PATRICIA PERTSCHY
COMPARAÇÃO DO TEOR DE SÓDIO EM ALIMENTOS CONVENCIONAIS, LIGHT
E DIET PELA ROTULAGEM DOS PRODUTOS
GUARAPUAVA
2010
PATRICIA PERTSCHY
COMPARAÇÃO DO TEOR DE SÓDIO EM ALIMENTOS CONVENCIONAIS, LIGHT
E DIET PELA ROTULAGEM DOS PRODUTOS
Trabalho de Conclusão de Curso a ser
apresentado ao Departamento de
Nutrição, da Universidade Estadual do
Centro-Oeste
(UNICENTRO),
como
requisito parcial para obtenção do título
de Bacharel em Nutrição.
Orientador(a): Profa Ms. Silvana Franco
GUARAPUAVA
2010
COMPARAÇÃO DO TEOR DE SÓDIO EM ALIMENTOS CONVENCIONAIS,
LIGHT E DIET PELA ROTULAGEM DOS PRODUTOS
APPROACH OF SODIUM IN CONVENTIONAL, LIGHT AND DIET FOODS FOR
LABELING OS PRODUCTS
1
PERTSCHY, Patricia
2
FRANCO, Silvana
Resumo
A rotulagem nutricional dos alimentos tem como importância a promoção da alimentação
saudável, onde essas informações acerca dos produtos são demandadas crescentemente pela
sociedade. É pelo conhecimento dos componentes nos rótulos que, tanto a população leiga,
quanto os profissionais da saúde podem tomar como base as recomendações de macro e
micronutrientes, como vitaminas e minerais, sendo um deles estudado no presente trabalho: o
sódio. Alimentos light e diet são diferentes em comparação aos caracterizados como
convencionais ou tradicionais, sendo que aqueles, muitas vezes, são vistos pela população
como alimentos de característica mais saudável do que estes. O presente estudo teve como
objetivo comparar o teor de sódio em produtos alimentícios, com classificação convencional,
light e diet utilizando as informações nutricionais contidas nos rótulos dos alimentos. O
método utilizado foi o descritivo observacional e a coleta de dados foi realizada de modo
aleatório em três redes de supermercados da cidade de Guarapuava e região, sendo que foram
comparados doze alimentos de marcas variadas. Comparando-se com os alimentos
convencionais, observou-se que o teor de sódio apresentou-se mais elevado nos alimentos diet
seguidos dos alimentos light. Os alimentos convencionais foram, em maior parte, os que
apresentaram menor quantidade deste mineral. Sendo que o entendimento da população em
geral, em relação à diferença entre alimentos light e diet por muitas vezes é equivocada e
confusa, o profissional nutricionista tem importância como educador da população acerca do
assunto, bem como veiculador de informações. O profissional também tem importante papel
nas indústrias alimentícias no auxilio da elaboração de novos produtos com teores reduzidos
em sódio para alimentos light e diet.
Palavras - chave: sódio; alimentos convencionais, light e diet; rotulagem de alimentos
Abstract
Nutrition labeling of foods is important in the promotion of healthy eating, where that reliable
information about these products are increasingly demanded by society. It is through the
knowledge of the ingredients on the labels that both the lay population as health professionals
may taken as basis the recommendations of macro and micronutrients such as vitamins and
minerals, one being studied in this work: the sodium. Light and diet foods are different in
comparison to conventional or characterized as traditional, and those often are seen by the
population as foods with more healthy features than these. In this work, it was verified the
amount of sodium per serving reported on the nutrition label of each food and compared this
mineral in which classification is more relevant: in those classified as conventional, light or
1
2
Acadêmica do 4º ano do curso de Nutrição da Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO
Professora Mestre do Departamento do curso de Nutrição da Universidade do Centro-Oeste – UNICENTRO
diet. The study used in this descriptive work was observational; the objects of this study were
composed of twelve kinds of foods from various brands. Compared with conventional food, it
was observed that the sodium content was higher in diet foods followed by light foods.
Conventional foods were, mostly, those which had lower amounts of this mineral. Whereby
the understanding of the general population, regarding the difference between light and diet
foods, it is for many times misleading and confusing, nutritionist have importance to the
people as an educator on the subject, as well as disseminator of information. The nutritionist
also has an important role in food aid in the development of new low-sodium products to light
and diet foods.
Key-words: sodium; conventional, light and diet foods; food labeling
1. Introdução
O rótulo, segundo a legislação brasileira, é definido como toda legenda,
inscrição, imagem ou toda matéria gráfica ou descritiva, impressa, escrita,
estampada, colada ou gravada na embalagem do produto alimentício, sendo que as
informações contidas nos rótulos devem ser claras e adequadas. Estas informações
objetivam a identificação da origem, da composição e das características nutricionais
dos produtos, que permite rastrear os mesmos, constituindo-se em elemento
fundamental para a saúde pública1.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é, no Brasil, o órgão
responsável pela regulação da rotulagem de alimentos, estabelecendo as
informações que devem estar contidas no rótulo, tendo em vista a garantia da saúde
do consumidor e da qualidade do produto2.
A rotulagem nutricional dos alimentos tem como importância a promoção da
alimentação saudável, tendo destaque em vários estudos e pesquisas que envolvem
a área da nutrição e a sua relação com estratégias para reduzir o risco de doenças
crônicas. O uso das informações nutricionais obrigatórias nos rótulos está
regulamentada no Brasil desde 2001. A publicação da regulamentação objetiva a
orientação do setor produtivo quanto às informações relevantes, a possibilidade da
revisão das formulações e também fornecer informação para o consumidor sobre a
composição do alimento, favorecendo assim, a escolha do consumo de uma dieta
mais saudável e equilibrada3.
Informações
confiáveis
acerca
dos
produtos
são
demandadas
crescentemente pela sociedade, exigindo esforços do setor produtivo e do governo
para que haja a implantação de uma efetiva rotulagem nutricional de alimentos3.
Deste modo, discute-se que é pelo conhecimento dos componentes nos
rótulos que, tanto a população leiga, quanto os profissionais da saúde podem tomar
como base as recomendações de macro e micronutrientes, tais como as vitaminas e
os minerais, sendo um deles estudado no presente trabalho: o sódio.
No corpo humano, o sódio é o principal cátion do fluido extracelular, água e
substâncias dissolvidas nos espaços fora das células, sendo que a concentração
sérica normal deste mineral é de 136 a 145 mEq/L (miliequivalentes por litro). Tem
como função a regulação do volume do fluído extracelular e do volume do plasma
sanguíneo. Também auxilia na condução de impulsos nervosos e no controle da
contração muscular. Ele é rapidamente absorvido do intestino, sendo transportado
para os rins, onde ocorre sua filtração e depois retorna para o sangue, para que se
mantenham seus níveis apropriados. A quantidade absorvida de sódio é
proporcional ao seu consumo4.
O sódio é ingerido com os alimentos, em uma média diária de 69 a 208 mEq,
não sendo produzido pelo organismo. A sua distribuição é universal, a sua ingestão
varia de acordo com padrões culturais, dependendo da sua adição isolada ou
associada com temperos para modular o sabor dos alimentos. O brasileiro consome
em média de 2800 a 5000 mg (miligramas) de sódio diariamente, sendo que a
necessidade para humanos acima de 2 anos de idade varia de 300 a 500 mg diários,
recomendando-se que um adulto saudável não ultrapasse o limite de 2,4 g (gramas)
por dia. O sódio é adicionado sob a forma de cloreto de sódio (composto por 40% de
sódio) e glutamato de sódio nos processos de industrialização dos alimentos, não
tendo somente a função de agregar sabor, mas também para o controle do
crescimento de microorganismos em queijos, assim como para a preservação de
vários outros alimentos5, 6, 7.
O sódio pode tornar-se deficiente no organismo por muitas causas, tais como:
a ingestão inadequada, perdas excessivas (pelo suor e fluídos do trato
gastrointestinal), o uso de diuréticos, entre outros, podendo ocasionar anorexia,
diarréia, fadiga e hipotensão8.
O consumo do sódio em excesso relaciona-se diretamente com o
desenvolvimento de hipertensão arterial sistêmica (HAS), risco do aparecimento de
osteoporose, de doenças coronarianas, edema e outras complicações. A maior parte
do consumo deste mineral é feita na forma de sal de cozinha (cloreto de sódio),
sendo que as conservas, os embutidos, o bacon, os ovos, o leite e seus derivados,
também são fontes alimentares com teores expressivos de sódio. O nível
socioeconômico tem grande influência na ingestão do sódio, podendo explicar, pelo
menos em parte, a grande prevalência de HAS nas classes sociais mais pobres9, 6,
10, 7
.
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um dos fatores mais relevantes nas
doenças cardiovasculares, sendo responsável em 2001 por 7,6 milhões de mortes
no mundo, já no Brasil, ocorreram em 2007, aproximadamente 308.466 óbitos em
decorrência às doenças do aparelho circulatório11. De acordo com França et al.12,
cerca de 30 milhões de brasileiros são portadores de HAS, sendo que um terço
destas pessoas desconhecem tal doença .
Caracterizada pela elevação da pressão arterial (PA), a HAS é, de acordo
com a Sociedade Brasileira de Cardiologia11, associada frequentemente às
“alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos alvo (coração, encéfalo, rins e
vasos sanguíneos) e às alterações metabólicas”, e também o que define a HAS, é o
valor encontrado nas aferições para: PA sistólica ≥ 140 mmHg (milímetros de
mercúrio) e/ou de PA diastólica ≥ 90mmHg. Essas aferições devem ser realizadas
repetidas vezes, em pelo menos três ocasiões para que seja confirmado o
diagnóstico de HAS11.
As principais causas da insuficiência renal crônica são: glomerulonefrite, HAS
e diabetes. A não-comprovação histológica e a ausência de seguimento anterior ao
estágio terminal na maioria desses pacientes questiona se há validade nesses
diagnósticos. Foi estabelecido em alguns estudos epidemiológicos, a relação entre
HAS (sistólica e diastólica) e insuficiência renal13.
Na insuficiência renal, o balanço de sódio é obtido por meio da redução de
sua reabsorção tubular em consequência do aumento da velocidade do filtrado,
aumento da filtração por néfron, ação dos hormônios aldosterona e peptídeos atriais
natriuréticos ANP e natriurese pressórica. Pacientes portadores de doenças renais
crônicas não suportam sobrecargas de sódio, água e potássio, podendo apresentar
edema, hipertensão e até edema agudo do pulmão13.
O edema é resultado do acúmulo anormal de fluído ou de grandes moléculas
do meio intersticial, onde, sob um empastamento, os relevos do membro são
apagados gradativamente por este excedente. O edema pode ser causado por uma
redução da reabsorção venosa e linfática, da proteólise intersticial pelos macrófagos
como também por um aumento do aporte líquido. Independentemente da sua
origem, o edema é consequência de alguma forma de insuficiência da circulação
linfática; edema por diminuição do transporte linfático ocorre quando a reabsorção é
insuficiente. Também há formas intrincadas, onde ocorre aumento da carga linfática
e redução de seu transporte14.
O sódio, elemento importante para a ocorrência da HAS, insuficiência renal
crônica e edema, é encontrado em grande quantidade em alguns tipos de alimentos
industrializados, podendo prevalecer também em alimentos diet e light.
Alimentos diet e light são diferentes em comparação aos caracterizados como
convencionais ou tradicionais, sendo que aqueles, muitas vezes, são vistos pela
população como alimentos de característica mais saudável do que estes.
Atualmente, os alimentos diet são consumidos livremente, já que antes eram
considerados medicamentos, podiam somente ser comercializados em farmácias.
Os produtos classificados como diet são produzidos de forma que atendam
necessidades dietéticas específicas de indivíduos com exigências patológicas,
fisiológicas, metabólicas ou físicas particulares. Nestes, os alimentos restringem
algum nutriente, como por exemplo: restrição de açúcar, colesterol, sódio, proteínas
e gorduras. Alguns destes alimentos podem até possuir maior quantidade de
calorias que a versão convencional6, 15, 16, 18, 19, 20.
Os alimentos light por sua vez, diferenciam-se dos alimentos diet pelo fato de
serem reduzidos em nutrientes e não, isentos deles. Para que um produto seja
classificado como light, sua composição deve ser reduzida de no mínimo 25% do
valor calórico ou dos seguintes nutrientes: sódio, açúcares, colesterol, gordura
saturada, gorduras totais em comparação aos similares convencionais. Assim, esta
retirada parcial de algum nutriente, poderá vir a reduzir o valor calórico do alimento15,
6, 16, 18, 19, 20
.
Deste modo, o presente trabalho teve como objetivo verificar o teor de sódio
em produtos alimentícios com classificação convencionais, light e diet por meio dos
rótulos dos mesmos. Para isto, comparou-se a quantidade de sódio informado nos
rótulos dos alimentos selecionados, analisando a categoria (convencional, diet ou
light) e em qual a quantidade de sódio apresentava-se mais elevada.
2. Métodos
Considerando-se a importância de doenças crônicas relacionadas ao excesso
do consumo de sódio e da diversidade de alimentos disponíveis nas versões light e
diet nas gôndolas dos supermercados, considerou-se pertinente a realização do
presente estudo, onde foi feita a comparação das quantidades de sódio encontradas
nos alimentos convencionais, light e diet, utilizando como base a rotulagem destes
alimentos.
Este estudo é do tipo descritivo observacional. A observação foi de caráter
individual, com corte do tipo transversal (cross-section), tratando da observação de
todas as variáveis num único período de tempo. 21
A coleta de dados foi realizada de modo aleatório em três supermercados de
redes diferentes, localizados na cidade de Guarapuava, no Paraná, onde a escolha
dos alimentos também foi feita de modo aleatório, de acordo com a disponibilidade
nas gôndolas.
O instrumento para a coleta de dados compôs-se por uma planilha contendo
as seguintes informações: o tipo de alimento, sua classificação (convencionais, light
e diet) e quantidade de sódio presente em cada porção (Apêndice I).
Os dados coletados foram digitados em banco de dados (com dupla
digitação), no Programa Excel e analisados por estatística simples descritiva.
Os
objetos
deste
estudo
foram
compostos
por
doze
alimentos,
desconsiderando-se suas marcas. Foram utilizados neste trabalho todos os
alimentos
que
estavam
disponíveis
nas
três
categorias
de
classificação:
convencional, light e diet. Os alimentos os quais estavam ausentes em alguma
destas categorias, foram excluídos do estudo. Os rótulos consultados e utilizados e
validados para o estudo foram de: cereais em barra, biscoitos integrais do tipo
cookies, mistura em pó para o preparo de bolos, pó para o preparo de pudins, pó
para o preparo de gelatinas, cappuccinos em pó, achocolatados em pó, goiabadas,
chás e sucos prontos para o consumo, refrigerantes e refrescos em pó.
Para o porcionamento, foi utilizado como base as porções dos alimentos
classificados como convencionais, os demais alimentos (light e diet), foram
adequados às porções dos alimentos convencionais por meio de regra de três.
Após estabelecidas as porções de cada alimento, foi feita a média do sódio
em cada tipo de alimento para as variadas marcas encontradas, considerando-se as
diferentes categorias. Após este procedimento, foi elaborada uma tabela (Tabela 1)
com os dados pertinentes a cada alimento.
Depois da confecção da tabela (Tabela 1), foi analisado e comparado a
quantidade de sódio por porção em cada categoria e avaliado em qual classificação
este mineral se encontrava mais elevado: nos classificados como light ou diet, em
comparação aos seus similares convencionais.
3. Resultados e discussão
Por meio da pesquisa realizada nos rótulos (Apêndice II), comparou-se a
quantidade de sódio presente em cada tipo de alimento (convencionais, light e diet)
por porção descrita no rótulo nutricional, sendo expressa na tabela 1:
Tabela 1. Quantidade de sódio presente por porção em alimentos convencionais,
light e diet.
Convencional
Light
Diet
Sódio (mg) Porção Sódio (mg) Porção Sódio (mg)
Cereais em Barra
33,75
25 g
41,6
25 g
15
Biscoitos Cookies Integrais
63
30 g
58
30 g
78,75
Misturas em Pó para Bolo
148,4
40 g
23
40 g
246,32
Pudins
29 13,4 g
104 13,4 g
61,26
Gelatinas
98
7,8 g
78
7,8 g
257,4
Cappuccinos
135
30 g
202,7
30 g
214,3
Achocolatados
25,5 22,5 g
28,13 22,5 g
62,43
Goiabadas
0
30 g
0
30 g
0,8
Chás
16,2 200 ml
19,3 200 ml
22
Sucos
17,3 200 ml
4,5 200 ml
32
Refrigerantes
12,04 200 ml
19,5 200 ml
32,4
Refrescos em Pó
30
7g
129
7g
133
Alimentos
Porção
25 g
30 g
40 g
13,4 g
7,8 g
30 g
22,5 g
30 g
200 ml
200 ml
200 ml
7g
De acordo com os dados obtidos nos rótulos dos alimentos pesquisados
(Tabela 1), observou-se que o sódio dos cereais em barra da categoria light (41,6
mg) para uma porção de 25 g do produto estão elevados: 23,26% acima do valor
encontrado nos cereais em barra convencionais (33,75 mg). E os alimentos diet (15
mg) estão com valor de sódio 55,56% abaixo do convencional.
Estes valores foram superiores aos valores encontrados por Carvalho22 em
barras de cereais convencionais confeccionados com amêndoas de chichá,
sapucaia e castanha-do-gurguéia, ambas complementadas com casca de abacaxi
(0,85 mg de sódio para uma quantidade de 25 g de barra de cereal) 22.
Na linha dos biscoitos (do tipo cookies integrais) e da mistura em pó para
bolos, constatou-se que as categorias diet tiveram valores elevados de sódio (25%
acima dos parâmetros para os biscoitos, ou seja, 78,75 mg por porção de 30 gramas
do alimento e 66% acima da mistura em pó para bolos, ou seja, 246,32 mg para uma
porção de 40 g em comparação ao seu similar convencional). As categorias light
destes mesmos alimentos demonstraram valores inferiores de sódio em relação aos
seus alimentos parâmetros, sendo que para os biscoitos (58 mg), o valor encontrado
foi uma redução de 7,94% e de 84,5% na mistura em pó para bolo (23 mg).
Comparando-se os valores destes biscoitos com um os valores de um estudo
feito com biscoitos integrais destituídos de glúten formulados com farinha de
amêndoa e farinha de amendoim, constatou-se que os valores destes (presente
trabalho) apresentaram-se elevados, pois aqueles apresentaram valores de 5,7 mg e
7,31 mg de sódio respectivamente em 30 g do produto23.
Também, em comparação com valores encontrados com biscoitos de trigo
integral e sementes de girassol (67,5 mg em 30 g do alimento)24 os valores do
presente estudo na porção de 30 g do alimento demonstraram-se inferiores para as
categorias convencional (63 mg) e light (58 mg), sendo superior no biscoito diet
(78,75 mg).
Os pós para preparação de pudins light (104 mg) e diet (61,26 mg)
apresentaram valores elevados de sódio em sua porção de 13,4 g do produto, ou
seja, 258,62% e 111,24% respectivamente acima do parâmetro (29 mg).
No caso da gelatina diet (257,4 mg), em uma porção de 7,8 g de alimento, o
sódio encontrou-se elevado (162,65% acima do convencional). Já a gelatina light (78
mg) esteve com seu teor de sódio 20,41% abaixo do alimento convencional (98 mg).
Apesar da pequena aproximação do valor da gelatina light (78 mg de sódio
para 7,8 g de pó para preparo de gelatina), os valores de sódio das gelatinas
convencional e diet encontrados neste trabalho apresentaram-se elevados em
comparação ao valor de sódio encontrado em um estudo feito por Roman,
Mendonça e Sgarbieri (76 mg de sódio para 7,8 g de pó para o preparo de gelatina
convencional) 25.
O sódio dos cappuccinos em pó diet (214,3 mg) e light (202,7 mg)
apresentou-se,
respectivamente,
58,74%
e
50,15%
acima
do
parâmetro
convencional (135 mg) para uma porção de 30 g do produto.
Em uma porção de 22,5 g, nos achocolatados em pó, comparando-se com o
convencional (25,5 mg) os valores do sódio encontrados foram acima (144,82%)
para a classificação diet (62,43 mg) e 10,31% acima para os achocolatados
classificados como light (28,13 mg).
Para os alimentos como os chás, refrigerantes e refrescos em pó, os valores
de sódio encontrados na classificação light foram: 19,14% (19,3 mg em uma porção
de 200 ml), 62% (19,5 mg em 200 ml do produto) e 330% (129 mg para 7 g do
alimento) respectivamente maiores que nos alimentos convencionais (16,2 mg,
12,04 mg e 30 mg respectivamente). Na classificação diet ocorreu fato semelhante:
os chás diet (22 mg), os refrigerantes diet (32,4 mg) e os refrescos em pó diet (133
mg) também evidenciaram valores de sódio elevados (35,8%, 169% e 343,33%,
respectivamente maiores que o sódio encontrado nos alimentos convencionais).
Os sucos prontos para beber diet (32 mg em uma porção de 200 ml)
apresentaram 85% de sódio acima do convencional (17,3 mg) e os sucos light (4,5
mg) apresentaram 74% de sódio abaixo dos sucos convencionais.
Um estudo com suco convencional pronto para beber formulado a partir de
água de coco com suco concentrado de caju, aditivado dos conservadores benzoato
e metabissulfito de sódio, demonstrou que seu valor de sódio encontrado foi
elevado, ou seja, 52 mg de sódio para 200 ml do produto26 contra os valores
respectivos de 17,3 mg, 4,5 mg e 32 mg de sódio para as bebidas convencionais,
light e diet estudadas no presente trabalho.
Não houve presença de sódio nas goiabadas light e convencional. A goiabada
diet apresentou teores muito reduzidos de sódio, ou seja, 0,8 mg para uma porção
de 30 g do produto.
Os resultados deste estudo indicaram que as maiores proporções na
quantidade de sódio referem-se aos alimentos diet; seguidos dos alimentos light. Os
alimentos convencionais foram, em maior parte, os que apresentaram menor
quantidade deste mineral.
Uma atenção especial deve ser dada ao alimento: gelatina, onde grande
quantidade de sódio foi encontrada na sua categoria diet, apresentando 257,4 mg de
sódio por porção, equivalente à 52% da recomendação mínima diária para a
população brasileira em geral (500 mg)5.
Também, deve-se levar em consideração a mistura em pó para o preparo de
bolo, pois grande quantidade de sódio foi encontrada na sua categoria diet, que
apresentou 246,32 mg de sódio por porção, ou seja, equivalente à 49,3% da
recomendação mínima diária para a população brasileira em geral (500 mg)5 e para
a categoria convencional, que apresentou quantidade de sódio de 148 mg por
porção do alimento (30% do total das recomendações mínimas diárias) 5.
Fato semelhante foi verificado no cappuccino, demonstrando 214,3 mg de
sódio por porção para o produto diet (equivalente a 43% do consumo mínimo diário
recomendado para um indivíduo normal)5, 202,7 mg de sódio para o produto light
(41%) e 135 mg encontrados no alimento convencional, equivalente a 27% do total
recomendado5.
Pode-se sugerir que, através dos dados aqui obtidos, os alimentos diet
possuem maior quantidade de sódio devido ao fato destes serem isentos de algum
componente e possivelmente, esta isenção ser compensada por uma carga maior de
adição de sódio na sua formulação.
Deste modo, observou-se em um estudo feito por alunos do Colégio de
Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira (CAp – UERJ)27, o uso de adoçante na
forma de sal de sódio (ciclamato e sacarina) como substituto do açúcar em
refrigerantes diet e light. O ciclamato e a sacarina foram vistas como responsáveis
pelo aumento do teor de sódio em comparação com os refrigerantes classificados
como convencionais27.
Diante do exposto sugere-se que, fato semelhante em relação ao sódio em
alimentos light e diet pode ter sido a causa da elevação deste mineral com os
alimentos pesquisados neste trabalho.
4. Considerações finais
Pode-se concluir que, de acordo com os resultados obtidos no trabalho
presente, os alimentos diet são os que apresentaram maior teor de sódio em
comparação aos produtos convencionais, isto se deve à possível presença de
adoçantes artificiais compostos por alguma forma de sal de sódio tais como: o
ciclamato e a sacarina.
Atualmente, é escassa a publicação de trabalhos referentes à análise de
sódio como componente de alimentos light e diet, portanto considera-se de grande
importância a realização de mais pesquisas referentes ao tema aqui proposto, haja
visto que a população faz uso de forma deliberada de tais produtos.
Muitas vezes, a população em geral com o entendimento equivocado da
diferença entre alimentos light e diet, acaba por consumir produtos diet com a idéia
de que estes estariam os auxiliando na restrição calórica de suas dietas ou então,
estes alimentos seriam isentos de açúcares, como seria o caso dos diabéticos. Este
tipo de consumo errôneo pode, por muitas vezes, comprometer a saúde do
consumidor ou agravar ainda mais as morbidades existentes.
Outro aspecto considerado importante é o excesso de sódio, uma vez que
muitos dos alimentos dietéticos utilizam, em sua composição, adoçantes na forma
de sais em substituição ao açúcar convencional.
É de grande importância a conscientização da população brasileira em
relação aos alimentos para fins especiais, podendo ser realizada através da
educação nutricional em postos de saúde, hospitais, escolas, instituições de ensino
superior, redes de supermercados, sites destinados às áreas de saúde, cartilhas
fornecidas por órgãos governamentais, tais como a ANVISA, FAO e o Ministério da
Saúde.
O papel do profissional da saúde, principalmente do nutricionista, é de
informar e auxiliar na educação da população acerca do assunto, orientando e
oferecendo as melhores alternativas de uma alimentação saudável.
Tanto quanto na área da saúde, o nutricionista também pode ter uma
influência significativa em indústrias alimentícias que, juntamente com engenheiros
de alimentos e engenheiros químicos, poderia auxiliar na formulação de novos
alimentos com adoçantes isentos de sódio.
Considerado de grande relevância, a informação contida no rótulo do produto
deve constar quais as possíveis conseqüências que o excesso do consumo de sódio
poderá acarretar futuramente aos indivíduos saudáveis como também aos enfermos.
5. Referências
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Membros Inferiores: concepção, realização e transcrição em prática liberal e
hospitalar. São Paulo: Manole, 2001.
15. Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial.
Informações ao consumidor (produtos analisados: produtos diet e light). 2004.
16. Rorato F, Degáspari CH, Mottin F. Avaliação do nível de conhecimento de
consumidores de produtos diet e light que frequentam um supermercado de Curitiba.
Visão Acadêmica. Curitiba, 2007; 8 (2): 1-15.
17. Campos CC, Degáspari CH, Mottin F. O consumo de adoçantes em produtos
alimentícios na cidade de Curitiba. Visão Acadêmica. Curitiba, 2007; 8 (2): 53-66.
18. Ito GH, Maihara, VA. Determinação de elementos essenciais em alimentos diet e
light por análise por ativação com nêutrons. Associação Brasileira de Energia
Nuclear – ABEN.International Nuclear Atlantic Conference – INAC. Santos, 2007;
set/out.
19. Hall RJ. Fatores que influenciam o consumo de produtos diet e light no Brasil
[dissertação]. Campo Grande, mar. 2006.
20. Pedreira RA Lima V, Bastos K, Santana AR, Reis IL, Marinho CLC. A perspectiva
de incorporação da vigilância da saúde do trabalhador nas ações de vigilância
sanitária: um estudo exploratório. Rev. Baiana de Saúde Pública. Salvador, 2005; 29
(supl.1): 49-56.
21. Silva EL, Menezes EM. Metodologia da Pesquisa e Elaboração de Dissertação.
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção – Universidade Federal
de Santa Catarina. Florianópolis, 2001; 3. ed.
22. Carvalho MG. Barras de cereais com amêndoas de chichá, sapucaia e castanhado-gurguéia, complementadas com casca de abacaxi [dissertação]. Universidade
Federal do Ceará. Fortaleza, 2008.
23. Granato D, Pierkarski FVBW, Ribani RH. Composição mineral de biscoitos
elaborados a partir de farinhas de amêndoa ou amendoim adicionadas de ferro.
Pesquisa Agropecuária Tropical. Goiânia, 2009; 39 (2): 92-97.
24. Taipina MS. Efeito da radiação gama sobe o conteúdo de tocoferóis em produtos
naturais e industrializados e avaliação sensorial [tese]. Instituto de Pesquisas
Energéticas e Nucleares – Autarquia associada à Universidade de São Paulo. São
Paulo, 2009.
25. Roman JA, Mendonça SNTG, Sgarbieri VC. Avaliação físico-química,
microbiológica, sensorial e atitude do consumidor de gelatina de elevado valor
nutricional. Alim. Nutr., Araraquara, 2009; 20 (1): 41-51.
26. Carvalho JM, Maia GA, Brito ES, Pinheiro AM, Fernandes AG, Brasil IM.
Composição mineral de bebida mista pronta para beber elaborada com água de
coco e suco de caju. Publ. UEPG Ci. Exatas Terra, Ci. Agr. Eng., Ponta Grossa,
2006; 12 (1): 33-39.
27. Neves AP, Guimarães PIC, Merçon F. Interpretação de Rótulos de Alimentos no
Ensino da Química. São Paulo, 2009; 31 (1): 34-39.
Apêndices
Apêndice I – Planilha de coleta de dados
Nome
Alimento
Categoria
Porção
Sódio (mg)
Apêndice II – Lista dos Alimentos Pesquisados
Nome
Nutry
Nutry
Nutry
Nutry
Neston Nestlé
Neston Nestlé
Hershey's
Trio
Trio
Trio
Quaker
Nutry
Nutry
Nutry
Nutry
Vitao
Vitao
Jasmine
Jasmine
Vitao
Vitao
Sol
Lowçucar
Sol
Oetker
Royal
Royal
Oetker
Royal
Lowçucar
Royal
Doce Menor
Dr. Oetker
Royal
Royal
Royal
Oetker
Oetker
Oetker
Royal
Royal
Sol
Royal
Royal
Royal
Oetker
3 Corações
Pilão
Alimento
Cereal barra coco
Cereal barra castanha e chocolate
Cereal barra banana e chocolate
Cereal barra banana
Cereal barra chocolate e frutas vermelhas
Cereal barra light chocolate e banana
Cereal barra coco light
Cereal barra coco e chocolate light
Cereal barra avelã, castanha e chocolate
Cereal barra morango e chocolate light
Cereal barra aveia, banana e mel
Cereal barra diet de banana
Cereal barra castanha e chocolate
Cereal barra banana e chocolate
Cereal barra banana
Cookies integral castanha do pará
Cookies integral castanha do pará
Cookies integral diet ameixa e coco
Cookies integral diet damasco
Cookies integral diet castanha do pará
Cookies integral diet laranja
Mistura para bolo laranja
Mistura para bolo laranja
Mistura para bolo laranja zero açúcar
Pó para pudim coco
Pó para pudim coco
Pó para pudim baunilha
Pó para pudim chocolate
Pó para pudim chocolate
Pó para pudim light chocolate
Pó para pudim zero açúcar chocolate
Pó para pudim diet coco
Pó para pudim diet chocolate
Gelatina cereja
Gelatina maracujá
Gelatina morango
Gelatina morango
Gelatina tangerina
Gelatina morango
Gelatina Zero açúcar de Uva
Gelatina Zero açúcar de tangerina
Gelatina zero açúcar de morango
Gelatina zero açúcar de maracujá
Gelatina zero açúcar de cereja
Gelatina zero açúcar de abacaxi
Gelatina morango
Cappuccino
Cappuccino
Categoria
Convencional
Convencional
Convencional
Convencional
Light
Light
Light
Light
Light
Light
Light
Diet
Convencional
Convencional
Convencional
Convencional
Light
Diet
Diet
Diet
Diet
Convencional
Light
Diet
Convencional
Convencional
Convencional
Convencional
Convencional
Light
Diet
Diet
Diet
Convencional
Convencional
Convencional
Convencional
Light
Light
Diet
Diet
Diet
Diet
Diet
Diet
Diet
Convencional
Light
Porção
25g
25g
25g
25g
25g
25g
25g
25g
25g
25g
40g
25g
25g
25g
25g
30g
30g
30g
30g
30g
30g
40g
40g
40g
17g
11g
11g
17g
11g
7,2g
8,2g
6g
7,2g
7,8g
7,8g
7,8g
7g
7g
7g
2,8g
2,8g
3g
2,8g
2,8g
2,8g
3g
30g
23g
Sódio (mg)
40
30
30
35
32
50
26
25
80
80
0
15
30
30
35
63
58
77
80
76
82
148,4
23
246,32
0
22
25
35
63
56
6
54
36
101
102
101
88
70
70
97
97
115
97
97
97
93
135
115
3 Corações
3 Corações
Toddy
Nescau
Toddy
Nestlé Nescau
New Choco – Lowçucar
Gold (aspartame)
Predilecta
Predilecta
Delakasa
Matte Leão
Matte Leão
Ice Tea
Nestea
Ice Tea
Lipton Ice Tea
Lipton Ice Tea
Nestea Nestlé
Matte Leão
Matte Leão
Ades
Ades
Del Valle
Del Valle
Del Valle
Súfresh
Maguary
Maguary
Súfresh Fit
Del Valle Mais
Leco
Maguary
Del Valle Mais
Del Valle Mais
Ades Zero
Ades Zero
Pepsi Twist
Coca-Cola
Antarctica
Pepsi twist
Fanta
Coca-Cola
Antarctica
Antarctica
Coca-Cola
Tang
Tang
Tang
Tang
Tang
Clight
Cappuccino
Cappuccino
Achocolatado em pó
Achocolatado em pó
Achocolatado em pó light
Achocolatado em pó light
Achocolatado em pó diet
Achocolatado em pó diet
Goiabada
Goiabada
Goiabada
Chá preto Pêssego
Chá preto Limão
Chá preto Limão
Chá preto Limão
Chá preto Pêssego
Chá preto Pêssego
Chá preto Limão
Chá preto Limão
Chá preto natural zero
Chá preto limão zero
Suco pronto soja e laranja
Suco pronto soja e maçã
Suco pronto Goiaba
Suco pronto Pêssego
Suco pronto Uva
Suco pronto Manga
Suco pronto Néctar de Laranja
Suco pronto Néctar de Maracujá
Suco pronto Néctar de Manga
Suco pronto Néctar de Pêssego
Suco pronto Néctar de Laranja
Suco pronto Néctar de Uva
Suco pronto Néctar de Goiaba
Suco pronto Néctar de Uva
Suco pronto soja e laranja
Suco pronto de soja e maçã
Refrigerante de cola
Refrigerante de cola
Refrigerante sabor limão
Refrigerante de cola e limão
Refrigerante de laranja light
Refrigerante de Cola light
Refrigerante guaraná zero
Refrigerante soda limão diet
Refrigerante de Cola zero
Refresco em pó sabor laranja
Refresco em pó sabor maracujá
Refresco em pó sabor limão
Refresco em pó sabor uva
Refresco em pó sabor tangerina
Refresco em pó sabor laranja
Light
Diet
Convencional
Convencional
Light
Light
Diet
Diet
Convencional
Light
Diet
Convencional
Convencional
Convencional
Convencional
Convencional
Light
Light
Light
Diet
Diet
Convencional
Convencional
Convencional
Convencional
Convencional
Convencional
Light
Light
Light
Light
Light
Light
Light
Light
Diet
Diet
Convencional
Convencional
Convencional
Light
Light
Light
Diet
Diet
Diet
Convencional
Convencional
Convencional
Convencional
Convencional
Light
14g
21g
25g
20g
10g
9,5g
20g
9g
30g
30g
30g
200ml
200ml
200ml
200ml
200ml
200ml
200ml
200ml
200ml
200ml
200ml
200ml
200ml
200ml
200ml
200ml
200ml
200ml
200ml
200ml
200ml
200ml
200ml
200ml
200ml
200ml
200ml
200ml
200ml
200ml
200ml
200ml
200ml
200ml
200ml
7g
7g
7g
7g
7g
2g
135
150
30
21
25
0
71
0
0
0
0,8
0
24
0
57
0
0
0
58
30
14
25
25
18
5,4
5,4
25
0
0
28
0
0
0
0
7,7
19
45
17
10
11
7,4
36
15
30
30
28
18
33
32
26
41
10
Clight
Clight
Clight
Clight
Fit
Fit
Fit
Fit
Fit
Refresco em pó sabor lima limão
Refresco em pó sabor maracujá
Refresco em pó sabor tangerina
Refresco em pó sabor uva
Refresco em pó dietético sabor laranja
Refresco em pó dietético sabor limão
Refresco em pó dietético sabor maracujá
Refresco em pó dietético sabor tangerina
Refresco em pó dietético sabor uva
Light
Light
Light
Light
Diet
Diet
Diet
Diet
Diet
2g
2g
2g
2g
2g
2g
2g
2g
2g
39
64
39
33
67
21
30
33
40
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Abordagem do teor de sódio em alimentos convencionais, light e