Informativo da Paróquia de Santo Antonio da Lapa | Nº 38 | Ano IV | Janeiro 2011
JANEIRO | 2011
Deus que se esconde numa
roda de chimarrão...
Fico a pensar como foi acelerado
o ano de dois mil e dez. Parece que
nem o vi passar. A ritualidade da vida
perdeu o encanto muitas vezes pelo
ritmo impresso. A vida muitas deixou
de ser celebrada, pois celebração
exige pausas. Celebração exige silêncios e reflexões. Por vezes o excesso de
afazeres tirou-me a possibilidade de
viver. Houve momentos em que perambulei, não vivi.
Estes dias estava assistindo um
filme e ouvi uma frase que me marcou:
“Morrer é fácil, o difícil é Saber Viver”. O
aceleramento das atividades impedem
saborear o acontecimento. É igual
comer rápido, dá indigestão. No fazer
por fazer há uma irresponsabilidade
com a vida dom, estamos morrendo
devagarinho assolados por uma imensidão de sentimentos que precisam ser
sentidos para não virarem doenças.
Sempre penso nisso. Vejo que sou
impulsivo em minhas ações, no ato de
fazer muitas coisas. Tudo ao mesmo
tempo, mas sem degustar, sem experimentar, sem experienciar...
Morrer é fácil, difícil é aprender a
viver, fazer as pausas necessárias para
que a vida seja celebração. Gostaria
que neste ano pudéssemos juntos
tentar... Levar a vida no Remanso de
um Rito que eleva e faz transcender.
No remanso de algo que preenche o
interior e emociona. Sentir a vida pulsar
contemplando cada cena e recolhendo
o simbólico de cada ato.
Tudo caminha rápido, mas vamos
nos comprometer a não deixar o ritmo
se perder ao nosso controle. Fazer cada
coisa de uma vez, na intensidade que
cada feitio merece. Ser intenso em tudo
e não deixar o encanto de cada hora
passar sem que percebamos...
Deus precisará ser o Centro. Muitas
vezes ele fica esquecido por aquilo que
não é o essencial. Ele precisará estar
em primeiro lugar. Missas, novenas,
orações... Não deixarei por nada. Na
corrida do dia-a-dia há uma tendência
de deixar Deus como supérfluo. Ele é
o principal. Se não nos esquecermos
Dele, tudo mais virá por acréscimo!
Em 2010 tivemos inúmeras felicidades. Graças foram derramadas...
Chuva de Bênçãos, aliás. Mas houve
colheitas infelizes, frutos colhidos sem
madurarem. Descobri que a pressa não
vale a pena. Guimarães Rosa disse que
“felicidade é muito mais que alegria
temporária, satisfação que a vida
permite em horinhas de descuido”.
Em 2011 quero alegrias perenes,
não aquelas que esvaem rápidas
demais sem poder degusta-las. Quero
harmonia interior para sorrir independente das dissonâncias e inadequações
do tempo presente.
Enfim, quero preparar o meu ano
que se inicia. Não vive-lo de qualquer
jeito e na improvisação. O desafio
é grande, mas quero manter vivo o
compromisso de uma observância
cotidiana. Não quero atropelar os
momentos. Cada parte do ritual da vida
vai ser celebrado, e cada instante vou
recolhê-lo em mim, eternizando para
depois lembrar. Para cada dia uma luta
para montar a felicidade desejada e
esperada.
Não perder tempo com quem não
me ama e me rouba de mim. Quero
fazer a diferença na vida das pessoas
e interferir com meu ministério para
tornar mais bela à vida das pessoas que
amo e me amam.
É isso... É urgente! Quero logo celebrar 26 de dezembro, feriado religioso
na Lapa, dia de São Benedito e dizer:
Eu consegui. Em 2011 vivi. Em 2011 fui
feliz no cotidiano, na simplicidade de
abraço e de cada olhar. A ritualidade da
vida encontrou lugar no meu coração...
nas pausas e silêncios experimentei
algo nunca então sentido. Deus que se
esconde numa roda de chimarrão...
Nós dizimistas não podemos
entender a devolução como
troca de favores, devemos fazer
essa devolução com amor,
sem segundas intenções, sem
exigirmos que a Igreja realize
obras para incentivar a participação da devolução, porque
mostrar obras é próprio dos políticos e não da Igreja.
Devemos participar do dízimo
com apenas um sentimento
- “Entrar em comunhão com
Deus, participar de seu plano
de salvação e estar em comumunião com a casa de Deus e a
comunidade”.
O dízimo é pessoal, não deve
ser visto como troca mais sim: “Eu
e Deus”. Nós devolvendo a Deus,
fazemos nossa parte, sem nos
preocuparmos com o que vai ser
feito do nosso dízimo. Deus faz
parte dele, que é a orientação das
pessoas que irão trabalhar nesta
pastoral, para que o dinheiro seja
empregado, obedecendo a três
importantes dimensões:
1. Dimensão religiosa: manter
todos os gastos da Igreja;
reformas,
construções,
pinturas, salários, materiais
litúrgicos, água, luz, telefone,
materiais de limpeza, etc...
2. Dimensão Missionária: investir
nos diversos grupos (pastorais)
da igreja quer seja dos jovens,
adultos, crianças ou idosos...
3. Dimensão Social: Investir em
obras de caridade, ajudar aos
mais necessitados.
Quando permitimos sermos
conduzidos por Deus, tudo acaba
bem em nossas vidas. É isso que
está faltando às pessoas - Fé Entregar-se a Deus e tê-la como
primeiro plano de nossas vidas.
Dízimo é a entrada em comunhão com Deus, é a partilha, mas
para chegarmos a isso, precisamos
educar nossa fé. Quando é Deus
que pede, a oferta é conforme
manda nossos corações e corações conscientizados conhecem
seus deveres, conhecem as neces-
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sidades da sua paróquia, e na hora
da devolução dos nossos dízimos
atenderemos com amor e fidelidade ao pedido de Deus.
É com muita satisfação que
agradecemos o apoio de todas
as Pastorais e Movimentos no
processo de conscientização das
pessoas do verdadeiro significado do dízimo.
Aos dizimistas nosso carinho
fraternal pela dimensão do gesto
de despojamento e comprometimento com Deus. Vocês não
vão se arrepender, é promessa
do Senhor da Vinha.
Aos agentes do Dízimo nosso
muito obrigado pela disciplina e
dedicação, pelas orações, pela
certeza de que cumprem um
chamado de Deus. O sim de
vocês é muito bonito porque
mostra o grau de compreensão
das verdades do céu.
Desejamos que o ano de 2011
continue sendo abençoado pela
Sagrada Família de Nazaré: Jesus,
Maria e José. A Paz de Cristo!
Reni - Pastoral do Dízimo
Demonstrativo
Financeiro do Dízimo
No mês de novembro
478 dizimistas (Igreja Matriz,
Santuário Diocesano e Casa
Paroquial) fizeram à partilha
com R$ 10.389,26.
A Pastoral do Dízimo agradece a todos e roga muitas
bênçãos a São Benedito e a Nossa
Senhora do Perpétuo Socorro.
O seu aniversário natalício
acontecerá neste mês, estaremos
invocando as bênçãos de Deus
sobre você. “Deus te guarde,
mostre a sua face e compadeça de
ti. Volva o seu olhar e te dê a paz”.
Pe. Emerson, Pe. Odair, Pe.
Conrado e a Pastoral do Dizimo
desejam um venturoso e abençoado Ano 2011 a todos os
paroquianos.
Nº CAD.
DIZIMISTA ANIVERSARIANTE
DATA
NASC.
275
Eloi de Souza Rasmussen
1-Janeiro
383
Tania Benedita Neves da Silva
1-Janeiro
297
Benedita de Morais Trindade
2-Janeiro
331
Maria da Conceição Tuchinski Hoffmann 2-Janeiro
23
Ana Maria de Oliveira Santos Lima
3-Janeiro
553
Reinaldo Baggio Kleinschmidt
3-Janeiro
882
Thiago Giuliani
3-Janeiro
197
Isaura Antonia Follador Meira
4-Janeiro
423
Ivete Mattar Fagundes
4-Janeiro
342
Julia Sampaio Pedro
4-Janeiro
590
Leonil dos Santos Bueno
4-Janeiro
495
Rafael M. Benevides
4-Janeiro
161
Leo Horning
5-Janeiro
411
Alberto José Vloet
6-Janeiro
408
Benedita de Siqueira Colaço
6-Janeiro
785
Gabriel Trindade Schaphauser Silva
6-Janeiro
786
Geni A. L. Gonçalves
6-Janeiro
78
Helio K. Skiba
6-Janeiro
478
Antonio Furmann
7-Janeiro
762
Maria Lucia Matheus
7-Janeiro
15
Benedita Catarina Vieira
8-Janeiro
351
Maria Bernadete Morais de Meira
8-Janeiro
376
Rosa Levandoski
12-Janeiro
140
Gabriel Zeve
13-Janeiro
Valério Schmidt
13-Janeiro
824
81
Vanilda Stanilowski
13-Janeiro
866
Olga M. Magalhães de Almeida
13-Janeiro
187
Geny Martins
14-Janeiro
568
Ignes Varchaki Lech
14-Janeiro
277
Irene C. Ramos
14-Janeiro
530
Vinicius Pimenta Pedro
14-Janeiro
Carmelina Ribeiro
15-Janeiro
167
9
Nilza T. C. Weinhardt
16-Janeiro
73
Erly Terezinha da Silva Horning
17-Janeiro
94
Izabel Pierin
17-Janeiro
146
Terezinha Meira
17-Janeiro
273
Antonio Carlos Oliveira Rosa
18-Janeiro
894
Floripe Almeida Ramin
20-Janeiro
321
Evanildo Skura
21-Janeiro
432
Lia Márcia Kugeratski de Souza Marin
21-Janeiro
113
Pedro Caus
21-Janeiro
584
Adriane Medeiros Graminho
22-Janeiro
207
Cerli Gostinhak
22-Janeiro
639
Vicente Novaki
22-Janeiro
807
Lucia Mordaski Gurski
22-Janeiro
503
Francisco Prestes
23-Janeiro
602
Gabriel Kominkievicz
23-Janeiro
822
Sirlei de Fatima Mendes Deda
23-Janeiro
831
Francieli S. S. Lima
24-Janeiro
679
Jucélia Aparecida da Silva
25-Janeiro
715
Marli G. dos Santos
25-Janeiro
637
Terezinha Souza Vieira
25-Janeiro
801
Maria J. P. Trindade
25-Janeiro
313
Edviges Woitovicz
26-Janeiro
562
Josiane Aparecida de Freitas
26-Janeiro
692
Iolanda Lechinski
27-Janeiro
365
Nair M. Pedro Sampaio
27-Janeiro
92
Camila Zapte da Silva
29-Janeiro
252
Terezinha Riceto de Almeida
29-Janeiro
483
Darcy Landarin
30-Janeiro
485
Divanira Terezinha Rosa
30-Janeiro
875
Daniel Krupa
30-Janeiro
84
Lucia Hoffmann
31-Janeiro
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03
26 de Dezembro – Dia dedicado a São Benedito
O Município da Lapa,
quando suas terras ainda
pertenciam a uma Sesmaria
da Comarca de São Paulo, ao
ser elevado a vila e depois
“LAPA”,
conquistou
dois
padroeiros. Santo Antonio
venerado pelas famílias mais
abastadas e São Benedito o
“Santo dos Escravos”.
Quando fundada a cidade
em 1769 – os habitantes receberam com alegria, a imagem
nova de Santo Antonio, vinda
de Portugal. Assim nasceu a
Matriz de Santo Antonio, construída por escravos. Foram
quinze anos de trabalho,
muitos morreram e ali mesmo
debaixo do solo foram
enterrados.
Pronta a Igreja, a imagem
trazida de Portugal, ocupou
o altar principal, lá permanecendo até os idos de 1980
quando foi retirada do altar,
quem sabe por colecionadores, ou por alguém interessado apenas em vendê-la
para fazer dinheiro.
Ate hoje, os lapianos
lamentam esse desaparecimento da imagem banhada
a ouro e com resplendor de
prata e que atravessou mares
ate ser depositada no altar
mor da nossa tão querida
Matriz de Santo Antonio.
Se por um lado a Matriz
de Santo Antonio, recebia os
coronéis da cidade, os comerciantes, donos de terras,
enfim a comunidade que
aos poucos ia se formando.
Por outro lado lá estavam os
“escravos”, servindo os seus
senhores.
É difícil quem desconheça
esta triste página da história
do Brasil “a escravidão”. Na
Lapa não foi diferente, até
hoje existem resquícios de
ferros, senzalas, documentos
que comprovam a triste
época dos escravos.
Eu fico a pensar como foi
que o mulato “Peteca” talhou
na madeira uma imagem de
São Benedito, o santo dos
escravos, num tempo em que
São Benedito era venerado,
mas não beatificado, isto é,
não era ainda um santo reconhecido pela igreja.
E se ainda não era Santo,
como “Peteca”, o reconheceu,
talhando-o na madeira e
coroando-o com coroa de
prata e Jesus no colo?
Me emociono com esta
reflexão, e toda vez que
contemplo a imagem
do Santo no altar mor
da
Igreja
Santuário
Diocesano
de
São
Benedito me reporto a
Peteca.
Quanta
emoção,
toques de mãos, olhares
elamadores e de gratidão,
de todos aqueles peregrinos que aqui já estiveram cumprindo suas
promessas em agradecimento ao Santo dos
pobres.
Toda a fé e devoção
devotadas
a
São
Benedito, por milhares e
milhares de peregrinos
que marcavam em seus
calendários o dia 26 de
dezembro, consagrado
ao Santo por todos
aqueles e aquelas que lá
pelos idos de 1700, serviam
seus senhores, e sofriam
toda a sorte de humilhação e preconceito, é que
fazemos esta retrospectiva.
Mas, foram estes que celebravam seus Natais, no dia 26
de dezembro com os restos
das ceias de seus senhores e
que ao compartilhar as sobras
criaram a “Congada” – única
dança do Brasil em homenagem a São Benedito.
Dança esta, que permanece
ate os dias de hoje, e que precisa
ser incentivada, pois representa
a tradição de um povo, que atravessou mares e que fez do Brasil
o país da maior miscigenação de
raças.
Na Lapa, a maior festa religiosa, era a celebrada em honra
a São Benedito – no dia 26 de
dezembro. Esta tradição durou
mais de dois séculos. Grande
festa, ponto de encontros, de
celebrações, de pagamentos
de promessas, mas acima
precisa ser resgatada e
vivida nos dias de hoje.
Na Lapa, com o “Santuário
Diocesano de São Benedito”,
obra
revitalizada,
fé
mantida, devotos de todos
os cantos que clamam por
um dia devotado ao Santo,
fez com que a Igreja e o
poder publico municipal,
estudassem o calendário de
festas religiosas para que
fosse possível dedicar um
dia, que fosse especial, e
que lembrasse a tradição
histórica da Lapa, para
dedicar a “São Benedito”,
de tudo, data comemorativa
ao Santo Negro, o Santo dos
escravos, o Santo dos pobres
que comemoravam seus natais,
no dia seguinte aos demais e
faziam deste dia, o maior de
todos. Veneravam a imagem
do Santo com o menino Jesus
no colo, cantavam e dançavam
em sua homenagem.
Uma
tradição
que
perdurou
por
séculos,
também padroeiro da Lapa.
Por iniciativa do Pe.
Emerson Lipinski, nosso
pároco, que enviou pedido a
Câmara de Vereadores, e esta
institui Projeto de Lei – 26
de dezembro – no qual seria
feriado religioso em homenagem ao Santo dos pobres.
Pe. Emerson, em depoimento, assim refletiu e se
manifestou:
“Relendo a história de
nossos antepassados e acompanhando a historia do povo
católico que venho pastoreando, vejo que o Franciscano
São Benedito é tão venerado
quanto nosso Padroeiro Santo
Antonio. Sabe-se que pela
historia que 26 de dezembro
era o natal dos escravos, e,
havia a tradicional veneração
do Santo Negro com danças
da congada (única no Brasil
dedicada ao santo), era dia
Santo de guarda por parte dos
escravos para honrar o Santo
popular, bem como para toda
a população que apegava-se
em preces ao venerado São
Benedito.
Com o passar dos anos
elevou-se em nosso Município
um monumento histórico
para a veneração de nosso
“São Bentinho”.
A grandiosidade do templo
é admirada por turistas de toda
parte que a esta cidade recorre.
Dom
Ladislau
Biernaski,
primeiro bispo diocesano
de nossa Diocese, inclusive,
elevou tal igreja a categoria de
Santuário Diocesano, tamanha
relevância o mesmo tem para
os nossos diocesanos e para a
comunidade católica do Brasil".
Em minha pesquisa não
encontrei outro Santuário
dedicado ao Santo na América
Latina, crendo eu, ser o nosso
maior do mundo, maior inclusive que o de Palermo na
Itália, onde se encontra a relíquia do Santo.
O vereador João Renato
estudou a lei dos feriados municipais religiosos e em sua interpretação após muito ler, viu
que era possível o acréscimo de
mais uma data em nossa cidade,
visto que a lei contempla quatro
feriados religiosos, e, o nosso
município contém apenas três,
a saber: Corpus Christi, Sexta
– feira da Paixão e o Padroeiro
Santo Antônio. Ressalto: Nossa
Senhora Aparecida, Finados e
Natal, são feriados nacionais.
Dessa forma, Pe. Emerson da Silva
Lipinski enviou correspondência
ao nobre Vereador João Renato
Afonso, para que ele juntamente
com os demais membros da
Câmara de Vereadores criassem
Projeto de Lei visando recuperar
a tradição do município católico, bem como valorizar a fé e a
devoção ao nosso São Benedito,
celebrado com solenidade por
nossos antepassados em 26
de dezembro, e hoje por nós
esquecido.
Sendo a lei aprovada pela
Câmara Municipal e sancionada pelo Exmo. Sr. Prefeito
Municipal Sr. Paulo César
Furiatti, o Município da Lapa
passará a partir do ano de
2011, comemorar a data de
26 de dezembro O Dia de São
Benedito.
Podemos lembrar o testemunho de fé e esperança
herdados por São Benedito.
Certa vez acolheu um pobre
homem cego que, segurando uma corda com um
cãozinho, veio pedir ao Santo
para que tivesse pena dele.
Como sempre, o amor de Frei
Benedito fazia a pessoas alcançarem os seus milagres, recuperando a esperança e fortalecendo-se sem desanimar.
Palavras do Pe. Emerson:
"Nada mais justo celebrar o dia
de São Benedito, na data que
nossos antepassados escolheram e recordar o “Natal
dos Pobres”, único dia em que
seus patrões permitiam que
celebrassem, até porque eram
muitas as sobras".
Vilma P. Wille
Pastoral da AIDS
JANEIRO | 2011
04
A Lapa celebra Ordenação Diaconal de um dos seus filhos
Emanuelle Gorninski
Na tarde do dia 12 de
dezembro, em uma bonita
e solene celebração no
Santuário Diocesano de São
Benedito o então seminarista
Adriano Zaranski se tornou o
mais novo diácono da Lapa.
Após a sua ordenação
diaconal, Adriano deu entrevista à Rádio Legendária e ao
BIP sobre esta nova fase de
sua vida religiosa.
Como tudo começou,
como você decidiu se
dedicar à vida religiosa?
Tudo iniciou com certeza
na minha infância, quando
eu já participava da igreja
como coroinha e como
membro de um coral.
Também, mais tarde, participei de grupo de jovens.
E, depois da minha Crisma
eu acabei me ausentando
um pouco das celebrações.
Mas, acabei voltando e fui
conversar com um padre, um
promotor vocacional. Ele me
perguntou se eu não gostaria
de entrar para o Seminário,
para fazer uma experiência.
Este padre acreditava que eu
tinha sinais de vocação.
Eu
acabei
aceitando
o convite. Contei minha
história de vida a eles,
conversei com alguns padres
e acabei sendo aceito no
Seminário.
Eu sempre tive uma
conversa muito aberta com
meus pais e eles sabiam que
eu poderia voltar a qualquer momento para casa,
já que estava em processo
de discernimento. Penso
que isso me ajudou a fazer
a escolha com liberdade e
ouvir o chamado de Deus.
Com base em sua experiência, o que você diria a um
jovem para levar em consideração antes de se decidir
pela vida religiosa?
Primeiramente ele deve
aproveitar
o
momento
quando sente o chamado. É
mais fácil quando você está
querendo, quando se tem o
fervor em dizer o sim. Este
momento deve ser aproveitado, pois Deus não
cessa em chamar. Ele
insiste até nós darmos
uma resposta. Mas, nós
sabemos que podem
existir
condições.
O
jovem pode conseguir um
emprego e pode se questionar sobre abandonar
isto... É preciso fazer um
discernimento
antes,
quando sente o chamado.
Antes de chegar ao
diaconato, há uma extensa
preparação. Como se deu
este processo?
Como
seminarista
eu terminei o curso de
Teologia neste ano de
2010, com o trabalho de
conclusão sobre São José
na história da salvação.
Para este trabalho eu fiz
uma pesquisa sobre como
São José teve participação
na vida de Jesus e na vida
de Maria. Terminei o curso
no dia dois de dezembro.
Mas, antes disso, no final
de agosto, os padres anunciaram a minha ordenação.
Foi um momento de bastante
felicidade, bastante emoção.
Dom Ladislau me chamou
para uma conversa, programamos a minha ordenação e
começamos a preparar tudo.
Fiquei bastante feliz quando
soube que seria na Lapa, no
Santuário Diocesano de São
Benedito. Mais feliz ainda
por ser no dia de Nossa
Senhora de Guadalupe, dia
12 de dezembro. Ela que
auxiliou e intercedeu pelos
mais necessitados.
No dia 12 de dezembro
aconteceu então a tão esperada ordenação diaconal.
Como foi este momento para
você?
Um momento de muita
felicidade. Me emocionei do
início ao fim. Desde o canto
de entrada, passando pelos
bancos, vendo amigos que
há tempos não encontrava
e que fazem parte da minha
vida. Pessoas que vieram do
interior da Lapa, da cidade
de Itaiópolis – cidade onde
moram meus avós -, da paróquia de São Jorge, que meus
pais
participam.
Muitas
pessoas queridas, amigas,
que vieram participar comigo
deste momento especial.
Alguns momentos fortes
foram o da ladainha e da
vestição.
Também
me
emocionei durante a consagração, em que eu pude
estar mais perto do Bispo,
podendo auxiliar.
Este momento me
deixou
bastante
feliz, por poder
auxiliar
neste
momento especial.
A oração eucarística...
Mas,
no momento da
ladainha, quando
escutava todos os
santos, e a história
da minha vocação
e pessoas vieram à
minha lembrança.
Parecia que eu
estava levitando,
que estava lá no
teto do Santuário...
Eu
estava
em
dúvida se estava no chão
ainda... Foi um momento de
muita emoção. Depois disso,
o momento consagratório do
Bispo... Não há palavras para
definir.
E o que muda em se
tornar um Diácono, tanto
nas funções como sua visão
religiosa?
Penso que na minha
essência não muda, mas
muda a minha responsabilidade, o compromisso.
Muda a confirmação de
um chamado de Deus.
Então eu penso que isso me
transformou.
Ficava pensando nos
primeiros batismos que eu
vou fazer. Os primeiros
casamentos. Mas eu ainda
tenho que aprender, então
a maior perspectiva que eu
tenho e que se confirmou
é da confirmação de um
chamado. Através do sim
do Bispo, Deus me disse
sim também. Como se Deus
dissesse: “olha, eu te chamei,
agora eu te aceito também.
Você disse o seu sim e agora
Eu te acolho como meu filho,
como mais um ministro da
Palavra, do serviço do Altar,
principalmente da caridade”.
O que eu vou poder fazer
é estar com o povo, poder
ajudar aqueles que mais
sofrem. Mas não porque sou
eu, mas porque é Cristo que
age em mim.
Uma mensagem de fé do
Diácono Adriano a todos os
leitores do BIP.
Procure discernir sua
vocação. Procure ver em
sua família o que te faz dar
esse passo para entrar para
o seminário, para entrar
para vida religiosa. Muitas
vezes nós temos em nossos
pais modelos de cristãos, de
pessoas que se entregam,
se doam pela igreja, pelo
serviço à comunidade. Eu
digo também que eu perseverei pela oração dos meus
pais. E os pais e os padres
são também aqueles que
falam através de Deus. Então
se alguém já te falou que
você tem vocação, pense
nisso. Pois é um ponto para
se questionar, se não seria
um momento para fazer uma
experiência num seminário.
E a mensagem que eu
deixo é de que o amor nos
faz movermos pelo próximo.
E também nos faz dar a Deus
aquilo que nós recebemos
de Deus. Que nada mais é
que a gratuidade de tudo o
que nós temos e fazer para
Deus de um modo gratuito,
sem esperar nada em troca.
Embora recebamos tudo em
troca do nosso Criador.
Deixo uma mensagem
de
perseverança.
Perseverança no matrimônio, na vida consagrada... Penso que a perseverança, a fidelidade, faz
com que possamos ser
pessoas mais agradáveis,
pessoas mais livres. Então,
seja fiel, seja perseverante.
Persevere naquilo que
Deus te chama, naquilo
que você pensa que é o
caminho certo e vá até o
fim. Isto é o que nos pede o
nosso padroeiro João Maria
Vianey, eleito pelo Papa
Bento XVI como padroeiro de todos os padres.
Ele nos fala que devemos
ser sacerdotes até o fim.
Dizendo isso ele afirma
que devemos ir até o fim
em tudo. Então eu digo: vá
até o fim em tudo, no seu
trabalho, em seus objetivos,
em tudo o que você deseja.
Procure cada vez mais se
aperfeiçoar.
Sirlei e Wilson falaram
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12
JANEIRO | 2011
05
Conversão de São Paulo
O martírio de São Paulo é
celebrado junto com o de São
Pedro, em 29 de junho, mas sua
conversão tem tanta importância para a história da Igreja
que merece uma data à parte.
Saulo, seu nome original,
nasceu no ano 10 na cidade de
Tarso, na Cilícia, atual Turquia.
À época era um pólo de
desenvolvimento financeiro
e comercial, um populoso
centro de cultura e diversões
mundanas, pouco comum
nas províncias romanas do
Oriente. Seu pai Eliasar era
fariseu e judeu descendente
da tribo de Benjamim, e,
também, um homem forte,
instruído, tecelão, comerciante e legionário do imperador Augusto. Pelo mérito
de seus serviços recebeu o
título de Cidadão Romano,
que por tradição era legado
aos filhos. Sua mãe uma dona
de casa muito ocupada com a
formação e educação do filho.
Portanto, Saulo era um
cidadão romano, fariseu
de linhagem nobre, bem
situado financeiramente, religioso, inteligente, estudioso
e culto. Aos quinze anos foi
para Jerusalém dar continuidade aos estudos de latim,
grego e hebraico, na conhecida Escola de Gamaliel,
onde recebia séria educação
religiosa
fundamentada
na doutrina dos fariseus,
SANTA INÊS
Neste mês de janeiro
temos como exemplo de
santidade uma jovem que
com apenas 13 anos de idade,
denunciada como cristã,
sofreu duplo martírio: o da
castidade e o da fé que ela
defendeu com a própria
vida. Santa Inês é modelo de
uma pureza à prova de fogo.
Descobriu sua vocação
sendo chamada a ser uma
virgem consagrada a Cristo.
Inês pertencia a uma
rica, nobre e cristã família
romana. Recebeu uma
educação dentro dos mais
exatos preceitos religiosos,
que a fez tomar a decisão
precoce de se tornar “esposa
de Cristo”. Dotada de uma
beleza incomum, recebeu
inúmeros pedidos de casamento, inclusive do filho
Pe. Odair José Durau
pois seus pais o queriam
um grande Rabi, no futuro.
Parece que era mesmo esse o
anseio daquele jovem baixo,
magro, de nariz aquilino,
feições morenas de olhos
negros, vivos e expressivos.
Saulo já nessa idade se destacava pela oratória fluente e
cativante marcada pela voz
forte e agradável, ganhando
as atenções dos colegas e não
passando despercebido ao
exigente professor Gamaliel.
Saulo era totalmente
contrário ao cristianismo,
combatia-o ferozmente, por
isso tinha muitos adversários.
Foi com ele que Estêvão travou
acirrado debate no templo
judeu, chamado Sinédrio. Ele
tanto clamou contra Estevão
que este acabou apedrejado
e morto, iniciando-se então
uma incansável perseguição
aos cristãos, com Saulo à
frente com total apoio dos
sacerdotes do Sinédrio.
Um dia, às portas da cidade
de Damasco, uma luz, descrita
nas Sagradas Escrituras como
“mais forte e mais brilhante
que a luz do Sol”, desceu dos
céus, assustando o cavalo e
lançando ao chão Saulo , ao
mesmo tempo em que ouviu a
voz de Jesus pedindo para que
parasse de persegui-Lo e aos
seus e, ao contrário, se juntasse
aos apóstolos que pregavam
as revelações de Sua vinda
à Terra. Os acompanhantes
que também tudo ouviram,
mas não viram quem falava,
quando a luz desapareceu
ajudaram Saulo a levantar, pois
não conseguia mais enxergar.
Saulo foi levado pela mão até
a cidade de Damasco, onde
recebeu outra “visita” de Jesus
que lhe disse que nessa cidade
deveria ficar alguns dias, pois
receberia uma revelação
importante. A experiência o
transformou profundamente e
ele permaneceu em Damasco
por três dias sem enxergar,
e à seu pedido também sem
comer e sem beber.
Depois Saulo teve uma
visão com Ananias, um
velho e respeitado cristão da
cidade, na qual ele o curava.
Enquanto no mesmo instante
Ananias tinha a mesma visão
em sua casa. Compreendendo
sua missão, o velho cristão foi
ao seu encontro colocando
as mãos sobre sua cabeça
fez Saulo voltar a enxergar,
curando-o. A conversão se
deu no mesmo instante, pois
ele pediu para ser Batizado
por Ananias. De Damasco saiu
a pregar a palavra de Deus, já
com o nome de Paulo, como
lhe ordenara Jesus, tornandose Seu grande apóstolo.
Sua conversão chamou a
atenção de vários círculos de
cidadãos importantes e Paulo
passou a viajar pelo mundo,
evangelizando e realizando
centenas de conversões.
Perseguido
incansavelmente, foi preso várias vezes
e sofreu muito, sendo martirizado no ano 67, em Roma.
Suas relíquias se encontram
na Basílica de São Paulo
Fora dos Muros, na Itália.
O Senhor fez de Paulo seu
grande apóstolo, o apóstolo
dos gentios, isto é, o evangelizador dos pagãos. Ele
escreveu 14 cartas, expondo
a mensagem de Jesus, que se
transformaram numa verdadeira “Teologia do Novo
Testamento”. Que São Paulo
interceda por todos nós lapeanos para sermos apaixonados por Jesus Cristo e seus
missionários.
do prefeito de Roma, razão
pela qual desencadeou seu
suplício e uma violenta perseguição aos cristãos. O rapaz
tentava cortejá-la, mas era
rejeitado. Seu pai, vendo o
filho inconsolável, tentou
forçar Inês a aceitá-lo como
esposo, mas tudo em vão.
Numa tarde de tempestade
o rapaz tentou agarrá-la, um
raio o atingiu e ele caiu morto.
Atendendo a súplica desesperada do pai, Inês rogou a
Deus pelo rapaz que retornou
a vida e reconheceu a jovem
como santa, convertendo-se
em cristão. Vendo que Inês
era um sinal de poder, ela
foi denunciada, presa, humi-
lhada e condenada a adorar
ídolos, manteve-se firme e
tudo sofreu sem jamais negar
sua fé. Levada a uma casa de
prostituição, sendo exposta
nua, uma luz celestial a
protegeu e ela não foi violada,
deixando claro que Jesus
Cristo, seu Divino Esposo, não
a abandonava. Foi condenada a morrer queimada,
mas as chamas também não
a tocaram, voltando-se contra
seus algozes e matando
muitos deles.
Auxiliada pelo Espírito
Santo, com muita sabedoria,
ela permaneceu fiel ao seu
voto e ao seu compromisso;
até que as autoridades, vendo
que não podiam vencê-la
pela ignorância, mandaram,
então, degolar a jovem cristã.
Ela perdeu a cabeça, mas não
o coração, que ficou para
sempre em Cristo, fazendo-a
uma das santas mais conhecidas e admiradas do martirológio cristão.
É considerada padroeira
da pureza e da castidade
e invocada na proteção da
castidade. Santa Inês é comumente representada com
uma ovelha e uma palma,
sendo que a ovelha sugere
sua castidade e inocência. Sua
pureza martirizada faz parte,
até hoje, dos rituais da Igreja.
No ano de 354, em Roma, uma
Basílica foi erguida em honra
à Santa na qual se encontram
suas relíquias e sepultura. No
dia de sua veneração, em 21
de janeiro, é realizada uma
missa solene onde são apresentados e bentos cordeirinhos, de cuja lã é confeccionada os “palliums” dos
Arcebispos como símbolo de
sua jurisdição.
Admirável é a fidelidade
com Santa Inês guardou o
voto de castidade defendendo
heroicamente
a
virtude da pureza e Deus
protegeu-a visivelmente.
Daysi Mendes
Coordenadora dos MESC’S
JANEIRO | 2011
06
Mais um ano chega ao fim....
É tempo de agradecer as
graças e bênçãos recebidas
e pedir força e coragem
para continuar perseverando nesta caminhada.
A Pastoral Familiar, nesta
edição do Bip, traz uma
retrospectiva de 2010, principais acontecimentos e
realizações:
Foram 4 encontros de
noivos, num total de 57
casais que se preparam
para o sacramento do
Matrimônio nos meses de
fevereiro, abril, agosto e
novembro. Contando com
a colaboração das Irmãs de
São José e funcionários do
Educandário São Vicente
de Paulo, que com muito
carinho prepararam as
refeições para saciarmos
o corpo, a parte espiritual foi muito bem conduzida pelos integrantes da
Pastoral Familiar, Cursilho,
Movimento de Irmãos,
seminaristas, diáconos e
padres.
Aos noivos: Que a felicidade a dois continue sendo
objetivo principal de suas
vidas. Que a caminhada
seja longa repleta de amor
e compreensão. Muitas
Felicidades
e
contem
Encontros de noivos
sempre com o apoio da
Pastoral da Família.
Os agentes do interior vieram para a Lapa e
juntos traçaram os rumos
da Pastoral no interior. As
reuniões foram momentos
de fé, alegria e motivação.
Em
suas
comunidades
acompanharam as famílias, fizeram as visitas e se
dedicaram a Semana da
Família e da Vida, reali-
Encontros dos recém casados
foi gratificante estar com
estes casais. E para levar
a boa nova a
todas as famílias, foi criada
a Capelinha da
Sagrada Família,
para visitar os
lares e lembrar
o
verdadeiro
exemplo
de
família
que
devemos seguir.
Encontros dos agentes
A
Semana
da
Família
de
zando a oração do terço e
2010
resgatou
os
valores
dos encontros do livro Hora
da Família através de palesda Família.
Aos agentes: Que Deus e tras, teatros e da música. O
a Sagrada Família os aben- I Festival Musical da Família
çoem com feliz Natal e um foi um sucesso atingindo
2011 repleto de felicidades toda a Paróquia, onde os
artistas locais mostraram
e realizações.
Os casais recém casados que a família é centro de
também tiveram seu espaço tudo e que deve ser cuidada
neste ano. Cinco encontros e preservada. Muito obriforam realizados para uma gado a todos que particiconversa e troca de expe- param e prestigiaram os
riências entre os
casais. Todos os
casais devem ter
um tempo pra
refletir sobre a
vida a dois e de
como conviver
com
a
nova
realidade
após
o
casamento;
Festival de música
eventos e doaram
1 kg de alimento,
o Mutirão de
combate à fome
e a miséria agradecem os corações generosos e
continuem colaborando sempre,
lembre-se: “todo
dia é dia de
Natal”.
Em outubro deste ano a
Lapa se emocionou com a
Semana Nacional da Vida.
Foi uma semana inesquecível! O empenho das
pastorais fez com que se
tornasse realidade o Túnel
da Vida, um momento
para mostrar a população o trabalho, a ação
concreta
desenvolvida
pelas pastorais. A oração
do terço durante a semana,
pela Rádio Legendária em
agosto e outubro, acrescentou muito na fé e oração
dos radio ouvintes e aproximou a Igreja e a religião a
todos os cantos do mundo.
O dia 08 de outubro
de 2010 ficou na história
de nossa Paróquia: Dia do
Nascituro. Como esquecer
deste dia maravilhoso:
palestra com a nossa
amiga Adriane de
Londrina, na Apae
e no Cine teatro,
um
verdadeiro
exemplo de luta
pela
dignidade
humana e respeito
à vida. Certamente
emocionou muito
os alunos, pais,
professores, profis-
Túnel da vida
sionais da saúde e da
educação, e paroquianos
que ouviram as sábias palavras desta mulher, mãe,
batalhadora e corajosa.
As gestantes tiveram
seu momento especial na
missa das 19h00, receberam benção dos padres,
pelo milagre da vida e por
cuidarem com tanto carinho
destes nascituros. Que
Nossa Senhora abençoe
Missa
nuar a nossa
missão com fé
em Deus e em
Nossa
Senhora
e assim vencer
os desafios. Por
isso, a Pastoral
Familiar convida
você casal, viúvo,
solteiro, interessado em colaborar com a valorização da família para se
ajuntar ao grupo da Pastoral,
a messe é grande e há poucos
operários! A sua ajuda é
muito importante e necessária para levarmos adiante
a mensagem da Sagrada
Família a todos os lares.
O convite está feito, deixe
a Santíssima Trindade tocar
seu coração e aceite contribuir com esta nobre missão
pela família!
Um Feliz Natal
e um Ano Novo
com muita saúde,
paz e felicidades
a todas as famílias
da cidade e do
Interior!
Danilo e
Elenice dos
Santos
a todos os idealizadores e
Coordenação
colaboradores que fizeram
Pastoral
Familiar
esta semana ser
muito
especial
e
inesquecível.
Obrigado!
2010 foi muito
bom... Mas 2011
pode ser melhor!
Nas dificuldades
aprendemos
que
podemos melhorar
e devemos contiEquipe da Pastoral Familiar
JANEIRO | 2011
11
JANEIRO | 2011
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•
JANEIRO | 2011
07
UM ANO NOVO SE INICIA
Ter
um
ano
inteiro,
É isso mesmo. Todos
desejam um novo plantio
e uma nova colheita.
O Ano Novo instiga,
revigora e fortalece. As
coisas ruins ficam para trás
e a esperança promove o
balanço da vida e o recomeçar com as contas
acertadas.
O mês de janeiro,
então, é o mês no qual se
avalia a arte de arar, ou
ainda, a imensa ansiedade
de chegar lá.
Janeiro é o primeiro
mês, também, daquele
pintor que recolhe as tintas
que usou em dezembro
e na moldura da tela em
branco provoca o pincel.
À sua frente, o tempo e o
poder de criação.
Diria que janeiro não é
mês de preguiçoso, é coisa
de quem avança e de quem
quer descortinar o infinito,
coisa de quem investe seu
corpo e alma em sonhos e
tem asas para voar.
Um novo mês de um
novo ano.
No
coração
as
emoções, as alegrias, a
força de vontade, a esperança, todos correm para
o país novo a inaugurar.
Quem
de surpresas que podem invadir
belos
desmoronando
ainda não ouviu este angustiante
a nossa vida, trazendo-nos situ-
desabafo de pais, filhos, irmãos,
ações acompanhadas de verda-
amigos(as)?… Por que isso teve
que acontecer comigo? Logo
inteirinho pela frente. Ter
um Ano Novo, novinho,
como se tivesse uma folha
em branco, num caderno
ainda todo em branco
para registrar.
Nas
lembranças,
poeta
Affonso
o
Romano
de Sant’Anna, em visita
à Lapa, quando proferiu
uma
conferência
Literatura
e
sobre
Cultura,
comparou o Ano Novo à
jornada de um agricultor
com o campo pela frente e
o desejo verde de semear.
Ah!…
Essa
não!…
Depois os fevereiros,
com urgência de semear.
São
cursos,
aulas,
projetos, compromissos,
festas, a pressa em inventar
e navegar.
E os marços a esperar
as manhãs azuis de abril, e
assim continuar os maios,
os junhos, o inverno e a
expectativa da primavera
não findar.
Em dezembro, recolher
os problemas e preocupações do ano nas últimas
folhas em branco, revogar
o que desagradou, e, na
outra folha, determinar às
alegrias, alegrar.
Perguntar às pessoas
o que desejam para o
Ano Novo: sucesso financeiro, sorte no amor,
êxito nos estudos, saúde
e paz, emprego, espaço
para morar... São anseios
terrenos e nem levam em
consideração o sentido da
vida, a reconciliação com
Deus, a eternidade.
Todos querem viver
bem, esperam um mundo
melhor, mas nem todos
amam o próximo como
deveriam, nem estendem
os braços para o alto
buscando a existência
e a felicidade, segundo
‘família católica’ existem falhas,
parquinho, mas sim o local para
ele(a). E aí, lágrimas amargas
com a chegada de alguma
pecados, porém ela nos indica
rezar e cantar ao ‘Papai do Céu’
escorrem pela face… O traves-
tempestade. Tantos noivos que
o melhor caminho da felici-
Atenção!
seiro fica duro que nem pedra
deiros pesadelos que nenhum
se consagraram um ao outro,
dade. Nela, somos todos(as)
Observem de onde vem
e o sono demora para vir.
bálsamo consegue aliviar.
assumindo
Comunidade Fraterna
sonhos
a
segundo,
instante
a
instante, com as bênçãos
de Deus.
Viver o primeiro ou o
último dia do ano que se
inicia é olhar os 364 dias
restantes sabendo que, por
onde passar, algo começará
a florescer e um excelente
ano o estará desafiando a
emoldurar a paz e o amor
cada vez mais e melhor.
Um feliz e próspero Ano
Novo, cheio de alegrias e
realizações.
Iára Milczewski
da
candidatos(as) para nos santi-
tanta
desagradável
O filho ou a filha, mesmo em
expostos
casa amor, acabam abando-
ficar. Ela nos coloca no caminho
que os meios de comuni-
um caminho errado, com vícios,
judiação!… Eles não mereciam
às tempestades em nossa cami-
nando esta valiosa obra por
do bem.
cação
passar por essa!…
nhada. Isso acontece em todos os
motivos frequentemente fúteis e
Ninguém está livre de viver
estados e etapas da vida, como na
irresponsáveis.
situações inesperadas, desespe-
vocação dos padres, religiosos(as),
radoras, de grandes sofrimentos,
pais, noivos, namorados, jovens,
como
nesta família tão boa!… Que
estamos
a
construção
notícia
diariamente.
drogas, violência, pornografia,
Algumas mães já comentaram
Os pecados graves e crimes
ainda acha que é esperto. Os
o seguinte: Ah! Padre, eu não
hediondos nos assustam. Toda
jovens, muitas vezes, não têm
encon-
participo da missa porque tenho
esta situação de sofrimentos
consciência do atraso de vida em
tramos em nossas famílias um
criança pequena… – Querida
e mal estar são provocados
que se encontram.
Com
frequência
trazem
de
saúde,
adolescentes e crianças que com
verdadeiro ninho de amor. Mas
mamãe, querido papai, levem as
por pessoas que estão fora do
desemprego,
caminho de Deus.
problemas
moradia,
Sempre
Jovem, se você se encontra
em um caminho errado, agar-
violên-
frequência são envolvidas com
o contrário também acontece,
crianças com vocês quando vão
cias, vícios, drogas, prisão, morte,
os famosos conflitos de geração.
isto é, um ninho de cobras
participar da missa. Na hora que
Grandes perigos ameaçam
rado com falsos valores, acorde
enfim, envolvendo pessoas, famí-
Nestes casos, a pior atitude é
venenosas, com resultados alar-
ela tiver necessidade da mama-
as famílias quando os pais
enquanto é tempo. Você não
lias inteiras com grandes desa-
querer fugir. Nessa hora, preci-
mantes. Depois de inocularem
deira ou deseja mamar, atenda
se descuidam da educação
está sendo nada esperto. Você
fios de difícil solução. Nesses
samos avivar ainda mais os nossos
bastante veneno uns nos outros,
no que for necessário.
e formação dos(as) filhos(as).
vai continuar acreditando em
momentos difíceis não devemos
círculos de amizade e partir para
cada um acaba seguindo o seu
Papai e mamãe, leve seu
Alguns pais me falaram assim:
quem o enganou, indicando
ficar isolados e nem deixar o
o confronto, com fé e esperança,
caminho. Mas essa nova estrada
filho, sua filha para a Igreja mais
quando meu filho(a) tiver mais
falsas
irmão e a irmã carregar todo este
pois a vitória está ao alcance dos
da vida nem sempre conduz para
próxima de sua casa. Participem
idade, irei providenciar uma
problema tem solução. Deus,
peso sozinho(a). Unidos, as fatali-
que lutam e não se deixam abalar
a felicidade.
dades da vida serão amenizadas e
por maior que seja o desafio.
vencidas mais facilmente.
Igreja e Família
Muitas vezes vivemos tão tran-
Em âmbito familiar, na vida
quilos e nem sempre suspeitamos
de alguns casais, vemos tão
vantagens?
Este
seu
ao menos das missas nos finais
adequada formação para ele(a).
nosso Pai, ama você. Firme
A família e a Igreja devem
de semana (sábado à tarde
– Que peninha! Chegaram
seus passos no caminho Dele
caminhar juntas. As tempestades
ou no domingo). As crianças
tarde! Maus elementos, más
e você será feliz e esperto de
podem
serão
são inteligentes e conseguem
companhias já haviam indi-
verdade.
contornadas. Na nossa querida
distinguir que a Igreja não é
cado um caminho torto para
aparecer,
mas
POR PE. LAURÍCIO J.PIPPER
JANEIRO | 2011
08
Momentos Inesquecíveis de 2010
Click Renovação de Mandato dos MESC'S
Campina
Santos Reis
Km 246
Povinho
Vila Lacerda
Pinheiros
Bonito
Colônia Municipal
João Paulo II
Faxinal dos Pretos
Canoeiro
Km 202
Pedrinhas
Paiquerê
Mato Queimado
JANEIRO | 2011
Click Renovação de Mandato dos MESC'S
09
Momentos Inesquecíveis de 2010
Em 2010 Deus se engajou em nossa realidade. Não
simplesmente se fez carne, mas arregaçou as mangas
como um operário filho de José e trabalhou... trabalhou muito!
O que seria dos padres sem a presença e o apoio de um
pastor? Foram seis visitas de Dom. Ladislau este
ano em nossa Paróquia.
Em todas elas mostrou-se terno e carinhoso com nós
padres. Somos agradecidos pelo entusiasmo passado e pelas
conversas agradáveis que nos motivaram a construir o Reino
de Deus neste chão.
Louvado seja Deus pelo nosso 1º Bispo Diocesano e por seu
testemunho de amor ao Cristo à Diocese,
seus padres e à Lapa.
Muitas obras e ações se tornaram inesquecíveis e
ficarão em nossas lembranças. O espírito habitou em nós e
produziu frutos de conversão em cada reunião, encontro,
missa...
Pe. Emerson, pe. Odair Caep e familiares confraternizaram-se num ano de dificuldades e conquistas. Ficará em
nossas memórias o empenho e a luta deste grupo em prol a
Revitalização do SantuárioDiocesano de São Benedito.
Quem é o Pároco sem a amizade e diligência responsável
de um companheiro? Dois mil e dez foi para mim marcante a
chegada entusiasta deste companheiro de Jesus, Pe. Odair José
Durau. Juntos pudemos pastorear nesta Igreja Missionária.
As novenas de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
continuaram sendo efusivas manifestações da graça.
Em 2010 alcançamos onze horários de novenas e já somos
o 4º Santuário Mariano com maior fluxo de
peregrinos do estado do Paraná.
Na simplicidade dos gestos, vimos a grandiosidade de
Deus que não se cansou de nos amar e na fragilidade
nossa impulsionou-nos dizendo que seria possível.
De 2010 fica-nos a certeza: “Deus é Capaz”!
Dois mil e dez inúmeras bênçãos foram recebidas. Entre
tantas a Ordenação Diaconal de João, José Romildo e Darci,
foi por excelência um momento de graças, pois sabemos da
necessidade de operários nesta imensa messe que é a Lapa.
O estágio pastoral dos seminaristas enriqueceu a ação
evangelizadora de nossa paróquia. Missões e serviços
pastorais fizeram nossa comunidade crescer e se amar. Estes
meninos estão gravados em nossos corações como filhos e
discípulos de Cristo.
Na Vigília de Pentecostes iniciamos um Ano Missionário,
por uma Paróquia Missionária, por uma renovação paroquial.
A união e a comunhão das pastorais e movimentos tornou-se
visível e o CPP é hoje uma realidade por uma pastoral
orgânica e de conjunto.
JANEIRO | 2011
A Doutrina Social da Igreja e a
Sagrada Escritura (Parte I)
A expressão Doutrina
Social da Igreja (DSI) designa o
conjunto de escritos e mensagens – cartas, encíclicas, exortações,
pronunciamentos,
declarações – que compõem
o pensamento do magistério católico a respeito da
chamada “questão social”. Mas
não basta conhecer os documentos reunidos sob essa
denominação. O estudo da
DSI coloca-nos diante de uma
tarefa bem mais exigente em
suas implicações e desafios.
Trata-se, no fundo, de recriar
para os dias atuais, a dimensão
sócio-política da Boa Nova de
Jesus Cristo.
Procuraremos
conhecer
essa doutrina através de
alguns artigos que desenvolverão as diversas faces do
pensar social, pensamento
este que herdamos desde os
tempos de Cristo e se tornam
cada vez mais urgentes numa
sociedade que privilegia
o ter e o poder e deixa de
lado a mensagem de amor e
solidariedade.
Neste primeiro artigo
vamos meditar quatro passagens bíblicas, que consideramos fundamentais para
compreendermos a visão de
Jesus Cristo sobre o próximo
e as questões sociais vividas
pelo povo no seu tempo.
O Pai-Nosso (Lc 11,1-4) é
a oração do cristão. Rezada
e meditada não apenas por
católicos, mas por todos os
que acreditam na salvação
advinda de Cristo, integra
todos os aspectos de nossa
vida, pois nela louvamos o
Criador e também suplicamos
por nossas necessidades do
dia-a-dia. Ao suplicarmos pelo
pão cotidiano lembramos que
ninguém deveria ser privado
das condições mínimas para
oferecer o sustento a si e a sua
família. O que encontramos
na atualidade infelizmente
agride esse direito fundamental, onde muitas pessoas
enfrentam condições desumanas de trabalho e renda ou
mesmo vivenciam o trabalho
escravo em troca de um teto,
mesmo que precário e de
um pouco de comida. Cristo
também lembra a necessidade do perdão, que deve
ser mútuo, comprometido
com a vida, em sintonia com
o projeto de salvação anunciado no Evangelho.
A segunda passagem
bíblica é retirada do Evangelho
de Mateus, capítulo 9, versículos 35 a 38, onde Jesus
percorre cidades e aldeias e
anuncia aos discípulos que
a messe é grande e precisa
de operários. Somos todos
chamados à messe do senhor,
não para ficarmos “parados”
onde estamos, mas convidados a “percorrer cidades
e aldeias”, indo ao encontro
de tantos irmãos que se
encontram aflitos e cansados.
Jamais podemos nos omitir
ao grito do oprimido; a messe
é grande, precisamos de
operários que anunciem em
palavras e obras a salvação
pertence a todos.
Seguimos para a terceira
passagem, o Bom Samaritano
(Lc 10,25-37), onde aprendemos que a ação deve ser
feita pela necessidade e não
pelo preceito; que o objeto
de nossa ação não deve ser
escolhido dentro de um
grupo privilegiado, do qual
fazem parte nossos familiares, amigos ou seguidores
da mesma religião, mas deve
ser aquele que vive e sofre a
necessidade, não importando
raça, credo ou procedência.
Permanecer num círculo de
conhecidos é mais confortável
e nos parece mais seguro,
mas Cristo quer discípulos e
missionários, que compreendam que a construção do
Reino se efetiva no acolhimento dos que sofrem e no
auxílio daqueles que não tem
voz na sociedade.
Finalmente citamos o relato
da vida das primeiras comunidades (At 2,42-47; 4,32-37). A
partilha e o compromisso com
o outro são realidades que não
podem ficar apenas na história
ou ser encarada como uma
utopia, mas devem fazer parte
de nossa vivência comunitária,
pois é desta forma que colocamos em prática o grande
mandamento deixado por
Jesus a todos nós: “amai-vos
uns aos outros como Eu vos
amei” (Jo 13-4). São tantos os
sinais de morte em nosso meio
que nosso testemunho torna-se
o grande sinal de contradição,
onde o menor deve ser exaltado, ouvido, acolhido, amado.
A doutrina social da Igreja
quer sistematizar esse amor
que Cristo tão bem demonstrou pelos mais pobres e sofredores, e desta missão ninguém
está isento. A messe é grande
e precisa de operários que
estejam comprometidos com
a verdade, com o amor, com a
justiça e com a vida.
D. José Romildo Pontarolo
10
Comissão Pastoral da Terra
Fiel ao Deus dos pobres a serviço
dos povos da terra
Profecia a Serviço da
Vida: Convocada pela
memória subversiva do
evangelho da vida e da
esperança, fiel ao Deus
dos pobres, à terra de
Deus e aos pobres da terra,
ouvindo o clamor que vem
dos campos e florestas,
seguindo a prática de
Jesus A CPT quer ser uma
presença solidária, profética, ecumênica, fraterna
e afetiva, que presta um
serviço educativo e transformador junto aos povos
da terra e das águas,
para estimular e reforçar
seu
protagonismo.
A
CPT reafirma seu caráter
pastoral e retoma, com
novo vigor, o trabalho de
base junto aos povos da
terra e das águas, como
convivência,
promoção,
apoio, acompanhamento e
assessoria:
nos seus processos coletivos: de conquista dos
direitos
e da terra,
d
de resistência na
terra, de produção
sustentável
(familiar, ecológica, apropriada às diversidades regionais); nos
seus processos de
formação integral e
permanente: a partir
das experiências e
no esforço de sistematizá-las; com forte
acento nas motivações e valores, na
mística e espiritualidade;
na divulgação de suas
vitórias e no combate das
injustiças; sempre contribuindo para articular
as iniciativas dos povos
da terra e das águas e
buscando envolver toda
a comunidade cristã e a
sociedade, na luta pela
terra e na terra; no rumo
da “terra sem males”.
Funda-se portanto sob
três ideiais distintos porem
interligados, um compromisso com a terra, com a
ÁGUA e com os DIREITOS
HUMANOS. Nossos compromissos:
Lutar contra o latifúndio,
oficializando o estabelecimento de um limite
máximo para a propriedade
rural,
exigindo
amplas desapropriações,
combatendo a grilagem
e a violência no campo.
Contribuir nas iniciativas
que visam superar a fome, a
sede e a miséria, apoiando
de maneira especial as
ações sobre as causas
das mesmas: ausência de
acesso à educação, saúde,
emprego e falta de uma
Reforma Agrária camponesa, entendida como um
novo modelo de relação
e de uso da terra e da
água. Apoiar e incentivar
a mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras
rurais como caminho e
instrumento essencial das
mudanças, na construção
de alternativas que se
contraponham ao sistema
vigente.
Denunciar
e
combater todas as formas
de corrupção, violência e
atentado à dignidade das
pessoas, com destaque
especial ao combate às
formas atuais de escravidão no campo, procurando
sua
definitiva
erradicação. Defender a
água como bem essencial à vida, combatendo
sua privatização, desperdício e contaminação,
especialmente por parte
dos chamados grandes
projetos, promovendo seu
uso racional por meio de
novas políticas a serviço
da vida e do bem estar das
maiorias, de acordo com
os diversos ecossistemas.
Seminarista Geilson
Antonio Silva
•
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06
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Com a festa do Batismo
de Jesus encerramos o
ciclo do natal e iniciamos
o tempo comum, é a
segunda epifania.
É quando Jesus é reconhecido e manifestado
como o filho de Deus. É a
sua inserção no meio do
povo sofrido em busca de
vida e libertação.
O batismo de Jesus nos
faz lembrar que pelo nosso
batismo nos tornamos
filhos de Deus e membros
de sua igreja, nascemos
para a graça de sermos
seus irmãos e participantes
desse ministério como
sacerdote, profeta e rei,
no batismo recebemos a
missão de levar adiante a
palavra de Deus.
11
Batismo do Senhor
Em Mt 3, 13-17 Jesus
apresenta um roteiro de
ação para toda sua vida
– realizar a vontade do
pai em seu projeto de
salvação, estabelecer um
reino de serviço, cumprir
o que o pai lhe confiou.
Com seu batismo Jesus
inicia sua vida publica e vai
para o meio do povo anunciar o Reino de Deus, com
determinação, sem medo.
Revela-nos sua missão de
filho muito amado do pai,
ungido pelo Espírito Santo.
João Batista nos convida
a partir do batismo de Jesus
no rio jordão, para uma
mudança radical de vida.
Mudança esta que aconteceu quando ele o batizou:
a transformação do batismo
na água para o batismo do
Espírito Santo (fogo) é o
inicio de uma nova historia
posse de nossas vidas,
incorporou-nos à vida
de Jesus Cristo e enviou-
de salvação, transformação,
ação e compromisso com o
pai.
Por meio do batismo o
nosso Pai – Deus tomou
nos o Espírito Santo para
estarmos habilitados a
lutar por Cristo, chamados
a atuar no mundo pela
participação real.
Por isso como Cristo,
devemos estar voltados
para os irmãos olhando
com amor para todas as
pessoas que estão em
nossa volta.
O batismo nos abre as
portas para os outros sacramentos para o compromisso que teremos com
Deus e com os irmãos, não
nos torna melhor que os
outros, mas nos compromete em fazer o melhor
pelos outros. Ser batizado
é viver mergulhado no
projeto de Jesus.
Como batizados temos
a missão de construir
um mundo melhor onde
haja mais solidariedade e
fraternidade.
O mundo não é para
nós, para que nos apropriemos dele e o manipulemos em vista de nossos
interesses e egoísmo. Nós
é quem somos para o
mundo sinais de esperança
e transformação. Se nós
assumirmos nosso compromisso batismal assim como
Jesus, o mundo se tornara
melhor, mais bonito, mais
humano, mais digno, enfim,
um mundo onde reine o
amor que Deus nos ensinou
através de seu filho muito
amado, Jesus.
Vivamos
conscientemente nosso batismo dia
após dia.
Simara Bitencourt
Coord. Pastoral do Batismo
Pastoral dos Acólitos e Coroinhas
ajudam o padre a celebrar
limpo,
6. Durante os atos litúr-
a missa e outras celebra-
cabelos penteados (se
gicos, evite conversas,
ções da Igreja, em toda a
tiver cabelos cumpridos,
risos ou brincadeiras.
sua liturgia.
sempre que for servir,
No seu serviço o acólito
ou coroinha deve buscar
Você,
adolescente
ou criança, já foi convidado para ser acólito ou
coroinha? Se não, já pensou
em se oferecer para esse
serviço?
Ser acólito ou coroinha
é algo muito importante,
pois se presta um serviço
á Igreja, ao sacerdote e ,
principalmente, á Deus.
O acólito ou coroinha
3. Esteja
sempre
7. Seja
educado
com
prenda-os), calçados e
relação aos colegas e
roupas bem arrumados.
todas as pessoas da
sempre a alegria e a dispo-
4. Seja cuidadoso com as
sição, o respeito e a dedi-
coisas da Igreja e do
8. Cultive o gosto pela
cação as coisas sagradas.
Altar, trate os utensílios
oração, leia sempre um
Responsabilidades dos
litúrgicos com respeito,
trecho da Bíblia.
Acólitos e Coroinhas:
como
1. Participar das reuniões,
missas e demais compromissos assumidos.
objetos
desti-
nados ao culto Divino.
5. Seja humilde e preste
atenção ao que lhe for
comunidade.
9. Dedique-se ao estudo
da liturgia, a fim de celebrar cada vez melhor.
10. Observe
o
silêncio
ensinado pelas pessoas
na Igreja e na Sacristia.
tempo para as reuniões
encarregadas
E mantenha a concen-
e celebrações.
formação.
2. Seja pontual, chegue a
de
sua
tração, principalmente
antes de começar algum
ato litúrgico.
Momento Litúrgico
Altar: Mesa onde se
realiza a Ceia Eucarística;
ela representa o próprio
Jesus na liturgia. O Altar é o
próprio cordeiro crucificado.
É o símbolo mais importante
do edifício cristão.
Toalha: A toalha do altar
deve reduzir-se ao tamanho
da mesa, parte superior, ou
cair dos lados, para não
decapar o altar, fazendo,
assim, que ignoremos o
símbolo mais importante
do edifício cristão.
Aniversariantes do
mês de Janeiro:
Carlos
Augustinhak
Neto- 12/01/11
Alexandre- 30/01/11
Convite: No dia 30/01/11
estará acontecendo o 2°
encontrão Paroquial para
Acólitos
e
Coroinhas.
Participe. Mais informações
na secretaria paroquial.
São Domingo Sávio e São
Tarcísio – Rogai por nós!
Francisca Kosteczka
Coordenadora Pastoral
de acólitos e coroinhas
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12
O MAIOR VENDEDOR DE SONHOS DA HISTÓRIA (Parte I)
Do Livro “Nunca
desista de seus sonhos”
Autor Augusto Cury
Adaptado por Jociana
Campanholo
Os que desprezam os
pequenos acontecimentos
nunca farão grandes
descobertas.
Pequenos
momentos
mudam
grandes rotas. Foi isso
que aconteceu a muitos
séculos na vida de alguns
jovens que moravam na
beira da praia de um país
explorado e castigado
pela fome. Pequenos
momentos mudaram a
maneira de pensar a existência. O mundo nunca
mais foi o mesmo...
Alguns meninos cresceram correndo pela areia.
Erguendo o semblante
para o mar, diziam secretamente: “Nós pertencemos ao mar”.
Assim era a vida desses
jovens. Seus avôs tinham
sido pescadores, seus
pais foram pescadores. A
história deles estava cristalizada. Os seus sonhos?
Ondas e peixes.
Entretanto, os peixes
escassearam. A vida era
árdua. Queriam mudar
de vida. Mas faltavalhes coragem. O medo
do
desconhecido
os
bloqueava.
Na
mente
desses
jovens não deviam passar
inquietações sobre os
mistérios da vida. A falta
de cultura e a labuta pela
sobrevivência não os
estimulavam a grandes
vôos intelectuais. Viver
para eles era fenômeno
comum e não uma aventura indecifrável.
Nada parecia mudarlhes o destino até que
surgiu
no
caminho
deles o maior vendedor
de sonhos de todos os
tempos.
sociais, que não tinha
papas na língua, que
não tinha medo de dizer
o que pensava elevar
tão alto alguém que não
conhecia? Que homem
seria esse que João anunciava em seus discursos?
Na mente dos ouvintes
se desenhavam os mais
Um pensamento era
unânime: o encontro
com ele seria solene. De
repente, ao entardecer,
surgiu
discretamente
um homem simples de
origem pobre. Ninguém
o notou.
Suas vestes eram
surradas. Sua pele era
diferentes
quadros.
Alguns achavam que
o homem anunciado
apareceria como um
rei, com vestes talares.
Outros imaginavam que
ele apareceria como um
general
acompanhado
por grande escolta. Outros
ainda pensavam que ele
era uma pessoa riquíssima
que viria numa elegante
carruagem, com uma
equipe inumerável de
serviçais. Todos o aguardavam ansiosamente.
desidratada,
seca
e
sulcada, resultado do
trabalho árduo e da
longa exposição ao
sol. Não tinha escolta,
nem carruagem, nem
serviçais.
Procurava passagem
no meio da multidão.
Tocava as pessoas com
suavidade, pedia licença
e pouco a pouco conseguia seu espaço. Alguns
não gostaram, outros
ficaram indiferentes à
sua atitude.
UM CONVITE
PERTURBADOR
Naquelas bandas havia
um homem que morava
por trinta anos num
deserto. Seus discursos
eram estranhos. Estava
perturbado com a idéia
fixa de que era o precursor
do homem mais importante que jamais pisaria
na Terra. Seu nome era
João, cognominado de
Batista.
Multidões se aproximavam para ver o espetáculo das suas idéias. Ele
teve a coragem de dizer
que o homem que aguardava era tão grande que
ele mesmo não era digno
de desatar-lhe as correias
das sandálias. As pessoas
ficavam perplexas com
essas palavras.
Como
podia
um
rebelde aos padrões
Subitamente
os
olhares se cruzaram. João
contemplou o homem dos
seus sonhos. Foi arrebatado pela imagem. João
via o que ninguém enxergava e, para espanto da
multidão, exaltou sobremaneira aquele simples
homem.
O homem dos sonhos
de João entrou mudo e
saiu calado. As pessoas
ficaram confusas e decepcionadas, se dispersaram.
Mergulharam novamente
na sua entediante rotina.
Alguns
jovens
ouviram falar dos sonhos
de João, mas estavam
ocupados demais com
a própria sobrevivência.
Nada os animava. O mar
era seu mundo.
De
repente,
dois
irmãos ergueram os olhos
e viram uma pessoa diferente caminhando pela
praia. Não se importaram.
Os passos do desconhecido eram lentos e firmes.
O viandante se aproximou. Os passos silenciaram. Seus olhos focalizaram os jovens.
Incomodados, eles se
entreolhavam. Então, o
estranho estilhaçou o
silêncio. Ergueu a voz e
lhes fez a proposta mais
absurda do mundo:
”Vinde após mim que
eu vos farei pescadores
de homens”.
Essas palavras mexeram
com os segredos de suas
almas. Ecoaram num lugar
em que os psiquiatras não
conseguem
perscrutar.
Penetraram no espírito
humano e geraram um
questionamento sobre o
significado da vida, sobre
o valor da luta.
Todos nós deveríamos
em algum momento da
existência
questionar
nossas vidas e analisar
pelo
que
estamos
lutando.
Quem
não
consegue fazer este
questionamento
será
servo do sistema, viverá
para trabalhar, cumprir
obrigações profissionais
e apenas sobreviver. Por
fim, sucumbirá no vazio.
O nome dos irmãos
que ouviram esse convite
era Pedro e André. A
rotina do mar havia
afogado seus sonhos.
Mas apareceu-lhes um
vendedor de sonhos que
lhes incendiou o espírito.
Com uma sentença ele os
estimulou a trabalharem
para a humanidade.
A voz de Jesus
Cristo tinha o maior
de todos os magnetismos, porque vendia
sonhos. Ele distribuía
um bem que o dinheiro
jamais pôde comprar.
O mestre dos Mestres
assombra os fundamentos da psicologia.
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05
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Sirlei e Wilson falaram
No dia 05/12/10 aconteceu a Assembléia Paroquial
no Auditório da Secretaria
Municipal
da
Educação.
Foi um encontro marcante
e muito produtivo, com
a participação do Pároco
Pe Emerson, Pe. Odair,
Diáconos,
Coordenadores
e lideranças das Pastorais,
Movimentos, CPC’s, CAEP
e CAEC’s da Paróquia Santo
Antonio da Lapa. Iniciaram as
atividades com um momento
cultural, música e um teatro
apresentado pelos coroinhas
da comunidade da Estação
Nova. Após as boas vindas,
no primeiro momento, as
palestras ministradas conscientizaram sobre a Ação
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13
Assembléia Paroquial
Evangelizadora; a Renovação
Paroquial: “Por uma Paróquia
Missionária”; prioridades e
linhas de ação da Diocese de
São José dos Pinhais para que
vivamos um Ano Missionário
em nossa Paróquia; o que
podemos melhorar e o que
pode ser realizado através de
uma Pastoral de Conjunto.
Foi apresentado o resultado do subsídio da préassembléia das Pastorais
e Movimentos. Foi dada a
palavra aos presentes que
se manifestaram sobre as
perguntas do subsídio encerrando essa etapa.
Após
o
delicioso
almoço foi realizado um
trabalho em grupo sobre
a Missão Evangelizadora
do cristão, trabalho que
será avaliado pelo Pároco
e o Conselho Pastoral
Paroquial.
Prosseguiu
a
assembléia
coms
palestras com a Pastoral Familiar
falando sobre a Família que
é uma das prioridades da
Diocese. O Diácono Correa
comentou sobre a Dimensão
Vocacional, segunda prioridade,
conscientizando
sobre o que é a vocação e
a resposta ao chamado de
Deus. Também foi comunicada a criação de novas
pastorais como: Pastoral da
Comunicação
(PASCOM)
como uma forma de evangelizar e informar sobre as
atividades das pastorais e
Igreja, que defenda a pessoa
movimentos
que vive do trabalho da terra.
da
Paróquia,
através dos meios de comu-
Todas
essas
pasto-
nicação, tema abordado por
rais necessitam de líderes
Emanuele Gorniski; COMIPA
compromissados em fazer
-
Missionário
acontecer o trabalho em
prioridade
nossa Paróquia como discí-
Conselho
Paroquial,como
Paroquial, comentado pelo
pulos missionários.
liar para que o evento tivesse
bom êxito. Desta assembléia
será feita uma ata que será
enviada ao Conselho Pastoral
da Diocese e será escrito o
primeiro Diretório Pastoral
Paroquial.
Os assuntos tratados na
Assembléia foram muito
importantes e o resultado
muito
significativo
para
formarmos uma Pastoral de
Conjunto vivendo um Ano
Missionário, pois quando
unidos nos doamos a um
trabalho com entrega total,
contribuímos para a construção do Reino de Deus.
Diácono José Romildo; o
Pe. Emerson comentou
Diácono João falou sobre a
sobre o excelente trabalho
necessidade em nossa paró-
desenvolvido pelos Diáconos
quia da Pastoral da Pessoa
em nossa Paróquia e as
com Necessidades Especiais,
mudanças nas coordenações
visando à importância da
das Pastorais e Movimentos
acessibilidade de portadores
apresentando os novos coor-
de deficiência ou com mobi-
denadores.
lidade reduzida; e foi comen-
encontro, foi feito o agrade-
tado pelo Diácono Bráz e o
cimento a todos os partici-
seminarista Geílson sobre a
pantes e os que de alguma
Daysi Mendes
Pastoral da Terra vinculada a
forma se prontificaram a auxi-
Coordenadora do CPP
Finalizando
o
Cliks durante a Assembléia Paroquial
Pe. Emerson motivou a
Assembléia a partir da Ação
Evangelizadora no Paraná.
O Pároco com o CPP
deliberam a criação de
um Diretório de Pastoral
Paroquial.
Diác. Romildo falou da
urgência da criação de um
COMIPA.
Sirlei e Wilson falaram da
prioridade diocesana: Família.
Diác. Correa falou da
prioridade diocesana:
Dimensão Vocacional.
Emanuelle Gorninski falou
da criação da PASCOM em
nossa Paróquia.
A coordenação do CPP
acolheu os participantes de
todas as comunidades.
A secretaria de Educação ficou
lotada de agentes de pastoral
de toda a Paróquia.
Ponto Alto da Assembléia:
Trabalhos em Grupos para
ampliar as decisões na Ação
Evangelizadora de nossa
Paróquia.
Os Acólitos e Coroinhas
proporcionaram momentos
de cultura e espiritualidade.
Diác. João falou-nos da
necessidade de ampliar os
projetos na dimensão social.
Pe. Emerson e Pe. Odair
animaram a Assembléia
com casos e causos.
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14
Grãos de Mostarda
02 de Janeiro – EPIFANIA DO SENHOR – Cor Branca
O relato sobre a longa viagem dos reis magos que vieram até Belém em busca do
“rei dos judeus” para adorá-lo sempre fascinou as pessoas. “Vimos a sua estrela no
Oriente e a seguimos”.
Os magos não conheciam nada sobre o mistério do Messias. Nunca tinham ouvido
falar de um Deus que por seu infinito amor pela humanidade, se tinha feito pessoa
de entregar-se pela humanidade. “Jesus de Nazaré foi ungido por Deus com o Espírito e com
poder. Ele andou por toda a parte fazendo o bem e curando...” (At 10,38).
A primeira atitude de Jesus já demonstra o que é o Reino. Cumprindo as profecias
do Antigo Testamento, Deus vem para a Galiléia dos pagãos. Jesus não começa por
O Batismo cristão, mais do que lavar a sujeira do pecado, é o sacramento que nos
Jerusalém, não é saduceu ou escriba, não pertence à casta sacerdotal. Jesus é um homem
faz participar da mesma unção do Cristo. Somos também selados pelo mesmo Espírito.
do povo e vem de um território desprezado, de um local sem relevância. Aqui vemos a
Desde o Batismo recebemos o nome de cristãos (=enviados, ungidos). Fomos também
gratuidade de Deus, que se demonstra pela predileção de Jesus pelos pequenos, pobres
crismados (termo muito semelhante a palavra Cristo, que também significa ungido e
e pecadores, pela sua quebra de paradigmas, por suas atitudes desconcertantes. Ainda
enviado). Nossa vida cristã é uma vida de identificação com a missão de Jesus Cristo.
hoje, Deus vem onde menos esperamos. Esperamos encontrar Deus somente nas Igrejas,
No entanto, a maioria dos batizados não compreende o sentido de sua missão. Ainda
nas catedrais, e esquecemos de perceber que Ele vem em cada ser humano, sobretudo
as crianças são levadas para o Batismo por uma tradição vazia, por superstição, por ato
naquele que é mais sofredor. Todos os dias, de algum modo, Deus nos visita e nos traz
É que para eles o mistério do Messias compensava qualquer cansaço. Não sabiam
social... Alguns acham que se trata de um carimbo para o Céu. Sem negar a graça do
uma grande luz ou nos dá oportunidade para que tiremos alguém das sombras...
onde estava a tal estrela de Belém, nem podiam imaginar o que ou quem encontrariam.
Batismo (que nos dá o Espírito, apaga o pecado original, faz-nos filhos...), não podemos
O Reino dos céus é um ato gratuito que depende da iniciativa de Deus em seu
A sua guia era aquela estrela que não parava, e os estimulava a ir em frente, guiando-
concebê-los sem que o batizado esteja disposto a viver a identificação com Cristo. É
amor, mas precisa de pessoas que acolham a sua proposta. É assim que começa a
lhes os passos até Jerusalém. Ali a estrela desapareceu. Quem sabe como se quisesse
preciso resgatar o sentido do Sacramento que nos faz discípulos – missionários.
vida pública do Jesus. Decorrente do anúncio do Reino é o chamado para homens
humana e nascido em Belém. Simplesmente se deixaram conduzir pela sua estrela do
Oriente e empreenderam aquela longa viagem.
dizer-lhes que não era naquela cidade e naquele ambiente que tinham se recusado
Cabe ressaltar que esta missão do Messias não é realizada pela força. A imposição
como Pedro e André, Tiago e João. Assim como eles, somos convidados a abraçar a
a acolher Jesus que eles encontrariam o Messias. Os magos tinham as indicações do
fundamentalista que obriga, oprime, sufoca e exige sem ternura não está nos planos
proposta de Jesus. Para segui-lo “deixam tudo”. Aqui está o maior entrave para que
profeta: “E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as cidades de
de Deus. O servo anunciado pelo profeta Isaías é tão suave e manso que não quebra a
deixemos à força do Reino entrar nossa vida: a necessidade de renunciar. Ainda o
Judá, pois de ti sairá aquele que guiará meu povo, Israel”.
cana que está quase rompendo, nem apaga a chama que quase se apaga. Sua voz não
apego ao dinheiro, às pessoas e às situações nos amarram e não nos deixam entre-
Eles conversaram com o rei Herodes, mas este estava com medo de um possível
é uma gritaria pelas ruas. Muitos pregadores deveriam estar atentos a esta palavra.Que
gues nas mãos de Deus. Mesmo os apóstolos depois exigiram recompensas, e Jesus
pretendente ao seu trono. Queria matar esse menino de Belém, como de fato tentou,
neste dia, seja renovada a nossa unção de filhos e filhas de Deus. Que possamos ser luz
com sua pedagogia foi ensinando o que ele esperava de cada um deles. Seria neces-
mandando matar todos os meninos com menos de dois anos de idade. Os magos
para o mundo, orientação para os que precisam de um caminho seguro e promotores da
sário aceitar o convite, renunciar e abraçar o serviço missionário do Reino!
então partiram. E a estrela que tinham visto no Oriente os precedia, até que chegaram
liberdade para todos os que estão escravos. Que nossa ação no mundo se realize pela
ao lugar onde estava o Menino. Ao verem de novo a estrela os magos sentiram uma
mansidão e ternura, tão necessárias no mundo do ódio e da intolerância!
segunda união os responsáveis pela advertência de São Paulo sobre a falta de discer-
alegria muito grande. Entraram e viram o Menino com Maria, sua mãe, e ajoelhados,
o adoraram. Ofereceram-lhe seus presentes como para dizer “muito obrigado” por
O Reino dos céus depende da comunhão, supera os preconceitos e as divisões. A comunidade de Corinto era dividida. Certamente não foram os casais de
16 de Janeiro – II DOMINGO DO TEMPO COMUM – Cor Verde
terem-no encontrado, depois daquela longa viagem que tinham feito.
nimento na Comunhão (cf. 1Cor 11,29). O que afetava a comunidade era a comunhão. Estavam, como vemos na segunda leitura, divididos em partidos, entre Apolo
Os magos são a expressão do chamado à salvação que Deus faz a todo gênero humano.
Para a homilia de hoje, gostaria de ter aqui a meu lado uma estante e um grande
(um homem eloqüente), Cefas e Paulo. O apóstolo exorta para que a comunidade
Eles são também a expressão da nova história de Deus com a pessoa humana, uma historia
bloco de papel, para poder manifestar progressivamente a transformação sobre a qual
vou falar. Portanto, deixe-me tentar, comunicar em palavras e expressões faciais (para
tome consciência de que somos de Cristo. Hoje é um apelo para todos nós. Somos
de amor e de salvação. Vale à pena refletir sobre essa “grande alegria” que os magos tiveram
quando viram de novo a estrela para guiá-los.
não dizer caretas) o que pensava em apresentar por meio de desenhos.
Antes de tudo a estrela simbolizava a busca deles por Alguém que os atraía misteriosamente ao ponto de levá-los a fazer uma longa e cansativa viagem.
Nossa vida é sempre um caminho para o encontro com Jesus. Somos todos um
pouco como os magos. Para conhecer uma pessoa temos sempre que buscá-la. Sim,
Imaginem, por gentileza, uma cara bem tristonha e fechada. Dá dó só de vê-la. De
quem é esta cara perguntam? É de qualquer pessoa antes da vinda do cordeiro. O cordeiro
é aquele proclamado há pouco, que tira o pecado do mundo, e o pecado é algo mais
abrangente, mais multifacetado, do que a gente pensava.
porque quando se trata de uma pessoa, conhecer é um caminho que se faz durante a
Agora, lá vem ele, este cordeiro, cuja aproximação em nossas vidas tira o pecado
vida toda. Sempre teremos o que encontrar sobre o mistério, sobre o amor, sobre as
do nosso mundo. Vejam aqui, imagem número dois - a boca ainda curvada para
pessoas e os ensinamentos de Jesus.
baixo, mas os olhos um pouco mais calmos, mais leves.
O caminho dos magos é também o itinerário de nossa fé: sair de nós mesmos para
caminhar ao encontro do Senhor.
Enquanto olhamos para o “eu”, para os interesses particulares, o Reino de Deus está
muito longe de nós. Que o convite de Jesus nos faça mais abertos às diferenças, mas
fraternos, mais conscientes de que comemos do mesmo pão, embora sendo muitos.
Que estamos aqui para que o Senhor nos “faça um só corpo e um só Espírito!”
30 de Janeiro – IV DOMINGO DO TEMPO COMUM – Cor Verde
Todos os homens, sem exceção, desejam a felicidade, a bem-aventurança. Mas
O que foi que o cordeiro tirou? Neste passo inicial, ele tirou as cócegas do pecado,
têm sobre ela idéias diferentes: para um, a felicidade está na voluptuosidade dos
aquilo que a teologia clássica chama de concupiscência - um impulso desassossegado e
sentidos e na doçura de vida; para outro, está na virtude; para outro ainda, está
O caminho dos magos e o nosso é por vezes luminoso e agradável: vemos com
nunca satisfeito de ir atrás de alguma satisfação que a nossa consciência nos avisa que não
clareza a estrela de Deus em nossa vida. Mas às vezes temos a sensação de que a
é para o nosso bem, nem para a glória de Deus. Impossível manifestar a paz nos olhos
estrela sumiu e o caminho então passa a nos parecer longo e cansativo.
enquanto sentimo-nos incessantemente impelidos a realizar ações que violam os nossos
Por isso, de coração, hoje pedimos: “Senhor, guia-nos sempre e em toda parte com
princípios mais profundos. É uma situação de conflito constante: querer fazer o que no
a vossa luz celeste, para que possamos acolher com fé e viver com amor, o mistério de
fundo a gente não quer fazer. Portanto, quando o cordeiro tira este aspecto do pecado de
que nos destes participar”.
nossas vidas, some a expressão assombrada de nossa cara, e voltamos a viver com uma
vontade só, e não com uma guerra de duas vontades antagônicas.
09 de Janeiro – BATISMO DO SENHOR – Cor Branca
divididos em denominações, em movimentos e linhas e na própria comunidade.
Convido-os a olhar para a imagem número três. Percebem como as linhas de tensão
saíram da testa do sujeito, enquanto o cordeiro avança para nós? O que aconteceu desta
no conhecimento da verdade. É por isso que Aquele que ensina todos os homens
começa por recuperar os que se afastaram, orientando os que se encontram no
caminho certo, e abrindo a porta aos que batem. Assim, pois, Aquele que é o
Caminho, a Verdade e a Vida, recupera, orienta abre a porta, e começa a fazê-lo
dizendo: Felizes os pobres em Espírito.
A falsa sabedoria deste mundo, que na realidade é loucura, pronuncia-se sem
compreender o que diz; considera bem-aventurados os filhos do estrangeiro, cuja
boca só diz mentiras, e cuja direita jura falso, porque os celeiros deles estão fornecidos com todas as espécies, os seus rebanhos multiplicam-se aos milhares, em
João Batista batizava para o perdão dos pecados, visando preparar a todos para
vez? O cordeiro nos curou do ato do pecado. O próprio ato do pecado é sempre experi-
a vinda do messias. Não era ainda o Batismo do Novo Testamento, não era o nosso
mentado tanto como alívio quanto como derrota. Alívio porque a gente cansou de resistir;
Batismo. O Evangelho de Mateus manifesta, assim, a surpresa do Batista que não aceita
derrota, porque todo o esforço da resistência não deu em nada, a gente acabou cedendo,
dispor do rito ao próprio Jesus. Se alguém tinha que batizar ali era o messias. Então, por
Filho por natureza, a mão direita do Pai, a boca que fala verdade, proclama felizes
acabou vencido em seu compromisso com Deus. Agora, porém a vinda do cordeiro traz
que Jesus foi batizado?
os pobres, que estão destinados a serem reis do Reino eterno. Ele parece dizer:
uma força de resistência eficaz Nós conseguimos dizer - e até repetir, caso for necessário
Procurais a bem aventurança, mas ela não se encontra onde a procurais; correis,
- um não ao impulso do pecado. Ele pode bater na porta de nossa casa mil vezes, mas não
mas correis fora do caminho. Eis o caminho que conduz à felicidade: a pobreza
entra. Engraçado, a luta ainda continua, mas o estresse já passou.
voluntária por minha causa, é esse o caminho. O Reino dos céus em Mim, eis a bem-
Para se tornar solidário aos pecadores. Mesmo sem pecado, Jesus deseja estar
no meio dos pecadores. O Senhor quis descer para resgatar a todos; o caminho da
salvação é o rebaixar-se e encontrar o caído onde ele está.
“Para cumprir toda a justiça”: para que o Plano da Salvação se cumpra. Ele veio
23 de Janeiro – III DOMINGO DO TEMPO COMUM – Cor Verde
para realizar a vontade do Pai, para cumprir as profecias. Cumprir a justiça, para Jesus,
dezenas de milhares os seus campos. Mas todas estas riquezas são incertas, a paz
deles não é a paz. A alegria deles é estúpida. Pelo contrário, a Sabedoria de Deus, o
aventurança. Correis muito, mas quanto mais depressa avançais, mais vos afastais
da meta. Não temamos, irmãos. Somos pobres, ouçamos a palavra do pobre, que
recomenda a pobreza aos pobres. Podemos acreditar na Sua experiência. Tendo
“Convertei-vos, porque o reino dos céus está próximo!” Assim, Jesus começa a
nascido pobre, viveu pobre e pobre morreu. Nunca quis enriquecer; antes aceitou
Para manifestar o Espírito e marcar o início de sua missão: O Batismo de Jesus é marcado
sua pregação. O reino dos céus é o núcleo central da pregação de Jesus. De fato,
morrer. Acreditemos, pois, na Verdade que nos indica o caminho que conduz à
por um sinal de manifestação de Deus que o declara o “filho amado”. A ação do Espírito faz
Ele veio para nos dizer que o Reino se aproxima e que um dia virá, que está ao nosso
vida. Trata-se de um caminho árduo, mas curto; e a felicidade é eterna. O caminho
dele o “ungido” do Pai: é o Cristo (=Messias, ungido, enviado), aquele que recebeu a missão
alcance; e não só fala, como age para que este Reino se torne visível entre todos.
é estreito, mas conduz à vida.
é doar a vida a todos.
JANEIRO | 2011
03
JANEIRO | 2011
JANEIRO | 2011
02
01/01 (Sábado)
09h
Vila do Príncipe
18h
Água Azul de Baixo
10h30
Carqueja
02/01 (Domingo)
18h
Carqueja
19h
Santuário
Água Azul de Cima
Rio da
Areia
19h30
Santa Regina
20h30
Santuário
15
09h
Paiol
08h
Mato Preto Machado
18h
10h30
Matriz
09h
Santuário
19h30
10h30
Capão Bonito
09h30
Palmital Cima
10h30
Mato Preto Povinho
10h30
Pedra Alta
14h
Fazenda Lagoa
Dourada
10h30
Matriz
11h
Faxinal dos Dias
16h
Matriz
14h
Canoeiro
19h
Santuário
17h30
Cohapar
09h
Santuário
15h30
Mato Queimado
19h
Matriz
10h30
Estação Nova
15h30
Vista Alegre
08h30
Educandário
20h30
Vila São José
10h30
Matriz
17h
Colônia
Johannesdorf
14h30
Matriz
13h
Km 202
14h30
Hospital São
Sebastião
07h30
São Lucas
13h
Faxinal dos Corrêas
09h
Santuário
19h
Santuário
07/01 (1ª Sexta-feira)
08/01 (Sábado)
09/01 (Domingo)
17h
Santos Reis
19h
Santuário
16h
Vicentinos
10h
Vila José Lacerda
19h
Km 246
16h30
Santos Reis
10h30
Matriz
18h
19h30
15/01 (Sábado)
16h
Matriz
17h30
Vila Esperança
19h
Matriz
16/01 (Domingo)
16h
19h30
19h
Palmital Baixo
22/01 (Sábado)
Matriz
Hospital São
Sebastião
Matriz
23/01 (Domingo)
07h30 V.ila José Lacerda
09h
Santuário
10h30 Faxinal dos Pretos
10h30 Campina das Dores
10h30 Bonito
19h
Santuário
20/01 (Quinta-feira)
16h
Água Azul de Cima
Matriz
29/01 (Sábado)
13h
Fazenda dos Forjos
14h30
Espigão Branco
16h
Matriz
16h
Espigãozinho
17h30
Faxinal dos Pintos
19h
Matriz
30/01 (Domingo)
07h30
Marafigo
08h30
Passa Dois
09h
Santuário
10h
I Faxinal
10h30
Matriz
10h30
Santo Amaro
11h15
Bonito
19h
Santuário
Agradecimento
Nesta primeira edição do
BIP para o ano de 2011, deixo
registrada minha gratidão a
todos que colaboraram no
decorrer de 2010 para que
mensalmente nosso informativo
fosse publicado.
Um sincero muito obrigado
a todos que colaboraram
com seus textos e um
agradecimento especial às
empresas
e
profissionais
que com seus anúncios
viabilizaram
a
impressão
deste jornal.
A todos rogo as bençãos
de Deus por intermédio de
Santo Antônio e São Benedito,
e conto com a continuidade
desta parceria na nobre missão
de informar e evangelizar.
Pe. Emerson Lipinski
JANEIRO | 2011
16
Seminarista Sidnei celebra aniversário na Casa Paroquial.
Pe. Emerson dá investidura a coroinhas na
comunidade de Km 202.
Nossos padres celebram Tríduo Vocacional em Itaiópolis/SC
Na casa do Diác. Bráz jantar de confraternização
de final de ano.
Comunidade de Menino Jesus, na Vila José Lacerda,
comemora Jubileu de Prata.
Diác. Adriano faz juramento de fidelidade a
Igreja em reunião do clero.
Crianças se alegram no Mato Queimado
com a chegada do Pároco.
Pe. Emerson e Adriano, após atolarem com o Troller,
celebram missa na comunidade de Paiquerê.
Amigos da comunidade de Fazenda dos Forjos
ajudam Padre a retirar Troller do atolamento..
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Janeiro 2011 - Legendária AM