ANAIS DO III COPEX – Congresso Paulista de Extensão Universitária
I Conexão - Congresso de Extensão Universitária da UFABC
Organizadores
Daniel Pansarelli (UFABC)
Maria Isabel Mesquita Vendramini Delcolli (UFABC)
Vanessa Aparecida do Carmo (UFABC)
1ª Edição
Universidade Federal do ABC
Santo André
2015
CATALOGAÇÃO NA FONTE
SISTEMA DE BIBLIOTECAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC
Responsável: Marciléia Aparecida de Paula CRB: 8530/8
Congresso Paulista de Extensão Universitária (3. : 2015 : Santo André, SP)
Anais do III Congresso Paulista de Extensão Universitária : COPEX ; I Congresso
de Extensão Universitária da UFABC : Conexão [recurso eletrônico] / Organizadores
Daniel Pansarelli, Maria Isabel Mesquita Vendramini Delcolli, Vanessa Aparecida do
Carmo. – 1. ed. – Santo André, SP : Universidade Federal do ABC, 2015.
185 p.
Versão eletrônica.
Eventos realizados de 26 a 28 de maio de 2015 no Campus de Santo André da
Universidade Federal do ABC.
ISBN 9788565212441.
1. Extensão Universitária – Congressos – Santo André (SP). I. Congresso de
Extensão Universitária da UFABC (1. : 2015 : Santo André, SP). II. Pansarelli, Daniel,
org. III. Delcolli, Maria Isabel Mesquita Vendramini, org. IV. Carmo, Vanessa Aparecida
do, org. V. Título.
CDD 22 ed. – 378.175
Apresentação
Conexão entre ideias e práticas
A tradição da educação universitária no Brasil apresenta diversas peculiaridades, seja em relação
à milenar história da universidade europeia, seja em relação ao mais recente modelo moderno da
universidade naquele continente e seus desdobramentos em outras localidades do ocidente,
seja, mesmo, em relação a outras nações latino-americanas. Embora formas de educação superior
não-universitária tenham se realizado no Brasil desde séculos passados, foi apenas nas primeiras
décadas do século XX – há menos de cem anos – que as primeiras universidades surgiram em
nosso meio com força de constituírem-se como modelos paradigmáticos, impulsionando, assim,
o surgimento de outras instituições nelas inspiradas, terminando por constituir uma rede
universitária.
É surpreendente a dimensão dos avanços que a educação universitária alcançou em nosso país,
diante este cenário de breve história. Muitas vezes tomada como referência para todo o sistema
educacional nacional – inclusa a educação básica –, bem como para a produção e difusão de
conhecimentos diversos, as universidades assumiram nas breves décadas que nos antecedem um
papel de protagonismo nos avanços epistemológicos e políticos, portanto, no próprio
desenvolvimento nacional. Pela força de sua presença no cenário de nossa sociedade, talvez, é
que se pode falar em uma tradição universitária brasileira, apesar de sua brevidade histórica.
Mas nossa tradição universitária, todavia, constituiu-se de forma pouco democrática. Ao longo
de todo o século XX o ensino superior em geral e a educação universitária em particular foram
concebidos e socialmente percebidos como direito de uma minoria da população, restrito aos
extratos superiores da pirâmide econômica populacional. Ao final dos anos 1990, apenas sete
por cento dos jovens entre 18 e 24 anos cursavam ou tinham cursado o nível superior. Isso implica
que mais de noventa por cento da população em “idade universitária” (um conceito também a
ser questionado se acreditamos que não há idade para o conhecimento) era privada desta
oportunidade. Percentual que aumentava drasticamente se considerássemos toda a população
brasileira com 18 anos ou mais, ou seja, se incluíssemos aqueles e aquelas que já tinham passado
pela “idade universitária” sem poder usufruir da – e contribuir com a –educação superior.
As primeiras décadas do novo século abrigam o início de uma virada neste cenário. As
informações apresentadas pelo IBGE a partir dos dados coletados em 2010 indicam que já eram
quatorze por cento os jovens de 18 a 24 anos cursando ensino superior. Um percentual que
dobrou em uma década: considere-se que entre 1930 e 2000 apenas sete por cento dos jovens
foram incluídos na educação superior, e que de 2000 a 2010 outros sete por cento tiveram esta
oportunidade. Mas, ainda, permanecem maiorias gritantes da população jovem e adulta
cerceadas em seu direito de acesso (e condições de permanência) aos níveis superiores da
educação.
É nesse contexto que, na realidade brasileira contemporânea, a Extensão Universitária deve
cumprir um sólido papel na constituição de uma pátria educadora. Se, sob perspectiva interna da
Universidade, a Extensão é um dos seus tripés constituintes, sob perspectiva social – mais ampla,
portanto – ela parece ser mais que isso. Parece ser, ainda, a única oportunidade que maiorias
substanciais da população têm de acessar o conhecimento e a experiência privilegiados que
constituem o ambiente universitário. De usufruir diretamente desta experiência e também de
contribuir com a construção plural das próprias universidades e de seus saberes.
Com o intuito de contribuir com os avanços universitários e extensionistas é que, em
continuidade às discussões que já ocorreram nas edições anteriores do COPEX (Congresso
Paulista de Extensão Universitária), que aconteceram na Unicamp (2010) e na Unifesp (2012), a
UFABC sedia com muita honra em 2015 este importante evento. Além disso, aproveita a
oportunidade e realiza o I Conexão – Congresso de Extensão Universitária da UFABC.
Com o tema: Extensão Universitária: Conexão entre ideias e práticas comunitárias , o evento foi
idealizado em parceria com as universidades Públicas do Estado de São Paulo (UNIFESP, UFSCar,
UFABC, UNESP, UNICAMP, USP, UNITAU e USCS) com o objetivo de discutir extensão
universitária, em âmbito regional e nacional, trocar experiências e avaliar desafios e
oportunidades para realização dessas atividades.
Este volume reúne os cento e oitenta e três trabalhos enviados por docentes, discentes e técnicos
de universidades de todas as regiões do país para enriquecer as discussões e estimular as
atividades extensionistas.
Intenciona estimular e expandir as atividades para além de nossas fronteiras, tanto universitárias
como regionais, nacionais e internacionais. Parece necessário promover a troca de experiências,
levando o conhecimento universitário para a sociedade em geral, bem como levando a
especificidade da realidade extensionista brasileira para outras nações, sempre em um diálogo
multilateral, de aprendizagem mútua. Além disso, no contexto da construção de novos modelos
universitários, mais condizentes com as epistemologias e políticas do século XXI, a Extensão
parece reunir meios para contribuir com o rompimento das barreiras disciplinares, que
tradicionalmente impactam as ações acadêmicas: disciplinas com fronteiras muito claramente
definidas, divisões departamentais, rupturas entre teoria e prática são elementos usualmente
ressignificados nas práticas extensionistas.
A noção de Conexão entre ideias e práticas comunitárias guarda esta dupla dimensão: favorecer
que a excelência acadêmica constituída ao longo do século passado possa ser atualizada,
aperfeiçoada para a realidade atual, mas sem perder de perspectiva que a inclusão social é parte
constitutiva da própria excelência. Não há excelência sem inclusão, assim como não há prática
universitária completa, em seu sentido mais amplo, sem extensão.
Agradecemos a colaboração de todos os participantes e organizadores e esperamos que esta rica
experiência possa trazer muitos frutos, ideias e principalmente ações.
Daniel Pansarelli
Maria Isabel Mesquita Vendramini Delcolli
Vanessa Carmo
Sumário
COM - 001 .............................................................................................................................. 21
Universidade Aberta para a Terceira Idade (UATI): Desafios e Aprendizado de novo idiomas . 21
COM - 002 .............................................................................................................................. 21
Consolidação da marca por meio de novas estratégias de marketing: o caso de uma empresa
de moda íntima ................................................................................................................... 21
COM - 003 .............................................................................................................................. 22
A contribuição do Projeto A Escola na Tela da TV: Educomunicadores em Ação no
desenvolvimento de habilidades e competências a partir dos processos multimídia na escola
pública. ............................................................................................................................... 22
COM - 004 .............................................................................................................................. 23
Gestão de Eventos ............................................................................................................... 23
COM - 005 .............................................................................................................................. 24
Internacionalizando a Univerisdade: uma cooperação interinstitucional na equivalência
terminológica Português- Inglês para o termo 'faculdade' .................................................... 24
COM - 006 .............................................................................................................................. 25
Educomunicação como extensão universitária: relato de um projeto com professores da rede
pública ................................................................................................................................ 25
COM - 007 .............................................................................................................................. 26
A TV UNESP ASSIS COMO PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA ÁREA DE
COMUNICAÇÃO PARA DIVULGAÇÃO DAS ATIVIDADES FINS DA UNIVERSIDADE PARA A
COMUNIDADE EXTERNA .................................................................................................... 26
COM - 008 .............................................................................................................................. 27
Comunicação comunitária e práticas educomunicativas: a elaboração de produtos midiáticos
com adolescentes em ONG de Campinas ............................................................................. 27
COM - 009 .............................................................................................................................. 28
Locomotiva: Empresa Júnior de Rádio e Televisão ................................................................. 28
COM - 010 .............................................................................................................................. 29
PERCEPÇÕES DE DOCENTES DA FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS DA UNICAMP
ACERCA DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA ............................................................................. 29
COM - 011 .............................................................................................................................. 30
Observatório de Conflitos Internacionais.............................................................................. 30
COM - 012 .............................................................................................................................. 31
Jardins de baixo custo e fácil implantação para as casas e praças da CDHU (Companhia de
Desenvolvimento Habitacional e Urbano) ............................................................................ 31
COM - 013 .............................................................................................................................. 31
Preservação da Coleção ....................................................................................................... 31
COM - 014 .............................................................................................................................. 32
Extensão e Pesquisa em Engenharia Biomédica: Um Sistema de Retroalimentação Positiva por
Meio de Redes Sociais ......................................................................................................... 32
COM - 015 .............................................................................................................................. 33
Uma investigação sobre o conhecimento de estudantes do ensino fundamental e médio, da
Escola Municipal 24 de maio, Botucatu/SP, sobre alimentação saudável e hipertensão .......... 33
CLT - 001................................................................................................................................. 34
Cartografia Cultural do ABC................................................................................................. 34
CLT - 002................................................................................................................................. 35
Projeto Oficinas Culturais .................................................................................................... 35
CLT - 003................................................................................................................................. 36
Projeto Domingo no Lago .................................................................................................... 36
CLT - 004................................................................................................................................. 37
Guia Cultural Unicamp: a visibilidade da arte e da cultura..................................................... 37
CLT - 005................................................................................................................................. 38
Encontros sobre Pedagogia do Piano.................................................................................... 38
CLT - 006................................................................................................................................. 38
Miss e Mister Terceira Idade - Sociabilização por meio de Programa de Extensão .................. 38
CLT - 007................................................................................................................................. 39
Projeto Espaço de Arte......................................................................................................... 39
CLT - 008................................................................................................................................. 40
PROJETO VIVÊNCIAS CULTURAIS ........................................................................................ 40
CLT - 009................................................................................................................................. 41
Domingo na Vila .................................................................................................................. 41
CLT - 010................................................................................................................................. 42
Universidade Aberta para a Terceira Idade (UATI): Reinventando a História por meio do
Teatro. ................................................................................................................................ 42
CLT - 011................................................................................................................................. 42
Ciclo de Cinema .................................................................................................................. 42
CLT - 012................................................................................................................................. 43
PROJETO CONEXÃO CULTURAL UNICAMP ......................................................................... 43
CLT - 013................................................................................................................................. 44
Implantação do Fórum de Integração Cultural Afro-brasileiro da UNICAMP ......................... 44
CLT - 014................................................................................................................................. 45
Universo Macuxi por Carmézia Emiliano: relatos de uma curadoria ....................................... 45
CLT - 015................................................................................................................................. 46
Encontro da Diversidade do ABC .......................................................................................... 46
CLT - 016................................................................................................................................. 46
Festival Internacional de Inverno da UFSM e comunidade de Vale Vêneto: 30 anos de história.
........................................................................................................................................... 46
DHJ - 001 ................................................................................................................................ 47
O Programa de Extensão como Intermediador para a Promoção dos Vínculos na Terceira Idade
........................................................................................................................................... 47
DHJ - 002 ................................................................................................................................ 48
Direitos humanos e igualdade de gênero: um breve relato de três experiências educacionais 48
DHJ - 003 ................................................................................................................................ 49
PROGRAMA UFF MULHER: articulando extensão universitária, gênero e direitos humanos ... 49
EDU - 001 ............................................................................................................................... 50
Cursinho Pré Vestibular GeraBixo: Ultrapassando os Portões das Universidades .................... 50
EDU - 002 ............................................................................................................................... 51
Núcleo de Apoio a Acessibilidade da Universidade Guarulhos .............................................. 51
EDU - 003 ............................................................................................................................... 52
Atividade Assistida por Animais: Projeto Cão Especial e Inclusão ........................................... 52
EDU - 004 ............................................................................................................................... 53
UNATI: ESPAÇO DE ENCONTROS INTERGERACIONAIS E INTERDISCIPLINARES .................. 53
EDU - 005 ............................................................................................................................... 54
As possibilidades pedagógicas da produção de materiais didáticos com recursos alternativos 54
EDU - 006 ............................................................................................................................... 54
Boas Práticas Interpessoais na Escola. ................................................................................... 54
EDU - 007 ............................................................................................................................... 55
AS FRAGILIDADES DO ENSINO SUPERIOR QUE INTERFEREM NO DESENVOLVIMENTO DOS
MAIS CAPAZES.................................................................................................................... 55
EDU - 008 ............................................................................................................................... 56
UNIMEP NA COMUNIDADE: UMA EXPERIÊNCIA NA ALDEIA OFAIÉ EM MS ........................ 56
EDU - 009 ............................................................................................................................... 57
Experiência de Inclusão de Aluno Deficiente Visual na Universidade Guarulhos .................... 57
EDU - 010 ............................................................................................................................... 58
RELATO DE EXPERIÊNCIA: PROJETO 'HUMANIZAÇÃO HOSPITALAR' ................................... 58
EDU - 011 ............................................................................................................................... 59
UFF SOS COMUNIDADE: AÇÕES EXTENSIONISTAS PARA A PREVENÇÃO DE RISCOS E
DESASTRES ......................................................................................................................... 59
EDU - 012 ............................................................................................................................... 60
Cursinho Pré-Vestibulinho CESCON ..................................................................................... 60
EDU - 013 ............................................................................................................................... 61
O projeto de extensão ASTROEM III - Uma proposta de ensino de Mecânica Aplicada
integrada à Astronáutica, Astronomia e Aeronáutica para alunos do ensino fundamental II e
médio.................................................................................................................................. 61
EDU - 014 ............................................................................................................................... 62
Horta na escola: uma ferramenta interdisciplinar de educação para um futuro sustentável. ... 62
EDU - 015 ............................................................................................................................... 63
ATLETISMO PARA CRIANÇAS E JOVENS DA UNESP- RIO CLARO: O ENSINO DO ATLETISMO
NA CIDADE DE RIO CLARO.................................................................................................. 63
EDU - 016 ............................................................................................................................... 63
Experiência de Inclusão Digital da Universidade Aberta da Terceira Idade ............................ 63
EDU - 017 ............................................................................................................................... 64
UNATI - Araraquara: envelhecer sem ficar velho................................................................... 64
EDU - 018 ............................................................................................................................... 65
A REPRODUÇÃO A PARTIR DA EDUCAÇÃO FORMAL ........................................................... 65
EDU - 019 ............................................................................................................................... 66
DIÁLOGO E O TRABALHO COLETIVO: Reflexões sobre as relações na escola básica .............. 66
EDU - 020 ............................................................................................................................... 67
CONSTRUÇÃO DE MODELO DO SISTEMA SOLAR................................................................ 67
EDU - 021 ............................................................................................................................... 68
Cursinho Popular da Unifesp Baixada Santista Cardume - relatos à partir da área de redação 68
EDU - 022 ............................................................................................................................... 69
Mito da coloração da casca e gema de ovos ......................................................................... 69
EDU - 023 ............................................................................................................................... 70
Vivências com a natureza enquanto prática extensionista para o trabalho com educação
ambiental ............................................................................................................................ 70
EDU - 024 ............................................................................................................................... 70
Divulgação do Vestibular UNESP e Inclusão dos Melhores Alunos da Escola Pública na
Universidade ....................................................................................................................... 70
EDU - 025 ............................................................................................................................... 71
Da Educação Rural para a Educação do Campo: a experiência de um curso de Residência
Agrária no Estado de São Paulo. ........................................................................................... 71
EDU - 026 ............................................................................................................................... 72
Palestra Ambiental: A influência da falta d'água na vida dos seres humanos - conscientização
com alunos da APAE do município de Ilha Solteira/SP .......................................................... 72
EDU - 027 ............................................................................................................................... 73
Enriquecimento de material pedagógico no processo de dinamização da sala de aula ........... 73
EDU - 028 ............................................................................................................................... 74
Projeto de Extensão: Educação Sobre a Dengue - Universidade Federal do ABC .................... 74
EDU - 029 ............................................................................................................................... 75
Ourinhos: Uma leitura da cidade .......................................................................................... 75
EDU - 030 ............................................................................................................................... 76
Ciclo de Debates de Políticas Públicas.................................................................................. 76
EDU - 031 ............................................................................................................................... 77
Perfil Histórico de Inclusão de Alunos deficientes em Instituição de Ensino Superior (IES)
privada e as estratégias de atendimento............................................................................... 77
EDU - 032 ............................................................................................................................... 78
Juventude universitária e tecnologia: usos no processo educacional ...................................... 78
EDU - 033 ............................................................................................................................... 79
OFICINAS PEDAGÓGICAS SOBRE ATIVIDADES INVESTIGATIVAS: SOBRE SEUS
INTERESSADOS, SUAS POTENCIALIDADES E SEUS DESAFIOS.............................................. 79
EDU - 034 ............................................................................................................................... 80
Cursinho Popular como instrumento de reinvindicação da democratização do acesso ao ensino
superior............................................................................................................................... 80
EDU - 035 ............................................................................................................................... 80
Cursos de Idioma oferecidos no Núcleo Local da UNATI - UNESP, Campus de Sorocaba ....... 80
EDU - 036 ............................................................................................................................... 81
O PROCESSO SELETIVO DO CURSINHO GERABIXO: UMA INICIATIVA SOCIAL ................... 81
EDU - 037 ............................................................................................................................... 82
REGISTRO E SISTEMATIZAÇÃO DAS PRÁTICAS DESENVOLVIDAS COM CRIANÇAS E
ADOLESCENTES ABRIGADOS .............................................................................................. 82
EDU - 038 ............................................................................................................................... 83
CONTRIBUIÇÃO PARA MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA DOS IDOSOS ATRAVÉS DAS
ATIVIDADES OFERECIDAS NA UNATI - UNIVERSIDADE ABERTA À TERCEIRA IDADE UNESP/SOROCABA ............................................................................................................. 83
EDU - 039 ............................................................................................................................... 84
Jogos Teatrais e a Formação do Professor Reflexivo .............................................................. 84
EDU - 040 ............................................................................................................................... 85
A intersetorialidade da promoção da saúde pelo Ensino Superior, junto à Secretaria Municipal
de Saúde e Educação de um Município do Interior Paulista ................................................... 85
EDU - 041 ............................................................................................................................... 86
A prática de Anatomia na escola municipal........................................................................... 86
EDU - 042 ............................................................................................................................... 87
Inclusão Digital e Informática Educativa: um projeto de extensão universitária da
UNATI/UNESP Sorocaba ..................................................................................................... 87
EDU - 043 ............................................................................................................................... 88
PROFESSORES QUE FAZEM A DIFERENÇA ........................................................................... 88
EDU - 044 ............................................................................................................................... 89
FDE - Fórum de Discussão Estudantil .................................................................................... 89
EDU - 045 ............................................................................................................................... 90
Provocações Filosóficas........................................................................................................ 90
EDU - 046 ............................................................................................................................... 90
PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA .... 90
EDU - 047 ............................................................................................................................... 91
Aulas Práticas de Química para o Ensino Médio .................................................................... 91
EDU - 048 ............................................................................................................................... 92
FORMANDO EDUCADORES AMBIENTAIS: DO ENSINO À PRÁTICA ..................................... 92
EDU - 049 ............................................................................................................................... 93
Aprendendo mais jogando na escola .................................................................................... 93
EDU - 050 ............................................................................................................................... 93
TEORIA DA EVOLUÇÃO: ENSINO E SOCIEDADE .................................................................. 93
EDU - 051 ............................................................................................................................... 94
Kit educacionais desenvolvidos na UFABC para despertar interesse de alunos do ensino médio
pela área de Ciências ........................................................................................................... 94
EDU - 052 ............................................................................................................................... 95
Interdisciplinaridade na Escola: Oficinas Pedagógicas Interdisciplinares de Ciências da
Natureza e Matemática (InterCiência) ................................................................................. 95
EDU - 053 ............................................................................................................................... 96
Preparação do pedagogo para o desenvolvimento dos conteúdos de Educação Física nos anos
iniciais do ensino básico: dados preliminares de uma unidade de educação infantil em Bauru.
........................................................................................................................................... 96
EDU - 054 ............................................................................................................................... 97
Aspectos marcantes no Ciclo Básico do ensino de Graduação em engenharia utilizados como
motivadores para a formação profissional............................................................................. 97
EDU - 055 ............................................................................................................................... 98
Técnicas alternativas para o ensino de matemática: uma proposta para o ensino médio......... 98
EDU - 056 ............................................................................................................................... 99
PROGRAMA DE EXTENSÃO: CURSINHO POPULAR EMANCIPA ........................................... 99
EDU - 057 ............................................................................................................................... 99
PROCESSOS AFETIVOS E RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO CONTEXTO ESCOLAR:
CONTRIBUIÇÃO TEÓRICA À PRÁTICA PROFISSIONAL ......................................................... 99
EDU - 058 ............................................................................................................................. 100
Jardim Sensorial com Frutíferas .......................................................................................... 100
EDU - 059 ............................................................................................................................. 101
PRODUÇÃO DE INSTRUMENTOS MUSICAIS EM MADEIRA E RESÍDUOS FLORESTAIS E DA
INDÚSTRIA MADEIREIRA .................................................................................................. 101
EDU - 060 ............................................................................................................................. 102
ESPAÇO EDUCATIVO: MUSEU DE ANATOMIA DO IBB/Unesp ........................................... 102
EDU - 061 ............................................................................................................................. 104
EXPERIMENTAÇÃO DEMONSTRATIVA COMO MEIO DE DESPERTAR O INTERESSE PELA
QUÍMICA NO ALUNATO DE NÍVEL MÉDIO DAS ESCOLAS DE BOTUCATU ......................... 104
EDU - 062 ............................................................................................................................. 105
Universidade e espaços de Ciência: uma aproximação necessária ....................................... 105
EDU - 063 ............................................................................................................................. 105
O Laboratório de Ensino e Pesquisa em Educação Matemática: Reflexões Teóricometodológicas no Contexto da Formação de Professores .................................................... 105
EDU - 064 ............................................................................................................................. 107
Produção de Materiais Didáticos Para o ensino de Ciências e Matemática: Carrinho de Bexiga
......................................................................................................................................... 107
EDU - 065 ............................................................................................................................. 107
A Extensão Universitária Na formação de Professores Através de "Semanas de Geografia nas
Escolas" ............................................................................................................................. 107
EDU - 066 ............................................................................................................................. 108
Educação Ambiental Contextualizada no Semiárido Piauiense ............................................ 108
EDU - 067 ............................................................................................................................. 109
Da Aplysia a Ausubel: difusão de conhecimentos sobre Neurobiologia da aprendizagem
escolar .............................................................................................................................. 109
MMA - 001............................................................................................................................ 110
Geotecnologia aplicada ao monitoramento ambiental: interação entre os usos múltiplos da
água no Parque Aquícola de Ilha Solteira............................................................................ 110
MMA - 002............................................................................................................................ 111
Conforto térmico e a iluminação em Construções Sustentáveis ........................................... 111
MMA - 003............................................................................................................................ 112
2014: Retrospectiva dos 15 anos de Projeto de Extensão Universitária 'Esterilização em Cães e
Gatos'................................................................................................................................ 112
MMA - 004............................................................................................................................ 112
CURSO DE COMPOSTAGEM PARA PRODUTORES RURAIS BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA
NACIONAL DE REFORMA AGRÁRIA DO MUNICÍPIO DE MIRANDÓPOLIS-SP .................... 112
MMA - 005............................................................................................................................ 113
ZONEAMENTO DA CULTURA DE CANA-DE-AÇÚCAR (Saccharum spp.) NO MUNICÍPIO DE
SUZANÁPOLIS/SP. ............................................................................................................ 113
MMA - 006............................................................................................................................ 114
UNIÃO PRÓ TIETÊ- OBSERVANDO O RIO SOROCABA- SENSIBILIZAÇÃO DA
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL ATRAVÉS DO MONITORAMENTO DA QUALIDADE
DA ÁGUA DO RIO SOROCABA........................................................................................... 114
MMA - 007............................................................................................................................ 115
GEOTECNOLOGIAS NA GESTÃO AGROPECUÁRIA E AMBIENTAL DE PEQUENOS
MUNICÍPIOS NO NOROESTE PAULISTA. ........................................................................... 115
MMA - 008............................................................................................................................ 116
Mostra científica como instrumento de integração do ensino fundamental, médio e técnico
com o programa de pós-graduação em Ciências Ambientais da Unesp/Sorocaba ................ 116
MMA - 009............................................................................................................................ 117
Sustentabilidade Ambiental considerando o Conforto Térmico e a Iluminação. ................... 117
MMA - 010............................................................................................................................ 118
TECNOLOGIA LIMPA NA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM INSTITUIÇÃO FILANTRÓPICA
......................................................................................................................................... 118
MMA - 011............................................................................................................................ 119
Programa de apoio à legalização mineral e ambiental de Olarias da região de Rio Claro (SP)
......................................................................................................................................... 119
MMA - 012............................................................................................................................ 120
AVALIAÇÃO DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE: comparação entre o novo e o
antigo código florestal brasileiro. ....................................................................................... 120
MMA - 013............................................................................................................................ 121
Horta terapêutica na reabilitação psicossocial dos pacientes do CAPS-Registro .................. 121
MMA - 014............................................................................................................................ 122
Apoio à rede de coletivos de consumo rural urbano - projeto de extensão da Universidade
Federal do ABC (UFABC). ................................................................................................... 122
MMA - 015............................................................................................................................ 123
Atividades de campo com alunos da APAE do município de Ilha Solteira/SP: Conscientização
para conservação dos recursos naturais. ............................................................................. 123
MMA - 016............................................................................................................................ 123
Reciclagem orgânica e compostagem na UFABC ................................................................ 123
MMA - 017............................................................................................................................ 124
Aproveitamento de resíduos na agricultura: uso do lodo de esgoto na cultura do algodoeiro.
......................................................................................................................................... 124
SAU – 001 ............................................................................................................................. 125
A esterilização cirúrgica como ferramenta no controle reprodutivo em caninos fêmeas e a
incidência de erliquiose e leptospirose. .............................................................................. 125
SAU – 002 ............................................................................................................................. 126
UNIVERSIDADE ABERTA À TERCEIRA IDADE: PROMOVENDO SAÚDE E BEM-ESTAR À
COMUNIDADE IDOSA ...................................................................................................... 126
SAU – 003 ............................................................................................................................. 127
Serviço de atendimento periodontal para pacientes portadores de Diabetes Mellitus ......... 127
SAU – 004 ............................................................................................................................. 128
A COORDENAÇÃO MOTORA DE MEMBROS INFERIORES DE HEMIPARÉTICOS CRÔNICOS
MELHORA COM FISIOTERAPIA EM GRUPO? ...................................................................... 128
SAU – 005 ............................................................................................................................. 129
Relato de estudantes de farmácia em ação extensionista .................................................... 129
SAU – 006 ............................................................................................................................. 130
Promoção e Educação em Saúde Bucal - importância na formação do Cirurgião Dentista .... 130
SAU – 007 ............................................................................................................................. 131
SIMULAÇÃO DE PRIMEIROS SOCORROS NA COMUNIDADE: UMA EXPERIÊNCIA
EXTENSIONISTA ............................................................................................................... 131
SAU – 008 ............................................................................................................................. 132
A importância da motivação e orientação de práticas de higiene bucal na infância e
adolescência ..................................................................................................................... 132
SAU – 009 ............................................................................................................................. 133
O CUIDAR DO PACIENTE DIABÉTICO NA PERSPECTIVA INTERDISCIPLINAR. ..................... 133
SAU – 010 ............................................................................................................................. 134
INTEGRALIDADE E PROMOÇÃO DA SAÚDE NA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: EXPERIÊNCIA
COM GRUPOS DE TRABALHOS DE SEMINÁRIO INTERDISCIPLINAR SOBRE PROMOÇÃO DA
SAÚDE NO CAMPUS UFRJ-MACAÉ.................................................................................... 134
SAU – 011 ............................................................................................................................. 135
OFICINAS DE PREPARAÇÃO PARA UM ENVELHECIMENTO ATIVO .................................... 135
SAU – 012 ............................................................................................................................. 136
Universidade Aberta à Terceira Idade (UATI): Um Perfil Sócio Epidemiológico e Tabagístico
dos Participantes do Programa de Extensão Universitária ................................................... 136
SAU – 013 ............................................................................................................................. 137
Brincar e a Promoção da saúde com crianças escolares: ações da Terapia Ocupacional da
Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Uberaba, MG ..................................... 137
SAU – 014 ............................................................................................................................. 138
Explorando a natureza química da formulação dos saneantes domissanitários e conhecendo
suas propriedades químicas e ações sobre o ser humano e o meio ambiente ........................ 138
SAU – 015 ............................................................................................................................. 138
A INCLUSÃO AO ALCANCE DO TOQUE: RELATO DE EXPERIÊNCIA ENTRE GRADUANDOS E
DEFICIENTES VISUAIS ....................................................................................................... 138
SAU – 016 ............................................................................................................................. 139
Produzindo práticas e saberes na atenção psicológica grupal a idosos residentes em asilos na
cidade de Assis. ................................................................................................................. 139
SAU – 017 ............................................................................................................................. 140
Capacitação para o socorro na comunidade: uma necessidade urgente ............................... 140
SAU – 018 ............................................................................................................................. 141
A MARCHA DE HEMIPARÉTICOS CRÔNICOS MELHORA COM FISIOTERAPIA EM GRUPO?. 141
SAU – 019 ............................................................................................................................. 142
Práticas em Saúde para Crianças e Adolescentes Abrigadas ................................................ 142
SAU – 020 ............................................................................................................................. 143
OFICINAS DE ATIVIDADES MOTORAS ADAPTADAS: EXPERIÊNCIAS DISCENTES NA
EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA .............................................................................................. 143
SAU – 021 ............................................................................................................................. 144
Projeto de extensão para o controle reprodutivo de caninos e felinos no Município de
Jaboticabal SP. Resultados de 2010 a 2014 ......................................................................... 144
SAU – 022 ............................................................................................................................. 144
Prematuridade e a Importância da Fisioterapia na Educação em Saúde ............................... 144
SAU – 023 ............................................................................................................................. 145
Efetividade de ações de educação nutricional sobre o consumo alimentar e a composição das
lancheiras de alunos de uma escola pública de cidade do interior paulista .......................... 145
SAU – 024 ............................................................................................................................. 146
CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE O USO CORRETO DE SANEANTES DOMISSANITÁRIOS VISANDO
A PREVENÇÃO DE ACIDENTES E INTOXICAÇÕES .............................................................. 146
SAU – 025 ............................................................................................................................. 147
O MANEJO CLÍNICO EM PACIENTES NEURÓTICOS GRAVES E PSICÓTICOS EM UM CAPS . 147
SAU – 026 ............................................................................................................................. 148
EFICÁCIA DE UM PROGRAMA DE TREINO COGNITIVO PARA IDOSOS COGNITIVAMENTE
SAUDÁVEIS - PROJETO ATIVAMENTE - UFABC .................................................................. 148
SAU – 027 ............................................................................................................................. 149
Estudo da adesão às modalidades do Projeto de Extensão: Iniciação Esportiva em Esportes
Coletivos do Programa Esporte e Lazer na Cidade vinculado a Universidade Federal de Viçosa Campus Florestal ............................................................................................................... 149
SAU – 028 ............................................................................................................................. 150
DIABETES, VOCÊ SABE O QUE É ISSO? ............................................................................... 150
SAU – 029 ............................................................................................................................. 151
Intervenções em Psicologia em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos do interior
paulista. ............................................................................................................................ 151
SAU – 030 ............................................................................................................................. 152
Avaliação e orientação em fisioterapia neurológica para pacientes, familiares e cuidadores:
visão para neuroplasticidade.............................................................................................. 152
SAU – 031 ............................................................................................................................. 153
Produção de Equipamentos de Pilates ................................................................................ 153
SAU – 032 ............................................................................................................................. 154
Grau de Conhecimento de Proprietários de Animais atendidos por Projeto de Extensão
Universitário em Araçatuba, SP. ......................................................................................... 154
SAU – 033 ............................................................................................................................. 154
Ocorrência de acidentes de trânsito - Estratégias de promoção em saúde ........................... 154
SAU – 034 ............................................................................................................................. 155
ATIVIDADES FÍSICAS E SOCIESPORTIVAS COMO PROPOSTA DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA ................................................................................... 155
SAU – 035 ............................................................................................................................. 156
Biossegurança no atendimento às clientes de manicure e pedicuro ..................................... 156
SAU – 036 ............................................................................................................................. 157
ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA COM IDOSOS: PREVENÇÃO E PROMOÇÃO A SAÚDE,
POSTURA CORRETA E ATIVIDADE DE VIDA DIÁRIAS ......................................................... 157
SAU – 037 ............................................................................................................................. 158
INTERDISCIPLINARIDADE NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE: UMA EXPERIÊNCIA
DO PET SAÚDE REDES DE ATENÇÃO, NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA ............. 158
SAU – 038 ............................................................................................................................. 159
OFICINAS COM RECURSOS CRIATIVOS PARA PAIS, AVÓS E CUIDADORES DE CRIANÇAS
ATENDIDAS EM CLÍNICA-ESCOLA DE PSICOLOGIA. .......................................................... 159
SAU – 039 ............................................................................................................................. 160
O psicodiagnóstico de pacientes neuróticos graves e psicóticos em um Caps ...................... 160
SAU - 040.............................................................................................................................. 161
Oficinas Motivacionais de Bordado .................................................................................... 161
SAU - 041.............................................................................................................................. 161
Saúde na escola: A busca da interdisciplinaridade entre os profissionais da saúde e educadores
em Pirpirituba-PB .............................................................................................................. 161
SAU - 042.............................................................................................................................. 162
PROCESSO DE ENVELHECIMENTO E GRUPALIDADE: POSSIBILIDADES DE ENCONTROS NA
EXTENSÃO EM PSICOLOGIA ............................................................................................. 162
SAU - 043.............................................................................................................................. 163
Perfil Sociodemográfico e Desconforto Musculoesquelético de Participantes do Projeto
Extensão em Atendimento Humanizado em Puérperas na Fisioterapia da FCT/UNESP ........ 163
TPR - 001 .............................................................................................................................. 164
Sistema de Auxílio Visual Escutado - (SAVE) ....................................................................... 164
TPR - 002 .............................................................................................................................. 165
APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS - PALETES ............................................... 165
TPR - 003 .............................................................................................................................. 166
ENGENHARIA E EDUCAÇÃO: QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL NA CONSTRUÇÃO CIVIL .... 166
TPR - 004 .............................................................................................................................. 167
ÍNDICE DE VEGETAÇÃO DIFERENÇA NORMALIZADA NA IDENTIFICAÇÃO DA
EUCALIPTICULTURA. ......................................................................................................... 167
TPR - 005 .............................................................................................................................. 167
Concurso Interpontes 2014 ................................................................................................ 167
TPR - 006 .............................................................................................................................. 168
Auxílio a Deficientes Visuais na Travessia de Semáforos. ..................................................... 168
TPR - 007 .............................................................................................................................. 169
PROJETO BAMBU TAQUARA ............................................................................................. 169
TPR - 008 .............................................................................................................................. 170
Gerador Social: Impactos dos Dez Anos de um Projeto para Geração de Energia Elétrica de
Baixo Custo ....................................................................................................................... 170
TPR - 009 .............................................................................................................................. 171
EVOLUÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS ACIDENTES VIÁRIOS NA MALHA URBANA DE
ILHA SOLTEIRA, SP. ........................................................................................................... 171
TPR - 010 .............................................................................................................................. 172
DESENVOLVIMENTOS DE APARELHOS DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL A
PARTIR DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS DE MADEIRA ............................................................. 172
TPR – 011 .............................................................................................................................. 172
CATALOGAÇÃO DAS ESPÉCIES PRESENTES EM UM BANCO DE GERMOPLASMA DE PLANTAS
FORRAGEIRAS ................................................................................................................... 172
TPR - 012 .............................................................................................................................. 173
EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA EDIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL ............................................. 173
TPR - 013 .............................................................................................................................. 174
Modelagem e Visualização de Humanoides com o Blob Man People e o POV-ray................ 174
TPR - 014 .............................................................................................................................. 175
INCORPORAÇÃO DE EAD AO ENSINO BASEADO EM JOGOS DE EMPRESAS ...................... 175
TPR - 015 .............................................................................................................................. 176
IMPLANTAÇÃO DA CULTURA DO BAMBU EM ASSENTAMENTO RURAL ............................ 176
TPR - 016 .............................................................................................................................. 177
Acessibilidade do Colégio Euclides da Cunha, Ilha Solteira- SP, uma proposta de inclusão e
integração do ambiente físico. ........................................................................................... 177
TPR - 017 .............................................................................................................................. 178
DICIONÁRIO TÉCNICO ONLINE PARA VEÍCULOS OFF-ROAD DA SAE BRASIL .................... 178
TPR - 018 .............................................................................................................................. 179
Projeto Habitacional Dona Amélia ..................................................................................... 179
TPR - 019 .............................................................................................................................. 180
Projeto social do Hemocentro: reestruturação e expansão da doação de sangue ................. 180
TRA - 001 .............................................................................................................................. 181
CAPACITAÇÃO EM GESTÃO EMPREENDEDORA DOS EMPREENDEDORES APOIADOS PELA
INCUBADORA PÚBLICA DE EMPREENDIMENTOS POPULARES E SOLIDÁRIOS EM DIADEMA
......................................................................................................................................... 181
TRA - 002 .............................................................................................................................. 182
Organização e orientação administrativa e financeira de Iniciativas da Economia Popular e
Solidária: incentivo e promoção à autogestão nas cantinas solidárias da Universidade Estadual
de Feira de Santana ........................................................................................................... 182
TRA - 003 .............................................................................................................................. 183
PROJETO DE EXTENSÃO SOBRE PRÁTICAS SISTÊMICAS - ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL E
MEDIAÇÃO DE CONFLITOS............................................................................................... 183
COM - 001
Universidade Aberta para a Terceira Idade (UATI): Desafios e Aprendizado de
novo idiomas
Aline Zonta; Ana Caroline Zacarias Delfiol Silva; Renata Tadeu Fernandes Bastianelli; Fabio
Cardoso; Elisangela Nunes de Carvalho; Everton Luiz dos Santos; Alexandre Sabbag da Silva; Jose
Renato Romero; Keyti Expedita Ribeiro Nascimento; Lis Lakeis Bertan; Anselmo Milani.
Instituição: UNIVERSIDADE GUARULHOS
E-mail de contato: [email protected]
A Universidade Aberta para a Terceira Idade (UATI) é um programa de extensão oferecido por
uma equipe interdisciplinar de discentes da Universidade Guarulhos (UnG), Campus Centro, para
moradores da cidade onde se encontra a instituição, em específico, para as pessoas com mais de
60 anos de idade. Não importando outras certificações ou diplomas anteriores. Os cursos de
Extensão da UATI estão divididos em cinco áreas, que abrangem mais de 30 opções de atividades
voltadas para a qualidade de vida. As áreas estão divididas em: Saúde e Bem-Estar; Arte e Lazer;
Cidadania; Cultura e Tecnologia, abrangendo atividades voltadas a diversas áreas e que
procuram atender as necessidades e exigências que cercam o público-alvo deste programa, a
terceira idade, o que ressalta e valoriza a essencial integração entre comunidade local e
acadêmica na disseminação de conhecimentos. O programa contempla ainda, dentro da área a
preparação para o idioma inglês. Este é oferecido por meio da UATI aos participantes com a
expectativa de ampliar a oportunidade de inserção dos participantes em seus convívios sociais. O
mesmo é exercido com atividades lúdicas e ao mesmo tempo teóricas sobre a disciplina, fazendo
com que os alunos assimilem o conteúdo de maneira dinâmica e, ao mesmo tempo, se sintam
incentivados a continuarem participando das atividades oferecidas. São desenvolvidas pelo curso
diversas atividades, que se dividem em: aulas, interação e acompanhamento com apostilas.
Durante as aulas são propostos: apresentação de filmes em inglês, letras e traduções de músicas,
dinâmicas a partir da matéria lecionada (gramática), traduções de textos, formulação de frases e
expressões, entre outras. Ressalta-se que todas essas atividades são oferecidas em nível básico,
organizadas e executadas cuidadosamente, tendo sempre a preocupação de transpor o conteúdo
aos alunos de modo "não traumático", ou seja, respeitando as peculiaridades de assimilação do
idioma apresentado pelos mesmos. Além ensinar um novo idioma os alunos, ainda mais se
tratando do Inglês, que hoje é a língua mais influente no mundo, o curso proporciona uma
efetiva interação dos senhores, senhoras e professores em cada aula ministrada, propiciando a
troca de experiências vivenciadas por esses alunos e o mais importante, a valorização dos
mesmos perante a sociedade. A importância atribuída ao curso de Língua Inglesa da UATI é
significativa, pois a intenção deste trabalho é mostrar aos alunos ou participantes que não há
idade certa para aprender algo novo e que é preciso aproveitar todas as oportunidades que
surgem em qualquer momento das vidas. Com isso, o curso constitui-se em uma demonstração
de respeito, carinho e oportunidade por essas pessoas que já tanto nos ensinaram e que ainda
têm muito a nos ensinar.
Palavras chave: Aprendizado/ Inglês/ Terceira Idade
COM - 002
Consolidação da marca por meio de novas estratégias de marketing: o caso de
uma empresa de moda íntima
Ana Claudia Cleto Paiva; Ricardo Pinto Moreira Cavalheiro; Priscila Yukie Hayashi; Caroline
Joaquim Lafayette; Rodrigo Ferrarezi Escobar; Paula Regina de Jesus Pinsetta Pavarina.
Instituição: UNESP Franca
E-mail de contato: [email protected]
Este trabalho apresenta os resultados de um projeto de extensão universitária desenvolvido pelo
Grupo de Estudos e Extensão em Marketing Internacional (MkI) da Universidade Estadual
Paulista - Unesp, campus de Franca. O projeto foi desenvolvido junto a uma microempresa de
moda íntima, com sede neste município e atuante principalmente no interior paulista, e teve
como objetivo desenvolver uma pesquisa que subsidiasse a delimitação de estratégias de
inserção mercadológica da empresa. Inicialmente foi necessária a coleta de informações e dados
em fontes documentais que permitissem um conhecimento sobre as variáveis que interferem no
mercado consumidor de moda íntima. Foi realizada uma extensa análise do mercado nacional
que abrange as principais características e necessidades do seu público alvo; as oportunidades e
também algumas fragilidades do setor têxtil no país; os principais polos de produção de lingerie
que competem com Franca; e os principais órgãos e incentivos privados e públicos para o setor.
Também foram realizadas entrevistas informais com os gestores da empresa, assim como com os
profissionais responsáveis pelo marketing e pelo design das peças e também com atendentes,
para ampliar o conhecimento sobre a empresa. Posteriormente foi idealizada e aplicada uma
pesquisa de campo, que teve o objetivo de conhecer mais a fundo a consumidora de moda íntima
no município de Franca, principal mercado da marca. A pesquisa foi aplicada a 285 mulheres,
entre 20 e 49 anos, em lugares variados como shopping, faculdades, terminal rodoviário,
supermercados e no centro da cidade. Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística e
também à análise SWOT, acrônimo em inglês para análise conjunta de Strength (força ou
fortalezas), Weakness (fraqueza), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças), este
método de análise se baseia no estudo detalhado das forças e fraquezas internas à empresa e das
oportunidades e ameaças externas a ela, permitindo também conhecer as potencialidades e
deficiências em relação aos seus concorrentes. Por fim, foi avaliada a potencialidade de inserção
da empresa no mercado de moda íntima do Oriente Médio, já que lá os produtos se assemelham
aos brasileiros, a região possui um grande poder de compra e há uma preferência por produtos
brasileiros devido à sua qualidade de acabamento e diversidade de opções. Enquanto conclusão,
todo este processo de análise de dados possibilitou a delimitação de um plano de inserção
mercadológica, que foi proposto pelo Grupo com base nos conhecimentos advindos desta
atividade de extensão universitária. O plano levou em consideração todas as informações
previamente coletadas do âmbito nacional e internacional e tem apenas uma função sugestiva,
procurando promover um redirecionamento da marca, mas preservando suas principais
características ao desenvolver uma identidade sólida necessária para sua futura expansão, seja
ela nacional ou internacional. Enquanto conclusão deste projeto de extensão, pôde-se perceber
a relevância de uma pesquisa bem elaborada quanto ao mercado, ao público e ao produto, para
se entender o que se deve ser feito para atingir resultados eficazes e alcançar os objetivos
traçados pelas empresas; considera-se esta a principal contribuição do grupo MkI à empresa.
Palavras chave: Pesquisa de marketing/ estratégia de marketing/ pesquisa de mercado/
consolidação de marca
COM - 003
A contribuição do Projeto A Escola na Tela da TV: Educomunicadores em Ação no
desenvolvimento de habilidades e competências a partir dos processos multimídia
na escola pública.
Débora Burini; Jefferson Jose Ribeiro de Moura.
Instituição: Universidade Federal de São Carlos
E-mail de contato: [email protected]
Este artigo analisa os resultados parciais obtidos com o projeto de extensão A Escola na Tela da
TV: Educomunicadores em Ação, que vem sendo realizado desde 2011, na Escola Estadual
Jesuíno de Arruda na cidade de São Carlos, no interior paulista, depois da repercussão de um
vídeo em dezembro de 2010, que mostrava cenas íntimas entre dois adolescentes. As imagens
foram feitas pelos próprios colegas de classe e se espalharam rapidamente pela internet,
principalmente entre os estudantes, através de celulares equipados com o sistema bluetooth. O
caso motivou a coordenação pedagógica da escola a propor uma atividade que unisse ao mesmo
tempo, educação e comunicação, no sentido de conscientizar os alunos para a influência
socializadora permitida pelo vídeo, e corrigir a distorção que havia sobre a compreensão e o
consumo de bens simbólicos, principalmente pelos meios de comunicação de massa. Assim, o
objetivo deste trabalho é trazer ao universo acadêmico importante contribuição no que tange ao
papel desempenhado pela televisão e o vídeo, e sua relação com o ensino básico (segundo e
terceiro ciclos) que trabalham com uma faixa etária compreendida entre a pré-adolescência e
adolescência, fases em que o educando está vivendo sua auto-afirmação. A partir do princípio da
indissociabilidade entre as atividades de ensino, pesquisa e extensão, o projeto amplia a
discussão no ambiente escolar, sobre o papel da linguagem televisiva nos processos multimídia
dentro da perspectiva de influência socializadora, e apresenta os resultados parciais de como
atividades de extensão tem garantido aos jovens da rede pública exercitar suas competências e
habilidades. O projeto parte do estudo do veículo e da técnica inserida em seu modus operandi,
através das obras de Yvor Yorke e Jesús Martín-Barbero, além da compreensão da mensagem por
parte do telespectador, com apoio das obras de Jean Foucambert e Joan Ferrés. Ao total já foram
produzidos quatro programas-piloto que seguiram características de um programa de
variedades, com diferentes quadros, sem um formato fixo, que trabalharam o conceito
audiovisual com uma função social dentro da escola, além de promover aos jovens da rede
pública a chance de empregar os conhecimentos e aptidões alcançados em sala de aula na
produção audiovisual. Também foram desenvolvidos dois episódios de uma narrativa ficcional
seriada para televisão, com temática, personagens e elenco definidos pelos próprios alunos da
escola, em reuniões semanais ao longo de cinco meses, e equipe técnica operacional formada
pelos graduandos do curso de Imagem e Som, do Departamento de Artes e Comunicação da
Universidade Federal de São Carlos, coordenados pelo professor responsável pela atividade de
extensão. Ao reproduzir no ambiente ficcional, conteúdos e temas que aproximam o jovem de
sua realidade social, os alunos criam através da verossimilhança uma identificação, que resulta
em um produto audiovisual criativo e original. A atividade possibilita uma experimentação de
linguagem na produção audiovisual, através dos processos multimídia da escola pública de forma
colaborativa e interdisciplinar.
Palavras chave: Comunicação / Educação / Escola Pública / Jovem
COM - 004
Gestão de Eventos
DEBORAH DE SOUZA MAFRA; BRUNO PIATO FERREIRA; MARCO CÉSAR PADILHA; SUZANA DE
CAIROS; THIAGO CREPALDI.
Instituição: UNICAMP
E-mail de contato: [email protected]
A Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural administra o Complexo de Eventos formado pelo
Centro de Convenções e Ginásio Multidisciplinar (atualmente em reforma), disponibilizando sua
infraestrutura à realização de diversos eventos, como formaturas, congressos, debates, feiras,
atividades esportivas, musicais, artísticas, entre outras. O Centro de Convenções possui uma
infraestrutura completa para atender aos eventos. Dispõe de três auditórios (capacidade total de
840 pessoas) com tecnologia para transmissão, gravação e streaming. Todos possuem projetores
e telões elétricos, assentos em couro, ambiente climatizado, notebook, microfones sem fio, mesa
diretiva, tribuna e conjunto de bandeiras e mastros. O Hall possui secretaria fixa para suporte ao
atendimento do público dos eventos, estruturada com mesas e balcões modulares, além de
cadeiras giratórias. Conta também com espaço para pequenos coffees e coquetéis. Os amplos
corredores dão acesso à copa; aos auditórios; à Sala VIP e sanitários (masculino, feminino e
familiar, com acessibilidade aos portadores de necessidades especiais). Possui, ainda, televisores
em tela plana para exibição de vídeos, programações e mídias visuais em geral. A Sala VIP é
apropriada para receber autoridades, professores, palestrantes e convidados, decorada com
objetos de arte e obras do acervo desta Coordenadoria. Conta ainda, com confortáveis poltronas
em couro, projetor e telão elétrico. Pequenos coquetéis podem ser servidos. A copa possui
acesso direto às áreas interna e externa, facilitando a distribuição dos materiais, oferecendo
inclusive recursos para a manipulação segura de alimentos. Todo o Complexo conta com acesso à
Internet por meio de rede sem fio com segurança habilitada e pontos de rede estrategicamente
posicionados. A CDC apoia e assessora a organização de eventos, objetivando a disseminação e
promoção do conhecimento acadêmico e cultural. Para tanto, desenvolve e coordena ações
culturais, promovendo o bem estar social e acadêmico e possibilitando a oportunidades de
convívio, de trocas de informações e expansão cultural. A CDC completou, no ano de 2014,
quinze anos de atividades. Durante esses anos muitas ações foram necessárias. Com
infraestrutura precária, a necessidade de atender um público especializado levou a um
aprimoramento também especializado. Criou-se um setor específico para atender demandas,
onde Profissionais de Relações Públicas foram incorporados à equipe, além dos técnicos
administrativos, e uma integração com audiovisual e informática. Com um planejamento
profissional adequado às necessidades de um ambiente universitário, criaram-se caminhos com
implantação de métodos e ferramentas de trabalho modernas, possibilitando a fruição do dia-adia das atividades. Novas técnicas, adequadas às exigências de um mundo informatizado e
globalizado, possibilitaram um atendimento mais específico, mais prático, levando a implantação
de uma equipe de Cerimonial, agenda online, site para divulgação dos eventos, culminando com
a realização de cerca de duzentos eventos ao ano. Com a dedicação de profissionais
especializados, foi possível a implementação de mecanismos eficazes, contribuindo para o
desenvolvimento cultural da comunidade universitária e Sociedade Civil.
Palavras chave: Gestão / Eventos / Equipe / Integração / Planejamento
COM - 005
Internacionalizando a Univerisdade: uma cooperação interinstitucional na
equivalência terminológica Português- Inglês para o termo 'faculdade'
Dener Martins de Oliveira.
Instituição: UNESP
E-mail de contato: [email protected]
Diante de um modelo de relações multilaterais exteriores e da realidade de um intercâmbio do
conhecimento científico no cenário internacional universitário, cresce a necessidade de uma
linguagem apropriada em língua franca "o inglês internacional" como ponte da produção e do
progresso científico-acadêmico de interesse mundial. Assim, faz-se necessária a aplicação de
terminologias adequadas que comportem as respectivas realidades culturais e linguísticas; a
começar pela utilização do termo 'Faculdade' como equivalente semântico para os seguintes
termos que serão analisados: Faculty, College, School, e Institute. Há de se considerar os
diferentes usos e contextos específicos de cada um desses termos, em cada país anglo-saxônico,
bem como as suas percepções e interpretações por parte da comunidade internacional, para que,
então, tal terminologia seja adotada seguramente. Há um problema real no que tange às
nomenclaturas adotadas atualmente em língua inglesa, sobretudo às universidades que buscam a
internacionalização. A compreensão efetiva, evitando confusão e ambiguidade são motivos que
servem de alicerce para uma postura de caráter internacional que divulgue e zele pela reputação
institucional. Esta pesquisa, aplicativa, é caracterizada pela geração de solução. A
fundamentação teórica postula-se sobre a perspectiva terminológica voltada à funcionalidade,
conhecida como TCT (Teoria Comunicativa da Terminologia), formulada pela linguista espanhola
Maria Cabré. Seu princípio instaura-se pela estruturação de uma pragmática do discurso que
dependa de contexto e que vá ao encontro das necessidades de reflexão e aplicação do corpus.
A abordagem do problema é de ordem qualitativa, pois será utilizado, também, da observação
de ocorrência de nomenclaturas de outras instituições pela ferramenta Google. Este estudo é de
natureza exploratória, pois além de trabalhos tradutórios que consistem em consultas ao
dicionário, considera não só o público interessado, como as circunstâncias nas quais tais
terminologias ocorrem. Diferentemente do inglês como língua identitária de certa nação, o
estudo parte do inglês funcional, cuja não-pertença configura-se em parâmetros globais. A
definição de equivalentes de termos acadêmicos devidamente justificados quanto à escolha
demanda pesquisa histórica, etimológica, e, principalmente, extralinguística. Dentre os termos
anteriormente mencionados, todos possuem acepçoes semânticas e ideológicas distintas para
cada comunidade anglofona, o que requer um cuidado extremamente rigoroso ao adotar-se uma
delas. No entanto, School, de caráter mais recorrente internacionalmente, não oscila quanto sua
designação semântica, embora carregue em si um emprego ideológico por algumas
comunidades no que concerne às áreas do mesmo conhecimento. Por esse fator, crê-se, até o
momento, ser o mais viável, dentro dos devidos cuidados tradutórios que deem conta das áreas
do conhecimento. Devido a essa vulnerabilidade semântica de termos acadêmico lançados na
arena internacional, torna-se necessário estudar de perto aqueles que possam solucionar o
impasse de equivalência terminológica, bem como justificar aqueles que não se adequam. Para
isso, muita pesquisa, diálogo e apoio entre instituições hão de se agregar e confirmar resultados
em prol do quadro universitário atual a fim de perfilar um comportamento institucional maduro e
progressivo.
Palavras chave: Equivalência Terminológica / Cooperação interinstitucional / Internacionalização
COM - 006
Educomunicação como extensão universitária: relato de um projeto com
professores da rede pública
Duilio Fabbri Junior.
Instituição: PUC-Campinas
E-mail de contato: [email protected]
Recursos intelectuais têm sido usados para abrir novos caminhos e perspectivas metodológicas
entre as áreas de comunicação e educação. Eles vêm sendo trilhados há tempo, na maioria das
vezes de forma paralela, sem que os especialistas desses campos do conhecimento consigam
chegar a um denominador comum para a interface necessária no uso adequado da mídia na
escola. Prova disso é que o discurso da especialização das áreas, marcante no século 20,
praticamente adentrou o século 21 e, só ao final dos anos 90, é que apareceu no Brasil o termo
'educomunicação', já explicitamente interdisciplinar. Aprender a ler imagens e a compreender os
seus sentidos tornaram-se habilidades necessárias para desenvolver a capacidade de interagir
com o mundo de forma consistente e consciente. Compreendemos aqui a educomunicação como
uma teoria que embasa a intervenção desta proposta de extensão, como um conjunto de ações
voltadas a criar e desenvolver temáticas como a educação para os meios de comunicação, a
mediação tecnológica, a expressão comunicativas e a compreensão dos processos midiáticos,
podendo gerar não só compreensão, mas também produções. Assim, este trabalho apresenta a
primeira etapa do projeto de extensão "Reflexões críticas sobre a mídia no processo de
educomunicação", desenvolvido pela PUC-Campinas. Apresentam-se os resultados das oficinas
realizadas com um grupo de professores, na Escola Estadual Adalberto Prado e Silva, no Jardim
Costa e Silva, em Campinas. Entre os resultados parciais, percebe-se o interesse dos professores
em incluir produções midiáticas usando ferramentas gratuitas, como plataformas de produção de
sites e blogs em suas rotinas didático-pedagógicas. Ao todo, serão oferecidas nove oficinas com
temáticas que permitam aos professores a apreensão de conteúdos - teóricos e práticos - para a
leitura dos diferentes produtos midiáticos, focados na produção imagética (TV, cinema, internet,
publicidade, documentário). Ao final, como forma de replicar os resultados, o grupo de
participantes deverá elaborar uma cartilha com informações sobre o uso das mídias na educação.
O projeto tem como perspectiva o fato de que aprender sobre o mundo editado pela mídia, a ler
além das aparências, requer a compreender a polifonia presente nos enunciados da narrativa
midiática sabendo que não são tarefas fáceis, mas desejáveis para uma leitura crítica do mundo.
Da mesma forma, tem como objetivo discutir a responsabilidade social dos veículos de
comunicação, compreender as intrincadas relações de poder por trás de sua composição, além
de capacitar professores e alunos para entender os sentidos, o significado implícito no discurso
midiático também não são atividades simples. Essa contextualização expõe a importância de uma
leitura crítica que não deve se restringir à leitura de um veículo, mas à pluralidade dos meios,
temática que tem sido trabalhada durante as oficinas com professores.
Palavras chave: educomunicação / mídia / leitura crítica
COM - 007
A TV UNESP ASSIS COMO PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA ÁREA DE
COMUNICAÇÃO PARA DIVULGAÇÃO DAS ATIVIDADES FINS DA
UNIVERSIDADE PARA A COMUNIDADE EXTERNA
Eduardo Galhardo; Mariana Escher Toller; Matheus Matã da Silva; Maurício Diógenes Neto
Tavares.
Instituição: UNESP - Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Assis
E-mail de contato: [email protected]
A Televisão Universitária oferece a oportunidade de uma integração ativa entre ensino, pesquisa,
extensão, sociabilizando seus atores principais: alunos, professores, dirigentes, funcionários e a
comunidade onde atua. Assim como a própria universidade a TV universitária deve cumprir com
o tripé de ensino-pesquisa?extensão. Quanto ao ensino permite que alunos de diferentes cursos
se apropriem dos conhecimentos associados a educomunicação; na pesquisa em que o processo
de produção junto aos temas divulgados, buscando o compromisso com a produção de conteúdo
voltado para a educação, a promoção da cultura e do desenvolvimento regional e prestação de
serviços, constituindo-se também num espaço para a pesquisa e experimentação de novas
linguagens, formatos e narrativas, além de contribuir criticamente para a formação de
profissionais de diversas áreas que se envolve nesse processo produtivo. E relação à extensão fica
ligado ao produto final, onde a divulgação científica e de outros conhecimentos gerados na
academia são expostos para a sociedade e ainda contribuem para uma programação regional
ética, plural e democrática, voltada à construção da cidadania e às produções culturais na e da
comunidade em que a Universidade está inserida. Por ter a ?cara? da universidade, a TV
Universitária tem seu conteúdo definido de acordo com a realidade de cada região ou cidade,
dando um caráter ainda mais próximo do público que a assiste, as próprias TVs são responsáveis
por seus conteúdos, não vinculando o detentor do cabo a nenhuma responsabilidade pelo
conteúdo exibido no canal. Essas TVs são de uma responsabilidade socioeducativa, e por isso não
tem obrigatoriedades de conteúdo como os canais convencionais. A TV Universitária é o espaço
em que a academia se aproxima do público, ainda que seja exclusiva a assinantes de TV a Cabo, a
disponibilização em outro meios garantem a ampla divulgação (site e acervo digital da UNESP).
O Projeto TVUNESP ASSIS recebe apoio institucional da PROEX e utiliza o Canal Universitário da
operadora de TV a Cabo de Assis (Canal 6) para veicular uma produção televisiva destinada à
difusão e à popularização da Ciência e Tecnologia por meio da divulgação das atividades
desenvolvidas na UNESP Portanto os programas televisivos produzidos são veiculados e atingem
mais de 80% da área urbana do município, com aproximadamente 4500 assinantes, ou seja,
chegando a mais de 20.000 pessoas com acesso ao Canal Universitário. Como resultados a
atuação da TV UNESP ASSIS, no ar desde 2008, vem melhorando exponencialmente, foram
produzidos mais de 170 programas que divulgaram os eventos científicos e culturais relacionados
ao Campus de Assis, bem como, projetos de pesquisa e de extensão desenvolvidos. Os dados
estatísticos do site BlipTV onde estavam armazenados os programas indicaram 11.461
visualizações dos programas. A estatística de acesso à página da TVUNESP (Google analytics)
mostra que desde outubro de 2009 até o dia 25/03/2015, o site recebeu 11.568 visitas de 7.408
visitantes únicos. A TV UNESP ASSIS consolidou-se como um espaço privilegiado para divulgação
das atividades da Universidade e estabeleceu um elo entre comunidade acadêmica e sociedade
de modo articulado fortalecendo o tripé ensino-pesquisa-extensão.
Palavras chave: TV UNIVERSITÀRIA / DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA / PRODUÇÃO TELEVISIVA
COM - 008
Comunicação comunitária e práticas educomunicativas: a elaboração de produtos
midiáticos com adolescentes em ONG de Campinas
Fabiano Ormaneze.
Instituição: PUC-Campinas
E-mail de contato: [email protected]
A partir de demandas do Centro de Assistência Social (CAS) Copiosa Redenção, localizado na
segunda mais populosa região de Campinas (SP), Campo Grande, na região Noroeste da cidade,
o projeto de extensão "Comunicação comunitária e cidadania: práticas educomunicativas" tem
como objetivo geral desenvolver atividades com a participação de adolescentes assistidos pela
instituição para capacitá-los a elaborar produtos jornalísticos comunitários. Esse processo,
iniciado em março de 2014, tem se dado por meio de oficinas e assessorias que integram mídia
impressa e digital. Tem-se como perspectiva o fato de que a comunicação social é um
instrumento que auxilia a criar nos envolvidos a noção de pertencimento, além de ser importante
diretriz para a construção da cidadania e da democracia. Na primeira etapa deste trabalho, foi
realizado um diagnóstico das necessidades e das características da comunidade. Em seguida,
realizou-se uma reflexão crítica sobre os processos de comunicação, comparando o papel da
grande mídia e os veículos de comunicação comunitária e alternativa. Desde o último trimestre
de 2014, o projeto encontra-se na fase de capacitação técnica do grupo de adolescentes para o
desenvolvimento de produtos de comunicação. Já foram implantados um novo jornal-mural para
a instituição, um site - usando plataforma gratuita na web - uma fanpage e um boletim impresso
de notícias, derivados de um plano de comunicação traçado pelos participantes das oficinas. Por
meio de relatos de adolescentes, o desenvolvimento desses veículos reforçou a ideia de
pertencimento e identificação com a comunidade, além de deixar clara a ligação direta existente
entre mídia e participação social. Por outro lado, a preparação das oficinas e as assessorias à
elaboração dos produtos precisaram considerar deficiências dos participantes como em leitura e
em escrita. Nota-se, por exemplo, que a falta de interesse em ler uma página de jornal ou mesmo
produzi-la explicam-se pelas dificuldades de grande parte dos participantes em compreender o
que lê, o que exigiu uma reprogramação de algumas propostas em relação ao cronograma inicial.
No momento da escrita, foi essencial que o docente responsável adotasse uma postura também
de revisor dos textos, não só no que concerne à informação a ser transmitida, mas também às
normas gramaticais e ao padrão culto do idioma, cujos domínios se fazem necessários para
transmitir seriedade e credibilidade às publicações e não reforçar preconceitos arraigados em
quem, de fora, observa o movimento e a dinâmica da periferia das grandes cidades.
Palavras chave: comunicação comunitária / educomunicação / adolescentes
COM - 009
Locomotiva: Empresa Júnior de Rádio e Televisão
Júlia Piccolo Von Zeilder; Mayara Bailo Gomes.
Instituição: UNESP - FAAC
E-mail de contato: [email protected]
Localizada na Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, UNESP - Campus de Bauru, a
Locomotiva é, no momento, a única empresa júnior de Rádio e Televisão do Brasil. Fundada em
2005, a empresa conta atualmente com 21 membros, todos alunos do curso de Radialismo da
UNESP, e funciona como uma produtora de audiovisual sem fins lucrativos, realizando projetos
para pequenas organizações e outras empresas juniores, com uma diversidade de produtos:
vídeos institucionais, coberturas audiovisuais e teasers para eventos até videoclipes e programas
de televisão. A Locomotiva visa proporcionar a seus membros a oportunidade de aplicação
prática de seus conhecimentos dentro da área de formação profissional, despertando o espírito
empreendedor de seus associados, fazendo com que se desenvolvam pessoal, teórica e
tecnicamente. Além disso, promove o desenvolvimento acadêmico dos membros e a
intensificação do intercâmbio Empresa-Escola, facilitando a absorção de futuros profissionais no
mercado de trabalho. A empresa se organiza em duas categorias: a produtora e as diretorias
executivas, ambas compostas por todos os membros da empresa. A produtora consiste na divisão
técnica dos membros pelas suas áreas de interesse, criação, produção, técnica operacional,
direção de arte e pós-produção. A diretoria executiva está ligada à parte administrativa da
empresa aproximando os membros da realidade do mercado, sua divisão consiste em seis
subcategorias: Diretoria Administrativa, Financeira, Marketing, Pesquisa e Gestão de Pessoas,
Projetos (atendimento) e Qualidade. Ao se inscrever no processo seletivo, o candidato, que deve
estar cursando pelo menos o 3-° semestre do curso, escolhe sua área técnica de interesse,
realizando, durante o processo, uma prova de aptidão, só depois de ingressar e conhecer a
empresa, o membro opta pela diretoria de sua preferência. Todo ano é realizado um processo
seletivo especifico para trainees, que são os alunos do 1-° semestre, estes têm a chance de
conhecer todas as áreas técnicas da empresa para depois de um ano optar pela área e diretoria
de seu interesse. Como resultado, a Locomotiva supre necessidades do curso de Radialismo que,
situado fora do eixo Rio-São Paulo, e pela extensa carga horária, dificulta o contato dos alunos
com o mercado através de estágios, além disso, os problemas estruturais do curso dificultam o
desenvolvimento técnico dos alunos, tornando-os despreparados para o trabalho. A empresa
também se preocupa com o desenvolvimento geral dos alunos do curso, participando da
organização da Semana de Rádio e TV, promovendo oficinas abertas e realizando o Loco de
Ouro, evento de mostras e premiação de curtas-metragens produzidos por alunos de cursos de
audiovisual dentro e fora da UNESP e tem por finalidade estimular a produção universitária bem
como um feedback do mercado, já que os jurados são pessoas de renome do audiovisual
brasileiro. Por fim, percebe-se que a empresa é importante tanto para a UNESP, que abriga uma
organização única, quanto para os alunos, que encontram nela uma oportunidade de
desenvolvimento técnico e pessoal fora da sala de aula.
Palavras chave: Comunicação / Audiovisual / Radialismo / Empresa Júnior
COM - 010
PERCEPÇÕES DE DOCENTES DA FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS DA
UNICAMP ACERCA DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
Maicon José Jacinto; Peter Alexander Bleinroth Schulz; Rafael de Brito Dias.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas
E-mail de contato: [email protected]
DESCRIÇÃO DA AÇÃO: A extensão universitária no país tem encontrado algumas barreiras para a
sua integração ao ensino e à pesquisa nas instituições de ensino superior brasileiras, públicas e
privadas. Ao longo do tempo foi constituída uma constelação de conceitos, visões e práticas que
têm orientado o entendimento do que é (e do que deveria ser) a extensão universitária. Por um
lado, uma das maiores influências latino-americanas para esta temática sem dúvida foi a Reforma
de Córdoba (Argentina), em 1918, que traz nas suas premissas o anseio por justiça social. Por
outro lado, atualmente a extensão universitária tem se voltado para o mercado (no bojo da
expansão do chamado 'capitalismo acadêmico'), afastando-se de sua vocação social no sentido
mais amplo e apartando-se das motivações da Reforma de Córdoba. Assim, entender os
conceitos e concepções que os seus atores preconizam é muito importante para avaliar o seu
impacto. A jovem Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) da Unicamp, fundada em 2009 na
cidade de Limeira, busca agregar a extensão ao seu cotidiano (ao menos no plano do discurso),
tendo como missão produzir e difundir as ciências aplicadas contribuindo para o
desenvolvimento humano e social, incentivando a interdisciplinaridade e diferentes modos de
produção do conhecimento para inovação e educação sem perder de vista a justiça social,
sustentabilidade e qualidade de vida, construindo ferramentas de avaliação do seu impacto na
sociedade. OBJETIVO: O presente estudo tem como objetivo analisar a concepção e percepção
dos docentes, sobre a extensão na FCA desde o seu início até a presente data. MÉTODOS: A
metodologia consiste em fazer um levantamento bibliográfico nas bases de dados nacionais e
internacionais sobre extensão e seus indicadores, bem como a elaboração e aplicação de um
questionário que servirá de base para um conjunto de entrevista com parte representativa dos
docentes. RESULTADOS PARCIAS: O que estamos observando é que embora a faculdade seja
jovem, os problemas com a extensão são muito parecidos com aqueles identificados pela
literatura na maioria das universidades públicas brasileiras, ou seja, os docentes estão se sentindo
pressionados a atender a metas de produtividade acadêmica em pesquisa, sacrificando o tempo
que poderiam dedicar a ações de extensão. O reconhecidamente o impacto da extensão na
formação profissional do aluno e das atividades dos docentes é positivo, mas mais ações
institucionais são necessárias para que o seu alcance seja maior. CONCLUSÃO: A pesquisa tem
corroborado as evidências encontradas em outras universidades públicas brasileiras: a ideia de
que o tripé ensino, pesquisa e extensão tem encontrado barreiras para o seu estabelecimento.
Esperamos que após a conclusão e divulgação desses dados de pesquisa, possamos contribuir
para o debate junto à comunidade acadêmica, no sentido de apontar possíveis caminhos para a
reorientação das atividades das universidades públicas. Estas, afinal, não são apenas parte da
sociedade, mas poderosos motores de mudança.
Palavras chave: Extensão Universitária/ Reforma de Cordoba/ Faculdade de Ciências Aplicadas
COM - 011
Observatório de Conflitos Internacionais
Marcelli Kulike; Sérgio Luiz Cruz Aguilar.
Instituição: UNESP - Marília
E-mail de contato: [email protected]
O Observatório de Conflitos Internacionais (OCI) é desenvolvido pelos alunos do Curso de
Relações Internacionais, integrantes do Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Conflitos
Internacionais (GEPCI), da UNESP - Campus de Marília com o objetivo de: reunir, sistematizar e
veicular informações sobre os conflitos internacionais e as ações para seus
gerenciamentos/resoluções; veicular estudos e análises sobre os mesmos; e criar uma base de
dados para consulta dos interessados sobre o tema. Com isso, estimula o desenvolvimento de
pesquisas e estudos sobre o tema e facilita o acesso a informação por agentes que trabalham
com a área de segurança e defesa. O OCI produz informes (semanais e mensais) sobre os
conflitos e séries sobre os conflitos, de periodicidade bimestral, que buscam apresentar causas,
formas de manifestação, particularidades de cada conflito, como cada um se desenvolve e
alterações nas estruturas, comportamentos e atitudes que se processam nas suas dinâmicas ou
em decorrência da ação externa de atores voltados para seu gerenciamento e/ou resolução. Para
a produção dos informes semanais são selecionadas notícias veiculadas em jornais (impressos e
on line) de grande circulação, nacionais e estrangeiros, em redes de notícias e em notas
divulgadas por centros acadêmicos sobre os conflitos armados internacionais e a atuação de
organizações internacionais de caráter global ou regional. Esse material é grupado por região
(América, Europa, África, Oriente Médio e Ásia) e por notícias relacionadas a Organização das
Nações Unidas (ONU). As notícias selecionadas são apresentadas de forma resumida nos
informes, indicando a fonte, o que possibilita aos interessados o acesso ao texto completo. O OCI
dá prioridade para conflitos onde há a presença de operações de paz conduzidas pela ONU ou
por organizações regionais (União Europeia, União Africana, etc.). Os informes mensais são
produzidos com base nessas notícias e em artigos publicados em revistas especializadas e por
centros acadêmicos. As séries são bimestrais e utilizam esses materiais para a confecção de um
trabalho com cunho analítico sobre conflitos específicos. O material produzido fica disponível no
site do OCI, bem como na página do projeto no facebook. Os informes e as séries são enviadas
para uma lista de dez mil emails cadastrados de diferentes nacionalidades, incluindo
pesquisadores, membros de ministérios de defesa, professores e alunos de cursos de graduação e
pós-graduação de diversas áreas do conhecimento que lidam com as questões de segurança e
defesa. Os alunos envolvidos no projeto aprimoram a capacidade de trabalho em equipe e de
análise de textos e o senso crítico e analítico na produção dos informes e séries. Dessa forma, o
OCI consegue estabelecer a ligação entre a pesquisa (conduzida pelo GEPCI), o ensino e a
extensão, atingindo um público externo e dando visibilidade às atividades desenvolvidas na
Universidade.
Palavras chave: Conflito Internacional / Resolução de Conflito / Informação
COM - 012
Jardins de baixo custo e fácil implantação para as casas e praças da CDHU
(Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano)
Marcelo Vieira Ferraz; Francisca Alcivânia de Melo Silva; Letícia Gutierres Cecília.
Instituição: UNESP Registro
E-mail de contato: [email protected]
Registro está situado no Vale do Ribeira no Estado de São Paulo. O Município conta com uma
área de 742 Km², dos quais 78,54 Km² são urbanos. Possui uma população de 53.752 habitantes
(IBGE, 2010), sendo 46.066 na cidade e 10.686 na zona rural. A cidade tem um clima quente e
úmido, com temperatura máxima de 35ºC e mínima de 13ºC, sendo a média anual de 24ºC. O
Município de Registro ainda faz fronteira com vários municípios que possuem diversos pequenos
produtores de flores, plantas e folhagens ornamentais. Embora seja uma região produtora de
flores e plantas ornamentais, pouca informação se tem sobre a melhor forma de utilizá-las no
meio urbano, principalmente no que se refere a implantação destas em projetos de baixo custo
de implantação e manutenção. Apesar de o Vale do Ribeira ser uma região que preserva a maior
área de floresta nativa do estado de São Paulo, sendo uma região que se destaca pela
conservação da Mata Atlântica, em uma observação rápida, verifica-se em seus municípios que as
ruas, praças e avenidas das cidades são desprovidas de plantas ornamentais, e
consequentemente ausentes de sombreamento e beleza estética, o que causa um grande
impacto visual, além de desconforto para os moradores, uma vez que a região possui um longo
período de altas temperaturas. Também para a manutenção das mesmas em locais públicos se
tem pouca informação sobre a fertilidade e nutrição e informações de utilização paisagísticas das
mesmas. Baseado nesse contexto, o projeto teve por objetivo sensibilizar os produtores e a
população da cidade de Registro-SP sobre a importância das plantas ornamentais para a
concepção paisagística da cidade, bem como esclareceu os moradores, produtores e alunos
sobre a importância da plantas ornamentais e árvores urbanas para o meio ambiente urbano.
Para tal foram realizadas palestras e visitas a produtores visando a conscientização dos mesmos.
Posteriormente foram aplicados questionários para balizar o grau de conhecimento das pessoas
sobre o tema do projeto. Finalizou-se o trabalho com a implantação do jardim residencial e da
praça urbana. Estes jardins tiveram auxílio financeiro de duas instituições: AFLOVAR (Associação
dos Produtores de Plantas Ornamentais e Flores do Vale do Ribeira) e da prefeitura municipal de
Registro-SP. Concluiu-se que os moradores do bairro em questão têm grande interesse em
implantar jardins públicos ou privados, porém os mesmos desconhecem as técnicas que possam
baratear os custos destes projetos e também desconhecem técnicas de cultivo e manutenção
destes espaços verdes urbanos.
Palavras chave: Meio ambiente/ educação ambiental/ paisagismo
COM - 013
Preservação da Coleção
Marcio Roberto Pereira.
Instituição: UNESP-ASSIS
E-mail de contato: [email protected]
O jornal Gazeta de Assis foi publicado entre os anos de 1955 e 1997. No ano de 1992 mudou seu
nome para Gazeta do Vale, por considerar as proporções que tomou em toda a região do Vale do
Paranapanema. Sendo um dos mais importantes jornais da região de Assis, a coleção Gazeta de
Assis está armazenada e conservada no Centro de Documentação e Apoio à Pesquisa (CEDAP) da
UNESP de Assis. Por meio de projeto de extensão, esta coleção está sendo digitalizada e
reacondicionada, de modo que tanto a preservação dos jornais impressos quanto a disseminação
e acesso à versão digitalizada sejam potencializados. A digitalização permitirá o acesso mais
detalhado através de pesquisas refinadas, impossibilitadas em material impresso. Além de
garantir a existência de duplicata desta coleção, por considerar que o suporte do jornal
encontra-se em avançado grau de degradação. Este projeto toma maior importância ao levarmos
em consideração a possibilidade de ser o CEDAP o único centro de documentação a abrigar e
conservar uma coleção deste jornal. A coleção preservada no CEDAP encontra-se encadernada, o
que resulta, ao todo, em 93 volumes que cobrem os 42 anos de veiculação do jornal. Não há
notícias da existência de uma coleção similar a esta em outro centro de documentação. Por
considerar o papel-jornal, material que é impresso esse tipo de periódico, um suporte bastante
frágil e com durabilidade limitada, este projeto tem por objetivo a preservação deste material
por meio da digitalização parcelada desta coleção. Propõe-se para este projeto a digitalização
dos 10 primeiros anos de veiculação, entre abril de 1955 e dezembro de 1965, em um total de 25
volumes. A proposta de preservação de um conjunto documental desta especificidade exige um
trabalho dividido em várias etapas. Estes jornais encontram-se encadernados em formato
brochura (costurado), sem alteração no modo como foi recebido pelo CEDAP. Esta
encadernação, por ser muito antiga e de pouca qualidade, encontra-se em alto grau de
deterioração. Na primeira etapa do projeto prevê-se a desencadernação destes volumes, de
modo que viabilize melhor conservação. Após a desencadernação, é necessário que as folhas
retiradas passem por um processo de higienização mecânica, para a retirada de qualquer
sujidade existente. A terceira etapa do projeto compreende a produção de pastas em
polipropileno corrugado (poliondas) em formatos personalizados, para conservar os impressos
dos efeitos ambientais danosos. Após higienizados, os jornais passarão pelo processo de
digitalização, utilizando o Scanner Planetário Omniscan. Após a digitalização, os jornais
impressos serão armazenados nas pastas produzidas para este fim e guardados na sala da
hemeroteca do CEDAP, que conta com ambiente climatizado, com controle de temperatura e
umidade, de acordo com padrões internacionais para conservação de documentos impressos.
Este projeto beneficia não somente a comunidade acadêmica, pela preservação de fontes de
informação de relevância para a história regional, mas também a própria comunidade local, por
contar com a preservação de parte de sua história, disponível agora em meio digital.
Palavras chave: conservação/ coleções especiais /organização de acervo
COM - 014
Extensão e Pesquisa em Engenharia Biomédica: Um Sistema de Retroalimentação
Positiva por Meio de Redes Sociais
Maria Elizete Kunkel; Mario Alexandre Gazziro.
Instituição: Univeersidade Federal do ABC
E-mail de contato: [email protected]
Na Universidade Federal do ABC em São Paulo (UFABC), a qual tem como missão promover o
avanço do conhecimento através de ações de ensino, pesquisa e extensão, fundamentando-se na
interdisciplinaridade e na inclusão social, criou-se um site nomeado de BONES. O site foi criado
em um projeto de extensão e foi alocado na rede social Facebook
(www.facebook.com/Bones.ufabc) com o objetivo de se fazer divulgação científica na área de
Engenharia Biomédica. Durante o período de um ano, o site foi atualizado diariamente com
informações relacionadas com engenharia biomédica por meio de uma ferramenta de busca
chamado GoogleAlerts. As buscas eram feitas com base em palavras-chaves como: Biomecânica,
tecnologia assistiva, amputados, próteses, anatomia e impressão 3D. O público-alvo inicialmente
seria formado por alunos do ensino médio, mas pelo fato da internet ser acessível a qualquer
pessoa em qualquer lugar do mundo, o site passou a atingir e interessar pessoas com diversos
tipos de formação educacional. São muitas as vantagens desse tipo de mídia como o uso de
textos, figuras, animações, áudios e vídeos. Além disso, os conteúdos podem ser atualizados com
frequência e existe a possibilidade de discussões em grupo ou na forma de comentários dos
leitores. Apesar da Engenharia Biomédica ser uma área ainda recente no Brasil, em um ano o site
atingiu 2.100 seguidores que passarem a receber as publicações e um alcance mensal de mais de
11 mil pessoas de 10 diferentes países e 48 cidades sendo 1.557 pessoas da região do ABC
paulista. A busca por informações para o site baseada nas palavras-chaves citadas gerou um
conteúdo muito rico sobre a questao da tecnologia assistiva no Brasil. A medida que os
conteúdos eram postados, os leitores passaram a interagir por meio de comentário. Tais
interações chamaram atenção para problemas sociais específicos do nosso pais como: Casos de
pessoas que são amputadas devido a acidentes de trabalho ou problemas congênitos e a
dificuldade de acesso à próteses (principalmente de membro superior). Do mesmo modo, no
sistema de busca foram identificadas notícias sobre ONGs internacionais que disponibilizam na
internet modelos de próteses que podem ser feitas por impressão 3D. Tais questões geraram uma
linha de pesquisa na universidade que tem se dedicado ao desenvolvimento de próteses usando
novas tecnologias. O resultado de tais pesquisas tem sido divulgado no mesmo site BONES
gerando um feedback positivo por parte dos leitores de modo a não só incentivar o
desenvolvimento de novas pesquisas como propiciar o contato direto com voluntários e
empresas que chegaram a doar equipamentos de pesquisa ao laboratório. Além disso, o site
proporcionou também uma ótima rede de contatos gerando convites aos pesquisadores para
palestras e exposições em eventos da área de Engenharia Biomédica. Desse modo, a integração
entre a extensão e a pesquisa, como estratégia de diálogo com o público leigo, criou um fluxo de
retroalimentação positiva que tende a gerar cada vez mais resultados para a sociedade seja no
forma de acesso à informação como no desenvolvimento de novos produtos para a sociedade.
Palavras chave: engenharia biomedica / facebook/ extensão
COM - 015
Uma investigação sobre o conhecimento de estudantes do ensino fundamental e
médio, da Escola Municipal 24 de maio, Botucatu/SP, sobre alimentação saudável
e hipertensão
Maria José Queiroz de Freitas Alves; Mariana Bordinhon de Moraes; Bianca de Freitas
Damaceno; Francine Sayuri Okawabata.
Instituição: UNESP/Botucatu
E-mail de contato: [email protected]
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial, caracterizada por
níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA). Essa patologia se apresenta por duas
principais causas: causas modificáveis, como as doenças e hábitos adquiridos pelo estilo de vida e
causas não modificáveis, como idade, sexo e histórico familiar. Associa-se frequentemente a
alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos
sanguíneos) e a profilaxia pode ocorrer justamente nos fatores modificáveis, através da avaliação
do estilo de vida. A hipertensão arterial não tem cura, mas existem tratamentos medicamentoso
e não-medicamentoso para minimizar tal ocorrência. No primeiro tratamento são utilizados
remédios para reduzir as doenças cardiovasculares e evitar a mortalidade dos pacientes, sempre
com auxilio dos médicos. No segundo tratamento é orientada uma mudança no estilo de vida, ou
seja, alimentação saudável e exercícios físicos, pois a alimentação saudável é um dos passos
fundamentais para a prevenção e diminuição da hipertensão. O objetivo desse projeto foi
investigar o conhecimento dos estudantes sobre os conceitos de hipertensão e alimentação
saudável e orienta lós no sentido de ingerirem uma alimentação saudável como forma profilática
no desenvolvimento da HAS. Os dados analisados foram obtidos por meio de questionário com
nove perguntas fechadas, o qual foi aplicado à 129 alunos (60 alunos do ensino fundamental e 69
do ensino médio) da escola municipal 24 de maio, de Botucatu/SP. Os resultados dos 129
questionários foram tabulados e revelaram que a maioria dos alunos (76%) já ouviu falar sobre
hipertensão arterial, os estudantes (77%) opinaram que o alto consumo de sal pode causa-la e
72% opinaram que existe associação entre ingestão de bebida alcoólica, obesidade, diabetes e
HAS. Além disso, o questionário permitiu identificar que 22% dos alunos, acreditam que HAS
tem cura, 43% que não tem cura e 35% não souberam responder esta questão. A maioria deles
ingerem alimentos gordurosos, industrializados e com alto teor de sal. Além disso, o questionário
revelou que os alunos do primeiro ano do ensino médio tinham mais conhecimento sobre o
assunto, quando comparados com os alunos do 9° ano. Esses resultados foram norteadores para a
elaboração e editoração de um jornalzinho educativo sobre o assunto, o qual foi devolvido aos
alunos e á escola.
Palavras chave: alimentaçãosaudável/hipertensão/estudantes/jornalzinho
CLT - 001
Cartografia Cultural do ABC
Ana Clécia Mesquita de Lima; Silvia Helena Passarelli.
Instituição: Universidade Federal do ABC
E-mail de contato: [email protected]
Cartografia Cultural do ABC se propõe a identificar produtores culturais individuais e coletivos e
lugares de cultura da Região ABC no intuito de compor uma rede de fazedores de cultura que se
conheça, reconheça e troque experiências. É um projeto contemplado no edital de Cultura da
PROEX (Pró-reitoria de Extensão Universitária) da UFABC (Universidade Federal do ABC) e será
desenvolvido entre os meses de março e dezembro de 2015, com a participação de três bolsistas
de graduação, três alunos voluntários de graduação e uma aluna voluntária de pós-graduação.
Cartografia Cultural do ABC tem sua origem em ações anteriores já desenvolvida entre coletivos
culturais da região com a PROEX-UFABC, entre os quais destaca-se a realização da Conferência
Livre de Cultura e o Encontro da Diversidade Cultural do ABC (em parceria com o Sesc-Santo
André) e faz parte de um programa mais amplo que visa implementar um observatório de
políticas culturais. O objetivo geral do presente projeto é identificar produtores de cultura do
ABC (individuais ou organizados em coletivos) e lugares de fruição e produção cultural de modo
a elaborar mapa digital colaborativo da produção cultural regional. Os objetivos específicos são:
realizar censo colaborativo de produtores culturais por meio de questionário por internet e
pesquisa de campo; identificar ferramentas para elaboração de mapas colaborativos digitais;
elaborar mapa digital de produtores culturais; divulgar resultados. Para atingir tais objetivos está
sendo realizado um processo de construção colaborativa entre universidade e sociedade civil e,
antes do início oficial do projeto foi realizada uma reunião preliminar que contou com mais de
40 participantes, representando quase todas as cidades do ABC. A próxima etapa com a
sociedade é levar a pergunta 'Qual mapeamento queremos?', possibilitando assim a participação
e colaboração dos diversos setores e segmentos culturais, além disso haverá relatos de
experiências exitosas para além do ABC. Ao longo de 10 meses de trabalho o projeto pretende
desenvolver as seguintes etapas: elaboração de questionário digital, escolha da base cartográfica
a ser utilizada, organização de dados e criação de banco de dados, levantamento de dados em
campo e inserção das informações no mapa digital. O projeto pretende parceria com os coletivos
culturais para auxiliar na coleta de dados. Interessante perceber que com essa base de dados
organizada, será possível realizar o cruzamento de dados e elaborar indicadores sobre a
produção e fruição cultural do ABC. Para além disso, será possivel identificar demandas,
carências e discrêpancias na aplicação de recursos públicos em uma determinada política pública
de cultura. O projeto Cartografia Cultural do ABC pretende assim ser um ferramental, tanto para
a sociedade civil quanto para o poder público, na elaboração de políticas públicas para a área.
Palavras chave: cultura/ mapeamento/ colaborativo/ políticas públicas/ observatório
CLT - 002
Projeto Oficinas Culturais
Ana Paula Guimaraes Sidoti; Antonio Marcos Pereira de Moura.
Instituição: UNICAMP
E-mail de contato: [email protected]
Resumo As oficinas têm por objetivo a integração dos espaços disponíveis no Espaço Cultural
Casa do Lago, socializando o conhecimento acadêmico com a comunidade interna e externa à
Unicamp, promovendo a comunicação e o desenvolvimento de atitudes criativas e novas
posturas de atuação, e com isso, trazendo benefícios à Universidade. No primeiro semestre de
2015 teremos 18 oficinas: samba no pé, capoeira, meditação, música, forró, dança do ventre,
taekwondo, tango, contato improvisação, bordados 1 e 2, fotografia, eutonia, ashtanga yoga,
biodanza, kundalini yoga, mat pilates e constelação familiar. Introdução: O objetivo principal
deste projeto é oferecer oficinas culturais à comunidade acadêmica e comunidade de Campinas,
com aulas semanais, e duração de 1 (um) semestre para cada turma inscrita - inscrições
semestrais - como parte da proposta de integração e socialização, que compõe o Espaço Cultural
Casa do Lago. As oficinas são oferecidas nos três períodos: matutino, vespertino e noturno, pois
acreditamos que dessa forma podemos atingir um maior público possível e facilitar a
participação dos funcionários. As oficinas culturais acontecem através de ações voluntárias de
docentes, funcionários, alunos e profissionais externos à Universidade, sem nenhum tipo de
remuneração. Eles trazem seus conhecimentos e experiências para serem integrados e
compartilhados com todo o público interessado em participar. Todos estes voluntários são
experientes no tema, e podem ou não ter algum vínculo com a universidade. Com esta proposta,
o Espaço Cultural Casa do Lago também visa incentivar o desenvolvimento artístico, garantindo
assim o direito individual do cidadão ao aprendizado cultural. As ações das Oficinas Culturais
promovem: a iniciação em algumas das diversas áreas culturais de atuação, o aprimoramento e
complementação de conhecimento para pessoas que já atuam na área cultural e o incentivo à
pesquisa e experimentação dentro das diversas áreas temáticas. Resultados e Conclusão: A Casa
do Lago teve a iniciativa e preocupação de, além da promoção das oficinas culturais habituais,
oferecer solidariedade às comunidades menos favorecidas. Como forma de minimizar a
desigualdade social existente em nossa sociedade, desenvolvemos uma campanha que consiste
em receber doações de alimentos não perecíveis, para efetivação das inscrições nas oficinas
culturais. Esta iniciativa de arrecadação de alimentos é a forma para a confirmação das
inscrições. Dessa forma, contribuímos através de uma ação solidária, com o intuito de ajudar na
promoção do desenvolvimento sócio-cultural do município de Campinas. Após finalizados estes
trâmites de doações e preenchimento de vagas, o Espaço Cultural Casa do Lago entrega as
toneladas de mantimentos arrecadados, ao 'Banco de Alimentos da Prefeitura de Campinas', que
os repassa às entidades de Assistência Social cadastradas na Secretaria Municipal de Cidadania,
Assistência e Inclusão Social.
Palavras chave: Integração/ Oficinas/ Culturais/ Solidariedade/ Mantimentos
CLT - 003
Projeto Domingo no Lago
Antonio Marcos Pereira de Moura.
Instituição: UNICAMP
E-mail de contato: [email protected]
Resumo O Projeto Domingo No Lago faz parte das inúmeras ações desenvolvidas pelo Espaço
Cultural Casa do Lago, órgão ligado a Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PREAC)
da Unicamp, que tem o objetivo de oferecer aos funcionários (docentes e técnicos) e seus
familiares, e também à comunidade externa, atividades artísticas e culturais, sendo mais uma
opção de lazer e cultura na agenda campineira e da Universidade, aos domingos, em caráter
gratuito. Introdução: O projeto consiste em 1 (um) domingo de todo mês pela manhã, programar
apresentações artísticas voltadas especificamente para as crianças de nossa comunidade e para
os filhos dos funcionários da Unicamp. O intuito é trazer a comunidade da Unicamp e dos
arredores para ocupar o espaço do campus nos finais de semana. O projeto tem priorizado
sempre realizar quatro tipos de atividades (Música, Teatro, Circo e Palhaços), procurando assim,
atrair o interesse das mais variadas faixas etárias e, também, a preferência individual com relação
ao gênero artístico cultural. Privilegiado pelo ambiente universitário, propício à convivência
coletiva, há garantia de público constante nas diversas atividades. Métodos e Materiais: As
atividades são realizadas em caráter de extensão: alunos da própria universidade compartilham e
apresentam seus trabalhos e pesquisas à sociedade, bem como artistas da comunidade vem ao
Espaço Cultural Casa do Lago desenvolver essas atividades, o qual por meio da integração
Universidade-Comunidade tem proporcionado uma troca de experiências bastante
enriquecedora do ponto de vista cultural. Conclusão: Verificamos que esta iniciativa de oferecer
atividades culturais e artísticas aos finais de semana tornou-se muito importante para a Unicamp,
pois se consolidou como uma prática que propiciou uma organização no campus fora da rotina
normal do público, e preencheu os espaços da universidade com atividades diferenciadas e
integrações que só foram possíveis graças a este projeto, entre alunos, funcionários, docentes e
seus familiares. Resultados e discussão: Como já comprovado pelos meios de divulgação da
Unicamp, a freqüência no evento "Domingo no Lago" foi de progressão desde seu início em
2011, com a participação ativa e fiel de funcionários, alunos e docentes, que trazem seus filhos e
familiares, para as vivências culturais e momentos de descontração, aproximando nossa
comunidade. Atualmente encontramos uma média de 500 a 600 pessoas por domingo. Há
garantia de público constante nas diversas atividades. O Projeto está consolidado e por isto, há o
compromisso com a comunidade em continuá-lo.
Palavras chave: Domingo/ família/ crianças/ integração/ lazer
CLT - 004
Guia Cultural Unicamp: a visibilidade da arte e da cultura
Carmen Lucia Rodrigues Arruda; Margareth do Carmo Vieira Junqueira; Danilo de Mello Negreti.
Instituição: Unicamp
E-mail de contato: [email protected]
A Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural (CDC), órgão da Pró-Reitoria de Extensão e
Assuntos Comunitários (Preac) da Unicamp, tem como objetivo principal elaborar e implementar
políticas de desenvolvimento cultural para a Universidade; promover e difundir projetos de
produção e difusão cultural; propiciar condições para o estabelecimento de parcerias com os
segmentos institucionais, visando a colocar à disposição da Universidade e da sociedade projetos
culturais idealizados por alunos, docentes, pesquisadores e servidores. A Preac, nos últimos anos,
implantou uma série de ações relacionadas ao campo da cultura, por iniciativa de seus órgãos. Ao
mesmo tempo, outras unidades da Unicamp também produzem, de forma pulverizada e muitas
vezes concomitante, atividades artísticas e culturais. Muitas dessas produções são possibilitadas
por recursos obtidos de maneira pontual, sem que haja continuidade, o que é prejudicial em
vários aspectos, dentre eles: ausência de visibilidade; baixa formação e fidelização de públicos;
falta de planejamento sobre recursos financeiros; inexistência de suporte para qualificação de
professores e servidores técnico-administrativos para a gestão e a produção na área. Nesse
sentido, visando à criação de um programa coeso voltado à cultura e à arte para uma
universidade do porte e da excelência da Unicamp, em 2013 foi implantada a área de Ação
Cultural da CDC, para buscar a articulação entre órgãos, unidades, artistas e coletivos, tanto da
Unicamp quanto externos - desde que com algum tipo de vínculo com a Unicamp, no sentido de
fomentar as ações artísticas e culturais desenvolvidas, alavancando sua produção e sua gestão e
fornecendo as orientações necessárias para sua realização; ampliar sua visibilidade e,
consequentemente, incrementar as possibilidades para a área da Cultura na Universidade,
criando condições para implantação de uma política específica para o desenvolvimento de
projetos artísticos e culturais. Atualmente, a área conta com três servidores, além de três alunos
bolsistas ligados ao Serviço de Apoio ao Estudante (SAE) da Unicamp, que auxiliam no
desenvolvimento das atividades. Uma das primeiras ações realizadas foi o mapeamento dos
órgãos da Unicamp que trabalham com Arte e Cultura, com o objetivo de realizar um diagnóstico
da real situação das ações culturais existentes e realizadas. Em seguida, foi implantado, em
março de 2014, o 'Guia Cultural Unicamp', por meio do site www.guiacultural.unicamp.br,
contendo textos e chamadas de interesse e a agenda dos eventos que contam com a
participação, direta ou indireta, de membros da comunidade da Universidade, sejam eles
realizados na Unicamp ou fora dela. O objetivo principal foi congregar, numa agenda única, os
eventos e as produções artístico-culturais vinculadas à Unicamp, permitindo assim seu maior
alcance e visibilidade. Foram 719 publicações de março a dezembro de 2014, ressaltando que
nesse ano, entre maio e setembro, a Unicamp enfrentou um longo período de greve. A dinâmica
do site é acompanhada por uma fan page do Facebook 'GuiaCulturalUnicamp', que finalizou o
ano com 2.200 seguidores, número que tem sido crescente.
Palavras chave: CULTURA / DIVULGAÇÃO / COMUNICAÇÃO
CLT - 005
Encontros sobre Pedagogia do Piano
Claudia Fernanda Deltregia.
Instituição: Universidade Federal de Santa Maria
E-mail de contato: [email protected]
O projeto de extensão "Encontros sobre Pedagogia do Piano UFSM" tem como objetivo principal
a realização periódica de um evento voltado à formação inicial e continuada de professores de
piano em um ambiente informal e acolhedor. O evento ocorre desde 2012 e foi idealizado a
partir da investigação dos problemas que área do ensino do piano enfrenta. Vários autores
destacam aspectos negativos que impedem uma melhora do ensino do piano. Primeiramente,
pode-se ressaltar a ênfase no aprendizado de habilidades técnicas, sem a preocupação com a
formação artística e integral do músico. Esse modelo é frequentemente denominado como
'tecnicista', 'conservatorial' e 'tradicional'. Outro aspecto considerado é a grade curricular de
cursos superiores de música: enquanto os cursos de Bacharelado em Piano não oferecem
disciplinas que atendam a formação pedagógica do instrumentista-professor, os cursos de
licenciatura em música não oferecem uma formação instrumental sólida. Finalmente, é possível
citar as dificuldades de reconhecimento e certificação de profissionais da área: a existência de
professores que não se profissionalizam e que cobram preços irrisórios por possuírem outras
fontes de renda, prejudicam o status da profissão e fomentam a sua desvalorização. A partir da
constatação dos problemas relatados acima e da verificação das pouquíssimas oportunidades
voltadas à formação inicial e continuada de professores, decidimos organizar "Encontros sobre
Pedagogia do Piano". As duas primeiras edições do evento - 2012 e 2013 - tiveram caráter
regional, acontecendo em 7 e 5 sextas-feiras, respectivamente, ao logo do segundo semestre
letivo. Essas duas primeiras edições contaram com convidados e com a presença de professores
de piano autônomos ou vinculados a conservatórios, escolas de música e universidades. Na sua
terceira edição, em 2014, o evento foi intitulado como 'III Encontro sobre Pedagogia do Piano',
consolidando-se como um evento de extrema importância, atraindo participantes de várias
partes do Brasil e trazendo palestrantes de nível internacional. A edição de 2014, realizada entre
os dias 12 e 15 de novembro. O evento agrega palestras, oficinas, workshops, masterclasses para
crianças e adultos e recitais de altíssimo nível. Os temas abordados nessas edições foram:
empreendedorismo; princípios do aprendizado humano; o ensino do piano para iniciantes;
materiais e métodos para o ensino do piano, técnica pianística, repertório brasileiro e universal
para para níveis elementares, básicos e intermediários; bibliografia de apoio para o ensino do
piano, expressividade e gesto musical, estratégias de estudo, gestão de escolas de música,
introdução à performance de obras do estilo barroco, ensino do piano em grupo, saúde do
músico, criação musical, improvisação, jogos musicais e motivação. A programação completa foi
divulgada através do site do evento: http://w3.ufsm.br/encontrospedagogiadopiano. O evento
contou com auxílio financeiro da FAPERGS (Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do
Sul), da UDESC (Universidade do Estado de Santa Catarina), cujo projeto foi liderado pelo Prof.
Dr. Luís Cláudio Barros e apoiado pela Profa. Dra. Maria Bernardete Castelan Póvoas; da Person
Pianos, e de instâncias da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Palavras chave: ensino/piano/formação continuada/ formação inicial
CLT - 006
Miss e Mister Terceira Idade - Sociabilização por meio de Programa de Extensão
Cristina Rocha da Silva Feitosa; Everton Luiz dos Santos; Ana Caroline Zacarias Delfiol Silva;
Caroline Teixeira Graf Nunes; Jose Renato Romero; Dina Mariano Patrocinio; Fabio Cardoso; Lis
Lakeis Bertan; Aline Zonta; Alexandre Sabbag da Silva; Elisangela Nunes de Carvalho.
Instituição: UNIVERSIDADE GUARULHOS
E-mail de contato: [email protected]
A Universidade Aberta da Terceira Idade (UATI) da Universidade Guarulhos em todos os anos de
forma pontual em comemoração ao dia do idoso realiza o evento Miss e Mister UATI-UnG,
inserido junto as atividades de sociabilização do Programa de Extensão. O evento tem como
importância a valorização e o reconhecimento dos idosos na instituição, promovendo e
incentivando a socialização entre os alunos, além de estimular a criação de 'agentes'
multiplicadores que representam a UnG em eventos públicos e privados da categoria no
município Guarulhos e macro região. O objetivo do evento é dar visibilidade para a terceira
idade através dos participantes, mostrando que em todas as fases da vida é possível ter
valorização e reconhecimento tanto pessoal quanto social, promovendo a valorização da
população idosa e incentivando a participação em eventos públicos e privados de discussão
sobre a realidade dessa faixa etária junto à sociedade, trazendo a oportunidade dos idosos
demonstrarem, da melhor forma possível, o que significa ser idoso nos dias atuais, inserido
dentro de um programa de extensão universitária que auxiliam no reconhecimento das
mudanças sociais, físicas, mentais e tecnológicas. A participação é mediante inscrição presencial,
sendo totalmente gratuita. O local de inscrição ocorre na recepção do setor da UATI e as
informações ficam disponíveis no site da instituição. A organização do evento é realizada por
meio de pré-seleção onde os candidatos devem preencher de forma consistente os dados da
ficha de inscrição, trazendo uma foto atual. Os candidatos passam por uma entrevista para
orientação sobre o formato de desfile e as obrigações e deveres do intitulado Miss e Mister
UATI-UnG, dentre as orientações são mencionados a ordem do desfile, local e dia do concurso,
estilo de roupa e conduta respeitosa. Para avaliação dos candidatos no dia do evento foi criado
uma comissão julgadora, formada por representardes da UnG e profissionais da comunidade
envolvidos com cultura e conhecimento técnico nos quesitos: Autenticidade (fidelidade ao estilo
da roupa, seja no figurino, penteado, maquiagem e apresentação geral); Originalidade
(Demonstração de suas características únicas como personalidade, criatividade, interatividade e
estilo); Presença de Palco (Impacto da apresentação diante dos jurados e espectadores durante
sua apresentação, levando em conta sua postura, simpatia e desenvoltura); Apelo do Público
/Torcida (Reação e manifestação do público presente no evento - aplausos e vibrações). A nota
final é composta pela soma dos 4 quesitos. Para cada quesito, os jurados atribuíram uma nota de
5 a 10. Os idosos vencedores em parceria com empresas privadas da região recebem premiação
para o 1°, 2° e 3° lugar. Vale apena ressaltar a importância dos trabalhos realizados com a terceira
idade, atualmente não se vive mais essa fase da vida em casa, e sim realizando muitas atividades,
fazendo o que mais gostamos, participando ativamente da sociedade. Todos querem envelhecer
com vitalidade e qualidade de vida e os grupos da terceira idade são exemplos para nós.
Palavras chave: idoso / cultura / socialização
CLT - 007
Projeto Espaço de Arte
Fabio Augusto Cerqueira.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas - Unicamp
E-mail de contato: [email protected]
O projeto Espaço de Arte da Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural (CDC) da Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp) foi pensado para ocupar artisticamente espaços da Unicamp
que possuem frequência regular de público, mas sem a finalidade de receber intervenções
artísticas. Iniciado em 2007 com a adequação de uma área do hall do Centro de Convenções da
Unicamp - espaço de eventos acadêmicos da Universidade, que recebeu iluminação, painéis e
trilhos próprios para exposições de artes plásticas, o projeto ganhou autonomia com a
possibilidade da implantação de novos Espaços de Arte. A partir da visibilidade desta primeira
ação, outras unidades e órgãos da Universidade solicitaram que ações idênticas fossem
realizadas em seus espaços. A partir desse momento, o projeto ganhou forma, havendo a
definição de seu escopo e objetivos. Ao longo dos anos, novas unidades incorporaram o projeto,
que hoje conta com oito espaços expositivos, com variadas características e os mais diversos
públicos, como, por exemplo, a recepção de um ambulatório médico e odontológico. Os
principais objetivos do Espaço de Arte são: promover a interação do público com a produção
artística, levando obras de arte para locais que o público frequenta (em papel inverso ao dos
museus e galerias), buscando reduzir a distância entre os mundos acadêmico e artístico; divulgar
a produção artística das comunidades interna e externa da Universidade, fomentando a
formação de públicos para as artes visuais. Desde o início, o projeto contou com uma curadoria,
para análise das propostas de trabalhos a serem expostos. Com o aumento do número de espaços
expositivos e o consequente aumento de propostas de artistas, sentiu-se a necessidade de
profissionalizar os procedimentos relacionados à seleção dos trabalhos a serem expostos.
Atualmente, um dos servidores da Ação Cultural da CDC está sendo formado para atuação
específica nessa área, inclusive em associação com professores e pesquisadores do
Departamento de Artes Visuais do Instituto de Artes da Unicamp. Também, criou-se um
formulário para recebimento das propostas de exposições. A seleção é feita segundo os
seguintes critérios: adequação da proposta aos Espaços de Arte, levando-se em conta a
integridade das obras e o público do local; processo autoral do artista; originalidade; qualidade
técnica; relevância do projeto apresentado. As exposições são preparadas e montadas de forma a
atingir o interesse do público, criando um impacto visual e levando informações sobre o artista e
a obra. Os resultados obtidos demonstram o crescente interesse do público, inclusive na busca de
informações sobre as exposições e os artistas. A constante demanda de órgãos e unidades da
Unicamp para criação de novos espaços expositivos demonstra, ainda, a abrangência e o alcance
do projeto. Em uma sociedade em que as atividades são cada vez mais individualizadas e em que
as pessoas estão cada vez mais ocupadas com o cotidiano, levar arte para os locais onde o
público está tem sido uma experiência exitosa, à medida que possibilita a sensação de
pertencimento e participação a diferentes segmentos de público.
Palavras chave: Exposição / Unicamp / Cultura / Público / Arte
CLT - 008
PROJETO VIVÊNCIAS CULTURAIS
Geraldo Jose Camargo; Angela Maria Morais; Celso Ribeiro de Almeida.
Instituição: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
E-mail de contato: [email protected]
PROJETO VIVÊNCIAS CULTURAIS O Projeto Vivências Culturais da Coordenadoria de Assuntos
Comunitários (CAC) da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PREAC) da
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) consiste em apresentações de Arte e Cultura na
área da enfermaria de Pediatria do Hospital de Clinicas da Unicamp, com objetivo de levar
atividades culturais e artísticas aos pacientes, acompanhantes e ao corpo técnico de profissionais
da área da saúde, incluindo os trabalhadores terceirizados. O Hospital de Clínicas da Unicamp é
um hospital atenção terciária que atende exclusivamente os pacientes do Sistema Único de
Saúde, sendo que as internações pediátricas podem ser de longa duração, resultando em longa
permanência do paciente e de seu acompanhante na Enfermaria de Pediatria. As apresentações
são mensais e ocorrem sempre às segundas quartas-feiras de cada mês, nos períodos da manhã e
tarde, adequando aos horários em que são efetuadas as medicações dos pacientes. O projeto
tem como um dos parceiros principais o Grupo Arte Única que possui um amplo repertório de
apresentações teatrais adaptadas. O Grupo Arte Única é formado majoritariamente por
funcionários da Universidade que realiza um trabalho de experimentação de novos atores e
experiência de direção. Os atores constroem personagens com sua perspectiva do real e os
diretores dão diretrizes sobre consciência corporal, comunicação e importância da palavra. As
apresentações foram definidas para durarem até 30 minutos. Esse tempo de apresentação foi
adaptado para evitar transtornos na rotina do hospital. O projeto Vivências Culturais realizou
quinze apresentações desde do início das atividades em agosto de 2014, entre elas: dez contação
de estória na forma de peças de teatro, uma apresentação de Acordeom, um recital de piano e
voz e uma apresentação de Clowns. As apresentações são realizadas por alunos, funcionários e
docentes da Universidade. O projeto tem proporcionado uma melhor qualidade na assistência
hospitalar e humanização dos processos de trabalho, bem como momentos únicos de interação
entre os pacientes, familiares (acompanhantes) e trabalhadores da área de saúde. Além disso, o
Projeto Vivências Culturais pode proporcionar no campo do cuidado momentos integrativos e
complementares às terapias convencionais, bem como auxiliar na implementação da Política
Nacional de Humanização do Sistema Único de Saúde.
Palavras chave: Saúde/ Arte/ terapia
CLT - 009
Domingo na Vila
José Irani Dias Neto.
Instituição: UNICAMP-PREAC-CAC
E-mail de contato: [email protected]
O projeto Domingo na vila visa abordar através do formato vídeo registro , documentar com
entrevistas e registro oral dos moradores das comunidades/bairros da cidade de Campinas-SP.
Consta o registro de mais de 54 bairros na cidade com a nomenclatura de vilas. Historicamente
redutos dormitório de trabalhadores com grande evidência no período do desenvolvimento
industrial na cidade. Pesquisando junto com a prefeitura da Campinas e os órgãos de
desenvolvimento urbano, como a COHAB e outras cooperativas de habitação , tivemos um
comparativo da história e leitura oficial. Desde os primeiros projetos e análises de viabilidade
urbana buscando soluções para o desenvolvimento social na cidade. No viés da história oral e
documental dos moradores, registramos histórias de vida, superação e no campo cultural. Essa
comunidades desenvolveram agremiações culturais, religiosas e políticas. Também em modo
geral vimos nas transições de governo a desaceleração de investimentos e desenvolvimento por
parte do poder público as essas comunidades. Deu-se espaço para o poder paralelo, como o
narcotráfico e o crime organizado. Os moradores das vilas, traçam um relato saudosista de como
o viver nas vilas no passado era mais tranquilo. Como as crianças correndo e brincando nas ruas
até horas avançadas da noite e a vizinhança solidária . Com o passar dos anos e com o abandono
dos investimento em cultura e lazer o que para muitos havia um horizonte positivista , culminou a
uma realidade contrária. Cada abordagem, cada vila tem uma característica própria. O projeto
Domingo na Vila é um olhar sobre diversos olhares porém tendo como elo de ligação em suas
diversas histórias ,o dia de domingo, dia da comunidade, do futebol da vila, a feira , do lazer por
mais simples que seja mas que conduz a interação da comunidade.
Palavras chave: Sociedade/Cultura popular/ Interior / Desenolvimento urbano
CLT - 010
Universidade Aberta para a Terceira Idade (UATI): Reinventando a História por
meio do Teatro.
Keyti Espedita Ribeiro Nascimento; Cristina Rocha da Silva Feitosa; Caroline Teixeira Graf Nunes;
Andreia Cassia Cheruti Coelho; Everton Luiz dos Santos; Lis Lakeis Bertan; Alexandre Sabbag da
Silva; Aline Zonta; José Renato Romero; Osvaldo de Gouveia Vieira Coelho; Ana Paula dos Santos.
Instituição: Universidade Guarulhos
E-mail de contato: [email protected]
A Universidade Aberta para a Terceira Idade (UATI) é um programa de extensão oferecido por
uma equipe de discentes da Universidade Guarulhos (UnG), Campus Centro, para moradores da
cidade onde se encontra a instituição, em específico, para as pessoas com mais de 60 anos de
idade, onde são oferecidos cursos de Extensão divididos em cinco áreas: Saúde e Bem-Estar; Arte
e Lazer; Cidadania; Cultura e Tecnologia. Uma das disciplinas oferecidas é a atividade teatral
onde se entende que o tema precisa ter um maior espaço na universidade e na cidade, tanto no
campo da pesquisa, ensino e extensão, quanto no processo de retomada e fortalecimento de
grupos teatrais da cidade e da região. As aulas de teatro na UATI com os idosos tem se articulado
num verdadeiro espaço de construção de saberes. Oferecendo a possibilidade de criação de
descobertas por meio das atividades de extensão junto à comunidade externa. Em sala de
trabalho são todos iguais e portadores de suas historias de vida e desejosos em construir novas
relações de afeto e cumplicidade. Dessa forma, as atividades são planejadas de acordo com os
momentos de trabalho. No alicerce das aulas buscamos desenvolver trabalhos de alongamento
corporal, noções de espaço e de expressão corporal e aquecimento vocal. Os jogos teatrais
ajudam a desmecanização do corpo e da mente alienados às tarefas repetitivas do dia a dia,
especialmente as do trabalho e das condições econômicas, ambientais e sociais de quem os
pratica. Teoricamente nos pautamos nos sistema dos Jogos Teatrais (Spolin games) para a criação
de improvisações e para aquisição da linguagem cênica. As historias relatadas em rodas,
momentos denominados de Hora de Lembrar são posteriormente improvisados cenicamente e
resultam em momentos de construção e desconstrução das mesmas. Já os trabalhos vocais são
direcionados no sentido da projeção vocal, da articulação e do uso consciente e saudável da voz.
Ouvimos relatos de que estes trabalhos têm contribuído socialmente na comunicação com outras
pessoas. Dessa forma, estes grupos de idosos vão se encontrando e reencontrando dentro do
teatro e com suas próprias vidas, ao se permitirem criar, recriar e assim reinventar sua própria
história.
Palavras chave: teatro/ idoso/ cultura
CLT - 011
Ciclo de Cinema
Igor Fuser ; Luiza Daniel Pereira; Nádia Kafka.
Instituição: UFABC
E-mail de contato: [email protected]
DESCRIÇÃO O Ciclo de Cinema, projeto de extensão coordenado pelo Prof. Dr. Igor Fuser dentro
da UFABC, procura juntar a comunidade acadêmica e a comunidade externa em uma atividade
prazerosa e que, se feita com cuidado e atenção, pode contribuir muito para a formação
intelectual de cada um: o cinema. Nossas sessões de cinema contam com filmes instigantes e, ao
mesmo tempo, com um conteúdo agregador e com grande carga intelectual. Ao final de cada
filme, um convidado, escolhido pela sua área de atuação e/ou estudo, expõe o tema principal do
filme e abre um debate com os presentes, que podem expressar suas opiniões e tirar suas dúvidas
quanto ao tema. OBJETIVO O objetivo do Ciclo de Cinema é fazer com que os participantes
aprendam um pouco mais sobre cada um dos assuntos abordados nos filmes de uma forma
prazerosa, divertida, além de ouvir o que os profissionais e especialistas na área tem a dizer a
respeito. Além disso, como todo projeto de extensão, o Ciclo de Cinema tem como um de seus
objetivos o estímulo à participação da comunidade externa a faculdade em suas atividades já que
acredita que o ambiente universitário deve ser explorado e aproveitado por toda a comunidade
da região. METODOLOGIA Os filmes são escolhidos em um consenso entre o grupo do projeto
de acordo com o tema global de cada quadrimestre; há uma tentativa de exibir tanto filmes
antigos, com uma densidade e duração maior, quanto filmes mais dinâmicos, atuais, e de
temática mais leve. Além disso, são exibidos tanto filmes de ficção quanto documentários. As
sessões tem duração de, no máximo, duas horas e meia com uma exposição de tema e discussão
de uma hora. RESULTADOS Pudemos perceber, ao longo de dois anos de projeto, que os filmes
e documentários apresentados aguçaram a curiosidade e o interesse dos participantes fazendo
com que estes quisessem debater mais o seu tema. Em relação a participação, percebemos a
formação de um público cativo das sessões, comparecendo todas as semanas para acompanhar
um tema diferente; a participação do público externo também foi acompanhada, principalmente
de idosos e professores. Além disso, o projeto foi muito reconhecido dentro do ambiente
acadêmico principalmente pela qualidade dos filmes e das exposições de temas. CONCLUSÃO
Chegamos a conclusão de que o cinema, uma arte apreciada por muitos em seus períodos de
lazer, pode também ajudar no desenvolvimento do conhecimento de cada indivíduo,
independente de sua idade ou formação acadêmica. O aprendizado proveniente de uma
atividade prazerosa estimula a atenção e o interesse em temas até então não abordados pelo
participante.
Palavras chave: Cinema / Cultura / Relações Internacionais
CLT - 012
PROJETO CONEXÃO CULTURAL UNICAMP
Margareth do Carmo Vieira Junqueira; Carmen Lucia Rodrigues Arruda; Fabio Augusto Cerqueira.
Instituição: UNICAMP
E-mail de contato: [email protected]
A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) enfrentou uma tragédia em setembro de 2013:
um aluno foi assassinado numa festa promovida pelos estudantes numa praça central do campus
de Campinas. A repercussão do caso resultou em manifestações e negociações sobre a segurança
na Universidade, evidenciando uma reivindicação central dos estudantes: mais vivência no
campus. Acompanhando de perto essa discussão, a Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural
(CDC), órgão da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da Unicamp - que tem como
um dos objetivos principais propiciar os meios para a implantação de uma política cultural na
Universidade - propôs à Reitoria o projeto "Conexão Cultural" que, aprovado, foi incorporado ao
programa "Campus Tranquilo" da Unicamp, no eixo denominado 'Convívio'. O programa
"Campus Tranquilo" foi criado naquela ocasião, com a finalidade de realizar ações de prevenção,
visando ampliar a sensação de segurança para a comunidade universitária. O "Conexão Cultural"
foi estabelecido, visando à ocupação dos espaços externos dos campi da Universidade com
eventos culturais e esportivos, promovendo a circulação e a permanência das pessoas e,
consequentemente, o convívio, permitindo ampliar a sensação de segurança, tanto pela própria
frequência, como pelo fato de que as pessoas, ao se encontrarem, podem conhecer-se umas às
outras, especialmente aquelas que fazem parte da comunidade universitária. A estratégia de
trabalho é a de fomentar a produção cultural - em artes e em esportes - da Universidade, para
que se realize por meio de apresentações abertas à comunidade em geral. A participação de
alunos, funcionários e docentes, na produção ou na realização do evento, é de fundamental
importância. No primeiro semestre de 2014, foram realizadas três apresentações, em diferentes
linguagens artísticas - música, circo e teatro - com bons resultados de público, um dos
indicadores avaliados. A partir do projeto piloto, estabeleceu-se a realização permanente, pela
CDC, de eventos artísticos em espaços abertos dos campi da Unicamp, totalizando nove eventos
por semestre. Também foi estabelecida uma linha de fomento à produção cultural de outras
unidades e órgãos da Universidade, visando prestar apoio às manifestações culturais realizadas
por eles (em infraestrutura, logística e divulgação), desde que realizadas preferencialmente em
espaços abertos dos campi; portanto, em consonância com os objetivos do projeto. Nessa linha,
foram apoiadas treze produções no ano de 2014, sendo duas de iniciativa de unidades/órgãos, 5
de estudantes, 4 de professores/grupos de pesquisa, 1 de técnico-administrativo e 1 externa e
outras já estão em andamento em 2015. Na produção da CDC, estão previstos nove eventos por
semestre, em todos os campi da Unicamp. Nesta fase, o objetivo foi ampliado, buscando maior
participação da comunidade, inclusive na organização. Tanto assim que o tema do primeiro
evento foi 'Ciclismo e mobilidade urbana' e contou, além dos espetáculos artísticos, com uma
roda de conversa sobre o tema com especialistas convidados. Influenciado pelos resultados
obtidos no primeiro período, o programa da Unicamp teve seu nome alterado para "Campus
Tranquilo, Universidade Viva", já numa alusão à nova realidade e o 'Conexão Cultural' vem
angariando novos órgãos parceiros nas realizações.
Palavras chave: CULTURA / SEGURANÇA / VIVÊNCIA
CLT - 013
Implantação do Fórum de Integração Cultural Afro-brasileiro da UNICAMP
Renata Cristina Augusto Cardozo; Cinthia Cristina Vilas Boas; Aparecida do Carmo Miranda
Campios; Celso Ribeiro de Almeida.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas
E-mail de contato: [email protected]
O Fórum de Integração Cultural Afro-brasileiro da UNICAMP- FICAFRO visa promover a
integração da comunidade negra, africana e afrodescendente existente na Universidade
Estadual de Campinas - UNICAMP, construindo espaço de valorização da cultura afro/brasileira,
através de atividades de extensão que promova a inclusão e incentiva a participação da
comunidade interna e externa nas diversas ações da temática racial da Diáspora Africana
organizando eventos como: formações; palestras; encontros; oficinas e cursos planejados pelos
membros do FICAFRO e também através de parcerias de outros coletivos, realizamos 29 maio
Semana da África e Diáspora da UNICAMP , Diálogos apresentação de trabalhos acadêmicos
dentro da temática , 27 de outubro Feira de Saúde de Mobilização da População Negra, por
meio da portaria nº 992, de 13 de Maio de 2009, tem como objetivo geral promover a saúde
integral da população negra, priorizando a redução das desigualdades étnico-raciais, o combate
ao racismo e à discriminação nas instituições e serviços do SUS, 06 de novembro Jantar Típico
Afro-brasileira, a participação no FICAFRO é aberta a todos, a diversidade, faz parte da nossa
prática.
Palavras chave: Afro-brasileiro/Valorização/Integração
CLT - 014
Universo Macuxi por Carmézia Emiliano: relatos de uma curadoria
Selmar de Souza Almeida Levino; Parmenio Camurça Citó.
Instituição: Universidade Federal de Roraima
E-mail de contato: [email protected]
Este trabalho vem relatar a experiência de organização, catalogação e divulgação de obras da
artista indígena Macuxi Carmézia Emiliano, resultado da curadoria da exposição Universo Macuxi
por Carmézia Emiliano-22 anos de arte naïf, uma ação de extensão da Universidade Federal de
Roraima-UFRR, no Espaço de Cultura e Arte União Operária/UFRR, em Boa Vista-RR, como parte
das celebrações dos 25 anos de fundação da UFRR. O levantamento das obras foi realizado por
registro fotográfico e organizado em planilha, especificando: título, técnica, ano, procedência,
estado de conservação e descrição da obra. Um estudo do local da exposição foi organizado,
buscando garantir um ambiente de fácil circulação, atentando a questões de estética e
segurança. Houve a preocupação com uma estrutura de apoio para o deslocamento das obras,
desde o ateliê da artista até o local do evento e na devolução das peças. Organizou-se, ainda, um
catálogo online no intuito de contribuir com a identificação e divulgação do trabalho. A
apresentação das obras seguiu a trajetória dos 22 anos de carreira da artista, de forma
cronológica, por meio de visitas dirigidas mediadas por acadêmicos de graduação da UFRR,
bolsistas do Programa de Apoio a Ações de Extensão-PAE/UFRR, que participaram de oficinas
sobre manejos e cuidados com obras de arte. Foram promovidas ações de acessibilidade para
pessoas com deficiência auditiva e visual. O evento contou com rodas de conversa e
apresentações culturais relacionadas à temática indígena. Quando os papéis sociais e
institucionais são exercidos de forma efetiva, notamos a evolução no processo de valorização dos
saberes e fazeres. Esta percepção é constatada em depoimentos de reconhecimento da UFRR
como instituição promotora do acesso a arte e cultura, no aumento de pesquisas e trabalhos
acadêmicos sobre a temática e na ampliação de atividades no calendário cultural da instituição e
da cidade. Fortalecer as relações entre instituições vocacionadas para o incentivo a arte e cultura
e a comunidade envolvente é um grande passo para fomentar iniciativas e garantir visibilidade
aos saberes e fazeres artísticos, que traduzem a visão de mundo e a percepção de vida nos
diferentes olhares da realidade. Nesta exposição, Carmézia Emiliano mostrou, com seus traços,
cores e iconografia, uma parte significativa dos valores e história de seu povo.
Palavras chave: Arte e cultura indígena/ arte naïf/ saber artístico/ acessibilidade/ vivência
CLT - 015
Encontro da Diversidade do ABC
Silvia Helena Passarelli; Francisco Comaru; Aline Zabisky; Karimi Gorri; Karina Vieira Santos;
Pollyana Helena da Silva.
Instituição: UFABC
E-mail de contato: [email protected]
Durante o ano de 2013, fazedores de cultura, artistas, produtores e governos municipais se
reuniram em diferentes fóruns para formular proposições para a III Conferência Nacional de
Cultura que ocorreu em Brasília no mês de novembro, sob coordenação do Ministério da Cultura.
Envolvidos discussão, os produtores de cultura do ABC se mobilizaram na realização de
conferências livres de cultura e participaram ativamente das conferências municipais que foram
organizadas pelas prefeituras locais. Por demanda de coletivos culturais, a Universidade Federal
do ABC se aliou ao Sesc-Santo André para aprofundar os debates realizados durante o ano e, às
vésperas da Conferência Nacional de Cultura, realizou o Encontro da Diversidade do ABC. O
Encontro da Diversidade Cultural do ABC, fruto da parceria entre o Sesc, a UFABC e a sociedade
civil organizada, se propôs a ser um momento para reflexão das práticas culturais, troca de
experiências e proposição de caminhos para a afirmação da diversidade criando um panorama
amplo e abrindo espaços para que os sujeitos da cultura local ampliem o conhecimento mútuo e
a compreensão da própria diversidade cultural em que se inserem. Teve por objetivo realizar um
diálogo com grupos, coletivos, agentes e produtores de cultura que tenham a sua base no
Grande ABC de modo a fortalecer a reflexão e contribuir com a construção de práticas e políticas
culturais de forma colaborativa e aprofundar o debate proposto pela III Conferência Nacional de
Cultura nos eixos sobre a produção simbólica e diversidade cultural, sobre a cidadania e direitos
culturais, e sobre cultura e desenvolvimento. O Encontro, enfim, surgiu como uma parte
importante do processo cultural local e nacional, organizando questionamentos e demandas dos
sujeitos e grupos artísticos e culturais em torno de definições estabelecidas e em construção de
política cultural, cidadania e arte e cultura, criando e recriando velhos e novos espaços públicos,
lugares de cultura e de memória. A etapa preparatória do encontro se deu com duas rodas de
conversas com Celio Turino e Ivana Bentes (UFRJ) para, nos dias 22, 23 e 24 de novembro, se abrir
para a comunidade cultural por meio de uma conferência de abertura de Albino Rubin (UFBA)
que trouxe um panorama dos avanços e retrocessos da política cultural nacional desde a
presença de Gilberto Gil no Ministério da Cultura. A partir desta fala inspiradora, grupos de
trabalho se organizaram para um olhar sobre o ABC. A organização dos grupos de trabalho se fez
a partir da fala de representantes de dois coletivos culturais em cada grupo que fomentaram as
discussões sobre os temas propostos pela Conferência Nacional de Cultura. O término do evento,
na sede do Sesc Santo André, se fez com a leitura da síntese dos debates dos grupos de trabalho,
que pode ser a base dos planos locais de cultura, pois expressam o olhar da sociedade civil sobre
a política cultural e de outros projetos na área de cultura (como por exemplo, o projeto de
Cartografia Cultural do ABC) e uma mostra da cultura com apresentação de grupos musicais da
região.
Palavras chave: cultura/ desenvolvimento/ cidadania/ coletivos de cultura/ política pública
CLT - 016
Festival Internacional de Inverno da UFSM e comunidade de Vale Vêneto: 30 anos
de história.
Vera Lucia P. Vianna.
Instituição: Universidade Federal de Santa Maria
E-mail de contato: [email protected]
Em 1986 o Departamento de Música da Universidade Federal de Santa Maria, RS iniciou uma
parceria com a comunidade de Vale Vêneto, pequena localidade no coração da região da Quarta
Colônia de Imigração Italiana com o objetivo de desenvolver projetos na região. A percepção de
que a região possuía um potencial turístico a ser valorizado e a importância de facilitar o acesso à
música de concerto levaram à criação de dois eventos: o Festival Internacional de Inverno da
UFSM e a Semana Cultura Italiana de Vale Vêneto, eventos esses organizados, respectivamente,
por professores do Departamento de Música da UFSM e pelos representantes da comunidade de
Vale Vêneto. Desde então as atividades do Festival Internacional de Inverno tem estado
integradas ao movimento cultural da região, tendo como objetivo o desenvolvimento de ações
de cunho pedagógico e artístico na área de música, experiências de apreciação, performance e
educação musical. Para o cumprimento dos objetivos propostos, as ações do Festival
Internacional de Inverno estão centralizadas em quatro eixos: 1. Oficinas de instrumento, canto,
regência ou educação musical: visam o aperfeiçoamento técnico-interpretativo de estudantes ou
professores de música. São ministradas por reconhecidos músicos do cenário nacional e
internacional, convidados do evento. 2. Concertos gratuitos e abertos ao público: recitais diários
em Vale Vêneto com repertório solo, de música de câmara, orquestra sinfônica ou orquestra de
sopros. Além disso, também apresentados recitais na cidade de Silveira Martins e em Cachoeira
do Sul e Santa Maria. 3. Oficina de musicalização para crianças: tem por objetivo aproximar as
crianças do estudo de música. Aas oficinas tem a orientação de acadêmicos do Curso de Música
da UFSM e a inscrição é gratuita. 4. Curso de formação continuada em música para professores
de educação infantil: é destinado a professores de educação básica que atuam junto a crianças
de zero a cinco anos. O curso visa discutir aspectos teóricos da música na infância e o papel do
professor não-especialista. Além disso, são propostas atividades práticas, cujas experiências
servem de subsídio para o professor em sala de aula. O curso é ministrado por professores,
mestrandos e doutorandos do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFSM. Linha de
Pesquisa: Educação e Artes. Durante suas quase 30 edições passaram pelo Festival de Inverno
mais de 5.000 alunos oriundos do Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Costa Rica,
Estados Unidos e Alemanha, os quais tiveram a oportunidade de estudar com renomados
professores. Oficinas, master classes, palestras e recitais tem propiciado aos alunos o contato
com distintas experiências acadêmicas, artísticas e musicais que se transformam em valiosas
oportunidades de crescimento musical para todos. Por outro lado, a presença do Festival
Internacional de Inverno na localidade de Vale Vêneto tem em muito contribuído para o
desenvolvimento sócio-econômico e cultural da região, atraindo a atenção de turistas que
buscam o contato com a natureza distante dos grandes centros urbanos. A união do interesse
pela música de concerto com a gastronomia e costumes italianos gerou uma parceria duradoura
e de sucesso.
Palavras chave: Festival / Música / Cultura
DHJ - 001
O Programa de Extensão como Intermediador para a Promoção dos Vínculos na
Terceira Idade
Ana Paula dos Santos; Everton Luiz dos Santos; Jose Renato Romero; Dina Mariano Patrocinio;
Marco Aurelio Nemitalla Added; Caroline Galatti Moura Coelho; Anselmo Milani; Lis Lakeis
Bertan; Aline Zonta; Fabio Cardoso; Alexandre Sabbag da Silva.
Instituição: Universidade Guarulhos
E-mail de contato: [email protected]
No Brasil, o número de idosos vem aumentando a cada ano. Isto é reflexo das condições e
qualidade de vida além da melhoria dos diagnósticos preventivos e também da tecnologia
direcionada para este grupo de pessoas. Segundo dados do IBGE (2006), a previsão é de que em
2020 haja 25 milhões de pessoas idosas no país. Neste contexto surge a necessidade de
discussões a respeito do idoso, pois esta mudança gera a necessidade de criação de estratégias
de adequação na estrutura social para que os idosos, não fiquem distantes de um espaço social,
em relativa alienação, inatividade, dependência, consequentemente sem qualidade de vida.
Neste âmbito a Universidade Guarulhos (UnG) em meados de 2008, de forma pioneira na macro
região, criou a Universidade Aberta da Terceira Idade (UATI), possibilitando um espaço de
interação entre alunos, professores e comunidade, viabilizando uma aproximação da
universidade com as realidades encontradas junto à comunidade. A inter-relação se dá por meio
de disciplinas divididas em cinco áreas: Saúde e Bem-Estar; Arte e Lazer; Cidadania; Cultura e
Tecnologia. Para a discussão e reflexão das atividades realizadas, além do planejamento são
desenvolvidas reuniões mensais entre os facilitadores e coordenação do programa, no intuito de
nivelar a abordagem voltada ao idoso, além de plantões para a produção científica. Neste
sentido o programa tem um papel primordial para a construção dos diversos vínculos entre os
alunos, professores e idosos, gerando um ambiente de ensino, pesquisa e extensão. O vínculo
criado entre os idosos é visivelmente percebido nas atividades propostas em que os alunos
interagem de forma espontânea, buscando o aprendizado de novos saberes além da sala de aula,
auxiliando na construção de seu próprio conhecimento, onde é possível trabalhar a abordagens
como: escuta, atenção, reflexão, comunicação e inter-relação. O envelhecimento pode ser um
período de tristeza e negação, assim como de felicidade e possibilidades, o que irá depender da
percepção de cada um sobre si mesmo. Sendo assim, a pessoa idosa precisa acreditar que possui
potencial para a realização de grandes projetos, como os mais jovens, aonde suas habilidades e
possibilidades vão muito além da força física. Desta forma o programa de extensão da UATI vem
ganhando visibilidade tanto dentro do campus quanto da comunidade, permitindo a integração
entre estes, com antecipação da prática na formação acadêmica. Assim o programa da UATI tem
desempenhado seu papel e busca cumprir suas propostas enquanto objetivos: Promover o
desenvolvimento do ser humano, trabalhando os aspectos psicológicos, sociais, físicos, cognitivos
e artísticos, aprendendo a conviver na sociedade moderna, dinâmica e globalizada.
Palavras chave: idoso / vínculo / extensão
DHJ - 002
Direitos humanos e igualdade de gênero: um breve relato de três experiências
educacionais
Karin Larissa Munhoz; Adriana Ferreira Sefarim de Oliveira.
Instituição: Universidade Metodista de Piracicaba
E-mail de contato: [email protected]
A Extensão Universitária proporciona o diálogo entre o saber acadêmico e o saber popular,
gerando a reflexão da vivência extensionista na produção de conhecimento científico. Este
trabalho tem como objetivo divulgar experiências educacionais realizadas em três municípios
brasileiros: Brasilândia/MS (Julho de 2014) e Assentamento Reunidas em Promissão/SP
(Novembro de 2014), por meio do Programa UNIMEP na Comunidade; e Pirpirituba/PB, (Janeiro
de 2015), no contexto do Projeto Rondon. As intervenções tiveram como base a promoção dos
Direitos Humanos e a Igualdade de Gênero, por meio da lei 11.340/2006, conhecida por lei
Maria da Penha. As ações pautaram-se em oficinas e conversas com grupos constituídos por
pessoas de diversas idades, buscando obter o máximo possível do que elas compreendiam sobre
tal temática e esclarecendo-as sobre a importância da mesma em as suas vidas. A Declaração
Universal dos Direitos Humanos, quando adotada pela Assembleia Geral da Organização das
Nações Unidas, veio como uma garantia inalienável e inerente de direitos civis, políticos e
econômicos ao ser humano. Ressalta-se que nestes direitos está presente a igualdade de gênero,
sendo o segundo tema abordado nas ações. Ademais, posteriormente, foram realizados diversos
pactos e tratados internacionais, uma vez que a declaração é uma resolução da Assembleia Geral
e a adesão dela é de caráter voluntário pelos países que a reconheceram. O Brasil, ao ratificar os
pactos e tratados internacionais, que fortaleceram o reconhecimento universal dos direitos
humanos, assegurou estes artigos na Constituição Federal de 1988, mais precisamente no artigo
5º, tendo como dever o cumprimento e a promoção dos mesmos no Direito Interno, implicando
no entendimento da população do que são esses direitos. O Brasil é um país multicultural, com
diferentes costumes, realidades e valores, e o brasileiro à primeira vista é adaptável a essa
multiculturalidade. As conclusões obtidas nas três experiências foram distintas. No assentamento
Reunidas em Promissão, a população tem uma formação política que vem desde o período de
luta pela terra e que continua no acesso a outros programas e direitos, sempre conquistados
coletivamente. Há acesso ao conceito de direitos humanos e uma luta constante pelo exercício
da cidadania. Nos outros locais, o acesso ao conhecimento dos direitos ainda parece distante
devido à ausência de debates sobre a temática e mesmo a ausência de exemplos práticos de
acesso a esses direitos. Constatou-se, portanto, que a ausência do Estado na promoção dos
direitos sociais, políticos e econômicos deixa a população carente a mercê do antigo voto de
cabresto, do regimento por leis próprias e do descaso, falhando o Estado na aplicação e no
cumprimento pleno de seus deveres frente aos tratados internacionais ratificados.
Palavras chave: Extensão Universitária / Direitos Humanos / Igualdade de Gênero
DHJ - 003
PROGRAMA UFF MULHER: articulando extensão universitária, gênero e direitos
humanos
Luciana Gonzaga Bittencourt; Maria Beatriz Costa Soares; Maria Lucia Melo Teixeira de Souza;
Rita de Cassia Santos Freitas; Nivia Valenca Barros.
Instituição: Universidade Federal Fluminense
E-mail de contato: [email protected]
Em 2010, a PROEX/UFF - criou o Projeto UFF Mulher tendo como marco inicial atividades
comemorativas para o 8 de março - Dia Internacional da Mulher. Em 2013, passou a contemplar a
temática gênero, transformando-se em Programa.Em parceria com os Núcleos de Direitos
Humanos e Cidadania (NUDHESC) e de Pesquisa Histórica sobre Proteção Social (NPHPS) da
Escola de Serviço Social da UFF, se insere no campo temático que estuda os processos de
construção da proteção social no município de Niterói. Entende-se proteção social e direitos
humanos enquanto práticas sociais de longa duração histórica e destinadas aos cuidados com a
vida humana, podendo se exercer tanto na esfera pública como na privada. Tem como objetivos
principais: 1)promover o diálogo e a troca de saberes entre a Universidade e a sociedade por
meio de diferentes atividades relacionadas às áreas de gênero, direitos humanos, saúde,
educação e qualidade de vida; 2) difundir ações de extensão que trabalhem questões dentro
dessas temáticas; 3) fomentar a articulação de ações em rede , para o enfrentamento das
violações de direitos humanos, desigualdades de gênero, envolvendo várias instituições numa
ação intersetorial. Para isso, o Programa, desde sua criação inicia suas ações em março a partir da
homenagem ao Dia Internacional da Mulher - 8 de março. Tendo como público-alvo a
comunidade interna e externa à UFF, realiza diferentes atividades como ações de rua, mesasredondas, encontros, debates e apresentações culturais ao longo do ano nos campi da UFF na
sede e nas unidades fora da sede. A inserção de discentes de diversas áreas na organização e
planejamento de suas atividades contribui para uma nova prática do processo pedagógico,
apontando para a formação contextualizada aos problemas e demandas da sociedade
contemporânea. Tem como metodologia ações ancoradas em atividades de pesquisa e ensino,
fomentando um processo de diálogo constante entre esses espaços, tendo como resultado a
construção e debate de disciplinas, bem com possibilitam identificar campos novos objetos de
pesquisa. Assim, cumpre mais uma vez nossa missão enquanto Extensão: conhecer, trocar,
interagir com aqueles que compõem a sociedade. Para cada atividade há um tipo de ação
atrelada que é determinada através de reuniões com a equipe organizadora e possíveis parceiros
para as atividades integradas. A avaliação acontece por meio de formulários de avaliação de
cada atividade específica pela equipe de organização e pelo público-alvo. Além disso, há o
registro de todas as atividades através de fotos e vídeos, divulgados no site da UFF e da PROEX. O
Programa,longo de 5 anos, já realizou mais de 30 atividades em diferentes municípios,
atendendo um público de mais de 15.000 pessoas. Portanto, se analisarmos o número de pessoas
que já foram atingidas pelas ações do Programa, percebemos que sua proposta vem
promovendo o debate sobre questões de gênero e direitos humanos, principalmente sobre o
universo feminino estendendo as ações de extensão para além dos muros da Universidade, assim
como fomentando esse debate internamente junto a diferentes escolas e departamentos.
Palavras chave: Extensão Universitária/Gênero/Direitos Humanos
EDU - 001
Cursinho Pré Vestibular GeraBixo: Ultrapassando os Portões das Universidades
Ana Caroline Bertoncin; André Fernandez Rolim da Silva; César de Oliveira Ferreira Silva; Thais
Nayara Fogaça da Rocha; Marcel Torres Araújo; José Arnaldo Frutoso Roveda; Ana Paula Loro.
Instituição: Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho - Unesp
E-mail de contato: [email protected]
Introdução: Diante do cenário de defasagem da educação pública do país, nos níveis básico e
médio, e frente a importância pessoal e profissional de se ter um curso superior, criou-se, em
agosto de 2006, o cursinho pré-vestibular da UNESP Sorocaba de caráter sócio inclusivo,
proporcionando maiores possibilidades a alunos de baixa renda de ingressarem no ensino
superior com aulas ministradas, majoritariamente, pelos alunos do campus. No começo das
atividades, contava-se com 20 alunos da rede municipal e, atualmente, tem-se duas turmas
extensivas totalizando 120 estudantes com material didático individual e gratuito, entre outras
vantagens. Objetivo: O projeto de extensão "Cursinho pré-vestibular Gerabixo" foi criado com o
objetivo de, por meio da participação de alunos do campus e de outras faculdades, ministrar
aulas expositivas diárias, para alunos financeiramente carentes, provenientes da rede pública de
ensino de Sorocaba e região. Além disso, via-se a possibilidade de alunos da UNESP
desenvolverem técnicas de oratória e didática. Métodos: O cursinho GERABIXO seleciona seus
alunos através de um processo seletivo, disponibilizando anualmente 120 vagas sendo: 60 no
período da manhã e 60 no período da noite. Além das aulas, também são oferecidos dois projetos
extraclasse que visam aprimorar o aprendizado do aluno: o Sabadão, no qual os alunos têm a
oportunidade de rever e aprofundar a matéria vista em sala de aula e, os plantões de dúvidas,
para resolução de exercícios e também esclarecimento de dificuldades relacionadas ao
vestibular. Outro recurso utilizado para assessorar os alunos é a tutoria que foi implementada no
cursinho para que cada aluno tivesse um acompanhamento mais próximo por parte de um
professor, cuja responsabilidade é acompanhar o desempenho do aluno dentro do GeraBixo,
bem como orientá-lo em diversas questões relacionadas ou não aos estudos. A fim de
acompanhar a qualidade de ensino ao longo do ano, o cursinho realiza mensalmente uma prova
simulada de vestibular múltipla-escolha e dissertativa, além de uma avaliação semestral de seus
professores. Resultados: O GeraBixo cresce a cada ano, visto as aprovações em instituições
públicas e privadas desde o ano de 2006, início do projeto. Foram 7 aprovações logo no primeiro
ano e, este número subiu para 20 aprovados no segundo, considerando faculdades públicas e
privadas. Em 2008 os números aumentaram mais uma vez, com 17 aprovações apenas em
instituições públicas. A tendência se manteve nos anos de 2009 e 2010 totalizando 36
aprovações, sendo 20 em universidades públicas. No ano de 2011 foram 26 aprovações em
universidades e concursos públicos, além de faculdades técnicas e privadas. Em 2012, 47 alunos
ingressaram em universidades, sendo 37 em públicas e 10 em privadas.Conclusão: Apesar do
crescimento do GeraBixo e do crescente número de beneficiados, depara-se com grandes
dificuldades para manter um projeto dessa dimensão e, entre elas, destaca-se o alto índice de
evasão por parte dos alunos. Tal fato deve-se, principalmente, ao elevado custo do transporte e e
à distância entre o campus e a moradia. Tais obstáculos fazem do GeraBixo um desafio para
todos, buscando sempre melhorar e beneficiar aqueles que mais carecem.
Palavras chave: Educação/Extensão/Cursinho/Pré-vestibular
EDU - 002
Núcleo de Apoio a Acessibilidade da Universidade Guarulhos
Ana Caroline Zacarias Delfiol Silva; Everton Luiz dos Santos; Lis Lakeis Bertan; Alexandre Sabbag
da Silva; Aline Zonta; Jose Renato Romero; Eder Ribeiro dos Santos; Igor Gomes da Silva; Fabio
Cardoso; Marco Aurelio Nemitalla Added; Renata Tadeu Fernandes Bastianelli.
Instituição: UNIVERSIDADE GUARULHOS
E-mail de contato: [email protected]
A Constituição Federal determina que deve ser garantido a todos os educandos o direito de
acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, de acordo com a
capacidade de cada um. Para atender esta demanda as Instituições de Ensino Superior (IES)
devem promover mudanças de modo que consiga possibilitar a todos sem exceção um ensino de
qualidade que respeite as diferenças e especificidades do ser humano, ou seja, na perspectiva da
inclusão não é o aluno que se adapta ao ensino e sim a IES que deve promover meios para que
este aluno tenha acesso ao conhecimento. Desta forma, baseados em uma perspectiva da
universidade para todos os professores, que deveram encontrar meios para ensinar os alunos,
independente de suas necessidades físicas, mentais, psicológicas e sociais, trazendo a
oportunidade do indivíduo ser inserido dentro do grupo. O diálogo entre diversos profissionais é
necessário para o aprofundamento e melhor desempenho, seja do aluno, do professor ou do
profissional da área, garantindo e capacitando o corpo institucional por meio do compromisso
ético na educação. No entanto, o diálogo só acontece quando as partes que se respeitam
mutuamente e não assumem uma posição de superioridade de conhecimento e de dominação
sobre o outro. Nesta perspectiva a Universidade Guarulhos (UnG), por meio de programa de
extensão universitária criou em meados de 2006 o Núcleo de Apoio a Acessibilidade UnG
(NAAUNG) que tem como objetivo propiciar o acesso e a permanência qualificada das pessoas
com deficiências, por meio da redução de barreiras arquitetônicas, comunicacionais,
informacionais, atitudinais e curriculares. O projeto tem como meta a autossustentação, por
meio da apresentação de projetos aos órgãos de fomento para captação de recursos, assim como
a celebração de alianças estratégicas com universidades, centros de pesquisa, associações e
organismos públicos e privados, bem como, a discussão da problemática propagando o
conhecimento e promovendo a aplicabilidade, supervisão e execução das ações de
acessibilidade no âmbito da Universidade. Nessa perspectiva, a UnG acredita que a inclusão da
pessoa com deficiência requer um conjunto de ações individuais e coletivas e, dentre elas, a
acessibilidade ocupa papel preponderante na promoção da igualdade social. A inserção de
questões que afetam a acessibilidade nas vivências da multidisciplinaridade e
interdisciplinaridade em todas as instâncias da Instituição, faz com que haja conscientização dos
colaboradores bem como na comunidade acadêmica sobre a importância de oferecer
alternativas à permanência das pessoas com necessidades especiais, e atuando não apenas no
âmbito educacional, mas também enquanto local de trabalho. O núcleo ainda, integra o processo
de auto avaliação institucional onde é verificado o nível de satisfação dos usuários, visando à
promoção e a melhoria das ações e atividades.
Palavras chave: Ensino/ inclusão / deficiência
EDU - 003
Atividade Assistida por Animais: Projeto Cão Especial e Inclusão
Ana Maria Lopes; Thamara Aparecida Silva Coelho.
Instituição: UNESP
E-mail de contato: [email protected]
A relação homem/cão ocorre há milhares de anos mas apenas recentemente esse vínculo cresceu
e tornou-se uma ferramenta terapêutica. A Atividade Assistida por Animais, AAA, consiste na
visitação com finalidade de recreação e distração e não envolve necessariamente profissionais da
área de saúde. O contato com o animal estimula a socialização e a comunicação,promovendo
benefícios físicos,sociais e emocionais. Essa atividade pode ser aplicada a idosos, crianças em
idade escolar, indivíduos hospitalizados e deficientes físicos e intelectuais. Estes
especificamente,sentem-se rejeitados pela sociedade, que não os enxerga como cidadãos muitas
vezes capazes de desenvolver tarefas e cooperar com a sociedade. O projeto Cão Especial surgiu
de uma demanda por atividades com jovens e adultos especiais,já que na cidade não havia um
local para receber essa clientela a partir dos 18 anos de idade. O objetivo do trabalho é mostrar
os benefícios da interação entre cães e adultos com deficiência intelectual que frequentam o
Centro de Interação e Educação Especial em Botucatu, SP. Foram selecionados 23 jovens e
adultos com diversos graus de deficiência intelectual, com acompanhamento de professoras e
funcionários do Centro e seis cães escolhidos por sua capacidade de socialização e habilidade em
desenvolver atividades com diferentes grupos de pessoas. As atividades ocorreram ao ar livre,
sempre que possível, e consistiram em levar os cães pela guia,escovar os pelos, jogar a bolinha,
oferecer água e biscoitos. Os encontros duravam uma hora e meia e os alunos, divididos em
grupos.Os cães tiveram acompanhamento veterinário frequente e antes das visitas eram
banhados e tosados, se necessário. A presença dos animais não deve ser imposta,então nas
primeiras visitas eles foram apresentados aos alunos para observarmos reações inesperadas.
Poucos não aceitaram e nossa chegada com os cães sempre foi motivo de alegria; alguns alunos
ajudavam a retirá-los do carro e nos acompanhavam no final da atividade. Durante as visitas
pudemos notar que a interação entre alunos e entre eles e professores melhorou; todos queriam
contar uma história sobre seus animais de estimação; os cadeirantes se divertiram com os cães
menores que puderam seguram no colo; os alunos com distúrbios mais graves,no momento da
visita tornaram-se mais ativos; alguns pais quiseram conhecer pessoalmente os animais e
disseram rever seus conceitos. A AAA mostrou-se uma alternativa para melhorar a qualidade de
vida dos alunos,professores e funcionários do Centro;formou laços afetivos entre nós e
demonstra que a extensão universitária deve fazer parte das atividades de alunos e docentes
como forma de aproximá-los da realidade extramuros. Através do projeto Cão Especial os alunos
do CIEEJA puderam participar de evento do Instituto de Biociências e serem vistos como pessoas
que fazem parte da sociedade.
Palavras chave: Atividade Assistida por Animais/ Adultos Especiais/ Inclusão
EDU - 004
UNATI: ESPAÇO DE ENCONTROS INTERGERACIONAIS E INTERDISCIPLINARES
Ana Vitoria Borges Geraldi; Ana Maria Rodrigues de Carvalho; Thaís Souza Paulillo; Anneliz
Marini Paschoaletti Perri dos Ssntos.
Instituição: UNESP - Faculdade de Ciências e Letras de Assis
E-mail de contato: [email protected]
A Universidade Aberta à Terceira Idade (UNATI), da Universidade Estadual Paulista Júlio de
Mesquita Filho - UNESP Campus de Assis é um projeto de extensão universitária financiado pela
Pró-reitoria de Extensão Universitária - PROEX, apoiado pela Fundação para o Desenvolvimento
da Unesp -FUNDUNESP- que atende a população idosa de Assis e região. O projeto visa
contribuir para a qualidade de vida dos idosos por meio de atividades que possibilitem a criação
e ampliação de vínculos sócio-culturais e afetivos, a aquisição de conhecimentos, além de espaço
de crescimento pessoal e profissional para os universitários e outros participantes. A UNATI
adota o pressuposto de que o envelhecimento é um processo natural e que há muitas maneiras
de vivenciá-lo, afastando a ideia de imobilidade e insuficiência. Em 2015, o projeto oferece 34
oficinas/cursos, sob a responsabilidade de 75 voluntários, conta com a participação de 332
idosos (predominantemente mulheres), muitos dos quais participam de mais de uma atividade,
resultando em 794 matrículas. A equipe de coordenação do projeto é constituída por docente,
servidor técnico-administrativo e estudantes de graduação (bolsistas de extensão e voluntários).
As oficinas/cursos interdisciplinares acontecem de segunda à sexta-feira, nos períodos matutino
e vespertino, envolvendo atividades físicas, artísticas, didáticas e culturais dentre elas: esportes,
dança de salão, fisioterapia, ginástica meditativa, capoeira, yoga, arraiolo, relaxamento, espaço
artesanal, desenho e perspectiva, seresta, línguas estrangeiras (inglês, francês, alemão, espanhol,
italiano, japonês), letramento, alimentação, informática, jogos da mente e encontros com a
terceira idade. No convívio com esses idosos temos observado a importância que esses espaços
têm ao proporcionar-lhes experiências grupais, disparadoras da construção de novos
aprendizados, vínculos afetivos, re-significação do envelhecimento, bem como reelaboração da
autoestima, à medida que se reconhecem disponíveis para novos encontros, saberes e
habilidades. Os encontros intergeracionais, inicialmente movidos pela curiosidade, vão perdendo
a estranheza, à medida que o respeito mútuo sustenta os vínculos mais significativos. Merecem
destaque, os efeitos desses encontros (estudantes-idosos) na formação dos futuros profissionais,
ao proporcionarem oportunidades para articularem teoria e prática, compreenderem as
demandas da terceira idade e socializarem novos conhecimentos. Finalmente, apontamos que,
para os beneficiários dessa ação extensionista, a oportunidade dos encontros intergeracionais e
interdisciplinares, ao ampliarem seus círculos de relações, contribuem para potencializar o bem
estar, assim como para reforçar e estimular processos cognitivos. E ainda, aos estudantes o
encontro com a realidade concreta, por meio do envolvimento com a comunidade, contribui
para uma formação cidadã, mais ética, atenta às discriminações, comprometida com as
transformações da sociedade.
Palavras chave: terceira idade/Unati/envelhecimento
EDU - 005
As possibilidades pedagógicas da produção de materiais didáticos com recursos
alternativos
Ariane Martins; Silvana Claudia dos Santos.
Instituição: Universidade Federal de Viçosa
E-mail de contato: [email protected]
O presente trabalho tem como objetivo apresentar o desenvolvimento de um projeto de
extensão que prevê a produção de materiais didáticos com recursos alternativos e de baixo
custo, visando potencializar a formação de professores para atuarem na Educação Básica. A
diversificação de metodologias didáticas é imprescindível no ensino, principalmente, em uma
época em que o avanço tecnológico é iminente. Assim, a existência de um Laboratório de Ensino
para ações formativas junto a futuros professores torna-se fundamental. Partindo dessa ideia, no
Departamento de Educação da Universidade Federal de Viçosa (UFV), desde 2014, tem sido
desenvolvido o projeto de extensão "Laboratório Multidisciplinar de Ensino: produzindo
materiais didáticos com recursos alternativos e promovendo vivências pedagógicas".
Considerando que há número significativo de alunos que realizam o curso de Pedagogia, um dos
cursos vinculados a esse Departamento, que ainda não são professores e que possuem pouca
experiência em sala de aula, percebe-se o quão importantes são as vivências pedagógicas que
articulam a teoria e a prática nas diversas áreas do conhecimento. O Laboratório de Ensino e,
sobretudo, as práticas e reflexões que nele ocorrem, servem de subsídio à docência e à
investigação. Além disso, o Projeto possui um papel social, na medida em que contempla o uso
de recursos alternativos que, ao invés de serem descartados, muitas vezes indevidamente, podem
ser utilizados em ambientes educacionais. Sendo assim, foram desenvolvidas as seguintes ações:
pesquisa sobre diferentes materiais didáticos e as possibilidades de produção com uso de
recursos alternativos e de baixo custo; produção de diversos materiais, em áreas variadas;
elaboração da descrição e sugestão de atividades de cada um dos materiais produzidos, no
formato de'manual instrucional'; oficinas com os alunos do curso de Pedagogia para a produção
de materiais didáticos; e mostras dos materiais produzidos, visando à divulgação do trabalho. Ao
longo do desenvolvimento dessas ações pôde-se perceber a reação positiva das pessoas que
frequentaram o Laboratório de Ensino do DPE e observaram os materiais produzidos. Diante
disso, percebe-se a emergente necessidade de um espaço que realmente funcione como
Laboratório de Ensino e de produção de materiais didáticos, além de proporcionar vivências
pedagógicas significativas aos futuros docentes, conforme é preconizado, inclusive, nas
exigências do currículo. Em 2015 o projeto continua em andamento, porém, o interesse agora é
de levar a produção desses materiais para dentro das salas de aula, proporcionando vivências
significativas para a aprendizagem dos alunos e subsidiar o trabalho do professor.
Palavras chave: Materiais didáticos/Meio ambiente/Arte e Educação/Práticas Pedagógicas
EDU - 006
Boas Práticas Interpessoais na Escola.
Bruna Sontag; Rita Maria Manjaterra Khater.
Instituição: PUC - Campinas
E-mail de contato: [email protected]
A proposta de extensão desenvolvida pela PROEXT da PUC Campinas no ano de 2014 teve por
objetivo promover atividades com a participação de professores das escolas de ensino infantil e
fundamental da rede municipal de ensino de Campinas, com ênfase nos processos afetivos
presentes nas relações interpessoais que ocorrem no contexto escolar. A perspectiva teórica
desta proposta parte das contribuições de Henri Wallon no entendimento da relação do eu e do
outro , onde a afetividade é considerada como um dos elementos essenciais para o processo de
desenvolvimento humano. O método de intervenção teve o formato de grupos de estudos
realizados no Centro de Formação Técnica e Pedagógica da Secretaria Municipal de Campinas
(CEFORTEPE) com a participação espontânea de professores e gestores de ensino fundamental e
de educação infantil da rede pública do município .De abril a novembro de 2014 foram
realizados 3 grupos de estudos com 11 encontros semanais e duração de 3 horas cada encontro .
Cada grupo de estudos contou com 15 participantes com formação em pedagogia e cargos
diversificados entre professoras,diretoras e coordenadoras pedagógicas que se inscreveram a
partir de edital no Diário Oficial do Município onde um elenco de cerca de 20 outras alternativas
de formação são oferecidas trimestralmente. Cada um dos grupos se reuniu semanalmente para
se apropriarem da proposta waloniana contextualizada na realidade trazida do cotidiano de cada
escola de origem do participante .Esses encontros contaram com a participação da docente
extensionista e da bolsista ambas com o papel de facilitadores das reflexões e estudos do grupo.
Ao término dos 11 encontros cada grupo produziu material informativo, versando sobre a prática
da afetividade enquanto facilitadora das relações interpessoais no contexto escolar. Esse
material confeccionado pelo grupo com a bolsista enquanto facilitadora foi disponibilizado nos
ambientes escolares de origem de cada participante com a proposta de divulgar as reflexões do
grupo de estudos para colegas da rede municipal de ensino e eventualmente estimular a
participação de outros professores em futuros grupos. È importante registrar o empenho de cada
uma das participantes na preparação do material final para divulgação tornando o personalizado
para cada grupo. Uma constatação registrada em avalição pelas participantes foi de que as
relações interpessoais no ambiente educacional precisam urgente de resgate de boas práticas. O
depoimento desses participantes, ao final das atividades, registra enfaticamente um resultado
altamente satisfatório no que se refere à motivação de cada participante para colaborar no
aprimoramento dos processos afetivos presentes nas relações interpessoais do contexto
educacional de suas unidades de ensino e também dão testemunhos de mudança de postura em
sala de aula e no trato com colegas e familiares.
Palavras chave: educação/ processos afetivos/ relações interpessoais
EDU - 007
AS FRAGILIDADES DO ENSINO SUPERIOR QUE INTERFEREM NO
DESENVOLVIMENTO DOS MAIS CAPAZES
Carina Alexandra Rondini; Adriane Gallo Alcantara da Silva; Camila Incau.
Instituição: Universidade Estadual Julio de Mesquita Filho- Unesp/ Campus Assis
E-mail de contato: [email protected]
O presente trabalho se insere no campo do Ensino Superior. Trata-se de uma pesquisa realizada
durante o curso temático denominado: "Altas Habilidades" "Super Dotação" - Entendendo os
alunos com capacidade elevada. O curso foi ofertado aos graduandos em licenciaturas,
pedagogia e psicologia, no ano de 2015, em uma universidade pública no interior do Estado de
São Paulo visando elucidar melhor as características das Altas Habilidades ou Superdotação
(AH/SD). É sabido que na grade curricular dos cursos supracitados não se aborda tal temática, o
que favorece o desconhecimento científico, contribuindo para que os futuros profissionais, ao
adentrarem no mercado de trabalho aumentem o contingente de professores e psicólogos que
deixam à margem, de um Atendimento Educacional Especializado (AEE), os alunos mais capazes,
além de encaminhá-los, erroneamente, ao sistema de saúde, muitas vezes, com hipótese de
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Em decorrência disso, pretendeu-se
sondar o ideário dos participantes acerca das características dos alunos com Altas Habilidades ou
Superdotação e dos alunos com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Foi utilizado
um questionário com 31 'itens', no qual, os graduandos indicaram as características pertencentes
aos grupos (AH/SD - TDAH). Colaboraram com a pesquisa 34 graduandos, com média de 21
anos (dp = 2 anos, min = 18 e max = 27), majoritariamente do sexo feminino, 82,4%. Alguns
resultados obtidos sinalizaram equívocos dos participantes em relação às características desses
alunos. Para 61,8% o aluno com TDAH é aquele que geralmente seu desempenho é considerado
baixo ou que falta motivação, já para 50,0%, os alunos interessados e perguntadores são os que
possuem AH/SD, e para 41,2% essas são características de ambos os grupos. Abordando a
questão do tédio em relação às atividades curriculares regulares, 73,5% dos participantes
responderam que esta é uma característica que se apresenta comumente ao aluno com AH/SD e
TDAH, todavia, para 76,5% a dificuldade de atenção foi praticamente atribuída, somente, ao
aluno com TDAH. Tais resultados sinalizam para a necessidade de suprir o déficit existente na
formação inicial, de professores e psicólogos, a fim de contribuir para melhoria da prática
profissional e, consequentemente, para o melhor entendimento do aluno mais capaz tanto na
escola regular como no Atendimento Educacional Especializado.
Palavras chave: Altas Habilidades/ Superdotação/ TDAH/ Graduandos/ Ensino superior
EDU - 008
UNIMEP NA COMUNIDADE: UMA EXPERIÊNCIA NA ALDEIA OFAIÉ EM MS
Carlos Bruno de Castro; Jose Eduardo da Fonseca; Marcia Aparecida Lima Vieira.
Instituição: Piracicaba - SP
E-mail de contato: [email protected]
Em 2014 foi realizado outra edição do projeto Unimep na Comunidade, em que alunos
extensionistas foram para o município de Brasilândia-MS, para atuação em ações de extensão
nas áreas de educação, direito, saúde e cultura. Na etapa de preparação das oficinas os alunos
elaboraram os planos de trabalho com antecedência na Universidade, viabilizando o
aperfeiçoamento dos projetos que seriam desenvolvidos no local. Nesta etapa os alunos tiveram
atividades que possibilitaram a formação em diferentes áreas do conhecimento para uma
atuação interdisciplinar. Como parte da programação das ações extensionistas foram realizadas
oficinas na aldeia indígena Ofaié, localizada em uma pequena reserva próximo à cidade. Os
Ofaiés foram declarados extintos em 1970 e redescobertos acidentalmente por um jornalista
durante uma entrevista na cidade de Brasilândia. Os indígenas, na tentativa incessante de
repovoar sua aldeia e manter sua cultura e costumes, miscigenaram sua tribo com outras tribos
locais, pela baixa quantidade de Ofaiés ainda existentes. Mesmo com todo desenvolvimento e
urbanização as tradições da aldeia ainda se mantém vivas. Foram realizadas diversas atividades,
dentre as quais, realizamos contação de historias. Este foi um momento inesquecível e que
surpreendeu muito os alunos, devido ao fato de que contar historias desperta a imaginação e é
uma forma lúdica de ver o mundo. Então ao contar historias para pequenos Ofaiés foi possível
ouvir também histórias deles, portanto aquilo que seria realizado para eles, foi realizado com
eles, num compartilhar de contos, lendas e histórias que marcam nossa cultura. A partir deste
dialogo, que possibilitou a troca de conhecimentos, no qual os alunos puderam ouvir as histórias
destas crianças, notamos que naquele momento estávamos iniciando uma transformação, mas
estávamos sendo também transformados. Importante destacar que as oficinas realizadas na área
de saúde tiveram como foco a prevenção e a promoção da mesma; Alunos de fisioterapia
realizaram oficinas de shantala, aferição de pressão, orientação postural com idosos e
adolescentes; Alunos da Farmácia realizaram orientação medicamentosa com o intuito de
responder a quaisquer duvidas da comunidade em questão e Alunos do Direito e das Relações
Internacionais executaram oficinas com o propósito de orientar a população indígena sobre
direitos humanos e a lei Maria da Penha, o objetivo dessa oficina era discutir com a comunidade
se eles tinham alguma duvida sobre esses direitos. O projeto concedeu a oportunidade dos
alunos envolvidos vivenciarem novos sentimentos, de possibilidade de um mundo mais humano,
mais fraterno e da riqueza cultural de nosso país. As ações de extensão tem mesmo este
propósito de oportunizar a experiência prática interdisciplinar, relacionada com a teoria visando
a elaboração de novos conhecimentos, relevantes para a Universidade e para a Comunidade.
Podemos afirmar que aprendemos muito mais com eles do que ensinamos. Só foi possível essa
experiência transformadora graças ao empenho da equipe de alunos sob a coordenação de
professores, que nos apresentaram as possibilidades de diálogo com uma realidade existente,
mas muitas vezes esquecida. Como extensionistas, concluímos que para uma formação
acadêmica completa é imprescindível a indissociabilidade entre pesquisa, ensino e extensão.
Palavras chave: Aldeia/ Extensão/ Comunidade
EDU - 009
Experiência de Inclusão de Aluno Deficiente Visual na Universidade Guarulhos
Caroline Galatti Moura Coelho; Everton Luiz dos Santos; Caroline Teixeira Graf Nunes; Jose
Renato Romero; Eder Ribeiro dos Ssntos; Igor Gomes da Silva; Lis Lakeis Bertan; Alexandre
Sabbag da Ssilva; Aline Zonta; Keyti Expedita Ribeiro Nascimento; Marco Aurelio Nemitalla
Added.
Instituição: UNIVERSIDADE GUARULHOS
E-mail de contato: [email protected]
Falar de deficiente visual remete a descrições e relatos sobre como deve ser viver na escuridão,
imaginar tudo à volta, sentir, ouvir pessoas sem a oportunidade de ver seu rosto, suas expressões
faciais, sua comunicação não verbal. Com este relato de experiência queremos esclarecer alguns
pontos fundamentais no processo de construção da prática da educação inclusiva para alunos do
ensino superior. Neste contexto, o Núcleo de Apoio a Acessibilidade da UnG (NAAUNG)
descreve os procedimentos realizados para atendimento e acompanhamento de um aluno
deficiente visual regularmente matriculado no curso de ciências biológicas da Universidade
Guarulhos (UnG). Dos procedimentos, destaca-se a comunicação presencial entre o avaliador e
avaliado, sendo possível identificar reações minuciosas durante o processo de entrevista, que
podem facilitar o entendimento das reais necessidades do aluno. Para isso, deve-se
disponibilizar um dia, hora e local fora da rotina acadêmica, solicitando laudo médico para
compreensão sobre as questões patológicas. Na entrevista pode ser questionado sobre: quais as
principais dificuldades encontradas no dia-a-dia? Como foi seu processo escolar antes de entrar
na universidade? Que recursos facilitam a comunicação no processo acadêmico? E quais as
principais dificuldades encontradas em sala de aula? De forma compacta o aluno respondeu que
possui acuidade visual reduzida, tendo problemas em relação à visualização de cores e luz,
principalmente com desenhos na lousa e utilização de cores de caneta pilot, contudo na
visualização das palavras, mesmo fazendo uma leitura aproximada com lupa e com letras
ampliadas consegue realizar. Em relação aos estudos sempre apresentou dificuldade na leitura,
porém acompanhava as aulas através da fala do professor. Possui um programa próprio que
realiza leitura de textos. Como conduta de acompanhamento o aluno obteve permissão para
gravar as aulas. Os docentes forneciam material impresso para que o aluno pudesse utilizar o
programa de leitura. Foram criadas provas ampliadas e disponibilização de lupa digital para
realização de provas presenciais, além da entrega de cartilha de orientação aos docentes a
respeito da deficiência visual. A Instituição ainda desenvolveu uma rota de acessibilidade com
piso podotátil, mapa tátil e colocação de corrimão direcionando acessos a elevadores e salas de
aula. Todo processo foi discutido e acompanhado por uma equipe multiprofissional derrubando
as barreiras arquitetônicas e atitudinais, entretanto é necessário o acompanhamento do aluno no
processo ensino-aprendizagem, bem como a percepção de novas demandas para aperfeiçoar o
atendimento e a inclusão de alunos deficientes visuais.
Palavras chave: Ensino / inclusão/ deficiência
EDU - 010
RELATO DE EXPERIÊNCIA: PROJETO 'HUMANIZAÇÃO HOSPITALAR'
Cassiana Mendes Bertoncello Fontes; Maria Helena Borgato; Carmen Casquel Monti Juliani;
Marcília Rosana C. B. Gonçalves; Milena Raquel Tácito Silva.
Instituição: Universidade Julio de Mesquita Filho - UNESP - Faculdade de Medicina de BotucatuDepartamento de Enfermagem
E-mail de contato: [email protected]
Introdução: as atividades do projeto de extensão universitária denominada "Humanização
Hospitalar" foram idealizadas entre 2013/2014 por docentes do Departamento de Enfermagem
da Faculdade de Medicina de Botucatu para atender demanda apresentada por gestores da
Santa Casa de Laranjal Paulista- distante 100 Km de Botucatu-SP-e da Associação de Voluntárias.
Foi aprovado como projeto de extensão pela PROEX-UNESP para ser desenvolvido em 2015,
com concessão de uma bolsa de aluno de graduação de enfermagem. Objetivos: realizar oficinas
de Planejamento Estratégico Operacional; estimular a educação permanente com a equipe
multiprofissional da instituição com a finalidade de identificar e discutir os temas sobre
humanização. Avaliar a metodologia empregada no desenvolvimento e promover a interação das
ações de educação em saúde no contexto da Universidade constituem objetivo docente.
Metodologia: metodologias ativas são utilizadas para estimular a participação dos colaboradores
como oficinas de acolhimento, exposiçao dialogada; encenação de fatos do cotidiano hospitalar;
problematização. Nos três primeiros encontros com os colaboradores foram utilizados os quatro
momentos do Planejamento Estratégico Situacional: o Explicativo, o Normativo, o Estratégico e o
Tático-Operacional, que direcionaram a identificação dos problemas potenciais e reais dos
processos de trabalhos da instituição. De acordo com o cronograma proposto, os docentes se
reuniram com os colaboradores de todas as áreas do hospital para desenvover as atividades
programadas com o comprometimento de cada participante em propor sugestões e reavaliar o
seu processo de trabalho permite elucidar e procurar qualidade para um atendimento
humanizado Os recursos materiais e transporte foram disponibilzados pela instituição: sala de
reuniões, projetor multimídia, quadro, flip-chart, papel e tinta. Resultados parciais: os nós críticos
foram identificados e estratégias sugeridas por ambos, colaboradores da Santa Casa e docentes
responsáveis. Problemas como dificuldade de comunicação, valorização do trabalho do outro,
acolhimento, orientação, respeito e ética no trabalho, necesidade de treinamento foram pontos
fortes identificados e que deveriam ser tratados. Os temas abordados pelos docentes
constituiram-se em um cronograma com contéudo programático: 1 -Legislações vigentes
relativas à: Estatuto do adolescente; Estatuto do idoso; Lei Mário Covas; HumanizaSUS; Lei do
Exercício Profissional de Enfermagem e seu Decreto regulamentador; Código de Ética dos
Profissionais de Enfermagem (CEPE); NR32; Resoluções COFEN n.293/2004(Dimensionamento
de pessoal de enfermagem); n. 358/2009 (Sistematização da Assistência de Enfermagem e
implementação do Processo de Enfermagem) e n. 429/2012 (Registros de enfermagem); 2Educação continuada; 3- Classificação de riscos; 4- Sistema de classificação de pacientes; 5Segurança do paciente; 6- Indicadores assistenciais; 7- Trabalho em equipe. Considerações
Finais: o projeto de extensão se constitui potencial de oportunidade educativa, integração,
capacitação e comunicação entre os colaboradores da instituição. Houve incremento da
integração docente-discente e no âmbito da Universidade no cumprimento de sua função
social.
Palavras chave: Humanização/ Planejamento Estratégico/ Administração Hospitalar
EDU - 011
UFF SOS COMUNIDADE: AÇÕES EXTENSIONISTAS PARA A PREVENÇÃO DE
RISCOS E DESASTRES
Catarina Heralda Ribeiro da Silveira; Maria Beatriz Costa Soares; Maria Lucia Melo Teixeira de
Souza; Maria Teresa Costa Soares.
Instituição: Universidade Federal Fluminense
E-mail de contato: [email protected]
Nos últimos anos, temos presenciado uma série de desastres envolvendo fenômenos naturais, dos
quais destacamos as fortes chuvas que atingiram o Estado do Rio de Janeiro, em abril de 2010,
que provocou o deslizamento do Morro do Bumba, no Município de Niterói, e as inundações e
deslizamentos na Região Serrana do Estado, em janeiro de 2011. Nesse contexto, o Programa
UFF SOS Comunidade foi criado no âmbito da Extensão Universitária, pela Coordenação de
Difusão e Fomento à Extensão e, desde então, realiza Ações Extensionistas em comunidades e
escolas, buscando mobilizar, informar e conscientizar a população sobre prevenção de riscos e
desastres, por meio de cursos de extensão e capacitação em emergência, palestras, oficinas,
seminários e campanhas educativas e preventivas. Entre seus objetivos temos: capacitar e
qualificar uma equipe inter/multidisciplinar para atuar em situações de emergência, promover
uma cultura de prevenção e cooperar para que o município de Niterói seja cada vez mais
resiliente, contemplando os riscos e desastres nas áreas da Educação, Saúde, Cidadania, Meio
Ambiente, Sustentabilidade, Desenvolvimento Humano, Defesa Civil, Ciência da Informação,
Comunicação e Mídias. Adotando uma metodologia interativa, em que ocorre a participação
tanto dos membros da equipe quanto da sociedade em geral, as ações do Programa se
desenvolvem em torno dos temas sugeridos pela Defesa Civil e de práticas coletivas voltadas
para a promoção e proteção à saúde, além daquelas relacionadas aos riscos sociais, ambientais e
econômicos. Como resultados parciais, destacamos: 1) a assinatura, em novembro de 2014, do
Convênio de Cooperação com a Prefeitura de Niterói/ Secretaria Municipal de Defesa Civil de
Niterói. Com esta parceria, em 2015, será realizada a montagem, compilação e organização de
uma base cartográfica em ambiente de Sistema de Informação Geográfica (SIG), para facilitar o
monitoramento, análise e alerta a extremos ambientais. Para tanto, a Defesa Civil de Niterói
fornecerá os dados já existentes no órgão e auxiliará na complementação e mapeamento de
outras áreas. 2) Visando se inserir na proposta de Internacionalização da Extensão Universitária, o
Programa disponibilizou vagas para alunos estrangeiros atuarem em suas atividades
promovendo, dessa forma, o diálogo e a troca de experiências entre diferentes realidades.
Resumindo, o Programa tem investido em convênios com instituições públicas/privadas (locais,
nacionais, internacionais), na organização e participação de eventos (locais, nacionais,
internacionais), na mobilidade acadêmica (nacional e internacional) e promovendo o acesso ao
que é produzido na extensão e pelo próprio Programa. Podemos concluir destacando a
importância da gestão de riscos na prevenção de novas tragédias. Pensando assim, o Programa
UFF SOS Comunidade tem a preocupação em atuar no momento em que antecede a tragédia,
refletindo sobre as diversas formas e meios de prevenção de desastres. O programa destaca
ainda a importância da gestão da informação, pois entende que as informações devem ser
tratadas e disseminadas de modo que facilite o entendimento da população, fazendo com que
elas cheguem às pessoas que delas necessitam para tomar decisões no momento certo, isto é,
pretende não só informar, mas também formar cidadãos conscientes e preparados para lidar com
situações que envolvem riscos.
Palavras chave: Desastre natural / Gestão de risco / Gestão da Informação / Grupos sociais
vulneráveis
EDU - 012
Cursinho Pré-Vestibulinho CESCON
Celso Ribeiro de Almeida; Angela Maria Morais.
Instituição: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
E-mail de contato: [email protected]
O Cursinho Pré-Vestibulinho CESCON é uma parceria entre a Coordenadoria de Assuntos
Comunitários (CAC) da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PREAC) da
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Serviço de Apoio ao Estudante (SAE), Centro
Estudantil Social de Convivência (CESCON), Igreja Presbiteriana de Barão Geraldo (IPBG), ONG
Sonha Barão e o Precoltec Cursos. As aulas são ministradas por alunos da Unicamp, que são
Bolsistas de Auxílio Social (SAE), e voluntários. Além disso, multiplicadores da IPBG e da ONG
Sonha Barão introduzem os jovens aos importantes conceitos de cidadania, respeito,
comunidade e meio ambiente. O Cursinho iniciou suas atividades em 2013 com uma única classe
no período vespertino e atendia cerca 25 alunos e tinha como corpo docente 3 bolsistas de
auxílio social e 1 voluntário. O projeto Cursinho Pré-Vestibulinho CESCON atende atualmente
cerca de 60 alunos, exclusivamente das escolas públicas, que estão cursando o nono ano do
ensino fundamental e que têm interesse em prestar os exames seletivos para os colégios técnicos
da região de Campinas, contando com um corpo docente de 12 bolsistas de auxílio social e 2
voluntários. A avaliação dos alunos é realizada mensalmente através da aplicação de simulados. A
seleção dos estudantes é realizada através da média da avaliação final das notas das disciplinas:
Língua Portuguesa, Matemática, Ciências Físicas e Biológicas, História, Geografia e Língua
Estrangeira do boletim escolar do ano anterior. O objetivo da projeto é a inserção de alunos do
Ensino Fundamental da rede pública de Campinas no Ensino Médio Técnico, possibilitando aos
alunos das escolas públicas o acesso ao ensino médio público, gratuito e de qualidade. Em 2014,
os alunos do Cursinho Pré-Vestibulinho CESCON obtiveram 33 aprovações nos colégios e escolas
técnicas da região de Campinas-SP, correspondendo a 83,3% de aprovações dos alunos que
continuaram até o fim no Cursinho Pré-Vestibulinho CESCON . O projeto possibilita, ainda, a
inserção de alunos da Unicamp que, ao contribuírem com o seu saber específico, possam
vivenciar o trabalho comunitário, enriquecendo sua formação acadêmica e cidadã. O Cursinho
Pré-Vestibulinho CESCON utiliza como material didático as apostilhas fornecidas pelo curso
preparatório da Precoltec Cursos que são fornecidas gratuitamente aos alunos.
Palavras chave: Ensino Técnico / Pré-Vestibulinho / Cursinho Comunitário
EDU - 013
O projeto de extensão ASTROEM III - Uma proposta de ensino de Mecânica
Aplicada integrada à Astronáutica, Astronomia e Aeronáutica para alunos do
ensino fundamental II e médio
Claudia Celestino; Wesley Gois; Igor de Almeida Lemos; Alysson Almeida de Lara Pinto.
Instituição: Universidade Federal do ABC
E-mail de contato: [email protected]
A preocupação com a qualidade do ensino fundamental e médio é ponto central nas discussões
de gestores de instituições públicas e privadas. Dentre as diversas contribuições para a melhoria
na qualidade do ensino, nos primeiros anos de formação, destaca-se a integração dos conteúdos
formativos com a vida e aspirações dos alunos. Assim, na primeira fase do ASTROEM I, em 2013, e
na segunda fase do ASTROEM II, em 2014, foram apresentados problemas gerais do setor
aeroespacial para alunos de ensino médio com objetivo de integrar os conteúdos vivenciados
pelos mesmos, em sala de aula, com as atividades propostas nas diversas fases do ASTROEM. Vale
destacar que a interdisciplinaridade e o aprendizado por desenvolvimento de projetos, no
sentido de integração do conhecimento, também é tema constante na formação de alunos de
Engenharia. Dessa forma, a metodologia principal do conjunto das atividades do ASTROEM foi a
confecção e a aplicação de experimentos (foguete de garrafa pet, astrolábio, lunetas, planisfério
rotativo, construção de robôs automatizados - utilizando a plataforma Lego MindStorm®, entre
outros) e visitas técnicas orientadas (UFABC, SABINA e INPE) que pudessem abordar/integrar
tópicos da mecânica aplicada, aeronáutica, astronáutica e astronomia, facilitar o aprendizado,
instigar o espírito investigativo e possibilitar a prática da interdisciplinaridade. Em relação à
pedagogia e didática, dos discentes de graduação, ao lecionar para os alunos do ensino médio
conteúdos de variados temas, demonstrou a importância de lançar mão de todas as variáveis que
incidem sobre o processo de ensino-aprendizagem. Com a implementação de uma dinâmica de
ensino que envolve debates, exposições, leituras e exercícios teóricos e práticos o resultado
obtido foi o crescente interesse pela pesquisa e pelos estudos dos alunos. Além disso, durante o
desenvolvimento do ASTROEM, anos 2013 e 2014, os professores das escolas participantes do
projeto recomendaram que as experiências dessa proposta de trabalho fossem estendidas ao
público do ensino fundamental II. Neste sentido, no ano de 2015, o projeto ASTROEM III assume
como desafio empreender e inovar as práticas de ensino, tornando-as cada vez mais prazerosas e
eficazes. Para tanto serão planejadas, confeccionadas e aplicadas novas atividades (construção
de aeromodelos utilizando materiais simples - papel e isopor, por exemplo; construção de novos
protótipos utilizando a plataforma Lego MindStorm®, atividades artísticas e culturais ligadas às
temáticas do ASTROEM III), que englobam assuntos da mecânica aplicada, visando também à
astronáutica, astronomia e aeronáutica para alunos do ensino fundamental II e médio,
apresentando práticas que possam, mais uma vez, facilitar o processo de ensino-aprendizagem e
inserir estes alunos no contexto da interdisciplinaridade. Por fim, os resultados relevantes
avaliados nas fases do ASTROEM I e II foram a efetiva integração dos conteúdos formativos, a
troca de experiência entre os alunos colaboradores do projeto (graduação - UFABC) e os de
ensino médio de escolas pública do grande ABC e a aproximação das discussões teóricas com as
práticas por meio da utilização dos experimentos aplicados, colaborando assim com a
assimilação dos conteúdos abordados na grade curricular básica e relacionando-os com
fenômenos naturais que nos cercam.
Palavras chave: Interdisciplinaridade / aprendizado por desenvolvimento de projeto / teoria e
prática
EDU - 014
Horta na escola: uma ferramenta interdisciplinar de educação para um futuro
sustentável.
Daniel Hiroshi Rufino Toda; Leonardo Fernades Fraceto; Natália Beatriz dos Santos; Isabel
Victoria Masias.
Instituição: Unesp Sorocaba
E-mail de contato: [email protected]
Diante da complexidade dos problemas socioambientais enfrentados atualmente, a educação
ambiental assume a importante responsabilidade de ser um vetor de mudanças comportamentais
que promovam a construção de uma sociedade mais sustentável. Assumir essa função,
considerando a interconexidade dos fatores que compõem o cotidiano, demanda uma postura
pedagógica interdisciplinar, capaz de problematizar a realidade por um referencial mais holístico
e construir criativamente alternativas viáveis. Para atender a demanda, a 'Horta na escola',
projeto de educação ambiental da REAUSo (Rede de educação ambiental Unesp Sorocaba)
implementado no ano de 2014 na E. E. Prof. Flavio Gagliardi, promoveu a criação e a manutenção
de uma horta agroecológica na escola como uma proposta irradiadora de práticas pedagógicas
que conectam ação e reflexão tendo por referencia as diversas áreas do conhecimento
acadêmico e tradicional popular. Assim, a partir dessa 'sala de aula' ao ar livre, o projeto em seu
primeiro ano de realização teve como público-alvo crianças da 1ª série do ensino fundamental
idealizado com o objetivo de propiciar uma vivencia em um ecossistema produtivo e promover
uma ética de cuidado com o espaço, desenvolvendo as capacidades de observação e reflexão dos
envolvidos, e incentivando a construção de soluções práticas para o dia-a-dia. Para materializar
esses objetivos, o projeto desdobrou-se em 3 linhas de ação: construção das estruturas da horta,
implementação de uma composteira e atividades de educação ambiental, recorrendo sempre de
recursos materiais de baixo-custo. A construção das estruturas da horta, utilizando toras de
eucalipto reutilizadas e outros entulhos, foi realizada em um mutirão de recepção dos calouros
contando com a participação majoritária, tanto nas etapas de planejamento e construção, da
comunidade universitária. A implementação da composteira teve como recursos materiais para
sua construção pallets doados , e deu-se com a participação voluntária de alunos do segundo
ciclo do fundamental. Estes mesmos alunos comprometeram-se com a manutenção do processo
da compostagem e elaboraram, em parceria com as cozinheiras da escola, cartazes de orientação
quanto à destinação de resíduos orgânicos selecionados. Por fim, as atividades de educação
ambiental foram elaboradas, submetidas à avaliação pela coordenação da escola e
documentadas em um 'Portifólio de atividades 2014'. Sua aplicação contou com a colaboração
da professora responsável pela primeira série. Em sua primeira edição, a iniciativa trouxe como
resultado uma grande aceitação de toda comunidade escolar, que estabeleceu um vinculo com o
novo espaço construído. Alguns docentes não contemplados diretamente pelo projeto aplicaram
atividades com suas turmas, e constantemente verificava-se o surgimento de novos cultivos,
assim como alguns alunos regando a horta. Porém, observamos atos de vandalismo e pouco
envolvimento no processo de compostagem, que impactaram negativamente sobre o trabalho.
Conclui-se, pelos aspectos positivos apresentados, que iniciativas dessa natureza podem induzir a
uma ética de cuidado com o espaço, em que o progresso da horta e o fortalecimento de novos
valores caminham lado a lado. Porém, só poderão obliterar os aspectos negativos, caso haja um
esforço maior em sensibilizar e envolver uma parcela mais significativa da comunidade escolar.
Palavras chave: horta escolar/permacultura/educação ambiental/agroecologia
EDU - 015
ATLETISMO PARA CRIANÇAS E JOVENS DA UNESP- RIO CLARO: O ENSINO DO
ATLETISMO NA CIDADE DE RIO CLARO
Denis Rodrigo Del Conte; Sara Quenzer Matthiesen; Guilherme Correa Camuci.
Instituição: UNESP RIO CLARO
E-mail de contato: [email protected]
Introdução: Considerado como um esporte de base, o atletismo tem sido pouco trabalhado nas
escolas, sobretudo pela aparente falta de espaço e de recursos para adquirir os equipamentos
oficiais. O Projeto de Extensão "Atletismo para crianças e jovens", vinculado ao GEPPA - Grupo
de Estudos Pedagógicos e Pesquisa em Atletismo, da UNESP - Rio Claro, tem contribuído no
sentido de propor alternativas que minimizem os problemas encontrados. Objetivo: O projeto
tem entre seus objetivos: divulgar essa modalidade esportiva, incentivar o ensino do atletismo
nas escolas superando as limitações existentes e promover a prática dessa modalidade esportiva
por crianças e jovens. Projeto: Realizado desde 1999, o projeto, atualmente, é voltado para
alunos entre 8 e 16 anos de Rio Claro, sendo constituído por 3 frentes: *Aulas regulares realizadas
no Departamento de Educação Física da UNESP; As aulas são ministradas pelos bolsistas e
colaboradores e supervisionadas pela coordenadora. *Visitas de escolas à pista de atletismo da
UNESP; Acontecem na pista de atletismo da UNESP, no total são 5 estações: arremesso do peso,
lançamento do martelo, salto em distância, corrida de 50 metros e salto em altura. *Exposição de
imagens relacionadas ao atletismo nas escolas da cidade; São imagens, pôsteres e vídeos
ilustrando as provas de atletismo olímpico e paralímpico e uma explicação acerca da história,
recordes, recordistas e regras de cada prova. Complementando, são apresentados também
implementos adaptados. Resultados: O projeto atendeu no ano de 2014, 2 escolas da rede
pública de Rio Claro, totalizando 972 entre alunos e professores, nas 3 frentes do projeto, que
puderam comprovar o quanto é prazeroso e possível o atletismo nas escolas. Esse projeto tem
demonstrado aos participantes que com criatividade, interesse e organização é possível realizar
uma aula diferente, original e diversificada. Ou seja, é possível ensinar o atletismo na escola, é
motivante praticá-lo e vale à pena conhecê-lo. Reforçando que 'atletismo se aprende na escola'.
Palavras chave: Atletismo/ Educação/ Educação física escolar
EDU - 016
Experiência de Inclusão Digital da Universidade Aberta da Terceira Idade
Diná Mariano Patrocinio; Anselmo Milani; Everton Luiz dos Santos; Lis Lakeis Bertan; Keyti
Expedita Ribeiro Nascimento; Alexandre Sabbag da Silva; Aline Zonta; Jose Renato Romero; Ana
Paula dos Santos; Ana Caroline Rodrigues Pinda; Elisangela Nunes de Carvalho.
Instituição: Universidade Guarulhos
E-mail de contato: [email protected]
Entende-se por Inclusão Digital (ID) o acesso às tecnologias da Informação, de forma a permitir a
inserção de todos simplificando as rotinas diárias, maximizando o tempo e suas potencialidades.
Um incluído digitalmente não é aquele que apenas utiliza esta nova linguagem, mas aquele que
usufrui deste suporte para melhorar as suas condições de vida. Neste âmbito, este relato
apresenta a experiência de aulas no curso de Informática ministradas aos idosos participantes do
programa de extensão universitária, UATI (Universidade Aberta à Terceira Idade) da
Universidade Guarulhos (UnG). A informática é um veículo importante de comunicação que
favorece a inclusão social, por meio do aprendizado e a satisfação pela aquisição de novos
conhecimentos, além das interações, resgatando as relações e a possibilidade de novas amizades.
A disciplina é muito bem recebida pelos alunos, pois 39% optam por cursá-la. Assim realizou-se
um levantamento de informação por meio de questionário onde buscou-se observar de forma
qualitativa o impacto provocado pela disciplina de informática oferecida pela UATI em relação à
qualidade de vida dos idosos. O questionário era composto por 3 (três) perguntas abertas a
respeito da disciplina, no intuito de utilizar as informações para verificar o impacto e os
resultados do programa no dia a dia dos participantes. Foram utilizadas as seguintes perguntas:
1° pergunta. O que você acha do curso de informática? Com o curso, algo mudou em sua vida? 2°
pergunta. Você está gostando do curso? 3° pergunta. Você recomenda as aulas a algum colega
da terceira idade? Neste âmbito, verificou-se que muitos idosos relataram ter a melhora da sua
autoestima, perdendo o medo do desconhecido e se promovendo a possibilidade de conquistar
novos saberes, como qualquer outra pessoa de outra faixa etária, adquirindo novos
conhecimentos que os tornem inteirados e atualizados. Verificou-se também a comunicação
facilitada pelo aprendizado, o qual diminui as distâncias e as barreiras de comunicação,
possibilitando a proximidade de um pai a um filho, avós e netos, entre outros, tornando o lado
afetivo parte importante do processo. Além disso, 100% dos alunos responderam que o curso é
maravilhoso e que indicam para outras pessoas. Dos avaliados, 75% se sentiram mais inteirados
com o mundo atual, sendo que para 15% trouxe conhecimento e opção de lazer e 10%
melhoraram a comunicação com parentes e amigos distantes. Na pesquisa realizada, fica
evidente a importância das relações de autonomia/dependência na construção do
sujeito/indivíduo e de sua relação com o mundo e a tecnologia. A utilização do computador
pode ultrapassar a questão do trabalho, permitindo ou facilitando o acesso à cultura e
entretenimento por meio de cursos ou bibliotecas virtuais, salas de debate e fóruns nos chats. A
Internet vem para potencializar a interatividade, a disseminação e o acesso às informações junto
ao público da terceira idade, também.
Palavras chave: Informática / Envelhecimento / Aprendizagem
EDU - 017
UNATI - Araraquara: envelhecer sem ficar velho
Edivani Aparecida Vicente Dotta; Camila Pinelli; Patrícia Petromilli Nordi Sasso Garcia; Mariana
Jacobs; Débora Caetano Pereira.
Instituição: UNESP - Faculdade de Odontologia de Araraquara
E-mail de contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: O Núcleo UNATI/UNESP do Campus de Araraquara teve origem no Projeto
Senior desenvolvido pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara desde 1995. A
institucionalização da UNATI - Universidade Aberta à Terceira Idade - pela UNESP, em 2001,
contribuiu para o reconhecimento e consolidação do trabalho desenvolvido pela UNESP junto à
população e para incentivar o envolvimento de docentes, funcionários e alunos de graduação e
pós-graduação no Projeto. O Núcleo de Araraquara envolve as quatro Unidades Universitárias
que compõem o Campus de Araraquara: Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Faculdade de
Ciências e Letras, Faculdade de Odontologia e Instituto de Química e vem buscando a adesão da
comunidade araraquarense que tem mostrado interesse em participar, oferecendo e
participando das atividades programadas para a população idosa da cidade e região, sendo
apresentadas, nesse momento, as atividades desenvolvidas em 2013 e 2014. OBJETIVO:
Incentivar o acesso dos idosos ao aprendizado no meio universitário, possibilitando a aquisição
de novos conhecimentos e incentivando a troca de experiências entre os participantes e a
comunidade acadêmica. O programa cumpre parte do papel da extensão universitária
contribuindo para a melhoria da qualidade de vida desse grupo populacional crescente que
merece e necessita de maior atenção, promovendo a integração Universidade/Comunidade,
METODOLOGIA: Atualmente o Núcleo de Araraquara conta com cerca de 170 idosos
cadastrados para os quais são programadas atividades variadas para atender a demanda do
grupo, incluindo palestras técnico/científicas, variados cursos e lazer. RESULTADOS:
Semanalmente são oferecidas palestras ou oficinas onde são abordados assuntos de interesse
geral ou específico, para esse grupo. Cursos de Idiomas: espanhol, inglês, francês e italiano;
Informática: básico, intermediário e avançado; Artesanato: pintura em tela, pintura em tecido,
tricô, entre outros. Além disso, é possível participar do grupo do Coral, Teatro e Dança. No final
de cada mês há um almoço em comemoração aos aniversariantes do mês e bimestralmente
realiza-se uma viagem e entrega-se uma cópia do jornal, intitulado "A Voz da UNATI". As
confraternizações gerais acontecem com a Festa Junina e a Reunião de final do ano.
CONCLUSÃO: Os depoimentos dos participantes evidenciam a importância das atividades da
UNATI na melhoria da qualidade de vida, não só pela aquisição de conhecimentos, mas pela
interação com a comunidade da UNESP e possibilidades de conhecimento e utilização de novas
tecnologias de comunicação e expressão ainda não acessível para todos. Para os bolsistas do
Projeto e colaboradores que desenvolvem as diversas atividades com o grupo, o trabalho é
gratificante e relevante para a comunidade, contribuindo também para a realização de
pesquisas. Foram desenvolvidas pesquisas junto ao grupo na área de inclusão digital, utilização
da Internet, higiene oral e nutrição para a terceira idade. Outras pesquisas envolvendo as
atividades oferecidas pela UNATI estão sendo desenvolvidas.
Palavras chave: Saúde do Idoso / Comunicação / Idoso
EDU - 018
A REPRODUÇÃO A PARTIR DA EDUCAÇÃO FORMAL
Eduardo de Araújo Bento; Fabiana Maciel Duarte.
Instituição: Universidade Federal do ABC
E-mail de contato: [email protected]
Este trabalho tem o intento de apresentar quais são os pontos de contato, os distanciamentos e a
forma mais concreta de se refletir sobre os problemas da educação formal no pensamento de
Pierre Bourdieu e Louis Althusser. Por esta razão, consideram-se alguns conceitos estudados nas
obras de ambos pensadores, para então se obter algumas considerações parciais sobre os
processos relativos à educação no âmbito da extensão universitária. Em sua constante articulação
com a comunidade, a fim de explicitar-se ao tema proposto, e na intenção transformadora da
realidade social a partir do contato imediato desta ação junto à comunidade acadêmica e seu
entorno. A metodologia aplicada baseia-se em uma pesquisa que considera um levantamento
histórico dos conceitos doravante apresentados, em um estudo comparativo entre eles. Sendo
assim, admite-se um aspecto qualitativo adquirido por meio desta. São fundamentadas as
contribuições de Pierre Bourdieu sobre a estrutura escolar enquanto reprodução da classe
burguesa dominante. O trabalho ainda destacará o pensamento de Louis Althusser sobre o ensino
no que diz respeito ao aparelho ideológico capitalista. (BOURDIEU, 1978) fundamenta que a
escola tem o papel de reproduzir a sociedade burguesa na ordem da manutenção das condições
sociais já dadas, e também na legitimação da permanência das desigualdades entre as classes.
Segundo o autor, a instituição escolar só atesta os privilégios da elite a partir de uma
meritocracia, ou seja, isto acontece quando este modelo é fundado para que haja uma espécie
de certificação dos dons e méritos dos alunos. Em vista disso, tem a função de garantir a
conservação da burguesia como detentora de todos os direitos e privilégios da sociedade, muito
embora esta condição seja dissimulada: não é de forma aberta que os privilegiados são
legitimados, assim também como não é conscientemente exposta às classes inferiores a sua
'inexistência' de dons e méritos, atribuindo à escola o papel de garantir este intenso
distanciamento simbólico entre as classes. (ALTHUSSER, 1998) afirma que a ideologia da classe
dominante é mantida e reproduzida pelos aparelhos ideológicos do Estado, sejam eles a família,
a religião, as escolas, a política, os sindicatos, a cultura etc. Todavia, a educação formal tem
primazia como principal aparelho ideológico do Estado nas formações sociais capitalistas.
Entende-se então que as instituições escolares desempenham um papel semelhante entre as
duas teorias, isto é, o de reproduzir e manter o sistema capitalista de produção. Talvez a principal
diferenciação entre ambas esteja na abordagem em que cada uma determina sobre a educação
formal. Por mais que este sistema aparente estar falido, na visão dos pensadores, não seria
possível propor outro modelo que garanta espaços que não sejam meramente reprodutivos. No
entanto, as instituições de ensino deveriam ser lugares de construção de conhecimentos e
criação de teorias ou conceitos, principalmente em nível superior, com vistas para uma melhor
qualidade da extensão acadêmica. Portanto, a partir da perspectiva dos autores, verifica-se como
é difícil conceber outra maneira que não esteja vinculada ao capital e que afasta violentamente
os sujeitos, ou melhor, distancia ainda mais ou ricos dos pobres.
Palavras chave: educação formal/ reprodução/ aparelhos ideológicos
EDU - 019
DIÁLOGO E O TRABALHO COLETIVO: Reflexões sobre as relações na escola
básica
Elisabete Cardieri.
Instituição: UNESP - Instituto de Biociências de Botucatu
E-mail de contato: [email protected]
Introdução: A Escola é um espaço privilegiado de encontros interpessoais que são vivenciados
também tendo em vista o acesso ao conhecimento sistematizado e a formação das novas
gerações. Por sua própria natureza, tais relações são marcadas por diferenças geracionais, de
formação (acadêmica), e também distintas vivências culturais. No entanto, um olhar mais atento
nos revela que a dinâmica escolar nem sempre favorece o reconhecimento das diferenças, em
especial, da singularidade que cada sujeito traz com suas percepções e concepções (ou préconcepções) que foram tecidas em sua história, a partir de um organismo e vivências que
também são únicos e singulares. É importante que processo de formação ofereça momentos de
reflexão que favoreçam a percepção sobre si (concepções, escolhas, gostos) bem como o
reconhecimento da diferença que os outros apresentam. Tais vivências podem ser oportunizadas
de várias formas, sobretudo, valorizando-se os momentos de diálogo nos quais a abertura à
partilha, à escuta que acolhe e a reflexão coletiva suscitam a ampliação da percepção de si, do
outro bem como das questões em discussão. Tais concepções orientam as ações de nosso Projeto
realizadas numa escola da rede estadual de ensino, localizada no município de Botucatu, junto a
equipe gestora, aos educadores e educandos. Objetivos: A partir da participação em reuniões e
momentos na escola, destacamos: a) Identificar situações de impasses vivenciadas no cotidiano,
bem como temáticas, questões e problemas relativos às relações interpessoais apresentados para
discussão nas reuniões; b) Desenvolver atividades de reflexão que favoreçam o reconhecimento
de si e do outro, a partir de vivências fundadas no diálogo que valorizem o espaço de expressão,
abertura e escuta das diferenças como fundamento para formação e vivência ética; c) Apresentar
aspectos mais marcantes suscitados nas atividades realizadas e que promovam percepções
positivas. Métodos: Numa perspectiva de pesquisa-ação, e a partir do diálogo e a escuta, os
momentos de reflexão realizados com a equipe gestora e os docentes possibilitaram
levantamento de temáticas mais relevantes para selecionar as atividades destinadas aos alunos.
Também organizamos levantamento quantitativo das situações mais frequentes registradas no
livro de ocorrências. Resultados: As reflexões realizadas com a equipe gestora e os docentes (e os
dados do Livro de ocorrências) possibilitaram o destaque de temáticas consideradas mais
relevantes acerca das relações na escola: autoestima; a percepção das diferenças; o cuidado nas
relações com os outros. Várias atividades foram desenvolvidas com as turmas e constatamos o
envolvimento dos alunos nas tarefas e discussões propostas. Conclusões: Reconhecemos as
reflexões desenvolvidas com a equipe gestora, com os docentes e, posteriormente, com os
alunos, oportunizaram de momentos de sensibilização e partilha que ampliaram a percepção
sobre as relações na escola e as possibilidades de constituir relações mais amistosas fundadas no
reconhecimento das diferenças que caracterizam cada pessoa.
Palavras chave: diálogo / relações educativas / educação básica / escuta / trabalho coletivo
EDU - 020
CONSTRUÇÃO DE MODELO DO SISTEMA SOLAR
Evonir Albrecht; Mirian Pacheco Silva; Vinicius da Cunha Alves de Araújo.
Instituição: UFABC
E-mail de contato: [email protected]
Neste trabalho o objetivo é relatar sobre a construção de um material didático produzido em
uma oficina de extensão que foi realizada na UFABC em 2014. O objetivo da oficina foi subsidiar
a construção de materiais didáticos para o Ensino de Ciências e Matemática. O enfoque teórico
adotado no projeto de extensão foi calcado nos preceitos da Educação CTS. As possibilidades
apresentadas para o trabalho na oficina foram pensadas em acordo ao que recomendam os
documentos oficiais que norteiam a Educação Básica no Brasil e no estado de São Paulo, a saber:
Os Parâmetros Curriculares Nacionais e a Proposta Curricular do estado de São Paulo. Em
consonância com tais documentos, um dos temas propostos foi o da construção de um modelo
Planetário do Sistema Solar, em escala, visto que o Ensino de Astronomia é amplamente
recomendado nos diferentes níveis de Ensino. Porém, como apontado em diferentes pesquisas é
um tema que necessita de atenção, uma vez que ao longo da graduação poucos cursos de
licenciatura, no Brasil, oferecem disciplinas relacionadas ao tema aos futuros professores.
Pautado nestes aspectos, o principal objetivo desta atividade foi propor possibilidades para
inserção deste tema nas salas de aula, visto que o material utilizado na produção é de baixo
custo, basicamente barbante, jornal velho, papel alumínio, papel milímetrado e uma bexiga
grande para a confecção do Sol. Primeiramente distribuiu-se aos professores um texto que
continha as medidas de cada planeta e a escala que deveríamos adotar, bem como da distância
do planeta ao Sol e a referida escala adotada também. Deixou-se claro que seriam necessárias
duas escalas diferentes para representação e confecção. Cada participante construiu seu modelo
que foi exposto na Semana da Ciência e Tecnologia na UFABC e cada cursista demonstrou
interesse na confecção do modelo e também na aplicação do mesmo em sala de aula. Ao
encerrar o curso, alguns professores relataram que utilizaram o modelo na escola e que
perceberam uma mudança de comportamento nos alunos, eles se mostraram mais
questionadores e participativos, observaram uma maior participação em suas aulas. Pelos relatos
dos professores, concluímos que esta atividade proporcionou intensos momentos de discussão,
tanto ao longo da oficina, quanto nas suas aulas, enriquecendo a própria prática e fornecendo
subsídio teórico-metodológico para o trabalho com o tema.
Palavras chave: Formação de Professores/CTS/ Ensino de Astronomia
EDU - 021
Cursinho Popular da Unifesp Baixada Santista Cardume - relatos à partir da área
de redação
Fabricio Gobetti Leonardi.
Instituição: Unifesp
E-mail de contato: [email protected]
O cursinho A universidade pública brasileira tem somado esforços para promover acesso a
populações historicamente excluídas de seus bancos por meio de políticas de ação afirmativa,
entre elas a reserva de cotas para negros, indígenas e egressos da escola pública. Nesse contexto,
o Cursinho Popular da Unifesp Baixada Santista - Cardume - volta suas ações para esse público,
jovens e adultos da região, buscando complementar sua formação e assim melhor prepará-los
para o ENEM, importante via de acesso ao ensino superior. Para isso, suas atividades são
estruturadas conforme os princípios organizadores do ENEM, sobretudo no que concerne à
interdisciplinaridade e à formação ampla do estudante. Ademais, adota como principal
referencial metodológico a educação popular freireana, tendo como nortes o protagonismo do
educando, a valorização de sua cultura e a formação ético-política. O projeto também busca
aproximar os graduandos, que são os professores do cursinho, da realidade local, bem como
fomentar sua capacidade de planejamento, coordenação de grupos e facilitação de
aprendizagem. O projeto foi iniciado em 2013, com primeira turma em 2014. O desenvolvimento
das atividades pedagógicas cotidianas têm proporcionado a formulação de problemas e o
exercício de eventuais soluções. Entre os principais problemas estão a evasão e as disparidades
educacionais. Além das habilidades desenvolvidas pela prática educacional, supõe-se que o
projeto proporciona oportunidade de exercício de prática político-cidadã. A redação O grupo
de professores da redação é composto em sua maioria por integrantes do PET EDUCAÇÃO
POPULAR- CRIANDO E RECRIANDO A REALIDADE SOCIAL. Tem como princípio norteador a
discussão de temáticas atuais, bem como o aprendizado de técnicas de redação. As aulas se dão
em formato de roda para beneficiar o diálogo entre professores-alunos e alunos-alunos.
Incentivamos à leitura de livros, revistas e notícias através do nosso clube da cultura, espaço da
aula em que discutimos as principais leituras semanais e que futuramente dão subsídio para os
temas das aulas subsequentes. Depois do clube da leitura são feitas discussões de temas centrais
da aula, com pesquisas prévias dos próprios alunos. Em geral com as pesquisas durante a semana,
conseguimos elevar o nível de discussão das aulas, além de fomentar mais leitura e
aprofundamento para a escrita das redações. Privilegia-se temas como: análise de conjuntura,
direitos humanos, técnicas de escrita. Há um espaço em aula para a própria escrita das redações
do tema proposto, já colocando o aluno em ritmo de treino para o dia do exame. É
extremamente importante o processo de conversar a respeito do processo de escrita da redação,
levando em conta facilidades, dificuldades, angústias, etc. As correções das redações são
digitalizadas. Uma cópia vai para o aluno, a fim de corrigir os erros de redação e outra fica em
arquivo dos professores para possível acompanhamento do aprendizado.
Palavras chave: cursinho / educação popular / redação
EDU - 022
Mito da coloração da casca e gema de ovos
Felipe Henrique Bossi; Caroline Alves Garcia; Thomaz Marques Sena; Mauricio Gatti; Gustavo de
Oliveira Rincão; Aline Cristina Gonçales Rocha; Phillip Marques Silva; Ana Flávia Prado Antunes
de Faria; Amanda Vitta; Yasmin de Oliveira Ruiz; Leury Jesus de Souza.
Instituição: Unesp Jaboticabal
E-mail de contato: [email protected]
Os consumidores de produtos e derivados do setor avícola consideram, geralmente, a aparência,
a textura e a tonalidade como indicadores de qualidade de um produto no momento da compra.
Em se tratando das carnes branca ou vermelha a observação destas características é coerente,
entretanto, para outros produtos estes indicadores de qualidade não têm sustentação como, por
exemplo, a cor da casca e da gema do ovo. Muitos países, incluindo o Brasil, a coloração da casca
do ovo é levada em conta por consumidores na hora da compra por acreditar que ovo marrom
tem origem no sistema de produção 'caipira'. A coloração da casca do ovo é uma característica
genética da ave e não do sistema de produção. Ambas as aves podem ser criadas no sistema
industrial ou 'caipira'. As aves da genética de ovos brancos são menores e consomem menos
ração para produzir a mesma dúzia de ovos. Este é o maior motivo do preço do ovo marrom,
também chamado de ovo caipira, ser maior que o ovo branco. Baseando-se na coloração mais
avermelhada da casca do ovo, por indução, os consumidores acreditam que os ovos, com casca
mais escurecida terá gema mais avermelhada, indicando uma melhor qualidade nutritiva do ovo
caipira. O objetivo do trabalho é conscientizar os consumidores de que os ovos caipiras e ovos
brancos são, nutricionalmente, idênticos e que a cor de sua casca não corresponde diretamente à
coloração da gema e sim a linhagem da galinha. Utilizando Laboratório de Ciências Avícolas
(LAVINESP), foram utilizadas 12 aves de postura - seis de cada de linhagem de ovos marrons e
brancos, todas em fase de postura alocadas individualmente em gaiolas. As rações foram
formuladas a base de milho e farelo de soja como principal fonte de energia e proteína.
Diferentes dosagens de caroteno foram administradas na ração, sendo que as amostras
começaram a serem colhidas após duas semanas. Foram fornecidas a consumidores escolhidos
aleatoriamente, duas opções de gemas - uma mais clara e outra avermelhada, para estimulo
sensorial e julgamento quanto ao consumo e comercialização. Como esperado, a maioria
declarou que as gemas vermelhas eram mais nutritivas e com maior potencial de
comercialização. Cabe ressaltar que não há indicação de qual tipo de ovo consumir, assim o
trabalho não visa prejudicar produtores de ambos os ovos. O consumidor sempre terá a sua
disposição a opção de ovos brancos comum ou ovos caipira, o que pode levar em conta é a
questão de bem estar animal na parte de criação pois existem algumas diferenças, mas que não
afetam a economia do setor de forma significativa.
Palavras chave: Setor Avícola / Ensino / Pesquisa / Mito / Conscientização
EDU - 023
Vivências com a natureza enquanto prática extensionista para o trabalho com
educação ambiental
Fernando Protti Bueno; Carolina Caldeira de Paula; Larissa Garcia de Almeida.
Instituição: Unesp - Universidade Estadual Paulista
E-mail de contato: [email protected]
A proposta Vivências com a Natureza está centrada e realizada a partir da metodologia do
Aprendizado Sequencial desenvolvido por Cornell (1996; 1997; 2005; 2008) e tem como
sensibilizar e ampliar a consciência ambiental, em contribuição ao processo de aprendizagem e
desenvolvimento humano dos educandos (público participante). É considerada uma metodologia
original em educação ambiental que visa facilitar o aprofundamento e a interação que os
indivíduos podem ter em contato com a natureza, possibilitando o aprendizado e o
desenvolvimento de sentimentos e valores, necessários para uma transformação social. A
proposta consiste na escolha de atividades lúdicas, como dinâmicas e jogos, organizados em
estágios que fluem de um para o outro de modo natural com a intenção de auxiliar as pessoas de
diferentes faixas etárias e características socioeconômicas a terem uma experiência única, alegre
e inspiradora, de união e de harmonia com todo tipo de vida. As vivências com a natureza têm
sido desenvolvidas ao longo dos anos de 2012, 2013 e 2014 junto a 26 distintos grupos sociais
(dentre escolas, entidades e empresas) e envolvendo uma variada faixa etária (dentre crianças,
adolescentes e adultos), totalizando em torno de 700 indivíduos atendidos. O maior público
participante são os escolares (ensino infantil, fundamental e médio, além de deficientes
intelectuais), além de seus professores. Dentre os principais locais utilizados para a realização das
vivências estão alguns espaços naturais do Distrito de Primavera (Município de Rosana/SP),
inclusive o Horto Florestal, além da utilização em sua maioria da Estação Ecológica do Caiuá,
unidade de conservação de proteção integral, localizada na divisa de municípios de Diamante do
Norte/PR e Rosana/SP, já que este compreende parte do Programa de Visitas e Educação
Ambiental da unidade. Enquanto resultados mensuram-se a observação e a percepção por meios
objetivos e subjetivos de gestos, características e comportamentos que revelaram que as
vivências com a natureza, independente dos grupos trabalhados, realmente têm o potencial de
fazer imergir os indivíduos com a natureza, e isso é devido tanto aos estágios idealizados, bem
como as brincadeiras escolhidas, a forma de condução, o local utilizado, e o interesse e
envolvimento do público participante. Portanto, concluiu-se que as vivências com a natureza por
meio do uso da metodologia do aprendizado sequencial podem ser consideradas significativas
estratégias pedagógicas e educação ambiental desenvolvida nos âmbitos formal e não formal de
aprendizado, bem como nos contextos escolar e não escolar.
Palavras chave: Vivências com a natureza / Aprendizado Sequencial / Educação ambiental
EDU - 024
Divulgação do Vestibular UNESP e Inclusão dos Melhores Alunos da Escola
Pública na Universidade
Guaracy Tadeu Rocha; Sheila Zambello de Pinho; Tania Cristina Arantes Macedo de Azevedo;
Ricardo Samih Georges Abi Rached; Carlos Augusto Araújo Valadão.
Instituição: UNESP / Vunesp
E-mail de contato: [email protected]
O programa consiste em visitas de professores da UNESP, acompanhados de alunos da UNESP
egressos de escolas públicas, às escolas da rede pública de ensino médio do Estado de São Paulo,
nas quais esclarecem alunos e dirigentes escolares sobre a universidade, seus cursos e vestibular.
Na ocasião, é distribuído o Guia de Profissões, publicação que esclarece e ajuda a consolidar
vocações. O Programa tem como objetivo geral interagir com o conjunto de ações afirmativas
para Inclusão Social da UNESP, contribuindo para o aumento de alunos procedentes da escola
pública na Universidade. São objetivos específicos do Programa levar aos alunos do ensino médio
das escolas da rede Estadual de Ensino informações sobre a universidade e formação profissional,
favorecer o acesso ao vestibular mediante inscrição diferenciada e subsidiada e contribuir com os
programas de permanência estudantil da universidade, mediante concessão de bolsas pela
Fundação Vunesp aos alunos da rede pública de melhor classificação no processo seletivo para
ingresso nos cursos de graduação da universidade. Em 2014, 114 professores da Unesp,
acompanhados de 129 alunos da Unesp egressos de escolas públicas, visitaram 2.087 escolas
públicas do interior do Estado de São Paulo, ministrando palestras e esclarecendo dúvidas de
215.015 alunos presentes aos encontros. Essas visitas contribuíram para com o aumento de
alunos das escolas públicas interessados no Vestibular Unesp 2015, o qual ultrapassou pela
primeira vez a casa dos cem mil candidatos. Dentre os inscritos, 45,3% deles são egressos de
escolas públicas. Mais importante que o aumento no número de inscritos para o vestibular, é o
aumento no número e na proporção de matriculados egressos da rede pública de ensino. No
Vestibular 2.014, das 7.253 matrículas, cerca de 43% delas são de alunos egressos de escolas
públicas. O alcance social do Programa estende-se também aos alunos já matriculados na
UNESP, uma vez que parte deles volta a fazer parte do Programa, agora como executores. Esses
alunos, acompanhados de seus professores de seus cursos universitários, voltam às suas escolas
de ensino médio para compartilhar com os colegas da rede pública de ensino a experiência
adquirida no vestibular e a experiência que estão tendo na vida universitária. A participação
desses alunos no Programa contribui para sua formação cidadã. Portanto, o Programa de
Divulgação do Vestibular Unesp não apenas traz visibilidade à universidade como também
contribui para a inclusão social. Esclarece o aluno da rede pública de ensino médio quanto às
características da universidade e do vestibular, quanto aos cursos e carreiras universitárias e
quanto ao apoio institucional aos ingressantes nos cursos da Unesp. Permite que professores e
alunos universitários compartilhem com alunos do ensino médio público a experiência da
universidade e, deste modo, estimula a continuidade de estudos e o ingresso de alunos da rede
pública no ensino superior público e gratuito. O Programa conta com a parceria da Secretaria de
Educação do Estado, estabelecida via convênio formal, e tem financiamento (custos com as
visitas, produção e distribuição de material impresso, bolsas de estudos) da Fundação Vunesp.
Palavras chave: Vestibular / Escola Pública / Inclusão
EDU - 025
Da Educação Rural para a Educação do Campo: a experiência de um curso de
Residência Agrária no Estado de São Paulo.
Guilherme Gonçalves; Carolina Rios Thomson; Maristela Simões do Carmo; Leonardo de Barros
Pinto.
Instituição: Faculdade de Ciências Agronômicas - UNESP Botucatu
E-mail de contato: [email protected]
Nos anos 1990, os Movimentos Sociais do Campo (MSC), organizados, criam o conceito e
práticas da Educação do Campo, dispostos a construir uma Educação que de fato atenda aos seus
interesses sociais. Após grande pressão, em 1998 o governo federal cria o Pronera, atualmente
no Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Uma das modalidades do programa é o
"Residência Agrária". No Estado de São Paulo, o curso é coordenado pela Unicamp, e tem a
UNESP Botucatu e Jaboticabal, além da FATEC Itapetininga, como instituições parceiras. O curso
iniciou em julho de 2013 e terminará em junho de 2015. Tem como estrutura a pedagogia da
alternância, dispondo-se em quatro Tempos Escola, baseados na instrumentalização teórica e
reflexiva, e três Tempos Comunidade, onde os educandos realizam projetos coletivos nas
comunidades, de acordo com as demandas destas. Este curso de Residência Agrária trabalha com
doze comunidades do Estado de São Paulo. Este trabalho tem por objetivo analisar, de maneira
crítica, o Curso de Especialização Lato Sensu "Educação do Campo e Agroecologia na Agricultura
Familiar e Camponesa - Residência Agrária". A análise baseia-se na observação participante dos
autores, a partir de registros de suas experiências como monitores e professores do curso, e na
utilização da metodologia qualitativa FOFA (Fortalezas, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças)
junto a quatro educando (as) do Curso. Em relação às fortalezas, a multidisciplinaridade permite
o diálogo entre as disciplinas e as atividades de campo, além da evolução coletiva dos educandos
de diversas áreas de atuação no universo da complexa temática do curso. Há ainda a construção
coletiva de conhecimentos, consorciada à discussão com as comunidades sobre as suas demandas
concretas. A pedagogia da alternância é outra fortaleza identificada. Porém, cabe refletir acerca
de sua plenitude. Tornou-se inviável o envolvimento profundo de parte dos educandos com as
comunidades por um período contínuo de tempo. Uma fraqueza destacada são os recursos
limitados e consequentemente o impedimento de maior proximidade dos educandos para com
as comunidades. Outra ameaça apontada foi o baixo número de educandos oriundos dos MSC e
comunidades tradicionais, evidenciando o distanciamento entre comunidades e Universidades.
No contexto da Educação do Campo, a multidisciplinaridade é primordial. Sua consolidação
permite a troca de experiências entre diversos campos de conhecimento de maneira fluída e
constante, viabilizando a reflexão, a conscientização sócio-política e instrumentalização dos(as)
educando(as) para objetivos maiores, como as lutas pela Agroecologia, produção de alimentos
sustentáveis e a reforma agrária popular. O curso de Residência Agrária representa um ponto de
tensionamento do projeto atual de Universidade Pública no Estado de São Paulo. Os MSC e
comunidades tradicionais devem estar cada vez mais presentes nas Universidades, construindo-a
para que estas se voltem às reais demandas da sociedade, assim como a necessidade de
comporem as coordenações dos cursos de Residência Agrária e demais cursos do Pronera, na
busca por autonomia política. A troca de experiências através de geração de trabalhos, encontros
e congressos é essencial para o aperfeiçoamento do Residência Agrária e de outras modalidades
do Pronera.
Palavras chave: Educação do Campo/ Movimento Social/ Pronera/ Residência Agrária
EDU - 026
Palestra Ambiental: A influência da falta d'água na vida dos seres humanos conscientização com alunos da APAE do município de Ilha Solteira/SP
Harryson Júnio Lessa Gonçalves; Marcos Chiquitelli Neto.
Instituição: Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"
E-mail de contato: [email protected]
A água é elemento natural, fundamental e insubstituível e exige de todos, Poder Público e
sociedade, uma ação permanente pelo seu uso racional, pela sua preservação e conservação.
Dotado de fontes consideradas inesgotáveis, o Brasil se defronta, ultimamente, com um novo
pesadelo: a falta de água. O problema já atinge grandes centros urbanos, se tornando tema no
contexto educacional por diversas perspectivas. Diante das discussões em relação à crise de falta
de água, acredita-se que a prática educativa é um dos caminhos para a sociedade, já que tem a
capacidade de transformar comportamentos, sendo realizada a partir de programas educativos
para o uso consciente. Desta forma, o objetivo desse trabalho foi desenvolver estratégias que
sensibilizem os alunos com deficiência da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE,
Ilha Solteira/SP, buscando promover a reflexão e estimulando a sair da zona de conforto e
atentar-se para as consequências da falta de água na nossa vida. O trabalho foi realizado em
novembro de 2014 no auditório da Universidade Estadual Paulista - UNESP de Ilha Solteira/SP,
por alunos participantes do projeto de extensão Caça-Vento, Vida-Sub & Bicho do Mato (UNESP,
Ilha Solteira), tendo como público alvo os alunos da APAE. Foi realizada uma palestra, com
recursos áudio visuais, interação e participação da plateia e duração de duas horas. O assunto
tratado foi a influência da falta de água na vida dos seres humanos, tendo como tópicos as
consequências na geração de energia, nas navegações, na agricultura e na vida dos animais,
demonstrando que os maus hábitos ocasionam o desperdício de água. Estes tópicos foram
abordados de forma clara e objetiva para demonstrar as consequências que ocorrem por conta
da seca, a fim de conscientizar e incentivar estes alunos, para que estendam aos lares a proposta
de reaproveitamento, economia e utilização correta deste recurso natural. Durante a palestra,
percebeu-se que os alunos criaram uma impressão positiva a respeito da economia de água,
sensibilizando sobre a importância da água no meio ambiente e na vida da população,
mobilizando-se em práticas diárias que envolvem a conservação do recurso natural mais
importante para a vida de todos os seres vivos. Com base na percepção dos alunos, foi possível
identificar a necessidade de sensibiliza-los para questões ambientais, principalmente para a
conservação dos recursos naturais. Os resultados foram obtidos por meio das perguntas
realizadas durante a palestra, onde foi possível perceber que o ensino-aprendizagem dos alunos
da APAE e da UNESP proporcionou uma importante conquista, por demonstrarem responsáveis
por pequenos atos de mudanças de hábitos para não desperdiçar água.
Palavras chave: Educação Especial / Deficiente / Conservação / Educação Ambiental
EDU - 027
Enriquecimento de material pedagógico no processo de dinamização da sala de
aula
Jennifer do Nascimento Pedrero; Carina Alexandra Rondini; Adriane Gallo Alcantara Silva;
Rafaela da Silva Caires.
Instituição: FCL Unesp- Assis
E-mail de contato: [email protected]
O que faz uma aula interessante? O que faz um aluno querer ir para a sala de aula? O que motiva
um professor? - Um ambiente escolar planejado e enriquecido? Possibilidades de vivência,
descoberta, troca? Essas e outras indagações motivam o presente projeto. Conquistar a atenção
dos alunos, dar a eles o papel de protagonistas na construção de seu próprio conhecimento, não
é tarefa fácil, principalmente nos dias de hoje, quando temos celulares, smartphones, uma
quadra de esportes e muitos outros atrativos disponíveis às crianças, que chamam muito mais a
atenção do que um professor falando na frente da sala de aula. Por isso, não basta apenas aplicar
o material didático fornecido pela escola, é necessário dinamizá-lo, deixá-lo mais atraente
utilizando recursos que a própria escola oferece e que, muitas vezes, os professores não possuem
conhecimento sobre eles. Dessa forma, esse projeto que insere-se no eixo formação
complementar docente, debruça-se no enriquecimento de material pedagógico (língua
portuguesa e matemática), utilizado nas séries iniciais do Ensino Fundamental I da rede pública
municipal de ensino. São participantes diretos nesse projeto os professores da Secretaria
Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Turismo (SEMEC) de um município do interior do
estado de São Paulo. O projeto é desenvolvido por meio de uma metodologia colaborativa de
pesquisa-ação entre a rede pública de ensino e a universidade. São promovidas reuniões
quinzenais da equipe vinculada ao projeto e os professores da SEMEC, nas quais objetiva-se
selecionar conteúdos dos materiais, ofertados pelo governo estadual, (Ler e Escrever) e (EMAI Educação Matemática nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental) que possam ser enriquecidos;
promover o planejamento em conjunto dos professores do mesmo ano escolar; planejar o
enriquecimento citado anteriormente; realizar leituras e dinâmicas - em grupo - que promovam
o fortalecimento da equipe docente e forneça embasamento teórico para que tenham condições
de dinamizar a sala de aula,deixando-a mais atraente, e, consequentemente, com possibilidade
de identificar e desenvolver o potencial criativo de seus alunos, bem como melhorar a relação
professor-aluno. Os docentes possuem quinze dias para desenvolver a atividade elaborada junto
com seus alunos e compartilhá-las no próximo encontro da equipe, em um processo colaborativo
e contínuo de ação-reflexão-ação.
Palavras chave: Formação docente/Material pedagógico/Dinamização/Sala de aula/Estudante
EDU - 028
Projeto de Extensão: Educação Sobre a Dengue - Universidade Federal do ABC
João Paulo Reis Soares; Daniele da Silva Benicio.
Instituição: UFABC
E-mail de contato: [email protected]
A dengue é uma doença de grande incidência no território nacional e dessa forma realizar
trabalhos de divulgação de informações sobre a dengue, sua forma de transmissão e sobre as
formas de combate ao mosquito transmissor, o Aedes aegypti, é de suma importância. O projeto
existe desde de 2010 e tem como objetivos realizar ação de conscientização em escolas da
região do grande ABC paulista, e regiões próximas, sobre a dengue, ilustrando seus perigos e
problemas para a sociedade. São realizadas palestras nas escolas, contando com o conteúdo
expositivo e recursos visuais com o vídeo produzido, tratando dos assuntos: o que é a Dengue,
como acontece a transmissão da doença, métodos de prevenção, e principais tratamentos para a
doença. A abordagem durante a apresentação expositiva variou na linguagem para se adequar
ao público de cada série atendida e a dinâmica da apresentação variou de acordo com os
recursos da escola, com a utilização de projetor ou os banners produzidos. Além das palestras,
também são aplicados questionários para verificar os conhecimentos adquiridos para os alunos
das séries mais avançadas. Na edição de 2014 o projeto atendeu 11 escolas da região e também
a cidade de Poá, no alto do Tietê, contabilizando 3434 alunos. Contou com o apoio da Diretoria
de Ensino da Região de Santo André e o projeto APE (Ações Preventivas nas Escolas) para o
contato com as escolas. Além disso, atuou junto a educadores do programa escola da família,
servindo como base para as atividades desenvolvidas sobre o assunto no fim de semana pelo
programa. Dos 659 questionários aplicados, destaca-se que, no item de combate ao mosquito,
mais de 80% dos alunos responderam corretamente cada uma das medidas preventivas e dos
sintomas da doença, mais de 70% identificou corretamente os sintomas. O número de casos de
dengue em todo o estado de São Paulo e principalmente a região do ABC, vêm sofrendo com um
aumento significativo, ações como o projeto de educação sobre a dengue se fazem cada vez mais
pertinentes seguindo tal perspectiva, no ano de 2014 muitas crianças foram atendidas, e pela
coleta de dados, é perceptível que as crianças conhecem os meios e formas de combate ao
mosquito vetor da dengue, entretanto muito ainda precisa ser feito, para que realmente haja
uma real mudança de atitudes que diminuam assim as vulnerabilidades em que as pessoas se
colocam por não terem o conhecimento adequado, ou por não ter a consciência sobre suas
ações.
Palavras chave: DENGUE / EDUCAÇÃO / PREVENÇÃO
EDU - 029
Ourinhos: Uma leitura da cidade
Joaquim Lucas Prata Vaz Domingues.
Instituição: UNESP- Campus Ourinhos
E-mail de contato: [email protected]
O presente trabalho se propõe a realizar uma análise do projeto desenvolvido junto ao Programa
Núcleo de Ensino/Prograd. Esse projeto teve dois anos de duração (2013-2014) e foi realizado no
campus de Ourinhos, da Unesp, coordenado pelo Prof. Dr. Lucas Labigalini Fuini, em colaboração
com o Prof. Dr. Luciano Antônio Furini, e dos bolsistas Gabriel Fabril S. F. de Oliveira (20132014), além do bolsista de extensão Joaquim L. P. V. Domingues (2013-2014). Seu objetivo
principal foi desenvolver um trabalho com escolas de nível médio acerca das percepções e
territorialidades que os educandos desenvolvem sobre e no espaço da cidade, oferecendo
materiais didáticos, oficinas e capacitações para construir um raciocínio geográfico, crítico e
reflexivo, sobre os usos do território no espaço urbano.Outro objetivo foi trabalhar, de maneira a
desconstruir, a concepção de desenvolvimento associada ao território, como espaço apropriado,
vivenciado e produzido. Para demonstrar as possibilidades de se aproximar do repertório escolar
temáticas como 'desenvolvimento' e 'território', a partir de exemplos estatísticos, cartográficos e
imagéticos, objetivando situar os objetos de ensino-aprendizagem no plano onde as coisas
acontecem, onde as possibilidades do mundo se tornam realidades , em perspectiva multiescalar.
O primeiro ano do projeto contou com parceria da Diretoria Regional de Ensino de Ourinhos
com uma escola da rede pública (EE Dr. Ary Corrêa), e privada (Colégio Pólis). Assim as
atividades de intervenção se deu nos anos de 2013 e 2014, nas séries do 2º e 3ºEM. Trabalhou
com as representações sociais oriundas de perguntas indutoras sobre pontos de referência e
problemas urbanos, além de uma metodologia que se iniciou com a contextualização sobre o
desenvolvimento de Ourinhos, capacitando-os a analisar e compreender os indicadores
socioeconômicos presentes em tabelas, gráficos e mapas (Seade, IBGE, Googlemaps), e posterior
introdução à técnica de trabalho de campo para uma atividade.No segundo ano, considerando as
dificuldades apresentadas no primeiro ano e a necessidade de delimitar melhor o objeto de
pesquisa e atuação, trabalhou-se com a perspectiva territorial associado do Desenvolvimento e
incorporada em indicadores como o IDH e o IDH-municipal, explorando desse foco a
consequência do desenvolvimento do modo capitalista de produção no espaço urbano, com a
segregação sócio espacial com alunos do 2º. EM da EE Dr. Ary Corrêa, de Ourinhos. Nesse
segundo ano, deu-se atenção à construção, no processo de ensino-aprendizagem, de conceitos
fundamentais à reflexão geográfica sobre o desenvolvimento,de Território e Lugar, para
compreensão do indivíduo e seu espaço de vivência para a reflexão sobre o Desenvolvimento. E
realizamos uma oficina com a unidade do Centro de Referência de Assistência Social, CRAS,
como uma espécie de síntese do trabalho desenvolvido nas escolas. Ao final, a despeito das
limitações e adversidades encontradas no convívio escolar e na busca de espaços para realização
de nosso trabalho, obtivemos avaliações positivas do público-alvo em relação às nossas oficinas.
O trabalho desenvolvido se deu ainda no nível de tomada de consciência sobre o espaço
geográfico e sua dinâmica, suas diferenciações e desigualdades.
Palavras chave: cidade/ representação social/ ensino de Geografia
EDU - 030
Ciclo de Debates de Políticas Públicas
Lidiane Souza Santos; Samantha Thais Baião Moreira; Eloisa Junia Boanerges Teixeira Santos;
Iasmim Mesquita; Tiago Rezende Leite; Gustavo Costa de Souza.
Instituição: Universidade Federal de Lavras
E-mail de contato: [email protected]
O projeto Ciclo de Debates de Políticas Públicas foi idealizado com o intuito de promover a
reflexão contínua e duradoura sobre este que é um tema primordial tanto para o funcionamento
do Estado, quanto, principalmente, para que se compreenda e se aprimore as inter-relações
entre sociedade, Estado, política e economia. Enquanto atividade acadêmica extracurricular, um
dos principais objetivos do Ciclo é aproximar as dimensões teórica e prática da formação
profissional, a partir do incentivo à troca de experiências entre os alunos da graduação e da pósgraduação com os diferentes atores das políticas públicas, sejam os investidos de cargos
políticos, funcionários de carreira do Estado, membros de organizações do terceiro setor,
analistas políticos, especialistas, estudiosos, população impactada, dentre outros. Em síntese, o
Ciclo de Debates de Políticas Públicas busca formar não apenas profissionais, mas cidadãos
capazes de pensar e atuar criticamente nas organizações públicas da sociedade e do Estado.
Considera-se, além disso, a iniciativa importante na medida em que ultrapassa o âmbito restrito
da Universidade e aproxima o contexto de discussão e produção de conhecimento da
comunidade local, favorecendo, então, uma relação mais estreita entre essas esferas. Ademais, as
universidades públicas sempre estiveram associadas ao desenvolvimento econômico, social,
cultural e político da nação, por isso a necessidade de retomar a cultura de estímulo ao debate e
o pensamento crítico. A metodologia de realização envolve primeiramente o planejamento,
onde há o levantamento de temas que sejam de interesse da comunidade acadêmica e da
sociedade. Em seguida, é feito o contato com os palestrantes, a abertura das inscrições para a
participação no evento, agendamento do local, divulgação do evento nas redes sociais e mídias
eletrônicas e impressas e outras atividades operacionais. Durante o evento, em um primeiro
momento, é feita a explanação do tema para os participantes e, em seguida, com a intervenção
de um ator que atua como debatedor, é iniciada a discussão. Como resultado do projeto dentro
da Universidade Federal de Lavras, pode-se apontar para a realização de duas edições do ciclo
com participação maciça em cada um deles. A primeira edição, realizada no mês de Junho de
2014, teve como tema inaugural as "Práticas Associativas, Representação e Controle Social de
Políticas Públicas" e contou com 120 participantes, destacando-se a presença de oito associações
de bairros da cidade. Já a segunda edição do ciclo ocorreu em Setembro de 2014 com o tema
"Política de Participação Social", totalizando 258 participantes, onde pode ser ressaltada a
presença do vice-prefeito de Lavras- MG, Aristides Silva Filho, bem como a participação dos
representantes das associações de bairro. Nos debates, os presentes puderam expor seu ponto
de vista e tirar suas dúvidas, promovendo, assim, um espaço de interação. A promoção do
debate, então, acaba por estimular não só a aproximação do estudante com a comunidade, mas
também suscita uma postura mais cidadã, participativa e reflexiva.
Palavras chave: Políticas Públicas / Debate / Participação
EDU - 031
Perfil Histórico de Inclusão de Alunos deficientes em Instituição de Ensino
Superior (IES) privada e as estratégias de atendimento
Lis Lakeis Bertan; Everton Luiz dos Santos; Renata Tadeu Fernandes Bastianelli; Marco Aurelio
Nemitalla Added; Keyti Expedita Ribeiro Nascimento; Alexandre Sabbag da Silva; Eder Ribeiro
dos Santos; Igor Gomes da Silva; Rogério Lopes Alvarenga; Rodrigo Augusto de Araujo.
Instituição: Universidade Guarulhos
E-mail de contato: [email protected]
Todo cidadão tem direito de participar da vida social, e nessa perspectiva incluímos o direito de
cursar o ensino superior. Na verdade é impossível não ressaltar que na prática tiveram poucos
avanços nessa área. Nos últimos anos, foram bastante intensas as discussões no que se refere à
inclusão no ensino fundamental e médio, mas pouco se falou no ensino superior. Contudo mais
recentemente esse assunto tem sido trazido com grandes preocupações no âmbito do governo,
tornando-se uma das prioridades da atual Política Educacional do MEC. Com o objetivo de traçar
o perfil histórico de inclusão de alunos deficientes em Instituição de Ensino Superior (IES) privada
e as estratégias de atendimento, foi proposto um estudo de natureza epidemiológico-descritiva,
longitudinal, realizado por meio de análise de sistema acadêmico, no âmbito extensivo de
Instituição de Ensino Superior (IES) Privada do município de Guarulhos/SP - Centro de
Guarulhos. Para levantamento dos dados foi analisado a planilha de relação de alunos deficientes
no período entre janeiro de 2013 a dezembro de 2014, a partir das informações disponibilizadas
para a coordenação do Núcleo de Apoio e Acessibilidade da Universidade Guarulhos (NAAUNG)
através da secretaria acadêmica. Na analise foi levado em consideração o histórico de inclusão
do aluno deficiente, tipo de deficiência e qual a escolha do curso matriculado. Também foi
realizado o levantamento de recursos de inclusão oferecidos pela a Instituição de ensino nos
últimos 02 anos por meio de estratégias institucionais de inclusão social dentro do campus. Entre
o 1° semestre de 2013 e 2° semestre de 2014 a IES incluiu 279 alunos deficientes nos cursos
tecnológicos, graduação e pós-graduação. Neste período ocorreu um aumento de 71% do
número de alunos deficientes. As deficiências dos alunos mais evidentes foram: 88% visuais, 73%
auditivas, 33% intelectuais e 28% físicas. Desses alunos, 63% eram do sexo masculino e os cursos
mais escolhidos foram os tecnológicos com duração de 02 anos, destacando que 36% destes
alunos escolheram o curso de Recursos Humanos. A partir do estudo, a IES incentivou a criação
de importantes debates e discussões a respeito da acessibilidade e inclusão do aluno no âmbito
institucional. Foram desenvolvidos projetos de forma interdisciplinar, com alunos, professores e
comunidade externa. Uma das ações extensionistas realizadas foi à criação de propostas dos
alunos de arquitetura sobre as áreas restritas junto a Universidade. Os alunos participaram de
feiras e exposições sobre o tema fora da IES e alimentaram os debates para criação de projetos.
Neste contexto, como resultado, foi criada uma rota de acessibilidade, incluindo a colocação de
piso podotátil, mapa tátil de localização, quiosque informativo, implantação de sinalizações
visuais em escadas e rampas e colocação de corrimão. Além disso, foram criadas cartilhas de
orientação e aquisição de lupa digital portátil para alunos deficientes visuais a partir das
informações colhidas. Foi possível, por meio de projetos de extensão vencer as barreiras
arquitetônicas e atitudinais, possibilitando a igualdade social entre alunos, professores e
funcionários.
Palavras chave: Ensino / inclusão / deficiência
EDU - 032
Juventude universitária e tecnologia: usos no processo educacional
Loriza Lacerda de Almeida; Leandro da Silva Freitas.
Instituição: UNESP
E-mail de contato: [email protected]
O trabalho que desenvolvemos busca a caracterização da juventude universitária e os usos que
faz das Tecnologias de Informação e Comunicação. Este tema está bastante presente nos últimos
tempos porque é muito intenso o uso de tecnologias por todos as gerações, embora certamente
com finalidades distintas. Para os jovens, as formas de utilização são amplas e servem, com muita
frequência, para a construção e fortalecimento das relações humanas e a garantia da
manutenção de laços grupais e entretenimento, mas vai além, favorecendo o fluxo de
informações, por meio de consultas a sites, jornais e similares e, em alguma medida, são também
utilizadas para a ampliação do conhecimento acadêmico. O objetivo central do trabalho foi
identificar os usos que são feitos pelos universitários e quais resultados são obtidos,
especificamente no que diz respeito ao ensino-aprendizagem. Em função desta questão também
se coloca a necessidade de compreender como os professores vem usando as tecnologias em sala
de aula para um bom aproveitamento de seus conteúdos. Inicialmente o trabalho se orientou
pela seleção e estudo de bibliografia específica, fundamentado por Castells (2003), Kenski
(2014) e Carr (2011) entre outros. Em seguida, para mapear esta situação, aplicamos no campus
de Bauru da Universidade Estadual Paulista, um questionário composto por 16 perguntas
fechadas para um grupo de 80 alunos das áreas de ciências exatas, ciências humanas e ciências
sociais aplicadas, que constituiu nossa amostragem. A sistematização desta amostragem revela
que os estudantes tem um bom domínio sobre as tecnologias e seus usos, entretando aponta que
seus professores não estão em sintonia, ora desinteressados ou desinformados, necessitando de
um estímulo para o uso diversificado, bem como carecem de formação, para o pleno domínio das
ferramentas. Os alunos apontaram em suas sugestões que para aprimorar o uso de tecnologia em
sala de aula seria necessário melhorar a infraestrutura das salas, o que inclui a manutenção e/ou
troca de aparelhos tecnológicos, a frequente atualização das tecnologias e sua disponibilização
para todas as turmas. O professor deveria ser capacitado para manusear de forma satisfatória as
ferramentas tecnológicas que ele for utilizar, assim como propor em aula uma melhor interação
com seus alunos, integrando a matéria com dispositivos tecnológicos. Para melhorar o
desenvolvimento de conteúdos em sala de aula, a sugestão dos alunos é de utilização de
programas de rádio, uso de revistas e jornais, uso de plataformas virtuais, materiais tecnológicos
novos e de melhor qualidade, uso de documentários e aplicativos de celular. O questionário dos
docentes será aplicado brevemente e trará dados importantes para a análise dos usos de
tecnologias em sala de aula, como instrumento de fortalecimento da relação ensinoaprendizagem. Ao final da análise, verificando as dificuldades e as possibilidades, buscaremos
criar a oferta cursos de formação e debates sobre este tema, de forma que a comunidade
universitária possa suprir eventuais deficiências nesta área.
Palavras chave: juventude universitária/ tecnologias/ ensino superior
EDU - 033
OFICINAS PEDAGÓGICAS SOBRE ATIVIDADES INVESTIGATIVAS: SOBRE SEUS
INTERESSADOS, SUAS POTENCIALIDADES E SEUS DESAFIOS
Luana Alba Peres; Fernanda Franzolin; Taina Maiara Farias; Fernanda Gonçalves Furtado.
Instituição: UFABC
E-mail de contato: [email protected]
Para ensinar considera-se importante o conhecimento sobre o assunto e o domínio de
procedimentos didáticos para ajudar no processo de aprendizagem dos alunos. No ensino de
Ciências, um desses procedimentos refere-se às atividades investigativas (AI). Tais atividades
permitem que os alunos consigam conflitar seus próprios conhecimentos com o que observam na
experimentação, podendo realizar a mudança conceitual sobre o assunto e desenvolver senso
crítico dos alunos. Este trabalho teve como objetivo: 1) caracterizar o perfil dos professores da
educação básica interessados pela oficina "Ensinando Ciências com Atividades Investigativas",
projeto apoiado pela Pró-reitoria de Extensão da Universidade Federal do ABC; 2) verificar o
desenvolvimento das concepções dos professores sobre as AI durante o curso; e 3) identificar as
possibilidades e desafios propiciadas por este projeto formativo. A oficina aconteceu em quatro
encontros quinzenais nos quais professores foram instigados a refletir em atividades individuais,
debates coletivos e análise de diferentes atividades experimentais em conjunto. Os encontros
aconteceram no Laboratório de Pesquisa em Ensino da Universidade Federal do ABC e os
experimentos foram desenvolvidos com materiais do cotidiano escolar (papéis, tesoura e cola),
outros de baixo custo de aquisição (sementes, casca de banana, vinagre e bicarbonato). Os dados
foram coletados por questionários, entrevistas, miniportfólio, gravações de discussões e
avaliação final. Parte deles foi coletada com onze dos professores inscritos e outra parte com os
sete participantes ou com os quatro concluintes. Verificou-se que os interessados se dividiam
entre aqueles que já consideravam realizar AI frequentemente e aqueles que pouco ou nunca as
faziam, sendo o tempo apontado como principal dificultador. Ao decorrer da oficina,
perceberam-se mudanças nas ideias dos professores cursistas e, consequentemente, em suas
práticas docentes. Houve tanto o aumento da frequência de realização das AI, quanto a mudança
nas suas concepções sobre as AI: durante a oficina passaram a ver outras importâncias para estas
atividades além de compreenderem que mais que poderem despertar o interesse e a curiosidade
do estudante, podem permitir a aprendizagem de conceitos, o desenvolvimento de habilidades
ou a compreensão do processo de construção do conhecimento científico, favorecendo a
Alfabetização Científica. Dessa forma, pode-se concluir que as oficinais trouxeram contribuições
sobre para a construção da concepção de AI para os cursistas. A desistência de cursistas e a
necessidade dos cursistas verem mencionada a faixa etária apropriada para cada atividade
proposta foram identificadas como desafios e adequações poderão ser testadas na continuidade
da oficina, como mudar os encontros para o final de semana, visando maior frequência, e
permitir reflexões sobre adaptações das AI para diferentes faixas etárias. Outro desafio seria
possibilitar aos professores a compreensão de que 1) as AI podem permitir, mas não garantem a
mudança conceitual e 2) essas atividades podem contribuir para desenvolver o senso crítico do
aluno; pontos que ainda não foram explorados nesta oficina, mas podem ser melhor explorados
nos próximos anos. Portanto, nessa primeira experiência de desenvolvimento do projeto, podese tanto identificar potencialidades como desafios em sua implementação, o que permite refletir
para sua melhoria, visando sua continuação.
Palavras chave: Ensino de Ciências / Atividades Investigativas / Formação de Professores
EDU - 034
Cursinho Popular como instrumento de reinvindicação da democratização do
acesso ao ensino superior
Lucas de Sousa Costa; Caira Alves da Costa; Diemison Ladislau de Alencar; Rigler da Costa
Aragão.
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ• - UNIFESSPA
E-mail de contato: [email protected]
De modo geral, movimentos sociais conceitualmente possuem referencia às ações coletivas de
um grupo, que organizado objetiva alcançar mudanças na sociedade através do embate político,
com ações orientadas de acordo com seus valores e ideologias em um contexto da sociedade
dividida em classes sociais, apresentam-se como movimentos: feministas, ecológicos, contra a
fome, pela reforma agrária, dentre outros. A Rede Emancipa Movimento Social de Educação
Popular também faz parte dessa gama de movimentos que busca intervir para que haja uma
sociedade mais justa. O movimento configura-se, na construção de cursinhos pré-vestibulares em
lugares cedidos como igrejas, associações de moradores, universidades e sendo desenvolvido em
certos casos como projetos de extensão universitária, devido a uma das características do
projeto: ser desenvolvido através da ação voluntária de pessoas que compartilham do mesmo
desejo, o da universidade pública democrática e popular. A educação popular fundamentada na
concepção Freiriana de educação libertadora dos sujeitos, se desenvolve no cursinho a partir das
atividades de reflexão sobre a sociedade levando a discussão política de temas relevantes,
propostos como tema transversal em todas as disciplinas, mas discutidos em disciplinas
especificas e em formações política. Em Marabá/PA o cursinho popular que se iniciou no ano de
2012, e hoje é um programa de extensão da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará ?
Unifesspa, e que buscou se institucionalizar devido à precariedade de recursos materiais, possui
o objetivo de defender a educação pública, gratuita e de qualidade em todos os níveis e lutar
pelo livre acesso a educação e ajuda na organização da juventude na luta pelos direitos de bem
comum para a sociedade. As aulas do cursinho ocorrem aos sábados e domingos nas
dependências da Unidade I da UNIFESSPA, são ministradas, em maior parte, por jovens
estudantes dos cursos de licenciaturas da UNIFESSPA, que atuam voluntariamente.
Consequentemente, o trabalho voluntário tem contribuído com a formação docente dos
licenciandos ao proporcionar aos mesmos, uma relação de construção de um processo de ensino
e aprendizagem favorecido pelo contato dos futuros docentes com a sala de aula. Já os alunos
adquirem conhecimentos que não só os prepararam para os vestibulares e como resultado dessa
preparação temos a aprovação de 34 alunos dos 97 que frequentavam o cursinho durante o ano
de 2014, além disso, por meio da Educação Popular recebem formação que visa à preparação
para transformação da realidade social, bem como busca desenvolver a consciência crítica deles
no sentido de os tornarem autônomos, agentes transformadores da sociedade.
Palavras chave: Cursinho Popular/Movimento Social/Democratização do Ensino
EDU - 035
Cursos de Idioma oferecidos no Núcleo Local da UNATI - UNESP, Campus de
Sorocaba
Luiza Amalia Pinto Cantão; Marcio Alexandre Marques; Mariana Bittu de Oliveira; Rene Almeida
Dellabarba; Galdenoro Botura Junior; Marilza Antunes de Lemos.
Instituição: UNESP - Campus Experimental de Sorocaba
E-mail de contato: [email protected]
O Núcleo Local da Universidade Aberta à Terceira Idade - UNATI, Campus de Sorocaba, busca
levar à população desta faixa etária, através de cursos, oficinas de artesanato, informática,
palestras etc., uma chance de aprimoramento pessoal e intelectual que, muitas vezes, não
aconteceram em outros momentos da vida. Além disso, o convívio em grupo proporcionado por
este tipo de atividade ajuda a criar laços além daqueles já existentes no seu dia a dia. Neste
sentido, a UNATI ofereceu cursos de idioma com a finalidade de ensinar os conceitos básicos de
uma língua estrangeira, a Língua Inglesa, comercialmente a mais falada no mundo e cada vez
mais incorporada nos meios de comunicação atuais. Os cursos aconteceram no segundo semestre
de 2012 e no ano de 2013, como parte das atividades oferecidas pela UNATI/Sorocaba
especificamente para os alunos da terceira idade. No segundo semestre de 2012 aplicamos duas
modalidades de curso: "Inglês básico para viagem" e "Inglês para Internet"; no primeiro e
segundo semestres de 2013 oferecemos duas novas turmas apenas para o curso de "Inglês básico
para viagem". O curso de "Inglês para Internet" abordou tópicos essenciais para 'navegar' em
sites de Língua Inglesa, como por exemplo, efetuar compras on-line, termos de segurança,
pesquisas diversas, entre outros. Já no curso de "Inglês básico para viagem" os alunos tiveram um
conteúdo introdutório voltado para viagens: situações em aeroportos, hotéis, passeios e compras,
dentre outros. Também houve a preocupação de introduzir uma estrutura gramatical inicial, bem
como a abordagem de palavras mais comuns deste idioma e que são utilizadas mais
frequentemente. Cada módulo atendeu, em média, 15 alunos, com um limite máximo de 20
vagas, com aulas semanais de duas horas, durante 10 semanas. Os cursos oferecidos através deste
projeto de extensão tiveram um impacto bastante satisfatório entre os participantes, sendo
muito bem avaliados pelos alunos tanto a aplicação dos cursos quanto o desempenho dos
bolsistas envolvidos. No ano de 2013 houve uma preocupação em criar um módulo de curso mais
avançado, porém a aprendizagem de um novo idioma nem sempre é simples e, entre os
participantes, houve uma preferência em fazer apenas o módulo básico, ao invés de se
aprofundar o conhecimento recém adquirido. O curso de "Inglês para Internet" não foi
retomado, pois o outro curso tornou-se mais abrangente, incorporando parte do conteúdo deste.
O desenvolvimento do projeto através da aplicação destes cursos foi muito gratificante, mesmo
levando em conta as dificuldades intrínsecas no processo de aprendizagem. Além disso, as
limitações do público-alvo na assimilação de novos conteúdos foi um ponto avaliado nas aulas
pelos professores bolsistas de tal forma que os idosos sempre fossem incentivados a se
esforçarem para aprenderem o conteúdo de cada aula. Concluímos que este projeto promoveu
uma melhor qualidade de vida deste público da terceira idade valorizando suas potencialidades
e resgatando sua autonomia. Assim, a UNESP/Sorocaba, através de ações extensionistas, ajuda a
promover movimentos que buscam melhorar o bem estar da comunidade atendida.
Palavras chave: Universidade Aberta à Terceira Idade/ Ensino de Línguas/ UNATI
EDU - 036
O PROCESSO SELETIVO DO CURSINHO GERABIXO: UMA INICIATIVA SOCIAL
Maite Yogo Mendonça Alves; Amanda Pereira Patricio Silva; Giovanna Scagnolatto.
Instituição: UNESP - campus Sorocaba
E-mail de contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: Perante a um cenário de defasagem da educação pública no Brasil, e
considerando que educação é um dos principais fatores que contribuem para inclusão social, o
Cursinho Pré-Vestibular GERABIXO da UNESP Sorocaba busca oferecer reforço no ensino aos
alunos de baixa renda para aumentar suas probabilidades de ingressarem no ensino superior. É
importante um processo de seleção do aluno, analisando os conhecimentos estudantis por meio
de uma prova, mas também a influência familiar através de uma visita na residência dos 240
melhores classificados na prova, totalizando 2 candidatos por vaga. Este procedimento permite
um estudo analítico do perfil do aluno GERABIXO, possibilitando providenciar um ensino de
qualidade. OBJETIVO: Estudar o perfil dos alunos do GERABIXO a fim de reduzir as taxas de
evasão. Possibilitar planos que possam colaborar com melhoria das condições dos estudantes
ingressantes e assim aumentar suas chances de inclusão na universidade. METODOLOGIA: O
Processo Seletivo (PS) tem início com formação de uma comissão, constituída por membros do
Projeto interessados em participar da organização. Em seguida é elaborado um cronograma, no
qual se encontram as etapas: - Divulgação - Inscrições - Prova - Pré-matrícula - Visitas Matrícula. A prova de conhecimentos gerais é elaborada pelos professores do projeto, tendo o
Enem como modelo buscando selecionar alunos que possuem raciocínio lógico, ou seja,
capacidade de interpretar questões multidisciplinares, estabelecendo uma linha de pensamento
claro, demonstrando conhecimento prévio mínimo para acompanhar as aulas de cursinho. A
elaboração do questionário é feita com ajuda de uma assistente social para orientar as perguntas
que serão feitas nas visitas e selecionar documentos adequados para uma avaliação econômica.
As etapas de divulgação visam atingir os alunos das escolas públicas. São então feitas inscrições,
aplicação de prova e divulgação dos aprovados nessa etapa. Na etapa de pré-matrícula o
candidato demonstra interesse pela vaga, e confirma seu local de residência; a região
sorocabana é setorizada de acordo com as regiões mais próximas, visando economia de tempo e
combustível, e dividida entre grupos que farão as visitas; não há número fixo de setores visto a
separação é feita de acordo com número de veículos disponíveis. A visita é considerada o
diferencial do PS, pois consiste no encontro entre os voluntários do cursinho com a realidade de
cada candidato; os integrantes do GERABIXO verão as condições sociais, familiares e
econômicas, dados que traçam um perfil de candidato e possíveis causas de evasão. Cada
candidato visitado tem sua carência e desempenho na prova analisados. São regularmente
matriculados sessenta candidatos para cada período, diurno e noturno. RESULTADOS: Verificouse que nos últimos anos a principal causa de desistência foi a impossibilidade de conciliar
trabalho e cursinho. Em outros casos a condição de pobreza e a falta de expectativas dentro do
âmbito familiar ocasionaram desmotivação em prosseguir com estudos. Apesar disso, com as
melhorias realizadas no Processo Seletivo e na estrutura do GERABIXO, o número de aprovações
cresceu. CONCLUSÕES: O Cursinho demonstra eficiência na análise de perfil dos alunos e
respectivas estratégias de contorno da situação.
Palavras chave: Cursinho Pré-vestibular / Comunitário/ Processo seletivo / Inclusão social /
Educação
EDU - 037
REGISTRO E SISTEMATIZAÇÃO DAS PRÁTICAS DESENVOLVIDAS COM
CRIANÇAS E ADOLESCENTES ABRIGADOS
Marcia Aparecida Lima Vieira; Bruna Cristina Nunes de Brito; Raíza Cruz de Souza; Eliane de
Santana Macedo.
Instituição: Universidade Metodista de Piracicaba
E-mail de contato: [email protected]
A partir do diálogo estabelecido com os coordenadores da Casa do Bom Menino e
compreendendo a complexidade do ambiente de um abrigo: espaço que acolhe crianças e
adolescentes que tiveram seus direitos violados, foi elaborado o projeto "Educação e Saúde com
Crianças e Adolescentes em situação de Vulnerabilidade Social" com o objetivo de elaborar e
executar práticas educativas relativas a Alfabetização e Letramento, Habilidades para a Vida,
Saúde e Qualidade de vida, Sucesso e Sustentabilidade. Para o diagnóstico e acompanhamento
da aprendizagem utilizamos como forma de registro e sistematização a 'Ficha de Avaliação e
Acompanhamento Processual da Aprendizagem', tal ficha contempla a coleta de dados tanto
quantitativos quanto qualitativos e propõe a comparação das produções da própria criança ou
adolescente em diferentes momentos do processo. As ações que são desenvolvidas com os
abrigados são de natureza diversa e ocorre por meio dos seguintes projetos: "Hora do Conto",
"Aprendendo Diferente", "Horta", "Receita do Dia", "Matemágica", "Realeca" e "Histórias de
Vida". Neste período de um ano e meio em que desenvolvemos este projeto observamos que o
nosso maior desafio é o desenvolvimento do trabalho através de uma dinâmica que permita a
consolidação da identidade do grupo e o fortalecimento das ações realizadas, de modo que os
sujeitos participantes possam assumir o protagonismo do projeto. Assim em nossa atuação
buscamos respeitar os saberes locais, o que não significa apenas enfatizar os conhecimentos já
adquiridos, mas sim ter neste conhecimento o ponto de partida para novos saberes. De acordo
com o conceito de avaliação, compreendemos que o ato está relacionado a diagnosticar e
replanejar. Concebemos que o abrigo possui a característica de restaurar aquilo que foi violado,
portanto temos como propósito nos articular ao cotidiano do abrigo para que assim o foco esteja
na potencialização dos envolvidos. Foi possível acompanhar neste período a relação de
resultados do acompanhamento processual de aprendizagem, no qual percebemos o quão
significativo tem sido o desenvolvimento de atividades planejadas cuidadosamente e que
respeitem a rotina dos abrigados. Notamos avanços relevantes, nos quais as habilidades
desenvolvidas no projeto agregaram ao rendimento escolar. Porém, em outros casos não houve
um resultado quantitativo expressivo por questão das habilidades já estarem assimiladas, mas a
participação destes abrigados foi muito importante porque gerou a reafirmação do sentimento
de pertencimento ao grupo, responsabilização pelo próprio processo de aprendizagem entre
outras potencialidades que foram apreendidas. Os resultados qualitativos obtidos e registrados
no processo tem grande significado não apenas para os acolhidos, mas para todos os envolvidos,
pois desde o primeiro momento nos dispomos a acolher e dialogar com o que as crianças e
adolescentes tinham a apresentar: compreender e ter em seu saber o ponto de partida. Sem isso
não seria possível obter um terreno fértil para novos saberes e permitir que outros mais possam
ser elaborados visando a autonomia dos envolvidos, conforme os pressupostos da educação
libertadora e os princípios da educação popular que nos orienta.
Palavras chave: registro/ práticas/ crianças/ adolescentes/ abrigo
EDU - 038
CONTRIBUIÇÃO PARA MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA DOS IDOSOS
ATRAVÉS DAS ATIVIDADES OFERECIDAS NA UNATI - UNIVERSIDADE ABERTA À
TERCEIRA IDADE - UNESP/SOROCABA
Márcio Alexandre Marques; Augusto Voltaire do Nascimento; Pedro Luiz Martins Marques;
Gianni Dias Sasso; Amanda Cristiane Diniz; Galdenoro Botura Junior; Marilza Antunes de Lemos;
Luiza Amalia Pinto Cantão.
Instituição: UNESP/Sorocaba
E-mail de contato: [email protected]
A cada década, o percentual de idosos no Brasil tem aumentado significativamente
demonstrando um processo de envelhecimento populacional, o que pode ser comprovado pelas
projeções populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, que indicam
que, em 2030 aproximadamente 40% dos brasileiros terão entre 30 e 60 anos. Este alargamento
do topo da pirâmide etária demonstra que a expectativa média de vida está aumentando e as
pessoas envelhecendo mais. Considerando os fatores que afetam os idosos, tais como problemas
de solidão, preconceito etc. e para que eles preservem sua autonomia e bem-estar pelo maior
tempo possível, novas alternativas devem ser utilizadas para que eles tenham um envelhecimento
ativo e saudável. Assim, o projeto UNATI/UNESP tem como objetivos oferecer programas de
integração social do idoso no convívio universitário de acordo com as suas necessidades, desejos
e capacidades, tudo isso por meio de atividades que estimulem a sociabilidade, o exercício pleno
da cidadania, a melhoria da sua qualidade de vida e a integração entre gerações. Nesse
contexto, o Núcleo Local da Universidade Aberta à Terceira Idade - UNATI/Campus Sorocaba foi
implantado em março de 2008 e a partir daí, vem desenvolvendo atividades para reduzir os
problemas de solidão dos idosos, resgatar a sua dignidade, eliminar preconceitos, etc. As
atividades consistem em palestras, oficinas, cursos de idiomas e informática, etc. que são
organizadas e desenvolvidas por docentes, funcionários, alunos voluntários e bolsistas, sob a
supervisão de um professor orientador contando com o apoio financeiro da Pró-Reitoria de
Extensão Universitária - PROEX e da Fundação para o Desenvolvimento da UNESP FUNDUNESP. A programação dos eventos é divulgada em jornais locais, cartazes, clube do idoso
e através da internet, com a atualização periódica do site e da página do Facebook da
UNATI/Sorocaba. Os resultados demonstram que na UNATI/Sorocaba já foram oferecidas
aproximadamente 44 atividades envolvendo cerca de 800 idosos, com a participação de 28
alunos de graduação e vários palestrantes externos à universidade. O êxito do projeto mostra a
sua contribuição para a sociabilização dos idosos, fundamentais para o processo de
envelhecimento saudável que significa não somente ausência de doenças, mas também
autonomia e independência. Concluímos que este projeto tem contribuído para uma expectativa
de vida mais ativa, uma vez que alguns deles se encontravam ociosos. Com isso, a UNESP propicia
uma maior visibilidade das questões relativas aos idosos, ratificando o papel social da
Universidade. Assim, promove e incentiva ações para melhorar a qualidade de vida destas
pessoas, se comprometendo com as novas demandas desta parte da população, criando um
espaço de convivência em grupo, valorizando suas potencialidades e talentos, e estimulando o
resgate da sua autoestima e da sua vontade de viver. Finalizando, por meio da UNATI/Sorocaba,
mostra-se à sociedade que o idoso pode interagir com diferentes gerações, inovações
tecnológicas e culturais, e que a Universidade vem desempenhando o seu papel na
democratização do conhecimento acadêmico, não apenas como produtora de saber, mas
também abrindo espaço para um trabalho de coeducação e extensão.
Palavras chave: UNATI / Extensão Universitária / Idoso / Terceira Idade / Qualidade de Vida
EDU - 039
Jogos Teatrais e a Formação do Professor Reflexivo
Maria Candida Varone de Morais Capecchi; Maísa Helena Altarugio; Vivilí Maria Silva Gomes.
Instituição: UFABC
E-mail de contato: [email protected]
Trata-se de um projeto que visa fomentar nos participantes uma postura crítico-reflexiva acerca
da relação pedagógica. O trabalho com jogos teatrais proporciona o autoconhecimento, assim
como o reconhecimento do outro, a cooperação, o respeito a diferentes formas de ser e pensar,
contribuindo, para a transformação e inclusão social. Para 2014, primeiro ano de projeto, foram
propostos os seguintes objetivos: 1. Promover a interação entre a UFABC, Escolas de Educação
Básica e outras Instituições de ensino por meio do engajamento dos participantes em atividades
voltadas para a reflexão sobre a relação pedagógica; 2. Proporcionar aos participantes
oportunidades para refletirem sobre a relação pedagógica e seus componentes e sobre o papel
de jogos teatrais e sociodrama na sensibilização para este tema e 3. Trabalhar com a exploração
das potencialidades dos corpos, dos gestos e do ritmo dos participantes, para auxiliá-los na
construção de um olhar observador sobre suas representações. Foram realizados encontros
semanais de março a dezembro, que possibilitaram aos participantes a elaboração de uma
dramaturgia envolvendo suas cenas criadas nos jogos de improvisação. Essa dramaturgia foi
apresentada, seguida de discussão, em evento público com a presença de professores da
Educação Básica e docentes e alunos da UFABC. Depoimentos de alguns dos participantes e da
plateia são destacados a seguir: "Os jogos teatrais têm uma grande capacidade de transformar os
espaços em ambientes de inclusão e tolerância, porque criam situações-problema em que nós
temos que buscar soluções a partir do diálogo verbal e não-verbal, exercitando a empatia, a
criticidade e a criatividade. O lúdico tem um grande potencial pedagógico e pode ser um
poderoso instrumento de aprendizagem tanto para o professor como para o aluno, que são
desafiados a todo o momento a abandonar seus papéis de oposição e a trabalhar em parceria. As
vivências que tive com esse projeto de extensão transformaram minhas impressões anteriores
sobre a prática docente e me mostraram outros caminhos possíveis para o ensino e
aprendizagem reflexivos e ativos. Foi uma experiência de transgressão." (participante); "Estamos
sempre tão apressados, estamos sempre em movimento, constante - nada é estático, tudo é
efêmero - é bom poder parar às vezes, congelar em um retrato, saber que não se está sozinho. E
então criar. " (participante); "Permitir se despojar das estruturas que criamos para nós mesmos,
do padrão comportamental que usamos para sentirmo-nos mais seguros perante o outro é algo
difícil e que necessita de um ambiente que nos deixe à vontade para fazê-lo. Nestes encontros
com jogos teatrais pude sair do óbvio sem medo de errar e com a certteza de ser aceito. Sem
padrões e julgamentos." (participante); "Parabéns a todo o grupo pelo trabalho realizado. É mais
que necessário suscitar reflexões a partir das emoções e dos sentidos. Que tal levarem este
trabalho para as escolas junto aos professores?" (plateia); "As encenações tocaram na essência de
certos tipos de vivência muito mais que reflexões frias e racionais" (plateia). Essas expressões
demonstram o alcance dos objetivos do projeto e seu sucesso o que propiciou sua continuidade
em 2015.
Palavras chave: formação de professor/ relação pedagógica/ jogo teatral
EDU - 040
A intersetorialidade da promoção da saúde pelo Ensino Superior, junto à
Secretaria Municipal de Saúde e Educação de um Município do Interior Paulista
Maria Helena Borgato; Fontes, Bertoncello Cassiana Mendes; Juliani, Carmen Maria Casquel
Monti; Pamplona, Vera Lucia Tonete; Papini, Silvia Justina; Luppi, Claudia Helena.B.; Castro,
Meire Cristina Novelli; Meneguin Silmara; Palhares, Valéria de Castilho.
Instituição: Universidade Estadual Paulista
E-mail de contato: [email protected]
Reconhecidamente, ações de promoção da saúde podem se configurar como ações intersetoriais
desenvolvidas em diversas dimensões de atuação da esfera pública, caracterizando-se tanto
como ações voltadas à coletividade, como individualizadas. Isto pois,envolvendo educação em
saúde, tais ações devem se basear na construção compartilhada do conhecimento de ambas as
áreas. Considerando essas premissas,o Departamento de Enfermagem da Faculdade de Medicina
de Botucatu da Universidade Estadual Paulista,em parceria com as Secretarias Municipais de
Educação e de Saúde de São Manuel/SP,desde 2013, desenvolve o projeto de extensão
universitária intitulado: Universidade, educação e saúde: ação intersetorial de promoção de
saúde nas escolas. Participam, como coordenadores do projeto, docentes e discentes do
Departamento de Enfermagem e representantes das referidas secretarias, como população-alvo,
gestores e profissionais das escolas de educação infantil e dos serviços de atenção básica do
citado município. Objetivo: desenvolver ações de Educação Permanente em Saúde sobre
Promoção da Saúde Escolar. Especificamente, propõe-se a abordar temas e situações de agravos
à saúde mais comuns em escolas de educação infantil e orientar sobre o que deve ou não ser
feito nessas situações, discutindo responsabilidades legais e institucionais nesses casos. Como
produto dessa parceria foi delimitado o fluxo de referência e contra referência de escolares em
situação de urgência e emergência, além da elaboração do Manual de Promoção da Saúde
Escolar. No âmbito da Educação Permanente em Saúde, as reuniões e oficinas realizadas
baseiam-se em metodologias ativas de planejamento e do processo ensino-aprendizagem, tais
como Planejamento Estratégico Situacional e Problematização, aplicando-se a Avaliação
Formativa como estratégia de verificação do alcance dos objetivos propostos. Resultados
parciais: As avaliações realizadas até o presente momento têm apontado para o atendimento das
expectativas dos setores participantes, com repercussões positivas para o contexto escolar como
a instrumentalização técnica dos professores e funcionários das escolas e dos profissionais de
saúde; a identificação e a vigilância de práticas de risco; o monitoramento e a avaliação da
efetividade das iniciativas para melhorar o compromisso das escolas com a promoção da saúde
de seus alunos, professores e outros membros da comunidade escolar. Considerações: a
intersetorialidade, inerente ao desenvolvimento do projeto de extensão em foco revelou-se
como condição fundamental para a garantia da promoção da saúde escolar, resultando em
promoção da educação para todos os envolvidos.
Palavras chave: Promoção da Saúde/educação/saúde
EDU - 041
A prática de Anatomia na escola municipal
Felipe Henrique Bossi ; Beatriz Rodrigues Almeida; Júlia da Silva Perez; Gabrielle Queiroz Vacari;
Fabiana Cirino dos Santos; Marina Ferreira; Murilo Garavelo; Beatriz Goulart Oliveira; Amanda
Barbosa Garcia; Letícia da Silva Amaral; Jéssica Abonízio Gouveia; Barbara Bonfá Buzzo; Lizandra
Amoroso.
Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS - UNESP JABOTICABAL
E-mail de contato: [email protected]
A alta frequência de enfermidades relacionadas com maus hábitos em indivíduos jovens e a
necessidade de popularizar conceitos básicos em Anatomia na rede municipal motivou a criação
do projeto de extensão "Descobrindo a anatomia" - UNESP/PROEX em setembro de 2013. O
presente trabalho tem o objetivo de levar o laboratório para escolas carentes de material
didático e estimular o interesse dos alunos de Ensino Fundamental pela Ciência. Para isto, foi
realizada uma parceria com a Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer do município de
Jaboticabal. No início foi realizado o levantamento prévio do aprendizado sobre anatomia do
corpo humano e das doenças metabólicas de alta prevalência na população. Posteriormente,
foram realizadas várias atividades sobre os sistemas do corpo humano e animal de 2013 a 2014,
como gincanas com prêmios para a equipe de maior pontuação, dinâmicas e jogos de perguntas
e respostas. As visitas - lúdicas e interativas - foram quinzenais, com duração de duas horas, e
envolveram a E.M.E.B. Paulo Freire de Jaboticabal, com cerca de 140 alunos, e a E.M.E.B. Tereza
Noronha Carvalho de Córrego Rico, com cerca de 40 alunos. Os materiais didáticos utilizados
para o ensino foram peças anatômicas úmidas e desidratadas, exemplares taxidermizados,
cartazes, torsos artificiais, maquetes, e esqueletos provenientes do laboratório de anatomia do
Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal da FCAV. O levantamento prévio resultou em
índice médio de acertos de 50%. Algumas salas obtiveram média inferior a 50%, demonstrando a
carência de conhecimento dos alunos sobre os temas abordados, com maior número de erros nas
questões sobre o sistema genital. O processo ensino-aprendizagem foi avaliado a cada visita,
com observação de significativa interação entre a equipe do projeto e os alunos de Ensino
Fundamental, além da curiosidade sobre temas gerais de Ciências e o grande interesse em visitar
o Museu de Anatomia da FCAV. A divulgação da anatomia de forma lúdica, associada à
conscientização sobre enfermidades de origem metabólica e suas comorbidades, favoreceu a
reflexão sobre rotinas, atitudes e estilo de vida. A disseminação de conhecimento aproximou
alunos e docentes de Ciências das escolas de Ensino Fundamental, favorecendo o aumento da
qualidade do ensino nas escolas municipais e promovendo a melhoria de hábitos de vida dos
familiares dos referidos alunos. A interação entre escola e Universidade demonstrou ser
excelente ferramenta didática aos integrantes do grupo da Unesp, também permitindo a
compreensão do universo além dos limites da Universidade.
Palavras chave: anatomia / integração / comunicação / enfermidades / conscientização
EDU - 042
Inclusão Digital e Informática Educativa: um projeto de extensão universitária da
UNATI/UNESP Sorocaba
Marilza Antunes de Lemos; Márcio Alexandre Marques; Luiza Amalia Pinto Cantão; Gianni Dias
Sasso; Pedro Luiz Martins Marques; José Ricardo dos Santos Bairral; Augusto Voltaire do
Nascimento.
Instituição: UNESP
E-mail de contato: [email protected]
O projeto de extensão universitária "Inclusão Digital e Informática Educativa" está inserido no
conjunto de atividades do Núcleo Local da Universidade Aberta à Terceira Idade (UNATI) da
UNESP, sendo desenvolvido desde 2013. Consiste na elaboração e promoção de cursos de
introdução à informática, internet, redes sociais e tablets voltados para alunos da terceira idade.
Este resumo descreve a aplicação e os resultados dos cursos oferecidos e ministrados por alunos
bolsistas dos cursos de graduação da UNESP/Sorocaba. O tema dos cursos e a interação entre
jovens professores e alunos idosos cria um ambiente que permite, além da disseminação do
aprendizado de informática, promover relações sociais em sala de aula que se estendem com o
uso das redes sociais, com possibilidades infinitas de interação com o mundo exterior também
conectado à rede. Além da difusão do conhecimento dos novos meios de comunicação, a
didática, o rigor e a disciplina exigidos nos cursos, auxiliam os idosos a manterem e
desenvolverem habilidades, desde as motoras através do uso do mouse até o estímulo da
memória para lembrar passo a passo os procedimentos para manipulação dos softwares. Os
cursos compreendem o ensino dos conceitos fundamentais da informática, aprendendo funções
básicas dos dispositivos do computador, informações sobre hardware e software, utilização de
tablets, uso de programas para 'navegar' pela internet e de ferramentas de comunicação social
como facebook e e-mail. O professor (aluno bolsista) é orientado pelo coordenador do projeto a
analisar a necessidade de cada aluno individualmente, percebendo seu nível de conhecimento
nos assuntos abordados, a fim de transmitir a informação de modo que todos assimilem, ao
máximo, o conteúdo das aulas. Portanto, há uma maior probabilidade de se familiarizarem e se
motivarem com os cursos, vislumbrando suas aplicações e vencendo as dificuldades de ingressar
nesse novo meio. As aulas são ministradas nos laboratórios de informática da UNESP/Sorocaba
pelo bolsista, com uma frequência de 2 horas semanais e no mínimo 10 aulas presenciais por
semestre. O bolsista ainda auxilia nas inscrições dos alunos e na adequação das apostilas e das
aulas, visto que o conteúdo precisa ser continuamente atualizado. Em 2014, foram oferecidos aos
alunos da UNATI/Sorocaba quatro cursos, sendo 2 de "Informática e Redes Sociais" e 2 de
"Tablets", atendendo aproximadamente 50 idosos. Concluímos que o projeto vem quebrando
barreiras quando se trata da integração dos idosos, principalmente, com relação a inserção
destes nas mídias sociais, utilização de dispositivos móveis (tablets) e uso da internet. Dispostos e
curiosos, eles têm suas habilidades desenvolvidas ao longo dos cursos, finalizando-os animados e
com anseio de aprender cada vez mais. Assim, o processo de aprendizagem em qualquer idade,
move o indivíduo da chamada 'zona de conforto' para uma que estimula o desenvolvimento de
outras áreas do cérebro, o que por sua vez retarda ou até mesmo inibe doenças degenerativas.
Finalmente, os resultados demonstram o êxito do projeto e, que a UNESP/Sorocaba vem
cumprindo o seu papel de educar e compartilhar com a comunidade os conhecimentos
acadêmicos, além de disponibilizar recursos pessoais e de infraestrutura.
Palavras chave: Informática / UNATI / Terceira Idade / Inclusão Digital / Internet
EDU - 043
PROFESSORES QUE FAZEM A DIFERENÇA
Mario Minami; Marina da Silva Daniel; Tiago Duarte Pereira; Miriam Manetta Algarra.
Instituição: UFABC
E-mail de contato: [email protected]
Descrição: Aproveitando contato do CEAP Pedreira com a Diretoria de Ensino Sul-1 da capital de
São Paulo, e com a ampla divulgação e apoio do Dirigente, Prof. Sandoval Cavalcanti, foram
entrevistados dezenas de professores das escolas estaduais jurisdicionadas a essa Diretoria de
Ensino, filmando, registrando e divulgando o trabalho desses professores dedicados, suas ações
criativas, suas dificuldades, sua relação com os familiares dos alunos, seus problemas e alguns
casos de alunos inspiradores. Objetivos: Entrevistar PROFESSORES DA REDE PÚBLICA,
preferencialmente da Zona Sul do Estado de SP, contatados pela própria Diretoria de Ensino, e
postar um vídeo da entrevista no Canal "História de Professor" no YouTube. Identificar boas
práticas didáticas e no ambiente escolar em busca da qualidade no processo Ensino
Aprendizagem. Metodologia: Foram efetuadas oficinas para divulgação do projeto, divulgadas
na Diretoria de Ensino, e posteriormente coletados dados dos diretores e coordenadores das
escolas Estaduais. Semanalmente foram feitos contatos telefônicos para agendamento das visitas
e realização das entrevistas, com pauta previamente programada entre a equipe do projeto.
Todas as entrevistas foram editadas para um formato no Canal do YouTube (duração aproximada
de cinco minutos). Resultados Qualitativos: (i) Grande aumento da percepção dos problemas
reais nas escolas estaduais da Zona Sul de São Paulo; (ii) Fortalecimento pelos alunos bolsistas da
Licenciatura da UFABC do papel crucial do professor; (iii) Fortalecimento da integração
academia-Sistema de Ensino; Resultados Quantitativos: (a) 25 Entrevistas com professores (83%,
25 realizadas/30 previstas); (b) Visitamos 9 escolas da Zonal Sul de SP; (c) 25 vídeos editados e
postados na Internet (100% editado); (d) Evento de Abertura com 16 Escolas Participantes; (e)
Oficina Pedagógica com 1 Escola Participante; (f) Resenhas Escritas das 25 entrevistas; (g)
Entrevistas com 5 professores da UFABC ligados à Licenciatura Conclusões: são notáveis e
inspiradores os grandes esforços que vários professores mostraram em busca de uma relação
professor-aluno próxima e sempre na busca da melhoria da qualidade do processo ensinoaprendizagem, muitas vezes extrapolando em muito o papel do professor totalmente dedicado
em sala de aula. Vários foram os exemplos aprendidos. Foram muito enriquecedoras as
entrevistas, para ciência mais próxima da realidade das escolas públicas e do esforço e dedicação
dos professores.
Palavras chave: Novas Metodologias de Ensino/Pedagogia de Projetos/Formação de Professores
EDU - 044
FDE - Fórum de Discussão Estudantil
Matheus de Freitas Cecílio; Anna Carolina Moneia.
Instituição: Unesp - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
E-mail de contato: [email protected]
O Grupo de Estudos e Pesquisa em Organizações Internacionais da FFC - Unesp Marília (GEOUnesp) promove anualmente, desde 2008, o Fórum de Discussão Estudantil, que visa oferecer aos
estudantes do ensino médio das redes pública e privada do município de Marília a possibilidade
de vivenciar o contexto da produção de resoluções no âmbito das Organizações Internacionais.
Para tanto, instiga-se o debate sobre temas que são pauta na agenda internacional
contemporânea, sendo utilizada como via metodológica a simulação de dois comitês da
Organização dos Estados Americanos (OEA), os quais são escolhidos a partir dos respectivos
assuntos tratados. Cabe destacar que as temáticas são escolhidas anualmente, através de um
tema transversal. Neste ano será discutido a 'Cooperação para Segurança nas Américas'; em que
um dos comitês terá como ponto central os refugiados na América (Comissão de Assuntos
Jurídicos e Políticos - CAJP), enquanto o outro, Segurança e Defesa (Comitê de Segurança
Hemisférica - CSH). Assim, os alunos formam delegações, representando um país membro da
OEA, em que deverão seguir a política externa do país representado em termos diplomáticos,
além de ser requisito o seguimento das devidas normas de conduta da Organização. Para
fomentar as dimensões do debate são produzidos dois guias de estudo relativos às temáticas dos
comitês, os quais dão um panorama geral sobre as diretrizes da OEA. Nos guias, são também
apresentados os princípios gerais das políticas externas dos países que norteiam a atuação destes
em relação as pautas que serão trabalhadas. A autoria dos guias é de três alunos do ensino
superior, sendo que durante a simulação dos fóruns serão estes três os responsáveis por compor
a mesa moderadora do debate durante as sessões dos comitês. Em suma, como é próprio das
simulações, esta experiência de aprendizagem propicia aos participantes o desenvolvimento de
suas capacidades argumentativa e crítica, a fim de que eles possam se posicionar nos debates
sobre as temáticas mencionadas. Portanto, as simulações, conforme propostas neste projeto,
pretendem se tornar situações em que a pesquisa e o ensino sejam utilizados como meios para
aprendizagem significativa e dirigidos para a discussão dos problemas e demandas sociais no
âmbito internacional, contribuindo para o desenvolvimento intelectual, moral e crítico de cada
um dos participantes.
Palavras chave: Simulação / Organização dos Estados Americanos / Ensino Médio / Diplomacia /
Relações Internacionais
EDU - 045
Provocações Filosóficas
Mayara Maciel dos Santos; Caterine Zapata Zilio Barros; Hemrique de Souza Polesi; Jamile
Queiroz Gomes; Patrícia Golçalves Dias; Stefanie Andrade Prandi Mendes.
Instituição: UFABC
E-mail de contato: [email protected]
Resumo: O projeto Provocações Filosóficas tem como objetivo levar as reflexões filosóficas para
diferentes públicos, com uma linguagem mais informal e apropriada para faixas etárias e grupos
sociais distintos. Tentando alterar a visão do senso comum sobre a filosofia, como sendo algo
distante e difícil de ser assimilado. O Projeto utiliza metodologia diversificada que busca
aproximar uma temática filosófica estabelecida previamente, de seu público alvo. Promovendo
discussões acerca das ideias de filósofos, fazendo uma aproximação de suas ideias com o público,
mostrando que as nossas indagações cotidianas fazem parte do repertório de diferentes filósofos
ao longo de mais de dois milênios de história da filosofia. Trabalhamos em escolas, parques e
demais locais com público amplo, mostrando como a filosofia pode ser compreendida e como ela
já faz parte do dia-a-dia de todos. É um desafio conseguir levar a filosofia para fora dos muros da
universidade, e esse é o maior objetivo desse projeto.
Palavras chave: Filosofia/ Filosofia da Educação/ Metodologia
EDU - 046
PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA
Mirian Pacheco Silva Albrecht; Evonir Albrecht.
Instituição: UFABC
E-mail de contato: [email protected]
A oficina de extensão "Produção de Materiais Didáticos para o Ensino de Ciências e Matemática"
foi desenvolvida na UFABC ao longo do ano de 2014. O principal objetivo desta oficina foi
fornecer subsídios aos professores da Educação Básica para a construção de materiais didáticos
para as disciplinas de Ciências, Biologia, Física, Química e Matemática. A opção teórica que
sustentou as discussões e debates foi a Educação CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade). A
oficina compreendeu uma carga horária total de 30 horas. Para o cumprimento dessa carga
horária foram realizados seis encontros com a duração de quatro horas e um encontro de seis
horas. Os encontros de quatro horas ocorreram aos sábados pela manhã das 8h às 12h. O
encontro de seis horas ocorreu em uma quarta-feira, na ocasião da Semana de Ciência e
Tecnologia. O público participante da oficina foi composto principalmente por professores de
escolas públicas e alunos da graduação das diferentes licenciaturas da UFABC. Como resultado
foram confeccionados diversos materiais didáticos com material de baixo custo. No primeiro
encontro foi feito um levantamento de sugestão de atividades e ou temas que os participantes
gostariam de trabalhar. Essas sugestões serviram como subsidio para a elaboração do
planejamento dos outros encontros. Ao final de cada encontro um dos professores participantes
era escolhido, voluntariamente, para aplicar na sua sala de aula o que havia sido construído no
encontro. Este era incumbido de, além de aplicar a atividade, realizar a avaliação da sua própria
prática docente e socializá-la com os outros colegas no encontro seguinte. Da mesma forma, em
cada encontro, um outro participante ficava responsável por ensinar aos demais cursistas uma
atividade de sucesso que ele desenvolveu na sua sala de aula. Esse momento do encontro ficou
conhecido como 'Uma Prática que deu certo'. Os encontros eram divididos em etapas, a primeira
que correspondia a abertura de cada encontro era denominada Sensibilização. No segundo
momento era proposta alguma atividade sobre as sugestões ou temas que os alunos
apresentaram no primeiro encontro. No terceiro momento havia a socialização da atividade da
'Prática que deu certo'. O momento final, consistia da realização de uma Avaliação sobre o
encontro do dia, sempre precedida por uma atividade de encerramento. Ao término da oficina,
os professores manifestaram o interesse e desejo de continuar participando de oficinas ou cursos
com foco na produção de material didático. Eles também relataram que os materiais produzidos
na oficina estavam sendo utilizados nas aulas deles. Portanto, consideramos que a oficina
contribui não somente para a aprendizagem da construção de material didático, como também
para a inserção dos materiais produzidos na prática docente dos professores participantes.
Palavras chave: CTS/ Formação de professores/ Material didático
EDU - 047
Aulas Práticas de Química para o Ensino Médio
Natal Nerímio Regone; Giovanna Comino e Santos.
Instituição: UNESP - Campus de São João da Boa Vista
E-mail de contato: [email protected]
Muitos princípios de Química se baseiam em conceitos teóricos. Quando os princípios são
fundamentados em experimentos práticos comprovam visualmente o que está sendo
apresentado conceitualmente. Ao ver na prática uma definição sobre um tópico de Química, o
ensino fica mais interessante e estimula o aluno a aprender mais. Com o apoio da Pró-Reitoria de
Extensão (PROEX) da UNESP, neste projeto de Extensão Universitária foram apresentadas
experiências de química para os alunos do ensino médio nas Escolas Públicas de São João da Boa
Vista. Estas práticas foram levadas e estruturadas nas dependências das escolas. O objetivo deste
projeto foi apresentar os experimentos nas escolas para que os alunos obtivessem um
conhecimento prático sobre os assuntos vistos em teoria. A metodologia usada no projeto foi
baseada em pesquisa descritiva sobre as práticas de reações químicas, cinética, titulação e pilhas.
Neste projeto de Extensão Universitária entrou-se em contato com as escolas públicas, as aulas
práticas foram agendadas e os experimentos foram apresentados aos alunos do ensino médio nas
escolas. Os materiais utilizados no projeto foram equipamentos, vidrarias e soluções necessárias
para a realização dos experimentos. A aluna bolsista do Projeto de Extensão da UNESP/PROEX
apresentou os experimentos de Química para os alunos das escolas de São João da Boa Vista. Os
resultados foram a maior participação dos alunos do ensino médio nas práticas de química, mais
fácil compreensão dos aspectos conceituais envolvidos em cada experiência, e maior
ensino/aprendizado voltado para os alunos do ensino secundário. Conclui-se que a abordagem
deste projeto torna-se muito proveitosa no aspecto educacional e didático para o ensino de
química.
Palavras chave: química/educação/experimentos de química
EDU - 048
FORMANDO EDUCADORES AMBIENTAIS: DO ENSINO À PRÁTICA
Natália Beatriz dos Santos Oliveira; Daniel Hiroshi Rufino Toda; Isabella Perri Brito; Tais de
Amorim Martinelli; Roberto Wagner Lourenço.
Instituição: UNESP Sorocaba
E-mail de contato: [email protected]
A educação ambiental é uma ferramenta de transformação social através da qual se constroem
valores voltados para a conservação do ambiente, além de ser capaz de despertar no indivíduo a
consciência sobre suas ações no meio em que está inserido. Neste contexto, um dos instrumentos
mais importantes para se atingir os objetivos da educação ambiental é a capacitação de
indivíduos revelando-lhes seu potencial de protagonizar ações de transformação social. Assim,
este trabalho apresenta a experiência adquirida após um longo período de aplicação de um
Curso de Formação de Educadores Ambientais por uma Rede de Educação Ambiental UNESP
Sorocaba (REAUSo), que atualmente encontra-se na sua sexta edição. O curso foi idealizado com
o objetivo de fornecer ferramentas de aprendizado buscando formar Educadores Ambientais
capazes de sensibilizar diferentes agentes sociais para atuarem como multiplicadores do
conhecimento adquirido por meio de um processo contínuo de aprendizagem na temática de
Educação Ambiental. A proposta metodológica de aplicação do curso foi baseada e concebida
por multiplicadores organizados em forma de Rede, realizada presencialmente com carga
horária de 30 horas. Teve como abordagem os seguintes aspectos: sensibilização, por meio de
vídeos; oficinas, através de práticas com acompanhamento; experiências de vivência,
apresentadas na forma de relatos de educadores mais experientes de diferentes instituições;
atividades lúdicas cooperativas, apresentadas de maneira prática, com quebra-gelos e jogo
conceitual de intensa interação entre os participantes, e teóricos, com palestra específica sobre o
tema; elaboração de projetos, com ensinamentos metodológicos científicos para a formulação
da estrutura programática e ementa, além da orientação sobre diferentes formas de captação de
recursos. Ao final, os participantes apresentaram seus projetos a uma banca examinadora. Os
resultados obtidos mostraram boa receptividade do público externo a Universidade, podendo-se
afirmar que o método foi eficaz, pois um terço dos inscritos pertencia a outras instituições. A
metodologia descrita demonstrou um resultado positivo quanto ao interesse e envolvimento dos
participantes nas atividades propostas, observando-se grande interação entre o grupo e
palestrantes. As atividades cooperativas surtiram efeito, tendo em vista o entusiasmo e
participação de todos. As apresentações dos projetos elaborados foram satisfatórias, através das
quais os participantes demonstraram domínio sobre as técnicas ensinadas e sobre os assuntos
tratados. A participação da banca examinadora, formada por educadores ambientais de maior
experiência, mostrou-se pertinente no que diz respeito à elucidação de dúvidas pendentes e na
avaliação dos trabalhos apresentados. Desta forma, conclui-se que ações cujo cerne está na
formação de agentes multiplicadores do conhecimento por Rede dependem da constante
avaliação, renovação e aprimoramento das metodologias utilizadas. Além disso, têm elevado
potencial de ampliar e transferir conhecimento sobre a temática Educação Ambiental,
principalmente quando transcendem os muros da Universidade, permitindo a transferência do
conhecimento às comunidades externas, um dos principais pilares das atividades de extensão.
Palavras chave: Ensino / Capacitação / Rede de Educação Ambiental
EDU - 049
Aprendendo mais jogando na escola
Natália Dias; Marilena Rosalen.
Instituição: Universidade Federal de São Paulo
E-mail de contato: [email protected]
O objetivo da presente pesquisa de Iniciação Científica foi acompanhar e analisar o processo de
ensino e aprendizagem de Ciências, no Ensino Fundamental II de uma escola pública estadual de
Diadema-SP, com a utilização do jogo Minecraft, sob a responsabilidade do subprojeto PibidDidática, do curso de Licenciatura em Ciências do campus Diadema-Unifesp. Como
metodologia, optamos por uma pesquisa qualitativa, por adequar-se mais à compreensão da
realidade escolar, que é o nosso caso, com a utilização do jogo Minecraft. A escolha pelo
Minecraft foi baseada no fato de que ele é um jogo que torna o "trabalho" do aluno fascinante
para a construção de uma célula eucariótica virtual, dado pela mistura de história com as
atividades criativas (devido à mecânica do jogo) e possibilita atividades colaborativas.O
Minecraft foi trabalhado em sua forma MinecraftEdu que é uma plataforma educativa criada
para o uso de escolas e professores como ferramenta educacional, não gratuita. A mecânica do
jogo está baseada no empilhamento de blocos (cubos, criando alusão ao lego), e na coleta de
recursos para construção. Para aplicação do jogo os estudantes frequentavam em aulas vagas
(aulas que não havia professor para ministrar o conteúdo) o laboratório de informática (que é
chamado de "Acessa São Paulo"). O Minecraft exigiu dos estudantes raciocínio lógico,
criatividade e concentração, para entender o ambiente do jogo, para saber que ferramenta usar,
que bloco quebrar, onde quebrar, como construir, qual o layout, como vencer os desafios. Um
ponto de rejeição dos estudantes que não conheciam o Minecraft foi a sua interface denotada
por eles como 'antiga'. O processo de construção da célula no Minecraft mostrou tamanha
capacidade de absorção de informações que estes estudantes demandam quando estão em
frente ao computador, e a maneira que eles se adaptam e rapidamente sabem respeitar
comandos, e estabelecer foco e atenção. O uso do jogo Minecraft, quando bem dosado e
articulado, favorece o processo de ensino e aprendizagem e que se torna significante ao
estudante aquilo que ele gosta, conhece, e reconhece em sua vida, ou seja, é necessário cativar
nossas crianças criando ambientes agradáveis de aprendizagem.
Palavras chave: Minecraft/ Tecnologia/ Educação
EDU - 050
TEORIA DA EVOLUÇÃO: ENSINO E SOCIEDADE
Patrícia da Silva Santos; Charles Morphy D. Santos.
Instituição: Universidade Federal do ABC
E-mail de contato: [email protected]
A teoria da evolução é um dos pilares do ensino de ciências naturais. No pós-positivismo, teorias
científicas assumem grande participação na vida ocidental. A má interpretação ou o mau uso
destas teorias pode gerar danos sociais consideráveis. Em pleno século 20, os princípios de
eugenia ou os zoológicos humanos representam alguns destes casos. Atualmente, com a
discussão de assuntos como família nuclear, homossexualismo e xenofobia, faz-se necessário que
a teoria evolutiva seja bem compreendida, a fim de evitar que o injustificável seja justificado mais
uma vez pela compreensão equivocada da ciência. A difundida imagem canônica da teoria da
evolução (a fila de hominídeos em progresso) tem forte influencia na percepção sobre a teoria da
evolução, mesmo sendo uma interpretação errônea. O objetivo do trabalho foi o de identificar a
compreensão sobre a teoria da evolução por parte de estudantes do ensino superior e
professores de qualquer nível de ensino. Esta é uma pesquisa exploratória, sendo um trabalho
preliminar do projeto de mestrado "Perspectiva de estudantes do ensino fundamental e médio
sobre a iconografia canônica da evolução e suas interferências no ensino de Ciências e Biologia".
O método usado foi a pesquisa quantitativa, realizada entre 14 e 22 de março de 2015, a partir
de questionário disponibilizado em um formulário na internet com dados demográficos e 9
afirmações sobre a teoria da evolução, para as quais a resposta era binária. O convite para a
participação foi enviado por e-mail, para duas escolas, e também aberto em uma rede social. A
participação foi voluntária e anônima, podendo participar somente professores (de qualquer
área e nível de ensino) e estudantes do ensino superior. A análise de dados foi realizada através
de estatística descritiva. A pesquisa teve participação efetiva de 125 voluntários, distribuídos
geograficamente na Grande São Paulo. Destes, 81,5% são estudantes. De modo geral,
aproximadamente 80% dos voluntários parecem compreender a teoria da evolução. Contudo,
em duas questões em particular, parece haver confusão sobre a interpretação, uma vez que 45%
dos entrevistados (62,5% dos professores e 44,04% dos estudantes) conferem importância à
'marcha dos hominídeos' como forma de divulgação cientifica da teoria; e 33% (62,5% dos
professores e 28,7%) consideram correta a informação de que o homem representa o maior grau
de evolução entre os seres vivos. Apesar de ser um pilar para o ensino das ciências biológicas, a
teoria da evolução ainda não está suficientemente clara, principalmente para docentes. Pode-se
inferir, desde já, a necessidade de realizar um trabalho de formação com educadores. Além disso,
a iconografia canônica da evolução parece ter grande relação com a má interpretação desta
teoria. Preocupa-nos que os educadores aparentemente não estejam preparados para lidar com
este assunto, diante do resultado obtido nessa análise prévia. Uma sociedade humana que se
estabelece com a percepção de superioridade sobre outros seres vivos provavelmente se
manterá exploratória dos recursos naturais e humanos, justificando-se através de argumentos
pseudo-cientificos.
Palavras chave: Evolução/ ensino de ciências/ sociedade/ marcha do progresso/ iconografia
canônica.
EDU - 051
Kit educacionais desenvolvidos na UFABC para despertar interesse de alunos do
ensino médio pela área de Ciências
Patricia Teixeira Leite Asano; Alexandre J. C. Lanfredi; Gerson L. Mantovani; Gilberto Martins;
Jesus Franklin A. Romero; Juliana Tófano C. L. Toneli; Luiz S. Martins Filho; Nasser A. Daghastanli;
Sônia M. Malmonge.
Instituição: UFABC
E-mail de contato: [email protected]
Este trabalho descreverá, através de fotos e texto, a experiência da disciplina de introdução as
engenharia que é uma disciplina obrigatória para os currículos de engenharia da Universidade
Federal do ABC (UFABC). A universidade oferece um currículo básico comum que deve ser
realizado pelo aluno e antes de fazer a opção por um dos cursos profissionalizantes oferecidos na
UFABC. A disciplina "Introdução à Engenharia" apresenta a base da carreira de engenharia, as
normas e regulamentações profissionais exigidas pelo Brasil. O objetivo é ajudar os alunos a
escolher conscientemente suas carreiras, minimizando o problema e a precocidade na decisão de
um futuro profissional. A metodologia da disciplina inclui atividades propostas pelo site
TryEngineering do IEEE e dos conselhos de engenharia do Brasil. Palestras com professores
convidados explicar as especialidades de engenharia: Aeroespacial, Bioengenharia, Energia,
Ambiental e Urbana, Informação, Instrumentação e Automação e Robótica, Gestão e Materiais
ofertadas na UFABC. Sendo assim, este trabalho relatará uma atividade propostas, e os resultados
obtidos pelos alunos da UFABC até maio de 2010. Esta disciplina tinha como avaliação final a
proposta para que os alunos desenvolvessem um Kit educacional inspirados nas premissas feitas
pelo TryEngineering do IEEE, e estes kits deveriam ser apresentados, pelos alunos da UFABC, em
uma escola pública do estados de São Paulo, e após a apresentação os mesmos deveriam ser
doados a escola, para que os professores pudessem utiliza-los para fazer demonstração em sala
de aula ajudando a fixar o conhecimento teórico, bem como, estes kits poderiam ficar
disponibilizado na biblioteca da escola para que o aluno tivesse acesso a qualquer momento. O
objetivo foi de através de simples experimentos despertarem nos alunos do ensino médio o
interesse pela área de ciências e engenharia. O primeiro resultado concreto desta ação de
extensão ocorreu no dia 14/09/2009 na Escola Técnica Estadual Júlio de Mesquita, rua Prefeito
Justino Paixão, nº 150, Centro, Santo André, São Paulo. E houve um grande envolvimento da
comunidade da escola e da UFABC.
Palavras chave: Educação/ Ciência/ Engenharia
EDU - 052
Interdisciplinaridade na Escola: Oficinas Pedagógicas Interdisciplinares de
Ciências da Natureza e Matemática (InterCiência)
Rafael D Agosta; Harryson Júnio Lessa Gonçalves; Deise Aparecida Peralta.
Instituição: UNESP Ilha Solteira
E-mail de contato: [email protected]
O pôster pretende relatar a experiências do projeto de extensão, denominado "Oficinas
Pedagógicas Interdisciplinares de Ciências da Natureza e Matemática (InterCiência)",
desenvolvido pela Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira (FEIS) da Universidade Estadual
Paulista 'Júlio de Mesquita Filho' (UNESP) junto a uma escola pública paulista de Ensino Médio escola que em 2014 se tornou uma escola de tempo integral. O projeto "InterCiência" propõe a
realização de oficinas a alunos de Ensino Médio, em geral, que possuem dificuldades de
aprendizagem em Biologia, Física, Química e Matemática. Para tanto, são viabilizadas diversas
atividades pedagógicas que propõe despertar o interesse dos alunos pelas Ciências da Natureza
e Matemática (CNM). A abordagem pedagógica dos conhecimentos que serão tratados nas
oficinas está centrada em problematizações de 'questões sociocientíficas'. Assim, define-se os
seguintes objetivos para o projeto: (i) implementar práticas pedagógicas interdisciplinares,
centradas em questões sociocientíficas e outras inovações pedagógicas, com alunos do Ensino
médio; (ii) colaborar com o processo de construção da identidade docente de graduandos dos
cursos de licenciatura da FEIS/UNESP, inserindo-os na realidade cotidiana de uma escola pública
de Ensino Médio; (iii) auxiliar a escola na formação de alunos de Ensino Médio, em geral com
dificuldades de aprendizagens em CNM, por meio de práticas inovadoras, centradas em
questões sociocientíficas e etnomatemática. Nas oficinas desenvolve-se atividades pedagógicas
interdisciplinares numa perspectiva 'socioconstrutivista'. Como princípio metodológico,
problematizou-se assuntos relacionados a realidade dos alunos para estimular o diálogo, a
manifestar suas inquietações e a propor discussões. Outra estratégia adotada nas oficinas é a de
criação de uma relação de confiança entre os alunos e oficineiros, de forma a esclarecer os
objetivos e finalidades do projeto, enfatizando a horizontalidade das relações estabelecidas pelo
grupo. Após algumas etapas de introdução e preparo do ambiente desejado, os oficineiros criam
mecanismos que estimulam os alunos a se expressar e exercer um papel ativo nas atividades
realizadas, visando o 'Protagonismo Juvenil' ? essência da proposta pedagógica da escola. A
dinâmica estruturada na oficina centra-se em uma organização do trabalho pedagógico
democrático em que os envolvidos têm o direito/dever de sugerir, criticar, acrescentar, negociar
ou discordar visando uma ação coletiva/colaborativa. O projeto "InterCiência" traz benefícios
aos graduandos, através de experiências adquiridas; do grande aprendizado que a vivência no
ambiente escolar proporciona; aos valores incorporados na Universidade que podem ser
colocados em prática; ao contato direto com os alunos que possibilita aos licenciandos
experiências docentes ao lidar com prática educativa. Também aos alunos, que são diretamente
beneficiados com as oficinas, por participarem de práticas pedagógicas interdisciplinares com
caráter científico, democrático e político, que se preocupa não apenas com a superação das
dificuldades de aprendizagens, mas com a promoção de uma formação cidadã/humana de forma
integral. Consequentemente, a escola se beneficia com o auxílio que as oficinas oferecem à
formação de seus discentes por meio da aplicação de práticas pedagógicas inovadoras e
comprometidas com a construção de uma educação pública de qualidade.
Palavras chave: Interdisciplinaridade/Clube Juvenil/Protagonismo Juvenil
EDU - 053
Preparação do pedagogo para o desenvolvimento dos conteúdos de Educação
Física nos anos iniciais do ensino básico: dados preliminares de uma unidade de
educação infantil em Bauru.
Rafael Nunes Briet; Paula Favaro Polastri Zago.
Instituição: Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"
E-mail de contato: [email protected]
A formação e, posterior, atuação do professor de Educação Física nos primeiros anos escolares
estão voltados para o alcance do desenvolvimento ótimo da criança durante a infância nos
domínios motor, afetivo, cognitivo e social. No entanto, a presença deste professor dentro da
pré-escola ainda é facultativa, ficando as atividades da Educação Física sobre responsabilidade
do pedagogo. A questão que surge é se o pedagogo possui os conceitos e conteúdos essenciais
para serem trabalhados nesta faixa etária e se os mesmos se sentem aptos a transmitir estes
conteúdos. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi investigar o conhecimento dos pedagogos
sobre os conteúdos da Educação Física, aprendidos durante a graduação, e o nível de confiança
dos mesmos, para o desenvolvimento das aulas de Educação Física nos anos iniciais. Para tanto foi
realizada uma pesquisa qualitativa na qual participaram seis pedagogas que atuam no ensino
pré-escolar de uma unidade de educação infantil da UNESP do Campus de Bauru. É importante
salientar que nesta unidade, é desenvolvido um projeto de extensão universitária que possibilita
alunos do curso de Educação Física vivenciarem os conteúdos da área na educação infantil. Foi
aplicado um questionário estruturado por três questões fechadas e quatro questões abertas que
foram, posteriormente, analisadas e tabuladas. De maneira geral, os resultados mostraram que 3
pedagogas tiveram conteúdos estruturados em uma disciplina específica durante o curso de
graduação em Pedagogia, 2 pedagogas tiveram apenas noções básicas sobre a temática e 1
pedagoga relatou que os conteúdos não foram abordados por disciplinas específicas no curso.
Ainda, 5 pedagogas relataram se sentirem seguras para ministrar os conteúdos relacionados à
Educação Física enquanto apenas 1 pedagoga relatou não estar segura para esta atividade.
Apesar disto, quando questionadas sobre a dificuldade para ministrar estes conteúdos, todas as
participantes relataram que, em algum momento, tiveram dificuldade com as aulas. Por fim,
quando questionados sobre a presença do professor de Educação Física na pré-escola, todas as
pedagogas afirmaram que seria obrigatória a inserção destes profissionais nos anos iniciais de
ensino para ministrar os conteúdos da Educação Física. Com base neste resultado preliminar,
pode-se concluir que há o reconhecimento por parte dos pedagogos que atuam no ensino básico
de que o professor de Educação Física é essencial para o desenvolvimento de atividades
educacionais voltadas para os conteúdos da área tendo em vista que embora demonstrem
confiança para ministrar o conteúdo, pedagogos sentem dificuldades para desenvolvê-los.
Palavras chave: Educação física / pré-escola / ensino infantil
EDU - 054
Aspectos marcantes no Ciclo Básico do ensino de Graduação em engenharia
utilizados como motivadores para a formação profissional.
Renan Lino Izeli; Artur Pantoja Marques; João Victor Fazzan; Felipe Paes de Moura; Matheus
Oliveira Santos.
Instituição: UNESP - FE ILHA SOLTEIRA
E-mail de contato: [email protected]
De acordo com os dados da empresa Vale do Rio Doce está ocorrendo uma falta relevante e
significativa de engenheiros qualificados no mercado de trabalho brasileiro e isto está afetando
inúmeras empresas em âmbito nacional, sejam estas macroempresas ou até mesmo as
microempresas, isso ocorre, pois muito dos estudantes se veem desmotivados na graduação e
acabam optando pelo curso técnico por ser de curta duração e que traz maior praticidade e
rapidez na colocação no mercado, mas isso costuma não atender às necessidades e expectativas
das empresas. Percebe-se nas instituições que as desestimulações dos alunos para trocar de curso
ocorrem direto no ciclo básico, pois estão presentes disciplinas de alto nível teórico com enorme
carga horária e a maioria sem nenhuma praticidade que relacionam com o cotidiano de um
engenheiro. Isso fica mais evidente quando em muitos alunos crescem as seguintes perguntas: 'Eu
sou engenheiro ou matemático?', 'Para que eu usarei essa disciplina?'. Este trabalho contou com
uma parceria de um grupo de alunos do IFSP Instituto Federal de São Paulo - Unidade de
Presidente Epitácio a fim de determinar o motivo pelo qual os alunos escolhem ser técnicos ou
tecnólogos em vez de engenheiros. Os estudos foram realizados por meio de entrevistas para
levantar os conteúdos das matérias do ciclo básico da graduação e suas relações com o cotidiano
dos engenheiros profissionais, para tentar entender e qualificar de onde vem a desmotivação dos
estudantes no início do curso. Os resultados mostram que uma das maiores desmotivações foram
relacionadas principalmente nas grades de cálculos, física, mecânica dos fluidos, desenho técnico
e química geral que ao comparar com o dia a dia de um profissional percebeu-se que tais
conhecimentos estão entre os mais necessários e relacionados. Após analisar essas matérias mais
críticas e importantes com relação ao enfoque principal do projeto (desmotivação) foi proposto,
com o auxílio de profissionais do ramo, como os professores, funcionários técnicos e alguns
engenheiros entrevistados atuantes na profissão, alterações nos modelos dos enfoques das
disciplinas de modo a garantir desde o início do curso mais ênfase e maior praticidade a essas
disciplinas básicas de tal forma que permita aos discentes maior correlação do conhecimento
ensinado com a vida profissional e dessa forma minimizar a parte da desmotivação relacionada a
este fator que é um dos principais da evasão inicial nos cursos de graduação em engenharia. O
trabalho foi desenvolvido sob demanda e com os aspectos instrucional e motivacional para a
comunidade acadêmica a fim de diminuir a evasão e aumentar a procura dos cursos de
engenharias pelos vestibulandos.
Palavras chave: Ciclo Básico da Graduação / Desmotivação / Engenharia
EDU - 055
Técnicas alternativas para o ensino de matemática: uma proposta para o ensino
médio
Ricardo de Sá Teles; Flávio Andrade Faria; Érica Regina Filletti Nacimento; Sidineia Barrozo;
Marisa Veiga Capela; Jorge Manuel Vieira Capela; Júlia Sawaki Tanaka; Fernanda Beatriz
Domingues Pontes.
Instituição: Unesp - Araraquara
E-mail de contato: [email protected]
Um fato que vem sendo observado nas aulas de matemática oferecidas aos diversos cursos de
graduação é a dificuldade dos alunos com manipulações algébricas simples. Isso se deve às
deficiências de aprendizagem no ensino médio que ocorrem principalmente pela grande
quantidade de conteúdos obrigatórios e a falta de tempo para que os professores possam pensar
e preparar aulas com mais eficiência e recursos. Uma alternativa para estimular o aprendizado do
aluno e torná-lo mais efetivo é a introdução de conceitos matemáticos contextualizados, isto é,
tomam-se problemas do cotidiano como ponto de partida e a matemática necessária para
resolvê-los é introduzida a partir da necessidade. Assim, aproveitam-se situações vivenciadas
pelos alunos que possam ser traduzidas em conhecimento matemático. A modelagem
matemática apresenta-se como uma alternativa ao ensino de Matemática na escola. A vantagem
é a concretização da interdisciplinaridade que permite ao aluno enxergar relações
aparentemente inexistentes. O ideal é partir de um conhecimento prévio que seja rico de
significados e o papel do professor é trazer à tona a matemática envolvida. O presente trabalho
tem o objetivo de relatar a experiência de docentes e alunos de graduação da UNESP com o
Projeto de Extensão "Matemática acessível para todos" que tem o propósito de incluir atividades
de modelagem matemática no contexto escolar. O material previamente preparado pelo
docentes da UNESP foi difundido aos alunos do ensino público por meio de palestras e uma peça
teatral. Para a elaboração e aplicação das palestras foram empregados diversos recursos além
dos tradicionais (lousa e giz), tais como projetor multimídia, maquetes produzidas por meio de
cartolina, recortes de jornais e vídeos. A criação, organização e apresentação da peça teatral foi
realizada por alunos de graduação da UNESP. Ao fim do primeiro ano de execução do projeto,
constatamos que os alunos alcançaram uma maturidade e uma visão mais crítica e útil sobre o
papel da matemática na interpretação e na resolução de problemas. O desenvolvimento desse
projeto viabilizou a criação de projetos de iniciação científica júnior. No momento esses projetos
estão em execução e contam com bolsas concedidas pela UNESP/CNPq. Dessa forma,
concluímos que o primeiro ciclo de palestras permitiu uma aproximação da universidade com a
sociedade, esta aqui representada pelos alunos e professores da escola de ensino médio. Esse
projeto também permitiu o contato de alunos de graduação da UNESP com os alunos do ensino
médio, melhorando a sua formação acadêmica, permitindo um primeiro contato com o mercado
de trabalho e ilustrando a importância do aprendizado de técnicas alternativas de ensino em
cursos de licenciatura. No momento o projeto encontra-se em andamento e prevê-se a sua
expansão para outras escolas públicas de Araraquara.
Palavras chave: matemática / modelagem / ensino médio
EDU - 056
PROGRAMA DE EXTENSÃO: CURSINHO POPULAR EMANCIPA
Rigler da Costa Aragão; Pablo Souza da Silva; Arleto Vilhena da Silva Neto.
Instituição: Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará
E-mail de contato: [email protected]
Este trabalho apresenta a concepção e experiência desenvolvida no programa de extensão
universitária Cursinho Popular Emancipa desenvolvido na Universidade Federal do Sul e Sudeste
do Pará - Unifesspa. Com o objetivo de contribuir com acesso ao ensino superior de estudantes
oriundos de classes populares e a prática da docência pelos alunos dos cursos de licenciatura,
cria-se um espaço de organização e prática social destinado a juventude secundarista e
universitária. Reivindicamos ser parte da Rede Nacional de Cursinhos Populares Emancipa. A
rede se diferencia pela proposta que vai além de preparar o jovem para realizar um exame de
seleção, mas de preparar para vida, formando cidadãos, a partir da compreensão da realidade
regional e nacional até a construção da mobilização para lutar por direitos, tornando os assim,
protagonistas na transformação da sociedade, baseando-se na concepção da educação popular
como processo de ensino voltado para o povo, é uma educação que tem a participação da
comunidade apoiando-se em sua realidade, não apenas como receptora, mas como
protagonistas na construção da mudança, neste processo o educador é o orientador do processo
socioeducativo, capaz de construir uma consciência crítica em relação à manipulação política das
classes dominantes, educador deve estar mais aberto, mais inquieto, mais vivo, sendo assim o
educador popular se questiona sobre a educação, e faz reflexões sobre sua prática. Ele trabalha o
aluno como um todo, para uma educação popular eficaz, democrática, que estimule nos alunos a
critica. O método científico de compreensão da realidade é o materialismo dialético, exploramos
três categorias fundamentais do método: A matéria, a consciência e a prática social. O cursinho
está cumprindo seu papel de ser uma alternativa para a juventude, independente de quantos
entram na universidade conseguimos oferecer uma formação completar, fortalecendo a
formação crítica de construção de um sujeito comprometido com as transformações sociais
necessárias para sua classe social. O Emancipa na Unifesspa já é considero um projeto vitorioso
que se consolida. A cada ano tem contribuído para que, jovens de classes populares ingresse no
ensino superior, seu reconhecimento não vem apenas pela quantidade de aprovações nos
processos seletivos, mas pela ocupação do espaço universitário por jovens que veem a educação
e a universidade pública como meio de mudança de sua condição social.
Palavras chave: Universidade/Extensão/cursinho
EDU - 057
PROCESSOS AFETIVOS E RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO CONTEXTO ESCOLAR:
CONTRIBUIÇÃO TEÓRICA À PRÁTICA PROFISSIONAL
Rita Maria Manjaterra Khater; Milena Luiza Gomes.
Instituição: PUC Campinas
E-mail de contato: [email protected]
As atividades de extensão de contribuição teórica à prática profissional estão vinculadas ao
projeto de extenção "Processos afetivos e relações interpessoais no cotidiano escolar"
desenvolvido pela PROEXT da Pontifícia Universidade de Campinas atuando com os
professores,coordenadores pedagógicos e gestores da rede pública de ensino municipal.A forma
de trabalho se constituiu em grupos de estudos realizados em equipamento público do município
onde professores expontaneamente se inscreviam para 13 encontros semanais. Um total de 3
módulos com 13 encontros cada foi realizado no ano de 2014 cada módulo contou com cerca de
15 participantes. O desenvolvimento desse plano incluiu entre outras atividades, eventual
participação de uma das autoras em reuniões do grupo de pesquisa institucional do programa
de pós graduação em Psicologia da PUC Campinas - Processos de Constituição do Sujeito em
Prática Educativas . A participação nesse grupo somada à busca de outras contribuições teóricas
sobre os processos que constituem os sujeitos em práticas educativas, serviu como referencia
para subsidiar conteúdos teóricos oferecidos para o grupo de profissionais da rede pública e
como material de reflexão e discussão sobre as temáticas que estudam as práticas educativas.O
cotidiano escolar às vezes dificulta a busca de contribuições teóricas essenciais para o
aprimoramento das práticas educativas. Oportunizar aos professores bem como à docente
extensionista e outros bolsistas contribuições de material científico atualizado para que juntos
reflitam sobre novas possibilidades de renovar o cotidiano escolar foi o principal objetivo dessa
proposta extensionista.O referido grupo de pesquisa institucional estuda práticas educativas com
enfase na teoria de Wallon , mesmo referencial teórico que dá suporte às práticas extensionistas
do projeto "Processos afetivos e relações interpessoais no cotidiano escolar" desenvolvido pela
PROEXT. A partir de algumas atividades especificas durante a realização da proposta foi possível
constatar por meio de relatoregistrado pelos participantes que as contribuições levadas ao
grupo estavam sendo altamente motivadoras.A oportunidade de saber o que se discute em
grupos de pesquisa bem como de estudar material semelhante ao utilizado na academia touxe
aos participantes das atividades condições de refletirem o cotidiano, por eles vivenciado, por
meio de um novo olhar. Também ficou evidente que a participação de cada profissional
contribuindo relatos de suas vivencias no ambiente escolar foi essencial para o encontro
desejado da teoria com a prática educacional. A observação dos bolsistas e da docente constatou
uma postura diferente das participantes em relação ao seu dia a dia pessoal e profissional.As
professoras também demonstravam interesse na leitura e discussão dos textos até mesmo de
socializa-los nas suas escolas de origem para que outros profissionais tivessem acesso aos
conteúdos por elas avaliados como contribuições altamente relevantes. Esse interesse facilitou a
divulgação da teoria nos espaços educacionais complementando de modo significativo para
avaliação positiva dos resultados da proposta extensionista sugerindo futuras oportunidades para
o diálogo entre prática e teoria.
Palavras chave: educação/prática profissional/contribuição teórica
EDU - 058
Jardim Sensorial com Frutíferas
Rodrigo Salgado Prata; Renata Aparecida de Andrade; Amanda Garcia Bagatim; Guilherme
Nacata.
Instituição: Unesp Campus Jaboticabal FCAVJ
E-mail de contato: [email protected]
O Jardim Sensorial com Frutíferas integra um projeto de extensão universitária intitulado
"Frutificando", que conta com apoio financeiro da Pro Reitoria de Extensão (PROEX) da
Universidade Estadual Paulista (UNESP) e vem sendo realizado no Centro de Educação,
Treinamento e Atividades Profissionais (CETAP) da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais
(APAE) de Jaboticabal desde 2012. Para implantação do espaço sensorial, foram realizadas visitas
e um estudo da área onde seria implantado o projeto, visando à elaboração de um projeto
paisagístico para um maior aproveitamento do espaço, pensando inclusive na acessibilidade em
toda a área, auxiliando na sensação de bem estar dos visitantes. As novas frutíferas que foram
plantadas passaram por estudo de fenologia e também de melhor espaço físico a ocuparem,
permitindo seu pleno desenvolvimento. Foram criadas diversas situações com diferentes
materiais em seu interior, compondo um circuito, onde os visitantes, caminhando descalços,
experimentam várias sensações. O objetivo do espaço como um todo foi à composição de um
ambiente onde pudessem ser trabalhados os sentidos humanos: tato, olfato, visão, paladar e
audição, sendo todo cuidado necessário tomado em sua composição. Este Jardim é uma fonte
inesgotável de possibilidades de trabalhos pedagógicos e psicológicos, que vem sendo muito
bem explorado pelos professores da associação. Neste local acontece visitação também de
outras instituições, onde são realizadas muitas atividades. O Jardim Sensorial com Frutíferas visa
qualidade de vida e bem estar aos alunos que frequentam a instituição, sendo projetado de
forma a ser um local agradável e harmônico, propiciando desenvolvimento psicopedagógico
pelo estímulo dos sentidos, utilizando, para tanto, plantas com diferentes texturas, colorações e
odores de flores, folhas e frutos, além de distintos sabores de frutos. Neste jardim tem várias
espécies de árvores frutíferas, com a finalidade de instruirmos os beneficiários sobre cuidados
com plantas perigosas, aproveitando para traçarmos paralelos com acontecimentos e as atitudes
vivenciadas no cotidiano, além do conhecimento de novas espécies frutíferas e o estímulo à
alimentação saudável. A implantação do jardim foi altamente positiva, obtendo-se um local
agradável, com várias possibilidades de uso, seja para atividades de lazer ou educacionais,
proporcionando bem estar aos alunos, visitantes e aos funcionários que trabalham na APAE de
Jaboticabal.
Palavras chave: educação ambiental/ percepção sensorial/ frutíferas jardim sensorial
EDU - 059
PRODUÇÃO DE INSTRUMENTOS MUSICAIS EM MADEIRA E RESÍDUOS
FLORESTAIS E DA INDÚSTRIA MADEIREIRA
João Paulo Cachaneski Lopes; Sarah David Muzel; Maristela Gava.
Instituição: Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"
E-mail de contato: [email protected]
O desenvolvimento deste projeto baseia-se na lei federal 11.769/08 que tornou obrigatório o
ensino de música em todas as escolas brasileiras de ensino fundamental e médio, cujo prazo para
adequação dos currículos expirou em agosto de 2011. Segundo profissionais e especialistas da
área, o ensino da música contribui para o desenvolvimento da criatividade, da sensibilidade e
promove a sociabilização da criança. O trabalho com música desenvolve as habilidades físicocinestésica, espacial, lógico-matemática, "ao entrar em contato com a música, zonas importantes
do corpo físico e psíquico são acionadas - os sentidos, as emoções e a própria mente. Por meio da
música, a criança expressa emoções que não consegue expressar com palavras. A música faz bem
para a autoestima do estudante, já que alimenta a criação". O projeto vem também, ao encontro
da crescente busca por alternativas às madeiras tradicionalmente utilizadas na produção de
instrumentos musicais, como o pau-brasil, por exemplo, cuja disponibilidade é cada vez mais
escassa. O projeto tem como objetivo colaborar para a inclusão do ensino de música em uma
escola pública municipal da cidade de Itapeva, adotada como piloto, bem como contribuir para a
formação profissional dos discentes que em breve entrarão no mercado de trabalho. O projeto
propõe o desenvolvimento e produção de instrumentos musicais aproveitando o potencial
madeireiro da região de Itapeva, a partir da utilização de madeiras provenientes de plantios
florestais e resíduos florestais e de processamento da madeira. Está sendo conduzido através de
uma oficina ministrada por professores da Escola Municipal de Formação Musical Hugo Belezia
(EMFMHB), que capacitam os alunos do Curso de Engenharia Industrial Madeireira na produção
dos instrumentos musicais e ministram aulas de iniciação musical para os alunos de uma turma de
quarto/quinto ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Leonor Cerdeira (EMEFLC),
auxiliados pelos bolsistas do projeto. Foram produzidos protótipos de idiofones, que são
instrumentos cujo som é obtido pela vibração do seu próprio corpo, sem necessidade de
nenhuma tensão, tais como reco-recos, chocalhos, clavas, blocos sonoros, todos em madeira.
Também foram confeccionados paus de chuva com tubos de papelão, que são resíduos de uma
copiadora. Um cajón, um xilofone e instrumentos de percussão, como surdos, caixa clara, tons e
bumbos. Ao elaborar e produzir instrumentos musicais, os alunos puderam aplicar os
conhecimentos obtidos em sala de aula, como por exemplo, o estudo das propriedades
necessárias para que uma madeira seja classificada como de qualidade para a produção de um
instrumento, noções de escala métrica, maquinário, equipamentos e demais conhecimentos
necessários para a execução dos projetos propostos.O projeto em questão tem uma vertente
social, o que contribui não só para a formação profissional desses alunos, mas também para o
crescimento pessoal dos envolvidas. As crianças envolvidas no projeto apresentaram um melhor
desenvolvimento das habilidades motoras e em sua socialização com os demais colegas.
Palavras chave: Lei 11.769/08/ Música/ Madeira
EDU - 060
ESPAÇO EDUCATIVO: MUSEU DE ANATOMIA DO IBB/Unesp
Selma Maria Michelin Matheus; Bruno César Schimming; Camila Contin Diniz de Almeida
Francia; José de Anchieta de Castro e Horta Júnior; Luiz Gustavo de Almeida Chuffa; Flavio
Codina; Arlene Smargiasse.
Instituição: Unesp/IBB
E-mail de contato: [email protected]
Os museus ao longo de seu desenvolvimento histórico, assumiram uma função educativa e,
atualmente, são reconhecidos como espaços educativos não formais. Entre eles destacam-se os
Museus de Ciências. Alguns deles estão relacionados às universidades, ou seja, ao ensino, à
pesquisa e à extensão e, por meio deles, o público leigo, escolar e universitário tem acesso ao
conhecimento científico adquirido nesses ambientes e que se encontra em exibição. O Museu de
Anatomia é um espaço anexo ao Departamento de Anatomia /Unesp/Botucatu. Seu acervo
compreende uma coleção de modelos anatômicos humanos, procedentes da Alemanha,
pranchas para ilustração e um conjunto de várias peças ou preparações anatômicas.
Semanalmente são organizadas visitas ao Museu onde são recebidos alunos do Ensino Médio do
município de Botucatu e de cidades vizinhas, sendo parte das visitas agendadas pelo programa
"Cultura é Currículo: Lugares de Aprender" ( Fundação de Desenvolvimento Educacional - FDE )
que fornece ônibus e lanche aos alunos. O objetivo desse projeto de extensão junto ao Museu de
Anatomia é favorecer aprendizagem recíproca de alunos e professores; promover valorização da
escolha profissional; servir de laboratório didático aos Licenciandos de Ciências Biológicas;
ampliar o conhecimento sobre educação Sexual e desmistificar a Anatomia. A visita tem início
através de preleções teóricas com base no material do acervo onde se procura responder às
indagações dos docentes e discentes do Ensino Médio. Após a visita, os alunos juntamente com o
docente responsável, são conduzidos a uma sala anexa, onde é ministrada uma aula teórico prática, sobre o tema Métodos Anticoncepcionais e DST, tema este sugerido pela Delegacia de
ensino, como parte integrante do projeto de Educação Sexual. O tema em pauta têm sido
abordado com base anátomo - fisiológica suscitando revisão de vários conceitos
biológicos.Participam do projeto como monitores alunos do curso de Ciências Biológicas Licenciatura. Finalizando a visita tem sido realizada avaliação por questionário entregue aos
professores, e através da escolha de "bolinha" colorida -depositada em uma urna- pelos alunos:
vermelha - Pare: não gostei, amarelo - Atenção: gostei mas.., Verde - Adorei: siga em frente. O
número de visitas tem crescido anualmente, sendo que em 2014 foram recebidos 41 escolas, 62
professores , totalizando 1630 alunos. A avaliação tem nos indicado 99% de satisfação. Os alunos
de graduação envolvidos são beneficiados pela oportunidade de vivenciar a relação aluno professor e também trocar experiências. Ao demonstrar a Anatomia de maneira, curiosa,
interessante e segundo os alunos 'inesquecível', acabamos por despertar a vocação para a área da
saúde. O tema ministrado propicia o reconhecimento e identificação do cidadão com suas raízes
mais profundas, ou seja, sua origem, desenvolvimento, reprodução, métodos anticoncepcionais e
prevenção de doenças, levando à formação de cidadãos críticos e conscientes. Além disso, o
conhecimento do próprio corpo conduz à valorização pessoal, do próximo e do meio ambiente
onde se vive, estreitando-se desse modo a relação entre a universidade e a Os museus ao longo
de seu desenvolvimento histórico, assumiram uma função educativa e, atualmente, são
reconhecidos como espaços educativos não formais. Entre eles destacam-se os Museus de
Ciências. Alguns deles estão relacionados às universidades, ou seja, ao ensino, à pesquisa e à
extensão e, por meio deles, o público leigo, escolar e universitário tem acesso ao conhecimento
científico adquirido nesses ambientes e que se encontra em exibição. O Museu de Anatomia é
um espaço anexo ao Departamento de Anatomia /Unesp/Botucatu. Seu acervo compreende uma
coleção de modelos anatômicos humanos, procedentes da Alemanha, pranchas para ilustração e
um conjunto de várias peças ou preparações anatômicas. Semanalmente são organizadas visitas
ao Museu onde são recebidos alunos do Ensino Médio do município de Botucatu e de cidades
vizinhas, sendo parte das visitas agendadas pelo programa "Cultura é Currículo: Lugares de
Aprender" (Fundação de Desenvolvimento Educacional - FDE ) que fornece ônibus e lanche aos
alunos. O objetivo desse projeto de extensão junto ao Museu de Anatomia é favorecer
aprendizagem recíproca de alunos e professores; promover valorização da escolha profissional;
servir de laboratório didático aos Licenciandos de Ciências Biológicas; ampliar o conhecimento
sobre educação Sexual e desmistificar a Anatomia. A visita tem início através de preleções
teóricas com base no material do acervo onde se procura responder às indagações dos docentes
e discentes do Ensino Médio. Após a visita, os alunos juntamente com o docente responsável, são
conduzidos a uma sala anexa, onde é ministrada uma aula teórico - prática, sobre o tema
Métodos Anticoncepcionais e DST, tema este sugerido pela Delegacia de ensino, como parte
integrante do projeto de Educação Sexual. O tema em pauta têm sido abordado com base
anátomo - fisiológica suscitando revisão de vários conceitos biológicos.Participam do projeto
como monitores alunos do curso de Ciências Biológicas - Licenciatura. Finalizando a visita tem
sido realizada avaliação por questionário entregue aos professores, e através da escolha de
"bolinha" colorida -depositada em uma urna- pelos alunos: vermelha - Pare: não gostei, amarelo
- Atenção: gostei mas.., Verde - Adorei: siga em frente. O número de visitas tem crescido
anualmente, sendo que em 2014 foram recebidos 41 escolas, 62 professores , totalizando 1630
alunos. A avaliação tem nos indicado 99% de satisfação. Os alunos de graduação envolvidos são
beneficiados pela oportunidade de vivenciar a relação aluno - professor e também trocar
experiências. Ao demonstrar a Anatomia de maneira, curiosa, interessante e segundo os alunos
'inesquecível', acabamos por despertar a vocação para a área da saúde. O tema ministrado
propicia o reconhecimento e identificação do cidadão com suas raízes mais profundas, ou seja,
sua origem, desenvolvimento, reprodução, métodos anticoncepcionais e prevenção de doenças,
levando à formação de cidadãos críticos e conscientes. Além disso, o conhecimento do próprio
corpo conduz à valorização pessoal, do próximo e do meio ambiente onde se vive, estreitando-se
desse modo a relação entre a universidade e a sociedade.
Palavras chave: anatomia/ museu/ educação
EDU - 061
EXPERIMENTAÇÃO DEMONSTRATIVA COMO MEIO DE DESPERTAR O
INTERESSE PELA QUÍMICA NO ALUNATO DE NÍVEL MÉDIO DAS ESCOLAS DE
BOTUCATU
Sônia Maria Alves Jorge; Ana Ccarolina Oliveira Souza; Kaoane Maria Dalcin; Pedro de
Magalhães Padilha; Gustavo Rocha de Castro.
Instituição: UNESP
E-mail de contato: [email protected]
Introdução: Nos últimos quatro anos, temos demonstrado, usando uma linguagem simples e
material do cotidiano, uma série de experimentos de química que envolve conteúdos dessa
disciplina que são ministrados no nível médio de ensino. Estas apresentações têm sido feitas em
escolas da rede pública de Botucatu. Objetivos: Prosseguir na divulgação da química no nível
médio por meio da demonstração de experimentos de forma descontraída e impactante
estimulando o interesse por essa disciplina e promovendo uma reflexão sobre os temas
abordados. Metodologia: Neste período, o projeto foi desenvolvido por duas alunas bolsistas dos
cursos de Física Médica e Ciências Biomédicas, e supervisionado por um docente do
Departamento de Química e Bioquímica do Instituto de Biociências da Unesp de Botucatu (IBB).
Os experimentos: 'Lâmpada de Lava', 'Química Sangrenta' e 'Revelação de Impressões Digitais'
foram apresentados na EE Prof. Francisco Guedelha. Resultados: Em um béquer de 1 L, foram
colocados ~150 mL de água contendo um corante vermelho (anilina). A essa mistura, foram
adicionados ~500 mL de óleo, resultando numa mistura heterogênea na qual o óleo, por ser
menos denso que a água, ficou por cima. Após a adição de sal de fruta, foi observada a formação
de bolhas vermelhas subindo e descendo como na lâmpada de lava. Esse efeito, bastante
chamativo, é consequência do desprendimento do CO2 liberado pelo antiácido. Ele faz com que
as bolhas se formem e subam para a parte superior do béquer. Nessa região o CO2 é liberado
fazendo com que elas desçam provocando uma espécie de chuva dentro do óleo. Para o
experimento 'Química Sangrenta', foram preparadas duas soluções dos sais cloreto férrico e
tiocianato de potássio pela dissolução de 1g de cada sal em 20 mL de água em béqueres
separados. Após umedecer os braços de alguns alunos voluntários com a solução de cloreto
férrico, uma faca (sem corte), molhada na solução de tiocianato, foi passada nos braços deles. À
medida que a simulação de cortes era sendo feita, observava-se o 'sangue' aparecendo. A
explicação é baseada na reação entre íons ferro (III) e tiocianato formando um complexo de cor
vermelha (Fe3+ + SCN- ? FeSCN2+). Para a revelação de impressões digitais de um aluno
também voluntário, foi colocado iodo metálico dentro de um erlenmeyer cuja boca foi tampada
com algodão. Esse foi aquecido, usando uma chapa de aquecimento, até que o erlenmeyer
ficasse cheio de vapor de iodo de cor violeta. Com auxílio de uma pinça, foi colocada uma tira de
papel de filtro com as impressões digitais dentro do erlenmeyer e após alguns segundos
observou-se o aparecimento delas no papel. Ao tocarmos alguma superfície com os nossos
dedos, deixamos resíduos de gordura, suor, aminoácidos e proteína. Ao ser sublimado, os vapores
do iodo irão dissolver-se na gordura impregnada pelo nosso dedo, deixando-a com uma cor
acastanhada, permitindo a visualização da impressão digital com algum detalhe. Conclusões: O
uso de experimentos que apresentam impacto visual tem sido eficiente na divulgação da
química. Além disso, desperta a observação, motivando o entendimento desta ciência.
Palavras chave: escola pública/ ensino médio/ demonstração de experimentos
EDU - 062
Universidade e espaços de Ciência: uma aproximação necessária
Vanessa Aparecida do Carmo; Maria Isabel Vendramini Delcolli.
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC
E-mail de contato: [email protected]
No Plano de Desenvolvimento Institucional 2013-2022 da UFABC (2013, p.63) consta que um
dos grandes desafios da universidade é a promoção de um duplo movimento: 1) de um lado, a
universidade deve promover o reconhecimento mais equitativo das práticas de ensino, pesquisa
e extensão; 2) de outro, as práticas extensionistas devem eleger a difusão do conhecimento
cientifico e tecnológico como atividade prioritária, superando a ideia da prática extensionista
como consultoria empresarial ou assistência comunitária. No que se refere a difusão do
conhecimento científico e tecnológico como forma de viabilizar outras práticas extensionistas foi
criada no dia 14 de outubro de 2014, pela Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do
ABC a Seção de Divulgação Científica cujo objetivo é difundir de forma prática e organizada
trabalhos científicos realizados na Universidade com a finalidade de contribuir efetivamente com
a sociedade e a região onde ela está inserida, partindo da premissa de que a ciência deve ser
democratizada. Uma das primeiras ações da Seção foi uma parceria entre a UFABC e a Sabina
Escola Parque do Conhecimento, um dos principais centros de ciências interativos de educação
contemporânea do Estado de São Paulo, cuja missão é ser um grande laboratório para escolas,
não só municipais, mas estaduais e particulares, localizado na mesma região onde está inserida a
Universidade. Parcerias entre centros de ciência e universidades têm um papel importante na
divulgação científica. Essa relação também impulsiona a conscientização do público a respeito da
ciência no cotidiano. A aproximação da UFABC com a Sabina traz vantagens para ambos os
lados. Para os professores da Educação Básica da região foram propostas atividades pela
Universidade com caráter formativo. A universidade contribui para uma maior divulgação do
espaço de ciência influenciando ida de novos visitantes com o objetivo de se apropriarem do
local. Os graduandos de licenciaturas tem uma importante oportunidade de convívio com
professores e alunos. Além disso, é interessante a promoção de ações conjuntas como forma de
não gerar a necessidade de duplicação de equipamentos na mesma região. Para os
pesquisadores da UFABC é também uma oportunidade ímpar de se aproximarem das
necessidades e problemas existentes da região, e de divulgarem conceitos e resultados de suas
pesquisas com uma linguagem simples e acessível, permitindo que os novos conhecimentos
gerados na universidade possam fazer parte do cotidiano do cidadão. Deste modo, analisando os
benefícios extensionistas conquistados por meio da interação entre a Sabina e a UFABC, é
possível inferir que parcerias como esta, não são apenas importantes e sim, necessárias, pois
todos ganham: a Universidade, a Sabina e principalmente a sociedade.
Palavras chave: divulgação científica/ universidades/espaços de ciência/parceria
EDU - 063
O Laboratório de Ensino e Pesquisa em Educação Matemática: Reflexões Teóricometodológicas no Contexto da Formação de Professores
Vanessa Cerignoni Benites Bonetti; Rosana Giaretta Sguerra Miskulin; Miriam Godoy Penteado;
Matheus Pereira Scagion; Rodrigo Souza.
Instituição: Unesp/Rio Claro
E-mail de contato: [email protected]
Um dos meios de se constituir a prática docente pode ser através da aprendizagem
compartilhada entre os pares. Neste sentido, o Laboratório de Ensino e Pesquisa pode se tornar
um espaço privilegiado para ocorrer a integração entre alunos e professores da Licenciatura em
Matemática e da Pós-Graduação em Educação Matemática da Unesp/Rio Claro, professores da
rede estadual de ensino e a comunidade. Assim, este projeto de extensão buscou utilizar o
Laboratório de Ensino e Pesquisa como um contexto propício para a formação inicial e
continuada de professores que ensinam Matemática. Isso se justifica pela importância em
oferecer oportunidades, a professores em serviço e futuros professores, para vivenciarem
espaços formativos, juntamente com matérias didático-pedagógicos, tais como materiais
manipulativos, vídeos, jogos educacionais e algumas tecnologias presentes na sala de aula. Além
disso, o projeto buscou, por meio das atividades de extensão, realizar uma aproximação entre a
prática e a teoria, a partir da interrelação da visão acadêmica e a visão dos professores e futuros
professores. Desta forma, discussões de cunho teórico e prático, referentes à implementação da
tecnologia no ensino e pesquisa, às potencialidades didático-pedagógicas dos jogos e materiais
manipulativos, de vídeos, além de outros recursos didático-pedagógicos, fizeram parte das
atividades práticas desenvolvidas. O projeto conta com a participação de alunos bolsistas da
graduação, professores coordenadores do curso de Licenciatura em Matemática e de alunos do
mestrado e doutorado do Programa de Pós-graduação em Educação Matemática que atuam
como colaboradores. Assim, são desenvolvidos cursos de curta duração e atividades matemáticas
em diferentes contextos. As atividades recentemente desenvolvidas foram: Curso de Informática
para pessoas da terceira idade; Conversa sobre Educação Matemática (espaço aberto à
comunidade para refletir e propor temas para debate); Mostras de Espelhos e Matemática; Curso
do software Cabri 3D para licenciandos em Matemática; Oficina de Lógica Matemática oferecido
para professores; Curso de Matemática Financeira oferecido à comunidade e Atividades
Matemáticas para pessoas da terceira idade. O público alvo deste projeto são alunos de
graduação do curso de Licenciatura em Matemática, e alunos do Programa de pós-graduação em
Educação Matemática- UNESP/Rio Claro e professores em exercício e alunos de escolas da Rede
Pública de Ensino da cidade de Rio Claro e região. A partir das atividades desenvolvidas foi
possível atingir os objetivos propostos e também oferecer subsídios teórico-metodológicos para
a conscientização e a utilização do Laboratório de Ensino de Matemática (LEM), como um espaço
formativo para professores e futuros professores que ensinam e pesquisam Matemática. Logo, o
projeto visou discutir dimensões referentes à utilização de um LEM na prática docente de
Matemática. Dimensões essas que podem ser traduzidas pelas expectativas e anseios dos
professores e futuros professores ao utilizarem o LEM em suas reflexões e possíveis
redimensionamentos de suas práticas e experiências docentes na utilização de Tecnologias da
Informação e Comunicação e material manipulativo dentro do LEM. O projeto de extensão foi
implantado em 2008 e todo ano é aprovado e renovado pela pró-reitoria de extensão da Unesp.
Todas
as
informações
sobre
o
projeto
estão
disponíveis
na
página:
https://lemunesprc.wordpress.com/.
Palavras chave: Educação Matemática / Formação de Professores / Prática Docente / Material
Didático-Pedagógico
EDU - 064
Produção de Materiais Didáticos Para o ensino de Ciências e Matemática:
Carrinho de Bexiga
Vinicius da Cunha Alves de Araújo; Josilda dos Santos Nascimento Mesquita.
Instituição: Universidade Federal do ABC
E-mail de contato: [email protected]
É de suma importância propiciar oportunidades para que os professores da rede pública de
ensino possam ter momentos de trocas de saberes e socialização de práticas. Neste aspecto, no
ano de 2014, foi criado o projeto de extensão "Oficina de produção de material didático para o
ensino de Ciências e Matemática" desenvolvido dentro da Universidade Federal do ABC e
oferecido aos educadores da região do ABC paulista e aos discentes da própria universidade,
participantes ou não do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação á docência). O
principal objetivo deste projeto foi, a partir dos saberes docentes, agir como um complemento às
práticas didáticas elaboradas em sala de aula por seu público alvo - professores e alunos de
licenciatura dos cursos de Matemática e Ciências (química, física e biologia), em escolas de
ensino fundamental e médio - através da produção de materiais didáticos de fácil confecção, e
de conteúdo interdisciplinar. A partir disso, foi desenvolvida ao longo dos encontros propostos
pelo projeto, uma série de atividades e dinâmicas, além da confecção dos materiais didáticos,
entre estes destacamos o 'carrinho de bexiga'. O material, em questão, era voltado para o ensino
de Física e Matemática no ensino fundamental II e médio, como uma ferramenta que elucidasse
conceitos básicos pertinentes a estas disciplinas: velocidade, aceleração, atrito e toda a
matemática utilizada para quantificar ou expressar o comportamento físico do objeto, equações
de primeiro grau, as operações básicas trabalhadas consequentemente por esta e a construção e
leitura de gráficos (distância x tempo). Atendendo a proposta da ação de extensão, a confecção
deste material didático, foi construído a partir de materiais de fácil obtenção, como tampinhas e
papelão, propiciando a construção e inclusão deste como uma ferramenta pedagógica capaz de
ser utilizada inclusive em escolas presentes em regiões mais carentes. Concluímos que, a partir
das discussões e reflexões levantadas pelos participantes, a confecção do 'carrinho de bexiga'
pode propiciar aos alunos vivenciarem situações de aprendizagens significativas e diversificadas
envolvendo conceitos interdisciplinares.
Palavras chave: Ensino de Física e Matemática/ Material Didático/ Projeto de Extensão
EDU - 065
A Extensão Universitária Na formação de Professores Através de "Semanas de
Geografia nas Escolas"
Vinicius Queiroz Freitas.
Instituição: UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - Campus Ourinhos
- SP
E-mail de contato: [email protected]
O curso de Geografia da UNESP, campus de Ourinhos, propõe atividades teóricas e práticas
referentes à prática do ensino de Geografia. Durante o desenvolvimento da disciplina "Estágio
Supervisionado III" propõe-se que se articulem "Projetos de ensino em Geografia". Tais projetos
articulam pesquisa, ensino e principalmente extensão universitária. A metodologia aplicada é a
da pesquisa-ação, incluindo uma avaliação sobre a realidade escolar, aplicação de atividades
didáticas, avaliação e reflexão sobre possibilidades de melhoria do ensino nas escolas. Dentro
deste contexto o "Projeto Semana de Geografia nas escolas" organiza e aplica os "Projetos de
ensino" envolvendo os diferentes grupos da universidade. Em 2014 participaram 10 escolas com
mais de 1000 alunos de diversos anos do Ensino Fundamental II e Ensino Médio. Participam
também os alunos estagiários e os bolsistas e grupos de pesquisa da UNESP. Os temas geradores
são diversificados como: Meio Ambiente; Desenvolvimento; Políticas ligadas à questão da Copa
do Mundo; Guerra Fria; Cartografia; Múltiplas funções de Trabalho de um Geógrafo;
Climatologia; Música; Ensino e consciência sobre o que é o Exame Nacional do Ensino Médio
(ENEM); Urbanização; e Políticas de Resíduos Sólidos. Espelhados nos referenciais teóricos de
Paulo Freire, Lana S. Cavalcantti, Nídia N. Pontuschka, Núria H. Cacete, Tomoko I. Paganelli,
Luciene C. Risso, Carla C. R.G Sena, entre outros autores da Pedagogia e da Geografia. Como
resultados parciais, as atividades aplicadas atingiram temas atuais e complexos que favorecem
tanto os alunos das escolas quanto os professores em formação inicial, que têm a oportunidade
de vivenciar a docência ainda no processo inicial de formação.
Palavras chave: Professor/Geografia/Extensão
EDU - 066
Educação Ambiental Contextualizada no Semiárido Piauiense
Viviane Caminha Rocha; Albemerc Moura de Moraes; Gerson Luiz Mantovani.
Instituição: Universidade Federal do ABC
E-mail de contato: [email protected]
O projeto de extensão Educação Ambiental Contextualizada no Semiárido Piauiense surgiu da
necessidade de se conscientizar a população que habita o Território Vale do Canindé situado em
uma região onde o bioma caatinga, único no mundo, é predominante. Ao longo dos últimos anos
a região vem sofrendo de maneira intensa com as ações antrópicas provocadas principalmente
pela pecuária (extensiva), o extrativismo vegetal, a agricultura, mineração, dentre outras. Dessa
forma, promover a educação ambiental para os jovens dessa região se torna uma ferramenta
imprescindível para a formação de cidadãos conscientes ambientalmente e replicadores de tudo
que foi aprendido, pois a educação é essencial e, quando norteada por concepções
interdisciplinares, podem proporcionar aos alunos um diálogo com o contexto social, econômico,
político e ambiental em que se inserem. O projeto teve por objetivo realizar ações de educação
ambiental contextualizada com as características do semiárido piauiense. Para isso, foram
produzidos materiais didáticos e promovidas diversas palestras e atividades lúdicas desenvolvidas
durante quatro encontros com temáticas bem definidas realizados na Escola Sítio Nacional na
comunidade Exú na cidade de Oeiras - PI. Entre os materiais didáticos produzidos destacam-se a
elaboração de duas cartilhas, uma para alunos e outra para professores, essas cartilhas são
compostas por textos e diversas propostas de atividades envolvendo a temática fauna e flora. As
temáticas trabalhadas durante todo o projeto foram: água, fogo, solo e fauna e flora, sendo que
todas elas adequadas com as características da caatinga, após os encontros os alunos juntamente
com o apoio dos docentes desenvolviam diversas atividades propostas envolvendo a temática e
apresentadas no encontro seguinte. Os alunos da escola se mostraram muito interessados pelas
atividades desenvolvidas e pelos temas abordados. Entre os resultados alcançados, destacam-se a
produção de um livro contendo diversos textos escritos pelos alunos e quatro vídeos mostrando
as atividades executadas durante os eventos. Os textos foram chamados pelos alunos de
'Cordemas', pois segundo eles seria a união da poesia com a literatura de Cordel. Frente a todos
os resultados obtidos durante e após a realização do projeto, acredita-se que o maior objetivo do
projeto que era a conscientização ambiental contextualizada no semiárido foi obtido.
Palavras chave: Educação Ambiental/ Meio Ambiente/ Semiárido
EDU - 067
Da Aplysia a Ausubel: difusão de conhecimentos sobre Neurobiologia da
aprendizagem escolar
Wílson de Mello Júnior; Luiz Antonio Lupi Júnior; Eliandra Nunes da Silva; Selma Maria Michelin
Matheus.
Instituição: Instituto de Biociências - Unesp - Campus de Botucatu
E-mail de contato: [email protected]
Aprendizagem, memória e atenção são temas cujo conhecimento tem se multiplicado em
Neurobiologia e não há dúvidas que essas áreas possuem ampla interface com a Educação. No
entanto, as recentes descobertas no campo das Neurociências parecem distantes da realidade
escolar, havendo dúvidas sobre sua importância ou contribuição para a prática pedagógica. As
dificuldades de uma interface entre Neurobiologia e Educação são apontadas por diversos
pesquisadores e são atribuídas a diferenças de métodos, objetivos, nível de abordagem e
linguagem entre essas áreas do conhecimento. A linguagem técnica científica utilizada em
Neurobiologia está distante da população e sua interpretação acaba sendo superficial, pouco
proveitosa e frequentemente realizada de forma equivocada pela mídia. Na multiplicidade
crescente de conhecimentos sobre o cérebro humano, até mesmo pesquisadores de diferentes
abordagens sobre o sistema nervoso possuem dificuldade de compreensão entre as diversas
especialidades, dada a especificidade de cada linha de investigação. A Neurociência sempre
despertou o interesse da população por revelar facetas sobre a autocompreensão do ser humano,
contudo, a transcrição da linguagem técnica das revistas especializadas para a linguagem
jornalística é difícil e, muitas vezes, realizada de forma simplista, contribuindo para a criação e
manutenção de conceitos equivocados, que acabam sendo espalhados e solidificados com o
tempo, conhecidos como neuromitos. Este Projeto de Extensão Universitária, apoiado pela PróReitoria de Extensão Universitária - PROEX - UNESP, é constituído por ações que visam à difusão
e popularização dos conhecimentos de Neurobiologia, aplicados à aprendizagem escolar, de
forma lúdica e atrativa, tanto para o professor como para o aluno da rede de ensino básico de
Botucatu e região. Foram realizadas palestras, com o título: "Da Aplysia a Ausubel", voltadas a
professores, e oficinas dialogadas de confecção de material didático em gesso, para alunos do
ensino básico. Também foram realizados levantamentos sobre a abordagem do tema na
formação de pedagogos e licenciados. Para mensurar os resultados, utilizamos as avaliações
fornecidas pelos participantes, que permitiram concluir que as ações realizadas contribuem para
a formação continuada do professor do ensino básico, que em sua maioria, não teve conteúdos
de Neurobiologia durante sua formação docente. Em relação aos alunos participantes, alegam
que poderão, através das discussões realizadas sobre o funcionamento do cérebro humano,
aprimorar seu próprio processo de cognição. Também se verificou que há, entre professores e
alunos, a propagação dos neuromitos mais comuns, evidenciando a influência da mídia e da
ficção científica nos conhecimentos empíricos sobre o sistema nervoso. Assim, a difusão dos
conhecimentos das Neurociências de forma clara, permitindo o diálogo entre as teorias da
aprendizagem, as práticas pedagógicas e as pesquisas neurobiológicas, constitui importante
ação de formação continuada e popularização da Ciência.
Palavras chave: Difusão de conhecimento/Formação continuada/Neurobiologia/Aprendizagem
escolar
MMA - 001
Geotecnologia aplicada ao monitoramento ambiental: interação entre os usos
múltiplos da água no Parque Aquícola de Ilha Solteira.
Adauto Brasilino Rocha Junior; Silvia Maria Almeida Lima Costa; Hélio Ricardo Silva; Rafael
Ervolino da Silva.
Instituição: UNESP- Ilha Solteira
E-mail de contato: [email protected]
Com o objetivo de fomentar o desenvolvimento da aquicultura em águas da União, em 2005 a
Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca (atual Ministério da Pesca e Aquicultura) formou
convênio com a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Campus de Ilha
Solteira, para a realização de um estudo com a finalidade de demarcar um parque aquícola no
reservatório de Ilha Solteira. Essa demarcação consistiu na seleção de áreas propícias para a
produção de peixes em tanques-rede, considerando parâmetros ambientais, batimétricos, e da
dinâmica das águas do reservatório. O reservatório de Ilha Solteira é oriundo da construção da 3ª
maior usina hidrelétrica do país, e suas águas banham territórios de três estados federativos (São
Paulo, Mato Grosso do Sul, e Minas Gerais). O presente trabalho trata da utilização de
ferramentas geotecnológicas no monitoramento da ocupação antrópica das margens e das águas
dos corpos hídricos adjacentes (denominados braços) onde foram demarcadas as áreas aquícolas,
para contribuir na identificação de possíveis atividades que estejam degradando ou eutrofizando
este corpo d´água, podendo comprometer a viabilidade dos diversos usos. Foram utilizadas
imagens de resolução multitemporal disponibilizadas no software Google Earth Pro, com
resolução espacial de 0,5m. Identificou-se a atividade de mineradoras de brita, a ocorrência de
erosões laminares, voçorocas, pisciculturas em tanques-rede, e em tanques escavados. Observouse que os diferentes usos do recurso hídrico podem ser conciliados sem conflitos, desde que seja
priorizada a conservação das matas ciliares em áreas de nascentes e de leitos perenes, e
utilizadas técnicas adequadas para manejo de solo. A alocação inadequada de curvas de nível, e a
pecuária extensiva em pastagens degradadas evidenciaram-se um fator potencializador de
processos erosivos, contribuindo para a erosão de diversas nascentes na margem do reservatório,
o que contribui com o assoreamento, e com a diminuição da vazão dos leitos perenes
contribuintes do mesmo. Porém a instalação de talhões, principalmente para o cultivo da canade-açúcar, com a construção de curvas de nível planejadas e de terraços com espaçamento
adequado, demonstrou potencial para recuperação de áreas degradadas de forma produtiva e
ambientalmente adequada.
Palavras chave: Aquicultura/sustentabilidade ambiental/água/Ilha Solteira
MMA - 002
Conforto térmico e a iluminação em Construções Sustentáveis
Adauto Braz de Pádua; Francisco de Salles Cintra Gomes.
Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS - PUC-CAMPINAS
E-mail de contato: [email protected]
Este trabalho está ligado diretamente ao Trabalho de Extensão do docente orientador
"Sustentabilidade Ambiental considerando o Conforto Térmico e a Iluminação" que tem por
objetivos "Desenvolver atividades com a participação de trabalhadores da construção civil em
relação à sustentabilidade ambiental de projetos e/ou construções no que tange ao conforto
térmico e à iluminação". Foi realizado em conjunto com a Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos
Comunitários da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, com a participação de
trabalhadores da construção civil (Público-alvo) vinculados à Comunidade São Francisco e com o
Centro de Assistência Social Copiosa Redenção, da região do Campo Grande (Campinas-SP), no
período de Abril a Dezembro de 2014. Tem objetivo principal: intervir na comunidade
apresentando e aprofundando nos conceitos de conforto térmico e de iluminação em
Construções Sustentáveis, evidenciando a sustentabilidade ambiental nos projetos e construções;
e como objetivos específicos: possibilitar o diálogo e articular pensamentos sobre o consumo de
energia elétrica para a iluminação e para o conforto térmico; colaborar para a conscientização
sobre a Sustentabilidade Ambiental na construção Sustentável; registrar os questionamentos e as
colocações dos participantes nas oficinas sobre o consumo de energia elétrica para iluminação e
para o conforto térmico; elaborar material didático de fácil acesso ('cartilha'), como por exemplo:
"Iluminação em Construções Sustentáveis". A metodologia contou com encontros e oficinas
realizadas de forma dialogada e periódica com o público-alvo, com duração de duas horas.
Foram feitas reuniões semanais de orientação com o professor coordenador com o intuito de
preparar os encontros e as oficinas com o público-alvo. Foram vistos diversos temas com o
público-alvo, como: o conceito de sustentabilidade ambiental voltado à construção civil; as
formas de energias renováveis e qual a sua importância; e também, os diferentes tipos de
lâmpadas econômicas cuja aplicação é imediata. Os encontros na forma dialogada possibilitaram
muita interação e a partir das dúvidas foram elaborados os materiais didáticos. As dúvidas
frequentes: Qual lâmpada gasta menos energia? O que é Sustentabilidade Ambiental? Por que
não posso jogar uma lâmpada fluorescente no lixo comum? Essas dúvidas e os diálogos deram
condições para exercitar uma consciência critica sobre a realidade e serviram de base para a
elaboração conjunta de um manual explicativo que serviu como fio condutor. Como resultados,
houve melhor interação da comunidade (em si mesma) e uma compreensão profunda de
sustentabilidade diante do conforto térmico e da iluminação. As diferentes realidades
contribuíram para o diálogo, conceitos vistos em sala de aula foram trabalhados para que
houvesse melhor compreensão pelo público-alvo. Como conclusão, o projeto de extensão é uma
experiência muito importante, pois proporciona uma visão de diferentes realidades da sociedade
e das dificuldades que as circundam, onde o privilégio de ter convivido com pessoas mais simples
faz entender o quão importante é valorizar a oportunidade de estar na graduação Universidade.
Os participantes do público-alvo começam ganhar autonomia a partir do entendimento fruto do
diálogo e da interação; o material didático foi amplamente distribuído pelo público-alvo aos
familiares e amigos.
Palavras chave: Extensão / Sustentabilidade ambiental / construções sustentáveis / conforto
térmico / iluminação
MMA - 003
2014: Retrospectiva dos 15 anos de Projeto de Extensão Universitária
'Esterilização em Cães e Gatos'
Ana Beatriz Botto de Barros da Cruz Favaro; Renan Bezerra Martins; Juliane Teramachi Trevizan;
Joana Zafalon Ferreira; Izabella Pazzoto Alves; Marion Brukhardt de Koivisto.
Instituição: UFPR
E-mail de contato: [email protected]
Devido à desinformação populacional e à crescente multiplicação e abandono de cães e gatos,
há 15 anos foi iniciado o "Projeto de Esterilização de Cães e Gatos, UNESP - Araçatuba", com a
participação de alunos do quarto e quinto ano, professores, pós-graduandos e voluntários.
Consiste na realização de procedimentos cirúrgicos de castração oferecidos a um menor custo
para proprietários carentes visando o controle de natalidade, conscientização da população
sobre os benefícios da esterilização cirúrgica, zoonoses, maus tratos e abandono, melhorando a
saúde pública. O projeto proporciona a capacitação profissional técnico-social do aluno,
aprimorando suas habilidades e a formação da conexão entre a universidade e população, além
de contribuir com amostras necessárias para alguns projetos de pesquisa. Os proprietários
entram em contato com a universidade e se cadastram. Posteriormente os alunos entram em
contato via telefone com os proprietários para agendar a consulta pré-operatória. Durante a
consulta os proprietários são abordados sobre como será a realização do procedimento cirúrgico
de maneira clara para que também possa sanar eventuais dúvidas, seus riscos, benefícios e os
cuidados pré e pós-operatórios necessários. Procede-se com a avaliação dos parâmetros físicos
dos animais e a coleta de sangue para realização da sorologia para Leishmaniose, hemograma e
bioquímico quando necessário. Quando saudáveis e com idade superior a 6 meses são
encaminhados para a cirurgia. Foram realizadas 570 reuniões para execução das castrações, de
2000 a julho de 2014, foram castrados 760 felinos fêmeas, 531 felinos machos, 105 caninos
fêmeas e 83 caninos machos, totalizando 1479 castrações. Até o presente momento 176 alunos
integraram o projeto.
Palavras chave: Esterilização/ cães e gatos
MMA - 004
CURSO DE COMPOSTAGEM PARA PRODUTORES RURAIS BENEFICIÁRIOS DO
PROGRAMA NACIONAL DE REFORMA AGRÁRIA DO MUNICÍPIO DE
MIRANDÓPOLIS-SP
Bruno Medeiros Coelho; Reinaldo da Silva Tosti; Cristhy Willy da Silva Romero.
Instituição: Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho - UNESP, Campus de Ilha
Solteira
E-mail de contato: [email protected]
As atividades agrícolas e agropecuárias geram grande quantidade de resíduos como restos de
culturas, palhas, resíduos agroindustriais e dejetos de animais, os quais podem provocar sérios
problemas de poluição. Entretanto, quando manipulados adequadamente podem suprir com
vantagens boa parte da demanda de insumos industrializados, sem afetar adversamente os
recursos do solo e do ambiente. O aproveitamento dos resíduos agrícolas, industriais, urbanos e
florestais pode ser realizado através de um processamento simples denominado compostagem
em pequena, média e grande escala desde que não cause distúrbios ao meio ambiente e à saúde
pública. O presente trabalho teve como objetivo buscar o desenvolvimento sustentável por meio
da compostagem dos resíduos e matérias primas existentes nas parcelas dos projetos de
assentamentos da reforma agrária ao transformar este 'lixo orgânico' em adubo orgânico natural.
A compostagem é um processo biológico em que os microrganismos transformam a matéria
orgânica - como estrume, folhas, papel e restos de comida - num material semelhante ao solo,
chamado composto, o qual pode ser utilizado como adubo. Durante o processo ocorre a
decomposição dos resíduos orgânicos pelos microrganismos decompositores, os quais
necessitam de condições ideais para a formação do composto, como: temperatura, umidade,
aeração, pH, tipo de compostos orgânicos existentes e tipos de nutrientes disponíveis. No
Projeto de Assentamento Orlando Molina, localizado no município de Mirandópolis - SP,
realizou-se o curso de Compostagem de duração de 08 horas divididas entre a parte teórica e a
prática. Na primeira parte houve a apresentação de conteúdo didático a respeito da
conscientização ambiental (evitar queima de material orgânico seco como folhas e capins;
enterro de matéria orgânica como restolho das culturas e de animais e não utilização in natura de
fezes de animais nas culturas), das vantagens (evita a contaminação do solo, da água superficial e
subterrânea, e do ar; além de evitar a presença de animais transmissores de doenças); e dos
benefícios (economia na compra de adubos e fertilizantes). Foi discutido também a respeito da
construção das leiras (pilhas) da compostagem. Já na segunda parte, executou-se a montagem
das leira. Utilizou-se matéria seca (palhas, folhas e capins), matéria orgânica (esterco de vaca e
de galinha, corpo de frango, cinza e restolho das culturas) e terra virgem. Participaram do curso
aproximadamente 30 pessoas, dentre elas, crianças, adolescentes, adultos e idosos, por meio de
perguntas e trocas de informações desde a discussão teórica até a montagem do composto.
Conclui-se que os objetivos de auxiliar no aprendizado dessa comunidade foi atingido ao criar
possibilidades de uma nova prática de sustentabilidade dentro de cada parcela.
Palavras chave: Lixo Orgânico/Projeto de Assentamento/Sustentabilidade
MMA - 005
ZONEAMENTO DA CULTURA DE CANA-DE-AÇÚCAR (Saccharum spp.) NO
MUNICÍPIO DE SUZANÁPOLIS/SP.
Cristhy Willy da Silva Romero; João Marcos Bertelli Franco; Hélio Ricardo Silva; Artur Pantoja
Marques; Gabriel Alonso de Melo Trindade.
Instituição: UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
E-mail de contato: [email protected]
A cultura da cana-de-açúcar no Estado de São Paulo está se expandindo cada vez mais, com
finalidade de atender a demanda por açúcar e etanol. Sendo assim, nas áreas que são cultivadas
tradicionalmente, como a região de Ribeirão Preto/SP, o potencial de expansão para o seu
cultivo está se esgotando, aumentando a procura por terras. Atualmente, as questões ambientais
no Brasil vêm se destacando em busca de preservar o meio ambiente em relação às queimadas de
cana-de-açúcar e à conservação das Áreas de Preservação Permanente. Para a prática de
colheita mecanizada, a declividade máxima que é viável às colhedoras do mercado é de 12%. A
escolha do município de Suzanápolis/SP foi devida esta região apresentar baixa rentabilidade
agrícola e serem cobertas praticamente por pastagens. Por meio de ferramentas, técnicas de
geoprocessamento e sensoriamento remoto utilizando o programa computacional SPRING
versão 5.1.8, o presente trabalho tem como objetivo identificar as áreas com a cultura da cana-
de-açúcar nos anos 2003 e 2012 em relação às classes de declividade, avaliando o potencial de
expansão desta cultura na região e de áreas aptas à mecanização, avaliar o nível de conservação
da rede de drenagem e verificar se há cultivo de cana-de-açúcar em Áreas de Preservação
Permanente no município de Suzanápolis. Os resultados referentes às áreas da cultura de canade-açúcar no município de Suzanápolis foram obtidos pelo cruzamento de informações referente
às classes de declividade do município fornecido pelos dados SRTM da Embrapa com os dados
fornecidos pelo Canasat/INPE referente à cultura das safras 2003/2004 e 2011/2012. As técnicas
de geoprocessamento utilizadas foram eficientes para a avaliação da distribuição da cultura de
cana-de-açúcar nas classes de declividade e das Áreas de Preservação Permanente no município
de Suzanápolis, com maior rapidez e com baixo custo. Entre as safras 2003/2004 e 2011/2012, as
áreas cultivadas com a cultura de cana-de-açúcar teve uma expansão bem expressiva, sendo que
as áreas com essa cultura aumentaram 210%. Entretanto este município tem um potencial de
expansão para esta cultura aproximadamente de 23.592 hectares. Verificou se que há cultivo de
cana-de-açúcar em algumas Áreas de Preservação Permanente, sendo necessárias campanhas de
campo para verificação destes dados, devido algumas áreas estarem superestimadas. Com o
Modelo Linear de Mistura Espectral, constatou se 70% das Áreas de Preservação Permanente em
Suzanápolis apresentaram problemas ambientais, sendo favoráveis a assoreamentos e erosões.
Palavras chave: Colheita Mecanizada / Áreas de Preservação Permanente / Potencial de
Expansão
MMA - 006
UNIÃO PRÓ TIETÊ- OBSERVANDO O RIO SOROCABA- SENSIBILIZAÇÃO DA
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL ATRAVÉS DO MONITORAMENTO DA
QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO SOROCABA.
Daniele Frascareli; Vitoria Preta Manzaro; Fabio Henrique Sicca Guiduce; Yasmin Mourtada
Cassano; Juliano Rodrigues Pappalardo; Maria Teresa Frigo Serraceni; Viviane Moschini Carlos.
Instituição: UNESP SOROCABA
E-mail de contato: [email protected]
Introdução: O núcleo União Pró-Tietê teve início em 1991 por um apelo da sociedade na
despoluição do Rio Tietê e então, foi concebido o projeto "Observando o Tietê". O projeto conta
com a participação da sociedade na descentralização do monitoramento da qualidade das águas
e com isso, promover a percepção e conscientização sobre a gestão dos recursos hídricos no
estado de São Paulo. Desde 2006, a Rede de Educação Ambiental UNESP Sorocaba- REAUSoem parceria com a SOS Mata Atlântica realiza monitoramento da qualidade da água do Rio
Sorocaba que tem o intuito de integrar a sociedade local no atual cenário em que se encontra os
recursos hídricos por meio da educação ambiental. Assim foi criado o projeto de extensão
"Observando o Rio Sorocaba: União Pró-Tietê". Objetivo: O presente projeto visa conscientizar a
sociedade, especialmente jovem, que a poluição dos recursos hídricos tem efeito direto na
disponibilidade de água potável e saúde pública. Assim a educação ambiental é utilizada como
ferramenta para introdução de conceitos e práticas aos jovens sobre os problemas ambientais
que afetam os rios, aproximando a comunidade, disseminando boas práticas e inserindo na
sociedade seres com responsabilidade socioambiental. Métodos :Através do kit cedido pela SOS
Mata Atlântica são feitas análises quinzenais de variáveis relevantes a qualidade da água em um
ponto do Rio Sorocaba e os resultados são dispostos no site: http://sosobstiete.znc.com.br/ para
consulta da sociedade, bem como pela agência responsável da qualidade ambiental dos recursos
hídricos. Também são feitas sensibilizações através de atividades dinâmica e lúdicas com alunos
do ensino fundamental de escolas públicas do município de Sorocaba a fim de possibilitar a
formação de cidadãos conscientes a necessidade de preservação das águas. Resultados: O
projeto até o presente momento possui aproximadamente 105 coletas realizadas o período de
2006 à 2014. A qualidade da água do rio Sorocaba neste período de 2006 à 2014 teve uma
variação desde aceitável que foram aproximadamente 58% das amostras, passando por regular
(28%) até ruim (11%). Foi possível notar que a frequência da classificação aceitável foi de zero no
ano de 2011. A partir daí a classificação mudou para regular e ruim até o ano de 2014, podendo
verificar que no período de 2011 o Rio Sorocaba passou por intensas atividades impactantes e
isso refletiu diretamente na qualidade da água. Em relação a sensibilização da comunidade,
desde 2006 o projeto capacitou 40 alunos da escola E.E Arthur Cyrillo, 160 alunos da escola E.E.
Escola Flávio de Souza, 30 alunos na escola E.E. Flávio Gagliardi e atualmente, o projeto está
sendo desenvolvido na escola E.E. Prof. Julio Bierrenbach Lima com 5 salas de 35 alunos do 6° ano
do ensino fundamental com atividades educacionais. Essas atividades são desenvolvidas em
conjunto com o andamento do curso de Ciências. Conclusões: O projeto caminha atrelado ao
curso de Engenharia Ambiental da Unesp de Sorocaba, logo, as perspectivas são que aumentem
as proporções das capacitações ao longo dos anos e que o projeto continue sendo referência na
área de Educação Ambiental da cidade de Sorocaba.
Palavras chave: Educação Ambiental/ qualidade/ recurso hídrico/ Sorocaba
MMA - 007
GEOTECNOLOGIAS NA GESTÃO AGROPECUÁRIA E AMBIENTAL DE PEQUENOS
MUNICÍPIOS NO NOROESTE PAULISTA.
Fabio Henrique Zanardo; Hélio Ricardo Silva; Arutr Pantoja Marques; ; Cristhy Willy da Silva
Romero; Gabriel Alonso de Melo Trindade.
Instituição: UNESP - FE Ilha Solteira
E-mail de contato: [email protected]
O presente trabalho teve como objetivo associar procedimentos de geoprocessamento para
análise de indicadores agropecuários e ambientais destinados a gestão municipal, utilizando uma
metodologia de fácil acesso e de baixos custos aos órgãos gestores do município de Vitória
Brasil/SP. A metodologia utilizada para alcançar os objetivos propostos para este estudo dividiuse, em três grandes etapas de trabalho descritas a seguir. A primeira etapa de trabalho foi a de
levantamento e revisão bibliográfica, dedicada à busca por uma base teórica de fundamentação
da seleção do tema a ser abordado na área de estudo. A pesquisa de informações municipais foi
realizada junto a órgãos públicos e entidades afins no âmbito estadual e federal envolvendo a
pesquisa e a coleta de material existente sobre a região de abrangência do município de Vitoria
Brasil, obtendo-se dados estatísticos, dados censitários da Secretaria de Agricultura e
Abastecimento do Estado, da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral e da Coordenadoria
de Defesa Agropecuária, Instituto Florestal, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE),
entre outros, sobre o município e de suas bacias hidrográficas. A segunda etapa de trabalho
consistiu na construção da base de dados georreferenciados com enfoque no município de
Vitoria Brasil a partir de dados e informações cartográficas e de sensoriamento remoto, que
foram processados com o suporte do software gvSIG. Na etapa seguinte foi avaliada a situação
do uso e ocupação do solo, sendo delimitadas as áreas das microbacias hidrográficas, e as Áreas
de Preservação Permanentes (APP's) municipais. Nesta etapa metodologica foram utilizadas duas
imagens do satélite RapidEye AG de 2011, multiespectrais e de alta resolução espacial,
existentes no acervo do Ministério do Meio Ambiente, disponibilizadas por meio de parcerias
governamentais com a prefeitura municipal. A partir dos resultados obtidos foi possível
determinar, de maneira eficiente, que apenas 2,78% da vegetação originária florestal está
preservada; a pecuária é a principal ocupação municipal com mais de 41% da área; citros e a
cana-de-açúcar tem grande expressão no município ocupando, respectivamente, 13,23% e
7,38% da área Vitória Brasil/SP; e cerca de 70% das APP's municipais necessitaram de espécies
hidrófilas para sua recuperação. Estes indicadores formam um banco de dados para consulta e
apoio dos órgãos gestores, além de fonte para as tomadas de decisões administrativas, com a
finalidade de direcionar os recursos para o desenvolvimento do setor rural municipal, de forma
mais dinâmica, eficiente e economicamente exequível.
Palavras chave: Degradação Ambiental / Sensoriamento Remoto / Sistema de Informação
Geográfica
MMA - 008
Mostra científica como instrumento de integração do ensino fundamental, médio
e técnico com o programa de pós-graduação em Ciências Ambientais da
Unesp/Sorocaba
Fernando Henrique Machado; Daniele Frascareli; Carolina de Castro Bueno; Jhones Luiz de
Oliveira; Fabíola Magalhães Andrade; Lucirene Vitória Góes França; Admilson Irio Ribeiro;
Gerson Araujo de Medeiros; Leonardo Fernandes Fraceto.
Instituição: Unesp/Sorocaba
E-mail de contato: [email protected]
A Mostra Científica para Jovens Talentos de Sorocaba surgiu em 2012 no curso Pós-Graduação
em Ciências Ambientais da UNESP Sorocaba com a demanda dos docentes e discentes em
fomentar a curiosidade científica, conhecer e auxiliar no desenvolvimento de projetos
relacionados ao 'Meio Ambiente e Sustentabilidade' por alunos do Ensino Fundamental, Médio e
Técnico da rede pública ou privada do município de Sorocaba. A proposta conta com temáticas
específicas nas áreas de resíduos, recursos hídricos, energia, reciclagem, agricultura urbana,
turismo, ecologia, educação ambiental, poluição ambiental entre outros. O objetivo principal da
Mostra é incentivar os jovens do Ensino Fundamental, Médio e Técnico a desenvolverem projetos
de pesquisa na área de meio ambiente e sustentabilidade em suas escolas e, assim, apresentar os
resultados via exposição de painéis, sessões orais e demonstração de experimentos. O evento
conta com a participação dos docentes e discentes do curso de Engenharia Ambiental e da PósGraduação em Ciências Ambientais na comissão organizadora e do apoio financeiro do CNPq. O
evento ocorre no final do segundo semestre letivo, pois dessa forma alunos e professores
conseguem desenvolver a ideia de projeto de pesquisa durante o ano obtendo assim resultados
para discussão junto ao evento. Durante os semestres letivos os membros da comissão
organizadora participam de visitas nas escolas e em eventos acadêmicos para auxiliar na
divulgação da Mostra com a distribuição de cartazes e panfletos. Também é realizado contato
com os professores responsáveis buscando auxílio, incentivando a participação dos alunos, bem
como ajudando alunos e professores a desenvolverem projetos contextualizados na realidade
escolar de cada um. A 1ª Mostra Científica contou com a participação de 4 resumos do Ensino
Fundamental e 8 do Ensino Médio e Técnico. Já na segunda edição houve um aumento de 116%
com um total de 26 resumos submetidos e apresentados. Os primeiros colocados (1º ao 3º lugar)
no Ensino Médio e Técnico foram premiados com menção honrosa, assinatura anual de revista
científica ou o pagamento do vestibular da UNESP, troféu para a escola e honra ao mérito ao
aluno e também uma bolsa de Iniciação Científica do CNPq por 12 meses. Já os primeiros
colocados alunos do ensino Fundamental foram agraciados com certificado de menção honrosa,
uma assinatura anual de revista de divulgação cientifica, um kit de ciências, troféu para a escola e
medalha de honra ao mérito para o aluno. Além do aumento da participação das escolas, notou-
se o aumento da qualidade dos trabalhos apresentados devido ao fomento da curiosidade
científica tanto pelos professores quanto pela participação na Mostra Científica. Nesse contexto,
espera-se que a proposta aumente de proporções com o auxílio dos discentes contribuintes a
cada edição do evento. Ademais, notou-se também que o estudo de ciências via
desenvolvimento de projetos científicos tornou-se útil no desenvolvimento da escrita e métodos
de apresentação dos alunos. Logo, espera-se que para a curiosidade e desenvolvimento científico
torne-se uma atividade rotineira para os alunos e aplicável a qualquer lugar e que esse estímulo
sirva para incentivar novos pesquisadores e agentes multiplicadores de conhecimento na área
ambiental.
Palavras chave: Mostra Científica / Jovem Talento / Meio Ambiente / Sorocaba / Unesp
MMA - 009
Sustentabilidade Ambiental considerando o Conforto Térmico e a Iluminação.
Francisco de Salles Cintra Gomes; Adauto Braz de Pádua.
Instituição: PONTIFÍ•CIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS - PUC-CAMPINAS
E-mail de contato: [email protected]
Este Trabalho de Extensão tem por objetivo desenvolver atividades com a participação de
trabalhadores da construção civil sobre a sustentabilidade ambiental de projetos e/ou
construções no que tange ao conforto térmico e à iluminação. Esta ação, desenvolvida no biênio
2014-2015, conta com a participação de um professor e de estudantes universitários, bolsistas de
extensão da Universidade, e está sendo realizada em conjunto com a Pró-Reitoria de Extensão e
Assuntos Comunitários da Pontifícia Universidade Católica de Campinas; o público-alvo é
formado por trabalhadores da construção civil vinculados à Comunidade São Francisco e ao
Centro de Assistência Social Copiosa Redenção, da região do Campo Grande (Campinas-SP). A
metodologia conta a realização de encontros, reuniões e oficinas, que a partir dos temas
apresentados e através dos diálogos dos envolvidos possibilite o aprofundamento, interação, e se
busque maneiras de efetivamente contribuir, de participar e de assimilar os temas. Faz parte da
metodologia a elaboração de materiais didáticos ou de caráter pedagógico, com o apoio de
todos, que sirvam de apoio para buscar um bom entendimento por parte dos participantes sobre
os temas de conforto térmico, iluminação diante da Sustentabilidade Ambiental. A participação
de alunos bolsistas, de forma colaborativa e autônoma, vem dando condições para formação
integral dos próprios estudantes que através da vivência, da participação e da contribuição com
as diferentes realidades da vida, vislumbram novas soluções e novos caminhos para uma
sociedade melhor. Como resultados, os estudantes têm tido possibilidades de atuarem como
agentes transformadores, de crescem em capacidade crítica e, como decorrência, de se tornarem
mais atentos às questões sociais e humanas. A grande ação transformadora do Trabalho de
Extensão é decorrente de todo o processo, que permite a cada um, em sua comunidade, a
possibilidade de diálogo, de expor suas ideias e pensamentos, de articular o pensamento, em
suma, de ser um cidadão crítico, participativo em relação à realidade, oferecendo possibilidades
de melhoria da sua condição humana e social. A comunidade cresce em comunicação e em
interação. Somam-se aos resultados, a produção conjunta de material informativo, em linguagem
de fácil acesso, versando sobre os temas tratados, com possibilidade de atingir uma abrangência
maior de pessoas com o conhecimento adquirido; foram feitos quatro materiais didáticos em
2014. Com isso, além do conhecimento conjunto adquirido nas atividades, está havendo a
possibilidade de descobertas de melhores condições de vida por parte do público-alvo e a
conscientização de que podem ser agentes multiplicadores, levando às suas casas e aos amigos o
conhecimento adquirido sobre Sustentabilidade Ambiental considerando o Conforto Térmico e a
Iluminação.
Palavras chave: Extensão / Sustentabilidade ambiental / construções sustentáveis / conforto
térmico / iluminação
MMA - 010
TECNOLOGIA LIMPA NA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM INSTITUIÇÃO
FILANTRÓPICA
Gerson Araujo de Medeiros; Admilson Irio Ribeiro; Marina Madid Micheletti Caetano; Felipe
Goulart Moraes; Diogo Torres Amancio.
Instituição: UNESP
E-mail de contato: [email protected]
A geração, disposição e gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos (RSU), tem se destacado
como um dos principais problemas sócio-ambientais da sociedade contemporânea,
principalmente nos centros urbanos. Os impactos no meio ambiente e na saúde humana
provocados pela disposição dos RSU levam a necessidade de se desenvolverem tecnologias para
a sua redução. Nesse aspecto, o biodigestor pode reduzir a massa de RSU em média 37,5%, além
da produção de biogás. O objetivo do presente trabalho foi apresentar os resultados de um
projeto de extensão desenvolvido pela UNESP, junto ao 'Educandário Bezerra de Menezes', no
município de Sorocaba, relacionado ao desenvolvimento de um biodigestor adequado as
necessidades de uma instituição filantrópica. Tal projeto foi aprovado no Programa de Extensão
Universitária - PROEXT 2011 do MEC/Sesu e apoiado pela Pró Reitoria de Extensão da UNESP. A
metodologia se baseou na caracterização dos resíduos gerados pelo restaurante da instituição
filantrópica e incluiu a sua identificação, separação e quantificação, num total de seis coletas,
sendo realizadas nas dependências da UNESP de Sorocaba. Após a caracterização, procedeu-se a
elaboração de um plano de gestão de resíduos sólidos e de materiais de educação ambiental,
como cartilhas, e um biodigestor, especialmente construído para ser uma tecnologia
extensionista para a disseminação dos princípios da gestão sustentável dos resíduos sólidos junto
a população. Após a construção do biodigestor, foram desenvolvidas atividades de extensão
junto às crianças dessa instituição, relacionadas a geração do lixo, sua utilidade e o uso da
tecnologia limpa biodigestor, como alternativa para a gestão dos RSU. Os resultados mostraram
uma geração total de 254,9 kg de resíduos orgânicos, o que corresponde a uma média diária de
42,5 kg, apresentando uma umidade média de 81,8%. Esses resíduos incluem tanto os restos
descartados pelos frequentadores do restaurante como aqueles gerados na preparação dos
alimentos. A geração de resíduos recicláveis, os quais se referem a plásticos e metais, atingiu um
total de 35,7 kg ou 7,1 kg/dia. Considerando-se um funcionamento do restaurante de 5 dias por
semana, e dez meses por ano, pois no período de férias o movimento cai consideravelmente,
tem-se uma geração total diária de cerca de 49,6 kg/dia, 992 kg/mês e 9,9 toneladas por ano.
Somente a separação dos resíduos recicláveis já promoveu uma redução de aproximadamente
14% dos resíduos sólidos domésticos, antes destinados para o sistema de coleta de lixo de
Sorocaba, ou cerca de 1,4 toneladas por ano. As atividades desenvolvidas com as crianças e
jovens do 'Educandário Bezerra de Menezes' incluíram o preparo e o armazenamento dos
resíduos sólidos orgânicos no biodigestor, além do acompanhamento da geração de biogás. Após
o período de digestão dos resíduos de alimentos, estes foram utilizados como adubo para o
plantio de árvores na própria instituição filantrópica. Deve-se destacar a relevância desse tipo de
trabalho para o município de Sorocaba, o qual gera cerca de 500 toneladas de resíduos sólidos
diariamente. Esse município não possui um aterro sanitário, sendo o lixo enviado para o aterro
sanitário Iperó, gerando um custo de transporte e disposição.
Palavras chave: biodigestor / extensão / sustentabilidade
MMA - 011
Programa de apoio à legalização mineral e ambiental de Olarias da região de Rio
Claro (SP)
Gilda Carneiro Ferreira; Jheynne Pereira Scalco; Juan Pedro Pieroni.
Instituição: UNESP/IGCE/Rio Claro
E-mail de contato: [email protected]
Nos municípios de Rio Claro e Corumbataí (SP) existem pequenas olarias, cujas atividades de
extração mineral e de produção de tijolos, opera há várias décadas, sem orientação técnica para
o aproveitamento das jazidas de materiais argilosos. Essas olarias têm atuado de modo inseguro,
pois estão sujeitas à interrupção de suas atividades em decorrência da fiscalização dos Órgãos
responsáveis pela gestão mineral ou ambiental. O objetivo do projeto foi oferecer suporte
técnico aos associados da ASCER (Associação das Cerâmicas Vermelhas de Rio Claro e Região)
para regularização das atividades de extração mineral e execução com base em critérios técnicos
de mineração e ambientais. Para isto, foram realizadas as seguintes atividades: Orientação aos
oleiros quanto à situação legal minerária e ambiental, das extrações e atividades necessárias à
regularização; execução de ensaios físicos para a caracterização das propriedades cerâmicas dos
materiais argilosos; criação de plano de recuperação de Áreas de Preservação Permanente das
propriedades, a fim de obter o licenciamento das atividades. O Programa resultou no
atendimento de quatorze Olarias. A legalização das atividades de extração mineral na área da
jazida de cada olaria obedeceu a procedimentos gerais acordados nas reuniões com os oleiros.
Nos materiais argilosos, foram caracterizadas suas propriedades cerâmicas, objetivando embasar
a elaboração dos projetos de extração mineral das jazidas e subsidiar a proposição de
formulações mais adequadas à fabricação de tijolos, trazendo melhorias aos processos
produtivos. Quanto às questões ambientais foi realizado o diagnóstico ambiental em dez
propriedades dos oleiros, visando o estabelecimento de características de degradação para as
áreas de preservação permanente. Ao longo dos córregos observou-se a presença de vegetação
rasteira e arbustos esparsos. Em algumas propriedades as lavras estão localizadas adjacentes a
córregos ou reservatórios artificiais, o que contribuiu para alteração e assoreamento dos cursos
d'água. A extração irregular em áreas de preservação permanente também causou uma grande
alteração da paisagem. O diagnóstico mostrou que as APPs se encontram degradadas, ao longo
do córrego que corta todas as propriedades, o Ribeirão Jacutinga. Para a elaboração de um plano
de recuperação para estas propriedades, é importante que haja o planejamento em conjunto,
devendo ser aplicado em toda extensão do Ribeirão Jacutinga. Uma característica comum a
quase todas as propriedades estudadas é a existência de reservatórios artificiais, que são lagos
formados a partir de antigas áreas de extração nas quais o freático foi atingido.Os locais das
antigas lavras favoreceram a formação de processos erosivos, perda de solo e modificaram a
inclinação natural do terreno. A execução deste projeto permitiu acompanhar a formação de
uma associação de classe e o seu desenvolvimento como entidade, sendo que problemas em
comum das olarias associadas à ASCER passaram a ser resolvidos pelo grupo. Como principal
resultado deste projeto, tem-se a legalização das áreas das propriedades dos oleiros quanto à
questão mineral, e como consequência a legalização ambiental está sendo executada para cada
área de extração mineral. Este trabalho só foi possível e teve os resultados esperados, graças à
parceria de pequenos produtores e mineradores com o poder público, universidade e órgãos
governamentais.
Palavras chave: Impacto Ambiental/ Licenciamento/ mineração/ argila
MMA - 012
AVALIAÇÃO DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE: comparação entre o
novo e o antigo código florestal brasileiro.
Heloisy Marangoni; Artur Pantoja Marques; Helio Ricardo Silva; Cristhy Willy da Silva Rromero;
Gabriel Alonso de Melo Trindade.
Instituição: UNESP - Ilha Solteira
E-mail de contato: [email protected]
Os SIG (Sistemas de Informações Geográficas) são ferramentas computacionais que permitem o
estudo e a observação de diversas aplicações, podendo estes serem empregados na criação de
bancos de dados geográficos. As APPs desempenham diversas funções essenciais, como a
regularização hidrológica, na atenuação de cheias e vazantes, na redução da erosão superficial,
no condicionamento da qualidade da água e na manutenção de canais pela proteção de margens
e redução do assoreamento. O reservatório de Jupiá está inserido na bacia hidrográfica do Rio
Paraná entre as cidades de Andradina, Castilho (SP) e Três Lagoas - MS. Com 330 Km² de
extensão, este reservatório em conjunto com a Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira, compõe o
sexto maior complexo hidrelétrico do mundo. Desta forma, este trabalho teve como finalidade a
comparação das Áreas de Preservação Permanente (APPs) a luz do Novo Código Florestal
Brasileiro, que entrou em vigor em 2012 e a Resolução Conama n° 302 de 2002. A partir dessas
análises pode-se concluir que a Bacia do Rio Sucuriú na APP dentro do reservatório da UHE de
Jupiá encontra-se na Lei vigente bastante degradada, além do que, teve uma perda de 45,24%
de área com relação à Lei anterior. Através dos resultados constatou-se que o novo Código
Florestal difere qualitativamente e quantitativamente da Resolução Conama n° 302, pois a Área
de Preservação Permanente da região estudada não só diminuiu seu tamanho em quase pela
metade, como também, a maioria da sua área está degradada. Devido às distâncias serem
variáveis entre as cotas analisadas, é possível inferir que haverá dificuldades tanto dos
proprietários da área, quanto à Polícia Ambiental em conferir e certificar se estas estão dentro da
Lei vigente. Além disto, o fato de que em algumas regiões a distância é extremamente pequena,
é difícil afirmar se que a pequena faixa de preservação será suficiente para conter os prejuízos
ambientais. Com isto, pode-se assegurar que estas mudanças estão contribuindo para o
assoreamento e eutrofização deste corpo d' água. Sendo assim, estes processos de degradação
ambiental poderão prejudicar as atividades econômicas como a produção de peixes em tanques
rede e de lazer nesta rede de drenagem e a médio e longo prazo também poderão trazer
prejuízos à geração de energia pela Usina Hidrelétrica de Souza. Dias (Jupiá). Com isto, estes
dados apresentados servirão de referencia à maiores estudos e meios de conscientização a fim de
minimizar os impactos ambientais que poderão advir em decorrência deste processo de
degradação.
Palavras chave: Sistema de Informação Geográfica / Sensoriamento Remoto / Complexo
hidrelétrico de Urubupungá
MMA - 013
Horta terapêutica na reabilitação psicossocial dos pacientes do CAPS-Registro
Jonas Akenaton Venturineli Pagassini; Pablo Forlan Vargas; Letícia Gutierres Cecília; Iago Felipe
Nogueira Piramo; Amanda Sellarin Alves; Maurício Santos Lima.
Instituição: Universidade Estadual Paulista "JÚLIO DE MESQUITA FILHO" Campus Experimental
de Registro
E-mail de contato: [email protected]
Disfunções ou variações psicológicas em variados graus atingem diversas pessoas, de todas as
classes. De muitas maneiras, elas refletem as condições gerais de vida e as políticas sociais e
econômicas de diferentes épocas. Atividades em horticultura, ecologia e educação ambiental
são dinâmicas a esses grupos, com notáveis resultados práticos no microambiente onde os
indivíduos estão inseridos. Diante desse cenário, e frente à atual crise ambiental, professores e
estudantes do curso de Engenharia Agronômica formaram uma horta terapêutica, como forma
de realização de uma agricultura orgânica e como um recurso à educação ambiental. Essa
atividade viabiliza a expressão espontânea, o conhecimento das potencialidades e limitações dos
pacientes, promovendo o desenvolvimento em diversos aspectos (emocional, social, intelectual e
físico) e maior grau de autonomia. O projeto iniciou-se em março de 2014 e continua sendo
executado. Contudo, considera-se a este, dados que vão do início, até fevereiro de 2015. A
execução do projeto se deu no Centro de Apoio Psicossocial (CAPS), município de Registro-SP,
com objetivo geral de instalação da horta para maior integração com a natureza. Já os objetivos
específicos foram: Instrução dos pacientes a partir de conhecimentos específicos em ecologia,
com metodologia acessível e aplicações práticas; Estímulo de responsabilidade sócio-ambiental;
Melhoria da qualidade dos alimentos, a partir de alimentação de produtos orgânicos cultivados.
As atividades se constituíram de aulas e práticas semanais, com assuntos específicos sobre
Ecologia; Biomas- ecossistemas; Horticultura- plantio orgânico. Como formas de mensuração de
resultados, foram simulados dois índices: Índice de Participação (a partir de frequência em aulas
e notas médias atribuídas ao cumprimento das atividades esporadicamente propostas); Índice de
Cooperação na Horta (a partir de notas atribuídas às atividades de horta, rega e manejos). Notas
individuais dos pacientes foram coletadas mensalmente e, a partir dessas, foram obtidas notas
médias (para o público como um todo), as quais constituíram esses índices. O índice de
frequência desconsiderou eventuais ausências de pacientes, justificadas pelo CAPS, uma vez que
o corpo de psicólogos da instituição tem recomendações específicas de repouso em domicílio e
horários de atendimentos individuais aos pacientes, independentes deste projeto. Notou-se
frequência máxima (todos os pacientes presentes e disponíveis a atividades participaram)
durante todos os meses de atividades. Foi possível constatar oscilações iniciais nas notas
referentes a participação e cumprimento das atividades propostas, de março a junho, com
crescentes índices nas notas de agosto a novembro e, estagnação a partir de dezembro.
Observou-se queda inicial nas notas referentes a cooperação em horta para as variáveis rega e
manejo (de março a maio), com queda nas notas de regas estagnação nas notas de manejo (de
junho a agosto), crescimento nas notas das duas variáveis (de agosto a novembro) e estagnação
de tais nos meses seguintes. Com isso, foi possível concluir que a metodologia utilizada foi
acessível para a transferência e expansão dos conhecimentos ambientais ao grupo, bem como a
integração com a natureza foi ampliada a partir de maior empenho constatados nos índices.
Palavras chave: Educação/ Horta Educacional/ Ecologia
MMA - 014
Apoio à rede de coletivos de consumo rural urbano - projeto de extensão da
Universidade Federal do ABC (UFABC).
José Paulo Guedes Pinto; Vinicius Tadeu do Carmo; Michelle Sato Frigo; Leonardo Freire de
Mello; Renata Silva; Juliana Aparecida dos Santos.
Instituição: UFABC
E-mail de contato: [email protected]
Introdução O Brasil é hoje o maior consumidor de agrotóxicos do mundo e um dos poucos
mercados onde a utilização de transgênicos na produção cresce. Estes fatos elevam a demanda
social por alimentos produzidos de forma agroecológica e orgânica. Caso não haja uma mudança
na estrutura de oferta, a tendência é que esse mercado vire um nicho de consumo de luxo, com
altos preços e exigências abusivas e insustentáveis aos pequenos produtores da agricultura
familiar. Uma alternativa à esse fenômeno são as redes autogeridas de produtores e
consumidores que através da economia solidária e da agroecologia tentam superar a lógica
capitalista do mercado, abastecendo os trabalhadores com alimentos de qualidade sem objetivar
o lucro, valorizando o produtor familiar do campo e ampliando o acesso ao trabalhador da
cidade. Objetivos O primeiro objetivo do projeto foi apoiar o Coletivo de Consumo Rural Urbano
(CCRU) que atua na periferia de Diadema. Através de uma abordagem multidisciplinar, ajudamos
a gestão da sua autogestão, procurando levar ferramentas adequadas à organização. O segundo
objetivo era propiciar um ambiente para fazer emergir na UFABC um grupo de consumo
semelhante ao CCRU que fosse composto por alunos, professores, técnico-administrativos,
trabalhadores terceirizados e comunidade externa. Metodologia Realizamos uma troca contínua
de saberes (através de reuniões quinzenais, visitas técnicas, cursos de formação) entre os
participantes do projeto de extensão da UFABC e os membros do CCRU para fortalecer o grupo
em Diadema. Após uma primeira rodada de contato de todos com os temas, e com as realidades,
suscitou-se, através de uma assembleia aberta e ampla, a criação de outro grupo à semelhança
do CCRU na UFABC. Nessa primeira etapa fortaleceu-se a estrutura dos coletivos, garantindo
instrumentos para a gestão democrática: bsucnado a transparência nas contas, a decisão das
regras de convívio, a apropriação das técnicas de comunicação e a sistematização dos problemas
e soluções logísticas. Resultados Parciais Todos os resultados esperados foram alcançados. Os
bolsistas foram a campo conhecer o CCRU e ajudaram a aperfeiçoar a comunicação, o financeiro
e a logística do grupo. O resultado final foi a ampliação dos consumidores ativos pertencentes à
comunidade de Diadema. (http://coletivocruabc.blogspot.com.br/) Na UFABC realizou-se uma
feira agroecológica com produtores, quilombolas, indígenas, agricultores familiares e do MST,
parceiros dos coletivos. Além disso realizamos um dia com debates sobre Economia Solidária,
Agroecologia e Consumo Sustentável para produtores, bolsistas e membros do CCRU. Criou-se
também o Coletivo de Consumo Rural Urbano Solidariedade Orgânica, que conseguiu fazer duas
rodadas de distribuição de alimentos na UFABC ainda em 2014, de forma autogerida
(http://ccrusolo.wix.com/coletivocrusolo). Conclusão A distribuição de alimentos agroecológicos
através de coletivos autogeridos é uma forma para dar vazão à necessidade dos trabalhadores
con sumirem alimentos de qualidade. O potencial dessas redes, ao eliminarem os intermediários
e a necessidade da acumulação de capital, é todo o mercado consumidor da região em que
atuam. As universidades e o seu agrupamento social, por subsidiarem os grupos com suas grandes
estruturas e por concentrarem um mercado consumidor grande e consciente, são locais
catalisadores das iniciativas.
Palavras chave: autogestão/ agroecologia/ redes/ preço justo
MMA - 015
Atividades de campo com alunos da APAE do município de Ilha Solteira/SP:
Conscientização para conservação dos recursos naturais.
Marcos Chiquitelli Neto; Jumma Miranda Araújo Chagas; Mariele Cândido Lopes.
Instituição: Unesp - Ilha Solteira
E-mail de contato: [email protected]
Levar a Educação Ambiental para todas as crianças é o grande desafio da sociedade moderna,
desta forma, o objetivo desse trabalho foi desenvolver atividades com o foco na conscientização
de cuidados e valorização ao meio ambiente em alunos com deficiência da Associação de Pais e
Amigos dos Excepcionais - APAE, Ilha Solteira/SP. O trabalho foi realizado em novembro de 2014
na Praia Marina, Iha Solteira/SP, por alunos participantes do projeto de extensão Caça-Vento,
Vida-Sub & Bicho do Mato (UNESP, Ilha Solteira), tendo como público alvo os alunos da APAE
deste município. Utilizando métodos visuais, táteis, locomotores e sonoros procuramos mostrar
ao aluno que ele é parte constituinte do meio ambiente, e que seus hábitos influenciam
diretamente no equilíbrio da natureza, para isto, abordamos os seguintes temas: Coleta de lixo:
foi realizado um pente fino no local, demostrando o resultado negativo do uso deste ecossistema
pela população local; Pesca legal e Pesca consciente: abordando a importância de respeitar o
período de defeso dos peixes com ênfase no tamanho mínimo de coleta e as espécies que podem
ou não ser coletadas neste período; Sons da natureza: os alunos identificaram os sons de alguns
animais da região; Percepção sensorial: estimular os sentidos por meio do tato e olfato com
plantas; Plantio de mudas: importância em preservar a flora; e Trilha ecológica: trilha com
contato direto com a natureza. Foram utilizados materiais que envolvem e explicam meios de
preservação e cuidados com o meio ambiente, tais como: imagens, sons, pôsteres, equipamentos
de pesca, mudas de diferentes espécies e alimentos com textura, cheiro e gosto característico. As
atividades foram realizadas com acompanhamento de profissionais da APAE auxiliando a
adaptação das necessidades especiais dos alunos, de forma a observar a evolução e dificuldades
de cada indivíduo em cada módulo. Houve intensa troca de informação entre os monitores e os
alunos visitantes e essa troca proporcionou não só a disponibilização de informações para o
público alvo, como também promoveu o aprendizado social para os monitores do projeto. A
reação positiva percebida nos alunos, bem como, uma abordagem posterior com os professores
da APAE, demonstrou que as ações promoveram a discussão sobre o tema nos dias subsequentes
à realização do evento, confirmando que o contato direto com o meio ambiente, proporciona
maior aproximação dos alunos com o meio natural e com os próprios colegas, contribuindo assim
com o desenvolvimento afetivo, emocional e ambiental dos mesmos, permitindo a efetivação de
um processo educativo dinâmico.
Palavras chave: Educação especial/ deficiente/ natureza
MMA - 016
Reciclagem orgânica e compostagem na UFABC
Otto Muller Patrão de Oliveira; Amanda Porto do Nascimento; Bárbara Molina Mourad; Gledson
de Sousa Camargo; Ivaldo Pessoa de Araújo; Michelle Sato Frigo.
Instituição: Universidade Federal do ABC
E-mail de contato: [email protected]
Conscientes da demanda por ações no eixo da sustentabilidade, que visem o bem estar da
comunidade acadêmica e sociedade civil do entorno dos campi da UFABC, propusemos a
implementação de um projeto piloto, com duração de dez meses durante o ano de 2014, para a
instalação de um sistema para a reciclagem dos compostos orgânicos produzidos nos
restaurantes universitários da UFABC. Para tal, foram instalados seis kits de vermecompostagem
destinados a reciclar as sobras do preparo de alimentos produzidos no restaurante universitário
do campus de São Bernardo do Campo. O projeto teve como principal objetivo a transformação
destes resíduos orgânicos em um adubo natural a ser utilizado em jardinagem dentro da própria
universidade e do seu entorno, contribuindo para a diminuição da quantidade de resídios
orgânicos coletados pelas empresas responsáveis pela disposição de resíduos sólidos. As
metodologias utilizadas para a compostagem dos restos orgânicos foram: 1) a
vermicompostagem, um processo de reciclagem de nutrientes onde ao final de cada ciclo,
resíduos orgânicos como restos de alimentos, serragem, aparas de grama e folhas são
transformados em adubo sólido e líquido, com o auxílio de minhocas; e 2) a compostagem
microbiológica, na qual os resíduos sofrem somente a ação dos microorganismos responsáveis
pela decomposição, sem auxílio das minhocas. Durante ambos os processos, diversos elementos
orgânicos se decompõem juntos, formando um composto extremamente rico em nutrientes,
ideal para a utilização como fertilizante em hortas e jardins. O correto manuseio das
composteiras permite que durante todo o ciclo não haja mau cheiro ou que sejam atraídos
animais indesejáveis. Durante a vigência de projeto foi possível completar apenas um ciclo de
compostagem nas vermicomposteiras, tendo parte do substrato passado por processo anterior de
compostagem microbiológica. Este ciclo demorou aproximadamente quatro meses e resultou em
aproximadamente 100 litros de adubo líquido e cerca de 120Kg adubo sólido. Adicionalmente
foi realizada uma estimativa do total de matéria orgânica produzida pelos restaurantes da
UFABC, a fim de embasar o processo de adoção de um sistema que cubra 100% da demanda. A
ação entra em uma segunda etapa em 2015, vinculado a um projeto vigente que visa levar a
agroecologia até o ambiente das escolas públicas da região.
Palavras chave: Reciclagem/ Sustentabilidade/ Vermecompostagem
MMA - 017
Aproveitamento de resíduos na agricultura: uso do lodo de esgoto na cultura do
algodoeiro.
Rafael Ervolino da Silva; Adauto Brasilino Rocha Junior.
Instituição: UNESP- Ilha Solteira
E-mail de contato: [email protected]
O aproveitamento de resíduos têm sido evidenciado como um fator determinante para a
sustentabilidade das atividades produtivas. A agricultura, especificamente, é uma atividade de
grande potencial para a aplicação de resíduos, pois permite a constante inovação tecnológica,
através da recuperação de nutrientes resultantes de atividades urbanas e industriais, para a
produção de alimentos e matérias primas para diversos segmentos da indústria. O presente
trabalho teve por objetivo verificar os efeitos da aplicação de doses de nitrogênio com duas
diferentes fontes (Lodo de esgoto e Ureia) na cultura do algodoeiro em condições de campo. O
trabalho foi desenvolvido no ano agrícola de 2012/13 na área experimental da Fazenda de
Ensino, Pesquisa e Extensão da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, FEIS/UNESP,
localizada no município de Selvíria-MS. O lodo de esgoto foi obtido na empresa SANEAR -
saneamento de Araçatuba/SA - localizado no município de Araçatuba-SP. Para realização da
pesquisa foi empregado o delineamento experimental em esquema fatorial, com 6 doses de
Nitrogênio: 0,0; 30,0; 50,0; 70,0, 90,0 e 150,0 kg ha-1; em duas fontes: Ureia e Lodo de esgoto.
Cada parcela experimental foi composta por quatro linhas de cultivo, com cinco metros de
comprimento, espaçadas 0,9 m, sendo a área útil constituída pelas duas linhas centrais da
parcela. As características agronômicas foram avaliadas em dez plantas escolhidas ao acaso em
cada parcela e marcadas para as avaliações, sendo as características: altura de plantas, diâmetro
do caule, número de ramos, produtividade de algodão em caroço, massa de 20 capulhos e massa
da pluma. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância através do teste F ao nível
de significância de 5%. Verificou-se ao fim do ensaio que com o aumento das doses, houve o
aumento do diâmetro do caule do algodoeiro, sendo que o lodo demonstrou as melhores médias
em comparação com a uréia.
Palavras chave: Sustentabilidade/Resíduos/Adubação/Lodo de esgoto
SAU – 001
A esterilização cirúrgica como ferramenta no controle reprodutivo em caninos
fêmeas e a incidência de erliquiose e leptospirose.
Amanda Raffaelli Tartarelli; Julia Trinca; Paulo Antonio Tosta; Beatrice Ingrid Macente; Leonardo
Martins Leal; Gilson Hélio Toniollo; Jeffrey Frederico Lui.
Instituição: UNESP de Jaboticabal SP
E-mail de contato: [email protected]
Em quase todos os países está crescendo, a cada ano, a população canina e felina, causando
inúmeros transtornos principalmente na área de saúde. No Brasil, animais errantes proliferam
principalmente em áreas de alta concentração populacional de baixa renda e representam riscos
de mordeduras, arranhaduras, transmissão de zoonoses, atropelamentos e, conseqüentemente,
prejuízos para a saúde pública. No Município de Jaboticabal, com apoio da PROEX/UNESP e
financiamento pela APA (Associação Protetora dos Animais) o presente trabalho teve como
objetivo o controle populacional de caninos, principalmente fêmeas, de proprietários de baixa
renda. Em local adequado, no Campus da UNESP de Jaboticabal SP, utilizou-se a esterilização
cirúrgica com emprego da técnica de ovariohisterectomia e colheita de sangue para pesquisa
sorológica para se conhecer a incidência de erliquiose e leptospirose canina. A erliquiose ocorre
pela transmissão de carrapatos contaminados entre cães e pode causar até a morte destes, se não
tratada. Já a leptospirose, doença zoonótica, é transmitida pela urina de ratos contaminados e
traz riscos à saúde humana. Para as esterilizações cirúrgicas das fêmeas caninas, estas eram
previamente examinadas e posteriormente submetidas ao tratamento pré-cirúrgico com
relaxantes musculares e analgésicos e, em seguida, a anestesia geral. Após o procedimento
cirúrgico os animais receberam antibiótico de longa duração, vermífugos, analgésicos e
recomendações pós-operatórias. Em 2014 foram esterilizadas 802 cadelas, as quais
representaram 40% do total de animais esterilizados (2.029) das espécies canina e felina de
ambos os sexos (1.227). Para a pesquisa de erlichiose e leptospirose foi colhido material
biológico de 110 cadelas (14%). Destas, 32 foram positivas para a erlichiose e sete para a
leptospirose. Isso representou 29% de animais com erlichiose e 6,4% com leptospirose. Os
resultados apontam que entre essas duas doenças, a erliquiose é mais frequente, cerca de cinco
vezes mais que a leptospirose, mas, em compensação, esta última é mais perigosa para a saúde
pública, uma vez que se deve a transmissão por bactérias do gênero Leptospira, amplamente
distribuída no mundo todo, e que acomete animais de várias espécies e seres humanos com
sintomas de mal estar, febre de início súbito, cefaléia, dores musculares e, em casos graves,
alterações hepáticas, renais, vasculares e morte. Este trabalho de extensão tem sido contínuo e
tem contribuído com o controle populacional de caninos e felinos em Jaboticabal atendendo
principalmente a população de baixa renda, a qual não tem acesso à assistência veterinária. Os
resultados encontrados mostraram que a erlichiose tem incidência muito alta constituindo-se
atualmente na doença de maior prevalência para a espécie canina, necessitando assim de
medidas preventivas, principalmente no controle do vetor. Já a leptospirose, apesar de uma
incidência mais baixa, é preocupante uma vez que é uma zoonose e pode ser fatal aos
acometidos.
Palavras chave: Castração canina / leptospira / erlichia / controle populacional
SAU – 002
UNIVERSIDADE ABERTA À TERCEIRA IDADE: PROMOVENDO SAÚDE E BEMESTAR À COMUNIDADE IDOSA
Ana Elisa Bressan Smith Lourenzani; Eduardo Festozo Vicente; Carla Regina Baptista Castelan;
Carolina Regazzo.
Instituição: Universidade EStadual Paulista - UNESP
E-mail de contato: [email protected]
O Brasil tem passado por um processo de mudança na estrutura etária da população, devido à
redução na taxa de natalidade e aumento da expectativa de vida. Tais mudanças representam
oportunidades e desafios. Por um lado, há oportunidades para empresas privadas que ofereçam
produtos e serviços para este mercado. Por outro lado, há desafios relacionados à saúde e bemestar do idoso que devem ser enfrentados tanto pelas organizações da esfera pública, como
pelos agentes do poder público e universidades; na esfera privada, por exemplo, estes temas são
abordados nos programas de responsabilidade socioambiental das empresas. O bem-estar na
terceira idade diz respeito a questões relacionadas com a saúde física, mental e social, os quais
devem ser abordados de forma interdisciplinar. Sob essa abordagem ampla e sistêmica, observase que há fatores endógenos e exógenos que contribuem para a perda de bem-estar na terceira
idade. Dentre eles, o isolamento social é tido como um dos problemas mais graves desta faixa
etária. Nesse sentido, a extensão universitária tem um papel relevante, uma vez que pode
contribuir diretamente em diferentes esferas para a promoção da saúde e do bem-estar na
terceira idade. Este é o campo de ação da Universidade Aberta à Terceira Idade (UNATI) da
UNESP de Tupã. Por meio da oferta de módulos diversos, o projeto tem como objetivo promover
a saúde mental, física e social das pessoas na terceira idade. Assim, criou-se atividades que
estimulam as propriedades cognitivas e mentais como a leitura, o aprendizado e a capacidade de
entendimento de diferentes temas que envolvem as ações do dia-a-dia dessa comunidade;
estimular a saúde física e capacidade motora por meio de atividade física, dobraduras,
artesanato e promoção de culinária saudável; promover a saúde social por meio das atividades
realizadas em grupo e em momentos de lazer. A UNATI do Campus de Tupã foi criada em 2010 e,
desde então, tem atendido em média um público de 55 idosos por semestre. A composição dos
módulos ofertados varia a cada ano. No ano de 2014, foram oferecidas as atividades de cantocoral, dança, informática, artesanato, culinária saudável, ações para o desenvolvimento
sustentável (como visita a usinas de reciclagem, artesanato com sucata e compostagem caseira),
cine-pipoca, aulas de inglês e espanhol, saraus, além de palestras sobre temas diversos, como
direito do idoso, economia doméstica, educação para o trânsito, cuidados com uso de
medicamentos, prevenção de acidentes, entre outros. Os módulos são oferecidos por voluntários
discentes, servidores da UNESP e da comunidade externa. A organização e operacionalização
das atividades contam com o apoio de dois bolsistas financiados pela PROPe/UNESP. Os
resultados do projeto são muito satisfatórios. Os idosos apontam que têm mais motivação para
lidar com a rotina diária, e se dizem felizes por conviver com jovens e apreender coisas novas.
Observou-se também que eles sentem orgulho de fazer parte da vida da universidade. Assim, o
projeto cumpre o seu principal objetivo, que é a promoção da extensão universitária na UNESP
pela interação com diferentes grupos sociais, de forma a contribuir diretamente com seu
desenvolvimento.
Palavras chave: Terceira idade/ bem estar/ UNATI
SAU – 003
Serviço de atendimento periodontal para pacientes portadores de Diabetes
Mellitus
Andréa Carvalho de Marco; Camila Lopes Ferreira; Daniela Vicensotto Bernardo; Nídia Castro
dos Santos; Leandro Flores Nogueira; Mauro Pdrine Santamaria; Warley David Kerbauy; Maria
Aparecida Neves Jardini.
Instituição: ICT - UNESP - São José dos Campos
E-mail de contato: [email protected]
A doença periodontal é uma doença inflamatória crônica, na qual um biofilme bacteriano
patogênico se desenvolve sobre a superfície da raiz do dente em um paciente suscetível. Se não
tratada, pode levar à reabsorção óssea alveolar, infecção e perda dental. Tem sido sugerido que a
doença periodontal pode também ter um impacto sobre a saúde sistêmica através da
disseminação de espécies bacterianas, fatores de resposta do hospedeiro, ou alguma
combinação da mesma. As bolsas profundas que frequentemente estão presentes em pacientes
não tratados com doença periodontal oferecem um ambiente favorável para a proliferação de
placa bacteriana patogênica e facilitam a entrada de bactérias e produtos bacterianos para a
corrente sanguínea. Diversos estudos epidemiológicos demonstraram uma relação bidirecional
entre doença periodontal e diabetes. A periodontite também pode ser associada com um risco
aumentado para outras complicações diabéticas. Por exemplo, 82% dos pacientes diabéticos
com periodontite avançada tiveram o início de um ou mais eventos do tipo: cardiovascular,
cerebrovascular ou vascular periférico; comparado com 21% de indivíduos diabéticos sem
doença periodontal. Este projeto teve início em 2013 e está em andamento. O objetivo de dar
continuidade a este projeto, é que a procura por tratamento odontológico de pacientes com
Diabetes é grande e muitas vezes eles não conseguem atendimento devido a esta condição
sistêmica que limita muitos procedimentos. No caso do projeto, professores e alunos estão mais
preparados para lidar com esta condição, além de um suporte médico. Frente às conquistas
alcançadas; como o atendimento aos pacientes e a realização de um "folder" para orientação dos
mesmos, nos anos anteriores; para a próxima etapa, pretende-se além do serviço de atendimento
aos pacientes, atuar junto aos cirurgiões-dentistas da rede pública para que possa haver maior
atuação dos mesmos em termos de prevenção e promoção de saúde bucal para os pacientes
diabéticos. Serão recrutados os pacientes portadores de Diabetes, que procuram atendimento
nas clínicas ambulatorias do ICT - UNESP, SJC, para tratamento odontológico convencional.
Pacientes encaminhados de UBS(s) também serão atendidos. Estes receberão um atendimento
diferenciado, com foco no exame clínico periodontal detalhado e avaliação da sua condição
sistêmica. Eles receberão além de informações e orientações importantes sobre a influência do
diabetes no tecido gengival, tratamento específico quando for o caso. Após esta primeira fase
terão acompanhamento períodico conforme a necessidade de cada caso. Também serão
realizadas palestras para os cirurgiões-dentistas da rede pública sobre o assunto. Espera-se com
este programa, diminuição e controle da doença periodontal, melhorando a qualidade de vida
do indivíduo e fornecendo conhecimento para que ele reconheça os sinais iniciais da doença e
possa atuar preventivamente. Espera-se também conseguir resultados em termos de prevenção
nas atuações em parceria com a rede pública para que a doença periodontal seja reconhecida
como importante complicação da diabetes. E que consequentemente essa conscientização venha
a abranger profissionais e os próprios pacientes.
Palavras chave: Doença Periodontal / Diabetes Mellitus / Hábitos saudáveis de vida
SAU – 004
A COORDENAÇÃO MOTORA DE MEMBROS INFERIORES DE HEMIPARÉTICOS
CRÔNICOS MELHORA COM FISIOTERAPIA EM GRUPO?
Andressa Sampaio Pereira; Lucia Martins Barbatto; Tania Cristina Rofi; Fabiana Araujo Silva; Ana
Beatriz Segatto Pignatti; Simone Roberta Feltrin Scarin; Alline Sayuri Tacaki Alves; Troy Smaili;
Isabela Bortolin Frasson; Amanda Andrino; Augusto Cesinando de Carvalho.
Instituição: UNESP- FCT
E-mail de contato: [email protected]
Introdução: a sequela mais evidente após um acidente vascular encefálico (AVE) é a hemiparesia,
caracterizada por deficiência motora, espasticidade e fraqueza muscular no hemicorpo
contralateral à lesão podem ser acompanhados por dificuldades no ajuste postural, déficits de
movimento, seletividade de movimentos e coordenação motora. Os indivíduos que sofreram
AVE, comumente ficam predispostos a uma vida sedentária. Isso aponta a necessidade da
participação de atividade física para evitar as consequências da inatividade. Evidências na
literatura indicam a recuperação substancial na função motora dos membros inferiores nos
primeiros 3 meses pós-AVE seguido por melhorias significativamente menores depois deste
período, porém os ensaios experimentais indicam mudanças substanciais na marcha dos
pacientes crônicos quando há intervenções fisioterapêuticas. Pacientes hemiparéticos, quando
atingem a fase crônica, apresentam uma desaceleração da recuperação motora, motivo pelo
qual muitas vezes recebem alta dos serviços de reabilitação. Considerando a cronicidade da
hemiplegia e a necessidade de amenizar o sedentarismo de hemiplégicos crônicos foi criado um
projeto de fisioterapia em grupo denominado de Projeto Hemiplegia em julho de 2000 no
Centro de Estudos e de Atendimentos em Fisioterapia e Reabilitação da UNESP, campus de
Presidente Prudente - SP. A conduta fisioterapêutica acontece através de exercícios ativos, ativos
assistidos, alongamentos musculares, relaxamentos, exercícios lúdicos e exercícios que
mimetizam as AVDs. A terapia acontece semanalmente em um ambiente de muita descontração
em média 20 pacientes se sentem mais incentivados para realizar tarefas motoras. Objetivo:
avaliar a coordenação motora funcional de hemiparéticos crônicos pós-AVE em tratamento
fisioterapêutico em grupo. Metodologia: Aplicamos a avaliação da coordenação motora dos
membros inferiores utilizando o instrumento Lower Extremity Motor Coordination Test
(LEMOCOT): o indivíduo senta numa cadeira, em frente a uma plataforma de madeira com dois
alvos de 6 cm de diâmetro, um proximal e outro distal, separados 30 centímetros. O hálux deve
tocar os alvos alternadamente durante 20 segundos, o mais rápido e acurado possível. O número
de toques nos alvo constitui o valor dos acertos. O teste foi executado em membros inferiores.
Os pacientes foram avaliados pelo instrumento em uma avaliação inicial (AV1) e uma avaliação
final (AV2) após dozes meses de fisioterapia em grupo. Resultados: A análise demonstrou
diferença significante (p<0,05) entre os membros inferiores (parético e não parético). Não foi
observada diferença significante entre a AV1 e AV2 tanto do lado parético como no lado não
parético. Conclusão: Os pacientes apresentam diferença na coordenação motora entre os
membros paréticos e não paréticos. Após a intervenção de 12 meses não foi observada melhoras
na coordenação motora de ambos os membros. A terapia utilizada não melhorou a coordenação,
porém inferimos que os pacientes tiveram a oportunidade de exercitar-se e adaptarem suas
limitações evitando a progressão das suas incapacidades e sedentarismo.
Palavras chave: Hemiparesia/ Coordenação Motora/ Fisioterapia em grupo
SAU – 005
Relato de estudantes de farmácia em ação extensionista
Barbarah Helena Nabarretti; José Eduardo da Fonseca; Thaís Fernanda Alves; Sabrina Figueiredo.
Instituição: Universidade Metodista de Piracicaba
E-mail de contato: [email protected]
Entre 04 e 12 de Julho de 2014 desenvolveu-se o projeto de extensão "Unimep na Comunidade"
realizado no município de Brasilândia - MS, com participação de 46 alunos e 2 professores, num
total de 80 horas de ações extensionistas. O projeto contou com a participação de alunos de
variados cursos de graduação, como pedagogia, fisioterapia, psicologia, direito, odontologia,
nutrição e farmácia. Em geral, foram trabalhados temas sobre educação, cultura, direitos
humanos e saúde. Com foco na área da saúde, como parte das atividades desenvolvidas junto à
população, realizou-se a 'Feira da Saúde', evento que envolveu atividades voltadas para aferição
de pressão arterial e glicemia capilar. Dentre os conhecimentos adquiridos em sala de aula,
principalmente, está a atenção farmacêutica, com o intuito de elevar o saber do indivíduo sobre
seu próprio tratamento medicamentoso e a humanização do atendimento à população. Por
consequência, o objetivo dessa atividade era promover orientação farmacêutica quanto à
prevenção destas doenças e promoção de saúde, já que a pressão arterial e o aumento glicêmico
se faz presente em nosso cotidiano de forma progressiva e elevada, trazendo grandes malefícios
para a qualidade de vida. Para a realização desses exames utilizamos o esfigmomanômetro para a
aferição de pressão e o glicosímetro para a medição glicêmica, onde verificávamos através dos
valores obtidos de cada pessoa com base na literatura o agravo, diminuição ou normalidade dos
valores obtidos, sensibilizando a população dos problemas que essas doenças poderiam
ocasionar, explicando quais os cuidados a serem tomados para a prevenção dessas doenças. No
decorrer dessa atividade, pôde-se verificar na prática que a população atendida não possui
informações suficientes sobre suas condições clínicas, de modo que o tratamento raramente é
realizado de forma racional. Desta maneira, a extensão universitária é o primeiro momento em
que o estudante de farmácia pode expor sua capacidade de utilizar os conteúdos técnicos
aprendidos em aula de modo simples para a população, e é o retorno desta que mostra ao futuro
farmacêutico as ações que devem melhor ser desenvolvidas. Diante disso, percebemos que os
conhecimentos adquiridos em sala de aula, a vivência na prática destes saberes e a ação de
reflexão desta prática, contribuem para a formação de um profissional mais crítico e
comprometido com a transformação social.
Palavras chave: Extensão Universitária/ Promoção da Saúde/ Educação em Saúde
SAU – 006
Promoção e Educação em Saúde Bucal - importância na formação do Cirurgião
Dentista
Bruno Mendes Aguiar; Paulo Cezar Pereira Perin.
Instituição: Universidade Metodista de Piracicaba
E-mail de contato: [email protected]
As abordagens tradicionais em lidar com o processo saúde-doença com paradigma curativista,
historicamente têm demonstrado suas limitações, reflexo de um contexto dominado pelo
pressuposto filosófico-teórico da doença e da morte com o privilegiamento do mercado em sua
simbiose com o modelo biomédico. As autoridades brasileiras no campo da saúde pública têm
merecido o mérito de colocar o País como referência mundial na distribuição de medicamento
para algumas patologias. Mas falham, no entanto nas práticas públicas de promoção de saúde e
aplicações de campanhas claras e frequentes de prevenção das doenças. É na informação que
estão os mais eficazes medicamentos e métodos para a prevenção das doenças e não nos
hospitais e nas farmácias. A promoção da saúde tem sido defendida como um movimento para
mudanças sociais e políticas e em sua definição ampla deve englobar a educação em saúde,
mudança de políticas públicas com enfoque ambientalista e ação comunitária. Refletindo na
necessidade de revisão do conceito clássico e abstrato da (OMS) sobre o que é saúde, para além
de 'um estado de bem estar físico, mental e social completo'. Fica claro que há uma relação de
ganhos no estado de saúde com mudanças políticas, sociais e econômicas. Mas além da atuação
na doença e mudanças no estilo de vida, são necessárias boas práticas de administração pública
com organização social e estruturas definidas por políticas de saúde, para criar ambientes físicos,
sociais e econômicos adequados à saúde e compatíveis com o desenvolvimento sustentável,
responsabilidade de todos os governos com o envolvimento da comunidade e da sociedade civil.
A mudança deste modelo se faz necessária e se concretiza através de um ensino e aprendizagem
mais representativo reconhecendo a realidade da sociedade onde o futuro profissional atuará.
Portanto o projeto de extensão desenvolvido de modo interdisciplinar junto à população local
em Brasilândia/MS, com a participação de 35 estudantes de todas as faculdades da UNIMEP e
com um grupo de 06 acadêmicos do Curso de Odontologia, proporcionou a experiência
necessária para o reconhecimento da realidade que se encontra grande parte da população
brasileira. Em Brasilândia foi realizado trabalho de educação em saúde bucal com foco em
gestantes, informando vários aspectos relacionados à sua saúde geral e bucal e da futura criança,
assim como esclarecemos todas as dúvidas que as mesmas tinham. Com crianças e adolescentes
em idades de 04 a 18 anos, utilizou-se de materiais lúdicos para a informação de saúde geral e
bucal e a prática de higiene bucal foi realizada em escovódromo com orientação supervisionada,
aplicando pastilhas evidenciadoras de placa bacteriana. O trabalho realizado faz parte das
práticas da melhoria da Saúde Bucal que deveriam estar inseridas nos programas de promoção
de saúde, e assim reduziria o impacto negativo que as doenças bucais têm na vida da população.
Portanto o ensino da promoção e educação em saúde bucal na formação do cirurgião dentista
ainda na academia é de extrema importância para a formação de um profissional com
consciência da sua responsabilidade no processo de transformação da sociedade que estará
atuando.
Palavras chave: Promoção/Educação/Saúde Bucal
SAU – 007
SIMULAÇÃO DE PRIMEIROS SOCORROS NA COMUNIDADE: UMA EXPERIÊNCIA
EXTENSIONISTA
Caio Guilherme Silva Bias; Genesis de Souza Barbosa; Máximo Lucas da Costa Silva; Lorene
Soares Agostinho; Viviane Rodrigues dos Santos.
Instituição: Universidade Federal do Rio de Janeiro
E-mail de contato: [email protected]
Contextualizando a ação: qualificar pessoas leigas para o reconhecimento de situações de
emergência e intervenção para o socorro é uma ação que os empodera a buscar atenção ao
agravo de modo ágil, condição de extrema relevância no sucesso nas ações de socorro, pois ao
prestar um atendimento adequado, o socorrista desempenha um papel importante no
desenvolvimento social, uma vez que o sucesso no atendimento gera impacto direto na condição
de sobrevida da vítima, aumentando a quantidade de anos vividos e refletindo na sua qualidade
de vida. Nesse sentido, o saber fazer pode tornar a diferença entre a vida e morte frente a uma
ação de socorro desqualificado ou mal sucedida. Tem-se, ainda, que o treino para a intervenção
de socorro se mostra mais eficaz quando há correlação prática dos conteúdos abordados. Assim,
buscou-se junto à comunidade no município de Macaé-RJ desenvolver simulação de situações de
urgência e emergência clínica e traumática a fim de dialogar com a comunidade sobre a
importância de prevenir tais agravos e de capacitá-los para a intervenção correta no socorro, seja
atuando com pequenas ações ou acionando a cadeia de socorro local. Objetivo: realizar
divulgação de conhecimentos sobre estratégias de prevenção de acidentes, intervenções frente
aos acidentes domésticos e de lazer promovendo, por meio da simulação, a capacitação para
primeiros socorros na comunidade. Metodologia: as atividades ocorreram com dois grupos
amostrais, o Grupo 1 tratava-se da população leiga adulta e o Grupo 2, estudantes de
enfermagem de uma universidade pública do interior do Rio de Janeiro, que ainda não haviam
tido contato com a temática. As simulações ocorreram durante as atividades da Semana Nacional
de Ciência e Tecnologia (Grupo 1, n=102) e como pré-curso no 5º Encontro de Enfermagem de
Macaé e Região (Grupo 2, n=18). Foram desenvolvidas, respectivamente, em outubro e
novembro de 2014 e seguiram a abordagem dialógica e interativa nas discussões. A simulação
em questão foi a de uma situação de parada cardiorrespiratória e os participantes eram
indagados sobre como reconhecer a situação de urgência, como intervir de modo correto e
como acionar o socorro local. Após o diálogo informativo, os sujeitos eram convidados a
participar de uma simulação da situação descrita, aplicando manobras de ressuscitação
cardiopulmonar, baseadas no protocolo da American Heart Association®, versão de 2010,
sequência para leigos. Após a simulação os participantes dialogavam com os instrutores das
oficinas sobre a atuação, revisavam pontos importantes e corrigiam eventuais equívocos, logo
após avaliavam a experiência. Resultados: 120 pessoas participaram das ações sendo o Grupo 1:
n=102, adultos, sendo 71% do sexo masculino, e o Grupo 2: n= 18 estudantes de enfermagem,
distribuídas entre o primeiro e quarto períodos, sem contato prévio com a temática e
metodologia, 100% do sexo feminino. A simulação como estratégia de ensino-aprendizagem foi
considerada adequada por 100% dos participantes e a satisfação com a participação foi relatada
por 95% dos sujeitos. Conclusão: a simulação como estratégia de ensino-aprendizagem na
capacitação para intervenções em socorro de urgência se mostrou uma ferramenta eficaz para a
correlação dos conteúdos.
Palavras chave: Simulação de paciente/ Socorro de urgência/ Educação em saúde/ Enfermagem/
Promoção da saúde
SAU – 008
A importância da motivação e orientação de práticas de higiene bucal na infância
e adolescência
Camilla Aparecida Santos e Silva; Maurício Bergamaschi.
Instituição: Universidade Metodista de Piracicaba
E-mail de contato: [email protected]
O estabelecimento de hábitos e práticas saudáveis tem influência direta e fundamental na
qualidade de vida do indivíduo em desenvolvimento e futuramente no adulto, e isto é obrigação
dentro do núcleo familiar desde os primeiros anos de vida, mas sujeito a influências positivas ou
não. Como parte integrante deste contexto, a higienização bucal tem grande importância na
prevenção da doença cárie e doenças periodontais, onde a instituição de atitudes, valores e
comportamentos em relação à saúde, iniciados na infância através da família, levará a uma
possível concretização na adolescência. Ao mesmo tempo que se observa nestes períodos um
aumento do risco das doenças bucais, especificamente na adolescência a higienização bucal
tende a tornar-se elemento constituinte da higiene pessoal e da busca pela boa aparência física
(razões cosméticas). Embora estas duas doenças mais prevalentes em Odontologia, sejam
preveníveis ou passíveis de controle mediante procedimentos relativamente simples, como a
escovação dentária, uso do fio dentário, o controle da frequência do consumo de açúcares, o uso
adequado do flúor, além de visitas periódicas ao Cirurgião-dentista, o objetivo de uma melhor
saúde bucal ainda não é alcançado em nível populacional. Uma das possíveis explicações é a
associação às condições sociais, econômicas, políticas e educacionais e não apenas a fatores
determinantes biológicos que interagem na etiologia dessas doenças. O Cirurgião-dentista,
como profissional da área, que além de um agente multiplicador de saúde é também educador e
formador de opinião, devendo desempenhar o papel de informar, orientar, esclarecer, prevenir o
desenvolvimento da doença cárie e doenças periodontais, bem como o ensino de técnicas
corretas de higienização bucal. A metodologia de informação foi diversificada, com conteúdo
audiovisual utilizado como material de apoio para a conscientização através de cartazes, folders,
atividades impressas e lúdicas. O ensino e/ou reforço das técnicas de higienização (uso de escova
dentária, fio dentário, dentifrício, flúor gel, pastilha evidenciadora de placa bacteriana) foi
realizado com o auxílio de macromodelos e com o uso de escovódromo em crianças e
adolescentes na faixa etária de 04 a 18 anos. O resultado foi observado através da supervisão
durante a escovação, o uso de fio dentário e evidenciação de placa bacteriana posteriormente,
sendo que os pré-adolescentes e adolescentes com idade superior a 10 anos demonstraram um
aprendizado significativo. Concluiu-se que as atividades executadas foram satisfatórias para
conscientização e ensino de prevenção de higienização bucal no grupo envolvido, com maior
êxito a partir dos 09 anos. A necessidade de manter essa atividade periodicamente se mostrou
fundamental para a população atendida no município de Brasilândia-MS.
Palavras chave: Orientação/Higiene Bucal/Infância e Adolescência
SAU – 009
O CUIDAR DO PACIENTE DIABÉTICO NA PERSPECTIVA INTERDISCIPLINAR.
Carmen Elisa Villalobos Tapia; Jaqueline Batista Pedrosa; Juliana Contrera.
Instituição: PUC-Campinas
E-mail de contato: [email protected]
A perspectiva interdisciplinar tem sido apontada como uma estratégia para minimizar a
fragmentação do cuidar. Observamos, durante nossa vivência profissional e no projeto de
extensão realizado no ambulatório de endocrinologia, que as experiências caracterizadas por
ações integradas no atendimento ao paciente diabético permitem uma melhor organização do
processo assistencial ao paciente com diabetes.
A educação em Diabetes Mellitus é parte
imprescindível do tratamento do paciente, associado ao controle metabólico adequado,
atividade física e dieta. O maior nível de conhecimento sobre a doença e suas complicações está
relacionado a uma melhora da qualidade de vida, com redução do número de crises de
hipoglicemia, menor número de internações hospitalares, melhor controle metabólico e maior
aceitação da doença. Para compreender a temática se faz necessário levantar, preliminarmente,
o conceito de interdisciplinaridade é um projeto de parceria, e não pode conceber na
atualidade um saber isolado, mas se faz necessário a sua integração, construindo um processo
coletivo. A contextualização do conhecimento é fundamental para se ter um ensino que tenha
uma incidência positiva na realidade científica e social, pois um conhecimento incapaz de
interagir com o 'todo' é um saber que direciona para a alienação que não leva em conta a pessoa
humana e a dimensão da cidadania. OBJETIVOS: Relatar a experiência das autoras na condução
de um grupo de portadores de diabetes na perspectiva interdisciplinar em um ambulatório de
endocrinologia de um hospital universitário. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de natureza
descritiva, do tipo relato de experiência, da vivência dos autores, no processo de articulação das
praticas de educação em saúde aos diabéticos em um ambulatório de endocrinologia de um
hospital universitário. RESULTADOS INICIAIS: As atividades desenvolvidas com o diabético estão
sendo realizadas de forma; Individual: (consulta de enfermagem) o contato é individualizado
com membros da equipe de saúde, onde o diabético expõe suas dúvidas e dificuldades que vem
encontrando durante o tratamento; em grupo: Seminários educativos: a educação em grupo
possibilita a troca de conhecimentos e experiências, reforçando e enriquecendo a instrução
básica, elevando o nível de autossuficiência do diabético na administração do próprio
tratamento. CONSIDERAÇÕES INICIAIS: As ações desenvolvidas pelos profissionais no
ambulatório visam à quebra da fragmentação de saberes, sistematizando a visão interdisciplinar
que pressupõe outras habilidades para garantir o cuidado integral ao individuo diabético,
devendo ser este construído coletivamente entre as várias áreas que atuam no ambulatório de
endocrinologia.Estamos na segunda fase do projeto e almejamos no final que o paciente
diabético, cuja doença crônica compromete de maneira peculiar a sua qualidade de vida, possa
minimizar o retardamento das complicações decorrentes da neuropatia e da vasculopatia, dos
problemas renais, cardíacos, entre outros. Que se conscientizem quanto à alimentação,
exercícios físicos, cuidados com o corpo, tendo como meta a estabilidade da glicemia induzindo
ao retardamento das complicações agudas e crônicas e assim usufruir de uma qualidade de vida
melhor.
Palavras chave:
interdisciplinar
Educação;educação/
saúde/enfermagem/diabetes/prática
de
saúde
SAU – 010
INTEGRALIDADE E PROMOÇÃO DA SAÚDE NA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA:
EXPERIÊNCIA COM GRUPOS DE TRABALHOS DE SEMINÁRIO INTERDISCIPLINAR
SOBRE PROMOÇÃO DA SAÚDE NO CAMPUS UFRJ-MACAÉ
Drielly Silva Furtado Gandra; Duanny de Sá Oliveira Pinto; Laura Regina Ribeiro; Michael Baldi
Maller Hermenegildo; Renata Borba de Amorim Oliveira; Tadeu Lessa Costa; Leila Brito Bergold.
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
E-mail de contato: [email protected]
Introdução: O 2º Seminário Interdisciplinar sobre Promoção da Saúde é promovido pelo
Programa Interdisciplinar de Promoção da Saúde (PIPS), desenvolvido no Campus UFRJ-Macaé,
congregando 10 projetos dos cursos de Nutrição e Enfermagem. Possui, alunos, também, de
Medicina e Farmácia, sendo financiado pelo PROEXT, de 2013 a 2016. Objetivo: relatar a
experiência desenvolvida com grupos de trabalho no 2º Seminário Interdisciplinar sobre
Promoção da Saúde. Metodologia: O seminário foi realizado em 11 de setembro de 2014,
abordando o tema: "Integralidade e Promoção da Saúde". Foram formados 4 Grupos de Trabalho
(GT), que relacionaram a integralidade com as ações extensionistas realizadas pelos projetos
vinculados ao PIPS nas seguintes etapas: divisão dos participantes em subgrupos, esclarecimento
sobre a dinâmica, leitura de artigo, debate e síntese. Houve, na sequência, conferência com
pesquisador de saber reconhecido acerca da temática da integralidade em saúde. Ao final, as
sínteses foram levadas para a plenária, com aproximadamente 60 participantes, sendo debatidas
em conjunto com o pesquisador convidado. Resultados: Foi apontada a imprescindibilidade das
relações interpessoais na construção da integralidade e a importância do reconhecimento de si
no outro. Pontuou-se que a integralidade em saúde deve contemplar acolhimento, o
entendimento do indivíduo em sua totalidade, o reconhecimento de sua identidade e a
solidariedade, bem como possibilitar projetos de felicidade e não somente de saúde. Destacouse a importância da escuta, o somatório de saberes e experiências para se construir o novo e o
entendimento de que os conflitos surgidos nas relações tornam-se experiências de aprendizado e
reflexão. Para ocorrer a integralidade apontou-se como necessária a desconstrução da hierarquia
profissional e repensar ações de gestão e novas formas de organizar os serviços de saúde. Foi
destacado o potencial da vivência na prática para o despertar da integralidade, apontando a
função social da universidade e da extensão sobre a formação de profissionais mais
comprometidos socialmente, especialmente, quanto à realidade encontrada nos serviços de
saúde e educação. Pontuou-se, também, ser necessário a desmistificação do conhecimento
técnico, e a importância da abordagem além desde, entre profissionais e população e ampliar a
visão sobre necessidades em saúde através do diálogo e contextualização do sujeito. Além disso,
apontou-se que a diferença das expectativas entre usuários-estudante-profissional dificulta a
construção da integralidade. Conclusões: Compreende-se que a estratégia utilizada para a
construção coletiva de saberes sobre a integralidade na promoção da saúde foi profícua, pois
houve intensa troca de experiências nos subgrupos e na plenária. Pensa-se que isto contribuiu
para o enriquecimento dos conceitos e ampliou a compreensão sobre o tema, já que as
discussões promoveram a percepção sobre como os projetos abordavam a integralidade em suas
ações, tendo em vista o aprendizado de novas possibilidades de atuação, incorporação de novas
ideias e a interdisciplinaridade.
Palavras chave: promoção da saúde / integralidade / interdisciplinaridade
SAU – 011
OFICINAS DE PREPARAÇÃO PARA UM ENVELHECIMENTO ATIVO
Eulalia Maria Aparecida Escobar; Daniela Favero; Tayrine de Souza Duarte Santos; Jessica
Felizardo Rego.
Instituição: Pontificia Universidade Católica de Campinas
E-mail de contato: [email protected]
Este é o relato da experiência de alunos de graduação de enfermagem da Pontifícia
Universidade Católica de Campinas, bolsistas de extensão com a realização de oficinas sobre o
envelhecimento ativo com idosos em Campinas. Após levantamento das expectativas e a
programação foi submetida à apreciação. Os temas discutidos abordaram a possibilidade do
envelhecimento saudável por meio do autocuidado, envolvendo a prevenção do uso de álcool e
do tabagismo, o estímulo à atividade física, à alimentação saudável, a melhoria saúde oral, o
desestimulo a automedicação, a prevenção de quedas, sexualidade e prevenção de HIV/AIDS. A
ordem das oficinas foi negociada variando de acordo com o interesse da maioria. Foram
realizadas oito oficinas no primeiro semestre de 2014 das quais participaram de 20 a 25 idosas
com idade entre 70 e 87 anos, moradoras da região Noroeste do município que apresentavam
boa mobilidade, vinham até a entidade caminhando ou em transporte coletivo, possuíam
adequadas condições de saúde para a idade, com algumas doenças crônicas leves e sem déficits
cognitivos. Recebiam o benefício previdenciário de um salário mínimo. Apenas duas delas não
eram católicas. Eram bastante comunicativas. No penúltimo encontro introduziu-se a reflexão
sobre a memória e envelhecimento e os benefícios do jogo para a sua preservação. Foram
realizadas três rodadas do jogo Stop em grupo os vencedores ganharam prendas. Discutiu-se a
importância da manutenção da mente ativa para a preservação da memória e raciocínio. No
último encontro houve um café da manhã comunitário como atividade de encerramento e
avaliação. Os idosos avaliaram as oficinas como importantes para a manutenção da sua saúde e
qualidade de vida, traduzida por uma maior preocupação com o autocuidado, pela intensificação
do controle da pressão arterial e da glicemia dos diabéticos e aderência ao tratamento
medicamentoso e a frequência ao serviço de saúde, e relataram que os novos conteúdos
aprendidos foram úteis para melhorar seus hábitos de saúde. As alunas avaliaram a importância
do trabalho de extensão universitária e o quanto este contribuiu para a formação profissional,
destacando também a gratificação pessoal decorrente da interação com os idosos. Esta
convivência intergeracional possibilitou a mudança de conceitos arraigados sobre a velhice e
ainda contribuiu para a reflexão sobre a qualidade do envelhecimento e sobre o papel
profissional do profissional de saúde na atenção a este grupo etário. A Política Nacional do Idoso
(PNI) recomenda que os cursos formadores abordem conteúdos sobre o envelhecimento nos
currículos mínimos, nos diversos níveis do ensino formal. A Faculdade de Enfermagem da PUC de
Campinas é consonante com estas recomendações. Outro aspecto a considerar é que o Projeto
atendeu as recomendações da OMS quanto a necessidade da abordagem com os idosos sobre o
envelhecimento ativo, com o objetivo de preservação da capacidade e do potencial dos
indivíduos, na medida em que foram realizadas ações voltadas ao fortalecimento da autonomia,
integração, saúde e socialização dos mesmos.
Palavras chave: idoso/envelhecimento da população/saúde do idoso/saúde para terceira idade
SAU – 012
Universidade Aberta à Terceira Idade (UATI): Um Perfil Sócio Epidemiológico e
Tabagístico dos Participantes do Programa de Extensão Universitária
Everton Luiz dos Santos; Keyti Expedito Ribeiro Nascimento; Marco Aurelio Nemitall Added;
Fabio Cardoso; Caroline Galatti Moura Coelho; Caroline Teixeira Graf Nunes; Alexandre Sabbag
da Silva; Aline Zonta; José Renato Romero; Ana Caroline Rodrigues Pinda; Elisangela Nunes de
Carvalho.
Instituição: UNIVERSIDADE GUARULHOS
E-mail de contato: [email protected]
Os efeitos do fumo à saúde humana ocorrem não só nos tabagistas ativos, mas também nos
indivíduos expostos à fumaça, estes denominados fumantes passivos ou ambientais. Há uma
preocupação especial com a relação do fumo junto à população idosa devido a sua associação
com as alterações do processo de envelhecimento, onde podem ser incluídos aspectos
patológicos, como por exemplo, o aumento dos riscos de doenças cardiovasculares e
respiratórias. Por meio desta informação, foi realizado um estudo que teve como objetivo traçar
o perfil sócio epidemiológico e tabagístico de idosos que frequentam um programa de extensão
universitária, Universidade Aberta da Terceira Idade (UATI), vinculada em uma Instituição de
Ensino Superior Privada do munícipio de Guarulhos/SP em janeiro a março de 2013. O estudo de
natureza epidemiológico-descritiva, transversal, realizado por meio de questionário contendo:
variáveis clínicas e epidemiológicas, Teste de Fagerström para avaliação da magnitude de
dependência nicotínica nos fumantes e análise do modelo transitório comportamental de
Prochaska e DiClemente para avaliação dos estágios motivacionais para cessação do tabagismo.
Fizeram parte do estudo 104 idosos (34%) com idade média de 62 anos, 48% possuíam segundo
grau completo, 84% do sexo feminino, 60% realizavam acompanhamento médico, 53% tinham
hipertensão, 51% com problemas de coluna, 22% tinham osteoporose e 16% tinham diabetes.
Em relação ao status tabagico, 18% eram fumantes, 31% ex-fumantes. Em relação aos fumantes
63% apresentavam grau de dependência nicotínica baixa, 83% pensavam em parar de fumar
após 6 meses do período de avaliação, mostrando que a motivação em abandono do hábito
encontra-se na fase de contemplação pela análise do modelo transitório. Quando avaliado o
tempo de cessação do tabagismo dos ex-fumantes, 36% parou entre 10 a 20 anos, sendo que
22% ainda lembram-se do hábito. A maioria dos idosos é do sexo feminino, com idade média de
62 anos sendo que grande parte possui quadro hipertensivo realizando acompanhamento
médico. Em relação ao status tabagístico, poucos são os fumantes apresentando baixo grau de
dependência nicotínica, porém pouco motivados em relação à cessação do tabagismo. Este
estudo foi realizado de forma transdisciplinar, por meio de dois programa de extensão, sendo a
UATI e o programa PrevFumo-UnG, que auxilia pessoas a abandonarem o hábito tabagístico.
Ambos os programas, abrem a discussão sobre a teoria aprendida em sala de aula e as realidades
encontradas na comunidade externa, seja por conta do idoso ou do tabagismo. Os programas
abrem a oportunidade de discussões interdisciplinares, por meio de atividades de pesquisa,
ensino e extensão, atingindo não só a comunidade, como também estimulando a criação de
novos conhecimentos, tanto para aluno como para o professor.
Palavras chave: Idoso/ tabagismo/ dependência
SAU – 013
Brincar e a Promoção da saúde com crianças escolares: ações da Terapia
Ocupacional da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Uberaba,
MG
Franciellen Souza Ferreira; Ailton de Souza Aragão; Cristiane de Souza Moraes Donegá; Vanessa
Mari Kitano.
Instituição: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
E-mail de contato: [email protected]
As ações de promoção da saúde integram o rol de atividades dos discentes do curso de Terapia
Ocupacional. São realizadas com crianças de 8 a 10 anos num Centro Integrado de Educação
Municipal na cidade de Uberaba, MG. Ao longo de 4 semanas os discentes tomaram contato com
o cenário escolar e as respectivas crianças, conheceram suas demandas coletivas e se propuseram
a elaborar atividades que fossem ao encontro dos anseios das mesmas. Assim, rodas de conversa,
teatro, elaboração de brinquedos e brincadeiras populares com recicláveis e atividades de
estímulo físico-motor foram planejadas e executadas com o intuito de favorecer a aproximação
entre os dois grupos, culminando numa confraternização final no último encontro. Objetivos:
Promover a saúde de crianças escolares do 1º Ciclo do Ensino Fundamental da rede Municipal e
estimular a aproximação dos discentes à Educação Básica, ressaltando a importância da formação
acadêmica refletida a partir das ações e cotidianos dos escolares. Metodologia: A metodologia é
participativa, pois pressupõe que tanto os universitários quanto as crianças possuem um capital
acumulado e que a partir dos encontros, as demandas se somam e se sintetizam. Assim, dinâmicas
de grupo temáticas aliada à produção de brinquedos com materiais recicláveis elaborados pelos
universitários estimularam a sociabilidade e a promoção da saúde entre os envolvidos.
Concomitante às ações, foram realizadas leituras de textos teóricos sobre a promoção da saúde
nos territórios de vulnerabilidade. Resultados: Participaram das ações 30 crianças entre 8 e 10
anos de idade e ao final de 4 encontros, com 3 horas de duração cada, os discentes do 1º período
do curso de Terapia Ocupacional elaboram brinquedos e reavivaram brincadeiras populares,
como preparação de massinha para modelar, pega-varetas, vai-e-vem, brincadeiras de roda, etc.
Observaram as diferenças de comportamento demonstradas ao longo das atividades: crianças de
comportamento e de linguagem agressivos ou irritadiças; que procuram chamar à atenção dos
universitários de diversas formas. Durante a sociabilidade registraram as dificuldades econômicas
e as limitações estruturais e comunitárias em que vivem as famílias das crianças. A produção de
brinquedos gerou a identificação da criança ao objeto produzido, valorizando-o. Conclusões:
Compreendemos que o comportamento agressivo, e mesmo violento, remete ao processo de
socialização primário e secundário, oriundos do cotidiano escolar, familiar e comunitário
vulnerado, os quais dificultam e limitam o desenvolvimento biopsicossocial saudável. A prática
do brincar potencializa o melhor desenvolvimento biopsicomotor bem como a construção de
relações sociais saudáveis, por exemplo, ao estimular as trocas; sob o aspecto cognitivo
desenvolve a concentração e o raciocínio lógico. As atividades proporcionaram aos dois grupos
uma maior aproximação mediada pela promoção da saúde, favorecida pelas brincadeiras e pela
compreensão da vida trazida pelas próprias crianças.
Palavras chave: Promoção da saúde/Desenvolvimento da criança/Escola
SAU – 014
Explorando a natureza química da formulação dos saneantes domissanitários e
conhecendo suas propriedades químicas e ações sobre o ser humano e o meio
ambiente
Gabriela Adegas Pinheiro; Marcelo Della Mura Jannini; Isabela Salomão de Macedo; Jéssica Aires
da Silva.
Instituição: PUC Campinas
E-mail de contato: [email protected]
Este trabalho tem por objetivo a elaboração de demonstrações práticas que ajudem as
empregadas domésticas a aperfeiçoarem a utilização dos saneantes domissanitários visando
menores riscos à saúde, melhor aproveitamento do princípio ativo e evitar desperdícios. A
metodologia utilizada foi a da demonstração prática para que as empregadas possam realmente
visualizar alguns efeitos dos saneantes que podem ser obtidos através de alguns procedimentos
simples que estão ao alcance de todas. O público alvo das oficinas constitui-se de empregadas
domésticas que procuram atendimento no Sindicato das Empregadas Domésticas de Campinas
na sede Campinas e sub sedes de Valinhos e Sumaré. Alguns saneantes foram enfatizados nas
oficinas, por serem mais utilizados pelas empregadas domésticas em seu trabalho e também em
seus lares, como a água sanitária e sua composição química, seus efeitos toxicológicos, a maneira
correta de manuseio além de uma demonstração onde uma diluição deste saneante apresenta a
mesma eficácia que quando utilizado de forma mais concentrada. Outro objetivo deste trabalho
é a criação de formulários para levantamentos de dados a respeito do público alvo no que se
refere à forma de manuseio dos saneantes domissanitários, possíveis reações adversas nocivas à
saúde advindas de suas utilizações. Também foram gerados formulários de avaliação das oficinas
oferecidas nos meses de agosto, outubro e novembro de 2014. A metodologia baseou-se na
aplicação de um primeiro formulário que levantou dados sociais e profissionais das empregadas
domésticas de Campinas e região. Estes formulários foram aplicados sob a devida orientação nos
dias oficiais de atendimento nas sedes e sub sedes. Os dados coletados foram devidamente
tabelados e deram origem a uma série de diagramas estatísticos a serem avaliados. Até o
momento sessenta empregadas domésticas já contribuíram com o preenchimento dos
formulários sendo possível traçar um perfil social inicial. Na sua maioria apresentam grau de
escolaridade de fundamental incompleto, são casadas e com uma média de dois filhos. Possuem
uma jornada de trabalho extremamente cansativa, dividindo-se entre seus lares e o trabalho,
acordando entre cinco e seis horas da manhã e dormindo por volta das vinte e quatro horas. Em
relação aos saneantes domissanitários, os mais utilizados nos seus lares e no trabalho são o
detergente, o sabão em pó e a água sanitária. Mais de 50% das empregadas já apresentaram
reação alérgica aos saneantes destacando-se a irritação na pele e olhos como as principais
reações.
Palavras chave: Saneantes/Domissanitários/Alergias/Clandestinos/Embalagens
SAU – 015
A INCLUSÃO AO ALCANCE DO TOQUE: RELATO DE EXPERIÊNCIA ENTRE
GRADUANDOS E DEFICIENTES VISUAIS
Gabriela Gonçalves Machado; Ranielle Alves Borges; Suraya Gomes Novais Shimano; Nuno
Miguel Lopes; Isabel Aparecida Porcatti Walsh.
Instituição: UFTM
E-mail de contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: O grupo PROMOVER: Atenção Integral ao Deficiente Visual realiza no Instituto
de Cegos do Brasil Central (ICBC) ações que visam a promoção da saúde, a inclusão social e a
prevenção de doenças de pessoas com deficiência visual (DV). As ações incluem educação em
saúde, identificação de déficits e potencialidades individuais e intervenção terapêutica
interdisciplinar. Estas são realizadas por docentes e graduandos. OBJETIVO: Descrever a
percepção de graduandos após vivenciarem a experiência de terem DV. METODOLOGIA:
Participaram do estudo qualitativo descritivo 5 acadêmicos videntes que não tinham contato
prévio com a DV e 5 crianças com DV. Os graduandos foram vendados, se locomoveram sem
auxílio apenas seguindo o piso tátil até chegarem à sala de aula das crianças. Fizeram uma rápida
apresentação pessoal e em seguida, um aluno por vez foi ao centro da sala para ser reconhecido
pelas crianças. Depois os papéis foram invertidos. Em uma entrevista semiestruturada, a qual
perguntava sobre a vivência da DV e o contato com as crianças, os graduandos descreveram suas
percepções. Após isto voltaram à sala de aula sem as vendas e confrontaram o reconhecimento
das crianças pela visão com o reconhecimento prévio (uso sentidos do tato, olfato e audição). Um
novo relato foi feito após o segundo contato. Os conteúdos das respostas foram analisados
seguindo o método de Bardin. RESULTADOS: Duas categorias surgiram ? 1. Percepção com
relação à experiência de cegueira; 2. Percepção com relação às crianças. Na categoria 1, 3
respostas classificaram como desorientação espacial (com medo e insegurança); 5 como
experiência interessante. Na categoria 2, 5 respostas abordaram as características
comportamentais das crianças e 5 as características físicas. O primeiro contato possibilitou a
percepção de comportamentos que em um segundo momento, os alunos se surpreenderam
perante as atitudes de algumas crianças, pois as que relataram estarem tímidas estavam mais
soltas e se interagiam mais. CONCLUSÃO: a DV somente pode ser percebida por quem a vivencia
e a inclusão é um processo gradativo, que necessita de várias vivências com a DV para que seja
vista como algo mais natural, embora diferente. Estes graduandos planejaram ações de
intervenção e permaneceram 10 horas semanais durante seis meses com estas crianças após a
experiência relatada.
Palavras chave: Inclusão/ Promoção da saúde/ Cegueira
SAU – 016
Produzindo práticas e saberes na atenção psicológica grupal a idosos residentes
em asilos na cidade de Assis.
Gabriela Maria Ramos Maia; Sabrina Magossi Mainardi; Vanessa Sabino da Silva Dantas;
Wlademir Luther Falcão; Flávia Mendes Ferraz de Almeida; Felipe Tobias Brahim; Thaís Rodrigues
de Sousa; Mariele Rodrigues Correa.
Instituição: UNESP Assis
E-mail de contato: [email protected]
As velhices, em especial a velhice asilada, são frequentemente associadas à fragilidade,
incapacidade e doença, uma vez que a sociedade contemporânea supervaloriza a juventude, o
novo e o moderno. Como contraponto a essas breves e estereotipadas noções, nosso projeto
vislumbra o envelhecer como um processo que vai além das limitações biopsicosociais, ou seja,
como um processo singular e potente de criação e de invenção. Sob essa perspectiva, nosso
trabalho envolve um grupo de sete estagiários do 4º ano e 5º anos do curso de Psicologia da
UNESP-Assis, que atuam no estágio curricular "Envelhecimento e Processos de Subjetivação",
apoiado pela Pró-Reitoria de Extensão da UNESP (Universidade Estadual Paulista). Nosso
objetivo é realizar um trabalho em grupo de atenção aos idosos residentes em ILPI (Instituições
de Longa Permanência) que possa gerar conhecimentos e estratégias capazes de contribuírem
para a melhoria da qualidade de vida e produção da saúde dessa população, a ampliação de sua
visibilidade social e o acesso à cidadania. Para tanto, realizamos atividades em grupo, no formato
de oficinas e com base no referencial de grupo operativo. As oficinas ocorrem semanalmente,
com uma hora e meia de duração, intercalando diferentes espaços, como salas de aula do
campus de Assis, o próprio asilo e também em outros espaços da universidade e da cidade. O
grupo conta com a participação de 20 idosos da ILPI 'Lar dos Velhos' (Assis/SP), com idade entre
60 e 84 anos. Os coordenadores são discentes estagiários, sob a supervisão de uma docente do
curso de Psicologia do campus. As atividades são previamente elaboradas em supervisões
semanais, com duração de 4 horas, em que as oficinas são relatadas pelos alunos e textos sobre
envelhecimento e teorias grupais são discutidos sob algumas perspectivas teóricas da Psicologia.
Com a saída semanal dos idosos das ILPIs buscamos produzir modificações significativas na rotina
da instituição e na vida dos residentes, compreender as vicissitudes da subjetivação nos processos
de envelhecer e também a integração com a comunidade universitária, com a população e os
espaços da cidade e a integração entre os próprios idosos. Em nossos encontros semanais
percebemos o quão potente é a intergeracionalidade, o resgate de memórias e a valorização das
narrativas dos idosos asilados, visto que se configuram em possibilidades de produção e
experimentação de novos sentidos que atualizam novos modos de existência e produzem saúde.
Além disso, percebemos que esses encontros contribuem para a potencialização dos desejos dos
residentes, produção de autonomia e conquista de espaços públicos, proporcionando
visibilidade e rompendo estigmas. Por fim, as oficinas se configuram como uma oportunidade
propícia para ressignificar imagens e sentidos da velhice institucionalizada, contribuir para a
produção de novos olhares para os envelheceres e que com a construção de vínculos, rompemos
com as rotinas institucionais desvitalizadoras e produtoras de estereotipias de condutas. Dessa
maneira, estimulamos os residentes a expandirem seus relacionamentos e conexões externas, em
consonância com a produção de práticas e saberes na atenção psicológica grupal a idosos
residentes em asilos na cidade de Assis.
Palavras chave: Envelhecimento / Subjetividade / Asilo / Produção de Saúde / Psicologia
SAU – 017
Capacitação para o socorro na comunidade: uma necessidade urgente
Genesis de Souza Barbosa; Caio Guilherme Silva Bias; Maximo Lucas Costa; Lorene Soares
Agostinho; Drielly Silva Furtado Gandra.
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
E-mail de contato: [email protected]
Descrição da ação: diante de uma parada cardiorrespiratória, a realização imediata da
reanimação cardiopulmonar, inclusive com apenas compressões torácicas por socorristas leigos
da comunidade, contribui sensivelmente para o aumento das taxas de sobrevivência das vítimas
de parada cardíaca. O protocolo de atendimento vigente salienta a necessidade de reanimação
cardiopulmonar de alta qualidade, onde haja a garantia da frequência mínima de cem
compressões torácicas por minuto, com profundidade de compressão de cinco centímetros em
adultos com total retorno do tórax após cada compressão, observação para a minimização das
interrupções nas compressões e observância para que seja evitada a hiperventilação. Nesse
sentido, o suporte básico de vida possui papel fundamental na manutenção da perfusão
sanguínea e da oxigenação coronariana e cerebral, portanto, saber exercer corretamente suas
manobras pode contribuir significativamente para o sucesso das intervenções para reversão do
quadro de parada cardiorrespiratória. Assim sendo, os maiores desafios são: ampliar o acesso ao
ensino de reanimação cardiopulmonar, estabelecer processos para a melhora contínua de sua
qualidade, além de minimizar o tempo entre a reanimação cardiopulmonar e a aplicação do
primeiro choque. Objetivo: capacitar membros da comunidade para o atendimento de urgência
a uma parada cardiorrespiratória. Metodologia: realizou-se uma oficina que consistiu em aplicar
as manobras de reanimação cardiopulmonar, numa abordagem para a população leiga. A oficina
contou com monitores do curso de graduação em Enfermagem e Obstetrícia da UFRJ-Macaé,
distribuídos do quarto ao sétimo período, com inserção voluntária no projeto de extensão
"Promovendo ações de prevenção e orientações para o socorro na comunidade". Todos os
monitores foram capacitados para a atuação frente a uma situação de parada cardiorrespiratória,
através de fóruns virtuais e reuniões presenciais semanais do grupo, no período de um mês. Os
sujeitos do estudo foram membros da comunidade, estudantes do ensino fundamental e médio
das redes municipal e estadual de ensino de um município do interior do estado do Rio de
Janeiro e estudantes do ensino superior da rede pública e privada. Os dados foram coletados em
outubro de 2014, durante a realização da atividade, por meio de questionário fechado e foram
analisados por estatística descritiva simples. Resultados: 146 pessoas participaram das atividades
e responderam voluntariamente ao formulário para caracterização do perfil e avaliação da
oficina. A média de idade dos entrevistados (n=146) foi de 15 anos, 96,5% eram estudantes,
sendo 81,5% do Ensino Fundamental, 14,3% do Ensino Médio e 4,2% do Ensino Superior. Dentre
os sujeitos, 55,5% não haviam tido contato prévio com a temática. Apenas 1,3% dos
entrevistados souberam aplicar corretamente a sequência de ações numa situação de PCR antes
das orientações. Conclusões: as ações de capacitação de pessoas para o socorro de urgência às
vítimas de parada cardiorrespiratória se configuram como uma ferramenta necessária para
auxiliar nas intervenções a serem aplicadas por socorristas leigos na comunidade.
Palavras chave: Socorro de urgência/ Capacitação/ Educação em saúde/ Promoção da Saúde
SAU – 018
A MARCHA DE HEMIPARÉTICOS CRÔNICOS MELHORA COM FISIOTERAPIA EM
GRUPO?
Isabela Bortolim Frasson; Lucia Martins Barbatto; Tânia Cristina Bofi; Fabiana Araujo Silva; Ana
Beatriz Segatto Pignatti; Fernanda Contri Messali; Mariana Bósio Mathias; Elaine Aparecida de
Oliveira; Andressa Sampaio Pereira; Isabella Cristina Leoci; Augusto Cesinando de Carvalho.
Instituição: UNESP- FCT
E-mail de contato: [email protected]
Introdução: O acidente vascular encefálico (AVE) causa deficiências importantes como a
hemiplegia. A hemiplegia dificulta que indivíduos tenham as mesmas capacidades funcionais
anteriores a instalação da patologia. Após o AVE, quanto mais cedo começar a reabilitação,
melhor poderá ser o prognóstico funcional. A melhora funcional é mais rápida durante os
primeiros meses após a lesão, todavia muitos pacientes permanecem com sequelas ao longo de
suas vidas, necessitando de fisioterapia constante para evitar consequências determinadas pelo
sedentarismo decorrente da deficiência motora funcional. Considerando a cronicidade da
hemiplegia e a necessidade de amenizar o sedentarismo de hemiplégicos crônicos foi criado um
projeto de fisioterapia em grupo denominado de Projeto Hemiplegia em julho de 2000 no
Centro de Estudos e de Atendimentos em Fisioterapia e Reabilitação da UNESP, campus de
Presidente Prudente-SP. Este projeto consiste em encontros de hemiplégicos crônicos, para
realização de fisioterapia em grupo. A conduta fisioterapêutica acontece por meio de exercícios
ativos, ativos assistidos, alongamentos musculares, relaxamentos, exercícios lúdicos e exercícios
que mimetizam as AVDs. A terapia acontece semanalmente em um ambiente de muita
descontração, em média 20 pacientes, que se sentem mais incentivados para realizar tarefas
motoras. Objetivo: foi avaliar a mobilidade funcional de hemiparéticos crônicos pós-AVE em
tratamento fisioterapêutico em grupo. Metodologia: Os pacientes foram avaliados com os
instrumentos/escalas de avaliação: Time up and Go Test (TUG) e Teste de caminhada de 10
metros (TC10M) em uma avaliação inicial (AV1) e outra avaliação final (AV2) após dozes meses
de fisioterapia em grupo. Resultados: A análise dos resultados demonstrou que os valores da AV1
do TUG (17,18 segundos) não apresentaram diferenças significantes dos valores da AV2 (18,37
segundos) (P<0,05), da mesma forma que os valores da AV1(19,31 segundos) e AV2 (18,61
segundos) de TC10M. Conclusão: Os pacientes avaliados não apresentaram alterações funcionais
a partir dos testes utilizados. Com estes resultados observamos que a terapia utilizada não
extinguiu e não melhorou as incapacidades. Porém inferimos que os pacientes tiveram a
oportunidade de manter suas habilidades e de se adaptarem às suas limitações evitando,
inclusive, a progressão das suas incapacidades e o sedentarismo e suas consequências, uma vez
que estes pacientes praticam exercícios semanalmente ao invés de se manterem em casa.
Palavras chave: Hemiplegia/ Marcha/ Fisioterapia em Grupo
SAU – 019
Práticas em Saúde para Crianças e Adolescentes Abrigadas
José Eduardo da Fonseca; Janaina Paulino da Silva; Mariana Raquel Castro de Francisco.
Instituição: Universidade Metodista de Piracicaba - UNIMEP
E-mail de contato: [email protected]
Os abrigos são instituições responsáveis por proporcionar a seus acolhidos proteção e reinserção
dos direitos negados. Dentre os direitos básicos, garantidos pela constituição federal está o
direito à saúde. Os abrigos, portanto, devem oferecer o acesso a saúde às crianças e
adolescentes, por meio de ações que garantam a manutenção, prevenção e a promoção da saúde
de seus acolhidos de acordo com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde. Porém,
além das atribuições do sistema de saúde, é preciso estimular atividades que lhes complementam
o significado de saúde e bem estar. Desta forma, o projeto "Educação e Saúde com Crianças e
Adolescentes em Situação de Vulnerabilidade Social" desenvolvido em um abrigo no município
de Piracicaba/SP, encoraja os acolhidos a pensarem em promoção da saúde, apresentando
diversas maneiras relacionadas ao seu cotidiano, por meio de atividades que demonstrem como
a prevenção e a promoção à saúde podem melhorar a qualidade de vida de forma fácil e
divertida. Entre estas atividades destacam-se as relacionadas à alimentação saudável,
contemplando a importância da higiene pessoal e coletiva, e também a reutilização de materiais
para a redução do lixo e ainda a utilização de plantas aromáticas e medicinais, por intermédio de
uma horta de pneus, além de outras atividades que reafirmam o compromisso de todos os
envolvidos com a práxis da saúde. Com as atividades propostas na casa, tanto as crianças quanto
os adolescentes passam a ter a oportunidade de refletir sobre determinados assuntos que
dependendo do modo como são abordados podem parecer 'desinteressantes', daí a necessidade
de apresentarmos esta atividade de modo lúdico e de maneira simplificada. O foco no
planejamento destas atividades está sempre em cada um dos acolhidos, mesmo quando as
atividades são para todos, busca-se trabalhar as individualidades de cada um para que possam
ser reforçadas de maneira positiva e eles notem suas qualidades e potenciais, trabalhando a
autoestima, que influencia diretamente na forma em que o individuo se vê e vê o mundo, o que
se reflete no cuidado com o corpo e a mente. A partir de um conjunto de atividades
denominadas "Receita do Dia" as crianças aprenderam a experimentar novos sabores e a
importância de uma alimentação saudável e junto com as atividades na horta, aproximaram os
acolhidos da natureza e do equilíbrio resultante de uma alimentação saudável, redirecionando
seus hábitos alimentares e olhares quanto à qualidade de vida. Com as atividades denominadas
de "Realeca", os acolhidos reestabeleceram suas prioridades quanto ao consumo, reduzindo a
compra de produtos desnecessários, priorizando as ações de higiene e descobrindo usos
alternativos para as embalagens dos produtos adquiridos. Assim, o projeto tem contribuído para
a formação da autonomia dessas crianças e adolescentes ao mesmo tempo em que contribui na
formação dos bolsistas, que de forma significativa tem a oportunidade de vivenciarem os
desafios da realidade concreta, tendo, portanto a oportunidade de tornarem-se profissionais da
saúde diferenciadas.
Palavras chave: Abrigo/ Crianças/ Adolescentes/ Práticas em Saúde
SAU – 020
OFICINAS DE ATIVIDADES MOTORAS ADAPTADAS: EXPERIÊNCIAS DISCENTES
NA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
Julia Cocato Luiz; Roberto Silva Junior.
Instituição: Pontifícia Universidade Católica de Campinas
E-mail de contato: [email protected]
Tem-se identificado nas escolas municipais de Campinas/SP a dificuldade encontrada por
profissionais de Educação Física em desenvolver atividades físicas e esportivas para pessoas com
deficiência, especialmente sob o aspecto da inclusão de alunos com diversas características em
uma mesma aula. A origem deste problema está, provavelmente, na formação acadêmica. Desta
maneira, os projetos de extensão universitária possibilitam que discentes se envolvam com
atividades dirigidas às comunidades interna e externa à instituição. Neste sentido, o projeto de
extensão "Práticas de Atividades Físicas e Socioesportivas para Pessoas com Deficiência",
desenvolvido na PUC-Campinas, oferece atividades para alunos da Rede Municipal de Educação
de Campinas/SP e, por meio da sua metodologia contribui para a formação dos alunos de
Educação Física que podem participar do projeto como bolsistas de extensão. Assim, os
estudantes envolvidos nesta proposta podem vivenciar a prática da área em situações reais, ou
seja, com um público formado por crianças e adolescentes com e sem deficiência, tal como
ocorre nas escolas. Este resumo refere-se ao plano de trabalho individual de extensão intitulado
"Oficinas de Atividades Físicas e Motoras Adaptadas", desenvolvido no ano de 2014 por uma
aluna bolsista, cujos objetivos específicos foram: a) desenvolver a habilidade de ministrar oficinas
para pessoas com deficiência; b) articular as teorias estudadas na graduação com o projeto de
extensão e c) promover a integração entre as pessoas com deficiência e seus parceiros. As
atividades atribuídas à aluna consistiram no planejamento e execução de atividades motoras
adaptadas e ginástica para crianças entre três a sete anos de idade; leitura e discussão de temas
referentes ao seu plano de trabalho; estudo e compreensão da filosofia da Special Olympics;
reuniões semanais com o docente responsável e participação em eventos de extensão
universitária. Os principais resultados obtidos foram: 1) aumento da habilidade em ministrar
oficinas para crianças e adolescentes com e sem deficiência, incluídos em uma mesma atividade;
2) ampliação dos conhecimentos sobre tipos de deficiências; 3) melhora da capacidade de
adaptar e modificar as atividades oferecidas nas oficinas e 4) aumento de confiança e autonomia
para trabalhar com pessoas com deficiência. Então, conclui-se que o processo vivenciado na
extensão universitária contribui significativamente para a formação dos alunos envolvidos nos
projetos e, assim, é possível dar início ainda na graduação a uma melhor qualificação de
profissionais que poderão trabalhar com pessoas com deficiência.
Palavras chave: Saúde / Atividade Física / Extensão Universitária
SAU – 021
Projeto de extensão para o controle reprodutivo de caninos e felinos no
Município de Jaboticabal SP. Resultados de 2010 a 2014
Julia Trinca; Amanda Raffaelli Tartarelli; Beatrice Ingrid Macente; Leonardo Martins Leal; Paulo
Antonio Tosta; Gilson Helio Toniollo; Jeffrey Frederico Lui.
Instituição: UNESP - Jaboticabal
E-mail de contato: [email protected]
Entre as inúmeras causas que estão colaborando para o crescimento da população canina e felina
está a falta de uma política séria dos municípios para o controle reprodutivo, o desordenado
crescimento populacional e agrupamento de animais principalmente em regiões de baixa
escolaridade e renda, a falta de consciência e responsabilidade na posse de animais e a ausência
de educação e informação adequadas. Esses problemas ocorrem em inúmeros municípios e até
países desenvolvidos, onde não há uma política voltada para o controle efetivo dessas
populações. Como consequência, animais errantes proliferam principalmente em áreas de
populações de baixa renda e representam riscos de mordeduras, arranhaduras, transmissão de
zoonoses, atropelamentos e, conseqüentemente, prejuízos para a saúde pública. No Município
de Jaboticabal, com apoio da PROEX/UNESP e financiamento pela APA (Associação Protetora
dos Animais), o presente trabalho, teve como objetivo relatar os resultados dos últimos cinco
anos de controle populacional de caninos e felinos de proprietários de baixa renda. O trabalho
desenvolveu-se no Campus da UNESP de Jaboticabal SP e utilizou-se a esterilização cirúrgica
com emprego da técnica de ovariohisterectomia para fêmeas e orquiectomia para machos de
ambas as espécies. Esse projeto contou com a colaboração de docentes, discentes de graduação
e pós-graduação em medicina veterinária e pessoas da sociedade civil. Previamente os animais
eram cadastrados, examinados clinicamente e submetidos ao tratamento pré-cirúrgico com
relaxantes musculares e analgésicos e em seguida à anestesia geral. Após o procedimento
cirúrgico os animais recebiam antibiótico de longa duração, vermífugos, analgésicos e
recomendações pós-operatórias. De 2010 a 2014, foram esterilizados 7.569 animais das espécies
canina e felina de ambos os sexos. Desse total foram 3.224 (43%) para cadelas; 1.025 (14%) para
cães; 2.107 (28%) para gatas e 1.213 (16%) para gatos. Essa ação, embora muito significativa
precisa ser contínua para manter essas espécies sobre controle, uma vez que o Município
apresenta uma população muito grande de animais errantes e abandonados e não possui abrigo
para o recolhimento desses.
Palavras chave: controle populacional/ canina/ felina/ reprodução
SAU – 022
Prematuridade e a Importância da Fisioterapia na Educação em Saúde
Laiara Aparecida Rodrigues; Mariana Novelli; Tiago Del Antonio; Camila Costa de Araujo; Joyce
Karla Machado da Silva.
Instituição: UENP - Universidade Estadual do Norte do Paraná
E-mail de contato: [email protected]
Descrição da Ação: Prematuro é considerado toda criança que nasce antes das 37 semanas
completas de gestação. Essas por não terem atingido a maturidade funcional e estrutural dos
órgãos e tecidos, podem apresentar desvios no padrão de desenvolvimento motor, quando
comparada a crianças nascidas a termo. O desenvolvimento motor caracteriza-se pela alteração
das habilidades motoras ao longo da vida, que provém da interação entre processos biológicos e
fatores ambientais, associado a isso as relações familiares também influenciam o
desenvolvimento infantil. É pela família que se produzem cuidados essenciais à saúde, desde
interações afetivas necessárias ao pleno desenvolvimento da saúde mental até o nível da adesão
aos tratamentos prescritos pelos serviços, como, medicação, dietas e atividades preventivas.
Estudos relatam que o desenvolvimento adequado dependerá da qualidade das experiências
vividas pela criança e dos vínculos por ela criados. O vínculo mãe-filho consiste na relação de
afeto entre a figura materna e sua criança, sendo um evento natural suscetível a interferências
positivas ou negativas. Tendo um vínculo adequado com o filho, a mulher estará mais apta a
apresentar práticas de cuidado benéficas, refletindo no desenvolvimento da criança. A ligação
entre o ambiente da criança, sua saúde e seu desenvolvimento é evidente, visto que há uma
associação considerável entre o desenvolvimento da criança e a qualidade dos estímulos
oferecidos à ela nos primeiros anos de vida. A Educação em Saúde compõe um conjunto de
saberes e práticas, orientadas para prevenção de doenças e promoção da saúde. É um recurso
que por intermédio dos profissionais de saúde, atinge a vida cotidiana das pessoas, uma vez que
a compreensão dos condicionantes do processo saúde doença oferece subsidio para adoção de
novos hábitos e condutas. O objetivo do presente estudo é verificar a importância do
fisioterapeuta no cuidado em saúde relacionado ao desenvolvimento motor. Métodos: Trata-se
de uma revisão narrativa sobre a produção de cuidados em saúde no âmbito de desenvolvimento
motor de crianças prematuras. Foi realizado um levantamento bibliográfico consultando as bases
de dados Scielo, Lilacs, onde foram encontrados 12 artigos, com a utilização das seguintes
palavras-chave: prematuridade, vínculo mãe-filho no desenvolvimento motor, cuidados em
saúde, educação em saúde. Resultados: conferimos que o fisioterapeuta atuando junto à equipe
de saúde, destina-se a executar programas em saúde pública contribuindo para ações de
assistência integral às famílias em todas as fases da vida. Verificamos que ainda é muito escassa a
participação deste na educação em saúde, uma vez que o mesmo é o profissional destinado a
avaliar o desenvolvimento, sendo o integrante com maior prática em educar pais e/ou
cuidadores, sobre possíveis intercorrencias do desenvolvimento motor. Com a implantação da
Educação em Saúde percebe-se a necessidade e a importância da inserção do fisioterapeuta na
equipe, visando maior promoção e manutenção da saúde, melhorando, assim, a qualidade de
vida. Conclusão: Tendo em vista que profissionais engajados na intervenção precoce dependem,
em alguma extensão, dos pais para promover a saúde e desenvolvimento das crianças, a inserção
deste, é uma ferramenta valiosa e relevante na direção da promoção do desenvolvimento
infantil.
Palavras chave: Prematuridade / Vínculo Mãe-Filho no Desenvolvimento Motor / Cuidados em
Saúde / Educação em Saúde
SAU – 023
Efetividade de ações de educação nutricional sobre o consumo alimentar e a
composição das lancheiras de alunos de uma escola pública de cidade do interior
paulista
Luiza Cristina Godim Domingues Dias; Thaisa de Assis.
Instituição: Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho - UNESP
E-mail de contato: [email protected]
O crescimento mundial da obesidade é um problema de saúde pública. Sabendo que a infância é
um momento propício para a aquisição de comportamentos, o presente estudo objetivou avaliar
a efetividade de ações de educação nutricional com base na composição de lancheiras de
crianças matriculadas no primeiro e segundo ano de uma escola pública do município de
Botucatu-SP. Participaram deste estudo 102 alunos, de ambos os sexos, na faixa de cinco a oito
anos de idade. Foi desenvolvido um programa de educação nutricional em quatro encontros. Dos
alunos avaliados na última atividade, 26% levaram dinheiro para gastar na cantina da escola com
alimentos não saudáveis. Daqueles que levaram alimentos em suas lancheiras, a frequência de
alimentos ricos em gordura e açúcares simples foi de 52%, enquanto apenas 4% levaram frutas,
iogurtes e lanches naturais. Apesar das crianças demonstrarem-se interessadas e ativamente
participativas nas atividades propostas, além de termos atestado que compreenderam o
conteúdo transmitido, a composição das lancheiras continuou inadequada. O tempo entre a
conclusão das atividades e a observação das lancheiras pode não ter sido suficiente para
estimular mudanças significativas. Evidenciando que é necessário programa de educação
nutricional de longo prazo, com participação assídua da família e da escola.
Palavras chave: obesidade/cantina escolar/educação nutricional
SAU – 024
CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE O USO CORRETO DE SANEANTES
DOMISSANITÁRIOS VISANDO A PREVENÇÃO DE ACIDENTES E INTOXICAÇÕES
Marcelo José Della Mura Jannini; Gabriela Adegas Pinheiros; Jéssica Aires da Silva; Isabela
Salomão Macedo.
Instituição: PUC-Campinas
E-mail de contato: [email protected]
Este projeto teve como público alvo as empregadas domésticas do Sindicato da Trabalhadoras
Domésticas de Campinas e Região que possui sede na cidade de Campinas e subsedes nas
cidades de Valinhos e Sumaré. O objetivo do projeto é o de conscientização do público a
respeito no manuseio correto de saneantes domissanitários (produtos de limpeza) com a
finalidade de minimizar os riscos de acidentes com danos à saúde. A metodologia adotada
inicialmente foi a de aplicação de formulários de avaliação de perfil do público alvo. Foram
aplicados cerca de oitenta formulários e a partir dos dados coletados iniciou-se o trabalho de
confecção de material didático para as oficinas. Neste formulário inicial alguns dados
importantes foram coletados sobre o grau de instrução do público alvo (maioria com
fundamental incompleto), ocorrência de reações alérgicas aos produtos de limpeza (53% de
respostas positivas) sendo que 71% com sintomas de coceira, irritação dos olhos e da pele e
dificuldades respiratórias, entre outros. Neste contexto, as oficinas foram ministradas
inicialmente apresentando ao público alvo o significado do termo saneantes domissanitários,
passando pelos riscos existentes no seu manuseio, utilização de EPIs, riscos na utilização de
saneantes clandestinos, composição química das formulações até descarte de embalagens.
Trabalhou-se também com demonstrações práticas de utilização de saneantes diluídos
comparando eficiência e substituições por produtos menos dispendiosos e tóxicos como por
exemplo o vinagre em substituição ao amaciante e lustra metais e o bicarbonato em substituição
aos alvejantes e abrasivos. Ao final de cada oficina, foram aplicados formulários de avaliação da
qualidade das mesmas, aferição da retenção dos conhecimentos por parte do público e
sugestões para os próximos encontros. Devido ao baixo grau de instrução do público alvo foi
constatada a falta de conhecimento com respeito ao saneantes o que para nós explica o alto
percentual de ocorrência frequente de intoxicações e irritações. Outro dado que nos chamou a
atenção foi a falta de iniciativa do público na procura de soluções, sendo que a maioria espera
até passar os sintomas e se automedica deixando de lado a possibilidade de procurar um médico
ou de pelo menos comunicar seus empregadores. Da mesma forma, e não menos importante, foi
o dado que revelou a utilização de produtos de limpeza clandestinos, uma prática de alto risco já
que não se tem nenhuma informação sobre suas formulações. Conclui-se que a desinformação a
respeito do universo dos saneantes domissanitários prevalece e que as oficinas acabaram por
fornecer ao público alvo informações básicas porém relevantes para que se iniciasse um processo
de conscientização e gerasse um novo olhar para estes materiais que nada mais são que uma
mistura de substâncias químicas cada uma com sua toxicidade associada.
Palavras chave: Trabalhadoras Domésticas/Saneantes Domissanitários/Toxicidade/Saúde
SAU – 025
O MANEJO CLÍNICO EM PACIENTES NEURÓTICOS GRAVES E PSICÓTICOS EM
UM CAPS
Maria Fernanda Furlam de Macedo Soares.
Instituição: Pontifícia Universidade Católica de Campinas
E-mail de contato: [email protected]
O presente trabalho de extensão se sustentou no paradigma da Reforma Psiquiátrica e da
desospitalização. Estes movimentos buscaram romper com o modelo manicomial de tratamento
da pessoa com transtorno mental propondo um modelo substitutivo à internação psiquiátrica. Os
serviços de saúde mental que substituíram os manicômios foram os Centros de Atenção
Psicossocial (Caps). Esses equipamentos de saúde almejam garantir a reabilitação psicossocial da
pessoa em sofrimento psíquico, através da elaboração e execução dos Projetos Terapêuticos
Singular (PTS), em que a real necessidade (social e psíquica) do sujeito é considerada. Os Caps
são compostos, por equipes multiprofissionais, nas quais os profissionais trabalham articulados
com a rede de cuidados do município em que se localizam. Diante dessa realidade, esse plano
extensionista objetivou instrumentalizar, a equipe multiprofissional de um Caps da cidade de
Campinas, no que se refere ao manejo clínico de pacientes diagnosticados como neuróticos
graves e psicóticos. A ação da discente se caracterizou pela realização de um levantamento
bibliográfico através de artigos, dissertações, teses e livros, sobre o manejo clínico de pacientes
de Caps; traçando as diferenças nosográficas entre o quadro neurótico e psicótico; demarcando
e indicando as modalidades psicoterápicas da neurose e da psicose, isto é, a psicoterapia
individual e de grupo e o grupo operativo. Em seguida, a aluna sintetizou as informações
advindas da literatura especializada e as traduziu em atividades de extensão. Porém, vale
ressaltar que as oficinas se caracterizaram por uma ação dialógica de construção de
conhecimento, haja vista que tanto o saber científico como aquele provindo dos técnicos foram
considerados. As oficinas foram realizadas na sede do Caps, com profissionais das seguintes
áreas: psicólogos, enfermeiros e terapeutas ocupacionais. Estes profissionais compuseram dois
grupos, cujos encontros semanais ocorreram às quartas e às quintas-feiras com uma hora e meia
de duração cada. Após um ano de atividades (2014) a equipe multiprofissional do Caps avaliou
(por meio de uma ficha de avaliação e de reuniões) que as oficinas desenvolvidas foram capazes
de instrumentaliza-los quanto ao manejo clínico dos usuários do Caps. Para os técnicos as
atividades de extensão proporcionaram um espaço de reflexão acerca das práticas cotidianas da
equipe, e tal prática foi considerada insuficiente para a promoção da reabilitação psicossocial e
do emprego adequado do manejo clínico, pois os profissionais se deparam cotidianamente com
um número excessivo de pacientes, com colegas desmotivados, e, sobretudo com a gravidade e
complexidade dos quadros clínicos. A problematização desses fatores aliada a busca de soluções
compartilhadas contribuíram significativamente para que os profissionais pudessem reavaliar de
forma crítica e sistemática as suas práticas; fato esse que promoveu o aprimoramentos dos
profissionais com a consequente qualificação dos serviços prestados.
Palavras chave: Manejo Clínico/Neurose/Psicose/Caps
SAU – 026
EFICÁCIA DE UM PROGRAMA DE TREINO COGNITIVO PARA IDOSOS
COGNITIVAMENTE SAUDÁVEIS - PROJETO ATIVAMENTE - UFABC
Maria Teresa Carthery Goulart.
Instituição: Universidade Federal do ABC
E-mail de contato: [email protected]
Estudos indicam que intervenções em forma de treino cognitivo podem ajudar idosos a manter e
maximizar as suas funções cognitivas, incentivando o processamento contextualizado das
informações e o uso de estratégias que potencializam os processos de codificação e resgate dos
conteúdos armazenados na memória de longo prazo. No entanto, há controvérsias sobre que
tipos de treino podem potencializar os ganhos cognitivos e sobre quanto tempo após o treino os
ganhos se mantêm. Somado a isso, há ainda poucos estudos sobre treino cognitivo com idosos
brasileiros, cujo perfil cultural, econômico e educacional se difere das populações comumente
investigadas. Diante disso o presente trabalho de pesquisa e extensão teve como objetivos a
realização de um programa de treino cognitivo, dirigido à população idosa brasileira sem
declínio cognitivo patológico a fim de otimizar seu funcionamento mental, enfocando a melhora
da memória episódica. Sessenta indivíduos foram selecionados, 45 participaram do grupo de
treino cognitivo (grupo experimental) e outros 15 do grupo controle (fizeram avaliações pré e
pós-teste e não realizaram o treino cognitivo mas foram convidados a frequentar a UFABC em
outras atividades de extensão). Foi desenvolvido programa educativo e de treino cognitivo com
estratégias para facilitar o funcionamento da memória episódica. Os grupos experimental e
controle passaram por uma etapa de pré-testes de desempenho cognitivo, funcional, humor e
qualidade de vida. Após este mapeamento inicial, os idosos do grupo experimental participaram
de 8 sessões de treino (1 vez por semana durante 90 minutos). Todas as atividades dos grupos
experimental e controle foram realizadas em 2,5 meses e após esse período ambos os grupos
foram reavaliados. Entre os 60 participantes, 18 do grupo experimental e 12 do grupo controle
preencheram os critérios de inclusão e exclusão para o estudo e seus dados de pré-teste e pósteste foram utilizados avaliação da eficácia do treino cognitivo, pois somente estes indivíduos
não apresentaram resultados sugestivos de déficit cognitivo, depressão e ansiedade e
participaram de todas as etapas do estudo. Os indivíduos do grupo experimental consideraram as
atividades agradáveis e reportaram satisfação e melhora na percepção da própria memória e
humor no dia a dia pós treino cognitivo. O grupo experimental apresentou melhoras pós-treino
estatisticamente significantes em duas medidas de memória episódica (p <0,01) e também em
uma medida memória de trabalho (p <0,05). Já o grupo controle apresentou melhora
significativa em uma medida de memória explícita (p <0,05). Nossos resultados preliminares
mostraram que o treinamento cognitivo empregado não tem um impacto global na cognição,
mas mostra melhora específica para as funções treinadas, mostrando eficácia do treino. As
melhoras do grupo de controle necessitam de mais pesquisas, já que podem ser explicados em
termos de efeitos placebo por terem frequentado a universidade em atividades de extensão e
culturais variadas ou efeitos de prática da tarefa. Ainda é necessário aumentar o número de
participantes e combinar os grupos de acordo com o perfil sociodemográfico.
Palavras chave: ENVELHECIMENTO/ RESERVA COGNITIVA/ TREINO COGNITIVO
SAU – 027
Estudo da adesão às modalidades do Projeto de Extensão: Iniciação Esportiva em
Esportes Coletivos do Programa Esporte e Lazer na Cidade vinculado a
Universidade Federal de Viçosa - Campus Florestal
Maysa Araujo de Carvalho; Isabella Carolina Silva Pereira; Juliana de Oliveira Torres.
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA - CAMPUS FLORESTAL
E-mail de contato: [email protected]
A busca pela saúde e qualidade de vida leva as pessoas a procurar diversas atividades físicas. A
participação da mídia eleva o esclarecimento da população sobre os benefícios de uma vida mais
ativa. Com o aumento da expectativa de vida, sabe-se que essa conscientização é uma questão
de saúde pública. Apesar disso, nos dias atuais, acontece um crescimento exponencial do número
de sedentários. Dentre diversos benefícios, a atividade física pode minimizar os malefícios
advindos do sedentarismo, provocar uma melhora no estado de humor, na qualidade de vida e na
saúde dos indivíduos. Assim, o objetivo do Projeto de Extensão de Iniciação Esportiva em
Esportes Coletivos: Basquetebol, Handebol e Voleibol, vinculados ao Programa Esporte e Lazer
na Cidade do Proext - MEC/SESu é oferecer atividades de esporte e lazer para população do
município de Florestal-MG. Para obtenção dos dados foi aplicado um questionário
semiestruturado. A amostra do estudo foi composta por 38 (trinta e oito) indivíduos com 16,7
±1,4 anos de idade, sendo 53% composta por indivíduos do sexo feminino e 47% por indivíduos
do sexo masculino. 79% da amostra declararam não possuir problemas de saúde, enquanto que
21% declararam possuir problemas de saúde. Os problemas citados foram: problemas
respiratórios (62,5%), problemas cardíacos (12,5%), diabetes (12,5%) e enxaqueca (12,5%). Em
relação a prática de atividades físicas, 53% dos indivíduos alegaram ser praticantes, enquanto
47% responderam não praticar atividades físicas. As atividades esportivas acontecem no Ginásio
Poliesportivo da Universidade Federal de Viçosa - Campus Florestal. O projeto é oferecido duas
vezes na semana com duração de uma hora, sendo três modalidades esportivas em horários
distintos. Em relação a opção das modalidades oferecidas, 53% dos indivíduos inscritos optaram
pela prática de apenas uma modalidade, 37% de indivíduos optaram pela prática de duas
modalidades e 10% de indivíduos escolheram praticar três modalidades. Diante dos resultados,
pode-se concluir que o público de maior adesão foi o adolescente, sendo que um fator a ser
considerado é o alto índice de inatividade física, que pode estar associado a grande influência
dos meios tecnológicos nos dia atuais. O projeto se propõe a promover uma maior participação
em atividades esportivas e foi verificado que alguns indivíduos adeririam a mais de uma
modalidade esportiva, indicando uma possível carência de oportunidades para essa prática.
Palavras chave: Saúde/ Qualidade de Vida/ Prática Esportiva
SAU – 028
DIABETES, VOCÊ SABE O QUE É ISSO?
Natanael Pereira Batista; Marina Cabral Waiteman; Renan de Jesus Teixeira; Patricia Monteiro
Seraphim.
Instituição: UNESP - Universidade Estadual Paulista
E-mail de contato: [email protected]
Ação: O diabetes mellitus é uma síndrome caracterizada por altos níveis de glicose sanguínea em
situações de jejum, alterando o metabolismo em geral por conta de uma deficiência na secreção
da insulina. Apesar de ser conhecida mundialmente, muitas pessoas ainda não sabem exatamente
as causas e as formas de evitar essa doença, tornando o número de diabéticos cada vez maior.
Como principal causa, a obesidade associada a algumas situações tem se tornado algo muito
comum ultimamente tanto no Brasil como no mundo, e é algo que se deve tratar com extrema
importância. A mudança do hábito alimentar e a prática de exercícios físicos é a saída para o
tratamento e a prevenção do diabetes, já que a partir desses fatores é possível ter maior controle
do nosso organismo frente a essa situação. Além disso, o controle e a verificação da glicemia
deve ser algo constante, pois o diabetes se desenvolve de forma silenciosa e a longo prazo, tendo
como principais sintomas o excesso de urina (poliúria), excesso de sede (polidipsia), excesso de
fome (polifagia), fraqueza, rápido emagrecimento e dificuldade na cicatrização. Essa síndrome
atinge boa parte da população mundial e principalmente brasileira, sendo uma das principais
causas de morte no mundo. Objetivo: Desta forma, este projeto teve por objetivo levar ao
público leigo, freqüentadores de projetos de extensão da UNESP de Presidente Prudente, e para
alunos do curso de Graduação da FCT/UNESP, e em algumas escolas da região, informações
explicativas a respeito da doença diabetes, bem como orientar sobre os tratamentos atuais e as
principais formas de prevenção de desenvolvimento da doença, para melhora da qualidade de
vida do público em questão. Metodologia: No ano de 2014, alunos do curso de Fisioterapia,
participantes voluntários neste projeto de extensão, realizaram revisão bibliográfica acerca de
conhecimentos específicos sobre a doença diabetes e elaboraram folheto explicativo e
apresentação no formato de palestra com discussão sobre o assunto e com a realização de uma
dinâmica envolvendo o público presente. Resultados: Este projeto tem sido realizado desde
2009, e no ano de 2014 foram feitas apresentações para aproximadamente 300 indivíduos, os
quais inicialmente tinham muitas dúvidas sobre a doença, mas, posteriormente, sentiram-se
satisfeitos com as informações obtidas com as apresentações das palestras. As apresentações
foram muito bem recebidas e acreditamos ter atingido o objetivo do projeto: passar
conhecimento científico para público leigo, com melhoria no entendimento dos jovens, adultos e
idosos para que haja adoção de novos hábitos saudáveis de vida, tais como hábitos alimentares e
de atividade diária, visando sempre a propagação deste conhecimento para que futuramente
possa ser notório uma mudança nos índices atuais, que segundo a Organização Mundial da Saúde
poderá ser a sétima principal causa de morte no mundo em 2030, sendo que em 2012 as doenças
crônicas causavam quase dois terços das mortes no mundo.
Palavras chave: Diabetes / Vida Saudável / Palestras / Alerta
SAU – 029
Intervenções em Psicologia em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos
do interior paulista.
Patricia Arras Bertozzi; Mariele Rodrigues Correa; Priscila Nery Duarte; Jennifer do Nascimento
Pedrero.
Instituição: Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho"
E-mail de contato: [email protected]
Este trabalho consiste em realizar intervenções em Psicologia em uma Instituição de Longa
Permanência 'Abrigo aos Idosos' na cidade de Assis/SP. A área de atuação seria a psicologia
social com foco na saúde mental dos moradores da instituição, sempre com uma visão crítica
acerca da instituição, dos agentes e dos próprios internos. Procuramos desenvolver atividades
junto aos idosos asilares que promovam o resgate de histórias de vida e de construção de um
espaço de convivência e de trocas afetivas, tendo em vista a interação e a socialização entre eles,
a fim de diminuir o sentimento de solidão. De acordo com a Política Nacional do Idoso (PNI), o
cuidado com os mais velhos deveria se dar, preferencialmente, junto aos familiares. Porém,
devido a diversos fatores, como questões econômicas e necessidade de cuidados em saúde
especializados, muitos idosos passam a residir em asilos Instituições de Longa Permanência para
Idosos (ILPIs). A institucionalização da velhice certamente é uma temática deveras complexa e
traz vários desdobramentos para a subjetividade do idoso, para seu entorno social e para a
comunidade. As regras do estabelecimento asilar são fixas, com enquadramento de horários,
rotinas e atividades diárias. Em alguns casos, os residentes acabam vivendo num mundo à parte,
em que perdem sua individualidade, entram em um processo de isolamento, do que resulta um
mundo sem significado pessoal. Além disso, notamos que, além do abandono familiar, muitos
sofrem com o isolamento social, uma vez que nem sempre a comunidade está atenta para as
demandas de inserção dos idosos na vida comunitária. Diante disso, elaboramos encontros
semanais para potencializar a subjetividade e resgatar a memória dos internos. Para isso,
utilizamos dispositivos como músicas típicas da região, filmes e objetos que possam trazer
lembranças a partir da senso-percepção. Até o momento, foram realizados doze encontros
semanalmente, com duração de uma hora e trinta minutos cada um, com a participação de vinte
idosos institucionalizados. Como resultados iniciais, destacamos que esses encontros têm se
mostrado enquanto uma ferramenta possível para compartilhar narrativas e memórias, além de
promover vínculos entre os idosos e as estagiárias do curso de Psicologia. Algumas vezes
encontramos dificuldades com relação à resistência de alguns para participarem das atividades,
seja diante de situações de limitações físicas, seja porque vivem um isolamento social dentro da
instituição. Entretanto, com o decorrer dos encontros, estamos em um processo de construção de
vínculos, o que vem proporcionando maior adesão dos idosos nas atividades. Procuramos
trabalhar em parceria com os técnicos da assistência social e da enfermagem no asilo, a fim de
realizar trocas de experiências para melhor desenvolver o trabalho. Entendemos que a prática em
Psicologia no ambiente asilar pode ser um campo de intervenção muito propício ao resgate de
histórias de vida, de promoção de sociabilidade e de saúde, ainda mais no cenário brasileiro
frente ao processo de envelhecimento da população.
Palavras chave: Psicologia/ Idodos/ Instituição de Longa Permanencia
SAU – 030
Avaliação e orientação em fisioterapia neurológica para pacientes, familiares e
cuidadores: visão para neuroplasticidade
Paula Takeuti; Érika Dourado de Souza; Magda Campos Curcino; Ana Beatriz Segatto Pignatti;
Thairyne Olivato; Eliane Ferrari Chagas.
Instituição: Unesp
E-mail de contato: [email protected]
Ação: A neuroplasticidade é a capacidade do sistema nervoso de modificar a organização
funcional e estrutural de elementos neurais frente às exigências adaptativas do ambiente,
atuando como fundamento da recuperação. Nas lesões neurológicas como traumas e doenças
cerebrovasculares, os 6 primeiros meses após a lesão são cruciais, pois é neste período que o
processo de recuperação se encontra potencializado. Há situações em que um indivíduo não
consegue usufruir do atendimento de Fisioterapia e Reabilitação, suscitando interferências
negativas para a recuperação deste e de seu contexto familiar. A partir disso, o projeto busca
contribuir para uma melhor recuperação funcional dos indivíduos, contando com a participação
de familiares/cuidadores no emprego de potencialização da neuroplasticidade. Objetivo: O
projeto possui o intuito de avaliar indivíduos acometidos por afecções neurológicas, analisando o
quadro disfuncional e o contexto domiciliar em que se encontram, de modo a orientá-los
juntamente com seus familiares/cuidadores. Metodologia: O projeto acontece no Centro de
Estudos e Atendimentos em Fisioterapia e Reabilitação (CEAFIR) da FCT/UNESP, sendo realizado
por meio de uma avaliação inicial, mediante agendando prévio, seguido de reavaliações no 15º e
30º dia subsequentes para reorientação conforme cada caso. A avaliação consiste numa
entrevista para obtenção de dados pessoais e da lesão. São aplicados a Escala de Equilíbrio de
Berg, Índice de Barthel Modificado e uma Planilha de Tarefas para avaliar posicionamentos,
mudanças de decúbito, atividades funcionais e de vida diária. A partir disso, são feitas
orientações que contemplam: realização de exercícios, adaptações domiciliares, posicionamento
apropriado, cuidados gerais, explicação sobre a doença e demais informações necessárias. Essas
informações são apresentadas em material impresso acompanhadas de imagens fotográficas e
explicações para serem realizados em casa. Todos os indivíduos são informados quanto às
características do estudo e, em concordância, assinam o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da FCT/UNESP Nº
02818113.60000.5402. Resultados: Foram avaliadas 24 pessoas, 10 homens e 14 mulheres,
hemiplégicos e hemiparéticos, sendo 15 à direita e 9 à esquerda, com média de idade 58±4,24
anos. Dos 24 sujeitos, 17 não retornaram para a segunda avaliação, pois 2 tiveram recuperação
total, 13 foram inseridos na Fisioterapia e 2 não há informação. Dos outros 7, 4 retornaram após
30 dias, sendo 2 inseridos em Fisioterapia. Todos receberam orientações personalizadas e
impressas direcionadas aos seguintes aspectos: postura sentada e em pé; endireitamento;
propriocepção; exercícios diários; utilização de estratégias dos objetos; participação em casa;
atividades diárias, entre outros. Conclusões: Este trabalho possibilitou verificar que essa avaliação
com orientação específica estava sendo muito importante para os pacientes e seus familiares,
pois aprendiam sobre as atividades em casa (como pegar o paciente, levantar, transferir para um
banheiro, dentre outras), entendiam como fazer exercícios ou mesmo as posturas que
beneficiavam a recuperação, eram conscientizados sobre a importância do exercício diário, do
estímulo participativo do paciente e outras informações e orientações simples que ajudavam no
dia-a-dia de todos. Neste entendimento, esta ação contribui para a neuroplasticidade, estado de
recuperação, reabilitação, na execução de atividades e na participação social.
Palavras chave: Reabilitação / Neuroplasticidade / Orientações domiciliares / Fisioterapia
SAU – 031
Produção de Equipamentos de Pilates
Rafaele Almeida Munis; Leandro Leite de Oliveira; Larissa Almeida Rosolem; Gisela Carolina
Neves Silva; Anderson Giovani Lopes; Aliane Cardoso de Almeida; Victor Galvão dos Santos;
Nivaldo Roel Lemes; Juliana Cortez Barbosa.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (UNESP)
E-mail de contato: [email protected]
Introdução O projeto em desenvolvimento de extensão caracteriza-se pela produção de
equipamentos de Pilates fabricados com a matéria-prima madeira e seus resíduos, os quais
promovem a recuperação física, motora e o bem-estar da comunidade a qual o projeto atende.
Como consequência há o fortalecimento e alongamento dos músculos que estão encurtados,
além de promover o aumento da mobilidade das articulações. Os equipamentos vem sendo
fabricados pelos alunos do Programa de Educação Tutorial do curso de Engenharia Industrial
Madeireira. Objetivos Esse projeto de extensão visa a construção de equipamentos de pilates
para atender a comunidade externa e além da implantação de uma academia no próprio Campus
da Unesp de Itapeva. Material e Métodos O trabalho foi realizado no Laboratório de Mobiliário
e de Construção da Universidade Estadual Paulista 'Júlio de Mesquita Filho' - Campus
Experimental de Itapeva/SP. O desenvolvimento dos equipamentos foram embasados nas
dimensões de equipamentos comerciais de uma academia de pilates da cidade, os quais foram
desenhados em um software apropriado. Os mesmos foram confeccionados a partir de peças de
madeira, utilizando painéis sarrafeados do tipo EGP, sendo alguns resíduos, obtido de árvores da
espécie Pinus ellioti, provenientes da doação de uma serraria da região de Itapeva/SP. Foram
adotados os requisitos básicos de qualidade para acabamento superficial, como lixamento,
aplicação de seladora e verniz. A montagem foi feita com uniões metálicas, de parafusos e
pregos. O estofamento foi realizado com com espumas de densidades específicas para pilates e
tecido do tipo courvin. Os equipamentos fabricados foram do tipo step barrel e ladder barrel.
Tendo este a utilização de bastões de madeira da espécie Eucalyptus grandis, por possuir maior
resistencia mecânica, também proveniente de doação, sendo tingidos e envernizados. Resultados
e Discussão Foram finalizadas as construções dos equipamentos, e realizadas parcerias com duas
instituições da cidade. Uma, a instituição de ensino Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de
Itapeva (FAIT), que disponibiliza alunos do curso de Fisioterapia, os quais realizam semanalmente
exercícios laborais com os equipamentos dentro do campus para a comunidade acadêmica e
funcionários. A outra, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Itapeva, onde
foram doados os equipamentos para serem aplicados exercícios especialmente em crianças
portadoras de deficiência físicas e mentais, no centro de apoio diagnose e terapias integradas.
Conclusões Foram alcançados os objetivos iniciais esperados, de contribuir com a comunidade
externa e interna à UNESP através da construção dos equipamentos e das parcerias realizadas
nos decorrer do projeto. Este projeto teve ainda a importe contribuição para a formação dos
alunos de graduação através de trabalhos prático e de vivência com a comunidade externa
percebendo suas necessidades de intercambio com a academia.
Palavras chave: Pilates/ resíduos de madeira/ saúde/ engenharia industrial madeireira
SAU – 032
Grau de Conhecimento de Proprietários de Animais atendidos por Projeto de
Extensão Universitário em Araçatuba, SP.
Renan Bezerra Martins; Walter Bertequini Nagata; Bruno Ribas Vieira; Izabella Pazzoto Alves;
Juliane Teramachi Trevizan; Ana Beatriz Botto de Barros da Cruz Favaro; Douglas Augusto
Franciscato; Marion Burkhardt de Koivisto.
Instituição: UNESP - FMV - Campus de Araçatuba
E-mail de contato: [email protected]
O projeto de Esterilização em Cães e Gatos da Faculdade de Medicina Veterinária, UNESP,
Campus de Araçatuba promove treinamento técnico-social para os alunos do 4º e 5º ano da
graduação, além de beneficiar proprietários mais carentes e desenvolver a conscientização
destes proprietários sobre posse responsável, bem estar animal, zoonoses e sanidade animal. O
objetivo do trabalho foi avaliar o nível de conhecimento dos proprietários sobre reprodução,
sanidade e nutrição dos seus animais, a fim de promover medidas para instruir e orientar os
proprietários que participam do projeto. Para obtenção dos dados foi utilizado questionário em
forma de alternativas de múltipla escolha que abordou os seguintes tópicos: perfil do
proprietário, conhecimento sobre zoonoses, ciclo reprodutivo e sanidade animal. Um total de
200 questionários foi aplicado no período de 2013 a 2014, aos proprietários dos animais
castrados nestes anos. Banco de dados foi criado no Microsoft Office Excel 2010, e as análises
estatísticas descritivas foram efetuados com o software Action. De acordo com os resultados
encontrados, nota-se que: 47,5% (95/200) dos proprietários têm como motivo da castração de
seus animais a contracepção; 57,5% (115/200) alegaram ter realizado este procedimento em
clínicas ou hospital veterinário; 87,5% (175/200) afirmaram que a castração de machos é mais
simples que a da fêmea; 50% (100/200) acreditam que a cadela tem seu primeiro cio aos 10
meses de idade; 48,5% (97/200) responderam que a gata tem seu primeiro cio entre 4 a 6 meses
de idade; 65% (130/200) acreditam que o cruzamento ocorre após o sangramento; 85%
(170/200) dos proprietários nunca usaram anticoncepcionais; 71,5% (143/200) não acham estes
medicamentos seguros; 49,5% (99/200) afirmaram que a administração de anticoncepcionais é
feita após o cruzamento; 94,5% (189/200) vacinam seus animais anualmente para raiva; 83,5%
(167/200) vacinam seus animais em clínicas e hospitais veterinários; 50% (100/200) vermifugam
seus pets anualmente; 74,5% (149/200) administra apenas ração como alimentação; e 52%
(104/200) dos animais ficam com a alimentação a vontade. De uma maneira peculiar e empírica,
os proprietários apresentam certo grau de conhecimento em relação a alguns aspectos
importantes da reprodução, sanidade e nutrição de animais de estimação, porém, é
imprescindível que existam ações conjuntas que priorizem a atenção e a orientação à
comunidade sobre os cuidados com seus animais de estimação, com o propósito de contribuir
para uma melhor sanidade animal, o que resulta em bem estar animal e posse responsável.
Palavras chave: sanidade animal/ questionário/ controle de natalidade/ posse responsável
SAU – 033
Ocorrência de acidentes de trânsito - Estratégias de promoção em saúde
Renata Aparecida Camargo Batista; Luciene Maura Mascarini Serra.
Instituição: Universidade Estadual Paulista - UNESP
E-mail de contato: [email protected]
Os acidentes de transporte terrestre estão entre as dez principais causas de morte no mundo, e
preocupando-se com essa classificação, a Organização Mundial da Saúde lançou a Década de
Ação pelo Trânsito Seguro (2011-2020). Com base no Plano de Ação da Década, o presente
projeto teve como objetivo conhecer os hábitos de tráfego terrestre dos jovens universitários,
para que medidas de prevenção de acidentes fossem discutidas e colocadas em prática. Para isso,
um questionário semiestruturado foi construído e aplicado, entre os meses de fevereiro e junho
de 2014, aos estudantes do primeiro semestre da UNESP, campus de Botucatu - Instituto de
Biociências, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Faculdade de Medicina e Faculdade
de Ciências Agronômicas. Havia questões relativas a características socioeconômicas, ao
comportamento dos jovens no trânsito e a utilização das rodovias Alcides Soares e Geraldo de
Barros - SP 191, que margeiam a cidade de Botucatu. A análise dos dados foi realizada com 120
questionários, através do software Epi InfoTM 7, de forma descritiva e por meio de associações
entre diferentes variáveis. Adotou-se o Teste de Qui Quadrado, com intervalo de confiança de
95%. Quanto aos resultados, o perfil dos alunos foi: idade entre 17 e 46 anos, com média de
19,38; maioria do sexo feminino; de cor branca; renda familiar de 4 a 6 salários mínimos; que não
possuem Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e que nunca estiveram envolvidos em algum
acidente de trânsito. A partir da associação da variável 'possuir a CNH' com a variável
'envolvimento em acidentes de trânsito', foi possível identificar que a frequência de indivíduos
que possuem CNH e já estiveram envolvidos em algum acidente é mais alta quando comparada a
indivíduos que não a possuem (p<0,05). Apesar disso, pessoas que possuem CNH costumam
utilizar o cinto de segurança com mais frequência (p<0,05). Ao associar a variável 'sexo' com a
variável 'dirigir alcoolizado', observou-se que pessoas do sexo masculino responderam já terem
dirigido sob o efeito de bebidas alcoólicas com frequência maior do que pessoas do sexo
feminino (p<0,05). Também, pode-se notar que estudantes homens revelaram utilizar o celular
enquanto estão dirigindo mais frequentemente do que estudantes mulheres (p<0,05). As
informações mais relevantes referem-se à associação da variável 'envolvimento em acidentes de
trânsito' com variáveis correspondentes a atitudes do indivíduo. Pode-se afirmar que o
envolvimento em acidentes está fortemente relacionado ao consumo de bebidas alcoólicas.
Portanto, dirigir alcoolizado é um fator de risco para a sua ocorrência (p<0,01). Outros
comportamentos também foram apontados como fatores de risco: utilizar o celular (p<0,05) e
manter o rádio ligado (p<0,05) durante a direção. A respeito das conclusões, a importância de
trabalhos como este está na definição de padrões danosos não apenas dos jovens, mas também
das vias de circulação, e de um plano de melhorias que alcance toda a sociedade, que possa ser
transmitido a ela e executado de maneira simples. É preciso ainda investir para provocar
alterações no cenário atual, que pode ser transformado através da conscientização e da prática
diária de medidas de segurança.
Palavras chave: Promoção em saúde / Trânsito / Segurança / Acidente
SAU – 034
ATIVIDADES FÍSICAS E SOCIESPORTIVAS COMO PROPOSTA DE EXTENSÃO
UNIVERSITÁRIA PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Roberto Silva Junior.
Instituição: Pontifícia Universidade Católica de Campinas
E-mail de contato: [email protected]
A participação de pessoas com deficiência em atividades físicas e socioesportivas pode ser um
caminho para a valorização e reconhecimento de pessoas com deficiência como membros de
uma sociedade justa e solidária. Atentos a esta realidade, o projeto "Práticas de Atividades Físicas
e Socioesportivas para Pessoas com Deficiência" está sendo oferecido por meio da extensão
universitária da PUC-Campinas nos anos de 2014 e 2015. Tendo como objetivo geral o
desenvolvimento de práticas socioesportivas com a participação de crianças e adolescentes com
deficiência que possam integrar treinamentos e competições de acordo com a metodologia
estabelecida pela Special Olympics, esta proposta embasa-se na filosofia e metodologia desta
instituição mundial que enfatiza a importância da 'participação' das pessoas com deficiência em
esportes e competições justas, para promoção da inclusão. Dessa maneira, o público-alvo do
projeto são alunos de escolas da Secretaria Municipal de Educação de Campinas com e sem
deficiência. Em parceria com a prefeitura municipal da cidade, os participantes das oficinas
(como são denominados os encontros semanais) são transportados com ônibus de suas
respectivas escolas até as dependências esportivas do Campus I da PUC-Campinas. São
abordados nas oficinas: atividades motoras adaptadas (para pessoas com maior
comprometimento intelectual e/ou motor); atleta jovem (destinada a crianças entre três e sete
anos de idade) e treinamentos esportivos em atletismo, ginástica, natação e tênis de mesa (que
podem ser realizados por crianças a partir de oito anos de idade, que tenham condições de
realizar as tarefas propostas). As oficinas são elaboradas e aplicadas pelo docente responsável,
em conjunto com alunos bolsistas de extensão. Ocorrem semanalmente, com 4 horas de duração
e estruturam-se nas seguintes partes: 1. roda de conversa: socialização inicial e apresentação das
atividades do dia; 2. parte principal: cada participante permanece com seu grupo,
desenvolvendo tarefas específicas; 3. atividades aquáticas: momento em que todos os
participantes vão juntamente para a piscina e lá realizam atividades em grupos divididos por
habilidades e 4. parte final: todos realizam atividades de descontração ainda no meio líquido. Os
resultados alcançados no ano de 2014, com relação ao público-alvo foram: 1) melhora quanto à
qualidade de participação nas oficinas (com relação à compreensão de regras, demonstração de
respeito aos professores e alunos, demonstração de afeto e sociabilidade, participação
espontânea nas atividades, organização e cautela no uso de materiais); 2) aumento da autonomia
na realização de tarefas motoras (no início do ano de 2014, 53,1% dentre 32 participantes
realizavam as atividades sem auxílio de outra pessoa e após 6 meses, 75% conseguiam participar
das oficinas sem ajuda de outrem e 3) evolução das habilidades motoras básicas e consequente
melhora da saúde e qualidade de vida dos participantes. Conclui-se que as atividades propostas
permitiram a consecução dos objetivos e que os resultados alcançados demonstram a
importância do desenvolvimento de atividades físicas e sociesportivas para pessoas com
deficiência para sua melhora motora, cognitiva, afetiva e social.
Palavras chave: Saúde/Pessoas com Deficiência/Extensão Universitária
SAU – 035
Biossegurança no atendimento às clientes de manicure e pedicuro
Silvia Ricci Tonelli; Bianca Neves; Natalia Lobo da Silva.
Instituição: PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS
E-mail de contato: [email protected]
O enfermeiro formado pela Faculdade de Enfermagem da PUC-Campinas deve ter, entre outras
competências, a capacidade de assumir postura ética, respeitando e valorizando o ser humano
de forma integral com consciência crítica sobre a realidade social, assumindo atitudes e
comportamentos efetivos que atendam necessidades de saúde da população. A educação em
saúde, deve permear estas práticas de forma a conscientizar os indivíduos sobre os cuidados com
a saúde necessária conduzindo-o ao auto-cuidado. No Brasil, a hepatite C é responsável por 70%
das hepatites crônicas e sua principal via de transmissão é a sanguínea, por meio de transfusão,
compartilhamento de objetos perfurantes, e, ou cortantes não esterilizados e uso de drogas.
Objetivos: capacitar manicures informais e formais em atuação na região adstrita a dos centros
de saúde de parceria plena com a Universidade, para o exercício profissional qualificado por
meio do ensino dos riscos do manuseio de materiais perfurantes e cortantes e sangue humano,
bem como por noções de assepsia e antissepsia destes materiais, no sentido de prevenir a
contaminação tanto nelas como em suas clientes e proporcionar aos alunos, a oportunidade de
vivenciar a extensão universitária contribuindo para a formação pluridimensional e cidadã do
profissional. Metodologia: Com início em setembro de 2014 e término em dezembro de 2015,
contamos com dois Bolsistas de Extensão do curso de graduação de enfermagem. Baseados em
levantamento bibliográfico foram construídos os materiais de apoio e informativo para as
oficinas onde foram abordadas noções de microbiologia aplicada a atividade, classificação de
materiais segundo risco de contaminação, reprocessamento de materiais críticos em ambiente
não hospitalar, uso de equipamentos de proteção individual e imunizações contra hepatite e
fornecimento de material informativo em linguagem acessível e avaliação oral ao final das
oficinas. RESULTADOS PARCIAIS: Nas seis oficinas obtivemos um público de 24 pessoas. Destas
24, nove eram manicures profissionais e 15 informais. O uso da panela de pressão como meio de
esterilização foi apontado como recurso desconhecido porém, acessível que doravante será
utilizado. As manicures formais, quando fazem o curso preparatório para exercer tal atividade,
são esclarecidas sobre a importância da biossegurança no trabalho porém, a maioria do público
em questão eram manicures informais e portanto sem os conhecimentos básicos necessários para
a prevenção de doenças e segurança pessoal. O desconhecimento dos direitos e deveres tais
como a vacinação oferecida pela rede pública, o uso de equipamentos de segurança e o cuidado
adequado com os artigos das manicures informais ficou claro, já o grupo das manicures formais
mostrou saber sobre seus deveres porém, muito pouco sobre seus direitos (como a vacinação em
UBS) CONCLUSÕES: Entendemos que a falta de envolvimento dos profissionais das UBS e de
alguns do ProgEn, no sentido de divulgar as oficinas, foi fator preponderante na baixa adesão da
população. Percebemos pelas respostas às questões propostas ao final das oficinas, que
conseguimos alcançar o que nos propusemos, no sentido de informar quanto a necessidade da
prevenção da hepatite com o uso da vacina e com o cuidado com os materiais.
Palavras chave: biossegurança/ precauções universais/vacinas/ manicure
SAU – 036
ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA COM IDOSOS: PREVENÇÃO E PROMOÇÃO A
SAÚDE, POSTURA CORRETA E ATIVIDADE DE VIDA DIÁRIAS
Stefane Cristina Oliveira Souza; Maria Imaculada de Lima Montebello.
Instituição: Universidade Metodista de Piracicaba
E-mail de contato: [email protected]
Estima-se que em 2050 o Brasil terá 22,5% de idosos, segundo dados da Organização das
Nações Unidas (ONU), o aumento significativo da população idosa, pode estar associada a
expectativa de vida e a implementação de várias políticas públicas voltadas para a promoção de
melhorias na qualidade de vida da população, nesse contexto a saúde, por meio de atividades
educativas cujo foco é a formação e capacitação da comunidade tem sido uma abordagem
muito aplicada para a melhoria da qualidade de vida dos idosos. As atividades sócias educativas
exigem uma combinação de ações da sociedade local e dentre elas destaca-se a extensão
universitária, onde se insere a atividade do Projeto Rondon cujo desenvolvimento reúne esforços
de três segmentos da Sociedade Civil; o Ministério da Defesa, a Universidade e a Administração
pública local. Nessa perspectiva pretende-se descrever o significado de vivenciar uma oficina de
atuação fisioterapêutica como forma de capacitação da comunidade no contexto do Projeto
Rondon, durante a Operação Porta do Sol que foi realizada em janeiro de 2015, no município de
Pirpirituba, estado da Paraíba. É importante destacar que o município apresenta crescente índice
de desenvolvimento humano, IDHM= 0,46 em 2000 e IDHM=0,59 para o ano 2010, segundo o
IBGE. Participaram da oficina: Oficina-Encontro com idosos para postura correta e atividade de
vida diária, idosos do grupo da terceira idade (n=15) e Agentes Comunitários de Saúde (n=5)
todos com estreita relação com o Centro de Referência da Assistência Social (CRAS). Foi
realizada a Dinâmica em Grupo na metodologia de roda de conversa, com intuito de possibilitar
ao grupo o conhecimento das técnicas em fisioterapia como forma de promoção da saúde sobre
os benefícios da boa postura na prática de atividades do cotidiano: como levantar bem o corpo
ao acordar; a postura correta para escovar os dentes; a melhor postura para as atividades de
limpeza do lar; orientação para evitar curvar-se muito o tronco. As 4 atividades posturais foram
apresentadas de modo lúdico, para avaliar os resultados utilizou-se como questão norteadora a
reflexão sobre o significado de participar da oficina. Aplicando análise de conteúdo identificouse como resultados: a discussão sobre a importância e os benefícios da atividade física regular e
da postura correta para o hábito na vida cotidiana dos idosos; as dificuldades e as estratégias
para a incorporação das atividades na vida diária. Pode-se constatar que houve uma ampliação
significativa na visão do grupo sobre o papel da Fisioterapia na comunidade.
Palavras chave: Orientações posturais / Idoso/ Fisioterapia / Prevenção e promoção a saúde
SAU – 037
INTERDISCIPLINARIDADE NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE: UMA
EXPERIÊNCIA DO PET SAÚDE REDES DE ATENÇÃO, NA UNIVERSIDADE FEDERAL
DE RORAIMA
Tarcia Millene de Almeida Costa Barreto; Fabricio Barreto.
Instituição: Universidade Federal de Roraima
E-mail de contato: [email protected]
O Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde (PET-Saúde) foi criado em 2008 e inspirado
no Programa de Educação Tutorial - PET, do Ministério da Educação - ME, tendo como
pressuposto a educação pelo trabalho. A justificativa deste relato está no imenso conhecimento
adquirido pelos integrantes do grupo quanto ao funcionamento das redes e da vivência na
realidade do SUS. O objetivo deste estudo é relatar a experiência docente adquirida com a
participação de estudantes dos cursos de medicina e enfermagem no Programa de Educação
pelo Trabalho para a Saúde - Redes de Atenção, na medida em que este proporcionou formação
acadêmica mais ativa e conhecedora da realidade vivida por grande parcela da população
brasileira. O PET possui ações intersetoriais direcionadas para o fortalecimento de áreas
estratégicas para o SUS, baseando-se nos princípios e necessidades e dividido em três grandes
áreas: Rede de Atenção a Saúde Indígena, Rede de Atenção Psicossocial e Rede Urgência e
Emergência. Cada grupo é composto por 1 tutor, 6 preceptores e 12 monitores bolsistas além dos
monitores voluntários. Atualmente é formado por alunos dos cursos de medicina e enfermagem.
Estes proporcionaram grande vivência através da troca de experiência e conhecimentos entre
acadêmicos, docentes, profissionais da rede de saúde e sobre o funcionamento dos locais em
atuação. Acredita-se que projetos como este estimulem a formação diferenciada de novos
profissionais da área.
Palavras chave: PET-Saúde/ Relato de experiência/ Interdisciplinaridade/ Formação Acadêmica
SAU – 038
OFICINAS COM RECURSOS CRIATIVOS PARA PAIS, AVÓS E CUIDADORES DE
CRIANÇAS ATENDIDAS EM CLÍNICA-ESCOLA DE PSICOLOGIA.
Tatiana Slonczewski.
Instituição: Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUC-Campinas
E-mail de contato: [email protected]
O presente trabalho almeja apresentar as ações de extensão universitária desenvolvidas visando
à promoção da saúde por meio de oficinas com recursos criativos com pais, avós e responsáveis
por crianças atendidas na Clínica-Escola de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de
Campinas. Esse serviço-escola, localizado no distrito noroeste do município e conveniado ao
SUS, atende a uma população com condições de renda bastante precárias e convivendo com
uma série de situações críticas, como violência e privações financeiras e sociais variadas. Os
participantes são inseridos nas oficinas da seguinte maneira: 1) como parte do processo de
acolhimento já realizado no serviço-escola; 2) pelo encaminhamento de docentes supervisores
de estágio, que identificam, dentre os casos atendidos, os pais, familiares e responsáveis que
potencialmente se beneficiariam dessa estratégia grupal, com participação dos estagiários
interessados; e 3) busca espontânea, a partir de divulgação no contexto do serviço e da
Universidade. São desenvolvidas oficinas grupais com o público-alvo, almejando a promoção da
saúde. Os encontros são semanais, em grupos com 8 a 10 participantes, além de dois bolsistas de
extensão - recém-incorporados à equipe-, dos estagiários e da docente responsável. Cada
encontro de oficina tem a duração prevista de duas horas. São previstos 32 encontros ao longo
do ano de 2015, divididos em quatro eixos de cuidado, e distribuídos nos períodos diurno e
noturno, tendo um planejamento flexível e sensivelmente adaptado às demandas da
comunidade. As oficinas contemplam elementos pedagógicos e terapêuticos, almejando a
construção de uma relação não hierárquica entre os participantes e o cuidado de humano a
humano no ofício da maternidade, paternidade e atenção à criança. Os encontros partem de
uma questão disparadora para reflexões e incluem a construção coletiva de saberes e a
promoção de diálogo respeitoso, facilitado pela abordagem profissional e por recursos criativos,
com valorização das práticas culturais e familiares exitosas no cuidado com a criança. O Projeto
teve início em fevereiro de 2015, com previsão de término em dezembro de 2015. O primeiro
ciclo de oficinas proposta se dividiu em quatro encontros, tendo como disparador a narrativa do
Mito de Ícaro, adaptado para o trabalho com os participantes, de modo a facilitar o narrar das
dificuldades e oportunidades no exercício dos cuidados com a criança, bem como as
possibilidades de ressignificar a experiência da narrativa da própria história familiar. Durante a
realização dos encontros, os recursos criativos são integrados ao processo da oficina, de modo a
favorecer que a expressão do grupo também se dê por meio de outros elementos que não
somente a fala. Os resultados ainda são parciais, uma vez que o projeto teve início recente. A
avaliação sistemática e processual das oficinas permitirá o acompanhamento sensível das
dificuldades grupais e a compreensão de práticas exitosas de cuidado com a criança. Ao final do
período, serão produzidas cartilhas e um portfólio digital descritivo das ações grupais,
resguardado o sigilo e confidencialidade, de modo a ser um material de referência para
profissionais e permitir a multiplicação na comunidade dos sentidos e práticas conjuntamente
construídos.
Palavras chave: Extensão Universitária/ Promoção da saúde/ Atenção Psicológica Clínica em
Instituições/ Clínica-Escola de Psicologia/ Oficinas para pais
SAU – 039
O psicodiagnóstico de pacientes neuróticos graves e psicóticos em um Caps
Tatiane Mariani Ojeda Baez; Cristiani Maretti Marangoni Valli.
Instituição: Pontifícia Universidade Católica de Campinas
E-mail de contato: [email protected]
O presente trabalho de extensão universitária baseia-se nos pilares da Reforma Psiquiátrica e da
desospitalização ocorridos no Brasil no final de 1980. Estes movimentos buscaram romper com o
modelo manicomial de tratamento, defendendo o tratamento humanizado de base comunitária
e obediente aos direitos da pessoa com transtorno mental. Para assegurar que tais propostas se
concretizassem, os Caps - Centros de Atenção Psicossocial - foram criados como serviços de
saúde substitutivos ao manicômio, objetivando a reabilitação psicossocial da pessoa com
transtorno mental. Para tanto, os Caps contam com uma equipe multiprofissional que opera
através da elaboração de Projetos Terapêuticos Singulares (PTS) - que levam em consideração as
singularidades de cada sujeito e de seu contexto social. Um dos fatores indispensáveis à
promoção da reabilitação psicossocial se refere a possibilidade de se traçar um psicodiagnóstico
claro e em harmonia com a realidade psíquica do sujeito em sofrimento mental. Para tanto,
objetivou-se instrumentalizar a equipe multiprofissional do Caps sobre o psicodiagnóstico de
pacientes neuróticos graves e psicóticos. Foram realizadas, para isso, oficinas que se valeram de
dinâmicas de grupo e estudos de caso, abarcando os seguintes temas: conceituações sobre
psicopatologia e normalidade psíquica; princípios do psicodiagnóstico; sintomatologia
característica das neuroses e psicoses; o pensamento, o juízo e suas alterações (delírios); a
sensopercepção e suas alterações (alucinações); reabilitação psicossocial e, trabalho em rede.
Para a concretização dos objetivos propostos foram realizados semanalmente levantamentos
bibliográficos acerca dos temas a serem abordados com a equipe multiprofissional. Tais
levantamentos se deram através de pesquisas em artigos acadêmicos, livros, teses entre outros,
constituindo a primeira etapa metodológica do projeto. A segunda etapa se configurou na
sistematização do levantamento bibliográfico em oficinas temáticas ofertada aos profissionais,
que se valeram de estudos de caso, dinâmicas, debates, dramatizações etc. A terceira etapa
metodológica se deu após a realização das oficinas, momento em que a equipe multiprofissional
era convocada a relatar as impressões, aprendizados e questionamentos suscitados pela
intervenção extensionista. Ao longo do desenvolvimento do presente projeto de extensão, podese notar que suas propostas se configuraram sobremaneira expressivas - principalmente por
terem claramente propiciado a interlocução entre a academia e um dispositivo tão caro a
sociedade como o Caps. Como resultado imediato, observa-se a evidente instrumentalização dos
profissionais da equipe multiprofissional do Caps que, a partir das discussões propiciadas pelas
oficinas temáticas, passaram a repensar a prática profissional, refinando a compreensão acerca
do psicodiagnóstico - o que se reverte diretamente em qualidade de atendimento para os
usuários do dispositivo. É possível igualmente apontar a implicação das oficinas para a práxis dos
profissionais - o que permitiu que muitas intervenções cotidianas acerca da reabilitação
psicossocial fossem reavaliadas bem como consideradas pela primeira vez. Da mesma forma,
alguns dos profissionais se implicaram na tentativa de estabelecer parcerias com dispositivos de
outras áreas de atuação, mais especificamente com os da assistência social (CRAS e CREAS) e
com os já vinculados à saúde metal (NOT - Núcleo de Oficinas de Trabalho do Serviço de Saúde
Cândido Ferreira e grupos operativos do próprio dispositivo de saúde).
Palavras chave: Saúde Mental/Psicodiagnóstico/Equipe Multiprofissional/Oficinas
SAU - 040
Oficinas Motivacionais de Bordado
Terezinha Aparecida Barreto Da Costa; Ariane Porto Costa; Celso Ribeiro de Almeida.
Instituição: UNICAMP
E-mail de contato: [email protected]
O Projeto das Oficinas Motivacionais de Bordado na Unicamp é uma proposta de inclusão social
através do bordado, são costuras bordadas de gente de diversos segmentos dentro da
Universidade, envolvendo alunos, funcionários, docentes e a comunidade em geral de Campinas
e de outras cidades para a prática do bordado como forma de construção de qualidade de vida,
lazer, cultura, pesquisa, e resgate da arte milenar do bordado em seus inúmeros desdobramentos
e formas, como a pesquisa dos contextos históricos, evidentes, em nosso cotidiano que busca a
produção de algo mais elevado do que o simples gesto de bordar, mas associações múltiplas que
além da qualidade de vida também gera emprego e renda e integração social. O projeto nasceu
na Coordenadoria de Assuntos Comunitários/PREAC/UNICAMP, em 2013 e ao longo de três
semestres, despertou um grande interesse da comunidade com crescente demanda de público
dentro da Unicamp e em comunidades diversas de Campinas e região,durante período foram
ministradas 520 Oficinas para número estimado de 1200 participantes e também motivou a
realização do 1º Seminário Nacional de Bordado e suas Histórias que contou com a presença de
420 participantes de 17 estados brasileiros com apresentação de 150 trabalhos. Em 2015 temos
como meta atender várias solicitações de várias ongs, comunidades carentes, associações de
bairros e prefeituras e vários estados brasileiros que nos solicitaram as matrizes destas oficinas
motivacionais de bordado unicamp para a formação de multiplicadores gerando assim novas
práticas de inclusão social através do bordado e resgatando através da pesquisa os valores
culturais desta arte milenar.
Palavras chave: Saúde/Qualidade de vida/ bordado/ motivação/Autoestima
SAU - 041
Saúde na escola: A busca da interdisciplinaridade entre os profissionais da saúde e
educadores em Pirpirituba-PB
Thaís Fernanda Alves; Bruno Mendes Aguiar.
Instituição: Universidade Metodista de Piracicaba - UNIMEP
E-mail de contato: [email protected]
A etiologia dos comportamentos e a complexidade da saúde faz com que a promoção de
condutas saudáveis e também a modificação de comportamentos perniciosos seja um processo
difícil, porém, concretizável. Uma das vias mais promissoras para promoção de comportamentos
saudáveis e a modificação de condutas prejudiciais à saúde de forma sustentada é a Educação
para a Saúde, que pressupõe na observação e reflexão de inúmeros aspectos relevantes sobre
suas origens, implicações e maneiras de se fazer com que se efetive, garantindo melhor
assistência de saúde e qualidade de vida à população. Em Pirpirituba-PB, vinculado com o
Ministério da Defesa, foi realizado em Janeiro e Fevereiro de 2015, o projeto Rondon Operação
Porta do Sol, em que foram desenvolvidas ações, como oficinas e palestras, sobre educação,
saúde, direitos humanos, cultura, meio ambiente, tecnologia e desenvolvimento. Nesta ocasião,
foi possível vivenciar, a experiência de se trabalhar o assunto "Saúde na escola" com os 119
professores locais do ensino infantil, fundamental I, fundamental II e educação de jovens e
adultos (EJA). É no âmbito escolar que se encontra grande parte do público que demonstra
interesse em aprender e, por consequência, onde reside o maior potencial disseminador de
informações da sociedade. Visto isso, o objetivo do trabalho era despertar a importância da
união das equipes da educação com a da saúde, uma vez que isso gera uma mudança positiva e
significativa para todos, construindo uma forma de pensar em uma saúde mais efetiva e voltada
para as reais necessidades da população. Dessa maneira foram realizadas 'rodas de conversa', em
que foram propostas maneiras para eliminar/reduzir as barreiras existentes entre estas duas
áreas, trabalhando com ênfase na necessidade da interdisciplinaridade com o assunto saúde
como ponto chave para que ocorra a promoção e prevenção da saúde na sala de aula. Foram
discutidas e propostas atividades com esse tema para que os professores participantes fossem
estimulados a uma maior percepção de como inserir a saúde no ambiente escolar, visto que é na
sala de aula que a criança explora suas potencialidades e vive inúmeras descobertas. Além disso,
foram destacadas as potencialidades de mudança na sociedade em longo prazo quando se insere
este tema na realidade dos estudantes, que serão os formadores e transformadores futuros
daquela realidade local. No decorrer das oficinas foi possível perceber o interesse e a
necessidade do tema abordado, uma vez que a capacitação dos professores e a atuação de
profissionais da saúde dentro da escola se mostrou deficiente, sendo estes um dos grandes
problemas relatados pelos professores, além da falta de participação familiar. Diante disso,
constatamos que educação em saúde, como forma de promoção da saúde no ambiente escolar e
como agente de transformação social, se faz mediante a construção de parcerias entre os
profissionais da saúde e os professores e que, em Pirpirituba, houve compreensão e grande
interesse dos educadores para implantar esse trabalho multidisciplinar dentro de suas sala de
aula.
Palavras chave: saúde na escola/ projeto rondon/ extensão/ interdisciplinaridade na escola
SAU - 042
PROCESSO DE ENVELHECIMENTO E GRUPALIDADE: POSSIBILIDADES DE
ENCONTROS NA EXTENSÃO EM PSICOLOGIA
Thaís Souza Paulillo; Anneliz Marini Paschoaletti Perri dos Santos; Mariele Rodrigues Correa; Ana
Vitória Borges Geraldi.
Instituição: UNESP - Faculdade de Ciências e Letras de Assis
E-mail de contato: [email protected]
O termo 'terceira idade' é normalmente utilizado para designar pessoas com idade igual ou
superior a 60 anos. Ao contrário do termo 'velho', hoje considerado pejorativo, o signo da
terceira idade nomeia alguém ativo, com o chamado espírito jovem. É assim que há uma ruptura
no silêncio acerca do assunto da velhice. Nas últimas décadas, essa temática tem surgido como
um dos pontos de discussão em políticas públicas, campanhas eleitorais, no discurso midiático e
na produção de novos mercados de consumo. Desse modo, ressaltamos a importância de
problematizar um olhar mais atento a essa faixa etária que, assim como outras idades da vida, é
permeada por conflitos e boas experiências que constituem nosso modo de viver e de se
relacionar, promovendo ressignificações na produção de subjetividade. Por isso, entendemos o
grupo como um espaço privilegiado para promover vínculos, reflexões e outros olhares e
sentidos para o envelhecer. Assim, investimos na produção de oficinas semanais e em grupo com
idosos, que possibilitam trocas de experiências, concepções e integração entre os longevos e a
população universitária. Vinculada ao projeto de extensão da UNATI (Universidade Aberta à
Terceira Idade), da UNESP (Universidade Estadual Paulista), campus de Assis, desenvolvemos a
oficina chamada de "Encontros com a Terceira Idade". Tal atividade é oferecida semanalmente
na grade de programação da UNATI e cada encontro tem duração de uma hora e trinta minutos.
As oficinas são coordenadas por cinco estagiárias, discentes do 4º e 5º anos de Psicologia da
UNESP-Assis e conta com a participação de aproximadamente 30 idosos inscritos no projeto,
com idade superior a 60 anos, em sua maioria mulheres. As atividades temáticas propostas são
previamente elaboradas e se constituem da seguinte forma: aquecimento, atividade principal e
conclusão. Na primeira parte, propomos uma introdução ao tema escolhido que se dá por meio
de um vídeo, um poema ou uma música, para em seguida, dar início a atividade principal que, na
maioria das vezes, é uma dinâmica relacionada ao tema do encontro e por fim, propomos uma
roda de conversa que visa à reflexão do que foi abordado e construído durante a oficina. Os
resultados aqui apresentados são decorrentes de um ano e seis meses de trabalho. Ao longo
desse processo foram trabalhados temas como: avosidade, família, sentimentos, questões de
gênero, o papel do idoso na contemporaneidade, troca de histórias de vida por meio da
construção grupal de uma linha do tempo, sexualidade, entre outros. Podemos notar que as
constantes alterações sociais muitas vezes introjetam ideias que limitam a perspectiva da vida do
idoso, tendo-o como ultrapassado diante das mudanças tecnológicas. Entretanto, quando são
estimulados a refletir, eles redescobrem sua capacidade de pensar, modificar, atuar e ponderar
sobre diversos assuntos e em diversos contextos. Por isso acreditamos que os encontros são
significativos por possibilitar e estimular mudanças, especialmente por esse processo estar
amparado no grupo, de modo a delimitar e ampliar as relações e a vida dos participantes e
também das estagiárias, sendo construídas de acordo com o desejo e possibilidade de cada um.
Palavras chave: Envelhecimento / Psicologia / Grupo / Subjetividade
SAU - 043
Perfil Sociodemográfico e Desconforto Musculoesquelético de Participantes do
Projeto Extensão em Atendimento Humanizado em Puérperas na Fisioterapia da
FCT/UNESP
Thayna Nathali Alves de Godoy Caproni; Rodrigo Gabioneta; Dárida Pereira Valeriano; Sarah
Bernardo da Rocha; Edna Maria do Carmo.
Instituição: UNIVERSIDADE PAULISTA - UNESP
E-mail de contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: O puerpério é caracterizado por modificações locais e sistêmicas no organismo
da mulher, que está retornando ao estado não grávido após o parto. O período puerperio é
dividido em: imediato (do 1º ao 10º dia), tardio (do 10º ao 45º dia) e remoto (após o 45º dia) e
tem sido apontado sensações de desconforto músculo-esqueléticos, caracterizadas por dor física
relacionado à fadiga aguda e sobrecarga física com o cuidados com o bebê. Sabe-se que a
intervenção da fisioterapia em programas pós-natal pode prevenir e tratar as alterações
músculo-esqueléticas, e amenizar as possíveis dores e desconfortos que possam estar presentes
neste período. OBJETIVO: Avaliar o perfil e desconforto músculo-esquelético materno em
participantes do projeto de extensão Atendimento Humanizado em Puérperas na Fisioterapia da
FCT/UNESP. MATERIAIS E MÉTODOS: Participaram puerperas em qualquer faixa etária e renda
social, que não apresentasse complicações pós parto, tivessem encaminhamento médico e
assinassem Termo de Consentimento Livre e Esclarecido aprovado com o protocolo 25/2011 .
Foram entrevistadas a domicílio ou no Centro de Estudos e de Atendimento em Fisioterapia e
Reabilitação (CEAFIR) da FCT/UNESP, no período pós-parto tardio e remoto. O projeto na
piscina é oferecido duas vezes por semana com duração de 50 minutos, com temperatura entre
28ºC e 34ºC e é composto por alongamento, aquecimento, exercícios para membros superiores
e inferiores, abdome, fortalecimento do assoalho pélvico e relaxamento. RESULTADOS:
Participaram do projeto e pesquisa 15 puérperas com idade média de 30 anos, 60% apresentou
grau de instrução em ensino médio completo e 40% completou o ensino superior. Houve
prevalência de parto cesariano (93,3%), sendo 86,6% as primeiras gestações. Para os
desconfortos músculos-esquelético adotamos as regiões cervical, dorsal e lombar onde, 13,3%
apresentaram dor cervical, 26,6% dor no dorso e 53,3% dor lombar. CONCLUSÃO: A partir
destes dados, podemos concluir a importância do projeto de extensão voltado para a saúde pós
natal pois fica claro a necessidade de atendimento a essa população já que foi observado
prevalência de sintomas músculo esqueléticos importantes os quais, podem ser amenizados com
as atividades aquáticas, orientações e cuidados no pós natal. Além de fortalecer o vínculo
materno infantil já que o bebê também participa junto a mãe nas atividades aquáticas.
Palavras chave: Fisioterapia/ Pós-Natal/ Hidroterapia/ Desconforto
TPR - 001
Sistema de Auxílio Visual Escutado - (SAVE)
Amilton da Costa Lamas; Claudio Fernandes Dias; Rafael Isidro de Souza.
Instituição: Pontifícia Universidade Católica da Campinas
E-mail de contato: [email protected]
A percepção do entorno, identificação antecipada de objetos, localização e aquisição de
produtos de interesse são ações que, se facilitadas via soluções de Engenharia Elétrica,
promovem a autonomia e a cidadania de deficientes visuais. Com este objetivo desenvolveu-se
uma solução para celulares androide baseada em tecnologia Near Field Communication (NFC)
que, quando instalada no ambiente, guia o usuário até o produto de interesse auxilando-o na
localização, identificação das características e aquisição deste através de instruções via áudio. A
aplicação desenvolvida é flexível e genérica o suficiente para ser aplicada à mini-mercados,
livrarias, bibliotecas etc. Esta solução destina-se (público alvo) aos técnicos que trabalham na
Sociedade Campineira de Atendimento ao Deficiente Visual (Pró-Visão) com sede em Campinas,
SP, seus assistidos e familiares. Os assistidos da Pró-Visão pertencem, em sua maioria, às classes
sociais C, D e E. A expectativa do trabalho é que os técnicos e familiares dos deficientes se
apropriem da tecnologia de forma a replicá-la de maneira autônoma em diferentes ambientes e
situações. A arquitetura da solução consiste de um back-office instalado no ambiente da
empresa (mercado, biblioteca etc) responsável pela inclusão e manutenção das informações no
sistema, um conjunto de etiquetas ou tags de NFC e a aplicação instalada no aparelho celular do
usuário. O front-office e a inserção das informações nas etiquetas, fase 1 do projeto, foi
totalmente realizada por alunos de graduação da Faculdade de Engenharia Elétrica da PUCCampinas; o desenvolvimento do back-office será concluído na fase 2 do projeto a ser realizada
na sequência. Ao término da fase 1 do projeto, além da aplicação, foi gerado um manual de uso e
instalação do aplicativo entregue para a instituição parceira (Pró-Visão). A validação dos
requisitos funcionais implementados na prova de conceito foi feita com profissionais técnicos
Pró-Visão. Finalmente validou-se, preliminarmente, a prova de conceito em Oficina de
Demonstração quando os assistidos e suas famílias experimentaram o aplicativo. Nesta oficina foi
montado um ambiente que simula um mercado de alimentos e os assistidos exercitaram com
sucesso a localização e identificação das características de produtos de interesse.
Simultaneamente aplicaram-se questionários de opinião onde os assistidos foram unânimes em
reconhecer que a solução ajuda na realização das tarefas propostas bem como a maioria
entendeu que a solução é de uso fácil. Desta forma conclui-se que soluções de Engenharia
Elétrica baseadas em NFC podem contribuir para a autonomia de deficientes visuais.
Palavras chave: soluções / engenharia / deficientes / androide
TPR - 002
APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS - PALETES
Anderson Giovani Lopes; Nivaldo Roel Lemes; Juliana Cortez Barbosa; Maristela Gava; Antonio
Francisco Savi.
Instituição: Unesp
E-mail de contato: [email protected]
A reutilização de resíduos industriais e urbanos é atualmente uma ideia amplamente difundida
por questões ambientais e socioeconômicas especialmente nos grandes centros urbanos. Um dos
resíduos relacionados a cadeia da madeira são os paletes, que gerou a necessidade de encontrar
uma forma de reutilizá-los, devido a política reversa e o excedente industrial no Sudoeste
Paulista. Um quesito dentro desta proposta é a diversidade de possibilidades, tanto como no
novo produto criado, quanto também na agregação de valor em um resíduo que pode ser
encontrado facilmente e tem um valor de aquisição muito baixo. O desenvolvimento de novos
produtos foi realizado em uma pequena escala, optando-se pelo enfoque na confecção de
artigos de paisagismo e jardinagem como cachepots, jardins e hortas verticais através de
prateleiras para a vasos de flores e/ou plantas ornamentais. Assim para o desenvolvimento deste
projeto determinaram-se como objetivos principais: pesquisar e confeccionar cachepots/vasos a
partir de resíduos provenientes da indústria de paletes de madeira utilizando os conhecimentos
adquiridos ao decorrer do curso de Engenharia Industrial Madeireira na UNESP-Itapeva. Para
tanto inicialmente, desenvolveu-se uma pesquisa para a determinação e a escolha de três
modelos-base de cachepots para serem produzidos no decorrer do projeto a partir dos paletes
doados à universidade. Com dimensões determinadas após pesquisa dos modelos. Assim deu-se
início aos trabalhos de obtenção e escolha dos paletes a serem utilizados no decorrer do projeto
que inicialmente foram minimamente desmontados e usinados, passando por um processo de
lixamento e corte. Ao término da usinagem das peças, estas foram destinadas para a montagem
dos modelos escolhidos, confeccionando-se duas peças de cada modelo, as quais passaram pelo
processo inicial de acabamento superficial com a eliminação de arestas e farpas, de forma
manual com o auxílio de uma grosa. Na sequência, passaram por mais uma etapa de lixamento e
foram finalizadas de forma a manter uma aparência rústica. Com a elaboração de um modelo de
cachepot produzido e com novos modelos adjacentes em processo de elaboração notou-se que
houve um interesse por parte de outros alunos para o desenvolvimento de novos produtos, como
móveis e equipamentos urbanos como parklets (Mini praças). Ao analisar-se todos materiais
obtido concluiu-se que a reutilização de paletes em forma de cachepots se mostra viável, pela
facilidade encontrada quanto a produção de novos materiais, aos quais se mostraram
visualmente atrativos e consequentemente de fácil comercialização, tendo vista a procura por
produtos semelhantes no mercado atual. Apresenta baixo custo, havendo um custo/benefício
aceitável, pois as etapas de processamento foram mínimas, tentando aproveitar ao máximo a
forma original dos paletes, além de gerar minimamente novos resíduos, confirmando que esta
reutilização é promissora e tem grande potencial econômico.
Palavras chave: Cachepots/resíduos/reutilização/paletes
TPR - 003
ENGENHARIA E EDUCAÇÃO: QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL NA CONSTRUÇÃO
CIVIL
Aparecido Fujimoto; Luciano Henrique dos Santos.
Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS
E-mail de contato: [email protected]
O Trabalho de Extensão 2015 da PUC-Campinas, desenvolvido nas comunidades do bairro
Campo Grande em Campinas-SP, apresenta um público alvo de homens e mulheres, empregados
e desempregados que buscam novas oportunidades profissionais, inserções e reinserções no
mercado de trabalho. Participam no projeto 30 a 40 trabalhadores com faixa etária entre 18 a 70
anos e com Ensino Fundamental. A participação de mulheres no Projeto representa 20% dos
participantes ativos. E, ciente de que a Extensão Universitária consolida o processo educativo,
cultural e científico viabilizando a inter-relação entre o ensino e pesquisa de maneira
indissociável e ainda, facilita a ação transformadora entre a universidade e a sociedade, é
fundamental a participação de alunos(as) das engenharias e demais áreas, facilitando a
conscientização e socialização do trabalho da construção civil no desenvolvimento do projeto.
Assim, no contexto da ação e transformação social, têm-se como objeto precípuo a
conscientização e efetivação da Construção Sustentável, através da qualificação profissional dos
trabalhadores participantes, as trocas de conhecimentos, respeito à cultura e características das
pessoas do projeto. Prioriza-se, também, a motivação e incentivo aos trabalhadores(as)
participantes a transmitirem o conhecimento da aprendizagem adquirida nos encontros aos
demais moradores de suas comunidades. A metodologia é a realizada através de oficinas nos
Laboratórios de Hidráulica, por meio dos estudos da mecânica dos fluidos e fenômenos de
transporte; Laboratório de Materiais/Estruturas, com testes de resistência mecânica de corpos de
prova; Laboratório de Mecânica de Solos, tipos de solos e fundações mais utilizadas; Meio
Ambiente, uso de energias alternativas (solar e eólica), eclíptica solar, conforto ambiental e
Laboratório de Informática, a análise de projetos construtivos disponibilizados pela universidade
e nas próprias comunidades assistidas pela da PUC Campinas. Como recursos pedagógicos são
realizados visitas técnicas a canteiros de obras de empresas, palestras, quizes, confecção de
cartilhas de acompanhamento, leituras de projetos específicos da área com avaliações
sistematizadas pelos trabalhadores participantes, alunos e professor orientador. A participação
do público alvo no Projeto de Extensão no ano de 2015, com histórico de projetos anteriores,
constatou-se que, ao aplicarem as oficinas e recursos afins, para efetivação da Construção
Sustentável, obteve-se desempenho satisfatório na prestação da mão de obra (informações
obtidas nas avaliações individuais), condições às empresas para admissão e reinserção destes
trabalhadores nas atividades adequadas às afinidades apresentadas e mais benefícios para
geração de rendas. Os trabalhadores(as) demonstraram eficiência na qualidade dos serviços e
confiança no trabalho desenvolvido pelo professor e alunos bolsistas. Estes, por sua vez,
vivenciaram a compreensão no relacionamento com as pessoas envolvidas e nas suas futuras
atividades profissionais, considerando sempre o valor e características das pessoas. A época
vivenciada não está somente voltada ao trabalho em massa, repetitivo, sacrificante. Hoje, é
preciso valorizar o ser humano em primeiro plano, para que este possa ter ciência de sua
participação ativa na tecnologia e produção da empresa. E neste sentido, respeitando-se os
princípios éticos e humanísticos fundamentais nas relações humanas, identifica-se nos partícipes
um comportamento saudável, democrático de pensamento holístico.
Palavras chave: Construção Sustentável / Qualificação / Extensão / Valoração
TPR - 004
ÍNDICE DE VEGETAÇÃO DIFERENÇA NORMALIZADA NA IDENTIFICAÇÃO DA
EUCALIPTICULTURA.
Camila Prates Ferreira de Carvalho; Hélio Ricardo Silva; Aartur Pantoja Marques; Gabriel Alonso
de Mello Trindade; Cristhy Willy da Silva Romero.
Instituição: UNESP - ILHA SOLTEIRA
E-mail de contato: [email protected]
A eucaliptocultura tem chamado grande atenção no mercado por não ser muito exigente em
solo e clima e por ser considerado multiuso, tendo vasta utilidade na indústria e no mercado
sendo usado para a produzir desde lenha para pizzarias até lápis. O Mato Grosso do Sul se
destaca na produção de eucalipto pela área plantada que saltou de 90 mil para 400 mil hectares
após a chegada de empresas de papel e celulose Fibria e Eldorado no município de Três Lagoas.
O aumento da produção tornou necessário o acompanhando do desenvolvimento da cultura de
maneira rápida e precisa, para que seja obtido a maior produtividade da cultura, por este motivo,
este trabalho teve como objetivo localizar na área de estudo a cultura de eucalipto e identificar
as suas fenofases utilizando o Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI). Sistemas
de informação geográficas (SIG's) e imagens de satélites de sensoriamento remoto permitem que
esse monitoramento seja feito com precisão e repetitividade. No presente trabalho selecionouse uma área com raio de 120km a partir do município de Três Lagoas com o objetivo de
identificar áreas com eucalipto. Utilizou-se um mosaico composto por 9 imagens do satélite
Landsat 8, adquirido gratuitamente através do site Earth Explorer, obtidas pelos sensores
Operational Land Imager (OLI) and Thermal Infrared Sensor (TIRS) entre maio e julho de 2014, e
criação do NDVI (Índice de Vegetação por Diferença Normalizada) implementado no ArcMap.
Reclassificou-se o NDVI para melhor visualização das faixas geradas. Foram geradas diversas
faixas no NDVI que identificavam esta cultura, confirmada através de trabalhos de campo e
comparação com áreas já conhecidas, utilizando o Google Maps e o programa Google Earth.
Essas faixas foram reclassificadas separadamente, para estudo somente da cultura de interesse.
Foram identificadas 12 faixas do NDVI para o eucalipto e apenas 2 faixas onde houve a confusão
desta cultura com vegetação nativa. Conclui-se que o NDVI pode contribuir no monitoramento
do eucalipto. Foram obtidos resultados muito precisos em 10 faixas que diferenciaram a cultura
do eucalipto dos outros alvos. Estes resultados podem ser melhorados através de obtenção de
imagens em diferentes épocas para cobrir todas as fenofases do eucalipto ou da utilização de
outros índices.
Palavras chave: Eucalipto/ Identificação/ NDVI
TPR - 005
Concurso Interpontes 2014
Carlos Eduardo Javaroni; Daniel Evangelista Vareda; Thais Martins Maia Stancioli; Renata
Carvalho de Fassio; Fernanda Oliveira Luqueze.
Instituição: Faculdade de Engenharia - UNESP/Bauru
E-mail de contato: [email protected]
O INTERPONTES é um evento de competição entre modelos reduzidos de pontes fabricados com
materiais alternativos, como o macarrão. O concurso conta com 2 edições no ano, uma em cada
semestre, sendo a primeira aberta a todos os alunos de graduação em Engenharia e em
Arquitetura e Urbanismo de universidades da região (públicas e privadas), enquanto a segunda é
voltada para alunos do Ensino Médio. O evento é organizado pela PROJUNIOR, empresa júnior
da Faculdade de Engenharia de Bauru. O INTERPONTES tem como principais objetivos estimular
a criatividade dos alunos e incentivar o trabalho em equipe, bem como a multidisciplinaridade.
Para o Ensino Médio, procura-se despertar nos alunos o interesse pela Engenharia e aproxima-los
da universidade. Ressalta-se o fato da competição não estar atrelada a nenhuma disciplina,
portanto, a participação dos alunos se dá por interesse próprio, ou seja, desafio de projetar,
construir e ensaiar sua ponte os motiva à participação. As regras, como vão, peso máximo,
aplicação do carregamento, condições de apoio, dimensões máximas e mínimas da ponte, e
procedimentos da competição são comuns para todas as pontes e são explanados por meio de
editais publicados para esse fim e entregues às equipes no ato da inscrição, juntamente com os
materiais que podem ser utilizados na fabricação da ponte. As equipes podem ser compostas por
até 3 alunos. Fica a critério de cada uma a escolha do sistema estrutural a ser utilizado. Como
critério de avaliação final é avaliado a carga máxima resistida pela ponte e carga de ruptura
estimada de acordo com o cálculo prévio, além da relação com o peso da ponte. No ano de
2014, a edição do primeiro semestre contou com 20 equipes, sendo realizada no próprio campus
da UNESP Bauru (Ginásio Guilhermão), onde a equipe vencedora foi de São Carlos (UFSCar), cuja
ponte suportou 65 Kg. No evento do segundo semestre, realizado na Associação de Engenheiros,
Arquitetos e Agrônomos de Bauru - ASSENAG, participaram 20 equipes, ganhando a Equipe
'Flango Macalão' da ETEC de Bauru, após sua ponte resistir 28 kg. A competição, realmente, é um
incentivo aos alunos, motivando-os a busca pelo conhecimento e aproximando-os dos
professores. As equipes escolhem soluções estruturais que julgam mais eficientes, fazem cálculos,
constroem, testam suas soluções e procuram sanar dúvidas. O evento promove o maior contato
dos alunos com aspectos suplementares do curso, como trabalho em equipe e pró atividade,
além de ter um caráter integrador. Destaca-se no projeto o envolvimento de alunos do ensino
médio, que caracteriza a principal comunidade a ser beneficiada pelo projeto. Ainda, pode-se
afirmar que há bom potencial de visibilidade para a Universidade, confirmado pelas reportagens
nas mídias (TV, rádios, jornais e internet).
Palavras chave: Extensão/ Competição/ Ensino/ Pontes de Macarrão
TPR - 006
Auxílio a Deficientes Visuais na Travessia de Semáforos.
Cláudio Fernandes Dias; Guilherme Silva Matias; Amilton da Costa Lamas.
Instituição: PUC-Campinas
E-mail de contato: [email protected]
Instituição: Pontifícia Universidade Católica de Campinas. O crescimento das metrópoles traz
imensos desafios de mobilidade urbana e localização para deficientes visuais, consequentemente
mecanismos de apoio a mobilidade urbana de deficientes visuais que facilitem o deslocamento
apoiando a percepção do entorno, identificação antecipada da presença de barreiras físicas,
percepção de alterações no ambiente etc. facilitam a vida diária e promovem a autoestima e o
senso de cidadania dos deficientes visuais. Com este objetivo foi desenvolvida uma prova de
conceito que orienta o deficiente a realizar uma travessia segura num cruzamento com semáforo.
Esta prova de conceito consiste de um aplicativo celular para aparelhos androide sincronizado ao
semáforo que sinaliza ao deficiente os diferentes estados deste. O deficiente é alertado de forma
audível e vibracional sobre o momento de iniciar ou interromper a travessia. A especificação
técnica do artefato foi feita em conjunto com profissionais especializados que trabalham na
Sociedade Campineira de Atendimento ao Deficiente Visual (Pró-Visão) com sede em Campinas,
SP. O propósito é que estes profissionais se apropriem do desenvolvimento e o transfiram para os
deficientes instalando nos celulares dos assistidos. Nesta fase inicial do projeto foi desenvolvido
o aplicativo, uma emulação de um semáforo instalado em via pública e o manual de uso e
instalação do aplicativo. Os técnicos da Pró-Visão definiram os requisitos funcionais da solução
de forma a esta atender às necessidades específicas dos deficientes visuais e verificaram se a
prova de conceito estava conforme estas especificações. O modelo cíclico de apropriação
utilizado possui as seguintes fases: captura, desenvolvimento, validação, demonstração e
treinamento. Após a demonstração o ciclo volta ao estado de captura para refinamento da prova
de conceito. A útima fase do modelo de apropriação, treinamento ocorrerá próximo ao término
do projeto quando um protótipo será instalado num semáforo público. A arquitetura da solução
consiste em um terminal do usuário (aparelho celular) e um módulo de conexão instalado no
poste do semáforo. O usuário aproxima o celular do módulo de conexão, este recebe as
informações da máquina de estados do semáforo e informa o deficiente das ações a serem
tomadas (espera, preparação, travessia e finalização). Neste momento do projeto demonstrou-se
uma versão inicial do aplicativo e do módulo de comunicação. As demonstrações e reuniões de
discussão e entendimento dos requistos foram realizadas em oficinas de compartilhamento e
contextualização técnica na Pró-Visão. Após a demonstração da prova de conceito os técnicos
aprovaram o desenvolvimento e afirmaram que a solução promove a autonomia do deficiente
visual, concluindo que soluções de engenharia Elétrica podem apoiar os assistidos da instituição
a superarem os desafios de mobilidade urbana.
Palavras chave: Palavras chave: deficientes visuais /aplicação / celulares androide / mobilidade
urbana
TPR - 007
PROJETO BAMBU TAQUARA
Daniel Batista Santos; Mariana Rodrigues Mendes dos Reis; José Octávio Marinelli Marino.
Instituição: Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"
E-mail de contato: [email protected]
Com início em 2009 o Projeto Taquara foi idealizado como iniciativa de alunos da UNESP e se
concretizou dentro do Projeto Bambu, criado em 1990. Originalmente destinado a alunos de
Design e Arquitetura, o projeto com caráter multidisciplinar foi aberto aos demais cursos. O
projeto tem como objetivo principal promover a capacitação dos alunos na cadeia produtiva do
bambu, desde seu cultivo até a transformação final em produto procurando viabilizar, divulgar e
valorizar esta matéria prima, além da troca e transferência de saberes do ambiente acadêmico
em benefício da sociedade. Para sua divulgação, o projeto utiliza meios de comunicação, redes
sociais, palestras, oficinas em escolas, universidades e eventos. O grupo se renova todo ano e a
constante capacitação e troca de conhecimentos entre os membros é essencial para a
continuidade do projeto. A renovação do grupo se dá através de processo seletivo anual no qual
o projeto é apresentado, assim os novos integrantes são selecionadas de acordo com o seu
interesse, espírito voluntário e trabalho em equipe. O projeto conta com o Laboratório de
Experimentação com Bambu com estrutura de campo para o plantio de espécies de interesse
tecnológico e fornecimento da matéria prima para os estudos e de laboratório, equipado para o
desenvolvimento de produtos, tanto in natura quanto processados (bambu laminado coladoBLaC) e ainda na construção de estruturas leves, gerando pesquisa e conhecimento. A extensão
Taquara tem também como objetivo transferir/divulgar o conhecimento adquirido sobre o
bambu e questões de sustentabilidade. Os alunos são responsáveis pela divulgação em eventos,
palestras e workshops elaborados pelo projeto. Há participação em editais e feiras com
exposição de trabalhos, discussões e atividades para a transferência do conhecimento adquirido.
No decorrer do ano de 2014, após a nova composição do grupo, o projeto desenvolveu produtos
de bambu in natura, como: porta-banners, bicicleta, luminárias e pequenos utensílios; além de
produtos em BLaC, como shapes para skate e longboard. O projeto foi apresentado em eventos
como: Seminários Acadêmicos e oficinas, eventos de design (R Geração, NGoiânia, RMisto) e
arquitetura (EREA), em congressos locais e regionais, na Feira de Profissões dos cursinhos da
UNESP/Bauru e na Feira de Ciências de Bauru. O projeto recebeu também duas missões chinesas
para conhecimento do projeto bambu. Aproveitando a pesquisa de alunos de mestrado, o grupo
vem realizando cursos internos de capacitação. Todas essas atividades resultam em aprendizados
em vários sentidos para o projeto. O bambu carro chefe do projeto Taquara é uma excelente
matéria prima, com produção anual de colmos sem necessidade de replantio, renovável e com
rápido crescimento é considerado um excelente sequestrador de carbono, muito versátil e com
enormes possibilidades de utilização. Com base nas problemáticas ambientais e
desenvolvimentos insustentáveis da economia, o uso de recursos renováveis como o bambu é
cada vez mais necessário para um desenvolvimento saudável que não comprometa as gerações
futuras.
Palavras chave: Produto/Design/Extensão/Bambu/Taquara
TPR - 008
Gerador Social: Impactos dos Dez Anos de um Projeto para Geração de Energia
Elétrica de Baixo Custo
Douglas Alves Cassiano; Mario Kawano.
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC
E-mail de contato: [email protected]
A universalização do acesso energia elétrica está fundamentada na Constituição Federal, em seu
artigo 23, inciso X, que trata do dever da União para combater as causas da pobreza e da
marginalização social. Entretanto, por possuir dimensões continentais, ainda existem no Brasil
pessoas e comunidades inteiras desassistidas pelo sistema de distribuição de energia elétrica. A
partir dessa realidade que foi criado o Projeto Gerador Social, um projeto de extensão, efetuado
por alunos universitários, que visa instalar geradores de energia em localidades onde existam
famílias sem acesso a eletricidade. Esses geradores de energia são construídos utilizando turbinas
hidráulicas tipo Pelton, de baixo custo e de fácil manutenção por parte dos beneficiados. A água
utilizada para movimentar as pás das turbinas nos geradores é captada a jusante de rios ou fontes
localizadas em torno de 30 a 40 metros acima das residências onde são instalados. Esta escoa por
mangueiras, cujo comprimento pode variar entre 100 até 800 metros dependendo da localidade,
e após ser utilizada pelas turbinas é devolvida a montante do fluxo d'água de onde foi captada.
Todo sistema é construído com materiais de baixo custo, para possibilitar a manutenção e
consertos mais simples pelos próprios beneficiados. A potência gerada possui capacidade de
fornecer iluminação residencial com lâmpadas de baixo consumo e possibilitar o funcionamento
de aparelhos como rádio, televisão e até uma geladeira, dependendo dos recursos hídricos
disponíveis no local. O sistema é projetado para poder satisfazer as necessidades de demanda de
consumo de uma residência com até dez pessoas. Os alunos efetuam todo o trabalho, do
planejamento a implantação dos geradores, com o acompanhamento e orientação dos docentes.
O Projeto Gerador Social iniciou-se com os alunos da PUC-SP em 2005, instalando os geradores
com as turbinas Pelton nas propriedades de famílias das regiões serranas do Vale do Ribeira,
estado de São Paulo. Durante este período, mais de 50 famílias em diversos estados brasileiros
foram beneficiadas com a instalação dos geradores, sendo que mais de uma centena de alunos já
participaram do projeto. Nestes dez anos, docentes e pesquisadores de diversas instituições,
como IPEN, Unifesp, Centro Universitário da FEI e UFABC já colaboraram com esse projeto de
extensão, que teve divulgação ampla de resultados tanto no meio acadêmico como na mídia.
Apesar de menos de uma dezena dos geradores instalados continuar em funcionamento
atualmente, os maiores frutos do Projeto Gerador Social são intangíveis, como a satisfação dos
participantes e auxiliar na fixação dos beneficiados em suas comunidades.
Palavras chave: Acesso à Energia Elétrica/ Geração Distribuída/ Turbina Pelton
TPR - 009
EVOLUÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS ACIDENTES VIÁRIOS NA MALHA
URBANA DE ILHA SOLTEIRA, SP.
Gabriel Alonso de Mello Trindade; Artur Pantoja Marques; Claudia Scoton Antonio Marques;
Hélio Ricardo Silva; Cristhy Willy da Silva Romero.
Instituição: UNESP - FE Ilha Solteira
E-mail de contato: [email protected]
Os acidentes de trânsito resultam, na maioria das vezes, de uma situação de conflito. Quando isso
ocorre em vias públicas, pode ser devido a vários fatores, que em conjunto ou isolados, propiciam
as condições que desencadeiam um acidente. Este trabalho visa representar a evolução espacial
dos acidentes viários e a localização das áreas de conflito na malha viária urbana do município de
Ilha Solteira, SP. Foram utilizadas como base para o gerenciamento espacial plantas
georreferenciadas no sistema SIRGAS2000/UTM zona 22S contendo a malha viária
(LTP/FEIS/UNESP). A relação dos acidentes foi obtida na Policia Civil responsável pelo registro
de ocorrências no munícipio. Os dados referem-se aos acidentes registrados nos anos de 2010 a
2013. Por meio do software QGIS gerou-se um banco de dados relacional dos acidentes
separados por categorias, tendo assim um conjunto de metadados para os acidentes. Com os
dados cadastrados foram gerados mapas anuais de intensidade por meio do estimador de Kernel.
Os mapas resultantes do processamento foram separados por ano, contendo também a
quantidade e as classes de intensidade de acidentes que foram usados para a análise. Observouse nos resultados uma maior concentração de acidentes na avenida Brasil (principal via de Ilha
Solteira), com um aumento significativo a partir do ano de 2011 e principalmente em pontos
específicos desta. Também percebeu-se que este aumento coincidiu com as fortes modificações
geométricas ocorridas na via para implantação da ciclovia no canteiro central. O cruzamento
dessas informações ao longo do período analisado possibilitou observar também uma mudança
gradativa, a partir de 2012, dos locais de ocorrência de acidentes para a região do entorno da
avenida, o que permite demonstrar uma busca do usuário por caminhos alternativos ao da
avenida, uma vez que os locais de retornos da avenida foram significativamente reduzidos. A
análise espacial do comportamento dos acidentes viários na área urbana do município de Ilha
Solteira, mostrou-se bastante eficiente, uma vez que permitiu analisar e comparar situações e
comportamentos no tempo e no espaço relacionadas aos eventos. Através dessas inúmeras
correlações, como entre acidentes e a geometria viária, obtidos com rapidez torna-se possível as
autoridades do transito em Ilha Solteira avaliar e indicadas soluções mais eficientes para mitigar
tais efeitos e garantir a segurança dos usuários das vias.
Palavras chave: Acidente Viário / Distribuição Espacial / Geoprocessamento
TPR - 010
DESENVOLVIMENTOS DE APARELHOS DE FISIOTERAPIA E TERAPIA
OCUPACIONAL A PARTIR DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS DE MADEIRA
GLAUCIA PONTES PASCHOA; VITOR MANOEL FELIPPE DE SOUZA; LARISSA ALMEIDA
ROSOLEM; JULIANA CORTEZ BARBOSA.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (UNESP)
E-mail de contato: [email protected]
Introdução O tabuleiro de AVDs (Atividades de Vida Diária) consiste em um Projeto de Extensão
Universitária - UNESP Itapeva, que busca a reabilitação da mão, punho, e dedos, através da
prática de movimentos com atividades que simulam situações do cotidiano que resultam na
melhora da coordenação motora fina, responsável pela utilização dos pequenos músculos dos
membros superiores. Objetivos Os principais objetivos desse projeto são: estudar o processo
de produção para reutilizar resíduos da madeira na confecção de produtos sustentáveis
utilizados em fisioterapia e terapia ocupacional; produção de atividades a baixo custo para
serem doadas a instituições pré-selecionadas e agregar os conhecimentos
do processo
produtivo adquiridos durante o curso de Engenharia Industrial Madeireira. Material e Métodos
Como procedimentos para fabricação, montagem e acabamento foram inicialmente fabricadas
bases do tabuleiro portátil para receber as atividades, para isso utilizou-se um painel de 16 mm,
recebendo uma curvatura para o encaixe abdominal. As peças foram lixas no final do processo
de usinagem e executados os módulos de atividades. Para confecção dos mesmos foram
utilizados os resíduos de madeira da base, cortando-os em quadrados de 150 mm de lado.
Inúmeros módulos foram desenvolvidos e confeccionados, contendo as mais diversas atividades
cambiáveis, através de velcros, para a recuperação da coordenação motora dos membros
superiores. As atividades confeccionadas com funções múltiplas foram: simulação de costura,
zíper e botões, estrela, sobreposição de cilindros, escada digital e articulação do punho.
Resultados e Discussão O Projeto de Extensão possibilitou aos estudantes bolsitas utilizar os
vários equipamentos e ferramentas pertencentes aos laboratórios da universidade agregando
um maior conhecimento prático do curso. Foi possível ter um contato maior com a população
da cidade divulgando o curso de Engenharia Industrial Madeireira e algumas de suas aplicações.
Foi possível ainda participar diretamente das etapas de criação, pesquisa, desenvolvimento,
fabricação e distribuição do tabuleiro, acompanhando todo o processo de produção, criando
uma vivência para a resolução de problemas que surgiam, evitando o atraso do projeto.
Conclusões Os objetivos propostos pelo projeto foram alcançados através da confecção do
tabuleiro e dos módulos que o compõem, e a distribuição do mesmo em instituições préselecionadas. Este produto desenvolvido já gerou duas patentes de produto e a próxima etapa é
o registro de mais oito novas atividades.
Palavras chave: Resíduos industriais de madeira/ tabuleiros portáteis/ fisioterapia/ terapia
ocupacional
TPR – 011
CATALOGAÇÃO DAS ESPÉCIES PRESENTES EM UM BANCO DE GERMOPLASMA
DE PLANTAS FORRAGEIRAS
Jonathan Versuti; Elisamara Raposo; Tiago Silva do Nascimento; Lucas Ariel Tosi; Paola Palauro
Spasiani; Ana Claudia Ruggieri.
Instituição: UNESP/FCAV
E-mail de contato: [email protected]
Banco de germoplasma trata-se de um local onde é conservado material genético de plantas.O
objetivo de preservar e ampliar o número de espécies do banco é o ensino dos estudantes de
Ciências Agrárias, produtores rurais, assim como, as atividades de intercâmbio de material entre
unidades de pesquisa. Dessa forma, foi realizado o levantamento das espécies de plantas
forrageiras do banco de germoplasma do Setor de Forragicultura e Pastagens da Faculdade
Ciências Agrárias e Veterinárias, UNESP, de Jaboticabal; localizada à latitude 21° 15' 22" S,
longitude 48º 18' 58" O e altitude de 595m acima do nível do mar. O clima da região é
classificado como Aw de acordo com a classificação de Köppen e o solo como Latossolo
Vermelho-Escuro eutrófico, textura argilosa, horizonte A moderado, com relevo suave ondulado.
O levantamento consistiu na identificação e na classificação das espécies forrageiras presentes
por meio de características morfológicas, tais como tipo de inflorescência, flores, folhas e colmos
e também fisiológicas, como hábito de crescimento, por exemplo. Para tal, foi feita a observação
das plantas nos canteiros e posteriormente uma amostra foi levada ao laboratório para avaliar as
características morfológicas e realizar a classificação das plantas. Foram catalogados 99
canteiros, dos quais 69 canteiros continham espécies de gramíneas, nestes foram encontradas
espécies dos gêneros Brachiaria, 15 espécies; Panicum, 15 espécies; Pennisetum, 13 espécies;
Cynodon, 12 espécies; Digitaria, 2 espécies; Setaria, 2 espécies; Andropogon, 1 espécie;
Axonopus, 1 espécie; Cenchrus, 1 espécie; Chloris, 1 espécie; Hyparrenia, 1 espécie; Lolium,1
espécie; Melinis, 1 espécie; Paspalum, 1 espécie; Sorgum, 1 espécie; Tripsacum, 1 espécie. Foram
verificados 29 canteiros com espécies de leguminosas dentre estas as espécies dos gêneros
Arachis, 3 espécies; Neonotonia, 3 espécies; Cajanus, 2 espécies; Crotalaria, 2 espécies; Galactia,
2 espécies; Macrotiloma, 2 espécies; Neonotonia, 2 espécies; Pueraria, 2 espécies; Stylosanthes,
2 espécies; Canavalis, 1 espécie; Centrosema, 1 espécie; Clitoria, 1 espécie; Dolichos, 1 espécie;
Leucaena, 1 espécie; Medicago, 1 espécie; Mucuna, 1 espécie; Stylozobium, 1 espécie; Tefrosia, 1
espécie. Um canteiro possui a espécie Opuntiaficus-indica, da família Cactaceae, comumente
conhecida como palma gigante, figueira da Índia, figueira do diabo, ou tabaibeira e também é
utilizada na alimentação animal. A manutenção do banco de germoplasma de espécies
forrageiras é de suma importância para o desenvolvimento de novas cultivares, estudos de
adaptabilidade e conservação do material genético das espécies, bem como, para a difusão
destas espécies para produtores e profissionais que poderão utilizá-las na alimentação animal.
Para tal difusão de conhecimento, planeja-se a realização de um Dia de Campo no Setor de
Forragicultura e Pastagens da Faculdade Ciências Agrárias e Veterinárias, UNESP, de Jaboticabal,
previsto para o início das águas (Outubro/2015) para a divulgação das espécies no qual
estudantes e produtores poderão ter acesso ao banco de germoplasma catalogado. Além do
evento proposto, a Universidade disponibiliza a área para visitação tanto para estudantes,
quanto para produtores ou outras pessoas que se interessem e, ainda, cartilhas contendo as
principais descrições de cada espécie contida nesse banco de germoplasma.
Palavras chave: conservação/nutrição/pastagem
TPR - 012
EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA EDIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL
Luciano Henrique dos Santos; Aparecido Fujimoto; Carolina Pedroso Gregio da Silva; Mariana
Tieme Massuda.
Instituição: Pontifícia Universidade Católica de Campinas
E-mail de contato: [email protected]
A Extensão Universitária da PUC-Campinas aplicada à Edificação ou Construção Sustentável tem
como público alvo, trabalhadores(as) que buscam atualizar e aprimorar seus conhecimentos
através de técnicas construtivas aplicáveis em construções de média e pequeno porte e na
prestação de serviços à comunidade. Este Trabalho, enriquecido com dados dos anos anteriores,
será desenvolvido nas comunidades da Paróquia Jesus Cristo Libertador no bairro Campo
Grande, Campinas-SP. Constata-se que a população mais carente, com faixa etária entre dezoito
a setenta anos, é a que menos tem acesso à informação. Este projeto busca atingir esse público,
propiciando-lhe a convivência entre universitários e profissionais da área, ativos, aposentados e
outros. Com o foco em sustentabilidade, o projeto tem como objetivo, aplicar os conhecimentos
técnicos científicos, abordando conceitos de construção sustentável, a fim de qualificar e
requalificar a mão de obra, atualizando conceitos antigos. Expor de forma simples,
compreensível e evidenciar os ganhos decorrentes do melhor aproveitamento energético (solar e
eólico), redução do desperdício de materiais e sua reutilização, além do uso consciente da água
em residências de baixa renda. Promover enriquecimento da aprendizagem por parte dos alunos
bolsistas através da troca de conhecimento entre profissionais da construção e demais partícipes.
Prioriza-se o papel dos trabalhadores em repassar os conhecimentos adquiridos na comunidade.
A metodologia utilizada compõe se de aulas expositivas, avaliações, oficinas e visitas técnicas em
obras comunitárias e empresas da região. As aulas contemplam apresentação do conteúdo,
debates, discussões e quizes. As oficinas e visitas técnicas têm por finalidade apresentar de forma
prática o que foi estudado nas aulas teóricas, analisar resultados de experimentos e discutir
formas possíveis de utilização dos materiais. Os encontros serão realizados nas comunidades. As
oficinas e experimentos serão realizados nos laboratórios de Informática, Materiais/Estruturas,
Mecânica de Solos, Hidráulica, Saneamento e Meio Ambiente da PUC-Campinas. De modo
geral, os Projetos de Extensão de anos anteriores obtiveram bons resultados no que se refere à
aplicação dos conhecimentos relacionados à construção sustentável em todos seus aspectos,
prosperando novos resultados com eficiência no projeto 2015. Ciente de que as empresas
requerem profissionais capacitados e conscientizados para uma construção sustentável, esperase tornar mais fácil a reinserção dos trabalhadores no mercado de trabalho. A segurança é um
fator fundamental no contexto construtivo e deve ser compreendido na aprendizagem
apresentada. Foram coletados dados de anos anteriores em depoimentos e avaliações,
sinalizando resultados coerentes e esperados para o ano de 2015. Na visão como aluno, o projeto
em curto prazo, estimula o aprendizado e desperta enriquecimento social e comunicativo no
âmbito acadêmico, mas como futuro engenheiro civil, a perspectiva é de que a ação deixe sua
marca e influencie ações cidadãs e tomadas de decisões em seu ambiente de trabalho. Na
essência, o Projeto de Extensão busca a valoração do ser humano, o bem estar das famílias,
geração de renda e a transformação social premente nas comunidades, com a participação dos
alunos bolsistas e professor. Voltar à atenção a esse público responsabiliza a equipe de extensão
a consolidar a interação entre Universidade e Comunidades através da aprendizagem.
Palavras chave: Edificação Sustentável / Qualificação / Extensão / Aluno Bolsista
TPR - 013
Modelagem e Visualização de Humanoides com o Blob Man People e o POV-ray
Luis Arturo Perez Lozada.
Instituição: UFABC
E-mail de contato: [email protected]
Ação- Difundir a comunidade externa a criação de modelos humanoides para seu uso em
diferentes aplicações utilizando software livre. Objetivo- Descrever como humanoides ou
humanos virtuais podem ser modelados e visualizados computacionalmente utilizando os objetos
blobs ('bolhas') e as rotinas da biblioteca de domínio público Blob Man People conjuntamente
com o software livre POV-RayTM. O trabalho destina-se a designers, professores do ensino
fundamental e público em geral com necessidades de modelagem rápida e facilitada de
humanoides. Humanoides- A modelagem de humanoides segue duas direções: a modelagem
comportamental e a modelagem corporal. Nesta última são muito utilizados os modelos
baseados em malhas poligonais sustentados por diversos softwares proprietários. Neste trabalho
exploramos a modelagem de humanoides baseado nos modelos de superfície que utilizam os
objetos blobs. Materiais e Métodos- Modelar significa dar forma a um objeto ou processo. Na
modelagem por computador utilizam-se elementos básicos como, linhas, círculos, polígonos e
sólidos como esferas, cilindros e poliedros. Para a modelagem dos humanoides são necessários
sólidos com superfícies suaves e curvilíneas; os poliedros não são apropriados pelas suas
superfícies planas e contornos retilíneos. O sólido blob mostra-se apropriado na modelagem de
órgãos, membros e demais partes do corpo humano e por tanto apropriado na modelagem de
humanoides. Um objeto blob consiste da união de outros sólidos como esferas e cilindros onde
um conjunto de forças internas tende a unir, fundir e deformar essas esferas e cilindros. O
humanoide é modelado unindo as partes: tronco, pescoço, cabeça e membros superiores e
inferiores. Apesar de um humanoide ser um modelo de um corpo humano, não há necessidade de
modelá-lo a níveis muito detalhados dispensando conhecimentos aprofundados de fisiologia
humana muscular. Contudo, é importante acrescentar as principais dobras presentes nos
membros e as junções destes com o tronco. Na modelagem de humanoides masculinos, podem
ser acrescentados detalhes mais musculosos. Na modelagem feminina é interessante acrescentar
contornos mais curvilíneos e volumosos. Na modelagem dos humanoides utilizamos a biblioteca
de uso livre Blob Man People de Houston (1999-2000) que define um conjunto de macros para a
especificação das partes do corpo a serem modeladas (vide uma relação parcial de tais macros na
Tabela I). As macros são interpretadas pelo sistema de visualização de traçado de raios POV-Ray
resultando em imagens dos humanoides com perspectiva tridimensional. Macro Parte do
Humanoide bmhead() cabeça bmtorso() tronco bmfeet() pé bmhand() mão Tabela I. Macros da
biblioteca Blob Man People. Resultados- Conseguimos modelar humanoides masculinos e
femininos e acrescentar acessórios como roupas, sapatos, etc. Conclusões- Os humanoides
modelados com a biblioteca Blob Man People, do sistema POV-RayTM podem ser utilizados em
diversas aplicações como em jogos digitais, publicidade, elaboração de material de ensino sem
as complexidades intrínsecas de softwares de modelagem proprietários; além de promovermos o
uso de software livre. Acreditamos que no âmbito do III Congresso Paulista de Extensão
Universitária a divulgação da tecnologia proposta neste trabalho seja apropriada para o uso
massivo da comunidade externa universitária.
Palavras chave: modelagem/ visualização/ humanoide
TPR - 014
INCORPORAÇÃO DE EAD AO ENSINO BASEADO EM JOGOS DE EMPRESAS
Mariana de Toledo Marinho; Katia Livia Zambon; José de Souza Rodrigues.
Instituição: Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP)
E-mail de contato: [email protected]
Introdução: Os Jogos de Empresas destinam-se a prover aprendizagem com base em vivência e,
por isso, o primeiro nível de aprendizagem ocorre pela percepção da dinâmica do modelo que o
jogo representa. Os conteúdos associados a este modelo necessitam ser explorados pelos
participantes sob orientação do tutor, isto implica que a formação dos tutores é uma etapa
importante para o uso bem sucedido dos jogos. Este trabalho é resultado de uma pesquisa que
propõe a incorporação de EaD ao ensino desses jogos como estratégia de potencializar a
formação de tutores, levando em consideração a dificuldade dos professores da rede pública de
ensino em utiliza-los por conta de deficiências relacionadas ao tema empreendedorismo, pois
geralmente este conteúdo não faz parte da grade curricular dos cursos de licenciatura
brasileiros. Desta forma, procurou-se criar subsídios para a utilização do Bom Burguer como
apoio ao processo de ensino aprendizagem utilizando o ensino de Educação à Distância (EaD)
através da plataforma Moodle. Para atingir esse objetivo, o trabalho foi estruturado a partir da
criação de conteúdos e do estudo e análise das ferramentas do Moodle. Objetivos: Objetiva-se
desenvolver um ambiente de aprendizagem para a formação de tutores do Bom Burguer dotado
de recursos de feedback e com materiais didáticos desenvolvidos em diversos formatos (quiz,
crossword, chat, fórum, resumos, vídeos, questionários COLLES e ATTLS, animações). Métodos:
Neste trabalho, utilizou-se o Moodle, um software livre de apoio à EaD, que permite a criação de
cursos online, páginas de disciplinas, grupos de trabalho e comunidades de aprendizagem. O
curso em questão está em formato de tópicos visando aumentar a flexibilidade de ensino e
alcançar melhor equilíbrio entre a reflexão individual e a discussão online. Do ponto de vista
metodológico, esta pesquisa é aplicada, pois envolve o desenvolvimento do ambiente EaD. A
avaliação deste ambiente será feita por meio de uma atividade com professores, analisando as
facilidades de seu uso e o conteúdo do material. Resultados: O curso foi estruturado em três
módulos: aprendizagem, empreendedorismo e o JE Bom Burguer. O primeiro visa levar o
aluno/tutor a refletir sobre como lida com os desafios em sua vida, ou seja, o quanto ele está
aberto a aprender e como sua postura influencia os resultados que obtém. O segundo módulo
apresenta conteúdos sobre empreendedorismo sob duas óticas: a do mundo do trabalho e a de
gestão de negócios. E o terceiro, propõe eliminar, o máximo possível, as interferências do jogo
no aprendizado de empreendedorismo levando o tutor a refletir sobre o uso de jogos e suas
implicações. Conclusão: Após a finalização da construção do curso no Moodle, percebeu-se o
enriquecimento do ambiente em termos de apoio à aprendizagem ao aluno à medida que ele
possa se autoavaliar realizando atividades que exijam domínio sobre o jogo e os conceitos nele
utilizados, aprenda e melhore sua expressão escrita interagindo no Fórum e tenha à sua
disposição materiais de apoio à aprendizagem no ambiente web. Um teste a ser realizado
posteriormente com os professores utilizando os questionários validar esse enriquecimento do
ambiente.
Palavras chave: Empreendedorismo / Jogos de Empresas / TIC / EaD
TPR - 015
IMPLANTAÇÃO DA CULTURA DO BAMBU EM ASSENTAMENTO RURAL
Mariana Rodrigues Mendes dos Reis.
Instituição: UNESP
E-mail de contato: [email protected]
Com início em 1990, o Projeto Bambu em desenvolvimento na Unesp de Bauru atua na pesquisa
da cadeia produtiva do bambu, conciliando o estudo teórico com a parte prática, desde o plantio
até a sua transformação em produtos. Desde 2008 o conhecimento adquirido com a matéria
prima é transferido para a comunidade do Assentamento Rural Horto de Aimorés, que possui
cerca de 350 famílias assentadas pelo Incra. A comunidade tem por característica básica o
trabalho com a terra e vem buscando alternativas de geração de renda, fixação ao campo e
desenvolvimento sustentável. O projeto prevê um conjunto de atividades voltadas à capacitação
dessas pessoas na cadeia produtiva do bambu, buscando a implantação e o desenvolvimento da
cultura localmente para que possam conquistar uma autonomia produtiva. Em 2010-2011, com a
conquista o Prêmio Santander Universidade Solidária, foi criada a Associação Viverde e
conseguiu-se recurso para erguer a estrutura de um Galpão-Oficina em bambu, elaborado de
forma colaborativa entre professores, alunos e comunidade local, envolvendo diversas áreas do
conhecimento, como engenharias, arquitetura e design, além da compra de equipamentos de
marcenaria; foram também plantadas mais de 150 mudas de espécies de bambu no entorno da
construção, para suprir a demanda por matéria prima da produção no assentamento,
possibilitando a independência da universidade e autossuficiência do projeto. Desta forma, foi
iniciado o processo de transferência de conhecimento e implantação de tecnologia dentro da
comunidade. As atividades de extensão/capacitação envolvem conhecimento de espécies,
plantio, colheita de colmos e manejo de moitas, produção de mudas, tratamento, secagem,
processamento e a confecção de produtos artesanais, processados, bem como estruturas leves. A
partir de 2013-2014 foi iniciada a geração de renda local através de parceria com o programa
"Caras do Brasil", estruturado pela rede Pão de Açúcar, no qual os assentados fornecem
mensalmente cerca de 1000 colheres e espátulas de bambu que são revendidas em todo o Brasil.
Além destas, a Associação também comercializa produtos em Bauru e região, atendendo
também a encomendas. A busca por parcerias e a participação em editais são ações
complementares no sentido de dar maior sustentação ao projeto, além da divulgação em feiras,
mostras e exposições de produtos realizadas na cidade e região. O galpão-oficina se tornou um
ponto central no assentamento, atuando também como espaço adequado para assembleias,
reuniões e cursos. O projeto agora esta desenvolvendo o projeto de um Centro Comunitário, que
abrigará auditório, cozinha, sala de informática e banheiros. O bambu é um material emergente
e muito promissor para ser utilizado por comunidades e cooperativas artesanais, podendo ser útil
em diferentes escalas de produção. Ambientalmente trata-se de um material renovável e uma
cultura aliada ao desenvolvimento sustentável. A capacitação da comunidade do Assentamento
Rural Horto de Aimorés, a construção do galpão e a criação da Associação Viverde foram
importantes para consolidar o projeto localmente, a fim de unir a geração do conhecimento
acadêmico e o repasse dele para a comunidade conquistar sua autonomia.
Palavras chave: Bambu / Desenvolvimento Sustentável / Tecnologia / Geração de Renda
TPR - 016
Acessibilidade do Colégio Euclides da Cunha, Ilha Solteira- SP, uma proposta de
inclusão e integração do ambiente físico.
Matheus de Carvalho Zerbetto; Artur Pantoja Marques; Leandro Alves Guimarães; João Paulo
Pantarotto; Gabriel Alonso de Melo Trindade; Cristhy Willy da Silva Romero.
Instituição: UNESP - FE ILHA SOLTEIRA
E-mail de contato: [email protected]
Este trabalho foi desenvolvido pela ALICERCE Empresa Júnior de Engenharia Civil / UNESP
Campus de Ilha Solteira e teve como objetivo principal a realização de uma proposta de
acessibilidade para o espaço físico do Colégio Euclides da Cunha em Ilha Solteira, SP como forma
de melhorar a integração e a inclusão no ambiente da escola. Para atingir o objetivo foram
realizadas as seguintes ações: elaboração e atualização cadastral das plantas arquitetônicas do
colégio (as-built); diagnóstico de adequação da acessibilidade do ambiente conforme a norma
NBR 9050 - Acessibilidade a Edificações, Mobiliário, Espaços e Equipamentos Urbanos e
elaboração de uma proposta de acessibilidade ao colégio. A etapa inicial consistiu de um
levantamento topográfico planialtimétrico cadastral e georreferenciado, para o estabelecimento
de uma base de dados única para o projeto. Esta fase foi realizada com apoio do Laboratório de
Topografia da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira e utilizados os seguintes equipamentos
topográficos: estação total, níveis digitais, GPS, Distânciometros, e para o processamento dos
dados a infraestrutura computacional com uso de ferramentas e softwares de CAD específicos da
área. A etapa seguinte do projeto consistiu de um estudo aprofundado da norma NBR 9050 e do
Manual de Acessibilidade Espacial para Escolas elaborado pelo Ministério da Educação, da
realização de uma inspeção geral minuciosa da estrutura física interna e externa do colégio,
contendo imagens, desenhos e esquemas que foram usados para elaboração do Relatório de
Diagnóstico de acessibilidade ilustrando todos os ambientes. Para cada local foram apresentados
os problemas presentes de 'não conformidades' referentes à acessibilidade, as indicações de
soluções possíveis (propostas), bem como foram destacados os pontos de 'conformidade' com a
norma de acessibilidade NBR 9050 e o manual do MEC. A última etapa consistiu da apresentação
da proposta final do projeto de acessibilidade contendo as definições e necessidades mínimas
normativas de adaptações e construções, com a explicação dos pontos mais críticos quanto as
grandes modificações na estrutura física do local. O projeto foi entregue aos responsáveis pelo
colégio contendo todos os arquivos em formato digital, de modo a permitir o controle e uma
programação planejada para realização das ações futuras relacionadas à execução da
acessibilidade.
Palavras chave: Acessibilidade/ Colégio/ Engenharia/ Educação
TPR - 017
DICIONÁRIO TÉCNICO ONLINE PARA VEÍCULOS OFF-ROAD DA SAE BRASIL
Nágila de Fátima Rabelo Moraes; Joaquim Jose Jacinto Escola; Luiz Rafael Rezende da Silva.
Instituição: INSTITUTO FEDERAL DO ESPIRITO SANTO - CAMPUS SAO MATEUS
E-mail de contato: [email protected]
O projeto Baja SAE, promovido pela Society of Automotive Engineers - SAE internacional
(www.sae.org) tem por objetivo principal a aplicação de conhecimentos adquiridos ao longo do
curso de engenharia mecânica no desenvolvimento do projeto de um carro off-road do tipo baja,
desde sua concepção até o projeto detalhado, simulações, dimensionamento, construção e
testes. O projeto Baja SAE foi criado na Universidade da Carolina do Sul, Estados Unidos, sendo
que a primeira competição aconteceu em 1976 e a partir daí, estendeu-se por vários países do
mundo sendo que no Brasil, a competição a nível nacional, envolvendo universidades federais,
estaduais e particulares, começou em 1995. Para auxiliar os bajeiros em suas consultas aos
termos técnicos em inglês, um grupo formado por três alunos do curso técnico concomitante em
Mecânica e três alunos do curso técnico integrado em Mecânica, do Ifes campus São Mateus, em
parceria com o programa de Bolsa PFRH - Programa Petrobras de Formação de Recursos
Humanos, criou um aplicativo: um dicionário online que pode ser utilizado nas plataformas
Android e IOS. A parte gráfica do aplicativo foi criada utilizando os softwares Corel Draw e
Photoshop e no desenvolvimento foi utilizado o site Fábrica de Aplicativos, site gratuito, que
torna a criação de um app para Android, IOS, Firefox, OS e Windows Phone um processo simples,
eficiente e rápido. Para editar os scripts, foi utilizado o Bloco de Notas e digitação dos termos no
Word. A metodologia utilizada para a elaboração deste trabalho foi o estudo exploratório,
fazendo uso de técnicas qualitativas, por meio de pesquisas bibliográficas sobre m-learning e
seleção de aplicativos e softwares. Os resultados apontam para a criação de um dicionário online,
aplicativo que pode ser usado nas plataformas Android e IOS com cerca de 9.000 palavras
traduzidas do inglês para o português e a inserção de imagens detalhadas do veículo off-road
utilizado na competição. Em parceria com o programa SamaBaja, do campus São Mateus do Ifes,
fotogramos, editamos e inserimos uma seleção de imagens de todo o programa, envolvendo suas
respectivas partes e componentes mecânicos. Sendo assim, o uso desses recursos online, no caso
aplicativos, pode ser considerado um desafio à educação, na medida em que podem
proporcionar um processo dinâmico ensino-aprendizagem do qual os estudantes se sentem parte
integrante. E, ao fazerem parte desse processo de ensino-aprendizagem, revelam-se estudantes
com ações mais autônomas e responsáveis por sua construção de conhecimentos, pela
construção da cidadania e do profissionalismo. O contato com as novas tecnologias amplia o
horizonte dos profissionais e acena diversas possibilidades de melhoramento do uso da
tecnologia em detrimento à educação e o mercado de trabalho. Neste sentido, como professores
da educação profissional e tecnológica, devemos incentivar a produção de tecnologia que
atenda as demandas do mercado de trabalho, pois estamos em pleno período de profunda e
prolongada transição de mídias.
Palavras chave: Tecnologia / Aplicativos / Dicionário / M-learning / SamaBaja
TPR - 018
Projeto Habitacional Dona Amélia
Nivaldo Roel Lemes; Anderson Giovani Lopes; Joelmir Martins; André Luiz Vivan; Maristela Gava;
Juliana Cortez Barbosa; Victor Almeida de Araujo; Juliano Souza Vasconcelo.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (UNESP)
E-mail de contato: [email protected]
O grande desafio da universidade é torná-la mais presente na sociedade, fato que ocorre com
intervenções a partir dos avanços científicos e tecnológicos que são uma forma de suprir as
deficiências em vários segmentos, além de aproximar o meio acadêmico de comunidades
carentes. Um dos segmentos da sociedade, que necessita de efetivas contribuições científicas é o
setor habitacional, cuja desigualdade socioeconômica é latente. Nascido disto a proposta do
"Projeto Amélia" é uma intervenção que surge a partir do Grupo de Pesquisa Ligno para
contribuir para a redução do déficit habitacional na região Sudoeste Paulista. O Projeto é
composto por alunos e pesquisadores que aplicam os conhecimentos técnicos do sistema
construtivo em madeira 'Woodframe', com parcerias de indústrias madeireiras da região para a
construção de unidades habitacionais pré-fabricadas (na universidade), a qual será realizada em
mutirão e será transportada para bairros carentes de Itapeva. O foco são famílias onde as
mulheres são arrimo de família e vivem em situação de extrema pobreza, assim apresentando
como objetivos transferir conhecimentos específicos ofertados em disciplinas do curso de
Engenharia Industrial Madeireira da UNESP-Itapeva/SP, visando minimizar o acentuado déficit
de moradias presentes tendo em vista o grande potencial florestal-madeireiro da região. Para o
desenvolvimento do projeto foi adotado a fabricação de unidades habitacionais em madeira, que
tem como símbolo a família de Dona Amélia a qual gerou o título de uma proposta maior.
Iniciou-se o estudo com o desenvolvimento do projeto arquitetônico e o projeto de produção
com todos os detalhamentos assim, através da tipologia construtiva de woodframe, idealizou-se
a futura habitação em um terreno de 5x25m no bairro Kantian. Visando um aumento da
qualidade de vida desta família, definiu-se uma planta baixa simplificada, com paredes duplas
face interna de gesso acartonado e externa em siding de madeira tratada, e internamente com
manta de isolamento térmico e acústico. Assim, com as quantificações dos materiais necessários
para a construção, como montantes verticais, placas de osb, encanamentos, etc., obtiveram-se
diversas doações como: treliças pré-fabricadas em madeira, montantes de madeira para paredes,
tintas para o acabamento das paredes, piso (suficiente para 3 casas),manta de isolamento e
auxilio da prefeitura com a disponibilização da mão de obra; legalização do terreno; e doação de
materiais diversos. Serão realizadas ainda pesquisas posteriores à sua construção, tais como:
conforto térmico, acústico, resistência estrutural, etc. Portanto observa-se que a região Sudoeste
paulista apresenta um déficit habitacional relevante que poderia ser sanado usando seu grande
potencial florestal-madeireiro, através do emprego da madeira em produtos manufaturados de
maior valor agregado, como os componentes pré-fabricados para a construção civil e para as
tipologias construtivas em madeira. Assim, com a grande difusão de conhecimento sobre
construções em madeira, proporcionado por disciplinas do curso de Engenharia Industrial
Madeireira, o Projeto Amélia tem intenção de intervir nesse cenário. Inicialmente, o projeto
construirá uma casa modelo, com o foco futuro de uma expansão para a construção de mais
residências.
Palavras chave: Construção/Engenharia Industrial Madeireira/Projeto Amélia/Florestalmadeireiro/Déficit habitacional
TPR - 019
Projeto social do Hemocentro: reestruturação e expansão da doação de sangue
VICTOR MONTEIRO CENEDESE; PAULA REGINA DE JESUS PINSETTA PAVARINA; RODRIGO
FERRAREZI ESCOBAR; CAROLINE JOAQUIM LAFAYETTE; PRISCILA YUKIE HAYASHI;
ALESSANDRA WU.
Instituição: Universidade Estadual Paulista
E-mail de contato: [email protected]
O presente projeto - elaborado pelo Grupo de Estudos e Extensão de Marketing Internacional da
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (campus Franca) - teve como objetivo
apoiar uma causa social, cuja urgência é notável, - a doação de sangue. Tendo-se em vista que o
Hemocentro de Franca já é uma instituição consolidada, o projeto direciona-se para a superação
das dificuldades relacionadas à estrutura e à atração de doadores e à fidelização dos mesmos.
Nessa direção, buscou-se, por meio da análise SWOT, estabelecer as forças, fraquezas,
oportunidades e ameaças em relação ao ambiente interno e externo do Hemocentro. Esta
análise foi essencial para fundamentar as diretrizes quanto à remodelação da estrutura interna e
ao proveito das oportunidades apuradas. Para suplantar a falta de doadores e a carência de
fidelização necessitou-se realizar uma pesquisa de público para compreender a situação da
população de Franca em relação à frequência e situação de doação. Nesse sentido, foi feita uma
pesquisa de mercado que delineou o contexto geral de doação de sangue no país, em que tirouse a conclusão de que os jovens são o segmento da população que menos doa sangue. Segundo a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a população de 20 a 24 anos correspondem a
23,17% dos doadores no Brasil, o segmento de 25 a 29 anos são 18,18% e a população de 30 a 39
anos correspondem a 28,25% do total . A partir disso, definiu-se o público alvo da pesquisa jovens de 20 a 35 anos. Além disso, estabeleceu-se o objetivo principal do projeto: criar uma
cultura de doação de sangue, em que esta se torna um hábito, e não uma ação esporádica. Dessa
forma, elaborou-se uma pesquisa de público que visava definir, dentro do público alvo, o perfil
dos doadores e não doadores, para se descobrir o porquê da doação e da não doação; quais
seriam os estilos de campanha de doação de sangue mais efetivos; quais os motivos da doação; se
os entrevistados possuem conhecimento sobre o processo de doação, assim como os requisitos
necessários para tal; e, por fim, qual a visão dos mesmos sobre o Hemocentro de Franca.
Doravante a análise dos dados da pesquisa, pode-se perceber que muitos jovens não doam
sangue porque não podem - por serem clinicamente inaptos ou não atenderem às exigências
feitas pelos hemocentros - ou porque não possuem conhecimento suficiente acerca dos
requisitos para a doação, assim não se prontificam para doar. Portanto, a fase final do projeto
consiste na efetuação de um plano de marketing, no qual são elaboradas estratégias para que
sejam aplicadas pelo Hemocentro para se desenvolver uma cultura de doação de sangue e para
atingir um público, principalmente de jovens, cada vez maior. Como parte do projeto, foi
elaborada também uma campanha dentro da universidade (UNESP), em que buscou-se uma
maior divulgação sobre as informações referentes ao procedimento de doação de sangue como
uma tentativa de atrair os alunos para realizarem a doação.
Palavras chave: análise SWOT/ pesquisa de público/ plano de marketing/ doação de sangue/
campanha
TRA - 001
CAPACITAÇÃO EM GESTÃO EMPREENDEDORA DOS EMPREENDEDORES
APOIADOS PELA INCUBADORA PÚBLICA DE EMPREENDIMENTOS POPULARES E
SOLIDÁRIOS EM DIADEMA
Adalberto Mantovani Martiniano de Azevedo; Wilson Britto Abreu; Robson Gomes.
Instituição: UFABC
E-mail de contato: [email protected]
A ação de extensão apresentada está em andamento desde março de 2014, e atua em duas linhas
de ação: 1.Realização de oficinas de planejamento e gestão empreendedora junto aos
cooperados apoiados pela Incubadora, visando capacitar integrantes dos empreendimentos na
elaboração e atualização de pré-planos de negócios, diagnósticos de oportunidades e problemas
e planos de gestão de projetos; 2.Divulgação das oportunidades de empreendedorismo solidário
e da experiência de política pública da Incubadora com a realização de eventos regionais abertos
ao público. Os objetivos do projeto são: 1. Apoiar a política pública de desenvolvimento
econômico implementada pela Incubadora Pública de Economia Popular Solidária de Diadema
(IPEPSD); 2. capacitar os empreendedores apoiados pela Incubadora para o uso de ferramentas
de gestão; 3. divulgar o empreendedorismo cooperativo na região do ABC; 4. capacitar
discentes, docentes e técnicos administrativos participantes do projeto em gestão, educação
empreendedora e ação participante junto aos empreendimentos. A metodologia para as ações
do projeto envolve: 1. Elaboração de oficinas com conteúdo focado em ferramentas de gestão,
focados em cada uma das cooperativas, sendo realizada uma ou mais oficinas para cada
empreendimento. Espera-se que essas oficinas sejam participativas e focadas na resolução de
problemas concretos das cooperativas, com posterior encaminhamento de ações de melhoria e
acompanhamento; 2. Organização de eventos (elaboração, divulgação, execução), em que serão
realizadas palestras e exposição de produtos das cooperativas/banners sobre cada projeto. Os
resultados parciais do projeto são: 1. Realização de 3 oficinas com a cooperativa Costurabem; 2.
Realização de reuniões de preparação das oficinas com a cooperativa Cooperlimpa; 3. Realização
do evento 'ABCD do Empreendedorismo Solidário', em novembro de 2014 (entre as ações de
divulgação, está o apoio à publicação do "BOLETIM DA ECONOMIA SOLIDÁRIA DE DIADEMA",
parceria com o Observatório Econômico e do Trabalho da Prefeitura de Diadema); 4.
Participação dos docentes, TAs e discentes envolvidos em eventos/treinamentos relacionados às
temáticas do projeto, incluindo pesquisa de iniciação científica de discente do curso de políticas
públicas: Cooperativas de economia solidária como política pública de desenvolvimento: o caso
da Incubadora Pública de Economia Popular Solidária de Diadema- SP. Entre as conclusões sobre
as ações desse primeiro ano do projeto, destacamos: 1. A centralidade dos relacionamentos
pessoais para o andamento, tanto com os membros da Incubadora como com os cooperados,
esperando-se que as ações no próximo ano do projeto ganhem agilidade; 2. A dificuldade de
sintonizar agendas para a realização das atividades do projeto, incluindo a baixa prioridade dada
a atividades de planejamento/gestão pelo público alvo, que tende a priorizar as atividades
cotidianas de execução de ações/produção/comercialização, bem como da equipe da
universidade, que tendem a priorizar atividades acadêmicas; 3. a dificuldade de continuidade das
ações junto às cooperativas já apoiadas, devido à alta rotatividade nos quadros de RH das
cooperativas; 3. As oportunidades de articulação com outros projetos e ações de cooperativismo
na região do Grande ABC, incluindo grupos da própria UFABC ; 4. A necessidade de suporte
público aos empreendimentos, incluindo a elaboração de legislação adequada ao
cooperativismo solidário.
Palavras chave: economia solidária/ Incubadoras de cooperativas/ empreendedorismo/ planos
de negócios/ planejamento de projetos
TRA - 002
Organização e orientação administrativa e financeira de Iniciativas da Economia
Popular e Solidária: incentivo e promoção à autogestão nas cantinas solidárias da
Universidade Estadual de Feira de Santana
Libania Araújo Silva.
Instituição: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
E-mail de contato: [email protected]
O presente trabalho busca apresentar uma temática que ainda é pouco explorada no campo da
economia popular e solidária e que apresenta muitos desafios para a sua prática eficiente, tendo
em conta suas particularidades em relação aos empreendimentos convencionais. Assim, busca-se
contribuir com as atividades já iniciadas pela Incubadora de Iniciativas da Economia Popular e
Solidária da UEFS no âmbito do incentivo a organização dos recursos administrativos e
financeiros obtidos e necessários para o funcionamento das cantinas solidárias. A organização
administrativa e financeira eficiente nas práticas de economia popular e solidária representam
um avanço para as comunidades que são beneficiadas por essas atividades, uma vez que permite
uma análise detalhada dos custos e rendimentos provenientes e garantem a melhor distribuição
dos recursos obtidos com a atividade. O objetivo geral é contribuir para o processo de
organização e orientação administrativa e financeira de Iniciativas da Economia Popular e
Solidária, visando incentivar e promovera autogestão nas cantinas solidárias da UEFS. Em termos
específicos busca colaborar com o desenvolvimento de uma precificação ideal para produtos a
serem comercializados, não permitindo que haja perdas ou ganhos excessivos, incentivar a
organização administrativa e financeira tanto do empreendimento solidário como individual
através de formações e capacitações, e promover a redução de custos na compra dos bens
necessários para o desenvolvimento da atividade, levando em conta a organização das redes ou
o intercâmbio com outras iniciativas de economia popular e solidária. Por se tratar de um projeto
ainda em processo de implementação são apresentadas aqui as futuras ações a serem
executadas. Inicialmente será realizado um estudo das bases teóricas específicas da área da
autogestão, observando o processo administrativo e financeiro solidário, articulado à economia
popular e solidária utilizadas pelo Programa Incubadora de Iniciativas de Economia Popular e
Solidária da UEFS. Na sequência, articuladamente, participaremos do Grupo de Estudos e
Pesquisas em Economia Popular e Solidária e Desenvolvimento Local (GEPOSDEL), no intuito de
fortalecer nossa compreensão sobre a economia popular e solidária e sua articulação com o
desenvolvimento local, visando compreender as dimensões locais em que se encontram as
iniciativas afins, que possam ser articuladas no processo de incubação orientado pela IEPS. As
ações propostas nesse plano de trabalho serão apresentadas aos membros das cantinas solidárias
de forma a serem adaptadas e construídas de acordo com as necessidades e os objetivos
almejados pelos grupos. Após a construção e implementação, as ações devem ser monitoradas e
transformadas de acordo com as dificuldades e demandas que possivelmente possam surgir,
mediante oficinas, rodas de conversas e de reuniões com os membros das cantinas que podem
ser quinzenais ou mensais de acordo com a disponibilidade de tempo. As atividades de
formações e capacitações ocorreram durante toda a vigência desse plano de trabalho de
extensão, de modo que permita ao final que os membros possuam o conhecimento necessário
para gerenciarem as iniciativas.
Palavras chave: Economia Popular e Solidária / Autogestão / Finanças Solidárias / Cantinas
Solidárias
TRA - 003
PROJETO DE EXTENSÃO SOBRE PRÁTICAS SISTÊMICAS - ORIENTAÇÃO
PROFISSIONAL E MEDIAÇÃO DE CONFLITOS
Mirela Yumi Yoshimoto; Ana Barbara Joaquim Mendonça; Harue Damasceno; Thais de Souza
Mascotti; Ana Helena Italiano Freitas Vidal; Marianne Ramos Feijó; Mário Lázaro Camargo; Hugo
Ferrari Cardoso; Edward Goulart Junior; Dinael Correa Campos.
Instituição: UNESP
E-mail de contato: [email protected]
O presente projeto, iniciado no ano de 2013, tem como foco principal a realização de Orientação
Profissional, em grupos e com enfoque sistêmico, para jovens aprendizes de uma instituição que
atua na qualificação profissional e inclusão dos mesmos no mercado de trabalho. Após dois anos
de trabalho em campo, foi observada a importância da ampliação do público alvo do projeto, de
forma que pais, educadores e empregadores dos aprendizes, pudessem também se beneficiar de
reflexões sobre o trabalho e sobre o processo de desenvolvimento e de escolha profissional.
Somou-se a tal proposta de ampliação de abrangência do projeto, o interesse de estudantes de
Psicologia, de estudarem mais profundamente as práticas sistêmicas com famílias, inclusive a
mediação de conflitos. A partir de tais demandas, criou-se mais três ações de extensão, o que
resultou em um projeto com quatro frentes de trabalho: 1. Orientação profissional de jovens; 2.
Grupos reflexivos sobre o trabalho para familiares; 3. Práticas sistêmicas e reflexivas sobre a
inserção e o desenvolvimento dos aprendizes nas organizações de trabalho, com educadores e
empregadores; e 4. Mediação de conflitos que surjam na formação, nas escolhas e na inserção
laboral do aprendiz. As sessões de mediação, que objetivam prevenir e tratar adequadamente os
conflitos, serão realizadas, sob orientação de professores, à medida que houver demanda de
melhoria nas relações e na comunicação entre pessoas nas empresas parceiras da instituição
formadora, nas famílias dos aprendizes e na instituição, uma organização não-governamental
sem fins lucrativos localizada na cidade de Bauru-SP. Vem sendo desenvolvido, na UNESP, com
professores, alunos de graduação e de pós-graduação, um grupo de estudos quinzenal, visando
ampliar os conhecimentos dos extensionistas sobre mediação de conflitos. Durante os encontros
foram resgatadas as bases sistêmicas e complexas das práticas sistêmicas e da mediação de
conflitos, a epistemologia construtivista e as teorias construcionistas sociais que as sustentam e as
principais técnicas (afirmativas e interrogativas) utilizadas por mediadores. Desta forma, os
extensionistas tem se preparado para ampliar sua contribuição na melhoria dos processos de
formação dos aprendizes, aproximando seus pais, professores e empregadores, minimizando
desencontros e conflitos, para alcançar maior legitimação dos mesmos, de suas necessidades e
desejos, facilitação de tomada de decisões e transformação social. Importa ressaltar que os aqui
denominados aprendizes, são jovens entre 14 e 18 anos de idade, integrantes dos programas de
qualificação para o trabalho da instituição acima referida e regularmente matriculados em
escolas da rede pública de ensino, e que, pela condição sócio-econômica de sua família, não tem
acesso aos serviços privados/particulares de orientação profissional e para o trabalho, o que
atribui ao presente projeto uma de suas principais relevâncias no âmbito da extensão
universitária.
Palavras chave: extensão/ pensamento sistêmico/ orientação profissional/ mediação de conflitos
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