ANAIS DO III COPEX – Congresso Paulista de Extensão Universitária I Conexão - Congresso de Extensão Universitária da UFABC Organizadores Daniel Pansarelli (UFABC) Maria Isabel Mesquita Vendramini Delcolli (UFABC) Vanessa Aparecida do Carmo (UFABC) 1ª Edição Universidade Federal do ABC Santo André 2015 CATALOGAÇÃO NA FONTE SISTEMA DE BIBLIOTECAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC Responsável: Marciléia Aparecida de Paula CRB: 8530/8 Congresso Paulista de Extensão Universitária (3. : 2015 : Santo André, SP) Anais do III Congresso Paulista de Extensão Universitária : COPEX ; I Congresso de Extensão Universitária da UFABC : Conexão [recurso eletrônico] / Organizadores Daniel Pansarelli, Maria Isabel Mesquita Vendramini Delcolli, Vanessa Aparecida do Carmo. – 1. ed. – Santo André, SP : Universidade Federal do ABC, 2015. 185 p. Versão eletrônica. Eventos realizados de 26 a 28 de maio de 2015 no Campus de Santo André da Universidade Federal do ABC. ISBN 9788565212441. 1. Extensão Universitária – Congressos – Santo André (SP). I. Congresso de Extensão Universitária da UFABC (1. : 2015 : Santo André, SP). II. Pansarelli, Daniel, org. III. Delcolli, Maria Isabel Mesquita Vendramini, org. IV. Carmo, Vanessa Aparecida do, org. V. Título. CDD 22 ed. – 378.175 Apresentação Conexão entre ideias e práticas A tradição da educação universitária no Brasil apresenta diversas peculiaridades, seja em relação à milenar história da universidade europeia, seja em relação ao mais recente modelo moderno da universidade naquele continente e seus desdobramentos em outras localidades do ocidente, seja, mesmo, em relação a outras nações latino-americanas. Embora formas de educação superior não-universitária tenham se realizado no Brasil desde séculos passados, foi apenas nas primeiras décadas do século XX – há menos de cem anos – que as primeiras universidades surgiram em nosso meio com força de constituírem-se como modelos paradigmáticos, impulsionando, assim, o surgimento de outras instituições nelas inspiradas, terminando por constituir uma rede universitária. É surpreendente a dimensão dos avanços que a educação universitária alcançou em nosso país, diante este cenário de breve história. Muitas vezes tomada como referência para todo o sistema educacional nacional – inclusa a educação básica –, bem como para a produção e difusão de conhecimentos diversos, as universidades assumiram nas breves décadas que nos antecedem um papel de protagonismo nos avanços epistemológicos e políticos, portanto, no próprio desenvolvimento nacional. Pela força de sua presença no cenário de nossa sociedade, talvez, é que se pode falar em uma tradição universitária brasileira, apesar de sua brevidade histórica. Mas nossa tradição universitária, todavia, constituiu-se de forma pouco democrática. Ao longo de todo o século XX o ensino superior em geral e a educação universitária em particular foram concebidos e socialmente percebidos como direito de uma minoria da população, restrito aos extratos superiores da pirâmide econômica populacional. Ao final dos anos 1990, apenas sete por cento dos jovens entre 18 e 24 anos cursavam ou tinham cursado o nível superior. Isso implica que mais de noventa por cento da população em “idade universitária” (um conceito também a ser questionado se acreditamos que não há idade para o conhecimento) era privada desta oportunidade. Percentual que aumentava drasticamente se considerássemos toda a população brasileira com 18 anos ou mais, ou seja, se incluíssemos aqueles e aquelas que já tinham passado pela “idade universitária” sem poder usufruir da – e contribuir com a –educação superior. As primeiras décadas do novo século abrigam o início de uma virada neste cenário. As informações apresentadas pelo IBGE a partir dos dados coletados em 2010 indicam que já eram quatorze por cento os jovens de 18 a 24 anos cursando ensino superior. Um percentual que dobrou em uma década: considere-se que entre 1930 e 2000 apenas sete por cento dos jovens foram incluídos na educação superior, e que de 2000 a 2010 outros sete por cento tiveram esta oportunidade. Mas, ainda, permanecem maiorias gritantes da população jovem e adulta cerceadas em seu direito de acesso (e condições de permanência) aos níveis superiores da educação. É nesse contexto que, na realidade brasileira contemporânea, a Extensão Universitária deve cumprir um sólido papel na constituição de uma pátria educadora. Se, sob perspectiva interna da Universidade, a Extensão é um dos seus tripés constituintes, sob perspectiva social – mais ampla, portanto – ela parece ser mais que isso. Parece ser, ainda, a única oportunidade que maiorias substanciais da população têm de acessar o conhecimento e a experiência privilegiados que constituem o ambiente universitário. De usufruir diretamente desta experiência e também de contribuir com a construção plural das próprias universidades e de seus saberes. Com o intuito de contribuir com os avanços universitários e extensionistas é que, em continuidade às discussões que já ocorreram nas edições anteriores do COPEX (Congresso Paulista de Extensão Universitária), que aconteceram na Unicamp (2010) e na Unifesp (2012), a UFABC sedia com muita honra em 2015 este importante evento. Além disso, aproveita a oportunidade e realiza o I Conexão – Congresso de Extensão Universitária da UFABC. Com o tema: Extensão Universitária: Conexão entre ideias e práticas comunitárias , o evento foi idealizado em parceria com as universidades Públicas do Estado de São Paulo (UNIFESP, UFSCar, UFABC, UNESP, UNICAMP, USP, UNITAU e USCS) com o objetivo de discutir extensão universitária, em âmbito regional e nacional, trocar experiências e avaliar desafios e oportunidades para realização dessas atividades. Este volume reúne os cento e oitenta e três trabalhos enviados por docentes, discentes e técnicos de universidades de todas as regiões do país para enriquecer as discussões e estimular as atividades extensionistas. Intenciona estimular e expandir as atividades para além de nossas fronteiras, tanto universitárias como regionais, nacionais e internacionais. Parece necessário promover a troca de experiências, levando o conhecimento universitário para a sociedade em geral, bem como levando a especificidade da realidade extensionista brasileira para outras nações, sempre em um diálogo multilateral, de aprendizagem mútua. Além disso, no contexto da construção de novos modelos universitários, mais condizentes com as epistemologias e políticas do século XXI, a Extensão parece reunir meios para contribuir com o rompimento das barreiras disciplinares, que tradicionalmente impactam as ações acadêmicas: disciplinas com fronteiras muito claramente definidas, divisões departamentais, rupturas entre teoria e prática são elementos usualmente ressignificados nas práticas extensionistas. A noção de Conexão entre ideias e práticas comunitárias guarda esta dupla dimensão: favorecer que a excelência acadêmica constituída ao longo do século passado possa ser atualizada, aperfeiçoada para a realidade atual, mas sem perder de perspectiva que a inclusão social é parte constitutiva da própria excelência. Não há excelência sem inclusão, assim como não há prática universitária completa, em seu sentido mais amplo, sem extensão. Agradecemos a colaboração de todos os participantes e organizadores e esperamos que esta rica experiência possa trazer muitos frutos, ideias e principalmente ações. Daniel Pansarelli Maria Isabel Mesquita Vendramini Delcolli Vanessa Carmo Sumário COM - 001 .............................................................................................................................. 21 Universidade Aberta para a Terceira Idade (UATI): Desafios e Aprendizado de novo idiomas . 21 COM - 002 .............................................................................................................................. 21 Consolidação da marca por meio de novas estratégias de marketing: o caso de uma empresa de moda íntima ................................................................................................................... 21 COM - 003 .............................................................................................................................. 22 A contribuição do Projeto A Escola na Tela da TV: Educomunicadores em Ação no desenvolvimento de habilidades e competências a partir dos processos multimídia na escola pública. ............................................................................................................................... 22 COM - 004 .............................................................................................................................. 23 Gestão de Eventos ............................................................................................................... 23 COM - 005 .............................................................................................................................. 24 Internacionalizando a Univerisdade: uma cooperação interinstitucional na equivalência terminológica Português- Inglês para o termo 'faculdade' .................................................... 24 COM - 006 .............................................................................................................................. 25 Educomunicação como extensão universitária: relato de um projeto com professores da rede pública ................................................................................................................................ 25 COM - 007 .............................................................................................................................. 26 A TV UNESP ASSIS COMO PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA ÁREA DE COMUNICAÇÃO PARA DIVULGAÇÃO DAS ATIVIDADES FINS DA UNIVERSIDADE PARA A COMUNIDADE EXTERNA .................................................................................................... 26 COM - 008 .............................................................................................................................. 27 Comunicação comunitária e práticas educomunicativas: a elaboração de produtos midiáticos com adolescentes em ONG de Campinas ............................................................................. 27 COM - 009 .............................................................................................................................. 28 Locomotiva: Empresa Júnior de Rádio e Televisão ................................................................. 28 COM - 010 .............................................................................................................................. 29 PERCEPÇÕES DE DOCENTES DA FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS DA UNICAMP ACERCA DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA ............................................................................. 29 COM - 011 .............................................................................................................................. 30 Observatório de Conflitos Internacionais.............................................................................. 30 COM - 012 .............................................................................................................................. 31 Jardins de baixo custo e fácil implantação para as casas e praças da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) ............................................................................ 31 COM - 013 .............................................................................................................................. 31 Preservação da Coleção ....................................................................................................... 31 COM - 014 .............................................................................................................................. 32 Extensão e Pesquisa em Engenharia Biomédica: Um Sistema de Retroalimentação Positiva por Meio de Redes Sociais ......................................................................................................... 32 COM - 015 .............................................................................................................................. 33 Uma investigação sobre o conhecimento de estudantes do ensino fundamental e médio, da Escola Municipal 24 de maio, Botucatu/SP, sobre alimentação saudável e hipertensão .......... 33 CLT - 001................................................................................................................................. 34 Cartografia Cultural do ABC................................................................................................. 34 CLT - 002................................................................................................................................. 35 Projeto Oficinas Culturais .................................................................................................... 35 CLT - 003................................................................................................................................. 36 Projeto Domingo no Lago .................................................................................................... 36 CLT - 004................................................................................................................................. 37 Guia Cultural Unicamp: a visibilidade da arte e da cultura..................................................... 37 CLT - 005................................................................................................................................. 38 Encontros sobre Pedagogia do Piano.................................................................................... 38 CLT - 006................................................................................................................................. 38 Miss e Mister Terceira Idade - Sociabilização por meio de Programa de Extensão .................. 38 CLT - 007................................................................................................................................. 39 Projeto Espaço de Arte......................................................................................................... 39 CLT - 008................................................................................................................................. 40 PROJETO VIVÊNCIAS CULTURAIS ........................................................................................ 40 CLT - 009................................................................................................................................. 41 Domingo na Vila .................................................................................................................. 41 CLT - 010................................................................................................................................. 42 Universidade Aberta para a Terceira Idade (UATI): Reinventando a História por meio do Teatro. ................................................................................................................................ 42 CLT - 011................................................................................................................................. 42 Ciclo de Cinema .................................................................................................................. 42 CLT - 012................................................................................................................................. 43 PROJETO CONEXÃO CULTURAL UNICAMP ......................................................................... 43 CLT - 013................................................................................................................................. 44 Implantação do Fórum de Integração Cultural Afro-brasileiro da UNICAMP ......................... 44 CLT - 014................................................................................................................................. 45 Universo Macuxi por Carmézia Emiliano: relatos de uma curadoria ....................................... 45 CLT - 015................................................................................................................................. 46 Encontro da Diversidade do ABC .......................................................................................... 46 CLT - 016................................................................................................................................. 46 Festival Internacional de Inverno da UFSM e comunidade de Vale Vêneto: 30 anos de história. ........................................................................................................................................... 46 DHJ - 001 ................................................................................................................................ 47 O Programa de Extensão como Intermediador para a Promoção dos Vínculos na Terceira Idade ........................................................................................................................................... 47 DHJ - 002 ................................................................................................................................ 48 Direitos humanos e igualdade de gênero: um breve relato de três experiências educacionais 48 DHJ - 003 ................................................................................................................................ 49 PROGRAMA UFF MULHER: articulando extensão universitária, gênero e direitos humanos ... 49 EDU - 001 ............................................................................................................................... 50 Cursinho Pré Vestibular GeraBixo: Ultrapassando os Portões das Universidades .................... 50 EDU - 002 ............................................................................................................................... 51 Núcleo de Apoio a Acessibilidade da Universidade Guarulhos .............................................. 51 EDU - 003 ............................................................................................................................... 52 Atividade Assistida por Animais: Projeto Cão Especial e Inclusão ........................................... 52 EDU - 004 ............................................................................................................................... 53 UNATI: ESPAÇO DE ENCONTROS INTERGERACIONAIS E INTERDISCIPLINARES .................. 53 EDU - 005 ............................................................................................................................... 54 As possibilidades pedagógicas da produção de materiais didáticos com recursos alternativos 54 EDU - 006 ............................................................................................................................... 54 Boas Práticas Interpessoais na Escola. ................................................................................... 54 EDU - 007 ............................................................................................................................... 55 AS FRAGILIDADES DO ENSINO SUPERIOR QUE INTERFEREM NO DESENVOLVIMENTO DOS MAIS CAPAZES.................................................................................................................... 55 EDU - 008 ............................................................................................................................... 56 UNIMEP NA COMUNIDADE: UMA EXPERIÊNCIA NA ALDEIA OFAIÉ EM MS ........................ 56 EDU - 009 ............................................................................................................................... 57 Experiência de Inclusão de Aluno Deficiente Visual na Universidade Guarulhos .................... 57 EDU - 010 ............................................................................................................................... 58 RELATO DE EXPERIÊNCIA: PROJETO 'HUMANIZAÇÃO HOSPITALAR' ................................... 58 EDU - 011 ............................................................................................................................... 59 UFF SOS COMUNIDADE: AÇÕES EXTENSIONISTAS PARA A PREVENÇÃO DE RISCOS E DESASTRES ......................................................................................................................... 59 EDU - 012 ............................................................................................................................... 60 Cursinho Pré-Vestibulinho CESCON ..................................................................................... 60 EDU - 013 ............................................................................................................................... 61 O projeto de extensão ASTROEM III - Uma proposta de ensino de Mecânica Aplicada integrada à Astronáutica, Astronomia e Aeronáutica para alunos do ensino fundamental II e médio.................................................................................................................................. 61 EDU - 014 ............................................................................................................................... 62 Horta na escola: uma ferramenta interdisciplinar de educação para um futuro sustentável. ... 62 EDU - 015 ............................................................................................................................... 63 ATLETISMO PARA CRIANÇAS E JOVENS DA UNESP- RIO CLARO: O ENSINO DO ATLETISMO NA CIDADE DE RIO CLARO.................................................................................................. 63 EDU - 016 ............................................................................................................................... 63 Experiência de Inclusão Digital da Universidade Aberta da Terceira Idade ............................ 63 EDU - 017 ............................................................................................................................... 64 UNATI - Araraquara: envelhecer sem ficar velho................................................................... 64 EDU - 018 ............................................................................................................................... 65 A REPRODUÇÃO A PARTIR DA EDUCAÇÃO FORMAL ........................................................... 65 EDU - 019 ............................................................................................................................... 66 DIÁLOGO E O TRABALHO COLETIVO: Reflexões sobre as relações na escola básica .............. 66 EDU - 020 ............................................................................................................................... 67 CONSTRUÇÃO DE MODELO DO SISTEMA SOLAR................................................................ 67 EDU - 021 ............................................................................................................................... 68 Cursinho Popular da Unifesp Baixada Santista Cardume - relatos à partir da área de redação 68 EDU - 022 ............................................................................................................................... 69 Mito da coloração da casca e gema de ovos ......................................................................... 69 EDU - 023 ............................................................................................................................... 70 Vivências com a natureza enquanto prática extensionista para o trabalho com educação ambiental ............................................................................................................................ 70 EDU - 024 ............................................................................................................................... 70 Divulgação do Vestibular UNESP e Inclusão dos Melhores Alunos da Escola Pública na Universidade ....................................................................................................................... 70 EDU - 025 ............................................................................................................................... 71 Da Educação Rural para a Educação do Campo: a experiência de um curso de Residência Agrária no Estado de São Paulo. ........................................................................................... 71 EDU - 026 ............................................................................................................................... 72 Palestra Ambiental: A influência da falta d'água na vida dos seres humanos - conscientização com alunos da APAE do município de Ilha Solteira/SP .......................................................... 72 EDU - 027 ............................................................................................................................... 73 Enriquecimento de material pedagógico no processo de dinamização da sala de aula ........... 73 EDU - 028 ............................................................................................................................... 74 Projeto de Extensão: Educação Sobre a Dengue - Universidade Federal do ABC .................... 74 EDU - 029 ............................................................................................................................... 75 Ourinhos: Uma leitura da cidade .......................................................................................... 75 EDU - 030 ............................................................................................................................... 76 Ciclo de Debates de Políticas Públicas.................................................................................. 76 EDU - 031 ............................................................................................................................... 77 Perfil Histórico de Inclusão de Alunos deficientes em Instituição de Ensino Superior (IES) privada e as estratégias de atendimento............................................................................... 77 EDU - 032 ............................................................................................................................... 78 Juventude universitária e tecnologia: usos no processo educacional ...................................... 78 EDU - 033 ............................................................................................................................... 79 OFICINAS PEDAGÓGICAS SOBRE ATIVIDADES INVESTIGATIVAS: SOBRE SEUS INTERESSADOS, SUAS POTENCIALIDADES E SEUS DESAFIOS.............................................. 79 EDU - 034 ............................................................................................................................... 80 Cursinho Popular como instrumento de reinvindicação da democratização do acesso ao ensino superior............................................................................................................................... 80 EDU - 035 ............................................................................................................................... 80 Cursos de Idioma oferecidos no Núcleo Local da UNATI - UNESP, Campus de Sorocaba ....... 80 EDU - 036 ............................................................................................................................... 81 O PROCESSO SELETIVO DO CURSINHO GERABIXO: UMA INICIATIVA SOCIAL ................... 81 EDU - 037 ............................................................................................................................... 82 REGISTRO E SISTEMATIZAÇÃO DAS PRÁTICAS DESENVOLVIDAS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES ABRIGADOS .............................................................................................. 82 EDU - 038 ............................................................................................................................... 83 CONTRIBUIÇÃO PARA MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA DOS IDOSOS ATRAVÉS DAS ATIVIDADES OFERECIDAS NA UNATI - UNIVERSIDADE ABERTA À TERCEIRA IDADE UNESP/SOROCABA ............................................................................................................. 83 EDU - 039 ............................................................................................................................... 84 Jogos Teatrais e a Formação do Professor Reflexivo .............................................................. 84 EDU - 040 ............................................................................................................................... 85 A intersetorialidade da promoção da saúde pelo Ensino Superior, junto à Secretaria Municipal de Saúde e Educação de um Município do Interior Paulista ................................................... 85 EDU - 041 ............................................................................................................................... 86 A prática de Anatomia na escola municipal........................................................................... 86 EDU - 042 ............................................................................................................................... 87 Inclusão Digital e Informática Educativa: um projeto de extensão universitária da UNATI/UNESP Sorocaba ..................................................................................................... 87 EDU - 043 ............................................................................................................................... 88 PROFESSORES QUE FAZEM A DIFERENÇA ........................................................................... 88 EDU - 044 ............................................................................................................................... 89 FDE - Fórum de Discussão Estudantil .................................................................................... 89 EDU - 045 ............................................................................................................................... 90 Provocações Filosóficas........................................................................................................ 90 EDU - 046 ............................................................................................................................... 90 PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA .... 90 EDU - 047 ............................................................................................................................... 91 Aulas Práticas de Química para o Ensino Médio .................................................................... 91 EDU - 048 ............................................................................................................................... 92 FORMANDO EDUCADORES AMBIENTAIS: DO ENSINO À PRÁTICA ..................................... 92 EDU - 049 ............................................................................................................................... 93 Aprendendo mais jogando na escola .................................................................................... 93 EDU - 050 ............................................................................................................................... 93 TEORIA DA EVOLUÇÃO: ENSINO E SOCIEDADE .................................................................. 93 EDU - 051 ............................................................................................................................... 94 Kit educacionais desenvolvidos na UFABC para despertar interesse de alunos do ensino médio pela área de Ciências ........................................................................................................... 94 EDU - 052 ............................................................................................................................... 95 Interdisciplinaridade na Escola: Oficinas Pedagógicas Interdisciplinares de Ciências da Natureza e Matemática (InterCiência) ................................................................................. 95 EDU - 053 ............................................................................................................................... 96 Preparação do pedagogo para o desenvolvimento dos conteúdos de Educação Física nos anos iniciais do ensino básico: dados preliminares de uma unidade de educação infantil em Bauru. ........................................................................................................................................... 96 EDU - 054 ............................................................................................................................... 97 Aspectos marcantes no Ciclo Básico do ensino de Graduação em engenharia utilizados como motivadores para a formação profissional............................................................................. 97 EDU - 055 ............................................................................................................................... 98 Técnicas alternativas para o ensino de matemática: uma proposta para o ensino médio......... 98 EDU - 056 ............................................................................................................................... 99 PROGRAMA DE EXTENSÃO: CURSINHO POPULAR EMANCIPA ........................................... 99 EDU - 057 ............................................................................................................................... 99 PROCESSOS AFETIVOS E RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO CONTEXTO ESCOLAR: CONTRIBUIÇÃO TEÓRICA À PRÁTICA PROFISSIONAL ......................................................... 99 EDU - 058 ............................................................................................................................. 100 Jardim Sensorial com Frutíferas .......................................................................................... 100 EDU - 059 ............................................................................................................................. 101 PRODUÇÃO DE INSTRUMENTOS MUSICAIS EM MADEIRA E RESÍDUOS FLORESTAIS E DA INDÚSTRIA MADEIREIRA .................................................................................................. 101 EDU - 060 ............................................................................................................................. 102 ESPAÇO EDUCATIVO: MUSEU DE ANATOMIA DO IBB/Unesp ........................................... 102 EDU - 061 ............................................................................................................................. 104 EXPERIMENTAÇÃO DEMONSTRATIVA COMO MEIO DE DESPERTAR O INTERESSE PELA QUÍMICA NO ALUNATO DE NÍVEL MÉDIO DAS ESCOLAS DE BOTUCATU ......................... 104 EDU - 062 ............................................................................................................................. 105 Universidade e espaços de Ciência: uma aproximação necessária ....................................... 105 EDU - 063 ............................................................................................................................. 105 O Laboratório de Ensino e Pesquisa em Educação Matemática: Reflexões Teóricometodológicas no Contexto da Formação de Professores .................................................... 105 EDU - 064 ............................................................................................................................. 107 Produção de Materiais Didáticos Para o ensino de Ciências e Matemática: Carrinho de Bexiga ......................................................................................................................................... 107 EDU - 065 ............................................................................................................................. 107 A Extensão Universitária Na formação de Professores Através de "Semanas de Geografia nas Escolas" ............................................................................................................................. 107 EDU - 066 ............................................................................................................................. 108 Educação Ambiental Contextualizada no Semiárido Piauiense ............................................ 108 EDU - 067 ............................................................................................................................. 109 Da Aplysia a Ausubel: difusão de conhecimentos sobre Neurobiologia da aprendizagem escolar .............................................................................................................................. 109 MMA - 001............................................................................................................................ 110 Geotecnologia aplicada ao monitoramento ambiental: interação entre os usos múltiplos da água no Parque Aquícola de Ilha Solteira............................................................................ 110 MMA - 002............................................................................................................................ 111 Conforto térmico e a iluminação em Construções Sustentáveis ........................................... 111 MMA - 003............................................................................................................................ 112 2014: Retrospectiva dos 15 anos de Projeto de Extensão Universitária 'Esterilização em Cães e Gatos'................................................................................................................................ 112 MMA - 004............................................................................................................................ 112 CURSO DE COMPOSTAGEM PARA PRODUTORES RURAIS BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA NACIONAL DE REFORMA AGRÁRIA DO MUNICÍPIO DE MIRANDÓPOLIS-SP .................... 112 MMA - 005............................................................................................................................ 113 ZONEAMENTO DA CULTURA DE CANA-DE-AÇÚCAR (Saccharum spp.) NO MUNICÍPIO DE SUZANÁPOLIS/SP. ............................................................................................................ 113 MMA - 006............................................................................................................................ 114 UNIÃO PRÓ TIETÊ- OBSERVANDO O RIO SOROCABA- SENSIBILIZAÇÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL ATRAVÉS DO MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO SOROCABA........................................................................................... 114 MMA - 007............................................................................................................................ 115 GEOTECNOLOGIAS NA GESTÃO AGROPECUÁRIA E AMBIENTAL DE PEQUENOS MUNICÍPIOS NO NOROESTE PAULISTA. ........................................................................... 115 MMA - 008............................................................................................................................ 116 Mostra científica como instrumento de integração do ensino fundamental, médio e técnico com o programa de pós-graduação em Ciências Ambientais da Unesp/Sorocaba ................ 116 MMA - 009............................................................................................................................ 117 Sustentabilidade Ambiental considerando o Conforto Térmico e a Iluminação. ................... 117 MMA - 010............................................................................................................................ 118 TECNOLOGIA LIMPA NA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM INSTITUIÇÃO FILANTRÓPICA ......................................................................................................................................... 118 MMA - 011............................................................................................................................ 119 Programa de apoio à legalização mineral e ambiental de Olarias da região de Rio Claro (SP) ......................................................................................................................................... 119 MMA - 012............................................................................................................................ 120 AVALIAÇÃO DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE: comparação entre o novo e o antigo código florestal brasileiro. ....................................................................................... 120 MMA - 013............................................................................................................................ 121 Horta terapêutica na reabilitação psicossocial dos pacientes do CAPS-Registro .................. 121 MMA - 014............................................................................................................................ 122 Apoio à rede de coletivos de consumo rural urbano - projeto de extensão da Universidade Federal do ABC (UFABC). ................................................................................................... 122 MMA - 015............................................................................................................................ 123 Atividades de campo com alunos da APAE do município de Ilha Solteira/SP: Conscientização para conservação dos recursos naturais. ............................................................................. 123 MMA - 016............................................................................................................................ 123 Reciclagem orgânica e compostagem na UFABC ................................................................ 123 MMA - 017............................................................................................................................ 124 Aproveitamento de resíduos na agricultura: uso do lodo de esgoto na cultura do algodoeiro. ......................................................................................................................................... 124 SAU – 001 ............................................................................................................................. 125 A esterilização cirúrgica como ferramenta no controle reprodutivo em caninos fêmeas e a incidência de erliquiose e leptospirose. .............................................................................. 125 SAU – 002 ............................................................................................................................. 126 UNIVERSIDADE ABERTA À TERCEIRA IDADE: PROMOVENDO SAÚDE E BEM-ESTAR À COMUNIDADE IDOSA ...................................................................................................... 126 SAU – 003 ............................................................................................................................. 127 Serviço de atendimento periodontal para pacientes portadores de Diabetes Mellitus ......... 127 SAU – 004 ............................................................................................................................. 128 A COORDENAÇÃO MOTORA DE MEMBROS INFERIORES DE HEMIPARÉTICOS CRÔNICOS MELHORA COM FISIOTERAPIA EM GRUPO? ...................................................................... 128 SAU – 005 ............................................................................................................................. 129 Relato de estudantes de farmácia em ação extensionista .................................................... 129 SAU – 006 ............................................................................................................................. 130 Promoção e Educação em Saúde Bucal - importância na formação do Cirurgião Dentista .... 130 SAU – 007 ............................................................................................................................. 131 SIMULAÇÃO DE PRIMEIROS SOCORROS NA COMUNIDADE: UMA EXPERIÊNCIA EXTENSIONISTA ............................................................................................................... 131 SAU – 008 ............................................................................................................................. 132 A importância da motivação e orientação de práticas de higiene bucal na infância e adolescência ..................................................................................................................... 132 SAU – 009 ............................................................................................................................. 133 O CUIDAR DO PACIENTE DIABÉTICO NA PERSPECTIVA INTERDISCIPLINAR. ..................... 133 SAU – 010 ............................................................................................................................. 134 INTEGRALIDADE E PROMOÇÃO DA SAÚDE NA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: EXPERIÊNCIA COM GRUPOS DE TRABALHOS DE SEMINÁRIO INTERDISCIPLINAR SOBRE PROMOÇÃO DA SAÚDE NO CAMPUS UFRJ-MACAÉ.................................................................................... 134 SAU – 011 ............................................................................................................................. 135 OFICINAS DE PREPARAÇÃO PARA UM ENVELHECIMENTO ATIVO .................................... 135 SAU – 012 ............................................................................................................................. 136 Universidade Aberta à Terceira Idade (UATI): Um Perfil Sócio Epidemiológico e Tabagístico dos Participantes do Programa de Extensão Universitária ................................................... 136 SAU – 013 ............................................................................................................................. 137 Brincar e a Promoção da saúde com crianças escolares: ações da Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Uberaba, MG ..................................... 137 SAU – 014 ............................................................................................................................. 138 Explorando a natureza química da formulação dos saneantes domissanitários e conhecendo suas propriedades químicas e ações sobre o ser humano e o meio ambiente ........................ 138 SAU – 015 ............................................................................................................................. 138 A INCLUSÃO AO ALCANCE DO TOQUE: RELATO DE EXPERIÊNCIA ENTRE GRADUANDOS E DEFICIENTES VISUAIS ....................................................................................................... 138 SAU – 016 ............................................................................................................................. 139 Produzindo práticas e saberes na atenção psicológica grupal a idosos residentes em asilos na cidade de Assis. ................................................................................................................. 139 SAU – 017 ............................................................................................................................. 140 Capacitação para o socorro na comunidade: uma necessidade urgente ............................... 140 SAU – 018 ............................................................................................................................. 141 A MARCHA DE HEMIPARÉTICOS CRÔNICOS MELHORA COM FISIOTERAPIA EM GRUPO?. 141 SAU – 019 ............................................................................................................................. 142 Práticas em Saúde para Crianças e Adolescentes Abrigadas ................................................ 142 SAU – 020 ............................................................................................................................. 143 OFICINAS DE ATIVIDADES MOTORAS ADAPTADAS: EXPERIÊNCIAS DISCENTES NA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA .............................................................................................. 143 SAU – 021 ............................................................................................................................. 144 Projeto de extensão para o controle reprodutivo de caninos e felinos no Município de Jaboticabal SP. Resultados de 2010 a 2014 ......................................................................... 144 SAU – 022 ............................................................................................................................. 144 Prematuridade e a Importância da Fisioterapia na Educação em Saúde ............................... 144 SAU – 023 ............................................................................................................................. 145 Efetividade de ações de educação nutricional sobre o consumo alimentar e a composição das lancheiras de alunos de uma escola pública de cidade do interior paulista .......................... 145 SAU – 024 ............................................................................................................................. 146 CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE O USO CORRETO DE SANEANTES DOMISSANITÁRIOS VISANDO A PREVENÇÃO DE ACIDENTES E INTOXICAÇÕES .............................................................. 146 SAU – 025 ............................................................................................................................. 147 O MANEJO CLÍNICO EM PACIENTES NEURÓTICOS GRAVES E PSICÓTICOS EM UM CAPS . 147 SAU – 026 ............................................................................................................................. 148 EFICÁCIA DE UM PROGRAMA DE TREINO COGNITIVO PARA IDOSOS COGNITIVAMENTE SAUDÁVEIS - PROJETO ATIVAMENTE - UFABC .................................................................. 148 SAU – 027 ............................................................................................................................. 149 Estudo da adesão às modalidades do Projeto de Extensão: Iniciação Esportiva em Esportes Coletivos do Programa Esporte e Lazer na Cidade vinculado a Universidade Federal de Viçosa Campus Florestal ............................................................................................................... 149 SAU – 028 ............................................................................................................................. 150 DIABETES, VOCÊ SABE O QUE É ISSO? ............................................................................... 150 SAU – 029 ............................................................................................................................. 151 Intervenções em Psicologia em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos do interior paulista. ............................................................................................................................ 151 SAU – 030 ............................................................................................................................. 152 Avaliação e orientação em fisioterapia neurológica para pacientes, familiares e cuidadores: visão para neuroplasticidade.............................................................................................. 152 SAU – 031 ............................................................................................................................. 153 Produção de Equipamentos de Pilates ................................................................................ 153 SAU – 032 ............................................................................................................................. 154 Grau de Conhecimento de Proprietários de Animais atendidos por Projeto de Extensão Universitário em Araçatuba, SP. ......................................................................................... 154 SAU – 033 ............................................................................................................................. 154 Ocorrência de acidentes de trânsito - Estratégias de promoção em saúde ........................... 154 SAU – 034 ............................................................................................................................. 155 ATIVIDADES FÍSICAS E SOCIESPORTIVAS COMO PROPOSTA DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA ................................................................................... 155 SAU – 035 ............................................................................................................................. 156 Biossegurança no atendimento às clientes de manicure e pedicuro ..................................... 156 SAU – 036 ............................................................................................................................. 157 ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA COM IDOSOS: PREVENÇÃO E PROMOÇÃO A SAÚDE, POSTURA CORRETA E ATIVIDADE DE VIDA DIÁRIAS ......................................................... 157 SAU – 037 ............................................................................................................................. 158 INTERDISCIPLINARIDADE NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE: UMA EXPERIÊNCIA DO PET SAÚDE REDES DE ATENÇÃO, NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA ............. 158 SAU – 038 ............................................................................................................................. 159 OFICINAS COM RECURSOS CRIATIVOS PARA PAIS, AVÓS E CUIDADORES DE CRIANÇAS ATENDIDAS EM CLÍNICA-ESCOLA DE PSICOLOGIA. .......................................................... 159 SAU – 039 ............................................................................................................................. 160 O psicodiagnóstico de pacientes neuróticos graves e psicóticos em um Caps ...................... 160 SAU - 040.............................................................................................................................. 161 Oficinas Motivacionais de Bordado .................................................................................... 161 SAU - 041.............................................................................................................................. 161 Saúde na escola: A busca da interdisciplinaridade entre os profissionais da saúde e educadores em Pirpirituba-PB .............................................................................................................. 161 SAU - 042.............................................................................................................................. 162 PROCESSO DE ENVELHECIMENTO E GRUPALIDADE: POSSIBILIDADES DE ENCONTROS NA EXTENSÃO EM PSICOLOGIA ............................................................................................. 162 SAU - 043.............................................................................................................................. 163 Perfil Sociodemográfico e Desconforto Musculoesquelético de Participantes do Projeto Extensão em Atendimento Humanizado em Puérperas na Fisioterapia da FCT/UNESP ........ 163 TPR - 001 .............................................................................................................................. 164 Sistema de Auxílio Visual Escutado - (SAVE) ....................................................................... 164 TPR - 002 .............................................................................................................................. 165 APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS - PALETES ............................................... 165 TPR - 003 .............................................................................................................................. 166 ENGENHARIA E EDUCAÇÃO: QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL NA CONSTRUÇÃO CIVIL .... 166 TPR - 004 .............................................................................................................................. 167 ÍNDICE DE VEGETAÇÃO DIFERENÇA NORMALIZADA NA IDENTIFICAÇÃO DA EUCALIPTICULTURA. ......................................................................................................... 167 TPR - 005 .............................................................................................................................. 167 Concurso Interpontes 2014 ................................................................................................ 167 TPR - 006 .............................................................................................................................. 168 Auxílio a Deficientes Visuais na Travessia de Semáforos. ..................................................... 168 TPR - 007 .............................................................................................................................. 169 PROJETO BAMBU TAQUARA ............................................................................................. 169 TPR - 008 .............................................................................................................................. 170 Gerador Social: Impactos dos Dez Anos de um Projeto para Geração de Energia Elétrica de Baixo Custo ....................................................................................................................... 170 TPR - 009 .............................................................................................................................. 171 EVOLUÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS ACIDENTES VIÁRIOS NA MALHA URBANA DE ILHA SOLTEIRA, SP. ........................................................................................................... 171 TPR - 010 .............................................................................................................................. 172 DESENVOLVIMENTOS DE APARELHOS DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL A PARTIR DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS DE MADEIRA ............................................................. 172 TPR – 011 .............................................................................................................................. 172 CATALOGAÇÃO DAS ESPÉCIES PRESENTES EM UM BANCO DE GERMOPLASMA DE PLANTAS FORRAGEIRAS ................................................................................................................... 172 TPR - 012 .............................................................................................................................. 173 EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA EDIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL ............................................. 173 TPR - 013 .............................................................................................................................. 174 Modelagem e Visualização de Humanoides com o Blob Man People e o POV-ray................ 174 TPR - 014 .............................................................................................................................. 175 INCORPORAÇÃO DE EAD AO ENSINO BASEADO EM JOGOS DE EMPRESAS ...................... 175 TPR - 015 .............................................................................................................................. 176 IMPLANTAÇÃO DA CULTURA DO BAMBU EM ASSENTAMENTO RURAL ............................ 176 TPR - 016 .............................................................................................................................. 177 Acessibilidade do Colégio Euclides da Cunha, Ilha Solteira- SP, uma proposta de inclusão e integração do ambiente físico. ........................................................................................... 177 TPR - 017 .............................................................................................................................. 178 DICIONÁRIO TÉCNICO ONLINE PARA VEÍCULOS OFF-ROAD DA SAE BRASIL .................... 178 TPR - 018 .............................................................................................................................. 179 Projeto Habitacional Dona Amélia ..................................................................................... 179 TPR - 019 .............................................................................................................................. 180 Projeto social do Hemocentro: reestruturação e expansão da doação de sangue ................. 180 TRA - 001 .............................................................................................................................. 181 CAPACITAÇÃO EM GESTÃO EMPREENDEDORA DOS EMPREENDEDORES APOIADOS PELA INCUBADORA PÚBLICA DE EMPREENDIMENTOS POPULARES E SOLIDÁRIOS EM DIADEMA ......................................................................................................................................... 181 TRA - 002 .............................................................................................................................. 182 Organização e orientação administrativa e financeira de Iniciativas da Economia Popular e Solidária: incentivo e promoção à autogestão nas cantinas solidárias da Universidade Estadual de Feira de Santana ........................................................................................................... 182 TRA - 003 .............................................................................................................................. 183 PROJETO DE EXTENSÃO SOBRE PRÁTICAS SISTÊMICAS - ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL E MEDIAÇÃO DE CONFLITOS............................................................................................... 183 COM - 001 Universidade Aberta para a Terceira Idade (UATI): Desafios e Aprendizado de novo idiomas Aline Zonta; Ana Caroline Zacarias Delfiol Silva; Renata Tadeu Fernandes Bastianelli; Fabio Cardoso; Elisangela Nunes de Carvalho; Everton Luiz dos Santos; Alexandre Sabbag da Silva; Jose Renato Romero; Keyti Expedita Ribeiro Nascimento; Lis Lakeis Bertan; Anselmo Milani. Instituição: UNIVERSIDADE GUARULHOS E-mail de contato: [email protected] A Universidade Aberta para a Terceira Idade (UATI) é um programa de extensão oferecido por uma equipe interdisciplinar de discentes da Universidade Guarulhos (UnG), Campus Centro, para moradores da cidade onde se encontra a instituição, em específico, para as pessoas com mais de 60 anos de idade. Não importando outras certificações ou diplomas anteriores. Os cursos de Extensão da UATI estão divididos em cinco áreas, que abrangem mais de 30 opções de atividades voltadas para a qualidade de vida. As áreas estão divididas em: Saúde e Bem-Estar; Arte e Lazer; Cidadania; Cultura e Tecnologia, abrangendo atividades voltadas a diversas áreas e que procuram atender as necessidades e exigências que cercam o público-alvo deste programa, a terceira idade, o que ressalta e valoriza a essencial integração entre comunidade local e acadêmica na disseminação de conhecimentos. O programa contempla ainda, dentro da área a preparação para o idioma inglês. Este é oferecido por meio da UATI aos participantes com a expectativa de ampliar a oportunidade de inserção dos participantes em seus convívios sociais. O mesmo é exercido com atividades lúdicas e ao mesmo tempo teóricas sobre a disciplina, fazendo com que os alunos assimilem o conteúdo de maneira dinâmica e, ao mesmo tempo, se sintam incentivados a continuarem participando das atividades oferecidas. São desenvolvidas pelo curso diversas atividades, que se dividem em: aulas, interação e acompanhamento com apostilas. Durante as aulas são propostos: apresentação de filmes em inglês, letras e traduções de músicas, dinâmicas a partir da matéria lecionada (gramática), traduções de textos, formulação de frases e expressões, entre outras. Ressalta-se que todas essas atividades são oferecidas em nível básico, organizadas e executadas cuidadosamente, tendo sempre a preocupação de transpor o conteúdo aos alunos de modo "não traumático", ou seja, respeitando as peculiaridades de assimilação do idioma apresentado pelos mesmos. Além ensinar um novo idioma os alunos, ainda mais se tratando do Inglês, que hoje é a língua mais influente no mundo, o curso proporciona uma efetiva interação dos senhores, senhoras e professores em cada aula ministrada, propiciando a troca de experiências vivenciadas por esses alunos e o mais importante, a valorização dos mesmos perante a sociedade. A importância atribuída ao curso de Língua Inglesa da UATI é significativa, pois a intenção deste trabalho é mostrar aos alunos ou participantes que não há idade certa para aprender algo novo e que é preciso aproveitar todas as oportunidades que surgem em qualquer momento das vidas. Com isso, o curso constitui-se em uma demonstração de respeito, carinho e oportunidade por essas pessoas que já tanto nos ensinaram e que ainda têm muito a nos ensinar. Palavras chave: Aprendizado/ Inglês/ Terceira Idade COM - 002 Consolidação da marca por meio de novas estratégias de marketing: o caso de uma empresa de moda íntima Ana Claudia Cleto Paiva; Ricardo Pinto Moreira Cavalheiro; Priscila Yukie Hayashi; Caroline Joaquim Lafayette; Rodrigo Ferrarezi Escobar; Paula Regina de Jesus Pinsetta Pavarina. Instituição: UNESP Franca E-mail de contato: [email protected] Este trabalho apresenta os resultados de um projeto de extensão universitária desenvolvido pelo Grupo de Estudos e Extensão em Marketing Internacional (MkI) da Universidade Estadual Paulista - Unesp, campus de Franca. O projeto foi desenvolvido junto a uma microempresa de moda íntima, com sede neste município e atuante principalmente no interior paulista, e teve como objetivo desenvolver uma pesquisa que subsidiasse a delimitação de estratégias de inserção mercadológica da empresa. Inicialmente foi necessária a coleta de informações e dados em fontes documentais que permitissem um conhecimento sobre as variáveis que interferem no mercado consumidor de moda íntima. Foi realizada uma extensa análise do mercado nacional que abrange as principais características e necessidades do seu público alvo; as oportunidades e também algumas fragilidades do setor têxtil no país; os principais polos de produção de lingerie que competem com Franca; e os principais órgãos e incentivos privados e públicos para o setor. Também foram realizadas entrevistas informais com os gestores da empresa, assim como com os profissionais responsáveis pelo marketing e pelo design das peças e também com atendentes, para ampliar o conhecimento sobre a empresa. Posteriormente foi idealizada e aplicada uma pesquisa de campo, que teve o objetivo de conhecer mais a fundo a consumidora de moda íntima no município de Franca, principal mercado da marca. A pesquisa foi aplicada a 285 mulheres, entre 20 e 49 anos, em lugares variados como shopping, faculdades, terminal rodoviário, supermercados e no centro da cidade. Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística e também à análise SWOT, acrônimo em inglês para análise conjunta de Strength (força ou fortalezas), Weakness (fraqueza), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças), este método de análise se baseia no estudo detalhado das forças e fraquezas internas à empresa e das oportunidades e ameaças externas a ela, permitindo também conhecer as potencialidades e deficiências em relação aos seus concorrentes. Por fim, foi avaliada a potencialidade de inserção da empresa no mercado de moda íntima do Oriente Médio, já que lá os produtos se assemelham aos brasileiros, a região possui um grande poder de compra e há uma preferência por produtos brasileiros devido à sua qualidade de acabamento e diversidade de opções. Enquanto conclusão, todo este processo de análise de dados possibilitou a delimitação de um plano de inserção mercadológica, que foi proposto pelo Grupo com base nos conhecimentos advindos desta atividade de extensão universitária. O plano levou em consideração todas as informações previamente coletadas do âmbito nacional e internacional e tem apenas uma função sugestiva, procurando promover um redirecionamento da marca, mas preservando suas principais características ao desenvolver uma identidade sólida necessária para sua futura expansão, seja ela nacional ou internacional. Enquanto conclusão deste projeto de extensão, pôde-se perceber a relevância de uma pesquisa bem elaborada quanto ao mercado, ao público e ao produto, para se entender o que se deve ser feito para atingir resultados eficazes e alcançar os objetivos traçados pelas empresas; considera-se esta a principal contribuição do grupo MkI à empresa. Palavras chave: Pesquisa de marketing/ estratégia de marketing/ pesquisa de mercado/ consolidação de marca COM - 003 A contribuição do Projeto A Escola na Tela da TV: Educomunicadores em Ação no desenvolvimento de habilidades e competências a partir dos processos multimídia na escola pública. Débora Burini; Jefferson Jose Ribeiro de Moura. Instituição: Universidade Federal de São Carlos E-mail de contato: [email protected] Este artigo analisa os resultados parciais obtidos com o projeto de extensão A Escola na Tela da TV: Educomunicadores em Ação, que vem sendo realizado desde 2011, na Escola Estadual Jesuíno de Arruda na cidade de São Carlos, no interior paulista, depois da repercussão de um vídeo em dezembro de 2010, que mostrava cenas íntimas entre dois adolescentes. As imagens foram feitas pelos próprios colegas de classe e se espalharam rapidamente pela internet, principalmente entre os estudantes, através de celulares equipados com o sistema bluetooth. O caso motivou a coordenação pedagógica da escola a propor uma atividade que unisse ao mesmo tempo, educação e comunicação, no sentido de conscientizar os alunos para a influência socializadora permitida pelo vídeo, e corrigir a distorção que havia sobre a compreensão e o consumo de bens simbólicos, principalmente pelos meios de comunicação de massa. Assim, o objetivo deste trabalho é trazer ao universo acadêmico importante contribuição no que tange ao papel desempenhado pela televisão e o vídeo, e sua relação com o ensino básico (segundo e terceiro ciclos) que trabalham com uma faixa etária compreendida entre a pré-adolescência e adolescência, fases em que o educando está vivendo sua auto-afirmação. A partir do princípio da indissociabilidade entre as atividades de ensino, pesquisa e extensão, o projeto amplia a discussão no ambiente escolar, sobre o papel da linguagem televisiva nos processos multimídia dentro da perspectiva de influência socializadora, e apresenta os resultados parciais de como atividades de extensão tem garantido aos jovens da rede pública exercitar suas competências e habilidades. O projeto parte do estudo do veículo e da técnica inserida em seu modus operandi, através das obras de Yvor Yorke e Jesús Martín-Barbero, além da compreensão da mensagem por parte do telespectador, com apoio das obras de Jean Foucambert e Joan Ferrés. Ao total já foram produzidos quatro programas-piloto que seguiram características de um programa de variedades, com diferentes quadros, sem um formato fixo, que trabalharam o conceito audiovisual com uma função social dentro da escola, além de promover aos jovens da rede pública a chance de empregar os conhecimentos e aptidões alcançados em sala de aula na produção audiovisual. Também foram desenvolvidos dois episódios de uma narrativa ficcional seriada para televisão, com temática, personagens e elenco definidos pelos próprios alunos da escola, em reuniões semanais ao longo de cinco meses, e equipe técnica operacional formada pelos graduandos do curso de Imagem e Som, do Departamento de Artes e Comunicação da Universidade Federal de São Carlos, coordenados pelo professor responsável pela atividade de extensão. Ao reproduzir no ambiente ficcional, conteúdos e temas que aproximam o jovem de sua realidade social, os alunos criam através da verossimilhança uma identificação, que resulta em um produto audiovisual criativo e original. A atividade possibilita uma experimentação de linguagem na produção audiovisual, através dos processos multimídia da escola pública de forma colaborativa e interdisciplinar. Palavras chave: Comunicação / Educação / Escola Pública / Jovem COM - 004 Gestão de Eventos DEBORAH DE SOUZA MAFRA; BRUNO PIATO FERREIRA; MARCO CÉSAR PADILHA; SUZANA DE CAIROS; THIAGO CREPALDI. Instituição: UNICAMP E-mail de contato: [email protected] A Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural administra o Complexo de Eventos formado pelo Centro de Convenções e Ginásio Multidisciplinar (atualmente em reforma), disponibilizando sua infraestrutura à realização de diversos eventos, como formaturas, congressos, debates, feiras, atividades esportivas, musicais, artísticas, entre outras. O Centro de Convenções possui uma infraestrutura completa para atender aos eventos. Dispõe de três auditórios (capacidade total de 840 pessoas) com tecnologia para transmissão, gravação e streaming. Todos possuem projetores e telões elétricos, assentos em couro, ambiente climatizado, notebook, microfones sem fio, mesa diretiva, tribuna e conjunto de bandeiras e mastros. O Hall possui secretaria fixa para suporte ao atendimento do público dos eventos, estruturada com mesas e balcões modulares, além de cadeiras giratórias. Conta também com espaço para pequenos coffees e coquetéis. Os amplos corredores dão acesso à copa; aos auditórios; à Sala VIP e sanitários (masculino, feminino e familiar, com acessibilidade aos portadores de necessidades especiais). Possui, ainda, televisores em tela plana para exibição de vídeos, programações e mídias visuais em geral. A Sala VIP é apropriada para receber autoridades, professores, palestrantes e convidados, decorada com objetos de arte e obras do acervo desta Coordenadoria. Conta ainda, com confortáveis poltronas em couro, projetor e telão elétrico. Pequenos coquetéis podem ser servidos. A copa possui acesso direto às áreas interna e externa, facilitando a distribuição dos materiais, oferecendo inclusive recursos para a manipulação segura de alimentos. Todo o Complexo conta com acesso à Internet por meio de rede sem fio com segurança habilitada e pontos de rede estrategicamente posicionados. A CDC apoia e assessora a organização de eventos, objetivando a disseminação e promoção do conhecimento acadêmico e cultural. Para tanto, desenvolve e coordena ações culturais, promovendo o bem estar social e acadêmico e possibilitando a oportunidades de convívio, de trocas de informações e expansão cultural. A CDC completou, no ano de 2014, quinze anos de atividades. Durante esses anos muitas ações foram necessárias. Com infraestrutura precária, a necessidade de atender um público especializado levou a um aprimoramento também especializado. Criou-se um setor específico para atender demandas, onde Profissionais de Relações Públicas foram incorporados à equipe, além dos técnicos administrativos, e uma integração com audiovisual e informática. Com um planejamento profissional adequado às necessidades de um ambiente universitário, criaram-se caminhos com implantação de métodos e ferramentas de trabalho modernas, possibilitando a fruição do dia-adia das atividades. Novas técnicas, adequadas às exigências de um mundo informatizado e globalizado, possibilitaram um atendimento mais específico, mais prático, levando a implantação de uma equipe de Cerimonial, agenda online, site para divulgação dos eventos, culminando com a realização de cerca de duzentos eventos ao ano. Com a dedicação de profissionais especializados, foi possível a implementação de mecanismos eficazes, contribuindo para o desenvolvimento cultural da comunidade universitária e Sociedade Civil. Palavras chave: Gestão / Eventos / Equipe / Integração / Planejamento COM - 005 Internacionalizando a Univerisdade: uma cooperação interinstitucional na equivalência terminológica Português- Inglês para o termo 'faculdade' Dener Martins de Oliveira. Instituição: UNESP E-mail de contato: [email protected] Diante de um modelo de relações multilaterais exteriores e da realidade de um intercâmbio do conhecimento científico no cenário internacional universitário, cresce a necessidade de uma linguagem apropriada em língua franca "o inglês internacional" como ponte da produção e do progresso científico-acadêmico de interesse mundial. Assim, faz-se necessária a aplicação de terminologias adequadas que comportem as respectivas realidades culturais e linguísticas; a começar pela utilização do termo 'Faculdade' como equivalente semântico para os seguintes termos que serão analisados: Faculty, College, School, e Institute. Há de se considerar os diferentes usos e contextos específicos de cada um desses termos, em cada país anglo-saxônico, bem como as suas percepções e interpretações por parte da comunidade internacional, para que, então, tal terminologia seja adotada seguramente. Há um problema real no que tange às nomenclaturas adotadas atualmente em língua inglesa, sobretudo às universidades que buscam a internacionalização. A compreensão efetiva, evitando confusão e ambiguidade são motivos que servem de alicerce para uma postura de caráter internacional que divulgue e zele pela reputação institucional. Esta pesquisa, aplicativa, é caracterizada pela geração de solução. A fundamentação teórica postula-se sobre a perspectiva terminológica voltada à funcionalidade, conhecida como TCT (Teoria Comunicativa da Terminologia), formulada pela linguista espanhola Maria Cabré. Seu princípio instaura-se pela estruturação de uma pragmática do discurso que dependa de contexto e que vá ao encontro das necessidades de reflexão e aplicação do corpus. A abordagem do problema é de ordem qualitativa, pois será utilizado, também, da observação de ocorrência de nomenclaturas de outras instituições pela ferramenta Google. Este estudo é de natureza exploratória, pois além de trabalhos tradutórios que consistem em consultas ao dicionário, considera não só o público interessado, como as circunstâncias nas quais tais terminologias ocorrem. Diferentemente do inglês como língua identitária de certa nação, o estudo parte do inglês funcional, cuja não-pertença configura-se em parâmetros globais. A definição de equivalentes de termos acadêmicos devidamente justificados quanto à escolha demanda pesquisa histórica, etimológica, e, principalmente, extralinguística. Dentre os termos anteriormente mencionados, todos possuem acepçoes semânticas e ideológicas distintas para cada comunidade anglofona, o que requer um cuidado extremamente rigoroso ao adotar-se uma delas. No entanto, School, de caráter mais recorrente internacionalmente, não oscila quanto sua designação semântica, embora carregue em si um emprego ideológico por algumas comunidades no que concerne às áreas do mesmo conhecimento. Por esse fator, crê-se, até o momento, ser o mais viável, dentro dos devidos cuidados tradutórios que deem conta das áreas do conhecimento. Devido a essa vulnerabilidade semântica de termos acadêmico lançados na arena internacional, torna-se necessário estudar de perto aqueles que possam solucionar o impasse de equivalência terminológica, bem como justificar aqueles que não se adequam. Para isso, muita pesquisa, diálogo e apoio entre instituições hão de se agregar e confirmar resultados em prol do quadro universitário atual a fim de perfilar um comportamento institucional maduro e progressivo. Palavras chave: Equivalência Terminológica / Cooperação interinstitucional / Internacionalização COM - 006 Educomunicação como extensão universitária: relato de um projeto com professores da rede pública Duilio Fabbri Junior. Instituição: PUC-Campinas E-mail de contato: [email protected] Recursos intelectuais têm sido usados para abrir novos caminhos e perspectivas metodológicas entre as áreas de comunicação e educação. Eles vêm sendo trilhados há tempo, na maioria das vezes de forma paralela, sem que os especialistas desses campos do conhecimento consigam chegar a um denominador comum para a interface necessária no uso adequado da mídia na escola. Prova disso é que o discurso da especialização das áreas, marcante no século 20, praticamente adentrou o século 21 e, só ao final dos anos 90, é que apareceu no Brasil o termo 'educomunicação', já explicitamente interdisciplinar. Aprender a ler imagens e a compreender os seus sentidos tornaram-se habilidades necessárias para desenvolver a capacidade de interagir com o mundo de forma consistente e consciente. Compreendemos aqui a educomunicação como uma teoria que embasa a intervenção desta proposta de extensão, como um conjunto de ações voltadas a criar e desenvolver temáticas como a educação para os meios de comunicação, a mediação tecnológica, a expressão comunicativas e a compreensão dos processos midiáticos, podendo gerar não só compreensão, mas também produções. Assim, este trabalho apresenta a primeira etapa do projeto de extensão "Reflexões críticas sobre a mídia no processo de educomunicação", desenvolvido pela PUC-Campinas. Apresentam-se os resultados das oficinas realizadas com um grupo de professores, na Escola Estadual Adalberto Prado e Silva, no Jardim Costa e Silva, em Campinas. Entre os resultados parciais, percebe-se o interesse dos professores em incluir produções midiáticas usando ferramentas gratuitas, como plataformas de produção de sites e blogs em suas rotinas didático-pedagógicas. Ao todo, serão oferecidas nove oficinas com temáticas que permitam aos professores a apreensão de conteúdos - teóricos e práticos - para a leitura dos diferentes produtos midiáticos, focados na produção imagética (TV, cinema, internet, publicidade, documentário). Ao final, como forma de replicar os resultados, o grupo de participantes deverá elaborar uma cartilha com informações sobre o uso das mídias na educação. O projeto tem como perspectiva o fato de que aprender sobre o mundo editado pela mídia, a ler além das aparências, requer a compreender a polifonia presente nos enunciados da narrativa midiática sabendo que não são tarefas fáceis, mas desejáveis para uma leitura crítica do mundo. Da mesma forma, tem como objetivo discutir a responsabilidade social dos veículos de comunicação, compreender as intrincadas relações de poder por trás de sua composição, além de capacitar professores e alunos para entender os sentidos, o significado implícito no discurso midiático também não são atividades simples. Essa contextualização expõe a importância de uma leitura crítica que não deve se restringir à leitura de um veículo, mas à pluralidade dos meios, temática que tem sido trabalhada durante as oficinas com professores. Palavras chave: educomunicação / mídia / leitura crítica COM - 007 A TV UNESP ASSIS COMO PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA ÁREA DE COMUNICAÇÃO PARA DIVULGAÇÃO DAS ATIVIDADES FINS DA UNIVERSIDADE PARA A COMUNIDADE EXTERNA Eduardo Galhardo; Mariana Escher Toller; Matheus Matã da Silva; Maurício Diógenes Neto Tavares. Instituição: UNESP - Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Assis E-mail de contato: [email protected] A Televisão Universitária oferece a oportunidade de uma integração ativa entre ensino, pesquisa, extensão, sociabilizando seus atores principais: alunos, professores, dirigentes, funcionários e a comunidade onde atua. Assim como a própria universidade a TV universitária deve cumprir com o tripé de ensino-pesquisa?extensão. Quanto ao ensino permite que alunos de diferentes cursos se apropriem dos conhecimentos associados a educomunicação; na pesquisa em que o processo de produção junto aos temas divulgados, buscando o compromisso com a produção de conteúdo voltado para a educação, a promoção da cultura e do desenvolvimento regional e prestação de serviços, constituindo-se também num espaço para a pesquisa e experimentação de novas linguagens, formatos e narrativas, além de contribuir criticamente para a formação de profissionais de diversas áreas que se envolve nesse processo produtivo. E relação à extensão fica ligado ao produto final, onde a divulgação científica e de outros conhecimentos gerados na academia são expostos para a sociedade e ainda contribuem para uma programação regional ética, plural e democrática, voltada à construção da cidadania e às produções culturais na e da comunidade em que a Universidade está inserida. Por ter a ?cara? da universidade, a TV Universitária tem seu conteúdo definido de acordo com a realidade de cada região ou cidade, dando um caráter ainda mais próximo do público que a assiste, as próprias TVs são responsáveis por seus conteúdos, não vinculando o detentor do cabo a nenhuma responsabilidade pelo conteúdo exibido no canal. Essas TVs são de uma responsabilidade socioeducativa, e por isso não tem obrigatoriedades de conteúdo como os canais convencionais. A TV Universitária é o espaço em que a academia se aproxima do público, ainda que seja exclusiva a assinantes de TV a Cabo, a disponibilização em outro meios garantem a ampla divulgação (site e acervo digital da UNESP). O Projeto TVUNESP ASSIS recebe apoio institucional da PROEX e utiliza o Canal Universitário da operadora de TV a Cabo de Assis (Canal 6) para veicular uma produção televisiva destinada à difusão e à popularização da Ciência e Tecnologia por meio da divulgação das atividades desenvolvidas na UNESP Portanto os programas televisivos produzidos são veiculados e atingem mais de 80% da área urbana do município, com aproximadamente 4500 assinantes, ou seja, chegando a mais de 20.000 pessoas com acesso ao Canal Universitário. Como resultados a atuação da TV UNESP ASSIS, no ar desde 2008, vem melhorando exponencialmente, foram produzidos mais de 170 programas que divulgaram os eventos científicos e culturais relacionados ao Campus de Assis, bem como, projetos de pesquisa e de extensão desenvolvidos. Os dados estatísticos do site BlipTV onde estavam armazenados os programas indicaram 11.461 visualizações dos programas. A estatística de acesso à página da TVUNESP (Google analytics) mostra que desde outubro de 2009 até o dia 25/03/2015, o site recebeu 11.568 visitas de 7.408 visitantes únicos. A TV UNESP ASSIS consolidou-se como um espaço privilegiado para divulgação das atividades da Universidade e estabeleceu um elo entre comunidade acadêmica e sociedade de modo articulado fortalecendo o tripé ensino-pesquisa-extensão. Palavras chave: TV UNIVERSITÀRIA / DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA / PRODUÇÃO TELEVISIVA COM - 008 Comunicação comunitária e práticas educomunicativas: a elaboração de produtos midiáticos com adolescentes em ONG de Campinas Fabiano Ormaneze. Instituição: PUC-Campinas E-mail de contato: [email protected] A partir de demandas do Centro de Assistência Social (CAS) Copiosa Redenção, localizado na segunda mais populosa região de Campinas (SP), Campo Grande, na região Noroeste da cidade, o projeto de extensão "Comunicação comunitária e cidadania: práticas educomunicativas" tem como objetivo geral desenvolver atividades com a participação de adolescentes assistidos pela instituição para capacitá-los a elaborar produtos jornalísticos comunitários. Esse processo, iniciado em março de 2014, tem se dado por meio de oficinas e assessorias que integram mídia impressa e digital. Tem-se como perspectiva o fato de que a comunicação social é um instrumento que auxilia a criar nos envolvidos a noção de pertencimento, além de ser importante diretriz para a construção da cidadania e da democracia. Na primeira etapa deste trabalho, foi realizado um diagnóstico das necessidades e das características da comunidade. Em seguida, realizou-se uma reflexão crítica sobre os processos de comunicação, comparando o papel da grande mídia e os veículos de comunicação comunitária e alternativa. Desde o último trimestre de 2014, o projeto encontra-se na fase de capacitação técnica do grupo de adolescentes para o desenvolvimento de produtos de comunicação. Já foram implantados um novo jornal-mural para a instituição, um site - usando plataforma gratuita na web - uma fanpage e um boletim impresso de notícias, derivados de um plano de comunicação traçado pelos participantes das oficinas. Por meio de relatos de adolescentes, o desenvolvimento desses veículos reforçou a ideia de pertencimento e identificação com a comunidade, além de deixar clara a ligação direta existente entre mídia e participação social. Por outro lado, a preparação das oficinas e as assessorias à elaboração dos produtos precisaram considerar deficiências dos participantes como em leitura e em escrita. Nota-se, por exemplo, que a falta de interesse em ler uma página de jornal ou mesmo produzi-la explicam-se pelas dificuldades de grande parte dos participantes em compreender o que lê, o que exigiu uma reprogramação de algumas propostas em relação ao cronograma inicial. No momento da escrita, foi essencial que o docente responsável adotasse uma postura também de revisor dos textos, não só no que concerne à informação a ser transmitida, mas também às normas gramaticais e ao padrão culto do idioma, cujos domínios se fazem necessários para transmitir seriedade e credibilidade às publicações e não reforçar preconceitos arraigados em quem, de fora, observa o movimento e a dinâmica da periferia das grandes cidades. Palavras chave: comunicação comunitária / educomunicação / adolescentes COM - 009 Locomotiva: Empresa Júnior de Rádio e Televisão Júlia Piccolo Von Zeilder; Mayara Bailo Gomes. Instituição: UNESP - FAAC E-mail de contato: [email protected] Localizada na Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, UNESP - Campus de Bauru, a Locomotiva é, no momento, a única empresa júnior de Rádio e Televisão do Brasil. Fundada em 2005, a empresa conta atualmente com 21 membros, todos alunos do curso de Radialismo da UNESP, e funciona como uma produtora de audiovisual sem fins lucrativos, realizando projetos para pequenas organizações e outras empresas juniores, com uma diversidade de produtos: vídeos institucionais, coberturas audiovisuais e teasers para eventos até videoclipes e programas de televisão. A Locomotiva visa proporcionar a seus membros a oportunidade de aplicação prática de seus conhecimentos dentro da área de formação profissional, despertando o espírito empreendedor de seus associados, fazendo com que se desenvolvam pessoal, teórica e tecnicamente. Além disso, promove o desenvolvimento acadêmico dos membros e a intensificação do intercâmbio Empresa-Escola, facilitando a absorção de futuros profissionais no mercado de trabalho. A empresa se organiza em duas categorias: a produtora e as diretorias executivas, ambas compostas por todos os membros da empresa. A produtora consiste na divisão técnica dos membros pelas suas áreas de interesse, criação, produção, técnica operacional, direção de arte e pós-produção. A diretoria executiva está ligada à parte administrativa da empresa aproximando os membros da realidade do mercado, sua divisão consiste em seis subcategorias: Diretoria Administrativa, Financeira, Marketing, Pesquisa e Gestão de Pessoas, Projetos (atendimento) e Qualidade. Ao se inscrever no processo seletivo, o candidato, que deve estar cursando pelo menos o 3-° semestre do curso, escolhe sua área técnica de interesse, realizando, durante o processo, uma prova de aptidão, só depois de ingressar e conhecer a empresa, o membro opta pela diretoria de sua preferência. Todo ano é realizado um processo seletivo especifico para trainees, que são os alunos do 1-° semestre, estes têm a chance de conhecer todas as áreas técnicas da empresa para depois de um ano optar pela área e diretoria de seu interesse. Como resultado, a Locomotiva supre necessidades do curso de Radialismo que, situado fora do eixo Rio-São Paulo, e pela extensa carga horária, dificulta o contato dos alunos com o mercado através de estágios, além disso, os problemas estruturais do curso dificultam o desenvolvimento técnico dos alunos, tornando-os despreparados para o trabalho. A empresa também se preocupa com o desenvolvimento geral dos alunos do curso, participando da organização da Semana de Rádio e TV, promovendo oficinas abertas e realizando o Loco de Ouro, evento de mostras e premiação de curtas-metragens produzidos por alunos de cursos de audiovisual dentro e fora da UNESP e tem por finalidade estimular a produção universitária bem como um feedback do mercado, já que os jurados são pessoas de renome do audiovisual brasileiro. Por fim, percebe-se que a empresa é importante tanto para a UNESP, que abriga uma organização única, quanto para os alunos, que encontram nela uma oportunidade de desenvolvimento técnico e pessoal fora da sala de aula. Palavras chave: Comunicação / Audiovisual / Radialismo / Empresa Júnior COM - 010 PERCEPÇÕES DE DOCENTES DA FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS DA UNICAMP ACERCA DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA Maicon José Jacinto; Peter Alexander Bleinroth Schulz; Rafael de Brito Dias. Instituição: Universidade Estadual de Campinas E-mail de contato: [email protected] DESCRIÇÃO DA AÇÃO: A extensão universitária no país tem encontrado algumas barreiras para a sua integração ao ensino e à pesquisa nas instituições de ensino superior brasileiras, públicas e privadas. Ao longo do tempo foi constituída uma constelação de conceitos, visões e práticas que têm orientado o entendimento do que é (e do que deveria ser) a extensão universitária. Por um lado, uma das maiores influências latino-americanas para esta temática sem dúvida foi a Reforma de Córdoba (Argentina), em 1918, que traz nas suas premissas o anseio por justiça social. Por outro lado, atualmente a extensão universitária tem se voltado para o mercado (no bojo da expansão do chamado 'capitalismo acadêmico'), afastando-se de sua vocação social no sentido mais amplo e apartando-se das motivações da Reforma de Córdoba. Assim, entender os conceitos e concepções que os seus atores preconizam é muito importante para avaliar o seu impacto. A jovem Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) da Unicamp, fundada em 2009 na cidade de Limeira, busca agregar a extensão ao seu cotidiano (ao menos no plano do discurso), tendo como missão produzir e difundir as ciências aplicadas contribuindo para o desenvolvimento humano e social, incentivando a interdisciplinaridade e diferentes modos de produção do conhecimento para inovação e educação sem perder de vista a justiça social, sustentabilidade e qualidade de vida, construindo ferramentas de avaliação do seu impacto na sociedade. OBJETIVO: O presente estudo tem como objetivo analisar a concepção e percepção dos docentes, sobre a extensão na FCA desde o seu início até a presente data. MÉTODOS: A metodologia consiste em fazer um levantamento bibliográfico nas bases de dados nacionais e internacionais sobre extensão e seus indicadores, bem como a elaboração e aplicação de um questionário que servirá de base para um conjunto de entrevista com parte representativa dos docentes. RESULTADOS PARCIAS: O que estamos observando é que embora a faculdade seja jovem, os problemas com a extensão são muito parecidos com aqueles identificados pela literatura na maioria das universidades públicas brasileiras, ou seja, os docentes estão se sentindo pressionados a atender a metas de produtividade acadêmica em pesquisa, sacrificando o tempo que poderiam dedicar a ações de extensão. O reconhecidamente o impacto da extensão na formação profissional do aluno e das atividades dos docentes é positivo, mas mais ações institucionais são necessárias para que o seu alcance seja maior. CONCLUSÃO: A pesquisa tem corroborado as evidências encontradas em outras universidades públicas brasileiras: a ideia de que o tripé ensino, pesquisa e extensão tem encontrado barreiras para o seu estabelecimento. Esperamos que após a conclusão e divulgação desses dados de pesquisa, possamos contribuir para o debate junto à comunidade acadêmica, no sentido de apontar possíveis caminhos para a reorientação das atividades das universidades públicas. Estas, afinal, não são apenas parte da sociedade, mas poderosos motores de mudança. Palavras chave: Extensão Universitária/ Reforma de Cordoba/ Faculdade de Ciências Aplicadas COM - 011 Observatório de Conflitos Internacionais Marcelli Kulike; Sérgio Luiz Cruz Aguilar. Instituição: UNESP - Marília E-mail de contato: [email protected] O Observatório de Conflitos Internacionais (OCI) é desenvolvido pelos alunos do Curso de Relações Internacionais, integrantes do Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Conflitos Internacionais (GEPCI), da UNESP - Campus de Marília com o objetivo de: reunir, sistematizar e veicular informações sobre os conflitos internacionais e as ações para seus gerenciamentos/resoluções; veicular estudos e análises sobre os mesmos; e criar uma base de dados para consulta dos interessados sobre o tema. Com isso, estimula o desenvolvimento de pesquisas e estudos sobre o tema e facilita o acesso a informação por agentes que trabalham com a área de segurança e defesa. O OCI produz informes (semanais e mensais) sobre os conflitos e séries sobre os conflitos, de periodicidade bimestral, que buscam apresentar causas, formas de manifestação, particularidades de cada conflito, como cada um se desenvolve e alterações nas estruturas, comportamentos e atitudes que se processam nas suas dinâmicas ou em decorrência da ação externa de atores voltados para seu gerenciamento e/ou resolução. Para a produção dos informes semanais são selecionadas notícias veiculadas em jornais (impressos e on line) de grande circulação, nacionais e estrangeiros, em redes de notícias e em notas divulgadas por centros acadêmicos sobre os conflitos armados internacionais e a atuação de organizações internacionais de caráter global ou regional. Esse material é grupado por região (América, Europa, África, Oriente Médio e Ásia) e por notícias relacionadas a Organização das Nações Unidas (ONU). As notícias selecionadas são apresentadas de forma resumida nos informes, indicando a fonte, o que possibilita aos interessados o acesso ao texto completo. O OCI dá prioridade para conflitos onde há a presença de operações de paz conduzidas pela ONU ou por organizações regionais (União Europeia, União Africana, etc.). Os informes mensais são produzidos com base nessas notícias e em artigos publicados em revistas especializadas e por centros acadêmicos. As séries são bimestrais e utilizam esses materiais para a confecção de um trabalho com cunho analítico sobre conflitos específicos. O material produzido fica disponível no site do OCI, bem como na página do projeto no facebook. Os informes e as séries são enviadas para uma lista de dez mil emails cadastrados de diferentes nacionalidades, incluindo pesquisadores, membros de ministérios de defesa, professores e alunos de cursos de graduação e pós-graduação de diversas áreas do conhecimento que lidam com as questões de segurança e defesa. Os alunos envolvidos no projeto aprimoram a capacidade de trabalho em equipe e de análise de textos e o senso crítico e analítico na produção dos informes e séries. Dessa forma, o OCI consegue estabelecer a ligação entre a pesquisa (conduzida pelo GEPCI), o ensino e a extensão, atingindo um público externo e dando visibilidade às atividades desenvolvidas na Universidade. Palavras chave: Conflito Internacional / Resolução de Conflito / Informação COM - 012 Jardins de baixo custo e fácil implantação para as casas e praças da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) Marcelo Vieira Ferraz; Francisca Alcivânia de Melo Silva; Letícia Gutierres Cecília. Instituição: UNESP Registro E-mail de contato: [email protected] Registro está situado no Vale do Ribeira no Estado de São Paulo. O Município conta com uma área de 742 Km², dos quais 78,54 Km² são urbanos. Possui uma população de 53.752 habitantes (IBGE, 2010), sendo 46.066 na cidade e 10.686 na zona rural. A cidade tem um clima quente e úmido, com temperatura máxima de 35ºC e mínima de 13ºC, sendo a média anual de 24ºC. O Município de Registro ainda faz fronteira com vários municípios que possuem diversos pequenos produtores de flores, plantas e folhagens ornamentais. Embora seja uma região produtora de flores e plantas ornamentais, pouca informação se tem sobre a melhor forma de utilizá-las no meio urbano, principalmente no que se refere a implantação destas em projetos de baixo custo de implantação e manutenção. Apesar de o Vale do Ribeira ser uma região que preserva a maior área de floresta nativa do estado de São Paulo, sendo uma região que se destaca pela conservação da Mata Atlântica, em uma observação rápida, verifica-se em seus municípios que as ruas, praças e avenidas das cidades são desprovidas de plantas ornamentais, e consequentemente ausentes de sombreamento e beleza estética, o que causa um grande impacto visual, além de desconforto para os moradores, uma vez que a região possui um longo período de altas temperaturas. Também para a manutenção das mesmas em locais públicos se tem pouca informação sobre a fertilidade e nutrição e informações de utilização paisagísticas das mesmas. Baseado nesse contexto, o projeto teve por objetivo sensibilizar os produtores e a população da cidade de Registro-SP sobre a importância das plantas ornamentais para a concepção paisagística da cidade, bem como esclareceu os moradores, produtores e alunos sobre a importância da plantas ornamentais e árvores urbanas para o meio ambiente urbano. Para tal foram realizadas palestras e visitas a produtores visando a conscientização dos mesmos. Posteriormente foram aplicados questionários para balizar o grau de conhecimento das pessoas sobre o tema do projeto. Finalizou-se o trabalho com a implantação do jardim residencial e da praça urbana. Estes jardins tiveram auxílio financeiro de duas instituições: AFLOVAR (Associação dos Produtores de Plantas Ornamentais e Flores do Vale do Ribeira) e da prefeitura municipal de Registro-SP. Concluiu-se que os moradores do bairro em questão têm grande interesse em implantar jardins públicos ou privados, porém os mesmos desconhecem as técnicas que possam baratear os custos destes projetos e também desconhecem técnicas de cultivo e manutenção destes espaços verdes urbanos. Palavras chave: Meio ambiente/ educação ambiental/ paisagismo COM - 013 Preservação da Coleção Marcio Roberto Pereira. Instituição: UNESP-ASSIS E-mail de contato: [email protected] O jornal Gazeta de Assis foi publicado entre os anos de 1955 e 1997. No ano de 1992 mudou seu nome para Gazeta do Vale, por considerar as proporções que tomou em toda a região do Vale do Paranapanema. Sendo um dos mais importantes jornais da região de Assis, a coleção Gazeta de Assis está armazenada e conservada no Centro de Documentação e Apoio à Pesquisa (CEDAP) da UNESP de Assis. Por meio de projeto de extensão, esta coleção está sendo digitalizada e reacondicionada, de modo que tanto a preservação dos jornais impressos quanto a disseminação e acesso à versão digitalizada sejam potencializados. A digitalização permitirá o acesso mais detalhado através de pesquisas refinadas, impossibilitadas em material impresso. Além de garantir a existência de duplicata desta coleção, por considerar que o suporte do jornal encontra-se em avançado grau de degradação. Este projeto toma maior importância ao levarmos em consideração a possibilidade de ser o CEDAP o único centro de documentação a abrigar e conservar uma coleção deste jornal. A coleção preservada no CEDAP encontra-se encadernada, o que resulta, ao todo, em 93 volumes que cobrem os 42 anos de veiculação do jornal. Não há notícias da existência de uma coleção similar a esta em outro centro de documentação. Por considerar o papel-jornal, material que é impresso esse tipo de periódico, um suporte bastante frágil e com durabilidade limitada, este projeto tem por objetivo a preservação deste material por meio da digitalização parcelada desta coleção. Propõe-se para este projeto a digitalização dos 10 primeiros anos de veiculação, entre abril de 1955 e dezembro de 1965, em um total de 25 volumes. A proposta de preservação de um conjunto documental desta especificidade exige um trabalho dividido em várias etapas. Estes jornais encontram-se encadernados em formato brochura (costurado), sem alteração no modo como foi recebido pelo CEDAP. Esta encadernação, por ser muito antiga e de pouca qualidade, encontra-se em alto grau de deterioração. Na primeira etapa do projeto prevê-se a desencadernação destes volumes, de modo que viabilize melhor conservação. Após a desencadernação, é necessário que as folhas retiradas passem por um processo de higienização mecânica, para a retirada de qualquer sujidade existente. A terceira etapa do projeto compreende a produção de pastas em polipropileno corrugado (poliondas) em formatos personalizados, para conservar os impressos dos efeitos ambientais danosos. Após higienizados, os jornais passarão pelo processo de digitalização, utilizando o Scanner Planetário Omniscan. Após a digitalização, os jornais impressos serão armazenados nas pastas produzidas para este fim e guardados na sala da hemeroteca do CEDAP, que conta com ambiente climatizado, com controle de temperatura e umidade, de acordo com padrões internacionais para conservação de documentos impressos. Este projeto beneficia não somente a comunidade acadêmica, pela preservação de fontes de informação de relevância para a história regional, mas também a própria comunidade local, por contar com a preservação de parte de sua história, disponível agora em meio digital. Palavras chave: conservação/ coleções especiais /organização de acervo COM - 014 Extensão e Pesquisa em Engenharia Biomédica: Um Sistema de Retroalimentação Positiva por Meio de Redes Sociais Maria Elizete Kunkel; Mario Alexandre Gazziro. Instituição: Univeersidade Federal do ABC E-mail de contato: [email protected] Na Universidade Federal do ABC em São Paulo (UFABC), a qual tem como missão promover o avanço do conhecimento através de ações de ensino, pesquisa e extensão, fundamentando-se na interdisciplinaridade e na inclusão social, criou-se um site nomeado de BONES. O site foi criado em um projeto de extensão e foi alocado na rede social Facebook (www.facebook.com/Bones.ufabc) com o objetivo de se fazer divulgação científica na área de Engenharia Biomédica. Durante o período de um ano, o site foi atualizado diariamente com informações relacionadas com engenharia biomédica por meio de uma ferramenta de busca chamado GoogleAlerts. As buscas eram feitas com base em palavras-chaves como: Biomecânica, tecnologia assistiva, amputados, próteses, anatomia e impressão 3D. O público-alvo inicialmente seria formado por alunos do ensino médio, mas pelo fato da internet ser acessível a qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo, o site passou a atingir e interessar pessoas com diversos tipos de formação educacional. São muitas as vantagens desse tipo de mídia como o uso de textos, figuras, animações, áudios e vídeos. Além disso, os conteúdos podem ser atualizados com frequência e existe a possibilidade de discussões em grupo ou na forma de comentários dos leitores. Apesar da Engenharia Biomédica ser uma área ainda recente no Brasil, em um ano o site atingiu 2.100 seguidores que passarem a receber as publicações e um alcance mensal de mais de 11 mil pessoas de 10 diferentes países e 48 cidades sendo 1.557 pessoas da região do ABC paulista. A busca por informações para o site baseada nas palavras-chaves citadas gerou um conteúdo muito rico sobre a questao da tecnologia assistiva no Brasil. A medida que os conteúdos eram postados, os leitores passaram a interagir por meio de comentário. Tais interações chamaram atenção para problemas sociais específicos do nosso pais como: Casos de pessoas que são amputadas devido a acidentes de trabalho ou problemas congênitos e a dificuldade de acesso à próteses (principalmente de membro superior). Do mesmo modo, no sistema de busca foram identificadas notícias sobre ONGs internacionais que disponibilizam na internet modelos de próteses que podem ser feitas por impressão 3D. Tais questões geraram uma linha de pesquisa na universidade que tem se dedicado ao desenvolvimento de próteses usando novas tecnologias. O resultado de tais pesquisas tem sido divulgado no mesmo site BONES gerando um feedback positivo por parte dos leitores de modo a não só incentivar o desenvolvimento de novas pesquisas como propiciar o contato direto com voluntários e empresas que chegaram a doar equipamentos de pesquisa ao laboratório. Além disso, o site proporcionou também uma ótima rede de contatos gerando convites aos pesquisadores para palestras e exposições em eventos da área de Engenharia Biomédica. Desse modo, a integração entre a extensão e a pesquisa, como estratégia de diálogo com o público leigo, criou um fluxo de retroalimentação positiva que tende a gerar cada vez mais resultados para a sociedade seja no forma de acesso à informação como no desenvolvimento de novos produtos para a sociedade. Palavras chave: engenharia biomedica / facebook/ extensão COM - 015 Uma investigação sobre o conhecimento de estudantes do ensino fundamental e médio, da Escola Municipal 24 de maio, Botucatu/SP, sobre alimentação saudável e hipertensão Maria José Queiroz de Freitas Alves; Mariana Bordinhon de Moraes; Bianca de Freitas Damaceno; Francine Sayuri Okawabata. Instituição: UNESP/Botucatu E-mail de contato: [email protected] A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial, caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA). Essa patologia se apresenta por duas principais causas: causas modificáveis, como as doenças e hábitos adquiridos pelo estilo de vida e causas não modificáveis, como idade, sexo e histórico familiar. Associa-se frequentemente a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e a profilaxia pode ocorrer justamente nos fatores modificáveis, através da avaliação do estilo de vida. A hipertensão arterial não tem cura, mas existem tratamentos medicamentoso e não-medicamentoso para minimizar tal ocorrência. No primeiro tratamento são utilizados remédios para reduzir as doenças cardiovasculares e evitar a mortalidade dos pacientes, sempre com auxilio dos médicos. No segundo tratamento é orientada uma mudança no estilo de vida, ou seja, alimentação saudável e exercícios físicos, pois a alimentação saudável é um dos passos fundamentais para a prevenção e diminuição da hipertensão. O objetivo desse projeto foi investigar o conhecimento dos estudantes sobre os conceitos de hipertensão e alimentação saudável e orienta lós no sentido de ingerirem uma alimentação saudável como forma profilática no desenvolvimento da HAS. Os dados analisados foram obtidos por meio de questionário com nove perguntas fechadas, o qual foi aplicado à 129 alunos (60 alunos do ensino fundamental e 69 do ensino médio) da escola municipal 24 de maio, de Botucatu/SP. Os resultados dos 129 questionários foram tabulados e revelaram que a maioria dos alunos (76%) já ouviu falar sobre hipertensão arterial, os estudantes (77%) opinaram que o alto consumo de sal pode causa-la e 72% opinaram que existe associação entre ingestão de bebida alcoólica, obesidade, diabetes e HAS. Além disso, o questionário permitiu identificar que 22% dos alunos, acreditam que HAS tem cura, 43% que não tem cura e 35% não souberam responder esta questão. A maioria deles ingerem alimentos gordurosos, industrializados e com alto teor de sal. Além disso, o questionário revelou que os alunos do primeiro ano do ensino médio tinham mais conhecimento sobre o assunto, quando comparados com os alunos do 9° ano. Esses resultados foram norteadores para a elaboração e editoração de um jornalzinho educativo sobre o assunto, o qual foi devolvido aos alunos e á escola. Palavras chave: alimentaçãosaudável/hipertensão/estudantes/jornalzinho CLT - 001 Cartografia Cultural do ABC Ana Clécia Mesquita de Lima; Silvia Helena Passarelli. Instituição: Universidade Federal do ABC E-mail de contato: [email protected] Cartografia Cultural do ABC se propõe a identificar produtores culturais individuais e coletivos e lugares de cultura da Região ABC no intuito de compor uma rede de fazedores de cultura que se conheça, reconheça e troque experiências. É um projeto contemplado no edital de Cultura da PROEX (Pró-reitoria de Extensão Universitária) da UFABC (Universidade Federal do ABC) e será desenvolvido entre os meses de março e dezembro de 2015, com a participação de três bolsistas de graduação, três alunos voluntários de graduação e uma aluna voluntária de pós-graduação. Cartografia Cultural do ABC tem sua origem em ações anteriores já desenvolvida entre coletivos culturais da região com a PROEX-UFABC, entre os quais destaca-se a realização da Conferência Livre de Cultura e o Encontro da Diversidade Cultural do ABC (em parceria com o Sesc-Santo André) e faz parte de um programa mais amplo que visa implementar um observatório de políticas culturais. O objetivo geral do presente projeto é identificar produtores de cultura do ABC (individuais ou organizados em coletivos) e lugares de fruição e produção cultural de modo a elaborar mapa digital colaborativo da produção cultural regional. Os objetivos específicos são: realizar censo colaborativo de produtores culturais por meio de questionário por internet e pesquisa de campo; identificar ferramentas para elaboração de mapas colaborativos digitais; elaborar mapa digital de produtores culturais; divulgar resultados. Para atingir tais objetivos está sendo realizado um processo de construção colaborativa entre universidade e sociedade civil e, antes do início oficial do projeto foi realizada uma reunião preliminar que contou com mais de 40 participantes, representando quase todas as cidades do ABC. A próxima etapa com a sociedade é levar a pergunta 'Qual mapeamento queremos?', possibilitando assim a participação e colaboração dos diversos setores e segmentos culturais, além disso haverá relatos de experiências exitosas para além do ABC. Ao longo de 10 meses de trabalho o projeto pretende desenvolver as seguintes etapas: elaboração de questionário digital, escolha da base cartográfica a ser utilizada, organização de dados e criação de banco de dados, levantamento de dados em campo e inserção das informações no mapa digital. O projeto pretende parceria com os coletivos culturais para auxiliar na coleta de dados. Interessante perceber que com essa base de dados organizada, será possível realizar o cruzamento de dados e elaborar indicadores sobre a produção e fruição cultural do ABC. Para além disso, será possivel identificar demandas, carências e discrêpancias na aplicação de recursos públicos em uma determinada política pública de cultura. O projeto Cartografia Cultural do ABC pretende assim ser um ferramental, tanto para a sociedade civil quanto para o poder público, na elaboração de políticas públicas para a área. Palavras chave: cultura/ mapeamento/ colaborativo/ políticas públicas/ observatório CLT - 002 Projeto Oficinas Culturais Ana Paula Guimaraes Sidoti; Antonio Marcos Pereira de Moura. Instituição: UNICAMP E-mail de contato: [email protected] Resumo As oficinas têm por objetivo a integração dos espaços disponíveis no Espaço Cultural Casa do Lago, socializando o conhecimento acadêmico com a comunidade interna e externa à Unicamp, promovendo a comunicação e o desenvolvimento de atitudes criativas e novas posturas de atuação, e com isso, trazendo benefícios à Universidade. No primeiro semestre de 2015 teremos 18 oficinas: samba no pé, capoeira, meditação, música, forró, dança do ventre, taekwondo, tango, contato improvisação, bordados 1 e 2, fotografia, eutonia, ashtanga yoga, biodanza, kundalini yoga, mat pilates e constelação familiar. Introdução: O objetivo principal deste projeto é oferecer oficinas culturais à comunidade acadêmica e comunidade de Campinas, com aulas semanais, e duração de 1 (um) semestre para cada turma inscrita - inscrições semestrais - como parte da proposta de integração e socialização, que compõe o Espaço Cultural Casa do Lago. As oficinas são oferecidas nos três períodos: matutino, vespertino e noturno, pois acreditamos que dessa forma podemos atingir um maior público possível e facilitar a participação dos funcionários. As oficinas culturais acontecem através de ações voluntárias de docentes, funcionários, alunos e profissionais externos à Universidade, sem nenhum tipo de remuneração. Eles trazem seus conhecimentos e experiências para serem integrados e compartilhados com todo o público interessado em participar. Todos estes voluntários são experientes no tema, e podem ou não ter algum vínculo com a universidade. Com esta proposta, o Espaço Cultural Casa do Lago também visa incentivar o desenvolvimento artístico, garantindo assim o direito individual do cidadão ao aprendizado cultural. As ações das Oficinas Culturais promovem: a iniciação em algumas das diversas áreas culturais de atuação, o aprimoramento e complementação de conhecimento para pessoas que já atuam na área cultural e o incentivo à pesquisa e experimentação dentro das diversas áreas temáticas. Resultados e Conclusão: A Casa do Lago teve a iniciativa e preocupação de, além da promoção das oficinas culturais habituais, oferecer solidariedade às comunidades menos favorecidas. Como forma de minimizar a desigualdade social existente em nossa sociedade, desenvolvemos uma campanha que consiste em receber doações de alimentos não perecíveis, para efetivação das inscrições nas oficinas culturais. Esta iniciativa de arrecadação de alimentos é a forma para a confirmação das inscrições. Dessa forma, contribuímos através de uma ação solidária, com o intuito de ajudar na promoção do desenvolvimento sócio-cultural do município de Campinas. Após finalizados estes trâmites de doações e preenchimento de vagas, o Espaço Cultural Casa do Lago entrega as toneladas de mantimentos arrecadados, ao 'Banco de Alimentos da Prefeitura de Campinas', que os repassa às entidades de Assistência Social cadastradas na Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência e Inclusão Social. Palavras chave: Integração/ Oficinas/ Culturais/ Solidariedade/ Mantimentos CLT - 003 Projeto Domingo no Lago Antonio Marcos Pereira de Moura. Instituição: UNICAMP E-mail de contato: [email protected] Resumo O Projeto Domingo No Lago faz parte das inúmeras ações desenvolvidas pelo Espaço Cultural Casa do Lago, órgão ligado a Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PREAC) da Unicamp, que tem o objetivo de oferecer aos funcionários (docentes e técnicos) e seus familiares, e também à comunidade externa, atividades artísticas e culturais, sendo mais uma opção de lazer e cultura na agenda campineira e da Universidade, aos domingos, em caráter gratuito. Introdução: O projeto consiste em 1 (um) domingo de todo mês pela manhã, programar apresentações artísticas voltadas especificamente para as crianças de nossa comunidade e para os filhos dos funcionários da Unicamp. O intuito é trazer a comunidade da Unicamp e dos arredores para ocupar o espaço do campus nos finais de semana. O projeto tem priorizado sempre realizar quatro tipos de atividades (Música, Teatro, Circo e Palhaços), procurando assim, atrair o interesse das mais variadas faixas etárias e, também, a preferência individual com relação ao gênero artístico cultural. Privilegiado pelo ambiente universitário, propício à convivência coletiva, há garantia de público constante nas diversas atividades. Métodos e Materiais: As atividades são realizadas em caráter de extensão: alunos da própria universidade compartilham e apresentam seus trabalhos e pesquisas à sociedade, bem como artistas da comunidade vem ao Espaço Cultural Casa do Lago desenvolver essas atividades, o qual por meio da integração Universidade-Comunidade tem proporcionado uma troca de experiências bastante enriquecedora do ponto de vista cultural. Conclusão: Verificamos que esta iniciativa de oferecer atividades culturais e artísticas aos finais de semana tornou-se muito importante para a Unicamp, pois se consolidou como uma prática que propiciou uma organização no campus fora da rotina normal do público, e preencheu os espaços da universidade com atividades diferenciadas e integrações que só foram possíveis graças a este projeto, entre alunos, funcionários, docentes e seus familiares. Resultados e discussão: Como já comprovado pelos meios de divulgação da Unicamp, a freqüência no evento "Domingo no Lago" foi de progressão desde seu início em 2011, com a participação ativa e fiel de funcionários, alunos e docentes, que trazem seus filhos e familiares, para as vivências culturais e momentos de descontração, aproximando nossa comunidade. Atualmente encontramos uma média de 500 a 600 pessoas por domingo. Há garantia de público constante nas diversas atividades. O Projeto está consolidado e por isto, há o compromisso com a comunidade em continuá-lo. Palavras chave: Domingo/ família/ crianças/ integração/ lazer CLT - 004 Guia Cultural Unicamp: a visibilidade da arte e da cultura Carmen Lucia Rodrigues Arruda; Margareth do Carmo Vieira Junqueira; Danilo de Mello Negreti. Instituição: Unicamp E-mail de contato: [email protected] A Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural (CDC), órgão da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (Preac) da Unicamp, tem como objetivo principal elaborar e implementar políticas de desenvolvimento cultural para a Universidade; promover e difundir projetos de produção e difusão cultural; propiciar condições para o estabelecimento de parcerias com os segmentos institucionais, visando a colocar à disposição da Universidade e da sociedade projetos culturais idealizados por alunos, docentes, pesquisadores e servidores. A Preac, nos últimos anos, implantou uma série de ações relacionadas ao campo da cultura, por iniciativa de seus órgãos. Ao mesmo tempo, outras unidades da Unicamp também produzem, de forma pulverizada e muitas vezes concomitante, atividades artísticas e culturais. Muitas dessas produções são possibilitadas por recursos obtidos de maneira pontual, sem que haja continuidade, o que é prejudicial em vários aspectos, dentre eles: ausência de visibilidade; baixa formação e fidelização de públicos; falta de planejamento sobre recursos financeiros; inexistência de suporte para qualificação de professores e servidores técnico-administrativos para a gestão e a produção na área. Nesse sentido, visando à criação de um programa coeso voltado à cultura e à arte para uma universidade do porte e da excelência da Unicamp, em 2013 foi implantada a área de Ação Cultural da CDC, para buscar a articulação entre órgãos, unidades, artistas e coletivos, tanto da Unicamp quanto externos - desde que com algum tipo de vínculo com a Unicamp, no sentido de fomentar as ações artísticas e culturais desenvolvidas, alavancando sua produção e sua gestão e fornecendo as orientações necessárias para sua realização; ampliar sua visibilidade e, consequentemente, incrementar as possibilidades para a área da Cultura na Universidade, criando condições para implantação de uma política específica para o desenvolvimento de projetos artísticos e culturais. Atualmente, a área conta com três servidores, além de três alunos bolsistas ligados ao Serviço de Apoio ao Estudante (SAE) da Unicamp, que auxiliam no desenvolvimento das atividades. Uma das primeiras ações realizadas foi o mapeamento dos órgãos da Unicamp que trabalham com Arte e Cultura, com o objetivo de realizar um diagnóstico da real situação das ações culturais existentes e realizadas. Em seguida, foi implantado, em março de 2014, o 'Guia Cultural Unicamp', por meio do site www.guiacultural.unicamp.br, contendo textos e chamadas de interesse e a agenda dos eventos que contam com a participação, direta ou indireta, de membros da comunidade da Universidade, sejam eles realizados na Unicamp ou fora dela. O objetivo principal foi congregar, numa agenda única, os eventos e as produções artístico-culturais vinculadas à Unicamp, permitindo assim seu maior alcance e visibilidade. Foram 719 publicações de março a dezembro de 2014, ressaltando que nesse ano, entre maio e setembro, a Unicamp enfrentou um longo período de greve. A dinâmica do site é acompanhada por uma fan page do Facebook 'GuiaCulturalUnicamp', que finalizou o ano com 2.200 seguidores, número que tem sido crescente. Palavras chave: CULTURA / DIVULGAÇÃO / COMUNICAÇÃO CLT - 005 Encontros sobre Pedagogia do Piano Claudia Fernanda Deltregia. Instituição: Universidade Federal de Santa Maria E-mail de contato: [email protected] O projeto de extensão "Encontros sobre Pedagogia do Piano UFSM" tem como objetivo principal a realização periódica de um evento voltado à formação inicial e continuada de professores de piano em um ambiente informal e acolhedor. O evento ocorre desde 2012 e foi idealizado a partir da investigação dos problemas que área do ensino do piano enfrenta. Vários autores destacam aspectos negativos que impedem uma melhora do ensino do piano. Primeiramente, pode-se ressaltar a ênfase no aprendizado de habilidades técnicas, sem a preocupação com a formação artística e integral do músico. Esse modelo é frequentemente denominado como 'tecnicista', 'conservatorial' e 'tradicional'. Outro aspecto considerado é a grade curricular de cursos superiores de música: enquanto os cursos de Bacharelado em Piano não oferecem disciplinas que atendam a formação pedagógica do instrumentista-professor, os cursos de licenciatura em música não oferecem uma formação instrumental sólida. Finalmente, é possível citar as dificuldades de reconhecimento e certificação de profissionais da área: a existência de professores que não se profissionalizam e que cobram preços irrisórios por possuírem outras fontes de renda, prejudicam o status da profissão e fomentam a sua desvalorização. A partir da constatação dos problemas relatados acima e da verificação das pouquíssimas oportunidades voltadas à formação inicial e continuada de professores, decidimos organizar "Encontros sobre Pedagogia do Piano". As duas primeiras edições do evento - 2012 e 2013 - tiveram caráter regional, acontecendo em 7 e 5 sextas-feiras, respectivamente, ao logo do segundo semestre letivo. Essas duas primeiras edições contaram com convidados e com a presença de professores de piano autônomos ou vinculados a conservatórios, escolas de música e universidades. Na sua terceira edição, em 2014, o evento foi intitulado como 'III Encontro sobre Pedagogia do Piano', consolidando-se como um evento de extrema importância, atraindo participantes de várias partes do Brasil e trazendo palestrantes de nível internacional. A edição de 2014, realizada entre os dias 12 e 15 de novembro. O evento agrega palestras, oficinas, workshops, masterclasses para crianças e adultos e recitais de altíssimo nível. Os temas abordados nessas edições foram: empreendedorismo; princípios do aprendizado humano; o ensino do piano para iniciantes; materiais e métodos para o ensino do piano, técnica pianística, repertório brasileiro e universal para para níveis elementares, básicos e intermediários; bibliografia de apoio para o ensino do piano, expressividade e gesto musical, estratégias de estudo, gestão de escolas de música, introdução à performance de obras do estilo barroco, ensino do piano em grupo, saúde do músico, criação musical, improvisação, jogos musicais e motivação. A programação completa foi divulgada através do site do evento: http://w3.ufsm.br/encontrospedagogiadopiano. O evento contou com auxílio financeiro da FAPERGS (Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul), da UDESC (Universidade do Estado de Santa Catarina), cujo projeto foi liderado pelo Prof. Dr. Luís Cláudio Barros e apoiado pela Profa. Dra. Maria Bernardete Castelan Póvoas; da Person Pianos, e de instâncias da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Palavras chave: ensino/piano/formação continuada/ formação inicial CLT - 006 Miss e Mister Terceira Idade - Sociabilização por meio de Programa de Extensão Cristina Rocha da Silva Feitosa; Everton Luiz dos Santos; Ana Caroline Zacarias Delfiol Silva; Caroline Teixeira Graf Nunes; Jose Renato Romero; Dina Mariano Patrocinio; Fabio Cardoso; Lis Lakeis Bertan; Aline Zonta; Alexandre Sabbag da Silva; Elisangela Nunes de Carvalho. Instituição: UNIVERSIDADE GUARULHOS E-mail de contato: [email protected] A Universidade Aberta da Terceira Idade (UATI) da Universidade Guarulhos em todos os anos de forma pontual em comemoração ao dia do idoso realiza o evento Miss e Mister UATI-UnG, inserido junto as atividades de sociabilização do Programa de Extensão. O evento tem como importância a valorização e o reconhecimento dos idosos na instituição, promovendo e incentivando a socialização entre os alunos, além de estimular a criação de 'agentes' multiplicadores que representam a UnG em eventos públicos e privados da categoria no município Guarulhos e macro região. O objetivo do evento é dar visibilidade para a terceira idade através dos participantes, mostrando que em todas as fases da vida é possível ter valorização e reconhecimento tanto pessoal quanto social, promovendo a valorização da população idosa e incentivando a participação em eventos públicos e privados de discussão sobre a realidade dessa faixa etária junto à sociedade, trazendo a oportunidade dos idosos demonstrarem, da melhor forma possível, o que significa ser idoso nos dias atuais, inserido dentro de um programa de extensão universitária que auxiliam no reconhecimento das mudanças sociais, físicas, mentais e tecnológicas. A participação é mediante inscrição presencial, sendo totalmente gratuita. O local de inscrição ocorre na recepção do setor da UATI e as informações ficam disponíveis no site da instituição. A organização do evento é realizada por meio de pré-seleção onde os candidatos devem preencher de forma consistente os dados da ficha de inscrição, trazendo uma foto atual. Os candidatos passam por uma entrevista para orientação sobre o formato de desfile e as obrigações e deveres do intitulado Miss e Mister UATI-UnG, dentre as orientações são mencionados a ordem do desfile, local e dia do concurso, estilo de roupa e conduta respeitosa. Para avaliação dos candidatos no dia do evento foi criado uma comissão julgadora, formada por representardes da UnG e profissionais da comunidade envolvidos com cultura e conhecimento técnico nos quesitos: Autenticidade (fidelidade ao estilo da roupa, seja no figurino, penteado, maquiagem e apresentação geral); Originalidade (Demonstração de suas características únicas como personalidade, criatividade, interatividade e estilo); Presença de Palco (Impacto da apresentação diante dos jurados e espectadores durante sua apresentação, levando em conta sua postura, simpatia e desenvoltura); Apelo do Público /Torcida (Reação e manifestação do público presente no evento - aplausos e vibrações). A nota final é composta pela soma dos 4 quesitos. Para cada quesito, os jurados atribuíram uma nota de 5 a 10. Os idosos vencedores em parceria com empresas privadas da região recebem premiação para o 1°, 2° e 3° lugar. Vale apena ressaltar a importância dos trabalhos realizados com a terceira idade, atualmente não se vive mais essa fase da vida em casa, e sim realizando muitas atividades, fazendo o que mais gostamos, participando ativamente da sociedade. Todos querem envelhecer com vitalidade e qualidade de vida e os grupos da terceira idade são exemplos para nós. Palavras chave: idoso / cultura / socialização CLT - 007 Projeto Espaço de Arte Fabio Augusto Cerqueira. Instituição: Universidade Estadual de Campinas - Unicamp E-mail de contato: [email protected] O projeto Espaço de Arte da Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural (CDC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) foi pensado para ocupar artisticamente espaços da Unicamp que possuem frequência regular de público, mas sem a finalidade de receber intervenções artísticas. Iniciado em 2007 com a adequação de uma área do hall do Centro de Convenções da Unicamp - espaço de eventos acadêmicos da Universidade, que recebeu iluminação, painéis e trilhos próprios para exposições de artes plásticas, o projeto ganhou autonomia com a possibilidade da implantação de novos Espaços de Arte. A partir da visibilidade desta primeira ação, outras unidades e órgãos da Universidade solicitaram que ações idênticas fossem realizadas em seus espaços. A partir desse momento, o projeto ganhou forma, havendo a definição de seu escopo e objetivos. Ao longo dos anos, novas unidades incorporaram o projeto, que hoje conta com oito espaços expositivos, com variadas características e os mais diversos públicos, como, por exemplo, a recepção de um ambulatório médico e odontológico. Os principais objetivos do Espaço de Arte são: promover a interação do público com a produção artística, levando obras de arte para locais que o público frequenta (em papel inverso ao dos museus e galerias), buscando reduzir a distância entre os mundos acadêmico e artístico; divulgar a produção artística das comunidades interna e externa da Universidade, fomentando a formação de públicos para as artes visuais. Desde o início, o projeto contou com uma curadoria, para análise das propostas de trabalhos a serem expostos. Com o aumento do número de espaços expositivos e o consequente aumento de propostas de artistas, sentiu-se a necessidade de profissionalizar os procedimentos relacionados à seleção dos trabalhos a serem expostos. Atualmente, um dos servidores da Ação Cultural da CDC está sendo formado para atuação específica nessa área, inclusive em associação com professores e pesquisadores do Departamento de Artes Visuais do Instituto de Artes da Unicamp. Também, criou-se um formulário para recebimento das propostas de exposições. A seleção é feita segundo os seguintes critérios: adequação da proposta aos Espaços de Arte, levando-se em conta a integridade das obras e o público do local; processo autoral do artista; originalidade; qualidade técnica; relevância do projeto apresentado. As exposições são preparadas e montadas de forma a atingir o interesse do público, criando um impacto visual e levando informações sobre o artista e a obra. Os resultados obtidos demonstram o crescente interesse do público, inclusive na busca de informações sobre as exposições e os artistas. A constante demanda de órgãos e unidades da Unicamp para criação de novos espaços expositivos demonstra, ainda, a abrangência e o alcance do projeto. Em uma sociedade em que as atividades são cada vez mais individualizadas e em que as pessoas estão cada vez mais ocupadas com o cotidiano, levar arte para os locais onde o público está tem sido uma experiência exitosa, à medida que possibilita a sensação de pertencimento e participação a diferentes segmentos de público. Palavras chave: Exposição / Unicamp / Cultura / Público / Arte CLT - 008 PROJETO VIVÊNCIAS CULTURAIS Geraldo Jose Camargo; Angela Maria Morais; Celso Ribeiro de Almeida. Instituição: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS E-mail de contato: [email protected] PROJETO VIVÊNCIAS CULTURAIS O Projeto Vivências Culturais da Coordenadoria de Assuntos Comunitários (CAC) da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PREAC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) consiste em apresentações de Arte e Cultura na área da enfermaria de Pediatria do Hospital de Clinicas da Unicamp, com objetivo de levar atividades culturais e artísticas aos pacientes, acompanhantes e ao corpo técnico de profissionais da área da saúde, incluindo os trabalhadores terceirizados. O Hospital de Clínicas da Unicamp é um hospital atenção terciária que atende exclusivamente os pacientes do Sistema Único de Saúde, sendo que as internações pediátricas podem ser de longa duração, resultando em longa permanência do paciente e de seu acompanhante na Enfermaria de Pediatria. As apresentações são mensais e ocorrem sempre às segundas quartas-feiras de cada mês, nos períodos da manhã e tarde, adequando aos horários em que são efetuadas as medicações dos pacientes. O projeto tem como um dos parceiros principais o Grupo Arte Única que possui um amplo repertório de apresentações teatrais adaptadas. O Grupo Arte Única é formado majoritariamente por funcionários da Universidade que realiza um trabalho de experimentação de novos atores e experiência de direção. Os atores constroem personagens com sua perspectiva do real e os diretores dão diretrizes sobre consciência corporal, comunicação e importância da palavra. As apresentações foram definidas para durarem até 30 minutos. Esse tempo de apresentação foi adaptado para evitar transtornos na rotina do hospital. O projeto Vivências Culturais realizou quinze apresentações desde do início das atividades em agosto de 2014, entre elas: dez contação de estória na forma de peças de teatro, uma apresentação de Acordeom, um recital de piano e voz e uma apresentação de Clowns. As apresentações são realizadas por alunos, funcionários e docentes da Universidade. O projeto tem proporcionado uma melhor qualidade na assistência hospitalar e humanização dos processos de trabalho, bem como momentos únicos de interação entre os pacientes, familiares (acompanhantes) e trabalhadores da área de saúde. Além disso, o Projeto Vivências Culturais pode proporcionar no campo do cuidado momentos integrativos e complementares às terapias convencionais, bem como auxiliar na implementação da Política Nacional de Humanização do Sistema Único de Saúde. Palavras chave: Saúde/ Arte/ terapia CLT - 009 Domingo na Vila José Irani Dias Neto. Instituição: UNICAMP-PREAC-CAC E-mail de contato: [email protected] O projeto Domingo na vila visa abordar através do formato vídeo registro , documentar com entrevistas e registro oral dos moradores das comunidades/bairros da cidade de Campinas-SP. Consta o registro de mais de 54 bairros na cidade com a nomenclatura de vilas. Historicamente redutos dormitório de trabalhadores com grande evidência no período do desenvolvimento industrial na cidade. Pesquisando junto com a prefeitura da Campinas e os órgãos de desenvolvimento urbano, como a COHAB e outras cooperativas de habitação , tivemos um comparativo da história e leitura oficial. Desde os primeiros projetos e análises de viabilidade urbana buscando soluções para o desenvolvimento social na cidade. No viés da história oral e documental dos moradores, registramos histórias de vida, superação e no campo cultural. Essa comunidades desenvolveram agremiações culturais, religiosas e políticas. Também em modo geral vimos nas transições de governo a desaceleração de investimentos e desenvolvimento por parte do poder público as essas comunidades. Deu-se espaço para o poder paralelo, como o narcotráfico e o crime organizado. Os moradores das vilas, traçam um relato saudosista de como o viver nas vilas no passado era mais tranquilo. Como as crianças correndo e brincando nas ruas até horas avançadas da noite e a vizinhança solidária . Com o passar dos anos e com o abandono dos investimento em cultura e lazer o que para muitos havia um horizonte positivista , culminou a uma realidade contrária. Cada abordagem, cada vila tem uma característica própria. O projeto Domingo na Vila é um olhar sobre diversos olhares porém tendo como elo de ligação em suas diversas histórias ,o dia de domingo, dia da comunidade, do futebol da vila, a feira , do lazer por mais simples que seja mas que conduz a interação da comunidade. Palavras chave: Sociedade/Cultura popular/ Interior / Desenolvimento urbano CLT - 010 Universidade Aberta para a Terceira Idade (UATI): Reinventando a História por meio do Teatro. Keyti Espedita Ribeiro Nascimento; Cristina Rocha da Silva Feitosa; Caroline Teixeira Graf Nunes; Andreia Cassia Cheruti Coelho; Everton Luiz dos Santos; Lis Lakeis Bertan; Alexandre Sabbag da Silva; Aline Zonta; José Renato Romero; Osvaldo de Gouveia Vieira Coelho; Ana Paula dos Santos. Instituição: Universidade Guarulhos E-mail de contato: [email protected] A Universidade Aberta para a Terceira Idade (UATI) é um programa de extensão oferecido por uma equipe de discentes da Universidade Guarulhos (UnG), Campus Centro, para moradores da cidade onde se encontra a instituição, em específico, para as pessoas com mais de 60 anos de idade, onde são oferecidos cursos de Extensão divididos em cinco áreas: Saúde e Bem-Estar; Arte e Lazer; Cidadania; Cultura e Tecnologia. Uma das disciplinas oferecidas é a atividade teatral onde se entende que o tema precisa ter um maior espaço na universidade e na cidade, tanto no campo da pesquisa, ensino e extensão, quanto no processo de retomada e fortalecimento de grupos teatrais da cidade e da região. As aulas de teatro na UATI com os idosos tem se articulado num verdadeiro espaço de construção de saberes. Oferecendo a possibilidade de criação de descobertas por meio das atividades de extensão junto à comunidade externa. Em sala de trabalho são todos iguais e portadores de suas historias de vida e desejosos em construir novas relações de afeto e cumplicidade. Dessa forma, as atividades são planejadas de acordo com os momentos de trabalho. No alicerce das aulas buscamos desenvolver trabalhos de alongamento corporal, noções de espaço e de expressão corporal e aquecimento vocal. Os jogos teatrais ajudam a desmecanização do corpo e da mente alienados às tarefas repetitivas do dia a dia, especialmente as do trabalho e das condições econômicas, ambientais e sociais de quem os pratica. Teoricamente nos pautamos nos sistema dos Jogos Teatrais (Spolin games) para a criação de improvisações e para aquisição da linguagem cênica. As historias relatadas em rodas, momentos denominados de Hora de Lembrar são posteriormente improvisados cenicamente e resultam em momentos de construção e desconstrução das mesmas. Já os trabalhos vocais são direcionados no sentido da projeção vocal, da articulação e do uso consciente e saudável da voz. Ouvimos relatos de que estes trabalhos têm contribuído socialmente na comunicação com outras pessoas. Dessa forma, estes grupos de idosos vão se encontrando e reencontrando dentro do teatro e com suas próprias vidas, ao se permitirem criar, recriar e assim reinventar sua própria história. Palavras chave: teatro/ idoso/ cultura CLT - 011 Ciclo de Cinema Igor Fuser ; Luiza Daniel Pereira; Nádia Kafka. Instituição: UFABC E-mail de contato: [email protected] DESCRIÇÃO O Ciclo de Cinema, projeto de extensão coordenado pelo Prof. Dr. Igor Fuser dentro da UFABC, procura juntar a comunidade acadêmica e a comunidade externa em uma atividade prazerosa e que, se feita com cuidado e atenção, pode contribuir muito para a formação intelectual de cada um: o cinema. Nossas sessões de cinema contam com filmes instigantes e, ao mesmo tempo, com um conteúdo agregador e com grande carga intelectual. Ao final de cada filme, um convidado, escolhido pela sua área de atuação e/ou estudo, expõe o tema principal do filme e abre um debate com os presentes, que podem expressar suas opiniões e tirar suas dúvidas quanto ao tema. OBJETIVO O objetivo do Ciclo de Cinema é fazer com que os participantes aprendam um pouco mais sobre cada um dos assuntos abordados nos filmes de uma forma prazerosa, divertida, além de ouvir o que os profissionais e especialistas na área tem a dizer a respeito. Além disso, como todo projeto de extensão, o Ciclo de Cinema tem como um de seus objetivos o estímulo à participação da comunidade externa a faculdade em suas atividades já que acredita que o ambiente universitário deve ser explorado e aproveitado por toda a comunidade da região. METODOLOGIA Os filmes são escolhidos em um consenso entre o grupo do projeto de acordo com o tema global de cada quadrimestre; há uma tentativa de exibir tanto filmes antigos, com uma densidade e duração maior, quanto filmes mais dinâmicos, atuais, e de temática mais leve. Além disso, são exibidos tanto filmes de ficção quanto documentários. As sessões tem duração de, no máximo, duas horas e meia com uma exposição de tema e discussão de uma hora. RESULTADOS Pudemos perceber, ao longo de dois anos de projeto, que os filmes e documentários apresentados aguçaram a curiosidade e o interesse dos participantes fazendo com que estes quisessem debater mais o seu tema. Em relação a participação, percebemos a formação de um público cativo das sessões, comparecendo todas as semanas para acompanhar um tema diferente; a participação do público externo também foi acompanhada, principalmente de idosos e professores. Além disso, o projeto foi muito reconhecido dentro do ambiente acadêmico principalmente pela qualidade dos filmes e das exposições de temas. CONCLUSÃO Chegamos a conclusão de que o cinema, uma arte apreciada por muitos em seus períodos de lazer, pode também ajudar no desenvolvimento do conhecimento de cada indivíduo, independente de sua idade ou formação acadêmica. O aprendizado proveniente de uma atividade prazerosa estimula a atenção e o interesse em temas até então não abordados pelo participante. Palavras chave: Cinema / Cultura / Relações Internacionais CLT - 012 PROJETO CONEXÃO CULTURAL UNICAMP Margareth do Carmo Vieira Junqueira; Carmen Lucia Rodrigues Arruda; Fabio Augusto Cerqueira. Instituição: UNICAMP E-mail de contato: [email protected] A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) enfrentou uma tragédia em setembro de 2013: um aluno foi assassinado numa festa promovida pelos estudantes numa praça central do campus de Campinas. A repercussão do caso resultou em manifestações e negociações sobre a segurança na Universidade, evidenciando uma reivindicação central dos estudantes: mais vivência no campus. Acompanhando de perto essa discussão, a Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural (CDC), órgão da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da Unicamp - que tem como um dos objetivos principais propiciar os meios para a implantação de uma política cultural na Universidade - propôs à Reitoria o projeto "Conexão Cultural" que, aprovado, foi incorporado ao programa "Campus Tranquilo" da Unicamp, no eixo denominado 'Convívio'. O programa "Campus Tranquilo" foi criado naquela ocasião, com a finalidade de realizar ações de prevenção, visando ampliar a sensação de segurança para a comunidade universitária. O "Conexão Cultural" foi estabelecido, visando à ocupação dos espaços externos dos campi da Universidade com eventos culturais e esportivos, promovendo a circulação e a permanência das pessoas e, consequentemente, o convívio, permitindo ampliar a sensação de segurança, tanto pela própria frequência, como pelo fato de que as pessoas, ao se encontrarem, podem conhecer-se umas às outras, especialmente aquelas que fazem parte da comunidade universitária. A estratégia de trabalho é a de fomentar a produção cultural - em artes e em esportes - da Universidade, para que se realize por meio de apresentações abertas à comunidade em geral. A participação de alunos, funcionários e docentes, na produção ou na realização do evento, é de fundamental importância. No primeiro semestre de 2014, foram realizadas três apresentações, em diferentes linguagens artísticas - música, circo e teatro - com bons resultados de público, um dos indicadores avaliados. A partir do projeto piloto, estabeleceu-se a realização permanente, pela CDC, de eventos artísticos em espaços abertos dos campi da Unicamp, totalizando nove eventos por semestre. Também foi estabelecida uma linha de fomento à produção cultural de outras unidades e órgãos da Universidade, visando prestar apoio às manifestações culturais realizadas por eles (em infraestrutura, logística e divulgação), desde que realizadas preferencialmente em espaços abertos dos campi; portanto, em consonância com os objetivos do projeto. Nessa linha, foram apoiadas treze produções no ano de 2014, sendo duas de iniciativa de unidades/órgãos, 5 de estudantes, 4 de professores/grupos de pesquisa, 1 de técnico-administrativo e 1 externa e outras já estão em andamento em 2015. Na produção da CDC, estão previstos nove eventos por semestre, em todos os campi da Unicamp. Nesta fase, o objetivo foi ampliado, buscando maior participação da comunidade, inclusive na organização. Tanto assim que o tema do primeiro evento foi 'Ciclismo e mobilidade urbana' e contou, além dos espetáculos artísticos, com uma roda de conversa sobre o tema com especialistas convidados. Influenciado pelos resultados obtidos no primeiro período, o programa da Unicamp teve seu nome alterado para "Campus Tranquilo, Universidade Viva", já numa alusão à nova realidade e o 'Conexão Cultural' vem angariando novos órgãos parceiros nas realizações. Palavras chave: CULTURA / SEGURANÇA / VIVÊNCIA CLT - 013 Implantação do Fórum de Integração Cultural Afro-brasileiro da UNICAMP Renata Cristina Augusto Cardozo; Cinthia Cristina Vilas Boas; Aparecida do Carmo Miranda Campios; Celso Ribeiro de Almeida. Instituição: Universidade Estadual de Campinas E-mail de contato: [email protected] O Fórum de Integração Cultural Afro-brasileiro da UNICAMP- FICAFRO visa promover a integração da comunidade negra, africana e afrodescendente existente na Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, construindo espaço de valorização da cultura afro/brasileira, através de atividades de extensão que promova a inclusão e incentiva a participação da comunidade interna e externa nas diversas ações da temática racial da Diáspora Africana organizando eventos como: formações; palestras; encontros; oficinas e cursos planejados pelos membros do FICAFRO e também através de parcerias de outros coletivos, realizamos 29 maio Semana da África e Diáspora da UNICAMP , Diálogos apresentação de trabalhos acadêmicos dentro da temática , 27 de outubro Feira de Saúde de Mobilização da População Negra, por meio da portaria nº 992, de 13 de Maio de 2009, tem como objetivo geral promover a saúde integral da população negra, priorizando a redução das desigualdades étnico-raciais, o combate ao racismo e à discriminação nas instituições e serviços do SUS, 06 de novembro Jantar Típico Afro-brasileira, a participação no FICAFRO é aberta a todos, a diversidade, faz parte da nossa prática. Palavras chave: Afro-brasileiro/Valorização/Integração CLT - 014 Universo Macuxi por Carmézia Emiliano: relatos de uma curadoria Selmar de Souza Almeida Levino; Parmenio Camurça Citó. Instituição: Universidade Federal de Roraima E-mail de contato: [email protected] Este trabalho vem relatar a experiência de organização, catalogação e divulgação de obras da artista indígena Macuxi Carmézia Emiliano, resultado da curadoria da exposição Universo Macuxi por Carmézia Emiliano-22 anos de arte naïf, uma ação de extensão da Universidade Federal de Roraima-UFRR, no Espaço de Cultura e Arte União Operária/UFRR, em Boa Vista-RR, como parte das celebrações dos 25 anos de fundação da UFRR. O levantamento das obras foi realizado por registro fotográfico e organizado em planilha, especificando: título, técnica, ano, procedência, estado de conservação e descrição da obra. Um estudo do local da exposição foi organizado, buscando garantir um ambiente de fácil circulação, atentando a questões de estética e segurança. Houve a preocupação com uma estrutura de apoio para o deslocamento das obras, desde o ateliê da artista até o local do evento e na devolução das peças. Organizou-se, ainda, um catálogo online no intuito de contribuir com a identificação e divulgação do trabalho. A apresentação das obras seguiu a trajetória dos 22 anos de carreira da artista, de forma cronológica, por meio de visitas dirigidas mediadas por acadêmicos de graduação da UFRR, bolsistas do Programa de Apoio a Ações de Extensão-PAE/UFRR, que participaram de oficinas sobre manejos e cuidados com obras de arte. Foram promovidas ações de acessibilidade para pessoas com deficiência auditiva e visual. O evento contou com rodas de conversa e apresentações culturais relacionadas à temática indígena. Quando os papéis sociais e institucionais são exercidos de forma efetiva, notamos a evolução no processo de valorização dos saberes e fazeres. Esta percepção é constatada em depoimentos de reconhecimento da UFRR como instituição promotora do acesso a arte e cultura, no aumento de pesquisas e trabalhos acadêmicos sobre a temática e na ampliação de atividades no calendário cultural da instituição e da cidade. Fortalecer as relações entre instituições vocacionadas para o incentivo a arte e cultura e a comunidade envolvente é um grande passo para fomentar iniciativas e garantir visibilidade aos saberes e fazeres artísticos, que traduzem a visão de mundo e a percepção de vida nos diferentes olhares da realidade. Nesta exposição, Carmézia Emiliano mostrou, com seus traços, cores e iconografia, uma parte significativa dos valores e história de seu povo. Palavras chave: Arte e cultura indígena/ arte naïf/ saber artístico/ acessibilidade/ vivência CLT - 015 Encontro da Diversidade do ABC Silvia Helena Passarelli; Francisco Comaru; Aline Zabisky; Karimi Gorri; Karina Vieira Santos; Pollyana Helena da Silva. Instituição: UFABC E-mail de contato: [email protected] Durante o ano de 2013, fazedores de cultura, artistas, produtores e governos municipais se reuniram em diferentes fóruns para formular proposições para a III Conferência Nacional de Cultura que ocorreu em Brasília no mês de novembro, sob coordenação do Ministério da Cultura. Envolvidos discussão, os produtores de cultura do ABC se mobilizaram na realização de conferências livres de cultura e participaram ativamente das conferências municipais que foram organizadas pelas prefeituras locais. Por demanda de coletivos culturais, a Universidade Federal do ABC se aliou ao Sesc-Santo André para aprofundar os debates realizados durante o ano e, às vésperas da Conferência Nacional de Cultura, realizou o Encontro da Diversidade do ABC. O Encontro da Diversidade Cultural do ABC, fruto da parceria entre o Sesc, a UFABC e a sociedade civil organizada, se propôs a ser um momento para reflexão das práticas culturais, troca de experiências e proposição de caminhos para a afirmação da diversidade criando um panorama amplo e abrindo espaços para que os sujeitos da cultura local ampliem o conhecimento mútuo e a compreensão da própria diversidade cultural em que se inserem. Teve por objetivo realizar um diálogo com grupos, coletivos, agentes e produtores de cultura que tenham a sua base no Grande ABC de modo a fortalecer a reflexão e contribuir com a construção de práticas e políticas culturais de forma colaborativa e aprofundar o debate proposto pela III Conferência Nacional de Cultura nos eixos sobre a produção simbólica e diversidade cultural, sobre a cidadania e direitos culturais, e sobre cultura e desenvolvimento. O Encontro, enfim, surgiu como uma parte importante do processo cultural local e nacional, organizando questionamentos e demandas dos sujeitos e grupos artísticos e culturais em torno de definições estabelecidas e em construção de política cultural, cidadania e arte e cultura, criando e recriando velhos e novos espaços públicos, lugares de cultura e de memória. A etapa preparatória do encontro se deu com duas rodas de conversas com Celio Turino e Ivana Bentes (UFRJ) para, nos dias 22, 23 e 24 de novembro, se abrir para a comunidade cultural por meio de uma conferência de abertura de Albino Rubin (UFBA) que trouxe um panorama dos avanços e retrocessos da política cultural nacional desde a presença de Gilberto Gil no Ministério da Cultura. A partir desta fala inspiradora, grupos de trabalho se organizaram para um olhar sobre o ABC. A organização dos grupos de trabalho se fez a partir da fala de representantes de dois coletivos culturais em cada grupo que fomentaram as discussões sobre os temas propostos pela Conferência Nacional de Cultura. O término do evento, na sede do Sesc Santo André, se fez com a leitura da síntese dos debates dos grupos de trabalho, que pode ser a base dos planos locais de cultura, pois expressam o olhar da sociedade civil sobre a política cultural e de outros projetos na área de cultura (como por exemplo, o projeto de Cartografia Cultural do ABC) e uma mostra da cultura com apresentação de grupos musicais da região. Palavras chave: cultura/ desenvolvimento/ cidadania/ coletivos de cultura/ política pública CLT - 016 Festival Internacional de Inverno da UFSM e comunidade de Vale Vêneto: 30 anos de história. Vera Lucia P. Vianna. Instituição: Universidade Federal de Santa Maria E-mail de contato: [email protected] Em 1986 o Departamento de Música da Universidade Federal de Santa Maria, RS iniciou uma parceria com a comunidade de Vale Vêneto, pequena localidade no coração da região da Quarta Colônia de Imigração Italiana com o objetivo de desenvolver projetos na região. A percepção de que a região possuía um potencial turístico a ser valorizado e a importância de facilitar o acesso à música de concerto levaram à criação de dois eventos: o Festival Internacional de Inverno da UFSM e a Semana Cultura Italiana de Vale Vêneto, eventos esses organizados, respectivamente, por professores do Departamento de Música da UFSM e pelos representantes da comunidade de Vale Vêneto. Desde então as atividades do Festival Internacional de Inverno tem estado integradas ao movimento cultural da região, tendo como objetivo o desenvolvimento de ações de cunho pedagógico e artístico na área de música, experiências de apreciação, performance e educação musical. Para o cumprimento dos objetivos propostos, as ações do Festival Internacional de Inverno estão centralizadas em quatro eixos: 1. Oficinas de instrumento, canto, regência ou educação musical: visam o aperfeiçoamento técnico-interpretativo de estudantes ou professores de música. São ministradas por reconhecidos músicos do cenário nacional e internacional, convidados do evento. 2. Concertos gratuitos e abertos ao público: recitais diários em Vale Vêneto com repertório solo, de música de câmara, orquestra sinfônica ou orquestra de sopros. Além disso, também apresentados recitais na cidade de Silveira Martins e em Cachoeira do Sul e Santa Maria. 3. Oficina de musicalização para crianças: tem por objetivo aproximar as crianças do estudo de música. Aas oficinas tem a orientação de acadêmicos do Curso de Música da UFSM e a inscrição é gratuita. 4. Curso de formação continuada em música para professores de educação infantil: é destinado a professores de educação básica que atuam junto a crianças de zero a cinco anos. O curso visa discutir aspectos teóricos da música na infância e o papel do professor não-especialista. Além disso, são propostas atividades práticas, cujas experiências servem de subsídio para o professor em sala de aula. O curso é ministrado por professores, mestrandos e doutorandos do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFSM. Linha de Pesquisa: Educação e Artes. Durante suas quase 30 edições passaram pelo Festival de Inverno mais de 5.000 alunos oriundos do Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Costa Rica, Estados Unidos e Alemanha, os quais tiveram a oportunidade de estudar com renomados professores. Oficinas, master classes, palestras e recitais tem propiciado aos alunos o contato com distintas experiências acadêmicas, artísticas e musicais que se transformam em valiosas oportunidades de crescimento musical para todos. Por outro lado, a presença do Festival Internacional de Inverno na localidade de Vale Vêneto tem em muito contribuído para o desenvolvimento sócio-econômico e cultural da região, atraindo a atenção de turistas que buscam o contato com a natureza distante dos grandes centros urbanos. A união do interesse pela música de concerto com a gastronomia e costumes italianos gerou uma parceria duradoura e de sucesso. Palavras chave: Festival / Música / Cultura DHJ - 001 O Programa de Extensão como Intermediador para a Promoção dos Vínculos na Terceira Idade Ana Paula dos Santos; Everton Luiz dos Santos; Jose Renato Romero; Dina Mariano Patrocinio; Marco Aurelio Nemitalla Added; Caroline Galatti Moura Coelho; Anselmo Milani; Lis Lakeis Bertan; Aline Zonta; Fabio Cardoso; Alexandre Sabbag da Silva. Instituição: Universidade Guarulhos E-mail de contato: [email protected] No Brasil, o número de idosos vem aumentando a cada ano. Isto é reflexo das condições e qualidade de vida além da melhoria dos diagnósticos preventivos e também da tecnologia direcionada para este grupo de pessoas. Segundo dados do IBGE (2006), a previsão é de que em 2020 haja 25 milhões de pessoas idosas no país. Neste contexto surge a necessidade de discussões a respeito do idoso, pois esta mudança gera a necessidade de criação de estratégias de adequação na estrutura social para que os idosos, não fiquem distantes de um espaço social, em relativa alienação, inatividade, dependência, consequentemente sem qualidade de vida. Neste âmbito a Universidade Guarulhos (UnG) em meados de 2008, de forma pioneira na macro região, criou a Universidade Aberta da Terceira Idade (UATI), possibilitando um espaço de interação entre alunos, professores e comunidade, viabilizando uma aproximação da universidade com as realidades encontradas junto à comunidade. A inter-relação se dá por meio de disciplinas divididas em cinco áreas: Saúde e Bem-Estar; Arte e Lazer; Cidadania; Cultura e Tecnologia. Para a discussão e reflexão das atividades realizadas, além do planejamento são desenvolvidas reuniões mensais entre os facilitadores e coordenação do programa, no intuito de nivelar a abordagem voltada ao idoso, além de plantões para a produção científica. Neste sentido o programa tem um papel primordial para a construção dos diversos vínculos entre os alunos, professores e idosos, gerando um ambiente de ensino, pesquisa e extensão. O vínculo criado entre os idosos é visivelmente percebido nas atividades propostas em que os alunos interagem de forma espontânea, buscando o aprendizado de novos saberes além da sala de aula, auxiliando na construção de seu próprio conhecimento, onde é possível trabalhar a abordagens como: escuta, atenção, reflexão, comunicação e inter-relação. O envelhecimento pode ser um período de tristeza e negação, assim como de felicidade e possibilidades, o que irá depender da percepção de cada um sobre si mesmo. Sendo assim, a pessoa idosa precisa acreditar que possui potencial para a realização de grandes projetos, como os mais jovens, aonde suas habilidades e possibilidades vão muito além da força física. Desta forma o programa de extensão da UATI vem ganhando visibilidade tanto dentro do campus quanto da comunidade, permitindo a integração entre estes, com antecipação da prática na formação acadêmica. Assim o programa da UATI tem desempenhado seu papel e busca cumprir suas propostas enquanto objetivos: Promover o desenvolvimento do ser humano, trabalhando os aspectos psicológicos, sociais, físicos, cognitivos e artísticos, aprendendo a conviver na sociedade moderna, dinâmica e globalizada. Palavras chave: idoso / vínculo / extensão DHJ - 002 Direitos humanos e igualdade de gênero: um breve relato de três experiências educacionais Karin Larissa Munhoz; Adriana Ferreira Sefarim de Oliveira. Instituição: Universidade Metodista de Piracicaba E-mail de contato: [email protected] A Extensão Universitária proporciona o diálogo entre o saber acadêmico e o saber popular, gerando a reflexão da vivência extensionista na produção de conhecimento científico. Este trabalho tem como objetivo divulgar experiências educacionais realizadas em três municípios brasileiros: Brasilândia/MS (Julho de 2014) e Assentamento Reunidas em Promissão/SP (Novembro de 2014), por meio do Programa UNIMEP na Comunidade; e Pirpirituba/PB, (Janeiro de 2015), no contexto do Projeto Rondon. As intervenções tiveram como base a promoção dos Direitos Humanos e a Igualdade de Gênero, por meio da lei 11.340/2006, conhecida por lei Maria da Penha. As ações pautaram-se em oficinas e conversas com grupos constituídos por pessoas de diversas idades, buscando obter o máximo possível do que elas compreendiam sobre tal temática e esclarecendo-as sobre a importância da mesma em as suas vidas. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, quando adotada pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, veio como uma garantia inalienável e inerente de direitos civis, políticos e econômicos ao ser humano. Ressalta-se que nestes direitos está presente a igualdade de gênero, sendo o segundo tema abordado nas ações. Ademais, posteriormente, foram realizados diversos pactos e tratados internacionais, uma vez que a declaração é uma resolução da Assembleia Geral e a adesão dela é de caráter voluntário pelos países que a reconheceram. O Brasil, ao ratificar os pactos e tratados internacionais, que fortaleceram o reconhecimento universal dos direitos humanos, assegurou estes artigos na Constituição Federal de 1988, mais precisamente no artigo 5º, tendo como dever o cumprimento e a promoção dos mesmos no Direito Interno, implicando no entendimento da população do que são esses direitos. O Brasil é um país multicultural, com diferentes costumes, realidades e valores, e o brasileiro à primeira vista é adaptável a essa multiculturalidade. As conclusões obtidas nas três experiências foram distintas. No assentamento Reunidas em Promissão, a população tem uma formação política que vem desde o período de luta pela terra e que continua no acesso a outros programas e direitos, sempre conquistados coletivamente. Há acesso ao conceito de direitos humanos e uma luta constante pelo exercício da cidadania. Nos outros locais, o acesso ao conhecimento dos direitos ainda parece distante devido à ausência de debates sobre a temática e mesmo a ausência de exemplos práticos de acesso a esses direitos. Constatou-se, portanto, que a ausência do Estado na promoção dos direitos sociais, políticos e econômicos deixa a população carente a mercê do antigo voto de cabresto, do regimento por leis próprias e do descaso, falhando o Estado na aplicação e no cumprimento pleno de seus deveres frente aos tratados internacionais ratificados. Palavras chave: Extensão Universitária / Direitos Humanos / Igualdade de Gênero DHJ - 003 PROGRAMA UFF MULHER: articulando extensão universitária, gênero e direitos humanos Luciana Gonzaga Bittencourt; Maria Beatriz Costa Soares; Maria Lucia Melo Teixeira de Souza; Rita de Cassia Santos Freitas; Nivia Valenca Barros. Instituição: Universidade Federal Fluminense E-mail de contato: [email protected] Em 2010, a PROEX/UFF - criou o Projeto UFF Mulher tendo como marco inicial atividades comemorativas para o 8 de março - Dia Internacional da Mulher. Em 2013, passou a contemplar a temática gênero, transformando-se em Programa.Em parceria com os Núcleos de Direitos Humanos e Cidadania (NUDHESC) e de Pesquisa Histórica sobre Proteção Social (NPHPS) da Escola de Serviço Social da UFF, se insere no campo temático que estuda os processos de construção da proteção social no município de Niterói. Entende-se proteção social e direitos humanos enquanto práticas sociais de longa duração histórica e destinadas aos cuidados com a vida humana, podendo se exercer tanto na esfera pública como na privada. Tem como objetivos principais: 1)promover o diálogo e a troca de saberes entre a Universidade e a sociedade por meio de diferentes atividades relacionadas às áreas de gênero, direitos humanos, saúde, educação e qualidade de vida; 2) difundir ações de extensão que trabalhem questões dentro dessas temáticas; 3) fomentar a articulação de ações em rede , para o enfrentamento das violações de direitos humanos, desigualdades de gênero, envolvendo várias instituições numa ação intersetorial. Para isso, o Programa, desde sua criação inicia suas ações em março a partir da homenagem ao Dia Internacional da Mulher - 8 de março. Tendo como público-alvo a comunidade interna e externa à UFF, realiza diferentes atividades como ações de rua, mesasredondas, encontros, debates e apresentações culturais ao longo do ano nos campi da UFF na sede e nas unidades fora da sede. A inserção de discentes de diversas áreas na organização e planejamento de suas atividades contribui para uma nova prática do processo pedagógico, apontando para a formação contextualizada aos problemas e demandas da sociedade contemporânea. Tem como metodologia ações ancoradas em atividades de pesquisa e ensino, fomentando um processo de diálogo constante entre esses espaços, tendo como resultado a construção e debate de disciplinas, bem com possibilitam identificar campos novos objetos de pesquisa. Assim, cumpre mais uma vez nossa missão enquanto Extensão: conhecer, trocar, interagir com aqueles que compõem a sociedade. Para cada atividade há um tipo de ação atrelada que é determinada através de reuniões com a equipe organizadora e possíveis parceiros para as atividades integradas. A avaliação acontece por meio de formulários de avaliação de cada atividade específica pela equipe de organização e pelo público-alvo. Além disso, há o registro de todas as atividades através de fotos e vídeos, divulgados no site da UFF e da PROEX. O Programa,longo de 5 anos, já realizou mais de 30 atividades em diferentes municípios, atendendo um público de mais de 15.000 pessoas. Portanto, se analisarmos o número de pessoas que já foram atingidas pelas ações do Programa, percebemos que sua proposta vem promovendo o debate sobre questões de gênero e direitos humanos, principalmente sobre o universo feminino estendendo as ações de extensão para além dos muros da Universidade, assim como fomentando esse debate internamente junto a diferentes escolas e departamentos. Palavras chave: Extensão Universitária/Gênero/Direitos Humanos EDU - 001 Cursinho Pré Vestibular GeraBixo: Ultrapassando os Portões das Universidades Ana Caroline Bertoncin; André Fernandez Rolim da Silva; César de Oliveira Ferreira Silva; Thais Nayara Fogaça da Rocha; Marcel Torres Araújo; José Arnaldo Frutoso Roveda; Ana Paula Loro. Instituição: Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho - Unesp E-mail de contato: [email protected] Introdução: Diante do cenário de defasagem da educação pública do país, nos níveis básico e médio, e frente a importância pessoal e profissional de se ter um curso superior, criou-se, em agosto de 2006, o cursinho pré-vestibular da UNESP Sorocaba de caráter sócio inclusivo, proporcionando maiores possibilidades a alunos de baixa renda de ingressarem no ensino superior com aulas ministradas, majoritariamente, pelos alunos do campus. No começo das atividades, contava-se com 20 alunos da rede municipal e, atualmente, tem-se duas turmas extensivas totalizando 120 estudantes com material didático individual e gratuito, entre outras vantagens. Objetivo: O projeto de extensão "Cursinho pré-vestibular Gerabixo" foi criado com o objetivo de, por meio da participação de alunos do campus e de outras faculdades, ministrar aulas expositivas diárias, para alunos financeiramente carentes, provenientes da rede pública de ensino de Sorocaba e região. Além disso, via-se a possibilidade de alunos da UNESP desenvolverem técnicas de oratória e didática. Métodos: O cursinho GERABIXO seleciona seus alunos através de um processo seletivo, disponibilizando anualmente 120 vagas sendo: 60 no período da manhã e 60 no período da noite. Além das aulas, também são oferecidos dois projetos extraclasse que visam aprimorar o aprendizado do aluno: o Sabadão, no qual os alunos têm a oportunidade de rever e aprofundar a matéria vista em sala de aula e, os plantões de dúvidas, para resolução de exercícios e também esclarecimento de dificuldades relacionadas ao vestibular. Outro recurso utilizado para assessorar os alunos é a tutoria que foi implementada no cursinho para que cada aluno tivesse um acompanhamento mais próximo por parte de um professor, cuja responsabilidade é acompanhar o desempenho do aluno dentro do GeraBixo, bem como orientá-lo em diversas questões relacionadas ou não aos estudos. A fim de acompanhar a qualidade de ensino ao longo do ano, o cursinho realiza mensalmente uma prova simulada de vestibular múltipla-escolha e dissertativa, além de uma avaliação semestral de seus professores. Resultados: O GeraBixo cresce a cada ano, visto as aprovações em instituições públicas e privadas desde o ano de 2006, início do projeto. Foram 7 aprovações logo no primeiro ano e, este número subiu para 20 aprovados no segundo, considerando faculdades públicas e privadas. Em 2008 os números aumentaram mais uma vez, com 17 aprovações apenas em instituições públicas. A tendência se manteve nos anos de 2009 e 2010 totalizando 36 aprovações, sendo 20 em universidades públicas. No ano de 2011 foram 26 aprovações em universidades e concursos públicos, além de faculdades técnicas e privadas. Em 2012, 47 alunos ingressaram em universidades, sendo 37 em públicas e 10 em privadas.Conclusão: Apesar do crescimento do GeraBixo e do crescente número de beneficiados, depara-se com grandes dificuldades para manter um projeto dessa dimensão e, entre elas, destaca-se o alto índice de evasão por parte dos alunos. Tal fato deve-se, principalmente, ao elevado custo do transporte e e à distância entre o campus e a moradia. Tais obstáculos fazem do GeraBixo um desafio para todos, buscando sempre melhorar e beneficiar aqueles que mais carecem. Palavras chave: Educação/Extensão/Cursinho/Pré-vestibular EDU - 002 Núcleo de Apoio a Acessibilidade da Universidade Guarulhos Ana Caroline Zacarias Delfiol Silva; Everton Luiz dos Santos; Lis Lakeis Bertan; Alexandre Sabbag da Silva; Aline Zonta; Jose Renato Romero; Eder Ribeiro dos Santos; Igor Gomes da Silva; Fabio Cardoso; Marco Aurelio Nemitalla Added; Renata Tadeu Fernandes Bastianelli. Instituição: UNIVERSIDADE GUARULHOS E-mail de contato: [email protected] A Constituição Federal determina que deve ser garantido a todos os educandos o direito de acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, de acordo com a capacidade de cada um. Para atender esta demanda as Instituições de Ensino Superior (IES) devem promover mudanças de modo que consiga possibilitar a todos sem exceção um ensino de qualidade que respeite as diferenças e especificidades do ser humano, ou seja, na perspectiva da inclusão não é o aluno que se adapta ao ensino e sim a IES que deve promover meios para que este aluno tenha acesso ao conhecimento. Desta forma, baseados em uma perspectiva da universidade para todos os professores, que deveram encontrar meios para ensinar os alunos, independente de suas necessidades físicas, mentais, psicológicas e sociais, trazendo a oportunidade do indivíduo ser inserido dentro do grupo. O diálogo entre diversos profissionais é necessário para o aprofundamento e melhor desempenho, seja do aluno, do professor ou do profissional da área, garantindo e capacitando o corpo institucional por meio do compromisso ético na educação. No entanto, o diálogo só acontece quando as partes que se respeitam mutuamente e não assumem uma posição de superioridade de conhecimento e de dominação sobre o outro. Nesta perspectiva a Universidade Guarulhos (UnG), por meio de programa de extensão universitária criou em meados de 2006 o Núcleo de Apoio a Acessibilidade UnG (NAAUNG) que tem como objetivo propiciar o acesso e a permanência qualificada das pessoas com deficiências, por meio da redução de barreiras arquitetônicas, comunicacionais, informacionais, atitudinais e curriculares. O projeto tem como meta a autossustentação, por meio da apresentação de projetos aos órgãos de fomento para captação de recursos, assim como a celebração de alianças estratégicas com universidades, centros de pesquisa, associações e organismos públicos e privados, bem como, a discussão da problemática propagando o conhecimento e promovendo a aplicabilidade, supervisão e execução das ações de acessibilidade no âmbito da Universidade. Nessa perspectiva, a UnG acredita que a inclusão da pessoa com deficiência requer um conjunto de ações individuais e coletivas e, dentre elas, a acessibilidade ocupa papel preponderante na promoção da igualdade social. A inserção de questões que afetam a acessibilidade nas vivências da multidisciplinaridade e interdisciplinaridade em todas as instâncias da Instituição, faz com que haja conscientização dos colaboradores bem como na comunidade acadêmica sobre a importância de oferecer alternativas à permanência das pessoas com necessidades especiais, e atuando não apenas no âmbito educacional, mas também enquanto local de trabalho. O núcleo ainda, integra o processo de auto avaliação institucional onde é verificado o nível de satisfação dos usuários, visando à promoção e a melhoria das ações e atividades. Palavras chave: Ensino/ inclusão / deficiência EDU - 003 Atividade Assistida por Animais: Projeto Cão Especial e Inclusão Ana Maria Lopes; Thamara Aparecida Silva Coelho. Instituição: UNESP E-mail de contato: [email protected] A relação homem/cão ocorre há milhares de anos mas apenas recentemente esse vínculo cresceu e tornou-se uma ferramenta terapêutica. A Atividade Assistida por Animais, AAA, consiste na visitação com finalidade de recreação e distração e não envolve necessariamente profissionais da área de saúde. O contato com o animal estimula a socialização e a comunicação,promovendo benefícios físicos,sociais e emocionais. Essa atividade pode ser aplicada a idosos, crianças em idade escolar, indivíduos hospitalizados e deficientes físicos e intelectuais. Estes especificamente,sentem-se rejeitados pela sociedade, que não os enxerga como cidadãos muitas vezes capazes de desenvolver tarefas e cooperar com a sociedade. O projeto Cão Especial surgiu de uma demanda por atividades com jovens e adultos especiais,já que na cidade não havia um local para receber essa clientela a partir dos 18 anos de idade. O objetivo do trabalho é mostrar os benefícios da interação entre cães e adultos com deficiência intelectual que frequentam o Centro de Interação e Educação Especial em Botucatu, SP. Foram selecionados 23 jovens e adultos com diversos graus de deficiência intelectual, com acompanhamento de professoras e funcionários do Centro e seis cães escolhidos por sua capacidade de socialização e habilidade em desenvolver atividades com diferentes grupos de pessoas. As atividades ocorreram ao ar livre, sempre que possível, e consistiram em levar os cães pela guia,escovar os pelos, jogar a bolinha, oferecer água e biscoitos. Os encontros duravam uma hora e meia e os alunos, divididos em grupos.Os cães tiveram acompanhamento veterinário frequente e antes das visitas eram banhados e tosados, se necessário. A presença dos animais não deve ser imposta,então nas primeiras visitas eles foram apresentados aos alunos para observarmos reações inesperadas. Poucos não aceitaram e nossa chegada com os cães sempre foi motivo de alegria; alguns alunos ajudavam a retirá-los do carro e nos acompanhavam no final da atividade. Durante as visitas pudemos notar que a interação entre alunos e entre eles e professores melhorou; todos queriam contar uma história sobre seus animais de estimação; os cadeirantes se divertiram com os cães menores que puderam seguram no colo; os alunos com distúrbios mais graves,no momento da visita tornaram-se mais ativos; alguns pais quiseram conhecer pessoalmente os animais e disseram rever seus conceitos. A AAA mostrou-se uma alternativa para melhorar a qualidade de vida dos alunos,professores e funcionários do Centro;formou laços afetivos entre nós e demonstra que a extensão universitária deve fazer parte das atividades de alunos e docentes como forma de aproximá-los da realidade extramuros. Através do projeto Cão Especial os alunos do CIEEJA puderam participar de evento do Instituto de Biociências e serem vistos como pessoas que fazem parte da sociedade. Palavras chave: Atividade Assistida por Animais/ Adultos Especiais/ Inclusão EDU - 004 UNATI: ESPAÇO DE ENCONTROS INTERGERACIONAIS E INTERDISCIPLINARES Ana Vitoria Borges Geraldi; Ana Maria Rodrigues de Carvalho; Thaís Souza Paulillo; Anneliz Marini Paschoaletti Perri dos Ssntos. Instituição: UNESP - Faculdade de Ciências e Letras de Assis E-mail de contato: [email protected] A Universidade Aberta à Terceira Idade (UNATI), da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP Campus de Assis é um projeto de extensão universitária financiado pela Pró-reitoria de Extensão Universitária - PROEX, apoiado pela Fundação para o Desenvolvimento da Unesp -FUNDUNESP- que atende a população idosa de Assis e região. O projeto visa contribuir para a qualidade de vida dos idosos por meio de atividades que possibilitem a criação e ampliação de vínculos sócio-culturais e afetivos, a aquisição de conhecimentos, além de espaço de crescimento pessoal e profissional para os universitários e outros participantes. A UNATI adota o pressuposto de que o envelhecimento é um processo natural e que há muitas maneiras de vivenciá-lo, afastando a ideia de imobilidade e insuficiência. Em 2015, o projeto oferece 34 oficinas/cursos, sob a responsabilidade de 75 voluntários, conta com a participação de 332 idosos (predominantemente mulheres), muitos dos quais participam de mais de uma atividade, resultando em 794 matrículas. A equipe de coordenação do projeto é constituída por docente, servidor técnico-administrativo e estudantes de graduação (bolsistas de extensão e voluntários). As oficinas/cursos interdisciplinares acontecem de segunda à sexta-feira, nos períodos matutino e vespertino, envolvendo atividades físicas, artísticas, didáticas e culturais dentre elas: esportes, dança de salão, fisioterapia, ginástica meditativa, capoeira, yoga, arraiolo, relaxamento, espaço artesanal, desenho e perspectiva, seresta, línguas estrangeiras (inglês, francês, alemão, espanhol, italiano, japonês), letramento, alimentação, informática, jogos da mente e encontros com a terceira idade. No convívio com esses idosos temos observado a importância que esses espaços têm ao proporcionar-lhes experiências grupais, disparadoras da construção de novos aprendizados, vínculos afetivos, re-significação do envelhecimento, bem como reelaboração da autoestima, à medida que se reconhecem disponíveis para novos encontros, saberes e habilidades. Os encontros intergeracionais, inicialmente movidos pela curiosidade, vão perdendo a estranheza, à medida que o respeito mútuo sustenta os vínculos mais significativos. Merecem destaque, os efeitos desses encontros (estudantes-idosos) na formação dos futuros profissionais, ao proporcionarem oportunidades para articularem teoria e prática, compreenderem as demandas da terceira idade e socializarem novos conhecimentos. Finalmente, apontamos que, para os beneficiários dessa ação extensionista, a oportunidade dos encontros intergeracionais e interdisciplinares, ao ampliarem seus círculos de relações, contribuem para potencializar o bem estar, assim como para reforçar e estimular processos cognitivos. E ainda, aos estudantes o encontro com a realidade concreta, por meio do envolvimento com a comunidade, contribui para uma formação cidadã, mais ética, atenta às discriminações, comprometida com as transformações da sociedade. Palavras chave: terceira idade/Unati/envelhecimento EDU - 005 As possibilidades pedagógicas da produção de materiais didáticos com recursos alternativos Ariane Martins; Silvana Claudia dos Santos. Instituição: Universidade Federal de Viçosa E-mail de contato: [email protected] O presente trabalho tem como objetivo apresentar o desenvolvimento de um projeto de extensão que prevê a produção de materiais didáticos com recursos alternativos e de baixo custo, visando potencializar a formação de professores para atuarem na Educação Básica. A diversificação de metodologias didáticas é imprescindível no ensino, principalmente, em uma época em que o avanço tecnológico é iminente. Assim, a existência de um Laboratório de Ensino para ações formativas junto a futuros professores torna-se fundamental. Partindo dessa ideia, no Departamento de Educação da Universidade Federal de Viçosa (UFV), desde 2014, tem sido desenvolvido o projeto de extensão "Laboratório Multidisciplinar de Ensino: produzindo materiais didáticos com recursos alternativos e promovendo vivências pedagógicas". Considerando que há número significativo de alunos que realizam o curso de Pedagogia, um dos cursos vinculados a esse Departamento, que ainda não são professores e que possuem pouca experiência em sala de aula, percebe-se o quão importantes são as vivências pedagógicas que articulam a teoria e a prática nas diversas áreas do conhecimento. O Laboratório de Ensino e, sobretudo, as práticas e reflexões que nele ocorrem, servem de subsídio à docência e à investigação. Além disso, o Projeto possui um papel social, na medida em que contempla o uso de recursos alternativos que, ao invés de serem descartados, muitas vezes indevidamente, podem ser utilizados em ambientes educacionais. Sendo assim, foram desenvolvidas as seguintes ações: pesquisa sobre diferentes materiais didáticos e as possibilidades de produção com uso de recursos alternativos e de baixo custo; produção de diversos materiais, em áreas variadas; elaboração da descrição e sugestão de atividades de cada um dos materiais produzidos, no formato de'manual instrucional'; oficinas com os alunos do curso de Pedagogia para a produção de materiais didáticos; e mostras dos materiais produzidos, visando à divulgação do trabalho. Ao longo do desenvolvimento dessas ações pôde-se perceber a reação positiva das pessoas que frequentaram o Laboratório de Ensino do DPE e observaram os materiais produzidos. Diante disso, percebe-se a emergente necessidade de um espaço que realmente funcione como Laboratório de Ensino e de produção de materiais didáticos, além de proporcionar vivências pedagógicas significativas aos futuros docentes, conforme é preconizado, inclusive, nas exigências do currículo. Em 2015 o projeto continua em andamento, porém, o interesse agora é de levar a produção desses materiais para dentro das salas de aula, proporcionando vivências significativas para a aprendizagem dos alunos e subsidiar o trabalho do professor. Palavras chave: Materiais didáticos/Meio ambiente/Arte e Educação/Práticas Pedagógicas EDU - 006 Boas Práticas Interpessoais na Escola. Bruna Sontag; Rita Maria Manjaterra Khater. Instituição: PUC - Campinas E-mail de contato: [email protected] A proposta de extensão desenvolvida pela PROEXT da PUC Campinas no ano de 2014 teve por objetivo promover atividades com a participação de professores das escolas de ensino infantil e fundamental da rede municipal de ensino de Campinas, com ênfase nos processos afetivos presentes nas relações interpessoais que ocorrem no contexto escolar. A perspectiva teórica desta proposta parte das contribuições de Henri Wallon no entendimento da relação do eu e do outro , onde a afetividade é considerada como um dos elementos essenciais para o processo de desenvolvimento humano. O método de intervenção teve o formato de grupos de estudos realizados no Centro de Formação Técnica e Pedagógica da Secretaria Municipal de Campinas (CEFORTEPE) com a participação espontânea de professores e gestores de ensino fundamental e de educação infantil da rede pública do município .De abril a novembro de 2014 foram realizados 3 grupos de estudos com 11 encontros semanais e duração de 3 horas cada encontro . Cada grupo de estudos contou com 15 participantes com formação em pedagogia e cargos diversificados entre professoras,diretoras e coordenadoras pedagógicas que se inscreveram a partir de edital no Diário Oficial do Município onde um elenco de cerca de 20 outras alternativas de formação são oferecidas trimestralmente. Cada um dos grupos se reuniu semanalmente para se apropriarem da proposta waloniana contextualizada na realidade trazida do cotidiano de cada escola de origem do participante .Esses encontros contaram com a participação da docente extensionista e da bolsista ambas com o papel de facilitadores das reflexões e estudos do grupo. Ao término dos 11 encontros cada grupo produziu material informativo, versando sobre a prática da afetividade enquanto facilitadora das relações interpessoais no contexto escolar. Esse material confeccionado pelo grupo com a bolsista enquanto facilitadora foi disponibilizado nos ambientes escolares de origem de cada participante com a proposta de divulgar as reflexões do grupo de estudos para colegas da rede municipal de ensino e eventualmente estimular a participação de outros professores em futuros grupos. È importante registrar o empenho de cada uma das participantes na preparação do material final para divulgação tornando o personalizado para cada grupo. Uma constatação registrada em avalição pelas participantes foi de que as relações interpessoais no ambiente educacional precisam urgente de resgate de boas práticas. O depoimento desses participantes, ao final das atividades, registra enfaticamente um resultado altamente satisfatório no que se refere à motivação de cada participante para colaborar no aprimoramento dos processos afetivos presentes nas relações interpessoais do contexto educacional de suas unidades de ensino e também dão testemunhos de mudança de postura em sala de aula e no trato com colegas e familiares. Palavras chave: educação/ processos afetivos/ relações interpessoais EDU - 007 AS FRAGILIDADES DO ENSINO SUPERIOR QUE INTERFEREM NO DESENVOLVIMENTO DOS MAIS CAPAZES Carina Alexandra Rondini; Adriane Gallo Alcantara da Silva; Camila Incau. Instituição: Universidade Estadual Julio de Mesquita Filho- Unesp/ Campus Assis E-mail de contato: [email protected] O presente trabalho se insere no campo do Ensino Superior. Trata-se de uma pesquisa realizada durante o curso temático denominado: "Altas Habilidades" "Super Dotação" - Entendendo os alunos com capacidade elevada. O curso foi ofertado aos graduandos em licenciaturas, pedagogia e psicologia, no ano de 2015, em uma universidade pública no interior do Estado de São Paulo visando elucidar melhor as características das Altas Habilidades ou Superdotação (AH/SD). É sabido que na grade curricular dos cursos supracitados não se aborda tal temática, o que favorece o desconhecimento científico, contribuindo para que os futuros profissionais, ao adentrarem no mercado de trabalho aumentem o contingente de professores e psicólogos que deixam à margem, de um Atendimento Educacional Especializado (AEE), os alunos mais capazes, além de encaminhá-los, erroneamente, ao sistema de saúde, muitas vezes, com hipótese de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Em decorrência disso, pretendeu-se sondar o ideário dos participantes acerca das características dos alunos com Altas Habilidades ou Superdotação e dos alunos com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Foi utilizado um questionário com 31 'itens', no qual, os graduandos indicaram as características pertencentes aos grupos (AH/SD - TDAH). Colaboraram com a pesquisa 34 graduandos, com média de 21 anos (dp = 2 anos, min = 18 e max = 27), majoritariamente do sexo feminino, 82,4%. Alguns resultados obtidos sinalizaram equívocos dos participantes em relação às características desses alunos. Para 61,8% o aluno com TDAH é aquele que geralmente seu desempenho é considerado baixo ou que falta motivação, já para 50,0%, os alunos interessados e perguntadores são os que possuem AH/SD, e para 41,2% essas são características de ambos os grupos. Abordando a questão do tédio em relação às atividades curriculares regulares, 73,5% dos participantes responderam que esta é uma característica que se apresenta comumente ao aluno com AH/SD e TDAH, todavia, para 76,5% a dificuldade de atenção foi praticamente atribuída, somente, ao aluno com TDAH. Tais resultados sinalizam para a necessidade de suprir o déficit existente na formação inicial, de professores e psicólogos, a fim de contribuir para melhoria da prática profissional e, consequentemente, para o melhor entendimento do aluno mais capaz tanto na escola regular como no Atendimento Educacional Especializado. Palavras chave: Altas Habilidades/ Superdotação/ TDAH/ Graduandos/ Ensino superior EDU - 008 UNIMEP NA COMUNIDADE: UMA EXPERIÊNCIA NA ALDEIA OFAIÉ EM MS Carlos Bruno de Castro; Jose Eduardo da Fonseca; Marcia Aparecida Lima Vieira. Instituição: Piracicaba - SP E-mail de contato: [email protected] Em 2014 foi realizado outra edição do projeto Unimep na Comunidade, em que alunos extensionistas foram para o município de Brasilândia-MS, para atuação em ações de extensão nas áreas de educação, direito, saúde e cultura. Na etapa de preparação das oficinas os alunos elaboraram os planos de trabalho com antecedência na Universidade, viabilizando o aperfeiçoamento dos projetos que seriam desenvolvidos no local. Nesta etapa os alunos tiveram atividades que possibilitaram a formação em diferentes áreas do conhecimento para uma atuação interdisciplinar. Como parte da programação das ações extensionistas foram realizadas oficinas na aldeia indígena Ofaié, localizada em uma pequena reserva próximo à cidade. Os Ofaiés foram declarados extintos em 1970 e redescobertos acidentalmente por um jornalista durante uma entrevista na cidade de Brasilândia. Os indígenas, na tentativa incessante de repovoar sua aldeia e manter sua cultura e costumes, miscigenaram sua tribo com outras tribos locais, pela baixa quantidade de Ofaiés ainda existentes. Mesmo com todo desenvolvimento e urbanização as tradições da aldeia ainda se mantém vivas. Foram realizadas diversas atividades, dentre as quais, realizamos contação de historias. Este foi um momento inesquecível e que surpreendeu muito os alunos, devido ao fato de que contar historias desperta a imaginação e é uma forma lúdica de ver o mundo. Então ao contar historias para pequenos Ofaiés foi possível ouvir também histórias deles, portanto aquilo que seria realizado para eles, foi realizado com eles, num compartilhar de contos, lendas e histórias que marcam nossa cultura. A partir deste dialogo, que possibilitou a troca de conhecimentos, no qual os alunos puderam ouvir as histórias destas crianças, notamos que naquele momento estávamos iniciando uma transformação, mas estávamos sendo também transformados. Importante destacar que as oficinas realizadas na área de saúde tiveram como foco a prevenção e a promoção da mesma; Alunos de fisioterapia realizaram oficinas de shantala, aferição de pressão, orientação postural com idosos e adolescentes; Alunos da Farmácia realizaram orientação medicamentosa com o intuito de responder a quaisquer duvidas da comunidade em questão e Alunos do Direito e das Relações Internacionais executaram oficinas com o propósito de orientar a população indígena sobre direitos humanos e a lei Maria da Penha, o objetivo dessa oficina era discutir com a comunidade se eles tinham alguma duvida sobre esses direitos. O projeto concedeu a oportunidade dos alunos envolvidos vivenciarem novos sentimentos, de possibilidade de um mundo mais humano, mais fraterno e da riqueza cultural de nosso país. As ações de extensão tem mesmo este propósito de oportunizar a experiência prática interdisciplinar, relacionada com a teoria visando a elaboração de novos conhecimentos, relevantes para a Universidade e para a Comunidade. Podemos afirmar que aprendemos muito mais com eles do que ensinamos. Só foi possível essa experiência transformadora graças ao empenho da equipe de alunos sob a coordenação de professores, que nos apresentaram as possibilidades de diálogo com uma realidade existente, mas muitas vezes esquecida. Como extensionistas, concluímos que para uma formação acadêmica completa é imprescindível a indissociabilidade entre pesquisa, ensino e extensão. Palavras chave: Aldeia/ Extensão/ Comunidade EDU - 009 Experiência de Inclusão de Aluno Deficiente Visual na Universidade Guarulhos Caroline Galatti Moura Coelho; Everton Luiz dos Santos; Caroline Teixeira Graf Nunes; Jose Renato Romero; Eder Ribeiro dos Ssntos; Igor Gomes da Silva; Lis Lakeis Bertan; Alexandre Sabbag da Ssilva; Aline Zonta; Keyti Expedita Ribeiro Nascimento; Marco Aurelio Nemitalla Added. Instituição: UNIVERSIDADE GUARULHOS E-mail de contato: [email protected] Falar de deficiente visual remete a descrições e relatos sobre como deve ser viver na escuridão, imaginar tudo à volta, sentir, ouvir pessoas sem a oportunidade de ver seu rosto, suas expressões faciais, sua comunicação não verbal. Com este relato de experiência queremos esclarecer alguns pontos fundamentais no processo de construção da prática da educação inclusiva para alunos do ensino superior. Neste contexto, o Núcleo de Apoio a Acessibilidade da UnG (NAAUNG) descreve os procedimentos realizados para atendimento e acompanhamento de um aluno deficiente visual regularmente matriculado no curso de ciências biológicas da Universidade Guarulhos (UnG). Dos procedimentos, destaca-se a comunicação presencial entre o avaliador e avaliado, sendo possível identificar reações minuciosas durante o processo de entrevista, que podem facilitar o entendimento das reais necessidades do aluno. Para isso, deve-se disponibilizar um dia, hora e local fora da rotina acadêmica, solicitando laudo médico para compreensão sobre as questões patológicas. Na entrevista pode ser questionado sobre: quais as principais dificuldades encontradas no dia-a-dia? Como foi seu processo escolar antes de entrar na universidade? Que recursos facilitam a comunicação no processo acadêmico? E quais as principais dificuldades encontradas em sala de aula? De forma compacta o aluno respondeu que possui acuidade visual reduzida, tendo problemas em relação à visualização de cores e luz, principalmente com desenhos na lousa e utilização de cores de caneta pilot, contudo na visualização das palavras, mesmo fazendo uma leitura aproximada com lupa e com letras ampliadas consegue realizar. Em relação aos estudos sempre apresentou dificuldade na leitura, porém acompanhava as aulas através da fala do professor. Possui um programa próprio que realiza leitura de textos. Como conduta de acompanhamento o aluno obteve permissão para gravar as aulas. Os docentes forneciam material impresso para que o aluno pudesse utilizar o programa de leitura. Foram criadas provas ampliadas e disponibilização de lupa digital para realização de provas presenciais, além da entrega de cartilha de orientação aos docentes a respeito da deficiência visual. A Instituição ainda desenvolveu uma rota de acessibilidade com piso podotátil, mapa tátil e colocação de corrimão direcionando acessos a elevadores e salas de aula. Todo processo foi discutido e acompanhado por uma equipe multiprofissional derrubando as barreiras arquitetônicas e atitudinais, entretanto é necessário o acompanhamento do aluno no processo ensino-aprendizagem, bem como a percepção de novas demandas para aperfeiçoar o atendimento e a inclusão de alunos deficientes visuais. Palavras chave: Ensino / inclusão/ deficiência EDU - 010 RELATO DE EXPERIÊNCIA: PROJETO 'HUMANIZAÇÃO HOSPITALAR' Cassiana Mendes Bertoncello Fontes; Maria Helena Borgato; Carmen Casquel Monti Juliani; Marcília Rosana C. B. Gonçalves; Milena Raquel Tácito Silva. Instituição: Universidade Julio de Mesquita Filho - UNESP - Faculdade de Medicina de BotucatuDepartamento de Enfermagem E-mail de contato: [email protected] Introdução: as atividades do projeto de extensão universitária denominada "Humanização Hospitalar" foram idealizadas entre 2013/2014 por docentes do Departamento de Enfermagem da Faculdade de Medicina de Botucatu para atender demanda apresentada por gestores da Santa Casa de Laranjal Paulista- distante 100 Km de Botucatu-SP-e da Associação de Voluntárias. Foi aprovado como projeto de extensão pela PROEX-UNESP para ser desenvolvido em 2015, com concessão de uma bolsa de aluno de graduação de enfermagem. Objetivos: realizar oficinas de Planejamento Estratégico Operacional; estimular a educação permanente com a equipe multiprofissional da instituição com a finalidade de identificar e discutir os temas sobre humanização. Avaliar a metodologia empregada no desenvolvimento e promover a interação das ações de educação em saúde no contexto da Universidade constituem objetivo docente. Metodologia: metodologias ativas são utilizadas para estimular a participação dos colaboradores como oficinas de acolhimento, exposiçao dialogada; encenação de fatos do cotidiano hospitalar; problematização. Nos três primeiros encontros com os colaboradores foram utilizados os quatro momentos do Planejamento Estratégico Situacional: o Explicativo, o Normativo, o Estratégico e o Tático-Operacional, que direcionaram a identificação dos problemas potenciais e reais dos processos de trabalhos da instituição. De acordo com o cronograma proposto, os docentes se reuniram com os colaboradores de todas as áreas do hospital para desenvover as atividades programadas com o comprometimento de cada participante em propor sugestões e reavaliar o seu processo de trabalho permite elucidar e procurar qualidade para um atendimento humanizado Os recursos materiais e transporte foram disponibilzados pela instituição: sala de reuniões, projetor multimídia, quadro, flip-chart, papel e tinta. Resultados parciais: os nós críticos foram identificados e estratégias sugeridas por ambos, colaboradores da Santa Casa e docentes responsáveis. Problemas como dificuldade de comunicação, valorização do trabalho do outro, acolhimento, orientação, respeito e ética no trabalho, necesidade de treinamento foram pontos fortes identificados e que deveriam ser tratados. Os temas abordados pelos docentes constituiram-se em um cronograma com contéudo programático: 1 -Legislações vigentes relativas à: Estatuto do adolescente; Estatuto do idoso; Lei Mário Covas; HumanizaSUS; Lei do Exercício Profissional de Enfermagem e seu Decreto regulamentador; Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (CEPE); NR32; Resoluções COFEN n.293/2004(Dimensionamento de pessoal de enfermagem); n. 358/2009 (Sistematização da Assistência de Enfermagem e implementação do Processo de Enfermagem) e n. 429/2012 (Registros de enfermagem); 2Educação continuada; 3- Classificação de riscos; 4- Sistema de classificação de pacientes; 5Segurança do paciente; 6- Indicadores assistenciais; 7- Trabalho em equipe. Considerações Finais: o projeto de extensão se constitui potencial de oportunidade educativa, integração, capacitação e comunicação entre os colaboradores da instituição. Houve incremento da integração docente-discente e no âmbito da Universidade no cumprimento de sua função social. Palavras chave: Humanização/ Planejamento Estratégico/ Administração Hospitalar EDU - 011 UFF SOS COMUNIDADE: AÇÕES EXTENSIONISTAS PARA A PREVENÇÃO DE RISCOS E DESASTRES Catarina Heralda Ribeiro da Silveira; Maria Beatriz Costa Soares; Maria Lucia Melo Teixeira de Souza; Maria Teresa Costa Soares. Instituição: Universidade Federal Fluminense E-mail de contato: [email protected] Nos últimos anos, temos presenciado uma série de desastres envolvendo fenômenos naturais, dos quais destacamos as fortes chuvas que atingiram o Estado do Rio de Janeiro, em abril de 2010, que provocou o deslizamento do Morro do Bumba, no Município de Niterói, e as inundações e deslizamentos na Região Serrana do Estado, em janeiro de 2011. Nesse contexto, o Programa UFF SOS Comunidade foi criado no âmbito da Extensão Universitária, pela Coordenação de Difusão e Fomento à Extensão e, desde então, realiza Ações Extensionistas em comunidades e escolas, buscando mobilizar, informar e conscientizar a população sobre prevenção de riscos e desastres, por meio de cursos de extensão e capacitação em emergência, palestras, oficinas, seminários e campanhas educativas e preventivas. Entre seus objetivos temos: capacitar e qualificar uma equipe inter/multidisciplinar para atuar em situações de emergência, promover uma cultura de prevenção e cooperar para que o município de Niterói seja cada vez mais resiliente, contemplando os riscos e desastres nas áreas da Educação, Saúde, Cidadania, Meio Ambiente, Sustentabilidade, Desenvolvimento Humano, Defesa Civil, Ciência da Informação, Comunicação e Mídias. Adotando uma metodologia interativa, em que ocorre a participação tanto dos membros da equipe quanto da sociedade em geral, as ações do Programa se desenvolvem em torno dos temas sugeridos pela Defesa Civil e de práticas coletivas voltadas para a promoção e proteção à saúde, além daquelas relacionadas aos riscos sociais, ambientais e econômicos. Como resultados parciais, destacamos: 1) a assinatura, em novembro de 2014, do Convênio de Cooperação com a Prefeitura de Niterói/ Secretaria Municipal de Defesa Civil de Niterói. Com esta parceria, em 2015, será realizada a montagem, compilação e organização de uma base cartográfica em ambiente de Sistema de Informação Geográfica (SIG), para facilitar o monitoramento, análise e alerta a extremos ambientais. Para tanto, a Defesa Civil de Niterói fornecerá os dados já existentes no órgão e auxiliará na complementação e mapeamento de outras áreas. 2) Visando se inserir na proposta de Internacionalização da Extensão Universitária, o Programa disponibilizou vagas para alunos estrangeiros atuarem em suas atividades promovendo, dessa forma, o diálogo e a troca de experiências entre diferentes realidades. Resumindo, o Programa tem investido em convênios com instituições públicas/privadas (locais, nacionais, internacionais), na organização e participação de eventos (locais, nacionais, internacionais), na mobilidade acadêmica (nacional e internacional) e promovendo o acesso ao que é produzido na extensão e pelo próprio Programa. Podemos concluir destacando a importância da gestão de riscos na prevenção de novas tragédias. Pensando assim, o Programa UFF SOS Comunidade tem a preocupação em atuar no momento em que antecede a tragédia, refletindo sobre as diversas formas e meios de prevenção de desastres. O programa destaca ainda a importância da gestão da informação, pois entende que as informações devem ser tratadas e disseminadas de modo que facilite o entendimento da população, fazendo com que elas cheguem às pessoas que delas necessitam para tomar decisões no momento certo, isto é, pretende não só informar, mas também formar cidadãos conscientes e preparados para lidar com situações que envolvem riscos. Palavras chave: Desastre natural / Gestão de risco / Gestão da Informação / Grupos sociais vulneráveis EDU - 012 Cursinho Pré-Vestibulinho CESCON Celso Ribeiro de Almeida; Angela Maria Morais. Instituição: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS E-mail de contato: [email protected] O Cursinho Pré-Vestibulinho CESCON é uma parceria entre a Coordenadoria de Assuntos Comunitários (CAC) da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PREAC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Serviço de Apoio ao Estudante (SAE), Centro Estudantil Social de Convivência (CESCON), Igreja Presbiteriana de Barão Geraldo (IPBG), ONG Sonha Barão e o Precoltec Cursos. As aulas são ministradas por alunos da Unicamp, que são Bolsistas de Auxílio Social (SAE), e voluntários. Além disso, multiplicadores da IPBG e da ONG Sonha Barão introduzem os jovens aos importantes conceitos de cidadania, respeito, comunidade e meio ambiente. O Cursinho iniciou suas atividades em 2013 com uma única classe no período vespertino e atendia cerca 25 alunos e tinha como corpo docente 3 bolsistas de auxílio social e 1 voluntário. O projeto Cursinho Pré-Vestibulinho CESCON atende atualmente cerca de 60 alunos, exclusivamente das escolas públicas, que estão cursando o nono ano do ensino fundamental e que têm interesse em prestar os exames seletivos para os colégios técnicos da região de Campinas, contando com um corpo docente de 12 bolsistas de auxílio social e 2 voluntários. A avaliação dos alunos é realizada mensalmente através da aplicação de simulados. A seleção dos estudantes é realizada através da média da avaliação final das notas das disciplinas: Língua Portuguesa, Matemática, Ciências Físicas e Biológicas, História, Geografia e Língua Estrangeira do boletim escolar do ano anterior. O objetivo da projeto é a inserção de alunos do Ensino Fundamental da rede pública de Campinas no Ensino Médio Técnico, possibilitando aos alunos das escolas públicas o acesso ao ensino médio público, gratuito e de qualidade. Em 2014, os alunos do Cursinho Pré-Vestibulinho CESCON obtiveram 33 aprovações nos colégios e escolas técnicas da região de Campinas-SP, correspondendo a 83,3% de aprovações dos alunos que continuaram até o fim no Cursinho Pré-Vestibulinho CESCON . O projeto possibilita, ainda, a inserção de alunos da Unicamp que, ao contribuírem com o seu saber específico, possam vivenciar o trabalho comunitário, enriquecendo sua formação acadêmica e cidadã. O Cursinho Pré-Vestibulinho CESCON utiliza como material didático as apostilhas fornecidas pelo curso preparatório da Precoltec Cursos que são fornecidas gratuitamente aos alunos. Palavras chave: Ensino Técnico / Pré-Vestibulinho / Cursinho Comunitário EDU - 013 O projeto de extensão ASTROEM III - Uma proposta de ensino de Mecânica Aplicada integrada à Astronáutica, Astronomia e Aeronáutica para alunos do ensino fundamental II e médio Claudia Celestino; Wesley Gois; Igor de Almeida Lemos; Alysson Almeida de Lara Pinto. Instituição: Universidade Federal do ABC E-mail de contato: [email protected] A preocupação com a qualidade do ensino fundamental e médio é ponto central nas discussões de gestores de instituições públicas e privadas. Dentre as diversas contribuições para a melhoria na qualidade do ensino, nos primeiros anos de formação, destaca-se a integração dos conteúdos formativos com a vida e aspirações dos alunos. Assim, na primeira fase do ASTROEM I, em 2013, e na segunda fase do ASTROEM II, em 2014, foram apresentados problemas gerais do setor aeroespacial para alunos de ensino médio com objetivo de integrar os conteúdos vivenciados pelos mesmos, em sala de aula, com as atividades propostas nas diversas fases do ASTROEM. Vale destacar que a interdisciplinaridade e o aprendizado por desenvolvimento de projetos, no sentido de integração do conhecimento, também é tema constante na formação de alunos de Engenharia. Dessa forma, a metodologia principal do conjunto das atividades do ASTROEM foi a confecção e a aplicação de experimentos (foguete de garrafa pet, astrolábio, lunetas, planisfério rotativo, construção de robôs automatizados - utilizando a plataforma Lego MindStorm®, entre outros) e visitas técnicas orientadas (UFABC, SABINA e INPE) que pudessem abordar/integrar tópicos da mecânica aplicada, aeronáutica, astronáutica e astronomia, facilitar o aprendizado, instigar o espírito investigativo e possibilitar a prática da interdisciplinaridade. Em relação à pedagogia e didática, dos discentes de graduação, ao lecionar para os alunos do ensino médio conteúdos de variados temas, demonstrou a importância de lançar mão de todas as variáveis que incidem sobre o processo de ensino-aprendizagem. Com a implementação de uma dinâmica de ensino que envolve debates, exposições, leituras e exercícios teóricos e práticos o resultado obtido foi o crescente interesse pela pesquisa e pelos estudos dos alunos. Além disso, durante o desenvolvimento do ASTROEM, anos 2013 e 2014, os professores das escolas participantes do projeto recomendaram que as experiências dessa proposta de trabalho fossem estendidas ao público do ensino fundamental II. Neste sentido, no ano de 2015, o projeto ASTROEM III assume como desafio empreender e inovar as práticas de ensino, tornando-as cada vez mais prazerosas e eficazes. Para tanto serão planejadas, confeccionadas e aplicadas novas atividades (construção de aeromodelos utilizando materiais simples - papel e isopor, por exemplo; construção de novos protótipos utilizando a plataforma Lego MindStorm®, atividades artísticas e culturais ligadas às temáticas do ASTROEM III), que englobam assuntos da mecânica aplicada, visando também à astronáutica, astronomia e aeronáutica para alunos do ensino fundamental II e médio, apresentando práticas que possam, mais uma vez, facilitar o processo de ensino-aprendizagem e inserir estes alunos no contexto da interdisciplinaridade. Por fim, os resultados relevantes avaliados nas fases do ASTROEM I e II foram a efetiva integração dos conteúdos formativos, a troca de experiência entre os alunos colaboradores do projeto (graduação - UFABC) e os de ensino médio de escolas pública do grande ABC e a aproximação das discussões teóricas com as práticas por meio da utilização dos experimentos aplicados, colaborando assim com a assimilação dos conteúdos abordados na grade curricular básica e relacionando-os com fenômenos naturais que nos cercam. Palavras chave: Interdisciplinaridade / aprendizado por desenvolvimento de projeto / teoria e prática EDU - 014 Horta na escola: uma ferramenta interdisciplinar de educação para um futuro sustentável. Daniel Hiroshi Rufino Toda; Leonardo Fernades Fraceto; Natália Beatriz dos Santos; Isabel Victoria Masias. Instituição: Unesp Sorocaba E-mail de contato: [email protected] Diante da complexidade dos problemas socioambientais enfrentados atualmente, a educação ambiental assume a importante responsabilidade de ser um vetor de mudanças comportamentais que promovam a construção de uma sociedade mais sustentável. Assumir essa função, considerando a interconexidade dos fatores que compõem o cotidiano, demanda uma postura pedagógica interdisciplinar, capaz de problematizar a realidade por um referencial mais holístico e construir criativamente alternativas viáveis. Para atender a demanda, a 'Horta na escola', projeto de educação ambiental da REAUSo (Rede de educação ambiental Unesp Sorocaba) implementado no ano de 2014 na E. E. Prof. Flavio Gagliardi, promoveu a criação e a manutenção de uma horta agroecológica na escola como uma proposta irradiadora de práticas pedagógicas que conectam ação e reflexão tendo por referencia as diversas áreas do conhecimento acadêmico e tradicional popular. Assim, a partir dessa 'sala de aula' ao ar livre, o projeto em seu primeiro ano de realização teve como público-alvo crianças da 1ª série do ensino fundamental idealizado com o objetivo de propiciar uma vivencia em um ecossistema produtivo e promover uma ética de cuidado com o espaço, desenvolvendo as capacidades de observação e reflexão dos envolvidos, e incentivando a construção de soluções práticas para o dia-a-dia. Para materializar esses objetivos, o projeto desdobrou-se em 3 linhas de ação: construção das estruturas da horta, implementação de uma composteira e atividades de educação ambiental, recorrendo sempre de recursos materiais de baixo-custo. A construção das estruturas da horta, utilizando toras de eucalipto reutilizadas e outros entulhos, foi realizada em um mutirão de recepção dos calouros contando com a participação majoritária, tanto nas etapas de planejamento e construção, da comunidade universitária. A implementação da composteira teve como recursos materiais para sua construção pallets doados , e deu-se com a participação voluntária de alunos do segundo ciclo do fundamental. Estes mesmos alunos comprometeram-se com a manutenção do processo da compostagem e elaboraram, em parceria com as cozinheiras da escola, cartazes de orientação quanto à destinação de resíduos orgânicos selecionados. Por fim, as atividades de educação ambiental foram elaboradas, submetidas à avaliação pela coordenação da escola e documentadas em um 'Portifólio de atividades 2014'. Sua aplicação contou com a colaboração da professora responsável pela primeira série. Em sua primeira edição, a iniciativa trouxe como resultado uma grande aceitação de toda comunidade escolar, que estabeleceu um vinculo com o novo espaço construído. Alguns docentes não contemplados diretamente pelo projeto aplicaram atividades com suas turmas, e constantemente verificava-se o surgimento de novos cultivos, assim como alguns alunos regando a horta. Porém, observamos atos de vandalismo e pouco envolvimento no processo de compostagem, que impactaram negativamente sobre o trabalho. Conclui-se, pelos aspectos positivos apresentados, que iniciativas dessa natureza podem induzir a uma ética de cuidado com o espaço, em que o progresso da horta e o fortalecimento de novos valores caminham lado a lado. Porém, só poderão obliterar os aspectos negativos, caso haja um esforço maior em sensibilizar e envolver uma parcela mais significativa da comunidade escolar. Palavras chave: horta escolar/permacultura/educação ambiental/agroecologia EDU - 015 ATLETISMO PARA CRIANÇAS E JOVENS DA UNESP- RIO CLARO: O ENSINO DO ATLETISMO NA CIDADE DE RIO CLARO Denis Rodrigo Del Conte; Sara Quenzer Matthiesen; Guilherme Correa Camuci. Instituição: UNESP RIO CLARO E-mail de contato: [email protected] Introdução: Considerado como um esporte de base, o atletismo tem sido pouco trabalhado nas escolas, sobretudo pela aparente falta de espaço e de recursos para adquirir os equipamentos oficiais. O Projeto de Extensão "Atletismo para crianças e jovens", vinculado ao GEPPA - Grupo de Estudos Pedagógicos e Pesquisa em Atletismo, da UNESP - Rio Claro, tem contribuído no sentido de propor alternativas que minimizem os problemas encontrados. Objetivo: O projeto tem entre seus objetivos: divulgar essa modalidade esportiva, incentivar o ensino do atletismo nas escolas superando as limitações existentes e promover a prática dessa modalidade esportiva por crianças e jovens. Projeto: Realizado desde 1999, o projeto, atualmente, é voltado para alunos entre 8 e 16 anos de Rio Claro, sendo constituído por 3 frentes: *Aulas regulares realizadas no Departamento de Educação Física da UNESP; As aulas são ministradas pelos bolsistas e colaboradores e supervisionadas pela coordenadora. *Visitas de escolas à pista de atletismo da UNESP; Acontecem na pista de atletismo da UNESP, no total são 5 estações: arremesso do peso, lançamento do martelo, salto em distância, corrida de 50 metros e salto em altura. *Exposição de imagens relacionadas ao atletismo nas escolas da cidade; São imagens, pôsteres e vídeos ilustrando as provas de atletismo olímpico e paralímpico e uma explicação acerca da história, recordes, recordistas e regras de cada prova. Complementando, são apresentados também implementos adaptados. Resultados: O projeto atendeu no ano de 2014, 2 escolas da rede pública de Rio Claro, totalizando 972 entre alunos e professores, nas 3 frentes do projeto, que puderam comprovar o quanto é prazeroso e possível o atletismo nas escolas. Esse projeto tem demonstrado aos participantes que com criatividade, interesse e organização é possível realizar uma aula diferente, original e diversificada. Ou seja, é possível ensinar o atletismo na escola, é motivante praticá-lo e vale à pena conhecê-lo. Reforçando que 'atletismo se aprende na escola'. Palavras chave: Atletismo/ Educação/ Educação física escolar EDU - 016 Experiência de Inclusão Digital da Universidade Aberta da Terceira Idade Diná Mariano Patrocinio; Anselmo Milani; Everton Luiz dos Santos; Lis Lakeis Bertan; Keyti Expedita Ribeiro Nascimento; Alexandre Sabbag da Silva; Aline Zonta; Jose Renato Romero; Ana Paula dos Santos; Ana Caroline Rodrigues Pinda; Elisangela Nunes de Carvalho. Instituição: Universidade Guarulhos E-mail de contato: [email protected] Entende-se por Inclusão Digital (ID) o acesso às tecnologias da Informação, de forma a permitir a inserção de todos simplificando as rotinas diárias, maximizando o tempo e suas potencialidades. Um incluído digitalmente não é aquele que apenas utiliza esta nova linguagem, mas aquele que usufrui deste suporte para melhorar as suas condições de vida. Neste âmbito, este relato apresenta a experiência de aulas no curso de Informática ministradas aos idosos participantes do programa de extensão universitária, UATI (Universidade Aberta à Terceira Idade) da Universidade Guarulhos (UnG). A informática é um veículo importante de comunicação que favorece a inclusão social, por meio do aprendizado e a satisfação pela aquisição de novos conhecimentos, além das interações, resgatando as relações e a possibilidade de novas amizades. A disciplina é muito bem recebida pelos alunos, pois 39% optam por cursá-la. Assim realizou-se um levantamento de informação por meio de questionário onde buscou-se observar de forma qualitativa o impacto provocado pela disciplina de informática oferecida pela UATI em relação à qualidade de vida dos idosos. O questionário era composto por 3 (três) perguntas abertas a respeito da disciplina, no intuito de utilizar as informações para verificar o impacto e os resultados do programa no dia a dia dos participantes. Foram utilizadas as seguintes perguntas: 1° pergunta. O que você acha do curso de informática? Com o curso, algo mudou em sua vida? 2° pergunta. Você está gostando do curso? 3° pergunta. Você recomenda as aulas a algum colega da terceira idade? Neste âmbito, verificou-se que muitos idosos relataram ter a melhora da sua autoestima, perdendo o medo do desconhecido e se promovendo a possibilidade de conquistar novos saberes, como qualquer outra pessoa de outra faixa etária, adquirindo novos conhecimentos que os tornem inteirados e atualizados. Verificou-se também a comunicação facilitada pelo aprendizado, o qual diminui as distâncias e as barreiras de comunicação, possibilitando a proximidade de um pai a um filho, avós e netos, entre outros, tornando o lado afetivo parte importante do processo. Além disso, 100% dos alunos responderam que o curso é maravilhoso e que indicam para outras pessoas. Dos avaliados, 75% se sentiram mais inteirados com o mundo atual, sendo que para 15% trouxe conhecimento e opção de lazer e 10% melhoraram a comunicação com parentes e amigos distantes. Na pesquisa realizada, fica evidente a importância das relações de autonomia/dependência na construção do sujeito/indivíduo e de sua relação com o mundo e a tecnologia. A utilização do computador pode ultrapassar a questão do trabalho, permitindo ou facilitando o acesso à cultura e entretenimento por meio de cursos ou bibliotecas virtuais, salas de debate e fóruns nos chats. A Internet vem para potencializar a interatividade, a disseminação e o acesso às informações junto ao público da terceira idade, também. Palavras chave: Informática / Envelhecimento / Aprendizagem EDU - 017 UNATI - Araraquara: envelhecer sem ficar velho Edivani Aparecida Vicente Dotta; Camila Pinelli; Patrícia Petromilli Nordi Sasso Garcia; Mariana Jacobs; Débora Caetano Pereira. Instituição: UNESP - Faculdade de Odontologia de Araraquara E-mail de contato: [email protected] INTRODUÇÃO: O Núcleo UNATI/UNESP do Campus de Araraquara teve origem no Projeto Senior desenvolvido pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara desde 1995. A institucionalização da UNATI - Universidade Aberta à Terceira Idade - pela UNESP, em 2001, contribuiu para o reconhecimento e consolidação do trabalho desenvolvido pela UNESP junto à população e para incentivar o envolvimento de docentes, funcionários e alunos de graduação e pós-graduação no Projeto. O Núcleo de Araraquara envolve as quatro Unidades Universitárias que compõem o Campus de Araraquara: Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Faculdade de Ciências e Letras, Faculdade de Odontologia e Instituto de Química e vem buscando a adesão da comunidade araraquarense que tem mostrado interesse em participar, oferecendo e participando das atividades programadas para a população idosa da cidade e região, sendo apresentadas, nesse momento, as atividades desenvolvidas em 2013 e 2014. OBJETIVO: Incentivar o acesso dos idosos ao aprendizado no meio universitário, possibilitando a aquisição de novos conhecimentos e incentivando a troca de experiências entre os participantes e a comunidade acadêmica. O programa cumpre parte do papel da extensão universitária contribuindo para a melhoria da qualidade de vida desse grupo populacional crescente que merece e necessita de maior atenção, promovendo a integração Universidade/Comunidade, METODOLOGIA: Atualmente o Núcleo de Araraquara conta com cerca de 170 idosos cadastrados para os quais são programadas atividades variadas para atender a demanda do grupo, incluindo palestras técnico/científicas, variados cursos e lazer. RESULTADOS: Semanalmente são oferecidas palestras ou oficinas onde são abordados assuntos de interesse geral ou específico, para esse grupo. Cursos de Idiomas: espanhol, inglês, francês e italiano; Informática: básico, intermediário e avançado; Artesanato: pintura em tela, pintura em tecido, tricô, entre outros. Além disso, é possível participar do grupo do Coral, Teatro e Dança. No final de cada mês há um almoço em comemoração aos aniversariantes do mês e bimestralmente realiza-se uma viagem e entrega-se uma cópia do jornal, intitulado "A Voz da UNATI". As confraternizações gerais acontecem com a Festa Junina e a Reunião de final do ano. CONCLUSÃO: Os depoimentos dos participantes evidenciam a importância das atividades da UNATI na melhoria da qualidade de vida, não só pela aquisição de conhecimentos, mas pela interação com a comunidade da UNESP e possibilidades de conhecimento e utilização de novas tecnologias de comunicação e expressão ainda não acessível para todos. Para os bolsistas do Projeto e colaboradores que desenvolvem as diversas atividades com o grupo, o trabalho é gratificante e relevante para a comunidade, contribuindo também para a realização de pesquisas. Foram desenvolvidas pesquisas junto ao grupo na área de inclusão digital, utilização da Internet, higiene oral e nutrição para a terceira idade. Outras pesquisas envolvendo as atividades oferecidas pela UNATI estão sendo desenvolvidas. Palavras chave: Saúde do Idoso / Comunicação / Idoso EDU - 018 A REPRODUÇÃO A PARTIR DA EDUCAÇÃO FORMAL Eduardo de Araújo Bento; Fabiana Maciel Duarte. Instituição: Universidade Federal do ABC E-mail de contato: [email protected] Este trabalho tem o intento de apresentar quais são os pontos de contato, os distanciamentos e a forma mais concreta de se refletir sobre os problemas da educação formal no pensamento de Pierre Bourdieu e Louis Althusser. Por esta razão, consideram-se alguns conceitos estudados nas obras de ambos pensadores, para então se obter algumas considerações parciais sobre os processos relativos à educação no âmbito da extensão universitária. Em sua constante articulação com a comunidade, a fim de explicitar-se ao tema proposto, e na intenção transformadora da realidade social a partir do contato imediato desta ação junto à comunidade acadêmica e seu entorno. A metodologia aplicada baseia-se em uma pesquisa que considera um levantamento histórico dos conceitos doravante apresentados, em um estudo comparativo entre eles. Sendo assim, admite-se um aspecto qualitativo adquirido por meio desta. São fundamentadas as contribuições de Pierre Bourdieu sobre a estrutura escolar enquanto reprodução da classe burguesa dominante. O trabalho ainda destacará o pensamento de Louis Althusser sobre o ensino no que diz respeito ao aparelho ideológico capitalista. (BOURDIEU, 1978) fundamenta que a escola tem o papel de reproduzir a sociedade burguesa na ordem da manutenção das condições sociais já dadas, e também na legitimação da permanência das desigualdades entre as classes. Segundo o autor, a instituição escolar só atesta os privilégios da elite a partir de uma meritocracia, ou seja, isto acontece quando este modelo é fundado para que haja uma espécie de certificação dos dons e méritos dos alunos. Em vista disso, tem a função de garantir a conservação da burguesia como detentora de todos os direitos e privilégios da sociedade, muito embora esta condição seja dissimulada: não é de forma aberta que os privilegiados são legitimados, assim também como não é conscientemente exposta às classes inferiores a sua 'inexistência' de dons e méritos, atribuindo à escola o papel de garantir este intenso distanciamento simbólico entre as classes. (ALTHUSSER, 1998) afirma que a ideologia da classe dominante é mantida e reproduzida pelos aparelhos ideológicos do Estado, sejam eles a família, a religião, as escolas, a política, os sindicatos, a cultura etc. Todavia, a educação formal tem primazia como principal aparelho ideológico do Estado nas formações sociais capitalistas. Entende-se então que as instituições escolares desempenham um papel semelhante entre as duas teorias, isto é, o de reproduzir e manter o sistema capitalista de produção. Talvez a principal diferenciação entre ambas esteja na abordagem em que cada uma determina sobre a educação formal. Por mais que este sistema aparente estar falido, na visão dos pensadores, não seria possível propor outro modelo que garanta espaços que não sejam meramente reprodutivos. No entanto, as instituições de ensino deveriam ser lugares de construção de conhecimentos e criação de teorias ou conceitos, principalmente em nível superior, com vistas para uma melhor qualidade da extensão acadêmica. Portanto, a partir da perspectiva dos autores, verifica-se como é difícil conceber outra maneira que não esteja vinculada ao capital e que afasta violentamente os sujeitos, ou melhor, distancia ainda mais ou ricos dos pobres. Palavras chave: educação formal/ reprodução/ aparelhos ideológicos EDU - 019 DIÁLOGO E O TRABALHO COLETIVO: Reflexões sobre as relações na escola básica Elisabete Cardieri. Instituição: UNESP - Instituto de Biociências de Botucatu E-mail de contato: [email protected] Introdução: A Escola é um espaço privilegiado de encontros interpessoais que são vivenciados também tendo em vista o acesso ao conhecimento sistematizado e a formação das novas gerações. Por sua própria natureza, tais relações são marcadas por diferenças geracionais, de formação (acadêmica), e também distintas vivências culturais. No entanto, um olhar mais atento nos revela que a dinâmica escolar nem sempre favorece o reconhecimento das diferenças, em especial, da singularidade que cada sujeito traz com suas percepções e concepções (ou préconcepções) que foram tecidas em sua história, a partir de um organismo e vivências que também são únicos e singulares. É importante que processo de formação ofereça momentos de reflexão que favoreçam a percepção sobre si (concepções, escolhas, gostos) bem como o reconhecimento da diferença que os outros apresentam. Tais vivências podem ser oportunizadas de várias formas, sobretudo, valorizando-se os momentos de diálogo nos quais a abertura à partilha, à escuta que acolhe e a reflexão coletiva suscitam a ampliação da percepção de si, do outro bem como das questões em discussão. Tais concepções orientam as ações de nosso Projeto realizadas numa escola da rede estadual de ensino, localizada no município de Botucatu, junto a equipe gestora, aos educadores e educandos. Objetivos: A partir da participação em reuniões e momentos na escola, destacamos: a) Identificar situações de impasses vivenciadas no cotidiano, bem como temáticas, questões e problemas relativos às relações interpessoais apresentados para discussão nas reuniões; b) Desenvolver atividades de reflexão que favoreçam o reconhecimento de si e do outro, a partir de vivências fundadas no diálogo que valorizem o espaço de expressão, abertura e escuta das diferenças como fundamento para formação e vivência ética; c) Apresentar aspectos mais marcantes suscitados nas atividades realizadas e que promovam percepções positivas. Métodos: Numa perspectiva de pesquisa-ação, e a partir do diálogo e a escuta, os momentos de reflexão realizados com a equipe gestora e os docentes possibilitaram levantamento de temáticas mais relevantes para selecionar as atividades destinadas aos alunos. Também organizamos levantamento quantitativo das situações mais frequentes registradas no livro de ocorrências. Resultados: As reflexões realizadas com a equipe gestora e os docentes (e os dados do Livro de ocorrências) possibilitaram o destaque de temáticas consideradas mais relevantes acerca das relações na escola: autoestima; a percepção das diferenças; o cuidado nas relações com os outros. Várias atividades foram desenvolvidas com as turmas e constatamos o envolvimento dos alunos nas tarefas e discussões propostas. Conclusões: Reconhecemos as reflexões desenvolvidas com a equipe gestora, com os docentes e, posteriormente, com os alunos, oportunizaram de momentos de sensibilização e partilha que ampliaram a percepção sobre as relações na escola e as possibilidades de constituir relações mais amistosas fundadas no reconhecimento das diferenças que caracterizam cada pessoa. Palavras chave: diálogo / relações educativas / educação básica / escuta / trabalho coletivo EDU - 020 CONSTRUÇÃO DE MODELO DO SISTEMA SOLAR Evonir Albrecht; Mirian Pacheco Silva; Vinicius da Cunha Alves de Araújo. Instituição: UFABC E-mail de contato: [email protected] Neste trabalho o objetivo é relatar sobre a construção de um material didático produzido em uma oficina de extensão que foi realizada na UFABC em 2014. O objetivo da oficina foi subsidiar a construção de materiais didáticos para o Ensino de Ciências e Matemática. O enfoque teórico adotado no projeto de extensão foi calcado nos preceitos da Educação CTS. As possibilidades apresentadas para o trabalho na oficina foram pensadas em acordo ao que recomendam os documentos oficiais que norteiam a Educação Básica no Brasil e no estado de São Paulo, a saber: Os Parâmetros Curriculares Nacionais e a Proposta Curricular do estado de São Paulo. Em consonância com tais documentos, um dos temas propostos foi o da construção de um modelo Planetário do Sistema Solar, em escala, visto que o Ensino de Astronomia é amplamente recomendado nos diferentes níveis de Ensino. Porém, como apontado em diferentes pesquisas é um tema que necessita de atenção, uma vez que ao longo da graduação poucos cursos de licenciatura, no Brasil, oferecem disciplinas relacionadas ao tema aos futuros professores. Pautado nestes aspectos, o principal objetivo desta atividade foi propor possibilidades para inserção deste tema nas salas de aula, visto que o material utilizado na produção é de baixo custo, basicamente barbante, jornal velho, papel alumínio, papel milímetrado e uma bexiga grande para a confecção do Sol. Primeiramente distribuiu-se aos professores um texto que continha as medidas de cada planeta e a escala que deveríamos adotar, bem como da distância do planeta ao Sol e a referida escala adotada também. Deixou-se claro que seriam necessárias duas escalas diferentes para representação e confecção. Cada participante construiu seu modelo que foi exposto na Semana da Ciência e Tecnologia na UFABC e cada cursista demonstrou interesse na confecção do modelo e também na aplicação do mesmo em sala de aula. Ao encerrar o curso, alguns professores relataram que utilizaram o modelo na escola e que perceberam uma mudança de comportamento nos alunos, eles se mostraram mais questionadores e participativos, observaram uma maior participação em suas aulas. Pelos relatos dos professores, concluímos que esta atividade proporcionou intensos momentos de discussão, tanto ao longo da oficina, quanto nas suas aulas, enriquecendo a própria prática e fornecendo subsídio teórico-metodológico para o trabalho com o tema. Palavras chave: Formação de Professores/CTS/ Ensino de Astronomia EDU - 021 Cursinho Popular da Unifesp Baixada Santista Cardume - relatos à partir da área de redação Fabricio Gobetti Leonardi. Instituição: Unifesp E-mail de contato: [email protected] O cursinho A universidade pública brasileira tem somado esforços para promover acesso a populações historicamente excluídas de seus bancos por meio de políticas de ação afirmativa, entre elas a reserva de cotas para negros, indígenas e egressos da escola pública. Nesse contexto, o Cursinho Popular da Unifesp Baixada Santista - Cardume - volta suas ações para esse público, jovens e adultos da região, buscando complementar sua formação e assim melhor prepará-los para o ENEM, importante via de acesso ao ensino superior. Para isso, suas atividades são estruturadas conforme os princípios organizadores do ENEM, sobretudo no que concerne à interdisciplinaridade e à formação ampla do estudante. Ademais, adota como principal referencial metodológico a educação popular freireana, tendo como nortes o protagonismo do educando, a valorização de sua cultura e a formação ético-política. O projeto também busca aproximar os graduandos, que são os professores do cursinho, da realidade local, bem como fomentar sua capacidade de planejamento, coordenação de grupos e facilitação de aprendizagem. O projeto foi iniciado em 2013, com primeira turma em 2014. O desenvolvimento das atividades pedagógicas cotidianas têm proporcionado a formulação de problemas e o exercício de eventuais soluções. Entre os principais problemas estão a evasão e as disparidades educacionais. Além das habilidades desenvolvidas pela prática educacional, supõe-se que o projeto proporciona oportunidade de exercício de prática político-cidadã. A redação O grupo de professores da redação é composto em sua maioria por integrantes do PET EDUCAÇÃO POPULAR- CRIANDO E RECRIANDO A REALIDADE SOCIAL. Tem como princípio norteador a discussão de temáticas atuais, bem como o aprendizado de técnicas de redação. As aulas se dão em formato de roda para beneficiar o diálogo entre professores-alunos e alunos-alunos. Incentivamos à leitura de livros, revistas e notícias através do nosso clube da cultura, espaço da aula em que discutimos as principais leituras semanais e que futuramente dão subsídio para os temas das aulas subsequentes. Depois do clube da leitura são feitas discussões de temas centrais da aula, com pesquisas prévias dos próprios alunos. Em geral com as pesquisas durante a semana, conseguimos elevar o nível de discussão das aulas, além de fomentar mais leitura e aprofundamento para a escrita das redações. Privilegia-se temas como: análise de conjuntura, direitos humanos, técnicas de escrita. Há um espaço em aula para a própria escrita das redações do tema proposto, já colocando o aluno em ritmo de treino para o dia do exame. É extremamente importante o processo de conversar a respeito do processo de escrita da redação, levando em conta facilidades, dificuldades, angústias, etc. As correções das redações são digitalizadas. Uma cópia vai para o aluno, a fim de corrigir os erros de redação e outra fica em arquivo dos professores para possível acompanhamento do aprendizado. Palavras chave: cursinho / educação popular / redação EDU - 022 Mito da coloração da casca e gema de ovos Felipe Henrique Bossi; Caroline Alves Garcia; Thomaz Marques Sena; Mauricio Gatti; Gustavo de Oliveira Rincão; Aline Cristina Gonçales Rocha; Phillip Marques Silva; Ana Flávia Prado Antunes de Faria; Amanda Vitta; Yasmin de Oliveira Ruiz; Leury Jesus de Souza. Instituição: Unesp Jaboticabal E-mail de contato: [email protected] Os consumidores de produtos e derivados do setor avícola consideram, geralmente, a aparência, a textura e a tonalidade como indicadores de qualidade de um produto no momento da compra. Em se tratando das carnes branca ou vermelha a observação destas características é coerente, entretanto, para outros produtos estes indicadores de qualidade não têm sustentação como, por exemplo, a cor da casca e da gema do ovo. Muitos países, incluindo o Brasil, a coloração da casca do ovo é levada em conta por consumidores na hora da compra por acreditar que ovo marrom tem origem no sistema de produção 'caipira'. A coloração da casca do ovo é uma característica genética da ave e não do sistema de produção. Ambas as aves podem ser criadas no sistema industrial ou 'caipira'. As aves da genética de ovos brancos são menores e consomem menos ração para produzir a mesma dúzia de ovos. Este é o maior motivo do preço do ovo marrom, também chamado de ovo caipira, ser maior que o ovo branco. Baseando-se na coloração mais avermelhada da casca do ovo, por indução, os consumidores acreditam que os ovos, com casca mais escurecida terá gema mais avermelhada, indicando uma melhor qualidade nutritiva do ovo caipira. O objetivo do trabalho é conscientizar os consumidores de que os ovos caipiras e ovos brancos são, nutricionalmente, idênticos e que a cor de sua casca não corresponde diretamente à coloração da gema e sim a linhagem da galinha. Utilizando Laboratório de Ciências Avícolas (LAVINESP), foram utilizadas 12 aves de postura - seis de cada de linhagem de ovos marrons e brancos, todas em fase de postura alocadas individualmente em gaiolas. As rações foram formuladas a base de milho e farelo de soja como principal fonte de energia e proteína. Diferentes dosagens de caroteno foram administradas na ração, sendo que as amostras começaram a serem colhidas após duas semanas. Foram fornecidas a consumidores escolhidos aleatoriamente, duas opções de gemas - uma mais clara e outra avermelhada, para estimulo sensorial e julgamento quanto ao consumo e comercialização. Como esperado, a maioria declarou que as gemas vermelhas eram mais nutritivas e com maior potencial de comercialização. Cabe ressaltar que não há indicação de qual tipo de ovo consumir, assim o trabalho não visa prejudicar produtores de ambos os ovos. O consumidor sempre terá a sua disposição a opção de ovos brancos comum ou ovos caipira, o que pode levar em conta é a questão de bem estar animal na parte de criação pois existem algumas diferenças, mas que não afetam a economia do setor de forma significativa. Palavras chave: Setor Avícola / Ensino / Pesquisa / Mito / Conscientização EDU - 023 Vivências com a natureza enquanto prática extensionista para o trabalho com educação ambiental Fernando Protti Bueno; Carolina Caldeira de Paula; Larissa Garcia de Almeida. Instituição: Unesp - Universidade Estadual Paulista E-mail de contato: [email protected] A proposta Vivências com a Natureza está centrada e realizada a partir da metodologia do Aprendizado Sequencial desenvolvido por Cornell (1996; 1997; 2005; 2008) e tem como sensibilizar e ampliar a consciência ambiental, em contribuição ao processo de aprendizagem e desenvolvimento humano dos educandos (público participante). É considerada uma metodologia original em educação ambiental que visa facilitar o aprofundamento e a interação que os indivíduos podem ter em contato com a natureza, possibilitando o aprendizado e o desenvolvimento de sentimentos e valores, necessários para uma transformação social. A proposta consiste na escolha de atividades lúdicas, como dinâmicas e jogos, organizados em estágios que fluem de um para o outro de modo natural com a intenção de auxiliar as pessoas de diferentes faixas etárias e características socioeconômicas a terem uma experiência única, alegre e inspiradora, de união e de harmonia com todo tipo de vida. As vivências com a natureza têm sido desenvolvidas ao longo dos anos de 2012, 2013 e 2014 junto a 26 distintos grupos sociais (dentre escolas, entidades e empresas) e envolvendo uma variada faixa etária (dentre crianças, adolescentes e adultos), totalizando em torno de 700 indivíduos atendidos. O maior público participante são os escolares (ensino infantil, fundamental e médio, além de deficientes intelectuais), além de seus professores. Dentre os principais locais utilizados para a realização das vivências estão alguns espaços naturais do Distrito de Primavera (Município de Rosana/SP), inclusive o Horto Florestal, além da utilização em sua maioria da Estação Ecológica do Caiuá, unidade de conservação de proteção integral, localizada na divisa de municípios de Diamante do Norte/PR e Rosana/SP, já que este compreende parte do Programa de Visitas e Educação Ambiental da unidade. Enquanto resultados mensuram-se a observação e a percepção por meios objetivos e subjetivos de gestos, características e comportamentos que revelaram que as vivências com a natureza, independente dos grupos trabalhados, realmente têm o potencial de fazer imergir os indivíduos com a natureza, e isso é devido tanto aos estágios idealizados, bem como as brincadeiras escolhidas, a forma de condução, o local utilizado, e o interesse e envolvimento do público participante. Portanto, concluiu-se que as vivências com a natureza por meio do uso da metodologia do aprendizado sequencial podem ser consideradas significativas estratégias pedagógicas e educação ambiental desenvolvida nos âmbitos formal e não formal de aprendizado, bem como nos contextos escolar e não escolar. Palavras chave: Vivências com a natureza / Aprendizado Sequencial / Educação ambiental EDU - 024 Divulgação do Vestibular UNESP e Inclusão dos Melhores Alunos da Escola Pública na Universidade Guaracy Tadeu Rocha; Sheila Zambello de Pinho; Tania Cristina Arantes Macedo de Azevedo; Ricardo Samih Georges Abi Rached; Carlos Augusto Araújo Valadão. Instituição: UNESP / Vunesp E-mail de contato: [email protected] O programa consiste em visitas de professores da UNESP, acompanhados de alunos da UNESP egressos de escolas públicas, às escolas da rede pública de ensino médio do Estado de São Paulo, nas quais esclarecem alunos e dirigentes escolares sobre a universidade, seus cursos e vestibular. Na ocasião, é distribuído o Guia de Profissões, publicação que esclarece e ajuda a consolidar vocações. O Programa tem como objetivo geral interagir com o conjunto de ações afirmativas para Inclusão Social da UNESP, contribuindo para o aumento de alunos procedentes da escola pública na Universidade. São objetivos específicos do Programa levar aos alunos do ensino médio das escolas da rede Estadual de Ensino informações sobre a universidade e formação profissional, favorecer o acesso ao vestibular mediante inscrição diferenciada e subsidiada e contribuir com os programas de permanência estudantil da universidade, mediante concessão de bolsas pela Fundação Vunesp aos alunos da rede pública de melhor classificação no processo seletivo para ingresso nos cursos de graduação da universidade. Em 2014, 114 professores da Unesp, acompanhados de 129 alunos da Unesp egressos de escolas públicas, visitaram 2.087 escolas públicas do interior do Estado de São Paulo, ministrando palestras e esclarecendo dúvidas de 215.015 alunos presentes aos encontros. Essas visitas contribuíram para com o aumento de alunos das escolas públicas interessados no Vestibular Unesp 2015, o qual ultrapassou pela primeira vez a casa dos cem mil candidatos. Dentre os inscritos, 45,3% deles são egressos de escolas públicas. Mais importante que o aumento no número de inscritos para o vestibular, é o aumento no número e na proporção de matriculados egressos da rede pública de ensino. No Vestibular 2.014, das 7.253 matrículas, cerca de 43% delas são de alunos egressos de escolas públicas. O alcance social do Programa estende-se também aos alunos já matriculados na UNESP, uma vez que parte deles volta a fazer parte do Programa, agora como executores. Esses alunos, acompanhados de seus professores de seus cursos universitários, voltam às suas escolas de ensino médio para compartilhar com os colegas da rede pública de ensino a experiência adquirida no vestibular e a experiência que estão tendo na vida universitária. A participação desses alunos no Programa contribui para sua formação cidadã. Portanto, o Programa de Divulgação do Vestibular Unesp não apenas traz visibilidade à universidade como também contribui para a inclusão social. Esclarece o aluno da rede pública de ensino médio quanto às características da universidade e do vestibular, quanto aos cursos e carreiras universitárias e quanto ao apoio institucional aos ingressantes nos cursos da Unesp. Permite que professores e alunos universitários compartilhem com alunos do ensino médio público a experiência da universidade e, deste modo, estimula a continuidade de estudos e o ingresso de alunos da rede pública no ensino superior público e gratuito. O Programa conta com a parceria da Secretaria de Educação do Estado, estabelecida via convênio formal, e tem financiamento (custos com as visitas, produção e distribuição de material impresso, bolsas de estudos) da Fundação Vunesp. Palavras chave: Vestibular / Escola Pública / Inclusão EDU - 025 Da Educação Rural para a Educação do Campo: a experiência de um curso de Residência Agrária no Estado de São Paulo. Guilherme Gonçalves; Carolina Rios Thomson; Maristela Simões do Carmo; Leonardo de Barros Pinto. Instituição: Faculdade de Ciências Agronômicas - UNESP Botucatu E-mail de contato: [email protected] Nos anos 1990, os Movimentos Sociais do Campo (MSC), organizados, criam o conceito e práticas da Educação do Campo, dispostos a construir uma Educação que de fato atenda aos seus interesses sociais. Após grande pressão, em 1998 o governo federal cria o Pronera, atualmente no Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Uma das modalidades do programa é o "Residência Agrária". No Estado de São Paulo, o curso é coordenado pela Unicamp, e tem a UNESP Botucatu e Jaboticabal, além da FATEC Itapetininga, como instituições parceiras. O curso iniciou em julho de 2013 e terminará em junho de 2015. Tem como estrutura a pedagogia da alternância, dispondo-se em quatro Tempos Escola, baseados na instrumentalização teórica e reflexiva, e três Tempos Comunidade, onde os educandos realizam projetos coletivos nas comunidades, de acordo com as demandas destas. Este curso de Residência Agrária trabalha com doze comunidades do Estado de São Paulo. Este trabalho tem por objetivo analisar, de maneira crítica, o Curso de Especialização Lato Sensu "Educação do Campo e Agroecologia na Agricultura Familiar e Camponesa - Residência Agrária". A análise baseia-se na observação participante dos autores, a partir de registros de suas experiências como monitores e professores do curso, e na utilização da metodologia qualitativa FOFA (Fortalezas, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças) junto a quatro educando (as) do Curso. Em relação às fortalezas, a multidisciplinaridade permite o diálogo entre as disciplinas e as atividades de campo, além da evolução coletiva dos educandos de diversas áreas de atuação no universo da complexa temática do curso. Há ainda a construção coletiva de conhecimentos, consorciada à discussão com as comunidades sobre as suas demandas concretas. A pedagogia da alternância é outra fortaleza identificada. Porém, cabe refletir acerca de sua plenitude. Tornou-se inviável o envolvimento profundo de parte dos educandos com as comunidades por um período contínuo de tempo. Uma fraqueza destacada são os recursos limitados e consequentemente o impedimento de maior proximidade dos educandos para com as comunidades. Outra ameaça apontada foi o baixo número de educandos oriundos dos MSC e comunidades tradicionais, evidenciando o distanciamento entre comunidades e Universidades. No contexto da Educação do Campo, a multidisciplinaridade é primordial. Sua consolidação permite a troca de experiências entre diversos campos de conhecimento de maneira fluída e constante, viabilizando a reflexão, a conscientização sócio-política e instrumentalização dos(as) educando(as) para objetivos maiores, como as lutas pela Agroecologia, produção de alimentos sustentáveis e a reforma agrária popular. O curso de Residência Agrária representa um ponto de tensionamento do projeto atual de Universidade Pública no Estado de São Paulo. Os MSC e comunidades tradicionais devem estar cada vez mais presentes nas Universidades, construindo-a para que estas se voltem às reais demandas da sociedade, assim como a necessidade de comporem as coordenações dos cursos de Residência Agrária e demais cursos do Pronera, na busca por autonomia política. A troca de experiências através de geração de trabalhos, encontros e congressos é essencial para o aperfeiçoamento do Residência Agrária e de outras modalidades do Pronera. Palavras chave: Educação do Campo/ Movimento Social/ Pronera/ Residência Agrária EDU - 026 Palestra Ambiental: A influência da falta d'água na vida dos seres humanos conscientização com alunos da APAE do município de Ilha Solteira/SP Harryson Júnio Lessa Gonçalves; Marcos Chiquitelli Neto. Instituição: Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" E-mail de contato: [email protected] A água é elemento natural, fundamental e insubstituível e exige de todos, Poder Público e sociedade, uma ação permanente pelo seu uso racional, pela sua preservação e conservação. Dotado de fontes consideradas inesgotáveis, o Brasil se defronta, ultimamente, com um novo pesadelo: a falta de água. O problema já atinge grandes centros urbanos, se tornando tema no contexto educacional por diversas perspectivas. Diante das discussões em relação à crise de falta de água, acredita-se que a prática educativa é um dos caminhos para a sociedade, já que tem a capacidade de transformar comportamentos, sendo realizada a partir de programas educativos para o uso consciente. Desta forma, o objetivo desse trabalho foi desenvolver estratégias que sensibilizem os alunos com deficiência da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE, Ilha Solteira/SP, buscando promover a reflexão e estimulando a sair da zona de conforto e atentar-se para as consequências da falta de água na nossa vida. O trabalho foi realizado em novembro de 2014 no auditório da Universidade Estadual Paulista - UNESP de Ilha Solteira/SP, por alunos participantes do projeto de extensão Caça-Vento, Vida-Sub & Bicho do Mato (UNESP, Ilha Solteira), tendo como público alvo os alunos da APAE. Foi realizada uma palestra, com recursos áudio visuais, interação e participação da plateia e duração de duas horas. O assunto tratado foi a influência da falta de água na vida dos seres humanos, tendo como tópicos as consequências na geração de energia, nas navegações, na agricultura e na vida dos animais, demonstrando que os maus hábitos ocasionam o desperdício de água. Estes tópicos foram abordados de forma clara e objetiva para demonstrar as consequências que ocorrem por conta da seca, a fim de conscientizar e incentivar estes alunos, para que estendam aos lares a proposta de reaproveitamento, economia e utilização correta deste recurso natural. Durante a palestra, percebeu-se que os alunos criaram uma impressão positiva a respeito da economia de água, sensibilizando sobre a importância da água no meio ambiente e na vida da população, mobilizando-se em práticas diárias que envolvem a conservação do recurso natural mais importante para a vida de todos os seres vivos. Com base na percepção dos alunos, foi possível identificar a necessidade de sensibiliza-los para questões ambientais, principalmente para a conservação dos recursos naturais. Os resultados foram obtidos por meio das perguntas realizadas durante a palestra, onde foi possível perceber que o ensino-aprendizagem dos alunos da APAE e da UNESP proporcionou uma importante conquista, por demonstrarem responsáveis por pequenos atos de mudanças de hábitos para não desperdiçar água. Palavras chave: Educação Especial / Deficiente / Conservação / Educação Ambiental EDU - 027 Enriquecimento de material pedagógico no processo de dinamização da sala de aula Jennifer do Nascimento Pedrero; Carina Alexandra Rondini; Adriane Gallo Alcantara Silva; Rafaela da Silva Caires. Instituição: FCL Unesp- Assis E-mail de contato: [email protected] O que faz uma aula interessante? O que faz um aluno querer ir para a sala de aula? O que motiva um professor? - Um ambiente escolar planejado e enriquecido? Possibilidades de vivência, descoberta, troca? Essas e outras indagações motivam o presente projeto. Conquistar a atenção dos alunos, dar a eles o papel de protagonistas na construção de seu próprio conhecimento, não é tarefa fácil, principalmente nos dias de hoje, quando temos celulares, smartphones, uma quadra de esportes e muitos outros atrativos disponíveis às crianças, que chamam muito mais a atenção do que um professor falando na frente da sala de aula. Por isso, não basta apenas aplicar o material didático fornecido pela escola, é necessário dinamizá-lo, deixá-lo mais atraente utilizando recursos que a própria escola oferece e que, muitas vezes, os professores não possuem conhecimento sobre eles. Dessa forma, esse projeto que insere-se no eixo formação complementar docente, debruça-se no enriquecimento de material pedagógico (língua portuguesa e matemática), utilizado nas séries iniciais do Ensino Fundamental I da rede pública municipal de ensino. São participantes diretos nesse projeto os professores da Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Turismo (SEMEC) de um município do interior do estado de São Paulo. O projeto é desenvolvido por meio de uma metodologia colaborativa de pesquisa-ação entre a rede pública de ensino e a universidade. São promovidas reuniões quinzenais da equipe vinculada ao projeto e os professores da SEMEC, nas quais objetiva-se selecionar conteúdos dos materiais, ofertados pelo governo estadual, (Ler e Escrever) e (EMAI Educação Matemática nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental) que possam ser enriquecidos; promover o planejamento em conjunto dos professores do mesmo ano escolar; planejar o enriquecimento citado anteriormente; realizar leituras e dinâmicas - em grupo - que promovam o fortalecimento da equipe docente e forneça embasamento teórico para que tenham condições de dinamizar a sala de aula,deixando-a mais atraente, e, consequentemente, com possibilidade de identificar e desenvolver o potencial criativo de seus alunos, bem como melhorar a relação professor-aluno. Os docentes possuem quinze dias para desenvolver a atividade elaborada junto com seus alunos e compartilhá-las no próximo encontro da equipe, em um processo colaborativo e contínuo de ação-reflexão-ação. Palavras chave: Formação docente/Material pedagógico/Dinamização/Sala de aula/Estudante EDU - 028 Projeto de Extensão: Educação Sobre a Dengue - Universidade Federal do ABC João Paulo Reis Soares; Daniele da Silva Benicio. Instituição: UFABC E-mail de contato: [email protected] A dengue é uma doença de grande incidência no território nacional e dessa forma realizar trabalhos de divulgação de informações sobre a dengue, sua forma de transmissão e sobre as formas de combate ao mosquito transmissor, o Aedes aegypti, é de suma importância. O projeto existe desde de 2010 e tem como objetivos realizar ação de conscientização em escolas da região do grande ABC paulista, e regiões próximas, sobre a dengue, ilustrando seus perigos e problemas para a sociedade. São realizadas palestras nas escolas, contando com o conteúdo expositivo e recursos visuais com o vídeo produzido, tratando dos assuntos: o que é a Dengue, como acontece a transmissão da doença, métodos de prevenção, e principais tratamentos para a doença. A abordagem durante a apresentação expositiva variou na linguagem para se adequar ao público de cada série atendida e a dinâmica da apresentação variou de acordo com os recursos da escola, com a utilização de projetor ou os banners produzidos. Além das palestras, também são aplicados questionários para verificar os conhecimentos adquiridos para os alunos das séries mais avançadas. Na edição de 2014 o projeto atendeu 11 escolas da região e também a cidade de Poá, no alto do Tietê, contabilizando 3434 alunos. Contou com o apoio da Diretoria de Ensino da Região de Santo André e o projeto APE (Ações Preventivas nas Escolas) para o contato com as escolas. Além disso, atuou junto a educadores do programa escola da família, servindo como base para as atividades desenvolvidas sobre o assunto no fim de semana pelo programa. Dos 659 questionários aplicados, destaca-se que, no item de combate ao mosquito, mais de 80% dos alunos responderam corretamente cada uma das medidas preventivas e dos sintomas da doença, mais de 70% identificou corretamente os sintomas. O número de casos de dengue em todo o estado de São Paulo e principalmente a região do ABC, vêm sofrendo com um aumento significativo, ações como o projeto de educação sobre a dengue se fazem cada vez mais pertinentes seguindo tal perspectiva, no ano de 2014 muitas crianças foram atendidas, e pela coleta de dados, é perceptível que as crianças conhecem os meios e formas de combate ao mosquito vetor da dengue, entretanto muito ainda precisa ser feito, para que realmente haja uma real mudança de atitudes que diminuam assim as vulnerabilidades em que as pessoas se colocam por não terem o conhecimento adequado, ou por não ter a consciência sobre suas ações. Palavras chave: DENGUE / EDUCAÇÃO / PREVENÇÃO EDU - 029 Ourinhos: Uma leitura da cidade Joaquim Lucas Prata Vaz Domingues. Instituição: UNESP- Campus Ourinhos E-mail de contato: [email protected] O presente trabalho se propõe a realizar uma análise do projeto desenvolvido junto ao Programa Núcleo de Ensino/Prograd. Esse projeto teve dois anos de duração (2013-2014) e foi realizado no campus de Ourinhos, da Unesp, coordenado pelo Prof. Dr. Lucas Labigalini Fuini, em colaboração com o Prof. Dr. Luciano Antônio Furini, e dos bolsistas Gabriel Fabril S. F. de Oliveira (20132014), além do bolsista de extensão Joaquim L. P. V. Domingues (2013-2014). Seu objetivo principal foi desenvolver um trabalho com escolas de nível médio acerca das percepções e territorialidades que os educandos desenvolvem sobre e no espaço da cidade, oferecendo materiais didáticos, oficinas e capacitações para construir um raciocínio geográfico, crítico e reflexivo, sobre os usos do território no espaço urbano.Outro objetivo foi trabalhar, de maneira a desconstruir, a concepção de desenvolvimento associada ao território, como espaço apropriado, vivenciado e produzido. Para demonstrar as possibilidades de se aproximar do repertório escolar temáticas como 'desenvolvimento' e 'território', a partir de exemplos estatísticos, cartográficos e imagéticos, objetivando situar os objetos de ensino-aprendizagem no plano onde as coisas acontecem, onde as possibilidades do mundo se tornam realidades , em perspectiva multiescalar. O primeiro ano do projeto contou com parceria da Diretoria Regional de Ensino de Ourinhos com uma escola da rede pública (EE Dr. Ary Corrêa), e privada (Colégio Pólis). Assim as atividades de intervenção se deu nos anos de 2013 e 2014, nas séries do 2º e 3ºEM. Trabalhou com as representações sociais oriundas de perguntas indutoras sobre pontos de referência e problemas urbanos, além de uma metodologia que se iniciou com a contextualização sobre o desenvolvimento de Ourinhos, capacitando-os a analisar e compreender os indicadores socioeconômicos presentes em tabelas, gráficos e mapas (Seade, IBGE, Googlemaps), e posterior introdução à técnica de trabalho de campo para uma atividade.No segundo ano, considerando as dificuldades apresentadas no primeiro ano e a necessidade de delimitar melhor o objeto de pesquisa e atuação, trabalhou-se com a perspectiva territorial associado do Desenvolvimento e incorporada em indicadores como o IDH e o IDH-municipal, explorando desse foco a consequência do desenvolvimento do modo capitalista de produção no espaço urbano, com a segregação sócio espacial com alunos do 2º. EM da EE Dr. Ary Corrêa, de Ourinhos. Nesse segundo ano, deu-se atenção à construção, no processo de ensino-aprendizagem, de conceitos fundamentais à reflexão geográfica sobre o desenvolvimento,de Território e Lugar, para compreensão do indivíduo e seu espaço de vivência para a reflexão sobre o Desenvolvimento. E realizamos uma oficina com a unidade do Centro de Referência de Assistência Social, CRAS, como uma espécie de síntese do trabalho desenvolvido nas escolas. Ao final, a despeito das limitações e adversidades encontradas no convívio escolar e na busca de espaços para realização de nosso trabalho, obtivemos avaliações positivas do público-alvo em relação às nossas oficinas. O trabalho desenvolvido se deu ainda no nível de tomada de consciência sobre o espaço geográfico e sua dinâmica, suas diferenciações e desigualdades. Palavras chave: cidade/ representação social/ ensino de Geografia EDU - 030 Ciclo de Debates de Políticas Públicas Lidiane Souza Santos; Samantha Thais Baião Moreira; Eloisa Junia Boanerges Teixeira Santos; Iasmim Mesquita; Tiago Rezende Leite; Gustavo Costa de Souza. Instituição: Universidade Federal de Lavras E-mail de contato: [email protected] O projeto Ciclo de Debates de Políticas Públicas foi idealizado com o intuito de promover a reflexão contínua e duradoura sobre este que é um tema primordial tanto para o funcionamento do Estado, quanto, principalmente, para que se compreenda e se aprimore as inter-relações entre sociedade, Estado, política e economia. Enquanto atividade acadêmica extracurricular, um dos principais objetivos do Ciclo é aproximar as dimensões teórica e prática da formação profissional, a partir do incentivo à troca de experiências entre os alunos da graduação e da pósgraduação com os diferentes atores das políticas públicas, sejam os investidos de cargos políticos, funcionários de carreira do Estado, membros de organizações do terceiro setor, analistas políticos, especialistas, estudiosos, população impactada, dentre outros. Em síntese, o Ciclo de Debates de Políticas Públicas busca formar não apenas profissionais, mas cidadãos capazes de pensar e atuar criticamente nas organizações públicas da sociedade e do Estado. Considera-se, além disso, a iniciativa importante na medida em que ultrapassa o âmbito restrito da Universidade e aproxima o contexto de discussão e produção de conhecimento da comunidade local, favorecendo, então, uma relação mais estreita entre essas esferas. Ademais, as universidades públicas sempre estiveram associadas ao desenvolvimento econômico, social, cultural e político da nação, por isso a necessidade de retomar a cultura de estímulo ao debate e o pensamento crítico. A metodologia de realização envolve primeiramente o planejamento, onde há o levantamento de temas que sejam de interesse da comunidade acadêmica e da sociedade. Em seguida, é feito o contato com os palestrantes, a abertura das inscrições para a participação no evento, agendamento do local, divulgação do evento nas redes sociais e mídias eletrônicas e impressas e outras atividades operacionais. Durante o evento, em um primeiro momento, é feita a explanação do tema para os participantes e, em seguida, com a intervenção de um ator que atua como debatedor, é iniciada a discussão. Como resultado do projeto dentro da Universidade Federal de Lavras, pode-se apontar para a realização de duas edições do ciclo com participação maciça em cada um deles. A primeira edição, realizada no mês de Junho de 2014, teve como tema inaugural as "Práticas Associativas, Representação e Controle Social de Políticas Públicas" e contou com 120 participantes, destacando-se a presença de oito associações de bairros da cidade. Já a segunda edição do ciclo ocorreu em Setembro de 2014 com o tema "Política de Participação Social", totalizando 258 participantes, onde pode ser ressaltada a presença do vice-prefeito de Lavras- MG, Aristides Silva Filho, bem como a participação dos representantes das associações de bairro. Nos debates, os presentes puderam expor seu ponto de vista e tirar suas dúvidas, promovendo, assim, um espaço de interação. A promoção do debate, então, acaba por estimular não só a aproximação do estudante com a comunidade, mas também suscita uma postura mais cidadã, participativa e reflexiva. Palavras chave: Políticas Públicas / Debate / Participação EDU - 031 Perfil Histórico de Inclusão de Alunos deficientes em Instituição de Ensino Superior (IES) privada e as estratégias de atendimento Lis Lakeis Bertan; Everton Luiz dos Santos; Renata Tadeu Fernandes Bastianelli; Marco Aurelio Nemitalla Added; Keyti Expedita Ribeiro Nascimento; Alexandre Sabbag da Silva; Eder Ribeiro dos Santos; Igor Gomes da Silva; Rogério Lopes Alvarenga; Rodrigo Augusto de Araujo. Instituição: Universidade Guarulhos E-mail de contato: [email protected] Todo cidadão tem direito de participar da vida social, e nessa perspectiva incluímos o direito de cursar o ensino superior. Na verdade é impossível não ressaltar que na prática tiveram poucos avanços nessa área. Nos últimos anos, foram bastante intensas as discussões no que se refere à inclusão no ensino fundamental e médio, mas pouco se falou no ensino superior. Contudo mais recentemente esse assunto tem sido trazido com grandes preocupações no âmbito do governo, tornando-se uma das prioridades da atual Política Educacional do MEC. Com o objetivo de traçar o perfil histórico de inclusão de alunos deficientes em Instituição de Ensino Superior (IES) privada e as estratégias de atendimento, foi proposto um estudo de natureza epidemiológico-descritiva, longitudinal, realizado por meio de análise de sistema acadêmico, no âmbito extensivo de Instituição de Ensino Superior (IES) Privada do município de Guarulhos/SP - Centro de Guarulhos. Para levantamento dos dados foi analisado a planilha de relação de alunos deficientes no período entre janeiro de 2013 a dezembro de 2014, a partir das informações disponibilizadas para a coordenação do Núcleo de Apoio e Acessibilidade da Universidade Guarulhos (NAAUNG) através da secretaria acadêmica. Na analise foi levado em consideração o histórico de inclusão do aluno deficiente, tipo de deficiência e qual a escolha do curso matriculado. Também foi realizado o levantamento de recursos de inclusão oferecidos pela a Instituição de ensino nos últimos 02 anos por meio de estratégias institucionais de inclusão social dentro do campus. Entre o 1° semestre de 2013 e 2° semestre de 2014 a IES incluiu 279 alunos deficientes nos cursos tecnológicos, graduação e pós-graduação. Neste período ocorreu um aumento de 71% do número de alunos deficientes. As deficiências dos alunos mais evidentes foram: 88% visuais, 73% auditivas, 33% intelectuais e 28% físicas. Desses alunos, 63% eram do sexo masculino e os cursos mais escolhidos foram os tecnológicos com duração de 02 anos, destacando que 36% destes alunos escolheram o curso de Recursos Humanos. A partir do estudo, a IES incentivou a criação de importantes debates e discussões a respeito da acessibilidade e inclusão do aluno no âmbito institucional. Foram desenvolvidos projetos de forma interdisciplinar, com alunos, professores e comunidade externa. Uma das ações extensionistas realizadas foi à criação de propostas dos alunos de arquitetura sobre as áreas restritas junto a Universidade. Os alunos participaram de feiras e exposições sobre o tema fora da IES e alimentaram os debates para criação de projetos. Neste contexto, como resultado, foi criada uma rota de acessibilidade, incluindo a colocação de piso podotátil, mapa tátil de localização, quiosque informativo, implantação de sinalizações visuais em escadas e rampas e colocação de corrimão. Além disso, foram criadas cartilhas de orientação e aquisição de lupa digital portátil para alunos deficientes visuais a partir das informações colhidas. Foi possível, por meio de projetos de extensão vencer as barreiras arquitetônicas e atitudinais, possibilitando a igualdade social entre alunos, professores e funcionários. Palavras chave: Ensino / inclusão / deficiência EDU - 032 Juventude universitária e tecnologia: usos no processo educacional Loriza Lacerda de Almeida; Leandro da Silva Freitas. Instituição: UNESP E-mail de contato: [email protected] O trabalho que desenvolvemos busca a caracterização da juventude universitária e os usos que faz das Tecnologias de Informação e Comunicação. Este tema está bastante presente nos últimos tempos porque é muito intenso o uso de tecnologias por todos as gerações, embora certamente com finalidades distintas. Para os jovens, as formas de utilização são amplas e servem, com muita frequência, para a construção e fortalecimento das relações humanas e a garantia da manutenção de laços grupais e entretenimento, mas vai além, favorecendo o fluxo de informações, por meio de consultas a sites, jornais e similares e, em alguma medida, são também utilizadas para a ampliação do conhecimento acadêmico. O objetivo central do trabalho foi identificar os usos que são feitos pelos universitários e quais resultados são obtidos, especificamente no que diz respeito ao ensino-aprendizagem. Em função desta questão também se coloca a necessidade de compreender como os professores vem usando as tecnologias em sala de aula para um bom aproveitamento de seus conteúdos. Inicialmente o trabalho se orientou pela seleção e estudo de bibliografia específica, fundamentado por Castells (2003), Kenski (2014) e Carr (2011) entre outros. Em seguida, para mapear esta situação, aplicamos no campus de Bauru da Universidade Estadual Paulista, um questionário composto por 16 perguntas fechadas para um grupo de 80 alunos das áreas de ciências exatas, ciências humanas e ciências sociais aplicadas, que constituiu nossa amostragem. A sistematização desta amostragem revela que os estudantes tem um bom domínio sobre as tecnologias e seus usos, entretando aponta que seus professores não estão em sintonia, ora desinteressados ou desinformados, necessitando de um estímulo para o uso diversificado, bem como carecem de formação, para o pleno domínio das ferramentas. Os alunos apontaram em suas sugestões que para aprimorar o uso de tecnologia em sala de aula seria necessário melhorar a infraestrutura das salas, o que inclui a manutenção e/ou troca de aparelhos tecnológicos, a frequente atualização das tecnologias e sua disponibilização para todas as turmas. O professor deveria ser capacitado para manusear de forma satisfatória as ferramentas tecnológicas que ele for utilizar, assim como propor em aula uma melhor interação com seus alunos, integrando a matéria com dispositivos tecnológicos. Para melhorar o desenvolvimento de conteúdos em sala de aula, a sugestão dos alunos é de utilização de programas de rádio, uso de revistas e jornais, uso de plataformas virtuais, materiais tecnológicos novos e de melhor qualidade, uso de documentários e aplicativos de celular. O questionário dos docentes será aplicado brevemente e trará dados importantes para a análise dos usos de tecnologias em sala de aula, como instrumento de fortalecimento da relação ensinoaprendizagem. Ao final da análise, verificando as dificuldades e as possibilidades, buscaremos criar a oferta cursos de formação e debates sobre este tema, de forma que a comunidade universitária possa suprir eventuais deficiências nesta área. Palavras chave: juventude universitária/ tecnologias/ ensino superior EDU - 033 OFICINAS PEDAGÓGICAS SOBRE ATIVIDADES INVESTIGATIVAS: SOBRE SEUS INTERESSADOS, SUAS POTENCIALIDADES E SEUS DESAFIOS Luana Alba Peres; Fernanda Franzolin; Taina Maiara Farias; Fernanda Gonçalves Furtado. Instituição: UFABC E-mail de contato: [email protected] Para ensinar considera-se importante o conhecimento sobre o assunto e o domínio de procedimentos didáticos para ajudar no processo de aprendizagem dos alunos. No ensino de Ciências, um desses procedimentos refere-se às atividades investigativas (AI). Tais atividades permitem que os alunos consigam conflitar seus próprios conhecimentos com o que observam na experimentação, podendo realizar a mudança conceitual sobre o assunto e desenvolver senso crítico dos alunos. Este trabalho teve como objetivo: 1) caracterizar o perfil dos professores da educação básica interessados pela oficina "Ensinando Ciências com Atividades Investigativas", projeto apoiado pela Pró-reitoria de Extensão da Universidade Federal do ABC; 2) verificar o desenvolvimento das concepções dos professores sobre as AI durante o curso; e 3) identificar as possibilidades e desafios propiciadas por este projeto formativo. A oficina aconteceu em quatro encontros quinzenais nos quais professores foram instigados a refletir em atividades individuais, debates coletivos e análise de diferentes atividades experimentais em conjunto. Os encontros aconteceram no Laboratório de Pesquisa em Ensino da Universidade Federal do ABC e os experimentos foram desenvolvidos com materiais do cotidiano escolar (papéis, tesoura e cola), outros de baixo custo de aquisição (sementes, casca de banana, vinagre e bicarbonato). Os dados foram coletados por questionários, entrevistas, miniportfólio, gravações de discussões e avaliação final. Parte deles foi coletada com onze dos professores inscritos e outra parte com os sete participantes ou com os quatro concluintes. Verificou-se que os interessados se dividiam entre aqueles que já consideravam realizar AI frequentemente e aqueles que pouco ou nunca as faziam, sendo o tempo apontado como principal dificultador. Ao decorrer da oficina, perceberam-se mudanças nas ideias dos professores cursistas e, consequentemente, em suas práticas docentes. Houve tanto o aumento da frequência de realização das AI, quanto a mudança nas suas concepções sobre as AI: durante a oficina passaram a ver outras importâncias para estas atividades além de compreenderem que mais que poderem despertar o interesse e a curiosidade do estudante, podem permitir a aprendizagem de conceitos, o desenvolvimento de habilidades ou a compreensão do processo de construção do conhecimento científico, favorecendo a Alfabetização Científica. Dessa forma, pode-se concluir que as oficinais trouxeram contribuições sobre para a construção da concepção de AI para os cursistas. A desistência de cursistas e a necessidade dos cursistas verem mencionada a faixa etária apropriada para cada atividade proposta foram identificadas como desafios e adequações poderão ser testadas na continuidade da oficina, como mudar os encontros para o final de semana, visando maior frequência, e permitir reflexões sobre adaptações das AI para diferentes faixas etárias. Outro desafio seria possibilitar aos professores a compreensão de que 1) as AI podem permitir, mas não garantem a mudança conceitual e 2) essas atividades podem contribuir para desenvolver o senso crítico do aluno; pontos que ainda não foram explorados nesta oficina, mas podem ser melhor explorados nos próximos anos. Portanto, nessa primeira experiência de desenvolvimento do projeto, podese tanto identificar potencialidades como desafios em sua implementação, o que permite refletir para sua melhoria, visando sua continuação. Palavras chave: Ensino de Ciências / Atividades Investigativas / Formação de Professores EDU - 034 Cursinho Popular como instrumento de reinvindicação da democratização do acesso ao ensino superior Lucas de Sousa Costa; Caira Alves da Costa; Diemison Ladislau de Alencar; Rigler da Costa Aragão. Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ• - UNIFESSPA E-mail de contato: [email protected] De modo geral, movimentos sociais conceitualmente possuem referencia às ações coletivas de um grupo, que organizado objetiva alcançar mudanças na sociedade através do embate político, com ações orientadas de acordo com seus valores e ideologias em um contexto da sociedade dividida em classes sociais, apresentam-se como movimentos: feministas, ecológicos, contra a fome, pela reforma agrária, dentre outros. A Rede Emancipa Movimento Social de Educação Popular também faz parte dessa gama de movimentos que busca intervir para que haja uma sociedade mais justa. O movimento configura-se, na construção de cursinhos pré-vestibulares em lugares cedidos como igrejas, associações de moradores, universidades e sendo desenvolvido em certos casos como projetos de extensão universitária, devido a uma das características do projeto: ser desenvolvido através da ação voluntária de pessoas que compartilham do mesmo desejo, o da universidade pública democrática e popular. A educação popular fundamentada na concepção Freiriana de educação libertadora dos sujeitos, se desenvolve no cursinho a partir das atividades de reflexão sobre a sociedade levando a discussão política de temas relevantes, propostos como tema transversal em todas as disciplinas, mas discutidos em disciplinas especificas e em formações política. Em Marabá/PA o cursinho popular que se iniciou no ano de 2012, e hoje é um programa de extensão da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará ? Unifesspa, e que buscou se institucionalizar devido à precariedade de recursos materiais, possui o objetivo de defender a educação pública, gratuita e de qualidade em todos os níveis e lutar pelo livre acesso a educação e ajuda na organização da juventude na luta pelos direitos de bem comum para a sociedade. As aulas do cursinho ocorrem aos sábados e domingos nas dependências da Unidade I da UNIFESSPA, são ministradas, em maior parte, por jovens estudantes dos cursos de licenciaturas da UNIFESSPA, que atuam voluntariamente. Consequentemente, o trabalho voluntário tem contribuído com a formação docente dos licenciandos ao proporcionar aos mesmos, uma relação de construção de um processo de ensino e aprendizagem favorecido pelo contato dos futuros docentes com a sala de aula. Já os alunos adquirem conhecimentos que não só os prepararam para os vestibulares e como resultado dessa preparação temos a aprovação de 34 alunos dos 97 que frequentavam o cursinho durante o ano de 2014, além disso, por meio da Educação Popular recebem formação que visa à preparação para transformação da realidade social, bem como busca desenvolver a consciência crítica deles no sentido de os tornarem autônomos, agentes transformadores da sociedade. Palavras chave: Cursinho Popular/Movimento Social/Democratização do Ensino EDU - 035 Cursos de Idioma oferecidos no Núcleo Local da UNATI - UNESP, Campus de Sorocaba Luiza Amalia Pinto Cantão; Marcio Alexandre Marques; Mariana Bittu de Oliveira; Rene Almeida Dellabarba; Galdenoro Botura Junior; Marilza Antunes de Lemos. Instituição: UNESP - Campus Experimental de Sorocaba E-mail de contato: [email protected] O Núcleo Local da Universidade Aberta à Terceira Idade - UNATI, Campus de Sorocaba, busca levar à população desta faixa etária, através de cursos, oficinas de artesanato, informática, palestras etc., uma chance de aprimoramento pessoal e intelectual que, muitas vezes, não aconteceram em outros momentos da vida. Além disso, o convívio em grupo proporcionado por este tipo de atividade ajuda a criar laços além daqueles já existentes no seu dia a dia. Neste sentido, a UNATI ofereceu cursos de idioma com a finalidade de ensinar os conceitos básicos de uma língua estrangeira, a Língua Inglesa, comercialmente a mais falada no mundo e cada vez mais incorporada nos meios de comunicação atuais. Os cursos aconteceram no segundo semestre de 2012 e no ano de 2013, como parte das atividades oferecidas pela UNATI/Sorocaba especificamente para os alunos da terceira idade. No segundo semestre de 2012 aplicamos duas modalidades de curso: "Inglês básico para viagem" e "Inglês para Internet"; no primeiro e segundo semestres de 2013 oferecemos duas novas turmas apenas para o curso de "Inglês básico para viagem". O curso de "Inglês para Internet" abordou tópicos essenciais para 'navegar' em sites de Língua Inglesa, como por exemplo, efetuar compras on-line, termos de segurança, pesquisas diversas, entre outros. Já no curso de "Inglês básico para viagem" os alunos tiveram um conteúdo introdutório voltado para viagens: situações em aeroportos, hotéis, passeios e compras, dentre outros. Também houve a preocupação de introduzir uma estrutura gramatical inicial, bem como a abordagem de palavras mais comuns deste idioma e que são utilizadas mais frequentemente. Cada módulo atendeu, em média, 15 alunos, com um limite máximo de 20 vagas, com aulas semanais de duas horas, durante 10 semanas. Os cursos oferecidos através deste projeto de extensão tiveram um impacto bastante satisfatório entre os participantes, sendo muito bem avaliados pelos alunos tanto a aplicação dos cursos quanto o desempenho dos bolsistas envolvidos. No ano de 2013 houve uma preocupação em criar um módulo de curso mais avançado, porém a aprendizagem de um novo idioma nem sempre é simples e, entre os participantes, houve uma preferência em fazer apenas o módulo básico, ao invés de se aprofundar o conhecimento recém adquirido. O curso de "Inglês para Internet" não foi retomado, pois o outro curso tornou-se mais abrangente, incorporando parte do conteúdo deste. O desenvolvimento do projeto através da aplicação destes cursos foi muito gratificante, mesmo levando em conta as dificuldades intrínsecas no processo de aprendizagem. Além disso, as limitações do público-alvo na assimilação de novos conteúdos foi um ponto avaliado nas aulas pelos professores bolsistas de tal forma que os idosos sempre fossem incentivados a se esforçarem para aprenderem o conteúdo de cada aula. Concluímos que este projeto promoveu uma melhor qualidade de vida deste público da terceira idade valorizando suas potencialidades e resgatando sua autonomia. Assim, a UNESP/Sorocaba, através de ações extensionistas, ajuda a promover movimentos que buscam melhorar o bem estar da comunidade atendida. Palavras chave: Universidade Aberta à Terceira Idade/ Ensino de Línguas/ UNATI EDU - 036 O PROCESSO SELETIVO DO CURSINHO GERABIXO: UMA INICIATIVA SOCIAL Maite Yogo Mendonça Alves; Amanda Pereira Patricio Silva; Giovanna Scagnolatto. Instituição: UNESP - campus Sorocaba E-mail de contato: [email protected] INTRODUÇÃO: Perante a um cenário de defasagem da educação pública no Brasil, e considerando que educação é um dos principais fatores que contribuem para inclusão social, o Cursinho Pré-Vestibular GERABIXO da UNESP Sorocaba busca oferecer reforço no ensino aos alunos de baixa renda para aumentar suas probabilidades de ingressarem no ensino superior. É importante um processo de seleção do aluno, analisando os conhecimentos estudantis por meio de uma prova, mas também a influência familiar através de uma visita na residência dos 240 melhores classificados na prova, totalizando 2 candidatos por vaga. Este procedimento permite um estudo analítico do perfil do aluno GERABIXO, possibilitando providenciar um ensino de qualidade. OBJETIVO: Estudar o perfil dos alunos do GERABIXO a fim de reduzir as taxas de evasão. Possibilitar planos que possam colaborar com melhoria das condições dos estudantes ingressantes e assim aumentar suas chances de inclusão na universidade. METODOLOGIA: O Processo Seletivo (PS) tem início com formação de uma comissão, constituída por membros do Projeto interessados em participar da organização. Em seguida é elaborado um cronograma, no qual se encontram as etapas: - Divulgação - Inscrições - Prova - Pré-matrícula - Visitas Matrícula. A prova de conhecimentos gerais é elaborada pelos professores do projeto, tendo o Enem como modelo buscando selecionar alunos que possuem raciocínio lógico, ou seja, capacidade de interpretar questões multidisciplinares, estabelecendo uma linha de pensamento claro, demonstrando conhecimento prévio mínimo para acompanhar as aulas de cursinho. A elaboração do questionário é feita com ajuda de uma assistente social para orientar as perguntas que serão feitas nas visitas e selecionar documentos adequados para uma avaliação econômica. As etapas de divulgação visam atingir os alunos das escolas públicas. São então feitas inscrições, aplicação de prova e divulgação dos aprovados nessa etapa. Na etapa de pré-matrícula o candidato demonstra interesse pela vaga, e confirma seu local de residência; a região sorocabana é setorizada de acordo com as regiões mais próximas, visando economia de tempo e combustível, e dividida entre grupos que farão as visitas; não há número fixo de setores visto a separação é feita de acordo com número de veículos disponíveis. A visita é considerada o diferencial do PS, pois consiste no encontro entre os voluntários do cursinho com a realidade de cada candidato; os integrantes do GERABIXO verão as condições sociais, familiares e econômicas, dados que traçam um perfil de candidato e possíveis causas de evasão. Cada candidato visitado tem sua carência e desempenho na prova analisados. São regularmente matriculados sessenta candidatos para cada período, diurno e noturno. RESULTADOS: Verificouse que nos últimos anos a principal causa de desistência foi a impossibilidade de conciliar trabalho e cursinho. Em outros casos a condição de pobreza e a falta de expectativas dentro do âmbito familiar ocasionaram desmotivação em prosseguir com estudos. Apesar disso, com as melhorias realizadas no Processo Seletivo e na estrutura do GERABIXO, o número de aprovações cresceu. CONCLUSÕES: O Cursinho demonstra eficiência na análise de perfil dos alunos e respectivas estratégias de contorno da situação. Palavras chave: Cursinho Pré-vestibular / Comunitário/ Processo seletivo / Inclusão social / Educação EDU - 037 REGISTRO E SISTEMATIZAÇÃO DAS PRÁTICAS DESENVOLVIDAS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES ABRIGADOS Marcia Aparecida Lima Vieira; Bruna Cristina Nunes de Brito; Raíza Cruz de Souza; Eliane de Santana Macedo. Instituição: Universidade Metodista de Piracicaba E-mail de contato: [email protected] A partir do diálogo estabelecido com os coordenadores da Casa do Bom Menino e compreendendo a complexidade do ambiente de um abrigo: espaço que acolhe crianças e adolescentes que tiveram seus direitos violados, foi elaborado o projeto "Educação e Saúde com Crianças e Adolescentes em situação de Vulnerabilidade Social" com o objetivo de elaborar e executar práticas educativas relativas a Alfabetização e Letramento, Habilidades para a Vida, Saúde e Qualidade de vida, Sucesso e Sustentabilidade. Para o diagnóstico e acompanhamento da aprendizagem utilizamos como forma de registro e sistematização a 'Ficha de Avaliação e Acompanhamento Processual da Aprendizagem', tal ficha contempla a coleta de dados tanto quantitativos quanto qualitativos e propõe a comparação das produções da própria criança ou adolescente em diferentes momentos do processo. As ações que são desenvolvidas com os abrigados são de natureza diversa e ocorre por meio dos seguintes projetos: "Hora do Conto", "Aprendendo Diferente", "Horta", "Receita do Dia", "Matemágica", "Realeca" e "Histórias de Vida". Neste período de um ano e meio em que desenvolvemos este projeto observamos que o nosso maior desafio é o desenvolvimento do trabalho através de uma dinâmica que permita a consolidação da identidade do grupo e o fortalecimento das ações realizadas, de modo que os sujeitos participantes possam assumir o protagonismo do projeto. Assim em nossa atuação buscamos respeitar os saberes locais, o que não significa apenas enfatizar os conhecimentos já adquiridos, mas sim ter neste conhecimento o ponto de partida para novos saberes. De acordo com o conceito de avaliação, compreendemos que o ato está relacionado a diagnosticar e replanejar. Concebemos que o abrigo possui a característica de restaurar aquilo que foi violado, portanto temos como propósito nos articular ao cotidiano do abrigo para que assim o foco esteja na potencialização dos envolvidos. Foi possível acompanhar neste período a relação de resultados do acompanhamento processual de aprendizagem, no qual percebemos o quão significativo tem sido o desenvolvimento de atividades planejadas cuidadosamente e que respeitem a rotina dos abrigados. Notamos avanços relevantes, nos quais as habilidades desenvolvidas no projeto agregaram ao rendimento escolar. Porém, em outros casos não houve um resultado quantitativo expressivo por questão das habilidades já estarem assimiladas, mas a participação destes abrigados foi muito importante porque gerou a reafirmação do sentimento de pertencimento ao grupo, responsabilização pelo próprio processo de aprendizagem entre outras potencialidades que foram apreendidas. Os resultados qualitativos obtidos e registrados no processo tem grande significado não apenas para os acolhidos, mas para todos os envolvidos, pois desde o primeiro momento nos dispomos a acolher e dialogar com o que as crianças e adolescentes tinham a apresentar: compreender e ter em seu saber o ponto de partida. Sem isso não seria possível obter um terreno fértil para novos saberes e permitir que outros mais possam ser elaborados visando a autonomia dos envolvidos, conforme os pressupostos da educação libertadora e os princípios da educação popular que nos orienta. Palavras chave: registro/ práticas/ crianças/ adolescentes/ abrigo EDU - 038 CONTRIBUIÇÃO PARA MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA DOS IDOSOS ATRAVÉS DAS ATIVIDADES OFERECIDAS NA UNATI - UNIVERSIDADE ABERTA À TERCEIRA IDADE - UNESP/SOROCABA Márcio Alexandre Marques; Augusto Voltaire do Nascimento; Pedro Luiz Martins Marques; Gianni Dias Sasso; Amanda Cristiane Diniz; Galdenoro Botura Junior; Marilza Antunes de Lemos; Luiza Amalia Pinto Cantão. Instituição: UNESP/Sorocaba E-mail de contato: [email protected] A cada década, o percentual de idosos no Brasil tem aumentado significativamente demonstrando um processo de envelhecimento populacional, o que pode ser comprovado pelas projeções populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, que indicam que, em 2030 aproximadamente 40% dos brasileiros terão entre 30 e 60 anos. Este alargamento do topo da pirâmide etária demonstra que a expectativa média de vida está aumentando e as pessoas envelhecendo mais. Considerando os fatores que afetam os idosos, tais como problemas de solidão, preconceito etc. e para que eles preservem sua autonomia e bem-estar pelo maior tempo possível, novas alternativas devem ser utilizadas para que eles tenham um envelhecimento ativo e saudável. Assim, o projeto UNATI/UNESP tem como objetivos oferecer programas de integração social do idoso no convívio universitário de acordo com as suas necessidades, desejos e capacidades, tudo isso por meio de atividades que estimulem a sociabilidade, o exercício pleno da cidadania, a melhoria da sua qualidade de vida e a integração entre gerações. Nesse contexto, o Núcleo Local da Universidade Aberta à Terceira Idade - UNATI/Campus Sorocaba foi implantado em março de 2008 e a partir daí, vem desenvolvendo atividades para reduzir os problemas de solidão dos idosos, resgatar a sua dignidade, eliminar preconceitos, etc. As atividades consistem em palestras, oficinas, cursos de idiomas e informática, etc. que são organizadas e desenvolvidas por docentes, funcionários, alunos voluntários e bolsistas, sob a supervisão de um professor orientador contando com o apoio financeiro da Pró-Reitoria de Extensão Universitária - PROEX e da Fundação para o Desenvolvimento da UNESP FUNDUNESP. A programação dos eventos é divulgada em jornais locais, cartazes, clube do idoso e através da internet, com a atualização periódica do site e da página do Facebook da UNATI/Sorocaba. Os resultados demonstram que na UNATI/Sorocaba já foram oferecidas aproximadamente 44 atividades envolvendo cerca de 800 idosos, com a participação de 28 alunos de graduação e vários palestrantes externos à universidade. O êxito do projeto mostra a sua contribuição para a sociabilização dos idosos, fundamentais para o processo de envelhecimento saudável que significa não somente ausência de doenças, mas também autonomia e independência. Concluímos que este projeto tem contribuído para uma expectativa de vida mais ativa, uma vez que alguns deles se encontravam ociosos. Com isso, a UNESP propicia uma maior visibilidade das questões relativas aos idosos, ratificando o papel social da Universidade. Assim, promove e incentiva ações para melhorar a qualidade de vida destas pessoas, se comprometendo com as novas demandas desta parte da população, criando um espaço de convivência em grupo, valorizando suas potencialidades e talentos, e estimulando o resgate da sua autoestima e da sua vontade de viver. Finalizando, por meio da UNATI/Sorocaba, mostra-se à sociedade que o idoso pode interagir com diferentes gerações, inovações tecnológicas e culturais, e que a Universidade vem desempenhando o seu papel na democratização do conhecimento acadêmico, não apenas como produtora de saber, mas também abrindo espaço para um trabalho de coeducação e extensão. Palavras chave: UNATI / Extensão Universitária / Idoso / Terceira Idade / Qualidade de Vida EDU - 039 Jogos Teatrais e a Formação do Professor Reflexivo Maria Candida Varone de Morais Capecchi; Maísa Helena Altarugio; Vivilí Maria Silva Gomes. Instituição: UFABC E-mail de contato: [email protected] Trata-se de um projeto que visa fomentar nos participantes uma postura crítico-reflexiva acerca da relação pedagógica. O trabalho com jogos teatrais proporciona o autoconhecimento, assim como o reconhecimento do outro, a cooperação, o respeito a diferentes formas de ser e pensar, contribuindo, para a transformação e inclusão social. Para 2014, primeiro ano de projeto, foram propostos os seguintes objetivos: 1. Promover a interação entre a UFABC, Escolas de Educação Básica e outras Instituições de ensino por meio do engajamento dos participantes em atividades voltadas para a reflexão sobre a relação pedagógica; 2. Proporcionar aos participantes oportunidades para refletirem sobre a relação pedagógica e seus componentes e sobre o papel de jogos teatrais e sociodrama na sensibilização para este tema e 3. Trabalhar com a exploração das potencialidades dos corpos, dos gestos e do ritmo dos participantes, para auxiliá-los na construção de um olhar observador sobre suas representações. Foram realizados encontros semanais de março a dezembro, que possibilitaram aos participantes a elaboração de uma dramaturgia envolvendo suas cenas criadas nos jogos de improvisação. Essa dramaturgia foi apresentada, seguida de discussão, em evento público com a presença de professores da Educação Básica e docentes e alunos da UFABC. Depoimentos de alguns dos participantes e da plateia são destacados a seguir: "Os jogos teatrais têm uma grande capacidade de transformar os espaços em ambientes de inclusão e tolerância, porque criam situações-problema em que nós temos que buscar soluções a partir do diálogo verbal e não-verbal, exercitando a empatia, a criticidade e a criatividade. O lúdico tem um grande potencial pedagógico e pode ser um poderoso instrumento de aprendizagem tanto para o professor como para o aluno, que são desafiados a todo o momento a abandonar seus papéis de oposição e a trabalhar em parceria. As vivências que tive com esse projeto de extensão transformaram minhas impressões anteriores sobre a prática docente e me mostraram outros caminhos possíveis para o ensino e aprendizagem reflexivos e ativos. Foi uma experiência de transgressão." (participante); "Estamos sempre tão apressados, estamos sempre em movimento, constante - nada é estático, tudo é efêmero - é bom poder parar às vezes, congelar em um retrato, saber que não se está sozinho. E então criar. " (participante); "Permitir se despojar das estruturas que criamos para nós mesmos, do padrão comportamental que usamos para sentirmo-nos mais seguros perante o outro é algo difícil e que necessita de um ambiente que nos deixe à vontade para fazê-lo. Nestes encontros com jogos teatrais pude sair do óbvio sem medo de errar e com a certteza de ser aceito. Sem padrões e julgamentos." (participante); "Parabéns a todo o grupo pelo trabalho realizado. É mais que necessário suscitar reflexões a partir das emoções e dos sentidos. Que tal levarem este trabalho para as escolas junto aos professores?" (plateia); "As encenações tocaram na essência de certos tipos de vivência muito mais que reflexões frias e racionais" (plateia). Essas expressões demonstram o alcance dos objetivos do projeto e seu sucesso o que propiciou sua continuidade em 2015. Palavras chave: formação de professor/ relação pedagógica/ jogo teatral EDU - 040 A intersetorialidade da promoção da saúde pelo Ensino Superior, junto à Secretaria Municipal de Saúde e Educação de um Município do Interior Paulista Maria Helena Borgato; Fontes, Bertoncello Cassiana Mendes; Juliani, Carmen Maria Casquel Monti; Pamplona, Vera Lucia Tonete; Papini, Silvia Justina; Luppi, Claudia Helena.B.; Castro, Meire Cristina Novelli; Meneguin Silmara; Palhares, Valéria de Castilho. Instituição: Universidade Estadual Paulista E-mail de contato: [email protected] Reconhecidamente, ações de promoção da saúde podem se configurar como ações intersetoriais desenvolvidas em diversas dimensões de atuação da esfera pública, caracterizando-se tanto como ações voltadas à coletividade, como individualizadas. Isto pois,envolvendo educação em saúde, tais ações devem se basear na construção compartilhada do conhecimento de ambas as áreas. Considerando essas premissas,o Departamento de Enfermagem da Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista,em parceria com as Secretarias Municipais de Educação e de Saúde de São Manuel/SP,desde 2013, desenvolve o projeto de extensão universitária intitulado: Universidade, educação e saúde: ação intersetorial de promoção de saúde nas escolas. Participam, como coordenadores do projeto, docentes e discentes do Departamento de Enfermagem e representantes das referidas secretarias, como população-alvo, gestores e profissionais das escolas de educação infantil e dos serviços de atenção básica do citado município. Objetivo: desenvolver ações de Educação Permanente em Saúde sobre Promoção da Saúde Escolar. Especificamente, propõe-se a abordar temas e situações de agravos à saúde mais comuns em escolas de educação infantil e orientar sobre o que deve ou não ser feito nessas situações, discutindo responsabilidades legais e institucionais nesses casos. Como produto dessa parceria foi delimitado o fluxo de referência e contra referência de escolares em situação de urgência e emergência, além da elaboração do Manual de Promoção da Saúde Escolar. No âmbito da Educação Permanente em Saúde, as reuniões e oficinas realizadas baseiam-se em metodologias ativas de planejamento e do processo ensino-aprendizagem, tais como Planejamento Estratégico Situacional e Problematização, aplicando-se a Avaliação Formativa como estratégia de verificação do alcance dos objetivos propostos. Resultados parciais: As avaliações realizadas até o presente momento têm apontado para o atendimento das expectativas dos setores participantes, com repercussões positivas para o contexto escolar como a instrumentalização técnica dos professores e funcionários das escolas e dos profissionais de saúde; a identificação e a vigilância de práticas de risco; o monitoramento e a avaliação da efetividade das iniciativas para melhorar o compromisso das escolas com a promoção da saúde de seus alunos, professores e outros membros da comunidade escolar. Considerações: a intersetorialidade, inerente ao desenvolvimento do projeto de extensão em foco revelou-se como condição fundamental para a garantia da promoção da saúde escolar, resultando em promoção da educação para todos os envolvidos. Palavras chave: Promoção da Saúde/educação/saúde EDU - 041 A prática de Anatomia na escola municipal Felipe Henrique Bossi ; Beatriz Rodrigues Almeida; Júlia da Silva Perez; Gabrielle Queiroz Vacari; Fabiana Cirino dos Santos; Marina Ferreira; Murilo Garavelo; Beatriz Goulart Oliveira; Amanda Barbosa Garcia; Letícia da Silva Amaral; Jéssica Abonízio Gouveia; Barbara Bonfá Buzzo; Lizandra Amoroso. Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS - UNESP JABOTICABAL E-mail de contato: [email protected] A alta frequência de enfermidades relacionadas com maus hábitos em indivíduos jovens e a necessidade de popularizar conceitos básicos em Anatomia na rede municipal motivou a criação do projeto de extensão "Descobrindo a anatomia" - UNESP/PROEX em setembro de 2013. O presente trabalho tem o objetivo de levar o laboratório para escolas carentes de material didático e estimular o interesse dos alunos de Ensino Fundamental pela Ciência. Para isto, foi realizada uma parceria com a Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer do município de Jaboticabal. No início foi realizado o levantamento prévio do aprendizado sobre anatomia do corpo humano e das doenças metabólicas de alta prevalência na população. Posteriormente, foram realizadas várias atividades sobre os sistemas do corpo humano e animal de 2013 a 2014, como gincanas com prêmios para a equipe de maior pontuação, dinâmicas e jogos de perguntas e respostas. As visitas - lúdicas e interativas - foram quinzenais, com duração de duas horas, e envolveram a E.M.E.B. Paulo Freire de Jaboticabal, com cerca de 140 alunos, e a E.M.E.B. Tereza Noronha Carvalho de Córrego Rico, com cerca de 40 alunos. Os materiais didáticos utilizados para o ensino foram peças anatômicas úmidas e desidratadas, exemplares taxidermizados, cartazes, torsos artificiais, maquetes, e esqueletos provenientes do laboratório de anatomia do Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal da FCAV. O levantamento prévio resultou em índice médio de acertos de 50%. Algumas salas obtiveram média inferior a 50%, demonstrando a carência de conhecimento dos alunos sobre os temas abordados, com maior número de erros nas questões sobre o sistema genital. O processo ensino-aprendizagem foi avaliado a cada visita, com observação de significativa interação entre a equipe do projeto e os alunos de Ensino Fundamental, além da curiosidade sobre temas gerais de Ciências e o grande interesse em visitar o Museu de Anatomia da FCAV. A divulgação da anatomia de forma lúdica, associada à conscientização sobre enfermidades de origem metabólica e suas comorbidades, favoreceu a reflexão sobre rotinas, atitudes e estilo de vida. A disseminação de conhecimento aproximou alunos e docentes de Ciências das escolas de Ensino Fundamental, favorecendo o aumento da qualidade do ensino nas escolas municipais e promovendo a melhoria de hábitos de vida dos familiares dos referidos alunos. A interação entre escola e Universidade demonstrou ser excelente ferramenta didática aos integrantes do grupo da Unesp, também permitindo a compreensão do universo além dos limites da Universidade. Palavras chave: anatomia / integração / comunicação / enfermidades / conscientização EDU - 042 Inclusão Digital e Informática Educativa: um projeto de extensão universitária da UNATI/UNESP Sorocaba Marilza Antunes de Lemos; Márcio Alexandre Marques; Luiza Amalia Pinto Cantão; Gianni Dias Sasso; Pedro Luiz Martins Marques; José Ricardo dos Santos Bairral; Augusto Voltaire do Nascimento. Instituição: UNESP E-mail de contato: [email protected] O projeto de extensão universitária "Inclusão Digital e Informática Educativa" está inserido no conjunto de atividades do Núcleo Local da Universidade Aberta à Terceira Idade (UNATI) da UNESP, sendo desenvolvido desde 2013. Consiste na elaboração e promoção de cursos de introdução à informática, internet, redes sociais e tablets voltados para alunos da terceira idade. Este resumo descreve a aplicação e os resultados dos cursos oferecidos e ministrados por alunos bolsistas dos cursos de graduação da UNESP/Sorocaba. O tema dos cursos e a interação entre jovens professores e alunos idosos cria um ambiente que permite, além da disseminação do aprendizado de informática, promover relações sociais em sala de aula que se estendem com o uso das redes sociais, com possibilidades infinitas de interação com o mundo exterior também conectado à rede. Além da difusão do conhecimento dos novos meios de comunicação, a didática, o rigor e a disciplina exigidos nos cursos, auxiliam os idosos a manterem e desenvolverem habilidades, desde as motoras através do uso do mouse até o estímulo da memória para lembrar passo a passo os procedimentos para manipulação dos softwares. Os cursos compreendem o ensino dos conceitos fundamentais da informática, aprendendo funções básicas dos dispositivos do computador, informações sobre hardware e software, utilização de tablets, uso de programas para 'navegar' pela internet e de ferramentas de comunicação social como facebook e e-mail. O professor (aluno bolsista) é orientado pelo coordenador do projeto a analisar a necessidade de cada aluno individualmente, percebendo seu nível de conhecimento nos assuntos abordados, a fim de transmitir a informação de modo que todos assimilem, ao máximo, o conteúdo das aulas. Portanto, há uma maior probabilidade de se familiarizarem e se motivarem com os cursos, vislumbrando suas aplicações e vencendo as dificuldades de ingressar nesse novo meio. As aulas são ministradas nos laboratórios de informática da UNESP/Sorocaba pelo bolsista, com uma frequência de 2 horas semanais e no mínimo 10 aulas presenciais por semestre. O bolsista ainda auxilia nas inscrições dos alunos e na adequação das apostilas e das aulas, visto que o conteúdo precisa ser continuamente atualizado. Em 2014, foram oferecidos aos alunos da UNATI/Sorocaba quatro cursos, sendo 2 de "Informática e Redes Sociais" e 2 de "Tablets", atendendo aproximadamente 50 idosos. Concluímos que o projeto vem quebrando barreiras quando se trata da integração dos idosos, principalmente, com relação a inserção destes nas mídias sociais, utilização de dispositivos móveis (tablets) e uso da internet. Dispostos e curiosos, eles têm suas habilidades desenvolvidas ao longo dos cursos, finalizando-os animados e com anseio de aprender cada vez mais. Assim, o processo de aprendizagem em qualquer idade, move o indivíduo da chamada 'zona de conforto' para uma que estimula o desenvolvimento de outras áreas do cérebro, o que por sua vez retarda ou até mesmo inibe doenças degenerativas. Finalmente, os resultados demonstram o êxito do projeto e, que a UNESP/Sorocaba vem cumprindo o seu papel de educar e compartilhar com a comunidade os conhecimentos acadêmicos, além de disponibilizar recursos pessoais e de infraestrutura. Palavras chave: Informática / UNATI / Terceira Idade / Inclusão Digital / Internet EDU - 043 PROFESSORES QUE FAZEM A DIFERENÇA Mario Minami; Marina da Silva Daniel; Tiago Duarte Pereira; Miriam Manetta Algarra. Instituição: UFABC E-mail de contato: [email protected] Descrição: Aproveitando contato do CEAP Pedreira com a Diretoria de Ensino Sul-1 da capital de São Paulo, e com a ampla divulgação e apoio do Dirigente, Prof. Sandoval Cavalcanti, foram entrevistados dezenas de professores das escolas estaduais jurisdicionadas a essa Diretoria de Ensino, filmando, registrando e divulgando o trabalho desses professores dedicados, suas ações criativas, suas dificuldades, sua relação com os familiares dos alunos, seus problemas e alguns casos de alunos inspiradores. Objetivos: Entrevistar PROFESSORES DA REDE PÚBLICA, preferencialmente da Zona Sul do Estado de SP, contatados pela própria Diretoria de Ensino, e postar um vídeo da entrevista no Canal "História de Professor" no YouTube. Identificar boas práticas didáticas e no ambiente escolar em busca da qualidade no processo Ensino Aprendizagem. Metodologia: Foram efetuadas oficinas para divulgação do projeto, divulgadas na Diretoria de Ensino, e posteriormente coletados dados dos diretores e coordenadores das escolas Estaduais. Semanalmente foram feitos contatos telefônicos para agendamento das visitas e realização das entrevistas, com pauta previamente programada entre a equipe do projeto. Todas as entrevistas foram editadas para um formato no Canal do YouTube (duração aproximada de cinco minutos). Resultados Qualitativos: (i) Grande aumento da percepção dos problemas reais nas escolas estaduais da Zona Sul de São Paulo; (ii) Fortalecimento pelos alunos bolsistas da Licenciatura da UFABC do papel crucial do professor; (iii) Fortalecimento da integração academia-Sistema de Ensino; Resultados Quantitativos: (a) 25 Entrevistas com professores (83%, 25 realizadas/30 previstas); (b) Visitamos 9 escolas da Zonal Sul de SP; (c) 25 vídeos editados e postados na Internet (100% editado); (d) Evento de Abertura com 16 Escolas Participantes; (e) Oficina Pedagógica com 1 Escola Participante; (f) Resenhas Escritas das 25 entrevistas; (g) Entrevistas com 5 professores da UFABC ligados à Licenciatura Conclusões: são notáveis e inspiradores os grandes esforços que vários professores mostraram em busca de uma relação professor-aluno próxima e sempre na busca da melhoria da qualidade do processo ensinoaprendizagem, muitas vezes extrapolando em muito o papel do professor totalmente dedicado em sala de aula. Vários foram os exemplos aprendidos. Foram muito enriquecedoras as entrevistas, para ciência mais próxima da realidade das escolas públicas e do esforço e dedicação dos professores. Palavras chave: Novas Metodologias de Ensino/Pedagogia de Projetos/Formação de Professores EDU - 044 FDE - Fórum de Discussão Estudantil Matheus de Freitas Cecílio; Anna Carolina Moneia. Instituição: Unesp - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho E-mail de contato: [email protected] O Grupo de Estudos e Pesquisa em Organizações Internacionais da FFC - Unesp Marília (GEOUnesp) promove anualmente, desde 2008, o Fórum de Discussão Estudantil, que visa oferecer aos estudantes do ensino médio das redes pública e privada do município de Marília a possibilidade de vivenciar o contexto da produção de resoluções no âmbito das Organizações Internacionais. Para tanto, instiga-se o debate sobre temas que são pauta na agenda internacional contemporânea, sendo utilizada como via metodológica a simulação de dois comitês da Organização dos Estados Americanos (OEA), os quais são escolhidos a partir dos respectivos assuntos tratados. Cabe destacar que as temáticas são escolhidas anualmente, através de um tema transversal. Neste ano será discutido a 'Cooperação para Segurança nas Américas'; em que um dos comitês terá como ponto central os refugiados na América (Comissão de Assuntos Jurídicos e Políticos - CAJP), enquanto o outro, Segurança e Defesa (Comitê de Segurança Hemisférica - CSH). Assim, os alunos formam delegações, representando um país membro da OEA, em que deverão seguir a política externa do país representado em termos diplomáticos, além de ser requisito o seguimento das devidas normas de conduta da Organização. Para fomentar as dimensões do debate são produzidos dois guias de estudo relativos às temáticas dos comitês, os quais dão um panorama geral sobre as diretrizes da OEA. Nos guias, são também apresentados os princípios gerais das políticas externas dos países que norteiam a atuação destes em relação as pautas que serão trabalhadas. A autoria dos guias é de três alunos do ensino superior, sendo que durante a simulação dos fóruns serão estes três os responsáveis por compor a mesa moderadora do debate durante as sessões dos comitês. Em suma, como é próprio das simulações, esta experiência de aprendizagem propicia aos participantes o desenvolvimento de suas capacidades argumentativa e crítica, a fim de que eles possam se posicionar nos debates sobre as temáticas mencionadas. Portanto, as simulações, conforme propostas neste projeto, pretendem se tornar situações em que a pesquisa e o ensino sejam utilizados como meios para aprendizagem significativa e dirigidos para a discussão dos problemas e demandas sociais no âmbito internacional, contribuindo para o desenvolvimento intelectual, moral e crítico de cada um dos participantes. Palavras chave: Simulação / Organização dos Estados Americanos / Ensino Médio / Diplomacia / Relações Internacionais EDU - 045 Provocações Filosóficas Mayara Maciel dos Santos; Caterine Zapata Zilio Barros; Hemrique de Souza Polesi; Jamile Queiroz Gomes; Patrícia Golçalves Dias; Stefanie Andrade Prandi Mendes. Instituição: UFABC E-mail de contato: [email protected] Resumo: O projeto Provocações Filosóficas tem como objetivo levar as reflexões filosóficas para diferentes públicos, com uma linguagem mais informal e apropriada para faixas etárias e grupos sociais distintos. Tentando alterar a visão do senso comum sobre a filosofia, como sendo algo distante e difícil de ser assimilado. O Projeto utiliza metodologia diversificada que busca aproximar uma temática filosófica estabelecida previamente, de seu público alvo. Promovendo discussões acerca das ideias de filósofos, fazendo uma aproximação de suas ideias com o público, mostrando que as nossas indagações cotidianas fazem parte do repertório de diferentes filósofos ao longo de mais de dois milênios de história da filosofia. Trabalhamos em escolas, parques e demais locais com público amplo, mostrando como a filosofia pode ser compreendida e como ela já faz parte do dia-a-dia de todos. É um desafio conseguir levar a filosofia para fora dos muros da universidade, e esse é o maior objetivo desse projeto. Palavras chave: Filosofia/ Filosofia da Educação/ Metodologia EDU - 046 PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA Mirian Pacheco Silva Albrecht; Evonir Albrecht. Instituição: UFABC E-mail de contato: [email protected] A oficina de extensão "Produção de Materiais Didáticos para o Ensino de Ciências e Matemática" foi desenvolvida na UFABC ao longo do ano de 2014. O principal objetivo desta oficina foi fornecer subsídios aos professores da Educação Básica para a construção de materiais didáticos para as disciplinas de Ciências, Biologia, Física, Química e Matemática. A opção teórica que sustentou as discussões e debates foi a Educação CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade). A oficina compreendeu uma carga horária total de 30 horas. Para o cumprimento dessa carga horária foram realizados seis encontros com a duração de quatro horas e um encontro de seis horas. Os encontros de quatro horas ocorreram aos sábados pela manhã das 8h às 12h. O encontro de seis horas ocorreu em uma quarta-feira, na ocasião da Semana de Ciência e Tecnologia. O público participante da oficina foi composto principalmente por professores de escolas públicas e alunos da graduação das diferentes licenciaturas da UFABC. Como resultado foram confeccionados diversos materiais didáticos com material de baixo custo. No primeiro encontro foi feito um levantamento de sugestão de atividades e ou temas que os participantes gostariam de trabalhar. Essas sugestões serviram como subsidio para a elaboração do planejamento dos outros encontros. Ao final de cada encontro um dos professores participantes era escolhido, voluntariamente, para aplicar na sua sala de aula o que havia sido construído no encontro. Este era incumbido de, além de aplicar a atividade, realizar a avaliação da sua própria prática docente e socializá-la com os outros colegas no encontro seguinte. Da mesma forma, em cada encontro, um outro participante ficava responsável por ensinar aos demais cursistas uma atividade de sucesso que ele desenvolveu na sua sala de aula. Esse momento do encontro ficou conhecido como 'Uma Prática que deu certo'. Os encontros eram divididos em etapas, a primeira que correspondia a abertura de cada encontro era denominada Sensibilização. No segundo momento era proposta alguma atividade sobre as sugestões ou temas que os alunos apresentaram no primeiro encontro. No terceiro momento havia a socialização da atividade da 'Prática que deu certo'. O momento final, consistia da realização de uma Avaliação sobre o encontro do dia, sempre precedida por uma atividade de encerramento. Ao término da oficina, os professores manifestaram o interesse e desejo de continuar participando de oficinas ou cursos com foco na produção de material didático. Eles também relataram que os materiais produzidos na oficina estavam sendo utilizados nas aulas deles. Portanto, consideramos que a oficina contribui não somente para a aprendizagem da construção de material didático, como também para a inserção dos materiais produzidos na prática docente dos professores participantes. Palavras chave: CTS/ Formação de professores/ Material didático EDU - 047 Aulas Práticas de Química para o Ensino Médio Natal Nerímio Regone; Giovanna Comino e Santos. Instituição: UNESP - Campus de São João da Boa Vista E-mail de contato: [email protected] Muitos princípios de Química se baseiam em conceitos teóricos. Quando os princípios são fundamentados em experimentos práticos comprovam visualmente o que está sendo apresentado conceitualmente. Ao ver na prática uma definição sobre um tópico de Química, o ensino fica mais interessante e estimula o aluno a aprender mais. Com o apoio da Pró-Reitoria de Extensão (PROEX) da UNESP, neste projeto de Extensão Universitária foram apresentadas experiências de química para os alunos do ensino médio nas Escolas Públicas de São João da Boa Vista. Estas práticas foram levadas e estruturadas nas dependências das escolas. O objetivo deste projeto foi apresentar os experimentos nas escolas para que os alunos obtivessem um conhecimento prático sobre os assuntos vistos em teoria. A metodologia usada no projeto foi baseada em pesquisa descritiva sobre as práticas de reações químicas, cinética, titulação e pilhas. Neste projeto de Extensão Universitária entrou-se em contato com as escolas públicas, as aulas práticas foram agendadas e os experimentos foram apresentados aos alunos do ensino médio nas escolas. Os materiais utilizados no projeto foram equipamentos, vidrarias e soluções necessárias para a realização dos experimentos. A aluna bolsista do Projeto de Extensão da UNESP/PROEX apresentou os experimentos de Química para os alunos das escolas de São João da Boa Vista. Os resultados foram a maior participação dos alunos do ensino médio nas práticas de química, mais fácil compreensão dos aspectos conceituais envolvidos em cada experiência, e maior ensino/aprendizado voltado para os alunos do ensino secundário. Conclui-se que a abordagem deste projeto torna-se muito proveitosa no aspecto educacional e didático para o ensino de química. Palavras chave: química/educação/experimentos de química EDU - 048 FORMANDO EDUCADORES AMBIENTAIS: DO ENSINO À PRÁTICA Natália Beatriz dos Santos Oliveira; Daniel Hiroshi Rufino Toda; Isabella Perri Brito; Tais de Amorim Martinelli; Roberto Wagner Lourenço. Instituição: UNESP Sorocaba E-mail de contato: [email protected] A educação ambiental é uma ferramenta de transformação social através da qual se constroem valores voltados para a conservação do ambiente, além de ser capaz de despertar no indivíduo a consciência sobre suas ações no meio em que está inserido. Neste contexto, um dos instrumentos mais importantes para se atingir os objetivos da educação ambiental é a capacitação de indivíduos revelando-lhes seu potencial de protagonizar ações de transformação social. Assim, este trabalho apresenta a experiência adquirida após um longo período de aplicação de um Curso de Formação de Educadores Ambientais por uma Rede de Educação Ambiental UNESP Sorocaba (REAUSo), que atualmente encontra-se na sua sexta edição. O curso foi idealizado com o objetivo de fornecer ferramentas de aprendizado buscando formar Educadores Ambientais capazes de sensibilizar diferentes agentes sociais para atuarem como multiplicadores do conhecimento adquirido por meio de um processo contínuo de aprendizagem na temática de Educação Ambiental. A proposta metodológica de aplicação do curso foi baseada e concebida por multiplicadores organizados em forma de Rede, realizada presencialmente com carga horária de 30 horas. Teve como abordagem os seguintes aspectos: sensibilização, por meio de vídeos; oficinas, através de práticas com acompanhamento; experiências de vivência, apresentadas na forma de relatos de educadores mais experientes de diferentes instituições; atividades lúdicas cooperativas, apresentadas de maneira prática, com quebra-gelos e jogo conceitual de intensa interação entre os participantes, e teóricos, com palestra específica sobre o tema; elaboração de projetos, com ensinamentos metodológicos científicos para a formulação da estrutura programática e ementa, além da orientação sobre diferentes formas de captação de recursos. Ao final, os participantes apresentaram seus projetos a uma banca examinadora. Os resultados obtidos mostraram boa receptividade do público externo a Universidade, podendo-se afirmar que o método foi eficaz, pois um terço dos inscritos pertencia a outras instituições. A metodologia descrita demonstrou um resultado positivo quanto ao interesse e envolvimento dos participantes nas atividades propostas, observando-se grande interação entre o grupo e palestrantes. As atividades cooperativas surtiram efeito, tendo em vista o entusiasmo e participação de todos. As apresentações dos projetos elaborados foram satisfatórias, através das quais os participantes demonstraram domínio sobre as técnicas ensinadas e sobre os assuntos tratados. A participação da banca examinadora, formada por educadores ambientais de maior experiência, mostrou-se pertinente no que diz respeito à elucidação de dúvidas pendentes e na avaliação dos trabalhos apresentados. Desta forma, conclui-se que ações cujo cerne está na formação de agentes multiplicadores do conhecimento por Rede dependem da constante avaliação, renovação e aprimoramento das metodologias utilizadas. Além disso, têm elevado potencial de ampliar e transferir conhecimento sobre a temática Educação Ambiental, principalmente quando transcendem os muros da Universidade, permitindo a transferência do conhecimento às comunidades externas, um dos principais pilares das atividades de extensão. Palavras chave: Ensino / Capacitação / Rede de Educação Ambiental EDU - 049 Aprendendo mais jogando na escola Natália Dias; Marilena Rosalen. Instituição: Universidade Federal de São Paulo E-mail de contato: [email protected] O objetivo da presente pesquisa de Iniciação Científica foi acompanhar e analisar o processo de ensino e aprendizagem de Ciências, no Ensino Fundamental II de uma escola pública estadual de Diadema-SP, com a utilização do jogo Minecraft, sob a responsabilidade do subprojeto PibidDidática, do curso de Licenciatura em Ciências do campus Diadema-Unifesp. Como metodologia, optamos por uma pesquisa qualitativa, por adequar-se mais à compreensão da realidade escolar, que é o nosso caso, com a utilização do jogo Minecraft. A escolha pelo Minecraft foi baseada no fato de que ele é um jogo que torna o "trabalho" do aluno fascinante para a construção de uma célula eucariótica virtual, dado pela mistura de história com as atividades criativas (devido à mecânica do jogo) e possibilita atividades colaborativas.O Minecraft foi trabalhado em sua forma MinecraftEdu que é uma plataforma educativa criada para o uso de escolas e professores como ferramenta educacional, não gratuita. A mecânica do jogo está baseada no empilhamento de blocos (cubos, criando alusão ao lego), e na coleta de recursos para construção. Para aplicação do jogo os estudantes frequentavam em aulas vagas (aulas que não havia professor para ministrar o conteúdo) o laboratório de informática (que é chamado de "Acessa São Paulo"). O Minecraft exigiu dos estudantes raciocínio lógico, criatividade e concentração, para entender o ambiente do jogo, para saber que ferramenta usar, que bloco quebrar, onde quebrar, como construir, qual o layout, como vencer os desafios. Um ponto de rejeição dos estudantes que não conheciam o Minecraft foi a sua interface denotada por eles como 'antiga'. O processo de construção da célula no Minecraft mostrou tamanha capacidade de absorção de informações que estes estudantes demandam quando estão em frente ao computador, e a maneira que eles se adaptam e rapidamente sabem respeitar comandos, e estabelecer foco e atenção. O uso do jogo Minecraft, quando bem dosado e articulado, favorece o processo de ensino e aprendizagem e que se torna significante ao estudante aquilo que ele gosta, conhece, e reconhece em sua vida, ou seja, é necessário cativar nossas crianças criando ambientes agradáveis de aprendizagem. Palavras chave: Minecraft/ Tecnologia/ Educação EDU - 050 TEORIA DA EVOLUÇÃO: ENSINO E SOCIEDADE Patrícia da Silva Santos; Charles Morphy D. Santos. Instituição: Universidade Federal do ABC E-mail de contato: [email protected] A teoria da evolução é um dos pilares do ensino de ciências naturais. No pós-positivismo, teorias científicas assumem grande participação na vida ocidental. A má interpretação ou o mau uso destas teorias pode gerar danos sociais consideráveis. Em pleno século 20, os princípios de eugenia ou os zoológicos humanos representam alguns destes casos. Atualmente, com a discussão de assuntos como família nuclear, homossexualismo e xenofobia, faz-se necessário que a teoria evolutiva seja bem compreendida, a fim de evitar que o injustificável seja justificado mais uma vez pela compreensão equivocada da ciência. A difundida imagem canônica da teoria da evolução (a fila de hominídeos em progresso) tem forte influencia na percepção sobre a teoria da evolução, mesmo sendo uma interpretação errônea. O objetivo do trabalho foi o de identificar a compreensão sobre a teoria da evolução por parte de estudantes do ensino superior e professores de qualquer nível de ensino. Esta é uma pesquisa exploratória, sendo um trabalho preliminar do projeto de mestrado "Perspectiva de estudantes do ensino fundamental e médio sobre a iconografia canônica da evolução e suas interferências no ensino de Ciências e Biologia". O método usado foi a pesquisa quantitativa, realizada entre 14 e 22 de março de 2015, a partir de questionário disponibilizado em um formulário na internet com dados demográficos e 9 afirmações sobre a teoria da evolução, para as quais a resposta era binária. O convite para a participação foi enviado por e-mail, para duas escolas, e também aberto em uma rede social. A participação foi voluntária e anônima, podendo participar somente professores (de qualquer área e nível de ensino) e estudantes do ensino superior. A análise de dados foi realizada através de estatística descritiva. A pesquisa teve participação efetiva de 125 voluntários, distribuídos geograficamente na Grande São Paulo. Destes, 81,5% são estudantes. De modo geral, aproximadamente 80% dos voluntários parecem compreender a teoria da evolução. Contudo, em duas questões em particular, parece haver confusão sobre a interpretação, uma vez que 45% dos entrevistados (62,5% dos professores e 44,04% dos estudantes) conferem importância à 'marcha dos hominídeos' como forma de divulgação cientifica da teoria; e 33% (62,5% dos professores e 28,7%) consideram correta a informação de que o homem representa o maior grau de evolução entre os seres vivos. Apesar de ser um pilar para o ensino das ciências biológicas, a teoria da evolução ainda não está suficientemente clara, principalmente para docentes. Pode-se inferir, desde já, a necessidade de realizar um trabalho de formação com educadores. Além disso, a iconografia canônica da evolução parece ter grande relação com a má interpretação desta teoria. Preocupa-nos que os educadores aparentemente não estejam preparados para lidar com este assunto, diante do resultado obtido nessa análise prévia. Uma sociedade humana que se estabelece com a percepção de superioridade sobre outros seres vivos provavelmente se manterá exploratória dos recursos naturais e humanos, justificando-se através de argumentos pseudo-cientificos. Palavras chave: Evolução/ ensino de ciências/ sociedade/ marcha do progresso/ iconografia canônica. EDU - 051 Kit educacionais desenvolvidos na UFABC para despertar interesse de alunos do ensino médio pela área de Ciências Patricia Teixeira Leite Asano; Alexandre J. C. Lanfredi; Gerson L. Mantovani; Gilberto Martins; Jesus Franklin A. Romero; Juliana Tófano C. L. Toneli; Luiz S. Martins Filho; Nasser A. Daghastanli; Sônia M. Malmonge. Instituição: UFABC E-mail de contato: [email protected] Este trabalho descreverá, através de fotos e texto, a experiência da disciplina de introdução as engenharia que é uma disciplina obrigatória para os currículos de engenharia da Universidade Federal do ABC (UFABC). A universidade oferece um currículo básico comum que deve ser realizado pelo aluno e antes de fazer a opção por um dos cursos profissionalizantes oferecidos na UFABC. A disciplina "Introdução à Engenharia" apresenta a base da carreira de engenharia, as normas e regulamentações profissionais exigidas pelo Brasil. O objetivo é ajudar os alunos a escolher conscientemente suas carreiras, minimizando o problema e a precocidade na decisão de um futuro profissional. A metodologia da disciplina inclui atividades propostas pelo site TryEngineering do IEEE e dos conselhos de engenharia do Brasil. Palestras com professores convidados explicar as especialidades de engenharia: Aeroespacial, Bioengenharia, Energia, Ambiental e Urbana, Informação, Instrumentação e Automação e Robótica, Gestão e Materiais ofertadas na UFABC. Sendo assim, este trabalho relatará uma atividade propostas, e os resultados obtidos pelos alunos da UFABC até maio de 2010. Esta disciplina tinha como avaliação final a proposta para que os alunos desenvolvessem um Kit educacional inspirados nas premissas feitas pelo TryEngineering do IEEE, e estes kits deveriam ser apresentados, pelos alunos da UFABC, em uma escola pública do estados de São Paulo, e após a apresentação os mesmos deveriam ser doados a escola, para que os professores pudessem utiliza-los para fazer demonstração em sala de aula ajudando a fixar o conhecimento teórico, bem como, estes kits poderiam ficar disponibilizado na biblioteca da escola para que o aluno tivesse acesso a qualquer momento. O objetivo foi de através de simples experimentos despertarem nos alunos do ensino médio o interesse pela área de ciências e engenharia. O primeiro resultado concreto desta ação de extensão ocorreu no dia 14/09/2009 na Escola Técnica Estadual Júlio de Mesquita, rua Prefeito Justino Paixão, nº 150, Centro, Santo André, São Paulo. E houve um grande envolvimento da comunidade da escola e da UFABC. Palavras chave: Educação/ Ciência/ Engenharia EDU - 052 Interdisciplinaridade na Escola: Oficinas Pedagógicas Interdisciplinares de Ciências da Natureza e Matemática (InterCiência) Rafael D Agosta; Harryson Júnio Lessa Gonçalves; Deise Aparecida Peralta. Instituição: UNESP Ilha Solteira E-mail de contato: [email protected] O pôster pretende relatar a experiências do projeto de extensão, denominado "Oficinas Pedagógicas Interdisciplinares de Ciências da Natureza e Matemática (InterCiência)", desenvolvido pela Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira (FEIS) da Universidade Estadual Paulista 'Júlio de Mesquita Filho' (UNESP) junto a uma escola pública paulista de Ensino Médio escola que em 2014 se tornou uma escola de tempo integral. O projeto "InterCiência" propõe a realização de oficinas a alunos de Ensino Médio, em geral, que possuem dificuldades de aprendizagem em Biologia, Física, Química e Matemática. Para tanto, são viabilizadas diversas atividades pedagógicas que propõe despertar o interesse dos alunos pelas Ciências da Natureza e Matemática (CNM). A abordagem pedagógica dos conhecimentos que serão tratados nas oficinas está centrada em problematizações de 'questões sociocientíficas'. Assim, define-se os seguintes objetivos para o projeto: (i) implementar práticas pedagógicas interdisciplinares, centradas em questões sociocientíficas e outras inovações pedagógicas, com alunos do Ensino médio; (ii) colaborar com o processo de construção da identidade docente de graduandos dos cursos de licenciatura da FEIS/UNESP, inserindo-os na realidade cotidiana de uma escola pública de Ensino Médio; (iii) auxiliar a escola na formação de alunos de Ensino Médio, em geral com dificuldades de aprendizagens em CNM, por meio de práticas inovadoras, centradas em questões sociocientíficas e etnomatemática. Nas oficinas desenvolve-se atividades pedagógicas interdisciplinares numa perspectiva 'socioconstrutivista'. Como princípio metodológico, problematizou-se assuntos relacionados a realidade dos alunos para estimular o diálogo, a manifestar suas inquietações e a propor discussões. Outra estratégia adotada nas oficinas é a de criação de uma relação de confiança entre os alunos e oficineiros, de forma a esclarecer os objetivos e finalidades do projeto, enfatizando a horizontalidade das relações estabelecidas pelo grupo. Após algumas etapas de introdução e preparo do ambiente desejado, os oficineiros criam mecanismos que estimulam os alunos a se expressar e exercer um papel ativo nas atividades realizadas, visando o 'Protagonismo Juvenil' ? essência da proposta pedagógica da escola. A dinâmica estruturada na oficina centra-se em uma organização do trabalho pedagógico democrático em que os envolvidos têm o direito/dever de sugerir, criticar, acrescentar, negociar ou discordar visando uma ação coletiva/colaborativa. O projeto "InterCiência" traz benefícios aos graduandos, através de experiências adquiridas; do grande aprendizado que a vivência no ambiente escolar proporciona; aos valores incorporados na Universidade que podem ser colocados em prática; ao contato direto com os alunos que possibilita aos licenciandos experiências docentes ao lidar com prática educativa. Também aos alunos, que são diretamente beneficiados com as oficinas, por participarem de práticas pedagógicas interdisciplinares com caráter científico, democrático e político, que se preocupa não apenas com a superação das dificuldades de aprendizagens, mas com a promoção de uma formação cidadã/humana de forma integral. Consequentemente, a escola se beneficia com o auxílio que as oficinas oferecem à formação de seus discentes por meio da aplicação de práticas pedagógicas inovadoras e comprometidas com a construção de uma educação pública de qualidade. Palavras chave: Interdisciplinaridade/Clube Juvenil/Protagonismo Juvenil EDU - 053 Preparação do pedagogo para o desenvolvimento dos conteúdos de Educação Física nos anos iniciais do ensino básico: dados preliminares de uma unidade de educação infantil em Bauru. Rafael Nunes Briet; Paula Favaro Polastri Zago. Instituição: Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" E-mail de contato: [email protected] A formação e, posterior, atuação do professor de Educação Física nos primeiros anos escolares estão voltados para o alcance do desenvolvimento ótimo da criança durante a infância nos domínios motor, afetivo, cognitivo e social. No entanto, a presença deste professor dentro da pré-escola ainda é facultativa, ficando as atividades da Educação Física sobre responsabilidade do pedagogo. A questão que surge é se o pedagogo possui os conceitos e conteúdos essenciais para serem trabalhados nesta faixa etária e se os mesmos se sentem aptos a transmitir estes conteúdos. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi investigar o conhecimento dos pedagogos sobre os conteúdos da Educação Física, aprendidos durante a graduação, e o nível de confiança dos mesmos, para o desenvolvimento das aulas de Educação Física nos anos iniciais. Para tanto foi realizada uma pesquisa qualitativa na qual participaram seis pedagogas que atuam no ensino pré-escolar de uma unidade de educação infantil da UNESP do Campus de Bauru. É importante salientar que nesta unidade, é desenvolvido um projeto de extensão universitária que possibilita alunos do curso de Educação Física vivenciarem os conteúdos da área na educação infantil. Foi aplicado um questionário estruturado por três questões fechadas e quatro questões abertas que foram, posteriormente, analisadas e tabuladas. De maneira geral, os resultados mostraram que 3 pedagogas tiveram conteúdos estruturados em uma disciplina específica durante o curso de graduação em Pedagogia, 2 pedagogas tiveram apenas noções básicas sobre a temática e 1 pedagoga relatou que os conteúdos não foram abordados por disciplinas específicas no curso. Ainda, 5 pedagogas relataram se sentirem seguras para ministrar os conteúdos relacionados à Educação Física enquanto apenas 1 pedagoga relatou não estar segura para esta atividade. Apesar disto, quando questionadas sobre a dificuldade para ministrar estes conteúdos, todas as participantes relataram que, em algum momento, tiveram dificuldade com as aulas. Por fim, quando questionados sobre a presença do professor de Educação Física na pré-escola, todas as pedagogas afirmaram que seria obrigatória a inserção destes profissionais nos anos iniciais de ensino para ministrar os conteúdos da Educação Física. Com base neste resultado preliminar, pode-se concluir que há o reconhecimento por parte dos pedagogos que atuam no ensino básico de que o professor de Educação Física é essencial para o desenvolvimento de atividades educacionais voltadas para os conteúdos da área tendo em vista que embora demonstrem confiança para ministrar o conteúdo, pedagogos sentem dificuldades para desenvolvê-los. Palavras chave: Educação física / pré-escola / ensino infantil EDU - 054 Aspectos marcantes no Ciclo Básico do ensino de Graduação em engenharia utilizados como motivadores para a formação profissional. Renan Lino Izeli; Artur Pantoja Marques; João Victor Fazzan; Felipe Paes de Moura; Matheus Oliveira Santos. Instituição: UNESP - FE ILHA SOLTEIRA E-mail de contato: [email protected] De acordo com os dados da empresa Vale do Rio Doce está ocorrendo uma falta relevante e significativa de engenheiros qualificados no mercado de trabalho brasileiro e isto está afetando inúmeras empresas em âmbito nacional, sejam estas macroempresas ou até mesmo as microempresas, isso ocorre, pois muito dos estudantes se veem desmotivados na graduação e acabam optando pelo curso técnico por ser de curta duração e que traz maior praticidade e rapidez na colocação no mercado, mas isso costuma não atender às necessidades e expectativas das empresas. Percebe-se nas instituições que as desestimulações dos alunos para trocar de curso ocorrem direto no ciclo básico, pois estão presentes disciplinas de alto nível teórico com enorme carga horária e a maioria sem nenhuma praticidade que relacionam com o cotidiano de um engenheiro. Isso fica mais evidente quando em muitos alunos crescem as seguintes perguntas: 'Eu sou engenheiro ou matemático?', 'Para que eu usarei essa disciplina?'. Este trabalho contou com uma parceria de um grupo de alunos do IFSP Instituto Federal de São Paulo - Unidade de Presidente Epitácio a fim de determinar o motivo pelo qual os alunos escolhem ser técnicos ou tecnólogos em vez de engenheiros. Os estudos foram realizados por meio de entrevistas para levantar os conteúdos das matérias do ciclo básico da graduação e suas relações com o cotidiano dos engenheiros profissionais, para tentar entender e qualificar de onde vem a desmotivação dos estudantes no início do curso. Os resultados mostram que uma das maiores desmotivações foram relacionadas principalmente nas grades de cálculos, física, mecânica dos fluidos, desenho técnico e química geral que ao comparar com o dia a dia de um profissional percebeu-se que tais conhecimentos estão entre os mais necessários e relacionados. Após analisar essas matérias mais críticas e importantes com relação ao enfoque principal do projeto (desmotivação) foi proposto, com o auxílio de profissionais do ramo, como os professores, funcionários técnicos e alguns engenheiros entrevistados atuantes na profissão, alterações nos modelos dos enfoques das disciplinas de modo a garantir desde o início do curso mais ênfase e maior praticidade a essas disciplinas básicas de tal forma que permita aos discentes maior correlação do conhecimento ensinado com a vida profissional e dessa forma minimizar a parte da desmotivação relacionada a este fator que é um dos principais da evasão inicial nos cursos de graduação em engenharia. O trabalho foi desenvolvido sob demanda e com os aspectos instrucional e motivacional para a comunidade acadêmica a fim de diminuir a evasão e aumentar a procura dos cursos de engenharias pelos vestibulandos. Palavras chave: Ciclo Básico da Graduação / Desmotivação / Engenharia EDU - 055 Técnicas alternativas para o ensino de matemática: uma proposta para o ensino médio Ricardo de Sá Teles; Flávio Andrade Faria; Érica Regina Filletti Nacimento; Sidineia Barrozo; Marisa Veiga Capela; Jorge Manuel Vieira Capela; Júlia Sawaki Tanaka; Fernanda Beatriz Domingues Pontes. Instituição: Unesp - Araraquara E-mail de contato: [email protected] Um fato que vem sendo observado nas aulas de matemática oferecidas aos diversos cursos de graduação é a dificuldade dos alunos com manipulações algébricas simples. Isso se deve às deficiências de aprendizagem no ensino médio que ocorrem principalmente pela grande quantidade de conteúdos obrigatórios e a falta de tempo para que os professores possam pensar e preparar aulas com mais eficiência e recursos. Uma alternativa para estimular o aprendizado do aluno e torná-lo mais efetivo é a introdução de conceitos matemáticos contextualizados, isto é, tomam-se problemas do cotidiano como ponto de partida e a matemática necessária para resolvê-los é introduzida a partir da necessidade. Assim, aproveitam-se situações vivenciadas pelos alunos que possam ser traduzidas em conhecimento matemático. A modelagem matemática apresenta-se como uma alternativa ao ensino de Matemática na escola. A vantagem é a concretização da interdisciplinaridade que permite ao aluno enxergar relações aparentemente inexistentes. O ideal é partir de um conhecimento prévio que seja rico de significados e o papel do professor é trazer à tona a matemática envolvida. O presente trabalho tem o objetivo de relatar a experiência de docentes e alunos de graduação da UNESP com o Projeto de Extensão "Matemática acessível para todos" que tem o propósito de incluir atividades de modelagem matemática no contexto escolar. O material previamente preparado pelo docentes da UNESP foi difundido aos alunos do ensino público por meio de palestras e uma peça teatral. Para a elaboração e aplicação das palestras foram empregados diversos recursos além dos tradicionais (lousa e giz), tais como projetor multimídia, maquetes produzidas por meio de cartolina, recortes de jornais e vídeos. A criação, organização e apresentação da peça teatral foi realizada por alunos de graduação da UNESP. Ao fim do primeiro ano de execução do projeto, constatamos que os alunos alcançaram uma maturidade e uma visão mais crítica e útil sobre o papel da matemática na interpretação e na resolução de problemas. O desenvolvimento desse projeto viabilizou a criação de projetos de iniciação científica júnior. No momento esses projetos estão em execução e contam com bolsas concedidas pela UNESP/CNPq. Dessa forma, concluímos que o primeiro ciclo de palestras permitiu uma aproximação da universidade com a sociedade, esta aqui representada pelos alunos e professores da escola de ensino médio. Esse projeto também permitiu o contato de alunos de graduação da UNESP com os alunos do ensino médio, melhorando a sua formação acadêmica, permitindo um primeiro contato com o mercado de trabalho e ilustrando a importância do aprendizado de técnicas alternativas de ensino em cursos de licenciatura. No momento o projeto encontra-se em andamento e prevê-se a sua expansão para outras escolas públicas de Araraquara. Palavras chave: matemática / modelagem / ensino médio EDU - 056 PROGRAMA DE EXTENSÃO: CURSINHO POPULAR EMANCIPA Rigler da Costa Aragão; Pablo Souza da Silva; Arleto Vilhena da Silva Neto. Instituição: Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará E-mail de contato: [email protected] Este trabalho apresenta a concepção e experiência desenvolvida no programa de extensão universitária Cursinho Popular Emancipa desenvolvido na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará - Unifesspa. Com o objetivo de contribuir com acesso ao ensino superior de estudantes oriundos de classes populares e a prática da docência pelos alunos dos cursos de licenciatura, cria-se um espaço de organização e prática social destinado a juventude secundarista e universitária. Reivindicamos ser parte da Rede Nacional de Cursinhos Populares Emancipa. A rede se diferencia pela proposta que vai além de preparar o jovem para realizar um exame de seleção, mas de preparar para vida, formando cidadãos, a partir da compreensão da realidade regional e nacional até a construção da mobilização para lutar por direitos, tornando os assim, protagonistas na transformação da sociedade, baseando-se na concepção da educação popular como processo de ensino voltado para o povo, é uma educação que tem a participação da comunidade apoiando-se em sua realidade, não apenas como receptora, mas como protagonistas na construção da mudança, neste processo o educador é o orientador do processo socioeducativo, capaz de construir uma consciência crítica em relação à manipulação política das classes dominantes, educador deve estar mais aberto, mais inquieto, mais vivo, sendo assim o educador popular se questiona sobre a educação, e faz reflexões sobre sua prática. Ele trabalha o aluno como um todo, para uma educação popular eficaz, democrática, que estimule nos alunos a critica. O método científico de compreensão da realidade é o materialismo dialético, exploramos três categorias fundamentais do método: A matéria, a consciência e a prática social. O cursinho está cumprindo seu papel de ser uma alternativa para a juventude, independente de quantos entram na universidade conseguimos oferecer uma formação completar, fortalecendo a formação crítica de construção de um sujeito comprometido com as transformações sociais necessárias para sua classe social. O Emancipa na Unifesspa já é considero um projeto vitorioso que se consolida. A cada ano tem contribuído para que, jovens de classes populares ingresse no ensino superior, seu reconhecimento não vem apenas pela quantidade de aprovações nos processos seletivos, mas pela ocupação do espaço universitário por jovens que veem a educação e a universidade pública como meio de mudança de sua condição social. Palavras chave: Universidade/Extensão/cursinho EDU - 057 PROCESSOS AFETIVOS E RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO CONTEXTO ESCOLAR: CONTRIBUIÇÃO TEÓRICA À PRÁTICA PROFISSIONAL Rita Maria Manjaterra Khater; Milena Luiza Gomes. Instituição: PUC Campinas E-mail de contato: [email protected] As atividades de extensão de contribuição teórica à prática profissional estão vinculadas ao projeto de extenção "Processos afetivos e relações interpessoais no cotidiano escolar" desenvolvido pela PROEXT da Pontifícia Universidade de Campinas atuando com os professores,coordenadores pedagógicos e gestores da rede pública de ensino municipal.A forma de trabalho se constituiu em grupos de estudos realizados em equipamento público do município onde professores expontaneamente se inscreviam para 13 encontros semanais. Um total de 3 módulos com 13 encontros cada foi realizado no ano de 2014 cada módulo contou com cerca de 15 participantes. O desenvolvimento desse plano incluiu entre outras atividades, eventual participação de uma das autoras em reuniões do grupo de pesquisa institucional do programa de pós graduação em Psicologia da PUC Campinas - Processos de Constituição do Sujeito em Prática Educativas . A participação nesse grupo somada à busca de outras contribuições teóricas sobre os processos que constituem os sujeitos em práticas educativas, serviu como referencia para subsidiar conteúdos teóricos oferecidos para o grupo de profissionais da rede pública e como material de reflexão e discussão sobre as temáticas que estudam as práticas educativas.O cotidiano escolar às vezes dificulta a busca de contribuições teóricas essenciais para o aprimoramento das práticas educativas. Oportunizar aos professores bem como à docente extensionista e outros bolsistas contribuições de material científico atualizado para que juntos reflitam sobre novas possibilidades de renovar o cotidiano escolar foi o principal objetivo dessa proposta extensionista.O referido grupo de pesquisa institucional estuda práticas educativas com enfase na teoria de Wallon , mesmo referencial teórico que dá suporte às práticas extensionistas do projeto "Processos afetivos e relações interpessoais no cotidiano escolar" desenvolvido pela PROEXT. A partir de algumas atividades especificas durante a realização da proposta foi possível constatar por meio de relatoregistrado pelos participantes que as contribuições levadas ao grupo estavam sendo altamente motivadoras.A oportunidade de saber o que se discute em grupos de pesquisa bem como de estudar material semelhante ao utilizado na academia touxe aos participantes das atividades condições de refletirem o cotidiano, por eles vivenciado, por meio de um novo olhar. Também ficou evidente que a participação de cada profissional contribuindo relatos de suas vivencias no ambiente escolar foi essencial para o encontro desejado da teoria com a prática educacional. A observação dos bolsistas e da docente constatou uma postura diferente das participantes em relação ao seu dia a dia pessoal e profissional.As professoras também demonstravam interesse na leitura e discussão dos textos até mesmo de socializa-los nas suas escolas de origem para que outros profissionais tivessem acesso aos conteúdos por elas avaliados como contribuições altamente relevantes. Esse interesse facilitou a divulgação da teoria nos espaços educacionais complementando de modo significativo para avaliação positiva dos resultados da proposta extensionista sugerindo futuras oportunidades para o diálogo entre prática e teoria. Palavras chave: educação/prática profissional/contribuição teórica EDU - 058 Jardim Sensorial com Frutíferas Rodrigo Salgado Prata; Renata Aparecida de Andrade; Amanda Garcia Bagatim; Guilherme Nacata. Instituição: Unesp Campus Jaboticabal FCAVJ E-mail de contato: [email protected] O Jardim Sensorial com Frutíferas integra um projeto de extensão universitária intitulado "Frutificando", que conta com apoio financeiro da Pro Reitoria de Extensão (PROEX) da Universidade Estadual Paulista (UNESP) e vem sendo realizado no Centro de Educação, Treinamento e Atividades Profissionais (CETAP) da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Jaboticabal desde 2012. Para implantação do espaço sensorial, foram realizadas visitas e um estudo da área onde seria implantado o projeto, visando à elaboração de um projeto paisagístico para um maior aproveitamento do espaço, pensando inclusive na acessibilidade em toda a área, auxiliando na sensação de bem estar dos visitantes. As novas frutíferas que foram plantadas passaram por estudo de fenologia e também de melhor espaço físico a ocuparem, permitindo seu pleno desenvolvimento. Foram criadas diversas situações com diferentes materiais em seu interior, compondo um circuito, onde os visitantes, caminhando descalços, experimentam várias sensações. O objetivo do espaço como um todo foi à composição de um ambiente onde pudessem ser trabalhados os sentidos humanos: tato, olfato, visão, paladar e audição, sendo todo cuidado necessário tomado em sua composição. Este Jardim é uma fonte inesgotável de possibilidades de trabalhos pedagógicos e psicológicos, que vem sendo muito bem explorado pelos professores da associação. Neste local acontece visitação também de outras instituições, onde são realizadas muitas atividades. O Jardim Sensorial com Frutíferas visa qualidade de vida e bem estar aos alunos que frequentam a instituição, sendo projetado de forma a ser um local agradável e harmônico, propiciando desenvolvimento psicopedagógico pelo estímulo dos sentidos, utilizando, para tanto, plantas com diferentes texturas, colorações e odores de flores, folhas e frutos, além de distintos sabores de frutos. Neste jardim tem várias espécies de árvores frutíferas, com a finalidade de instruirmos os beneficiários sobre cuidados com plantas perigosas, aproveitando para traçarmos paralelos com acontecimentos e as atitudes vivenciadas no cotidiano, além do conhecimento de novas espécies frutíferas e o estímulo à alimentação saudável. A implantação do jardim foi altamente positiva, obtendo-se um local agradável, com várias possibilidades de uso, seja para atividades de lazer ou educacionais, proporcionando bem estar aos alunos, visitantes e aos funcionários que trabalham na APAE de Jaboticabal. Palavras chave: educação ambiental/ percepção sensorial/ frutíferas jardim sensorial EDU - 059 PRODUÇÃO DE INSTRUMENTOS MUSICAIS EM MADEIRA E RESÍDUOS FLORESTAIS E DA INDÚSTRIA MADEIREIRA João Paulo Cachaneski Lopes; Sarah David Muzel; Maristela Gava. Instituição: Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" E-mail de contato: [email protected] O desenvolvimento deste projeto baseia-se na lei federal 11.769/08 que tornou obrigatório o ensino de música em todas as escolas brasileiras de ensino fundamental e médio, cujo prazo para adequação dos currículos expirou em agosto de 2011. Segundo profissionais e especialistas da área, o ensino da música contribui para o desenvolvimento da criatividade, da sensibilidade e promove a sociabilização da criança. O trabalho com música desenvolve as habilidades físicocinestésica, espacial, lógico-matemática, "ao entrar em contato com a música, zonas importantes do corpo físico e psíquico são acionadas - os sentidos, as emoções e a própria mente. Por meio da música, a criança expressa emoções que não consegue expressar com palavras. A música faz bem para a autoestima do estudante, já que alimenta a criação". O projeto vem também, ao encontro da crescente busca por alternativas às madeiras tradicionalmente utilizadas na produção de instrumentos musicais, como o pau-brasil, por exemplo, cuja disponibilidade é cada vez mais escassa. O projeto tem como objetivo colaborar para a inclusão do ensino de música em uma escola pública municipal da cidade de Itapeva, adotada como piloto, bem como contribuir para a formação profissional dos discentes que em breve entrarão no mercado de trabalho. O projeto propõe o desenvolvimento e produção de instrumentos musicais aproveitando o potencial madeireiro da região de Itapeva, a partir da utilização de madeiras provenientes de plantios florestais e resíduos florestais e de processamento da madeira. Está sendo conduzido através de uma oficina ministrada por professores da Escola Municipal de Formação Musical Hugo Belezia (EMFMHB), que capacitam os alunos do Curso de Engenharia Industrial Madeireira na produção dos instrumentos musicais e ministram aulas de iniciação musical para os alunos de uma turma de quarto/quinto ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Leonor Cerdeira (EMEFLC), auxiliados pelos bolsistas do projeto. Foram produzidos protótipos de idiofones, que são instrumentos cujo som é obtido pela vibração do seu próprio corpo, sem necessidade de nenhuma tensão, tais como reco-recos, chocalhos, clavas, blocos sonoros, todos em madeira. Também foram confeccionados paus de chuva com tubos de papelão, que são resíduos de uma copiadora. Um cajón, um xilofone e instrumentos de percussão, como surdos, caixa clara, tons e bumbos. Ao elaborar e produzir instrumentos musicais, os alunos puderam aplicar os conhecimentos obtidos em sala de aula, como por exemplo, o estudo das propriedades necessárias para que uma madeira seja classificada como de qualidade para a produção de um instrumento, noções de escala métrica, maquinário, equipamentos e demais conhecimentos necessários para a execução dos projetos propostos.O projeto em questão tem uma vertente social, o que contribui não só para a formação profissional desses alunos, mas também para o crescimento pessoal dos envolvidas. As crianças envolvidas no projeto apresentaram um melhor desenvolvimento das habilidades motoras e em sua socialização com os demais colegas. Palavras chave: Lei 11.769/08/ Música/ Madeira EDU - 060 ESPAÇO EDUCATIVO: MUSEU DE ANATOMIA DO IBB/Unesp Selma Maria Michelin Matheus; Bruno César Schimming; Camila Contin Diniz de Almeida Francia; José de Anchieta de Castro e Horta Júnior; Luiz Gustavo de Almeida Chuffa; Flavio Codina; Arlene Smargiasse. Instituição: Unesp/IBB E-mail de contato: [email protected] Os museus ao longo de seu desenvolvimento histórico, assumiram uma função educativa e, atualmente, são reconhecidos como espaços educativos não formais. Entre eles destacam-se os Museus de Ciências. Alguns deles estão relacionados às universidades, ou seja, ao ensino, à pesquisa e à extensão e, por meio deles, o público leigo, escolar e universitário tem acesso ao conhecimento científico adquirido nesses ambientes e que se encontra em exibição. O Museu de Anatomia é um espaço anexo ao Departamento de Anatomia /Unesp/Botucatu. Seu acervo compreende uma coleção de modelos anatômicos humanos, procedentes da Alemanha, pranchas para ilustração e um conjunto de várias peças ou preparações anatômicas. Semanalmente são organizadas visitas ao Museu onde são recebidos alunos do Ensino Médio do município de Botucatu e de cidades vizinhas, sendo parte das visitas agendadas pelo programa "Cultura é Currículo: Lugares de Aprender" ( Fundação de Desenvolvimento Educacional - FDE ) que fornece ônibus e lanche aos alunos. O objetivo desse projeto de extensão junto ao Museu de Anatomia é favorecer aprendizagem recíproca de alunos e professores; promover valorização da escolha profissional; servir de laboratório didático aos Licenciandos de Ciências Biológicas; ampliar o conhecimento sobre educação Sexual e desmistificar a Anatomia. A visita tem início através de preleções teóricas com base no material do acervo onde se procura responder às indagações dos docentes e discentes do Ensino Médio. Após a visita, os alunos juntamente com o docente responsável, são conduzidos a uma sala anexa, onde é ministrada uma aula teórico prática, sobre o tema Métodos Anticoncepcionais e DST, tema este sugerido pela Delegacia de ensino, como parte integrante do projeto de Educação Sexual. O tema em pauta têm sido abordado com base anátomo - fisiológica suscitando revisão de vários conceitos biológicos.Participam do projeto como monitores alunos do curso de Ciências Biológicas Licenciatura. Finalizando a visita tem sido realizada avaliação por questionário entregue aos professores, e através da escolha de "bolinha" colorida -depositada em uma urna- pelos alunos: vermelha - Pare: não gostei, amarelo - Atenção: gostei mas.., Verde - Adorei: siga em frente. O número de visitas tem crescido anualmente, sendo que em 2014 foram recebidos 41 escolas, 62 professores , totalizando 1630 alunos. A avaliação tem nos indicado 99% de satisfação. Os alunos de graduação envolvidos são beneficiados pela oportunidade de vivenciar a relação aluno professor e também trocar experiências. Ao demonstrar a Anatomia de maneira, curiosa, interessante e segundo os alunos 'inesquecível', acabamos por despertar a vocação para a área da saúde. O tema ministrado propicia o reconhecimento e identificação do cidadão com suas raízes mais profundas, ou seja, sua origem, desenvolvimento, reprodução, métodos anticoncepcionais e prevenção de doenças, levando à formação de cidadãos críticos e conscientes. Além disso, o conhecimento do próprio corpo conduz à valorização pessoal, do próximo e do meio ambiente onde se vive, estreitando-se desse modo a relação entre a universidade e a Os museus ao longo de seu desenvolvimento histórico, assumiram uma função educativa e, atualmente, são reconhecidos como espaços educativos não formais. Entre eles destacam-se os Museus de Ciências. Alguns deles estão relacionados às universidades, ou seja, ao ensino, à pesquisa e à extensão e, por meio deles, o público leigo, escolar e universitário tem acesso ao conhecimento científico adquirido nesses ambientes e que se encontra em exibição. O Museu de Anatomia é um espaço anexo ao Departamento de Anatomia /Unesp/Botucatu. Seu acervo compreende uma coleção de modelos anatômicos humanos, procedentes da Alemanha, pranchas para ilustração e um conjunto de várias peças ou preparações anatômicas. Semanalmente são organizadas visitas ao Museu onde são recebidos alunos do Ensino Médio do município de Botucatu e de cidades vizinhas, sendo parte das visitas agendadas pelo programa "Cultura é Currículo: Lugares de Aprender" (Fundação de Desenvolvimento Educacional - FDE ) que fornece ônibus e lanche aos alunos. O objetivo desse projeto de extensão junto ao Museu de Anatomia é favorecer aprendizagem recíproca de alunos e professores; promover valorização da escolha profissional; servir de laboratório didático aos Licenciandos de Ciências Biológicas; ampliar o conhecimento sobre educação Sexual e desmistificar a Anatomia. A visita tem início através de preleções teóricas com base no material do acervo onde se procura responder às indagações dos docentes e discentes do Ensino Médio. Após a visita, os alunos juntamente com o docente responsável, são conduzidos a uma sala anexa, onde é ministrada uma aula teórico - prática, sobre o tema Métodos Anticoncepcionais e DST, tema este sugerido pela Delegacia de ensino, como parte integrante do projeto de Educação Sexual. O tema em pauta têm sido abordado com base anátomo - fisiológica suscitando revisão de vários conceitos biológicos.Participam do projeto como monitores alunos do curso de Ciências Biológicas - Licenciatura. Finalizando a visita tem sido realizada avaliação por questionário entregue aos professores, e através da escolha de "bolinha" colorida -depositada em uma urna- pelos alunos: vermelha - Pare: não gostei, amarelo - Atenção: gostei mas.., Verde - Adorei: siga em frente. O número de visitas tem crescido anualmente, sendo que em 2014 foram recebidos 41 escolas, 62 professores , totalizando 1630 alunos. A avaliação tem nos indicado 99% de satisfação. Os alunos de graduação envolvidos são beneficiados pela oportunidade de vivenciar a relação aluno - professor e também trocar experiências. Ao demonstrar a Anatomia de maneira, curiosa, interessante e segundo os alunos 'inesquecível', acabamos por despertar a vocação para a área da saúde. O tema ministrado propicia o reconhecimento e identificação do cidadão com suas raízes mais profundas, ou seja, sua origem, desenvolvimento, reprodução, métodos anticoncepcionais e prevenção de doenças, levando à formação de cidadãos críticos e conscientes. Além disso, o conhecimento do próprio corpo conduz à valorização pessoal, do próximo e do meio ambiente onde se vive, estreitando-se desse modo a relação entre a universidade e a sociedade. Palavras chave: anatomia/ museu/ educação EDU - 061 EXPERIMENTAÇÃO DEMONSTRATIVA COMO MEIO DE DESPERTAR O INTERESSE PELA QUÍMICA NO ALUNATO DE NÍVEL MÉDIO DAS ESCOLAS DE BOTUCATU Sônia Maria Alves Jorge; Ana Ccarolina Oliveira Souza; Kaoane Maria Dalcin; Pedro de Magalhães Padilha; Gustavo Rocha de Castro. Instituição: UNESP E-mail de contato: [email protected] Introdução: Nos últimos quatro anos, temos demonstrado, usando uma linguagem simples e material do cotidiano, uma série de experimentos de química que envolve conteúdos dessa disciplina que são ministrados no nível médio de ensino. Estas apresentações têm sido feitas em escolas da rede pública de Botucatu. Objetivos: Prosseguir na divulgação da química no nível médio por meio da demonstração de experimentos de forma descontraída e impactante estimulando o interesse por essa disciplina e promovendo uma reflexão sobre os temas abordados. Metodologia: Neste período, o projeto foi desenvolvido por duas alunas bolsistas dos cursos de Física Médica e Ciências Biomédicas, e supervisionado por um docente do Departamento de Química e Bioquímica do Instituto de Biociências da Unesp de Botucatu (IBB). Os experimentos: 'Lâmpada de Lava', 'Química Sangrenta' e 'Revelação de Impressões Digitais' foram apresentados na EE Prof. Francisco Guedelha. Resultados: Em um béquer de 1 L, foram colocados ~150 mL de água contendo um corante vermelho (anilina). A essa mistura, foram adicionados ~500 mL de óleo, resultando numa mistura heterogênea na qual o óleo, por ser menos denso que a água, ficou por cima. Após a adição de sal de fruta, foi observada a formação de bolhas vermelhas subindo e descendo como na lâmpada de lava. Esse efeito, bastante chamativo, é consequência do desprendimento do CO2 liberado pelo antiácido. Ele faz com que as bolhas se formem e subam para a parte superior do béquer. Nessa região o CO2 é liberado fazendo com que elas desçam provocando uma espécie de chuva dentro do óleo. Para o experimento 'Química Sangrenta', foram preparadas duas soluções dos sais cloreto férrico e tiocianato de potássio pela dissolução de 1g de cada sal em 20 mL de água em béqueres separados. Após umedecer os braços de alguns alunos voluntários com a solução de cloreto férrico, uma faca (sem corte), molhada na solução de tiocianato, foi passada nos braços deles. À medida que a simulação de cortes era sendo feita, observava-se o 'sangue' aparecendo. A explicação é baseada na reação entre íons ferro (III) e tiocianato formando um complexo de cor vermelha (Fe3+ + SCN- ? FeSCN2+). Para a revelação de impressões digitais de um aluno também voluntário, foi colocado iodo metálico dentro de um erlenmeyer cuja boca foi tampada com algodão. Esse foi aquecido, usando uma chapa de aquecimento, até que o erlenmeyer ficasse cheio de vapor de iodo de cor violeta. Com auxílio de uma pinça, foi colocada uma tira de papel de filtro com as impressões digitais dentro do erlenmeyer e após alguns segundos observou-se o aparecimento delas no papel. Ao tocarmos alguma superfície com os nossos dedos, deixamos resíduos de gordura, suor, aminoácidos e proteína. Ao ser sublimado, os vapores do iodo irão dissolver-se na gordura impregnada pelo nosso dedo, deixando-a com uma cor acastanhada, permitindo a visualização da impressão digital com algum detalhe. Conclusões: O uso de experimentos que apresentam impacto visual tem sido eficiente na divulgação da química. Além disso, desperta a observação, motivando o entendimento desta ciência. Palavras chave: escola pública/ ensino médio/ demonstração de experimentos EDU - 062 Universidade e espaços de Ciência: uma aproximação necessária Vanessa Aparecida do Carmo; Maria Isabel Vendramini Delcolli. Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC E-mail de contato: [email protected] No Plano de Desenvolvimento Institucional 2013-2022 da UFABC (2013, p.63) consta que um dos grandes desafios da universidade é a promoção de um duplo movimento: 1) de um lado, a universidade deve promover o reconhecimento mais equitativo das práticas de ensino, pesquisa e extensão; 2) de outro, as práticas extensionistas devem eleger a difusão do conhecimento cientifico e tecnológico como atividade prioritária, superando a ideia da prática extensionista como consultoria empresarial ou assistência comunitária. No que se refere a difusão do conhecimento científico e tecnológico como forma de viabilizar outras práticas extensionistas foi criada no dia 14 de outubro de 2014, pela Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do ABC a Seção de Divulgação Científica cujo objetivo é difundir de forma prática e organizada trabalhos científicos realizados na Universidade com a finalidade de contribuir efetivamente com a sociedade e a região onde ela está inserida, partindo da premissa de que a ciência deve ser democratizada. Uma das primeiras ações da Seção foi uma parceria entre a UFABC e a Sabina Escola Parque do Conhecimento, um dos principais centros de ciências interativos de educação contemporânea do Estado de São Paulo, cuja missão é ser um grande laboratório para escolas, não só municipais, mas estaduais e particulares, localizado na mesma região onde está inserida a Universidade. Parcerias entre centros de ciência e universidades têm um papel importante na divulgação científica. Essa relação também impulsiona a conscientização do público a respeito da ciência no cotidiano. A aproximação da UFABC com a Sabina traz vantagens para ambos os lados. Para os professores da Educação Básica da região foram propostas atividades pela Universidade com caráter formativo. A universidade contribui para uma maior divulgação do espaço de ciência influenciando ida de novos visitantes com o objetivo de se apropriarem do local. Os graduandos de licenciaturas tem uma importante oportunidade de convívio com professores e alunos. Além disso, é interessante a promoção de ações conjuntas como forma de não gerar a necessidade de duplicação de equipamentos na mesma região. Para os pesquisadores da UFABC é também uma oportunidade ímpar de se aproximarem das necessidades e problemas existentes da região, e de divulgarem conceitos e resultados de suas pesquisas com uma linguagem simples e acessível, permitindo que os novos conhecimentos gerados na universidade possam fazer parte do cotidiano do cidadão. Deste modo, analisando os benefícios extensionistas conquistados por meio da interação entre a Sabina e a UFABC, é possível inferir que parcerias como esta, não são apenas importantes e sim, necessárias, pois todos ganham: a Universidade, a Sabina e principalmente a sociedade. Palavras chave: divulgação científica/ universidades/espaços de ciência/parceria EDU - 063 O Laboratório de Ensino e Pesquisa em Educação Matemática: Reflexões Teóricometodológicas no Contexto da Formação de Professores Vanessa Cerignoni Benites Bonetti; Rosana Giaretta Sguerra Miskulin; Miriam Godoy Penteado; Matheus Pereira Scagion; Rodrigo Souza. Instituição: Unesp/Rio Claro E-mail de contato: [email protected] Um dos meios de se constituir a prática docente pode ser através da aprendizagem compartilhada entre os pares. Neste sentido, o Laboratório de Ensino e Pesquisa pode se tornar um espaço privilegiado para ocorrer a integração entre alunos e professores da Licenciatura em Matemática e da Pós-Graduação em Educação Matemática da Unesp/Rio Claro, professores da rede estadual de ensino e a comunidade. Assim, este projeto de extensão buscou utilizar o Laboratório de Ensino e Pesquisa como um contexto propício para a formação inicial e continuada de professores que ensinam Matemática. Isso se justifica pela importância em oferecer oportunidades, a professores em serviço e futuros professores, para vivenciarem espaços formativos, juntamente com matérias didático-pedagógicos, tais como materiais manipulativos, vídeos, jogos educacionais e algumas tecnologias presentes na sala de aula. Além disso, o projeto buscou, por meio das atividades de extensão, realizar uma aproximação entre a prática e a teoria, a partir da interrelação da visão acadêmica e a visão dos professores e futuros professores. Desta forma, discussões de cunho teórico e prático, referentes à implementação da tecnologia no ensino e pesquisa, às potencialidades didático-pedagógicas dos jogos e materiais manipulativos, de vídeos, além de outros recursos didático-pedagógicos, fizeram parte das atividades práticas desenvolvidas. O projeto conta com a participação de alunos bolsistas da graduação, professores coordenadores do curso de Licenciatura em Matemática e de alunos do mestrado e doutorado do Programa de Pós-graduação em Educação Matemática que atuam como colaboradores. Assim, são desenvolvidos cursos de curta duração e atividades matemáticas em diferentes contextos. As atividades recentemente desenvolvidas foram: Curso de Informática para pessoas da terceira idade; Conversa sobre Educação Matemática (espaço aberto à comunidade para refletir e propor temas para debate); Mostras de Espelhos e Matemática; Curso do software Cabri 3D para licenciandos em Matemática; Oficina de Lógica Matemática oferecido para professores; Curso de Matemática Financeira oferecido à comunidade e Atividades Matemáticas para pessoas da terceira idade. O público alvo deste projeto são alunos de graduação do curso de Licenciatura em Matemática, e alunos do Programa de pós-graduação em Educação Matemática- UNESP/Rio Claro e professores em exercício e alunos de escolas da Rede Pública de Ensino da cidade de Rio Claro e região. A partir das atividades desenvolvidas foi possível atingir os objetivos propostos e também oferecer subsídios teórico-metodológicos para a conscientização e a utilização do Laboratório de Ensino de Matemática (LEM), como um espaço formativo para professores e futuros professores que ensinam e pesquisam Matemática. Logo, o projeto visou discutir dimensões referentes à utilização de um LEM na prática docente de Matemática. Dimensões essas que podem ser traduzidas pelas expectativas e anseios dos professores e futuros professores ao utilizarem o LEM em suas reflexões e possíveis redimensionamentos de suas práticas e experiências docentes na utilização de Tecnologias da Informação e Comunicação e material manipulativo dentro do LEM. O projeto de extensão foi implantado em 2008 e todo ano é aprovado e renovado pela pró-reitoria de extensão da Unesp. Todas as informações sobre o projeto estão disponíveis na página: https://lemunesprc.wordpress.com/. Palavras chave: Educação Matemática / Formação de Professores / Prática Docente / Material Didático-Pedagógico EDU - 064 Produção de Materiais Didáticos Para o ensino de Ciências e Matemática: Carrinho de Bexiga Vinicius da Cunha Alves de Araújo; Josilda dos Santos Nascimento Mesquita. Instituição: Universidade Federal do ABC E-mail de contato: [email protected] É de suma importância propiciar oportunidades para que os professores da rede pública de ensino possam ter momentos de trocas de saberes e socialização de práticas. Neste aspecto, no ano de 2014, foi criado o projeto de extensão "Oficina de produção de material didático para o ensino de Ciências e Matemática" desenvolvido dentro da Universidade Federal do ABC e oferecido aos educadores da região do ABC paulista e aos discentes da própria universidade, participantes ou não do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação á docência). O principal objetivo deste projeto foi, a partir dos saberes docentes, agir como um complemento às práticas didáticas elaboradas em sala de aula por seu público alvo - professores e alunos de licenciatura dos cursos de Matemática e Ciências (química, física e biologia), em escolas de ensino fundamental e médio - através da produção de materiais didáticos de fácil confecção, e de conteúdo interdisciplinar. A partir disso, foi desenvolvida ao longo dos encontros propostos pelo projeto, uma série de atividades e dinâmicas, além da confecção dos materiais didáticos, entre estes destacamos o 'carrinho de bexiga'. O material, em questão, era voltado para o ensino de Física e Matemática no ensino fundamental II e médio, como uma ferramenta que elucidasse conceitos básicos pertinentes a estas disciplinas: velocidade, aceleração, atrito e toda a matemática utilizada para quantificar ou expressar o comportamento físico do objeto, equações de primeiro grau, as operações básicas trabalhadas consequentemente por esta e a construção e leitura de gráficos (distância x tempo). Atendendo a proposta da ação de extensão, a confecção deste material didático, foi construído a partir de materiais de fácil obtenção, como tampinhas e papelão, propiciando a construção e inclusão deste como uma ferramenta pedagógica capaz de ser utilizada inclusive em escolas presentes em regiões mais carentes. Concluímos que, a partir das discussões e reflexões levantadas pelos participantes, a confecção do 'carrinho de bexiga' pode propiciar aos alunos vivenciarem situações de aprendizagens significativas e diversificadas envolvendo conceitos interdisciplinares. Palavras chave: Ensino de Física e Matemática/ Material Didático/ Projeto de Extensão EDU - 065 A Extensão Universitária Na formação de Professores Através de "Semanas de Geografia nas Escolas" Vinicius Queiroz Freitas. Instituição: UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - Campus Ourinhos - SP E-mail de contato: [email protected] O curso de Geografia da UNESP, campus de Ourinhos, propõe atividades teóricas e práticas referentes à prática do ensino de Geografia. Durante o desenvolvimento da disciplina "Estágio Supervisionado III" propõe-se que se articulem "Projetos de ensino em Geografia". Tais projetos articulam pesquisa, ensino e principalmente extensão universitária. A metodologia aplicada é a da pesquisa-ação, incluindo uma avaliação sobre a realidade escolar, aplicação de atividades didáticas, avaliação e reflexão sobre possibilidades de melhoria do ensino nas escolas. Dentro deste contexto o "Projeto Semana de Geografia nas escolas" organiza e aplica os "Projetos de ensino" envolvendo os diferentes grupos da universidade. Em 2014 participaram 10 escolas com mais de 1000 alunos de diversos anos do Ensino Fundamental II e Ensino Médio. Participam também os alunos estagiários e os bolsistas e grupos de pesquisa da UNESP. Os temas geradores são diversificados como: Meio Ambiente; Desenvolvimento; Políticas ligadas à questão da Copa do Mundo; Guerra Fria; Cartografia; Múltiplas funções de Trabalho de um Geógrafo; Climatologia; Música; Ensino e consciência sobre o que é o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM); Urbanização; e Políticas de Resíduos Sólidos. Espelhados nos referenciais teóricos de Paulo Freire, Lana S. Cavalcantti, Nídia N. Pontuschka, Núria H. Cacete, Tomoko I. Paganelli, Luciene C. Risso, Carla C. R.G Sena, entre outros autores da Pedagogia e da Geografia. Como resultados parciais, as atividades aplicadas atingiram temas atuais e complexos que favorecem tanto os alunos das escolas quanto os professores em formação inicial, que têm a oportunidade de vivenciar a docência ainda no processo inicial de formação. Palavras chave: Professor/Geografia/Extensão EDU - 066 Educação Ambiental Contextualizada no Semiárido Piauiense Viviane Caminha Rocha; Albemerc Moura de Moraes; Gerson Luiz Mantovani. Instituição: Universidade Federal do ABC E-mail de contato: [email protected] O projeto de extensão Educação Ambiental Contextualizada no Semiárido Piauiense surgiu da necessidade de se conscientizar a população que habita o Território Vale do Canindé situado em uma região onde o bioma caatinga, único no mundo, é predominante. Ao longo dos últimos anos a região vem sofrendo de maneira intensa com as ações antrópicas provocadas principalmente pela pecuária (extensiva), o extrativismo vegetal, a agricultura, mineração, dentre outras. Dessa forma, promover a educação ambiental para os jovens dessa região se torna uma ferramenta imprescindível para a formação de cidadãos conscientes ambientalmente e replicadores de tudo que foi aprendido, pois a educação é essencial e, quando norteada por concepções interdisciplinares, podem proporcionar aos alunos um diálogo com o contexto social, econômico, político e ambiental em que se inserem. O projeto teve por objetivo realizar ações de educação ambiental contextualizada com as características do semiárido piauiense. Para isso, foram produzidos materiais didáticos e promovidas diversas palestras e atividades lúdicas desenvolvidas durante quatro encontros com temáticas bem definidas realizados na Escola Sítio Nacional na comunidade Exú na cidade de Oeiras - PI. Entre os materiais didáticos produzidos destacam-se a elaboração de duas cartilhas, uma para alunos e outra para professores, essas cartilhas são compostas por textos e diversas propostas de atividades envolvendo a temática fauna e flora. As temáticas trabalhadas durante todo o projeto foram: água, fogo, solo e fauna e flora, sendo que todas elas adequadas com as características da caatinga, após os encontros os alunos juntamente com o apoio dos docentes desenvolviam diversas atividades propostas envolvendo a temática e apresentadas no encontro seguinte. Os alunos da escola se mostraram muito interessados pelas atividades desenvolvidas e pelos temas abordados. Entre os resultados alcançados, destacam-se a produção de um livro contendo diversos textos escritos pelos alunos e quatro vídeos mostrando as atividades executadas durante os eventos. Os textos foram chamados pelos alunos de 'Cordemas', pois segundo eles seria a união da poesia com a literatura de Cordel. Frente a todos os resultados obtidos durante e após a realização do projeto, acredita-se que o maior objetivo do projeto que era a conscientização ambiental contextualizada no semiárido foi obtido. Palavras chave: Educação Ambiental/ Meio Ambiente/ Semiárido EDU - 067 Da Aplysia a Ausubel: difusão de conhecimentos sobre Neurobiologia da aprendizagem escolar Wílson de Mello Júnior; Luiz Antonio Lupi Júnior; Eliandra Nunes da Silva; Selma Maria Michelin Matheus. Instituição: Instituto de Biociências - Unesp - Campus de Botucatu E-mail de contato: [email protected] Aprendizagem, memória e atenção são temas cujo conhecimento tem se multiplicado em Neurobiologia e não há dúvidas que essas áreas possuem ampla interface com a Educação. No entanto, as recentes descobertas no campo das Neurociências parecem distantes da realidade escolar, havendo dúvidas sobre sua importância ou contribuição para a prática pedagógica. As dificuldades de uma interface entre Neurobiologia e Educação são apontadas por diversos pesquisadores e são atribuídas a diferenças de métodos, objetivos, nível de abordagem e linguagem entre essas áreas do conhecimento. A linguagem técnica científica utilizada em Neurobiologia está distante da população e sua interpretação acaba sendo superficial, pouco proveitosa e frequentemente realizada de forma equivocada pela mídia. Na multiplicidade crescente de conhecimentos sobre o cérebro humano, até mesmo pesquisadores de diferentes abordagens sobre o sistema nervoso possuem dificuldade de compreensão entre as diversas especialidades, dada a especificidade de cada linha de investigação. A Neurociência sempre despertou o interesse da população por revelar facetas sobre a autocompreensão do ser humano, contudo, a transcrição da linguagem técnica das revistas especializadas para a linguagem jornalística é difícil e, muitas vezes, realizada de forma simplista, contribuindo para a criação e manutenção de conceitos equivocados, que acabam sendo espalhados e solidificados com o tempo, conhecidos como neuromitos. Este Projeto de Extensão Universitária, apoiado pela PróReitoria de Extensão Universitária - PROEX - UNESP, é constituído por ações que visam à difusão e popularização dos conhecimentos de Neurobiologia, aplicados à aprendizagem escolar, de forma lúdica e atrativa, tanto para o professor como para o aluno da rede de ensino básico de Botucatu e região. Foram realizadas palestras, com o título: "Da Aplysia a Ausubel", voltadas a professores, e oficinas dialogadas de confecção de material didático em gesso, para alunos do ensino básico. Também foram realizados levantamentos sobre a abordagem do tema na formação de pedagogos e licenciados. Para mensurar os resultados, utilizamos as avaliações fornecidas pelos participantes, que permitiram concluir que as ações realizadas contribuem para a formação continuada do professor do ensino básico, que em sua maioria, não teve conteúdos de Neurobiologia durante sua formação docente. Em relação aos alunos participantes, alegam que poderão, através das discussões realizadas sobre o funcionamento do cérebro humano, aprimorar seu próprio processo de cognição. Também se verificou que há, entre professores e alunos, a propagação dos neuromitos mais comuns, evidenciando a influência da mídia e da ficção científica nos conhecimentos empíricos sobre o sistema nervoso. Assim, a difusão dos conhecimentos das Neurociências de forma clara, permitindo o diálogo entre as teorias da aprendizagem, as práticas pedagógicas e as pesquisas neurobiológicas, constitui importante ação de formação continuada e popularização da Ciência. Palavras chave: Difusão de conhecimento/Formação continuada/Neurobiologia/Aprendizagem escolar MMA - 001 Geotecnologia aplicada ao monitoramento ambiental: interação entre os usos múltiplos da água no Parque Aquícola de Ilha Solteira. Adauto Brasilino Rocha Junior; Silvia Maria Almeida Lima Costa; Hélio Ricardo Silva; Rafael Ervolino da Silva. Instituição: UNESP- Ilha Solteira E-mail de contato: [email protected] Com o objetivo de fomentar o desenvolvimento da aquicultura em águas da União, em 2005 a Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca (atual Ministério da Pesca e Aquicultura) formou convênio com a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Campus de Ilha Solteira, para a realização de um estudo com a finalidade de demarcar um parque aquícola no reservatório de Ilha Solteira. Essa demarcação consistiu na seleção de áreas propícias para a produção de peixes em tanques-rede, considerando parâmetros ambientais, batimétricos, e da dinâmica das águas do reservatório. O reservatório de Ilha Solteira é oriundo da construção da 3ª maior usina hidrelétrica do país, e suas águas banham territórios de três estados federativos (São Paulo, Mato Grosso do Sul, e Minas Gerais). O presente trabalho trata da utilização de ferramentas geotecnológicas no monitoramento da ocupação antrópica das margens e das águas dos corpos hídricos adjacentes (denominados braços) onde foram demarcadas as áreas aquícolas, para contribuir na identificação de possíveis atividades que estejam degradando ou eutrofizando este corpo d´água, podendo comprometer a viabilidade dos diversos usos. Foram utilizadas imagens de resolução multitemporal disponibilizadas no software Google Earth Pro, com resolução espacial de 0,5m. Identificou-se a atividade de mineradoras de brita, a ocorrência de erosões laminares, voçorocas, pisciculturas em tanques-rede, e em tanques escavados. Observouse que os diferentes usos do recurso hídrico podem ser conciliados sem conflitos, desde que seja priorizada a conservação das matas ciliares em áreas de nascentes e de leitos perenes, e utilizadas técnicas adequadas para manejo de solo. A alocação inadequada de curvas de nível, e a pecuária extensiva em pastagens degradadas evidenciaram-se um fator potencializador de processos erosivos, contribuindo para a erosão de diversas nascentes na margem do reservatório, o que contribui com o assoreamento, e com a diminuição da vazão dos leitos perenes contribuintes do mesmo. Porém a instalação de talhões, principalmente para o cultivo da canade-açúcar, com a construção de curvas de nível planejadas e de terraços com espaçamento adequado, demonstrou potencial para recuperação de áreas degradadas de forma produtiva e ambientalmente adequada. Palavras chave: Aquicultura/sustentabilidade ambiental/água/Ilha Solteira MMA - 002 Conforto térmico e a iluminação em Construções Sustentáveis Adauto Braz de Pádua; Francisco de Salles Cintra Gomes. Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS - PUC-CAMPINAS E-mail de contato: [email protected] Este trabalho está ligado diretamente ao Trabalho de Extensão do docente orientador "Sustentabilidade Ambiental considerando o Conforto Térmico e a Iluminação" que tem por objetivos "Desenvolver atividades com a participação de trabalhadores da construção civil em relação à sustentabilidade ambiental de projetos e/ou construções no que tange ao conforto térmico e à iluminação". Foi realizado em conjunto com a Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, com a participação de trabalhadores da construção civil (Público-alvo) vinculados à Comunidade São Francisco e com o Centro de Assistência Social Copiosa Redenção, da região do Campo Grande (Campinas-SP), no período de Abril a Dezembro de 2014. Tem objetivo principal: intervir na comunidade apresentando e aprofundando nos conceitos de conforto térmico e de iluminação em Construções Sustentáveis, evidenciando a sustentabilidade ambiental nos projetos e construções; e como objetivos específicos: possibilitar o diálogo e articular pensamentos sobre o consumo de energia elétrica para a iluminação e para o conforto térmico; colaborar para a conscientização sobre a Sustentabilidade Ambiental na construção Sustentável; registrar os questionamentos e as colocações dos participantes nas oficinas sobre o consumo de energia elétrica para iluminação e para o conforto térmico; elaborar material didático de fácil acesso ('cartilha'), como por exemplo: "Iluminação em Construções Sustentáveis". A metodologia contou com encontros e oficinas realizadas de forma dialogada e periódica com o público-alvo, com duração de duas horas. Foram feitas reuniões semanais de orientação com o professor coordenador com o intuito de preparar os encontros e as oficinas com o público-alvo. Foram vistos diversos temas com o público-alvo, como: o conceito de sustentabilidade ambiental voltado à construção civil; as formas de energias renováveis e qual a sua importância; e também, os diferentes tipos de lâmpadas econômicas cuja aplicação é imediata. Os encontros na forma dialogada possibilitaram muita interação e a partir das dúvidas foram elaborados os materiais didáticos. As dúvidas frequentes: Qual lâmpada gasta menos energia? O que é Sustentabilidade Ambiental? Por que não posso jogar uma lâmpada fluorescente no lixo comum? Essas dúvidas e os diálogos deram condições para exercitar uma consciência critica sobre a realidade e serviram de base para a elaboração conjunta de um manual explicativo que serviu como fio condutor. Como resultados, houve melhor interação da comunidade (em si mesma) e uma compreensão profunda de sustentabilidade diante do conforto térmico e da iluminação. As diferentes realidades contribuíram para o diálogo, conceitos vistos em sala de aula foram trabalhados para que houvesse melhor compreensão pelo público-alvo. Como conclusão, o projeto de extensão é uma experiência muito importante, pois proporciona uma visão de diferentes realidades da sociedade e das dificuldades que as circundam, onde o privilégio de ter convivido com pessoas mais simples faz entender o quão importante é valorizar a oportunidade de estar na graduação Universidade. Os participantes do público-alvo começam ganhar autonomia a partir do entendimento fruto do diálogo e da interação; o material didático foi amplamente distribuído pelo público-alvo aos familiares e amigos. Palavras chave: Extensão / Sustentabilidade ambiental / construções sustentáveis / conforto térmico / iluminação MMA - 003 2014: Retrospectiva dos 15 anos de Projeto de Extensão Universitária 'Esterilização em Cães e Gatos' Ana Beatriz Botto de Barros da Cruz Favaro; Renan Bezerra Martins; Juliane Teramachi Trevizan; Joana Zafalon Ferreira; Izabella Pazzoto Alves; Marion Brukhardt de Koivisto. Instituição: UFPR E-mail de contato: [email protected] Devido à desinformação populacional e à crescente multiplicação e abandono de cães e gatos, há 15 anos foi iniciado o "Projeto de Esterilização de Cães e Gatos, UNESP - Araçatuba", com a participação de alunos do quarto e quinto ano, professores, pós-graduandos e voluntários. Consiste na realização de procedimentos cirúrgicos de castração oferecidos a um menor custo para proprietários carentes visando o controle de natalidade, conscientização da população sobre os benefícios da esterilização cirúrgica, zoonoses, maus tratos e abandono, melhorando a saúde pública. O projeto proporciona a capacitação profissional técnico-social do aluno, aprimorando suas habilidades e a formação da conexão entre a universidade e população, além de contribuir com amostras necessárias para alguns projetos de pesquisa. Os proprietários entram em contato com a universidade e se cadastram. Posteriormente os alunos entram em contato via telefone com os proprietários para agendar a consulta pré-operatória. Durante a consulta os proprietários são abordados sobre como será a realização do procedimento cirúrgico de maneira clara para que também possa sanar eventuais dúvidas, seus riscos, benefícios e os cuidados pré e pós-operatórios necessários. Procede-se com a avaliação dos parâmetros físicos dos animais e a coleta de sangue para realização da sorologia para Leishmaniose, hemograma e bioquímico quando necessário. Quando saudáveis e com idade superior a 6 meses são encaminhados para a cirurgia. Foram realizadas 570 reuniões para execução das castrações, de 2000 a julho de 2014, foram castrados 760 felinos fêmeas, 531 felinos machos, 105 caninos fêmeas e 83 caninos machos, totalizando 1479 castrações. Até o presente momento 176 alunos integraram o projeto. Palavras chave: Esterilização/ cães e gatos MMA - 004 CURSO DE COMPOSTAGEM PARA PRODUTORES RURAIS BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA NACIONAL DE REFORMA AGRÁRIA DO MUNICÍPIO DE MIRANDÓPOLIS-SP Bruno Medeiros Coelho; Reinaldo da Silva Tosti; Cristhy Willy da Silva Romero. Instituição: Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho - UNESP, Campus de Ilha Solteira E-mail de contato: [email protected] As atividades agrícolas e agropecuárias geram grande quantidade de resíduos como restos de culturas, palhas, resíduos agroindustriais e dejetos de animais, os quais podem provocar sérios problemas de poluição. Entretanto, quando manipulados adequadamente podem suprir com vantagens boa parte da demanda de insumos industrializados, sem afetar adversamente os recursos do solo e do ambiente. O aproveitamento dos resíduos agrícolas, industriais, urbanos e florestais pode ser realizado através de um processamento simples denominado compostagem em pequena, média e grande escala desde que não cause distúrbios ao meio ambiente e à saúde pública. O presente trabalho teve como objetivo buscar o desenvolvimento sustentável por meio da compostagem dos resíduos e matérias primas existentes nas parcelas dos projetos de assentamentos da reforma agrária ao transformar este 'lixo orgânico' em adubo orgânico natural. A compostagem é um processo biológico em que os microrganismos transformam a matéria orgânica - como estrume, folhas, papel e restos de comida - num material semelhante ao solo, chamado composto, o qual pode ser utilizado como adubo. Durante o processo ocorre a decomposição dos resíduos orgânicos pelos microrganismos decompositores, os quais necessitam de condições ideais para a formação do composto, como: temperatura, umidade, aeração, pH, tipo de compostos orgânicos existentes e tipos de nutrientes disponíveis. No Projeto de Assentamento Orlando Molina, localizado no município de Mirandópolis - SP, realizou-se o curso de Compostagem de duração de 08 horas divididas entre a parte teórica e a prática. Na primeira parte houve a apresentação de conteúdo didático a respeito da conscientização ambiental (evitar queima de material orgânico seco como folhas e capins; enterro de matéria orgânica como restolho das culturas e de animais e não utilização in natura de fezes de animais nas culturas), das vantagens (evita a contaminação do solo, da água superficial e subterrânea, e do ar; além de evitar a presença de animais transmissores de doenças); e dos benefícios (economia na compra de adubos e fertilizantes). Foi discutido também a respeito da construção das leiras (pilhas) da compostagem. Já na segunda parte, executou-se a montagem das leira. Utilizou-se matéria seca (palhas, folhas e capins), matéria orgânica (esterco de vaca e de galinha, corpo de frango, cinza e restolho das culturas) e terra virgem. Participaram do curso aproximadamente 30 pessoas, dentre elas, crianças, adolescentes, adultos e idosos, por meio de perguntas e trocas de informações desde a discussão teórica até a montagem do composto. Conclui-se que os objetivos de auxiliar no aprendizado dessa comunidade foi atingido ao criar possibilidades de uma nova prática de sustentabilidade dentro de cada parcela. Palavras chave: Lixo Orgânico/Projeto de Assentamento/Sustentabilidade MMA - 005 ZONEAMENTO DA CULTURA DE CANA-DE-AÇÚCAR (Saccharum spp.) NO MUNICÍPIO DE SUZANÁPOLIS/SP. Cristhy Willy da Silva Romero; João Marcos Bertelli Franco; Hélio Ricardo Silva; Artur Pantoja Marques; Gabriel Alonso de Melo Trindade. Instituição: UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA E-mail de contato: [email protected] A cultura da cana-de-açúcar no Estado de São Paulo está se expandindo cada vez mais, com finalidade de atender a demanda por açúcar e etanol. Sendo assim, nas áreas que são cultivadas tradicionalmente, como a região de Ribeirão Preto/SP, o potencial de expansão para o seu cultivo está se esgotando, aumentando a procura por terras. Atualmente, as questões ambientais no Brasil vêm se destacando em busca de preservar o meio ambiente em relação às queimadas de cana-de-açúcar e à conservação das Áreas de Preservação Permanente. Para a prática de colheita mecanizada, a declividade máxima que é viável às colhedoras do mercado é de 12%. A escolha do município de Suzanápolis/SP foi devida esta região apresentar baixa rentabilidade agrícola e serem cobertas praticamente por pastagens. Por meio de ferramentas, técnicas de geoprocessamento e sensoriamento remoto utilizando o programa computacional SPRING versão 5.1.8, o presente trabalho tem como objetivo identificar as áreas com a cultura da cana- de-açúcar nos anos 2003 e 2012 em relação às classes de declividade, avaliando o potencial de expansão desta cultura na região e de áreas aptas à mecanização, avaliar o nível de conservação da rede de drenagem e verificar se há cultivo de cana-de-açúcar em Áreas de Preservação Permanente no município de Suzanápolis. Os resultados referentes às áreas da cultura de canade-açúcar no município de Suzanápolis foram obtidos pelo cruzamento de informações referente às classes de declividade do município fornecido pelos dados SRTM da Embrapa com os dados fornecidos pelo Canasat/INPE referente à cultura das safras 2003/2004 e 2011/2012. As técnicas de geoprocessamento utilizadas foram eficientes para a avaliação da distribuição da cultura de cana-de-açúcar nas classes de declividade e das Áreas de Preservação Permanente no município de Suzanápolis, com maior rapidez e com baixo custo. Entre as safras 2003/2004 e 2011/2012, as áreas cultivadas com a cultura de cana-de-açúcar teve uma expansão bem expressiva, sendo que as áreas com essa cultura aumentaram 210%. Entretanto este município tem um potencial de expansão para esta cultura aproximadamente de 23.592 hectares. Verificou se que há cultivo de cana-de-açúcar em algumas Áreas de Preservação Permanente, sendo necessárias campanhas de campo para verificação destes dados, devido algumas áreas estarem superestimadas. Com o Modelo Linear de Mistura Espectral, constatou se 70% das Áreas de Preservação Permanente em Suzanápolis apresentaram problemas ambientais, sendo favoráveis a assoreamentos e erosões. Palavras chave: Colheita Mecanizada / Áreas de Preservação Permanente / Potencial de Expansão MMA - 006 UNIÃO PRÓ TIETÊ- OBSERVANDO O RIO SOROCABA- SENSIBILIZAÇÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL ATRAVÉS DO MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO SOROCABA. Daniele Frascareli; Vitoria Preta Manzaro; Fabio Henrique Sicca Guiduce; Yasmin Mourtada Cassano; Juliano Rodrigues Pappalardo; Maria Teresa Frigo Serraceni; Viviane Moschini Carlos. Instituição: UNESP SOROCABA E-mail de contato: [email protected] Introdução: O núcleo União Pró-Tietê teve início em 1991 por um apelo da sociedade na despoluição do Rio Tietê e então, foi concebido o projeto "Observando o Tietê". O projeto conta com a participação da sociedade na descentralização do monitoramento da qualidade das águas e com isso, promover a percepção e conscientização sobre a gestão dos recursos hídricos no estado de São Paulo. Desde 2006, a Rede de Educação Ambiental UNESP Sorocaba- REAUSoem parceria com a SOS Mata Atlântica realiza monitoramento da qualidade da água do Rio Sorocaba que tem o intuito de integrar a sociedade local no atual cenário em que se encontra os recursos hídricos por meio da educação ambiental. Assim foi criado o projeto de extensão "Observando o Rio Sorocaba: União Pró-Tietê". Objetivo: O presente projeto visa conscientizar a sociedade, especialmente jovem, que a poluição dos recursos hídricos tem efeito direto na disponibilidade de água potável e saúde pública. Assim a educação ambiental é utilizada como ferramenta para introdução de conceitos e práticas aos jovens sobre os problemas ambientais que afetam os rios, aproximando a comunidade, disseminando boas práticas e inserindo na sociedade seres com responsabilidade socioambiental. Métodos :Através do kit cedido pela SOS Mata Atlântica são feitas análises quinzenais de variáveis relevantes a qualidade da água em um ponto do Rio Sorocaba e os resultados são dispostos no site: http://sosobstiete.znc.com.br/ para consulta da sociedade, bem como pela agência responsável da qualidade ambiental dos recursos hídricos. Também são feitas sensibilizações através de atividades dinâmica e lúdicas com alunos do ensino fundamental de escolas públicas do município de Sorocaba a fim de possibilitar a formação de cidadãos conscientes a necessidade de preservação das águas. Resultados: O projeto até o presente momento possui aproximadamente 105 coletas realizadas o período de 2006 à 2014. A qualidade da água do rio Sorocaba neste período de 2006 à 2014 teve uma variação desde aceitável que foram aproximadamente 58% das amostras, passando por regular (28%) até ruim (11%). Foi possível notar que a frequência da classificação aceitável foi de zero no ano de 2011. A partir daí a classificação mudou para regular e ruim até o ano de 2014, podendo verificar que no período de 2011 o Rio Sorocaba passou por intensas atividades impactantes e isso refletiu diretamente na qualidade da água. Em relação a sensibilização da comunidade, desde 2006 o projeto capacitou 40 alunos da escola E.E Arthur Cyrillo, 160 alunos da escola E.E. Escola Flávio de Souza, 30 alunos na escola E.E. Flávio Gagliardi e atualmente, o projeto está sendo desenvolvido na escola E.E. Prof. Julio Bierrenbach Lima com 5 salas de 35 alunos do 6° ano do ensino fundamental com atividades educacionais. Essas atividades são desenvolvidas em conjunto com o andamento do curso de Ciências. Conclusões: O projeto caminha atrelado ao curso de Engenharia Ambiental da Unesp de Sorocaba, logo, as perspectivas são que aumentem as proporções das capacitações ao longo dos anos e que o projeto continue sendo referência na área de Educação Ambiental da cidade de Sorocaba. Palavras chave: Educação Ambiental/ qualidade/ recurso hídrico/ Sorocaba MMA - 007 GEOTECNOLOGIAS NA GESTÃO AGROPECUÁRIA E AMBIENTAL DE PEQUENOS MUNICÍPIOS NO NOROESTE PAULISTA. Fabio Henrique Zanardo; Hélio Ricardo Silva; Arutr Pantoja Marques; ; Cristhy Willy da Silva Romero; Gabriel Alonso de Melo Trindade. Instituição: UNESP - FE Ilha Solteira E-mail de contato: [email protected] O presente trabalho teve como objetivo associar procedimentos de geoprocessamento para análise de indicadores agropecuários e ambientais destinados a gestão municipal, utilizando uma metodologia de fácil acesso e de baixos custos aos órgãos gestores do município de Vitória Brasil/SP. A metodologia utilizada para alcançar os objetivos propostos para este estudo dividiuse, em três grandes etapas de trabalho descritas a seguir. A primeira etapa de trabalho foi a de levantamento e revisão bibliográfica, dedicada à busca por uma base teórica de fundamentação da seleção do tema a ser abordado na área de estudo. A pesquisa de informações municipais foi realizada junto a órgãos públicos e entidades afins no âmbito estadual e federal envolvendo a pesquisa e a coleta de material existente sobre a região de abrangência do município de Vitoria Brasil, obtendo-se dados estatísticos, dados censitários da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral e da Coordenadoria de Defesa Agropecuária, Instituto Florestal, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), entre outros, sobre o município e de suas bacias hidrográficas. A segunda etapa de trabalho consistiu na construção da base de dados georreferenciados com enfoque no município de Vitoria Brasil a partir de dados e informações cartográficas e de sensoriamento remoto, que foram processados com o suporte do software gvSIG. Na etapa seguinte foi avaliada a situação do uso e ocupação do solo, sendo delimitadas as áreas das microbacias hidrográficas, e as Áreas de Preservação Permanentes (APP's) municipais. Nesta etapa metodologica foram utilizadas duas imagens do satélite RapidEye AG de 2011, multiespectrais e de alta resolução espacial, existentes no acervo do Ministério do Meio Ambiente, disponibilizadas por meio de parcerias governamentais com a prefeitura municipal. A partir dos resultados obtidos foi possível determinar, de maneira eficiente, que apenas 2,78% da vegetação originária florestal está preservada; a pecuária é a principal ocupação municipal com mais de 41% da área; citros e a cana-de-açúcar tem grande expressão no município ocupando, respectivamente, 13,23% e 7,38% da área Vitória Brasil/SP; e cerca de 70% das APP's municipais necessitaram de espécies hidrófilas para sua recuperação. Estes indicadores formam um banco de dados para consulta e apoio dos órgãos gestores, além de fonte para as tomadas de decisões administrativas, com a finalidade de direcionar os recursos para o desenvolvimento do setor rural municipal, de forma mais dinâmica, eficiente e economicamente exequível. Palavras chave: Degradação Ambiental / Sensoriamento Remoto / Sistema de Informação Geográfica MMA - 008 Mostra científica como instrumento de integração do ensino fundamental, médio e técnico com o programa de pós-graduação em Ciências Ambientais da Unesp/Sorocaba Fernando Henrique Machado; Daniele Frascareli; Carolina de Castro Bueno; Jhones Luiz de Oliveira; Fabíola Magalhães Andrade; Lucirene Vitória Góes França; Admilson Irio Ribeiro; Gerson Araujo de Medeiros; Leonardo Fernandes Fraceto. Instituição: Unesp/Sorocaba E-mail de contato: [email protected] A Mostra Científica para Jovens Talentos de Sorocaba surgiu em 2012 no curso Pós-Graduação em Ciências Ambientais da UNESP Sorocaba com a demanda dos docentes e discentes em fomentar a curiosidade científica, conhecer e auxiliar no desenvolvimento de projetos relacionados ao 'Meio Ambiente e Sustentabilidade' por alunos do Ensino Fundamental, Médio e Técnico da rede pública ou privada do município de Sorocaba. A proposta conta com temáticas específicas nas áreas de resíduos, recursos hídricos, energia, reciclagem, agricultura urbana, turismo, ecologia, educação ambiental, poluição ambiental entre outros. O objetivo principal da Mostra é incentivar os jovens do Ensino Fundamental, Médio e Técnico a desenvolverem projetos de pesquisa na área de meio ambiente e sustentabilidade em suas escolas e, assim, apresentar os resultados via exposição de painéis, sessões orais e demonstração de experimentos. O evento conta com a participação dos docentes e discentes do curso de Engenharia Ambiental e da PósGraduação em Ciências Ambientais na comissão organizadora e do apoio financeiro do CNPq. O evento ocorre no final do segundo semestre letivo, pois dessa forma alunos e professores conseguem desenvolver a ideia de projeto de pesquisa durante o ano obtendo assim resultados para discussão junto ao evento. Durante os semestres letivos os membros da comissão organizadora participam de visitas nas escolas e em eventos acadêmicos para auxiliar na divulgação da Mostra com a distribuição de cartazes e panfletos. Também é realizado contato com os professores responsáveis buscando auxílio, incentivando a participação dos alunos, bem como ajudando alunos e professores a desenvolverem projetos contextualizados na realidade escolar de cada um. A 1ª Mostra Científica contou com a participação de 4 resumos do Ensino Fundamental e 8 do Ensino Médio e Técnico. Já na segunda edição houve um aumento de 116% com um total de 26 resumos submetidos e apresentados. Os primeiros colocados (1º ao 3º lugar) no Ensino Médio e Técnico foram premiados com menção honrosa, assinatura anual de revista científica ou o pagamento do vestibular da UNESP, troféu para a escola e honra ao mérito ao aluno e também uma bolsa de Iniciação Científica do CNPq por 12 meses. Já os primeiros colocados alunos do ensino Fundamental foram agraciados com certificado de menção honrosa, uma assinatura anual de revista de divulgação cientifica, um kit de ciências, troféu para a escola e medalha de honra ao mérito para o aluno. Além do aumento da participação das escolas, notou- se o aumento da qualidade dos trabalhos apresentados devido ao fomento da curiosidade científica tanto pelos professores quanto pela participação na Mostra Científica. Nesse contexto, espera-se que a proposta aumente de proporções com o auxílio dos discentes contribuintes a cada edição do evento. Ademais, notou-se também que o estudo de ciências via desenvolvimento de projetos científicos tornou-se útil no desenvolvimento da escrita e métodos de apresentação dos alunos. Logo, espera-se que para a curiosidade e desenvolvimento científico torne-se uma atividade rotineira para os alunos e aplicável a qualquer lugar e que esse estímulo sirva para incentivar novos pesquisadores e agentes multiplicadores de conhecimento na área ambiental. Palavras chave: Mostra Científica / Jovem Talento / Meio Ambiente / Sorocaba / Unesp MMA - 009 Sustentabilidade Ambiental considerando o Conforto Térmico e a Iluminação. Francisco de Salles Cintra Gomes; Adauto Braz de Pádua. Instituição: PONTIFÍ•CIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS - PUC-CAMPINAS E-mail de contato: [email protected] Este Trabalho de Extensão tem por objetivo desenvolver atividades com a participação de trabalhadores da construção civil sobre a sustentabilidade ambiental de projetos e/ou construções no que tange ao conforto térmico e à iluminação. Esta ação, desenvolvida no biênio 2014-2015, conta com a participação de um professor e de estudantes universitários, bolsistas de extensão da Universidade, e está sendo realizada em conjunto com a Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da Pontifícia Universidade Católica de Campinas; o público-alvo é formado por trabalhadores da construção civil vinculados à Comunidade São Francisco e ao Centro de Assistência Social Copiosa Redenção, da região do Campo Grande (Campinas-SP). A metodologia conta a realização de encontros, reuniões e oficinas, que a partir dos temas apresentados e através dos diálogos dos envolvidos possibilite o aprofundamento, interação, e se busque maneiras de efetivamente contribuir, de participar e de assimilar os temas. Faz parte da metodologia a elaboração de materiais didáticos ou de caráter pedagógico, com o apoio de todos, que sirvam de apoio para buscar um bom entendimento por parte dos participantes sobre os temas de conforto térmico, iluminação diante da Sustentabilidade Ambiental. A participação de alunos bolsistas, de forma colaborativa e autônoma, vem dando condições para formação integral dos próprios estudantes que através da vivência, da participação e da contribuição com as diferentes realidades da vida, vislumbram novas soluções e novos caminhos para uma sociedade melhor. Como resultados, os estudantes têm tido possibilidades de atuarem como agentes transformadores, de crescem em capacidade crítica e, como decorrência, de se tornarem mais atentos às questões sociais e humanas. A grande ação transformadora do Trabalho de Extensão é decorrente de todo o processo, que permite a cada um, em sua comunidade, a possibilidade de diálogo, de expor suas ideias e pensamentos, de articular o pensamento, em suma, de ser um cidadão crítico, participativo em relação à realidade, oferecendo possibilidades de melhoria da sua condição humana e social. A comunidade cresce em comunicação e em interação. Somam-se aos resultados, a produção conjunta de material informativo, em linguagem de fácil acesso, versando sobre os temas tratados, com possibilidade de atingir uma abrangência maior de pessoas com o conhecimento adquirido; foram feitos quatro materiais didáticos em 2014. Com isso, além do conhecimento conjunto adquirido nas atividades, está havendo a possibilidade de descobertas de melhores condições de vida por parte do público-alvo e a conscientização de que podem ser agentes multiplicadores, levando às suas casas e aos amigos o conhecimento adquirido sobre Sustentabilidade Ambiental considerando o Conforto Térmico e a Iluminação. Palavras chave: Extensão / Sustentabilidade ambiental / construções sustentáveis / conforto térmico / iluminação MMA - 010 TECNOLOGIA LIMPA NA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM INSTITUIÇÃO FILANTRÓPICA Gerson Araujo de Medeiros; Admilson Irio Ribeiro; Marina Madid Micheletti Caetano; Felipe Goulart Moraes; Diogo Torres Amancio. Instituição: UNESP E-mail de contato: [email protected] A geração, disposição e gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos (RSU), tem se destacado como um dos principais problemas sócio-ambientais da sociedade contemporânea, principalmente nos centros urbanos. Os impactos no meio ambiente e na saúde humana provocados pela disposição dos RSU levam a necessidade de se desenvolverem tecnologias para a sua redução. Nesse aspecto, o biodigestor pode reduzir a massa de RSU em média 37,5%, além da produção de biogás. O objetivo do presente trabalho foi apresentar os resultados de um projeto de extensão desenvolvido pela UNESP, junto ao 'Educandário Bezerra de Menezes', no município de Sorocaba, relacionado ao desenvolvimento de um biodigestor adequado as necessidades de uma instituição filantrópica. Tal projeto foi aprovado no Programa de Extensão Universitária - PROEXT 2011 do MEC/Sesu e apoiado pela Pró Reitoria de Extensão da UNESP. A metodologia se baseou na caracterização dos resíduos gerados pelo restaurante da instituição filantrópica e incluiu a sua identificação, separação e quantificação, num total de seis coletas, sendo realizadas nas dependências da UNESP de Sorocaba. Após a caracterização, procedeu-se a elaboração de um plano de gestão de resíduos sólidos e de materiais de educação ambiental, como cartilhas, e um biodigestor, especialmente construído para ser uma tecnologia extensionista para a disseminação dos princípios da gestão sustentável dos resíduos sólidos junto a população. Após a construção do biodigestor, foram desenvolvidas atividades de extensão junto às crianças dessa instituição, relacionadas a geração do lixo, sua utilidade e o uso da tecnologia limpa biodigestor, como alternativa para a gestão dos RSU. Os resultados mostraram uma geração total de 254,9 kg de resíduos orgânicos, o que corresponde a uma média diária de 42,5 kg, apresentando uma umidade média de 81,8%. Esses resíduos incluem tanto os restos descartados pelos frequentadores do restaurante como aqueles gerados na preparação dos alimentos. A geração de resíduos recicláveis, os quais se referem a plásticos e metais, atingiu um total de 35,7 kg ou 7,1 kg/dia. Considerando-se um funcionamento do restaurante de 5 dias por semana, e dez meses por ano, pois no período de férias o movimento cai consideravelmente, tem-se uma geração total diária de cerca de 49,6 kg/dia, 992 kg/mês e 9,9 toneladas por ano. Somente a separação dos resíduos recicláveis já promoveu uma redução de aproximadamente 14% dos resíduos sólidos domésticos, antes destinados para o sistema de coleta de lixo de Sorocaba, ou cerca de 1,4 toneladas por ano. As atividades desenvolvidas com as crianças e jovens do 'Educandário Bezerra de Menezes' incluíram o preparo e o armazenamento dos resíduos sólidos orgânicos no biodigestor, além do acompanhamento da geração de biogás. Após o período de digestão dos resíduos de alimentos, estes foram utilizados como adubo para o plantio de árvores na própria instituição filantrópica. Deve-se destacar a relevância desse tipo de trabalho para o município de Sorocaba, o qual gera cerca de 500 toneladas de resíduos sólidos diariamente. Esse município não possui um aterro sanitário, sendo o lixo enviado para o aterro sanitário Iperó, gerando um custo de transporte e disposição. Palavras chave: biodigestor / extensão / sustentabilidade MMA - 011 Programa de apoio à legalização mineral e ambiental de Olarias da região de Rio Claro (SP) Gilda Carneiro Ferreira; Jheynne Pereira Scalco; Juan Pedro Pieroni. Instituição: UNESP/IGCE/Rio Claro E-mail de contato: [email protected] Nos municípios de Rio Claro e Corumbataí (SP) existem pequenas olarias, cujas atividades de extração mineral e de produção de tijolos, opera há várias décadas, sem orientação técnica para o aproveitamento das jazidas de materiais argilosos. Essas olarias têm atuado de modo inseguro, pois estão sujeitas à interrupção de suas atividades em decorrência da fiscalização dos Órgãos responsáveis pela gestão mineral ou ambiental. O objetivo do projeto foi oferecer suporte técnico aos associados da ASCER (Associação das Cerâmicas Vermelhas de Rio Claro e Região) para regularização das atividades de extração mineral e execução com base em critérios técnicos de mineração e ambientais. Para isto, foram realizadas as seguintes atividades: Orientação aos oleiros quanto à situação legal minerária e ambiental, das extrações e atividades necessárias à regularização; execução de ensaios físicos para a caracterização das propriedades cerâmicas dos materiais argilosos; criação de plano de recuperação de Áreas de Preservação Permanente das propriedades, a fim de obter o licenciamento das atividades. O Programa resultou no atendimento de quatorze Olarias. A legalização das atividades de extração mineral na área da jazida de cada olaria obedeceu a procedimentos gerais acordados nas reuniões com os oleiros. Nos materiais argilosos, foram caracterizadas suas propriedades cerâmicas, objetivando embasar a elaboração dos projetos de extração mineral das jazidas e subsidiar a proposição de formulações mais adequadas à fabricação de tijolos, trazendo melhorias aos processos produtivos. Quanto às questões ambientais foi realizado o diagnóstico ambiental em dez propriedades dos oleiros, visando o estabelecimento de características de degradação para as áreas de preservação permanente. Ao longo dos córregos observou-se a presença de vegetação rasteira e arbustos esparsos. Em algumas propriedades as lavras estão localizadas adjacentes a córregos ou reservatórios artificiais, o que contribuiu para alteração e assoreamento dos cursos d'água. A extração irregular em áreas de preservação permanente também causou uma grande alteração da paisagem. O diagnóstico mostrou que as APPs se encontram degradadas, ao longo do córrego que corta todas as propriedades, o Ribeirão Jacutinga. Para a elaboração de um plano de recuperação para estas propriedades, é importante que haja o planejamento em conjunto, devendo ser aplicado em toda extensão do Ribeirão Jacutinga. Uma característica comum a quase todas as propriedades estudadas é a existência de reservatórios artificiais, que são lagos formados a partir de antigas áreas de extração nas quais o freático foi atingido.Os locais das antigas lavras favoreceram a formação de processos erosivos, perda de solo e modificaram a inclinação natural do terreno. A execução deste projeto permitiu acompanhar a formação de uma associação de classe e o seu desenvolvimento como entidade, sendo que problemas em comum das olarias associadas à ASCER passaram a ser resolvidos pelo grupo. Como principal resultado deste projeto, tem-se a legalização das áreas das propriedades dos oleiros quanto à questão mineral, e como consequência a legalização ambiental está sendo executada para cada área de extração mineral. Este trabalho só foi possível e teve os resultados esperados, graças à parceria de pequenos produtores e mineradores com o poder público, universidade e órgãos governamentais. Palavras chave: Impacto Ambiental/ Licenciamento/ mineração/ argila MMA - 012 AVALIAÇÃO DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE: comparação entre o novo e o antigo código florestal brasileiro. Heloisy Marangoni; Artur Pantoja Marques; Helio Ricardo Silva; Cristhy Willy da Silva Rromero; Gabriel Alonso de Melo Trindade. Instituição: UNESP - Ilha Solteira E-mail de contato: [email protected] Os SIG (Sistemas de Informações Geográficas) são ferramentas computacionais que permitem o estudo e a observação de diversas aplicações, podendo estes serem empregados na criação de bancos de dados geográficos. As APPs desempenham diversas funções essenciais, como a regularização hidrológica, na atenuação de cheias e vazantes, na redução da erosão superficial, no condicionamento da qualidade da água e na manutenção de canais pela proteção de margens e redução do assoreamento. O reservatório de Jupiá está inserido na bacia hidrográfica do Rio Paraná entre as cidades de Andradina, Castilho (SP) e Três Lagoas - MS. Com 330 Km² de extensão, este reservatório em conjunto com a Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira, compõe o sexto maior complexo hidrelétrico do mundo. Desta forma, este trabalho teve como finalidade a comparação das Áreas de Preservação Permanente (APPs) a luz do Novo Código Florestal Brasileiro, que entrou em vigor em 2012 e a Resolução Conama n° 302 de 2002. A partir dessas análises pode-se concluir que a Bacia do Rio Sucuriú na APP dentro do reservatório da UHE de Jupiá encontra-se na Lei vigente bastante degradada, além do que, teve uma perda de 45,24% de área com relação à Lei anterior. Através dos resultados constatou-se que o novo Código Florestal difere qualitativamente e quantitativamente da Resolução Conama n° 302, pois a Área de Preservação Permanente da região estudada não só diminuiu seu tamanho em quase pela metade, como também, a maioria da sua área está degradada. Devido às distâncias serem variáveis entre as cotas analisadas, é possível inferir que haverá dificuldades tanto dos proprietários da área, quanto à Polícia Ambiental em conferir e certificar se estas estão dentro da Lei vigente. Além disto, o fato de que em algumas regiões a distância é extremamente pequena, é difícil afirmar se que a pequena faixa de preservação será suficiente para conter os prejuízos ambientais. Com isto, pode-se assegurar que estas mudanças estão contribuindo para o assoreamento e eutrofização deste corpo d' água. Sendo assim, estes processos de degradação ambiental poderão prejudicar as atividades econômicas como a produção de peixes em tanques rede e de lazer nesta rede de drenagem e a médio e longo prazo também poderão trazer prejuízos à geração de energia pela Usina Hidrelétrica de Souza. Dias (Jupiá). Com isto, estes dados apresentados servirão de referencia à maiores estudos e meios de conscientização a fim de minimizar os impactos ambientais que poderão advir em decorrência deste processo de degradação. Palavras chave: Sistema de Informação Geográfica / Sensoriamento Remoto / Complexo hidrelétrico de Urubupungá MMA - 013 Horta terapêutica na reabilitação psicossocial dos pacientes do CAPS-Registro Jonas Akenaton Venturineli Pagassini; Pablo Forlan Vargas; Letícia Gutierres Cecília; Iago Felipe Nogueira Piramo; Amanda Sellarin Alves; Maurício Santos Lima. Instituição: Universidade Estadual Paulista "JÚLIO DE MESQUITA FILHO" Campus Experimental de Registro E-mail de contato: [email protected] Disfunções ou variações psicológicas em variados graus atingem diversas pessoas, de todas as classes. De muitas maneiras, elas refletem as condições gerais de vida e as políticas sociais e econômicas de diferentes épocas. Atividades em horticultura, ecologia e educação ambiental são dinâmicas a esses grupos, com notáveis resultados práticos no microambiente onde os indivíduos estão inseridos. Diante desse cenário, e frente à atual crise ambiental, professores e estudantes do curso de Engenharia Agronômica formaram uma horta terapêutica, como forma de realização de uma agricultura orgânica e como um recurso à educação ambiental. Essa atividade viabiliza a expressão espontânea, o conhecimento das potencialidades e limitações dos pacientes, promovendo o desenvolvimento em diversos aspectos (emocional, social, intelectual e físico) e maior grau de autonomia. O projeto iniciou-se em março de 2014 e continua sendo executado. Contudo, considera-se a este, dados que vão do início, até fevereiro de 2015. A execução do projeto se deu no Centro de Apoio Psicossocial (CAPS), município de Registro-SP, com objetivo geral de instalação da horta para maior integração com a natureza. Já os objetivos específicos foram: Instrução dos pacientes a partir de conhecimentos específicos em ecologia, com metodologia acessível e aplicações práticas; Estímulo de responsabilidade sócio-ambiental; Melhoria da qualidade dos alimentos, a partir de alimentação de produtos orgânicos cultivados. As atividades se constituíram de aulas e práticas semanais, com assuntos específicos sobre Ecologia; Biomas- ecossistemas; Horticultura- plantio orgânico. Como formas de mensuração de resultados, foram simulados dois índices: Índice de Participação (a partir de frequência em aulas e notas médias atribuídas ao cumprimento das atividades esporadicamente propostas); Índice de Cooperação na Horta (a partir de notas atribuídas às atividades de horta, rega e manejos). Notas individuais dos pacientes foram coletadas mensalmente e, a partir dessas, foram obtidas notas médias (para o público como um todo), as quais constituíram esses índices. O índice de frequência desconsiderou eventuais ausências de pacientes, justificadas pelo CAPS, uma vez que o corpo de psicólogos da instituição tem recomendações específicas de repouso em domicílio e horários de atendimentos individuais aos pacientes, independentes deste projeto. Notou-se frequência máxima (todos os pacientes presentes e disponíveis a atividades participaram) durante todos os meses de atividades. Foi possível constatar oscilações iniciais nas notas referentes a participação e cumprimento das atividades propostas, de março a junho, com crescentes índices nas notas de agosto a novembro e, estagnação a partir de dezembro. Observou-se queda inicial nas notas referentes a cooperação em horta para as variáveis rega e manejo (de março a maio), com queda nas notas de regas estagnação nas notas de manejo (de junho a agosto), crescimento nas notas das duas variáveis (de agosto a novembro) e estagnação de tais nos meses seguintes. Com isso, foi possível concluir que a metodologia utilizada foi acessível para a transferência e expansão dos conhecimentos ambientais ao grupo, bem como a integração com a natureza foi ampliada a partir de maior empenho constatados nos índices. Palavras chave: Educação/ Horta Educacional/ Ecologia MMA - 014 Apoio à rede de coletivos de consumo rural urbano - projeto de extensão da Universidade Federal do ABC (UFABC). José Paulo Guedes Pinto; Vinicius Tadeu do Carmo; Michelle Sato Frigo; Leonardo Freire de Mello; Renata Silva; Juliana Aparecida dos Santos. Instituição: UFABC E-mail de contato: [email protected] Introdução O Brasil é hoje o maior consumidor de agrotóxicos do mundo e um dos poucos mercados onde a utilização de transgênicos na produção cresce. Estes fatos elevam a demanda social por alimentos produzidos de forma agroecológica e orgânica. Caso não haja uma mudança na estrutura de oferta, a tendência é que esse mercado vire um nicho de consumo de luxo, com altos preços e exigências abusivas e insustentáveis aos pequenos produtores da agricultura familiar. Uma alternativa à esse fenômeno são as redes autogeridas de produtores e consumidores que através da economia solidária e da agroecologia tentam superar a lógica capitalista do mercado, abastecendo os trabalhadores com alimentos de qualidade sem objetivar o lucro, valorizando o produtor familiar do campo e ampliando o acesso ao trabalhador da cidade. Objetivos O primeiro objetivo do projeto foi apoiar o Coletivo de Consumo Rural Urbano (CCRU) que atua na periferia de Diadema. Através de uma abordagem multidisciplinar, ajudamos a gestão da sua autogestão, procurando levar ferramentas adequadas à organização. O segundo objetivo era propiciar um ambiente para fazer emergir na UFABC um grupo de consumo semelhante ao CCRU que fosse composto por alunos, professores, técnico-administrativos, trabalhadores terceirizados e comunidade externa. Metodologia Realizamos uma troca contínua de saberes (através de reuniões quinzenais, visitas técnicas, cursos de formação) entre os participantes do projeto de extensão da UFABC e os membros do CCRU para fortalecer o grupo em Diadema. Após uma primeira rodada de contato de todos com os temas, e com as realidades, suscitou-se, através de uma assembleia aberta e ampla, a criação de outro grupo à semelhança do CCRU na UFABC. Nessa primeira etapa fortaleceu-se a estrutura dos coletivos, garantindo instrumentos para a gestão democrática: bsucnado a transparência nas contas, a decisão das regras de convívio, a apropriação das técnicas de comunicação e a sistematização dos problemas e soluções logísticas. Resultados Parciais Todos os resultados esperados foram alcançados. Os bolsistas foram a campo conhecer o CCRU e ajudaram a aperfeiçoar a comunicação, o financeiro e a logística do grupo. O resultado final foi a ampliação dos consumidores ativos pertencentes à comunidade de Diadema. (http://coletivocruabc.blogspot.com.br/) Na UFABC realizou-se uma feira agroecológica com produtores, quilombolas, indígenas, agricultores familiares e do MST, parceiros dos coletivos. Além disso realizamos um dia com debates sobre Economia Solidária, Agroecologia e Consumo Sustentável para produtores, bolsistas e membros do CCRU. Criou-se também o Coletivo de Consumo Rural Urbano Solidariedade Orgânica, que conseguiu fazer duas rodadas de distribuição de alimentos na UFABC ainda em 2014, de forma autogerida (http://ccrusolo.wix.com/coletivocrusolo). Conclusão A distribuição de alimentos agroecológicos através de coletivos autogeridos é uma forma para dar vazão à necessidade dos trabalhadores con sumirem alimentos de qualidade. O potencial dessas redes, ao eliminarem os intermediários e a necessidade da acumulação de capital, é todo o mercado consumidor da região em que atuam. As universidades e o seu agrupamento social, por subsidiarem os grupos com suas grandes estruturas e por concentrarem um mercado consumidor grande e consciente, são locais catalisadores das iniciativas. Palavras chave: autogestão/ agroecologia/ redes/ preço justo MMA - 015 Atividades de campo com alunos da APAE do município de Ilha Solteira/SP: Conscientização para conservação dos recursos naturais. Marcos Chiquitelli Neto; Jumma Miranda Araújo Chagas; Mariele Cândido Lopes. Instituição: Unesp - Ilha Solteira E-mail de contato: [email protected] Levar a Educação Ambiental para todas as crianças é o grande desafio da sociedade moderna, desta forma, o objetivo desse trabalho foi desenvolver atividades com o foco na conscientização de cuidados e valorização ao meio ambiente em alunos com deficiência da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE, Ilha Solteira/SP. O trabalho foi realizado em novembro de 2014 na Praia Marina, Iha Solteira/SP, por alunos participantes do projeto de extensão Caça-Vento, Vida-Sub & Bicho do Mato (UNESP, Ilha Solteira), tendo como público alvo os alunos da APAE deste município. Utilizando métodos visuais, táteis, locomotores e sonoros procuramos mostrar ao aluno que ele é parte constituinte do meio ambiente, e que seus hábitos influenciam diretamente no equilíbrio da natureza, para isto, abordamos os seguintes temas: Coleta de lixo: foi realizado um pente fino no local, demostrando o resultado negativo do uso deste ecossistema pela população local; Pesca legal e Pesca consciente: abordando a importância de respeitar o período de defeso dos peixes com ênfase no tamanho mínimo de coleta e as espécies que podem ou não ser coletadas neste período; Sons da natureza: os alunos identificaram os sons de alguns animais da região; Percepção sensorial: estimular os sentidos por meio do tato e olfato com plantas; Plantio de mudas: importância em preservar a flora; e Trilha ecológica: trilha com contato direto com a natureza. Foram utilizados materiais que envolvem e explicam meios de preservação e cuidados com o meio ambiente, tais como: imagens, sons, pôsteres, equipamentos de pesca, mudas de diferentes espécies e alimentos com textura, cheiro e gosto característico. As atividades foram realizadas com acompanhamento de profissionais da APAE auxiliando a adaptação das necessidades especiais dos alunos, de forma a observar a evolução e dificuldades de cada indivíduo em cada módulo. Houve intensa troca de informação entre os monitores e os alunos visitantes e essa troca proporcionou não só a disponibilização de informações para o público alvo, como também promoveu o aprendizado social para os monitores do projeto. A reação positiva percebida nos alunos, bem como, uma abordagem posterior com os professores da APAE, demonstrou que as ações promoveram a discussão sobre o tema nos dias subsequentes à realização do evento, confirmando que o contato direto com o meio ambiente, proporciona maior aproximação dos alunos com o meio natural e com os próprios colegas, contribuindo assim com o desenvolvimento afetivo, emocional e ambiental dos mesmos, permitindo a efetivação de um processo educativo dinâmico. Palavras chave: Educação especial/ deficiente/ natureza MMA - 016 Reciclagem orgânica e compostagem na UFABC Otto Muller Patrão de Oliveira; Amanda Porto do Nascimento; Bárbara Molina Mourad; Gledson de Sousa Camargo; Ivaldo Pessoa de Araújo; Michelle Sato Frigo. Instituição: Universidade Federal do ABC E-mail de contato: [email protected] Conscientes da demanda por ações no eixo da sustentabilidade, que visem o bem estar da comunidade acadêmica e sociedade civil do entorno dos campi da UFABC, propusemos a implementação de um projeto piloto, com duração de dez meses durante o ano de 2014, para a instalação de um sistema para a reciclagem dos compostos orgânicos produzidos nos restaurantes universitários da UFABC. Para tal, foram instalados seis kits de vermecompostagem destinados a reciclar as sobras do preparo de alimentos produzidos no restaurante universitário do campus de São Bernardo do Campo. O projeto teve como principal objetivo a transformação destes resíduos orgânicos em um adubo natural a ser utilizado em jardinagem dentro da própria universidade e do seu entorno, contribuindo para a diminuição da quantidade de resídios orgânicos coletados pelas empresas responsáveis pela disposição de resíduos sólidos. As metodologias utilizadas para a compostagem dos restos orgânicos foram: 1) a vermicompostagem, um processo de reciclagem de nutrientes onde ao final de cada ciclo, resíduos orgânicos como restos de alimentos, serragem, aparas de grama e folhas são transformados em adubo sólido e líquido, com o auxílio de minhocas; e 2) a compostagem microbiológica, na qual os resíduos sofrem somente a ação dos microorganismos responsáveis pela decomposição, sem auxílio das minhocas. Durante ambos os processos, diversos elementos orgânicos se decompõem juntos, formando um composto extremamente rico em nutrientes, ideal para a utilização como fertilizante em hortas e jardins. O correto manuseio das composteiras permite que durante todo o ciclo não haja mau cheiro ou que sejam atraídos animais indesejáveis. Durante a vigência de projeto foi possível completar apenas um ciclo de compostagem nas vermicomposteiras, tendo parte do substrato passado por processo anterior de compostagem microbiológica. Este ciclo demorou aproximadamente quatro meses e resultou em aproximadamente 100 litros de adubo líquido e cerca de 120Kg adubo sólido. Adicionalmente foi realizada uma estimativa do total de matéria orgânica produzida pelos restaurantes da UFABC, a fim de embasar o processo de adoção de um sistema que cubra 100% da demanda. A ação entra em uma segunda etapa em 2015, vinculado a um projeto vigente que visa levar a agroecologia até o ambiente das escolas públicas da região. Palavras chave: Reciclagem/ Sustentabilidade/ Vermecompostagem MMA - 017 Aproveitamento de resíduos na agricultura: uso do lodo de esgoto na cultura do algodoeiro. Rafael Ervolino da Silva; Adauto Brasilino Rocha Junior. Instituição: UNESP- Ilha Solteira E-mail de contato: [email protected] O aproveitamento de resíduos têm sido evidenciado como um fator determinante para a sustentabilidade das atividades produtivas. A agricultura, especificamente, é uma atividade de grande potencial para a aplicação de resíduos, pois permite a constante inovação tecnológica, através da recuperação de nutrientes resultantes de atividades urbanas e industriais, para a produção de alimentos e matérias primas para diversos segmentos da indústria. O presente trabalho teve por objetivo verificar os efeitos da aplicação de doses de nitrogênio com duas diferentes fontes (Lodo de esgoto e Ureia) na cultura do algodoeiro em condições de campo. O trabalho foi desenvolvido no ano agrícola de 2012/13 na área experimental da Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, FEIS/UNESP, localizada no município de Selvíria-MS. O lodo de esgoto foi obtido na empresa SANEAR - saneamento de Araçatuba/SA - localizado no município de Araçatuba-SP. Para realização da pesquisa foi empregado o delineamento experimental em esquema fatorial, com 6 doses de Nitrogênio: 0,0; 30,0; 50,0; 70,0, 90,0 e 150,0 kg ha-1; em duas fontes: Ureia e Lodo de esgoto. Cada parcela experimental foi composta por quatro linhas de cultivo, com cinco metros de comprimento, espaçadas 0,9 m, sendo a área útil constituída pelas duas linhas centrais da parcela. As características agronômicas foram avaliadas em dez plantas escolhidas ao acaso em cada parcela e marcadas para as avaliações, sendo as características: altura de plantas, diâmetro do caule, número de ramos, produtividade de algodão em caroço, massa de 20 capulhos e massa da pluma. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância através do teste F ao nível de significância de 5%. Verificou-se ao fim do ensaio que com o aumento das doses, houve o aumento do diâmetro do caule do algodoeiro, sendo que o lodo demonstrou as melhores médias em comparação com a uréia. Palavras chave: Sustentabilidade/Resíduos/Adubação/Lodo de esgoto SAU – 001 A esterilização cirúrgica como ferramenta no controle reprodutivo em caninos fêmeas e a incidência de erliquiose e leptospirose. Amanda Raffaelli Tartarelli; Julia Trinca; Paulo Antonio Tosta; Beatrice Ingrid Macente; Leonardo Martins Leal; Gilson Hélio Toniollo; Jeffrey Frederico Lui. Instituição: UNESP de Jaboticabal SP E-mail de contato: [email protected] Em quase todos os países está crescendo, a cada ano, a população canina e felina, causando inúmeros transtornos principalmente na área de saúde. No Brasil, animais errantes proliferam principalmente em áreas de alta concentração populacional de baixa renda e representam riscos de mordeduras, arranhaduras, transmissão de zoonoses, atropelamentos e, conseqüentemente, prejuízos para a saúde pública. No Município de Jaboticabal, com apoio da PROEX/UNESP e financiamento pela APA (Associação Protetora dos Animais) o presente trabalho teve como objetivo o controle populacional de caninos, principalmente fêmeas, de proprietários de baixa renda. Em local adequado, no Campus da UNESP de Jaboticabal SP, utilizou-se a esterilização cirúrgica com emprego da técnica de ovariohisterectomia e colheita de sangue para pesquisa sorológica para se conhecer a incidência de erliquiose e leptospirose canina. A erliquiose ocorre pela transmissão de carrapatos contaminados entre cães e pode causar até a morte destes, se não tratada. Já a leptospirose, doença zoonótica, é transmitida pela urina de ratos contaminados e traz riscos à saúde humana. Para as esterilizações cirúrgicas das fêmeas caninas, estas eram previamente examinadas e posteriormente submetidas ao tratamento pré-cirúrgico com relaxantes musculares e analgésicos e, em seguida, a anestesia geral. Após o procedimento cirúrgico os animais receberam antibiótico de longa duração, vermífugos, analgésicos e recomendações pós-operatórias. Em 2014 foram esterilizadas 802 cadelas, as quais representaram 40% do total de animais esterilizados (2.029) das espécies canina e felina de ambos os sexos (1.227). Para a pesquisa de erlichiose e leptospirose foi colhido material biológico de 110 cadelas (14%). Destas, 32 foram positivas para a erlichiose e sete para a leptospirose. Isso representou 29% de animais com erlichiose e 6,4% com leptospirose. Os resultados apontam que entre essas duas doenças, a erliquiose é mais frequente, cerca de cinco vezes mais que a leptospirose, mas, em compensação, esta última é mais perigosa para a saúde pública, uma vez que se deve a transmissão por bactérias do gênero Leptospira, amplamente distribuída no mundo todo, e que acomete animais de várias espécies e seres humanos com sintomas de mal estar, febre de início súbito, cefaléia, dores musculares e, em casos graves, alterações hepáticas, renais, vasculares e morte. Este trabalho de extensão tem sido contínuo e tem contribuído com o controle populacional de caninos e felinos em Jaboticabal atendendo principalmente a população de baixa renda, a qual não tem acesso à assistência veterinária. Os resultados encontrados mostraram que a erlichiose tem incidência muito alta constituindo-se atualmente na doença de maior prevalência para a espécie canina, necessitando assim de medidas preventivas, principalmente no controle do vetor. Já a leptospirose, apesar de uma incidência mais baixa, é preocupante uma vez que é uma zoonose e pode ser fatal aos acometidos. Palavras chave: Castração canina / leptospira / erlichia / controle populacional SAU – 002 UNIVERSIDADE ABERTA À TERCEIRA IDADE: PROMOVENDO SAÚDE E BEMESTAR À COMUNIDADE IDOSA Ana Elisa Bressan Smith Lourenzani; Eduardo Festozo Vicente; Carla Regina Baptista Castelan; Carolina Regazzo. Instituição: Universidade EStadual Paulista - UNESP E-mail de contato: [email protected] O Brasil tem passado por um processo de mudança na estrutura etária da população, devido à redução na taxa de natalidade e aumento da expectativa de vida. Tais mudanças representam oportunidades e desafios. Por um lado, há oportunidades para empresas privadas que ofereçam produtos e serviços para este mercado. Por outro lado, há desafios relacionados à saúde e bemestar do idoso que devem ser enfrentados tanto pelas organizações da esfera pública, como pelos agentes do poder público e universidades; na esfera privada, por exemplo, estes temas são abordados nos programas de responsabilidade socioambiental das empresas. O bem-estar na terceira idade diz respeito a questões relacionadas com a saúde física, mental e social, os quais devem ser abordados de forma interdisciplinar. Sob essa abordagem ampla e sistêmica, observase que há fatores endógenos e exógenos que contribuem para a perda de bem-estar na terceira idade. Dentre eles, o isolamento social é tido como um dos problemas mais graves desta faixa etária. Nesse sentido, a extensão universitária tem um papel relevante, uma vez que pode contribuir diretamente em diferentes esferas para a promoção da saúde e do bem-estar na terceira idade. Este é o campo de ação da Universidade Aberta à Terceira Idade (UNATI) da UNESP de Tupã. Por meio da oferta de módulos diversos, o projeto tem como objetivo promover a saúde mental, física e social das pessoas na terceira idade. Assim, criou-se atividades que estimulam as propriedades cognitivas e mentais como a leitura, o aprendizado e a capacidade de entendimento de diferentes temas que envolvem as ações do dia-a-dia dessa comunidade; estimular a saúde física e capacidade motora por meio de atividade física, dobraduras, artesanato e promoção de culinária saudável; promover a saúde social por meio das atividades realizadas em grupo e em momentos de lazer. A UNATI do Campus de Tupã foi criada em 2010 e, desde então, tem atendido em média um público de 55 idosos por semestre. A composição dos módulos ofertados varia a cada ano. No ano de 2014, foram oferecidas as atividades de cantocoral, dança, informática, artesanato, culinária saudável, ações para o desenvolvimento sustentável (como visita a usinas de reciclagem, artesanato com sucata e compostagem caseira), cine-pipoca, aulas de inglês e espanhol, saraus, além de palestras sobre temas diversos, como direito do idoso, economia doméstica, educação para o trânsito, cuidados com uso de medicamentos, prevenção de acidentes, entre outros. Os módulos são oferecidos por voluntários discentes, servidores da UNESP e da comunidade externa. A organização e operacionalização das atividades contam com o apoio de dois bolsistas financiados pela PROPe/UNESP. Os resultados do projeto são muito satisfatórios. Os idosos apontam que têm mais motivação para lidar com a rotina diária, e se dizem felizes por conviver com jovens e apreender coisas novas. Observou-se também que eles sentem orgulho de fazer parte da vida da universidade. Assim, o projeto cumpre o seu principal objetivo, que é a promoção da extensão universitária na UNESP pela interação com diferentes grupos sociais, de forma a contribuir diretamente com seu desenvolvimento. Palavras chave: Terceira idade/ bem estar/ UNATI SAU – 003 Serviço de atendimento periodontal para pacientes portadores de Diabetes Mellitus Andréa Carvalho de Marco; Camila Lopes Ferreira; Daniela Vicensotto Bernardo; Nídia Castro dos Santos; Leandro Flores Nogueira; Mauro Pdrine Santamaria; Warley David Kerbauy; Maria Aparecida Neves Jardini. Instituição: ICT - UNESP - São José dos Campos E-mail de contato: [email protected] A doença periodontal é uma doença inflamatória crônica, na qual um biofilme bacteriano patogênico se desenvolve sobre a superfície da raiz do dente em um paciente suscetível. Se não tratada, pode levar à reabsorção óssea alveolar, infecção e perda dental. Tem sido sugerido que a doença periodontal pode também ter um impacto sobre a saúde sistêmica através da disseminação de espécies bacterianas, fatores de resposta do hospedeiro, ou alguma combinação da mesma. As bolsas profundas que frequentemente estão presentes em pacientes não tratados com doença periodontal oferecem um ambiente favorável para a proliferação de placa bacteriana patogênica e facilitam a entrada de bactérias e produtos bacterianos para a corrente sanguínea. Diversos estudos epidemiológicos demonstraram uma relação bidirecional entre doença periodontal e diabetes. A periodontite também pode ser associada com um risco aumentado para outras complicações diabéticas. Por exemplo, 82% dos pacientes diabéticos com periodontite avançada tiveram o início de um ou mais eventos do tipo: cardiovascular, cerebrovascular ou vascular periférico; comparado com 21% de indivíduos diabéticos sem doença periodontal. Este projeto teve início em 2013 e está em andamento. O objetivo de dar continuidade a este projeto, é que a procura por tratamento odontológico de pacientes com Diabetes é grande e muitas vezes eles não conseguem atendimento devido a esta condição sistêmica que limita muitos procedimentos. No caso do projeto, professores e alunos estão mais preparados para lidar com esta condição, além de um suporte médico. Frente às conquistas alcançadas; como o atendimento aos pacientes e a realização de um "folder" para orientação dos mesmos, nos anos anteriores; para a próxima etapa, pretende-se além do serviço de atendimento aos pacientes, atuar junto aos cirurgiões-dentistas da rede pública para que possa haver maior atuação dos mesmos em termos de prevenção e promoção de saúde bucal para os pacientes diabéticos. Serão recrutados os pacientes portadores de Diabetes, que procuram atendimento nas clínicas ambulatorias do ICT - UNESP, SJC, para tratamento odontológico convencional. Pacientes encaminhados de UBS(s) também serão atendidos. Estes receberão um atendimento diferenciado, com foco no exame clínico periodontal detalhado e avaliação da sua condição sistêmica. Eles receberão além de informações e orientações importantes sobre a influência do diabetes no tecido gengival, tratamento específico quando for o caso. Após esta primeira fase terão acompanhamento períodico conforme a necessidade de cada caso. Também serão realizadas palestras para os cirurgiões-dentistas da rede pública sobre o assunto. Espera-se com este programa, diminuição e controle da doença periodontal, melhorando a qualidade de vida do indivíduo e fornecendo conhecimento para que ele reconheça os sinais iniciais da doença e possa atuar preventivamente. Espera-se também conseguir resultados em termos de prevenção nas atuações em parceria com a rede pública para que a doença periodontal seja reconhecida como importante complicação da diabetes. E que consequentemente essa conscientização venha a abranger profissionais e os próprios pacientes. Palavras chave: Doença Periodontal / Diabetes Mellitus / Hábitos saudáveis de vida SAU – 004 A COORDENAÇÃO MOTORA DE MEMBROS INFERIORES DE HEMIPARÉTICOS CRÔNICOS MELHORA COM FISIOTERAPIA EM GRUPO? Andressa Sampaio Pereira; Lucia Martins Barbatto; Tania Cristina Rofi; Fabiana Araujo Silva; Ana Beatriz Segatto Pignatti; Simone Roberta Feltrin Scarin; Alline Sayuri Tacaki Alves; Troy Smaili; Isabela Bortolin Frasson; Amanda Andrino; Augusto Cesinando de Carvalho. Instituição: UNESP- FCT E-mail de contato: [email protected] Introdução: a sequela mais evidente após um acidente vascular encefálico (AVE) é a hemiparesia, caracterizada por deficiência motora, espasticidade e fraqueza muscular no hemicorpo contralateral à lesão podem ser acompanhados por dificuldades no ajuste postural, déficits de movimento, seletividade de movimentos e coordenação motora. Os indivíduos que sofreram AVE, comumente ficam predispostos a uma vida sedentária. Isso aponta a necessidade da participação de atividade física para evitar as consequências da inatividade. Evidências na literatura indicam a recuperação substancial na função motora dos membros inferiores nos primeiros 3 meses pós-AVE seguido por melhorias significativamente menores depois deste período, porém os ensaios experimentais indicam mudanças substanciais na marcha dos pacientes crônicos quando há intervenções fisioterapêuticas. Pacientes hemiparéticos, quando atingem a fase crônica, apresentam uma desaceleração da recuperação motora, motivo pelo qual muitas vezes recebem alta dos serviços de reabilitação. Considerando a cronicidade da hemiplegia e a necessidade de amenizar o sedentarismo de hemiplégicos crônicos foi criado um projeto de fisioterapia em grupo denominado de Projeto Hemiplegia em julho de 2000 no Centro de Estudos e de Atendimentos em Fisioterapia e Reabilitação da UNESP, campus de Presidente Prudente - SP. A conduta fisioterapêutica acontece através de exercícios ativos, ativos assistidos, alongamentos musculares, relaxamentos, exercícios lúdicos e exercícios que mimetizam as AVDs. A terapia acontece semanalmente em um ambiente de muita descontração em média 20 pacientes se sentem mais incentivados para realizar tarefas motoras. Objetivo: avaliar a coordenação motora funcional de hemiparéticos crônicos pós-AVE em tratamento fisioterapêutico em grupo. Metodologia: Aplicamos a avaliação da coordenação motora dos membros inferiores utilizando o instrumento Lower Extremity Motor Coordination Test (LEMOCOT): o indivíduo senta numa cadeira, em frente a uma plataforma de madeira com dois alvos de 6 cm de diâmetro, um proximal e outro distal, separados 30 centímetros. O hálux deve tocar os alvos alternadamente durante 20 segundos, o mais rápido e acurado possível. O número de toques nos alvo constitui o valor dos acertos. O teste foi executado em membros inferiores. Os pacientes foram avaliados pelo instrumento em uma avaliação inicial (AV1) e uma avaliação final (AV2) após dozes meses de fisioterapia em grupo. Resultados: A análise demonstrou diferença significante (p<0,05) entre os membros inferiores (parético e não parético). Não foi observada diferença significante entre a AV1 e AV2 tanto do lado parético como no lado não parético. Conclusão: Os pacientes apresentam diferença na coordenação motora entre os membros paréticos e não paréticos. Após a intervenção de 12 meses não foi observada melhoras na coordenação motora de ambos os membros. A terapia utilizada não melhorou a coordenação, porém inferimos que os pacientes tiveram a oportunidade de exercitar-se e adaptarem suas limitações evitando a progressão das suas incapacidades e sedentarismo. Palavras chave: Hemiparesia/ Coordenação Motora/ Fisioterapia em grupo SAU – 005 Relato de estudantes de farmácia em ação extensionista Barbarah Helena Nabarretti; José Eduardo da Fonseca; Thaís Fernanda Alves; Sabrina Figueiredo. Instituição: Universidade Metodista de Piracicaba E-mail de contato: [email protected] Entre 04 e 12 de Julho de 2014 desenvolveu-se o projeto de extensão "Unimep na Comunidade" realizado no município de Brasilândia - MS, com participação de 46 alunos e 2 professores, num total de 80 horas de ações extensionistas. O projeto contou com a participação de alunos de variados cursos de graduação, como pedagogia, fisioterapia, psicologia, direito, odontologia, nutrição e farmácia. Em geral, foram trabalhados temas sobre educação, cultura, direitos humanos e saúde. Com foco na área da saúde, como parte das atividades desenvolvidas junto à população, realizou-se a 'Feira da Saúde', evento que envolveu atividades voltadas para aferição de pressão arterial e glicemia capilar. Dentre os conhecimentos adquiridos em sala de aula, principalmente, está a atenção farmacêutica, com o intuito de elevar o saber do indivíduo sobre seu próprio tratamento medicamentoso e a humanização do atendimento à população. Por consequência, o objetivo dessa atividade era promover orientação farmacêutica quanto à prevenção destas doenças e promoção de saúde, já que a pressão arterial e o aumento glicêmico se faz presente em nosso cotidiano de forma progressiva e elevada, trazendo grandes malefícios para a qualidade de vida. Para a realização desses exames utilizamos o esfigmomanômetro para a aferição de pressão e o glicosímetro para a medição glicêmica, onde verificávamos através dos valores obtidos de cada pessoa com base na literatura o agravo, diminuição ou normalidade dos valores obtidos, sensibilizando a população dos problemas que essas doenças poderiam ocasionar, explicando quais os cuidados a serem tomados para a prevenção dessas doenças. No decorrer dessa atividade, pôde-se verificar na prática que a população atendida não possui informações suficientes sobre suas condições clínicas, de modo que o tratamento raramente é realizado de forma racional. Desta maneira, a extensão universitária é o primeiro momento em que o estudante de farmácia pode expor sua capacidade de utilizar os conteúdos técnicos aprendidos em aula de modo simples para a população, e é o retorno desta que mostra ao futuro farmacêutico as ações que devem melhor ser desenvolvidas. Diante disso, percebemos que os conhecimentos adquiridos em sala de aula, a vivência na prática destes saberes e a ação de reflexão desta prática, contribuem para a formação de um profissional mais crítico e comprometido com a transformação social. Palavras chave: Extensão Universitária/ Promoção da Saúde/ Educação em Saúde SAU – 006 Promoção e Educação em Saúde Bucal - importância na formação do Cirurgião Dentista Bruno Mendes Aguiar; Paulo Cezar Pereira Perin. Instituição: Universidade Metodista de Piracicaba E-mail de contato: [email protected] As abordagens tradicionais em lidar com o processo saúde-doença com paradigma curativista, historicamente têm demonstrado suas limitações, reflexo de um contexto dominado pelo pressuposto filosófico-teórico da doença e da morte com o privilegiamento do mercado em sua simbiose com o modelo biomédico. As autoridades brasileiras no campo da saúde pública têm merecido o mérito de colocar o País como referência mundial na distribuição de medicamento para algumas patologias. Mas falham, no entanto nas práticas públicas de promoção de saúde e aplicações de campanhas claras e frequentes de prevenção das doenças. É na informação que estão os mais eficazes medicamentos e métodos para a prevenção das doenças e não nos hospitais e nas farmácias. A promoção da saúde tem sido defendida como um movimento para mudanças sociais e políticas e em sua definição ampla deve englobar a educação em saúde, mudança de políticas públicas com enfoque ambientalista e ação comunitária. Refletindo na necessidade de revisão do conceito clássico e abstrato da (OMS) sobre o que é saúde, para além de 'um estado de bem estar físico, mental e social completo'. Fica claro que há uma relação de ganhos no estado de saúde com mudanças políticas, sociais e econômicas. Mas além da atuação na doença e mudanças no estilo de vida, são necessárias boas práticas de administração pública com organização social e estruturas definidas por políticas de saúde, para criar ambientes físicos, sociais e econômicos adequados à saúde e compatíveis com o desenvolvimento sustentável, responsabilidade de todos os governos com o envolvimento da comunidade e da sociedade civil. A mudança deste modelo se faz necessária e se concretiza através de um ensino e aprendizagem mais representativo reconhecendo a realidade da sociedade onde o futuro profissional atuará. Portanto o projeto de extensão desenvolvido de modo interdisciplinar junto à população local em Brasilândia/MS, com a participação de 35 estudantes de todas as faculdades da UNIMEP e com um grupo de 06 acadêmicos do Curso de Odontologia, proporcionou a experiência necessária para o reconhecimento da realidade que se encontra grande parte da população brasileira. Em Brasilândia foi realizado trabalho de educação em saúde bucal com foco em gestantes, informando vários aspectos relacionados à sua saúde geral e bucal e da futura criança, assim como esclarecemos todas as dúvidas que as mesmas tinham. Com crianças e adolescentes em idades de 04 a 18 anos, utilizou-se de materiais lúdicos para a informação de saúde geral e bucal e a prática de higiene bucal foi realizada em escovódromo com orientação supervisionada, aplicando pastilhas evidenciadoras de placa bacteriana. O trabalho realizado faz parte das práticas da melhoria da Saúde Bucal que deveriam estar inseridas nos programas de promoção de saúde, e assim reduziria o impacto negativo que as doenças bucais têm na vida da população. Portanto o ensino da promoção e educação em saúde bucal na formação do cirurgião dentista ainda na academia é de extrema importância para a formação de um profissional com consciência da sua responsabilidade no processo de transformação da sociedade que estará atuando. Palavras chave: Promoção/Educação/Saúde Bucal SAU – 007 SIMULAÇÃO DE PRIMEIROS SOCORROS NA COMUNIDADE: UMA EXPERIÊNCIA EXTENSIONISTA Caio Guilherme Silva Bias; Genesis de Souza Barbosa; Máximo Lucas da Costa Silva; Lorene Soares Agostinho; Viviane Rodrigues dos Santos. Instituição: Universidade Federal do Rio de Janeiro E-mail de contato: [email protected] Contextualizando a ação: qualificar pessoas leigas para o reconhecimento de situações de emergência e intervenção para o socorro é uma ação que os empodera a buscar atenção ao agravo de modo ágil, condição de extrema relevância no sucesso nas ações de socorro, pois ao prestar um atendimento adequado, o socorrista desempenha um papel importante no desenvolvimento social, uma vez que o sucesso no atendimento gera impacto direto na condição de sobrevida da vítima, aumentando a quantidade de anos vividos e refletindo na sua qualidade de vida. Nesse sentido, o saber fazer pode tornar a diferença entre a vida e morte frente a uma ação de socorro desqualificado ou mal sucedida. Tem-se, ainda, que o treino para a intervenção de socorro se mostra mais eficaz quando há correlação prática dos conteúdos abordados. Assim, buscou-se junto à comunidade no município de Macaé-RJ desenvolver simulação de situações de urgência e emergência clínica e traumática a fim de dialogar com a comunidade sobre a importância de prevenir tais agravos e de capacitá-los para a intervenção correta no socorro, seja atuando com pequenas ações ou acionando a cadeia de socorro local. Objetivo: realizar divulgação de conhecimentos sobre estratégias de prevenção de acidentes, intervenções frente aos acidentes domésticos e de lazer promovendo, por meio da simulação, a capacitação para primeiros socorros na comunidade. Metodologia: as atividades ocorreram com dois grupos amostrais, o Grupo 1 tratava-se da população leiga adulta e o Grupo 2, estudantes de enfermagem de uma universidade pública do interior do Rio de Janeiro, que ainda não haviam tido contato com a temática. As simulações ocorreram durante as atividades da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (Grupo 1, n=102) e como pré-curso no 5º Encontro de Enfermagem de Macaé e Região (Grupo 2, n=18). Foram desenvolvidas, respectivamente, em outubro e novembro de 2014 e seguiram a abordagem dialógica e interativa nas discussões. A simulação em questão foi a de uma situação de parada cardiorrespiratória e os participantes eram indagados sobre como reconhecer a situação de urgência, como intervir de modo correto e como acionar o socorro local. Após o diálogo informativo, os sujeitos eram convidados a participar de uma simulação da situação descrita, aplicando manobras de ressuscitação cardiopulmonar, baseadas no protocolo da American Heart Association®, versão de 2010, sequência para leigos. Após a simulação os participantes dialogavam com os instrutores das oficinas sobre a atuação, revisavam pontos importantes e corrigiam eventuais equívocos, logo após avaliavam a experiência. Resultados: 120 pessoas participaram das ações sendo o Grupo 1: n=102, adultos, sendo 71% do sexo masculino, e o Grupo 2: n= 18 estudantes de enfermagem, distribuídas entre o primeiro e quarto períodos, sem contato prévio com a temática e metodologia, 100% do sexo feminino. A simulação como estratégia de ensino-aprendizagem foi considerada adequada por 100% dos participantes e a satisfação com a participação foi relatada por 95% dos sujeitos. Conclusão: a simulação como estratégia de ensino-aprendizagem na capacitação para intervenções em socorro de urgência se mostrou uma ferramenta eficaz para a correlação dos conteúdos. Palavras chave: Simulação de paciente/ Socorro de urgência/ Educação em saúde/ Enfermagem/ Promoção da saúde SAU – 008 A importância da motivação e orientação de práticas de higiene bucal na infância e adolescência Camilla Aparecida Santos e Silva; Maurício Bergamaschi. Instituição: Universidade Metodista de Piracicaba E-mail de contato: [email protected] O estabelecimento de hábitos e práticas saudáveis tem influência direta e fundamental na qualidade de vida do indivíduo em desenvolvimento e futuramente no adulto, e isto é obrigação dentro do núcleo familiar desde os primeiros anos de vida, mas sujeito a influências positivas ou não. Como parte integrante deste contexto, a higienização bucal tem grande importância na prevenção da doença cárie e doenças periodontais, onde a instituição de atitudes, valores e comportamentos em relação à saúde, iniciados na infância através da família, levará a uma possível concretização na adolescência. Ao mesmo tempo que se observa nestes períodos um aumento do risco das doenças bucais, especificamente na adolescência a higienização bucal tende a tornar-se elemento constituinte da higiene pessoal e da busca pela boa aparência física (razões cosméticas). Embora estas duas doenças mais prevalentes em Odontologia, sejam preveníveis ou passíveis de controle mediante procedimentos relativamente simples, como a escovação dentária, uso do fio dentário, o controle da frequência do consumo de açúcares, o uso adequado do flúor, além de visitas periódicas ao Cirurgião-dentista, o objetivo de uma melhor saúde bucal ainda não é alcançado em nível populacional. Uma das possíveis explicações é a associação às condições sociais, econômicas, políticas e educacionais e não apenas a fatores determinantes biológicos que interagem na etiologia dessas doenças. O Cirurgião-dentista, como profissional da área, que além de um agente multiplicador de saúde é também educador e formador de opinião, devendo desempenhar o papel de informar, orientar, esclarecer, prevenir o desenvolvimento da doença cárie e doenças periodontais, bem como o ensino de técnicas corretas de higienização bucal. A metodologia de informação foi diversificada, com conteúdo audiovisual utilizado como material de apoio para a conscientização através de cartazes, folders, atividades impressas e lúdicas. O ensino e/ou reforço das técnicas de higienização (uso de escova dentária, fio dentário, dentifrício, flúor gel, pastilha evidenciadora de placa bacteriana) foi realizado com o auxílio de macromodelos e com o uso de escovódromo em crianças e adolescentes na faixa etária de 04 a 18 anos. O resultado foi observado através da supervisão durante a escovação, o uso de fio dentário e evidenciação de placa bacteriana posteriormente, sendo que os pré-adolescentes e adolescentes com idade superior a 10 anos demonstraram um aprendizado significativo. Concluiu-se que as atividades executadas foram satisfatórias para conscientização e ensino de prevenção de higienização bucal no grupo envolvido, com maior êxito a partir dos 09 anos. A necessidade de manter essa atividade periodicamente se mostrou fundamental para a população atendida no município de Brasilândia-MS. Palavras chave: Orientação/Higiene Bucal/Infância e Adolescência SAU – 009 O CUIDAR DO PACIENTE DIABÉTICO NA PERSPECTIVA INTERDISCIPLINAR. Carmen Elisa Villalobos Tapia; Jaqueline Batista Pedrosa; Juliana Contrera. Instituição: PUC-Campinas E-mail de contato: [email protected] A perspectiva interdisciplinar tem sido apontada como uma estratégia para minimizar a fragmentação do cuidar. Observamos, durante nossa vivência profissional e no projeto de extensão realizado no ambulatório de endocrinologia, que as experiências caracterizadas por ações integradas no atendimento ao paciente diabético permitem uma melhor organização do processo assistencial ao paciente com diabetes. A educação em Diabetes Mellitus é parte imprescindível do tratamento do paciente, associado ao controle metabólico adequado, atividade física e dieta. O maior nível de conhecimento sobre a doença e suas complicações está relacionado a uma melhora da qualidade de vida, com redução do número de crises de hipoglicemia, menor número de internações hospitalares, melhor controle metabólico e maior aceitação da doença. Para compreender a temática se faz necessário levantar, preliminarmente, o conceito de interdisciplinaridade é um projeto de parceria, e não pode conceber na atualidade um saber isolado, mas se faz necessário a sua integração, construindo um processo coletivo. A contextualização do conhecimento é fundamental para se ter um ensino que tenha uma incidência positiva na realidade científica e social, pois um conhecimento incapaz de interagir com o 'todo' é um saber que direciona para a alienação que não leva em conta a pessoa humana e a dimensão da cidadania. OBJETIVOS: Relatar a experiência das autoras na condução de um grupo de portadores de diabetes na perspectiva interdisciplinar em um ambulatório de endocrinologia de um hospital universitário. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de natureza descritiva, do tipo relato de experiência, da vivência dos autores, no processo de articulação das praticas de educação em saúde aos diabéticos em um ambulatório de endocrinologia de um hospital universitário. RESULTADOS INICIAIS: As atividades desenvolvidas com o diabético estão sendo realizadas de forma; Individual: (consulta de enfermagem) o contato é individualizado com membros da equipe de saúde, onde o diabético expõe suas dúvidas e dificuldades que vem encontrando durante o tratamento; em grupo: Seminários educativos: a educação em grupo possibilita a troca de conhecimentos e experiências, reforçando e enriquecendo a instrução básica, elevando o nível de autossuficiência do diabético na administração do próprio tratamento. CONSIDERAÇÕES INICIAIS: As ações desenvolvidas pelos profissionais no ambulatório visam à quebra da fragmentação de saberes, sistematizando a visão interdisciplinar que pressupõe outras habilidades para garantir o cuidado integral ao individuo diabético, devendo ser este construído coletivamente entre as várias áreas que atuam no ambulatório de endocrinologia.Estamos na segunda fase do projeto e almejamos no final que o paciente diabético, cuja doença crônica compromete de maneira peculiar a sua qualidade de vida, possa minimizar o retardamento das complicações decorrentes da neuropatia e da vasculopatia, dos problemas renais, cardíacos, entre outros. Que se conscientizem quanto à alimentação, exercícios físicos, cuidados com o corpo, tendo como meta a estabilidade da glicemia induzindo ao retardamento das complicações agudas e crônicas e assim usufruir de uma qualidade de vida melhor. Palavras chave: interdisciplinar Educação;educação/ saúde/enfermagem/diabetes/prática de saúde SAU – 010 INTEGRALIDADE E PROMOÇÃO DA SAÚDE NA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: EXPERIÊNCIA COM GRUPOS DE TRABALHOS DE SEMINÁRIO INTERDISCIPLINAR SOBRE PROMOÇÃO DA SAÚDE NO CAMPUS UFRJ-MACAÉ Drielly Silva Furtado Gandra; Duanny de Sá Oliveira Pinto; Laura Regina Ribeiro; Michael Baldi Maller Hermenegildo; Renata Borba de Amorim Oliveira; Tadeu Lessa Costa; Leila Brito Bergold. Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO E-mail de contato: [email protected] Introdução: O 2º Seminário Interdisciplinar sobre Promoção da Saúde é promovido pelo Programa Interdisciplinar de Promoção da Saúde (PIPS), desenvolvido no Campus UFRJ-Macaé, congregando 10 projetos dos cursos de Nutrição e Enfermagem. Possui, alunos, também, de Medicina e Farmácia, sendo financiado pelo PROEXT, de 2013 a 2016. Objetivo: relatar a experiência desenvolvida com grupos de trabalho no 2º Seminário Interdisciplinar sobre Promoção da Saúde. Metodologia: O seminário foi realizado em 11 de setembro de 2014, abordando o tema: "Integralidade e Promoção da Saúde". Foram formados 4 Grupos de Trabalho (GT), que relacionaram a integralidade com as ações extensionistas realizadas pelos projetos vinculados ao PIPS nas seguintes etapas: divisão dos participantes em subgrupos, esclarecimento sobre a dinâmica, leitura de artigo, debate e síntese. Houve, na sequência, conferência com pesquisador de saber reconhecido acerca da temática da integralidade em saúde. Ao final, as sínteses foram levadas para a plenária, com aproximadamente 60 participantes, sendo debatidas em conjunto com o pesquisador convidado. Resultados: Foi apontada a imprescindibilidade das relações interpessoais na construção da integralidade e a importância do reconhecimento de si no outro. Pontuou-se que a integralidade em saúde deve contemplar acolhimento, o entendimento do indivíduo em sua totalidade, o reconhecimento de sua identidade e a solidariedade, bem como possibilitar projetos de felicidade e não somente de saúde. Destacouse a importância da escuta, o somatório de saberes e experiências para se construir o novo e o entendimento de que os conflitos surgidos nas relações tornam-se experiências de aprendizado e reflexão. Para ocorrer a integralidade apontou-se como necessária a desconstrução da hierarquia profissional e repensar ações de gestão e novas formas de organizar os serviços de saúde. Foi destacado o potencial da vivência na prática para o despertar da integralidade, apontando a função social da universidade e da extensão sobre a formação de profissionais mais comprometidos socialmente, especialmente, quanto à realidade encontrada nos serviços de saúde e educação. Pontuou-se, também, ser necessário a desmistificação do conhecimento técnico, e a importância da abordagem além desde, entre profissionais e população e ampliar a visão sobre necessidades em saúde através do diálogo e contextualização do sujeito. Além disso, apontou-se que a diferença das expectativas entre usuários-estudante-profissional dificulta a construção da integralidade. Conclusões: Compreende-se que a estratégia utilizada para a construção coletiva de saberes sobre a integralidade na promoção da saúde foi profícua, pois houve intensa troca de experiências nos subgrupos e na plenária. Pensa-se que isto contribuiu para o enriquecimento dos conceitos e ampliou a compreensão sobre o tema, já que as discussões promoveram a percepção sobre como os projetos abordavam a integralidade em suas ações, tendo em vista o aprendizado de novas possibilidades de atuação, incorporação de novas ideias e a interdisciplinaridade. Palavras chave: promoção da saúde / integralidade / interdisciplinaridade SAU – 011 OFICINAS DE PREPARAÇÃO PARA UM ENVELHECIMENTO ATIVO Eulalia Maria Aparecida Escobar; Daniela Favero; Tayrine de Souza Duarte Santos; Jessica Felizardo Rego. Instituição: Pontificia Universidade Católica de Campinas E-mail de contato: [email protected] Este é o relato da experiência de alunos de graduação de enfermagem da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, bolsistas de extensão com a realização de oficinas sobre o envelhecimento ativo com idosos em Campinas. Após levantamento das expectativas e a programação foi submetida à apreciação. Os temas discutidos abordaram a possibilidade do envelhecimento saudável por meio do autocuidado, envolvendo a prevenção do uso de álcool e do tabagismo, o estímulo à atividade física, à alimentação saudável, a melhoria saúde oral, o desestimulo a automedicação, a prevenção de quedas, sexualidade e prevenção de HIV/AIDS. A ordem das oficinas foi negociada variando de acordo com o interesse da maioria. Foram realizadas oito oficinas no primeiro semestre de 2014 das quais participaram de 20 a 25 idosas com idade entre 70 e 87 anos, moradoras da região Noroeste do município que apresentavam boa mobilidade, vinham até a entidade caminhando ou em transporte coletivo, possuíam adequadas condições de saúde para a idade, com algumas doenças crônicas leves e sem déficits cognitivos. Recebiam o benefício previdenciário de um salário mínimo. Apenas duas delas não eram católicas. Eram bastante comunicativas. No penúltimo encontro introduziu-se a reflexão sobre a memória e envelhecimento e os benefícios do jogo para a sua preservação. Foram realizadas três rodadas do jogo Stop em grupo os vencedores ganharam prendas. Discutiu-se a importância da manutenção da mente ativa para a preservação da memória e raciocínio. No último encontro houve um café da manhã comunitário como atividade de encerramento e avaliação. Os idosos avaliaram as oficinas como importantes para a manutenção da sua saúde e qualidade de vida, traduzida por uma maior preocupação com o autocuidado, pela intensificação do controle da pressão arterial e da glicemia dos diabéticos e aderência ao tratamento medicamentoso e a frequência ao serviço de saúde, e relataram que os novos conteúdos aprendidos foram úteis para melhorar seus hábitos de saúde. As alunas avaliaram a importância do trabalho de extensão universitária e o quanto este contribuiu para a formação profissional, destacando também a gratificação pessoal decorrente da interação com os idosos. Esta convivência intergeracional possibilitou a mudança de conceitos arraigados sobre a velhice e ainda contribuiu para a reflexão sobre a qualidade do envelhecimento e sobre o papel profissional do profissional de saúde na atenção a este grupo etário. A Política Nacional do Idoso (PNI) recomenda que os cursos formadores abordem conteúdos sobre o envelhecimento nos currículos mínimos, nos diversos níveis do ensino formal. A Faculdade de Enfermagem da PUC de Campinas é consonante com estas recomendações. Outro aspecto a considerar é que o Projeto atendeu as recomendações da OMS quanto a necessidade da abordagem com os idosos sobre o envelhecimento ativo, com o objetivo de preservação da capacidade e do potencial dos indivíduos, na medida em que foram realizadas ações voltadas ao fortalecimento da autonomia, integração, saúde e socialização dos mesmos. Palavras chave: idoso/envelhecimento da população/saúde do idoso/saúde para terceira idade SAU – 012 Universidade Aberta à Terceira Idade (UATI): Um Perfil Sócio Epidemiológico e Tabagístico dos Participantes do Programa de Extensão Universitária Everton Luiz dos Santos; Keyti Expedito Ribeiro Nascimento; Marco Aurelio Nemitall Added; Fabio Cardoso; Caroline Galatti Moura Coelho; Caroline Teixeira Graf Nunes; Alexandre Sabbag da Silva; Aline Zonta; José Renato Romero; Ana Caroline Rodrigues Pinda; Elisangela Nunes de Carvalho. Instituição: UNIVERSIDADE GUARULHOS E-mail de contato: [email protected] Os efeitos do fumo à saúde humana ocorrem não só nos tabagistas ativos, mas também nos indivíduos expostos à fumaça, estes denominados fumantes passivos ou ambientais. Há uma preocupação especial com a relação do fumo junto à população idosa devido a sua associação com as alterações do processo de envelhecimento, onde podem ser incluídos aspectos patológicos, como por exemplo, o aumento dos riscos de doenças cardiovasculares e respiratórias. Por meio desta informação, foi realizado um estudo que teve como objetivo traçar o perfil sócio epidemiológico e tabagístico de idosos que frequentam um programa de extensão universitária, Universidade Aberta da Terceira Idade (UATI), vinculada em uma Instituição de Ensino Superior Privada do munícipio de Guarulhos/SP em janeiro a março de 2013. O estudo de natureza epidemiológico-descritiva, transversal, realizado por meio de questionário contendo: variáveis clínicas e epidemiológicas, Teste de Fagerström para avaliação da magnitude de dependência nicotínica nos fumantes e análise do modelo transitório comportamental de Prochaska e DiClemente para avaliação dos estágios motivacionais para cessação do tabagismo. Fizeram parte do estudo 104 idosos (34%) com idade média de 62 anos, 48% possuíam segundo grau completo, 84% do sexo feminino, 60% realizavam acompanhamento médico, 53% tinham hipertensão, 51% com problemas de coluna, 22% tinham osteoporose e 16% tinham diabetes. Em relação ao status tabagico, 18% eram fumantes, 31% ex-fumantes. Em relação aos fumantes 63% apresentavam grau de dependência nicotínica baixa, 83% pensavam em parar de fumar após 6 meses do período de avaliação, mostrando que a motivação em abandono do hábito encontra-se na fase de contemplação pela análise do modelo transitório. Quando avaliado o tempo de cessação do tabagismo dos ex-fumantes, 36% parou entre 10 a 20 anos, sendo que 22% ainda lembram-se do hábito. A maioria dos idosos é do sexo feminino, com idade média de 62 anos sendo que grande parte possui quadro hipertensivo realizando acompanhamento médico. Em relação ao status tabagístico, poucos são os fumantes apresentando baixo grau de dependência nicotínica, porém pouco motivados em relação à cessação do tabagismo. Este estudo foi realizado de forma transdisciplinar, por meio de dois programa de extensão, sendo a UATI e o programa PrevFumo-UnG, que auxilia pessoas a abandonarem o hábito tabagístico. Ambos os programas, abrem a discussão sobre a teoria aprendida em sala de aula e as realidades encontradas na comunidade externa, seja por conta do idoso ou do tabagismo. Os programas abrem a oportunidade de discussões interdisciplinares, por meio de atividades de pesquisa, ensino e extensão, atingindo não só a comunidade, como também estimulando a criação de novos conhecimentos, tanto para aluno como para o professor. Palavras chave: Idoso/ tabagismo/ dependência SAU – 013 Brincar e a Promoção da saúde com crianças escolares: ações da Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Uberaba, MG Franciellen Souza Ferreira; Ailton de Souza Aragão; Cristiane de Souza Moraes Donegá; Vanessa Mari Kitano. Instituição: Universidade Federal do Triângulo Mineiro E-mail de contato: [email protected] As ações de promoção da saúde integram o rol de atividades dos discentes do curso de Terapia Ocupacional. São realizadas com crianças de 8 a 10 anos num Centro Integrado de Educação Municipal na cidade de Uberaba, MG. Ao longo de 4 semanas os discentes tomaram contato com o cenário escolar e as respectivas crianças, conheceram suas demandas coletivas e se propuseram a elaborar atividades que fossem ao encontro dos anseios das mesmas. Assim, rodas de conversa, teatro, elaboração de brinquedos e brincadeiras populares com recicláveis e atividades de estímulo físico-motor foram planejadas e executadas com o intuito de favorecer a aproximação entre os dois grupos, culminando numa confraternização final no último encontro. Objetivos: Promover a saúde de crianças escolares do 1º Ciclo do Ensino Fundamental da rede Municipal e estimular a aproximação dos discentes à Educação Básica, ressaltando a importância da formação acadêmica refletida a partir das ações e cotidianos dos escolares. Metodologia: A metodologia é participativa, pois pressupõe que tanto os universitários quanto as crianças possuem um capital acumulado e que a partir dos encontros, as demandas se somam e se sintetizam. Assim, dinâmicas de grupo temáticas aliada à produção de brinquedos com materiais recicláveis elaborados pelos universitários estimularam a sociabilidade e a promoção da saúde entre os envolvidos. Concomitante às ações, foram realizadas leituras de textos teóricos sobre a promoção da saúde nos territórios de vulnerabilidade. Resultados: Participaram das ações 30 crianças entre 8 e 10 anos de idade e ao final de 4 encontros, com 3 horas de duração cada, os discentes do 1º período do curso de Terapia Ocupacional elaboram brinquedos e reavivaram brincadeiras populares, como preparação de massinha para modelar, pega-varetas, vai-e-vem, brincadeiras de roda, etc. Observaram as diferenças de comportamento demonstradas ao longo das atividades: crianças de comportamento e de linguagem agressivos ou irritadiças; que procuram chamar à atenção dos universitários de diversas formas. Durante a sociabilidade registraram as dificuldades econômicas e as limitações estruturais e comunitárias em que vivem as famílias das crianças. A produção de brinquedos gerou a identificação da criança ao objeto produzido, valorizando-o. Conclusões: Compreendemos que o comportamento agressivo, e mesmo violento, remete ao processo de socialização primário e secundário, oriundos do cotidiano escolar, familiar e comunitário vulnerado, os quais dificultam e limitam o desenvolvimento biopsicossocial saudável. A prática do brincar potencializa o melhor desenvolvimento biopsicomotor bem como a construção de relações sociais saudáveis, por exemplo, ao estimular as trocas; sob o aspecto cognitivo desenvolve a concentração e o raciocínio lógico. As atividades proporcionaram aos dois grupos uma maior aproximação mediada pela promoção da saúde, favorecida pelas brincadeiras e pela compreensão da vida trazida pelas próprias crianças. Palavras chave: Promoção da saúde/Desenvolvimento da criança/Escola SAU – 014 Explorando a natureza química da formulação dos saneantes domissanitários e conhecendo suas propriedades químicas e ações sobre o ser humano e o meio ambiente Gabriela Adegas Pinheiro; Marcelo Della Mura Jannini; Isabela Salomão de Macedo; Jéssica Aires da Silva. Instituição: PUC Campinas E-mail de contato: [email protected] Este trabalho tem por objetivo a elaboração de demonstrações práticas que ajudem as empregadas domésticas a aperfeiçoarem a utilização dos saneantes domissanitários visando menores riscos à saúde, melhor aproveitamento do princípio ativo e evitar desperdícios. A metodologia utilizada foi a da demonstração prática para que as empregadas possam realmente visualizar alguns efeitos dos saneantes que podem ser obtidos através de alguns procedimentos simples que estão ao alcance de todas. O público alvo das oficinas constitui-se de empregadas domésticas que procuram atendimento no Sindicato das Empregadas Domésticas de Campinas na sede Campinas e sub sedes de Valinhos e Sumaré. Alguns saneantes foram enfatizados nas oficinas, por serem mais utilizados pelas empregadas domésticas em seu trabalho e também em seus lares, como a água sanitária e sua composição química, seus efeitos toxicológicos, a maneira correta de manuseio além de uma demonstração onde uma diluição deste saneante apresenta a mesma eficácia que quando utilizado de forma mais concentrada. Outro objetivo deste trabalho é a criação de formulários para levantamentos de dados a respeito do público alvo no que se refere à forma de manuseio dos saneantes domissanitários, possíveis reações adversas nocivas à saúde advindas de suas utilizações. Também foram gerados formulários de avaliação das oficinas oferecidas nos meses de agosto, outubro e novembro de 2014. A metodologia baseou-se na aplicação de um primeiro formulário que levantou dados sociais e profissionais das empregadas domésticas de Campinas e região. Estes formulários foram aplicados sob a devida orientação nos dias oficiais de atendimento nas sedes e sub sedes. Os dados coletados foram devidamente tabelados e deram origem a uma série de diagramas estatísticos a serem avaliados. Até o momento sessenta empregadas domésticas já contribuíram com o preenchimento dos formulários sendo possível traçar um perfil social inicial. Na sua maioria apresentam grau de escolaridade de fundamental incompleto, são casadas e com uma média de dois filhos. Possuem uma jornada de trabalho extremamente cansativa, dividindo-se entre seus lares e o trabalho, acordando entre cinco e seis horas da manhã e dormindo por volta das vinte e quatro horas. Em relação aos saneantes domissanitários, os mais utilizados nos seus lares e no trabalho são o detergente, o sabão em pó e a água sanitária. Mais de 50% das empregadas já apresentaram reação alérgica aos saneantes destacando-se a irritação na pele e olhos como as principais reações. Palavras chave: Saneantes/Domissanitários/Alergias/Clandestinos/Embalagens SAU – 015 A INCLUSÃO AO ALCANCE DO TOQUE: RELATO DE EXPERIÊNCIA ENTRE GRADUANDOS E DEFICIENTES VISUAIS Gabriela Gonçalves Machado; Ranielle Alves Borges; Suraya Gomes Novais Shimano; Nuno Miguel Lopes; Isabel Aparecida Porcatti Walsh. Instituição: UFTM E-mail de contato: [email protected] INTRODUÇÃO: O grupo PROMOVER: Atenção Integral ao Deficiente Visual realiza no Instituto de Cegos do Brasil Central (ICBC) ações que visam a promoção da saúde, a inclusão social e a prevenção de doenças de pessoas com deficiência visual (DV). As ações incluem educação em saúde, identificação de déficits e potencialidades individuais e intervenção terapêutica interdisciplinar. Estas são realizadas por docentes e graduandos. OBJETIVO: Descrever a percepção de graduandos após vivenciarem a experiência de terem DV. METODOLOGIA: Participaram do estudo qualitativo descritivo 5 acadêmicos videntes que não tinham contato prévio com a DV e 5 crianças com DV. Os graduandos foram vendados, se locomoveram sem auxílio apenas seguindo o piso tátil até chegarem à sala de aula das crianças. Fizeram uma rápida apresentação pessoal e em seguida, um aluno por vez foi ao centro da sala para ser reconhecido pelas crianças. Depois os papéis foram invertidos. Em uma entrevista semiestruturada, a qual perguntava sobre a vivência da DV e o contato com as crianças, os graduandos descreveram suas percepções. Após isto voltaram à sala de aula sem as vendas e confrontaram o reconhecimento das crianças pela visão com o reconhecimento prévio (uso sentidos do tato, olfato e audição). Um novo relato foi feito após o segundo contato. Os conteúdos das respostas foram analisados seguindo o método de Bardin. RESULTADOS: Duas categorias surgiram ? 1. Percepção com relação à experiência de cegueira; 2. Percepção com relação às crianças. Na categoria 1, 3 respostas classificaram como desorientação espacial (com medo e insegurança); 5 como experiência interessante. Na categoria 2, 5 respostas abordaram as características comportamentais das crianças e 5 as características físicas. O primeiro contato possibilitou a percepção de comportamentos que em um segundo momento, os alunos se surpreenderam perante as atitudes de algumas crianças, pois as que relataram estarem tímidas estavam mais soltas e se interagiam mais. CONCLUSÃO: a DV somente pode ser percebida por quem a vivencia e a inclusão é um processo gradativo, que necessita de várias vivências com a DV para que seja vista como algo mais natural, embora diferente. Estes graduandos planejaram ações de intervenção e permaneceram 10 horas semanais durante seis meses com estas crianças após a experiência relatada. Palavras chave: Inclusão/ Promoção da saúde/ Cegueira SAU – 016 Produzindo práticas e saberes na atenção psicológica grupal a idosos residentes em asilos na cidade de Assis. Gabriela Maria Ramos Maia; Sabrina Magossi Mainardi; Vanessa Sabino da Silva Dantas; Wlademir Luther Falcão; Flávia Mendes Ferraz de Almeida; Felipe Tobias Brahim; Thaís Rodrigues de Sousa; Mariele Rodrigues Correa. Instituição: UNESP Assis E-mail de contato: [email protected] As velhices, em especial a velhice asilada, são frequentemente associadas à fragilidade, incapacidade e doença, uma vez que a sociedade contemporânea supervaloriza a juventude, o novo e o moderno. Como contraponto a essas breves e estereotipadas noções, nosso projeto vislumbra o envelhecer como um processo que vai além das limitações biopsicosociais, ou seja, como um processo singular e potente de criação e de invenção. Sob essa perspectiva, nosso trabalho envolve um grupo de sete estagiários do 4º ano e 5º anos do curso de Psicologia da UNESP-Assis, que atuam no estágio curricular "Envelhecimento e Processos de Subjetivação", apoiado pela Pró-Reitoria de Extensão da UNESP (Universidade Estadual Paulista). Nosso objetivo é realizar um trabalho em grupo de atenção aos idosos residentes em ILPI (Instituições de Longa Permanência) que possa gerar conhecimentos e estratégias capazes de contribuírem para a melhoria da qualidade de vida e produção da saúde dessa população, a ampliação de sua visibilidade social e o acesso à cidadania. Para tanto, realizamos atividades em grupo, no formato de oficinas e com base no referencial de grupo operativo. As oficinas ocorrem semanalmente, com uma hora e meia de duração, intercalando diferentes espaços, como salas de aula do campus de Assis, o próprio asilo e também em outros espaços da universidade e da cidade. O grupo conta com a participação de 20 idosos da ILPI 'Lar dos Velhos' (Assis/SP), com idade entre 60 e 84 anos. Os coordenadores são discentes estagiários, sob a supervisão de uma docente do curso de Psicologia do campus. As atividades são previamente elaboradas em supervisões semanais, com duração de 4 horas, em que as oficinas são relatadas pelos alunos e textos sobre envelhecimento e teorias grupais são discutidos sob algumas perspectivas teóricas da Psicologia. Com a saída semanal dos idosos das ILPIs buscamos produzir modificações significativas na rotina da instituição e na vida dos residentes, compreender as vicissitudes da subjetivação nos processos de envelhecer e também a integração com a comunidade universitária, com a população e os espaços da cidade e a integração entre os próprios idosos. Em nossos encontros semanais percebemos o quão potente é a intergeracionalidade, o resgate de memórias e a valorização das narrativas dos idosos asilados, visto que se configuram em possibilidades de produção e experimentação de novos sentidos que atualizam novos modos de existência e produzem saúde. Além disso, percebemos que esses encontros contribuem para a potencialização dos desejos dos residentes, produção de autonomia e conquista de espaços públicos, proporcionando visibilidade e rompendo estigmas. Por fim, as oficinas se configuram como uma oportunidade propícia para ressignificar imagens e sentidos da velhice institucionalizada, contribuir para a produção de novos olhares para os envelheceres e que com a construção de vínculos, rompemos com as rotinas institucionais desvitalizadoras e produtoras de estereotipias de condutas. Dessa maneira, estimulamos os residentes a expandirem seus relacionamentos e conexões externas, em consonância com a produção de práticas e saberes na atenção psicológica grupal a idosos residentes em asilos na cidade de Assis. Palavras chave: Envelhecimento / Subjetividade / Asilo / Produção de Saúde / Psicologia SAU – 017 Capacitação para o socorro na comunidade: uma necessidade urgente Genesis de Souza Barbosa; Caio Guilherme Silva Bias; Maximo Lucas Costa; Lorene Soares Agostinho; Drielly Silva Furtado Gandra. Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO E-mail de contato: [email protected] Descrição da ação: diante de uma parada cardiorrespiratória, a realização imediata da reanimação cardiopulmonar, inclusive com apenas compressões torácicas por socorristas leigos da comunidade, contribui sensivelmente para o aumento das taxas de sobrevivência das vítimas de parada cardíaca. O protocolo de atendimento vigente salienta a necessidade de reanimação cardiopulmonar de alta qualidade, onde haja a garantia da frequência mínima de cem compressões torácicas por minuto, com profundidade de compressão de cinco centímetros em adultos com total retorno do tórax após cada compressão, observação para a minimização das interrupções nas compressões e observância para que seja evitada a hiperventilação. Nesse sentido, o suporte básico de vida possui papel fundamental na manutenção da perfusão sanguínea e da oxigenação coronariana e cerebral, portanto, saber exercer corretamente suas manobras pode contribuir significativamente para o sucesso das intervenções para reversão do quadro de parada cardiorrespiratória. Assim sendo, os maiores desafios são: ampliar o acesso ao ensino de reanimação cardiopulmonar, estabelecer processos para a melhora contínua de sua qualidade, além de minimizar o tempo entre a reanimação cardiopulmonar e a aplicação do primeiro choque. Objetivo: capacitar membros da comunidade para o atendimento de urgência a uma parada cardiorrespiratória. Metodologia: realizou-se uma oficina que consistiu em aplicar as manobras de reanimação cardiopulmonar, numa abordagem para a população leiga. A oficina contou com monitores do curso de graduação em Enfermagem e Obstetrícia da UFRJ-Macaé, distribuídos do quarto ao sétimo período, com inserção voluntária no projeto de extensão "Promovendo ações de prevenção e orientações para o socorro na comunidade". Todos os monitores foram capacitados para a atuação frente a uma situação de parada cardiorrespiratória, através de fóruns virtuais e reuniões presenciais semanais do grupo, no período de um mês. Os sujeitos do estudo foram membros da comunidade, estudantes do ensino fundamental e médio das redes municipal e estadual de ensino de um município do interior do estado do Rio de Janeiro e estudantes do ensino superior da rede pública e privada. Os dados foram coletados em outubro de 2014, durante a realização da atividade, por meio de questionário fechado e foram analisados por estatística descritiva simples. Resultados: 146 pessoas participaram das atividades e responderam voluntariamente ao formulário para caracterização do perfil e avaliação da oficina. A média de idade dos entrevistados (n=146) foi de 15 anos, 96,5% eram estudantes, sendo 81,5% do Ensino Fundamental, 14,3% do Ensino Médio e 4,2% do Ensino Superior. Dentre os sujeitos, 55,5% não haviam tido contato prévio com a temática. Apenas 1,3% dos entrevistados souberam aplicar corretamente a sequência de ações numa situação de PCR antes das orientações. Conclusões: as ações de capacitação de pessoas para o socorro de urgência às vítimas de parada cardiorrespiratória se configuram como uma ferramenta necessária para auxiliar nas intervenções a serem aplicadas por socorristas leigos na comunidade. Palavras chave: Socorro de urgência/ Capacitação/ Educação em saúde/ Promoção da Saúde SAU – 018 A MARCHA DE HEMIPARÉTICOS CRÔNICOS MELHORA COM FISIOTERAPIA EM GRUPO? Isabela Bortolim Frasson; Lucia Martins Barbatto; Tânia Cristina Bofi; Fabiana Araujo Silva; Ana Beatriz Segatto Pignatti; Fernanda Contri Messali; Mariana Bósio Mathias; Elaine Aparecida de Oliveira; Andressa Sampaio Pereira; Isabella Cristina Leoci; Augusto Cesinando de Carvalho. Instituição: UNESP- FCT E-mail de contato: [email protected] Introdução: O acidente vascular encefálico (AVE) causa deficiências importantes como a hemiplegia. A hemiplegia dificulta que indivíduos tenham as mesmas capacidades funcionais anteriores a instalação da patologia. Após o AVE, quanto mais cedo começar a reabilitação, melhor poderá ser o prognóstico funcional. A melhora funcional é mais rápida durante os primeiros meses após a lesão, todavia muitos pacientes permanecem com sequelas ao longo de suas vidas, necessitando de fisioterapia constante para evitar consequências determinadas pelo sedentarismo decorrente da deficiência motora funcional. Considerando a cronicidade da hemiplegia e a necessidade de amenizar o sedentarismo de hemiplégicos crônicos foi criado um projeto de fisioterapia em grupo denominado de Projeto Hemiplegia em julho de 2000 no Centro de Estudos e de Atendimentos em Fisioterapia e Reabilitação da UNESP, campus de Presidente Prudente-SP. Este projeto consiste em encontros de hemiplégicos crônicos, para realização de fisioterapia em grupo. A conduta fisioterapêutica acontece por meio de exercícios ativos, ativos assistidos, alongamentos musculares, relaxamentos, exercícios lúdicos e exercícios que mimetizam as AVDs. A terapia acontece semanalmente em um ambiente de muita descontração, em média 20 pacientes, que se sentem mais incentivados para realizar tarefas motoras. Objetivo: foi avaliar a mobilidade funcional de hemiparéticos crônicos pós-AVE em tratamento fisioterapêutico em grupo. Metodologia: Os pacientes foram avaliados com os instrumentos/escalas de avaliação: Time up and Go Test (TUG) e Teste de caminhada de 10 metros (TC10M) em uma avaliação inicial (AV1) e outra avaliação final (AV2) após dozes meses de fisioterapia em grupo. Resultados: A análise dos resultados demonstrou que os valores da AV1 do TUG (17,18 segundos) não apresentaram diferenças significantes dos valores da AV2 (18,37 segundos) (P<0,05), da mesma forma que os valores da AV1(19,31 segundos) e AV2 (18,61 segundos) de TC10M. Conclusão: Os pacientes avaliados não apresentaram alterações funcionais a partir dos testes utilizados. Com estes resultados observamos que a terapia utilizada não extinguiu e não melhorou as incapacidades. Porém inferimos que os pacientes tiveram a oportunidade de manter suas habilidades e de se adaptarem às suas limitações evitando, inclusive, a progressão das suas incapacidades e o sedentarismo e suas consequências, uma vez que estes pacientes praticam exercícios semanalmente ao invés de se manterem em casa. Palavras chave: Hemiplegia/ Marcha/ Fisioterapia em Grupo SAU – 019 Práticas em Saúde para Crianças e Adolescentes Abrigadas José Eduardo da Fonseca; Janaina Paulino da Silva; Mariana Raquel Castro de Francisco. Instituição: Universidade Metodista de Piracicaba - UNIMEP E-mail de contato: [email protected] Os abrigos são instituições responsáveis por proporcionar a seus acolhidos proteção e reinserção dos direitos negados. Dentre os direitos básicos, garantidos pela constituição federal está o direito à saúde. Os abrigos, portanto, devem oferecer o acesso a saúde às crianças e adolescentes, por meio de ações que garantam a manutenção, prevenção e a promoção da saúde de seus acolhidos de acordo com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde. Porém, além das atribuições do sistema de saúde, é preciso estimular atividades que lhes complementam o significado de saúde e bem estar. Desta forma, o projeto "Educação e Saúde com Crianças e Adolescentes em Situação de Vulnerabilidade Social" desenvolvido em um abrigo no município de Piracicaba/SP, encoraja os acolhidos a pensarem em promoção da saúde, apresentando diversas maneiras relacionadas ao seu cotidiano, por meio de atividades que demonstrem como a prevenção e a promoção à saúde podem melhorar a qualidade de vida de forma fácil e divertida. Entre estas atividades destacam-se as relacionadas à alimentação saudável, contemplando a importância da higiene pessoal e coletiva, e também a reutilização de materiais para a redução do lixo e ainda a utilização de plantas aromáticas e medicinais, por intermédio de uma horta de pneus, além de outras atividades que reafirmam o compromisso de todos os envolvidos com a práxis da saúde. Com as atividades propostas na casa, tanto as crianças quanto os adolescentes passam a ter a oportunidade de refletir sobre determinados assuntos que dependendo do modo como são abordados podem parecer 'desinteressantes', daí a necessidade de apresentarmos esta atividade de modo lúdico e de maneira simplificada. O foco no planejamento destas atividades está sempre em cada um dos acolhidos, mesmo quando as atividades são para todos, busca-se trabalhar as individualidades de cada um para que possam ser reforçadas de maneira positiva e eles notem suas qualidades e potenciais, trabalhando a autoestima, que influencia diretamente na forma em que o individuo se vê e vê o mundo, o que se reflete no cuidado com o corpo e a mente. A partir de um conjunto de atividades denominadas "Receita do Dia" as crianças aprenderam a experimentar novos sabores e a importância de uma alimentação saudável e junto com as atividades na horta, aproximaram os acolhidos da natureza e do equilíbrio resultante de uma alimentação saudável, redirecionando seus hábitos alimentares e olhares quanto à qualidade de vida. Com as atividades denominadas de "Realeca", os acolhidos reestabeleceram suas prioridades quanto ao consumo, reduzindo a compra de produtos desnecessários, priorizando as ações de higiene e descobrindo usos alternativos para as embalagens dos produtos adquiridos. Assim, o projeto tem contribuído para a formação da autonomia dessas crianças e adolescentes ao mesmo tempo em que contribui na formação dos bolsistas, que de forma significativa tem a oportunidade de vivenciarem os desafios da realidade concreta, tendo, portanto a oportunidade de tornarem-se profissionais da saúde diferenciadas. Palavras chave: Abrigo/ Crianças/ Adolescentes/ Práticas em Saúde SAU – 020 OFICINAS DE ATIVIDADES MOTORAS ADAPTADAS: EXPERIÊNCIAS DISCENTES NA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA Julia Cocato Luiz; Roberto Silva Junior. Instituição: Pontifícia Universidade Católica de Campinas E-mail de contato: [email protected] Tem-se identificado nas escolas municipais de Campinas/SP a dificuldade encontrada por profissionais de Educação Física em desenvolver atividades físicas e esportivas para pessoas com deficiência, especialmente sob o aspecto da inclusão de alunos com diversas características em uma mesma aula. A origem deste problema está, provavelmente, na formação acadêmica. Desta maneira, os projetos de extensão universitária possibilitam que discentes se envolvam com atividades dirigidas às comunidades interna e externa à instituição. Neste sentido, o projeto de extensão "Práticas de Atividades Físicas e Socioesportivas para Pessoas com Deficiência", desenvolvido na PUC-Campinas, oferece atividades para alunos da Rede Municipal de Educação de Campinas/SP e, por meio da sua metodologia contribui para a formação dos alunos de Educação Física que podem participar do projeto como bolsistas de extensão. Assim, os estudantes envolvidos nesta proposta podem vivenciar a prática da área em situações reais, ou seja, com um público formado por crianças e adolescentes com e sem deficiência, tal como ocorre nas escolas. Este resumo refere-se ao plano de trabalho individual de extensão intitulado "Oficinas de Atividades Físicas e Motoras Adaptadas", desenvolvido no ano de 2014 por uma aluna bolsista, cujos objetivos específicos foram: a) desenvolver a habilidade de ministrar oficinas para pessoas com deficiência; b) articular as teorias estudadas na graduação com o projeto de extensão e c) promover a integração entre as pessoas com deficiência e seus parceiros. As atividades atribuídas à aluna consistiram no planejamento e execução de atividades motoras adaptadas e ginástica para crianças entre três a sete anos de idade; leitura e discussão de temas referentes ao seu plano de trabalho; estudo e compreensão da filosofia da Special Olympics; reuniões semanais com o docente responsável e participação em eventos de extensão universitária. Os principais resultados obtidos foram: 1) aumento da habilidade em ministrar oficinas para crianças e adolescentes com e sem deficiência, incluídos em uma mesma atividade; 2) ampliação dos conhecimentos sobre tipos de deficiências; 3) melhora da capacidade de adaptar e modificar as atividades oferecidas nas oficinas e 4) aumento de confiança e autonomia para trabalhar com pessoas com deficiência. Então, conclui-se que o processo vivenciado na extensão universitária contribui significativamente para a formação dos alunos envolvidos nos projetos e, assim, é possível dar início ainda na graduação a uma melhor qualificação de profissionais que poderão trabalhar com pessoas com deficiência. Palavras chave: Saúde / Atividade Física / Extensão Universitária SAU – 021 Projeto de extensão para o controle reprodutivo de caninos e felinos no Município de Jaboticabal SP. Resultados de 2010 a 2014 Julia Trinca; Amanda Raffaelli Tartarelli; Beatrice Ingrid Macente; Leonardo Martins Leal; Paulo Antonio Tosta; Gilson Helio Toniollo; Jeffrey Frederico Lui. Instituição: UNESP - Jaboticabal E-mail de contato: [email protected] Entre as inúmeras causas que estão colaborando para o crescimento da população canina e felina está a falta de uma política séria dos municípios para o controle reprodutivo, o desordenado crescimento populacional e agrupamento de animais principalmente em regiões de baixa escolaridade e renda, a falta de consciência e responsabilidade na posse de animais e a ausência de educação e informação adequadas. Esses problemas ocorrem em inúmeros municípios e até países desenvolvidos, onde não há uma política voltada para o controle efetivo dessas populações. Como consequência, animais errantes proliferam principalmente em áreas de populações de baixa renda e representam riscos de mordeduras, arranhaduras, transmissão de zoonoses, atropelamentos e, conseqüentemente, prejuízos para a saúde pública. No Município de Jaboticabal, com apoio da PROEX/UNESP e financiamento pela APA (Associação Protetora dos Animais), o presente trabalho, teve como objetivo relatar os resultados dos últimos cinco anos de controle populacional de caninos e felinos de proprietários de baixa renda. O trabalho desenvolveu-se no Campus da UNESP de Jaboticabal SP e utilizou-se a esterilização cirúrgica com emprego da técnica de ovariohisterectomia para fêmeas e orquiectomia para machos de ambas as espécies. Esse projeto contou com a colaboração de docentes, discentes de graduação e pós-graduação em medicina veterinária e pessoas da sociedade civil. Previamente os animais eram cadastrados, examinados clinicamente e submetidos ao tratamento pré-cirúrgico com relaxantes musculares e analgésicos e em seguida à anestesia geral. Após o procedimento cirúrgico os animais recebiam antibiótico de longa duração, vermífugos, analgésicos e recomendações pós-operatórias. De 2010 a 2014, foram esterilizados 7.569 animais das espécies canina e felina de ambos os sexos. Desse total foram 3.224 (43%) para cadelas; 1.025 (14%) para cães; 2.107 (28%) para gatas e 1.213 (16%) para gatos. Essa ação, embora muito significativa precisa ser contínua para manter essas espécies sobre controle, uma vez que o Município apresenta uma população muito grande de animais errantes e abandonados e não possui abrigo para o recolhimento desses. Palavras chave: controle populacional/ canina/ felina/ reprodução SAU – 022 Prematuridade e a Importância da Fisioterapia na Educação em Saúde Laiara Aparecida Rodrigues; Mariana Novelli; Tiago Del Antonio; Camila Costa de Araujo; Joyce Karla Machado da Silva. Instituição: UENP - Universidade Estadual do Norte do Paraná E-mail de contato: [email protected] Descrição da Ação: Prematuro é considerado toda criança que nasce antes das 37 semanas completas de gestação. Essas por não terem atingido a maturidade funcional e estrutural dos órgãos e tecidos, podem apresentar desvios no padrão de desenvolvimento motor, quando comparada a crianças nascidas a termo. O desenvolvimento motor caracteriza-se pela alteração das habilidades motoras ao longo da vida, que provém da interação entre processos biológicos e fatores ambientais, associado a isso as relações familiares também influenciam o desenvolvimento infantil. É pela família que se produzem cuidados essenciais à saúde, desde interações afetivas necessárias ao pleno desenvolvimento da saúde mental até o nível da adesão aos tratamentos prescritos pelos serviços, como, medicação, dietas e atividades preventivas. Estudos relatam que o desenvolvimento adequado dependerá da qualidade das experiências vividas pela criança e dos vínculos por ela criados. O vínculo mãe-filho consiste na relação de afeto entre a figura materna e sua criança, sendo um evento natural suscetível a interferências positivas ou negativas. Tendo um vínculo adequado com o filho, a mulher estará mais apta a apresentar práticas de cuidado benéficas, refletindo no desenvolvimento da criança. A ligação entre o ambiente da criança, sua saúde e seu desenvolvimento é evidente, visto que há uma associação considerável entre o desenvolvimento da criança e a qualidade dos estímulos oferecidos à ela nos primeiros anos de vida. A Educação em Saúde compõe um conjunto de saberes e práticas, orientadas para prevenção de doenças e promoção da saúde. É um recurso que por intermédio dos profissionais de saúde, atinge a vida cotidiana das pessoas, uma vez que a compreensão dos condicionantes do processo saúde doença oferece subsidio para adoção de novos hábitos e condutas. O objetivo do presente estudo é verificar a importância do fisioterapeuta no cuidado em saúde relacionado ao desenvolvimento motor. Métodos: Trata-se de uma revisão narrativa sobre a produção de cuidados em saúde no âmbito de desenvolvimento motor de crianças prematuras. Foi realizado um levantamento bibliográfico consultando as bases de dados Scielo, Lilacs, onde foram encontrados 12 artigos, com a utilização das seguintes palavras-chave: prematuridade, vínculo mãe-filho no desenvolvimento motor, cuidados em saúde, educação em saúde. Resultados: conferimos que o fisioterapeuta atuando junto à equipe de saúde, destina-se a executar programas em saúde pública contribuindo para ações de assistência integral às famílias em todas as fases da vida. Verificamos que ainda é muito escassa a participação deste na educação em saúde, uma vez que o mesmo é o profissional destinado a avaliar o desenvolvimento, sendo o integrante com maior prática em educar pais e/ou cuidadores, sobre possíveis intercorrencias do desenvolvimento motor. Com a implantação da Educação em Saúde percebe-se a necessidade e a importância da inserção do fisioterapeuta na equipe, visando maior promoção e manutenção da saúde, melhorando, assim, a qualidade de vida. Conclusão: Tendo em vista que profissionais engajados na intervenção precoce dependem, em alguma extensão, dos pais para promover a saúde e desenvolvimento das crianças, a inserção deste, é uma ferramenta valiosa e relevante na direção da promoção do desenvolvimento infantil. Palavras chave: Prematuridade / Vínculo Mãe-Filho no Desenvolvimento Motor / Cuidados em Saúde / Educação em Saúde SAU – 023 Efetividade de ações de educação nutricional sobre o consumo alimentar e a composição das lancheiras de alunos de uma escola pública de cidade do interior paulista Luiza Cristina Godim Domingues Dias; Thaisa de Assis. Instituição: Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho - UNESP E-mail de contato: [email protected] O crescimento mundial da obesidade é um problema de saúde pública. Sabendo que a infância é um momento propício para a aquisição de comportamentos, o presente estudo objetivou avaliar a efetividade de ações de educação nutricional com base na composição de lancheiras de crianças matriculadas no primeiro e segundo ano de uma escola pública do município de Botucatu-SP. Participaram deste estudo 102 alunos, de ambos os sexos, na faixa de cinco a oito anos de idade. Foi desenvolvido um programa de educação nutricional em quatro encontros. Dos alunos avaliados na última atividade, 26% levaram dinheiro para gastar na cantina da escola com alimentos não saudáveis. Daqueles que levaram alimentos em suas lancheiras, a frequência de alimentos ricos em gordura e açúcares simples foi de 52%, enquanto apenas 4% levaram frutas, iogurtes e lanches naturais. Apesar das crianças demonstrarem-se interessadas e ativamente participativas nas atividades propostas, além de termos atestado que compreenderam o conteúdo transmitido, a composição das lancheiras continuou inadequada. O tempo entre a conclusão das atividades e a observação das lancheiras pode não ter sido suficiente para estimular mudanças significativas. Evidenciando que é necessário programa de educação nutricional de longo prazo, com participação assídua da família e da escola. Palavras chave: obesidade/cantina escolar/educação nutricional SAU – 024 CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE O USO CORRETO DE SANEANTES DOMISSANITÁRIOS VISANDO A PREVENÇÃO DE ACIDENTES E INTOXICAÇÕES Marcelo José Della Mura Jannini; Gabriela Adegas Pinheiros; Jéssica Aires da Silva; Isabela Salomão Macedo. Instituição: PUC-Campinas E-mail de contato: [email protected] Este projeto teve como público alvo as empregadas domésticas do Sindicato da Trabalhadoras Domésticas de Campinas e Região que possui sede na cidade de Campinas e subsedes nas cidades de Valinhos e Sumaré. O objetivo do projeto é o de conscientização do público a respeito no manuseio correto de saneantes domissanitários (produtos de limpeza) com a finalidade de minimizar os riscos de acidentes com danos à saúde. A metodologia adotada inicialmente foi a de aplicação de formulários de avaliação de perfil do público alvo. Foram aplicados cerca de oitenta formulários e a partir dos dados coletados iniciou-se o trabalho de confecção de material didático para as oficinas. Neste formulário inicial alguns dados importantes foram coletados sobre o grau de instrução do público alvo (maioria com fundamental incompleto), ocorrência de reações alérgicas aos produtos de limpeza (53% de respostas positivas) sendo que 71% com sintomas de coceira, irritação dos olhos e da pele e dificuldades respiratórias, entre outros. Neste contexto, as oficinas foram ministradas inicialmente apresentando ao público alvo o significado do termo saneantes domissanitários, passando pelos riscos existentes no seu manuseio, utilização de EPIs, riscos na utilização de saneantes clandestinos, composição química das formulações até descarte de embalagens. Trabalhou-se também com demonstrações práticas de utilização de saneantes diluídos comparando eficiência e substituições por produtos menos dispendiosos e tóxicos como por exemplo o vinagre em substituição ao amaciante e lustra metais e o bicarbonato em substituição aos alvejantes e abrasivos. Ao final de cada oficina, foram aplicados formulários de avaliação da qualidade das mesmas, aferição da retenção dos conhecimentos por parte do público e sugestões para os próximos encontros. Devido ao baixo grau de instrução do público alvo foi constatada a falta de conhecimento com respeito ao saneantes o que para nós explica o alto percentual de ocorrência frequente de intoxicações e irritações. Outro dado que nos chamou a atenção foi a falta de iniciativa do público na procura de soluções, sendo que a maioria espera até passar os sintomas e se automedica deixando de lado a possibilidade de procurar um médico ou de pelo menos comunicar seus empregadores. Da mesma forma, e não menos importante, foi o dado que revelou a utilização de produtos de limpeza clandestinos, uma prática de alto risco já que não se tem nenhuma informação sobre suas formulações. Conclui-se que a desinformação a respeito do universo dos saneantes domissanitários prevalece e que as oficinas acabaram por fornecer ao público alvo informações básicas porém relevantes para que se iniciasse um processo de conscientização e gerasse um novo olhar para estes materiais que nada mais são que uma mistura de substâncias químicas cada uma com sua toxicidade associada. Palavras chave: Trabalhadoras Domésticas/Saneantes Domissanitários/Toxicidade/Saúde SAU – 025 O MANEJO CLÍNICO EM PACIENTES NEURÓTICOS GRAVES E PSICÓTICOS EM UM CAPS Maria Fernanda Furlam de Macedo Soares. Instituição: Pontifícia Universidade Católica de Campinas E-mail de contato: [email protected] O presente trabalho de extensão se sustentou no paradigma da Reforma Psiquiátrica e da desospitalização. Estes movimentos buscaram romper com o modelo manicomial de tratamento da pessoa com transtorno mental propondo um modelo substitutivo à internação psiquiátrica. Os serviços de saúde mental que substituíram os manicômios foram os Centros de Atenção Psicossocial (Caps). Esses equipamentos de saúde almejam garantir a reabilitação psicossocial da pessoa em sofrimento psíquico, através da elaboração e execução dos Projetos Terapêuticos Singular (PTS), em que a real necessidade (social e psíquica) do sujeito é considerada. Os Caps são compostos, por equipes multiprofissionais, nas quais os profissionais trabalham articulados com a rede de cuidados do município em que se localizam. Diante dessa realidade, esse plano extensionista objetivou instrumentalizar, a equipe multiprofissional de um Caps da cidade de Campinas, no que se refere ao manejo clínico de pacientes diagnosticados como neuróticos graves e psicóticos. A ação da discente se caracterizou pela realização de um levantamento bibliográfico através de artigos, dissertações, teses e livros, sobre o manejo clínico de pacientes de Caps; traçando as diferenças nosográficas entre o quadro neurótico e psicótico; demarcando e indicando as modalidades psicoterápicas da neurose e da psicose, isto é, a psicoterapia individual e de grupo e o grupo operativo. Em seguida, a aluna sintetizou as informações advindas da literatura especializada e as traduziu em atividades de extensão. Porém, vale ressaltar que as oficinas se caracterizaram por uma ação dialógica de construção de conhecimento, haja vista que tanto o saber científico como aquele provindo dos técnicos foram considerados. As oficinas foram realizadas na sede do Caps, com profissionais das seguintes áreas: psicólogos, enfermeiros e terapeutas ocupacionais. Estes profissionais compuseram dois grupos, cujos encontros semanais ocorreram às quartas e às quintas-feiras com uma hora e meia de duração cada. Após um ano de atividades (2014) a equipe multiprofissional do Caps avaliou (por meio de uma ficha de avaliação e de reuniões) que as oficinas desenvolvidas foram capazes de instrumentaliza-los quanto ao manejo clínico dos usuários do Caps. Para os técnicos as atividades de extensão proporcionaram um espaço de reflexão acerca das práticas cotidianas da equipe, e tal prática foi considerada insuficiente para a promoção da reabilitação psicossocial e do emprego adequado do manejo clínico, pois os profissionais se deparam cotidianamente com um número excessivo de pacientes, com colegas desmotivados, e, sobretudo com a gravidade e complexidade dos quadros clínicos. A problematização desses fatores aliada a busca de soluções compartilhadas contribuíram significativamente para que os profissionais pudessem reavaliar de forma crítica e sistemática as suas práticas; fato esse que promoveu o aprimoramentos dos profissionais com a consequente qualificação dos serviços prestados. Palavras chave: Manejo Clínico/Neurose/Psicose/Caps SAU – 026 EFICÁCIA DE UM PROGRAMA DE TREINO COGNITIVO PARA IDOSOS COGNITIVAMENTE SAUDÁVEIS - PROJETO ATIVAMENTE - UFABC Maria Teresa Carthery Goulart. Instituição: Universidade Federal do ABC E-mail de contato: [email protected] Estudos indicam que intervenções em forma de treino cognitivo podem ajudar idosos a manter e maximizar as suas funções cognitivas, incentivando o processamento contextualizado das informações e o uso de estratégias que potencializam os processos de codificação e resgate dos conteúdos armazenados na memória de longo prazo. No entanto, há controvérsias sobre que tipos de treino podem potencializar os ganhos cognitivos e sobre quanto tempo após o treino os ganhos se mantêm. Somado a isso, há ainda poucos estudos sobre treino cognitivo com idosos brasileiros, cujo perfil cultural, econômico e educacional se difere das populações comumente investigadas. Diante disso o presente trabalho de pesquisa e extensão teve como objetivos a realização de um programa de treino cognitivo, dirigido à população idosa brasileira sem declínio cognitivo patológico a fim de otimizar seu funcionamento mental, enfocando a melhora da memória episódica. Sessenta indivíduos foram selecionados, 45 participaram do grupo de treino cognitivo (grupo experimental) e outros 15 do grupo controle (fizeram avaliações pré e pós-teste e não realizaram o treino cognitivo mas foram convidados a frequentar a UFABC em outras atividades de extensão). Foi desenvolvido programa educativo e de treino cognitivo com estratégias para facilitar o funcionamento da memória episódica. Os grupos experimental e controle passaram por uma etapa de pré-testes de desempenho cognitivo, funcional, humor e qualidade de vida. Após este mapeamento inicial, os idosos do grupo experimental participaram de 8 sessões de treino (1 vez por semana durante 90 minutos). Todas as atividades dos grupos experimental e controle foram realizadas em 2,5 meses e após esse período ambos os grupos foram reavaliados. Entre os 60 participantes, 18 do grupo experimental e 12 do grupo controle preencheram os critérios de inclusão e exclusão para o estudo e seus dados de pré-teste e pósteste foram utilizados avaliação da eficácia do treino cognitivo, pois somente estes indivíduos não apresentaram resultados sugestivos de déficit cognitivo, depressão e ansiedade e participaram de todas as etapas do estudo. Os indivíduos do grupo experimental consideraram as atividades agradáveis e reportaram satisfação e melhora na percepção da própria memória e humor no dia a dia pós treino cognitivo. O grupo experimental apresentou melhoras pós-treino estatisticamente significantes em duas medidas de memória episódica (p <0,01) e também em uma medida memória de trabalho (p <0,05). Já o grupo controle apresentou melhora significativa em uma medida de memória explícita (p <0,05). Nossos resultados preliminares mostraram que o treinamento cognitivo empregado não tem um impacto global na cognição, mas mostra melhora específica para as funções treinadas, mostrando eficácia do treino. As melhoras do grupo de controle necessitam de mais pesquisas, já que podem ser explicados em termos de efeitos placebo por terem frequentado a universidade em atividades de extensão e culturais variadas ou efeitos de prática da tarefa. Ainda é necessário aumentar o número de participantes e combinar os grupos de acordo com o perfil sociodemográfico. Palavras chave: ENVELHECIMENTO/ RESERVA COGNITIVA/ TREINO COGNITIVO SAU – 027 Estudo da adesão às modalidades do Projeto de Extensão: Iniciação Esportiva em Esportes Coletivos do Programa Esporte e Lazer na Cidade vinculado a Universidade Federal de Viçosa - Campus Florestal Maysa Araujo de Carvalho; Isabella Carolina Silva Pereira; Juliana de Oliveira Torres. Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA - CAMPUS FLORESTAL E-mail de contato: [email protected] A busca pela saúde e qualidade de vida leva as pessoas a procurar diversas atividades físicas. A participação da mídia eleva o esclarecimento da população sobre os benefícios de uma vida mais ativa. Com o aumento da expectativa de vida, sabe-se que essa conscientização é uma questão de saúde pública. Apesar disso, nos dias atuais, acontece um crescimento exponencial do número de sedentários. Dentre diversos benefícios, a atividade física pode minimizar os malefícios advindos do sedentarismo, provocar uma melhora no estado de humor, na qualidade de vida e na saúde dos indivíduos. Assim, o objetivo do Projeto de Extensão de Iniciação Esportiva em Esportes Coletivos: Basquetebol, Handebol e Voleibol, vinculados ao Programa Esporte e Lazer na Cidade do Proext - MEC/SESu é oferecer atividades de esporte e lazer para população do município de Florestal-MG. Para obtenção dos dados foi aplicado um questionário semiestruturado. A amostra do estudo foi composta por 38 (trinta e oito) indivíduos com 16,7 ±1,4 anos de idade, sendo 53% composta por indivíduos do sexo feminino e 47% por indivíduos do sexo masculino. 79% da amostra declararam não possuir problemas de saúde, enquanto que 21% declararam possuir problemas de saúde. Os problemas citados foram: problemas respiratórios (62,5%), problemas cardíacos (12,5%), diabetes (12,5%) e enxaqueca (12,5%). Em relação a prática de atividades físicas, 53% dos indivíduos alegaram ser praticantes, enquanto 47% responderam não praticar atividades físicas. As atividades esportivas acontecem no Ginásio Poliesportivo da Universidade Federal de Viçosa - Campus Florestal. O projeto é oferecido duas vezes na semana com duração de uma hora, sendo três modalidades esportivas em horários distintos. Em relação a opção das modalidades oferecidas, 53% dos indivíduos inscritos optaram pela prática de apenas uma modalidade, 37% de indivíduos optaram pela prática de duas modalidades e 10% de indivíduos escolheram praticar três modalidades. Diante dos resultados, pode-se concluir que o público de maior adesão foi o adolescente, sendo que um fator a ser considerado é o alto índice de inatividade física, que pode estar associado a grande influência dos meios tecnológicos nos dia atuais. O projeto se propõe a promover uma maior participação em atividades esportivas e foi verificado que alguns indivíduos adeririam a mais de uma modalidade esportiva, indicando uma possível carência de oportunidades para essa prática. Palavras chave: Saúde/ Qualidade de Vida/ Prática Esportiva SAU – 028 DIABETES, VOCÊ SABE O QUE É ISSO? Natanael Pereira Batista; Marina Cabral Waiteman; Renan de Jesus Teixeira; Patricia Monteiro Seraphim. Instituição: UNESP - Universidade Estadual Paulista E-mail de contato: [email protected] Ação: O diabetes mellitus é uma síndrome caracterizada por altos níveis de glicose sanguínea em situações de jejum, alterando o metabolismo em geral por conta de uma deficiência na secreção da insulina. Apesar de ser conhecida mundialmente, muitas pessoas ainda não sabem exatamente as causas e as formas de evitar essa doença, tornando o número de diabéticos cada vez maior. Como principal causa, a obesidade associada a algumas situações tem se tornado algo muito comum ultimamente tanto no Brasil como no mundo, e é algo que se deve tratar com extrema importância. A mudança do hábito alimentar e a prática de exercícios físicos é a saída para o tratamento e a prevenção do diabetes, já que a partir desses fatores é possível ter maior controle do nosso organismo frente a essa situação. Além disso, o controle e a verificação da glicemia deve ser algo constante, pois o diabetes se desenvolve de forma silenciosa e a longo prazo, tendo como principais sintomas o excesso de urina (poliúria), excesso de sede (polidipsia), excesso de fome (polifagia), fraqueza, rápido emagrecimento e dificuldade na cicatrização. Essa síndrome atinge boa parte da população mundial e principalmente brasileira, sendo uma das principais causas de morte no mundo. Objetivo: Desta forma, este projeto teve por objetivo levar ao público leigo, freqüentadores de projetos de extensão da UNESP de Presidente Prudente, e para alunos do curso de Graduação da FCT/UNESP, e em algumas escolas da região, informações explicativas a respeito da doença diabetes, bem como orientar sobre os tratamentos atuais e as principais formas de prevenção de desenvolvimento da doença, para melhora da qualidade de vida do público em questão. Metodologia: No ano de 2014, alunos do curso de Fisioterapia, participantes voluntários neste projeto de extensão, realizaram revisão bibliográfica acerca de conhecimentos específicos sobre a doença diabetes e elaboraram folheto explicativo e apresentação no formato de palestra com discussão sobre o assunto e com a realização de uma dinâmica envolvendo o público presente. Resultados: Este projeto tem sido realizado desde 2009, e no ano de 2014 foram feitas apresentações para aproximadamente 300 indivíduos, os quais inicialmente tinham muitas dúvidas sobre a doença, mas, posteriormente, sentiram-se satisfeitos com as informações obtidas com as apresentações das palestras. As apresentações foram muito bem recebidas e acreditamos ter atingido o objetivo do projeto: passar conhecimento científico para público leigo, com melhoria no entendimento dos jovens, adultos e idosos para que haja adoção de novos hábitos saudáveis de vida, tais como hábitos alimentares e de atividade diária, visando sempre a propagação deste conhecimento para que futuramente possa ser notório uma mudança nos índices atuais, que segundo a Organização Mundial da Saúde poderá ser a sétima principal causa de morte no mundo em 2030, sendo que em 2012 as doenças crônicas causavam quase dois terços das mortes no mundo. Palavras chave: Diabetes / Vida Saudável / Palestras / Alerta SAU – 029 Intervenções em Psicologia em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos do interior paulista. Patricia Arras Bertozzi; Mariele Rodrigues Correa; Priscila Nery Duarte; Jennifer do Nascimento Pedrero. Instituição: Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" E-mail de contato: [email protected] Este trabalho consiste em realizar intervenções em Psicologia em uma Instituição de Longa Permanência 'Abrigo aos Idosos' na cidade de Assis/SP. A área de atuação seria a psicologia social com foco na saúde mental dos moradores da instituição, sempre com uma visão crítica acerca da instituição, dos agentes e dos próprios internos. Procuramos desenvolver atividades junto aos idosos asilares que promovam o resgate de histórias de vida e de construção de um espaço de convivência e de trocas afetivas, tendo em vista a interação e a socialização entre eles, a fim de diminuir o sentimento de solidão. De acordo com a Política Nacional do Idoso (PNI), o cuidado com os mais velhos deveria se dar, preferencialmente, junto aos familiares. Porém, devido a diversos fatores, como questões econômicas e necessidade de cuidados em saúde especializados, muitos idosos passam a residir em asilos Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs). A institucionalização da velhice certamente é uma temática deveras complexa e traz vários desdobramentos para a subjetividade do idoso, para seu entorno social e para a comunidade. As regras do estabelecimento asilar são fixas, com enquadramento de horários, rotinas e atividades diárias. Em alguns casos, os residentes acabam vivendo num mundo à parte, em que perdem sua individualidade, entram em um processo de isolamento, do que resulta um mundo sem significado pessoal. Além disso, notamos que, além do abandono familiar, muitos sofrem com o isolamento social, uma vez que nem sempre a comunidade está atenta para as demandas de inserção dos idosos na vida comunitária. Diante disso, elaboramos encontros semanais para potencializar a subjetividade e resgatar a memória dos internos. Para isso, utilizamos dispositivos como músicas típicas da região, filmes e objetos que possam trazer lembranças a partir da senso-percepção. Até o momento, foram realizados doze encontros semanalmente, com duração de uma hora e trinta minutos cada um, com a participação de vinte idosos institucionalizados. Como resultados iniciais, destacamos que esses encontros têm se mostrado enquanto uma ferramenta possível para compartilhar narrativas e memórias, além de promover vínculos entre os idosos e as estagiárias do curso de Psicologia. Algumas vezes encontramos dificuldades com relação à resistência de alguns para participarem das atividades, seja diante de situações de limitações físicas, seja porque vivem um isolamento social dentro da instituição. Entretanto, com o decorrer dos encontros, estamos em um processo de construção de vínculos, o que vem proporcionando maior adesão dos idosos nas atividades. Procuramos trabalhar em parceria com os técnicos da assistência social e da enfermagem no asilo, a fim de realizar trocas de experiências para melhor desenvolver o trabalho. Entendemos que a prática em Psicologia no ambiente asilar pode ser um campo de intervenção muito propício ao resgate de histórias de vida, de promoção de sociabilidade e de saúde, ainda mais no cenário brasileiro frente ao processo de envelhecimento da população. Palavras chave: Psicologia/ Idodos/ Instituição de Longa Permanencia SAU – 030 Avaliação e orientação em fisioterapia neurológica para pacientes, familiares e cuidadores: visão para neuroplasticidade Paula Takeuti; Érika Dourado de Souza; Magda Campos Curcino; Ana Beatriz Segatto Pignatti; Thairyne Olivato; Eliane Ferrari Chagas. Instituição: Unesp E-mail de contato: [email protected] Ação: A neuroplasticidade é a capacidade do sistema nervoso de modificar a organização funcional e estrutural de elementos neurais frente às exigências adaptativas do ambiente, atuando como fundamento da recuperação. Nas lesões neurológicas como traumas e doenças cerebrovasculares, os 6 primeiros meses após a lesão são cruciais, pois é neste período que o processo de recuperação se encontra potencializado. Há situações em que um indivíduo não consegue usufruir do atendimento de Fisioterapia e Reabilitação, suscitando interferências negativas para a recuperação deste e de seu contexto familiar. A partir disso, o projeto busca contribuir para uma melhor recuperação funcional dos indivíduos, contando com a participação de familiares/cuidadores no emprego de potencialização da neuroplasticidade. Objetivo: O projeto possui o intuito de avaliar indivíduos acometidos por afecções neurológicas, analisando o quadro disfuncional e o contexto domiciliar em que se encontram, de modo a orientá-los juntamente com seus familiares/cuidadores. Metodologia: O projeto acontece no Centro de Estudos e Atendimentos em Fisioterapia e Reabilitação (CEAFIR) da FCT/UNESP, sendo realizado por meio de uma avaliação inicial, mediante agendando prévio, seguido de reavaliações no 15º e 30º dia subsequentes para reorientação conforme cada caso. A avaliação consiste numa entrevista para obtenção de dados pessoais e da lesão. São aplicados a Escala de Equilíbrio de Berg, Índice de Barthel Modificado e uma Planilha de Tarefas para avaliar posicionamentos, mudanças de decúbito, atividades funcionais e de vida diária. A partir disso, são feitas orientações que contemplam: realização de exercícios, adaptações domiciliares, posicionamento apropriado, cuidados gerais, explicação sobre a doença e demais informações necessárias. Essas informações são apresentadas em material impresso acompanhadas de imagens fotográficas e explicações para serem realizados em casa. Todos os indivíduos são informados quanto às características do estudo e, em concordância, assinam o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da FCT/UNESP Nº 02818113.60000.5402. Resultados: Foram avaliadas 24 pessoas, 10 homens e 14 mulheres, hemiplégicos e hemiparéticos, sendo 15 à direita e 9 à esquerda, com média de idade 58±4,24 anos. Dos 24 sujeitos, 17 não retornaram para a segunda avaliação, pois 2 tiveram recuperação total, 13 foram inseridos na Fisioterapia e 2 não há informação. Dos outros 7, 4 retornaram após 30 dias, sendo 2 inseridos em Fisioterapia. Todos receberam orientações personalizadas e impressas direcionadas aos seguintes aspectos: postura sentada e em pé; endireitamento; propriocepção; exercícios diários; utilização de estratégias dos objetos; participação em casa; atividades diárias, entre outros. Conclusões: Este trabalho possibilitou verificar que essa avaliação com orientação específica estava sendo muito importante para os pacientes e seus familiares, pois aprendiam sobre as atividades em casa (como pegar o paciente, levantar, transferir para um banheiro, dentre outras), entendiam como fazer exercícios ou mesmo as posturas que beneficiavam a recuperação, eram conscientizados sobre a importância do exercício diário, do estímulo participativo do paciente e outras informações e orientações simples que ajudavam no dia-a-dia de todos. Neste entendimento, esta ação contribui para a neuroplasticidade, estado de recuperação, reabilitação, na execução de atividades e na participação social. Palavras chave: Reabilitação / Neuroplasticidade / Orientações domiciliares / Fisioterapia SAU – 031 Produção de Equipamentos de Pilates Rafaele Almeida Munis; Leandro Leite de Oliveira; Larissa Almeida Rosolem; Gisela Carolina Neves Silva; Anderson Giovani Lopes; Aliane Cardoso de Almeida; Victor Galvão dos Santos; Nivaldo Roel Lemes; Juliana Cortez Barbosa. Instituição: Universidade Estadual Paulista (UNESP) E-mail de contato: [email protected] Introdução O projeto em desenvolvimento de extensão caracteriza-se pela produção de equipamentos de Pilates fabricados com a matéria-prima madeira e seus resíduos, os quais promovem a recuperação física, motora e o bem-estar da comunidade a qual o projeto atende. Como consequência há o fortalecimento e alongamento dos músculos que estão encurtados, além de promover o aumento da mobilidade das articulações. Os equipamentos vem sendo fabricados pelos alunos do Programa de Educação Tutorial do curso de Engenharia Industrial Madeireira. Objetivos Esse projeto de extensão visa a construção de equipamentos de pilates para atender a comunidade externa e além da implantação de uma academia no próprio Campus da Unesp de Itapeva. Material e Métodos O trabalho foi realizado no Laboratório de Mobiliário e de Construção da Universidade Estadual Paulista 'Júlio de Mesquita Filho' - Campus Experimental de Itapeva/SP. O desenvolvimento dos equipamentos foram embasados nas dimensões de equipamentos comerciais de uma academia de pilates da cidade, os quais foram desenhados em um software apropriado. Os mesmos foram confeccionados a partir de peças de madeira, utilizando painéis sarrafeados do tipo EGP, sendo alguns resíduos, obtido de árvores da espécie Pinus ellioti, provenientes da doação de uma serraria da região de Itapeva/SP. Foram adotados os requisitos básicos de qualidade para acabamento superficial, como lixamento, aplicação de seladora e verniz. A montagem foi feita com uniões metálicas, de parafusos e pregos. O estofamento foi realizado com com espumas de densidades específicas para pilates e tecido do tipo courvin. Os equipamentos fabricados foram do tipo step barrel e ladder barrel. Tendo este a utilização de bastões de madeira da espécie Eucalyptus grandis, por possuir maior resistencia mecânica, também proveniente de doação, sendo tingidos e envernizados. Resultados e Discussão Foram finalizadas as construções dos equipamentos, e realizadas parcerias com duas instituições da cidade. Uma, a instituição de ensino Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva (FAIT), que disponibiliza alunos do curso de Fisioterapia, os quais realizam semanalmente exercícios laborais com os equipamentos dentro do campus para a comunidade acadêmica e funcionários. A outra, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Itapeva, onde foram doados os equipamentos para serem aplicados exercícios especialmente em crianças portadoras de deficiência físicas e mentais, no centro de apoio diagnose e terapias integradas. Conclusões Foram alcançados os objetivos iniciais esperados, de contribuir com a comunidade externa e interna à UNESP através da construção dos equipamentos e das parcerias realizadas nos decorrer do projeto. Este projeto teve ainda a importe contribuição para a formação dos alunos de graduação através de trabalhos prático e de vivência com a comunidade externa percebendo suas necessidades de intercambio com a academia. Palavras chave: Pilates/ resíduos de madeira/ saúde/ engenharia industrial madeireira SAU – 032 Grau de Conhecimento de Proprietários de Animais atendidos por Projeto de Extensão Universitário em Araçatuba, SP. Renan Bezerra Martins; Walter Bertequini Nagata; Bruno Ribas Vieira; Izabella Pazzoto Alves; Juliane Teramachi Trevizan; Ana Beatriz Botto de Barros da Cruz Favaro; Douglas Augusto Franciscato; Marion Burkhardt de Koivisto. Instituição: UNESP - FMV - Campus de Araçatuba E-mail de contato: [email protected] O projeto de Esterilização em Cães e Gatos da Faculdade de Medicina Veterinária, UNESP, Campus de Araçatuba promove treinamento técnico-social para os alunos do 4º e 5º ano da graduação, além de beneficiar proprietários mais carentes e desenvolver a conscientização destes proprietários sobre posse responsável, bem estar animal, zoonoses e sanidade animal. O objetivo do trabalho foi avaliar o nível de conhecimento dos proprietários sobre reprodução, sanidade e nutrição dos seus animais, a fim de promover medidas para instruir e orientar os proprietários que participam do projeto. Para obtenção dos dados foi utilizado questionário em forma de alternativas de múltipla escolha que abordou os seguintes tópicos: perfil do proprietário, conhecimento sobre zoonoses, ciclo reprodutivo e sanidade animal. Um total de 200 questionários foi aplicado no período de 2013 a 2014, aos proprietários dos animais castrados nestes anos. Banco de dados foi criado no Microsoft Office Excel 2010, e as análises estatísticas descritivas foram efetuados com o software Action. De acordo com os resultados encontrados, nota-se que: 47,5% (95/200) dos proprietários têm como motivo da castração de seus animais a contracepção; 57,5% (115/200) alegaram ter realizado este procedimento em clínicas ou hospital veterinário; 87,5% (175/200) afirmaram que a castração de machos é mais simples que a da fêmea; 50% (100/200) acreditam que a cadela tem seu primeiro cio aos 10 meses de idade; 48,5% (97/200) responderam que a gata tem seu primeiro cio entre 4 a 6 meses de idade; 65% (130/200) acreditam que o cruzamento ocorre após o sangramento; 85% (170/200) dos proprietários nunca usaram anticoncepcionais; 71,5% (143/200) não acham estes medicamentos seguros; 49,5% (99/200) afirmaram que a administração de anticoncepcionais é feita após o cruzamento; 94,5% (189/200) vacinam seus animais anualmente para raiva; 83,5% (167/200) vacinam seus animais em clínicas e hospitais veterinários; 50% (100/200) vermifugam seus pets anualmente; 74,5% (149/200) administra apenas ração como alimentação; e 52% (104/200) dos animais ficam com a alimentação a vontade. De uma maneira peculiar e empírica, os proprietários apresentam certo grau de conhecimento em relação a alguns aspectos importantes da reprodução, sanidade e nutrição de animais de estimação, porém, é imprescindível que existam ações conjuntas que priorizem a atenção e a orientação à comunidade sobre os cuidados com seus animais de estimação, com o propósito de contribuir para uma melhor sanidade animal, o que resulta em bem estar animal e posse responsável. Palavras chave: sanidade animal/ questionário/ controle de natalidade/ posse responsável SAU – 033 Ocorrência de acidentes de trânsito - Estratégias de promoção em saúde Renata Aparecida Camargo Batista; Luciene Maura Mascarini Serra. Instituição: Universidade Estadual Paulista - UNESP E-mail de contato: [email protected] Os acidentes de transporte terrestre estão entre as dez principais causas de morte no mundo, e preocupando-se com essa classificação, a Organização Mundial da Saúde lançou a Década de Ação pelo Trânsito Seguro (2011-2020). Com base no Plano de Ação da Década, o presente projeto teve como objetivo conhecer os hábitos de tráfego terrestre dos jovens universitários, para que medidas de prevenção de acidentes fossem discutidas e colocadas em prática. Para isso, um questionário semiestruturado foi construído e aplicado, entre os meses de fevereiro e junho de 2014, aos estudantes do primeiro semestre da UNESP, campus de Botucatu - Instituto de Biociências, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Faculdade de Medicina e Faculdade de Ciências Agronômicas. Havia questões relativas a características socioeconômicas, ao comportamento dos jovens no trânsito e a utilização das rodovias Alcides Soares e Geraldo de Barros - SP 191, que margeiam a cidade de Botucatu. A análise dos dados foi realizada com 120 questionários, através do software Epi InfoTM 7, de forma descritiva e por meio de associações entre diferentes variáveis. Adotou-se o Teste de Qui Quadrado, com intervalo de confiança de 95%. Quanto aos resultados, o perfil dos alunos foi: idade entre 17 e 46 anos, com média de 19,38; maioria do sexo feminino; de cor branca; renda familiar de 4 a 6 salários mínimos; que não possuem Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e que nunca estiveram envolvidos em algum acidente de trânsito. A partir da associação da variável 'possuir a CNH' com a variável 'envolvimento em acidentes de trânsito', foi possível identificar que a frequência de indivíduos que possuem CNH e já estiveram envolvidos em algum acidente é mais alta quando comparada a indivíduos que não a possuem (p<0,05). Apesar disso, pessoas que possuem CNH costumam utilizar o cinto de segurança com mais frequência (p<0,05). Ao associar a variável 'sexo' com a variável 'dirigir alcoolizado', observou-se que pessoas do sexo masculino responderam já terem dirigido sob o efeito de bebidas alcoólicas com frequência maior do que pessoas do sexo feminino (p<0,05). Também, pode-se notar que estudantes homens revelaram utilizar o celular enquanto estão dirigindo mais frequentemente do que estudantes mulheres (p<0,05). As informações mais relevantes referem-se à associação da variável 'envolvimento em acidentes de trânsito' com variáveis correspondentes a atitudes do indivíduo. Pode-se afirmar que o envolvimento em acidentes está fortemente relacionado ao consumo de bebidas alcoólicas. Portanto, dirigir alcoolizado é um fator de risco para a sua ocorrência (p<0,01). Outros comportamentos também foram apontados como fatores de risco: utilizar o celular (p<0,05) e manter o rádio ligado (p<0,05) durante a direção. A respeito das conclusões, a importância de trabalhos como este está na definição de padrões danosos não apenas dos jovens, mas também das vias de circulação, e de um plano de melhorias que alcance toda a sociedade, que possa ser transmitido a ela e executado de maneira simples. É preciso ainda investir para provocar alterações no cenário atual, que pode ser transformado através da conscientização e da prática diária de medidas de segurança. Palavras chave: Promoção em saúde / Trânsito / Segurança / Acidente SAU – 034 ATIVIDADES FÍSICAS E SOCIESPORTIVAS COMO PROPOSTA DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA Roberto Silva Junior. Instituição: Pontifícia Universidade Católica de Campinas E-mail de contato: [email protected] A participação de pessoas com deficiência em atividades físicas e socioesportivas pode ser um caminho para a valorização e reconhecimento de pessoas com deficiência como membros de uma sociedade justa e solidária. Atentos a esta realidade, o projeto "Práticas de Atividades Físicas e Socioesportivas para Pessoas com Deficiência" está sendo oferecido por meio da extensão universitária da PUC-Campinas nos anos de 2014 e 2015. Tendo como objetivo geral o desenvolvimento de práticas socioesportivas com a participação de crianças e adolescentes com deficiência que possam integrar treinamentos e competições de acordo com a metodologia estabelecida pela Special Olympics, esta proposta embasa-se na filosofia e metodologia desta instituição mundial que enfatiza a importância da 'participação' das pessoas com deficiência em esportes e competições justas, para promoção da inclusão. Dessa maneira, o público-alvo do projeto são alunos de escolas da Secretaria Municipal de Educação de Campinas com e sem deficiência. Em parceria com a prefeitura municipal da cidade, os participantes das oficinas (como são denominados os encontros semanais) são transportados com ônibus de suas respectivas escolas até as dependências esportivas do Campus I da PUC-Campinas. São abordados nas oficinas: atividades motoras adaptadas (para pessoas com maior comprometimento intelectual e/ou motor); atleta jovem (destinada a crianças entre três e sete anos de idade) e treinamentos esportivos em atletismo, ginástica, natação e tênis de mesa (que podem ser realizados por crianças a partir de oito anos de idade, que tenham condições de realizar as tarefas propostas). As oficinas são elaboradas e aplicadas pelo docente responsável, em conjunto com alunos bolsistas de extensão. Ocorrem semanalmente, com 4 horas de duração e estruturam-se nas seguintes partes: 1. roda de conversa: socialização inicial e apresentação das atividades do dia; 2. parte principal: cada participante permanece com seu grupo, desenvolvendo tarefas específicas; 3. atividades aquáticas: momento em que todos os participantes vão juntamente para a piscina e lá realizam atividades em grupos divididos por habilidades e 4. parte final: todos realizam atividades de descontração ainda no meio líquido. Os resultados alcançados no ano de 2014, com relação ao público-alvo foram: 1) melhora quanto à qualidade de participação nas oficinas (com relação à compreensão de regras, demonstração de respeito aos professores e alunos, demonstração de afeto e sociabilidade, participação espontânea nas atividades, organização e cautela no uso de materiais); 2) aumento da autonomia na realização de tarefas motoras (no início do ano de 2014, 53,1% dentre 32 participantes realizavam as atividades sem auxílio de outra pessoa e após 6 meses, 75% conseguiam participar das oficinas sem ajuda de outrem e 3) evolução das habilidades motoras básicas e consequente melhora da saúde e qualidade de vida dos participantes. Conclui-se que as atividades propostas permitiram a consecução dos objetivos e que os resultados alcançados demonstram a importância do desenvolvimento de atividades físicas e sociesportivas para pessoas com deficiência para sua melhora motora, cognitiva, afetiva e social. Palavras chave: Saúde/Pessoas com Deficiência/Extensão Universitária SAU – 035 Biossegurança no atendimento às clientes de manicure e pedicuro Silvia Ricci Tonelli; Bianca Neves; Natalia Lobo da Silva. Instituição: PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS E-mail de contato: [email protected] O enfermeiro formado pela Faculdade de Enfermagem da PUC-Campinas deve ter, entre outras competências, a capacidade de assumir postura ética, respeitando e valorizando o ser humano de forma integral com consciência crítica sobre a realidade social, assumindo atitudes e comportamentos efetivos que atendam necessidades de saúde da população. A educação em saúde, deve permear estas práticas de forma a conscientizar os indivíduos sobre os cuidados com a saúde necessária conduzindo-o ao auto-cuidado. No Brasil, a hepatite C é responsável por 70% das hepatites crônicas e sua principal via de transmissão é a sanguínea, por meio de transfusão, compartilhamento de objetos perfurantes, e, ou cortantes não esterilizados e uso de drogas. Objetivos: capacitar manicures informais e formais em atuação na região adstrita a dos centros de saúde de parceria plena com a Universidade, para o exercício profissional qualificado por meio do ensino dos riscos do manuseio de materiais perfurantes e cortantes e sangue humano, bem como por noções de assepsia e antissepsia destes materiais, no sentido de prevenir a contaminação tanto nelas como em suas clientes e proporcionar aos alunos, a oportunidade de vivenciar a extensão universitária contribuindo para a formação pluridimensional e cidadã do profissional. Metodologia: Com início em setembro de 2014 e término em dezembro de 2015, contamos com dois Bolsistas de Extensão do curso de graduação de enfermagem. Baseados em levantamento bibliográfico foram construídos os materiais de apoio e informativo para as oficinas onde foram abordadas noções de microbiologia aplicada a atividade, classificação de materiais segundo risco de contaminação, reprocessamento de materiais críticos em ambiente não hospitalar, uso de equipamentos de proteção individual e imunizações contra hepatite e fornecimento de material informativo em linguagem acessível e avaliação oral ao final das oficinas. RESULTADOS PARCIAIS: Nas seis oficinas obtivemos um público de 24 pessoas. Destas 24, nove eram manicures profissionais e 15 informais. O uso da panela de pressão como meio de esterilização foi apontado como recurso desconhecido porém, acessível que doravante será utilizado. As manicures formais, quando fazem o curso preparatório para exercer tal atividade, são esclarecidas sobre a importância da biossegurança no trabalho porém, a maioria do público em questão eram manicures informais e portanto sem os conhecimentos básicos necessários para a prevenção de doenças e segurança pessoal. O desconhecimento dos direitos e deveres tais como a vacinação oferecida pela rede pública, o uso de equipamentos de segurança e o cuidado adequado com os artigos das manicures informais ficou claro, já o grupo das manicures formais mostrou saber sobre seus deveres porém, muito pouco sobre seus direitos (como a vacinação em UBS) CONCLUSÕES: Entendemos que a falta de envolvimento dos profissionais das UBS e de alguns do ProgEn, no sentido de divulgar as oficinas, foi fator preponderante na baixa adesão da população. Percebemos pelas respostas às questões propostas ao final das oficinas, que conseguimos alcançar o que nos propusemos, no sentido de informar quanto a necessidade da prevenção da hepatite com o uso da vacina e com o cuidado com os materiais. Palavras chave: biossegurança/ precauções universais/vacinas/ manicure SAU – 036 ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA COM IDOSOS: PREVENÇÃO E PROMOÇÃO A SAÚDE, POSTURA CORRETA E ATIVIDADE DE VIDA DIÁRIAS Stefane Cristina Oliveira Souza; Maria Imaculada de Lima Montebello. Instituição: Universidade Metodista de Piracicaba E-mail de contato: [email protected] Estima-se que em 2050 o Brasil terá 22,5% de idosos, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), o aumento significativo da população idosa, pode estar associada a expectativa de vida e a implementação de várias políticas públicas voltadas para a promoção de melhorias na qualidade de vida da população, nesse contexto a saúde, por meio de atividades educativas cujo foco é a formação e capacitação da comunidade tem sido uma abordagem muito aplicada para a melhoria da qualidade de vida dos idosos. As atividades sócias educativas exigem uma combinação de ações da sociedade local e dentre elas destaca-se a extensão universitária, onde se insere a atividade do Projeto Rondon cujo desenvolvimento reúne esforços de três segmentos da Sociedade Civil; o Ministério da Defesa, a Universidade e a Administração pública local. Nessa perspectiva pretende-se descrever o significado de vivenciar uma oficina de atuação fisioterapêutica como forma de capacitação da comunidade no contexto do Projeto Rondon, durante a Operação Porta do Sol que foi realizada em janeiro de 2015, no município de Pirpirituba, estado da Paraíba. É importante destacar que o município apresenta crescente índice de desenvolvimento humano, IDHM= 0,46 em 2000 e IDHM=0,59 para o ano 2010, segundo o IBGE. Participaram da oficina: Oficina-Encontro com idosos para postura correta e atividade de vida diária, idosos do grupo da terceira idade (n=15) e Agentes Comunitários de Saúde (n=5) todos com estreita relação com o Centro de Referência da Assistência Social (CRAS). Foi realizada a Dinâmica em Grupo na metodologia de roda de conversa, com intuito de possibilitar ao grupo o conhecimento das técnicas em fisioterapia como forma de promoção da saúde sobre os benefícios da boa postura na prática de atividades do cotidiano: como levantar bem o corpo ao acordar; a postura correta para escovar os dentes; a melhor postura para as atividades de limpeza do lar; orientação para evitar curvar-se muito o tronco. As 4 atividades posturais foram apresentadas de modo lúdico, para avaliar os resultados utilizou-se como questão norteadora a reflexão sobre o significado de participar da oficina. Aplicando análise de conteúdo identificouse como resultados: a discussão sobre a importância e os benefícios da atividade física regular e da postura correta para o hábito na vida cotidiana dos idosos; as dificuldades e as estratégias para a incorporação das atividades na vida diária. Pode-se constatar que houve uma ampliação significativa na visão do grupo sobre o papel da Fisioterapia na comunidade. Palavras chave: Orientações posturais / Idoso/ Fisioterapia / Prevenção e promoção a saúde SAU – 037 INTERDISCIPLINARIDADE NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE: UMA EXPERIÊNCIA DO PET SAÚDE REDES DE ATENÇÃO, NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA Tarcia Millene de Almeida Costa Barreto; Fabricio Barreto. Instituição: Universidade Federal de Roraima E-mail de contato: [email protected] O Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde (PET-Saúde) foi criado em 2008 e inspirado no Programa de Educação Tutorial - PET, do Ministério da Educação - ME, tendo como pressuposto a educação pelo trabalho. A justificativa deste relato está no imenso conhecimento adquirido pelos integrantes do grupo quanto ao funcionamento das redes e da vivência na realidade do SUS. O objetivo deste estudo é relatar a experiência docente adquirida com a participação de estudantes dos cursos de medicina e enfermagem no Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde - Redes de Atenção, na medida em que este proporcionou formação acadêmica mais ativa e conhecedora da realidade vivida por grande parcela da população brasileira. O PET possui ações intersetoriais direcionadas para o fortalecimento de áreas estratégicas para o SUS, baseando-se nos princípios e necessidades e dividido em três grandes áreas: Rede de Atenção a Saúde Indígena, Rede de Atenção Psicossocial e Rede Urgência e Emergência. Cada grupo é composto por 1 tutor, 6 preceptores e 12 monitores bolsistas além dos monitores voluntários. Atualmente é formado por alunos dos cursos de medicina e enfermagem. Estes proporcionaram grande vivência através da troca de experiência e conhecimentos entre acadêmicos, docentes, profissionais da rede de saúde e sobre o funcionamento dos locais em atuação. Acredita-se que projetos como este estimulem a formação diferenciada de novos profissionais da área. Palavras chave: PET-Saúde/ Relato de experiência/ Interdisciplinaridade/ Formação Acadêmica SAU – 038 OFICINAS COM RECURSOS CRIATIVOS PARA PAIS, AVÓS E CUIDADORES DE CRIANÇAS ATENDIDAS EM CLÍNICA-ESCOLA DE PSICOLOGIA. Tatiana Slonczewski. Instituição: Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUC-Campinas E-mail de contato: [email protected] O presente trabalho almeja apresentar as ações de extensão universitária desenvolvidas visando à promoção da saúde por meio de oficinas com recursos criativos com pais, avós e responsáveis por crianças atendidas na Clínica-Escola de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Esse serviço-escola, localizado no distrito noroeste do município e conveniado ao SUS, atende a uma população com condições de renda bastante precárias e convivendo com uma série de situações críticas, como violência e privações financeiras e sociais variadas. Os participantes são inseridos nas oficinas da seguinte maneira: 1) como parte do processo de acolhimento já realizado no serviço-escola; 2) pelo encaminhamento de docentes supervisores de estágio, que identificam, dentre os casos atendidos, os pais, familiares e responsáveis que potencialmente se beneficiariam dessa estratégia grupal, com participação dos estagiários interessados; e 3) busca espontânea, a partir de divulgação no contexto do serviço e da Universidade. São desenvolvidas oficinas grupais com o público-alvo, almejando a promoção da saúde. Os encontros são semanais, em grupos com 8 a 10 participantes, além de dois bolsistas de extensão - recém-incorporados à equipe-, dos estagiários e da docente responsável. Cada encontro de oficina tem a duração prevista de duas horas. São previstos 32 encontros ao longo do ano de 2015, divididos em quatro eixos de cuidado, e distribuídos nos períodos diurno e noturno, tendo um planejamento flexível e sensivelmente adaptado às demandas da comunidade. As oficinas contemplam elementos pedagógicos e terapêuticos, almejando a construção de uma relação não hierárquica entre os participantes e o cuidado de humano a humano no ofício da maternidade, paternidade e atenção à criança. Os encontros partem de uma questão disparadora para reflexões e incluem a construção coletiva de saberes e a promoção de diálogo respeitoso, facilitado pela abordagem profissional e por recursos criativos, com valorização das práticas culturais e familiares exitosas no cuidado com a criança. O Projeto teve início em fevereiro de 2015, com previsão de término em dezembro de 2015. O primeiro ciclo de oficinas proposta se dividiu em quatro encontros, tendo como disparador a narrativa do Mito de Ícaro, adaptado para o trabalho com os participantes, de modo a facilitar o narrar das dificuldades e oportunidades no exercício dos cuidados com a criança, bem como as possibilidades de ressignificar a experiência da narrativa da própria história familiar. Durante a realização dos encontros, os recursos criativos são integrados ao processo da oficina, de modo a favorecer que a expressão do grupo também se dê por meio de outros elementos que não somente a fala. Os resultados ainda são parciais, uma vez que o projeto teve início recente. A avaliação sistemática e processual das oficinas permitirá o acompanhamento sensível das dificuldades grupais e a compreensão de práticas exitosas de cuidado com a criança. Ao final do período, serão produzidas cartilhas e um portfólio digital descritivo das ações grupais, resguardado o sigilo e confidencialidade, de modo a ser um material de referência para profissionais e permitir a multiplicação na comunidade dos sentidos e práticas conjuntamente construídos. Palavras chave: Extensão Universitária/ Promoção da saúde/ Atenção Psicológica Clínica em Instituições/ Clínica-Escola de Psicologia/ Oficinas para pais SAU – 039 O psicodiagnóstico de pacientes neuróticos graves e psicóticos em um Caps Tatiane Mariani Ojeda Baez; Cristiani Maretti Marangoni Valli. Instituição: Pontifícia Universidade Católica de Campinas E-mail de contato: [email protected] O presente trabalho de extensão universitária baseia-se nos pilares da Reforma Psiquiátrica e da desospitalização ocorridos no Brasil no final de 1980. Estes movimentos buscaram romper com o modelo manicomial de tratamento, defendendo o tratamento humanizado de base comunitária e obediente aos direitos da pessoa com transtorno mental. Para assegurar que tais propostas se concretizassem, os Caps - Centros de Atenção Psicossocial - foram criados como serviços de saúde substitutivos ao manicômio, objetivando a reabilitação psicossocial da pessoa com transtorno mental. Para tanto, os Caps contam com uma equipe multiprofissional que opera através da elaboração de Projetos Terapêuticos Singulares (PTS) - que levam em consideração as singularidades de cada sujeito e de seu contexto social. Um dos fatores indispensáveis à promoção da reabilitação psicossocial se refere a possibilidade de se traçar um psicodiagnóstico claro e em harmonia com a realidade psíquica do sujeito em sofrimento mental. Para tanto, objetivou-se instrumentalizar a equipe multiprofissional do Caps sobre o psicodiagnóstico de pacientes neuróticos graves e psicóticos. Foram realizadas, para isso, oficinas que se valeram de dinâmicas de grupo e estudos de caso, abarcando os seguintes temas: conceituações sobre psicopatologia e normalidade psíquica; princípios do psicodiagnóstico; sintomatologia característica das neuroses e psicoses; o pensamento, o juízo e suas alterações (delírios); a sensopercepção e suas alterações (alucinações); reabilitação psicossocial e, trabalho em rede. Para a concretização dos objetivos propostos foram realizados semanalmente levantamentos bibliográficos acerca dos temas a serem abordados com a equipe multiprofissional. Tais levantamentos se deram através de pesquisas em artigos acadêmicos, livros, teses entre outros, constituindo a primeira etapa metodológica do projeto. A segunda etapa se configurou na sistematização do levantamento bibliográfico em oficinas temáticas ofertada aos profissionais, que se valeram de estudos de caso, dinâmicas, debates, dramatizações etc. A terceira etapa metodológica se deu após a realização das oficinas, momento em que a equipe multiprofissional era convocada a relatar as impressões, aprendizados e questionamentos suscitados pela intervenção extensionista. Ao longo do desenvolvimento do presente projeto de extensão, podese notar que suas propostas se configuraram sobremaneira expressivas - principalmente por terem claramente propiciado a interlocução entre a academia e um dispositivo tão caro a sociedade como o Caps. Como resultado imediato, observa-se a evidente instrumentalização dos profissionais da equipe multiprofissional do Caps que, a partir das discussões propiciadas pelas oficinas temáticas, passaram a repensar a prática profissional, refinando a compreensão acerca do psicodiagnóstico - o que se reverte diretamente em qualidade de atendimento para os usuários do dispositivo. É possível igualmente apontar a implicação das oficinas para a práxis dos profissionais - o que permitiu que muitas intervenções cotidianas acerca da reabilitação psicossocial fossem reavaliadas bem como consideradas pela primeira vez. Da mesma forma, alguns dos profissionais se implicaram na tentativa de estabelecer parcerias com dispositivos de outras áreas de atuação, mais especificamente com os da assistência social (CRAS e CREAS) e com os já vinculados à saúde metal (NOT - Núcleo de Oficinas de Trabalho do Serviço de Saúde Cândido Ferreira e grupos operativos do próprio dispositivo de saúde). Palavras chave: Saúde Mental/Psicodiagnóstico/Equipe Multiprofissional/Oficinas SAU - 040 Oficinas Motivacionais de Bordado Terezinha Aparecida Barreto Da Costa; Ariane Porto Costa; Celso Ribeiro de Almeida. Instituição: UNICAMP E-mail de contato: [email protected] O Projeto das Oficinas Motivacionais de Bordado na Unicamp é uma proposta de inclusão social através do bordado, são costuras bordadas de gente de diversos segmentos dentro da Universidade, envolvendo alunos, funcionários, docentes e a comunidade em geral de Campinas e de outras cidades para a prática do bordado como forma de construção de qualidade de vida, lazer, cultura, pesquisa, e resgate da arte milenar do bordado em seus inúmeros desdobramentos e formas, como a pesquisa dos contextos históricos, evidentes, em nosso cotidiano que busca a produção de algo mais elevado do que o simples gesto de bordar, mas associações múltiplas que além da qualidade de vida também gera emprego e renda e integração social. O projeto nasceu na Coordenadoria de Assuntos Comunitários/PREAC/UNICAMP, em 2013 e ao longo de três semestres, despertou um grande interesse da comunidade com crescente demanda de público dentro da Unicamp e em comunidades diversas de Campinas e região,durante período foram ministradas 520 Oficinas para número estimado de 1200 participantes e também motivou a realização do 1º Seminário Nacional de Bordado e suas Histórias que contou com a presença de 420 participantes de 17 estados brasileiros com apresentação de 150 trabalhos. Em 2015 temos como meta atender várias solicitações de várias ongs, comunidades carentes, associações de bairros e prefeituras e vários estados brasileiros que nos solicitaram as matrizes destas oficinas motivacionais de bordado unicamp para a formação de multiplicadores gerando assim novas práticas de inclusão social através do bordado e resgatando através da pesquisa os valores culturais desta arte milenar. Palavras chave: Saúde/Qualidade de vida/ bordado/ motivação/Autoestima SAU - 041 Saúde na escola: A busca da interdisciplinaridade entre os profissionais da saúde e educadores em Pirpirituba-PB Thaís Fernanda Alves; Bruno Mendes Aguiar. Instituição: Universidade Metodista de Piracicaba - UNIMEP E-mail de contato: [email protected] A etiologia dos comportamentos e a complexidade da saúde faz com que a promoção de condutas saudáveis e também a modificação de comportamentos perniciosos seja um processo difícil, porém, concretizável. Uma das vias mais promissoras para promoção de comportamentos saudáveis e a modificação de condutas prejudiciais à saúde de forma sustentada é a Educação para a Saúde, que pressupõe na observação e reflexão de inúmeros aspectos relevantes sobre suas origens, implicações e maneiras de se fazer com que se efetive, garantindo melhor assistência de saúde e qualidade de vida à população. Em Pirpirituba-PB, vinculado com o Ministério da Defesa, foi realizado em Janeiro e Fevereiro de 2015, o projeto Rondon Operação Porta do Sol, em que foram desenvolvidas ações, como oficinas e palestras, sobre educação, saúde, direitos humanos, cultura, meio ambiente, tecnologia e desenvolvimento. Nesta ocasião, foi possível vivenciar, a experiência de se trabalhar o assunto "Saúde na escola" com os 119 professores locais do ensino infantil, fundamental I, fundamental II e educação de jovens e adultos (EJA). É no âmbito escolar que se encontra grande parte do público que demonstra interesse em aprender e, por consequência, onde reside o maior potencial disseminador de informações da sociedade. Visto isso, o objetivo do trabalho era despertar a importância da união das equipes da educação com a da saúde, uma vez que isso gera uma mudança positiva e significativa para todos, construindo uma forma de pensar em uma saúde mais efetiva e voltada para as reais necessidades da população. Dessa maneira foram realizadas 'rodas de conversa', em que foram propostas maneiras para eliminar/reduzir as barreiras existentes entre estas duas áreas, trabalhando com ênfase na necessidade da interdisciplinaridade com o assunto saúde como ponto chave para que ocorra a promoção e prevenção da saúde na sala de aula. Foram discutidas e propostas atividades com esse tema para que os professores participantes fossem estimulados a uma maior percepção de como inserir a saúde no ambiente escolar, visto que é na sala de aula que a criança explora suas potencialidades e vive inúmeras descobertas. Além disso, foram destacadas as potencialidades de mudança na sociedade em longo prazo quando se insere este tema na realidade dos estudantes, que serão os formadores e transformadores futuros daquela realidade local. No decorrer das oficinas foi possível perceber o interesse e a necessidade do tema abordado, uma vez que a capacitação dos professores e a atuação de profissionais da saúde dentro da escola se mostrou deficiente, sendo estes um dos grandes problemas relatados pelos professores, além da falta de participação familiar. Diante disso, constatamos que educação em saúde, como forma de promoção da saúde no ambiente escolar e como agente de transformação social, se faz mediante a construção de parcerias entre os profissionais da saúde e os professores e que, em Pirpirituba, houve compreensão e grande interesse dos educadores para implantar esse trabalho multidisciplinar dentro de suas sala de aula. Palavras chave: saúde na escola/ projeto rondon/ extensão/ interdisciplinaridade na escola SAU - 042 PROCESSO DE ENVELHECIMENTO E GRUPALIDADE: POSSIBILIDADES DE ENCONTROS NA EXTENSÃO EM PSICOLOGIA Thaís Souza Paulillo; Anneliz Marini Paschoaletti Perri dos Santos; Mariele Rodrigues Correa; Ana Vitória Borges Geraldi. Instituição: UNESP - Faculdade de Ciências e Letras de Assis E-mail de contato: [email protected] O termo 'terceira idade' é normalmente utilizado para designar pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. Ao contrário do termo 'velho', hoje considerado pejorativo, o signo da terceira idade nomeia alguém ativo, com o chamado espírito jovem. É assim que há uma ruptura no silêncio acerca do assunto da velhice. Nas últimas décadas, essa temática tem surgido como um dos pontos de discussão em políticas públicas, campanhas eleitorais, no discurso midiático e na produção de novos mercados de consumo. Desse modo, ressaltamos a importância de problematizar um olhar mais atento a essa faixa etária que, assim como outras idades da vida, é permeada por conflitos e boas experiências que constituem nosso modo de viver e de se relacionar, promovendo ressignificações na produção de subjetividade. Por isso, entendemos o grupo como um espaço privilegiado para promover vínculos, reflexões e outros olhares e sentidos para o envelhecer. Assim, investimos na produção de oficinas semanais e em grupo com idosos, que possibilitam trocas de experiências, concepções e integração entre os longevos e a população universitária. Vinculada ao projeto de extensão da UNATI (Universidade Aberta à Terceira Idade), da UNESP (Universidade Estadual Paulista), campus de Assis, desenvolvemos a oficina chamada de "Encontros com a Terceira Idade". Tal atividade é oferecida semanalmente na grade de programação da UNATI e cada encontro tem duração de uma hora e trinta minutos. As oficinas são coordenadas por cinco estagiárias, discentes do 4º e 5º anos de Psicologia da UNESP-Assis e conta com a participação de aproximadamente 30 idosos inscritos no projeto, com idade superior a 60 anos, em sua maioria mulheres. As atividades temáticas propostas são previamente elaboradas e se constituem da seguinte forma: aquecimento, atividade principal e conclusão. Na primeira parte, propomos uma introdução ao tema escolhido que se dá por meio de um vídeo, um poema ou uma música, para em seguida, dar início a atividade principal que, na maioria das vezes, é uma dinâmica relacionada ao tema do encontro e por fim, propomos uma roda de conversa que visa à reflexão do que foi abordado e construído durante a oficina. Os resultados aqui apresentados são decorrentes de um ano e seis meses de trabalho. Ao longo desse processo foram trabalhados temas como: avosidade, família, sentimentos, questões de gênero, o papel do idoso na contemporaneidade, troca de histórias de vida por meio da construção grupal de uma linha do tempo, sexualidade, entre outros. Podemos notar que as constantes alterações sociais muitas vezes introjetam ideias que limitam a perspectiva da vida do idoso, tendo-o como ultrapassado diante das mudanças tecnológicas. Entretanto, quando são estimulados a refletir, eles redescobrem sua capacidade de pensar, modificar, atuar e ponderar sobre diversos assuntos e em diversos contextos. Por isso acreditamos que os encontros são significativos por possibilitar e estimular mudanças, especialmente por esse processo estar amparado no grupo, de modo a delimitar e ampliar as relações e a vida dos participantes e também das estagiárias, sendo construídas de acordo com o desejo e possibilidade de cada um. Palavras chave: Envelhecimento / Psicologia / Grupo / Subjetividade SAU - 043 Perfil Sociodemográfico e Desconforto Musculoesquelético de Participantes do Projeto Extensão em Atendimento Humanizado em Puérperas na Fisioterapia da FCT/UNESP Thayna Nathali Alves de Godoy Caproni; Rodrigo Gabioneta; Dárida Pereira Valeriano; Sarah Bernardo da Rocha; Edna Maria do Carmo. Instituição: UNIVERSIDADE PAULISTA - UNESP E-mail de contato: [email protected] INTRODUÇÃO: O puerpério é caracterizado por modificações locais e sistêmicas no organismo da mulher, que está retornando ao estado não grávido após o parto. O período puerperio é dividido em: imediato (do 1º ao 10º dia), tardio (do 10º ao 45º dia) e remoto (após o 45º dia) e tem sido apontado sensações de desconforto músculo-esqueléticos, caracterizadas por dor física relacionado à fadiga aguda e sobrecarga física com o cuidados com o bebê. Sabe-se que a intervenção da fisioterapia em programas pós-natal pode prevenir e tratar as alterações músculo-esqueléticas, e amenizar as possíveis dores e desconfortos que possam estar presentes neste período. OBJETIVO: Avaliar o perfil e desconforto músculo-esquelético materno em participantes do projeto de extensão Atendimento Humanizado em Puérperas na Fisioterapia da FCT/UNESP. MATERIAIS E MÉTODOS: Participaram puerperas em qualquer faixa etária e renda social, que não apresentasse complicações pós parto, tivessem encaminhamento médico e assinassem Termo de Consentimento Livre e Esclarecido aprovado com o protocolo 25/2011 . Foram entrevistadas a domicílio ou no Centro de Estudos e de Atendimento em Fisioterapia e Reabilitação (CEAFIR) da FCT/UNESP, no período pós-parto tardio e remoto. O projeto na piscina é oferecido duas vezes por semana com duração de 50 minutos, com temperatura entre 28ºC e 34ºC e é composto por alongamento, aquecimento, exercícios para membros superiores e inferiores, abdome, fortalecimento do assoalho pélvico e relaxamento. RESULTADOS: Participaram do projeto e pesquisa 15 puérperas com idade média de 30 anos, 60% apresentou grau de instrução em ensino médio completo e 40% completou o ensino superior. Houve prevalência de parto cesariano (93,3%), sendo 86,6% as primeiras gestações. Para os desconfortos músculos-esquelético adotamos as regiões cervical, dorsal e lombar onde, 13,3% apresentaram dor cervical, 26,6% dor no dorso e 53,3% dor lombar. CONCLUSÃO: A partir destes dados, podemos concluir a importância do projeto de extensão voltado para a saúde pós natal pois fica claro a necessidade de atendimento a essa população já que foi observado prevalência de sintomas músculo esqueléticos importantes os quais, podem ser amenizados com as atividades aquáticas, orientações e cuidados no pós natal. Além de fortalecer o vínculo materno infantil já que o bebê também participa junto a mãe nas atividades aquáticas. Palavras chave: Fisioterapia/ Pós-Natal/ Hidroterapia/ Desconforto TPR - 001 Sistema de Auxílio Visual Escutado - (SAVE) Amilton da Costa Lamas; Claudio Fernandes Dias; Rafael Isidro de Souza. Instituição: Pontifícia Universidade Católica da Campinas E-mail de contato: [email protected] A percepção do entorno, identificação antecipada de objetos, localização e aquisição de produtos de interesse são ações que, se facilitadas via soluções de Engenharia Elétrica, promovem a autonomia e a cidadania de deficientes visuais. Com este objetivo desenvolveu-se uma solução para celulares androide baseada em tecnologia Near Field Communication (NFC) que, quando instalada no ambiente, guia o usuário até o produto de interesse auxilando-o na localização, identificação das características e aquisição deste através de instruções via áudio. A aplicação desenvolvida é flexível e genérica o suficiente para ser aplicada à mini-mercados, livrarias, bibliotecas etc. Esta solução destina-se (público alvo) aos técnicos que trabalham na Sociedade Campineira de Atendimento ao Deficiente Visual (Pró-Visão) com sede em Campinas, SP, seus assistidos e familiares. Os assistidos da Pró-Visão pertencem, em sua maioria, às classes sociais C, D e E. A expectativa do trabalho é que os técnicos e familiares dos deficientes se apropriem da tecnologia de forma a replicá-la de maneira autônoma em diferentes ambientes e situações. A arquitetura da solução consiste de um back-office instalado no ambiente da empresa (mercado, biblioteca etc) responsável pela inclusão e manutenção das informações no sistema, um conjunto de etiquetas ou tags de NFC e a aplicação instalada no aparelho celular do usuário. O front-office e a inserção das informações nas etiquetas, fase 1 do projeto, foi totalmente realizada por alunos de graduação da Faculdade de Engenharia Elétrica da PUCCampinas; o desenvolvimento do back-office será concluído na fase 2 do projeto a ser realizada na sequência. Ao término da fase 1 do projeto, além da aplicação, foi gerado um manual de uso e instalação do aplicativo entregue para a instituição parceira (Pró-Visão). A validação dos requisitos funcionais implementados na prova de conceito foi feita com profissionais técnicos Pró-Visão. Finalmente validou-se, preliminarmente, a prova de conceito em Oficina de Demonstração quando os assistidos e suas famílias experimentaram o aplicativo. Nesta oficina foi montado um ambiente que simula um mercado de alimentos e os assistidos exercitaram com sucesso a localização e identificação das características de produtos de interesse. Simultaneamente aplicaram-se questionários de opinião onde os assistidos foram unânimes em reconhecer que a solução ajuda na realização das tarefas propostas bem como a maioria entendeu que a solução é de uso fácil. Desta forma conclui-se que soluções de Engenharia Elétrica baseadas em NFC podem contribuir para a autonomia de deficientes visuais. Palavras chave: soluções / engenharia / deficientes / androide TPR - 002 APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS - PALETES Anderson Giovani Lopes; Nivaldo Roel Lemes; Juliana Cortez Barbosa; Maristela Gava; Antonio Francisco Savi. Instituição: Unesp E-mail de contato: [email protected] A reutilização de resíduos industriais e urbanos é atualmente uma ideia amplamente difundida por questões ambientais e socioeconômicas especialmente nos grandes centros urbanos. Um dos resíduos relacionados a cadeia da madeira são os paletes, que gerou a necessidade de encontrar uma forma de reutilizá-los, devido a política reversa e o excedente industrial no Sudoeste Paulista. Um quesito dentro desta proposta é a diversidade de possibilidades, tanto como no novo produto criado, quanto também na agregação de valor em um resíduo que pode ser encontrado facilmente e tem um valor de aquisição muito baixo. O desenvolvimento de novos produtos foi realizado em uma pequena escala, optando-se pelo enfoque na confecção de artigos de paisagismo e jardinagem como cachepots, jardins e hortas verticais através de prateleiras para a vasos de flores e/ou plantas ornamentais. Assim para o desenvolvimento deste projeto determinaram-se como objetivos principais: pesquisar e confeccionar cachepots/vasos a partir de resíduos provenientes da indústria de paletes de madeira utilizando os conhecimentos adquiridos ao decorrer do curso de Engenharia Industrial Madeireira na UNESP-Itapeva. Para tanto inicialmente, desenvolveu-se uma pesquisa para a determinação e a escolha de três modelos-base de cachepots para serem produzidos no decorrer do projeto a partir dos paletes doados à universidade. Com dimensões determinadas após pesquisa dos modelos. Assim deu-se início aos trabalhos de obtenção e escolha dos paletes a serem utilizados no decorrer do projeto que inicialmente foram minimamente desmontados e usinados, passando por um processo de lixamento e corte. Ao término da usinagem das peças, estas foram destinadas para a montagem dos modelos escolhidos, confeccionando-se duas peças de cada modelo, as quais passaram pelo processo inicial de acabamento superficial com a eliminação de arestas e farpas, de forma manual com o auxílio de uma grosa. Na sequência, passaram por mais uma etapa de lixamento e foram finalizadas de forma a manter uma aparência rústica. Com a elaboração de um modelo de cachepot produzido e com novos modelos adjacentes em processo de elaboração notou-se que houve um interesse por parte de outros alunos para o desenvolvimento de novos produtos, como móveis e equipamentos urbanos como parklets (Mini praças). Ao analisar-se todos materiais obtido concluiu-se que a reutilização de paletes em forma de cachepots se mostra viável, pela facilidade encontrada quanto a produção de novos materiais, aos quais se mostraram visualmente atrativos e consequentemente de fácil comercialização, tendo vista a procura por produtos semelhantes no mercado atual. Apresenta baixo custo, havendo um custo/benefício aceitável, pois as etapas de processamento foram mínimas, tentando aproveitar ao máximo a forma original dos paletes, além de gerar minimamente novos resíduos, confirmando que esta reutilização é promissora e tem grande potencial econômico. Palavras chave: Cachepots/resíduos/reutilização/paletes TPR - 003 ENGENHARIA E EDUCAÇÃO: QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL NA CONSTRUÇÃO CIVIL Aparecido Fujimoto; Luciano Henrique dos Santos. Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS E-mail de contato: [email protected] O Trabalho de Extensão 2015 da PUC-Campinas, desenvolvido nas comunidades do bairro Campo Grande em Campinas-SP, apresenta um público alvo de homens e mulheres, empregados e desempregados que buscam novas oportunidades profissionais, inserções e reinserções no mercado de trabalho. Participam no projeto 30 a 40 trabalhadores com faixa etária entre 18 a 70 anos e com Ensino Fundamental. A participação de mulheres no Projeto representa 20% dos participantes ativos. E, ciente de que a Extensão Universitária consolida o processo educativo, cultural e científico viabilizando a inter-relação entre o ensino e pesquisa de maneira indissociável e ainda, facilita a ação transformadora entre a universidade e a sociedade, é fundamental a participação de alunos(as) das engenharias e demais áreas, facilitando a conscientização e socialização do trabalho da construção civil no desenvolvimento do projeto. Assim, no contexto da ação e transformação social, têm-se como objeto precípuo a conscientização e efetivação da Construção Sustentável, através da qualificação profissional dos trabalhadores participantes, as trocas de conhecimentos, respeito à cultura e características das pessoas do projeto. Prioriza-se, também, a motivação e incentivo aos trabalhadores(as) participantes a transmitirem o conhecimento da aprendizagem adquirida nos encontros aos demais moradores de suas comunidades. A metodologia é a realizada através de oficinas nos Laboratórios de Hidráulica, por meio dos estudos da mecânica dos fluidos e fenômenos de transporte; Laboratório de Materiais/Estruturas, com testes de resistência mecânica de corpos de prova; Laboratório de Mecânica de Solos, tipos de solos e fundações mais utilizadas; Meio Ambiente, uso de energias alternativas (solar e eólica), eclíptica solar, conforto ambiental e Laboratório de Informática, a análise de projetos construtivos disponibilizados pela universidade e nas próprias comunidades assistidas pela da PUC Campinas. Como recursos pedagógicos são realizados visitas técnicas a canteiros de obras de empresas, palestras, quizes, confecção de cartilhas de acompanhamento, leituras de projetos específicos da área com avaliações sistematizadas pelos trabalhadores participantes, alunos e professor orientador. A participação do público alvo no Projeto de Extensão no ano de 2015, com histórico de projetos anteriores, constatou-se que, ao aplicarem as oficinas e recursos afins, para efetivação da Construção Sustentável, obteve-se desempenho satisfatório na prestação da mão de obra (informações obtidas nas avaliações individuais), condições às empresas para admissão e reinserção destes trabalhadores nas atividades adequadas às afinidades apresentadas e mais benefícios para geração de rendas. Os trabalhadores(as) demonstraram eficiência na qualidade dos serviços e confiança no trabalho desenvolvido pelo professor e alunos bolsistas. Estes, por sua vez, vivenciaram a compreensão no relacionamento com as pessoas envolvidas e nas suas futuras atividades profissionais, considerando sempre o valor e características das pessoas. A época vivenciada não está somente voltada ao trabalho em massa, repetitivo, sacrificante. Hoje, é preciso valorizar o ser humano em primeiro plano, para que este possa ter ciência de sua participação ativa na tecnologia e produção da empresa. E neste sentido, respeitando-se os princípios éticos e humanísticos fundamentais nas relações humanas, identifica-se nos partícipes um comportamento saudável, democrático de pensamento holístico. Palavras chave: Construção Sustentável / Qualificação / Extensão / Valoração TPR - 004 ÍNDICE DE VEGETAÇÃO DIFERENÇA NORMALIZADA NA IDENTIFICAÇÃO DA EUCALIPTICULTURA. Camila Prates Ferreira de Carvalho; Hélio Ricardo Silva; Aartur Pantoja Marques; Gabriel Alonso de Mello Trindade; Cristhy Willy da Silva Romero. Instituição: UNESP - ILHA SOLTEIRA E-mail de contato: [email protected] A eucaliptocultura tem chamado grande atenção no mercado por não ser muito exigente em solo e clima e por ser considerado multiuso, tendo vasta utilidade na indústria e no mercado sendo usado para a produzir desde lenha para pizzarias até lápis. O Mato Grosso do Sul se destaca na produção de eucalipto pela área plantada que saltou de 90 mil para 400 mil hectares após a chegada de empresas de papel e celulose Fibria e Eldorado no município de Três Lagoas. O aumento da produção tornou necessário o acompanhando do desenvolvimento da cultura de maneira rápida e precisa, para que seja obtido a maior produtividade da cultura, por este motivo, este trabalho teve como objetivo localizar na área de estudo a cultura de eucalipto e identificar as suas fenofases utilizando o Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI). Sistemas de informação geográficas (SIG's) e imagens de satélites de sensoriamento remoto permitem que esse monitoramento seja feito com precisão e repetitividade. No presente trabalho selecionouse uma área com raio de 120km a partir do município de Três Lagoas com o objetivo de identificar áreas com eucalipto. Utilizou-se um mosaico composto por 9 imagens do satélite Landsat 8, adquirido gratuitamente através do site Earth Explorer, obtidas pelos sensores Operational Land Imager (OLI) and Thermal Infrared Sensor (TIRS) entre maio e julho de 2014, e criação do NDVI (Índice de Vegetação por Diferença Normalizada) implementado no ArcMap. Reclassificou-se o NDVI para melhor visualização das faixas geradas. Foram geradas diversas faixas no NDVI que identificavam esta cultura, confirmada através de trabalhos de campo e comparação com áreas já conhecidas, utilizando o Google Maps e o programa Google Earth. Essas faixas foram reclassificadas separadamente, para estudo somente da cultura de interesse. Foram identificadas 12 faixas do NDVI para o eucalipto e apenas 2 faixas onde houve a confusão desta cultura com vegetação nativa. Conclui-se que o NDVI pode contribuir no monitoramento do eucalipto. Foram obtidos resultados muito precisos em 10 faixas que diferenciaram a cultura do eucalipto dos outros alvos. Estes resultados podem ser melhorados através de obtenção de imagens em diferentes épocas para cobrir todas as fenofases do eucalipto ou da utilização de outros índices. Palavras chave: Eucalipto/ Identificação/ NDVI TPR - 005 Concurso Interpontes 2014 Carlos Eduardo Javaroni; Daniel Evangelista Vareda; Thais Martins Maia Stancioli; Renata Carvalho de Fassio; Fernanda Oliveira Luqueze. Instituição: Faculdade de Engenharia - UNESP/Bauru E-mail de contato: [email protected] O INTERPONTES é um evento de competição entre modelos reduzidos de pontes fabricados com materiais alternativos, como o macarrão. O concurso conta com 2 edições no ano, uma em cada semestre, sendo a primeira aberta a todos os alunos de graduação em Engenharia e em Arquitetura e Urbanismo de universidades da região (públicas e privadas), enquanto a segunda é voltada para alunos do Ensino Médio. O evento é organizado pela PROJUNIOR, empresa júnior da Faculdade de Engenharia de Bauru. O INTERPONTES tem como principais objetivos estimular a criatividade dos alunos e incentivar o trabalho em equipe, bem como a multidisciplinaridade. Para o Ensino Médio, procura-se despertar nos alunos o interesse pela Engenharia e aproxima-los da universidade. Ressalta-se o fato da competição não estar atrelada a nenhuma disciplina, portanto, a participação dos alunos se dá por interesse próprio, ou seja, desafio de projetar, construir e ensaiar sua ponte os motiva à participação. As regras, como vão, peso máximo, aplicação do carregamento, condições de apoio, dimensões máximas e mínimas da ponte, e procedimentos da competição são comuns para todas as pontes e são explanados por meio de editais publicados para esse fim e entregues às equipes no ato da inscrição, juntamente com os materiais que podem ser utilizados na fabricação da ponte. As equipes podem ser compostas por até 3 alunos. Fica a critério de cada uma a escolha do sistema estrutural a ser utilizado. Como critério de avaliação final é avaliado a carga máxima resistida pela ponte e carga de ruptura estimada de acordo com o cálculo prévio, além da relação com o peso da ponte. No ano de 2014, a edição do primeiro semestre contou com 20 equipes, sendo realizada no próprio campus da UNESP Bauru (Ginásio Guilhermão), onde a equipe vencedora foi de São Carlos (UFSCar), cuja ponte suportou 65 Kg. No evento do segundo semestre, realizado na Associação de Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Bauru - ASSENAG, participaram 20 equipes, ganhando a Equipe 'Flango Macalão' da ETEC de Bauru, após sua ponte resistir 28 kg. A competição, realmente, é um incentivo aos alunos, motivando-os a busca pelo conhecimento e aproximando-os dos professores. As equipes escolhem soluções estruturais que julgam mais eficientes, fazem cálculos, constroem, testam suas soluções e procuram sanar dúvidas. O evento promove o maior contato dos alunos com aspectos suplementares do curso, como trabalho em equipe e pró atividade, além de ter um caráter integrador. Destaca-se no projeto o envolvimento de alunos do ensino médio, que caracteriza a principal comunidade a ser beneficiada pelo projeto. Ainda, pode-se afirmar que há bom potencial de visibilidade para a Universidade, confirmado pelas reportagens nas mídias (TV, rádios, jornais e internet). Palavras chave: Extensão/ Competição/ Ensino/ Pontes de Macarrão TPR - 006 Auxílio a Deficientes Visuais na Travessia de Semáforos. Cláudio Fernandes Dias; Guilherme Silva Matias; Amilton da Costa Lamas. Instituição: PUC-Campinas E-mail de contato: [email protected] Instituição: Pontifícia Universidade Católica de Campinas. O crescimento das metrópoles traz imensos desafios de mobilidade urbana e localização para deficientes visuais, consequentemente mecanismos de apoio a mobilidade urbana de deficientes visuais que facilitem o deslocamento apoiando a percepção do entorno, identificação antecipada da presença de barreiras físicas, percepção de alterações no ambiente etc. facilitam a vida diária e promovem a autoestima e o senso de cidadania dos deficientes visuais. Com este objetivo foi desenvolvida uma prova de conceito que orienta o deficiente a realizar uma travessia segura num cruzamento com semáforo. Esta prova de conceito consiste de um aplicativo celular para aparelhos androide sincronizado ao semáforo que sinaliza ao deficiente os diferentes estados deste. O deficiente é alertado de forma audível e vibracional sobre o momento de iniciar ou interromper a travessia. A especificação técnica do artefato foi feita em conjunto com profissionais especializados que trabalham na Sociedade Campineira de Atendimento ao Deficiente Visual (Pró-Visão) com sede em Campinas, SP. O propósito é que estes profissionais se apropriem do desenvolvimento e o transfiram para os deficientes instalando nos celulares dos assistidos. Nesta fase inicial do projeto foi desenvolvido o aplicativo, uma emulação de um semáforo instalado em via pública e o manual de uso e instalação do aplicativo. Os técnicos da Pró-Visão definiram os requisitos funcionais da solução de forma a esta atender às necessidades específicas dos deficientes visuais e verificaram se a prova de conceito estava conforme estas especificações. O modelo cíclico de apropriação utilizado possui as seguintes fases: captura, desenvolvimento, validação, demonstração e treinamento. Após a demonstração o ciclo volta ao estado de captura para refinamento da prova de conceito. A útima fase do modelo de apropriação, treinamento ocorrerá próximo ao término do projeto quando um protótipo será instalado num semáforo público. A arquitetura da solução consiste em um terminal do usuário (aparelho celular) e um módulo de conexão instalado no poste do semáforo. O usuário aproxima o celular do módulo de conexão, este recebe as informações da máquina de estados do semáforo e informa o deficiente das ações a serem tomadas (espera, preparação, travessia e finalização). Neste momento do projeto demonstrou-se uma versão inicial do aplicativo e do módulo de comunicação. As demonstrações e reuniões de discussão e entendimento dos requistos foram realizadas em oficinas de compartilhamento e contextualização técnica na Pró-Visão. Após a demonstração da prova de conceito os técnicos aprovaram o desenvolvimento e afirmaram que a solução promove a autonomia do deficiente visual, concluindo que soluções de engenharia Elétrica podem apoiar os assistidos da instituição a superarem os desafios de mobilidade urbana. Palavras chave: Palavras chave: deficientes visuais /aplicação / celulares androide / mobilidade urbana TPR - 007 PROJETO BAMBU TAQUARA Daniel Batista Santos; Mariana Rodrigues Mendes dos Reis; José Octávio Marinelli Marino. Instituição: Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" E-mail de contato: [email protected] Com início em 2009 o Projeto Taquara foi idealizado como iniciativa de alunos da UNESP e se concretizou dentro do Projeto Bambu, criado em 1990. Originalmente destinado a alunos de Design e Arquitetura, o projeto com caráter multidisciplinar foi aberto aos demais cursos. O projeto tem como objetivo principal promover a capacitação dos alunos na cadeia produtiva do bambu, desde seu cultivo até a transformação final em produto procurando viabilizar, divulgar e valorizar esta matéria prima, além da troca e transferência de saberes do ambiente acadêmico em benefício da sociedade. Para sua divulgação, o projeto utiliza meios de comunicação, redes sociais, palestras, oficinas em escolas, universidades e eventos. O grupo se renova todo ano e a constante capacitação e troca de conhecimentos entre os membros é essencial para a continuidade do projeto. A renovação do grupo se dá através de processo seletivo anual no qual o projeto é apresentado, assim os novos integrantes são selecionadas de acordo com o seu interesse, espírito voluntário e trabalho em equipe. O projeto conta com o Laboratório de Experimentação com Bambu com estrutura de campo para o plantio de espécies de interesse tecnológico e fornecimento da matéria prima para os estudos e de laboratório, equipado para o desenvolvimento de produtos, tanto in natura quanto processados (bambu laminado coladoBLaC) e ainda na construção de estruturas leves, gerando pesquisa e conhecimento. A extensão Taquara tem também como objetivo transferir/divulgar o conhecimento adquirido sobre o bambu e questões de sustentabilidade. Os alunos são responsáveis pela divulgação em eventos, palestras e workshops elaborados pelo projeto. Há participação em editais e feiras com exposição de trabalhos, discussões e atividades para a transferência do conhecimento adquirido. No decorrer do ano de 2014, após a nova composição do grupo, o projeto desenvolveu produtos de bambu in natura, como: porta-banners, bicicleta, luminárias e pequenos utensílios; além de produtos em BLaC, como shapes para skate e longboard. O projeto foi apresentado em eventos como: Seminários Acadêmicos e oficinas, eventos de design (R Geração, NGoiânia, RMisto) e arquitetura (EREA), em congressos locais e regionais, na Feira de Profissões dos cursinhos da UNESP/Bauru e na Feira de Ciências de Bauru. O projeto recebeu também duas missões chinesas para conhecimento do projeto bambu. Aproveitando a pesquisa de alunos de mestrado, o grupo vem realizando cursos internos de capacitação. Todas essas atividades resultam em aprendizados em vários sentidos para o projeto. O bambu carro chefe do projeto Taquara é uma excelente matéria prima, com produção anual de colmos sem necessidade de replantio, renovável e com rápido crescimento é considerado um excelente sequestrador de carbono, muito versátil e com enormes possibilidades de utilização. Com base nas problemáticas ambientais e desenvolvimentos insustentáveis da economia, o uso de recursos renováveis como o bambu é cada vez mais necessário para um desenvolvimento saudável que não comprometa as gerações futuras. Palavras chave: Produto/Design/Extensão/Bambu/Taquara TPR - 008 Gerador Social: Impactos dos Dez Anos de um Projeto para Geração de Energia Elétrica de Baixo Custo Douglas Alves Cassiano; Mario Kawano. Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC E-mail de contato: [email protected] A universalização do acesso energia elétrica está fundamentada na Constituição Federal, em seu artigo 23, inciso X, que trata do dever da União para combater as causas da pobreza e da marginalização social. Entretanto, por possuir dimensões continentais, ainda existem no Brasil pessoas e comunidades inteiras desassistidas pelo sistema de distribuição de energia elétrica. A partir dessa realidade que foi criado o Projeto Gerador Social, um projeto de extensão, efetuado por alunos universitários, que visa instalar geradores de energia em localidades onde existam famílias sem acesso a eletricidade. Esses geradores de energia são construídos utilizando turbinas hidráulicas tipo Pelton, de baixo custo e de fácil manutenção por parte dos beneficiados. A água utilizada para movimentar as pás das turbinas nos geradores é captada a jusante de rios ou fontes localizadas em torno de 30 a 40 metros acima das residências onde são instalados. Esta escoa por mangueiras, cujo comprimento pode variar entre 100 até 800 metros dependendo da localidade, e após ser utilizada pelas turbinas é devolvida a montante do fluxo d'água de onde foi captada. Todo sistema é construído com materiais de baixo custo, para possibilitar a manutenção e consertos mais simples pelos próprios beneficiados. A potência gerada possui capacidade de fornecer iluminação residencial com lâmpadas de baixo consumo e possibilitar o funcionamento de aparelhos como rádio, televisão e até uma geladeira, dependendo dos recursos hídricos disponíveis no local. O sistema é projetado para poder satisfazer as necessidades de demanda de consumo de uma residência com até dez pessoas. Os alunos efetuam todo o trabalho, do planejamento a implantação dos geradores, com o acompanhamento e orientação dos docentes. O Projeto Gerador Social iniciou-se com os alunos da PUC-SP em 2005, instalando os geradores com as turbinas Pelton nas propriedades de famílias das regiões serranas do Vale do Ribeira, estado de São Paulo. Durante este período, mais de 50 famílias em diversos estados brasileiros foram beneficiadas com a instalação dos geradores, sendo que mais de uma centena de alunos já participaram do projeto. Nestes dez anos, docentes e pesquisadores de diversas instituições, como IPEN, Unifesp, Centro Universitário da FEI e UFABC já colaboraram com esse projeto de extensão, que teve divulgação ampla de resultados tanto no meio acadêmico como na mídia. Apesar de menos de uma dezena dos geradores instalados continuar em funcionamento atualmente, os maiores frutos do Projeto Gerador Social são intangíveis, como a satisfação dos participantes e auxiliar na fixação dos beneficiados em suas comunidades. Palavras chave: Acesso à Energia Elétrica/ Geração Distribuída/ Turbina Pelton TPR - 009 EVOLUÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS ACIDENTES VIÁRIOS NA MALHA URBANA DE ILHA SOLTEIRA, SP. Gabriel Alonso de Mello Trindade; Artur Pantoja Marques; Claudia Scoton Antonio Marques; Hélio Ricardo Silva; Cristhy Willy da Silva Romero. Instituição: UNESP - FE Ilha Solteira E-mail de contato: [email protected] Os acidentes de trânsito resultam, na maioria das vezes, de uma situação de conflito. Quando isso ocorre em vias públicas, pode ser devido a vários fatores, que em conjunto ou isolados, propiciam as condições que desencadeiam um acidente. Este trabalho visa representar a evolução espacial dos acidentes viários e a localização das áreas de conflito na malha viária urbana do município de Ilha Solteira, SP. Foram utilizadas como base para o gerenciamento espacial plantas georreferenciadas no sistema SIRGAS2000/UTM zona 22S contendo a malha viária (LTP/FEIS/UNESP). A relação dos acidentes foi obtida na Policia Civil responsável pelo registro de ocorrências no munícipio. Os dados referem-se aos acidentes registrados nos anos de 2010 a 2013. Por meio do software QGIS gerou-se um banco de dados relacional dos acidentes separados por categorias, tendo assim um conjunto de metadados para os acidentes. Com os dados cadastrados foram gerados mapas anuais de intensidade por meio do estimador de Kernel. Os mapas resultantes do processamento foram separados por ano, contendo também a quantidade e as classes de intensidade de acidentes que foram usados para a análise. Observouse nos resultados uma maior concentração de acidentes na avenida Brasil (principal via de Ilha Solteira), com um aumento significativo a partir do ano de 2011 e principalmente em pontos específicos desta. Também percebeu-se que este aumento coincidiu com as fortes modificações geométricas ocorridas na via para implantação da ciclovia no canteiro central. O cruzamento dessas informações ao longo do período analisado possibilitou observar também uma mudança gradativa, a partir de 2012, dos locais de ocorrência de acidentes para a região do entorno da avenida, o que permite demonstrar uma busca do usuário por caminhos alternativos ao da avenida, uma vez que os locais de retornos da avenida foram significativamente reduzidos. A análise espacial do comportamento dos acidentes viários na área urbana do município de Ilha Solteira, mostrou-se bastante eficiente, uma vez que permitiu analisar e comparar situações e comportamentos no tempo e no espaço relacionadas aos eventos. Através dessas inúmeras correlações, como entre acidentes e a geometria viária, obtidos com rapidez torna-se possível as autoridades do transito em Ilha Solteira avaliar e indicadas soluções mais eficientes para mitigar tais efeitos e garantir a segurança dos usuários das vias. Palavras chave: Acidente Viário / Distribuição Espacial / Geoprocessamento TPR - 010 DESENVOLVIMENTOS DE APARELHOS DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL A PARTIR DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS DE MADEIRA GLAUCIA PONTES PASCHOA; VITOR MANOEL FELIPPE DE SOUZA; LARISSA ALMEIDA ROSOLEM; JULIANA CORTEZ BARBOSA. Instituição: Universidade Estadual Paulista (UNESP) E-mail de contato: [email protected] Introdução O tabuleiro de AVDs (Atividades de Vida Diária) consiste em um Projeto de Extensão Universitária - UNESP Itapeva, que busca a reabilitação da mão, punho, e dedos, através da prática de movimentos com atividades que simulam situações do cotidiano que resultam na melhora da coordenação motora fina, responsável pela utilização dos pequenos músculos dos membros superiores. Objetivos Os principais objetivos desse projeto são: estudar o processo de produção para reutilizar resíduos da madeira na confecção de produtos sustentáveis utilizados em fisioterapia e terapia ocupacional; produção de atividades a baixo custo para serem doadas a instituições pré-selecionadas e agregar os conhecimentos do processo produtivo adquiridos durante o curso de Engenharia Industrial Madeireira. Material e Métodos Como procedimentos para fabricação, montagem e acabamento foram inicialmente fabricadas bases do tabuleiro portátil para receber as atividades, para isso utilizou-se um painel de 16 mm, recebendo uma curvatura para o encaixe abdominal. As peças foram lixas no final do processo de usinagem e executados os módulos de atividades. Para confecção dos mesmos foram utilizados os resíduos de madeira da base, cortando-os em quadrados de 150 mm de lado. Inúmeros módulos foram desenvolvidos e confeccionados, contendo as mais diversas atividades cambiáveis, através de velcros, para a recuperação da coordenação motora dos membros superiores. As atividades confeccionadas com funções múltiplas foram: simulação de costura, zíper e botões, estrela, sobreposição de cilindros, escada digital e articulação do punho. Resultados e Discussão O Projeto de Extensão possibilitou aos estudantes bolsitas utilizar os vários equipamentos e ferramentas pertencentes aos laboratórios da universidade agregando um maior conhecimento prático do curso. Foi possível ter um contato maior com a população da cidade divulgando o curso de Engenharia Industrial Madeireira e algumas de suas aplicações. Foi possível ainda participar diretamente das etapas de criação, pesquisa, desenvolvimento, fabricação e distribuição do tabuleiro, acompanhando todo o processo de produção, criando uma vivência para a resolução de problemas que surgiam, evitando o atraso do projeto. Conclusões Os objetivos propostos pelo projeto foram alcançados através da confecção do tabuleiro e dos módulos que o compõem, e a distribuição do mesmo em instituições préselecionadas. Este produto desenvolvido já gerou duas patentes de produto e a próxima etapa é o registro de mais oito novas atividades. Palavras chave: Resíduos industriais de madeira/ tabuleiros portáteis/ fisioterapia/ terapia ocupacional TPR – 011 CATALOGAÇÃO DAS ESPÉCIES PRESENTES EM UM BANCO DE GERMOPLASMA DE PLANTAS FORRAGEIRAS Jonathan Versuti; Elisamara Raposo; Tiago Silva do Nascimento; Lucas Ariel Tosi; Paola Palauro Spasiani; Ana Claudia Ruggieri. Instituição: UNESP/FCAV E-mail de contato: [email protected] Banco de germoplasma trata-se de um local onde é conservado material genético de plantas.O objetivo de preservar e ampliar o número de espécies do banco é o ensino dos estudantes de Ciências Agrárias, produtores rurais, assim como, as atividades de intercâmbio de material entre unidades de pesquisa. Dessa forma, foi realizado o levantamento das espécies de plantas forrageiras do banco de germoplasma do Setor de Forragicultura e Pastagens da Faculdade Ciências Agrárias e Veterinárias, UNESP, de Jaboticabal; localizada à latitude 21° 15' 22" S, longitude 48º 18' 58" O e altitude de 595m acima do nível do mar. O clima da região é classificado como Aw de acordo com a classificação de Köppen e o solo como Latossolo Vermelho-Escuro eutrófico, textura argilosa, horizonte A moderado, com relevo suave ondulado. O levantamento consistiu na identificação e na classificação das espécies forrageiras presentes por meio de características morfológicas, tais como tipo de inflorescência, flores, folhas e colmos e também fisiológicas, como hábito de crescimento, por exemplo. Para tal, foi feita a observação das plantas nos canteiros e posteriormente uma amostra foi levada ao laboratório para avaliar as características morfológicas e realizar a classificação das plantas. Foram catalogados 99 canteiros, dos quais 69 canteiros continham espécies de gramíneas, nestes foram encontradas espécies dos gêneros Brachiaria, 15 espécies; Panicum, 15 espécies; Pennisetum, 13 espécies; Cynodon, 12 espécies; Digitaria, 2 espécies; Setaria, 2 espécies; Andropogon, 1 espécie; Axonopus, 1 espécie; Cenchrus, 1 espécie; Chloris, 1 espécie; Hyparrenia, 1 espécie; Lolium,1 espécie; Melinis, 1 espécie; Paspalum, 1 espécie; Sorgum, 1 espécie; Tripsacum, 1 espécie. Foram verificados 29 canteiros com espécies de leguminosas dentre estas as espécies dos gêneros Arachis, 3 espécies; Neonotonia, 3 espécies; Cajanus, 2 espécies; Crotalaria, 2 espécies; Galactia, 2 espécies; Macrotiloma, 2 espécies; Neonotonia, 2 espécies; Pueraria, 2 espécies; Stylosanthes, 2 espécies; Canavalis, 1 espécie; Centrosema, 1 espécie; Clitoria, 1 espécie; Dolichos, 1 espécie; Leucaena, 1 espécie; Medicago, 1 espécie; Mucuna, 1 espécie; Stylozobium, 1 espécie; Tefrosia, 1 espécie. Um canteiro possui a espécie Opuntiaficus-indica, da família Cactaceae, comumente conhecida como palma gigante, figueira da Índia, figueira do diabo, ou tabaibeira e também é utilizada na alimentação animal. A manutenção do banco de germoplasma de espécies forrageiras é de suma importância para o desenvolvimento de novas cultivares, estudos de adaptabilidade e conservação do material genético das espécies, bem como, para a difusão destas espécies para produtores e profissionais que poderão utilizá-las na alimentação animal. Para tal difusão de conhecimento, planeja-se a realização de um Dia de Campo no Setor de Forragicultura e Pastagens da Faculdade Ciências Agrárias e Veterinárias, UNESP, de Jaboticabal, previsto para o início das águas (Outubro/2015) para a divulgação das espécies no qual estudantes e produtores poderão ter acesso ao banco de germoplasma catalogado. Além do evento proposto, a Universidade disponibiliza a área para visitação tanto para estudantes, quanto para produtores ou outras pessoas que se interessem e, ainda, cartilhas contendo as principais descrições de cada espécie contida nesse banco de germoplasma. Palavras chave: conservação/nutrição/pastagem TPR - 012 EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA EDIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL Luciano Henrique dos Santos; Aparecido Fujimoto; Carolina Pedroso Gregio da Silva; Mariana Tieme Massuda. Instituição: Pontifícia Universidade Católica de Campinas E-mail de contato: [email protected] A Extensão Universitária da PUC-Campinas aplicada à Edificação ou Construção Sustentável tem como público alvo, trabalhadores(as) que buscam atualizar e aprimorar seus conhecimentos através de técnicas construtivas aplicáveis em construções de média e pequeno porte e na prestação de serviços à comunidade. Este Trabalho, enriquecido com dados dos anos anteriores, será desenvolvido nas comunidades da Paróquia Jesus Cristo Libertador no bairro Campo Grande, Campinas-SP. Constata-se que a população mais carente, com faixa etária entre dezoito a setenta anos, é a que menos tem acesso à informação. Este projeto busca atingir esse público, propiciando-lhe a convivência entre universitários e profissionais da área, ativos, aposentados e outros. Com o foco em sustentabilidade, o projeto tem como objetivo, aplicar os conhecimentos técnicos científicos, abordando conceitos de construção sustentável, a fim de qualificar e requalificar a mão de obra, atualizando conceitos antigos. Expor de forma simples, compreensível e evidenciar os ganhos decorrentes do melhor aproveitamento energético (solar e eólico), redução do desperdício de materiais e sua reutilização, além do uso consciente da água em residências de baixa renda. Promover enriquecimento da aprendizagem por parte dos alunos bolsistas através da troca de conhecimento entre profissionais da construção e demais partícipes. Prioriza-se o papel dos trabalhadores em repassar os conhecimentos adquiridos na comunidade. A metodologia utilizada compõe se de aulas expositivas, avaliações, oficinas e visitas técnicas em obras comunitárias e empresas da região. As aulas contemplam apresentação do conteúdo, debates, discussões e quizes. As oficinas e visitas técnicas têm por finalidade apresentar de forma prática o que foi estudado nas aulas teóricas, analisar resultados de experimentos e discutir formas possíveis de utilização dos materiais. Os encontros serão realizados nas comunidades. As oficinas e experimentos serão realizados nos laboratórios de Informática, Materiais/Estruturas, Mecânica de Solos, Hidráulica, Saneamento e Meio Ambiente da PUC-Campinas. De modo geral, os Projetos de Extensão de anos anteriores obtiveram bons resultados no que se refere à aplicação dos conhecimentos relacionados à construção sustentável em todos seus aspectos, prosperando novos resultados com eficiência no projeto 2015. Ciente de que as empresas requerem profissionais capacitados e conscientizados para uma construção sustentável, esperase tornar mais fácil a reinserção dos trabalhadores no mercado de trabalho. A segurança é um fator fundamental no contexto construtivo e deve ser compreendido na aprendizagem apresentada. Foram coletados dados de anos anteriores em depoimentos e avaliações, sinalizando resultados coerentes e esperados para o ano de 2015. Na visão como aluno, o projeto em curto prazo, estimula o aprendizado e desperta enriquecimento social e comunicativo no âmbito acadêmico, mas como futuro engenheiro civil, a perspectiva é de que a ação deixe sua marca e influencie ações cidadãs e tomadas de decisões em seu ambiente de trabalho. Na essência, o Projeto de Extensão busca a valoração do ser humano, o bem estar das famílias, geração de renda e a transformação social premente nas comunidades, com a participação dos alunos bolsistas e professor. Voltar à atenção a esse público responsabiliza a equipe de extensão a consolidar a interação entre Universidade e Comunidades através da aprendizagem. Palavras chave: Edificação Sustentável / Qualificação / Extensão / Aluno Bolsista TPR - 013 Modelagem e Visualização de Humanoides com o Blob Man People e o POV-ray Luis Arturo Perez Lozada. Instituição: UFABC E-mail de contato: [email protected] Ação- Difundir a comunidade externa a criação de modelos humanoides para seu uso em diferentes aplicações utilizando software livre. Objetivo- Descrever como humanoides ou humanos virtuais podem ser modelados e visualizados computacionalmente utilizando os objetos blobs ('bolhas') e as rotinas da biblioteca de domínio público Blob Man People conjuntamente com o software livre POV-RayTM. O trabalho destina-se a designers, professores do ensino fundamental e público em geral com necessidades de modelagem rápida e facilitada de humanoides. Humanoides- A modelagem de humanoides segue duas direções: a modelagem comportamental e a modelagem corporal. Nesta última são muito utilizados os modelos baseados em malhas poligonais sustentados por diversos softwares proprietários. Neste trabalho exploramos a modelagem de humanoides baseado nos modelos de superfície que utilizam os objetos blobs. Materiais e Métodos- Modelar significa dar forma a um objeto ou processo. Na modelagem por computador utilizam-se elementos básicos como, linhas, círculos, polígonos e sólidos como esferas, cilindros e poliedros. Para a modelagem dos humanoides são necessários sólidos com superfícies suaves e curvilíneas; os poliedros não são apropriados pelas suas superfícies planas e contornos retilíneos. O sólido blob mostra-se apropriado na modelagem de órgãos, membros e demais partes do corpo humano e por tanto apropriado na modelagem de humanoides. Um objeto blob consiste da união de outros sólidos como esferas e cilindros onde um conjunto de forças internas tende a unir, fundir e deformar essas esferas e cilindros. O humanoide é modelado unindo as partes: tronco, pescoço, cabeça e membros superiores e inferiores. Apesar de um humanoide ser um modelo de um corpo humano, não há necessidade de modelá-lo a níveis muito detalhados dispensando conhecimentos aprofundados de fisiologia humana muscular. Contudo, é importante acrescentar as principais dobras presentes nos membros e as junções destes com o tronco. Na modelagem de humanoides masculinos, podem ser acrescentados detalhes mais musculosos. Na modelagem feminina é interessante acrescentar contornos mais curvilíneos e volumosos. Na modelagem dos humanoides utilizamos a biblioteca de uso livre Blob Man People de Houston (1999-2000) que define um conjunto de macros para a especificação das partes do corpo a serem modeladas (vide uma relação parcial de tais macros na Tabela I). As macros são interpretadas pelo sistema de visualização de traçado de raios POV-Ray resultando em imagens dos humanoides com perspectiva tridimensional. Macro Parte do Humanoide bmhead() cabeça bmtorso() tronco bmfeet() pé bmhand() mão Tabela I. Macros da biblioteca Blob Man People. Resultados- Conseguimos modelar humanoides masculinos e femininos e acrescentar acessórios como roupas, sapatos, etc. Conclusões- Os humanoides modelados com a biblioteca Blob Man People, do sistema POV-RayTM podem ser utilizados em diversas aplicações como em jogos digitais, publicidade, elaboração de material de ensino sem as complexidades intrínsecas de softwares de modelagem proprietários; além de promovermos o uso de software livre. Acreditamos que no âmbito do III Congresso Paulista de Extensão Universitária a divulgação da tecnologia proposta neste trabalho seja apropriada para o uso massivo da comunidade externa universitária. Palavras chave: modelagem/ visualização/ humanoide TPR - 014 INCORPORAÇÃO DE EAD AO ENSINO BASEADO EM JOGOS DE EMPRESAS Mariana de Toledo Marinho; Katia Livia Zambon; José de Souza Rodrigues. Instituição: Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP) E-mail de contato: [email protected] Introdução: Os Jogos de Empresas destinam-se a prover aprendizagem com base em vivência e, por isso, o primeiro nível de aprendizagem ocorre pela percepção da dinâmica do modelo que o jogo representa. Os conteúdos associados a este modelo necessitam ser explorados pelos participantes sob orientação do tutor, isto implica que a formação dos tutores é uma etapa importante para o uso bem sucedido dos jogos. Este trabalho é resultado de uma pesquisa que propõe a incorporação de EaD ao ensino desses jogos como estratégia de potencializar a formação de tutores, levando em consideração a dificuldade dos professores da rede pública de ensino em utiliza-los por conta de deficiências relacionadas ao tema empreendedorismo, pois geralmente este conteúdo não faz parte da grade curricular dos cursos de licenciatura brasileiros. Desta forma, procurou-se criar subsídios para a utilização do Bom Burguer como apoio ao processo de ensino aprendizagem utilizando o ensino de Educação à Distância (EaD) através da plataforma Moodle. Para atingir esse objetivo, o trabalho foi estruturado a partir da criação de conteúdos e do estudo e análise das ferramentas do Moodle. Objetivos: Objetiva-se desenvolver um ambiente de aprendizagem para a formação de tutores do Bom Burguer dotado de recursos de feedback e com materiais didáticos desenvolvidos em diversos formatos (quiz, crossword, chat, fórum, resumos, vídeos, questionários COLLES e ATTLS, animações). Métodos: Neste trabalho, utilizou-se o Moodle, um software livre de apoio à EaD, que permite a criação de cursos online, páginas de disciplinas, grupos de trabalho e comunidades de aprendizagem. O curso em questão está em formato de tópicos visando aumentar a flexibilidade de ensino e alcançar melhor equilíbrio entre a reflexão individual e a discussão online. Do ponto de vista metodológico, esta pesquisa é aplicada, pois envolve o desenvolvimento do ambiente EaD. A avaliação deste ambiente será feita por meio de uma atividade com professores, analisando as facilidades de seu uso e o conteúdo do material. Resultados: O curso foi estruturado em três módulos: aprendizagem, empreendedorismo e o JE Bom Burguer. O primeiro visa levar o aluno/tutor a refletir sobre como lida com os desafios em sua vida, ou seja, o quanto ele está aberto a aprender e como sua postura influencia os resultados que obtém. O segundo módulo apresenta conteúdos sobre empreendedorismo sob duas óticas: a do mundo do trabalho e a de gestão de negócios. E o terceiro, propõe eliminar, o máximo possível, as interferências do jogo no aprendizado de empreendedorismo levando o tutor a refletir sobre o uso de jogos e suas implicações. Conclusão: Após a finalização da construção do curso no Moodle, percebeu-se o enriquecimento do ambiente em termos de apoio à aprendizagem ao aluno à medida que ele possa se autoavaliar realizando atividades que exijam domínio sobre o jogo e os conceitos nele utilizados, aprenda e melhore sua expressão escrita interagindo no Fórum e tenha à sua disposição materiais de apoio à aprendizagem no ambiente web. Um teste a ser realizado posteriormente com os professores utilizando os questionários validar esse enriquecimento do ambiente. Palavras chave: Empreendedorismo / Jogos de Empresas / TIC / EaD TPR - 015 IMPLANTAÇÃO DA CULTURA DO BAMBU EM ASSENTAMENTO RURAL Mariana Rodrigues Mendes dos Reis. Instituição: UNESP E-mail de contato: [email protected] Com início em 1990, o Projeto Bambu em desenvolvimento na Unesp de Bauru atua na pesquisa da cadeia produtiva do bambu, conciliando o estudo teórico com a parte prática, desde o plantio até a sua transformação em produtos. Desde 2008 o conhecimento adquirido com a matéria prima é transferido para a comunidade do Assentamento Rural Horto de Aimorés, que possui cerca de 350 famílias assentadas pelo Incra. A comunidade tem por característica básica o trabalho com a terra e vem buscando alternativas de geração de renda, fixação ao campo e desenvolvimento sustentável. O projeto prevê um conjunto de atividades voltadas à capacitação dessas pessoas na cadeia produtiva do bambu, buscando a implantação e o desenvolvimento da cultura localmente para que possam conquistar uma autonomia produtiva. Em 2010-2011, com a conquista o Prêmio Santander Universidade Solidária, foi criada a Associação Viverde e conseguiu-se recurso para erguer a estrutura de um Galpão-Oficina em bambu, elaborado de forma colaborativa entre professores, alunos e comunidade local, envolvendo diversas áreas do conhecimento, como engenharias, arquitetura e design, além da compra de equipamentos de marcenaria; foram também plantadas mais de 150 mudas de espécies de bambu no entorno da construção, para suprir a demanda por matéria prima da produção no assentamento, possibilitando a independência da universidade e autossuficiência do projeto. Desta forma, foi iniciado o processo de transferência de conhecimento e implantação de tecnologia dentro da comunidade. As atividades de extensão/capacitação envolvem conhecimento de espécies, plantio, colheita de colmos e manejo de moitas, produção de mudas, tratamento, secagem, processamento e a confecção de produtos artesanais, processados, bem como estruturas leves. A partir de 2013-2014 foi iniciada a geração de renda local através de parceria com o programa "Caras do Brasil", estruturado pela rede Pão de Açúcar, no qual os assentados fornecem mensalmente cerca de 1000 colheres e espátulas de bambu que são revendidas em todo o Brasil. Além destas, a Associação também comercializa produtos em Bauru e região, atendendo também a encomendas. A busca por parcerias e a participação em editais são ações complementares no sentido de dar maior sustentação ao projeto, além da divulgação em feiras, mostras e exposições de produtos realizadas na cidade e região. O galpão-oficina se tornou um ponto central no assentamento, atuando também como espaço adequado para assembleias, reuniões e cursos. O projeto agora esta desenvolvendo o projeto de um Centro Comunitário, que abrigará auditório, cozinha, sala de informática e banheiros. O bambu é um material emergente e muito promissor para ser utilizado por comunidades e cooperativas artesanais, podendo ser útil em diferentes escalas de produção. Ambientalmente trata-se de um material renovável e uma cultura aliada ao desenvolvimento sustentável. A capacitação da comunidade do Assentamento Rural Horto de Aimorés, a construção do galpão e a criação da Associação Viverde foram importantes para consolidar o projeto localmente, a fim de unir a geração do conhecimento acadêmico e o repasse dele para a comunidade conquistar sua autonomia. Palavras chave: Bambu / Desenvolvimento Sustentável / Tecnologia / Geração de Renda TPR - 016 Acessibilidade do Colégio Euclides da Cunha, Ilha Solteira- SP, uma proposta de inclusão e integração do ambiente físico. Matheus de Carvalho Zerbetto; Artur Pantoja Marques; Leandro Alves Guimarães; João Paulo Pantarotto; Gabriel Alonso de Melo Trindade; Cristhy Willy da Silva Romero. Instituição: UNESP - FE ILHA SOLTEIRA E-mail de contato: [email protected] Este trabalho foi desenvolvido pela ALICERCE Empresa Júnior de Engenharia Civil / UNESP Campus de Ilha Solteira e teve como objetivo principal a realização de uma proposta de acessibilidade para o espaço físico do Colégio Euclides da Cunha em Ilha Solteira, SP como forma de melhorar a integração e a inclusão no ambiente da escola. Para atingir o objetivo foram realizadas as seguintes ações: elaboração e atualização cadastral das plantas arquitetônicas do colégio (as-built); diagnóstico de adequação da acessibilidade do ambiente conforme a norma NBR 9050 - Acessibilidade a Edificações, Mobiliário, Espaços e Equipamentos Urbanos e elaboração de uma proposta de acessibilidade ao colégio. A etapa inicial consistiu de um levantamento topográfico planialtimétrico cadastral e georreferenciado, para o estabelecimento de uma base de dados única para o projeto. Esta fase foi realizada com apoio do Laboratório de Topografia da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira e utilizados os seguintes equipamentos topográficos: estação total, níveis digitais, GPS, Distânciometros, e para o processamento dos dados a infraestrutura computacional com uso de ferramentas e softwares de CAD específicos da área. A etapa seguinte do projeto consistiu de um estudo aprofundado da norma NBR 9050 e do Manual de Acessibilidade Espacial para Escolas elaborado pelo Ministério da Educação, da realização de uma inspeção geral minuciosa da estrutura física interna e externa do colégio, contendo imagens, desenhos e esquemas que foram usados para elaboração do Relatório de Diagnóstico de acessibilidade ilustrando todos os ambientes. Para cada local foram apresentados os problemas presentes de 'não conformidades' referentes à acessibilidade, as indicações de soluções possíveis (propostas), bem como foram destacados os pontos de 'conformidade' com a norma de acessibilidade NBR 9050 e o manual do MEC. A última etapa consistiu da apresentação da proposta final do projeto de acessibilidade contendo as definições e necessidades mínimas normativas de adaptações e construções, com a explicação dos pontos mais críticos quanto as grandes modificações na estrutura física do local. O projeto foi entregue aos responsáveis pelo colégio contendo todos os arquivos em formato digital, de modo a permitir o controle e uma programação planejada para realização das ações futuras relacionadas à execução da acessibilidade. Palavras chave: Acessibilidade/ Colégio/ Engenharia/ Educação TPR - 017 DICIONÁRIO TÉCNICO ONLINE PARA VEÍCULOS OFF-ROAD DA SAE BRASIL Nágila de Fátima Rabelo Moraes; Joaquim Jose Jacinto Escola; Luiz Rafael Rezende da Silva. Instituição: INSTITUTO FEDERAL DO ESPIRITO SANTO - CAMPUS SAO MATEUS E-mail de contato: [email protected] O projeto Baja SAE, promovido pela Society of Automotive Engineers - SAE internacional (www.sae.org) tem por objetivo principal a aplicação de conhecimentos adquiridos ao longo do curso de engenharia mecânica no desenvolvimento do projeto de um carro off-road do tipo baja, desde sua concepção até o projeto detalhado, simulações, dimensionamento, construção e testes. O projeto Baja SAE foi criado na Universidade da Carolina do Sul, Estados Unidos, sendo que a primeira competição aconteceu em 1976 e a partir daí, estendeu-se por vários países do mundo sendo que no Brasil, a competição a nível nacional, envolvendo universidades federais, estaduais e particulares, começou em 1995. Para auxiliar os bajeiros em suas consultas aos termos técnicos em inglês, um grupo formado por três alunos do curso técnico concomitante em Mecânica e três alunos do curso técnico integrado em Mecânica, do Ifes campus São Mateus, em parceria com o programa de Bolsa PFRH - Programa Petrobras de Formação de Recursos Humanos, criou um aplicativo: um dicionário online que pode ser utilizado nas plataformas Android e IOS. A parte gráfica do aplicativo foi criada utilizando os softwares Corel Draw e Photoshop e no desenvolvimento foi utilizado o site Fábrica de Aplicativos, site gratuito, que torna a criação de um app para Android, IOS, Firefox, OS e Windows Phone um processo simples, eficiente e rápido. Para editar os scripts, foi utilizado o Bloco de Notas e digitação dos termos no Word. A metodologia utilizada para a elaboração deste trabalho foi o estudo exploratório, fazendo uso de técnicas qualitativas, por meio de pesquisas bibliográficas sobre m-learning e seleção de aplicativos e softwares. Os resultados apontam para a criação de um dicionário online, aplicativo que pode ser usado nas plataformas Android e IOS com cerca de 9.000 palavras traduzidas do inglês para o português e a inserção de imagens detalhadas do veículo off-road utilizado na competição. Em parceria com o programa SamaBaja, do campus São Mateus do Ifes, fotogramos, editamos e inserimos uma seleção de imagens de todo o programa, envolvendo suas respectivas partes e componentes mecânicos. Sendo assim, o uso desses recursos online, no caso aplicativos, pode ser considerado um desafio à educação, na medida em que podem proporcionar um processo dinâmico ensino-aprendizagem do qual os estudantes se sentem parte integrante. E, ao fazerem parte desse processo de ensino-aprendizagem, revelam-se estudantes com ações mais autônomas e responsáveis por sua construção de conhecimentos, pela construção da cidadania e do profissionalismo. O contato com as novas tecnologias amplia o horizonte dos profissionais e acena diversas possibilidades de melhoramento do uso da tecnologia em detrimento à educação e o mercado de trabalho. Neste sentido, como professores da educação profissional e tecnológica, devemos incentivar a produção de tecnologia que atenda as demandas do mercado de trabalho, pois estamos em pleno período de profunda e prolongada transição de mídias. Palavras chave: Tecnologia / Aplicativos / Dicionário / M-learning / SamaBaja TPR - 018 Projeto Habitacional Dona Amélia Nivaldo Roel Lemes; Anderson Giovani Lopes; Joelmir Martins; André Luiz Vivan; Maristela Gava; Juliana Cortez Barbosa; Victor Almeida de Araujo; Juliano Souza Vasconcelo. Instituição: Universidade Estadual Paulista (UNESP) E-mail de contato: [email protected] O grande desafio da universidade é torná-la mais presente na sociedade, fato que ocorre com intervenções a partir dos avanços científicos e tecnológicos que são uma forma de suprir as deficiências em vários segmentos, além de aproximar o meio acadêmico de comunidades carentes. Um dos segmentos da sociedade, que necessita de efetivas contribuições científicas é o setor habitacional, cuja desigualdade socioeconômica é latente. Nascido disto a proposta do "Projeto Amélia" é uma intervenção que surge a partir do Grupo de Pesquisa Ligno para contribuir para a redução do déficit habitacional na região Sudoeste Paulista. O Projeto é composto por alunos e pesquisadores que aplicam os conhecimentos técnicos do sistema construtivo em madeira 'Woodframe', com parcerias de indústrias madeireiras da região para a construção de unidades habitacionais pré-fabricadas (na universidade), a qual será realizada em mutirão e será transportada para bairros carentes de Itapeva. O foco são famílias onde as mulheres são arrimo de família e vivem em situação de extrema pobreza, assim apresentando como objetivos transferir conhecimentos específicos ofertados em disciplinas do curso de Engenharia Industrial Madeireira da UNESP-Itapeva/SP, visando minimizar o acentuado déficit de moradias presentes tendo em vista o grande potencial florestal-madeireiro da região. Para o desenvolvimento do projeto foi adotado a fabricação de unidades habitacionais em madeira, que tem como símbolo a família de Dona Amélia a qual gerou o título de uma proposta maior. Iniciou-se o estudo com o desenvolvimento do projeto arquitetônico e o projeto de produção com todos os detalhamentos assim, através da tipologia construtiva de woodframe, idealizou-se a futura habitação em um terreno de 5x25m no bairro Kantian. Visando um aumento da qualidade de vida desta família, definiu-se uma planta baixa simplificada, com paredes duplas face interna de gesso acartonado e externa em siding de madeira tratada, e internamente com manta de isolamento térmico e acústico. Assim, com as quantificações dos materiais necessários para a construção, como montantes verticais, placas de osb, encanamentos, etc., obtiveram-se diversas doações como: treliças pré-fabricadas em madeira, montantes de madeira para paredes, tintas para o acabamento das paredes, piso (suficiente para 3 casas),manta de isolamento e auxilio da prefeitura com a disponibilização da mão de obra; legalização do terreno; e doação de materiais diversos. Serão realizadas ainda pesquisas posteriores à sua construção, tais como: conforto térmico, acústico, resistência estrutural, etc. Portanto observa-se que a região Sudoeste paulista apresenta um déficit habitacional relevante que poderia ser sanado usando seu grande potencial florestal-madeireiro, através do emprego da madeira em produtos manufaturados de maior valor agregado, como os componentes pré-fabricados para a construção civil e para as tipologias construtivas em madeira. Assim, com a grande difusão de conhecimento sobre construções em madeira, proporcionado por disciplinas do curso de Engenharia Industrial Madeireira, o Projeto Amélia tem intenção de intervir nesse cenário. Inicialmente, o projeto construirá uma casa modelo, com o foco futuro de uma expansão para a construção de mais residências. Palavras chave: Construção/Engenharia Industrial Madeireira/Projeto Amélia/Florestalmadeireiro/Déficit habitacional TPR - 019 Projeto social do Hemocentro: reestruturação e expansão da doação de sangue VICTOR MONTEIRO CENEDESE; PAULA REGINA DE JESUS PINSETTA PAVARINA; RODRIGO FERRAREZI ESCOBAR; CAROLINE JOAQUIM LAFAYETTE; PRISCILA YUKIE HAYASHI; ALESSANDRA WU. Instituição: Universidade Estadual Paulista E-mail de contato: [email protected] O presente projeto - elaborado pelo Grupo de Estudos e Extensão de Marketing Internacional da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (campus Franca) - teve como objetivo apoiar uma causa social, cuja urgência é notável, - a doação de sangue. Tendo-se em vista que o Hemocentro de Franca já é uma instituição consolidada, o projeto direciona-se para a superação das dificuldades relacionadas à estrutura e à atração de doadores e à fidelização dos mesmos. Nessa direção, buscou-se, por meio da análise SWOT, estabelecer as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças em relação ao ambiente interno e externo do Hemocentro. Esta análise foi essencial para fundamentar as diretrizes quanto à remodelação da estrutura interna e ao proveito das oportunidades apuradas. Para suplantar a falta de doadores e a carência de fidelização necessitou-se realizar uma pesquisa de público para compreender a situação da população de Franca em relação à frequência e situação de doação. Nesse sentido, foi feita uma pesquisa de mercado que delineou o contexto geral de doação de sangue no país, em que tirouse a conclusão de que os jovens são o segmento da população que menos doa sangue. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a população de 20 a 24 anos correspondem a 23,17% dos doadores no Brasil, o segmento de 25 a 29 anos são 18,18% e a população de 30 a 39 anos correspondem a 28,25% do total . A partir disso, definiu-se o público alvo da pesquisa jovens de 20 a 35 anos. Além disso, estabeleceu-se o objetivo principal do projeto: criar uma cultura de doação de sangue, em que esta se torna um hábito, e não uma ação esporádica. Dessa forma, elaborou-se uma pesquisa de público que visava definir, dentro do público alvo, o perfil dos doadores e não doadores, para se descobrir o porquê da doação e da não doação; quais seriam os estilos de campanha de doação de sangue mais efetivos; quais os motivos da doação; se os entrevistados possuem conhecimento sobre o processo de doação, assim como os requisitos necessários para tal; e, por fim, qual a visão dos mesmos sobre o Hemocentro de Franca. Doravante a análise dos dados da pesquisa, pode-se perceber que muitos jovens não doam sangue porque não podem - por serem clinicamente inaptos ou não atenderem às exigências feitas pelos hemocentros - ou porque não possuem conhecimento suficiente acerca dos requisitos para a doação, assim não se prontificam para doar. Portanto, a fase final do projeto consiste na efetuação de um plano de marketing, no qual são elaboradas estratégias para que sejam aplicadas pelo Hemocentro para se desenvolver uma cultura de doação de sangue e para atingir um público, principalmente de jovens, cada vez maior. Como parte do projeto, foi elaborada também uma campanha dentro da universidade (UNESP), em que buscou-se uma maior divulgação sobre as informações referentes ao procedimento de doação de sangue como uma tentativa de atrair os alunos para realizarem a doação. Palavras chave: análise SWOT/ pesquisa de público/ plano de marketing/ doação de sangue/ campanha TRA - 001 CAPACITAÇÃO EM GESTÃO EMPREENDEDORA DOS EMPREENDEDORES APOIADOS PELA INCUBADORA PÚBLICA DE EMPREENDIMENTOS POPULARES E SOLIDÁRIOS EM DIADEMA Adalberto Mantovani Martiniano de Azevedo; Wilson Britto Abreu; Robson Gomes. Instituição: UFABC E-mail de contato: [email protected] A ação de extensão apresentada está em andamento desde março de 2014, e atua em duas linhas de ação: 1.Realização de oficinas de planejamento e gestão empreendedora junto aos cooperados apoiados pela Incubadora, visando capacitar integrantes dos empreendimentos na elaboração e atualização de pré-planos de negócios, diagnósticos de oportunidades e problemas e planos de gestão de projetos; 2.Divulgação das oportunidades de empreendedorismo solidário e da experiência de política pública da Incubadora com a realização de eventos regionais abertos ao público. Os objetivos do projeto são: 1. Apoiar a política pública de desenvolvimento econômico implementada pela Incubadora Pública de Economia Popular Solidária de Diadema (IPEPSD); 2. capacitar os empreendedores apoiados pela Incubadora para o uso de ferramentas de gestão; 3. divulgar o empreendedorismo cooperativo na região do ABC; 4. capacitar discentes, docentes e técnicos administrativos participantes do projeto em gestão, educação empreendedora e ação participante junto aos empreendimentos. A metodologia para as ações do projeto envolve: 1. Elaboração de oficinas com conteúdo focado em ferramentas de gestão, focados em cada uma das cooperativas, sendo realizada uma ou mais oficinas para cada empreendimento. Espera-se que essas oficinas sejam participativas e focadas na resolução de problemas concretos das cooperativas, com posterior encaminhamento de ações de melhoria e acompanhamento; 2. Organização de eventos (elaboração, divulgação, execução), em que serão realizadas palestras e exposição de produtos das cooperativas/banners sobre cada projeto. Os resultados parciais do projeto são: 1. Realização de 3 oficinas com a cooperativa Costurabem; 2. Realização de reuniões de preparação das oficinas com a cooperativa Cooperlimpa; 3. Realização do evento 'ABCD do Empreendedorismo Solidário', em novembro de 2014 (entre as ações de divulgação, está o apoio à publicação do "BOLETIM DA ECONOMIA SOLIDÁRIA DE DIADEMA", parceria com o Observatório Econômico e do Trabalho da Prefeitura de Diadema); 4. Participação dos docentes, TAs e discentes envolvidos em eventos/treinamentos relacionados às temáticas do projeto, incluindo pesquisa de iniciação científica de discente do curso de políticas públicas: Cooperativas de economia solidária como política pública de desenvolvimento: o caso da Incubadora Pública de Economia Popular Solidária de Diadema- SP. Entre as conclusões sobre as ações desse primeiro ano do projeto, destacamos: 1. A centralidade dos relacionamentos pessoais para o andamento, tanto com os membros da Incubadora como com os cooperados, esperando-se que as ações no próximo ano do projeto ganhem agilidade; 2. A dificuldade de sintonizar agendas para a realização das atividades do projeto, incluindo a baixa prioridade dada a atividades de planejamento/gestão pelo público alvo, que tende a priorizar as atividades cotidianas de execução de ações/produção/comercialização, bem como da equipe da universidade, que tendem a priorizar atividades acadêmicas; 3. a dificuldade de continuidade das ações junto às cooperativas já apoiadas, devido à alta rotatividade nos quadros de RH das cooperativas; 3. As oportunidades de articulação com outros projetos e ações de cooperativismo na região do Grande ABC, incluindo grupos da própria UFABC ; 4. A necessidade de suporte público aos empreendimentos, incluindo a elaboração de legislação adequada ao cooperativismo solidário. Palavras chave: economia solidária/ Incubadoras de cooperativas/ empreendedorismo/ planos de negócios/ planejamento de projetos TRA - 002 Organização e orientação administrativa e financeira de Iniciativas da Economia Popular e Solidária: incentivo e promoção à autogestão nas cantinas solidárias da Universidade Estadual de Feira de Santana Libania Araújo Silva. Instituição: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA E-mail de contato: [email protected] O presente trabalho busca apresentar uma temática que ainda é pouco explorada no campo da economia popular e solidária e que apresenta muitos desafios para a sua prática eficiente, tendo em conta suas particularidades em relação aos empreendimentos convencionais. Assim, busca-se contribuir com as atividades já iniciadas pela Incubadora de Iniciativas da Economia Popular e Solidária da UEFS no âmbito do incentivo a organização dos recursos administrativos e financeiros obtidos e necessários para o funcionamento das cantinas solidárias. A organização administrativa e financeira eficiente nas práticas de economia popular e solidária representam um avanço para as comunidades que são beneficiadas por essas atividades, uma vez que permite uma análise detalhada dos custos e rendimentos provenientes e garantem a melhor distribuição dos recursos obtidos com a atividade. O objetivo geral é contribuir para o processo de organização e orientação administrativa e financeira de Iniciativas da Economia Popular e Solidária, visando incentivar e promovera autogestão nas cantinas solidárias da UEFS. Em termos específicos busca colaborar com o desenvolvimento de uma precificação ideal para produtos a serem comercializados, não permitindo que haja perdas ou ganhos excessivos, incentivar a organização administrativa e financeira tanto do empreendimento solidário como individual através de formações e capacitações, e promover a redução de custos na compra dos bens necessários para o desenvolvimento da atividade, levando em conta a organização das redes ou o intercâmbio com outras iniciativas de economia popular e solidária. Por se tratar de um projeto ainda em processo de implementação são apresentadas aqui as futuras ações a serem executadas. Inicialmente será realizado um estudo das bases teóricas específicas da área da autogestão, observando o processo administrativo e financeiro solidário, articulado à economia popular e solidária utilizadas pelo Programa Incubadora de Iniciativas de Economia Popular e Solidária da UEFS. Na sequência, articuladamente, participaremos do Grupo de Estudos e Pesquisas em Economia Popular e Solidária e Desenvolvimento Local (GEPOSDEL), no intuito de fortalecer nossa compreensão sobre a economia popular e solidária e sua articulação com o desenvolvimento local, visando compreender as dimensões locais em que se encontram as iniciativas afins, que possam ser articuladas no processo de incubação orientado pela IEPS. As ações propostas nesse plano de trabalho serão apresentadas aos membros das cantinas solidárias de forma a serem adaptadas e construídas de acordo com as necessidades e os objetivos almejados pelos grupos. Após a construção e implementação, as ações devem ser monitoradas e transformadas de acordo com as dificuldades e demandas que possivelmente possam surgir, mediante oficinas, rodas de conversas e de reuniões com os membros das cantinas que podem ser quinzenais ou mensais de acordo com a disponibilidade de tempo. As atividades de formações e capacitações ocorreram durante toda a vigência desse plano de trabalho de extensão, de modo que permita ao final que os membros possuam o conhecimento necessário para gerenciarem as iniciativas. Palavras chave: Economia Popular e Solidária / Autogestão / Finanças Solidárias / Cantinas Solidárias TRA - 003 PROJETO DE EXTENSÃO SOBRE PRÁTICAS SISTÊMICAS - ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL E MEDIAÇÃO DE CONFLITOS Mirela Yumi Yoshimoto; Ana Barbara Joaquim Mendonça; Harue Damasceno; Thais de Souza Mascotti; Ana Helena Italiano Freitas Vidal; Marianne Ramos Feijó; Mário Lázaro Camargo; Hugo Ferrari Cardoso; Edward Goulart Junior; Dinael Correa Campos. Instituição: UNESP E-mail de contato: [email protected] O presente projeto, iniciado no ano de 2013, tem como foco principal a realização de Orientação Profissional, em grupos e com enfoque sistêmico, para jovens aprendizes de uma instituição que atua na qualificação profissional e inclusão dos mesmos no mercado de trabalho. Após dois anos de trabalho em campo, foi observada a importância da ampliação do público alvo do projeto, de forma que pais, educadores e empregadores dos aprendizes, pudessem também se beneficiar de reflexões sobre o trabalho e sobre o processo de desenvolvimento e de escolha profissional. Somou-se a tal proposta de ampliação de abrangência do projeto, o interesse de estudantes de Psicologia, de estudarem mais profundamente as práticas sistêmicas com famílias, inclusive a mediação de conflitos. A partir de tais demandas, criou-se mais três ações de extensão, o que resultou em um projeto com quatro frentes de trabalho: 1. Orientação profissional de jovens; 2. Grupos reflexivos sobre o trabalho para familiares; 3. Práticas sistêmicas e reflexivas sobre a inserção e o desenvolvimento dos aprendizes nas organizações de trabalho, com educadores e empregadores; e 4. Mediação de conflitos que surjam na formação, nas escolhas e na inserção laboral do aprendiz. As sessões de mediação, que objetivam prevenir e tratar adequadamente os conflitos, serão realizadas, sob orientação de professores, à medida que houver demanda de melhoria nas relações e na comunicação entre pessoas nas empresas parceiras da instituição formadora, nas famílias dos aprendizes e na instituição, uma organização não-governamental sem fins lucrativos localizada na cidade de Bauru-SP. Vem sendo desenvolvido, na UNESP, com professores, alunos de graduação e de pós-graduação, um grupo de estudos quinzenal, visando ampliar os conhecimentos dos extensionistas sobre mediação de conflitos. Durante os encontros foram resgatadas as bases sistêmicas e complexas das práticas sistêmicas e da mediação de conflitos, a epistemologia construtivista e as teorias construcionistas sociais que as sustentam e as principais técnicas (afirmativas e interrogativas) utilizadas por mediadores. Desta forma, os extensionistas tem se preparado para ampliar sua contribuição na melhoria dos processos de formação dos aprendizes, aproximando seus pais, professores e empregadores, minimizando desencontros e conflitos, para alcançar maior legitimação dos mesmos, de suas necessidades e desejos, facilitação de tomada de decisões e transformação social. Importa ressaltar que os aqui denominados aprendizes, são jovens entre 14 e 18 anos de idade, integrantes dos programas de qualificação para o trabalho da instituição acima referida e regularmente matriculados em escolas da rede pública de ensino, e que, pela condição sócio-econômica de sua família, não tem acesso aos serviços privados/particulares de orientação profissional e para o trabalho, o que atribui ao presente projeto uma de suas principais relevâncias no âmbito da extensão universitária. Palavras chave: extensão/ pensamento sistêmico/ orientação profissional/ mediação de conflitos