Windbelt: a geração de energia limpa e renovável Windbelt: a geração de energia limpa e renovável Hevelin Santos, José Almeida, Murilo Cogo, Victor Wiltenburg Professor: Marcelo Bussotti Reyes, CMCC Campus Santo André Resumo No atual contexto de busca incessante por energias limpas, tornou-se plausível efetivarmos ideias que estão intimamente ligadas ao setor energético. O experimento foi realizado de forma simples e com aparelhagem reduzida (pequenos tamanhos), todavia mostrou a sua consoância com a sustentabilidade e com o meio ambiente. O gerenciamento de energia é uma questão eminente quando falamos em novas matrizes energéticas e concomitantemente a isso, o experimento realizado, mesmo em pequena escala, ratificou a sua importância na discussão de ideias para os setores relacionados, os quais são imprescindíveis para o desenvolvimento econômico-sustentável de qualquer país. O Windbelt é uma tecnologia recente que veio corroborar a importância da geração de energia limpa e renovável para o modelo energético. Apesar do projeto ainda ser incipiente, mostra-se muito promissor, uma vez que parte de um conceito físico relativamente simples e oferta resultados satisfatórios com ínfimo custo de produção. O princípio físico de funcionamento do aparelho, primordialmente descrito por Faraday (princípio de indução magnética), envolve a variação do campo magnético dentro de uma espira (ou solenoide) para gerar uma corrente elétrica induzida. INTRODUÇÃO O primeiro efeito eletromagnético de natureza dinâmica foi descoberto por Faraday em 1831, através de um experimento com um solenoide ligado a bateria e um galvanômetro ele constatou que a causa da indução de corrente no circuito gerado era devido à alteração de campo magnético. Michael Faraday definiu este fenômeno e assim formulou uma lei física que leva o seu nome, a qual diz que a indução de corrente origina a produção de uma força eletromotriz levada em torno de um caminho fechado, esta é relativamente igual a taxa de variação de fluxo do campo magnético na área interceptada por esse caminho. Na prática é possível produzir energia elétrica a partir da indução eletromagnética com o uso de uma espira circular. Para que isso ocorra, utiliza-se um ímã em movimento (em relação à espira), ou vice-versa, para fazer variar o fluxo magnético e linhas de indução que atravessam a espira. Quando o ímã está em movimento faz o fluxo magnético que sai do polo norte do ímã entrar com mais ou menos intensidade na espira, se o imã fica estático o fluxo fica constante. Quando um polo se aproxima da espira, o sentido da corrente elétrica é distinto de quando o mesmo polo se afasta, neste segundo caso, o sentido da corrente se inverte. IX Simpósio de Base Experimental das Ciências Naturais da Universidade Federal do ABC - 12 e 13 de agosto de 2011 Windbelt: a geração de energia limpa e renovável OBJETIVO Tensão gerada em relação ao comprimento e material da fita METODOLOGIA 2,5 2 Tens ão (m V) Geração de energia elétrica em pequena escala embasando-se nos fundamentos teóricos e práticos de variação de campo magnético, ressonância e energia eólica. 1,5 1 Filme fotográfico (46cm) Filme fotográfico (69cm) Fita isolante (46cm) Fita isolante (69cm) VHS (46cm) VHS (69cm) 0,5 Para esse projeto primeiramente esticamos uma fita e a prendemos em um suporte de madeira. Em uma de suas extremidades conectamos uma espira móvel, penetrada em uma cabeça de um disco rígido (ímã fixo). 0 Observavamos que vários fatores tiveram influência na obtenção de corrente e tensão, tais como o comprimento e o material de que a fita é feita. CONCLUSÕES Foto explicativa da metodologia do experimento Utilizando o vento como força motriz, iniciamos a vibração da fita, que passou a movimentar o braço com a espira. Essa movimentação fez a espira mover-se entre os ímãs fixos, criando uma variação do fluxo magnético no interior da espira. Logo, esse fenômeno ocasionou uma corrente elétrica induzida, a qual foi medida com o auxílio de um multímetro. RESULTADOS E DISCUSSÃO Com o auxílio de dois multímetros e de um resistor com resistência igual a 0,33ohms, foi possível obtermos vários resultados, alguns deles dispostos nos gráficos a seguir. Corrente gerada em relação ao comprimento e material da fita A efetivação do projeto experimental evidenciou-nos que o conceito físico de indução magnética, concernente a geração de corrente elétrica por meio de variações do fluxo magnético em uma espira, têm sua importância na obtenção de fontes complementares de energia. Não obstante, pudemos notar a eficiência e a viabilidade do Windbelt, bem como sua possível utilização futura como fonte auxiliar de energia elétrica. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Bem-Dov, Yoav. Energia e entropia. In BemDov, Yoav. Convite à física. Tradução: Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Ed. Jorge Zahar, 1996. p. 55 – 66. Chaves, Alaor Silvério. Indução eletromagnética. In Chaves, Alaor Silvério. Física: Eletromagnetismo. Volume 2. Rio de Janeiro: Ed. Reichmann & Affonso Editores, 2001. p. 127 – 144. 8 Corrente (mA) 7 6 5 4 3 2 1 0 Filme fotográfico (46cm) Filme fotográfico (69cm) Fita isolante (46cm) Fita isolante (69cm) VHS (46cm) VHS (69cm) Nussenzveig, Herch Moysés. Curso de física básica. 1ª edição. São Paulo: Ed. Edgard Blücher, 1998. AGRADECIMENTOS Agradecemos ao professor orientador Marcelo Bussotti Reyes e as colegas da turma G3 pelo importante auxílio cedido na efetivação teórica e prática de todo o projeto. IX Simpósio de Base Experimental das Ciências Naturais da Universidade Federal do ABC - 12 e 13 de agosto de 2011