Informativo da Paróquia de Santo Antonio da Lapa | Nº 38 | Ano IV | Janeiro 2011 JANEIRO | 2011 Deus que se esconde numa roda de chimarrão... Fico a pensar como foi acelerado o ano de dois mil e dez. Parece que nem o vi passar. A ritualidade da vida perdeu o encanto muitas vezes pelo ritmo impresso. A vida muitas deixou de ser celebrada, pois celebração exige pausas. Celebração exige silêncios e reflexões. Por vezes o excesso de afazeres tirou-me a possibilidade de viver. Houve momentos em que perambulei, não vivi. Estes dias estava assistindo um filme e ouvi uma frase que me marcou: “Morrer é fácil, o difícil é Saber Viver”. O aceleramento das atividades impedem saborear o acontecimento. É igual comer rápido, dá indigestão. No fazer por fazer há uma irresponsabilidade com a vida dom, estamos morrendo devagarinho assolados por uma imensidão de sentimentos que precisam ser sentidos para não virarem doenças. Sempre penso nisso. Vejo que sou impulsivo em minhas ações, no ato de fazer muitas coisas. Tudo ao mesmo tempo, mas sem degustar, sem experimentar, sem experienciar... Morrer é fácil, difícil é aprender a viver, fazer as pausas necessárias para que a vida seja celebração. Gostaria que neste ano pudéssemos juntos tentar... Levar a vida no Remanso de um Rito que eleva e faz transcender. No remanso de algo que preenche o interior e emociona. Sentir a vida pulsar contemplando cada cena e recolhendo o simbólico de cada ato. Tudo caminha rápido, mas vamos nos comprometer a não deixar o ritmo se perder ao nosso controle. Fazer cada coisa de uma vez, na intensidade que cada feitio merece. Ser intenso em tudo e não deixar o encanto de cada hora passar sem que percebamos... Deus precisará ser o Centro. Muitas vezes ele fica esquecido por aquilo que não é o essencial. Ele precisará estar em primeiro lugar. Missas, novenas, orações... Não deixarei por nada. Na corrida do dia-a-dia há uma tendência de deixar Deus como supérfluo. Ele é o principal. Se não nos esquecermos Dele, tudo mais virá por acréscimo! Em 2010 tivemos inúmeras felicidades. Graças foram derramadas... Chuva de Bênçãos, aliás. Mas houve colheitas infelizes, frutos colhidos sem madurarem. Descobri que a pressa não vale a pena. Guimarães Rosa disse que “felicidade é muito mais que alegria temporária, satisfação que a vida permite em horinhas de descuido”. Em 2011 quero alegrias perenes, não aquelas que esvaem rápidas demais sem poder degusta-las. Quero harmonia interior para sorrir independente das dissonâncias e inadequações do tempo presente. Enfim, quero preparar o meu ano que se inicia. Não vive-lo de qualquer jeito e na improvisação. O desafio é grande, mas quero manter vivo o compromisso de uma observância cotidiana. Não quero atropelar os momentos. Cada parte do ritual da vida vai ser celebrado, e cada instante vou recolhê-lo em mim, eternizando para depois lembrar. Para cada dia uma luta para montar a felicidade desejada e esperada. Não perder tempo com quem não me ama e me rouba de mim. Quero fazer a diferença na vida das pessoas e interferir com meu ministério para tornar mais bela à vida das pessoas que amo e me amam. É isso... É urgente! Quero logo celebrar 26 de dezembro, feriado religioso na Lapa, dia de São Benedito e dizer: Eu consegui. Em 2011 vivi. Em 2011 fui feliz no cotidiano, na simplicidade de abraço e de cada olhar. A ritualidade da vida encontrou lugar no meu coração... nas pausas e silêncios experimentei algo nunca então sentido. Deus que se esconde numa roda de chimarrão... Nós dizimistas não podemos entender a devolução como troca de favores, devemos fazer essa devolução com amor, sem segundas intenções, sem exigirmos que a Igreja realize obras para incentivar a participação da devolução, porque mostrar obras é próprio dos políticos e não da Igreja. Devemos participar do dízimo com apenas um sentimento - “Entrar em comunhão com Deus, participar de seu plano de salvação e estar em comumunião com a casa de Deus e a comunidade”. O dízimo é pessoal, não deve ser visto como troca mais sim: “Eu e Deus”. Nós devolvendo a Deus, fazemos nossa parte, sem nos preocuparmos com o que vai ser feito do nosso dízimo. Deus faz parte dele, que é a orientação das pessoas que irão trabalhar nesta pastoral, para que o dinheiro seja empregado, obedecendo a três importantes dimensões: 1. Dimensão religiosa: manter todos os gastos da Igreja; reformas, construções, pinturas, salários, materiais litúrgicos, água, luz, telefone, materiais de limpeza, etc... 2. Dimensão Missionária: investir nos diversos grupos (pastorais) da igreja quer seja dos jovens, adultos, crianças ou idosos... 3. Dimensão Social: Investir em obras de caridade, ajudar aos mais necessitados. Quando permitimos sermos conduzidos por Deus, tudo acaba bem em nossas vidas. É isso que está faltando às pessoas - Fé Entregar-se a Deus e tê-la como primeiro plano de nossas vidas. Dízimo é a entrada em comunhão com Deus, é a partilha, mas para chegarmos a isso, precisamos educar nossa fé. Quando é Deus que pede, a oferta é conforme manda nossos corações e corações conscientizados conhecem seus deveres, conhecem as neces- JANEIRO | 2011 02 sidades da sua paróquia, e na hora da devolução dos nossos dízimos atenderemos com amor e fidelidade ao pedido de Deus. É com muita satisfação que agradecemos o apoio de todas as Pastorais e Movimentos no processo de conscientização das pessoas do verdadeiro significado do dízimo. Aos dizimistas nosso carinho fraternal pela dimensão do gesto de despojamento e comprometimento com Deus. Vocês não vão se arrepender, é promessa do Senhor da Vinha. Aos agentes do Dízimo nosso muito obrigado pela disciplina e dedicação, pelas orações, pela certeza de que cumprem um chamado de Deus. O sim de vocês é muito bonito porque mostra o grau de compreensão das verdades do céu. Desejamos que o ano de 2011 continue sendo abençoado pela Sagrada Família de Nazaré: Jesus, Maria e José. A Paz de Cristo! Reni - Pastoral do Dízimo Demonstrativo Financeiro do Dízimo No mês de novembro 478 dizimistas (Igreja Matriz, Santuário Diocesano e Casa Paroquial) fizeram à partilha com R$ 10.389,26. A Pastoral do Dízimo agradece a todos e roga muitas bênçãos a São Benedito e a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. O seu aniversário natalício acontecerá neste mês, estaremos invocando as bênçãos de Deus sobre você. “Deus te guarde, mostre a sua face e compadeça de ti. Volva o seu olhar e te dê a paz”. Pe. Emerson, Pe. Odair, Pe. Conrado e a Pastoral do Dizimo desejam um venturoso e abençoado Ano 2011 a todos os paroquianos. Nº CAD. DIZIMISTA ANIVERSARIANTE DATA NASC. 275 Eloi de Souza Rasmussen 1-Janeiro 383 Tania Benedita Neves da Silva 1-Janeiro 297 Benedita de Morais Trindade 2-Janeiro 331 Maria da Conceição Tuchinski Hoffmann 2-Janeiro 23 Ana Maria de Oliveira Santos Lima 3-Janeiro 553 Reinaldo Baggio Kleinschmidt 3-Janeiro 882 Thiago Giuliani 3-Janeiro 197 Isaura Antonia Follador Meira 4-Janeiro 423 Ivete Mattar Fagundes 4-Janeiro 342 Julia Sampaio Pedro 4-Janeiro 590 Leonil dos Santos Bueno 4-Janeiro 495 Rafael M. Benevides 4-Janeiro 161 Leo Horning 5-Janeiro 411 Alberto José Vloet 6-Janeiro 408 Benedita de Siqueira Colaço 6-Janeiro 785 Gabriel Trindade Schaphauser Silva 6-Janeiro 786 Geni A. L. Gonçalves 6-Janeiro 78 Helio K. Skiba 6-Janeiro 478 Antonio Furmann 7-Janeiro 762 Maria Lucia Matheus 7-Janeiro 15 Benedita Catarina Vieira 8-Janeiro 351 Maria Bernadete Morais de Meira 8-Janeiro 376 Rosa Levandoski 12-Janeiro 140 Gabriel Zeve 13-Janeiro Valério Schmidt 13-Janeiro 824 81 Vanilda Stanilowski 13-Janeiro 866 Olga M. Magalhães de Almeida 13-Janeiro 187 Geny Martins 14-Janeiro 568 Ignes Varchaki Lech 14-Janeiro 277 Irene C. Ramos 14-Janeiro 530 Vinicius Pimenta Pedro 14-Janeiro Carmelina Ribeiro 15-Janeiro 167 9 Nilza T. C. Weinhardt 16-Janeiro 73 Erly Terezinha da Silva Horning 17-Janeiro 94 Izabel Pierin 17-Janeiro 146 Terezinha Meira 17-Janeiro 273 Antonio Carlos Oliveira Rosa 18-Janeiro 894 Floripe Almeida Ramin 20-Janeiro 321 Evanildo Skura 21-Janeiro 432 Lia Márcia Kugeratski de Souza Marin 21-Janeiro 113 Pedro Caus 21-Janeiro 584 Adriane Medeiros Graminho 22-Janeiro 207 Cerli Gostinhak 22-Janeiro 639 Vicente Novaki 22-Janeiro 807 Lucia Mordaski Gurski 22-Janeiro 503 Francisco Prestes 23-Janeiro 602 Gabriel Kominkievicz 23-Janeiro 822 Sirlei de Fatima Mendes Deda 23-Janeiro 831 Francieli S. S. Lima 24-Janeiro 679 Jucélia Aparecida da Silva 25-Janeiro 715 Marli G. dos Santos 25-Janeiro 637 Terezinha Souza Vieira 25-Janeiro 801 Maria J. P. Trindade 25-Janeiro 313 Edviges Woitovicz 26-Janeiro 562 Josiane Aparecida de Freitas 26-Janeiro 692 Iolanda Lechinski 27-Janeiro 365 Nair M. Pedro Sampaio 27-Janeiro 92 Camila Zapte da Silva 29-Janeiro 252 Terezinha Riceto de Almeida 29-Janeiro 483 Darcy Landarin 30-Janeiro 485 Divanira Terezinha Rosa 30-Janeiro 875 Daniel Krupa 30-Janeiro 84 Lucia Hoffmann 31-Janeiro 15 JANEIRO | 2011 14 JANEIRO | 2011 03 26 de Dezembro – Dia dedicado a São Benedito O Município da Lapa, quando suas terras ainda pertenciam a uma Sesmaria da Comarca de São Paulo, ao ser elevado a vila e depois “LAPA”, conquistou dois padroeiros. Santo Antonio venerado pelas famílias mais abastadas e São Benedito o “Santo dos Escravos”. Quando fundada a cidade em 1769 – os habitantes receberam com alegria, a imagem nova de Santo Antonio, vinda de Portugal. Assim nasceu a Matriz de Santo Antonio, construída por escravos. Foram quinze anos de trabalho, muitos morreram e ali mesmo debaixo do solo foram enterrados. Pronta a Igreja, a imagem trazida de Portugal, ocupou o altar principal, lá permanecendo até os idos de 1980 quando foi retirada do altar, quem sabe por colecionadores, ou por alguém interessado apenas em vendê-la para fazer dinheiro. Ate hoje, os lapianos lamentam esse desaparecimento da imagem banhada a ouro e com resplendor de prata e que atravessou mares ate ser depositada no altar mor da nossa tão querida Matriz de Santo Antonio. Se por um lado a Matriz de Santo Antonio, recebia os coronéis da cidade, os comerciantes, donos de terras, enfim a comunidade que aos poucos ia se formando. Por outro lado lá estavam os “escravos”, servindo os seus senhores. É difícil quem desconheça esta triste página da história do Brasil “a escravidão”. Na Lapa não foi diferente, até hoje existem resquícios de ferros, senzalas, documentos que comprovam a triste época dos escravos. Eu fico a pensar como foi que o mulato “Peteca” talhou na madeira uma imagem de São Benedito, o santo dos escravos, num tempo em que São Benedito era venerado, mas não beatificado, isto é, não era ainda um santo reconhecido pela igreja. E se ainda não era Santo, como “Peteca”, o reconheceu, talhando-o na madeira e coroando-o com coroa de prata e Jesus no colo? Me emociono com esta reflexão, e toda vez que contemplo a imagem do Santo no altar mor da Igreja Santuário Diocesano de São Benedito me reporto a Peteca. Quanta emoção, toques de mãos, olhares elamadores e de gratidão, de todos aqueles peregrinos que aqui já estiveram cumprindo suas promessas em agradecimento ao Santo dos pobres. Toda a fé e devoção devotadas a São Benedito, por milhares e milhares de peregrinos que marcavam em seus calendários o dia 26 de dezembro, consagrado ao Santo por todos aqueles e aquelas que lá pelos idos de 1700, serviam seus senhores, e sofriam toda a sorte de humilhação e preconceito, é que fazemos esta retrospectiva. Mas, foram estes que celebravam seus Natais, no dia 26 de dezembro com os restos das ceias de seus senhores e que ao compartilhar as sobras criaram a “Congada” – única dança do Brasil em homenagem a São Benedito. Dança esta, que permanece ate os dias de hoje, e que precisa ser incentivada, pois representa a tradição de um povo, que atravessou mares e que fez do Brasil o país da maior miscigenação de raças. Na Lapa, a maior festa religiosa, era a celebrada em honra a São Benedito – no dia 26 de dezembro. Esta tradição durou mais de dois séculos. Grande festa, ponto de encontros, de celebrações, de pagamentos de promessas, mas acima precisa ser resgatada e vivida nos dias de hoje. Na Lapa, com o “Santuário Diocesano de São Benedito”, obra revitalizada, fé mantida, devotos de todos os cantos que clamam por um dia devotado ao Santo, fez com que a Igreja e o poder publico municipal, estudassem o calendário de festas religiosas para que fosse possível dedicar um dia, que fosse especial, e que lembrasse a tradição histórica da Lapa, para dedicar a “São Benedito”, de tudo, data comemorativa ao Santo Negro, o Santo dos escravos, o Santo dos pobres que comemoravam seus natais, no dia seguinte aos demais e faziam deste dia, o maior de todos. Veneravam a imagem do Santo com o menino Jesus no colo, cantavam e dançavam em sua homenagem. Uma tradição que perdurou por séculos, também padroeiro da Lapa. Por iniciativa do Pe. Emerson Lipinski, nosso pároco, que enviou pedido a Câmara de Vereadores, e esta institui Projeto de Lei – 26 de dezembro – no qual seria feriado religioso em homenagem ao Santo dos pobres. Pe. Emerson, em depoimento, assim refletiu e se manifestou: “Relendo a história de nossos antepassados e acompanhando a historia do povo católico que venho pastoreando, vejo que o Franciscano São Benedito é tão venerado quanto nosso Padroeiro Santo Antonio. Sabe-se que pela historia que 26 de dezembro era o natal dos escravos, e, havia a tradicional veneração do Santo Negro com danças da congada (única no Brasil dedicada ao santo), era dia Santo de guarda por parte dos escravos para honrar o Santo popular, bem como para toda a população que apegava-se em preces ao venerado São Benedito. Com o passar dos anos elevou-se em nosso Município um monumento histórico para a veneração de nosso “São Bentinho”. A grandiosidade do templo é admirada por turistas de toda parte que a esta cidade recorre. Dom Ladislau Biernaski, primeiro bispo diocesano de nossa Diocese, inclusive, elevou tal igreja a categoria de Santuário Diocesano, tamanha relevância o mesmo tem para os nossos diocesanos e para a comunidade católica do Brasil". Em minha pesquisa não encontrei outro Santuário dedicado ao Santo na América Latina, crendo eu, ser o nosso maior do mundo, maior inclusive que o de Palermo na Itália, onde se encontra a relíquia do Santo. O vereador João Renato estudou a lei dos feriados municipais religiosos e em sua interpretação após muito ler, viu que era possível o acréscimo de mais uma data em nossa cidade, visto que a lei contempla quatro feriados religiosos, e, o nosso município contém apenas três, a saber: Corpus Christi, Sexta – feira da Paixão e o Padroeiro Santo Antônio. Ressalto: Nossa Senhora Aparecida, Finados e Natal, são feriados nacionais. Dessa forma, Pe. Emerson da Silva Lipinski enviou correspondência ao nobre Vereador João Renato Afonso, para que ele juntamente com os demais membros da Câmara de Vereadores criassem Projeto de Lei visando recuperar a tradição do município católico, bem como valorizar a fé e a devoção ao nosso São Benedito, celebrado com solenidade por nossos antepassados em 26 de dezembro, e hoje por nós esquecido. Sendo a lei aprovada pela Câmara Municipal e sancionada pelo Exmo. Sr. Prefeito Municipal Sr. Paulo César Furiatti, o Município da Lapa passará a partir do ano de 2011, comemorar a data de 26 de dezembro O Dia de São Benedito. Podemos lembrar o testemunho de fé e esperança herdados por São Benedito. Certa vez acolheu um pobre homem cego que, segurando uma corda com um cãozinho, veio pedir ao Santo para que tivesse pena dele. Como sempre, o amor de Frei Benedito fazia a pessoas alcançarem os seus milagres, recuperando a esperança e fortalecendo-se sem desanimar. Palavras do Pe. Emerson: "Nada mais justo celebrar o dia de São Benedito, na data que nossos antepassados escolheram e recordar o “Natal dos Pobres”, único dia em que seus patrões permitiam que celebrassem, até porque eram muitas as sobras". Vilma P. Wille Pastoral da AIDS JANEIRO | 2011 04 A Lapa celebra Ordenação Diaconal de um dos seus filhos Emanuelle Gorninski Na tarde do dia 12 de dezembro, em uma bonita e solene celebração no Santuário Diocesano de São Benedito o então seminarista Adriano Zaranski se tornou o mais novo diácono da Lapa. Após a sua ordenação diaconal, Adriano deu entrevista à Rádio Legendária e ao BIP sobre esta nova fase de sua vida religiosa. Como tudo começou, como você decidiu se dedicar à vida religiosa? Tudo iniciou com certeza na minha infância, quando eu já participava da igreja como coroinha e como membro de um coral. Também, mais tarde, participei de grupo de jovens. E, depois da minha Crisma eu acabei me ausentando um pouco das celebrações. Mas, acabei voltando e fui conversar com um padre, um promotor vocacional. Ele me perguntou se eu não gostaria de entrar para o Seminário, para fazer uma experiência. Este padre acreditava que eu tinha sinais de vocação. Eu acabei aceitando o convite. Contei minha história de vida a eles, conversei com alguns padres e acabei sendo aceito no Seminário. Eu sempre tive uma conversa muito aberta com meus pais e eles sabiam que eu poderia voltar a qualquer momento para casa, já que estava em processo de discernimento. Penso que isso me ajudou a fazer a escolha com liberdade e ouvir o chamado de Deus. Com base em sua experiência, o que você diria a um jovem para levar em consideração antes de se decidir pela vida religiosa? Primeiramente ele deve aproveitar o momento quando sente o chamado. É mais fácil quando você está querendo, quando se tem o fervor em dizer o sim. Este momento deve ser aproveitado, pois Deus não cessa em chamar. Ele insiste até nós darmos uma resposta. Mas, nós sabemos que podem existir condições. O jovem pode conseguir um emprego e pode se questionar sobre abandonar isto... É preciso fazer um discernimento antes, quando sente o chamado. Antes de chegar ao diaconato, há uma extensa preparação. Como se deu este processo? Como seminarista eu terminei o curso de Teologia neste ano de 2010, com o trabalho de conclusão sobre São José na história da salvação. Para este trabalho eu fiz uma pesquisa sobre como São José teve participação na vida de Jesus e na vida de Maria. Terminei o curso no dia dois de dezembro. Mas, antes disso, no final de agosto, os padres anunciaram a minha ordenação. Foi um momento de bastante felicidade, bastante emoção. Dom Ladislau me chamou para uma conversa, programamos a minha ordenação e começamos a preparar tudo. Fiquei bastante feliz quando soube que seria na Lapa, no Santuário Diocesano de São Benedito. Mais feliz ainda por ser no dia de Nossa Senhora de Guadalupe, dia 12 de dezembro. Ela que auxiliou e intercedeu pelos mais necessitados. No dia 12 de dezembro aconteceu então a tão esperada ordenação diaconal. Como foi este momento para você? Um momento de muita felicidade. Me emocionei do início ao fim. Desde o canto de entrada, passando pelos bancos, vendo amigos que há tempos não encontrava e que fazem parte da minha vida. Pessoas que vieram do interior da Lapa, da cidade de Itaiópolis – cidade onde moram meus avós -, da paróquia de São Jorge, que meus pais participam. Muitas pessoas queridas, amigas, que vieram participar comigo deste momento especial. Alguns momentos fortes foram o da ladainha e da vestição. Também me emocionei durante a consagração, em que eu pude estar mais perto do Bispo, podendo auxiliar. Este momento me deixou bastante feliz, por poder auxiliar neste momento especial. A oração eucarística... Mas, no momento da ladainha, quando escutava todos os santos, e a história da minha vocação e pessoas vieram à minha lembrança. Parecia que eu estava levitando, que estava lá no teto do Santuário... Eu estava em dúvida se estava no chão ainda... Foi um momento de muita emoção. Depois disso, o momento consagratório do Bispo... Não há palavras para definir. E o que muda em se tornar um Diácono, tanto nas funções como sua visão religiosa? Penso que na minha essência não muda, mas muda a minha responsabilidade, o compromisso. Muda a confirmação de um chamado de Deus. Então eu penso que isso me transformou. Ficava pensando nos primeiros batismos que eu vou fazer. Os primeiros casamentos. Mas eu ainda tenho que aprender, então a maior perspectiva que eu tenho e que se confirmou é da confirmação de um chamado. Através do sim do Bispo, Deus me disse sim também. Como se Deus dissesse: “olha, eu te chamei, agora eu te aceito também. Você disse o seu sim e agora Eu te acolho como meu filho, como mais um ministro da Palavra, do serviço do Altar, principalmente da caridade”. O que eu vou poder fazer é estar com o povo, poder ajudar aqueles que mais sofrem. Mas não porque sou eu, mas porque é Cristo que age em mim. Uma mensagem de fé do Diácono Adriano a todos os leitores do BIP. Procure discernir sua vocação. Procure ver em sua família o que te faz dar esse passo para entrar para o seminário, para entrar para vida religiosa. Muitas vezes nós temos em nossos pais modelos de cristãos, de pessoas que se entregam, se doam pela igreja, pelo serviço à comunidade. Eu digo também que eu perseverei pela oração dos meus pais. E os pais e os padres são também aqueles que falam através de Deus. Então se alguém já te falou que você tem vocação, pense nisso. Pois é um ponto para se questionar, se não seria um momento para fazer uma experiência num seminário. E a mensagem que eu deixo é de que o amor nos faz movermos pelo próximo. E também nos faz dar a Deus aquilo que nós recebemos de Deus. Que nada mais é que a gratuidade de tudo o que nós temos e fazer para Deus de um modo gratuito, sem esperar nada em troca. Embora recebamos tudo em troca do nosso Criador. Deixo uma mensagem de perseverança. Perseverança no matrimônio, na vida consagrada... Penso que a perseverança, a fidelidade, faz com que possamos ser pessoas mais agradáveis, pessoas mais livres. Então, seja fiel, seja perseverante. Persevere naquilo que Deus te chama, naquilo que você pensa que é o caminho certo e vá até o fim. Isto é o que nos pede o nosso padroeiro João Maria Vianey, eleito pelo Papa Bento XVI como padroeiro de todos os padres. Ele nos fala que devemos ser sacerdotes até o fim. Dizendo isso ele afirma que devemos ir até o fim em tudo. Então eu digo: vá até o fim em tudo, no seu trabalho, em seus objetivos, em tudo o que você deseja. Procure cada vez mais se aperfeiçoar. Sirlei e Wilson falaram JANEIRO | 2011 12 JANEIRO | 2011 05 Conversão de São Paulo O martírio de São Paulo é celebrado junto com o de São Pedro, em 29 de junho, mas sua conversão tem tanta importância para a história da Igreja que merece uma data à parte. Saulo, seu nome original, nasceu no ano 10 na cidade de Tarso, na Cilícia, atual Turquia. À época era um pólo de desenvolvimento financeiro e comercial, um populoso centro de cultura e diversões mundanas, pouco comum nas províncias romanas do Oriente. Seu pai Eliasar era fariseu e judeu descendente da tribo de Benjamim, e, também, um homem forte, instruído, tecelão, comerciante e legionário do imperador Augusto. Pelo mérito de seus serviços recebeu o título de Cidadão Romano, que por tradição era legado aos filhos. Sua mãe uma dona de casa muito ocupada com a formação e educação do filho. Portanto, Saulo era um cidadão romano, fariseu de linhagem nobre, bem situado financeiramente, religioso, inteligente, estudioso e culto. Aos quinze anos foi para Jerusalém dar continuidade aos estudos de latim, grego e hebraico, na conhecida Escola de Gamaliel, onde recebia séria educação religiosa fundamentada na doutrina dos fariseus, SANTA INÊS Neste mês de janeiro temos como exemplo de santidade uma jovem que com apenas 13 anos de idade, denunciada como cristã, sofreu duplo martírio: o da castidade e o da fé que ela defendeu com a própria vida. Santa Inês é modelo de uma pureza à prova de fogo. Descobriu sua vocação sendo chamada a ser uma virgem consagrada a Cristo. Inês pertencia a uma rica, nobre e cristã família romana. Recebeu uma educação dentro dos mais exatos preceitos religiosos, que a fez tomar a decisão precoce de se tornar “esposa de Cristo”. Dotada de uma beleza incomum, recebeu inúmeros pedidos de casamento, inclusive do filho Pe. Odair José Durau pois seus pais o queriam um grande Rabi, no futuro. Parece que era mesmo esse o anseio daquele jovem baixo, magro, de nariz aquilino, feições morenas de olhos negros, vivos e expressivos. Saulo já nessa idade se destacava pela oratória fluente e cativante marcada pela voz forte e agradável, ganhando as atenções dos colegas e não passando despercebido ao exigente professor Gamaliel. Saulo era totalmente contrário ao cristianismo, combatia-o ferozmente, por isso tinha muitos adversários. Foi com ele que Estêvão travou acirrado debate no templo judeu, chamado Sinédrio. Ele tanto clamou contra Estevão que este acabou apedrejado e morto, iniciando-se então uma incansável perseguição aos cristãos, com Saulo à frente com total apoio dos sacerdotes do Sinédrio. Um dia, às portas da cidade de Damasco, uma luz, descrita nas Sagradas Escrituras como “mais forte e mais brilhante que a luz do Sol”, desceu dos céus, assustando o cavalo e lançando ao chão Saulo , ao mesmo tempo em que ouviu a voz de Jesus pedindo para que parasse de persegui-Lo e aos seus e, ao contrário, se juntasse aos apóstolos que pregavam as revelações de Sua vinda à Terra. Os acompanhantes que também tudo ouviram, mas não viram quem falava, quando a luz desapareceu ajudaram Saulo a levantar, pois não conseguia mais enxergar. Saulo foi levado pela mão até a cidade de Damasco, onde recebeu outra “visita” de Jesus que lhe disse que nessa cidade deveria ficar alguns dias, pois receberia uma revelação importante. A experiência o transformou profundamente e ele permaneceu em Damasco por três dias sem enxergar, e à seu pedido também sem comer e sem beber. Depois Saulo teve uma visão com Ananias, um velho e respeitado cristão da cidade, na qual ele o curava. Enquanto no mesmo instante Ananias tinha a mesma visão em sua casa. Compreendendo sua missão, o velho cristão foi ao seu encontro colocando as mãos sobre sua cabeça fez Saulo voltar a enxergar, curando-o. A conversão se deu no mesmo instante, pois ele pediu para ser Batizado por Ananias. De Damasco saiu a pregar a palavra de Deus, já com o nome de Paulo, como lhe ordenara Jesus, tornandose Seu grande apóstolo. Sua conversão chamou a atenção de vários círculos de cidadãos importantes e Paulo passou a viajar pelo mundo, evangelizando e realizando centenas de conversões. Perseguido incansavelmente, foi preso várias vezes e sofreu muito, sendo martirizado no ano 67, em Roma. Suas relíquias se encontram na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, na Itália. O Senhor fez de Paulo seu grande apóstolo, o apóstolo dos gentios, isto é, o evangelizador dos pagãos. Ele escreveu 14 cartas, expondo a mensagem de Jesus, que se transformaram numa verdadeira “Teologia do Novo Testamento”. Que São Paulo interceda por todos nós lapeanos para sermos apaixonados por Jesus Cristo e seus missionários. do prefeito de Roma, razão pela qual desencadeou seu suplício e uma violenta perseguição aos cristãos. O rapaz tentava cortejá-la, mas era rejeitado. Seu pai, vendo o filho inconsolável, tentou forçar Inês a aceitá-lo como esposo, mas tudo em vão. Numa tarde de tempestade o rapaz tentou agarrá-la, um raio o atingiu e ele caiu morto. Atendendo a súplica desesperada do pai, Inês rogou a Deus pelo rapaz que retornou a vida e reconheceu a jovem como santa, convertendo-se em cristão. Vendo que Inês era um sinal de poder, ela foi denunciada, presa, humi- lhada e condenada a adorar ídolos, manteve-se firme e tudo sofreu sem jamais negar sua fé. Levada a uma casa de prostituição, sendo exposta nua, uma luz celestial a protegeu e ela não foi violada, deixando claro que Jesus Cristo, seu Divino Esposo, não a abandonava. Foi condenada a morrer queimada, mas as chamas também não a tocaram, voltando-se contra seus algozes e matando muitos deles. Auxiliada pelo Espírito Santo, com muita sabedoria, ela permaneceu fiel ao seu voto e ao seu compromisso; até que as autoridades, vendo que não podiam vencê-la pela ignorância, mandaram, então, degolar a jovem cristã. Ela perdeu a cabeça, mas não o coração, que ficou para sempre em Cristo, fazendo-a uma das santas mais conhecidas e admiradas do martirológio cristão. É considerada padroeira da pureza e da castidade e invocada na proteção da castidade. Santa Inês é comumente representada com uma ovelha e uma palma, sendo que a ovelha sugere sua castidade e inocência. Sua pureza martirizada faz parte, até hoje, dos rituais da Igreja. No ano de 354, em Roma, uma Basílica foi erguida em honra à Santa na qual se encontram suas relíquias e sepultura. No dia de sua veneração, em 21 de janeiro, é realizada uma missa solene onde são apresentados e bentos cordeirinhos, de cuja lã é confeccionada os “palliums” dos Arcebispos como símbolo de sua jurisdição. Admirável é a fidelidade com Santa Inês guardou o voto de castidade defendendo heroicamente a virtude da pureza e Deus protegeu-a visivelmente. Daysi Mendes Coordenadora dos MESC’S JANEIRO | 2011 06 Mais um ano chega ao fim.... É tempo de agradecer as graças e bênçãos recebidas e pedir força e coragem para continuar perseverando nesta caminhada. A Pastoral Familiar, nesta edição do Bip, traz uma retrospectiva de 2010, principais acontecimentos e realizações: Foram 4 encontros de noivos, num total de 57 casais que se preparam para o sacramento do Matrimônio nos meses de fevereiro, abril, agosto e novembro. Contando com a colaboração das Irmãs de São José e funcionários do Educandário São Vicente de Paulo, que com muito carinho prepararam as refeições para saciarmos o corpo, a parte espiritual foi muito bem conduzida pelos integrantes da Pastoral Familiar, Cursilho, Movimento de Irmãos, seminaristas, diáconos e padres. Aos noivos: Que a felicidade a dois continue sendo objetivo principal de suas vidas. Que a caminhada seja longa repleta de amor e compreensão. Muitas Felicidades e contem Encontros de noivos sempre com o apoio da Pastoral da Família. Os agentes do interior vieram para a Lapa e juntos traçaram os rumos da Pastoral no interior. As reuniões foram momentos de fé, alegria e motivação. Em suas comunidades acompanharam as famílias, fizeram as visitas e se dedicaram a Semana da Família e da Vida, reali- Encontros dos recém casados foi gratificante estar com estes casais. E para levar a boa nova a todas as famílias, foi criada a Capelinha da Sagrada Família, para visitar os lares e lembrar o verdadeiro exemplo de família que devemos seguir. Encontros dos agentes A Semana da Família de zando a oração do terço e 2010 resgatou os valores dos encontros do livro Hora da Família através de palesda Família. Aos agentes: Que Deus e tras, teatros e da música. O a Sagrada Família os aben- I Festival Musical da Família çoem com feliz Natal e um foi um sucesso atingindo 2011 repleto de felicidades toda a Paróquia, onde os artistas locais mostraram e realizações. Os casais recém casados que a família é centro de também tiveram seu espaço tudo e que deve ser cuidada neste ano. Cinco encontros e preservada. Muito obriforam realizados para uma gado a todos que particiconversa e troca de expe- param e prestigiaram os riências entre os casais. Todos os casais devem ter um tempo pra refletir sobre a vida a dois e de como conviver com a nova realidade após o casamento; Festival de música eventos e doaram 1 kg de alimento, o Mutirão de combate à fome e a miséria agradecem os corações generosos e continuem colaborando sempre, lembre-se: “todo dia é dia de Natal”. Em outubro deste ano a Lapa se emocionou com a Semana Nacional da Vida. Foi uma semana inesquecível! O empenho das pastorais fez com que se tornasse realidade o Túnel da Vida, um momento para mostrar a população o trabalho, a ação concreta desenvolvida pelas pastorais. A oração do terço durante a semana, pela Rádio Legendária em agosto e outubro, acrescentou muito na fé e oração dos radio ouvintes e aproximou a Igreja e a religião a todos os cantos do mundo. O dia 08 de outubro de 2010 ficou na história de nossa Paróquia: Dia do Nascituro. Como esquecer deste dia maravilhoso: palestra com a nossa amiga Adriane de Londrina, na Apae e no Cine teatro, um verdadeiro exemplo de luta pela dignidade humana e respeito à vida. Certamente emocionou muito os alunos, pais, professores, profis- Túnel da vida sionais da saúde e da educação, e paroquianos que ouviram as sábias palavras desta mulher, mãe, batalhadora e corajosa. As gestantes tiveram seu momento especial na missa das 19h00, receberam benção dos padres, pelo milagre da vida e por cuidarem com tanto carinho destes nascituros. Que Nossa Senhora abençoe Missa nuar a nossa missão com fé em Deus e em Nossa Senhora e assim vencer os desafios. Por isso, a Pastoral Familiar convida você casal, viúvo, solteiro, interessado em colaborar com a valorização da família para se ajuntar ao grupo da Pastoral, a messe é grande e há poucos operários! A sua ajuda é muito importante e necessária para levarmos adiante a mensagem da Sagrada Família a todos os lares. O convite está feito, deixe a Santíssima Trindade tocar seu coração e aceite contribuir com esta nobre missão pela família! Um Feliz Natal e um Ano Novo com muita saúde, paz e felicidades a todas as famílias da cidade e do Interior! Danilo e Elenice dos Santos a todos os idealizadores e Coordenação colaboradores que fizeram Pastoral Familiar esta semana ser muito especial e inesquecível. Obrigado! 2010 foi muito bom... Mas 2011 pode ser melhor! Nas dificuldades aprendemos que podemos melhorar e devemos contiEquipe da Pastoral Familiar JANEIRO | 2011 11 JANEIRO | 2011 10 • JANEIRO | 2011 07 UM ANO NOVO SE INICIA Ter um ano inteiro, É isso mesmo. Todos desejam um novo plantio e uma nova colheita. O Ano Novo instiga, revigora e fortalece. As coisas ruins ficam para trás e a esperança promove o balanço da vida e o recomeçar com as contas acertadas. O mês de janeiro, então, é o mês no qual se avalia a arte de arar, ou ainda, a imensa ansiedade de chegar lá. Janeiro é o primeiro mês, também, daquele pintor que recolhe as tintas que usou em dezembro e na moldura da tela em branco provoca o pincel. À sua frente, o tempo e o poder de criação. Diria que janeiro não é mês de preguiçoso, é coisa de quem avança e de quem quer descortinar o infinito, coisa de quem investe seu corpo e alma em sonhos e tem asas para voar. Um novo mês de um novo ano. No coração as emoções, as alegrias, a força de vontade, a esperança, todos correm para o país novo a inaugurar. Quem de surpresas que podem invadir belos desmoronando ainda não ouviu este angustiante a nossa vida, trazendo-nos situ- desabafo de pais, filhos, irmãos, ações acompanhadas de verda- amigos(as)?… Por que isso teve que acontecer comigo? Logo inteirinho pela frente. Ter um Ano Novo, novinho, como se tivesse uma folha em branco, num caderno ainda todo em branco para registrar. Nas lembranças, poeta Affonso o Romano de Sant’Anna, em visita à Lapa, quando proferiu uma conferência Literatura e sobre Cultura, comparou o Ano Novo à jornada de um agricultor com o campo pela frente e o desejo verde de semear. Ah!… Essa não!… Depois os fevereiros, com urgência de semear. São cursos, aulas, projetos, compromissos, festas, a pressa em inventar e navegar. E os marços a esperar as manhãs azuis de abril, e assim continuar os maios, os junhos, o inverno e a expectativa da primavera não findar. Em dezembro, recolher os problemas e preocupações do ano nas últimas folhas em branco, revogar o que desagradou, e, na outra folha, determinar às alegrias, alegrar. Perguntar às pessoas o que desejam para o Ano Novo: sucesso financeiro, sorte no amor, êxito nos estudos, saúde e paz, emprego, espaço para morar... São anseios terrenos e nem levam em consideração o sentido da vida, a reconciliação com Deus, a eternidade. Todos querem viver bem, esperam um mundo melhor, mas nem todos amam o próximo como deveriam, nem estendem os braços para o alto buscando a existência e a felicidade, segundo ‘família católica’ existem falhas, parquinho, mas sim o local para ele(a). E aí, lágrimas amargas com a chegada de alguma pecados, porém ela nos indica rezar e cantar ao ‘Papai do Céu’ escorrem pela face… O traves- tempestade. Tantos noivos que o melhor caminho da felici- Atenção! seiro fica duro que nem pedra deiros pesadelos que nenhum se consagraram um ao outro, dade. Nela, somos todos(as) Observem de onde vem e o sono demora para vir. bálsamo consegue aliviar. assumindo Comunidade Fraterna sonhos a segundo, instante a instante, com as bênçãos de Deus. Viver o primeiro ou o último dia do ano que se inicia é olhar os 364 dias restantes sabendo que, por onde passar, algo começará a florescer e um excelente ano o estará desafiando a emoldurar a paz e o amor cada vez mais e melhor. Um feliz e próspero Ano Novo, cheio de alegrias e realizações. Iára Milczewski da candidatos(as) para nos santi- tanta desagradável O filho ou a filha, mesmo em expostos casa amor, acabam abando- ficar. Ela nos coloca no caminho que os meios de comuni- um caminho errado, com vícios, judiação!… Eles não mereciam às tempestades em nossa cami- nando esta valiosa obra por do bem. cação passar por essa!… nhada. Isso acontece em todos os motivos frequentemente fúteis e Ninguém está livre de viver estados e etapas da vida, como na irresponsáveis. situações inesperadas, desespe- vocação dos padres, religiosos(as), radoras, de grandes sofrimentos, pais, noivos, namorados, jovens, como nesta família tão boa!… Que estamos a construção notícia diariamente. drogas, violência, pornografia, Algumas mães já comentaram Os pecados graves e crimes ainda acha que é esperto. Os o seguinte: Ah! Padre, eu não hediondos nos assustam. Toda jovens, muitas vezes, não têm encon- participo da missa porque tenho esta situação de sofrimentos consciência do atraso de vida em tramos em nossas famílias um criança pequena… – Querida e mal estar são provocados que se encontram. Com frequência trazem de saúde, adolescentes e crianças que com verdadeiro ninho de amor. Mas mamãe, querido papai, levem as por pessoas que estão fora do desemprego, caminho de Deus. problemas moradia, Sempre Jovem, se você se encontra em um caminho errado, agar- violên- frequência são envolvidas com o contrário também acontece, crianças com vocês quando vão cias, vícios, drogas, prisão, morte, os famosos conflitos de geração. isto é, um ninho de cobras participar da missa. Na hora que Grandes perigos ameaçam rado com falsos valores, acorde enfim, envolvendo pessoas, famí- Nestes casos, a pior atitude é venenosas, com resultados alar- ela tiver necessidade da mama- as famílias quando os pais enquanto é tempo. Você não lias inteiras com grandes desa- querer fugir. Nessa hora, preci- mantes. Depois de inocularem deira ou deseja mamar, atenda se descuidam da educação está sendo nada esperto. Você fios de difícil solução. Nesses samos avivar ainda mais os nossos bastante veneno uns nos outros, no que for necessário. e formação dos(as) filhos(as). vai continuar acreditando em momentos difíceis não devemos círculos de amizade e partir para cada um acaba seguindo o seu Papai e mamãe, leve seu Alguns pais me falaram assim: quem o enganou, indicando ficar isolados e nem deixar o o confronto, com fé e esperança, caminho. Mas essa nova estrada filho, sua filha para a Igreja mais quando meu filho(a) tiver mais falsas irmão e a irmã carregar todo este pois a vitória está ao alcance dos da vida nem sempre conduz para próxima de sua casa. Participem idade, irei providenciar uma problema tem solução. Deus, peso sozinho(a). Unidos, as fatali- que lutam e não se deixam abalar a felicidade. dades da vida serão amenizadas e por maior que seja o desafio. vencidas mais facilmente. Igreja e Família Muitas vezes vivemos tão tran- Em âmbito familiar, na vida quilos e nem sempre suspeitamos de alguns casais, vemos tão vantagens? Este seu ao menos das missas nos finais adequada formação para ele(a). nosso Pai, ama você. Firme A família e a Igreja devem de semana (sábado à tarde – Que peninha! Chegaram seus passos no caminho Dele caminhar juntas. As tempestades ou no domingo). As crianças tarde! Maus elementos, más e você será feliz e esperto de podem serão são inteligentes e conseguem companhias já haviam indi- verdade. contornadas. Na nossa querida distinguir que a Igreja não é cado um caminho torto para aparecer, mas POR PE. LAURÍCIO J.PIPPER JANEIRO | 2011 08 Momentos Inesquecíveis de 2010 Click Renovação de Mandato dos MESC'S Campina Santos Reis Km 246 Povinho Vila Lacerda Pinheiros Bonito Colônia Municipal João Paulo II Faxinal dos Pretos Canoeiro Km 202 Pedrinhas Paiquerê Mato Queimado JANEIRO | 2011 Click Renovação de Mandato dos MESC'S 09 Momentos Inesquecíveis de 2010 Em 2010 Deus se engajou em nossa realidade. Não simplesmente se fez carne, mas arregaçou as mangas como um operário filho de José e trabalhou... trabalhou muito! O que seria dos padres sem a presença e o apoio de um pastor? Foram seis visitas de Dom. Ladislau este ano em nossa Paróquia. Em todas elas mostrou-se terno e carinhoso com nós padres. Somos agradecidos pelo entusiasmo passado e pelas conversas agradáveis que nos motivaram a construir o Reino de Deus neste chão. Louvado seja Deus pelo nosso 1º Bispo Diocesano e por seu testemunho de amor ao Cristo à Diocese, seus padres e à Lapa. Muitas obras e ações se tornaram inesquecíveis e ficarão em nossas lembranças. O espírito habitou em nós e produziu frutos de conversão em cada reunião, encontro, missa... Pe. Emerson, pe. Odair Caep e familiares confraternizaram-se num ano de dificuldades e conquistas. Ficará em nossas memórias o empenho e a luta deste grupo em prol a Revitalização do SantuárioDiocesano de São Benedito. Quem é o Pároco sem a amizade e diligência responsável de um companheiro? Dois mil e dez foi para mim marcante a chegada entusiasta deste companheiro de Jesus, Pe. Odair José Durau. Juntos pudemos pastorear nesta Igreja Missionária. As novenas de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro continuaram sendo efusivas manifestações da graça. Em 2010 alcançamos onze horários de novenas e já somos o 4º Santuário Mariano com maior fluxo de peregrinos do estado do Paraná. Na simplicidade dos gestos, vimos a grandiosidade de Deus que não se cansou de nos amar e na fragilidade nossa impulsionou-nos dizendo que seria possível. De 2010 fica-nos a certeza: “Deus é Capaz”! Dois mil e dez inúmeras bênçãos foram recebidas. Entre tantas a Ordenação Diaconal de João, José Romildo e Darci, foi por excelência um momento de graças, pois sabemos da necessidade de operários nesta imensa messe que é a Lapa. O estágio pastoral dos seminaristas enriqueceu a ação evangelizadora de nossa paróquia. Missões e serviços pastorais fizeram nossa comunidade crescer e se amar. Estes meninos estão gravados em nossos corações como filhos e discípulos de Cristo. Na Vigília de Pentecostes iniciamos um Ano Missionário, por uma Paróquia Missionária, por uma renovação paroquial. A união e a comunhão das pastorais e movimentos tornou-se visível e o CPP é hoje uma realidade por uma pastoral orgânica e de conjunto. JANEIRO | 2011 A Doutrina Social da Igreja e a Sagrada Escritura (Parte I) A expressão Doutrina Social da Igreja (DSI) designa o conjunto de escritos e mensagens – cartas, encíclicas, exortações, pronunciamentos, declarações – que compõem o pensamento do magistério católico a respeito da chamada “questão social”. Mas não basta conhecer os documentos reunidos sob essa denominação. O estudo da DSI coloca-nos diante de uma tarefa bem mais exigente em suas implicações e desafios. Trata-se, no fundo, de recriar para os dias atuais, a dimensão sócio-política da Boa Nova de Jesus Cristo. Procuraremos conhecer essa doutrina através de alguns artigos que desenvolverão as diversas faces do pensar social, pensamento este que herdamos desde os tempos de Cristo e se tornam cada vez mais urgentes numa sociedade que privilegia o ter e o poder e deixa de lado a mensagem de amor e solidariedade. Neste primeiro artigo vamos meditar quatro passagens bíblicas, que consideramos fundamentais para compreendermos a visão de Jesus Cristo sobre o próximo e as questões sociais vividas pelo povo no seu tempo. O Pai-Nosso (Lc 11,1-4) é a oração do cristão. Rezada e meditada não apenas por católicos, mas por todos os que acreditam na salvação advinda de Cristo, integra todos os aspectos de nossa vida, pois nela louvamos o Criador e também suplicamos por nossas necessidades do dia-a-dia. Ao suplicarmos pelo pão cotidiano lembramos que ninguém deveria ser privado das condições mínimas para oferecer o sustento a si e a sua família. O que encontramos na atualidade infelizmente agride esse direito fundamental, onde muitas pessoas enfrentam condições desumanas de trabalho e renda ou mesmo vivenciam o trabalho escravo em troca de um teto, mesmo que precário e de um pouco de comida. Cristo também lembra a necessidade do perdão, que deve ser mútuo, comprometido com a vida, em sintonia com o projeto de salvação anunciado no Evangelho. A segunda passagem bíblica é retirada do Evangelho de Mateus, capítulo 9, versículos 35 a 38, onde Jesus percorre cidades e aldeias e anuncia aos discípulos que a messe é grande e precisa de operários. Somos todos chamados à messe do senhor, não para ficarmos “parados” onde estamos, mas convidados a “percorrer cidades e aldeias”, indo ao encontro de tantos irmãos que se encontram aflitos e cansados. Jamais podemos nos omitir ao grito do oprimido; a messe é grande, precisamos de operários que anunciem em palavras e obras a salvação pertence a todos. Seguimos para a terceira passagem, o Bom Samaritano (Lc 10,25-37), onde aprendemos que a ação deve ser feita pela necessidade e não pelo preceito; que o objeto de nossa ação não deve ser escolhido dentro de um grupo privilegiado, do qual fazem parte nossos familiares, amigos ou seguidores da mesma religião, mas deve ser aquele que vive e sofre a necessidade, não importando raça, credo ou procedência. Permanecer num círculo de conhecidos é mais confortável e nos parece mais seguro, mas Cristo quer discípulos e missionários, que compreendam que a construção do Reino se efetiva no acolhimento dos que sofrem e no auxílio daqueles que não tem voz na sociedade. Finalmente citamos o relato da vida das primeiras comunidades (At 2,42-47; 4,32-37). A partilha e o compromisso com o outro são realidades que não podem ficar apenas na história ou ser encarada como uma utopia, mas devem fazer parte de nossa vivência comunitária, pois é desta forma que colocamos em prática o grande mandamento deixado por Jesus a todos nós: “amai-vos uns aos outros como Eu vos amei” (Jo 13-4). São tantos os sinais de morte em nosso meio que nosso testemunho torna-se o grande sinal de contradição, onde o menor deve ser exaltado, ouvido, acolhido, amado. A doutrina social da Igreja quer sistematizar esse amor que Cristo tão bem demonstrou pelos mais pobres e sofredores, e desta missão ninguém está isento. A messe é grande e precisa de operários que estejam comprometidos com a verdade, com o amor, com a justiça e com a vida. D. José Romildo Pontarolo 10 Comissão Pastoral da Terra Fiel ao Deus dos pobres a serviço dos povos da terra Profecia a Serviço da Vida: Convocada pela memória subversiva do evangelho da vida e da esperança, fiel ao Deus dos pobres, à terra de Deus e aos pobres da terra, ouvindo o clamor que vem dos campos e florestas, seguindo a prática de Jesus A CPT quer ser uma presença solidária, profética, ecumênica, fraterna e afetiva, que presta um serviço educativo e transformador junto aos povos da terra e das águas, para estimular e reforçar seu protagonismo. A CPT reafirma seu caráter pastoral e retoma, com novo vigor, o trabalho de base junto aos povos da terra e das águas, como convivência, promoção, apoio, acompanhamento e assessoria: nos seus processos coletivos: de conquista dos direitos e da terra, d de resistência na terra, de produção sustentável (familiar, ecológica, apropriada às diversidades regionais); nos seus processos de formação integral e permanente: a partir das experiências e no esforço de sistematizá-las; com forte acento nas motivações e valores, na mística e espiritualidade; na divulgação de suas vitórias e no combate das injustiças; sempre contribuindo para articular as iniciativas dos povos da terra e das águas e buscando envolver toda a comunidade cristã e a sociedade, na luta pela terra e na terra; no rumo da “terra sem males”. Funda-se portanto sob três ideiais distintos porem interligados, um compromisso com a terra, com a ÁGUA e com os DIREITOS HUMANOS. Nossos compromissos: Lutar contra o latifúndio, oficializando o estabelecimento de um limite máximo para a propriedade rural, exigindo amplas desapropriações, combatendo a grilagem e a violência no campo. Contribuir nas iniciativas que visam superar a fome, a sede e a miséria, apoiando de maneira especial as ações sobre as causas das mesmas: ausência de acesso à educação, saúde, emprego e falta de uma Reforma Agrária camponesa, entendida como um novo modelo de relação e de uso da terra e da água. Apoiar e incentivar a mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras rurais como caminho e instrumento essencial das mudanças, na construção de alternativas que se contraponham ao sistema vigente. Denunciar e combater todas as formas de corrupção, violência e atentado à dignidade das pessoas, com destaque especial ao combate às formas atuais de escravidão no campo, procurando sua definitiva erradicação. Defender a água como bem essencial à vida, combatendo sua privatização, desperdício e contaminação, especialmente por parte dos chamados grandes projetos, promovendo seu uso racional por meio de novas políticas a serviço da vida e do bem estar das maiorias, de acordo com os diversos ecossistemas. Seminarista Geilson Antonio Silva • JANEIRO | 2011 07 JANEIRO | 2011 06 JANEIRO | 2011 Com a festa do Batismo de Jesus encerramos o ciclo do natal e iniciamos o tempo comum, é a segunda epifania. É quando Jesus é reconhecido e manifestado como o filho de Deus. É a sua inserção no meio do povo sofrido em busca de vida e libertação. O batismo de Jesus nos faz lembrar que pelo nosso batismo nos tornamos filhos de Deus e membros de sua igreja, nascemos para a graça de sermos seus irmãos e participantes desse ministério como sacerdote, profeta e rei, no batismo recebemos a missão de levar adiante a palavra de Deus. 11 Batismo do Senhor Em Mt 3, 13-17 Jesus apresenta um roteiro de ação para toda sua vida – realizar a vontade do pai em seu projeto de salvação, estabelecer um reino de serviço, cumprir o que o pai lhe confiou. Com seu batismo Jesus inicia sua vida publica e vai para o meio do povo anunciar o Reino de Deus, com determinação, sem medo. Revela-nos sua missão de filho muito amado do pai, ungido pelo Espírito Santo. João Batista nos convida a partir do batismo de Jesus no rio jordão, para uma mudança radical de vida. Mudança esta que aconteceu quando ele o batizou: a transformação do batismo na água para o batismo do Espírito Santo (fogo) é o inicio de uma nova historia posse de nossas vidas, incorporou-nos à vida de Jesus Cristo e enviou- de salvação, transformação, ação e compromisso com o pai. Por meio do batismo o nosso Pai – Deus tomou nos o Espírito Santo para estarmos habilitados a lutar por Cristo, chamados a atuar no mundo pela participação real. Por isso como Cristo, devemos estar voltados para os irmãos olhando com amor para todas as pessoas que estão em nossa volta. O batismo nos abre as portas para os outros sacramentos para o compromisso que teremos com Deus e com os irmãos, não nos torna melhor que os outros, mas nos compromete em fazer o melhor pelos outros. Ser batizado é viver mergulhado no projeto de Jesus. Como batizados temos a missão de construir um mundo melhor onde haja mais solidariedade e fraternidade. O mundo não é para nós, para que nos apropriemos dele e o manipulemos em vista de nossos interesses e egoísmo. Nós é quem somos para o mundo sinais de esperança e transformação. Se nós assumirmos nosso compromisso batismal assim como Jesus, o mundo se tornara melhor, mais bonito, mais humano, mais digno, enfim, um mundo onde reine o amor que Deus nos ensinou através de seu filho muito amado, Jesus. Vivamos conscientemente nosso batismo dia após dia. Simara Bitencourt Coord. Pastoral do Batismo Pastoral dos Acólitos e Coroinhas ajudam o padre a celebrar limpo, 6. Durante os atos litúr- a missa e outras celebra- cabelos penteados (se gicos, evite conversas, ções da Igreja, em toda a tiver cabelos cumpridos, risos ou brincadeiras. sua liturgia. sempre que for servir, No seu serviço o acólito ou coroinha deve buscar Você, adolescente ou criança, já foi convidado para ser acólito ou coroinha? Se não, já pensou em se oferecer para esse serviço? Ser acólito ou coroinha é algo muito importante, pois se presta um serviço á Igreja, ao sacerdote e , principalmente, á Deus. O acólito ou coroinha 3. Esteja sempre 7. Seja educado com prenda-os), calçados e relação aos colegas e roupas bem arrumados. todas as pessoas da sempre a alegria e a dispo- 4. Seja cuidadoso com as sição, o respeito e a dedi- coisas da Igreja e do 8. Cultive o gosto pela cação as coisas sagradas. Altar, trate os utensílios oração, leia sempre um Responsabilidades dos litúrgicos com respeito, trecho da Bíblia. Acólitos e Coroinhas: como 1. Participar das reuniões, missas e demais compromissos assumidos. objetos desti- nados ao culto Divino. 5. Seja humilde e preste atenção ao que lhe for comunidade. 9. Dedique-se ao estudo da liturgia, a fim de celebrar cada vez melhor. 10. Observe o silêncio ensinado pelas pessoas na Igreja e na Sacristia. tempo para as reuniões encarregadas E mantenha a concen- e celebrações. formação. 2. Seja pontual, chegue a de sua tração, principalmente antes de começar algum ato litúrgico. Momento Litúrgico Altar: Mesa onde se realiza a Ceia Eucarística; ela representa o próprio Jesus na liturgia. O Altar é o próprio cordeiro crucificado. É o símbolo mais importante do edifício cristão. Toalha: A toalha do altar deve reduzir-se ao tamanho da mesa, parte superior, ou cair dos lados, para não decapar o altar, fazendo, assim, que ignoremos o símbolo mais importante do edifício cristão. Aniversariantes do mês de Janeiro: Carlos Augustinhak Neto- 12/01/11 Alexandre- 30/01/11 Convite: No dia 30/01/11 estará acontecendo o 2° encontrão Paroquial para Acólitos e Coroinhas. Participe. Mais informações na secretaria paroquial. São Domingo Sávio e São Tarcísio – Rogai por nós! Francisca Kosteczka Coordenadora Pastoral de acólitos e coroinhas JANEIRO | 2011 12 O MAIOR VENDEDOR DE SONHOS DA HISTÓRIA (Parte I) Do Livro “Nunca desista de seus sonhos” Autor Augusto Cury Adaptado por Jociana Campanholo Os que desprezam os pequenos acontecimentos nunca farão grandes descobertas. Pequenos momentos mudam grandes rotas. Foi isso que aconteceu a muitos séculos na vida de alguns jovens que moravam na beira da praia de um país explorado e castigado pela fome. Pequenos momentos mudaram a maneira de pensar a existência. O mundo nunca mais foi o mesmo... Alguns meninos cresceram correndo pela areia. Erguendo o semblante para o mar, diziam secretamente: “Nós pertencemos ao mar”. Assim era a vida desses jovens. Seus avôs tinham sido pescadores, seus pais foram pescadores. A história deles estava cristalizada. Os seus sonhos? Ondas e peixes. Entretanto, os peixes escassearam. A vida era árdua. Queriam mudar de vida. Mas faltavalhes coragem. O medo do desconhecido os bloqueava. Na mente desses jovens não deviam passar inquietações sobre os mistérios da vida. A falta de cultura e a labuta pela sobrevivência não os estimulavam a grandes vôos intelectuais. Viver para eles era fenômeno comum e não uma aventura indecifrável. Nada parecia mudarlhes o destino até que surgiu no caminho deles o maior vendedor de sonhos de todos os tempos. sociais, que não tinha papas na língua, que não tinha medo de dizer o que pensava elevar tão alto alguém que não conhecia? Que homem seria esse que João anunciava em seus discursos? Na mente dos ouvintes se desenhavam os mais Um pensamento era unânime: o encontro com ele seria solene. De repente, ao entardecer, surgiu discretamente um homem simples de origem pobre. Ninguém o notou. Suas vestes eram surradas. Sua pele era diferentes quadros. Alguns achavam que o homem anunciado apareceria como um rei, com vestes talares. Outros imaginavam que ele apareceria como um general acompanhado por grande escolta. Outros ainda pensavam que ele era uma pessoa riquíssima que viria numa elegante carruagem, com uma equipe inumerável de serviçais. Todos o aguardavam ansiosamente. desidratada, seca e sulcada, resultado do trabalho árduo e da longa exposição ao sol. Não tinha escolta, nem carruagem, nem serviçais. Procurava passagem no meio da multidão. Tocava as pessoas com suavidade, pedia licença e pouco a pouco conseguia seu espaço. Alguns não gostaram, outros ficaram indiferentes à sua atitude. UM CONVITE PERTURBADOR Naquelas bandas havia um homem que morava por trinta anos num deserto. Seus discursos eram estranhos. Estava perturbado com a idéia fixa de que era o precursor do homem mais importante que jamais pisaria na Terra. Seu nome era João, cognominado de Batista. Multidões se aproximavam para ver o espetáculo das suas idéias. Ele teve a coragem de dizer que o homem que aguardava era tão grande que ele mesmo não era digno de desatar-lhe as correias das sandálias. As pessoas ficavam perplexas com essas palavras. Como podia um rebelde aos padrões Subitamente os olhares se cruzaram. João contemplou o homem dos seus sonhos. Foi arrebatado pela imagem. João via o que ninguém enxergava e, para espanto da multidão, exaltou sobremaneira aquele simples homem. O homem dos sonhos de João entrou mudo e saiu calado. As pessoas ficaram confusas e decepcionadas, se dispersaram. Mergulharam novamente na sua entediante rotina. Alguns jovens ouviram falar dos sonhos de João, mas estavam ocupados demais com a própria sobrevivência. Nada os animava. O mar era seu mundo. De repente, dois irmãos ergueram os olhos e viram uma pessoa diferente caminhando pela praia. Não se importaram. Os passos do desconhecido eram lentos e firmes. O viandante se aproximou. Os passos silenciaram. Seus olhos focalizaram os jovens. Incomodados, eles se entreolhavam. Então, o estranho estilhaçou o silêncio. Ergueu a voz e lhes fez a proposta mais absurda do mundo: ”Vinde após mim que eu vos farei pescadores de homens”. Essas palavras mexeram com os segredos de suas almas. Ecoaram num lugar em que os psiquiatras não conseguem perscrutar. Penetraram no espírito humano e geraram um questionamento sobre o significado da vida, sobre o valor da luta. Todos nós deveríamos em algum momento da existência questionar nossas vidas e analisar pelo que estamos lutando. Quem não consegue fazer este questionamento será servo do sistema, viverá para trabalhar, cumprir obrigações profissionais e apenas sobreviver. Por fim, sucumbirá no vazio. O nome dos irmãos que ouviram esse convite era Pedro e André. A rotina do mar havia afogado seus sonhos. Mas apareceu-lhes um vendedor de sonhos que lhes incendiou o espírito. Com uma sentença ele os estimulou a trabalharem para a humanidade. A voz de Jesus Cristo tinha o maior de todos os magnetismos, porque vendia sonhos. Ele distribuía um bem que o dinheiro jamais pôde comprar. O mestre dos Mestres assombra os fundamentos da psicologia. JANEIRO | 2011 05 JANEIRO | 2011 04 Sirlei e Wilson falaram No dia 05/12/10 aconteceu a Assembléia Paroquial no Auditório da Secretaria Municipal da Educação. Foi um encontro marcante e muito produtivo, com a participação do Pároco Pe Emerson, Pe. Odair, Diáconos, Coordenadores e lideranças das Pastorais, Movimentos, CPC’s, CAEP e CAEC’s da Paróquia Santo Antonio da Lapa. Iniciaram as atividades com um momento cultural, música e um teatro apresentado pelos coroinhas da comunidade da Estação Nova. Após as boas vindas, no primeiro momento, as palestras ministradas conscientizaram sobre a Ação JANEIRO | 2011 13 Assembléia Paroquial Evangelizadora; a Renovação Paroquial: “Por uma Paróquia Missionária”; prioridades e linhas de ação da Diocese de São José dos Pinhais para que vivamos um Ano Missionário em nossa Paróquia; o que podemos melhorar e o que pode ser realizado através de uma Pastoral de Conjunto. Foi apresentado o resultado do subsídio da préassembléia das Pastorais e Movimentos. Foi dada a palavra aos presentes que se manifestaram sobre as perguntas do subsídio encerrando essa etapa. Após o delicioso almoço foi realizado um trabalho em grupo sobre a Missão Evangelizadora do cristão, trabalho que será avaliado pelo Pároco e o Conselho Pastoral Paroquial. Prosseguiu a assembléia coms palestras com a Pastoral Familiar falando sobre a Família que é uma das prioridades da Diocese. O Diácono Correa comentou sobre a Dimensão Vocacional, segunda prioridade, conscientizando sobre o que é a vocação e a resposta ao chamado de Deus. Também foi comunicada a criação de novas pastorais como: Pastoral da Comunicação (PASCOM) como uma forma de evangelizar e informar sobre as atividades das pastorais e Igreja, que defenda a pessoa movimentos que vive do trabalho da terra. da Paróquia, através dos meios de comu- Todas essas pasto- nicação, tema abordado por rais necessitam de líderes Emanuele Gorniski; COMIPA compromissados em fazer - Missionário acontecer o trabalho em prioridade nossa Paróquia como discí- Conselho Paroquial,como Paroquial, comentado pelo pulos missionários. liar para que o evento tivesse bom êxito. Desta assembléia será feita uma ata que será enviada ao Conselho Pastoral da Diocese e será escrito o primeiro Diretório Pastoral Paroquial. Os assuntos tratados na Assembléia foram muito importantes e o resultado muito significativo para formarmos uma Pastoral de Conjunto vivendo um Ano Missionário, pois quando unidos nos doamos a um trabalho com entrega total, contribuímos para a construção do Reino de Deus. Diácono José Romildo; o Pe. Emerson comentou Diácono João falou sobre a sobre o excelente trabalho necessidade em nossa paró- desenvolvido pelos Diáconos quia da Pastoral da Pessoa em nossa Paróquia e as com Necessidades Especiais, mudanças nas coordenações visando à importância da das Pastorais e Movimentos acessibilidade de portadores apresentando os novos coor- de deficiência ou com mobi- denadores. lidade reduzida; e foi comen- encontro, foi feito o agrade- tado pelo Diácono Bráz e o cimento a todos os partici- seminarista Geílson sobre a pantes e os que de alguma Daysi Mendes Pastoral da Terra vinculada a forma se prontificaram a auxi- Coordenadora do CPP Finalizando o Cliks durante a Assembléia Paroquial Pe. Emerson motivou a Assembléia a partir da Ação Evangelizadora no Paraná. O Pároco com o CPP deliberam a criação de um Diretório de Pastoral Paroquial. Diác. Romildo falou da urgência da criação de um COMIPA. Sirlei e Wilson falaram da prioridade diocesana: Família. Diác. Correa falou da prioridade diocesana: Dimensão Vocacional. Emanuelle Gorninski falou da criação da PASCOM em nossa Paróquia. A coordenação do CPP acolheu os participantes de todas as comunidades. A secretaria de Educação ficou lotada de agentes de pastoral de toda a Paróquia. Ponto Alto da Assembléia: Trabalhos em Grupos para ampliar as decisões na Ação Evangelizadora de nossa Paróquia. Os Acólitos e Coroinhas proporcionaram momentos de cultura e espiritualidade. Diác. João falou-nos da necessidade de ampliar os projetos na dimensão social. Pe. Emerson e Pe. Odair animaram a Assembléia com casos e causos. JANEIRO | 2011 14 Grãos de Mostarda 02 de Janeiro – EPIFANIA DO SENHOR – Cor Branca O relato sobre a longa viagem dos reis magos que vieram até Belém em busca do “rei dos judeus” para adorá-lo sempre fascinou as pessoas. “Vimos a sua estrela no Oriente e a seguimos”. Os magos não conheciam nada sobre o mistério do Messias. Nunca tinham ouvido falar de um Deus que por seu infinito amor pela humanidade, se tinha feito pessoa de entregar-se pela humanidade. “Jesus de Nazaré foi ungido por Deus com o Espírito e com poder. Ele andou por toda a parte fazendo o bem e curando...” (At 10,38). A primeira atitude de Jesus já demonstra o que é o Reino. Cumprindo as profecias do Antigo Testamento, Deus vem para a Galiléia dos pagãos. Jesus não começa por O Batismo cristão, mais do que lavar a sujeira do pecado, é o sacramento que nos Jerusalém, não é saduceu ou escriba, não pertence à casta sacerdotal. Jesus é um homem faz participar da mesma unção do Cristo. Somos também selados pelo mesmo Espírito. do povo e vem de um território desprezado, de um local sem relevância. Aqui vemos a Desde o Batismo recebemos o nome de cristãos (=enviados, ungidos). Fomos também gratuidade de Deus, que se demonstra pela predileção de Jesus pelos pequenos, pobres crismados (termo muito semelhante a palavra Cristo, que também significa ungido e e pecadores, pela sua quebra de paradigmas, por suas atitudes desconcertantes. Ainda enviado). Nossa vida cristã é uma vida de identificação com a missão de Jesus Cristo. hoje, Deus vem onde menos esperamos. Esperamos encontrar Deus somente nas Igrejas, No entanto, a maioria dos batizados não compreende o sentido de sua missão. Ainda nas catedrais, e esquecemos de perceber que Ele vem em cada ser humano, sobretudo as crianças são levadas para o Batismo por uma tradição vazia, por superstição, por ato naquele que é mais sofredor. Todos os dias, de algum modo, Deus nos visita e nos traz É que para eles o mistério do Messias compensava qualquer cansaço. Não sabiam social... Alguns acham que se trata de um carimbo para o Céu. Sem negar a graça do uma grande luz ou nos dá oportunidade para que tiremos alguém das sombras... onde estava a tal estrela de Belém, nem podiam imaginar o que ou quem encontrariam. Batismo (que nos dá o Espírito, apaga o pecado original, faz-nos filhos...), não podemos O Reino dos céus é um ato gratuito que depende da iniciativa de Deus em seu A sua guia era aquela estrela que não parava, e os estimulava a ir em frente, guiando- concebê-los sem que o batizado esteja disposto a viver a identificação com Cristo. É amor, mas precisa de pessoas que acolham a sua proposta. É assim que começa a lhes os passos até Jerusalém. Ali a estrela desapareceu. Quem sabe como se quisesse preciso resgatar o sentido do Sacramento que nos faz discípulos – missionários. vida pública do Jesus. Decorrente do anúncio do Reino é o chamado para homens humana e nascido em Belém. Simplesmente se deixaram conduzir pela sua estrela do Oriente e empreenderam aquela longa viagem. dizer-lhes que não era naquela cidade e naquele ambiente que tinham se recusado Cabe ressaltar que esta missão do Messias não é realizada pela força. A imposição como Pedro e André, Tiago e João. Assim como eles, somos convidados a abraçar a a acolher Jesus que eles encontrariam o Messias. Os magos tinham as indicações do fundamentalista que obriga, oprime, sufoca e exige sem ternura não está nos planos proposta de Jesus. Para segui-lo “deixam tudo”. Aqui está o maior entrave para que profeta: “E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as cidades de de Deus. O servo anunciado pelo profeta Isaías é tão suave e manso que não quebra a deixemos à força do Reino entrar nossa vida: a necessidade de renunciar. Ainda o Judá, pois de ti sairá aquele que guiará meu povo, Israel”. cana que está quase rompendo, nem apaga a chama que quase se apaga. Sua voz não apego ao dinheiro, às pessoas e às situações nos amarram e não nos deixam entre- Eles conversaram com o rei Herodes, mas este estava com medo de um possível é uma gritaria pelas ruas. Muitos pregadores deveriam estar atentos a esta palavra.Que gues nas mãos de Deus. Mesmo os apóstolos depois exigiram recompensas, e Jesus pretendente ao seu trono. Queria matar esse menino de Belém, como de fato tentou, neste dia, seja renovada a nossa unção de filhos e filhas de Deus. Que possamos ser luz com sua pedagogia foi ensinando o que ele esperava de cada um deles. Seria neces- mandando matar todos os meninos com menos de dois anos de idade. Os magos para o mundo, orientação para os que precisam de um caminho seguro e promotores da sário aceitar o convite, renunciar e abraçar o serviço missionário do Reino! então partiram. E a estrela que tinham visto no Oriente os precedia, até que chegaram liberdade para todos os que estão escravos. Que nossa ação no mundo se realize pela ao lugar onde estava o Menino. Ao verem de novo a estrela os magos sentiram uma mansidão e ternura, tão necessárias no mundo do ódio e da intolerância! segunda união os responsáveis pela advertência de São Paulo sobre a falta de discer- alegria muito grande. Entraram e viram o Menino com Maria, sua mãe, e ajoelhados, o adoraram. Ofereceram-lhe seus presentes como para dizer “muito obrigado” por O Reino dos céus depende da comunhão, supera os preconceitos e as divisões. A comunidade de Corinto era dividida. Certamente não foram os casais de 16 de Janeiro – II DOMINGO DO TEMPO COMUM – Cor Verde terem-no encontrado, depois daquela longa viagem que tinham feito. nimento na Comunhão (cf. 1Cor 11,29). O que afetava a comunidade era a comunhão. Estavam, como vemos na segunda leitura, divididos em partidos, entre Apolo Os magos são a expressão do chamado à salvação que Deus faz a todo gênero humano. Para a homilia de hoje, gostaria de ter aqui a meu lado uma estante e um grande (um homem eloqüente), Cefas e Paulo. O apóstolo exorta para que a comunidade Eles são também a expressão da nova história de Deus com a pessoa humana, uma historia bloco de papel, para poder manifestar progressivamente a transformação sobre a qual vou falar. Portanto, deixe-me tentar, comunicar em palavras e expressões faciais (para tome consciência de que somos de Cristo. Hoje é um apelo para todos nós. Somos de amor e de salvação. Vale à pena refletir sobre essa “grande alegria” que os magos tiveram quando viram de novo a estrela para guiá-los. não dizer caretas) o que pensava em apresentar por meio de desenhos. Antes de tudo a estrela simbolizava a busca deles por Alguém que os atraía misteriosamente ao ponto de levá-los a fazer uma longa e cansativa viagem. Nossa vida é sempre um caminho para o encontro com Jesus. Somos todos um pouco como os magos. Para conhecer uma pessoa temos sempre que buscá-la. Sim, Imaginem, por gentileza, uma cara bem tristonha e fechada. Dá dó só de vê-la. De quem é esta cara perguntam? É de qualquer pessoa antes da vinda do cordeiro. O cordeiro é aquele proclamado há pouco, que tira o pecado do mundo, e o pecado é algo mais abrangente, mais multifacetado, do que a gente pensava. porque quando se trata de uma pessoa, conhecer é um caminho que se faz durante a Agora, lá vem ele, este cordeiro, cuja aproximação em nossas vidas tira o pecado vida toda. Sempre teremos o que encontrar sobre o mistério, sobre o amor, sobre as do nosso mundo. Vejam aqui, imagem número dois - a boca ainda curvada para pessoas e os ensinamentos de Jesus. baixo, mas os olhos um pouco mais calmos, mais leves. O caminho dos magos é também o itinerário de nossa fé: sair de nós mesmos para caminhar ao encontro do Senhor. Enquanto olhamos para o “eu”, para os interesses particulares, o Reino de Deus está muito longe de nós. Que o convite de Jesus nos faça mais abertos às diferenças, mas fraternos, mais conscientes de que comemos do mesmo pão, embora sendo muitos. Que estamos aqui para que o Senhor nos “faça um só corpo e um só Espírito!” 30 de Janeiro – IV DOMINGO DO TEMPO COMUM – Cor Verde Todos os homens, sem exceção, desejam a felicidade, a bem-aventurança. Mas O que foi que o cordeiro tirou? Neste passo inicial, ele tirou as cócegas do pecado, têm sobre ela idéias diferentes: para um, a felicidade está na voluptuosidade dos aquilo que a teologia clássica chama de concupiscência - um impulso desassossegado e sentidos e na doçura de vida; para outro, está na virtude; para outro ainda, está O caminho dos magos e o nosso é por vezes luminoso e agradável: vemos com nunca satisfeito de ir atrás de alguma satisfação que a nossa consciência nos avisa que não clareza a estrela de Deus em nossa vida. Mas às vezes temos a sensação de que a é para o nosso bem, nem para a glória de Deus. Impossível manifestar a paz nos olhos estrela sumiu e o caminho então passa a nos parecer longo e cansativo. enquanto sentimo-nos incessantemente impelidos a realizar ações que violam os nossos Por isso, de coração, hoje pedimos: “Senhor, guia-nos sempre e em toda parte com princípios mais profundos. É uma situação de conflito constante: querer fazer o que no a vossa luz celeste, para que possamos acolher com fé e viver com amor, o mistério de fundo a gente não quer fazer. Portanto, quando o cordeiro tira este aspecto do pecado de que nos destes participar”. nossas vidas, some a expressão assombrada de nossa cara, e voltamos a viver com uma vontade só, e não com uma guerra de duas vontades antagônicas. 09 de Janeiro – BATISMO DO SENHOR – Cor Branca divididos em denominações, em movimentos e linhas e na própria comunidade. Convido-os a olhar para a imagem número três. Percebem como as linhas de tensão saíram da testa do sujeito, enquanto o cordeiro avança para nós? O que aconteceu desta no conhecimento da verdade. É por isso que Aquele que ensina todos os homens começa por recuperar os que se afastaram, orientando os que se encontram no caminho certo, e abrindo a porta aos que batem. Assim, pois, Aquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida, recupera, orienta abre a porta, e começa a fazê-lo dizendo: Felizes os pobres em Espírito. A falsa sabedoria deste mundo, que na realidade é loucura, pronuncia-se sem compreender o que diz; considera bem-aventurados os filhos do estrangeiro, cuja boca só diz mentiras, e cuja direita jura falso, porque os celeiros deles estão fornecidos com todas as espécies, os seus rebanhos multiplicam-se aos milhares, em João Batista batizava para o perdão dos pecados, visando preparar a todos para vez? O cordeiro nos curou do ato do pecado. O próprio ato do pecado é sempre experi- a vinda do messias. Não era ainda o Batismo do Novo Testamento, não era o nosso mentado tanto como alívio quanto como derrota. Alívio porque a gente cansou de resistir; Batismo. O Evangelho de Mateus manifesta, assim, a surpresa do Batista que não aceita derrota, porque todo o esforço da resistência não deu em nada, a gente acabou cedendo, dispor do rito ao próprio Jesus. Se alguém tinha que batizar ali era o messias. Então, por Filho por natureza, a mão direita do Pai, a boca que fala verdade, proclama felizes acabou vencido em seu compromisso com Deus. Agora, porém a vinda do cordeiro traz que Jesus foi batizado? os pobres, que estão destinados a serem reis do Reino eterno. Ele parece dizer: uma força de resistência eficaz Nós conseguimos dizer - e até repetir, caso for necessário Procurais a bem aventurança, mas ela não se encontra onde a procurais; correis, - um não ao impulso do pecado. Ele pode bater na porta de nossa casa mil vezes, mas não mas correis fora do caminho. Eis o caminho que conduz à felicidade: a pobreza entra. Engraçado, a luta ainda continua, mas o estresse já passou. voluntária por minha causa, é esse o caminho. O Reino dos céus em Mim, eis a bem- Para se tornar solidário aos pecadores. Mesmo sem pecado, Jesus deseja estar no meio dos pecadores. O Senhor quis descer para resgatar a todos; o caminho da salvação é o rebaixar-se e encontrar o caído onde ele está. “Para cumprir toda a justiça”: para que o Plano da Salvação se cumpra. Ele veio 23 de Janeiro – III DOMINGO DO TEMPO COMUM – Cor Verde para realizar a vontade do Pai, para cumprir as profecias. Cumprir a justiça, para Jesus, dezenas de milhares os seus campos. Mas todas estas riquezas são incertas, a paz deles não é a paz. A alegria deles é estúpida. Pelo contrário, a Sabedoria de Deus, o aventurança. Correis muito, mas quanto mais depressa avançais, mais vos afastais da meta. Não temamos, irmãos. Somos pobres, ouçamos a palavra do pobre, que recomenda a pobreza aos pobres. Podemos acreditar na Sua experiência. Tendo “Convertei-vos, porque o reino dos céus está próximo!” Assim, Jesus começa a nascido pobre, viveu pobre e pobre morreu. Nunca quis enriquecer; antes aceitou Para manifestar o Espírito e marcar o início de sua missão: O Batismo de Jesus é marcado sua pregação. O reino dos céus é o núcleo central da pregação de Jesus. De fato, morrer. Acreditemos, pois, na Verdade que nos indica o caminho que conduz à por um sinal de manifestação de Deus que o declara o “filho amado”. A ação do Espírito faz Ele veio para nos dizer que o Reino se aproxima e que um dia virá, que está ao nosso vida. Trata-se de um caminho árduo, mas curto; e a felicidade é eterna. O caminho dele o “ungido” do Pai: é o Cristo (=Messias, ungido, enviado), aquele que recebeu a missão alcance; e não só fala, como age para que este Reino se torne visível entre todos. é estreito, mas conduz à vida. é doar a vida a todos. JANEIRO | 2011 03 JANEIRO | 2011 JANEIRO | 2011 02 01/01 (Sábado) 09h Vila do Príncipe 18h Água Azul de Baixo 10h30 Carqueja 02/01 (Domingo) 18h Carqueja 19h Santuário Água Azul de Cima Rio da Areia 19h30 Santa Regina 20h30 Santuário 15 09h Paiol 08h Mato Preto Machado 18h 10h30 Matriz 09h Santuário 19h30 10h30 Capão Bonito 09h30 Palmital Cima 10h30 Mato Preto Povinho 10h30 Pedra Alta 14h Fazenda Lagoa Dourada 10h30 Matriz 11h Faxinal dos Dias 16h Matriz 14h Canoeiro 19h Santuário 17h30 Cohapar 09h Santuário 15h30 Mato Queimado 19h Matriz 10h30 Estação Nova 15h30 Vista Alegre 08h30 Educandário 20h30 Vila São José 10h30 Matriz 17h Colônia Johannesdorf 14h30 Matriz 13h Km 202 14h30 Hospital São Sebastião 07h30 São Lucas 13h Faxinal dos Corrêas 09h Santuário 19h Santuário 07/01 (1ª Sexta-feira) 08/01 (Sábado) 09/01 (Domingo) 17h Santos Reis 19h Santuário 16h Vicentinos 10h Vila José Lacerda 19h Km 246 16h30 Santos Reis 10h30 Matriz 18h 19h30 15/01 (Sábado) 16h Matriz 17h30 Vila Esperança 19h Matriz 16/01 (Domingo) 16h 19h30 19h Palmital Baixo 22/01 (Sábado) Matriz Hospital São Sebastião Matriz 23/01 (Domingo) 07h30 V.ila José Lacerda 09h Santuário 10h30 Faxinal dos Pretos 10h30 Campina das Dores 10h30 Bonito 19h Santuário 20/01 (Quinta-feira) 16h Água Azul de Cima Matriz 29/01 (Sábado) 13h Fazenda dos Forjos 14h30 Espigão Branco 16h Matriz 16h Espigãozinho 17h30 Faxinal dos Pintos 19h Matriz 30/01 (Domingo) 07h30 Marafigo 08h30 Passa Dois 09h Santuário 10h I Faxinal 10h30 Matriz 10h30 Santo Amaro 11h15 Bonito 19h Santuário Agradecimento Nesta primeira edição do BIP para o ano de 2011, deixo registrada minha gratidão a todos que colaboraram no decorrer de 2010 para que mensalmente nosso informativo fosse publicado. Um sincero muito obrigado a todos que colaboraram com seus textos e um agradecimento especial às empresas e profissionais que com seus anúncios viabilizaram a impressão deste jornal. A todos rogo as bençãos de Deus por intermédio de Santo Antônio e São Benedito, e conto com a continuidade desta parceria na nobre missão de informar e evangelizar. Pe. Emerson Lipinski JANEIRO | 2011 16 Seminarista Sidnei celebra aniversário na Casa Paroquial. Pe. Emerson dá investidura a coroinhas na comunidade de Km 202. Nossos padres celebram Tríduo Vocacional em Itaiópolis/SC Na casa do Diác. Bráz jantar de confraternização de final de ano. Comunidade de Menino Jesus, na Vila José Lacerda, comemora Jubileu de Prata. Diác. Adriano faz juramento de fidelidade a Igreja em reunião do clero. Crianças se alegram no Mato Queimado com a chegada do Pároco. Pe. Emerson e Adriano, após atolarem com o Troller, celebram missa na comunidade de Paiquerê. Amigos da comunidade de Fazenda dos Forjos ajudam Padre a retirar Troller do atolamento..