação
para Olimpíadas.

Estabelecimento de um canal de comunicação constante com os estudantes e
as escolas, através da revista Eureka, e de um cartaz, a ser enviado a todas
as escolas cadastradas.
116
b) OLIMPÍADA BRASILEIRA DE QUÍMICA
A Olimpíada Brasileira de Química é um evento de cunho
competitivo, que anualmente se inicia no mês de agosto, para estudantes
do ensino médio e tecnológico. É uma iniciativa da Universidade Federal
do Ceará, da Universidade Estadual do Ceará e da Fundação Cearense
de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FUNCAP, com o
patrocínio da Petrobrás - LUBNOR e Editora Saraiva. Atualmente, recebe o apoio do
CNPq, da ABICLOR e da ABIQUIM.
Os primeiros colocados nesta competição têm seus nomes inseridos na
galeria de honra do troféu da Olimpíada Brasileira de Química. Os dez estudantes
de maior destaque nesta olimpíada são convocados para participar do Curso de
Aprofundamento e Excelência em Química, ministrado por professores do curso de
pós-graduação em Química de uma das universidades participantes, de onde se
escolherá a equipe que representará o Brasil na Olimpíada Internacional de Química
e na Olimpíada Ibero-americana de Química.
c) OLIMPÍADA BRASILEIRA DE FÍSICA
A Olimpíada Brasileira de Física (OBF) é um programa da Sociedade Brasileira de
Física (SBF) destinado a todos os estudantes do ensino médio e aos
estudantes da última série (atual último ano) do ensino fundamental,
oitava série (atual nono ano).
Por meio da OBF, a Sociedade Brasileira de Física, em
colaboração com os vários Institutos e Departamentos de Física de Universidades
Estaduais, Federais e CEFETs elaborou um projeto que visa usar as competições
intelectuais como veículos capazes de despertar e estimular o interesse pela Física,
melhorar seu ensino, incentivar os estudantes a seguirem carreiras científicotecnológicas e prepará-los para as Olimpíadas Internacionais de Física (OIF) como
forma de comparar, neste nível, nosso ensino com o de outros países. O programa
OBF recebe também o apoio do CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico.
117
d) OLIMPÍADA BRASILEIRA DE BIOLOGIA
A Olimpíada Brasileira de Biologia (OBB) é desenvolvida pela
Associação
Nacional
de
Biossegurança
e
coordenada
pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com patrocínio do
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq). As inscrições são permitidas apenas para estudantes que estão
regularmente matriculados no Ensino Médio.
Os principais objetivos das OBB são estimular o interesse em estudos
biológicos e aproximar a universidade do ensino médio de biologia, diminuindo o
tempo de defasagem entre as inovações científico-tecnológicas e sua divulgação
aos estudantes de nível médio. As provas são realizadas em duas fases; os quatro
primeiros colocados de cada fase poderão participar de eventos internacionais e
competição nacional de Biologia.
e) OLIMPÍADA BRASILEIRA DE ASTRONOMIA
A OLIMPÍADA BRASILEIRA DE ASTRONOMIA E ASTRONÁUTICA (OBA) e
a MOSTRA BRASILEIRA DE FOGUETES são organizadas anualmente pela
Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) em parceria com a Agência Espacial
Brasileira (AEB). A OBA e a MOBFOG é aberta à participação de escolas públicas,
urbanas ou rurais, sem exigência de número mínimo ou máximo de alunos, os quais
são incentivados a participar. Podem participar da OBA e da MOBFOG alunos do
primeiro ano do Ensino Fundamental até alunos do último ano do Ensino Médio. A
OBA e a MOBFOG , tem uma única fase, deste modo os certificados e medalhas
são recebidos pela escola no mesmo ano letivo. Ao final da OBA e da MOBFOG
todos alunos recebem um certificado de participação impresso com o seu nome e se
ganhou alguma medalha recebe a mesma, a qual em geral é cunhada em metal ou
acrílico. Todos os professores envolvidos no processo e também os diretores
escolares recebem os seus certificados.
118
7.6. PROJETOS DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR
A principal função que a escola há de desempenhar é a de utilizar o
conhecimento elaborado para realizar a ação transformadora da sociedade. A escola
de qualidade há de formar cidadãos com a autonomia que deverá ser adquirida
através dos conteúdos necessários para a resolução dos problemas que a vida
proporcionar. Há de ser também um espaço de relações humanas, de reflexão, de
experiência práticas. Sendo assim, com o objetivo de enriquecer a proposta
pedagógica, motivar o acesso e a permanência do aluno na escola, a escola
desenvolverá atividades de complementação curricular. Entre elas: visitas técnicas,
viagens de estudos, pesquisas de campo, experiências práticas.
7.6.1. PROJETO DE LEITURA
Este projeto tem como objetivo despertar na comunidade escolar o interesse,
gosto e hábito de leitura, promovendo a leitura de modo a desenvolver a
compreensão do sentido das mensagens orais e escritas, desenvolvendo
sensibilidade para reconhecer a intencionalidade implícita nos textos. Deste projeto
participam todos os professores e alunos, em cronogramas pré-estabelecidos e
conhecidos da comunidade escolar.
7.6.2. BULLYING - “COMBATER ESSA VIOLÊNCIA PASSA PELA ESCOLA”
O projeto proposto inscreve-se no terreno da psicologia e da pedagogia. É uma
pesquisa sobre as relações sociais vivenciadas por crianças e adolescentes no âmbito
escolar. O estudo é de natureza descritiva e qualitativa sobre o bullying, comportamento
de violência física e psicológica praticada por indivíduos com o objetivo de intimidar ou
agredir o outro incapaz de se defender, tendo como objetivos: analisar as formas como o
bullying se apresenta no contexto escolar; identificar e comparar visões de especialistas
e psicologia de educação; Identificar os principais fatores que levam ao bullying; propor
alternativas preventivas para o bullying.
119
7.6.3. OMIS – OLIMPÍADAS INTERSÉRIES DO COLÉGIO MONDRONE
A prática desportiva é patrimônio cultural da humanidade. É nosso objetivo
promovê-la de modo que esteja aliada ao desenvolvimento sadio, ao prazer e à
qualidade de vida. As olimpíadas interséries acontecem na semana cultural e
desportiva e envolvem toda a comunidade escolar.
7.6.4. EM BUSCA DO VERDE
Integra os alunos das 8ª séries através de atividades físicas, culturais, esportivas e
recreativas com o objetivo de observar e analisar a paisagem do meio onde
vivemos, aprimorar o senso de respeito à natureza e a responsabilidade de cada um
na preservação do meio ambiente.
7.6.5. VIVA O NOSSO PARANÁ
Viagem cultural que envolve os alunos das 7ª séries do Ensino Fundamental e visa à
compreensão da formação histórica, geográfica e cultural do espaço paranaense.
7.6.6. BETO CARRERO
Viagem cultural e recreativa que envolve os alunos das 8ª séries com o objetivo de
socializar conhecimentos geográficos e culturais e também oportunizar uma nova
experiência de lazer e recreação, a qual a maioria dos alunos nunca teve acesso.
7.6.7. VIVENCIANDO A LITERATURA, A ARTE E A HISTÓRIA MINEIRA
Viagem cultural que integra os alunos do 2º Ano do Ensino Médio em torno dos
conhecimentos históricos, artísticos e culturais de Minas Gerais, berço de grandes
acontecimentos da história brasileira e também da arte barroca.
120
7.6.8. RUA DE RECREIO
Atividades esportivas, recreativas e culturais realizadas com os alunos das 5ª séries
e implementadas pelos alunos do Curso de Formação de Docentes da Educação
Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
7.6.9. PROJETO TURISMO EDUCATIVO NOS MUNICÍPIOS LINDEIROS DO
LAGO DE ITAIPU
Deste projeto participam os alunos das 6ª séries, o qual tem por objetivo conhecer a
natureza, a cultura e a história da nossa região para valorizar e desenvolver a
consciência ambiental e a preservação do meio. Neste projeto os alunos conhecem
o Parque Nacional do Iguaçu e o Parque Nacional de Ilha Grande.
7.6.10. MOSTRA CULTURA AFRO BRASILEIRA E HISTÓRIA DA ÁFRICA
Este projeto busca incentivar alunos e professores a conhecerem e valorizarem
um pouco mais sobre a história e cultura de etnias diferentes, sobretudo às afro
brasileira e as demais que fazem parte de nosso Estado. Desenvolvendo o senso
critico e perceber o lado positivo e suas contribuições históricas, econômicas, culturais,
sociais, etc, para com nosso país.
7.6.11. MOSTRA EMPRESARIAL
Projeto desenvolvido com os alunos do Curso Técnico em Administração Integrado
ao Ensino Médio e do Curso Técnico em Administração Integrado à Educação de
Jovens e Adultos. Visa à construção de conteúdos práticos após o processo de
transmissão de conhecimentos teóricos produzidos pela humanidade na área da
criação e administração de uma empresa.
7.6.12. PROJETO ACIDENTES DOMÉSTICOS COM CRIANÇAS
A curiosidade e o desejo de experimentar são características inatas nas
crianças. Por isso, elas estão sempre sujeitas aos mais diversos tipos de acidentes e
prevenir estes acidentes infantis é uma questão de informação e de atenção dos
121
pais, educadores e de todos aqueles que zelam pela infância, visto que os acidentes
domésticos figuram entre as principais causas de morte na infância. Este projeto é
desenvolvido com o objetivo de conscientizar a comunidade infantil de nossa cidade
e conta com a atuação dos alunos do Curso Formação de Docentes e do Curso
Técnico em Administração Integrado como oficineiros, em atividades diversas,
distribuídas em 12 estações, e cujo público alvo são as crianças do 1º Ano do
Ensino Fundamental das escolas municipais e particulares de nossa cidade.
7.6.13. AGENDA 21
A implementação na educação básica da agenda Escolar 21 é uma das ações
da Secretaria de Estado da Educação, para orientar as discussões sobre os temas
voltados ao meio ambiente, baseadas no conceito de sustentabilidade. O trabalho da
Agenda é problematizado a partir de diagnósticos que consideram a estrutura e o
cotidiano da escola, devendo ter um caráter interdisciplinar, relacionado com os
conteúdos escolares, de acordo com as diretrizes da educação básica do Paraná.
O planejamento da Agenda 21 Escolar deve ser implantado por meio da
realização de cinco etapas: mobilização, criação de um fórum permanente de
discussões, diagnóstico da escola, definição de um plano de ação e avaliação.
A Agenda 21 é um dos documentos da Rio-92 (Conferência das Nações
Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano), uma referência às
preocupações voltadas ao desenvolvimento dos países sem prejuízos ambientais e
com justiça social a partir do século 21. O programa recomenda às nações que
promovam uma consciência ambiental e ética, valores e atitudes, técnicas e
comportamentos de acordo com o desenvolvimento sustentável.
O colégio, ao implementar a Agenda 21 na prática pedagógica, tem como
metas a curto e médio prazo estas ações: reciclagem e destinação do lixo,
preservação do patrimônio escolar, ações de manutenção e preservação das áreas
verdes do colégio, confecção de sacolas de pano para substituição das sacolas
plásticas, reduzindo a produção de lixo e promovendo a preservação do meio
ambiente.
122
7.7. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O projeto deve ser objeto de avaliação contínua para permitir o atendimento
de situações imprevistas, correção de desvios e ajustes das atividades propostas.
Podendo ser previstos momentos de avaliação (semestral, anual), para que a
comunidade como um todo possa estar periodicamente discutindo os rumos que o
projeto político-pedagógico e o plano da escola vão tomando.
É importante considerar permanentemente, com a comunidade escolar, se o
projeto político-pedagógico, está efetivamente sendo cumprido e quais as
reformulações que precisam ser feitas para que o seu cumprimento represente, de
fato, a construção de uma escola de qualidade acadêmica e social.
8. REFERÊNCIAS
ALVES, G. L. História da educação: a produção teórica sobre o trabalho didático.
In: VII Jornada do HISTEDBR. Campo Grande-MS. 2007.
______. A produção da escola pública contemporânea. Campo Grande, MS:
UFMT; Campinas, SP: Autores Associados, 2001.
______. Em busca da Historicidade das Práticas Escolares. Artigo apresentado
durante a V JORNADA DO HISTEDBR – HISTÓRIA, SOCIEDADE E EDUCAÇÃO
NO BRASIL na UNIVERSIDADE DE SOROCABA – UNISO em 2005.
ARIÈS, P. A história social da criança e da família. Rio de Janeiro: Francisco
Alves, 1978.
ARNONI, M. E. B. Dialética do trabalho pedagógico: fundamentos filosóficos e
suas implicações metodológicas. Revista UNORP – Centro Universitário do Norte
Paulista. São José do Rio Preto, SP, Ano 3, V.8. p. 41-49, maio 2004.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20
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