INTOXICAÇÃO POR SAL NAS DIFERENTES ESPÉCIES
DOMÉSTICAS
VIANA, Alessandra Nazário1; KUSSLER, Arieli2; MARTINUZZI, Pámela Ayres3; ROSSATO, Cristina
Krauspenhar4
É um distúrbio fisiopatológico que ocorre mais frequentemente em suínos, aves e
ocasionalmente em ruminantes. Ocorre de forma espontânea quando os animais são privados
da água associado à ingestão de sal e a um manejo inadequado onde não é disponibilizado água
devido problemas de canalização. Sua patogenia ainda não é comprovada, porém se aceita que
o animal desenvolve um quadro de hipernatremia e as forças osmóticas induzem a saída de
água do tecido nervoso para LCR, determinando desidratação cerebral assim quando o animal
volta receber água, o LCR e o sangue estão hipotônicos em relação ao cérebro, o que induziria
ao edema cerebral. A diarréia, vômito, hipeirritabilidade e distúrbios nervosos como cegueira,
andar a esmo, pressão da cabeça contra objetos, ataxia, decúbito com movimentos de
pedalagem e convulsões são mais frequentes, mas ainda pode haver corrimento nasal e
constantemente poliúria associada a uma sede excessiva. Na necropsia observa-se acentuada
congestão das mucosas, omaso e abomaso, as fezes ficam líquidas e escuras e os animais que
sobrevivem por vários dias apresentam hidropericárdio e edema dos músculos esqueléticos. No
achado histopatológico as lesões neurológicas na intoxicação aguda são limitadas à expansão
dos espaços perivasculares do cérebro, e na intoxicação crônica por sal nos suínos são bem
diagnósticas pois a expansão dos espaços perivasculares, típica do edema cerebral agudo, é
acompanhada por meningite, caracterizando o grande numero de eosinófilos que se distribuem
ao longo dos espaços de Virchow-Robin no interior do tecido cerebral. Suínos que sobrevivem
pode haver polioencefalomalácia residual. Para o diagnóstico devem ser coletadas amostras
para a confirmação, onde são 50g do fígado, músculo esquelético e cérebro para dosagem de
Na e Cl e metade do cérebro cortado sagitalmente fixado em formalina. As doenças que tem
perfil clínico semelhante ao da intoxicação por sal são encefalite, pseudo-raiva, encefalomielite
viral, polioencefalomalácia, edema do intestino e doença do coração de amora. O tratamento
consiste na remoção imediata do alimento ou água tóxica, com administração de água fresca
em pequenas quantidades a intervalos regulares, sendo que o acesso ilimitado pode causar
aumento de animais acometidos. Para o controle da intoxicação a água que é fornecida para os
animais beberem não deve conter sais de 0,5% de cloreto de sódio ou do total de sais e nem
conter mais de 1% de sal nas dietas. Sendo que o sal e a água devem ser disponíveis o tempo
todo.
1
Acadêmica do curso de Medicina Veterinária, da Universidade de Cruz Alta, UNICRUZ, RS.
[email protected]
2
Acadêmica do curso de Medicina Veterinária, da Universidade de Cruz Alta, UNICRUZ, RS.
[email protected]
3
Acadêmica do curso de Medicina Veterinária, da Universidade de Cruz Alta, UNICRUZ, RS.
[email protected]
4
Professora e Patologista responsável pelo Laboratório de Histotécnica da Universidade de Cruz Alta,
UNICRUZ, RS. [email protected]
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INTOXICAÇÃO POR SAL NOS ANIMAIS DOMÉSTICOS